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ANO 17 • Nº 866 • Gratuito 10 A 16 DE DEZEMBRO DE 2008 DIRECTOR: JOÃO FERNANDES Reis Campos, candidato do PS à Câmara, em entrevista ao OP José Manuel Mendes homenageado “Gostava de voltar a ver os famalicenses felizesp p. . 5 5 p p. . 2 23 3 opi ni ã o s port: Natação: Paulo Araújo sagra-se bi-campeão nacional Núcleo de Xadrez da Didáxis consolida-se no panorama nacional Paulo Portas, em Famalicão, preocupado com o desemprego Internet sem fios chega às escolas do 1º ciclo Câmara promete medida para breve p p. . 6 6 Ministro da Administração Interna inaugurou, domingo, as novas instalações da GNR de Joane FINALMENTE O QUARTEL Onze anos depois do início do processo, foi finalmente inaugurado, no domingo, o novo quar- tel da GNR de Joane. O edifício está construído na Avenida de Laborins e custou 700 mil euros. O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, presidiu à cerimónia e aproveitou para anun- ciar que o Governo vai incrementar o investimento nas forças de segurança. Já o autarca de Joane, Sá Machado, recordou o papel dos que no passado governaram a vila e o município para a concretização desta obra, agradecendo também ao Governo por ter cumprido a pro- messa. O presidente da Câmara aproveitou para pedir a resolução do problema da GNR de Riba d’Ave. p.12 opinião especial A Santa Casa da Misericórdia de Famalicão é a instituição mais antiga de apoio social do município. Conheça-a na edição desta semana do OP. pp. 17 a 19 A Câmara Municipal vai dotar, em breve, todas as escolas do 1º ciclo do concelho de rede de acesso à Internet sem fios. O anúncio foi feito pelo presidente Ar- mindo Costa, sexta- feira, na cerimónia de entrega de subsídios às escolas. p.7

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Page 1: Edição 866

ANO 17 • Nº 866 • Gratuito10 A 16 DE DEZEMBRO DE 2008DIRECTOR: JOÃO FERNANDES

Reis Campos, candidato do PS à Câmara, em entrevista ao OP

José Manuel Mendeshomenageado

“Gostava de voltar a veros famalicenses felizes”

pp.. 55

pp.. 2233

opi ni ã os port:Natação: PauloAraújo sagra-se bi-campeão nacional

Núcleo de Xadrez da Didáxis consolida-se no panorama nacional

Paulo Portas, em Famalicão,preocupado com o desemprego

Internet sem fioschega às escolas

do 1º ciclo

Câmara promete medida para breve

pp.. 66

Ministro da Administração Interna inaugurou, domingo, as novas instalações da GNR de Joane

FFIINNAALLMMEENNTTEE O QUARTEL

Onze anos depois do início do processo, foi finalmente inaugurado, no domingo, o novo quar-tel da GNR de Joane. O edifício está construído na Avenida de Laborins e custou 700 mil euros.O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, presidiu à cerimónia e aproveitou para anun-ciar que o Governo vai incrementar o investimento nas forças de segurança. Já o autarca deJoane, Sá Machado, recordou o papel dos que no passado governaram a vila e o municípiopara a concretização desta obra, agradecendo também ao Governo por ter cumprido a pro-messa. O presidente da Câmara aproveitou para pedir a resolução do problema da GNR deRiba d’Ave. p.12

opi ni ã oespecial

AA SSaannttaa CCaassaa ddaa MMiisseerriiccóórrddiiaa ddee FFaammaalliiccããooéé aa iinnssttiittuuiiççããoo mmaaiiss aannttiiggaaddee aappooiioo ssoocciiaall ddoo mmuunniiccííppiioo.. CCoonnhheeççaa--aa nnaa eeddiiççããoo ddeessttaa sseemmaannaa ddoo OOPP..

pp. 17 a 19

A Câmara Municipal vaidotar, em breve, todasas escolas do 1º ciclodo concelho de rede deacesso à Internet semfios. O anúncio foi feitopelo presidente Ar-mindo Costa, sexta-feira, na cerimónia deentrega de subsídios àsescolas. p.7

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02 pública: 10 de Dezembro de 2008 eessppaaççoo aabbeerrttoo

Objectiva Pública

CON SE LHO EDI TO RI AL:Ale xan dri no Cos me, An tó nio Cân di do Oli vei ra,An tó nio Jor ge Pin to Cou to, Ar tur Sá da Cos ta,Cris ti na Aze ve do, Fe liz Ma nu el Pe rei ra, Jo a -quim Lou rei ro, Jo ão Fer nan des.

DI REC TOR: Jo ão Fer nan des (CIEJ TE-95) jfer nan des@opi ni ao pu bli ca.pt

CHE FE DE RE DAC ÇÃO:Cris ti na Aze ve do (CPJ 5611)cris ti na@opi ni ao pu bli ca.pt

EDI TOR DE TUR NO: Mag da Fer rei ra (CPJ 4625)mag da@opi ni ao pu bli ca.ptEDI TOR DES POR TO:Bru no Mar ques (CPJ 8022)[email protected]

RE DAC ÇÃO:in for ma cao@opi ni ao pu bli ca.ptCar la Ale xan dra So a res (CICR-248), Cris ti naAze ve do (CPJ 5611), Mag da Fer rei ra (CPJ4625), Mar ta Mar ques (CICR-320) e So fiaAbreu Sil va (CPJ 10952).

DES POR TO: Bru no Mar ques (CPJ 8022),Jor ge Hum ber to, Jo sé Cle men te (CNID 297) ePe dro Sil va (CICR-220).

GRA FIS MO:Car la Ale xan dra So a res, Eli se te San tos, Pe dro Sil va.

APOIO À RE DAC ÇÃO:Jor ge Ale xan dre

OPI NI ÃO: An tó nio Cân di do Oli vei ra, Ave li noLei te, Car los Sou sa, Do min gos Pei xo to, Gou- veia Fer rei ra, J. Sil va Lo pes, Jo ão Ca si mi ro,Jo a quim Lou rei ro, Lu ís Pau lo Ro dri gues, Mi -guel Mo rei ra Sil va, Pau lo Cu nha e Vi ei ra Pin to.

GE RÊN CIA: João Fernandes

CA PI TAL SO CI AL:350.000,00 Eu ros.

DE TEN TO RES DE MAISDE 10% DO CA PI TALFe liz Ma nu el Pe rei raAn tó nio Jor ge Pin to Cou to

SER VI ÇOS AD MI NIS TRA TI VOS:Fran cis co Araú jo

TÉC NI COS DE VEN DAS:co mer cial@opi ni ao pu bli ca.ptAgos ti nha Bair ri nho, Ma ria Fer nan da Cos ta eSó nia Ale xan dra

PRO PRI E DA DE E EDITOR:EDI TA VE Multimédia, Lda. NIPC 502 575 387

SE DE, RE DAC ÇÃO E PU BLI CI DA DE:Rua 8 de De zem bro, 214 An tas S. Ti a go - Apar ta do 4104760-016 VN de Fa ma li cão

IN TER NETwww.opi ni ao pu bli ca.pt

CON TAC TOSRe dac ção:Tel.: 252 308145 • Fax: 252 308149

Ser vi ços Ad mi nis tra ti vos: Tel.: 252 308146 / 252 308147 • Fax: 252 308149IM PRES SÃO:Na ve prin ter - In dús tria Grá fi ca do Nor te, SAEs tra da Na ci o nal, 14 - MaiaEM BA LA GEM E ETI QUE TA GEM:Al mei da Pe rei ra - Ope ra dor de Marke ting e Im pres são Do cu men tal, LdaPar que In dus tri al do Min de loVi la do Con de

TI RA GEM DES TE NÚ ME RO:15.000 exem pla res, nº 866

NÚ ME RO DE RE GIS TO: 115673DE PÓ SI TO LE GAL: 48925/91

FICHA TÉCNICA

AA gg ee nn dd aa

Questão Pública

Há razões para alarme no caso da carne de porco contaminada proveniente da Irlanda?

CCoonnhheeccee ssiittuuaaççõõeess qquuee ppooddeemm sseerr rreettrraattaaddaass nnaa OObbjjeeccttiivvaa PPúúbblliiccaa?? EEnnvviiee aass ssuuaassffoottooggrraafifiaass,, aaccoommppaannhhaaddaass ddee uumm ppeeqquueennoo tteexxttoo ccoomm oo llooccaall ee aa ddeessccrriiççããoo,, ppaarraa oo ee--mmaaiill::iinnffoorrmmaaccaaoo@@ooppiinniiaaooppuubblliiccaa..pptt oouu eennttrreegguuee nnaass iinnssttaallaaççõõeess ddoo OOppiinniiããoo PPúúbblliiccaa,,nnaa RRuuaa 88 ddee DDeezzeemmbbrroo,, nnºº 221144,, eemm AAnnttaass..

Hoje, 101144hh3300Arranque do festivalinternacional de artecontemporânea eexperimental IMAN.

2211hh3300Cineclube de Joaneexibe, no pequenoauditório da Casadas Artes, o filme“Olympia”, de LeniRiefensthal, inseridoda rubrica “Já NãoHá Cinéfilos?!”

Quinta-feira, 111155hh1155Escola SecundáriaPadre BenjamimSalgado, de Joane,recebe um diplomado Movimento Espe-rança Portugal pelosresultados obtidospela escola nos exa-mes nacionais do12º ano.

2211hh3300Mais cinema na Ca-sa das Artes pelamão do Cineclubede Joane, com o fil-me “Gomorra”, deMatteo Garrone.

Custódio Oliveiradirigente associativo

Maria Augusta Santosprofessora

Domingo, 1499hh0000Associação de dado-res de Sangue de Fa-malicão promove umadádiva de sangue nosalão paroquial de Re-quião, com o apoiodos escuteiros destafreguesia.

ÉÉ eessttee oo eessttaaddoo eemmqquuee ssee eennccoonnttrraamm aasseessttrruuttuurraass qquuee iinnddii--ccaamm aa iinntteennssiiddaaddee ddoovveennttoo,, eexxiisstteenntteess nnaavvaarriiaannttee nnaasscceennttee ddeeFFaammaalliiccããoo.. AA ffoottooggrraa--ffiiaa ffooii ttiirraaddaa eemm ddiiaa ddeemmuuiittoo vveennttoo,, mmaassddaaddoo oo sseeuu eessttaaddoo,,ppoouuccoo sseerrvviiaa ddee iinnffoorr--mmaaççããoo aaooss ccoonndduuttoo--rreess.. AA nneecceessssiittaarr ddeessuubbssttiittuuiiççããoo..

Jorge Alexandre

Não. O Ministério da Agricultura, a ASAE e a Ordem dosVeterinários garantiram que “a exposição humana a dio-xinas (compostos químicos tóxicos que entram no nossoorganismo através de alimentos como carne, leite, ovos,peixe, entre outros) por curtos períodos e as quantidadesem causa não resultam em efeitos adversos para a saúdenem colocam a saúde pública em risco”. O alerta rápidoda passada 2ª feira, dia 08 de Dezembro, lançado pelaUnião Europeia sobre a eventual contaminação da carnede porco importada da Irlanda para vários países da UE,nomeadamente para Portugal, implicou uma articulaçãoimediata do Ministério da Agricultura e da ASAE, que serevelou eficaz, tendo sido identificada a empresa im-portadora e vários locais de armazenagem e transformação deste produto, paraalém de ter sido apreendida grande parte da carne, estando a decorrer acções defiscalização e inspecção, a fim de ser retirada do mercado e destruída, caso se con-firme a contaminação. Estes factos justificam uma atitude serena e tranquila dapopulação.

Na era da globalização verificamos que as au-toridades sanitárias funcionam. Nunca comohoje se sente que o controlo sobre os produtosalimentares existe. As autoridades dos diversospaíses da União Europeia estão atentas e re-correm a alertas internacionais sempre que severificam anomalias. O caso da carne de porcoé denunciado pelas autoridades da Irlanda,país de origem da referida carne contaminada.Nesta perspectiva, não há motivo para qual-quer alarme. Apesar do controlo existente éevidente que os produtos alimentares ofere-cem sempre alguns riscos potenciais. Sabe-se dos produtos químicosusados nos campos. Conhecem-se os produtos dados aos animais paraque “engordem” rapidamente. Apesar de reconhecer o risco, penso nãoexistir motivo para alarme. Até porque, como diz o povo, “quem não ar-risca não petisca”.

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03pública: 10 de Dezembro de 2008ppuubblliicciiddaaddee

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04 pública: 10 de Dezembro de 2008 cciiddaaddee

Os alunos da turma de Marketing e Publicidade, do ensino nocturno, da Se-cundária D. Sancho I, visitaram no passado dia 26 de Novembro, as instala-ções da empresa Editave Multimédia que agrupa o jornal OPINIÃO PÚBLICA,a Rádio Digital e a FamaTV.

O grupo de alunos do curso de Educação e Formação de Adultos ficou aconhecer a esfera de trabalho diário de um jornal, de uma rádio e ainda deuma televisão on-line. Ao mesmo tempo tiveram oportunidade de fazer pe-quenas experiências na rádio e na televisão para que a visita fosse tambémprática e não se ficasse apenas pela teoria.

Alunos e professores ficaram a conhecer melhor as tarefas dos diferentesprofissionais que trabalham nos três órgãos de comunicação social, a tec-nologia usada, e fizeram ainda muitas perguntas para saber mais sobre omundo da informação e do entretenimento.

Aos alunos e aos professores, a Editave agradece a visita e deseja-lhesmuito sucesso.

Alunos da D. Sanchovisitam Editave Multimédia

Associação de Dadores de Sangue oferece maiscadeiras de rodas

Fundo de necessidade a ser criado em Famalicão

A Associação de Dadores de Sangue deVila Nova de Famalicão ofereceu, no pas-sado sábado, mais sete cadeiras de rodas,a algumas instituições do concelho e par-ticulares necessitados.

A cerimónia decorreu na sede da asso-ciação e esta oferta faz parte da doação doamigo e sócio da instituição emigrado naSuécia, Carlos Quaresma, que doou já vá-rio material à associação de dadores.

Mas a dádiva não fica por aqui, comosalientou Rodrigo Silva, Presidente da As-sociação de Dadores de Sangue, já que emJaneiro a instituição vai receber 18 tonela-das de material ortopédico “para distribuirpelos mais necessitados”. Aliás, uma vez

que a doação será em grande número, a as-sociação tem em mente a criação de umfundo de necessidade, como foi avançadona cerimónia. “Pretendemos criar um de-pósito para este material e quem precisar,seja instituição ou particular, pode dirigir-se lá e usufruir do que lá existe”, explicouRodrigo Silva.

A novidade foi aplaudida por todos ospresentes. Entre as instituições agraciadascom o material, o padre Domingos Carneiroagradeceu a oferta e disse que este mate-rial iria beneficiar a sua instituição, comooutras que necessitam e que a instituiçãode Ruivães cede de quando em vez.

MM..II..MM..

Foram oferecidas mais sete cadeiras

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05pública: 10 de Dezembro de 2008cciiddaaddee

Escultura vai assinalar

20 anos da Lusíada

A Câmara Municipal vai associar-seàs comemorações dos 20 anos daUniversidade Lusíada de Famalicão,que se assinalam no próximo ano,com a implementação de uma obraescultórica no jardim localizadojunto à universidade. A proposta foiaprovada a semana passada, peloexecutivo camarário, sendo que apeça vai ser adquirida por ajuste di-recto ao escultor famalicense Au-gusto Costa, pelo valor de 20 mil eu-ros.

Na proposta, assinada pelo ve-reador da Cultura, Leonel Rocha, édito que a referida escultura, alémde assinalar a efeméride, contribuirá“para uma maior qualificação do es-paço público numa área nobre docentro da cidade”.

10 mil euros para a AFPAD…A Associação Famalicense de Pre-venção e Apoio à Deficiência (AFPAD)vai receber da Câmara Municipal umsubsídio de 10 mil euros, aprovadona última reunião do executivo. O di-nheiro destina-se a apoiar a asso-ciação no normal desenvolvimentodas suas actividades.

… e 20 mil para a ACB

Na mesma reunião, a Câmara apro-vou um subsídio de 20 mil eurospara a Associação Cultural, Benefi-cente e Desportiva dos Trabalhado-res do Município (ACB). O apoio des-tina-se a comparticipar os custos deum conjunto de actividades natalí-cias destinadas aos trabalhadoresdo município e seus familiares que aACB vai promover.

Reis Campos, candidato do PS à Câmara de Famalicão, em entrevista

“Estamos neste combate para ganhar a Câmara”

Reis Campos diz que o PS parte para as Au-tárquicas do próximo ano com um únicoobjectivo: vencer. Natural de Lousado, ocandidato defende a participação dos pre-sidentes de Junta nas reuniões de Câmarae promete um departamento de Urba-nismo mais célere, se ganhar as eleições.Em suma, propõe-se devolver a felicidadeaos famalicenses.

OO PPSS ppaarrttee ppaarraa eessttaass eelleeiiççõõeess aauuttáárrqquuiiccaassccoomm qquuee oobbjjeeccttiivvoo,, ggaannhhaarr??Ganhar. 50%+1 é o resultado que eu am-biciono e tenho fundados motivos paraassim pensar, porque desde que come-çou esta pré-campanha os apoios têm-semultiplicado de uma forma que até a mimme surpreende, vindo esses apoios quer àesquerda quer à direita. Estamos nestecombate para ganhar a Câmara.

OO PPSS eessttáá nnaa ooppoossiiççããoo hháá qquuaassee ooiittoo aannoossee ttuuddoo iinnddiiccaa qquuee vvaaii ccoonnccoorrrreerr ccoonnttrraa AArr--mmiinnddoo CCoossttaa,, qquuee eessttáá nnoo ppooddeerr hháá ttaamm--bbéémm 88 aannooss.. NNããoo vvaaii sseerr uummaa ttaarreeffaa ffáácciill??Com certeza que não será fácil. No en-tanto, há oito anos que estamos na opo-sição e Famalicão não pode esperar mais,está com pressa, eu próprio estou com al-guma ansiedade de fazer voltar Famalicãoao nível que já teve, ao protagonismo aque tem direito e que os famalicenses am-bicionam. Até às eleições acho que tenhotempo suficiente de passar a minha men-sagem de esperança, ganhadora. Gostavade voltar a ver os famalicenses felizes.

QQuuaall vvaaii sseerr aa eessttrraattééggiiaa?? AA aappoossttaa vvaaii sseerrttrraabbaallhhaarr nnaass ffrreegguueessiiaass??Há dois aspectos fundamentais: Famalicãocidade, com tudo que a envolve; e as fre-guesias. Mas trabalhar ambas em sim-biose, todos unidos num objectivo: tornarFamalicão numa cidade onde volte a haverinvestimento, riqueza, bem-estar, partici-pação cívica e melhor qualidade de vida.

CCoommoo ccaannddiiddaattoo,, tteerráá uummaa ppaallaavvrraa aa ddiizzeerrnnaa eessccoollhhaa ddooss ccaabbeeççaass ddee lliissttaa nnaass ffrree--gguueessiiaass??Com certeza que sim, embora não façaquestão de indicar todos os cabeça delista. Todos os presidentes de Junta queganharam eleições, se quiserem, ficarão,e os outros vamos recuperá-los. Para mim,os presidentes de Junta não são nem fun-cionários do presidente da Câmara, nemprecisam de pedir ao presidente de Câ-mara coisas a que têm direito. Vou incen-tivar o diálogo nas próprias reuniões deCâmara, acho que é um bom palco para osautarcas exporem os seus problemas; co-migo podem saber que podem votar o or-çamento que eles quiserem, que não lhesvai acontecer nenhuma retaliação…

IIssssoo qquueerr ddiizzeerr qquuee ssee vveenncceerr aass eelleeiiççõõeessvvaaii ppeerrmmiittiirr qquuee ooss pprreessiiddeenntteess ddee JJuunnttaavvoolltteemm aa iinntteerrvviirr nnaass rreeuunniiõõeess ddee CCââmmaarraa??O presidente da Câmara não é o patrãodos presidentes de Junta. O presidente daCâmara é eleito com a mesma legitimi-dade do presidente da Junta de Abade deVermoim, que é a freguesia mais pequenado concelho. Não se pode subalternizar ospresidentes de Junta, eles têm que ter orespeito e a consideração do presidenteda Câmara e dos restantes órgãos munici-pais. Nesse sentido, o presidente da Câ-mara não faz nenhum jeito a nenhum pre-sidente da Junta dar-lhe aquilo queprecisa, só tem é que coordenar. E um pre-sidente da Câmara, entre outras coisas,tem que ser um coordenador, tem que seruma pessoa que não empate o desenvol-vimento, não é preciso que tenha muito di-

nheiro em algumas situações, é precisoque tenha instrumentos e os ponha aoserviço dos famalicenses e das freguesiasno sentido de criar riqueza e desenvolvi-mento.

NNaa ssuuaa aapprreesseennttaaççããoo ffaalloouu nnaa ccoonnssttiittuuiiççããooddee uumm PPaaccttoo EEmmpprreessaarriiaall ppaarraa oo EEmmpprreeggooee oo DDeesseennvvoollvviimmeennttoo.. EEssttaa áárreeaa sseerráá uummaaddaass ssuuaass pprriinncciippaaiiss pprreeooccuuppaaççõõeess??Estamos num período difícil, então tam-bém a Câmara terá que pôr os instrumen-tos que tem ao seu alcance para quepossa, de alguma forma, ajudar nessa si-tuação. Quero que as pessoas vivam bem,do ponto de vista económico, social, hu-mano e de cidadania; se sintam parte in-tegrante de uma cidade que merece ser ocentro das maiores cidades do Norte dopaís.

EEmm ccoonnccrreettoo,, oo qquuee pprreetteennddee ffaazzeerr ppaarraaccrriiaarr eemmpprreeggoo ee fifixxaarr iinnddúússttrriiaa nnoo ccoonnccee--llhhoo??Temos que criar condições para que osempresários se instalem em Famalicão,mesmo os de Famalicão. É preciso, pri-meiro, celeridade nos processos de licen-ciamento, temos que ter um departamentourbanístico em que o responsável sejauma pessoa que trabalhe constantementee muito…

PPoorrttaannttoo,, nnããoo ccoonnccoorrddaa ccoomm eessttee mmooddeellooeemm qquuee oo ppeelloouurroo ddoo UUrrbbaanniissmmoo fificcoouu eenn--ttrreegguuee aaoo pprreessiiddeennttee ddaa CCââmmaarraa??Não concordo nem discordo, as pessoashão-de fazer o seu juízo… ouço muitasqueixas, inclusive dizem-me ‘só por causade um barraquinho que tenho em minhacasa estou à espera dois anos’. A mu-dança da Câmara faz-se na forma, no es-tilo, no conteúdo e no conceito. O meuconceito diz-me que uma Câmara deveprestar um verdadeiro serviço público, amim interessa-me a Câmara para poderfazer coisas com as pessoas; a forma é

como são tratados os problemas; quantoao conteúdo, para mim, um presidente deCâmara é uma pessoa que deve fazer pon-tes e criar canais para que Famalicão e asfreguesias tenham visibilidade.

JJáá ccoommeeççoouu aa aapprreesseennttaarr--ssee aaooss ffaammaallii--cceennsseess,, ccoomm aa ccoollooccaaççããoo ddee ccaarrttaazzeess eemmvváárriiooss ppoonnttooss.. FFaazzeerr ppaassssaarr aa ssuuaa iimmaaggeemméé uumm ddooss pprriinncciippaaiiss oobbjjeeccttiivvooss??Quero que as pessoas me conheçam, pri-meiro por fora, e vão falando uns com osoutros. O meu objectivo é que emMarço/Abril todas as pessoas conheçamas minhas propostas e se comecem a iden-tificar comigo e, quem sabe, se não co-meça a haver um movimento amplo deapoio. A julgar por aquilo que vejo nestemês, ele vai surgir…

OO ppaassssaaddoo rreecceennttee ddoo ppaarrttiiddoo tteemm ssiiddoopprreeeenncchhiiddoo ppoorr mmuuiittaass ddiissppuuttaass iinntteerrnnaass..AA ssuuaa ccaannddiiddaattuurraa éé,, ddee ffaaccttoo,, aagglluuttiinnaa--ddoorraa??Completamente. A minha candidatura foivotada por unanimidade e muita aclama-ção. Neste momento, sinto o partido co-migo e sinto que o partido já amadure-ceu. A minha equipa será formada pelaspessoas que naquele momento estiveremnas melhores condições de desenvolve-rem o projecto.

QQuuee aannáálliissee ffaazz,, nnaa gglloobbaalliiddaaddee,, ddoo PPllaannooddee AAccttiivviiddaaddeess ee OOrrççaammeennttoo ddaa CCââmmaarraappaarraa 22000099??É um orçamento de fim de festa, cansado,em que olhamos para ele e perguntamosonde estão as ideias, os projectos, a ino-vação, a criatividade. Não estou desilu-dido, porque nunca estive iludido, só medesiludi no primeiro ano, porque penseique ia haver um orçamento capaz de tocarFamalicão para diante e foi mentira.

EEnnttrreevviissttaa nnaa íínntteeggrraa eemm wwwwww..ffaammaattvv..pptt

Música coral na antiga Matriz A Manuel Faria – Associação Cultural,de Seide S. Miguel, promove, na pró-xima sexta-feira, dia 12, um concerto demúsica coral, na antiga Igreja Matrizde Famalicão, pelas 21h30. Participamo coro Capella Bracarencis, da Univer-sidade Católica de Braga, e o Coro deNossa Senhora da Conceição, de S.Tiago de Antas.

MMaaggddaa FFeerrrreeiirraa

Elisete Santos

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06 pública: 10 de Dezembro de 2008 cciiddaaddee

Com as férias de natal à porta, a au-tarquia famalicense, como já vemsendo habitual, preparou um con-junto de actividades desportivas,recreativas e culturais para preen-cher os tempos livres dos mais no-vos durante as férias escolares.

O musical infantil “A Carochi-nha, Concerto no Ervilhal” é apenasuma das muitas iniciativas que vãoanimar as Férias de Natal em Fa-malicão, promovidas pela CâmaraMunicipal, que se destina a todasas crianças que frequentam o 1.º Ci-clo do Ensino Básico.

As propostas de actividades, adecorrer de 22 a 30 de Dezembro,vão desde a prática da actividadedesportiva, com destaque para osjogos aquáticos e exercícios dedança e ginástica, ao cinema, tea-tro, artes plásticas e aos espectá-culos circenses, sempre acompa-nhadas por monitores municipais.

A grande novidade deste ano éque para além do complexo da ci-dade de Famalicão, as actividadesserão alargadas ao complexo des-portivo de Oliveira S. Mateus, Joanee às novas piscinas de Ribeirão,“aproximando desta forma oevento das famílias famalicenses”,como refere a propósito o presi-dente da Câmara, Armindo Costa.

Os encarregados de educação

interessados em inscrever os seusfilhos nas actividades devem efec-tuar a sua inscrição até ao dia 12 deDezembro no respectivo pólo es-colhido. A inscrição tem o custo deoito euros para a totalidade das ini-ciativas e cinco para as activida-des realizadas apenas de manhãou de tarde. O programa das fériasencontra-se disponível no site domunicípio em www.vilanovadefa-malicao.org.

Para além destas actividades, aCâmara disponibiliza ainda umconjunto de iniciativas para ascrianças e jovens durante o mês deDezembro, na Casa da Juventude ena Biblioteca Municipal CamiloCastelo Branco.

Oficinas de artes plásticas paraa criação de postais de Natal, ar-ranjos de natal, eco presentes epresépios são algumas das inicia-tivas agendadas para a casa da Ju-ventude a partir do dia 6 de De-zembro. Por sua vez, o cinemadomina as actividades da biblio-teca, com sessões aos sábados demanhã.

A participação nestas activida-des é gratuita, no entanto, é ne-cessário efectuar as inscrições. Oprograma pode ser consultado nosite do município em www.vilano-vadefamalicao.org.

Musical infantil da Carochinha anima

FFéérriiaass ddee NNaattaall

Iniciativa destina-se a todas as crianças que frequentam o 1.º Ciclo do Ensino Básico

Líder do CCDDSS--PPPP esteve em Famalicão

DDeesseemmpprreeggoo no Nortepreocupa Paulo Portas

O desemprego é, no momento,a questão central para oCDS/PP.

A ideia foi deixada, na pas-sada segunda-feira, por PauloPortas, líder do CDS/PP, em vi-sita a Famalicão, no âmbito darecandidatura à liderança dopartido. Na sua deslocação,Portas contactou com militan-tes e autarcas do CDS/PP,neste caso, os presidentes dasJuntas de Famalicão e Calen-dário.

Paulo Portas aproveitou,assim, para criticar o governode José Sócrates, acusando-ode não se preocupar com aquestão do desemprego, queafecta, sobretudo, o Norte dopaís, onde se registam mais500 desempregados todos osdias.

“Segundo o Primeiro-mi-nistro, o desemprego do pró-ximo ano é igual ao deste ano.Tomara que fosse verdade. Su-cede é que todos os dias hámais 500 desempregados eque isso está a atingir espe-cialmente os jovens, as mu-

lheres da meia-idade, e espe-cialmente a zona Norte, que éo nervo industrial do país”, su-blinhou.

O líder Popular evocouainda que há muitas pessoasnesta região que estavam asair para Espanha para traba-lhar e “isso é desempregooculto, que não constava dasestatísticas” e que a crise naconstrução do país vizinho vaifazer com que uma parte des-sas pessoas “volte e deixe deter do lado de lá da fronteira oemprego que tinha”.

Sócrates voltou a merecerreprimendas do PP quandoeste disse que “as pessoasiriam viver melhor por causada baixa das taxas de juro edo preço do petróleo, ou seja,daquilo que não dependedele, em vez de se ter dedi-cado a medidas concretas”.

Ainda em relação ao de-semprego, Portas pensa quedevem existir soluções maiscorajosas. “Se estamos emtempo de pouca criação depostos de trabalho, o tempopara receber o subsídio de de-semprego tem de ser alon-

gado”, aponta, alegando que é“perfeitamente possível,

enquanto não há novos postosde trabalho, direccionar aque-les que caíram no desempregopara outras áreas, como o tra-balho numa escola ou numaárea social, para dar umamaior auto-estima a quem estáno desemprego, permitir ga-nhar um extra e até obter outracertificação”.

A par do desemprego, o lí-der popular falou de outrapreocupação: as Pequenas eMédias Empresas (PME). Aqui,Paulo Portas defende que é ne-cessário garantir o acesso aocrédito para que este não fi-que fechado. Sugeriu aindaque o Estado pague a tempo ehoras as dívidas quer a nívelcentral, quer a nível local, per-mita a compensação de crédi-tos, pague o reembolso do IVAmês a mês e não de três emtrês meses. “Há um catálogode medidas que se podem to-mar a favor das PME’s”, ga-rante, apontando que estassão responsáveis por 75% doemprego a nível nacional.

**CCoomm PPeeddrroo AAlleexxaannddrree SSiillvvaa

Paulo Portas esteve em Famalicão e falou sobre desemprego e as PME’s

SSoofifiaa AAbbrreeuu SSiillvvaa

A Polícia Municipal de Famalicão dispõe, a partir deamanhã, quarta-feira, de um novo meio de trans-porte amigo do ambiente: o Segway. O novo equipa-mento que será apresentado pelo presidente da Câ-mara Municipal, Armindo Costa, no CentroCoordenador de Transportes da cidade, pelas 12 ho-ras, é um veículo silencioso, totalmente eléctrico e,por isso, amigo do ambiente, não emitindo qualquertipo de poluição.

A aquisição de dois "segways", que implicou uminvestimento municipal de 12.600 euros, vai possi-bilitar uma deslocação mais rápida e eficiente dosagentes ao longo das principais artérias do centro ur-bano, segundo nota à imprensa da autarquia. Para Ar-mindo Costa, “o novo equipamento vai permitir um policiamento de maior proximidade, eficácia, rapidez, semcustos ambientais e com menores custos financeiros, tendo em conta que pode ser abastecido em qualquertomada eléctrica e em qualquer lugar”.

Com um peso a rondar os 50 quilos, uma velocidade máxima de 20 km/hora e autonomia para 38 quiló-metros, os modelos da "Segway personal transporter" estão equipados com um sistema anti-furto, que as-socia um alarme, o bloqueio das rodas, um sinal visual e a vibração do aparelho. A carga total é de oito a 10horas e representa apenas um "kilowatt".

Polícia Municipal com veículos amigos do ambiente

A YUPI, Associação para o De-senvolvimento Social e Comu-nitário, celebrou o Dia do Vo-luntário Jovem, no passadosábado, em Famalicão, comuma série de actividades emparceria com diversas associa-ções e grupos de jovens acti-vos, com o objectivo de valori-zar a prática do voluntariado,sensibilizar para a adesão demais jovens, promover a trocade experiências e boas práticase melhorar a qualidade e segu-rança no desempenho das fun-ções de voluntariado.

Com as sinergias locais e na-cionais criadas para esteevento, foi possível, segundodiz a associação em nota à im-prensa, “desenvolver work-shops com diferentes temas,indo de encontro às motivaçõese necessidades dos jovens”,Além da YUPI, participaram oGAS Port, a Associação Orga-nismo Vivo, a Associação SaltaFronteiras e Junta de Núcleo doCNE de Famalicão.

As actividades tiveram lugarna Escola Básica Integrada deGondifelos, com a presença demais de 80 jovens de diferentesgrupos, associações e escolas.A presença do director da Agên-

cia Nacional para o ProgramaJuventude em Acção, PompeuMartins, e da coordenadora na-cional de Iniciativas JuvenisTransnacionais, Joana Lima,contribuiu para a reflexão so-bre as novas políticas europeiasde Juventude e um incentivoaos jovens para conhecerem asoportunidades para a realiza-ção de Voluntariado Europeu,em projectos da área de eleiçãode cada jovem, por um períodode 2 a 12 meses, com um finan-ciamento a 100%.

O director desta Agência de-dicou algumas palavras aos jo-vens e felicitou a YUPI pela or-ganização deste dia e peladistinção do projecto de volun-tariado juvenil “Time4U” como“melhor prática 2007 na áreadas Iniciativas Juvenis Transna-cionais”.

A presidente da Direcção daYUPI, Mariana Barbosa, faz umbalanço bastante positivo da in-teracção entre as associaçõespresentes na preparação e im-plementação do Dia do Volun-tário Jovem, reflectido na satis-fação dos jovens presentes que,em registo simbólico, construí-ram um puzzle gigante com otema “Faz a tua Escolha!”.

YUPI celebrou dia doVoluntariado Jovem

Com um dia de actividades na EBI de Gondifelos

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07pública: 10 de Dezembro de 2008cciiddaaddee

A Câmara Municipal vai dotar, embreve, todas as escolas do 1º ci-clo do concelho de rede deacesso à Internet sem fios. Oanúncio foi feito pelo presidenteda autarquia, Armindo Costa,sexta-feira, na cerimónia de en-trega de subsídios às escolas.

Relativos ao ano lectivo2008/09, os subsídios implicamum investimento total da Câmarano montante de 177 mil euros.Destinam-se ao apoio das activida-des de enriquecimento escolar, àaquisição de material didáctico eaos projectos educativos desenvol-vidos pelas escolas, bem como àedição e produção de jornais esco-lares e à aquisição de livros para asbibliotecas escolares.

São abrangidas todas as es-colas do concelho, desde os jar-dins-de-infância às escolas do1º, 2º e 3º ciclos e secundário, eainda estabelecimentos de forado concelho, mas que acolhemum grande número de alunos fa-malicenses: a Escola Profissio-nal do Instituto Nun’Álvares (Cal-das da Saúde) e o ExternatoInfante D. Henrique (Ruílhe –Braga). São também contempla-dos os centros sociais de Bairro,Castelões e Ribeirão, que cola-boram com o município na ofertadas actividades de enriqueci-mento curricular.

Na sua intervenção, ArmindoCosta sublinhou que “a apostaestratégica da Câmara no incre-

mento de uma Educação ‘ParaTodos’, não se fica apenas pelaatribuição destas verbas”. O pró-ximo passo, avançou o presi-dente da Câmara, é instalar, embreve, redes sem fios paraacesso à Internet em todos esta-belecimentos de ensino do 1º ci-clo, “para que todas as criançaspossam aceder gratuitamente àsnovas tecnologias”.

Armindo Costa aproveitouainda para lamentar que o apoiodo Governo não acompanhe o in-vestimento municipal na Educa-ção. Segundo o edil, em 2007 aCâmara de Famalicão investiu6,5 milhões de euros no funcio-namento das escolas, quando re-cebeu do Ministério da Educação“apenas uma comparticipaçãode 4,5 milhões”. Em 2008, a si-

tuação parece manter-se, com osnúmeros a indicarem que, até 30de Setembro, a Câmara já inves-tiu 5,3 milhões e recebeu da tu-tela 3,2 milhões.

“Isto significa que o funcio-namento da escola pública, quedeveria ser uma tarefa garantidana totalidade pelo Ministério daEducação, necessita, para sobrevi-ver, do esforço financeiro do muni-

cípio em 50%, aproximadamente”,declarou Armindo, garantindo, po-rém, que “mesmo com verbas insu-ficientes, assumimos o investi-mento na Educação”.

BBiibblliiootteeccaass eessccoollaarreess eemm rreeddeeNa mesma cerimónia foram

também celebrados protocolosde colaboração com os agrupa-mentos de escolas para o SABE– Serviço de Apoio às Bibliote-cas Escolares, que abrange ac-tualmente um milhão de alunose 600 professores a trabalhar atempo inteiro nas bibliotecas.O representante do Gabinete daRede de Bibliotecas Escolares,Fernando Carmo, elogiou o con-celho de Famalicão pelo pio-neirismo nesta área e deixouum desafio: partir agora para aconstituição de uma rede con-celhia de bibliotecas escolares,que integre as escolas, mastambém a Câmara e a Biblio-teca Municipal.

“Sabemos que em algunsconcelhos essa rede já existe,mas propomos que se forma-lize, se constitua um grupo detrabalho de maneira a que sesaiba quem é quem, quem faz oquê”, afirmou, sugerindo tam-bém a criação de um portal“que seja a interface dessarede” e cujo objectivo principalseja a constituição de um catá-logo colectivo, que permitirá fa-zer a gestão da documentação eda informação ao nível do con-celho.

CCââmmaarraa anunciou que vai avançar com medida em breve

Internet sseemm fifiooss nas escolas do 1º cicloMMaaggddaa FFeerrrreeiirraa

Armindo Costa entregou os subsídios às escolas

Magda Ferreira

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08 pública: 10 de Dezembro de 2008 ffrreegguueessiiaass

O projecto previsto para oHotel Garantia e para as an-tigas instalações da fábricaVieira de Castro já não vaiconcretizar-se, revelou o pre-sidente da Câmara Munici-pal, Armindo Costa, na reu-nião do executivo camarárioda passada quarta-feira. Este projecto, que incluía

uma praça, um parque deestacionamento e um con-junto de lojas comerciais nocentro da cidade, foi apre-sentado publicamente háuns anos atrás, no primeiromandato de Armindo Costa.Era de iniciativa privada masfoi apadrinhado pela Câ-mara. Na ocasião, não foi apre-

sentada qualquer data paraa sua concretização, mas atéhoje nunca mais se ouviu fa-lar dele. A semana passada,na reunião de Câmara, o pre-sidente afirmou que o pro-jecto “foi por água abaixo”porque os proprietários dosdois imóveis não chegarama acordo. Em declarações aos jor-

nalistas, Armindo Costa nãodeixou de manifestar algumdesalento pelo facto do pro-jecto não ter ido avante, “já

que se perdeu uma oportu-nidade de recuperar o miolodaquele quarteirão, que ac-tualmente é uma fábrica gi-gantesca desactivada commais alguns terrenos, quecria ali um interior que não évisitável e onde tudo cresce,tudo nasce e tudo cai”. Armindo adiantou ainda

que “há menos de um ano aproprietária do Hotel Garan-tia questionou a Câmara so-bre se aceitava que o pro-

jecto fosse só para o Garan-tia, ao que a Câmara res-pondeu que sim, estando aoutra solução abandonada”.

IImmóóvveell vvaaii sseerr vviissttoorriiaaddooEsta revelação surgiu a

propósito de uma propostade vistoria ao edifício do Ho-tel Garantia, apresentadapelo executivo. A autarquiadiz ter recebido informaçõesde que o imóvel se encontraem más condições de segu-

rança e deficiente estado deconservação, principal-mente na fachada e varan-das do lado da Rua AdrianoPinto Basto. O prédio é propriedade

da sociedade PromoçõesTurísticas e Hoteleiras Ga-rantia, S. A. que não tem rea-lizado obras de conserva-ção, pelo que a Câmara vaiavançar com uma vistoria aoimóvel, para depois decidiro que fazer.

O argumento não con-venceu os vereadores doPartido Socialista, que seabstiveram na proposta. Ru-bim Santos diz que a vistoriaesconde outros fins, ouseja, “tentar resolver pelavia da coação a questão doGarantia”. “O senhor presi-dente continua a entenderque seria um brilharete queo Garantia fosse remode-lado e acha que por esta via– exercendo pressão sobreos proprietários – vai con-seguir isso, o que em nossaentender não é correcto”,afirmou. Armindo Costa des-

mente as acusações, afir-mando que em causa estãoapenas questões de segu-rança. O edil diz que a vis-toria vai dar lugar a um rela-tório e que esse relatório éque vai determinar se sãoou não necessárias obras,“que serão sempre depouca monta”. “Não é nada contra a

empresa que detém o imó-vel, é apenas termos algunscuidados, porque não que-remos que amanhã uma te-lha ou outro qualquer ob-jecto caia sobre alguém quevai a passar na rua”, con-clui.

Proprietários não chegaram a acordo, revelou Armindo Costa

Projecto para o GGaarraannttiiaafoi “por água abaixo”

CCrriissttiinnaa AAzzeevveeddoo

Câmara vai avançar com vistoria para depois decidir o que fazer

A Associação de Ludotecas deFamalicão (ALF) promove, en-tre os dias 19 de Dezembro e 2de Janeiro, as “Ludoférias deNatal 2008”, com um pro-grama dirigido para as crian-ças e jovens do concelho. As“Ludoférias de Natal” iniciam-se no dia 19, com o ateliê “Pre-sépios de Natal” que propõe aconstrução de presépios coma utilização de materiais reci-cláveis e de desperdício. Esteateliê tem continuação no dia22. Já no dia 23, há cinema deanimação com filmes de Natal,seguidos de um debate sobreo seu conteúdo e sobre as his-tórias contadas nos filmes e,no dia 29, funcionará o ateliê“Sombras Chinesas”, em quese pretende a experimentaçãoda arte milenar das sombraschinesas, com a utilização docorpo e de diversos adereços.As actividades prosseguem nodia 30 de Dezembro com um“Workshop de Rádio”, em quese pretende produzir, editar egravar um programa ficcio-nado de rádio, seguido deuma visita à Rádio Digital, con-cluindo-se a edição deste ano,no dia 2 de Janeiro, com o ate-liê “Brinquedos Ópticos”, coma construção de vários apare-lhos de ilusão óptica. Os inte-ressados podem obter maisinformações sobre as “Ludo-férias de Natal” nas instala-ções da ALF, na Avenida mare-chal Humberto Delgado, emFamalicão.

ALF promove actividades para as férias de Natal

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09pública: 10 de Dezembro de 2008ffrreegguueessiiaass

O Natal chega à Didáxis de Riba d’Ave

Com o aproximar do Natal, naDidáxis de Riba de Ave já se res-pira a época natalícia. As deco-rações começam a aparecerprogramadas e elaboradas nasaulas de Educação Tecnológicae Educação Musical e pelos alu-nos de Electricidade; nas aulasde Educação Musical afinam-se instrumentos e vozes para ostradicionais cânticos e em to-dos os Departamentos agen-dam-se actividades para a festaque se realizará no dia 17,quarta-feira.

As festividades começam na

próxima terça, 16, com umamissa a realizar-se na igreja pa-roquial de Riba de Ave, às 21horas, na qual a comunidadepode participar. “O objectivo éestimular a partilha, a solida-riedade e a igualdade; iguariasimprescindíveis ao verdadeiroespírito natalício”, considera apresidente da escola, Irene Al-feres.

Já no dia 17, os alunos do 1º,2º e 3º Ciclos participarão nafesta de Natal. Do programaconstam músicas, representa-ções, declamações, danças que

procuram dar forma ao famosoconto “A rapariguinha dos fós-foros”. E o Pai Natal tambémnão faltará. Consciente da si-tuação em que vivem muitas fa-mílias da sua comunidade edu-cativa, a Didáxis decidiu aindalevar a efeito uma campanha desolidariedade junto dos seusalunos, pedindo que trouxes-sem um bem não perecível e oentregassem às professoras deReligião e Moral para que se en-cham cabazes para ofereceràqueles que realmente preci-sam.

O restaurante Zé Costa, localizado em Pousadade Saramagos, foi assaltado na madrugada dopassado domingo, tendo os larápios furtado ar-tigos no valor de cerca de 10 mil euros.

Segundo contou o proprietário do estabele-cimento, José Costa, ao OP, os assaltantes terãoentrado por uma janela, que conseguiram abrir,desapertando os parafusos. Já no interior, leva-ram um ecrã plasma, dois computadores, garra-fas de vinho, bacalhau e outros artigos. “Foimuita coisa, já fiz as contas e o prejuízo é dequase 10 mil euros”, afirma, desolado, JoséCosta. Os assaltantes partiram ainda uma mesa,“que estava posta, tendo perdido copos, pratose canecas”.

O caso foi participado à GNR de Joane que es-

teve no local a recolher impressões digitais e ou-tras possíveis provas. Por este motivo, o restau-rante esteve fechado durante todo o dia de do-mingo, o que, segundo José Costa, “veio agravarainda mais o prejuízo”, já que se viu impossibi-litado de fazer negócio.

O restaurante tem alarme, mas os assaltantesterão conseguido desactivá-lo, já que “os vizi-nhos não ouviram nada”. Foi a primeira vez queeste restaurante foi assaltado, mas José Costa jápassou por uma situação semelhante, com umoutro restaurante que tinha em Requião, queentretanto tinha encerrado. “Dessa vez só leva-ram um plasma, desta vez o prejuízo foi muitomaior”, conclui.

Restaurante Zé Costa aassssaallttaaddoo em Pousada

pub.

Diogo Snack-Bar: um ano de mudança, o mesmo paladar

É verdade. Já passou um ano que o Diogo Snack-Bar mudoude lugar. O certo é que as famosas francesinhas, os grelha-dos, os mariscos e muitos outros pratos continuam com o me-lhor sabor. Com o novo espaço, em Calendário, frente aosTransportes Nogueira, o Diogo Snack-Bar oferece boa gas-tronomia num espaço moderno, amplo, confortável e com fa-cilidade de estacionamento. De segunda a sexta, aqui en-contra um serviço de diárias económicas e variadas.

Tal como em 1996, o Diogo Snack-Bar continua a pautar oseu trabalho com qualidade e atendimento simpático. Não seesqueça que o Diogo Snack-Bar tem implementado, desde2001, o sistema de Higiene e Segurança Alimentar na Res-tauração (HACCP).

E com o aproximar do Natal, quem sabe se esta não seráuma boa oportunidade para marcar o seu jantar de Natalaqui?

Diogo Snack-Bar, aberto das 8 às 2 horas todos os dias,inclusive aos domingos. Telefone: 252 310 127.

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10 pública: 10 de Dezembro de 2008 ffrreegguueessiiaass

Vicentinos de Avidos homenageiam presidente

No passado dia 8, a Conferencia Vicen-tina de Avidos organizou mais um lanchepara os idosos da freguesia. Foi 13º eeste ano, mais uma vez, o espaço en-cheu com quase 80 idosos, que se-gundo os responsáveis aproveitam estedia para conviverem uns com os outros.Presentes nesta festa estiveram aindaum representante da Câmara Municipal,

Ademar Carvalho, da Acção Social, e opresidente da Assembleia de freguesia.A festa foi antecedida por uma eucaris-tia e, na abertura do convívio, os vicen-tinos homenagearam o seu presidente,Armindo Pinheiro. Todos os vicentinosofereceram-lhe uma rosa e um livro doPapa Bento XVI, que o homenageado re-cebeu com muita emoção.

Rancho de Fradelos promove ceia de Natal

O Rancho Regional de Fradelos realiza, no próximo sábado, dia 13, a sua 9ª ceia deNatal, pelas 20 horas, no salão Paroquial da freguesia. Dirigida a associados e ami-gos do rancho, a festa será animada por Armando Martins, com música variada. En-tretanto, no dia 28 deste mês, o rancho realiza o seu primeiro encontro de Janei-ras, também no salão paroquial, pelas 15 horas.

Creche D. Elzira celebra o NatalA Creche D. Elzira Cupertino de Miranda,no Louro, realiza a sua tradicional Festade Natal, no próximo sábado, dia 13,pelas 15 horas, no salão paroquial da

freguesia. Haverá uma participação ac-tiva das crianças, educadoras e restan-tes funcionárias em diversas actuações,que vão acontecer ao longo da tarde.

Torneio de malha e ceia de Natal na Lagoa

A Comissão de Festas do Divino Espírito Santo da Lagoa promove no próximo sá-bado, dia 13, um torneio de malha, com início às 14h30. Haverá prémios para osprimeiros quatro classificados. À noite, a mesma comissão de festas realiza umaceia de Natal, na qual vai oferecer o bolo-rei. Ambas as actividades decorrem noátrio da Igreja da Lagoa.

A Junta Castelões promove, no domingo, dia 14, uma festa de Natal para a popu-lação da freguesia, em particular as crianças. As actividades iniciam-se às 14h30com a recepção por dois palhaços. Segue-se um espectáculo que inclui a actuaçãoda Orquestra Ritmos Ligeiros, um momento de humor com “As Tagarelas” e as ac-tuações das Vozes d’Oiro e das Hip Dance Hop. Às 17h30 chega o Pai Natal que en-tregará lembranças, seguindo-se o sorteio de uma bicicleta e de um cabaz de Na-tal. A festa termina com um lanche.

A iniciativa conta com a colaboração do Centro Social, dos escuteiros e da As-sociação Desportiva de Castelões.

Festa de Natal em Castelões

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Desenhos de Marques na Junta de Gavião

O jovem artista gaviense Fernando Mar-ques, ou simplesmente Marques comogosta de assinar os seus trabalhos, abriu,no passado sábado, a sua primeira expo-sição individual, no salão nobre da Juntade Freguesia de Gavião.

Apoiada pela associação Milho d’Oiro,a mostra foi inaugurada com uma perfor-mance que juntou a arte de Marques coma dança de Francisco Benitez, que deliciouos que enchiam o salão.

Pelas 22h10, com as luzes apagadas eum silêncio impressionante, os artistas su-biram para cima de um estrado no meio dosalão, e com um raio de luz projectado so-bre eles fez-se arte. Fernando Marques de-senhava e Francisco Benitez dançava. O

som produzido pelo sapateado do fla-menco de Francisco inspirava Marques quedesenhava, e durante minutos fazem arteem perfeita sintonia.

Findo o espectáculo, Marques revelou oseu trabalho retirando o pano preto que co-bria cada uma das suas obras, desenhosque retratam a terra onde o artista nasceu.Fernando Marques, emocionado, agrade-ceu a todo aqueles que nele acreditaram eapoiaram a realização da exposição, “umsonho de longos anos agora concretizado”.

A mostra pode ser visitada até ao dia 20de Dezembro, na Junta de Gavião, às se-gundas, quartas e quintas-feiras das 14 às19 horas, e às terças e sextas-feiras, das 14às 22h30.

Fundado em Setembro de 1986, o RanchoFolclórico Associação Cultural S. MartinhoBrufe esteve no passado sábado no pro-grama “Povo e Saber”, da Rádio Digital,dedicado ao folclore e à música tradicionalportuguesa. Actualmente composto por 55componentes, que vão dos quatro aos 86de idade, o grupo já dispõe de sede pró-pria, até porque utiliza as instalações daassociação e por isso esta não é uma preo-cupação para o grupo. Por concretizar está

a gravação de um CD com as músicas dogrupo, um projecto que querem concreti-zar a breve prazo.

O Rancho de S. Martinho de Brufe jáconta no seu historial com deslocaçõesà vizinha Espanha, mas José Carlos, pre-sidente do grupo, destacou a actuaçãoque fizeram em 1983, quando ainda nãoestavam registados, num convívio emMira onde participaram cerca de 200ranchos.

Rancho Folclórico S. Martinho Brufe quer gravar CD

Tocadores e Cantadores de Delães em convívio

O Grupo de Tocadores e Cantadores de Delães organiza, sábado, dia 13, um con-vívio de Natal de “Pereiras, Macedos, Martins e amigos”, pelas 19h30, no res-taurante D. Ricardo, em S. Torcato, Guimarães. Na altura, o Grupo vai apresentarum novo trabalho e novos músicos.

O núcleo nº 15 da Fraternidade Nuno Al-vares, de Avidos, realiza no próximo do-mingo, dia 14, um sarau cultural, no sa-lão da Junta de Freguesia, pelas 15

horas. Intitulado “A Música das Pala-vras”, o sarau pretende homenagear omúsico e homem de cultura Manuel Aze-vedo Mendes de Carvalho.

Sarau cultural em Avidos

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12 pública: 10 de Dezembro de 2008 ffrreegguueessiiaass

Os alunos dos cursos CEF de Apoio Familiar à Comunidade, Re-frigeração, Ar Condicionado e Climatização e ainda Operador deInformática da Forave deslocaram-se, na passada sexta feira, àEscola E.B. 2,3 de Ribeirão, para assistirem à representação dapeça de teatro “Auto da Barca do Inferno”, de Gil Vicente. O es-pectáculo, que foi ainda assistido pelos alunos do 9º ano destaescola, foi apresentado pelo grupo de Arte Dramática Casa dosAfectos, de Almada, com o intuito de reforçar e solidificar o es-tudo da obra. Além de mostrarem o que valem ao representa-rem o auto na íntegra e com a maior das fidelidades, o profis-sionalismo dos actores e actrizes esteve também presente naforma como captaram o interesse do público que encheu porcompleto o pavilhão polivalente da escola. “A peça foi apresen-tada com gestos e linguagens plenas de actualidade que, longede constituir qualquer anacronismo, serviu para acentuar a forte crítica de costumes que está ligada à obra vicentina. O balançofinal foi positivo e a representação teatral foi sem dúvida um mo-mento artístico de grande beleza”, refere um comunicado en-viado pela Forave à comunicação social.

Alunos da FORAVE assistem a peça de teatro

Rui Pereira não deixou novidades sobre GNR de Riba d’Ave

Ministro iinnaauugguurraa quartelmoderno em Joane

O ministro da Administração In-terna inaugurou, domingo àtarde, o novo quartel da GNR deJoane. Rui Pereira presidiu à ce-rimónia, que trouxe a Joane asmais diversas patentes daGuarda Nacional Republicana,entre muitos outros convida-dos, nomeadamente o Gover-nador Civil de Braga e o presi-dente da Câmara de Famalicão.Foram também muitos os popu-lares que assistiram à cerimó-nia, entre os quais se contavamvários presidentes de Junta edeputados municipais.

O novo posto da GNR estáconstruído na Avenida dos La-borins, numa empreitada queimplicou um investimento go-vernamental a rondar os 700mil euros. Era uma infra-estru-tura reclamada há vários anos,mas a sua construção foi sendosucessivamente adiada desde1997.

Algo que foi lembrado pelopresidente da Junta de Joane,Ivo Sá Machado: “Nesta horaem que alguns se elevam paraserem vistos, é bom lembrar aslutas travadas em prol desteequipamento. Lembrar AntónioTorrinha, Orlando Oliveira ouAgostinho Fernandes, aos quaisme associo, é um imperativo,pois sendo conhecedor dosavanços e recuos desta obra,ignorá-los é faltar à verdade”.

Num discurso incisivo, o au-tarca deixou vários agradeci-mentos, nomeadamente ao ac-tual Governo, por ter cumpridoa promessa feita. “Apesar docombate ao défice, soube o Go-verno do eng. José Sócrates en-contrar as verbas para que hojeestejamos cá, ao contrário deoutros, que nunca tiveram estequartel como prioridade”, ati-rou, recordando ainda que omunicípio também soube“atempadamente criar condi-ções para que o processo nãosofresse mais delongas”.“Quando foi necessário definiro terreno, foi com o então pre-sidente da Câmara AgostinhoFernandes que tudo foi acor-dado”, lembrou.

Também o presidente da Câ-mara de Famalicão, ArmindoCosta, recordou o papel impor-tante que a autarquia teve naconcretização desta obra, aodisponibilizar o terreno. “O mu-nicípio de Famalicão orgulha-se deste equipamento, porquese trata de uma obra de exce-lência”, declarou o edil, acres-centando tratar-se de “uma boaprenda de Natal para o conce-lho de Famalicão”.

No seguimento, ArmindoCosta aproveitou para dizer aoministro quea o nível dos equi-pamentos de segurança, o mu-nicípio regista “um défice de in-vestimento que é precisoresolver com a máxima urgên-cia”, apontando que, em maté-ria de instalações, o quartel daGNR de Joane “é o grande in-vestimento do Governo em Fa-malicão nos últimos 20 anos,depois da construção das ins-

talações da PSP”.Daqui, o autarca passou

para a necessidade de solucio-nar com urgência o problemadas instalações da GNR de Ribad’Ave, “cujas condições são‘muito más’, como reconheceuno local, recentemente, o se-nhor Secretário de Estado dr.Rui Sá Gomes”. “Na altura,apresentei ao senhor secretá-rio de Estado uma solução parareinstalar a GNR de Riba d’ Ave,que teria a vantagem de resol-ver também o financiamento daconstrução do futuro quartel debombeiros da vila”, situou Ar-mindo Costa, para pedir ao mi-nistro “uma particular atençãoa este problema, ajudando aconcretizá-lo, no mais curto es-paço de tempo possível”.

NNaaddaa ddee nnoovvooNa sua intervenção, Rui Pe-

reira não respondeu à solicita-ção do presidente da Câmara eno final da cerimónia, aos jor-nalistas, também nada de novoadiantou. O ministro referiu oque já se sabia, isto é, que vaiser estudada a possibilidade deinstalar a GNR num espaço pro-visório, “porque as instalaçõesdas forças de segurança têmque obedecer a certos requisi-tos técnicos”. Se esses requisi-tos estiverem assegurados, “va-mos falar, porque o nossointeresse é conseguir instala-ções melhores”. “A data aindanão está prevista, está previsto,isso sim, uma ida da GNR paraver se a instalação nos satisfaz

para avançar o mais rapida-mente possível com esse pro-jecto”, afirmou.

De resto, em Joane, Rui Pe-reira anunciou que o Governovai proceder, em 2009, ao re-crutamento de dois mil novoselementos para a PSP e para aGNR, e construirá sete carreirasde tiro para treino. O ministrofalou ainda na continuação doprograma de compra de 42 milnovas pistolas para as forçaspoliciais, 10 mil das quais já ad-quiridas, bem como no investi-mento na construção ou recu-peração de quartéis, naaquisição de viaturas e no re-forço dos meios de comunica-ção e dos informáticos.

“Vai verificar-se um au-mento quer do orçamento geraldo Ministério da AdministraçãoInterna, em 8%, quer do PID-DAC [Plano de Investimentos eDespesas de Desenvolvimentoda Administração Central], quevai aumentar mais, em 14%, oque é um sinal muito claro daaposta que fazemos no reforçodas forças de segurança”, fri-sou o governante.

Referindo-se ao quartel deJoane, Rui Pereira, que visitoutodo o edifício, disse tratar-sede um “Posto Século XXI”, su-blinhando as novas valências,como uma sala para reconheci-mentos, uma sala de apoio à ví-tima, meios de comunicação einstalações destinadas a pes-soas deficientes.

**ccoomm CC..AA..SS..

MMaaggddaa FFeerrrreeiirraa**

Ministro disse que Joane tem um “Posto do Século XXI”

Magda Ferreira

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13pública: 10 de Dezembro de 2008ffrreegguueessiiaass

Vários alunos que frequenta-ram cursos EFA (Educação eFormação de Adultos) no horá-rio nocturno na Didáxis de Ribad’Ave estão há mais de doismeses à espera do respectivocertificado. Alguns vêemmesmo ameaçada a frequênciade outro estabelecimento deensino para prosseguir os es-tudos. Contactada, a Didáxisprometeu que o problema fi-cava resolvido ontem, terça-feira.

O caso foi denunciado aoOP por três alunos que, entreSetembro de 2006 e Julho de2008, frequentaram o cursotécnico de práticas comerciais,com o objectivo de alcançar du-pla certificação ao nível do 3ºciclo.

Começam por dizer que ocurso acabou por demorar maistempo do que lhes foi dito ini-cialmente, mas sete dos 21 for-mandos que iniciaram a forma-ção decidiram ir até ao fim.Terminadas as aulas em Julhodeste ano, dirigiram-se à es-cola para obter o respectivocertificado do 9º ano, mas foi-lhes dito que tal só seria pos-sível em Setembro. No arran-que de novo ano lectivo lá sedirigiram novamente à secreta-ria, tendo sido informados queos certificados só seriam emi-tidos em final de Setembro ouprincípios de Outubro… a partirdaqui as desculpas foram-sesucedendo.

Contam estes três alunosque primeiro lhes pediram paravoltar uma semana depois; aseguir mandaram-nos falar como coordenador do curso, o pro-fessor de Matemática, mas esteestaria de baixa médica; pro-curaram, então, o coordenadordos cursos nocturnos, que lhesterá dito que ia falar com o di-rector da cooperativa. Voltaramà escola em busca de uma res-posta e ouviram que agora fal-tava um papel da Direcção Re-gional de Educação do Nortepara imprimir os certificados,o que seria feito no dia se-guinte, mas tal não se verifi-cou.

“Ultimamente temos ido láquase todos os dias, estou

cheio disto, as pessoas andama gozar connosco”, desabafou,em declarações ao OP, um dosestudantes, que preferiu nãoser identificado, bem como osrestantes colegas.

Estes três alunos decidiramprosseguir os seus estudos einscreveram-se num curso EFAde informática na Escola Pro-fissional Bento de Jesus Ca-raça, em Pedome, para com-pletar o 12º ano. Agoraatingiram uma situação de de-sespero, pois têm até final doano para entregar neste esta-belecimento o comprovativo deque fizeram o 9º ano. “Em Ja-neiro cortam-nos a matrícula esuspendem o subsídio. Paranós é dramático, andamos estetempo todo para nada”, afirmao mesmo educando.

“Temos medo que a nossamatrícula não tenha sido bemfeita desde o início. Fomos aprimeira turma na Didáxis noscursos nocturnos neste modelo

e temos medo que algumacoisa tenha corrido mal e agoranão saibam como resolver oproblema”, acrescentou.

EEssccoollaa eexxpplliiccaa--sseeContactada pelo OP, a di-

rectora pedagógica da Didáxisde Riba d’Ave, Irene Alferes,disse desconhecer a situação.Informando que em causa es-tão alunos de duas turmas, aresponsável garantiu que todosos certificados seriam emitidosaté ao final do dia de ontem,terça-feira, e podiam ser levan-tados a partir desta quarta-feira.

A responsável explica queeste atraso só pode ter-se de-vido ao “grande volume de tra-balho” que a escola teve queenfrentar no arranque do anolectivo. “Muitas vezes ficamoscá pela noite dentro, tivemosque introduzir dados de 1.300alunos” na nova plataforma doMinistério da Educação.

“Nós fomos dos primeiros ater estes cursos EFA, todos ti-vemos que aprender, houve vá-ria formação ao longo do ano,mesmo ministrada pelo próprioministério”, acrescenta ainda.

A directora desconhece a ra-zão porque este assunto nuncachegou ao seu conhecimento,nem consegue explicar o queterá obrigado os alunos a diri-girem-se tantas vezes à escola.“Conhecendo-me tão bemcomo me conhecem, lamentoque nunca me tivessem posto oproblema e tivessem faladocom A, B ou C, que podem nãome fazer eco do problema”, re-fere.

“A escola normalmente temrespostas prontas e eficazespara os problemas, neste casoconcreto não o teve. Não que-remos prejudicar ninguém,muito menos pessoas que comgrande sacrifício procuramcompletar a sua formação”,disse ainda a directora.

Frequentaram ensino nocturno na Didáxis de Riba d’Ave

Alunos ((ddeess))eessppeerraammpelo certificado

A empresa Trifitrofa – Co-mércio de Fios Têxteis re-cebeu, no passado dia 25de Novembro, em Lisboa,o Prémio PME Empresas.Localizada na Trofa, estaindústria tem sabido en-frentar as contrariedadesde um sector a que mui-tos já tinham vaticinado amorte, mas que continuaa gerar bons exemplos,como é o caso da Trifi-trofa.

Qualidade, rapidez deentrega e escolha de par-ceiros têm sido o lemadesta PME, que apresentaum histórico de cresci-mento assinalável. Em2005, a Trifitofa facturou4,5 milhões de euros, em2006 subiu a facturaçãopara 9 milhões e em 2007chega aos 14, 6 milhões.

Trifitrofa recebepprréémmiioo

PMEMMaaggddaa FFeerrrreeiirraa

Escola garante que certificados estão prontos esta quarta-feira

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14 pública: 10 de Dezembro de 2008 ffrreegguueessiiaass

FFaa llee ccii mmeenn ttooss

AAllbbeerrttiinnaa FFeerrrreeiirraa,, no dia 5 de Dezembro,com 86 anos, viúva de Joaquim deAraújo, da freguesia de BBaaiirrrroo..

EEmmíílliiaa PPeerreeiirraa AAllvveess,, no dia 6 de Dezem-bro, com 87 anos, viúva de Adriano daSilva Almeida, da freguesia da LLaammaa((SSaannttoo TTiirrssoo))..

AAllbbeerrttoo FFeerrrreeiirraa MMoorreeiirraa,, no dia 5 deDezembro, com 82 anos, casado comHerondina Dias Oliveira, da freguesia deBBuurrggããeess ((SSaannttoo TTiirrssoo))..

Agência Funerária de BurgãesSede.: Burgães / Filial.: Delães Telf. 252 852 325

MMaarriiaa AAlleexxaannddrriinnaa PPiinnhheeiirroo NNuunneess BBaarr--bboossaa,, no dia 6 de Dezembro, com 75anos, viúva de Manuel Martins Lopes,da freguesia de GGaavviiããoo..

Agência Funerária de CalendárioCalendário – 252 377 207

AArrmmiinnddoo aa CCoossttaa OOssóórriioo,, no dia 4 deDezembro, com 77 anos, casado comMaria Emília Carvalho Moreira, dafreguesia de AArreeiiaass ((SSaannttoo TTiirrssoo))..

EEmmíílliiaa ddaa SSiillvvaa TTiinnooccoo,, no dia 6 deDezembro, com 90 anos, viúva de An-tónio Pereira Cortinhas, da freguesia deLLaaggooaa..

JJooaaqquuiinnaa RRoossaa MMaarrqquueess,, no dia 6 deDezembro, com 84 anos, viúva de Ar-mindo Alves da Silva, da freguesia deRRuuiivvããeess..

HHééllddeerr JJoosséé CCaarrddoossoo CCaarrnneeiirroo,, no dia 7de Dezembro, com 32 anos, casado comPaula Cristina Gomes de Carvalho, dafreguesia de LLaannddiimm..

Agência Funerária da LagoaLagoa – Telf. 252 321 594

JJoosséé ddaa SSiillvvaa CCaarrvvaallhhoo,, no dia 2 de Dezembro,com 71 anos, casado com Arminda FerreiraMourão da Silva Carvalho, da freguesia deBBrraaggaa..

JJoosséé MMaarriiaa MMaarrqquueess FFeerrrreeiirraa,, no dia 3 deDezembro, com 53 anos, solteiro, da fregue-sia RReeqquuiiããoo..

FFeerrnnaannddaa ddaa SSiillvvaa RReebbeelloo LLooppeess,, no dia 5 deDezembro, com 90 anos, viúva de ÁlvaroAraújo Lopes, da freguesia de CCaalleennddáárriioo..

AAnnttóónniioo OOlliivveeiirraa FFeerrnnaannddeess,, no dia 6 deDezembro, com 65 anos, casado com Mariado Céu Rodrigues Pereira, da freguesia doLLoouurroo..

CCaarrllooss FFrraanncciissccoo IIllhhããoo PPeeiixxoottoo,, no dia 9 deDezembro, com 75 anos, casado com Miqueli-na Alves de Oliveira Peixoto, da freguesia deVViillaa NNoovvaa ddee FFaammaalliiccããoo..

Agência Funerária Rodrigo Silva, LdaVila Nova de Famalicão – Tel.: 252 323 176

FFrraanncciissccoo XXaavviieerr CCaarrddoossoo VViilleellaa,, no dia 6de Dezembro, com 40 anos, solteiro, dafreguesia de OOlliivveeiirraa SSaannttaa MMaarriiaa..

AAnnttóónniioo JJoosséé ddaa SSiillvvaa MMaarrttiinnss,, no dia 7de Dezembro, com 44 anos, solteiro, dafreguesia de PPeeddoommee..

Agência Funerária S. JorgePevidém– Tel.: 253 533 396

JJooaaqquuiimm FFeerrrreeiirraa ddee SSoouussaa,, no dia 4 deDezembro, com 86 anos, casado comRosalina Cantinho de Oliveira Barra-nhas, da freguesia de FFrraaddeellooss..

Agência Funerária PalharesBalazar– Tel.: 252 951 147

MMaarriiaa EEllvviirraa MMaacchhaaddoo NNoogguueeiirraa,, no dia27 de Novembro, com 48 anos, casadacom Delfim Júlio Carvalho Machado, dafreguesia de RRuuiivvããeess..

AAnnttóónniiaa FFaarriiaa,, nno dia 27 de Novembro,com 77 anos, casada com Horácio Dias,da freguesia de DDeellããeess..

RRoossaa ddaa CCuunnhhaa,, nno dia 30 de Novembro,com 87 anos, viúva, da freguesia de RRii--bbaa dd’’AAvvee..

Agência Funerária de Riba D’ AveRiba D’Ave – Tel.: 252 982 032

AAllbbiinnoo ddaa SSiillvvaa MMiirraannddaa,, no dia 5 deDezembro, com 52 anos, casado, dafreguesia de OOlliivveeiirraa SSaannttaa MMaarriiaa..

Agência Funerária Carneiro & GomesOliveira S. Mateus – Telm. 91 755 32 05

TTeerreessaa GGoommeess

Agradecimento

No passado dia 1 do mês de Dezembrofaleceu a D. Teresa Gomes, que residiana Freguesia de Calendário.Seus filhos, filhas, noras, genros, netos edemais família, vêm por este meio, a-gradecer a todas as pessoas que se in-

corporaram no funeral do seu saudoso familiar, bem comoàs que assistiram à missa do 7º Dia ou às que de qualqueroutra forma se associaram à sua dor.

Calendário, 10 de Dezembro de 2008

Filhos: António Gomes da SilvaJoão Manuel Gomes da Silva

José Joaquim Gomes da SilvaManuel António Gomes da Silva

Adolfo Gomes da SilvaJosé António Gomes da Silva

Maria de Fátima Gomes da SilvaFunerária Ribeirense - 252 491 433

AAnnttóónniioo RReebbeelloo((AAppoosseennttaaddoo ddaa PP..SS..PP..))

Missa 1º Aniversário

Sua esposa, filhas, genros, netos e de-

mais família cumprem o doloroso dever

de comunicar a todos os amigos e pes-

soas das suas relações a celebração da

missa do 1º Aniversário do falecimentodo seu ente querido que se realiza no dia

13 de Dezembro às 20h30 na Igreja Paroquial de Gav-ião. Desde já o seu profundo reconhecimento a quantos

se dignarem assistir a este piedoso acto.

Gavião - Vila Nova de Famalicão, 10 de Dezembro de 2008

A Família

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15pública: 10 de Dezembro de 2008pprraaççaa ppúúbblliiccaa

Pelos quatro cantos da ca(u)sa

DDoommiinnggooss PPeeiixxoottoo

ProveitoIndubitavelmente a co-

ligação autárquica famali-cense, Armindo Costa emparticular, tem sabido ti-rar enorme proveito dagestão implementada noconcelho!

Queira-se ou não egoste-se ou não, na áreacultural tem sido imple-mentada uma políticamuito “lucrativa” para asaspirações do ainda edil!

No meu entender, osmeios ao seu dispor têmsido rentabilizados deforma invejosa. A Biblio-teca e as suas várias ex-tensões, a Casa das Artes,a rede de museus, a Casade Camilo e seus apêndi-ces e agora o “brilharete”da transferência (apenasisso) do Arquivo Munici-pal Alberto Sampaio paranovo edifício, têm sido ge-ridos de forma superior!

Pontos negativos e,por isso mesmo, não me-nos importantes, o fa-lhanço total da Casa da Ju-ventude e o ostracismo daGeminação Famalicão S.Fargeau Pontierry, quenem o aparecimento deoutras compensa!

A “timoneiro destaarte” está um homemsimples, humilde e cora-joso que, quase no ano-nimato, é o grande anga-riador de “louros” paraArmindo Costa!

De seu nome Sá daCosta, que conheci nacampanha presidencialde Maria de Lurdes Pin-tassilgo, jurista, exer-cendo funções no sindi-calismo afecto à CGTP-IN(a minha Central Sindical

de ontem, de hoje e desempre!), Agostinho Fer-nandes “fez a sua aquisi-ção” para dirigir a Casa daCultura vários anos antesde deixar a presidência!

Tive com Sá da Costauma altercação algoagressiva aquando da suapresença – que entendiprovocatória – na acçãode protesto, levada acabo por muitos cida-dãos, contra a implanta-ção do “mural” nos jar-dins dos Paços doConcelho e não “aprecioo seu contributo político”para os êxitos de ArmindoCosta e da Coligação daDireita! Tal não me podeimpedir de reconhecer oseu mérito, que, aliás lheconfere maior valor e deentender a sua prestaçãoenquanto responsável sé-rio e honesto de um de-partamento, ao serviço doqual põe todo o seu em-penho, conhecimentos esabedoria. Há homens as-sim, que não dão nas vis-tas, mas são os verdadei-ros obreiros! Portugal eFamalicão, mais quenunca precisam deles.

Na música, na dança,no teatro, nos livros, nahistória, no cinema, na in-vestigação, etc., lá está a“mão certeira” de Sá daCosta a dar “brilho” à co-ligação que tão bem osoube “manter” (atéquando?) à frente dosdestinos desta área noConcelho de Vila Nova deFamalicão!

O último “acto”, a quetive o prazer de assistir foia homenagem a José Ma-

nuel Mendes, homem deesquerda, escritor, poetae orador brilhante entreoutros atributos. Lá es-tava, a tempo, o timoneiroSá da Costa; brindaram-nos com significativoatraso os titulares home-nageantes, aliás em nú-mero reduzidíssimo!

Não tenho presente seSá da Costa foi uma dasindividualidades recente-mente homenageadaspelo Município. Se não foié de inteira justiça que ovenha a ser!

Bom nos “espectácu-los e na fotografia” o se-nhor Presidente da Câ-mara sabe, assim, tiraroutro proveito para a suacandidatura, mais queevidente, ao terceiro man-dato.

Os famalicensesnunca esquecerão, po-rém, que a herança, patri-monial e humana, quemaior proveito lhe temgranjeado foi deixada porAgostinho Fernandes epelo Partido Socialista,pelo que o “meu” candi-dato e, espero, futuro pre-sidente da autarquia,deve olhar para estesbons exemplos e não terpruridos de lhes dar con-tinuação, a bem dos fa-malicenses, do municípioe do PS. Não deve ter,igualmente, pudor emcortar cerce com tudo oque tem sido formas deabuso de poder, arbitra-riedade, laxismo, compa-drios e injustiças se quertirar proveito da insatisfa-ção e frustração reinantesnos famalicenses!

Foi, por entre as densas nuvens destes pri-meiros dias de Dezembro, que surgiram asluzes que brilham, ali a uma pequena dis-tância da mão erguida de uma criança, paraquem afinal, Ele chegou. Ele, o Natal. Pela ci-dade, também as montras vendem as suasilusões, que precedem a venda de algunsdos seus produtos nestes tempos de crise,que atinge todos, mesmo os mais abasta-dos.

Para estes, porém, ela não tem a cor dovazio no fundo do baú. Apesar de tudo, tam-bém a cidade se vestiu, vaidosa, para rece-ber este acontecer que se chama Natal. Comefeito, desde logo se preparou com uma cin-tilante iluminação que lhe faz prolongar odia, pela noite dentro, mesmo invernosa queseja. Com este facto, as pessoas melhor po-dem fazer cidade natalícia, pela noite fora,sem tropeçarem no …tapete. Do lado de cimachega o som musical que dá a sua contri-buição ao sentido da alegria, para o am-biente tradicional da festividade natalícia.Dentro de dias também se vai passar a ouviruma voz sonora da oportunidade natalícia,com um discurso que transporta a intenção

de outra oportunidade, num aproveitamentocircunstancial. À cidade, chegam pessoasde todas as aldeias. Estas enchem os espa-ços mais atraentes, das melhores circuns-tâncias e das melhores conveniências. Nãoobstante, antes de chegarem à cidade, jápassaram pelos centros comerciais, aliásmuito abundantes, designadamente, os quese encontram perto da sede do concelho.Diga-se, em abono da verdade, que a abun-dância destas realidades comerciais emmuito contribuiu para a deterioração do co-mércio local que, assim, ficou altamente fra-gilizado. De tal forma, que, só com muitacriatividade, engenho e empenho consegueresistir.

Mesmo assim, o comércio local lá se vaiempenhando por oferecer o melhor quepode aos seus fregueses natalícios, encan-tando-os com a sua cidade natalícia linda-mente embelezada. De facto, os famalicen-ses merecem um bom comércio local, paraque possam ter um verdadeiro Natal tradi-cional.

P.S. No próximo número daremos conti-nuidade, ao nosso Natal.

Chão Autárquico

VViieeiirraa PPiinnttoo

Natal tradicional?

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16 pública: 10 de Dezembro de 2008 pprraaççaa ppúúbblliiccaa

Durante as últimas semanas,foi evidente a preocupaçãodos cronistas socialistas naimprensa local em destacaremo facto do candidato do seupartido à Câmara Municipal deV. N. de Famalicão ser profes-sor doutor.

É importante para a demo-cracia que pessoas com for-mação superior estejam dis-postas a contribuir para odesenvolvimento da socie-dade. No entanto, o facto dealguém possuir um qualquertítulo de Mestre, Doutor, En-genheiro, Professor, Arqui-tecto ou Bacharel não faz, porsi só, com que essa pessoaseja melhor ou superior às de-mais. Significará apenas queessa pessoa possui algumtipo de especialização numaou mais áreas de conheci-mento.

O carácter, a visão, a ho-nestidade, a vontade e a de-terminação não se adquiremnem se medem apenas pelaostentação de um qualquer tí-tulo académico, independen-temente da forma como foiconseguido.

Entendo que no interiordos partidos não deverá ha-ver uma predisposição paradar ênfase a determinadaspessoas pelo simples facto deterem um curso superior. Asescolhas e opções devem serfeitas em função daquilo queefectivamente demonstramser capazes todas as pessoas,de forma a todos se empe-nharem ao máximo na cons-trução de uma sociedade maisjusta e equilibrada.

O estado da Educação emPortugal é sem dúvida umtema incontornável nos últi-mos tempos, principalmentea luta dos professores contrao sistema de avaliação que oMinistério lhes impõe. Estebraço-de-ferro sem fim à vistaestá a tornar-se numa situa-

ção particularmente grave pe-las consequências que podeoriginar.

Se nos recordarmos, emAgosto passado o Presidenteda Republica interrompeu assuas férias para deixar o paísem suspenso com uma decla-ração a propósito do EstatutoPolítico-Administrativo dosAçores. Sem querer retirar im-portância a esse assunto, se-ria de esperar que com a si-tuação grave que se passaactualmente na Educação, Ca-vaco Silva tivesse idêntica ati-tude ou, no mínimo, que cha-masse o Governo e osProfessores e promovesse umentendimento efectivo. Pelocontrário, apenas lhe ouvimosque confia no diálogo, quandojá todo o país percebeu queisso não tem perspectivas deacontecer.

O Presidente da República,como responsável máximo danação, deveria ter a iniciativade actuar antes que as conse-quências sejam mais graves,não pode apenas percorrer opaís a fazer inaugurações eem ocasiões festivas.

É urgente que a figura maisalta do Estado cumpra o seudever de garantir o normalfuncionamento das institui-ções democráticas, quandomanifestamente isso não estáa acontecer. Juntando a issoo triste episódio aquando dasua visita à Madeira em quese deixou submeter à vontadede Alberto João Jardim e aomanter como Conselheiro deEstado alguém sobre quem re-caem muitas suspeitas (no mí-nimo) de irregularidades nosistema financeiro, facilmenteconcluímos que Cavado Silvadeixa muito a desejar em re-lação a todas as expectativasque muitos portugueses lhedepositaram quando o elege-ram.

wwwwww..jjllaarraauujjoo..ccoomm

Maré Alta

JJoosséé LLuuííss AArraaúújjoo

Professores doutores

D’Esguelha

GGoouuvveeiiaa FFeerrrreeiirraa

Ziguezagues democráticos

- Tem que ficar suspensa, pá!- O quê? A democracia?- Não, pá. A avaliação.- Mas, a ministra disse que suspendia no fim do ano.- E por que é que há-de ser no fim e não agora?- Porque o Sócrates não quer dar uma imagem de cedência.

Deixa lá! Vai dar ao mesmo.- E, mesmo assim, ainda vais à reunião do partido?- Ó pá… é preciso unir a malta à volta do governo.- E que é que tu lucras com isso?- Não é para mim. O meu filho é que está para entrar nas lis-

tas da jota.- Ó pá, e por causa disso vais deixar-te avaliar pela Guidi-

nha, que quase nunca deu aulas?- Ela também não chateia a malta do partido.- Mas, tens a certeza?- Ahnn…

De vez em quando

BBaarrbboossaa ddaa SSiillvvaa

Medianias!“Errare humanum est” locaçãolatina que se traduzirá em “erraré próprio do homem”, ao que,pelos vistos, todos estamos su-jeitos, individualmente consi-derados. Sempre me disserame/ou ensinaram que a melhorforma de reduzirmos a nossa na-tural inclinação para o erro écultivar o trabalho em colectivo,submetendo-o sempre à apre-ciação de mais que um sujeitoe, muito particularmente,quando ele provem de órgão in-tegrante de várias pessoas e sedestina a órgão ainda maisvasto, representativamente.Não sei se o que atrás debiteitem algo de filosófico ou se foiexercício de mera lucubração,mas um dia se tiver tempo, artee um bocadinho de engenhohei-de debruçar-me sobre aabrangência daquele conceitoque um dia chegou até mim eque se expressa desta forma“ser culto é o único modo de serlivre”. Será ele atingível ou,mesmo, tangível para cada umde nós?!

Abandono a divagação e vouconcreta e directamente ao que

motiva este escrito. Não é quena passada 6ª-feira me é entre-gue caseiramente um sobres-crito – não é que nele estejaaposto qualquer remetente –procedente da Assembleia deFreguesia de Calendário, con-tendo uma convocatória para asessão ordinária que terá lugarna sede da freguesia no próximosábado, dia 13, pelas 9,15 h(manhã), onde serão discutidosentre outros pontos o plano deobras (PPI) para 2009 e bem as-sim aquilo que devia constituiro Orçamento. Ora, eis aqui a ra-zão para a minha lucubração in-trodutória.

O Orçamento que é, como jávai sendo do domínio público, odocumento que compreende asreceitas de natureza corrente ede capital, bem como as despe-sas correntes e de capital che-gou-me amputado da parte quediscrimina as fontes de receitacorrente. Errar é próprio do ho-mem. Agora de vários homens(pelo menos 5, presidente, se-cretário, tesoureiro e os dois vo-gais), não só é estranho comoaté imperdoável. Pensei apro-

veitar esta oportunidade paradiscorrer sobre o que naquelesé propugnado, mas em poucostraços resumirei a minha aná-lise sobre os mesmos.

Continuam a ser documen-tos apologéticos do alcatrão outapete betuminoso em algumasartérias da freguesia a par daininterrupta repetição em todo omandato que terminará em Ou-tubro de 2009 da construção deum estaleiro na rua da Cal. Epouco mais há do que repetiruns ajardinamentos que seadiam ano após ano… Ah! mashá mais qualquer coisa. A intro-dução é sublime. A imaginaçãoe a criatividade nunca terão sidoatributos do executivo da fre-guesia, o que é desculpável. Oque não me parece desculpávelé que não haja – mas há – al-guém capaz de produzir uma in-trodução sem que tenha de pla-giar (copiar) a introdução que aCâmara Municipal faz a idênti-cos documentos. Se o copiançotransposto para os 2º e 4º pará-grafos é mediania, não menosmediania o são os lº e 3º pará-grafos. Enfim medianias!

Corria o ano de 1974,quando um jovem grupode ex-deputados da deno-minada e célebre “Ala-Li-beral”, que se opunhamàs políticas marcelistas,formou o PPD/PSD. O triofundador deste partido,Francisco Sá Carneiro,Francisco Pinto Balsemãoe Joaquim MagalhãesMota, davam, assim, a 4de Maio de 1974, inícioàquele que se tornaria oprincipal partido portu-guês, quer em massa vo-tante, quer em militânciaactiva e participativa.

Surgia, então, no povoportuguês, a ilusão e acrença de que o futuro de

Portugal, país fustigadopela ditadura do EstadoNovo, passava pela lide-rança de Sá Carneiro e poruma sociedade huma-nista, interclassista, quenunca descurando o pa-pel essencial do Estado,defendia o mérito, a ini-ciativa e o individualismodos indivíduos, como mo-tor de desenvolvimento egerador/distribuidor de ri-queza. Foi este o rumoque Sá Carneiro sempretraçou e pelo qual pautoua sua acção politica, comvista a uma futura e rápidaintegração europeia deforma a melhorar o nívelde vida dos portugueses

que desejavam uma so-ciedade mais justa e igua-litária.

Conseguiu, sempre, aconfiança dos portugue-ses que viam nele um ho-mem de Estado, exigenteconsigo próprio e com osoutros, receita para quefosse admirado, idola-trado e odiado. Foi oexemplo máximo e a pai-xão política de uma gera-ção, o “D. Sebastião” de70 e 80, que me fez crer nopapel dos partidos políti-cos, enquanto actores de-mocráticos. Seguramenteque este símbolo da de-mocracia portuguesa se-ria intolerável com alguns

senhores que andam poraí, que pouco ou nada fa-zem em prol da socie-dade, que têm responsa-bilidades públicas epoliticas acrescidas, fal-tassem ao cumprimentodas mesmas…Com Sá Car-neiro não o consegui-riam... na vida nem tudo éeterno…

Termino, com umafrase dita por uma criançainocente, mas viva, de 3anos, onze meses e vinte etrês dias, que a 4 de De-zembro de 1980, se en-contrava sozinha emfrente ao televisor “…papá,papá, vem cá, mataram oSá Carneiro”. Será?

Voz Off

JJoosséé AAllffrreeddoo LLeeiittee

Ainda e sempre Sá Carneiro

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21pública: 10 de Dezembro de 2008ccuullttuurraa

O anúncio marcou o encerramento das comemorações do centenário da morte do historiador

Arquivo Municipal Alberto Sampaio vai ter novas instalações

A apresentação do novo ArquivoMunicipal Alberto Sampaio as-sinalou, no passado dia 2, o en-cerramento das comemoraçõesdo centenário da morte do his-toriador que repartiu a sua vidaentre Guimarães e Famalicão,que decorreu no Centro de Estu-dos Camilianos, em S. Miguelde Seide.

O novo arquivo vai assimsair da cave do edifício principaldos Paços do Concelho, onde seencontra actualmente, para ocu-par novas instalações na RuaAdriano Pinto Basto, na antigaCasa Malheiro, no centro da ci-dade. Segundo referiu o presi-dente da Câmara de Famalicão,Armindo Costa, “esta é a melhorhomenagem que se poderiaprestar a quem dedicou os seusdias e a sua inteligência à in-vestigação histórica”, acrescen-tando que o novo espaço “vaicriar um pólo cultural de exce-lência no centro da cidade” eque “será um edifício apetre-chado com as melhores condi-ções técnicas operacionais, per-mitindo que todos osinvestigadores tenham acessoa uma vasta gama de fundosdocumentais”. O projecto, daautoria do arquitecto Rui Paivada Costa, vai permitir albergar

ainda arquivos de outras insti-tuições ou associações do mu-nicípio, assim como o ArquivoFotográfico Municipal, entre ou-tros acervos.

O encerramento das come-morações do centenário damorte de Alberto Sampaio ficoutambém marcado pela leitura damensagem enviada pelo Presi-

dente da República, Aníbal Ca-vaco Silva, que presidiu à co-missão de honra das comemo-rações e que sublinhou “o modoexemplar como foram realizadasestas comemorações, que en-volveram dois municípios, de-zenas de instituições da socie-dade civil e, sobretudo,procuraram despertar o inte-

resse das crianças e dos jovens”sobre a vida e obra do historia-dor.

Segundo Emília Nóvoa,membro da comissão das co-memorações, “foi muito impor-tante ter esta mensagem damais alta individualidade dopaís” considerando que “de al-guma forma é o culminar das co-

memorações com extremo su-cesso”. A mesma responsávelfaz um balanço positivo das co-memorações “ na medida emque conseguimos passar a men-sagem que era divulgar AlbertoSampaio, a sua vida e a suaobra. Os concelhos de Famali-cão e Guimarães que foramaqueles que estiveram mais pre-sentes nestas comemorações,ficaram mais ricos porque con-seguimos dar a conhecer al-guém que já há muito tempomerecia ter esta projecção”, re-feriu.

Esta sessão solene incluiuuma palestra do historiadorAmado Mendes sob o tema “Al-berto Sampaio - Precursor daHistória do Presente”, a entregade diplomas a várias entidadese personalidades que se asso-ciaram às comemorações e aprojecção do documentário “Al-berto Sampaio, o Homem e aObra”. Além do presidente daCâmara de Famalicão, ArmindoCosta, marcaram também pre-sença na mesa que presidiu aostrabalhos, o arcebispo primazde Braga, D. Jorge Ortiga; os ve-readores da Cultura das câma-ras de Famalicão e Guimarães,Leonel Rocha e Francisca Abreu,e a representante da família deAlberto Sampaio, Maria AugustaSampaio da Nóvoa Faria Frasco.

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A mesa que presidiu ao encerramento das comemorações

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Natal com aarrttee na Fundação Cupertino de Miranda

“Natal Com Arte” é o título de mais umaoficina de expressão plástica que a Fun-dação Cupertino de Miranda vai promo-ver para ocupação das férias da quadranatalícia dos mais pequenos. Em nota àimprensa, a Fundação promete “cincodias de grande animação e experiên-cias” para crianças dos 6 aos 12 anos.

A primeira oficina é já no próximodia 17. Nessa quarta-feira, vai dar-se iní-cio a cinco dias de “intensa actividade ecriatividade, com a experimentação dediversos materiais e técnicas de ex-pressão plástica”.

As inscrições continuam a decorrer,pelo que os interessados poderão efec-tuá-las na Fundação, mediante o paga-mento de 4 euros por oficina (tarde), de-vendo indicar para o efeito o nome da

criança, a idade, o contacto (morada etelefone) e a data pretendida.

As actividades propostas vão da de-coração do pinheiro à elaboração depresentes, procurando-se, desta forma,“um contacto mais alargado com omundo das Artes Plásticas e umas fériasde Natal inesquecíveis”.

Entretanto, continua patente aquarta parte da exposição “O Surrea-lismo na Colecção da Fundação Cuper-tino de Miranda”, que reúne mais de100 obras. De livre acesso, a mostra estápatente até ao dia 13 de Fevereiro, ex-pondo pinturas, desenhos e esculturasde Ana Hatherly, Eurico Gonçalves, An-tónio Areal, Mário Botas, Carlos Calvet,João Rodrigues, Gonçalo Duarte, PaulaRego, Manuel Patinha, entre outros.

Miguel Cardina fala, sexta-feira, dos movimentos estudantis no declínio do Estado Novo

Última conferência dedicadaàs lutas académicas

Os “Movimentos estudantis no declínio doEstado Novo” é o tema da última conferên-cia do ciclo dedicado às lutas académicas,que termina na próxima sexta-feira, dia 12,pelas 21h30, no Museu Bernardino Ma-chado. A iniciativa, promovida pela Câmarade Famalicão, através daquele museu, ini-ciou em Janeiro de 2006 e ao longo de 13sessões deu a conhecer os principais mo-vimentos estudantis existentes em Portu-gal, entre o período do liberalismo, em fi-nais do século XIX, e o Estado Novo.

O investigador Miguel Cardina é o ora-dor convidado deste último debate que iráapresentar o contexto sócio-cultural quelevou à rebelião juvenil ocorrida nos anos60 e 70, durante o período de queda do Es-tado Novo.

Miguel Cardina dedica-se ao estudo dasoposições ao Estado Novo, tendo publi-cado recentemente "A Tradição da Contes-

tação" (2008, Coimbra, editora Angelus No-vus), obra na qual se analisa a evoluçãodos movimentos estudantis em Coimbradesde meados da década de 50 até ao ad-vento do 25 de Abril. É licenciado em Filo-sofia pela Faculdade de Letras da Universi-dade de Coimbra e mestre em História dasIdeologias e Utopias Contemporâneas pelamesma escola. Desenvolve actualmenteum projecto de doutoramento centrado nagénese e evolução da esquerda radical por-tuguesa no declínio do Estado Novo.

Ao longo de dois anos, alguns dos me-lhores e mais conceituados especialistas ehistoriadores nacionais passaram por Fa-malicão, no âmbito deste ciclo. Para o pre-sidente da Câmara foi “uma aposta ganha,tendo em conta que se tratava de um filãoainda inexplorado, que despertou o inte-resse do país para este assunto de granderelevância da sociedade portuguesa”.

Amor de Perdição em estreiana Casa das Artes

É já esta sexta-feira, dia 12 que estreia, na Casa das Artes, a ópera “Amor de Per-dição – 100 anos depois…”. A ópera foi cantada pela primeira vez no Real Theatrode S. Carlos, na noite de 2 de Março de 1907. É uma ópera em três actos, cujo libretode Francisco Bernardo é baseado no romance de Camilo de Castelo Branco. A ver-são portuguesa do libreto é da responsabilidade de Maria João Braga Santos (1º e2º actos) e de Alexandre Delgado (3º acto), com música de João Arroyo. O início estámarcado para as 21h30. A entrada custa 10 euros.

Deolinda apresentam álbumUma das maiores revela-ções da música popularportuguesa, os Deolinda,sobem ao palco da Casadas Artes no próximo sá-bado, dia 13, pelas21h30, para um concertode apresentação do ál-bum de estreia, “Cançãoao Lado”, com 14 temasoriginais.

Deolinda é um pro-jecto de música popularportuguesa, inspiradopelo fado e as suas ori-gens tradicionais. For-mado em 2006, por quatro jovens músicos com experiências musicais diversas (jazz,música clássica, música étnica e tradicional), os Deolinda “procuram, através do cru-zamento das diferentes linguagens e pesquisa musical, recriar uma sonoridade decariz popular que sirva de base às composições originais do grupo”, diz a Casa dasArtes em nota à imprensa.

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O escritor angolano Ondjaki foi ovencedor do Grande Prémio deConto Camilo Castelo Branco 2007.O prémio, que resulta de uma par-ceria entre a Câmara Municipal deFamalicão e a Associação Portu-guesa de Escritores, distinguiu aobra literária “Os da Minha Rua”,atribuindo um valor de cinco mil eu-ros.

Na cerimónia de entrega do ga-lardão, Armindo Costa lembrou que“Ondjaki sem abandonar a suaLuanda Natal, tem também o privi-légio de pertencer à ‘rua’ de CamiloCastelo Branco”, local onde figuramnomes como Maria Velho da Costa,Mário de Carvalho, Luís Costa Go-mes, Urbano Tavares Rodrigues ouGonçalo Tavares”, referiu.

Esta é a primeira vez que o pré-mio é entregue a um escritor quenão nasceu em Portugal, nem pos-suiu nacionalidade portuguesa, porisso, o presidente da Câmara frisouque “este é um sinal que a parceriaestá cada vez mais consolidada eapresenta hoje o resultado da ino-vação introduzida no regulamentodo Prémio do Conto, com o alarga-mento a concorrentes de países Afri-canos de Língua Oficial Portu-guesa”.

O director da Casa Camilo – localonde decorreu a cerimónia – Aní-bal Pinto de Castro, salientou doisfactos importantes deste prémio:primeiro porque é a primeira vezque é atribuído a um autor de umpaís africano de língua portuguesa,e depois a juventude do premiado.

OObbrraa aauuttoobbiiooggrrááfificcaaPublicado em 2007, pela Edito-

rial Caminho “Os da Minha Rua” éuma obra que fala das músicas, lu-gares, cheiros e lembranças do es-critor. Neste livro, Ondjaki conduzos leitores a cenas de carácter inti-mista que levam ao registo de umaépoca em Angola, sobretudo a suainfância em Luanda nas décadasde 1980 e 1990. Os limites entrebiografia e ficção são continua-mente desafiados, basta observar otom intimista a mesclar-se conti-nuamente a uma perspectiva his-tórica.

Receber este prémio significa

para Ondjaki uma grande honra atéporque é o primeiro autor não por-tuguês a ser distinguido. “Pessoal-mente é uma grande satisfação, efico contente pelo meu país. Mas re-ceber este prémio significa que háuma maior responsabilidade e, porisso, vou continuar a trabalhar maise com melhor qualidade”, frisou.

Neste conto, tal como noutrostrabalhos do autor a ironia está pre-dominantemente presente comosalientou Manuel Fias Martins, re-presentante do júri do Prémio doConto. Lê-se: “a vida às vezes é

como um jogo brincado na rua, es-tamos no último minuto de umabrincadeira bem quente e não sa-bemos que a qualquer momentopode um familiar a avisar que abrincadeira já acabou e estás nahora de jantar. A vida afinal acon-tece muito de repente”.

O Prémio do Conto é para a Câ-mara Municipal de Famalicão umaforma de promover a figura de Ca-milo Castelo Branco. Como referiuArmindo Costa, “investir na culturaé tão importante como investir naágua, no saneamento ou na rede

viária”. “A Cultura, em sentido lato,é uma ferramenta essencial para aformação das pessoas, tanto emtermos pessoais como profissio-nais. E isso tem reflexos imediatosna sua qualidade de vida”, frisou.Acrescentando: “Como dizia CamiloCastelo Branco, ‘Os dias prósperosnão vêm por acaso. Nascem demuita fadiga e muitos intervalos dedesalento’”.

Pela obra literária “Os da Minha Rua”

Ondjaki recebeu Grande Prémio de Conto

Ondjaki é o pseudónimo li-terário de Ndalu de Almeida,escritor nascido em Luandaem 1977 e formado em So-ciologia em Lisboa. Inte-ressa-se pela interpretaçãoteatral e pela pintura (duasexposições individuais, emAngola e no Brasil). Partici-pou em antologias interna-cionais. Escreve para ci-nema e co-realizou umdocumentário sobre a ci-dade de Luanda. É membroda União dos Escritores An-golanos. Recebeu no ano de2000 uma menção honrosano prémio António Jacintopelo livro de poesia. Em2005 o seu livro de contos“E se amanhã o medo” ob-teve os prémios Sagrada Es-perança e António Paulouro.Ondjaki irá publicar umnovo romance no próximoano, promete continuar atrabalhar na escrita infantil eainda em Fevereiro irá pu-blicar um livro de poesia.

Percurso de Ondjaki

PPeeddrroo AAlleexxaannddrree SSiillvvaa

Momento em que Armindo Costa entregue o prémio a Ondjaki

António Freitas

JJoosséé MMaannuueell MMeennddeess agradece homenagem do município famalicense

“Ainda devo imenso à comunidade”“Tenho consciência de fiqueisempre aquém do que devia edo que todos mereceriam”. Foidesta forma modesta que JoséManuel Mendes iniciou o dis-curso de agradecimento ao mu-nicípio de Famalicão, pela ho-menagem que lhe foi prestadana noite da passada quinta-feira,no Centro de Estudos Camilia-nos, em Seide S. Miguel.

O poeta e escritor foi home-nageado, na passagem do seu60º aniversário, numa cerimóniaque juntou alguns amigos, fami-liares e figuras ligadas à activi-dade cultural do município. Emo-cionado, José Manuel Mendesdisse que noites como aquelalhe trazem júbilo. “E bem precisodele. Sou um homem triste e es-tes momentos de júbilo fazem-me falta”, afirmou. Porém, acres-centou que, acima de tudo, ahomenagem o responsabiliza:“Considero que devo aindaimenso à comunidade e, por issomesmo, não paro, não renuncio,não fico por aqui”.

O poeta fez também questãode endereçar um “agradeci-mento profundíssimo” ao “esti-mado amigo” Armindo Costa; aLeonel Rocha, “um dos autoresdesta noite que nunca esquece-

rei”; a José Manuel Oliveira, di-rector do Centro de Estudos Ca-milianos; e “ao dilecto amigosde tantos anos” Artur Sá daCosta.

José Manuel Mendes nasceuem Luanda, em Setembro de1948. Escolheu Braga para viver,sendo professor na Universidadedo Minho. É também presidenteda Associação Portuguesa de Es-critores, que, conjuntamentecom a Câmara de Famalicão, atri-bui o grande prémio do Conto Ca-milo Castelo Branco. Ainda jo-vem participou activamente emmovimentos estudantis, asso-ciativos e políticos, tendo publi-cado o seu primeiro livro, de poe-sia, aos 15 anos.

Por isso, no seu discurso,Armindo Costa não esqueceu asligações do homenageado aoconcelho, afirmando que “o seunome e a sua actividade cívica,política e cultural inscrevem-se na paisagem humana destaregião, onde se integra VilaNova de Famalicão”. Recor-dando as suas crónicas no jor-nal “A Voz de Famalicão”, aapresentação de obras literá-rias nas Feiras de Livros, ou asua presença na cerimóniaanual da atribuição do GrandePrémio de Conto, o presidenteda Câmara sublinhou que “José

Manuel Mendes é um dos ros-tos visíveis do envolvimento eda participação de personali-dades literárias e instituiçõesculturais, de amplitude nacio-nal, no projecto cultural do mu-nicípio”. Neste âmbito, lembrouainda a participação do poeta

na antologia “Famalicão, 14olhares”.

Depois dos discursos, JoséManuel Mendes brindou os pre-sentes com a recitação de poe-mas da autoria de Vasco GraçaMoura, António Gedeão, MárioCesariny, Sophia de Mello Brey-

ner, Eugénio de Andrade, entreoutros. No final, chegou o mo-mento mais aguardado com oconcerto “Estuário”, com dezcanções para soprano e piano,com poemas da autoria de JoséManuel Mendes e música deFernando Lapa.

Armindo Costa ofereceu uma imagem em barro de Camilo Castelo Branco

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António Freitas

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