edição nº 117

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MERCADO & NEGÓCIOS Rússia ainda evita sanções e intervenção externa na Síria CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA Ɣ Ź17 A 23 DE JULHO DE 2012 Ano 4 Ɣ nº 117 www.jornalcapital.jor.br Indicadores / Câmbio R$1 Internacional Compra Venda % FECHAMENTO: 16 DE JULHO DE 2012 ŹPÁGINA 2 Balança tem superávit de US$ 89 milhões ŹPÁGINA 5 O resultado do reconhecimento da cachaça como produto “genuinamente brasileiro” pelos Estados Unidos, em abril, já é percebido pelo setor. De acordo com o Ministério da Agricultura, de janeiro a junho de 2012, o volume de cachaça adquirido pelos Estados Unidos aumentou 12,62%, se comparado aos primei- ros seis meses de 2011. ŹPÁGINA 8 Pessoas com deic iência terão microcrédito com juros menores ŹPÁGINA 3 FMI reduz previsão de crescimento do Brasil Votação da LDO no Congresso ainda não tem acordo ŹPÁGINA 2 Brasil domina tecnologia para posicionar satélite em órbita EUA importa mais cachaça brasileira O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais desenvolveu um subsistema de pro- pulsão para satélite, movido a hidrazina. Ao dominar essa tecnologia, o Brasil se torna também independente para criar mecanismo usado na orientação dos foguetes quando ultrapassam a atmosfera. O subsistema será usado no satélite de observação Amazônia 1, com lançamento previsto para 2013. ŹPÁGINA 5 Valter Campanato/ABr CNI reduz projeção de crescimento da economia Selic cai para 8% A Confederação Nacio- nal da Indústria re- duziu de 3% para 2,1% a projeção de crescimento do Produto Interno Bru- to (PIB), a soma de todos os bens e serviços produ- zidos no país, este ano. O dado faz parte do Informe Conjuntural do segundo trimestre, que traz a revi- são das expectativas sobre a economia brasileira em 2012. A projeção do PIB industrial também foi re- vista, de 2% para 1,6%. A estimativa de inlação me- dida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi mantida em 5% este ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros (Se- lic), de 8,5% para 8% ao ano, porque entendeu que no momento “permanecem limitados os riscos para a trajetória de inlação”. ŹPÁGINA 7 Governo quer reduzir custos da produção de forma definitiva A presidenta Dilma Rousseff disse, durante cerimônia de batismo da Plataforma P-59 da Petrobras, que a redução dos juros e impostos reduz custos e viabiliza o crescimento do país. Segundo ela, a atual taxa de câmbio é bené- fica para a indústria nacional. "Nosso caminho não é o de tirar direitos dos trabalhadores", assinalou. ŹPÁGINA 3 Agência Petrobras Caixa começa a pagar PIS a 45 milhões de trabalhadores A Caixa Econômica Fe- deral inicia, no pró- ximo dia 24, o pagamento dos benefícios do Progra- ma de Integração Social (PIS), relativos ao calen- dário 2012/2013. São 17,9 milhões de trabalhadores com direito ao abono sala- rial, e mais de 27 milhões poderão sacar os rendi- mentos do PIS. Beneici- ários que possuam conta no banco terão o valor creditado automaticamen- te, a partir de 24 de julho, em sua conta corrente ou poupança Caixa, desde que a conta tenha o traba- lhador como único titular. As empresas conveniadas com o banco creditarão o benefício diretamente ŹPÁGINA 7 na folha de pagamento de julho e agosto de seus empregados. Mais de 27 mil empresas estão cadas- tradas, o que signiica que aproximadamente 2,9 mi- lhões de empregados rece- berão o abono ou os ren- dimentos do PIS em seus contracheques. Trabalha- dores que não possuem conta na Caixa e não estão vinculados a uma empre- sa conveniada poderão sacar o benefício a partir de 15 de agosto, nos ter- minais de autoatendimen- to, casas lotéricas, Cor- respondentes Caixa Aqui ou Agências da Caixa. Os benefícios serão liberados conforme o mês de nasci- mento do trabalhador. Banco de Imagens Dolar Comercial 2,035 2,037 0,00 Dólar Turismo 1,960 2,170 0,00 Ibovespa 53.401,80 1,71

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Jornal Capital - Edição nº 117

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Page 1: Edição Nº 117

MERCADO & NEGÓCIOS

Rússia ainda evita sanções e

intervenção externa na Síria

CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA ズ モ17 A 23 DE JULHO DE 2012

Ano 4 ズ nº 117www.jornalcapital.jor.br

Indicadores / Câmbio

R$1

Internacional Compra Venda %

FECHAMENTO: 16 DE JULHO DE 2012

モPÁGINA 2

Balança tem superávit de US$ 89 milhõesモPÁGINA 5

O resultado do reconhecimento da cachaça como produto “genuinamente brasileiro” pelos Estados

Unidos, em abril, já é percebido pelo setor. De acordo com o Ministério da Agricultura, de janeiro a junho de 2012, o volume de cachaça adquirido pelos Estados Unidos aumentou 12,62%, se comparado aos primei-ros seis meses de 2011. モPÁGINA 8

Pessoas com deiciência terãomicrocrédito com juros menores

モPÁGINA 3

FMI reduz previsão

de crescimento

do Brasil

Votação da LDO no Congresso

ainda não tem acordo モPÁGINA 2

Brasil domina tecnologia para posicionar satélite em órbita

EUA importa mais

cachaça brasileira O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais desenvolveu um subsistema de pro-pulsão para satélite, movido a hidrazina. Ao dominar essa tecnologia, o Brasil se

torna também independente para criar mecanismo usado na orientação dos foguetes quando ultrapassam a atmosfera. O subsistema será usado no satélite de observação Amazônia 1, com lançamento previsto para 2013. モPÁGINA 5

Valter Campanato/ABr

CNI reduz

projeção de

crescimento

da economia

Selic cai

para 8%

A Confederação Nacio-nal da Indústria re-

duziu de 3% para 2,1% a projeção de crescimento do Produto Interno Bru-to (PIB), a soma de todos os bens e serviços produ-zidos no país, este ano. O dado faz parte do Informe Conjuntural do segundo trimestre, que traz a revi-são das expectativas sobre a economia brasileira em 2012. A projeção do PIB industrial também foi re-vista, de 2% para 1,6%. A estimativa de inlação me-dida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi mantida em 5% este ano.

O Comitê de Política Monetária (Copom)

do Banco Central reduziu a taxa básica de juros (Se-lic), de 8,5% para 8% ao ano, porque entendeu que no momento “permanecem limitados os riscos para a trajetória de inlação”.

モPÁGINA 7

Governo quer reduzir custos da produção de forma definitiva

A presidenta Dilma Rousseff disse, durante cerimônia de batismo da Plataforma P-59 da Petrobras, que a redução dos juros e impostos reduz custos e viabiliza o crescimento do país. Segundo ela, a atual taxa de câmbio é bené-

fica para a indústria nacional. "Nosso caminho não é o de tirar direitos dos trabalhadores", assinalou. モPÁGINA 3

Agência Petrobras

Caixa começa a pagar PIS a 45 milhões de

trabalhadores

A Caixa Econômica Fe-deral inicia, no pró-

ximo dia 24, o pagamento dos benefícios do Progra-ma de Integração Social (PIS), relativos ao calen-dário 2012/2013. São 17,9 milhões de trabalhadores com direito ao abono sala-rial, e mais de 27 milhões poderão sacar os rendi-mentos do PIS. Beneici-ários que possuam conta no banco terão o valor creditado automaticamen-te, a partir de 24 de julho, em sua conta corrente ou poupança Caixa, desde que a conta tenha o traba-lhador como único titular. As empresas conveniadas com o banco creditarão o benefício diretamente

モPÁGINA 7

na folha de pagamento de julho e agosto de seus empregados. Mais de 27 mil empresas estão cadas-tradas, o que signiica que aproximadamente 2,9 mi-lhões de empregados rece-berão o abono ou os ren-dimentos do PIS em seus contracheques. Trabalha-dores que não possuem conta na Caixa e não estão vinculados a uma empre-sa conveniada poderão sacar o benefício a partir de 15 de agosto, nos ter-minais de autoatendimen-to, casas lotéricas, Cor-respondentes Caixa Aqui ou Agências da Caixa. Os benefícios serão liberados conforme o mês de nasci-mento do trabalhador.

Banco de Imagens

Dolar Comercial 2,035 2,037 0,00Dólar Turismo 1,960 2,170 0,00Ibovespa 53.401,80 1,71

Page 2: Edição Nº 117

2 モ17 a 23de Julho de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Cambio

Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação %

Dolar Comercial 2,035 2,037 0,00Dólar Turismo 1,960 2,170 0,00

Moeda Compra (U$) Venda (U$) Variação %

Coroa Dinamarca 6,063 6,064 0,19Dólar Austrália 1,024 1,024 0,10Dólar Canadá 1,014 1,015 0,07Euro 1,226 1,227 0,16Franco Suíça 0,978 0,979 0,20Iene Japão 78,850 78,870 0,40Libra Esterlina Inglaterra 1,563 1,563 0,35Peso Chile 489,500 490,400 0,13Peso Colômbia 1.779,000 1.780,200 0,15Peso Livre Argentina 4,520 4,570 0,11Peso MÉXICO 13,223 13,227 0,56Peso Uruguai 21,750 21,950 0,00

Bolsa

Valor Variação %

Ibovespa 53.401,80 1,71IBX 19.680,99 0,93Dow Jones 12.727,21 0,39Nasdaq 2.896,94 0,40Merval 2.385,09 0,16

Commodities

Unidade Compra US$ Venda US$ Variação %

Petróleo - Brent barril 104,010 104,030 1,57Ouro onça troy 1.588,990 1.590,210 0,01Prata onça troy 27,290 27,320 0,07Platina onça troy 1.412,390 1.422,390 0,08Paládio onça troy 574,000 590,000 0,09

Indicadores

Poupança 17/07 0,500Poupança p/ 1 Mês 16/07 0,500TR 16/07 0,000Juros Selic meta ao ano 8,00Salário Mínimo (Federal) R$ 622,00

MERCADO & NEGÓCIOS

Na internet: www.jornalcapital.jor.br

Filiado À ADJORI - Associação de Jornais do Interior Capital Empresa Jornalística LtdaCNPJ 11.244.751/0001-70

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Telefax: (21) 2671-6611Endereços eletrônicos:

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TIRAGEM: 10.000 exemplares(assine o Capital: 21 2671-6611)

IMPRESSÃO: ARETÉ EDITORIAL S/ACNPJ 00.355.188/0001-90

Departamento Comercial:(21) 2671-6611 / 8400-0441 / 7854-7256 ID 8*21653

Diretor Geral: Marcelo CunhaDiretor de Redação: Josué Cardoso ([email protected])

Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão, Carlos Erbs, Dilma Rousseff, Geiza Rocha,

Moreira Franco, Priscilla Ricarte,Roberto Daiub e Rodrigo de Castro.

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

MOREIRA FRANCO é Ministro Chefe

da Secretaria de Assuntos Estratégicos

da Presidência da República

Colunado Moreira

O negócio é reaproveitar

O Brasil perde R$ 8 bilhões por ano, quando deixa de reciclar todo resíduo que poderia ser reaproveitado e

que acaba indo para os aterros e lixões das cidades, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão vinculado à SAE.

É fato. Mas esse quadro vem melhorando, embora ainda lentamente. Há muita gente enxergando na reciclagem uma oportunidade de negócio. Ou seja, entendendo que, além de contribuir para a preservação do meio ambiente, reciclar também é uma atividade capaz de gerar benefícios econômicos e inanceiros.

Se não fosse assim, por que razão, como vimos recentemente, a procura por garrafas pet para reciclagem disparou no Brasil? Infelizmente, porém, apenas algumas cidades têm programas de coleta seletiva, o que está resultando em falta de material reciclável para a indústria.

Ocorre que, dois anos depois da aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em 2010, um estudo do Ipea também constatou que apenas em 18% dos municípios brasileiros havia coleta seletiva. Além disso, nas cidades onde o sistema já estava implementado, a quantidade de material recuperado nesses programas ainda era pequena, se comparada com o total coletado.

Ainda assim, a reciclagem de sucatas de produtos que não possuem mais vida útil, como latas de refrigerante, utensílios domésticos, esquadrias, componentes de fabricação automotiva ou sobras do processo produtivo, entre outros, é uma atividade que já movimenta bilhões ao ano no País, gerando milhões de empregos diretos e indiretos. Merece, portanto, atenção, não só por parte de quem está negociando nessa área, ou pretende negociar, como daqueles que pensam as políticas públicas.

Por isso são importantes novas propostas para disciplinar melhor o reaproveitamento de produtos e materiais após seu uso, a partir de mecanismos creditícios, da desoneração tributária de produtos recicláveis, entre outros meios que possam contribuir signiicativamente para o processo, amenizando os prejuízos causados ao meio ambiente e gerando benefícios sociais, econômicos e inanceiros.

Ponto de Observação

Alberto Marques

A saúde da criança e o desempenho na escola

A Comissão de Direi-tos Humanos e Mi-

norias da Câmara dos De-putados discutiu semana passada o uso excessivo de remédios por crianças e adolescentes com dii-culdades de aprendizado ou de comportamento na escola. A reunião mar-cou o início da campanha NÃO À MEDICALIZA-ÇÃO DA VIDA, encabe-çada pelo Conselho Fe-deral de Psicologia (CFP) e pelo Fórum sobre Me-dicalização da Educação e da Sociedade.

De acordo com a con-selheira do CFP, Marile-ne Proença, medicaliza-ção é todo tratamento de processos ou comporta-mentos sociais e culturais em crianças, adolescentes ou adultos com quadro de patologia psiquiátri-ca. Neste caso, o debate foi sobre o tratamento de distúrbios relacionados à educação – como disle-xia, déicit de atenção e hiperatividade. “Existe uma métrica social que considera sentimentos e comportamentos legíti-mos como sintomas pato-lógicos. Muitas vezes, es-

ses casos são tratados com os chamados tarja preta, que têm sérias sequelas”, explicou Marilene.

Para a conselheira, há muito alarde em relação a drogas ilícitas, mas pouco em relação às licitas. Foram apresentados dados à co-missão que, em 2000, eram consumidas 70 mil caixas de medicamentos para o tratamento de distúrbios relacionados à aprendiza-gem. Em 2010, o número cresceu para 2 milhões, o que faz do Brasil o segun-do maior consumidor des-se tipo de remédio, apenas atrás dos Estados Unidos. “Em vez de melhorarem a qualidade da escola, estão criando instâncias de diag-nóstico para crianças que têm diiculdade de aprendi-zado. Não podemos passar às crianças responsabili-dades políticas, sociais e culturais da sociedade em geral”, disse a conselheira do CFP.

Segundo a professora do Departamento de Pe-diatria da Universidade de Campinas (Unicamp), Maria Aparecida Moisés, substâncias que vêm sendo usadas como “ampliica-dores cognitivos” – como o metilfenidato (nome co-

mercial: Ritalina) e o clo-nazepam (nome comercial: Rivotril) – não são drogas seguras. “São psicotrópi-cos e tranquilizantes que podem provocar morte súbita e inexplicada até sete vezes mais do que em crianças e adolescentes que não os tomam”, alertou Maria Aparecida.

Para ela, em vez de se discutir a vida e os valores da sociedade, há uma inver-são que faz com que todos acreditem que têm transtor-nos a serem tratados. “Pre-cisamos adotar uma política educacional que assuma o princípio fundamental de que todos podem e têm o direito de aprender. Um professor é capaz de ensi-nar toda pessoa a quem se propuser. A medicina fala de impossibilidades. A es-cola fala de possibilidades. E a escola foi invadida por proissionais de outras áre-as, como neuropsicólogos, fonoaudiólogos, psicólogos e psiquiatras. Isso não é es-cola, mas uma invasão do mercado de trabalho”, disse a professora da Unicamp.

Para o consultor da Saú-de da Criança e do Adoles-cente do Ministério da Saú-de, Ricardo César Carafa, o primeiro passo a ser dado

para combater a medicali-zação é reconhecer que o problema existe e conhe-cê-lo a fundo. “Devemos divulgar a medicalização para a sociedade, debater e discutir. Não podemos simplesmente tapar o sol com a peneira, ingir que não existe e que não nos afeta. É necessário traba-lhar amplamente com os proissionais de saúde e educação que atendem às crianças para que se ad-quira o conhecimento ne-cessário”, disse Carafa.

O médico psiquiatra José Miguel Neto, pai de uma criança de 10 anos com problemas de apren-dizado, explicou ser a favor do uso de medica-mentos, quando indicado. “Claro que a criança é me-dicada de acordo com cri-térios que diagnosticam o problema. O tratamento é multidisciplinar, requer o exame de proissionais de diversas áreas. Não posso entender que os remédios são um diabo que tem de ser exorcizado. Minha ilha foi diagnosticada adequadamente, usou a medicação e hoje não usa mais. Só recebe acompa-nhamento”, explicou o médico.

(*) FECHAMENTO: 16 DE JULHO DE 2012

Votação da LDO ainda não tem

acordo e pode atrasar recesso

Sem acordo para a vota-ção da Lei de Diretri-

zes Orçamentárias (LDO), o Congresso Nacional pode não entrar em recesso nes-ta terça-feira (17). Partidos da oposição, liderados pelo DEM e com o

apoio do PDT, estão obstruindo as votações e cobram do governo a li-beração de emendas parla-mentares e dos restos a pa-gar, despesas empenhadas pelo Executivo no ano an-terior, mas que não foram pagas até 31 de dezembro. Pela Constituição, o reces-

so parlamentar vai de 18 a 31 julho, mas a interrupção das atividades legislativas só pode ocorrer se a LDO for aprovada. O relatório inal da LDO foi apresen-tado pelo senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE). O texto ainda precisa ser aprovado pela Comis-são Mista de Orçamento (CMO) e depois pelo ple-nário do Congresso.

Durante toda a semana, líderes da base e da opo-sição tentaram fechar um acordo, que incluía a vo-tação da LDO e das medi-

das provisórias (MP) 563 e 564, que tratam de estímu-los à indústria como forma de combater a desacelera-ção da economia. As MPs perdem a validade se não forem aprovadas pelo Con-gresso - Câmara e Senado - até o 15 de agosto. Com o recesso, esse prazo seria prorrogado.

Apesar do impasse, o presidente da Câmara, de-putado Marco Maia (PT-RS), convocou sessões extraordinárias para a se-gunda-feira (16) e terça-fei-ra (17) e prometeu não abo-

nar as faltas dos deputados que não apresentarem justi-icativas “procedentes”. Se-gundo Maia, se as medidas provisórias não forem apro-vadas a indústria terá um prejuízo aproximado de R$ 10 bilhões. Isso porque com a edição das MPs o governo diminuiu a carga tributária de diversos setores e com a perda da eicácia das MP, os impostos terão que ser pagos. Já a oposição, acusa o governo de estar usando as emendas parlamentares como “instrumento eleito-ral”.

Page 3: Edição Nº 117

3モ17 a 23de Julho de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Conversa com a PresidentaEncaminhe perguntas para a Presidenta

DILMA ROUSSEFF:

[email protected] ou

[email protected]

EDNIR CLEITON DIAS MOREIRA, 36 anos, técnico em radiologia de Itaquaquecetuba (SP) - Quando será construída a UPA 24h em

Itaquaquecetuba (SP)?

Presidenta Dilma - Ednir, já existem duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) em construção em sua cidade. Uma no Jardim Flamboyant, com previsão de inauguração em setembro, e outra no Jardim Tropical, com obra iniciada. As UPAS nunca fecham e cada unidade terá capacidade para fazer atendimento emergencial de até 300 pacientes por dia. Para isso, terão equipes médicas formadas por clínicos gerais e pediatras. Nas UPAS, os moradores de Itaquaquecetuba poderão resolver problemas como pressão alta, febre, cortes, queimaduras, alguns traumas e receber o primeiro atendimento para enfarte ou Acidente Vascular Cerebral (AVC), entre outros. Terão, também, serviços de Raio X, eletrocardiograma, laboratório para exames e atendimento pediátrico. Se necessário, o paciente pode ser mantido em observação por 24h - haverá de 9 a 12 leitos para isso - ou encaminhado a um hospital. O governo federal está investindo R$ 5,3 milhões para a construção dessas UPAS e, depois de prontas, repassaremos R$ 2,1 milhões para o custeio anual de cada unidade. Esse repasse pode dobrar se a UPA seguir os padrões de qualidade de atendimento do Ministério da Saúde. Ednir, 97% dos pacientes que procuram as UPAS têm seus problemas resolvidos sem necessidade de remoção para um hospital. Isso reduz a lotação de hospitais e pronto-socorros e, principalmente, melhora a qualidade do atendimento de saúde a toda a população.

CLEBER LIMA, 26 anos, estudante de Brasília (DF) - O governo incentiva a produção agrícola de

forma sustentável, com menos agrotóxicos? Existe

alguma forma de o produtor trabalhar na terra

sem agredir tanto ao meio ambiente?

Presidenta Dilma - Sim, Cleber, o governo federal incentiva a produção sustentável no agronegócio e na agricultura familiar. No agronegócio, o Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) inancia a implementação de práticas agrícolas como o plantio direto na palha, a recuperação de áreas degradadas, a integração lavoura-pecuária-loresta e o plantio de lorestas comerciais. Essas práticas aumentam a biodiversidade e, com isso, ampliam os inimigos naturais de muitas pragas, reduzindo a necessidade de agrotóxicos. Na safra passada, entre julho de 2011 e maio de 2012, os agricultores contrataram R$ 1,12 bilhão por meio do Programa ABC. No Plano Safra 2012/13, colocamos R$ 3,4 bilhões para o programa e com juros menores, que caíram de 5,5% para 5% ao ano. Na agricultura familiar, a produção agrícola sustentável é incentivada por meio de linhas como o Pronaf-Agroecologia, Pronaf-Eco e Pronaf-Semi-árido, e também por meio da Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER). O inanciamento e a assistência técnica estão orientados a apoiar os pequenos agricultores na melhoria da gestão, envolvendo o uso eiciente do solo, da água, a redução de uso de agrotóxicos e a implementação de sistemas agroecológicos, agrolorestais e orgânicos.

FRANCISCO PALHETA, 67 anos, aposentado por invalidez de Belém (PA) - Foi aprovada Emenda

Constitucional que determina o pagamento do

salário integral e a paridade com o servidor ativo

aos aposentados por invalidez. A mesma dá prazo de

seis meses para o governo regularizar o pagamento.

Temos de esperar os seis meses?

Presidenta Dilma - Francisco, estamos trabalhando para cumprir rapidamente a Emenda Constitucional nº 70 e garantir que o servidor da União, aposentado por invalidez permanente, receba os proventos de aposentadoria com base na remuneração do cargo efetivo em que se aposentou. Queremos concluir esse processo antes do prazo, que é 26 de setembro. Na semana passada, o Ministério da Previdência publicou orientação aos Estados e municípios sobre a revisão dos valores. O Ministério do Planejamento publicará, até o inal deste mês, orientação aos demais órgãos e entidades federais especiicando os critérios para o cálculo e a correção dos proventos dessas aposentadorias. Em todos os casos, o cálculo do novo benefício será automático, independente de pedido do servidor. Essa norma vai disciplinar também a revisão das pensões derivadas dos proventos desses servidores. O mais importante, Francisco, é que os novos valores serão pagos com efeito retroativo à data da publicação da emenda constitucional, dia 29 de março deste ano. Portanto, não haverá perdas por causa do prazo necessário à implementação do novo benefício.

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Gabinete de Gestão discute segurança em Caxias

IPC varia 0,22% na segunda semana de julho

Governo quer reduzir custos da

produção de forma sistemática

A presidenta Dilma Rousseff disse que a

redução dos juros e dos impostos viabiliza o cres-cimento do país. Ela dis-se, também, que a atual taxa de câmbio é benéica para a indústria nacional. "Queremos, de forma sis-temática, reduzir os custos no Brasil. Não como estão fazendo lá fora que é re-duzir os ganhos sociais e salários, queremos reduzir custos baseado em redução de impostos e capacitação da nossa força de trabalho, nosso caminho não é o de tirar direitos dos trabalha-dores", disse a presidenta, em discurso durante a ce-rimônia de batismo da Pla-taforma P-59 da Petrobras em Maragogipe, na Bahia, no último dia 13

Dilma citou uma frase do ex-presidente Luiz Iná-cio Lula da Silva para de-fender a redução de juros e disse que o nível atual da taxa de câmbio é necessá-rio para evitar o enfraque-cimento da indústria nacio-nal com o favorecimento da entrada de produtos im-portados. "Estamos modii-cando algumas condições

no Brasil que geram en-traves para o crescimento econômico e sustentável. A primeira mudança tem sido a redução dos juros que está em um nível nunca visto antes na história des-se país, como dizia nosso presidente Lula. Outra é a taxa de câmbio que impede que nossa indústria seja su-cateada".DIVISÃO DO BOLO - Segundo Dilma, não se pode mais esperar que a economia cresça para di-vidir os dividendos com a

população. "Foi-se o tem-po em que foi concebível que o bolo precisava cres-cer para ser distribuído de-pois. Agora, à medida que cresce o bolo repartimos, isso leva a um bolo maior que o inicial". A Petrobras investiu US$ 360 milhões na plataforma batizada hoje. A P-59 alcança 9,1 mil metros de profundida-de e pode perfurar poços sob condições de alta tem-peratura e pressão. Segun-do Dilma, a construção da plataforma se deve à "tei-

mosia" da indústria brasi-leira e é simbólica para a retomada da produção na-val nacional.

- O que tem aqui nessa plataforma não e só aço, nem apenas todo o siste-ma altamente computado-rizado que permite que se extraia [petróleo] sem um grande risco para o ser hu-mano. O que está aqui é um caminho de futuro, o fato de que vamos continu-ar gerando aqui emprego e renda para os brasileiros – assinalou a presidenta.

O batismo da Plataforma P-59A P-59 é uma platafor-

ma de perfuração au-toelevatória e será alocada primeiramente no poço ex-ploratório Peroá Profundo, localizado no campo de Peroá, na costa do Espíri-to Santo. A unidade pode-rá operar em locais onde a profundidade de água varia de 10 a 106 metros, com capacidade de perfu-rar poços de até 9.144 me-tros de comprimento, em

condições de alta pressão e temperatura.

A Petrobras investiu cerca de US$ 360 milhões na construção da platafor-ma, projetada para atender aos cronogramas opera-cionais de exploração e produção da Companhia nos próximos anos e dar suporte à eventual estra-tégia de incorporação de novos blocos explorató-rios em águas rasas, de-

pendente ainda de leilões da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocom-bustíveis (ANP).

A presidente da Petro-bras, Maria das Graças Silva Foster, destacou a tecnologia da unidade e a capacidade da Companhia e da indústria nacional. "Isso aqui é uma mostra muito grande do que está acontecendo no Brasil. A Petrobras tem orçamento

aprovado de US$ 236,5 bi-lhões para o período 2012-16. Desses, US$ 131,6 bilhões dedicados à ativi-dade de exploração e pro-dução no Brasil. A nossa capacidade de produzir é uma realidade. Serão mais 33 sondas de perfuração com conteúdo local va-riando de 55% a 65%. Te-mos competitividade em prazo, qualidade, tecnolo-gia e em custos", disse.

Agência Petrobras

Pessoas com deiciência terãomicrocrédito com juros menores

As pessoas com deici-ência que têm renda

mensal de até cinco salá-rios mínimos pagarão juros menores para pegar em-préstimos com recursos do microcrédito. O Diário Oi-cial da União publicou dia 11 portaria do ministro da Fazenda, Guido Mantega, com a diminuição das taxas da linha de crédito. Restrita à população com renda de até dez salários mínimos, a linha foi criada em janeiro e concede inanciamen-tos de até R$ 30 mil para a compra de bens por pessoas com deiciência. Até agora, os mutuários pagavam 8% ao ano de juros. Agora, a taxa passou para 7% ao ano

para os beneiciários com renda de até cinco salários mínimos. Para os mutuários que ganham de cinco a dez salários mínimos, a taxa foi mantida em 8%.

De acordo com o coor-denador-geral de Políticas Sociais da Secretaria de Po-lítica Econômica do Minis-tério da Fazenda, Arnaldo Barbosa, a equipe econô-mica apenas adaptou a li-nha de crédito às mudanças sugeridas pelo Congresso Nacional. Durante a trami-tação da medida provisória, os deputados acolheram emenda da deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) para reduzir os juros às pessoas com deiciência de menor

renda.Os parlamentares tam-

bém determinaram que o Conselho Nacional dos Di-reitos da Pessoa Portadora de Deiciência (Conade) seja consultado todos os anos, quando for revisada a lista de bens que podem ser inanciados. A portaria com os produtos que podem ser comprados com recursos do microcrédito foi editada em fevereiro pelos Ministérios da Fazenda e de Ciência, Tecnologia e Inovação e pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos.

Entre os bens que podem ser inanciados, estão com-putadores portáteis braille, mouses alternativos, cadei-

ras de rodas com adequação postural e lupas eletrônicas portáteis. As demais con-dições da linha não foram mudadas. Os empréstimos permanecem isentos de taxa de abertura de crédito e continuam a ser pagos em até 60 meses.

Atualmente, os bancos são obrigados a destinar 2% dos depósitos à vista para o microcrédito, o que totaliza cerca de R$ 1 bi-lhão disponíveis. Desde o início do ano, parte desses recursos também pode ser usada para inanciar bens e serviços que ajudem a loco-moção de pessoas com de-iciência, como cadeira de rodas e próteses.

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4 モ17 a 23de Julho de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

RODRIGO DE CASTRO é

jornalista e pós-graduado em

Marketing e Comunicação Empresarial

pela Universidade Federal de Juiz de Fora (MG)

Bastidoresda ALERJ

Em Caxias, mais uma vez será

Zito contra todos

Com as campanhas chegando Às ruas, e conforme já anunciado, o foco político da Assembleia Legislativa se volta também para

as principais cidades do estado e esta coluna seguirá o mesmo rumo. Após um primeiro panorama sobre o pleito na capital, voltamos ás atenções para o terceiro colégio eleitoral do estado, Duque de Caxias, onde as eleições prometem ser as mais disputadas e as campanhas as mais acirradas da história.

Dois deputados estaduais são candidatos e ambos se “anunciam” como “boa surpresa” deste pleito. Samuquinha (PR) é o único candi-dato que não faz parte da base governista de Sérgio Cabral e é uma aposta de Garotinho para surpreender na cidade. O principal adversá-rio político do governador promete mergulhar de cabeça neste projeto, mesmo tendo que se dedicar ás campanhas de sua ilha Clarissa, no Rio de Janeiro e de sua esposa Rosinha, em Campos. Já Dica (PSD) é o outro deputado estadual na disputa e tem como principal cabo elei-toral a maior expressividade de votação dos últimos anos na políti-ca estadual, Wagner Montes (PSD). O apoio do também deputado e apresentador anima Dica, mas o principal ânimo vem do crescimento constante nas pesquisas apresentadas até aqui.

Alexandre Cardoso (PSB) foi o primeiro a colocar o “bloco na rua” e parece apostar em uma maciça campanha para tornar sua ima-gem mais popular e menos técnica. Mesmo sendo Secretário Estadual, deixou de lado a imagem do cabo eleitoral Sérgio Cabral e preferiu atrair parte do PT para explorar a popularidade de Dilma e Lula. For-malizou, ainda, acordos que podem ser decisivos para o bem ou para o mal com o PDT do atual presidente da Câmara de Vereadores, Ma-zinho, que indicou para vice Laury Villar.

Surpresas à parte, o embate decisivo pode icar mesmo entre Wa-shington Reis (PMDB), que já teve divulgada por seus correligioná-rios nas mídias sociais uma pesquisa sem referências que o aponta com 36% da preferência do eleitorado e o atual prefeito Zito (PP), que segundo a “pesquisa de Washington Reis” apresenta preferência de 18% do eleitorado.

Nas ruas, apesar dos problemas apresentados durante seu governo, Zito começa a mostrar sua força e já contagiou sua equipe, que está acostumada a vestir a camisa e reverter situações adversas. Mais de três mil pessoas participaram da caminhada de lançamento da campa-nha e em alto e bom som o prefeito denunciou nos autofalantes e no material de campanha distribuído pelas ruas da Vila São Luís e Itatiaia, o rombo de R$ 1 bilhão deixado por seu antecessor (justamente o atual adversário Washington Reis) quando assumiu a prefeitura, em 2005.

Rede vai melhorar cadeia

produtiva de criação de rãsA Empresa Brasileira

de Pesquisa Agrope-cuária (Embrapa) iniciou a construção de uma rede de interação e aprendiza-gem para apoiar a cadeia produtiva da ranicultura (criação de rãs). O objetivo é permitir que os diversos criadores troquem experi-ências e conheçam as no-vas tecnologias destinadas à criação de rãs, por meio do contato com a Embrapa e com outras instituições como a Universidade Fe-deral do Paraná (UFPR). Segundo Priscila Almeida, da Embrapa, a rede surgiu com a proposta de melho-rar a cadeia produtiva, já que, no passado, a empresa tentou transferir tecnologia aos criadouros de rãs, mas não teve sucesso por causa de uma série de problemas.

Ela explica que os cria-dores, atualmente, não têm, por exemplo, uma produção constante. Com isso, existe a diiculdade de se investir em um ma-quinário que poderá icar subaproveitado. Acredita-se, ainda, que grande par-te dos criadores não tenha na ranicultura sua fonte de renda principal. De acordo com Priscila Almeida, se a cadeia produtiva for mais organizada e os criadores

tiverem um acesso mais fa-cilitado a técnicos da Em-brapa e de universidades, icará mais fácil transferir tecnologia e ampliar a pro-dução. “Hoje, por exem-plo, o que se aproveita é basicamente a coxa da rã, porque tem mais carne. O dorso [do animal], que re-presenta grande parte do peso da rã, tem muita car-tilagem e é descartado. A gente pegou esse dorso da rã e fez alguns produtos, como patês e carnes desia-das, para que isso não seja jogado fora”, disse.

Entre as propostas da

rede está a criação de um ambiente virtual e a reali-zação de cursos periódicos, em que os criadores pode-rão mostrar as diiculda-des, trocar experiências e conhecer novas técnicas. A Embrapa também preten-de fazer um levantamento para conhecer melhor o se-tor e o peril dos criadores.

A expectativa é que a rede funcione até 2015 e foque, principalmente, os estados do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Minas Gerais, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Para-ná, que concentram 91% dos mais de 150 estabeleci-mentos existentes no país.

Banco de Imagens

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5モ17 a 23de Julho de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Você leitor, que já acompanha o Capital Mercado & Negócios, poderá entender melhor as eleições deste ano, através de um novo produto, Capital Eleições 2012.

Serão dez edições, em formato diferente, que circularão todas as quintas-feiras, a partir de 26 de julho. Através delas, você conhecerá os candidatos, suas propostas e projetos e acompanhará o desenrolar da corrida eleitoral.

Deputada Claise Maria participa da

entrega de mais uma UPA na Baixada

Foi inaugurada na terça-feira (10), a 49ª UPA

do Estado do Rio de janei-ro, em Mesquita, na Baixa-da Fluminense. A unidade é a primeira a contar com o modelo de gestão por Or-ganização Social (OS), que irá se estender a todas as UPAs até o inal do próxi-mo semestre. Entre as no-vidades apresentadas, está a utilização de microchips eletrônicos instalados nos equipamentos da unidade. Sensores espalhados em vários pontos da UPA de-tectam tudo o que saiu e entrou da unidade, desde às caixas de medicamentos e insumos, passando pelo mobiliário e material que vai para lavanderia.

Representando a As-sembleia Legislativa do Rio (Alerj), a deputada estadual Claise Maria Zito (PSD) comemorou mais um avanço na área da saúde para a população da região: “Essa é a UPA mais moder-na que eu tive oportunidade de conhecer. O governo do estado vem investindo em

tecnologia e aprimorando a qualiicação do atendi-mento médico para nossa população e as UPA´s são a melhor solução para de-safogar as emergências dos hospitais em todo o estado e em especial, na Baixa-da Fluminense, declarou a parlamentar.

Acompanhado do mi-nistro da Saúde, Alexandre Padilha, o Secretário Esta-dual de Saúde, Sérgio Côr-tes endossou as palavras da deputada e airmou que as

UPA’s 24h estão próximas da população e atendem a qualquer hora. “De cada 100 pessoas que procuram uma UPA 24h, 97 delas tem seus problemas resolvidos, sem necessidade de enca-minhamento ao pronto-socorro hospitalar. Isso re-duz a lotação de hospitais e pronto-socorros”, avaliou.

Na UPA de Mesquita, localizada na Avenida Cos-ta e Silva, s/nº, Edson Pas-sos, foram investidos R$ 4,5 milhões e a previsão é

que cerca de 350 pacien-tes recebam atendimento por dia e os pacientes vão dispor de serviços de pe-diatria, odontologia e ur-gências clínicas, além de exames laboratoriais e sa-las de Raios-x, sutura, ges-so, medicação e nebuliza-ção. A nova unidade conta com uma sala de cuidados intensivos, com quatro lei-tos, e unidades semi-inten-sivas adulta e pediátrica. Serão 13 leitos de observa-ção adulto e infantil.

Divulgação

Balança tem superávit de US$ 89

milhões na segunda semana de julho

A balança comercial bra-sileira, que registra o

movimento das exportações e importações, teve superá-vit de US$ 89 milhões, en-tre os dias 9 e 13 de julho, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (16) pelo Ministério do Desen-volvimento, Indústria e Co-mércio Exterior (MDIC). O saldo positivo é resultado de US$ 3,929 bilhões em exportações contra US$ 3,849 bilhões em importa-ções no período.

O superávit mantém o

segundo semestre da ba-lança comercial no azul. No primeiro semestre deste ano, a balança registrou o pior resultado para o perí-odo nos últimos dez anos. Nas duas semanas de ju-lho, os embarques para o exterior alcançaram US$ 9,289 bilhões, e as compras internacionais US$ 8,577 bilhões, com saldo positivo de US$ 712 milhões.

Nos embarques externos, a média diária registrada foi US$ 785,8 milhões, queda de 12,3% em comparação

ao mesmo período do ano passado. Houve redução nas três categorias de pro-duto: básicos (-15,4%), se-mimanufaturados (-5,2%) e manufaturados (-10,5%). No caso dos básicos, a re-tração foi, principalmente, nas vendas de café em grão, minério de ferro, do petró-leo bruto, da carne de fran-go e do algodão bruto.

A média diária das com-pras internacionais somou US$ 857,7 milhões, baixa de 5,8% em relação à julho de 2011 (US$ 910,2 milhões).

De acordo com MDIC, ca-íram os gastos com adubos e fertilizantes (-39,3%), si-derúrgicos (-26,2%), apa-relhos eletroeletrônicos (-15,9%), borracha e obras (-15,2%), instrumentos de ótica e precisão (-10,6%), plásticos e obras (-10,6%) e equipamentos mecânicos (-6,2%).

No acumulado do ano, as exportações somam US$ 126,503 bilhões e as importações, US$ 118,721 bilhões, com saldo positivo de US$ 7,782 bilhões.

Capital - O valor da Informação.

Brasil domina

tecnologia para

posicionar

satélite em órbita

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

(Inpe) desenvolveu um subsistema de propulsão para satélite - trata-se de um catalisador movido a hidrazina (derivado quími-co do petróleo) necessário para mover um satélite em órbita e corrigir o posicio-namento. Ao dominar o subsistema de propulsão, o Brasil se torna também independente para criar mecanismo usado na orien-tação dos foguetes quando ultrapassam a atmosfera. O ministro da Ciência, Tec-nologia e Inovação, Mar-co Antonio Raupp, visitou nesta segunda-feira (16) a unidade do Inpe em Ca-choeira Paulista, interior de São Paulo, para conhecer o subsistema de propulsão que será usado no satélite de observação Amazônia 1, com lançamento previs-to para o próximo ano.

A criação do equipa-mento é considerada “um salto” tecnológico do Pro-grama Espacial Brasileiro, avalia Heitor Patire Júnior, pesquisador do Inpe e res-ponsável técnico do proje-to. “Isso era uma caixinha-preta, precisamos descobrir na raça”, disse ele à Agên-cia Brasil, ao lembrar que atualmente o país precisa-va comprar pronto o pro-pulsor (como no caso do Brasilsat) ou contar com o desenvolvimento por par-ceiros (como a China, no caso dos satélites Cbers).

Além do feito tecnoló-gico, o desenvolvimento do propulsor é comemora-do como marco industrial em tempo que o governo federal lança medidas para

incentivar áreas estraté-gicas de transformação, como reação à diminuição da produção industrial no país, causada, entre outras razões, pela importação de componentes. “Nossa in-dústria ainda não produz 60% dos equipamentos que precisamos para os sa-télites, mas em cinco anos poderemos chegar a 100% se os investimentos perma-necerem”, calcula Patire Júnior, na esperança de que as fontes de inanciamento do programa espacial se-jam estáveis.

Cerca de uma dezena de países tem programas es-paciais, e o Brasil é o mais atrasado. Com o desenvol-vimento do subsistema de propulsão, o país poderá melhorar a posição no ce-nário mundial e se aproxi-mar de emergentes, como a China e a Índia. Dentro do governo, há grande ex-pectativa que a empresa Visiona, criada pela parce-ria público-privada entre a estatal Telebras e a priva-tizada Embraer, dê novo impulso ao programa es-pacial. O modelo foi dese-nhado pelo próprio minis-tro Raupp no ano passado, quando presidia a Agência Espacial Brasileira (AEB) para o desenvolvimento do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB).

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Atualidade

País

Internacional

Feira de Economia Popular é sucesso em Duque de Caxias

A primeira Feira de Economia Popular,

promovida pelo Fórum Municipal de Economia Solidária, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento de Duque de Caxias, já é conside-rada um sucesso pelos participantes e morado-res da cidade. Inaugurada sexta-feira (13), a feira, que será montada na se-gunda sexta-feira de cada mês na Praça Governador Roberto Silveira, das 9h às 17h, foi elogiada pela população que pode ad-quirir produtos artesa-nais e produzidos pelos pequenos agricultores da zona rural do município.

A feira vai oferecer produtos artesanais e da

agricultura familiar. Al-guns dos pequenos produ-tores rurais participam tam-bém da Feira Caxias Rural que completou um ano em junho. O projeto está sendo utilizado também para in-centivar o Banco Comuni-tário de Saracuruna que es-timula a geração de renda e o desenvolvimento econô-mico do segundo distrito. Lançado no ano passado, o banco comunitário usa a moeda Saracura, aceita

em quase todos os estabe-lecimentos comerciais que também oferecem descon-tos aos portadores da mo-eda.

O Fórum de Economia Solidária divulga ainda projetos que deram certo como o de reciclagem de óleo de cozinha, produto que pode ser reutilizável para produção de sabão em barra, pasta ou líquido. O projeto conta com dos pontos de coleta na Paró-

quia São Sebastião, no bairro Gramacho, e no Ciep 035, Henrique Teixeira Lott, na cur-va do “S”, em Jardim Primavera. O telefone para doação é 2773-3309.

Os pequenos agri-cultores cultivam entre outros produtos sem agrotóxico: abóbora, aipim, vagem, batata cenoura, batata doce, inhame rosa e paulista, cará, banana, cana-de-açúcar, gengibre e va-riedades de feijão. Nas barracas de artesanato foram expostos pro-dutos como bijuterias, crochê, pintura em te-cido e lores feitas com materiais recicláveis e de palha..

PMDC-Márcio Leandro

FUNDEC forma 22

alunos especiais do PEAFS

Completando dois anos, o Programa

Especial de Atividades Físicas e Socioeduca-tiva (PEAFS), da Fun-dação para Desenvol-vimento Tecnológico e Política Sociais (FUN-DEC) de Duque de Ca-xias, formou 22 jovens portadores de necessi-dades especiais, com idades entre 16 e 26 anos, que concluíram o curso de Higienização e Limpeza Predial. A iniciativa tem como ob-jetivo criar acesso para eles ao mercado de tra-balho. Os jovens com-

pareceram à festa de for-matura, nesta sexta-feira, 13 de julho, para receber o certiicado de conclusão. O evento ocorreu na Uni-dade de Educação para o Trabalho (UNET) do bair-ro 25 de Agosto, sede do PEAFS.

No curso, realizado em parceria da FUNDEC com o Instituto Personal Servi-ce, os jovens aprenderam técnicas de limpeza, como lidar com os produtos, ze-lar pela segurança, e so-bre a utilização de luvas. Receberam, também, in-formações sobre como se comportar em entrevistas.

Aeronave comercial vai

enviar satélites ao espaço

O bilionário inglês Richard Branson,

proprietário do grupo Virgin, apresentou na última quarta-feira (11), durante o salão de avia-ção de Farnborough, na Inglaterra, um protótipo da aeronave espacial de carga LauncherOne. Pro-duto da Virgin Galactic's, empresa especializada em voos turísticos ao espaço, a aeronave tem foco comercial e tem o objetivo de transportar pequenos satélites para colocá-los em órbita. De acordo com a empresa

britânica, a previsão é que os voos iniciem a partir de 2016. A Virgin Galactic's quer realizar voos frequen-tes com o LauncherOne a custos inferiores, se com-parados com os grandes ônibus espaciais.

Divulgação

UnB vai investigar

abusos durante ditadura

A Universidade de Brasília (UnB) terá

uma comissão interna da verdade para analisar os casos de repressão na instituição durante a ditadura militar (1964-1983). O objetivo é apu-rar o desaparecimento de estudantes e encami-nhar os dados à Comis-são da Verdade. A ideia é concluir os trabalhos até o primeiro trimestre de 2014. Um dos auto-res da proposta é Cris-tiano Paixão, professor da Faculdade de Direito, segundo informações

da assessoria de imprensa da Universidade de Brasí-lia, por meio da agência de notícias da UnB. A Comis-são da Verdade em âmbito nacional tem responsabi-lidade de apurar violações ocorridas entre 1946 e 1988. A comissão é forma-da por sete integrantes e tem dois anos para condu-zir as investigações.

Para o reitor da UnB, José Geraldo, é fundamen-tal as instituições recupe-rarem sua história, daí os esforços da universidade nas investigações sobre os desaparecidos.

Rússia ainda busca saída negociada com a

Síria para evitar sanções e intervenção externa

O governo do presi-dente da Rússia,

Vladimir Putin, vai in-sistir na Organização das Nações Unidas (ONU) em buscar um acordo com as autoridades sírias para evitar uma interven-ção externa. O ministro dos Negócios Estran-geiros da Rússia, Ser-guei Lavrov, disse nesta segunda-feira (16) que há esperança de se obter um consenso entre as au-toridades estrangeiras e russas. Os russos, aliados dos sírios, querem evitar a imposição de sanções e a intervenção externa na região.

O emissário especial da ONU e da Liga Árabe à Síria, Koi Annan, reu-niu-se hoje com Lavrov e

também com Putin. O úni-co assunto em discussão é a crise na Síria, que já dura 16 meses, e matou mais de 16 mil pessoas, inclusive crianças e mulheres. Os representantes dos países ocidentais propuseram no Conselho de Segurança da ONU um projeto de resolu-ção que determina sanções diplomáticas e econômicas à Síria, se o governo do presidente Bashar Al Assad não cumprir, em dez dias, as exigências como o im do uso de armas pesadas.

Lavrov defende ainda que o Irã e a Arábia Saudita também participem da so-lução da crise síria. "Con-sideramos que a Arábia Saudita e o Irã, por razões conhecidas, têm inluên-cia na situação”, disse ele.

“Todos compreendem que é preciso conversar com o Irã e a Arábia Saudita, o que Koi Annan faz [nego-ciar com líderes internacio-

nais] seria mais útil, se eles estivessem à mesa das conversações e ajudassem a elaborar soluções viáveis."

Banco de Imagens

Governo faz as contas para ver o que

pode atender de demandas do servidor

Ao comentar as ne-gociações do go-

verno com os servido-res públicos federais, que estão em greve por reajustes salariais, a mi-nistra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, atri-buiu a cautela na li-beração de recursos à instabilidade inanceira mundial. “Continuamos discutindo com os ser-vidores, mas estamos levando em conta a si-tuação da crise inter-nacional que é pouco favorável (…). Estamos fazendo todas as con-tas direitinho para ver o que é possível aten-der da demanda”, disse

a ministra, após participar do seminário Os Novos Paradigmas da Engenha-ria Brasileira.

Cálculos do Ministé-rio do Planejamento in-dicam que as demandas do funcionalismo público por aumento somam R$ 92,2 bilhões. Atualmen-te, a folha de pagamentos dos servidores públicos do Executivo, Legislati-vo, Judiciário, dos órgãos militares e do Ministério Público soma R$ 190 bi-lhões. Só com o Execu-tivo, os gastos chegam a R$ 60 bilhões. Com os reajustes pretendidos pe-los servidores públicos federais, a folha salarial do Executivo mais do que

dobraria, chegando a R$ 150,2 bilhões.

A proposta de reestru-turação de carreira apre-sentada aos professores universitários federais, na semana passada, terá im-pacto de R$ 3,9 bilhões no Orçamento Federal. Segundo a ministra, o va-lor será dividido nos pró-ximos três anos: 40% este ano, ou seja, R$ 1,56 bi-lhão. Os 60% restantes serão divididos em 2013 e 2014, o que signiica R$ 1,17 bilhão por ano. Segundo dados do Sin-dicato Nacional dos Do-centes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e do Sindicato Nacional dos Servidores Federais

da Educação Básica, Proissional e Tecno-lógica (Sinasefe), a paralisação atinge 56 das 59 universidades federais, além de 34 institutos federais de educação tecnológica dos 38 existentes.

O ministro da Edu-cação, Aloisio Mer-cadante, lembrou a garantia dada pelo governo de que have-ria proposta para os professores universi-tários. “Sempre disse-mos que haveria pro-posta de carreira, mas estamos vivendo qua-dro de incertezas na crise internacional”, ressaltou o ministro.

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7モ17 a 23de Julho de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

ADMITE-SEContínuo e Representante Comercial.

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Copom baixa Selic para 8%

e sinaliza mais reduçõesO Comitê de Política

Monetária (Copom) do Banco Central (BC) re-duziu a taxa básica de juros (Selic), de 8,5% para 8% ao ano, porque entendeu que no momento “permanecem limitados os riscos para a trajetória de inlação”. Além disso, o colegiado de diretores do BC considera que a contribuição do setor externo tem sido desinla-cionária, em razão da fragi-lidade da economia global.

O diagnóstico faz parte da nota que o Copom di-vulgou logo após o término

da quinta reunião deste ano para deinir os rumos da po-lítica monetária, e acrescen-ta que em virtude da ausên-cia de pressões inlacionária decidiu, por unanimidade, prosseguir o processo de ajuste das condições mone-tárias. Com isso, deixa em aberto a possibilidade de novas reduções nas reuni-ões futuras. A taxa de 8% é a mais baixa da história do Copom, criado em 1996, e vale para os próximos 45 dias, uma vez que a decisão foi "sem viés". Signiica di-zer que a taxa básica de ju-

ros não poderá mudar até a próxima reunião do Comi-tê, agendada para os dias 28 e 29 de agosto.

A decisão era esperada pela maioria dos analistas inanceiros que todas as se-manas são consultados pela pesquisa boletim Focus do BC. Alguns torciam, inclu-sive, por uma redução mais ousada, para 7,75%, por en-tenderem que o cenário atu-al, de inlação em queda e atividade econômica fraca, cria condições favoráveis para o BC afrouxar, tanto quanto possível, a política

monetária.A taxa Selic caiu 4,5

pontos percentuais nas oito reuniões que o Copom rea-lizou do inal de agosto de 2011 até hoje, o que resul-ta em uma queda de 36%. Essa redução, porém, não foi acompanhada na mes-ma proporção pelo sistema inanceiro nacional (SFN), em que pese a determinação governamental, no último mês de abril, para que os bancos oiciais baixassem seus juros como forma de estimular os bancos priva-das a fazerem o mesmo.

FMI reduz para 2,5% previsão

de crescimento do Brasil

O Fundo Monetário In-ternacional (FMI)

rebaixou a previsão de crescimento da economia brasileira este ano, reite-rando um cenário de "ins-tabilidade" internacional e citando "vulnerabilidades domésticas" nos países emergentes. Em linha com os ajustes para baixo que têm sido feitos pelo merca-do, o FMI passou a consi-derar que a economia bra-sileira vai crescer 2,5% até dezembro - previsão meio ponto percentual mais bai-xa do que a estimativa di-vulgada em abril.

Em uma atualização do seu relatório macroeconô-mico, o Panorama Econô-mico Mundial, divulgado nesta segunda-feira (16) em Washington, nos Esta-dos Unidos, o FMI observa

que "o ímpeto de cresci-mento desacelerou em vá-rias economias emergen-tes, especialmente o Brasil, a China e a Índia". "Isso re-lete em parte um ambiente externo mais fraco, mas a demanda doméstica tam-bém desacelerou fortemen-te em resposta a limites da capacidade e uma política monetária restritiva no últi-mo ano." O documento diz ainda que: “[A curto pra-zo] a atividade em muitos mercados emergentes deve ser amparada pelo afrouxa-mento monetário iniciado no im de 2011 e início de 2012 e, nos [países] impor-tadores líquidos de com-bustível, pelos preços mais baixos do petróleo".

Para 2013, o FMI es-tima que o crescimento do Produto Interno Brasil

(PIB) brasileiro chegará a 4,6% - meio ponto per-centual acima da proje-ção anunciada três meses atrás. Segundo o fundo, o crescimento maior no ano que vem será puxado pelas obras da Copa do Mundo de 2014. Um primeiro se-mestre melhor do que o es-perado ainda deve garantir um crescimento global para este ano de 3,5% nas previ-sões do FMI. Em 2013, a

previsão é uma expansão de 3,9%, 0,2 ponto percen-tual a menos do que a esti-mativa divulgada em abril. Os economistas advertem ainda que os resultados só serão alcançados se houver uma ação política mais ir-me dos líderes dos países desenvolvidos para reduzir a instabilidade econômica global.

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8 モ17 a 23de Julho de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

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Exportação de cachaça para os EUA cresce 12,6% no ano

O resultado do reconhe-cimento da cachaça

como produto “genuina-mente brasileiro” pelos Es-tados Unidos, em abril, já é percebido pelo setor. De acordo com o Ministério da Agricultura (Mapa), de janeiro a junho de 2012, o volume de cachaça adqui-rido pelos Estados Uni-dos aumentou 12,62%, se comparado aos primeiros seis meses de 2011. O re-conhecimento da bebida ocorreu oicialmente du-rante a visita do presidente americano Barack Obama ao Brasil, após mais de dez anos de negociações. Até então, a cachaça brasileira era identiicada como Bra-zilian Rum, o que colocava a cachaça e outros destila-

dos de cana na mesma ca-tegoria. Agora, as bebidas destiladas de cana identi-icadas como cachaça só podem ser vendidas nos Estados Unidos se forem produzidas no Brasil.

Os produtores de ca-chaça em escala industrial

acreditam que esse reco-nhecimento deve alavancar as vendas no exterior, e há muito espaço para expan-dir produção e vendas para o mercado externo. “Mes-mo com o crescimento da exportação para os Estados Unidos, o valor alcançou

pouco mais de US$ 1 mi-lhão neste ano. Em princí-pio, a mudança é importan-te para evitar que a cachaça se torne mais uma bebida destilada genérica, como a vodca”, disse o presidente da Câmara Setorial da Ca-deia Produtiva da Cachaça, Vicente Bastos Ribeiro.

A capacidade de venda para o exterior é grande. Menos de 1% da capaci-dade produtiva do setor, de 1,2 bilhão de litros por ano, é exportado. Em 2011 cer-ca de 90 empresas exporta-ram um total 9,8 milhões de litros, gerando uma re-ceita de US$ 17,3 milhões, de acordo com o Mapa. Desse total, pouco mais de 10% foi vendido para os Estados Unidos.

Banco de Imagens

Semana do Empreendedor Individual tem balanço positivo

Mais de 14 mil pesso-as participaram da

quarta Edição da Semana do Empreendedor Indivi-dual (EI), em todas as ca-pitais e em cerca de 300 municípios do interior. A ação - de 2 a 7 de julho - foi uma iniciativa do Se-brae com objetivo de ca-pacitar os proissionais já formalizados e contribuir para o desenvolvimento e a sustentabilidade dos

negócios. Durante o aten-dimento presencial, foram realizadas 824 diferentes oicinas, além de 77,1 mil orientações técnicas. O pú-blico foi atendido em 319 tendas, montadas em locais de grande circulação.

A instituição também ofereceu oicinas virtuais, que atraíram 3,6 mil parti-cipantes. A modalidade on line das soluções Sebrae para o Empreendedor In-

dividual (SEI) foi criada para ampliar a participa-ção dos trabalhadores por conta própria nas capaci-tações. Os empreendedo-res individuais também receberam mensagens de celular (SMS) com dicas e informações sobre gestão, oportunidades de crédito e empreendedorismo. Ao todo, 310 mil mensagens foram enviadas a EI atendi-dos pelo Sebrae e a benei-

ciários do programa Bolsa Família.

O portal de Educação à Distância do Sebrae, que disponibiliza os cursos, contabilizou mais de 119 mil visitas durante a Se-mana do EI. A página do Empreendedor Individual no Portal do Sebrae tam-bém recebeu um número signiicativo de visitantes no período - foram mais de 45 mil acessos.