ediçao n.º 1543

32
PUB SEXTA-FEIRA, 18 NOVEMBRO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, N.º 1543 (II Série) | Preço: 0,90 Henrique Troncho quer sair da administração da EDIA Mandato terminou em dezembro e administrador mostra-se indisponível para continuar Ouro alentejano na mira de empresas estrangeiras O Governo assinou recentemente com diferentes empresas contratos de prospeção e pesquisa mineira. Vários são no Alentejo. Empresas estrangeiras estão já no terreno a avaliar a riqueza do subsolo. E já há “exce- lentes resultados” em Grândola. Barrancos e Moura também estão na mira. pág. 6 Quem assumir a Ambaal é candidato a Beja Manuel Narra considera que o elemen- to designado pelo PCP para presidir às associações intermunicipais será o próximo candidato comunista à Câmara de Beja. As eleições para estes organismos são já nos próximos dias. João Rocha e o próprio Manuel Narra não estão na corrida. pág. 8 Sines e Beja com alto poder de compra Os dados são anteriores à crise. Mas em 2009, segundo o INE, os concelhos de Sines e de Beja estavam acima da média nacional quanto ao poder de compra dos seus resi- dentes. Sines era, aliás, o único concelho do Baixo Alentejo no top 10 do índice do Instituto Nacional de Estatística. pág. 11 Consulte a agenda cultural diariamente em www.diariodoalentejo.pt Caracol Blues Saem da garagem 30 anos depois pág. 12 JOSÉ SERRANO PUB GNR na apanha da azeitona págs. 4 e 5 A Guarda Nacional Republicana tem em marcha a operação “Azeitona Segura”. Até fevereiro de 2012, patrulhas da GNR vão percorrer os olivais da região de Moura para proteger aquela que é, por certo, a maior riqueza da região: a azeitona. Para além de evitar os furtos nos olivais, esta operação é igualmente preventiva contra a imigração e o trabalho ilegais. págs. 16 e 17

Upload: diario-do-alentejo

Post on 30-Mar-2016

281 views

Category:

Documents


6 download

DESCRIPTION

Diario do Alentejo

TRANSCRIPT

Page 1: Ediçao n.º 1543

PUB

SEXTA-FEIRA, 18 NOVEMBRO 2011 | Diretor: Paulo BarrigaAno LXXIX, N.º 1543 (II Série) | Preço: € 0,90

Henrique Troncho quer sairda administração da EDIA

Mandato terminou em dezembro e administrador mostra-se indisponível para continuar

Ouro alentejano na mira de empresas estrangeirasO Governo assinou recentemente com diferentes empresas contratos de prospeção e pesquisa mineira. Vários são no Alentejo. Empresas estrangeiras estão já no terreno a avaliar a riqueza do subsolo. E já há “exce-lentes resultados” em Grândola. Barrancos e Moura também estão na mira. pág. 6

Quem assumir a Ambaal é candidato a BejaManuel Narra considera que o elemen-to designado pelo PCP para presidir às associações intermunicipais será o próximo candidato comunista à Câmara de Beja. As eleições para estes organismos são já nos próximos dias. João Rocha e o próprio Manuel Narra não estão na corrida. pág. 8

Sines e Beja com alto poder de compraOs dados são anteriores à crise. Mas em 2009, segundo o INE, os concelhos de Sines e de Beja estavam acima da média nacional quanto ao poder de compra dos seus resi-dentes. Sines era, aliás, o único concelho do Baixo Alentejo no top 10 do índice do Instituto Nacional de Estatística. pág. 11

Consulte a agenda cultural diariamente em www.diariodoalentejo.pt

Caracol BluesSaem da garagem

30 anos depois pág. 12

JOSÉ

SER

RA

NO

PUB

GNRna apanha

da azeitona

págs. 4 e 5

A Guarda Nacional Republicana tem em marcha a operação “Azeitona Segura”. Até fevereiro de 2012, patrulhas da GNR vão percorrer os olivais da região de Moura para proteger aquela que é, por certo, a maior riqueza da região: a azeitona. Para além de evitar os furtos nos olivais, esta operação é igualmente preventiva contra a imigração e o trabalho ilegais. págs. 16 e 17

Page 2: Ediçao n.º 1543

02

Diá

rio d

o A

lent

ejo

18 n

ovem

bro

2011 Editorial

LuzesPaulo Barriga

Sou a favor das lu-zes de Natal, o meu pai era eletricista.

Eletricista da Câmara. De Beja. No tempo em que ainda era vivo, “faziam-se” as lu-zes numa breve oficina de eletricistas que havia na rua da Misericórdia. Faziam-se as luzes no Natal, na feira de Maio e na feira de Agosto. Agora já não há feiras destas com luzes, em Beja. Que era a terra do meu pai eletricista. Não há feiras, nem há Natal com luzes. Acho que as luzes de Natal eram uma chatice para o meu pai e para os ou-tros eletricistas que com ele as preparavam. Uma traba-lheira. Mas ficavam mesmo bonitas. Chamavam-lhes gri-naldas, às luzes. Acho que era porque, depois de milimetri-camente enrolados os cabos de onde pendiam as lâmpa-das coloridas, o efeito era, de facto, a de uma grinalda. De uma coroa. De um diadema preciosíssimo. Os eletricistas tinham escadas grandes, de madeira, às vezes duas ata-das umas às outras com fios de eletricidade, claro, que lhes permitia passar as lu-zes por cima das árvores, dos postes ou assim. E espalhá --las pela cidade, pelas ruas, por entre as varandas, engra-çadas. Como isto das grinal-das custava pouco dinheiro, e era coisa caseira, provin-ciana, a Câmara, as câmaras, começaram a contratar boas empresas, especializadas em caras adjudicações, impecá-veis no desenho e na tecno-logia, para iluminar o Natal. Camiões cheios de luzes. Mas agora que falta o arame, a primeira coisa que a austeri-dade e a demagogia obrigam é ao fim das luzes de Natal. Um desperdício, isso das lu-zes de Natal. Um esbanja-mento. Sou a favor das luzes de Natal, porque me lembram o meu pai, eletricista, é ver-dade. Mas gosto das luzes de Natal não apenas porque são um bom presente para quem pouco tem para oferecer. E o principal para quem sabe que nada mais vai receber. No

Natal. Do que as luzes.

Na resposta, o presidente da distrital de Beja do PSD lembrou que Pita Ameixa “utilizava o governo civil para reuniões partidárias”, e, como tal, só poderia “estar a ver-se ao espelho”. Mário Simões garante que vai continuar a resolver problemas, ao contrário do que acontecia durante o Governo PS em que o deputado socialista apenas “era uma figura decorativa”.

Hélder Azevedo,

21 anos, estudante de educação e comunicação multimédiaConcordo, faz parte da vida académica. Passa-se alguma humilhação, mas é assim mesmo. É isso que nos faz sen-tir mais integrados porque fica-mos expostos e todos são vistos de forma igual. Há ali um que-brar do gelo entre todos. É uma forma de entrar no grupo e ser aceite. Eu participei e gostei, foi divertido das duas partes, como caloiro e como veterano.

Mónica Reis,

21 anos, estudante de turismoConcordo. É uma boa ma-neira de inserção na universi-dade, uma forma de conhecer a cidade e fazer novos ami-gos. Nas praxes criam-se la-ços de amizade muito for-tes. A experiência que tive foi muito positiva e não senti qual-quer tipo de discriminação, fo-ram muito boas as minhas praxes. Em Beja são muito co-medidas. Não praxei porque fiz um período no âmbito do programa Erasmus e não es-tive presente este ano, mas se pudesse tinha participado.

Cátia Neto,

20 anos, estudante de desportoSim, concordo com as praxes e já participei como caloira. Veterana só para o ano. As pra-xes são uma tradição e fazem sentido. É verdade que há pra-xes mais violentas mas tam-bém temos que nos impor e estabelecer regras, não pode-mos fazer tudo o que nos man-dam. Pelo menos aqui na nossa escola acho que não há qual-quer tipo de problema. Acho que é mesmo uma forma de integrar os estudantes.

Tiago Lima,

20 anos, estudante de educação e comunicação multimédia Concordo, mas isso depende do ponto de vista de cada um. Em termos de integração acho que sim, mas há sempre aque-les que abusam um bocadi-nho… Já participei como ca-loiro e como veterano e gostei. Serviu para me integrar, conhe-cer pessoas novas e para me di-vertir. Basicamente as praxes servem para isso. Aqui na es-cola as praxes são tranquilas.

Voz do povo Concorda com a realização de praxes académicas? Inquérito de Ângela Costa

Fotonotícia Beja, ano dois. O executivo camarário de Beja fez esta semana a revisão dos dois primeiros anos de

mandato. Jorge Pulido Valente diz que as bases dos pilares do seu programa eleitoral estão bem firmes no terreno. E que daqui para

a frente os resultados vão aparecer. Apesar de não indicar o valor atual da dívida da autarquia, JPV tornou a falar na pesada herança

financeira que recebeu. E deixou cair, por falta de dinheiro, a remodelação do multiusos, a criação de uma piscina coberta e a cria-

ção de uma pista de atletismo. Medidas que já foram “urgentes”. PB. PB Foto de José Ferrolho

Vice-versaLuís Pita Ameixa acusou Mário Simões de “promover um serviço de cunhas”. No encerramento da convenção autárquica do PS/Beja, o presidente da Federação do Baixo Alentejo do PS acusou ainda o deputado do PSD de trazer diretores regionais e governantes “a toque de caixa”.

Natal. Do que as luzes.

Page 3: Ediçao n.º 1543

03

Diá

rio d

o A

lent

ejo

18 n

ovem

bro

2011Rede social

Com a extinção dos governos civis ve-

rificaram-se alguns constrangimentos

no funcionamento da Comissão para

a Dissuasão da Toxicodependência

de Beja (CDT)? Está prevista uma mu-

dança de instalações?

Os maiores constrangimentos pren-dem-se com a execução de sanções deci-didas pela Comissão de Dissuasão, uma vez que, nos termos da legislação, “a exe-cução das sanções ou medidas de acom-panhamento é da competência do go-verno civil…” (artigo 30.º do Decreto Lei n.º 130/A/2001 de 23 de Abril). No pre-sente, e por enquanto, embora já não exista a figura do governador civil, os governos civis ainda funcionam. Estas competências terão que ser atribuídas a outra entidade, que ainda não foi defi-nida. No que diz respeito às instalações, no caso da CDT de Beja, julgo que não se porá essa situação. Sabemos, no entanto, que essa situação se coloca em relação a outras CDT.

Cabe às CDT aplicar a lei da descri-

minalização do consumo de droga.

Como está a decorrer este processo?

Verificam-se incumprimentos, uma

vez que a CDT de Beja só tem o poder

de decidir a sanção?

De uma forma geral, julgo que se pode afirmar que o processo de aplicação da lei no nosso distrito tem decorrido de forma muito positiva. A estreita articu-lação da CDT, quer com as forças de se-gurança, responsáveis pela abertura dos processos, quer com as respostas de tra-tamento (Equipa de Tratamento de Beja do CRI/antigo CAT de Beja), quer ainda com outras instituições, que asseguram um adequado encaminhamento dos “casos”, tem vindo a permitir uma forte percentagem de êxito na nossa interven-ção. Este êxito, medido quer pelos enca-minhamentos para tratamento de pes-soas dependentes, quer pela muito baixa taxa de reincidência no caso de pessoas com consumos não dependentes, só é possível graças à boa articulação inter --serviços antes referida.

Para que organismo deveria passar

a execução destas competências?

Essa é a questão mais difícil de respon-der. Que outro organismo/instituição de âmbito distrital tem uma “centrali-dade” capaz de recorrer a diferentes en-tidades para promover a execução de sanções decididas pela comissão?

No distrito a aplicação de sanções é

um recurso muito ou pouco utilizado?

É um recurso só utilizado em última instância. O princípio de “antes tratar que punir” mantém-se atual, pelo que a aplicação de sanções corresponde a me-nos de 10 por cento das decisões profe-ridas. Bruna Soares

4 perguntasa José Pedro

Oliveira

Esta é a exposição que democratizou a arte no AlentejoNa Galeria dos Escudeiros, em Beja, há 17 anos que os artistas plásticos do Alentejo se juntam, dos mais consagrados aos novatos, na coletiva Galeria Aberta.

Presidente da CDT de Beja

Semana passada

QUARTA-FEIRA, DIA 9 DE NOVEMBRO

BEJA ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS BEJENSE, DO ALGARVE E ANDALUZA UNEM ESFORÇOS

A melhoria da competitividade das Pequenas e Médias Empresas (PME) da área do comércio, através do fomento da cooperação empresarial, é o principal objetivo da recém-criada Euro Associação Alentejo-Algarve e Andaluzia, cuja constituição foi assinada em Sevilha. A nova entidade é fruto de uma parceria entre a Associação de Comércio, Serviços e Turismo do Distrito de Beja, a Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve e a Confederação Empresarial de Comércio da Andaluzia, em Espanha. As três organizações afirmam-se “conscientes da complexa situação atual do mercado”, apostando em estreitar os laços de cooperação” para impulsionar projetos transfronteiriços entre as suas empresas associadas.

SEXTA-FEIRA, 11

PORTEL UMA MORTE POR DESCARGA ELÉTRICA

Dois acidentes de trabalho provocaram um morto e um ferido grave no Alentejo. Em Portel, um homem de 41 anos foi vítima de uma descarga elétrica quando executava trabalhos de pedreiro. Em Serpa, no monte do Carepetal, um homem de 67 anos ficou gravemente ferido na sequência de um capotamento de um trator.

DOMINGO, DIA 13 DE NOVEMBRO

SERPA HOMEM DETIDO POR TENTATIVA DE FURTO EM RESIDÊNCIA

Um homem de 34 anos foi detido pela GNR por tentativa de furto no interior de uma residência na aldeia de Brinches, no concelho de Serpa. Segundo a GNR, o suspeito foi “apanhado” no interior da residência, debaixo de uma cama, depois de um vizinho ter alertado para barulhos estranhos vindos da casa, cujos proprietários se encontram emigrados.

DOMINGO, 13 DE NOVEMBRO

BEJA PRESIDENTE DO SPORTING ANUNCIA VISITA

Godinho Lopes, presidente do Sporting, vai visitar o Núcleo Sportinguista de Beja, no próximo dia 3 de dezembro. A visita ao Baixo Alentejo é uma das poucas que falta ao dirigente dos “Leões” para concluir o périplo pelo País, conforme prometido durante a campanha eleitoral.

SEGUNDA-FEIRA, DIA 14 DE NOVEMBRO

ALVITO VENTO FORTE ARRANCA PELA RAIZ 30 SOBREIROS

Cerca de 30 sobreiros foram arrancados pela força do vento, numa herdade do concelho de Alvito. Os sobreiros foram arrancados pela raiz na herdade das Barras, perto de Vila Nova de Baronia. Também devido ao mau tempo que fustigou a região do Alentejo, a Estrada Nacional (EN) 383 esteve cortada ao trânsito, na zona de Vila Nova de Baronia, devido à queda de um sobreiro para a via.

TERÇA-FEIRA, 15

BEJA BISPO DEFENDE “PRINCÍPIOS BÁSICOS DE DIGNIDADE HUMANA”

As políticas de contenção impostas pela conjuntura financeira não podem pôr em causa “os príncipios básicos de dignidade humana”, defendeu o bispo de Beja, na sua nota semanal difundida pela Rádio Pax. O “aumento explosivo do desemprego e a falta de meios para proteger os mais frágeis” põem em perigo o direito ao trabalho e à assistência social, realça Vitalino Dantas, considerando que o problema está numa sociedade que coloca “o dinheiro e a economia acima do direito à realização das pessoas”.

Eles lá arranjaram 50 toneladas de velhos eletrodomésticosA Escola Secundária de Serpa é a “campeã nacional” na recolha de resíduos elétricos e eletrónicos. E por isso foi esta semana reconhecida como a vencedora da “Escola Eletrão”.

As castanhas estavam boas e o vinho não era mauO novíssimo Museu da Ruralidade, em Entradas, celebrou o São Martinho à boa maneira do Campo Branco. Com cante alentejano, despiques e violas campaniças. E, obviamente, vinho novo e castanhas assadas. Uma visita a não perder.

Dentro de momentos começa a assembleia distrital do PSDMário Simões, António Sebastião e o líder parlamentar dos social-democratas, Luís Montenegro, na abertura dos trabalhos de uma assembleia onde se analisou o Orçamento do Estado.

Não estão todos a olhar para o António José SeguroQue estava doente e não pode participar na convenção autárquica do PS. Quem apareceu foi Miguel Laranjeiro, do secretariado nacional, para lançar um “laboratório de ideias”.

Page 4: Ediçao n.º 1543

04

Diá

rio d

o A

lent

ejo

18 n

ovem

bro

2011

Entrevista

Já lhe foi anunciado quando aconteceria a sua

saída do conselho de administração da EDIA?

A forma como a pergunta é formulada sugere que o facto do governo ter deixado de ser do PS acar-reta, por si só, a minha saída da administração da EDIA. É uma tese totalmente falsa como o de-monstra o facto de eu ter sido o principal respon-sável pela Segurança Social do distrito de Évora durante todos os governos do professor Cavaco Silva. Na verdade, entre 1984 e 1995, desempe-nhei na Segurança Social funções idênticas às que desempenho atualmente na EDIA, tendo sido du-rante esse período sempre (e foram quatro vezes) nomeado por diferentes governantes, mas todos do PSD. Confirma-se mais uma vez que, nem por ser muitas vezes repetida, uma mentira se torna verdade. Voltando à questão, gostaria de escla-recer que este meu segundo mandato na EDIA terminou em 31 de dezembro do ano passado. Contudo, nos termos da legislação em vigor, “em-bora designados por prazo certo, os administra-dores mantêm-se em funções até nova designa-ção”. É por isso que, não obstante há vários meses ter tomado a iniciativa de informar o acionista da minha indisponibilidade, por razões de índole es-tritamente pessoal, para um eventual novo man-dato, continuo a assegurar a gestão da EDIA.

Que perfil gostaria de ver no seu sucessor?

Quem sou eu para definir o perfil desejável do meu sucessor?! Prefiro desejar-lhe boa sorte e disponibilizar-me para uma passagem de tes-temunho digna e tranquila, que foi o que sem-pre fiz nos diversos cargos que desempenhei ao longo dos últimos 35 anos. A EDIA tem quadros técnicos e chefias de grande qualidade, bem pre-parados, novos, mas já experientes, que possibili-taram que, nestes seis anos de mandato, todos os objetivos fossem atingidos. Graças a eles conse-guimos que os habituais especialistas na matéria deixassem de dizer que “não se rega um hectar com a água de Alqueva” e passassem a afirmar que a EDIA transformou-se numa empresa de construção”. De facto, passar dos 6 500 hectares concluídos até 2005 para os atuais 51 700 hecta-res foi obra. Mas obra coletiva e não particular-mente minha ou da minha administração.

Em que pé está o Empreendimento de Fins

Múltiplos do Alqueva (EFMA)?

Concretizámos o reforço do abastecimento pú-blico a todas as albufeiras previstas no projeto: Monte Novo, Alvito, Roxo e Enxoé; concluímos a instalação das centrais mini-hídricas: Pisão, Alvito, Odivelas, Roxo e Serpa; estão concluí-dos cerca de 52 mil hectares de regadios, 17 mil

Administrador acredita que as obras do Alqueva vão derrapar para lá de 2013

Henrique Troncho indisponível para continuar na EDIA

Após declarações da ministra da Agricultura quanto ao “reescalonamento” do pro-

jeto Alqueva para lá de 2013 começaram a correr rumores sobre a eminente sa-

ída de Henrique Troncho da administração da Empresa de Desenvolvimento e

Infraestruturas do Alqueva (EDIA). Isto apesar de o segundo mandato do administra-

dor ter terminado em dezembro de 2010 e de, desde então, Troncho se ter demons-

trado “indisponível” para prosseguir. Cauteloso nas respostas que dá ao “Diário do

Alentejo”, o antigo governador civil de Évora afirma acreditar no que diz a ministra

quanto à conclusão das obras. Já no que se refere às discordâncias com os agriculto-

res quanto à gestão da água do Alqueva, Troncho responde com ironia: “Não tenho

capacidade para o paleio, mas sim para o diálogo”. E defende a “partilha integrada”

dessa gestão com os regantes. Quanto a “despesismos” na EDIA, nem vê-los.

Texto Paulo Barriga

do Guadiana, estão em curso empreitadas de construção da rede primária e da rede secundá-ria. No que diz respeito à rede primária (estação elevatória, adutor de Pedrógão e barragem de São Pedro) estarão concluídas no início do ou-tono de 2012. Quanto à rede secundária, estão em curso os blocos de rega 1 e 3 de Pedrógão e 2 e 5 de Selmes, os quais deverão estar concluídos no verão de 2012.

Faz algum sentido que sejam as associações de

regantes a gerir a água de Alqueva?

Faz sentido que a água de Alqueva seja gerida de forma a tornar o empreendimento viável e a não potenciar o aumento do preço deste fa-tor de produção. A complexidade de todo o sis-tema e a diferença de custos da água, devido à bombagem, de sub-sistema para sub--sistema, aconselha a uma gestão integrada. A partilha desta responsabilidade é, em meu entender, a melhor solução. E quando falo em partilha falo mesmo em partilha. Defendo que os agriculto-res participem ativamente na gestão do empre-endimento e não apenas ao nível dos chamados “conselhos consultivos”. É acusado de alguma falta de diálogo com os

agricultores. Por que razão não aceitou a criação

de um conselho consultivo para estas áreas?

Os agricultores sabem que isso não é verdade. Não só recebi, sempre prontamente, todos os que me solicitaram que os recebesse como, não poucas vezes, tomei a iniciativa de dialogar com associações que os representam. Posso de facto não ter, e reconheço que não tenho, capacidade para o paleio, mas tenho seguramente boa ca-pacidade de diálogo… Quanto à questão do conselho consultivo, a EDIA não tem compe-tência legal para o criar e da única vez que um governante me auscultou sobre essa possibili-dade manifestei-me favoravelmente embora entenda, e já o disse publicamente mais de uma vez, que a representação dos agricultores não deve ficar por aí e deve chegar à gestão. Afinal eles são os principais interessados no sucesso do empreendimento no que respeita ao regadio.

A sua administração é igualmente acusada de

despesismo. As pessoas falam que cada funcio-

nário da EDIA tem um carro ao seu serviço…

Quanto ao despesismo da minha administra-ção só posso dizer-lhe que os gastos totais com a administração passaram de 36 171 euros por mês em 2005 para 21 154 euros por mês em 2011. Quanto às viaturas, a afirmação de que cada funcionário da EDIA tem um carro ao seu

dos quais na margem esquerda do Guadiana, e temos em curso mais cerca de 14 mil hectares, isto a par das ligações primárias em curso no sub sistema de Pedrógão, incluindo a sua prin-cipal estação elevatória e as ligações Alvito/Vale de Gaio e Pisão/Beja.

Ainda acredita que ficará concluído em 2013?

Acredito, como é óbvio, naquilo que, a esse res-peito, tem vindo a ser dito pelo acionista.

Como recebeu as palavras da ministra da

Agricultura quando esta falou em “reescalona-

mento da execução do projeto até 2015”?

Recebi essas palavras com respeito e com a compreensão de quem reconhece os constran-gimentos financeiros do País e as consequentes dificuldades de quem tem de fazer opções de fundo relativamente a investimentos vultuosos, na situação atual.

Depois de um tão elevado investimento do

Estado num empreendimento deste género

não considera algo miserabilista um gover-

nante afirmar que “não tem 200 milhões de

euros no bolso” para acabar a obra?

Desculpe, mas 200 milhões não são propria-mente 200 tostões…

Aceita a ideia que, no passado, foi negligen-

ciado o aproveitamento dos recursos e que foi

“plantada ao desbarato tecnologia à porta dos

agricultores”?

Seguramente nem tudo neste projeto terá sido perfeito no passado nem será no futuro. É sem-pre possível e desejável introduzir melhorias que permitam uma melhor relação custo/bene-ficio nos recursos postos à disposição dos agri-cultores. É o que temos procurado fazer. Aliás, basta comparar os custos e os problemas que ti-vemos com o primeiro bloco de rega concluído com os que temos tido com os blocos de rega que estamos a terminar para perceber quanto temos vindo a evoluir nessa matéria.

Suponho que a ministra se tivesse a referir a

certas áreas, como a de Beringel ou Trigaches,

onde os hidrantes foram colocados em áreas

muito pequenas e que, por certo, não terão

grande aproveitamento…

Obviamente que onde predomina a pequena propriedade, como é o caso que mencionou, os custos são necessariamente maiores e a adesão menor. Mas a filosofia do projeto nunca foi a de excluir os pequenos agricultores dos benefícios que o EFMA traz à região…

Como encara as críticas dos agricultores que,

induzidos pelo calendário de execução da

obra até 2013, investiram, plantaram e agora

se veem a braços com os bancos?

Com muito respeito e total compreensão.

Quando prevê que as obras da margem direita

do Pedrógão estejam concluídas?

No sub sistema do Pedrógão, na margem direita

Reconheço que não tenho capacidade

para o paleio, mas tenho seguramente boa

capacidade de diálogo…” sobre o diálogo com os agricultores❝ “Acredito, como é óbvio, naquilo

que, a esse respeito, tem vindo

a ser dito pelo acionista”.

sobre as palavras da ministra

Page 5: Ediçao n.º 1543

05

Diá

rio d

o A

lent

ejo

18 n

ovem

bro

2011

PUB

dispor é de tal forma ridícula que dispensa co-mentários. A empresa tem a frota adequada a um empreendimento com uma área de abran-gência de 10 mil quilómetros quadrados e obras em curso a grandes distâncias e ainda delega-ções e infraestruturas que chegam a distar mais de 100 quilómetros da sede da empresa.

A EDIA tem cerca de 30 cargos de direção,

não acha excessivo nos tempos que correm,

quando a empresa apenas tem 191 efetivos?

Os cargos de direção que existem são os neces-sários para garantir o bom funcionamento da empresa e dar resposta às exigências do empre-endimento. Não posso, no entanto, deixar de es-clarecer que os colaboradores da EDIA, cuja ta-bela de vencimentos está publicada no site da empresa, são remunerados pela categoria profis-sional que detêm e não pelo cargo de direção que eventualmente desempenhem. Logo, em termos de custos, é praticamente irrelevante que haja mais ou menos cargos de direção. Mas já que fa-lamos em chefias e em quadros da empresa, não posso deixar de realçar que, apesar do esforço gi-gantesco que todos os colaboradores tiveram de fazer, para conseguirmos antecipar significativa-mente todos os prazos previstos, ninguém rece-beu qualquer prémio de produtividade. Pelo que é de uma chocante injustiça insinuar que esta-mos perante uma empresa que remunera princi-pescamente quem nela trabalha.

A EDIA ainda tem capacidade para captar em-

préstimos junto da banca, para pagar a obra, a

dívida e o serviço da dívida?

Acredito que sim. Não tem sido fácil e segura-mente, no futuro ainda menos fácil será. Mas, com o empenhamento da empresa e do acio-nista, a EDIA conseguirá fazer face aos seus compromissos financeiros.

As câmaras têm pago atempadamente a água

para abastecimento público?

A EDIA não fornece diretamente água às câma-ras. O reforço do abastecimento público é feito nas albufeiras já citadas e cada uma tem a sua gestão (Águas do Centro Alentejo, Águas Públicas do Alentejo ou associação de municípios).

Como é que está o projeto hidroelétrico? Estão

a ser construídas mais turbinas? A EDP paga o

preço justo pela eletricidade ali produzida?

O contrato de concessão celebrado entre a EDIA e a EDP, para além do encaixe financeiro ini-cial, garante à EDIA um rendimento mensal e o comprometimento da EDP em construir uma nova central em Alqueva, duplicando a sua potência instalada, o que está a acontecer. Registe-se que após o fim do contrato a nova central integrará os ativos da EDIA.

Esse dinheiro é reinvestido no projeto?

Todas as receitas obtidas são para fazer face a despesas do projeto.

O que pensa fazer quando abandonar a EDIA?

“O que ainda não foi feito”. Por mim, claro.

Esta entrevista foi efetuada por email

O sociólogo da água

Henrique Troncho nas-ceu em Évora, em outu-bro de 1950. É licenciado

em Sociologia pela Universidade de Évora. Militante do PS, ocupa cargos de grande relevo regio-nal desde 1977. Foi diretor dis-trital da Segurança Social; co-ordenador do grupo de gestão da Casa Pia de Évora; presidente do conselho diretivo do Centro Regional de Segurança Social de Évora; vogal do conselho diretivo do Centro Regional de Segurança Social do Alentejo; deputado à Assembleia da República na X Legislatura, eleito pelo PS na lista de Carlos Zorrinho. Foi pre-sidente da Federação de Évora do PS. Vereador na comissão admi-nistrativa da Câmara de Évora. E era governador civil do distrito quando, em finais de 2005, por indicação do então ministro da Agricultura, Jaime Silva, substi-tui Marques Ferreira na EDIA, enquanto presidente do conselho de administração e presidente da assembleia geral da Gestalqeva. Atualmente é presidente da as-sembleia geral da Turismo do Alentejo.

Page 6: Ediçao n.º 1543

06

Diá

rio d

o A

lent

ejo

18 n

ovem

bro

2011

Atual

No passado dia 2 de novembro o minis-tro da Economia, Álvaro Santos Pereira, assinou 10 contratos para prospeção e pesquisa mineira um pouco por todo o País. Um dos mais relevantes foi as-sinado com a empresa canadiana Colt Resources para concessão experimental de ouro no concelho de Évora durante os próximos três anos. Mas a região alente-jana viu também serem atribuídas con-cessões de prospeção e pesquisa à em-presa Minaport – Minas de Portugal para os concelhos de Barrancos e Moura.

Texto Marco Monteiro Cândido

Ilustração Susa Monteiro

A Minaport, cuja sede está registada na freguesia de Moledo, no concelho de Caminha (distrito de Viana do Castelo),

é uma empresa detida por investidores estrangei-ros, com os contratos celebrados com o Ministério da Economia a serem assinados por Luís Cortez, advogado do escritório lisboeta Coelho Ribeiro & Associados e nomeado por esses mesmos inves-tidores.

Sobre a prospeção que foi agora concedida à Minaport, Luís Cortez refere que “ainda não há muito a adiantar”, uma vez que foram assinados dois contratos de pesquisa e prospeção “como tantos outros que são assinados, todos os anos, em Portugal para se fazerem sondagens e, basica-mente, para se ver o que é que há nessas áreas”. O advogado sublinha também que “ainda não há nenhuma ideia específica relativamente ao conteúdo geológico dessas áreas”, sendo uma “fase muito preliminar para estar com grandes expectativas”.

O pedido de prospeção por parte da Minaport foi publicado em “Diário da República” a 4 de ja-neiro de 2011, correspondente a uma área de 97 quilómetros quadrados, maioritariamente no concelho de Barrancos, com uma parte menor no concelho de Moura. Segundo o pedido de prospeção e pesquisa, o estudo incidirá sobre cobre, zinco, chumbo, ouro e prata.

O presidente da Câmara Municipal de Barrancos, António Tereno, afirma não ter conhecimento nenhum da situação na altura da assinatura dos contratos, naquele que é o concelho com a maior área para prospeção, se-gundo o pedido que deu en-trada na Direção Geral e Energia e Geologia (DGEG). “Tudo o que sei é pela comuni-cação social”. António Tereno sublinha não saber nada sobre a empresa a quem foi concessionada a prospeção e considera que foi “uma desele-gância por parte do Governo, que não contac-tou a autarquia e o seu presidente”. “As coisas

não devem ser feitas desta forma, até porque, em tempos de crise, o poder central e local devem dar as mãos”.

Para o autarca barranquenho, esta poderá ser uma “mais-valia para o concelho em ter-mos de desenvolvimento económico”, apesar de preferir não embarcar numa onda de oti-mismo desmesurado. “Estivemos um pouco ligados ao setor mineiro durante séculos e sa-bemos o que há por aqui, por isso não vamos entrar em euforias”.

No concelho vizinho de Moura, o autarca local, José Maria Pós-de-Mina, considera que teria sido importante qualquer tipo de aborda-gem e que “as câmaras dos territórios abrangi-dos deviam ter sido convidadas e contactadas” a estarem presentes na assinatura dos contra-tos. “Não temos conhecimento do contrato. Houve um pedido de concessão para prospe-ção, fomos informados em maio deste ano, mas nunca houve contacto com a empresa, nem temos conhecimento da empresa”. Para José Maria Pós-de-Mina a perspetiva de bene-fícios para o seu concelho é encarada com cau-tela. “Julgo serem empresas mais viradas para os estudos que depois não têm sequência”.

O advogado Luís Cortez refere que ainda é muito cedo para dar informações, uma vez que a empresa ainda vai estudar o subsolo das duas áreas previstas, “em termos de quantidade e da natureza do minério”. “É natural que possam

começar alguns trabalhos preparatórios já no primeiro semestre do próximo ano. Mas nem vale a pena estar a alimentar grandes expectati-vas porque, normalmente, para passar para uma fase de exploração é preciso uma série de estudos e uma perspetiva de existência geológica signifi-cativa e, normalmente, na maioria dos contra-tos de pesquisa, isso não se verifica”. Luís Cortez não soube adiantar os valores envolvidos nos es-tudos de prospeção para os próximos três anos, acrescentando, no entanto, que “não se trata de um investimento significativo”.

Prolongamento da prospeção da Portex Minerals

No concelho de Grândola, a empresa cana-diana Portex Minerals, com sede em Toronto, viu, em outubro passado, ser prolongada a ex-tensão do contrato de prospeção da Lagoa Salgada até setembro de 2012. Mas já em abril deste ano, através de carta da DGEG, foi permi-tido um prolongamento suplementar da dura-ção da prospeção por mais dois anos após se-tembro de 2012, ou seja, até 2014.

Este prolongamento da prospeção vem tam-bém ao encontro da análise que os responsáveis da Portex Minerals fizeram recentemente das pesquisas em Lagoa Salgada. A empresa anun-ciou os resultados da primeira fase de prospe-ção, que revelaram excelentes resultados ao ní-vel do chumbo, zinco, ouro e prata.

Contactado pelo “Diário do Alentejo”, o re-presentante da Portex Minerals em Portugal, João Fernando Barros, engenheiro civil, não respondeu às questões colocadas, até ao fecho desta edição, a propósito da prospeção efetu-ada pela Portex Minerals em Lagoa Salgada, em Grândola. No entanto, é de referir que este mesmo representante da Portex Minerals é o diretor de uma empresa de consultoria e pro-jetos nas áreas do ambiente, geotecnia, re-cursos hídricos e sociedade, a TerraPlus, com sede em Braga. Empresa essa que pertence ao mesmo grupo de uma outra, a Minerália, tam-

bém dedicada a minas, geotecnia e construções, também com sede

em Braga e com os mesmos números de telefone e fax da Terra Plus.

A curiosidade deste facto aumenta com a leitura do pedido

de atribuição de direitos de prospeção

e pesquisa efetuado à DGEG para as áreas de Barrancos e

Moura. Se, por um lado, a em-presa prospetora é a Minaport – Minas

de Portugal, no pedido surge a Minerália – Minas, Geotecnia e Construções como titu-lar. João Fernando Barros, em conversa telefó-nica, afirmou não ter qualquer relação com a Minaport ou com a Minerália.

Setor mineiro ganha novo fôlego no Alentejo

Em busca do ouro perdido

A Colt Resources, empresa que obteve a concessão experimental de ouro, nos próximos três anos, no subsolo

da freguesia de Nossa Senhora da Boa Fé, em Évora, pretende igualmente explorar os concelhos em redor,

na busca do mesmo minério, tendo obtido uma concessão de exploração para uma área de 728 quilómetros

quadrados. Em Boa Fé o investimento será de cerca de três milhões de euros ao longo do período experimental,

criando 150 postos de trabalho. A prospeção vai incidir numa área de 47 quilómetros quadrados.

foi agora concedida à ere que “ainda não há z que foram assinados a e prospeção “como nados, todos os anos, m sondagens e, basica-

queeee há nessas áreas”. mbémm que “ainda não

fica rer lativamente ao as árrreas”, sendo uma ara ese tar com grandes

por paaarte da Minaporrt a República” a 4 de ja-ente a umuma áráreae ddddde 97

maioritariaiiamementnte s, com mmmm umma ae Mouraaa. speçãão e eerá soooobrbb e

o e prar ta.ara Mununnicipalall dde eno, afif rmma a nãnãnão ooo tetetetttt r r r r

situaaçããããão oooo nan

n-nnnnnnEnergia e que sei é pela cocomumunii--

eno sublinha nãoãoão ssabbbbbbbbbbber em foi concessisiononnaddda a

que foi “uma desessselellelle e-eno, que não conoo tac-sidentee”. “AsA coiiisasassas s s

O advogado Luís Cortez refere que ainda émuito cedo para dar informações, uma vez quea empresa ainda vai estudar o subsolo das duasáreas previstas, “em termos de quantidade e danatureza do minério”. “É natural que possam

pesquisas em Lagoa Sallllgagagadadciou os resultados da prprp imeção, que revelaram excelelellellele ene tvel do chumbo, zinco, ouro

Contactado pelo “Diáriopresentante da Portex MinJoão FFFFFFererereee nanando Barros, engresponondedeeu uu às questões colodesta aa ededdiçãoãã , a propósito dada pepelalala Portex Minerals eem GGrârâârr ndndnddola. No entanto, émesmmmo ooo reeeprp esentante da Pdiretooooor r dedede u ma empresa dejetos nanaas s árá eas do ambiencursoss hhhhídídricos e sociedadesededeed eeeeem mm BrBrBrrraga. Empresa esmemeesmsmsmo grgrgg upo de uma outra

bébbb m dedicada a mconstruções,

em BraganúmerosTerra Plu

A curi

dire pesquisapara as ár

Moura. Se, pprpppp esa prospetora é a

dedde PPPPPorroro tutuuugal, no pedido suMinas, Geotecnia e Constlar. João Fernando Barros, enica, afirmou não ter qualqMiMiMiinaaaaaaapopopop rtrr ou com a Minerál

A saga do ouro

na Boa Fé, em Évora

Fizeram recentemente pesquisas em Lagoa Salgada, em Grândola. A

empresa anunciou os resultados da primeira fase de prospeção, que

revelaram excelentes resultados ao nível do chumbo, zinco, ouro e prata.

Vidigueira entregou prémios de mérito A Câmara Municipal de

Vidigueira, à semelhança de anos

anteriores, entregou, na semana

passado, prémios de mérito aos

11 melhores alunos dos 2.º e

3.º ciclos, do Agrupamento de

Escolas de Vidigueira, no ano

letivo 2010/2011 (Beatriz Carrujo,

Carolina Maldonado, Daniela

Araújo, Gonçalo Geraldo, Ilda

Doce, Inês Mendes, João Varanda,

João Vargas, Luís Pereira, Mariana

Estrela e Mariana Maldonado).

Este ano, e pela primeira vez, a

autarquia contemplou também,

com prémio de mérito, o melhor

aluno da Escola Profissional

Fialho de Almeida, José Neto.

“Põe-te em forma no Rossio”, em BeringelO Externato António Sérgio

promove amanhã, sábado, entre

as 10 e as 17 horas, no rossio de

Beringel, a quinta edição da feira

“Põe-te em forma no Rossio”. O

espaço propõe “um vasto leque

de atividades físicas, rastreios de

saúde, torneios digitais e petiscos

no bar saudável ou na tasca

tradicional”. Será possível ainda

“adquirir produtos da horta,

provar os doces tradicionais ou

comprar alguns presentes de

Natal no espaço de artesanato”.

Licores e Aguardentes em São BarnabéEspetáculos musicais, degustações,

venda de produtos locais, oficinas

e uma conferência vão marcar o 1.º

Festival Internacional dos Licores

e Aguardentes Tradicionais, que

vai decorrer nos próximos dias

26 e 27 na aldeia de São Barnabé

(Almodôvar). O festival, que vai

decorrer em simultâneo com a

quinta Feira do Cogumelo e do

Medronho, irá dar a conhecer

e a provar licores e aguardentes

de vários países, como Brasil,

Cabo Verde e Espanha. O evento

é organizado pela Associação de

Defesa do Património de Mértola

e pela Câmara Municipal de

Almodôvar no âmbito do projeto

“Valorização dos Recursos

Silvestres do Mediterrâneo – uma

estratégia para as áreas rurais

de baixa densidade do sul de

Portugal”, que pretende contribuir

para a “valorização económica”

dos recursos endógenos.

Page 7: Ediçao n.º 1543

07

Diá

rio d

o A

lent

ejo

18 n

ovem

bro

2011

A ANA – Aeroportos de Portugal assinou um con-trato com a TAP para a manutenção de aeronaves no aeroporto de Beja. Pormenores sobre o mesmo

deverão ser divulgados pela ANA na próxima segunda --feira, dia 21.

O presidente da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo (Arpta), Vítor Silva, revelou, entretanto, que a operação de 31 voos charter semanais prevista para 2012 en-tre os aeroportos de Dusseldorf e Beja, para transportar tu-ristas da Alemanha para o Alentejo, deverá realizar-se entre abril e novembro.

A operação, que deverá ser efetuada pelo operador turís-tico alemão Olimar, através de um avião fretado de 86 luga-res, deverá realizar-se entre 15 de abril e 18 de novembro. O Olimar “está disposto” a fretar o avião e a comercializar parte dos 86 lugares de cada voo da operação, que envolve a ANA – Aeroportos de Portugal, a Arpta e o Grupo Vila Vita, disse.

Segundo o responsável, 50 dos 86 lugares disponíveis em cada voo serão ocupados por funcionários do Grupo Vila Vita e os restantes 36 por turistas alemães que comprarem as viagens, que deverão ser comercializadas pelo Olimar.

A Arpta está a negociar com o Olimar “a partilha dos ris-cos” dos lugares que não forem comercializados do lote de 36 de cada voo, disse Vítor Silva, referindo que está “con-vencido” que as entidades vão “chegar a acordo”.

O responsável revelou ainda que o operador turístico bri-tânico Sunvil poderá retomar os voos charter semanais en-tre Londres e Beja em 2012, no âmbito de uma nova cam-panha de promoção turística do Alentejo no Reino Unido. O Sunvil “está interessado” e “existe uma grande probabi-lidade” de se realizar uma nova operação de “pelo menos 22 operações” de voos entre Londres e Beja em 2012, disse Vítor Silva.

A concretizar-se, a operação, semelhante à que o Sunvil promoveu entre maio e outubro deste ano, irá decorrer no âmbito da campanha de promoção turística do Alentejo no Reino Unido em 2012 e cujo contrato já foi assinado entre a Arpta e o operador britânico.

À semelhança do que ocorreu em 2010, a Arpta lançou um concurso público internacional para escolher o opera-dor responsável pela campanha e o vencedor foi, outra vez, o Sunvil, disse.

“Tal como aconteceu este ano, o objetivo é que a campa-nha de promoção em 2012 possa também ser complemen-tada com ligações aéreas” entre Londres e Beja, o que “não é obrigatório, mas é desejável”, disse.

A campanha de 2012, “um pouco mais ambiciosa” do que a deste ano, deverá custar “430 mil euros” e será finan-ciada quase no total por fundos comunitários, sendo que a Arpta deverá assegurar 20 por cento, precisou.

Para os 430 mil euros serem aplicados no total, além da campanha, “tem que haver, pelo menos, 22 operações aé-reas” entre Londres e Beja, disse.

Beja-Londres de novo em 2012

Manutenção de aviões em Beja

Por dívidas à antiga operadora das carreiras urbanas

Turitaléfe processa câmara

A antiga concessionária da rede urbana de transportes públicos de Beja vai avançar com um processo em tribunal contra a câmara para

reclamar uma alegada dívida de 110 mil euros. Segundo o sócio-gerente da empresa, António Oliveira, 50 mil euros são relativos aos aumentos dos percursos da rede feitos em 2008 e 2009 e 60 mil euros de reparações de viaturas municipais afetas à rede, que “são da respon-sabilidade da câmara”. A Turitaléfe apresentou várias propostas para a autarquia efetuar o pagamento fase-ado da dívida, mas “as repostas foram sempre negati-vas”, já que o presidente do município, Pulido Valente,

“não reconhece e não quer pagar a dívida”, disse. Por isso, lembrou, a Turitaléfe, “em desespero” e porque não tinha condições para continuar a prestar o ser-viço, pediu a rescisão amigável do contrato de conces-são da rede, que foi aceite. Contactado pela Lusa, Pulido Valente escusou-se a reagir à decisão da Turitaléfe, mas, em declarações anteriores, tinha dito que a câmara “não reconhece” a dívida. Devido à rescisão do con-trato, o município vai lançar um concurso público in-ternacional para adjudicar a concessão a outra empresa. Entretanto adjudicou, provisoriamente e por ajuste di-reto, o serviço à Rodoviária do Alentejo.

A Junta de Freguesia de Cabeça Gorda promoveu esta semana uma reunião entre a

população e os eleitos para recolher opiniões e debater as prioridades do orçamento

para o próximo ano. Segundo os eleitos da Junta de Freguesia de Cabeça Gorda,

o orçamento para 2012 está bastante condicionado pelas constantes diminuições

de verbas provenientes do Orçamento do Estado e da Câmara Municipal de Beja.

Cabeça Gorda

debate orçamento

PUB

Page 8: Ediçao n.º 1543

08

Diá

rio d

o A

lent

ejo

18 n

ovem

bro

2011

IPBeja promove “História recente” O Instituto Politécnico de Beja

está a promover um conjunto

de seminários, com o objetivo

de “possibilitar aos discentes do

curso de Serviço Social – Unidade

Curricular História Económica

e Social, assim como a toda a

comunidade educativa e da

cidade, um contacto direto com

protagonistas e agentes ativos

da nossa História recente”. O

próximo seminário terá lugar na

próxima segunda-feira, dia 21, será

subordinado ao tema “Portugal

no salazarismo” e contará com a

participação de Cláudio Torres,

diretor do Campo Arqueológico

de Mértola que, na qualidade de

antigo preso e exilado político,

“vai certamente partilhar a sua

vivência muito intensa”. Segue-se,

a 28, Andrade da Silva, que na noite

de 24 de Abril de 1974 comandou

a coluna de carros de combate que

se deslocaram de Vendas Novas

para, a partir do Cristo-Rei, no

Pragal, dar cobertura às operações

de Salgueiro Maia, e o docente e

investigador António Ramos que

irá descrever a sua vivência social e

política durante o PREC – Período

Revolucionário em Curso – entre

1974 e finais de 1975. Em dezembro

será a vez de Fernando Caeiros,

ex-presidente da Câmara de Castro

Verde, e de Lopes Guerreiro, que

relatará “sua vivência enquanto

ativista sobre questão agrária”. Os

dois antigos governadores civis João

Paulo Ramôa e Manuel Macaísta

Malheiros são os convidados do

último seminário.

Danças tradicionais em Castro Verde Os ateliês de danças tradicionais

estão de regresso ao Fórum

Municipal de Castro Verde. As

sessões, ministradas pela formadora

da associação Pédexumbo, Marta

Guerreiro, têm lugar às quartas-

-feiras, pelas 18 horas. Até ao mês

de julho, os participantes “podem

embarcar numa viagem pelo

mundo das danças, aprendendo

coreografias, movimentos e

passos de danças tradicionais,

preparando-se, assim, para os

bailes deste ano, ao som das valsas,

do scotish, do regadinho e do

chapelloise, entre muitos outros”.

As inscrições, limitadas, podem ser

feitas no Fórum Municipal.

Na sequência de uma reunião, na passada sexta-feira, entre os executivos da Câmara Municipal de Moura (CMM) e da Junta de Freguesia de Amareleja (JFA), em que, se-gundo o gabinete de comunicação e rela-ções públicas da CMM, não foram cum-pridas as “mais elementares regras de educação, correção e de urbanidade”, por parte do presidente da junta, o município resolveu “apresentar uma proposta de res-cisão do protocolo até agora em vigor”. Na resposta, o executivo da junta de fregue-sia acusou José Maria Pós-de-Mina, pre-sidente da Câmara de Moura, de “fugir às responsabilidades” e de referências inqua-lificáveis e caluniosas à conduta de António Valadas Gonçalves, presidente da junta.

Ambos os autarcas, contactados pelo “Diário do Alentejo”, remeteram-nos para a leitura dos respetivos comunicados, di-

zendo nada ter a acrescentar sobre o sucedido.A Câmara de Moura acusa a Junta de

Amareleja de “desde há dois anos criar um clima de guerrilha com a câmara municipal”, mas ad-mite “dificuldades” no “integral cumprimento do protocolo”.

A junta, na resposta, diz que apenas adota-ram “uma nova atitude na exigência e rigor na defesa intransigente dos interesses do povo da freguesia”. O comunicado, assinado pelos três membros do executivo de Amareleja, reclama, ainda, o pagamento de 131 000 euros, relati-vos a “obras e tarefas realizadas pela Junta de Freguesia”.

Apesar da quebra do protocolo o municí-pio, no último ponto do comunicado, “man-tém a sua total disponibilidade para conti-nuar a estabelecer parcerias com a Junta de Freguesia de Amareleja noutro tipo de maté-rias”, nomeadamente a Feira do Vinho e da Vinha e a Feira do Livro.

Histórias antigas O executivo em funções na fre-guesia de Amareleja resultou da vitória de uma lista independente, nas últimas autárquicas,

pela diferença de quatro votos (592/588 para a CDU).

O “Diário do Alentejo” apurou que as relações entre a câmara e a junta nunca foram as melho-res. Ainda antes das eleições, o agora presidente da junta foi um dos elementos mais ativos con-tra a ocupação da pista de aviação em terra ba-tida ali existente por parte da empresa de explo-ração de energia solar.

Apesar deste aeródromo estar desativado, não ter licenciamento, nem aparecer em qual-quer mapa nacional de equipamentos aeronáu-ticos, Valadas Gonçalves sempre foi contra o seu “encerramento”, mesmo que isso significasse cerca de 70 000 euros a menos, por ano, nos co-fres da junta.

Apesar do ambiente pouco colaborante, o município não deixou de investir na freguesia, referindo as obras de regularização da ribeira, na conduta para melhorar o abastecimento de água, a piscina, o pavilhão multiusos e a área in-dustrial, como prova do seu empenhamento no desenvolvimento da freguesia. AF

Município rescinde protocolo

Moura e Amarelejade candeias às avessas

O conselho executivo da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo e Litoral (Cimbal), que reuniu na passada segunda--feira, considerou “desastrosa para o poder local e para os por-

tugueses a proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2012” e deci-diu convocar os trabalhadores dos municípios para uma reunião, dia 28, às 10 horas, na praça da República, em Beja, para que os presidentes possam explicar aos seus funcionários, os “impactos negativos” do di-ploma em discussão na Assembleia da República. Jorge Pulido Valente, presidente da Cimbal, admitiu poder “estar em risco alguns postos de traba-lho” e classificou a situação de “dramática” prevendo que os municípios irão ser obrigados a “cortar serviços e apoios” a várias entidades.

Da reunião saiu uma tomada de posição sobre o Orçamento do Estado em que se exigem 14 correções ao documento. Entre outras reivindicações, exi-gem que não haja limites de financiamento para obras cofinanciadas pelo QREN; a não aplicação do aumento do IVA da eletricidade para os municí-pios; e o pagamento das dívidas da administração central aos municípios, que totalizam 102 milhões de euros.

O conselho executivo debruçou-se ainda sobre os projetos estruturantes em curso – Alqueva, IP8 e aeroporto – considerando que o Governo “está a colocar dificuldades à sua concretização”. Vai ser pedida para breve reuni-ões com a ministra da Agricultura e com o secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações para discutirem estes dossiê.

Cimbal diz que Orçamento do Estado“põe em risco postos

de trabalho”

O próximo presidente da Ambaal será o futuro

candidato da CDU a Beja, diz Manuel Narra

A União dos Sindicatos do Distrito de Beja decidiu manifestar “toda a sua

solidariedade e apoio à greve geral” marcada pela CGTP/IN para o próximo

dia 24 “e tudo fazer para que esta iniciativa seja mais um momento de

extrema importância na luta dos trabalhadores e uma afirmação da sua

disponibilidade para tudo fazer no sentido de impedir a continuação das

políticas de exploração, empobrecimento e ataque aos direitos sociais e laborais

dos trabalhadores e do povo, desenvolvidas pelos sucessivos governos, ao longo

de 35 anos e agravadas pelo Governo do PSD/CDS-PP e da troika estrangeira

(EU, BCE e FMI)”. Em comunicado acrescenta que esta “é uma política de

terra queimada que precisa de ser denunciada, combatida e derrotada”.

Sindicatos do distrito

de Beja apoiam greve geral

Comerciantes da baixa de Beja criticam câmara Os comerciantes da baixa de Beja, sob proposta da associação do setor, reuniram esta terça-feira para fazerem o ponto da situação sobre o avanço das obras naquela zona da cidade. Para além das diferentes críticas à câmara municipal por falta de fiscalização aos trabalhos em curso e pelo constrangimento

que os mesmos irão provocar na época natalícia, o grande momento emotivo da sessão suce-deu-se após ter sido tornado público que parte do dinheiro previsto para a dinamização do projeto de reabilitação da zona das portas de Mértola fora gasto na organização da Beja Wine Night e Vinipax. O vereador do pelouro, Miguel Góis, promete esclarecimentos para breve.

“Quem assumir a presidência das associações intermunici-pais deve ser candidato à Câmara de Beja”, diz ao “Diário do Alentejo” o presidente da Câmara Municipal da Vidigueira.

Manuel Narra refere que não está disponível para assumir a presidência da Ambaal porque “não faz qualquer tipo de sentido ser agora o responsá-vel pela sua extinção. Quem lá esteve tanto tempo, e que deveria ter acabado com aquela situação e não o fez, é que deve assumir esse lugar”. O autarca diz, no entanto, que “este é um assunto que ainda está a ser tratado no PCP, mas o acordo de rotatividade vai ser cumprido”. Até ao final do ano vão mu-dar os cargos dirigentes das associações intermunicipais do distrito de Beja, ao abrigo do protocolo de rotatividade assinado há dois anos entre o PS e a CDU. Os cargos agora ocupados por eleitos do PS vão ser ocupados pela CDU e vice-versa, quer na Ambaal, quer na Cimbal.

Em declarações ao “Diário do Alentejo”, o atual presidente da Cimbal e da Ambaal, Jorge Pulido Valente, disse que “o protocolo vai ser cumprido” e que já estão marcadas assembleias nestas associações para a escolha dos no-vos representantes dos municípios. A da Ambaal no início de dezembro e a da Cimbal ainda este mês.

No final de outubro, João Rocha, presidente da Câmara de Serpa e último presidente de câmara do PCP na presidência da Ambaal, afirmou, em entre-vista exclusiva ao “Diário do Alentejo”, que não estava nos seus horizontes voltar a assumir a liderança desta associação. CJ

Page 9: Ediçao n.º 1543

09

Diá

rio d

o A

lent

ejo

18 n

ovem

bro

2011

PUB

Nos termos dos art.° 28°.dos Estatutos da Liga dos Amigos do Hospital de Beja, convoco todos os Só-cios para uma reunião da Assembleia-Geral a reali-zar no dia 25 de Novembro de 2011, em primeira con-vocatória para as 16.30h, com a duração estimada de uma hora, na sala de conferências do Hospital José Joaquim Fernandes – Beja, na Rua Dr. António Fer-nando Covas Lima, em Beja, com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Alteração do Regulamento do Banco de Ajudas Técnicas;

2. Apreciação e votação do Plano de Actividades

e Orçamento para o Ano de 2012;3. Eleição dos Órgãos Sociais para o biénio

2012/2013;4. Outros Assuntos.Se não estiverem presentes, à hora indicada, mais

de metade dos sócios com direito a voto, a Assem-bleia-Geral realizar-se-á meia hora mais tarde, com os Sócios presentes.

Beja, 9 de Novembro de 2011.

O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral,Joaquim Apolino Salveano de Almeida

Diário do Alentejo nº 1543 de 18/11/2011 Única Publicação

LIGA DOS AMIGOS DO HOSPITAL DE BEJA

CONVOCATÓRIA

Autarcas unem-se em defesada estação da FuncheiraOs presidentes das câmaras municipais de Almodôvar,

Castro Verde e Ourique, acompanhados dos

presidentes da junta e assembleia de freguesia de

Garvão, reuniram-se com a administração da CP

com o objetivo de “defender a funcionalidade da

estação da Funcheira e a manutenção dos serviços do

Intercidades que liga Lisboa ao Algarve, após rumores

de que este serviço seria suprimido e posteriormente

encerrada a estação”. Os autarcas, em representação

dos seus municípios, defendem que “uma eventual

supressão da paragem do Intercidades na estação da

Funcheira agravaria o serviço de transportes públicos

às populações dos seus concelhos provocando um total

isolamento, argumentando com a centralidade da

estação da Funcheira, bem como a sua capacidade de

estação concentradora defendida pelos planos da CP”.

Os autarcas recordam, em comunicado de imprensa,

que a localização da estação da Funcheira “permite

servir com eficácia os concelhos vizinhos com uma

utilização significativa e garantir a viabilidade de

um conjunto de investimentos em curso na região a

partir das acessibilidades rodoviárias já existentes” e

“como demonstração do interesse e importância desta

infraestrutura” disponibilizaram meios para apoiar o

melhoramento da estação.

Alienação de lotes do parque empresarial de VidigueiraEncontra-se aberta até ao dia 9 de dezembro a primeira

fase de candidaturas para alienação de terrenos no

Parque Empresarial de Vidigueira. Com o objetivo

de “dotar o concelho com um espaço privilegiado de

valorização das catividades económicas existentes, o

Parque Empresarial e Industrial de Vidigueira tem

como missão principal, por um lado, instalar em

condições competitivas as empresas da região para

aumentarem e dinamizarem os seus negócios e a sua

forma de operação e, por outro, captar investimento

de origem regional, nacional e internacional,

aproveitando a rede viária existente e proximidade

com o aeroporto de Beja, contribuindo assim para

o aproveitamento da riqueza e recursos existentes,

permitindo a criação de novos postos de trabalho e

melhoria da qualidade de vida da população”, esclarece

a câmara municipal local.

Câmara de Bejaem edifício sustentável A Câmara Municipal de Beja e a Inovobeja

EEM promoveram uma visita técnica ao edifício

sustentável, que vai albergar todos os serviços técnicos da

câmara e um “museu vivo”, que inclui o templo romano

descoberto em 2008, num investimento superior a 3,5

milhões de euros. Inserido num quarteirão junto à praça

da República, o edifício resultará da construção de um

novo módulo na área do antigo edifício do departamento

técnico da câmara, demolido após um incêndio em 2008,

e do restauro e da reabilitação de outros dois edifícios,

o que albergava a antiga tipografia do jornal “Diário

do Alentejo” e as instalações da Liga dos Combatentes

e um outro onde funcionava nos últimos tempos o

departamento técnico da autarquia.

Page 10: Ediçao n.º 1543

10

Diá

rio d

o A

lent

ejo

18 n

ovem

bro

2011

PUB

Em conformidade com as disposições legais apli-

cáveis e os estatutos da Associação, convoco todos

os sócios da Associação de Pais Jardim de Infância

Seara Nova para se reunirem em Assembleia Geral,

que terá lugar na sede, sita Rua de Jesus n° 14, em

Beringel, pelas 20 Horas do dia 28 de Novembro de

2011, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

1. Informações da Direcção;

2. Apreciação e aprovação do Orçamento Pre-

visional para o ano de 2012;

3.Outros assuntos de interesse.

Se à hora marcada não houver quórum, a As-

sembleia realizar-se-á meia hora depois no mesmo

local, com qualquer número de sócios, e a mesma

ordem de trabalhos.

Beringel, 15 de Novembro de 2011.

A Presidente da Assembleia Geral

Ana Isabel de Barros Pimentel Rodrigues

Diário do Alentejo nº 1543 de 18/11/2011 Única Publicação

ASSOCIAÇÃO DE PAIS JARDIM DE INFÂNCIA SEARA NOVA

CONVOCATÓRIA

PSD “não vende ilusões”, diz líder parlamentar O líder parlamentar dos social-democratas, Luís

Montenegro, que participou esta semana na assembleia

distrital de Beja do PSD, disse que o partido “não

vende ilusões nem facilidades”. Falando à comunicação

social sobre os projetos estruturantes em curso na

região, o líder frisou que o País “vive momentos de

grande dificuldade que se refletem na capacidade que

o Estado tem de desenvolver projetos de investimento

público”. Luís Montenegro adiantou ainda que

o Governo está a investir em projetos apontados

como “prioritários” e disse que “aquilo que é

verdadeiramente estruturante para o desenvolvimento

económico e social das regiões, e no caso concreto do

Alentejo e do distrito de Beja, está salvaguardado”. O

líder parlamentar garantiu que tem acompanhado os

deputados do PSD na “identificação destes problemas”

e na capacidade de “persuasão do Governo” para

reconhecer a importância destes investimentos.

PS vai lançar laboratório de ideias para construir “alternativa credível”A Federação do Baixo Alentejo do Partido Socialista

promoveu no domingo a convenção distrital

autárquica, que acabou por não contar com a presença

do secretário-geral do partido, como estava previsto.

António José Seguro, que esteve ausente por motivos

de saúde, foi substituído por Miguel Laranjeiro,

dirigente do secretariado nacional, que anunciou que

o partido vai lançar a nível nacional o “Laboratório

de ideias”, para construir uma “alternativa credível

e uma plataforma de esperança” para Portugal.

Miguel Laranjeiro disse ainda que “com o PS havia

uma visão para o Alentejo e para o País, agora,

com o Governo PSD/CDS-PP, há uma desilusão”.

João Ramos questiona Governo sobre minas de Aljustrel O deputado do PCP eleito pelo círculo de Beja, João

Ramos, questionou, em sede de discussão do Orçamento

do Estado para 2012, o ministro da Economia e do

Emprego sobre “matérias relativas ao distrito de Beja”,

nomeadamente sobre o que irá o Governo “fazer para

que se cumpram os compromissos assumidos por uma

empresa privada relativamente à mina de Aljustrel e à

qual foram disponibilizados 135 milhões de euros, sem

que a dita empresa tivesse cumprido o compromisso de

colocar a laborar a mina e criado 900 postos de trabalho”.

O deputado lembra que “foram entregues dinheiros

públicos a um privado que tem de pôr a mina a laborar e

criar, ainda, 500 postos de trabalho” e que o PSD tinha

já este ano “aprovado um projeto de resolução do PCP,

precisamente a exigir esse cumprimento”. O deputado

questionou ainda o Governo sobre “a mobilidade no

distrito de Beja, que foi completamente esquecido no Plano

Estratégico de Transportes, nas vertentes ferroviária e

aeroportuária”. Entretanto, nas respostas ao deputado,

“os governantes nada disseram sobre as questões da

mobilidade, sugerindo apenas o senhor ministro que

se colocassem as questões por escrito”, o que o grupo

parlamentar “já tinha feito”. Relativamente a Aljustrel,

“referiu o senhor secretário de Estado que a Almina,

concessionária da mina de Aljustrel, está a laborar, estando

o compromisso e as questões laborais a ser acompanhadas”.

Page 11: Ediçao n.º 1543

11

Diá

rio d

o A

lent

ejo

18 n

ovem

bro

2011

PUB

Sines é o único concelho do Baixo Alentejo cujo Indicador per Capita do poder de compra (IpC) integra o top 10, referente a 2009. Acima da média nacio-nal são referenciados 39 municípios, en-tre os quais só mais um da região: Beja.

O município de Sines deu um salto qua-litativo de cinco pontos e passou do 14.º para o 10.º lugar no “Estudo sobre o po-

der de compra concelhio”, do Instituto Nacional de Estatística, subindo de 127,61 para 132,62, com-parativamente à média nacional (100). Beja é o ou-tro concelho do Baixo Alentejo que supera a média nacional, aparecendo com 112,74, na 21.ª posição.

Os outros concelhos do top 10 são Lisboa (232,54), Oeiras (185,27), Porto (178,77), Cascais (150,63), Faro (146,06), Coimbra (144,88), Montijo (136,85), Aveiro (134,76) e Funchal (133,28), sugerindo a análise uma “as-sociação positiva entre o grau de urbanização

das unidades territoriais e o poder de compra aí manifestado quotidianamente”.

Mértola é o concelho do distrito de Beja pior classificado neste estudo, aparecendo no 231.º lugar, com 58,95, entre os 308 municí-pios objeto do estudo. Santiago do Cacém (39.º), Grândola (41.º), Castro Verde (71.º), Alcácer do Sal (81.º), Aljustrel (110.º), Ferreira do Alentejo (114.º), Odemira (134.º) e Moura (147.º) apare-cem na primeira metade da tabela, com este úl-timo a revelar 70,03 pontos, e todos abaixo da média nacional.

Na segunda metade da tabela seguem --se Serpa (158.º/68,51), Almodôvar (162.º), Vidigueira (165.º), Cuba (170.º), Ourique (205.º), Barrancos (211.º), Alvito (216.º) e o já citado caso de Mértola.

A leitura dos dados permite concluir que os concelhos do litoral, por via da sua aptidão tu-rística, ainda que sazonal, refletem no resul-tado do índice o fruto dessa atividade. AF

INE divulga índice referente a 2009

Sines e Beja com poder de compra

Promover a recuperação e proteção do montado de sobro e azinho no conce-lho de Ourique. É este o objetivo do pro-

jeto idealizado pela Associação de Criadores de Porco Alentejano (ACPA), cujas primei-ras candidaturas, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (Proder), estão a ser aprovadas, apesar da crise.

“A lógica que tínhamos imprimido ao pro-jeto, no sentido de ser coletivo, acabou por não se conseguir. Para não o deixar perder, e como a máxima era o montado do concelho de Ourique e o seu desenvolvimento, nós conseguimos que este projeto entrasse no âmbito do Proder, cria-dor a criador”. Quem o afirma é o presidente da ACPA, José Cândido Nobre, um dos principais mentores e impulsionadores do projeto, que conta neste momento com cerca de 17 candida-turas aprovadas. “A ACPA acabou por contra-tar um gabinete de estudos e de projetos, reu-niu um conjunto de criadores onde, cada um

por si, submeteu individualmente este projeto, estando-se já a receber alguns desses projetos aprovados”.

Apesar das candidaturas individuais, o pro-cesso está assente numa estratégia comum e de unidade. Os diversos criadores celebraram um protocolo com a ACPA no sentido de terem o acompanhamento por parte dos técnicos da as-sociação e do INRB para a implementação das práticas estudadas para a recuperação do mon-tado. “O adensamento é pôr mais árvores onde já existem árvores. Depois há a lógica de pôr as árvores e continuar a fazer a pecuária, com as árvores a terem uma proteção metálica para se-rem protegidas dos animais enquanto jovens”.

O projeto passa, igualmente, por uma gestão correta dos solos, tendo que ser feita a sua corre-ção, tanto nos locais onde as árvores são plan-tadas, como nas restantes áreas, seja por im-plementação de culturas adequadas, por ação química ou outro tipo de intervenção. MMC

Promover a recuperação da floresta local

Montado avança em Ourique

Sines recebe entre hoje, sexta-feira, e domingo, dia 20, o evento “Costa

alentejana, turismo todo o ano”, destinado a apresentar a nova marca

promocional comum aos cinco municípios do Alentejo litoral, “Costa

alentejana”, e “promover o potencial turístico deste território ao longo de todo

o ano”. O evento tem início hoje, pelas 9 e 30 horas, no auditório do Centro de

Artes de Sines (CAS), com uma conferência dedicada ao potencial turístico

da costa alentejana para atenuar os efeitos da sazonalidade. A conferência

pretende “debater e refletir sobre temas estratégicos para o turismo na região e

servirá ainda para apresentar a estratégia de comunicação, marketing e marca

da costa alentejana, bem como o filme promocional e o portal associados”.

Requalificação de Vila Nova de Milfontes Apresentar e discutir a proposta de requalificação e va-lorização de Vila Nova de Milfontes, no âmbito do pro-grama Polis Litoral Sudoeste, é o objetivo da sessão aberta à população que terá lugar hoje, sexta-feira, pelas 21 ho-ras, na Casa do Povo de Vila Nova de Milfontes. A requali-ficação de Milfontes “abrangerá o núcleo antigo e a zona

ribeirinha, criando-se condições para a sua vivência e usu-fruto pela população local e visitantes, garantindo uma li-gação de qualidade com o espaço natural envolvente”, re-fere a Câmara de Odemira, adiantando que o projeto “irá abranger o arranjo de espaços exteriores, infraestruturas de abastecimento de água, drenagem de águas residuais, resíduos sólidos urbanos, bem como a rede eletricidade e

telecomunicações”. O projeto de execução tem a duração de 90 dias, seguindo-se o concurso público para as obras, pre-visto para o primeiro semestre de 2012. Este é um investi-mento que ultrapassa os 3 milhões de euros, com financia-mento comunitário no âmbito das ações de Valorização e Qualificação Ambiental do Eixo IV do Programa Operacional do Alentejo (INAlentejo).

O melhor da costa

alentejana em Sines

Page 12: Ediçao n.º 1543

12

Diá

rio d

o A

lent

ejo

18 n

ovem

bro

2011

PUB

JOSÉ CÂNDIDO CHÍCHARO & FILHO, LDA.Rua D. Afonso III, Ed. Toyota, Apart 76 7800-050 Beja Tel. 351284311410/12 Fax 351 284 311 419 [email protected]

É Â ÍÉÉÉÉÉ ÂÂÂÂÂ ÍÍÍÍÍ

Bejenses Caracol Blues lançam primeiro CD, que já soa nas rádios locais

Amizade, minis e rock & rollQ

uase sempre, na história das ban-das de garagem, há um fôlego que se perde com o fim da adolescência e a

entrada no mundo adulto. Este é um caso atí-pico. Com um primeiro CD homónimo aca-bado de sair, os Caracol Blues, bejenses de nas-cimento e criação, celebram mais de 30 anos de “carreira” e de uma amizade que se foi ci-mentando em torno da música. Mas que podia muito bem existir sem ela. “Isto é como um casamento, só que não nos conseguimos di-vorciar”, ilustra Zé Condeça, o homem da ba-teria. À volta da mesa, ouvem-se risos. É dia de ensaio na casa de Toi Campos, que tem a seu cargo a viola solo, e o grupo reúne-se no quin-tal, antes de entrar no pequeno estúdio em que se transformou a garagem da moradia. Tem sido este o ritual nos últimos anos. Muito an-tes dos primeiros originais ou da ousadia de fazer sair um registo discográfico por conta própria. “Há os que vão à pesca ou à caça, há os

que jogam golfe. Nós tocamos numa garagem – é o que nos dá prazer”, resume Zeca Serrano, voz principal, viola ritmo e autor do grupo, cuja capacidade de criação é manifestamente motivo de orgulho para os compinchas.

Das suas viagens de verão para Monte Gordo, como bom bejense que se preze, ou ao volante por outras paragens, saíram temas como “Rum”, “Abalar” ou “Faz de Conta”, três das seis faixas do disco que já roda nas rádios locais. “Fui eu”, que abre o CD, foi o tema que desprendeu o jorro criativo. “Um dia, fui sozi-nho daqui para Monte Gordo e não tinha rá-dio no carro. Costumo cantar à alentejana mas naquele dia não, comecei a inventar coi-sas e ia -me rindo. Quando cheguei a Monte Gordo estava a música feita, melodia e letra. Depois, foi só apontá-la”, lembra.

Nas duas semanas seguintes, por desafio da banda, saíram mais quatro ou cinco temas e, inevitavelmente, seguiu-se o batismo. Uma

designação que surge mais pela “sonoridade das duas palavras juntas” – Caracol e Blues – do que propriamente por qualquer conceito que lhe possa estar subjacente, embora se re-conheça alguma identificação com este bi-cho “simpático”, que leva a vida “sem pressas” com a casa às costas. Segue-se também a pri-meira atuação, no Pax Julia Teatro Municipal, em Beja, na primeira parte de um concerto dos Vollant, em 2008. “Achámos tanta piada àquilo que já não quisemos parar”, confessa Luís Dionísio, o baixista da banda. Em Beja, voltam a tocar no Pax Julia, apresentam-se também na Galeria do Desassossego e no Liceu e são convidados para primeira banda do concerto de José Cid, na edição de 2009 da Ovibeja.

Faltava a cereja no topo do bolo, um traba-lho que deixasse registado o fruto das horas de convívio ao fim de semana na garagem, en-tre minis e guitarradas, celebrando a amizade

e o rock. E também o amor, que perpassa to-dos os temas do CD de estreia, quer na sua fase mais cínica e desencantada (“Fui eu”, “Faz de conta”, “Abalar”), quer no auge do período de enamoramento, que tem o seu hino em “A um metro do chão”.

A gravação faz-se nos estúdios Portal do Som, em Cuba, e o resultado final deixa bem evidente a fidelidade ao registo que moldou o ouvido musical destes amigos desde tenra idade. “O rock é o rock”, concordam, e in-vocam os mestres: Beatles, Rolling Stones, Supertramp; mais tarde, Police, Ramones, AC/DC.

Eram os tempos do “Rock em Stock”, pro-grama conduzido na Rádio Comercial por Luís Filipe Barros e uma espécie de farol para os jo-vens aprendizes de rockeiros da década de 80. Longe de imaginar o que seriam coisas como a Internet, os downloads ou o youtube, estes “pi-ratas” gravavam o programa para uma cassete e faziam-na circular entre todos. O mesmo se passava com os discos, na era do vinil.

Foi assim que se fizeram músicos, ou-vindo, partilhando dicas, testando sons na ga-ragem de amigos. O único que “fez a pauta”, na Sociedade Capricho Bejense, foi Toi Campos mas, esclarece, “basicamente somos todos au-todidatas”. “A minha primeira bateria foram caixas de Skip”, acrescenta Zé Condeça. Nos Rockestra, que surgiu em 1980 com três dos atuais elementos, fizeram a rodagem dos bai-les de aldeia, com os poucos covers que cons-tavam do repertório e que rendiam em pro-longados slows, para contentamento dos pares de adolescentes. A banda de baile, “afilhada” dos míticos Hictal, dispersar-se-ia por volta de 1983 mas nunca chegou a arriscar um adeus. “Estudámos, começámos a trabalhar, casá-mos, criámos os filhos, mas nunca nos largá-mos”, conclui Luís Dionísio.

Fotogaleria e vídeo em www.diariodoa-lentejo.pt/.

Conhecem-se há mais de 30 anos e

cresceram juntos, na vida e na mú-

sica. “Caracol Blues”, disco de es-

treia homónimo que acaba de sair,

é uma celebração da amizade e do

rock e o resultado de muitos fins de

semana de convívio, entre minis e

guitarradas.

Texto Carla Ferreira Foto José Ferrolho

A gravação faz-se nos estúdios Portal do Som, em Cuba, e o resultado final

deixa bem evidente a fidelidade ao registo que moldou o ouvido musical destes

amigos desde tenra idade. “O rock é o rock”, concordam, e invocam os mestres:

Beatles, Rolling Stones, Supertramp; mais tarde, Police, Ramones, AC/DC.

Page 13: Ediçao n.º 1543

13

Diá

rio d

o A

lent

ejo

18 n

ovem

bro

2011

Perfil

Com um trocadilho inspirado num tema de Sérgio Godinho, Nuno Matos anuncia-se no letreiro da porta

que dá entrada para a sua oficina, no centro histórico de Beja. “Horas extraordinárias”. Não tanto para “fazer de conta” que traba-lha muito, o “que é mentira”, graceja, mas talvez mais para vincar o seu carácter “irre-petível”. Assim é, de facto, o tempo. E é com ele que trabalha diariamente, há 25 anos, este relojoeiro trasmontano de 48 anos que se fez alentejano pelo casamento. Em Beja, reside já há 12 e este é o espaço onde, pela primeira vez, consegue ter arrumadas e a funcionar, sem desnecessárias promiscui-dades, as várias componentes do seu ofí-cio. Aprendeu-o na muito seletiva Escola de Relojoaria da Casa Pia de Lisboa, que se rege pelos rigorosos padrões suíços e é, aliás, fi-nanciada pela indústria relojoeira daquele país, ainda a única grande referência na arte de medir o tempo em grande estilo.

Logo à entrada, numa bancada ima-culada, trata com pinças e lupa as entra-nhas dos mecanismos, quase todos de luxo. Hoje dedica o dia a um genuíno Audemars Piguet, pertença de uma “personalidade pública” que não desvenda, qualquer coisa para custar à volta de 30 mil euros. “É um prodígio técnico”, enaltece, apressando-se a explicar as virtudes do calendário perpétuo que marca a distinção deste exemplar. Se o dono não o deixar parar, este calendário pode manter-se quatro anos sem falhas, atu-alizando anos bissextos, colocando 30 ou 31 dias nos meses certos. O processo é todo ele

Encoberto na sua insuspeita of icina de relógios com nome de

uma balada de Sérgio Godinho, Nuno Matos tem habilitação le-

gal para reparar exemplares da Longines, da Chronoswiss e de

todo o grupo Swatch, o detentor das “melhores marcas mun-

diais de relógios”. Vive e trabalha há 12 anos em Beja e tem em

construção aquele que supõe ser o primeiro relógio de fabrico

alentejano.

Texto Carla Ferreira Fotos José Serrano

Nuno Matos, mestre relojoeiroque resiste em Beja na era do digital

Na oficina das “horas

extraordinárias”

O relógio deixou de ser um objeto utilitário,

passou a ser um objeto de adorno, de luxo, e

vive-se atualmente o melhor período de sempre

na relojoaria”.❝

mecânico e é isso que o torna mais admirá-vel. Mas hoje o “paciente” não está aqui por questões estruturais. “Só reparei que tinha aqui um desfasamento nos ponteiros mas o que ele veio fazer mesmo foi uma espécie de peeling”, ironiza de novo Nuno Matos, adi-vinhando a ocasião especial em que será os-tentado, todo polido e lustroso.

É esta, verdadeiramente, a principal voca-ção de um relógio na era do digital, em que para estar ao corrente das horas basta uma es-preitadela no telemóvel, no micro-ondas, no tabliê do carro ou até no frigorífico. “As pes-soas já não precisam de relógio; as pessoas transformaram-se em relógios, estamos sem-pre a ver as horas”, observa Nuno Matos. Por isso, quem os compra, fá-lo por simples vai-dade, afirmação social, investimento – “Os bons relógios têm cotação, ao fim de 10 anos continuam a valer o mesmo, não desvalo-rizam” – ou por admiração pelo objeto en-quanto máquina, por si só. “O relógio deixou de ser um objeto utilitário e passou a ser um objeto de adorno, de luxo”, considera Nuno Matos. E sobretudo masculino, a fazer as ve-zes das joias, sapatos e malas das mulheres. “Um homem pôr-se cheio de joias é feio, então opta-se por uma peça que além de ser bonita custe bastante dinheiro, dê prestígio e con-fira algum estatuto”, acrescenta, sublinhando o “contrassenso” de se viver atualmente “o melhor período de sempre na relojoaria”. Justamente nestes tempos em que ninguém já precisa de relógios e o dinheiro não é, definiti-vamente, o recurso mais abundante. Pelo me-nos, para o comum dos mortais.

Suíça é ainda a única grande referência na

arte de medir o tempo Dito isto, adivinha-se que não é em Beja que Nuno Matos tem a sua clientela. Duas vezes por mês, ruma até à capital para “recolher trabalho” em algu-mas ourivesarias de renome e clientes par-ticulares fiéis que lhe confiam as suas co-leções. “É um meio pequeno e quando adquirimos alguma reputação as pessoas vêm ter connosco, não é necessário fazer promoção”, diz, admitindo que nem isso lhe era conveniente: “Com o que tenho em Lisboa, já ando normalmente com o serviço atrasado”.

Na escola onde Nuno Matos se formou, e depois também deu aulas, saem dois, no máximo três, relojoeiros por ano e não é raro que as melhores fábricas suíças ve-nham depois recrutá-los. Nuno também por lá andou, em estágio, no final da sua formação e não esconde que foi esse o isco que o levou a escolher esta via profissio-nal em detrimento de outras. “Há uma al-tura, na Casa Pia, em que temos que esco-lher uma profissão e eu escolhi relojoaria, porque ao melhor aluno era prometida uma viagem à Suíça no final do curso. E eu meti aquilo na cabeça e fui realmente porque ti-nha jeito para aquilo”.

Entretanto, já regressou várias vezes, para formações e para obter certificados de diferentes marcas. É assim que, enco-berto na sua insuspeita oficina de relógios com nome de balada de amor, Nuno Matos tem habilitação legal para reparar exempla-res da Longines, da Chronoswiss e de todo

o grupo Swatch, o detentor das “melhores marcas mundiais de relógios”.

Em Beja, abordam-no clientes com pe-ças de elevada estima pessoal, como aquele relógio de pulso que receberam na quarta- -classe ou o relógio de parede que está na fa-mília há várias gerações. Mas não são esses que lhe garantem o ganha-pão. “Dá-se um jeitinho, se for um amigo”, diz, apontando para um canto onde aguardam vez há vá-rios anos relógios de cuco e despertadores.

Além de reparar, Nuno Matos também já se aventurou na criação dos seus pró-prios exemplares usando os conhecimen-tos técnicos que foi afinando ao longo dos anos. No fundo, limita-se a reproduzir a lei do isocronismo do pêndulo, formulada por Galileu no século XVI, inovando no invólu-cro. “É uma vontade de reproduzir o que sei numa qualquer peça que tenha um cunho pessoal, uma interpretação minha”, con-fessa. E foi isso que fez para o ateliê de um amigo, em Lisboa, ou para os espetáculos do trio Mosto, por proposta de outros dois amigos, Paulo Ribeiro e César Silveira.

Por inspiração própria, está neste mo-mento em construção aquele que supõe ser o primeiro relógio de fabrico alentejano. Um exemplar de entranhas à vista que pensa co-locar no arco que separa, na sua oficina, a relojoaria fina e a relojoaria grossa. Será um cartão de visita, um objeto sobretudo de-corativo. “Mesmo que não trabalhe certo e até pode trabalhar mais devagar. Afinal de contas, é o primeiro relógio alentejano”, re-mata, satírico.

Page 14: Ediçao n.º 1543

14

Diá

rio d

o A

lent

ejo

18 n

ovem

bro

2011

Opinião

Levaram mais de 30 anos a tocar em garagens, para os amigos, em pequenos espetáculos, mas sempre com um entusiasmo e uma persistência

a toda a prova. Agora, e finalmente, os CARACOL BLUES acabam de lançar o seu primeiro disco, homónimo. São seis belos temas, apenas seis, que a banda bejense dedica… “à família e aos amigos”. A quem mais poderia ser? PB

Numa altura tão difícil e injusta, que os portugueses têm aguentado com uma paciência que eu considero inexcedível, em que vivemos num neofascismo capitalista, que afasta ainda mais as pessoas da cultura e dos livros, estar aqui hoje é, também, um ato de protesto”, António Lobo Antunes, em Faro, durante uma conversa com leitores a propósito do seu último livro Comissão de Lágrimas, Lusa, 12 de novembro de 2011

Turismo popFrancisco Martins Ramos Antropólogo

A diversidade da atividade tu-rística e a riqueza desse fenó-meno social total conduz-nos à descoberta e fruição de lugares ligados à música, ao cinema, à literatura e… a partir daí o céu é o limite. Turismo Pop é um segmento do Turismo Cultural, sendo verdade que todo o tu-rismo é cultural.

O exemplo paradigmático desta “modalidade” há muito que nos impressionava: Visitar o túmulo de Jim Morrison é apenas uma desculpa para fruir a cidade-luz, ser fotogra-fado na passadeira de Abbey Road é “reviver” o mito dos Beatles, levados pela imaginação de “Afirma Pereira” é todo um périplo pessoano que nos ilumina. De tal modo que cabe aqui, também, a designação de Turismo do Imaginário. Sonhar em fazer a “Route 66” é homenagear Jack Kerouac e fazer turismo ao longo da estrada-mãe de todas as estra-das da América.

Não nos admiremos; a designação é apenas uma ban-deira promocional orientada para conquistar novos turis-tas, dos seniores que querem matar saudades e dos jovens motivados pela cultura pop; assim, viaja-se a partir do ci-

nema, da música, dos livros, de ídolos e de sítios marcados pela presença prolongada ou efémera de personagens medi-áticos. E note-se que tais des-tinos nem sempre são criações do marketing. São, em muitos casos, a matriz identitária, in-ventada ou reinventada, de lu-gares, espaços, pessoas, territó-rios, mitos e crenças, resíduos nostálgicos.

Apesar de incipiente em Portugal, o Turismo Pop ofe-rece, a nível doméstico e in-ternacional, sugestões po-tenciadoras de novos f luxos. Considere-se o País e a “pa-róquia” alentejana. Lisboa é, em termos de Turismo Pop, Fernando Pessoa e Amália; o Porto pode rever-se em Agustina e Manuel de Oliveira (felizmente ainda vivos); o

Ribatejo é território de Alves Redol; Trás-os-Montes é des-tino inseparável de Miguel Torga.

Se associarmos a figura de Fialho de Almeida à reali-zação da Vitifrades, em Vila de Frades, estamos a promo-ver o Enoturismo e o Turismo Pop; Moura pode ser promo-vida turisticamente pela figura de Luís Piçarra; Arraiolos é destino turístico com a mais-valia das figuras de Nuno Álvares, Dordio Gomes e Cunha Rivara; Beja não pode ol-vidar Soror Mariana Alcoforado e o contexto turístico en-volvente; Tomaz Alcaide é uma bandeira para descobrir Estremoz; Grândola é potenciada pela célebre canção de José Afonso e Santiago do Cacém é território a descobrir via Manuel da Fonseca; Portalegre pode potenciar o seu turismo através do envolvimento de José Régio na cidade alentejana. E assim por diante.

Afinal, uma análise mais aprofundada poderá fornecer-

nos elementos determinantes para a potenciação da ativi-dade turística pela via de escritores, artistas, livros, can-ções, protagonistas e figuras históricas e mediáticas da nossa cultura popular (ou erudita).

O testemunhode um doentede escleroselateral amiotrópicaBeja Santos Defesa do Consumidor

Tony Judt (1948-2010) foi um grande pensador do nosso tempo, au-tor de textos indispensáveis para o entendimento da nossa contem-poraneidade, caso das obras: Um Tratado Sobre os Nossos Atuais Descontentamentos, O Século XX Esquecido, História da Europa desde 1945. Foi várias vezes pre-miado pela singularidade e profun-

didade da sua investigação.Antes da sua morte, deixou-nos um testemunho no-

tável, recentemente publicado entre a nós: O Chalet da Memória (Por Tony Judt, Edições 70, 2011). Começa por nos explicar do que vai morrer: “Sofro de uma doença mo-tora neurológica, uma variante de esclerose lateral amio-trópica (ELA). O que é característico da ELA é que, pri-meiro, não há perda de sensação e, segundo, não há dor. Ao contrário de quase todas as outras doenças mais gra-ves ou mortais, ficamos livres para contemplar à vontade, e com um desconforto mínimo, a progressão catastrófica na nossa própria deterioração”.

Na doença, Tony Judt começou a escrever histórias com-pletas na sua cabeça, depois deu-lhe uma ordem e numa onda de otimismo, cheio de coragem, não hesita em con-tar-nos: “Se temos de sofrer assim, é melhor ter uma cabeça bem apetrechada: cheia de reminiscências utilizáveis, facil-mente acessíveis a uma mente de pendor analítico”.

Logo à partida a primeira parte alude à austeridade em que foi criado, em pleno pós-guerra e comenta o que vê à sua volta: “A riqueza de recursos que aplicamos ao entrete-nimento apenas serve para nos escudar da pobreza do pro-duto; também assim é na política, onde o tagarelar constante e a retórica infindável disfarçam um vazio que apenas sus-cita o bocejo… Se queremos governantes melhores temos de aprender a exigir mais deles e menos para nós próprios”.

Declara-se um homem comprometido, educado no sio-nismo trabalhista, na utopia dos kibbutzim, considerou que a crise da meia-idade o tinha curado do solipsismo acadé-mico pós-moderno, foi aí que se tornou num intelectual pú-blico repudiando o intelectual servil que tem medo de pen-sar por ele próprio. Refletindo sobre o globalismo, chama a atenção para a identidade como a recusa e a censura daque-les que exclui. E adianta: “O Estado, longe de desaparecer, poderá tornar-se extremamente necessário: os privilégios da cidadania, a proteção dos direitos dos titulares de cartão de residência, serão ostentados como triunfos políticos”.

Pouco tempo depois desta narrativa, Tony Judt falecia. Este pequeno excurso à volta da sua história é um testemu-nho notável para um homem da sua geração, a dos anos 60, é um hino de coragem de um doente com ELA.

Leitura imperdível.

Estamos num país onde existe um grave problema de corrup-ção. Não podemos dizer que estamos num país de corruptos. Marinho Pinto à “TSF”, 14 de novembro de 2011

Há 50 anosFazerda “horta”um paíseuropeu

Nesse ano de 1961, realizaram-se a 12 de novembro eleições de de-putados à Assembleia Nacional

fascista e, na edição do dia seguinte, o “Diário do Alentejo” garantia em man-chete que “O acto eleitoral decorreu, no distrito de Beja, em ambiente de perfeita tranquilidade”.

E noticiava, em linguagem “oficial” da época: “As eleições para deputados à Assembleia Nacional, ontem realiza-das em todo o País, caracterizaram-se, no distrito de Beja, por um ambiente de grande tranquilidade, comprovando-se mais uma vez o civismo das populações desta região num momento considerado de excepcional gravidade para o País”.

Os resultados e os deputados “eleitos”, segundo o vespertino bejense:

“Na lista única que foi votada, pro-posta pela União Nacional, ficaram elei-tos, como deputados pelo distrito de Beja, os seguintes srs.: dr. António de Castro e Brito Meneses Soares, médico e la-vrador, antigo governador civil de Beja e actual vice-presidente da Federação Nacional dos Produtores de Trigo e pre-sidente da comissão concelhia de Lisboa da União Nacional; Francisco António da Silva, proprietário em Cuba e presi-dente da Câmara Municipal daquela vila; dr. Francisco Lopes Vasques, médico, ad-junto da Delegação de Saúde de Beja e pre-sidente da comissão distrital de Beja da União Nacional; e dr. Quirino dos Santos Mealha, antigo delegado do I.N.T.P. em Beja e governador civil deste distrito e ac-tual chefe dos Serviços de Acção Social do Ministério das Corporações e Previdência Social”.

Passadas as eleições, dias depois, o grande destaque do jornal era para “A maior ponte do mundo”, que o regime sa-lazarista se preparava para construir so-bre o Tejo.

Em artigo assinado por H. Boaventura, explicava-se que “Há oitenta anos que ocupa o pensamento e imaginação dos portugueses a aspiração de ver ligado, so-bre o fosso do Tejo, em Lisboa, o Norte ao Sul do litoral metropolitano”.

O texto, depois de descrever as carac-terísticas técnicas do projeto, terminava com um elogio às obras da ditadura:

“Sem alardes, vai-se fazendo da ‘horta’ que éramos um país do Ocidente euro-peu, facto que se apercebe já na Siderurgia Nacional e nos Laboratórios de Energia Nuclear e de Engenharia Civil, nos com-plexos industriais, através dos quais nos apetrechamos para estar num Espaço Comum Português, quase igual a toda a Europa Livre”.

Carlos Lopes Pereira

Beja não pode olvidar Soror Mariana Alcoforado e o contexto turístico envolvente (...); Grândola é potenciada pela célebre canção de José Afonso e Santiago do Cacém é território a descobrir via Manuel da Fonseca (...). E assim por diante.

Page 15: Ediçao n.º 1543

15

Diá

rio d

o A

lent

ejo

18 n

ovem

bro

2011

Por questões que são estritamente da política a Câmara de Moura e a Junta de Amareleja andam de CANDEIAS ÀS

AVESSAS. Emitem comunicados e trocam acusações e, por vezes, até insultos. E há projetos importantes para as populações que vão ficando para trás. É tempo de acabarem com as birras. PB

E, de repente, estalou a CORRIDA AO OURO. Primeiro, em ciclo com a crise, foram as casas de compra e venda de metais preciosos

que se espalharam ao ritmo da desgraça alheia. Agora são os garimpeiros que, impelidos pela alta no mercado do vil metal, prometem esventrar o Alentejo até à última pepita. Vamos a ver o que cá fica e os que cá ficam. PB

EfemérideImagino o desfecho, faço uma aposta como, pelo menos, os mais mediáticos arguidos vão ver os seus processos prescritos. Isto se, antes, todo o processo não tiver caído por impossibilidade de se saber, através de escutas, o que é que o doutor Armando Vara combinou com o primeiro-ministro de então, engenheiro Pinto de Sousa, como se sabe, ausente para estudos. As ditas escutas foram desfeitas à martelada pelo doutor Noronha do Nascimento. António Almodôvar, “Diário do Sul”, 14 de novembro de 2011 vembro de 2011

Cartas ao diretor

Esclarecimento

O primeiro silvoda locomotiva

Manuel Dias Horta Beja

No ano da graça de 1864, domingo, dia 14 de fevereiro, pelas 13 e 30 ho-ras, “o alegre silvo da locomotiva anunciou aos habitantes da vetusta Pax Julia a aurora da sua regeneração social”. Estava inaugurada a linha fér-rea que unia Lisboa à capital do Baixo Alentejo. O dia tão desejado pelos ha-bitantes de Beja tinha chegado final-mente, o primeiro passo na senda da civilização, porém mais no caminho do progresso. À noite, populares ilu-minaram as suas habitações, houve beberetes e discursos. Uma com-prida mesa, descrevendo uma curva, para 500 comensais que proclama-vam para a locomotiva “salve rai-nha do progresso”. Enumeravam-se os dignitários vindos de Lisboa mais os que os esperavam. Podia ler-se, ainda “Os benefícios que do caminho de ferro resultarão para esta provín-cia são incalculáveis…”. Assim des-crevia o jornal “O Bejense” tão im-portante acontecimento. Ao lado do velhinho jornal tenho o moderno “Diário do Alentejo”, que anuncia simplesmente a extinção da linha Beja-Lisboa. Foram os homens do passado que se enganaram, pois os do presente nunca se enganam. Para a história restará que, em tempos,

Beja esteve ligada a Lisboa pelo ca-minho de ferro, mas uma comissão de sábios, cumprindo orientações do Governo decidiu extinguir a li-nha que tantos benefícios traria para a região. Pobre país, onde a resolução dos problemas assenta na delapida-ção da riqueza nacional.

Escoval LopesGuida Mouzaco Beja

Foi com o maior gosto que li a entre-vista “Retalhos da vida de um médico”, com o dr. António Escoval Lopes. Um grande médico e uma grande pessoa! Obrigada por nos fazer lembrar que ainda há tão bons exemplos de pessoas verdadeiramente importantes e sim-ples... como diria o meu pai: Bem haja!

Personagensde ficção

José Fernando Batista Aljustrel

Se contássemos a um estrangeiro as vi-das de certas figuras públicas da nossa praça, ou, numa outra hipótese, al-guém as lesse num livro de história da-qui por 50 anos, poderiam pensar que eram personagens de ficção. Se com-pararmos, por exemplo, a Madeira a um episódio de uma novela chegamos à conclusão de que Alberto Jardim é a sua personagem mais em evidência,

um megalómano com ideias um tanto ou quanto reacionárias, que escondeu uma dívida brutal e que, no seu jeito “gingão”, culpou os continentais e só não nos chamou “filhos da mãe” por-que não calhou. Andou uns tempos calado, mas já voltou com as asneiras e disparates do costume. Ter dado to-lerância de ponto aos funcionários re-gionais para o verem tomar posse na TV é mais um ato de irresponsabili-dade. É visto como aquele que pode di-zer e fazer tudo, como se este homem – e outros da sua laia – não tivessem feito mal ao País. Esfrangalharam um Portugal já de rastos, os Jardins (e to-dos os envolvidos no caso BPN), a dona Branca nos anos 80, aproveitando-se do facto de termos este mau hábito de olhar para as figuras públicas como de fossem personagens de novelas. Meus amigos, não é por acaso que subi-mos em flecha para o topo dos países mais corruptos da Europa. E isto não é ficção. Esta visão (ou falta dela) co-meçou há longos anos. Há muito que nos alimentamos de ficções. O dom Sebastião, o Adamastor, figuras mí-ticas que ainda hoje têm lugar cativo no nosso subconsciente são disso um exemplo. E, assim, a telenovela é, aos nossos olhos, vista como a realidade, o lugar onde a aldrabice e a chico-esper-teza são recompensadas, e só nos li-bertaremos disto no dia em que o dom Sebastião, numa manhã de nevoeiro, regressar e nos fizer ver que vivemos todos num enorme engano…

Efeméride18 de Novembro de 1918

Greve geralcom forte impacto em Vale de Santiago, concelho de Odemira

Num contexto de forte agitação so-cial contra a guerra e os seus efei-tos, a que o governo da República

responde com a suspensão das garantias constitucionais a 20 de maio de 1917 e a de-claração do estado de sítio, em Lisboa, a 12 de julho, Sidónio Pais, a 5 de dezembro de 1917, avança para a revolução financiado pelos grandes proprietários agrícolas alen-tejanos, com o apoio do Partido Unionista.

O povo de Lisboa e parte do opera-riado estão com Sidónio, o que lhe ga-rante a vitória. No entanto, este apoio inicial vai-se esboroando à medida que o governo sidonista vai desenvolvendo a sua acção. De tal maneira é assim que, a partir de março de 1918, o movimento popular e o operariado afastam-se de Sidónio e a contestação popular genera-liza-se. Toda esta contestação vai culmi-nar na marcação, pela União Operária Nacional, da greve geral de 18 de no-vembro de 1918. Esta greve que, de uma forma geral, se salda num fracasso vai ter uma forte adesão no distrito de Beja, mais concretamente em Vale de Santiago, concelho de Odemira. Aqui, de 18 a 22 de novembro, os assalariados rurais, dando vivas aos sovietes e à revolução social, ocupam algumas herdades e assaltam os celeiros, dividindo entre si o trigo. A esta revolta sucede-se uma brutal repres-são desenvolvida pelo exército e Guarda Nacional Republicana, em estreita arti-culação com os proprietários agrícolas. Dezenas de grevistas são presos e, poste-riormente, deportados para África.

No mesmo território em que ocorre este movimento revolucionário está instalada uma comuna, a “Comuna da Luz”, mais concretamente na herdade das Fornalhas Velhas. Esta comuna ti-nha sido fundada em 1917 por António Gonçalves Correia, caixeiro viajante, natural de São Marcos da Ataboeira, concelho de Castro Verde. Guiado pelo seu ideal anarquista de raiz tolstoiana, Gonçalves Correia, acompanhado por 15 companheiros, incluindo mulhe-res e cr ia nças, f unda esta comuna onde a subsistência é assegurada pela activ idade agrícola e pelo fabrico de calçado.

Acusado de ser um dos instigado-res da sublevação dos grevistas em Vale de Santiago, Gonçalves Correia é preso dia 29 de novembro, em Beja, e enviado para a prisão do Limoeiro, em Lisboa, e a “Comuna da Luz” é dissolvida pelas for-ças militares que ocupam o território.

Constantino Piçarra

Estradas de Portugal

Relativamente à “fotonotícia” publi-cada na vossa edição de 4 de novembro sobre os trabalhos de substituição do tabuleiro da ponte sobre a ribeira do Alvito, a Estradas de Portugal escla-rece o seguinte:

A EP está a executar uma emprei-tada de reabilitação da ponte sobre a ribeira do Alvito na EN258.

De forma a poder prosseguir os trabalhos em totais condições de segu-rança e uma vez que esta obra implica a substituição do tabuleiro tornou-se imprescindível proceder ao corte tem-porário da circulação sobre a ponte.

De modo a minorar os impactos que esta medida acarreta foram cria-dos percursos alternativos. Tanto os trabalhos como os percursos alternati-vos estão corretamente sinalizados.

Este condicionamento ao tráfego

teve início a 20 de setembro deste ano. De toda esta informação foi dado

o devido e atempado conhecimento às mais diversas entidades da região, a saber:

– Delegação Regional de Beja– GNR de Beja– Serviço Nacional de Proteção

Civil– Rodoviária do Alentejo em Beja– Câmara Municipal de Alvito– Câmara Municipal de Cuba– Câmara Municipal de Vidigueira– Bombeiros Voluntários de Alvito– Bombeiros Voluntários de Cuba– Bombeiros Voluntários da

Vidigueira.Decorrida que está boa parte da

empreitada, estranhamos a legenda que é dada à fotografia uma vez que consideramos ter feito uma eficaz e ampla divulgação das restrições ao trânsito e das respetivas alternativas,

não só no local como em toda a região.Por outro lado gostaríamos de ter

sido contactados previamente pelo vosso jornal, assim entendemos ser boa prática, a fim de esclarecer esta situação.

Mais se informa que as obras de beneficiação da ponte sobre a ribeira do Alvito, localizada na EN258, visam a melhoria das condições de circula-ção e segurança dos utilizadores desta importante via que liga Alvito a Vila Ruiva e têm conclusão prevista para o próximo mês.

ND: Como refere, e bem, a Estradas de Portugal, o artigo em causa é uma fotonotícia que, por ocasião da Feira de Alvito, fazia todo o sentido. Mais, a nossa equipa de reportagem consta-tou que a informação sobre o corte na ribeira de Alvito era no local… inexis-tente. PB

Page 16: Ediçao n.º 1543

Reportagem

16

Diá

rio d

o A

lent

ejo

18 n

ovem

bro

2011

Na estrada de alcatrão duas viaturas da GNR seguem caminho. Três mili-tares ocupam o jipe de cor verde, en-

quanto outro militar conduz um motociclo do Destacamento Territorial de Moura.

A chuva que caiu em abundância durante a noite encharcou os terrenos e a lama pinta as rodas das viaturas de tonalidade barrenta. Os militares estudam o melhor caminho para chegar aos cumes dos montes. As mar-cas deixadas nas estradas de terra batida, transformadas em autênticos charcos, de-nunciam a passagem de veículos. Apesar do mau tempo, há gente a trabalhar no campo. O dia está cinzento, mas o fruto que origina um dos produtos mais aclamados da região, o azeite, reluz nas árvores e é preciso colhê-lo.

Mas o que é que uma equipa da GNR faz entre os olivais? Patrulhamento. Na verdade, cumpre mais um dia da operação “Azeitona Segura”, que avançou há sete anos e que “tem sido um sucesso e um exemplo a nível nacio-nal”, tendo sido agraciada, inclusive, com o prémio de Cooperação da 8.ª edição do Prémio de Boas Práticas do Setor Público.

A operação “Azeitona Segura” é um projeto de policiamento de proximi-dade da Guarda Nacional Republicana do Destacamento Territorial de Moura, adap-tado à atividade agrícola de olivicultura. O objetivo é prevenir a criminalidade asso-ciada ao furto de azeitona, através de ações dinâmicas de policiamento.

Em Moura os olivais têm direito a patrulhamento da GNR. A olivicul-

tura é uma das atividades económicas mais importantes do concelho e

todo o cuidado é pouco. A operação “Azeitona Segura” está no terreno e

a Guarda Nacional Republicana não tem dado tréguas aos larápios. Até

agora não se verificaram roubos. Os militares patrulham os campos até

fevereiro, atentos a qualquer movimento estranho, controlando quem

opera durante a campanha e, sobretudo, apelando à prevenção, até por-

que, como diz o ditado, é “a ocasião que faz o ladrão”.

Texto Bruna Soares Fotos José Serrano

GNR patrulha olivais

Azeitonas seguras em Moura

“Vamos ao local e falamos com as pes-soas. Tentamos perceber se viram alguém es-tranho, se observaram movimentos fora do comum. A intenção é recolher o máximo de informações, de modo a que possamos ter a situação sempre controlada. O que quere-mos, essencialmente, é prevenir o furto”, ex-plica Ferreira Costa, adjunto do comandante do Destacamento de Moura.

Trabalhadores são maioritariamente romenos Nos olivais de Villa Manantiz, uma das mui-tas propriedades que se dedica à olivicultura no concelho de Moura, na sua grande maio-ria, trabalham cidadãos romenos. Situação que se verifica praticamente em todo o conce-lho, no que à apanha da azeitona diz respeito, mas também em toda a região. São cada vez mais os estrangeiros que trabalham sazonal-mente nos campos alentejanos e a GNR, para

além de querer combater o furto de azeitona, também quer lutar contra a imigração ilegal, até porque, em 2010, segundo dados divulga-dos pela GNR, “mais de 750 imigrantes ile-gais foram identificados durante a apanha da azeitona”. Este ano, no entanto, devido ao reforço de patrulhamento na região, “ainda não foi identificado qualquer caso de imigra-ção ilegal”.

“Nos primeiros anos, quando chegáva-mos ao local onde estavam a decorrer os tra-balhos agrícolas, percebia-se que as pessoas tinham receio. Os trabalhadores, muitos de-les, até os que estavam legais, fugiam. Hoje já não se verifica isso. Existe o reconhecimento da importância deste trabalho, tanto para produtores como para trabalhadores. Existe uma atitude colaborante”, conta António Almeida, cabo da GNR do Destacamento Territorial de Moura.

“Temos uma base de dados no posto. Cada olivicultor tem uma série de trabalha-dores a seu cargo. Este ano muitos destes trabalhadores são romenos. Nos patrulha-mentos dirigimo-nos ao responsável pelos trabalhos agrícolas que estão a decorrer e anotamos o nome de todos os trabalhadores que estão no local. É uma maneira de contro-lar a situação, até porque trabalhamos com várias entidades (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Segurança Social, Direção Geral de Impostos, Polícia de Segurança Pública, Autoridade para as Condições do Trabalho e Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos, entre outras)”, reforça o adjunto do coman-dante do Destacamento de Moura.

As patrulhas, sempre compostas no mí-nimo por dois homens, percorrem os olivais. Observam, tiram notas, conversam com pro-dutores, com trabalhadores, mas também com compradores. Esta é, sobretudo, uma operação que trabalha em rede e que pre-tende envolver os vários interessados. A pre-tensão é que a campanha da azeitona decorra segura e tranquila.

Produção deverá crescer na região de Moura Os quatro guardas do Destacamento de Moura saem das viaturas. As botas pretas, ri-gorosamente engraxadas, ganham lama. As fardas, também elas aprumadas, acolhem as gotas da chuva que cai.

Vários trabalhadores varejam as olivei-ras. No chão as redes de cor verde estendidas

❝A intenção é recolher o máximo de informações, de modo

a que possamos ter a situação sempre controlada. O que

queremos, essencialmente, é prevenir o furto”. Ferreira Costa

milhões de quilos de azeitonas é o número

que a Cooperativa Agrícola de Moura e

Barrancos estima receber nesta campanha.35

Page 17: Ediçao n.º 1543

17

Diá

rio d

o A

lent

ejo

18 n

ovem

bro

2011

PUB

abrigam o fruto que cai dos ramos. As mu-lheres e homens dobram-se, separam e reco-lhem a azeitona. Todos os dias é assim, até fe-vereiro, e a presença da GNR já não intimida quem trabalha no campo por estas paragens, antes pelo contrário.

“Acho esta operação espetacular. Toda a gente está muito satisfeita e de acordo. Transmite-nos segurança”, conta António Bate, que tem a seu cargo a responsabilidade de coordenar os trabalhos nos olivais de Villa Manantiz.

O homem desce do trator que conduz. Desliga o motor e afirma: “Havia muito roubo de azeitona, era necessário fazer algo para combater este crime. Esta foi uma solu-ção excelente e tanto os produtores, como os compradores, estão satisfeitos. Quem vive do que o campo dá sabe dar o valor a esta operação. É crucial para que as campanhas, ano após ano, corram pelo melhor”.

A Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos (CAMB), este ano, estima que a produção vá crescer nesta região. Quem anda no campo garante que “as oliveiras estão carregadas” e que “a azeitona está boa”. Esta cooperativa recebe cerca de “35 milhões de quilos de azeitona” e, neste sentido, os militares têm muito fruto para proteger.

Passar a mensagem da prevenção é, as-sim, essencial. Os militares cruzam-se com os trabalhadores que passam de corpos ver-gados a arrastar as redes. Esperam que os

homens efetuem as suas tarefas. Chamam o responsável pela colheita e lembram, vezes sem conta, que a segurança depende de to-dos. O encarregado, como é conhecido por estas paragens, acena positivamente com a cabeça. Está totalmente de acordo e faci-lita, sem hesitar, o trabalho da guarda, so-licitando a cada trabalhador que se dirija ao jipe. Neste dia ninguém verificou nada de estranho no olival. Não se avistaram desco-nhecidos. Tudo normal.

O cabo António Almeida está nesta ope-ração há sete anos. Já percorreu estes cami-nhos de terra batida vezes sem conta e re-corda-se do tempo em que havia vários furtos de azeitona. “Existiam sempre vá-rias queixas de furto na época da apanha da azeitona. Foi necessário desenvolver um projeto que pudesse dar uma resposta a esta situação, passando essencialmente pela pre-venção”, lembra.

Hoje, embora a situação esteja muito mais controlada, não deixa de alertar para os vários perigos, recordando, entre ou-tras coisas, que “a ocasião faz o ladrão”. A equipa da GNR transmite, por exemplo, aos proprietários, encarregados e trabalhadores que é de “evitar deixar a azeitona colhida e utensílios no olival”, que deve “manter-se o contacto diário com os olivicultores vizi-nhos” e “informar a GNR de qualquer mo-vimento estranho”.

A operação “Azeitona Segura” come-çou no início deste mês e todos os dias são

planeados giros diferentes. “Cada patrulha faz o seu policiamento. Quando chega ao posto descarrega para uma base de dados todos os dados recolhidos”, refere o adjunto Ferreira Costa.

A operação prossegue. Pelo caminho encontram-se varas, redes e atrelados no campo. Não se avista ninguém e o silêncio apenas é quebrado pelas pingas da chuva que insiste em cair sobre o jipe, que ora avança mais rápido, ora avaga, consoante o terreno o permite. O condutor que conduz

o motociclo, por sua vez, avança mais cé-lere. Vai espreitar. Volta e informa o que se passa para lá do monte. É preciso inverter a marcha, encontrar um novo atalho. A água alagou as estradas que em tempos já estive-ram secas. Os militares conversam entre si. Escolhem a melhor opção, olham pelo vidro e lamentam o facto de ainda haver quem deixe o material no campo, apesar de todos os avisos que são feitos diariamente. “São situações destas que nunca deverão aconte-cer. Todos os dias alertamos as pessoas para estas questões. O dia está muito chuvoso e não vieram trabalhar e o material, como diz o ditado, ficou aqui à mão de semear”, con-fessa o cabo António Almeida.

Os futuros compradores desta azeitona são igualmente uma parte importante de todo este processo e a GNR também os en-volve em toda esta operação. “Entregamos folhetos com informação, de modo a alertá-los para as inúmeras situações. É preciso dizer--lhes para não comprarem azeitona vinda de pessoas que não tenham a certeza de que são produtores”, defende o adjunto do comandante do Destacamento de Moura. E conclui: “Mesmo que exista o furto, se não conseguirem vender é ótimo”.

Em Moura, nos campos, salpicados de oliveiras, continuam os trabalhos. Nos la-gares já descarregam os atrelados carrega-dos de fruto. E os larápios, esses, não se têm aproximado dos olivais, até porque nunca se sabe quando pode estar um GNR à espreita.

“Nos primeiros anos, quando chegávamos ao local onde estavam a decorrer os trabalhos agrícolas, percebia-se que as pessoas tinham receio. Os trabalhadores, muitos deles, até os que estavam legais, fugiam. Hoje já não se verifica isso. Existe o reconhecimento da importância deste trabalho”. António Almeida

A operação “Azeitona Segura”, policiamento de proximidade da GNR

do Destacamento Territorial de Moura, foi distinguida na categoria

de cooperação com o Prémio de Boas Práticas do Setor Público.

Page 18: Ediçao n.º 1543

18

Diá

rio d

o A

lent

ejo

18 n

ovem

bro

2011

Desporto

Campeonato Nacional de Juniores – 2.ª Divisão Série D – 10.ª jornada: Desp.Portugal -Estoril, 0-7; BM Almada-Atlético, 1-0; Olhanense-U. Montemor, 8-0; Oeiras-Despertar, 3-0; Imortal-Internacional, 0-1; Lusitano-Farense, 1-0. Líder: Beira Mar de Almada, 23 pontos; 10.º Despertar, 8. Próxima jor-nada (19/11): Despertar-Imortal.

Campeonato Nacional de Juvenis – sé-rie D – 12.ª jornada: U.Montemor-Casa Pia, 0-2; Odemirense-Estoril, 3-2; Olhanense-Amora, 1-2; O Elvas-Oeiras, 0-3; Barreirense-Imortal, 0-3; V.Setúbal-Cova Piedade, 1-1. Líder: Casa Pia, 30 pontos. 6.º Odemirense, 17. Próxima jornada (19/11): Casa Pia-Odemirense.

Campeonato Nacional de Iniciados – sé-rie F – 12.ª jornada: Despertar-Louletano, 0-4; Olhanense-Lusitano, 2-2; Lagos-Odeáxere, 0-0; Barreirense-Castrense, 5-1; V.Setúbal-Juventude, 8-0; Imortal-Lusitano VRSA, 4-0. Líder: Olhanense, 26 pontos. 10.º Despertar, 12. 11.º Castrense, 10. Próxima jornada (20/11): Lusitano VRSA-Despertar; Castrense-V.Setúbal.

Campeonato Distrital de Juniores – 3.ª jornada: São Domingos-Amarelejense, 1-1; Vasco da Gama - -Aljustrelense, 3-9; Desportivo Beja-Odemirense, 2-0; Piense-Almodôvar, 3-1; Moura-Castrense, 4-1. Líderes: Moura e Desportivo de Beja, nove pontos.Próxima jornada (26/11): Amarelejense-Desportivo de Beja; Aljustrelense-São Domingos; Vasco da Gama-Moura; Odemirense-Piense; Almodôvar --Castrense. Campeonato Distrital de Iniciados – 5.ª jornada: Despertar-Desportivo. 0-8; Almodôvar-Odemirense, 0-5; Milfontes-Amarelejense, 0-1; Negrilhos --Serpa, 1-6; Guadiana-Ourique, 1-0; Moura-Bairro da Conceição, 6-0. Lideres: Desportivo de Beja e Odemirense, 15 pontos. Próxima jornada (20/11): Odemirense-Despertar; Amarelejense-Almodôvar; Serpa-Milfontes; Ourique-Negrilhos; Bairro da Conceição-Guadiana; Ferreirense-Moura.

Campeonato Distrital de Infantis – série A – 8.ª jornada: N.S.Beja-CA Operário, 12-0; Despertar A-Bairro da Conceição, 11-0; Vasco da Gama-Alvito, 10-1. Líder: Despertar A, 18 pontos. Próxima Jornada (19/11): Sporting Cuba-Beringelense; CA Operário --Despertar A; Bairro da Conceição-Vasco da Gama. Série B (4.ª jornada): São Domingos-Despertar B, 0-7; Guadiana-Aldenovense, 5-0; Moura-Barrancos, 7-4; Piense-Santo Aleixo, 4-3. Líder: Moura, 12 pontos. Próxima Jornada (19/11): Barrancos-São Domingos; Despertar B-Guadiana; Aldenovense --Serpa; Santo Aleixo-Moura. Série C (4.ª jornada): Almodôvar-Boavista,3-0; Aljustrelense-Operário FC, 2-8; Ourique-Renascente, 3-2; Odemirense - -Castrense, 6-0. Líder: Operário Rio Moinhos, 12 pontos. Próxima jornada (19/11): Renascente --Almodôvar; Boavista-Aljustrelense; Operário FC --Milfontes; Castrense-Ourique.

Campeonato Distrital de Benjamins – 4.ª jor-nada – série A: Sporting Cuba-Despertar A, 6-2; Vasco Gama-N.S.Beja, 1-7; Ferreirense-Alvito, 8-3; Beringelense-CB Beja, 1-2. Líder: Ferreirense, 12 pon-tos. Próxima jornada (19/11): Alvito-Sporting Cuba; Despertar A-Vasco da Gama; N.S.Beja-Figueirense; CB Beja-Ferreirense. Série B: Bairro da Conceição - -Guadiana, 9-2; Serpa-Piense, 4-3; Despertar B-Moura, 10-0; Aldenovense-Amarelejense, 11 - -2. Líderes: Despertar B, Bairro da Conceição e Aldenovense, 12 pontos. Próxima Jornada (19/11): Moura-Bairro da Conceição; Guadiana-Serpa; Piense-Desportivo Beja; Amarelejense-Despertar B. Série C: Odemirense-Ourique, 12-1; Almodôvar - -Rosairense, 19-0; Milfontes-Aljustrelense, 2-3; Panoias-Renascente, 1-10. Líder: Almodôvar e Renascente, nove pontos. Próxima jornada (19/11): Aljustrelense-Odemirense; Ourique-Almodôvar; Rosairense-Castrense; Renascente-Milfontes.

Taça Armando Nascimento – juvenis – 2.ª jor-nada: Desportivo Beja-Boavista, 4-0; Sporting Cuba-Aljustrelense, 2-1; Castrense-Despertar, 3-5; Aldenovense-Moura, 2-6. Líderes: Despertar e Moura, 6 pontos. Próxima jornada (20/11): Despertar - -Desportivo de Beja; Boavista-Aljustrelense; Moura --Castrense; Sporting Cuba-Aldenovense.

Taça Distrito de Beja – seniores femininos – 1.ª jornada: Odemirense-Serpa, 2-3 ; Casa do Benfica de Castro Verde-Casa do Benfica de Almodôvar, 10 - -1; Aljustrelense-Ourique, 4-1. Líderes: CB Castro Verde, Aljustrelense e Serpa, 3 pontos. Próxima jornada (17/12): Serpa-CB Castro Verde; Ourique --Odemirense; CB Almodôvar-Aljustrelense.

Taça Distrito de Beja em Futsal – seniores mas-culinos – 2.ª jornada: série A – N.S.Moura-I.P.Beja, 6-2; Alcoforado-Alfundão, 2-2. Líder: N.Sportinguista Moura, seis pontos. Próxima jornada (2/12): Alcoforado-N.S.Moura; I.P.Beja-Alfundão. Série B – V.N.São Bento-Almodovarense, 5-3; A.Surdos Beja-Vila Ruiva, 4-12. Líder: A.D.Vila Nova São Bento, 6 pontos. Próxima jornada (2/12): A.Surdos Beja --V.N.São Bento; Almodovarense-Vila Ruiva.

Futebol Juvenil

Nacional 2.ª Divisão

9.ª jornada:

Pinhalnovense-Fátima .......................................................2-1 Juventude Évora-Louletano ............................................ 2-0 Mafra-At. Reguengos ........................................................ 2-0 Caldas-Monsanto ............................................................... 0-0 Est. Vendas Novas-Carregado ..........................................3-1 1.º Dezembro-Sertanense ................................................ 1-0 Oriental-Torreense ..............................................................0-1 Moura-Tourizense ...............................................................2-1 J V E D G P

Torreense 9 6 2 1 19-7 20Est. Vendas Novas 9 6 1 2 18-7 19Pinhalnovense 9 6 1 2 16-9 19Fátima 9 5 1 3 12-9 16Oriental 9 4 3 2 12-7 15Carregado 9 3 4 2 11-9 13Moura 9 3 3 3 11-16 121.º Dezembro 9 3 2 4 5-7 11Sertanense 9 3 2 4 9-10 11Louletano 9 3 2 4 6-9 11Mafra 9 2 5 2 8-7 11Tourizense 9 2 4 3 10-11 10Juventude Évora 9 3 1 5 8-12 10Monsanto 9 1 5 3 7-12 8At. Reguengos 9 1 2 6 4-17 5Caldas 9 1 2 6 5-12 5

Próxima jornada 27/11/2011): Fátima-Moura, Louletano-Pi-

nhalnovense, At. Reguengos-Juventude Évora, Monsanto-Ma-

fra, Carregado-Caldas, Sertanense-Estrela Vendas Novas, Tor-

reense-1.º Dezembro, Tourizense-Oriental.

Nacional 3.ª Divisão

9.ª Jornada

Fabril-Farense ..................................................................... 0-3Despertar-Sesimbra ...........................................................1-1Pescadores-Redondense ................................................. 2-0U. Montemor-Messinense .................................................2-1Esp. Lagos-Aljustrelense ...................................................1-2Quarteirense-Lagoa .......................................................... 1-0 J V E D G P

Farense 9 6 3 0 21-8 21Esp. Lagos 9 6 1 2 21-8 19Pescadores 9 5 2 2 12-7 17Quarteirense 9 5 1 3 12-10 16Fabril 9 5 0 4 16-13 15U. Montemor 9 5 0 4 10-8 15Sesimbra 9 3 4 2 12-11 13Messinense 9 4 1 4 9-10 13Lagoa 9 2 3 4 4-9 9Redondense 9 2 1 6 10-15 7Aljustrelense 9 2 1 6 8-14 7

Despertar 9 0 1 8 4-26 1

Próxima jornada (27/11/2011): Farense-U. Montemor, Messi-

nense-Pescadores, Aljustrelense-Despertar, Lagoa-Esp. La-

gos, Redondense-Quarteirense, Fabril-Sesimbra.

Distrital 1.ª Divisão

8.ª jornada

Desp. Beja-Rosairense ...................................................... 0-2Milfontes-Sp. Cuba ..............................................................3-1Aldenovense-Castrense ....................................................0-1Ferreirense-Odemirense .................................................. 1-0Almodôvar-Vasco da Gama ..............................................1-5FC Serpa-Guadiana .............................................................3-1S. Marcos-Panoias .............................................................. 0-2 J V E D G P

Castrense 8 7 1 0 23-3 22Milfontes 8 5 1 2 23-11 16Ferreirense 8 5 1 2 13-10 16Aldenovense 8 5 0 3 11-7 15Rosairense 8 4 2 2 11-8 14Panoias 8 4 2 2 12-11 14Odemirense 8 4 1 3 14-8 13Vasco da Gama 8 4 0 4 19-13 12FC Serpa 8 3 3 2 8-9 12Desp. Beja 8 2 3 3 9-11 9Almodôvar 8 1 2 5 14-19 5Sp. Cuba 8 1 1 6 10-19 4S. Marcos 8 1 1 6 6-22 4

Guadiana 8 1 0 7 9-31 3

Próxima jornada (27/11/2011): Sp. Cuba-Odemirense, Rosai-

rense-Ferreirense, Castrense-Desp. Beja, Vasco da Gama-FC

Serpa, Guadiana-S. Marcos, Panoias-Aldenovense, Milfontes -

-Desp. Beja. Descansa: Almodôvar.

Campeonato Nacional da 2.ª Divisão

Moura em peregrinaçãoE

m vésperas de uma deslocação di-fícil, o Moura Atlético Clube re-encontrou-se com as vitórias com

um triunfo, magro mas proveitoso, ante a equipa de Touriz.

O Moura Atlético Clube, aparente-mente estabilizado após a mudança de orientação técnica, ruma no próximo

Campeonato Nacional da 3.ª Divisão

Um derby com sotaque alentejanoV

indos de resultados relativamente posi-tivos, os dois emblemas alentejanos en-contram-se no Estádio Municipal de

Aljustrel para o primeiro derby da temporada.Aljustrelense e Despertar jogam no do-

mingo em casa dos mineiros. Um derby made in Alentejo que chega numa altura em que as duas equipas pareciam dar alguns si-nais de melhoria na sua produção. Sinais disso são os resultados conseguidos na jor-nada anterior, em que os tricolores venceram em Lagos e destronaram os algarvios do pri-meiro lugar. O Despertar recebeu o Sesimbra e conquistou o seu primeiro ponto.

Na produção dos restantes alenteja-nos contabilizou-se mais uma vitória do União de Montemor, que já atingiu o sexto lugar da tabela, e o Redondense foi derrotado na Caparica, passando a cons-tituir, com o Aljustrelense e o Despertar, a troika que fecha a classificação da série

do Tourizense. Mercê destes três pontos, a equipa voltou ao sétimo posto da tabela. Noutras latitudes continua a brilhar a es-trela do Vendas Novas, o Juventude ga-nhou em casa e o Reguengos voltou a per-der. Foi uma jornada positiva em 75 por cento.

Firmino Paixão

domingo para Fátima, onde jogará no re-duto do atual quarto classificado do cam-peonato. Não vai ser fácil, mas esperamos que se opere o milagre de Carlos Ventura conseguir ali pontuar. No segundo jogo à frente dos mourenses, o novo técnico conseguiu o primeiro triunfo, tangencial mas justo, na receção à difícil formação

F do campeonato que, tal como a segunda divisão, para uma semana para dar lugar

à realização de mais uma eliminatória da Taça de Portugal. Firmino Paixão

Despertar-Sesimbra Os bejenses conquistaram o primeiro ponto

José Vítor Costa, do Judo Clube de Beja, sagrou-se campeão da Europa na categoria de - 66 quilos e faixa etária de M7, no

Campeonato da Europa de Veteranos, que decorreu entre os dias 10 e 12 deste mês em Leibnitz, na Áustria. Na competição

participaram 606 atletas de 36 países. Em representação de Portugal participaram oito atletas, em várias categorias de

peso e idades, sendo dois do Judo Clube de Beja. Veríssimo Segurado, também do Judo Clube de Beja, classificou-se em

quinto lugar, em - 66 quilos e categoria etária de M6. José Vítor Costa já tinha participado em 2009 na mesma competição,

tendo sido também campeão da Europa em Lignano/Itália 2009, na mesma categoria de peso e faixa etária de M6.

Vítor Costa é bi-campeão

da Europa em judo

FIRM

INO

PA

IXÃ

O

Sporting de Cuba rescinde com RolimA sucessão de resultados negativos da formação do Sporting de Cuba levou a direção do clube a rescindir com o treinador António Rolim. A formação cubense não pontuou nas últimas seis jornadas, ocupando o 12.º lugar a 18 pontos do líder. O clube está no mercado à procura de sucessor para Rolim.

Page 19: Ediçao n.º 1543

19

Diá

rio d

o A

lent

ejo

18 n

ovem

bro

2011

Joaquim

da Graça Madeira

Aqui está um dos mais multifacetados despor-tistas bejenses. Teve o

privilégio, sim privilégio, por-que é disso que se travava, de fre-quentar as Escolas do Feliciano, o primeiro projeto de formação que surgiu em Beja. Chamado aos seniores do Desportivo, com 17 anos, fez duas épocas na 2.ª Divisão e na terceira a equipa desceu de escalão. O brasileiro Azumir, que foi técnico dos be-jenses, levou-o para o Caldas e daí rumou a Moçambique com o irmão Honório, para re-presentar o Textáfrica durante duas épocas. De regresso a Portugal treinou o Despertar e o Cuba, mas confessa que “não ti-nha jeito para técnico”. Acedeu a um convite de Armando Nascimento, dirigente da arbi-tragem, tirou o curso de árbitro e aí conseguiu um feito invul-gar, ser auxiliar dos dois presti-giados internacionais bejenses, Rosa Santos e Veiga Trigo. Aos 69 anos, Joaquim Madeira olha para o futebol com nostalgia e tem o Desportivo no coração.

(1) ALMODÔVAR/SERPADuas equipas de valor semelhante mas o fator casa e o desejo de retifi-car a pesada derrota de há oito dias leva-me a apostar nos visitados.

(1) MILFONTES/SÃO MARCOSO favoritismo do Milfontes é evi-dente. Tem uma equipa muito bem apetrechada.

(X) VASCO DA GAMA /ALDE-NOVENSE A formação da Vidigueira tem um adversário difícil, está num mo-mento de viragem emocional mas isso não chegará para vencer a partida. (2) GUADIANA/DESPORTIVO DE BEJAO Guadiana não parece ter uma equipa suficientemente moralizada para evitar que os três pontos ve-nham na bagagem do Desportivo. (2) PANOIAS/FERREIRENSESerá um jogo muito interessante. O Panoias prometeu um bom cam-peonato e está a cumprir, mas o Ferreirense tem argumentos para ganhar.

(1) CASTRENSE/ODEMIRENSE O líder, e principal candidato, está com a moral elevada e a jogar no seu campo não deixará escapar o triunfo.

(X) SPORTING DE CUBA / RO-SAIRENSE Como se viu há oito dias, em Beja, o Rosairense está a subir de rendi-mento e, num campo de reduzidas dimensões como o de Cuba, dificil-mente perderá o jogo.

Hoje palpito eu...

O Futebol Clube Castrense cavou um fosso de seis pontos para o segundo classificado e, um a um, vai afastando quem lhe possa dificultar a corrida para o inevitável título.

Texto e foto Firmino Paixão

O Odemirense joga no domingo em Castro Verde e pode ser o senhor que se segue na gula devoradora

do Castrense que, domingo após domingo, vai afastando a principal concorrência. A equipa do litoral que se apresentou, em con-junto com o Milfontes e o Ferreirense, como eventual candidato já está a nove pontos de distância do líder. E se perder no domingo as coisas pioram. Outro jogo curioso dis-puta-se em Panoias, onde o técnico Careca está a cumprir a promessa de andar nos lu-gares de cima da classificação e vai receber o Ferreirense, atual segundo classificado.

Do fim de semana passado vêm notas po-sitivas para a goleada que o Vasco da Gama foi impor ao Almodôvar e para o triunfo do Rosairense em Beja. A vitória do Ferreirense

O Cabeça Gorda mantém a liderança da prova, ainda sem derrotas e per-seguido por um respeitável lote de

candidatos à segunda vaga para a subida de divisão.

Sendo certo que o Cabeça Gorda é o mais forte candidato à vitória na prova, assim o tem provado o percurso da equipa nas sete jornadas já disputadas (cinco vitórias e dois empates), parece que falta encontrar quem acompanhe o Ferrobico na subida ao esca-lão principal no termo do campeonato.

O Piense e o Bairro da Conceição tra-vam uma luta quase titânica, mas perse-guidos de muito perto pelo Amarelejense e pelo Renascente. As restantes equipas não parecem possuir argumentos para entrar nesta discussão. O campeonato sofre uma semana de interrupção e regressa com um empolgante Piense-Bairro da Conceição.

Resultados da 7.ª jornada: Vale de Vargo --Sanluizense, 3-0; Messejanense-Barrancos, 1-2; Alvorada-Cabeça Gorda, 0-1; Amarelejense - -Saboia, 1-0; Bairro da Conceição-Negrilhos, 4-2; Ourique-Piense, 1-4; Folgou o Renascente.

Classificação: 1.º Cabeça Gorda, 17

Campeonato Distrital da 2.ª Divisão

Muitos galos para dois poleiros

Distrital da 2.ª Divisão Amarelejense luta por um lugar no pódio

pontos. 2.º Piense e Bairro da Conceição, 15. 4.º Amarelejense, 13. 5.º Renascente, 12. 6.º Messejanense e Ourique, 10. 8.º Alvorada, 8. 9.º Saboia, 7. 10.º Vale de Vargo, Barrancos e Sanluizense, 4. 13.º Negrilhos, 0.

Próxima jornada (26/11): Barrancos-Va le de Va rgo; C abeç a G ord a-Messeja nense; Saboia - -A lvorada ; Negrilhos-Amarelejense; Piense --Bairro da Conceição; Renascente-Ourique. Folga o Sanluizense. FP

Campeonato Distrital da 1.ª Divisão

O líder afasta a concorrência

sobre a equipa de Odemira também teve sa-bor especial para os comandados de Carlos

Neves. De Cuba vieram notícias da saída de António Rolim após seis jogos sem vencer.

Distrital da 1.ª Divisão O Odemirense não passou em Ferreira do Alentejo

Taça Fundação Inatel agenda da 4.ª Jornada Série A – 19/11/11 – Bemposta-Malavado, Longueira-Cercalense, C. Redondo-Soneguense. Série B – 20/11/11 – N.Redonda-Garvão, Santaclarense-Amoreiras, Colense-Pereirense, Relíquias-Luzianes. Série C – 19/11/11 – Figueirense-São Matias, S.Vitória-Mombeja,

Jungeiros-Penedo Gordo, Faro Alentejo-Beringel. Série D – 19/11/11 –Neves-Brinches, Louredense-Quintos, Salvada-Sobral D’Adiça, Ficalho-Serpense. Série E – 20/11/11 – S.Clara Nova-Sete, Sanjoanense-Albernoa, Almodovarense-Trindade, Alcariense-A.Fernandes.

O Juventude de Évora, única equipa

alentejana que ainda está em prova na

Taça de Portugal, recebe este fim de

semana o Marítimo, em jogo a contar

para a 4.ª eliminatória da prova.

O Campeonato Distrital de Futebol Feminino está

de regresso após a realização de uma ronda da

Taça Distrito. Na tarde de amanhã disputa-se a 4.ª

jornada, com os jogos CB Castro Verde-Serpa, CB

Almodôvar-Ourique e Aljustrelense-Odemirense.

Taça de Portugal

leva Marítimo a Évora

Taça Distrito

de futebol feminino

Page 20: Ediçao n.º 1543

20

Diá

rio d

o A

lent

ejo

18 n

ovem

bro

2011

A irreversibilidade do tempo deixam-nos, por vezes, perplexos. Ousamos desafiar a memória e, num ápice, ressaltam para o patamar superior pedaços de uma vida onde o desporto traz-nos à tona momentos ímpares vividos no seio do fenómeno. Assisti no pretérito domingo ao jogo entre o Aldenovense e o Castrense, vitória (1 - -0) da equipa de Castro Verde obtida quando se jogava o segundo minuto do período de descontos (quatro minutos). Ao meu lado esteve um amigo de longa data cuja amizade se mantém intacta no tempo: o Diogo. Dissecámos o nosso passado no mundo do futebol. Contou-me ele pequenas histórias de quanto jogava no Aldenovense, quando o clube militou no campeonato da então FNAT, hoje Inatel. Histórias hilariantes que ainda hoje o enchem de prazer. Analisámos, depois, a evolução do futebol na nossa terra – hoje Vila Nova de São Bento. Viajámos no tempo e no espaço. Trouxemos à ribalta os anos 50 quando o Atlético, fundado em finais da década de quarenta (20/08/1948) pelo saudoso capitão Alcino Pires, jogava naquele retângulo de jogo. As bancadas em madeira, bem como os balneários, alindavam o campo considerado, na altura, invejável. Depois vieram os jogos no largo da feira. Lembro-me, à época, que quanto me entreguei desinteressadamente para que o Atlético se afirmasse no meio futebolístico regional (1974/75). Construímos uns balneários em madeira, com telha de zinco, e lá no alto colocámos um bidão que enchíamos com água, vinda do poço, para tomarmos o respetivo banho. Hoje a realidade é completamente adversa a esses princípios. O Aldenovense, tal como as agremiações desportivas no distrito de Beja, vive momentos de encanto. As autarquias investiram e os clubes evoluíram. Um campo relvado e um conjunto de infraestruturas condicentes colocaram o Aldenovense na ribalta. O seu historial conta com duas presenças no nacional da III Divisão. Outros tempos!

Outros tempos!José Saúde

Nasceu em Beja uma associa-ção que promete lutar sem tré-guas contra a obesidade. Filipe Matias, ex-“Peso Pesado”, que perdeu mais de 70 quilos, é o mentor deste projeto.

Texto e foto Firmino Paixão

Prevenir a obesidade e as doen-ças dela decorrentes, estimu-lar hábitos de vida saudáveis,

com recurso à prática de atividades físicas desportivas, e uma alimen-tação cuidada são as linhas mes-tras da novel Associação Portuguesa Movimento Contra a Obesidade (Apmco). A associação apresentou-se à sociedade através da realização da “Beja em movimento”, evento com iniciativas diversificadas mas com o objetivo comum de prevenir para o que os seus promotores consideram a epidemia do século.

Filipe Matias, presidente da Apmco, justificou a sua criação: “Depois da minha participação no programa “Peso Pesado” (SIC) senti-me na obrigação de transmitir às

Vítor Gamito e Celina Carpinteiro no “Beja em movimento”

A pedalar contra a obesidade

Campeonato Distrital de Futsal Disputa-se este fim de semana a terceira jornada do Campeonato Distrital de Futsal. Esta noite realizam - -se os jogos Vila Ruiva-I.P.Beja e V.N.São Bento-N.S.Moura. Amanhã, sá-bado, completa-se a jornada com as partidas Alcoforado-Almodovarense e A.Surdos Beja-Alfundão.

pessoas tudo aquilo que aprendi e a transformação que sofri, principal-mente ao nível psicológico”. E acen-tua: “Hoje em dia a obesidade é a epidemia do século XXI, é um pro-blema de saúde pública e temos que nos consciencializar e alertar a po-pulação portuguesa para esse facto e a forma que eu encontrei para isso foi a criação desta associação, criando ações de grande impacto”.

O responsável revelou ainda que existirão gabinetes de nutrição, de psicologia e um terceiro de desporto, para ajudar as pessoas a combater a obesidade e a criar hábitos de vida saudáveis. “Temos que compreender que só dessa forma se pode controlar a obesidade”.

A primeira edição do “Beja Movimento” foi a primeira ação de grande impacto da associação. “É a forma mais fácil de chegar às pessoas, mas esta foi a primeira de muitas ações já agendadas para o próximo ano, não só em Beja, como em mais cidades do País, porque a associação foi fundada em Beja, mas é para aju-dar todos os portugueses”, sublinhou

o ex-concorrente ao “Peso Pesado”, que se mostra satisfeito com o resul-tado final do evento que considera ter conseguido passar a mensagem.

Filipe Matias assume ainda: “A participação no programa mudou a minha forma de encarar a vida e ajudou sobretudo a grande trans-formação psicológica, porque a fí-sica só vem depois da psicológica, e passa por novos conceitos de vida. Sinto-me na obrigação de transmi-tir isso às pessoas, as coisas podem acontecer desde que tenhamos essa predisposição e sejamos ajudados, e é esse o contributo que eu pretendo dar”, nomeadamente com parcerias com o Ministério da Saúde, como re-velou, ao mesmo tempo que reco-nhece já o apoio dado pela Câmara Municipal de Beja e pelo Instituto Politécnico de Beja.

A primeira “Beja em movimento” dirigida, essencialmente, para apresen-tação da Apmco incluiu um ateliê de culinária e um colóquio sobre o tema obesidade que contou com a presença de vários técnicos, entre eles o diretor-geral de Saúde, Francisco George, mas

também atividades físicas e desporti-vas, um passeio pedestre e a maratona BTT “Luta contra a obesidade”.

Vítor Gamito, antigo ciclista, ven-cedor da Volta a Portugal de 2000, foi uma das figuras de cartaz da mara-tona que, entre os 260 concorrentes, tinha ainda Celina Carpinteiro, cam-peã nacional de maratonas. Gamito veio “pedalar conta a obesidade” e re-velou: “Não sou um exemplo disso, mas por ser magro não quer dizer que não necessite de fazer exercício físico, aliás, estou magro porque me preocupo muito com a saúde e, mais importante do que isso, tento educar os meus filhos, porque o grande pro-blema da obesidade tem, sobretudo, a ver com a edução que os pais dão aos filhos, muitas vezes até os avós, en-chendo os netos de guloseimas por-que eles ficam muito contentes. Mas uma boa educação contra a obesi-dade começa por aí, por sermos equi-librados e razoáveis nessas atitudes, tudo deve ter conta, peso e medida, e é logo em pequeninos que se deve co-meçar a educar as crianças nesse sen-tido”, concluiu.

Aniversário dos “leões” de Beja O Núcleo Sportinguista de Beja assinala no próximo dia 23 o 20.º aniversário da sua fundação. As comemorações ocorreram apenas a 3 de dezembro com um almoço para o qual está anunciada a presença de Godinho Lopes, atual presi-dente do Sporting Clube de Portugal.

A equipa principal do Beja Basket Clube recebe no

próximo domingo a formação do Atlético de Reguengos,

em jogo relativo à 3.ª jornada do Campeonato Nacional

da 2.ª Divisão de Basquetebol. A partida disputa-se

no Pavilhão Municipal de Beja, pelas 17 horas.

Beja Basket recebe

o Atlético de Reguengos

Page 21: Ediçao n.º 1543

21

Diá

rio d

o A

lent

ejo

18 n

ovem

bro

2011

PUB

Page 22: Ediçao n.º 1543

22

CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA

JOSÉ BELARMINO, LDA.

Rua Bernardo Santareno, nº 10

Telef. 284326965 BEJA

DR. JOSÉ BELARMINOClínica Geral e Medicina

Familiar (Fac. C.M. Lisboa)

Implantologia Oral

e Prótese sobre Implantes

(Universidade

de San Pablo-Céu, Madrid)

CONSULTAS EM BEJA

2ª, 4ª e 5ª feira

das 14 às 20 horas

EM BERINGEL

Telef 284998261

6ª e sábado das 14 às 20 horas

LUÍSA GALVÃOPSICOLOGIA CLÍNICA

Consultas Crianças, Adultos

e Avaliação Psicológica

CONSULTAS às sextas-feiras

das 9 às 20 horas

Tel. 284326965 Tlm. 967630950

DR. JAIME LENCASTREEstomatologista (OM)

Ortodontia

DR. MAURO

FREITAS VALE

MÉDICO DENTISTA

Prótese/Ortodontia

Marcações pelo telefone

284321693 ou no local

Rua António Sardinha, 3 1º G

7800 BEJA

FERNANDA FAUSTINO

Técnica de Prótese Dentária

Vários Acordos

(Diplomada pela Escola

Superior de Medicina

Dentária de Lisboa)

Rua General Morais

Sarmento. nº 18, r/chão

Telef. 284326841

7800-064 BEJA

Medicina dentária ▼

Estomatologia Cirurgia Maxilo-facial ▼

Laboratório de Análises

Clínicas de Beja, Lda.

Dr. Fernando H. Fernandes

Dr. Armindo Miguel

R. Gonçalves

Horários das 8 às 18 horas;

Acordo com benefi ciários

da Previdência/ARS; ADSE;

SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA;

GNR; ADM; PSP; Multicare;

Advance Care; Médis

FAZEM-SE DOMICÍLIOS

Rua de Mértola, 86, 1º

Rua Sousa Porto, 35-B

Telefs. 284324157/ 284325175

Fax 284326470

7800 BEJA

RUI MIGUEL CONDUTO

Cardiologista- Assistente de Cardiologia

do Hospital SAMSCONSULTAS

5ªs feiras

CARDIOLUXOR

Clínica Cardiológica

Av. República, 101, 2ºA-C-D

Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa

Tel. 217993338

www.cardioluxor.com

Sábados

R. Heróis de Dadrá, nº 5

Telef. 284/327175 – BEJA

MARCAÇÕES

das 17 às 19.30 horas

pelo tel. 284322973

ou tm. 914874486

MARIA JOSÉBENTO SOUSAe LUÍS MOURA

DUARTE

CardiologistasEspecialistas pela Ordem

dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta

Assistentesde Cardiologia

no Hospital de BejaConsultas em Beja

Policlínica de S. PauloRua Cidade

de S. Paulo, 29Marcações:

telef. 284328023 - BEJA

Análises Clínicas ▼

Cardiologia ▼

FAUSTO BARATAAssistente graduado

de Ginecologiae Obstetrícia

ALI IBRAHIMGinecologiaObstetríciaAssistente Hospitalar

Consultas segundas,

quartas, quintas e sextas

Marcações pelo tel.

284323028

Rua António Sardinha,

25r/c dtº Beja

CLÍNICA MÉDICA

ISABEL REINA, LDA.

Obstetrícia,

Ginecologia,

Ecografi a

CONSULTAS

2ªs, 3ªs e 5ªs feiras

Rua Zeca Afonso, nº 16 F

Tel. 284325833

JORGE ARAÚJO

Assistente graduado

de ginecologia

e obstetrícia ULSB/Hospital José

Joaquim Fernandes

Consultas e ecografi a2ªs, 4ªs, 5ªs e 6ªs feiras,

a partir das 14 e 30 horas

Marcações

pelo tel. 284311790

Rua do Canal, nº 4 - 1º trás

7800-483 BEJA

Ginecologia/Obstetrícia ▼

Dr.ª Heloisa Alves ProençaMédica Dentista

Directora Clínica da novaclinicaExclusividade em Ortodontia (Aparelhos)

Master em Dental Science (Áustria)Investigadora Cientifica - Kanagawa

Dental School – JapãoInvestigadora no Centro de Medicina

Forense (Portugal)

Rua Manuel AntRua Manuel Antóónio de Britonio de Briton.n.ºº 6 6 –– 1.1.ºº frente. 7800frente. 7800--522 Beja522 Beja

tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106

JOÃO HROTKOMédico oftalmologista

Especialista pela Ordem

dos Médicos

Chefe de Serviço

de Oftalmologia

do Hospital de Beja

Consultas de 2ª a 6ª

Acordos com:

ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS.

Marcações pelo telef. 284325059

Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA

Fisioterapia ▼

Oftalmologia ▼

Medicina dentária ▼

Luís Payne Pereira

Médico Dentista

Consultas em Beja

Clínica do JardimPraça Diogo Fernandes,

nº11 – 2º

Tel. 284329975

Dr. José Loff

Urgências

Prótese fi xa e removível

Estética dentária

Cirurgia oral/

Implantologia

Aparelhos fi xos

e removíveis

VÁRIOS ACORDOS

Consultas :de segunda

a sexta-feira, das 9 e 30

às 19 horas

Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq.

Tel. 284 321 304

Tm. 925651190

7800-475 BEJA

Clínica Dentária ▼

DR. J. S. GALHOZOuvidos,Nariz,

Garganta

Exames da audição

Consultas a partir das 14 horas

Praça Diogo Fernandes,

23 - 1º F (Jardim

do Bacalhau)

Telef. 284322527 BEJA

AURÉLIO SILVAUROLOGISTA

Hospital de Beja

Doenças de Rins

e Vias Urinárias

Consultas às 6ªs feiras

na Policlínica de S. Paulo

Rua Cidade S. Paulo, 29

Marcações

pelo telef. 284328023

BEJA

Urologia ▼

GASPAR CANO

MÉDICO ESPECIALISTA

EM CLÍNICA GERAL/

MEDICINA FAMILIAR

Marcações a partir das 14 horas Tel. 284322503

Clinipax Rua Zeca Afonso, nº 6-1º B – BEJA

Clínica Geral ▼

DRA. TERESA ESTANISLAU

CORREIAMarcação

de consultas de dermatologia:

HORÁRIO:

Das 11 às 12.30 horas

e das 14 às 18 horas

pelo tel. 218481447

(Lisboa) ou

Em Beja no dia

das consultas

às quartas-feiras

Pelo tel. 284329134,

depois das 14.30 horas na

Rua Manuel António de

Brito, nº 4 – 1º frente

7800-544 Beja

(Edifício do Instituto

do Coração,

Frente ao Continente)

Dermatologia ▼

DR. A. FIGUEIREDO LUZ

Médico Especialista

pela Ordem dos Médicos

e Ministério de Saúde

GeneralistaCONSULTAS DE OBESIDADE

Rua Capitão João Francisco

de Sousa, 56-A – Sala 8

Marcações

pelo tm. 919788155

Obesidade ▼

Sexta-feira,18 NOVEMBRO 2011

Nº 1543 (II Série) saúde

Neurologia ▼

HELIODORO

SANGUESSUGA

DOENÇAS DO SISTEMA

NERVOSO

CONSULTAS

às 3ªs e 4ªs feiras,

a partir das 15 horas

MARCAÇÕES pelos

telfs.284322387/919911232

Rua Tenente Valadim, 44

7800-073 BEJA

HELENA MANSO

CIRURGIA

VASCULAR

TRATAMENTO

DE VARIZES

Convenções com PT-ACS

CONSULTÓRIOS:

Beja

Praça António Raposo

Tavares, 12, 7800-426

BEJA

Tel. 284 313 270

Évora

CDI – Praça Dr. Rosado

da Fonseca, 8, Urb. Horta

dos Telhais, 7000 Évora

Tel. 266749740

Cirurgia Vascular ▼

DOENÇAS PULMONARESALERGOLOGIA

Sidónio de Souza

Ex-Chefe ServiçoHospital Pulido Valente

Consultas às 5ªs feirasMarcações:

tel. 284 32 25 03CLINIPAX

Rua Zeca Afonso, nº 6 1º B - BEJA

Consultasde Neurologia

DRª CAROLINA ARAÚJO

Neurologista do Hospital

dos Capuchos, Lisboa

ConsultórioCentro Médico de BejaLargo D. Nuno Álvares

Pereira, 13 – BEJATel. 284312230

Pneomologia ▼

Otorrinolaringologia ▼

Psiquiatria ▼

FERNANDO AREAL

MÉDICO Consultor

de PsiquiatriaConsultório

Rua Capitão João

Francisco Sousa 56-A

1º esqº 7800-451 BEJA

Tel. 284320749

FRANCISCO BARROCAS

Psicologia ClínicaPsicoterapeuta

e Terapeuta Familiar

Membro Efectivo da Sociedade

Portuguesa de Terapia Familiar e da Associação Portuguesa de Terapias

Comportamental e Cognitiva – Lisboa

Beja: CLINIPAX, Rua Zeca Afonso, nº 6 - 1º-B,

7800-522 Beja Tel./Fax 284322503

TM. 917716528Albufeira: OFICINA

DOS MIMOS – CENTRO DE DESENVOLVIMENTO

DA CRIANÇA E DA FAMÍLIA DO SUL,

Quinta da Correeira, Lote 49,8200-112 Albufeira

Tel. 289541802Tm. 969420725

Psicologia ▼

Centro

de Fisioterapia

S. João Batista

Fisiatria – Dr. Carlos

Machado

Psicologia Educacional

– Elsa Silvestre

Psicologia Clínica

– M. Carmo Gonçalves

Tratamentos

de Fisioterapia

– Classes de Mobilidade

– Classes para

Incontinência Urinária

– Reeducação

dos Músculos

do Pavimento Pélvico

– Reabilitação

Pós Mastectomia

Acordos com A.D.S.E.,

ACS-PT, CGD, Medis,

Advance Care, Multicare,

Seguros Minis. da Justiça,

A.D.M.F.A., S.A.M.S.

Marcações pelo

284322446; Fax

284326341 R. 25 de Abril,

11 cave esq. – 7800 BEJA

Fisioterapia ▼

Page 23: Ediçao n.º 1543

PSICOLOGIAANA CARACÓIS SANTOS

– Educação emocional; – Psicoterapia de apoio; – Problemas comportamentais;

– Dificuldades de integração escolar; – Orientação vocacional;

– Métodos e hábitos de estudo

GIP – Gabinete de Intervenção Psicológica

Rua Almirante Cândido Reis, 13, 7800-445 BEJA Tel. 284321592

CENTRO DE IMAGIOLOGIA

DO BAIXO ALENTEJO

António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo –

Montes Palma – Maria João Hrotko

– Médicos Radiologistas –

Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-

PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE,

ADVANCE CARE

Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas

Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA Telef. 284318490

Tms. 924378886 ou 915529387

ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler

TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan

Mamografi a e Ecografi a Mamária

Ortopantomografi a

Electrocardiograma com relatório

Clínica Médico-Dentáriade S. FRANCISCO, LDA.

Gerência de Fernanda Faustino

Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E.,

Portugal Telecom e Advancecare

Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA

FRANCISCO FINO CORREIAMÉDICO UROLOGISTA

RINS E VIAS URINÁRIAS

Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas

Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20

7800-451 BEJA Tel. 284324690

_______________________________________

Manuel Matias – Isabel Lima – Ana Frederico

Hugo Pisco Pacheco – Miguel Oliveira e Castro

Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan

Densitometria Óssea

Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance.

Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica

Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt

Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja

E-Mail: [email protected]

Urologia ▼

saúde 23Diário do Alentejo18 novembro 2011

Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/Desabituação tabágica – H. Pulido ValenteDr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de LisboaDr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de BejaDr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de BejaDr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva (Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo.Dr. Rogério Guerreiro – NaturopatiaDr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina FamiliarDr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação (difi culdades específi cas de aprendizagem/dislexias) Dr. Sérgio Barroso – Oncologia – H. de BejaDrª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/Obesidade – Instituto Português de Oncologia de LisboaDr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. BejaDr. Daniel Barrocas – Médico Interno de Psiquiatria – Hospital de Santa MariaDr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva.Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/Alergologia Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de BejaDr.ª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo AlentejoDr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de BejaDr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/ObstetríciaDr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de BejaDr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de BejaDr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do Hospital Garcia da Orta.Dr. José Janeiro – Medicina Geral e Familiar – Atestados: Carta de condução; uso e porte de arma e caçador.Dr.ª Joana Freitas – Cavitação, Lipoaspiração não invasiva,indolor e não invasivo, acção imediata, redução do tecido adiposo e redução da celuliteDr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação da leitura e escrita específi ca e não específi ca. Voz/Fluência.Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação/Psicomotricidade. Perturbações do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação; Gerontomotricidade.Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recém-nascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja

Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Fax 284 322 503 Tm. 91 7716528

Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 [email protected]

Page 24: Ediçao n.º 1543

24Diário do Alentejo18 novembro 2011

institucional diversos

Grande oportunidade de negócio

Se tem 60 000,00€

Oferecemos carteira de clientes.

Facturação no 1.º dia de porta aberta

Contactar 938135441

BOA OPORTUNIDADEImóvel no centro histórico. VENDE-SE.

65.000 euros

Contactar tm. 968983208

MESTRE BAKARY

GRANDE MESTRE AFRICANOAconselha todos os problemas com poderes de magia negra ou branca. O sucesso do seu futuro depende de si. Decida pelo melhor. Unir familia-res, amor, negócios, impotência sexual, doenças espirituais, alcoolismo, droga, com forte talismã, afasta maus olhares. Considerado um dos me-lhores profissionais em Portugal. Consulta das 9 às 21 horas, de segunda a domingo. Marcação pessoalmente, carta ou telefone. Não se preocupe com nada. Procure o mestre.

Tms. 964484382/934001279

7800-143 BEJA

OFICINA

RECTIFICAÇÕES DE CABEÇAS E DE BLOCOS

TESTAGENS

SERVIÇO DE TORNO

SOLDADURAS EM ALUMÍNIO

Encamisar blocos

orçamentos com ou sem material

PREÇOS SEM CONCORRÊNCIA

CASADINHO

Sítio Horta de St. António

Caixa postal 2601 BEJA Tm. 967318516

Transportes de Serviços Urgentes

Urgente diurno (recolhas e entregas no próprio dia)

Urgente nacional (de hoje para amanhã)

Urgente Espanha (de hoje para amanhã, antes das 10H)

Urgente internacional (o mais urgente com cobertura mundial)

e-comerce – para empresas que comercializam os seus produtos através da Internet

Outros

Contactos: Beja, Évora – 284 321 760 | Sines – 269 636 087

Diário do Alentejo nº 1543 de 18/11/2011 Única Publicação

TRIBUNAL JUDICIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJOSecção Única

ANÚNCIOProcesso: 303/11.9TBFALInterdição / inabilitaçãoRequerente: Ministério PúblicoRequerido: Manuel Augusto Martins Verde dos SantosN/Referência: 652980Data: 09-11-2011

Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a acção de Interdição/Ina-bilitação em que é requerido Manuel Augusto Martins Verde dos Santos, com residência em: Aldeia de Ruins, Caixa Postal 4, 7900-000 Ferreira do Alentejo, para efeito de ser decretada a sua interdição por Anomalia Psíquica.

A Juiz de Direito,Dra.Estela Vieira

O Ofi cial de Justiça,Rogério Luís Simenta

Diário do Alentejo nº 1543 de 18/11/2011 Única Publicação

ASSEMBLEIA DE FREGUESIA

DE VILA DE FRADES

NÃO À EXTINÇÃO DE FREGUESIASA Reforma Administrativa que visa extinguir e agregar fre-

guesias é contrária ao desenvolvimento e ao progresso local e só contribuirá para o empobrecimento das camadas mais desfavorecidas.

Hoje as Freguesias são células essenciais da vida e esta-bilidade da organização dos territórios com identidade, cultura, património e muitos anos de história que foram construídos ao longo dos tempos, que devem ser reforçados e aperfeiçoados e nunca exterminados.

A extinção de Freguesias, não contribui para poupar recursos fi nanceiros, a não ser que se privem as populações respectivas dos serviços e apoios prestados pela freguesia. Pelo contrário, acarreta-rá novos e maiores gastos para um pior serviço às populações.

A extinção de Freguesias provocará uma diminuição da democracia local através da redução da participação de muitos cidadãos nas decisões que lhes respeitam, fi cando o poder cada vez mais distante e mais concentrado.

Uma Reforma Administrativa deve assegurar a participação das populações, ir ao encontro das suas necessidades e ex-pectativas, assentar na consulta popular, e envolver os órgãos representantes das Freguesias.

As Freguesias representam no seu global 0,01% do orçamento de estado, sendo um valor ínfi mo atendendo à actual conjuntura do país. A medida do Governo e da Troika vai contribuir em regi-ões mais desfavorecidas para o aumento da desertifi cação das camadas mais jovens.

A Assembleia de Freguesia de Vila de Frades reunida em 9 de Novembro de 2011 delibera;

– Contestar a Reforma Administrativa e a extinção de Fre-guesias imposta pelo Governo a não ser por vontade própria das populações e seus órgãos eleitos.

– Que sejam dados poderes de decisão às Assembleias Municipais e Assembleias de Freguesia no que toca à extinção ou agregação de qualquer Freguesia.

Que seja dado conhecimento deste documento ao Exmo. Sr. Presidente da República, Exma. Sr.ª Presidente da Assembleia da República, Exmo. Sr. Presidente do Tribunal Constitucional e bancadas parlamentares do PS, PSD, PCP, BE, Verdes e CDS. Que seja ainda publicado num jornal de âmbito regional.

Vila de Frades, 9 de Novembro de 2011.

Diário do Alentejo nº 1543 de 18/11/2011 Única Publicação

ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE SOCIAL

“SEARA DE ABRIL”

CONVOCATÓRIAManuel Fernandes Guerreiro, Presidente da Assembleia-Geral

da Associação de Solidariedade Social “Seara de Abril”, vem convocar todos os Associados desta Associação para uma Assembleia-Geral, Extraordinária a realizar no próximo dia 25 de Novembro de 2011, (Sexta- feira), pelas 18:00 horas, no Centro Cultural de Santa Bárbara de Padrões, com a seguinte ordem de trabalhos.

Ordem de Trabalhos:1° Único - Alteração do Art.° 3 do Capítulo 1 dos Estatutos.Nota: Se à hora marcada não estiverem presentes o número legal

de sócios, a Assembleia-Geral reunirá 1 hora depois com qualquer número de sócios.

Santa Bárbara de Padrões, 11 de Novembro de 2011.O Presidente da Assembleia-Geral

Manuel Fernandes Guerreiro

Diário do Alentejo nº 1543 de 18/11/2011 Única Publicação

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO

DE FERREIRA DO ALENTEJO, C.R.L.

CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA

GERAL ORDINÁRIAEm conformidade com o disposto no Artigo 22º dos

Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, C.R.L. pessoa colectiva n° 501057188 matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Ferreira do Alen-tejo, sob o mesmo número, com sede na Avenida General Humberto Delgado, N°.40, em Ferreira do Alentejo, convoco todos os associados desta CCAM, que se encontrem no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se em Assembleia Geral Ordinária a realizar no dia 21 de Dezembro de 2011, quarta-feira, pelas 16.00 Horas, na sua sede social, com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Apreciação e votação do Plano de Actividades e Orça-mento para o Exercício de 2012;

2. Política de remunerações e dos deveres instituídos pela Lei n.° 28/2009, de 19 de Junho e posteriormente regu-lamentados pelo Aviso n.°1/2010 do BdP e pela carta-circular n.°2/2010/DSB do BdP;

3. Outros assuntos de interesse para a CCAM.Se, à hora marcada para a reunião não estiverem presen-

tes mais de metade dos associados, a Assembleia reunirá, com qualquer número, uma hora mais tarde.

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, aos 09 de Novembro de 2011.

O Presidente da Assembleia GeralJoaquim Pedro Gonçalves Grosso de Oliveira

Diário do Alentejo nº 1543 de 18/11/2011 Única Publicação

CÂMARA MUNICIPAL DE BEJA DIVISÃO DE PLANEAMENTO E ORDENAMENTO

EDITAL

Jorge Pulido Valente, Presidente da Câmara Municipal de Beja, em cumprimento da deliberação do respectivo órgão executivo, de 24 de Ou-tubro de 2011, faz saber, publicamente, que, em 23 de Novembro de 2011, pelas 18:00 horas, no Salão Nobre do Município de Beja, terá lugar uma hasta pública, para venda do seguinte imóvel:

- prédio urbano, destinado à habitação, sito na Rua Dr. Jaime Palma Mira, 16, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 697 da Freguesia de Albernoa e descrito sob o nº 88/1200288, com a superfície coberta de 340,75 m2 e descoberta de 181 m2, com o valor patrimonial de € 36.480,77, composto de rés-do-chão, com 5 divisões, designadamente, cozinha, despensa, alpendre, garagem e logradouro, e 1º andar, com 6 divisões e um corredor.

O procedimento de venda em hasta pública respeitará o disposto no Regulamento de Alienação de Terrenos Municipais do Município de Beja, aplicável ao presente processo com as necessárias adaptações, destacando-se as seguintes condições mais relevantes:

I (HASTA PÚBLICA)a) – A arrematação é presidida pelo Presidente da Câmara ou em quem

este delegar, que mandará anunciar a abertura da praça.b) – No acto da praça, depois de lido o presente edital, proceder-se-á

à licitação verbal entre os concorrentes.c) – Os concorrentes devem ser os próprios ou outrem, com poderes

especiais, ou na qualidade de gestores de negócios, nos termos do que dispõe o artigo nº 464 e seguintes do Código Civil, desde que o declare previamente.

d) – Posto em leilão o referido prédio, o pregoeiro anunciará em voz alta o primeiro lanço que aparecer acima do valor de licitação de trinta mil euros (€ 30.000,00) e os que se sucederem, tomando nota dos respectivos licitantes.

e) – Os lanços não poderão ser inferiores a € 250,00f) – A licitação só se considera fi nda quando o pregoeiro tiver anunciado

por três vezes, o lanço mais elevado e este não for coberto.g) – Se passado um ¼ de hora não houver lanço superior ao valor por

que os lotes foram postos em praça é esta encerrada.II (PAGAMENTOS)a) – O arrematante depositará no acto da praça o valor da arrematação

ou fracção, não inferior à décima parte.b) – Quando houver sido depositada apenas uma parte do valor da

arrematação, será o restante depositado directamente pelo arrematante na tesouraria da Câmara Municipal, no prazo de trinta dias a contar da data da arrematação, sob pena de perder o direito ao prédio arrematado, não lhe sendo restituída a importância entretanto depositada.

III (TRANSMISSÃO)a) – A escritura de venda do prédio não será outorgada sem que tenha

sido paga ou depositada a totalidade do valor da arrematação.O presente processo será conduzido pela Divisão de Planeamento e

Ordenamento desta autarquia.Para os devidos efeitos, se declara que foi observado o disposto no

artigo 64º, nº 1, al. f) da Lei 169/99, de 18 de Setembro.Para constar se produziu este edital e outros de igual teor que serão

afi xados, publicamente, nos lugares de estilo deste Município, incluindo na Freguesia de Albernoa, durante 5 dias, nos 10 dias subsequentes à tomada da decisão, nos termos do artigo 91º, nº 1, da Lei 169/99, de 18 de Setembro.

Paços do Concelho do Município de Beja, 2 de Novembro de 2011.

O Presidente da Câmara Municipal de BejaJorge Pulido Valente

Page 25: Ediçao n.º 1543

institucional diversos 25Diário do Alentejo18 novembro 2011

VENDE-SENossa Senhora

das Neves

Casa térrea a precisar

de obras, com 80 m2

de construção e 198

m2 área descoberta.

Bom preço.

Contactar tms.

962786501/967318516

PROCURO

Tractor usado entre 50

a 70 cavalos, de tracção

às 4 rodas, com alfaias

ou sem alfaias.

Contactar

tms. 968761442

ou 917731026

ALUGA-SE

GARAGEM

ARRECADAÇÃO

com 20m2.

Preço 90 euros/mês

Contactar tm.

963055229

ALUGA-SE

Apartamento T3 em

Beja. Muito bem loca-

lizado.

Contactar

tm. 917270198

Diário do Alentejo nº 1543 de 18/11/2011 Única Publicação

CARTÓRIO NOTARIAL DE MÉRTOLA

CERTIDÃO NARRATIVA(Conforme Art.° 100 do Código do Notariado)

Alexandre José da Silva Santos, Conservador em substituição do Cartório Notarial de Mértola, certifi ca:

Que, para efeitos de publicação foi lavrada em quatro de Novembro do ano de dois mil e onze neste Cartório notarial e exarada a partir de folhas cin-quenta e um a folhas cinquenta e duas verso do livro de notas para escrituras diversas número trinta – D, uma Escritura de Justifi cação Notarial, na qual Lúcia Raposo da Cruz, N.l.F.135.737.591 natural da freguesia e concelho de Mértola residente aos Corvos, declarou:

Que, é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrém do prédio urbano, localizado aos Corvos, freguesia e concelho de Mértola, composto de casa de dois compartimentos, com a área global de setenta e dois vírgula cinquenta metros quadrados, dos quais cinquenta e nove metros quadrados são de superfície coberta, e treze vírgula cinquenta são de logradouro, a confi nar do norte com Júlio de Manuel Jacinto, do sul com Jacinto Dionísio, do nascente com João Romeira e José Dionísio e a poente com via pública, inscrito na matriz predial urbana em nome da justifi cante sob o artigo 3502 proveniente do artigo 1053 com o valor patrimonial e atribuído correspondente de 479,23 €.

Que, o prédio não se encontra registado na Conservatória do Registo Predial de Mértola.

Que, o prédio veio à posse da ora justifi cante por o haver comprado verbalmente, corria o ano de mil novecentos e oitenta e oito a Maria Antónia d’Assunção Rosa à data solteira, maior, tendo mais tarde vindo a casar com Sebastião Lourenço no regime da comunhão de adquiridos e actualmente já falecida, residente que foi aos Corvos, Mértola.

Que, porém desde o ano de mil novecentos e oitenta e oito e sem inter-rupção, pelo que, continuadamente e em permanência a justifi cante entrou na posse e fruição do referido prédio, usufruindo de todas as utilidades por ele proporcionadas e suportando os respectivos encargos, contribuições e impostos e com ânimo de quem exercida direito próprio, ignorando lesar direito alheio, à vista e com conhecimento de todos, sendo reconhecida como sua dona.

Que, sempre habitou, permaneceu e melhorou a casa, pagando as respectivas contribuições tendo portanto adquirido o prédio e, sem qualquer interrupção mantido a sua posse ostensivamente sem a oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sendo por isso uma posse própria, pública, porque à vista de todos e sem a menor oposição de quem quer que seja, pacífi ca, porque exercida sem violência, contínua, porque mantida ao longo de todos estes anos e de boa fé, a qual dura há mais de vinte anos, pelo que se verifi cam todos as requisitos legais para a aquisição do referido prédio invocando para tanto a usucapião.

Que, dado o modo de aquisição, sem documento algum que titule su-fi cientemente o seu direito e lhe permita para efeitos de registo predial, fazer prova do seu direito de propriedade do aludido prédio justifi ca a aquisição do mesmo no presente acto por usucapião.

É extracto certifi cado da escritura e vai conforme o original, declarando que, da parte omitida nada consta que altere, prejudique, modifi que ou con-dicione a parte transcrita.

Mértola, quatro de Novembro de dois mil e onze.

O Conservador, em substituiçãoAlexandre José da Silva Santos

Page 26: Ediçao n.º 1543

26Diário do Alentejo18 novembro 2011

necrologia

AGÊNCIA FUNERÁRIA POPULAR BEJENSE, LDA.A Agência mais antiga de Beja

Rua António Sardinha, 12 – 7800-447 Beja(frente ao balneário público)

Funerais, trasladações e cremações para todo o país e estrangeiro

Preços baixos com facilidades de pagamentoUrnas de todos os tipos e preçosTrata de toda a documentação

relacionada com funerais

FUNERAL SOCIAL €379,12No seu interesse peça-nos orçamento

SERVIÇO PERMANENTETIm. 968 051 518 — 965 217 456Tel. 284 323 555 — 284 322 684

Selmes

PARTICIPAÇÃO

Francisco Pedro

Martins Nasceu 14.06.1929

Faleceu 09.11.2011

Faleceu o Exmo. Sr. Francisco

Pedro Martins casado com a

Exma. Sra. Maria Joaquina

Amaro da Graça.

O funeral a cargo desta

Agência realizou-se no pas-

sado dia 10, da casa mortu-

ária de Selmes para o cemi-

tério local.

Vidigueira

PARTICIPAÇÃO

João Augusto

de Jesus

Nasceu 10.09.1941 Faleceu 16.11.2011

Faleceu o Exmo. Sr. João

Augusto de Jesus casado

com a Exma. Sra. Laurinda da

Nazaré Poutra Cruz.

O funeral a cargo desta

Agência realizou-se no pas-

sado dia 17, da casa mortuária

de Vidigueira para o cemité-

rio local.

Alcaria da Serra

PARTICIPAÇÃO

Manuel Amaro

Nasceu 23.09.1916 Faleceu 13.11.2011

Faleceu o Exmo. Sr. Manuel

Amaro natural de São Matias,

viúvo.

O funeral a cargo desta

Agência realizou-se no pas-

sado dia 14, da casa mortuá-

ria de Alcaria da Serra para o

cemitério local.

AGÊNCIA FUNERÁRIA

ESPÍRITO SANTO, LDA.Rua Das Graciosas, 7

7960-444 Vila de frades/VidigueiraTm.963044570 – Tel. 284441108

AGÊNCIA FUNERÁRIA

ESPÍRITO SANTO, LDA.Rua Das Graciosas, 7

7960-444 Vila de frades/VidigueiraTm.963044570 – Tel. 284441108

AGÊNCIA FUNERÁRIA

ESPÍRITO SANTO, LDA.Rua Das Graciosas, 7

7960-444 Vila de frades/VidigueiraTm.963044570 – Tel. 284441108

MISSA

Dr. Jacinto Guerreiro

Brito da Lança

Sua mulher, fi lhos e netos

participam que mandam ce-

lebrar missa no 3º aniversá-

rio da sua morte, dia 25 de

Novembro, às 18.30 horas

na Igreja do Carmo em Beja,

agradecendo antecipada-

mente a todas as pessoas

que com eles possam parti-

lhar esse momento.

MISSA

António Manuel

Gil Teixeira3º Ano de Eterna Saudade

Esposa, mãe, irmã, cunha-

do, sobrinhos, sogra e res-

tante família par ticipam

a todas as pessoas de

suas relações e amizade,

que será celebrada missa

pelo eterno descanso do

seu ente querido no dia

27/11/2011, domingo, às

18.00 horas na Igreja da

Sé em Beja, agradecendo

desde já a todos os que

comparecerem no piedo-

so acto.

MISSA

Bernardino José

Caixinha da Mata5º Ano de Eterna Saudade

O Senhor te receba na Sua

Paz!

Pela Sua infi nita misericór-

dia tenhas descanso eterno

no Céu!

J.M.

Sua família participa que

será celebrada missa pelo

seu eterno descanso na

próxima terça-feira, 22 de

Novembro, pelas 18h30m

na Igreja da Sé - Beja, agra-

decendo desde já a todos os

que nela participarem.

PARTICIPAÇÃO E

AGRADECIMENTO

Vivelinda Condeça

Ramos

Filhos, nora e netos partici-

pam o falecimento da sua

ente querida ocorrido no dia

08/11/2011, e agradecem a

todos quantos se dignaram

acompanhá-la à sua última

morada ou de outro modo

lhes manifestaram o seu

pesar.

Mais expressam o seu pro-

fundo reconhecimento a mé-

dicos, enfermeiros e pessoal

auxiliar da Unidade de AVC’s

do Hospital de Beja, pelo

profissionalismo com que

trataram a sua doente e por

todo o apoio moral prestado

aos seus familiares.

A todos um muito obrigado.

Neves

Maria José Maruta

Missa do 18º Mês

No próx imo d ia 22 de

Novembro, terça-feira, pelas

18.30 horas, será rezada na

Sé de Beja missa pelo seu

eterno descanso, agrade-

cendo-se desde já a todos

os que se dignarem assistir

à celebração.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr. AGOSTINHO LOPES MONTEIRO, de 69 anos, natural de Amareleja - Moura. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 10, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

BEJA / SELMES

†. Faleceu o Exmo. Sr. MANUEL ANTÓNIO BÁRBARA, de 78 anos, natural de Aljustrel, casado com a Exma. Sra. D. Pulquéria Maria Aleixo Martins Bárbara. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 10, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Selmes, Vidigueira.

SANTA CLARA DE LOUREDO

†. Faleceu a Exma. Sra. D. LUÍSA ROSA CORDEIRO, de 99 anos, natural de Santa Clara de Louredo - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 11, da Casa Mortuária de Santa Clara de Louredo, para o cemitério local.

SANTA VITÓRIA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. BÁRBARA MARIA AFONSO, de 98 anos, natural de Santa Vitória - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 11, da Casa Mortuária de Santa Vitória, para o cemitério local.

SANTA CLARA DE LOUREDO / ESPÍRITO

SANTO

†. Faleceu o Exmo. Sr. MANUEL PEREIRA, de 86 anos, natural de Espírito Santo - Mértola, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 11, da Casa Mortuária de Santa Clara de Louredo, para o cemitério de Espirito Santo, Mértola.

SANTA VITÓRIA

†. Faleceu o Exmo. Sr. ALEXANDRE RALHA CANENA CRISTINA, de 66 anos, natural de Baleizão - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Mariana Costa dos Santos Cristina. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 12, da Casa Mortuária de Santa Vitória, para o cemitério loca.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr. JOSÉ MANUEL PINHEIRO DA SILVA, de 78 anos, natural de Alcântara - Lisboa, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 12, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA JOÃO ELIAS LANÇA, de 78 anos, natural de Santa Maria da Feira - Beja, casada com o Exmo. Sr. Marcelino José Montez Lança. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 13, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARGARIDA DE FÁTIMA BELARD DA FONSECA BRAVO, de 73 anos, natural de São João Baptista - Beja. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 13, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr. DOMINGOS JOSÉ GOMES, de 86 anos, natural de Salvador - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Irene das Dores Tecedeiro. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 14, das Casas Mortuárias de Beja, para o desta cidade.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr. JACINTO ANTÓNIO JOSUÉ, de 89 anos, natural de São Martinho das Amoreiras - Odemira, casado com a Exma. Sra. D. Emília da Encarnação. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 15, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr. FRANCISCO MANUEL MARTINS COELHO, de 48 anos, natural de Santiago Maior - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Helena Maria Pimentel Lopes Coutinho. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 16, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. CRISTINA ALVITO PEREIRA, de 80 anos, natural de Alcaria Ruiva - Mértola, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 16, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras

condolências.

Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt

Rua da Cadeia Velha, 16-22 - 7800-143 BEJA Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309

www.funerariapax-julia.pt E-mail: [email protected]

Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos

CAMPAS E JAZIGOSDECORAÇÃO

Rua de Lisboa, 35 / 37 – Beja Estrada do Bairro da Esperança Lote 2

Beja (novo) Telef. 284 323 996 – Tm.914525342

[email protected]

CONSTRUÇÃO CIVIL “DESDE 1800”

Page 27: Ediçao n.º 1543

27

Diá

rio d

o A

lent

ejo

18 n

ovem

bro

2011

D 1

A Biblioteca de Almodôvar, no âmbito da promoção da leitura iniciou em outubro o programa “No Encanto da Leitura”, tendo o seu término em junho. Ao longo do ano e nas diferentes salas, “O Bosque das Histórias”, Bebéteca, Leituras Partilhadas e 2.ª Viagem com Livros, vais poder usufruir de inúmeras actividades como, por exemplo, ateliês, encontros com escritores e ilustradores e comemoração de datas importantes. Informa-te em www.biblioleitura-almodovar.blogspot.com

Biblioteca de Almôdovar

com programação

de sonho

Alguns destes cogumelos não são comestíveis, tenta identificá-los

A páginas tantas ...

Dica da semanaHoje damos-te a conhe-cer o trabalho da artista japonesa Sachiko Kanaizumi, um mundo de pequenas persona-gens que nos transportam muito para o imaginário da Alice no País das Maravilhas. Flores, animais, cogumelos, meninas do tamanho de um polegar e muita cor fazem das suas ilustrações verdadeiras delícias.Podes ficar a conhecer mais em (http://sachikokanaizumi.com/)

A Orfeu Mini traz-nos O Cavaleiro Coragem! de Chedru Delphine, uma ilustradora que se destaca pelos jogos de observação e cor. O mundo gráfico, rico e atraente, cheio de animais fantásticos. O mesmo se passa com o nosso cavaleiro todo vestido de azul, conhecido pelas suas façanhas, mas que, infelizmente, numa curva da estrada, perde a sua coragem.Para a recuperar, terá de entrar na árvore oca e enfrentar vários enigmas e labirintos, salamandras e sereias, ursos e leões vermelhos, até ao duelo final com o terrível dragão verde. A tua missão é ajudá-lo na sua busca, entrar em flores-tas mágicas, escadas, labirintos e tapeçarias medievais.Os jogos seguem-se uns aos outros para encontrar a chave escondida. Neste livro o herói também és tu!

Alguns destAlguns destidentificá-lo

e-ta

tam o

as

r

mi.

1

2

3

4

5

solução: 2, 5, 6

6

7

Page 28: Ediçao n.º 1543

BD“Omaha Beach”

O belga Philippe Jarbinet, após uma breve pausa depois do êxito obtido com o primeiro díptico da série “Airborne 44”, regressa agora, também pelas edições Casterman, com um espetacular e emotivo terceiro tomo, “Omaha Beach”, um tanto autónomo dos dois primeiros.

Um jovem franco-norte americano, agora incorporado no exército, regressa em 1944 ao local, na costa francesa, onde seis anos antes viveu românticos momen-tos muito felizes. Durante o tempo que entretanto foi passando, Gavin sempre manteve correspondência com a bela e valorosa Joanne, até que...

Belíssimas, as sequências do heroico e dramático desembar-que do famoso Dia D... na Omaha Beach.

“Sybile, Jadis”É o sexto tomo da série “Croisade”, sob edi-ção Lombard e da autoria de Jean Dufaux (guião) e grafismo de Philippe Xavier.

Em “Sybile, Jadis” prossegue toda a saga no tempo misterioso, heroico e sacrificado das históricas Cruzadas. Por aqui passa todo um clima de bravuras, mas também

de crueldades, de erotismo escaldante e de alguns aspetos bizar-ros de encantamentos. O insólito de braço dado com a História, até certo ponto. De resto, tudo é ficção.

Luiz Beira

28

Diá

rio d

o A

lent

ejo

18 n

ovem

bro

2011

Boa vidaComer Frango frito à moda da tia MatildeIngredientes:

1 frango, 1 kg. de batatinhas pequenas, 4 dentes de alho, 2 dl vinho branco alentejano, 100 g. de banha, vinagre q.b., 2 cebolas, colorau q.b., 1 folha de louro, sal q.b., pimenta branca q.b., piripiri q.b., 1 limão, 1 molho de salsa, azeitonas q.b. .

Confeção:Depois do frango limpo, corte-o em bocados pequenos.Coloque-os num recipiente e tempere-os com o vinho branco, vinagre, cebola cortada em meias luas, louro, salsa, sal e pimenta.Deixe repousar durante duas horas.Descasque as batatinhas e coloque-as em água.Escorra o frango e aproveite a marinada.Numa frigideira antiaderente leve ao lume a banha e frite os bocados de frango misturados com a cebola.Depois de tudo frito, deite a marinada na frigideira, deixe ferver, de seguida regue o frango com o molho.Frite as batatas em óleo e misture com o frango envol-vendo tudo muito bem.Espalhe umas azeitonas por cima, regue com um pouco de sumo de limão e salpique com salsa picada.Sirva bem quente e bom apetite…

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

O Drambui é um cão adulto, de porte grande, que espera encontrar em breve uma família e

uma casa com espaço onde possa viver com mais liberdade. Embora seja de raça indefinida

tem alguns traços de pastor alemão. É um cão tímido com pessoas que não conhece, mas

depois torna-se dócil e sociável. Está vacinado e desparasitado. Venham conhecê-lo ao

Cantinho dos Animais de Beja. Contactos: 962432844; [email protected]

PUB

Petiscos A caça dos caçadores

Voltamos à caça: estamos no tempo dela. Uma das es-pécies que maior reputação culinária tem – e justa-mente por que a carne é esplêndida – é a codorniz

que por ser pequena se cozinha trivialmente como outros passarinhos de menor dimensão e se come da forma clás-sica, frita com alho e louro.

Nada mais injusto. A codorniz consente formas de tra-tamento gastronómico tão elaborados como a perdiz e o resultado é igualmente admirável. Claro que dá trabalho depenar e arranjar pássaros de tão pequeno porte mas na cozinha, já se sabe, as coisas melhor conseguidas dão, nor-malmente, mais labuta e exigem maior dedicação.

A codorniz é uma ave que permite um tipo de caça – re-firo-me à caça com cães de parar – muito apreciado pelos verdadeiros caçadores. Assistir ao momento da paragem duma codorniz, por um “pointer”, um “setter” ou mesmo um perdigueiro português, nos silvados duma ribeira ou num restolho recente é uma ocasião única de ver “traba-lhar” um cão, fazendo aquilo a que está condicionado ge-neticamente e aperfeiçoado pela aprendizagem que recebeu do seu dono. Mas vai faltando quem ensine os cães, a malta gosta mais de atirar do que caçar. E ainda que uma coisa complemente a outra, não são o mesmo, caçar é competir, está inscrito nos nossos genes ancestrais.

Também se faz confusão entre as codornizes que estão à venda nos supermercados e as peças venatórias propria-mente ditas. Aquelas são duma variedade japonesa, maio-res e muito mais fáceis de criar em cativeiro, produzindo ovos – que igualmente estão vulgarmente disponíveis para compra – em quantidades assombrosas. Não confundamos pois duas coisas tão distintas: de facto só o nome é comum, o gosto e a textura são completamente diferentes.

Passemos aos “comes”. Depenadas e arranjadas que esti-verem as aves, vão para dentro de vinho branco durante um dia, ou mesmo dois, com umas rodelas de laranja. Secam-se com um pano e a seguir são lavadas, por dentro e por fora, com vinho da Madeira. Se não houver vinho da Madeira disponível, serve moscatel de Setúbal, seco.

Faz-se então uma massa com nozes peladas – é uma chatice pelar as nozes? É, mas ninguém disse que isto dos tachos e panelas só dá alegrias sem trabalho – mais pre-sunto entremeado bem migado, sal pimenta e o mesmo vi-nho com que se lavaram. Recheiam-se as codornizes com esta massa, cozem-se as aberturas e lardeiam-se. Isto é, en-volvem-se em fatias finas, muito finas, de toucinho fresco. Atenção às banhas e toucinhos rançosos, já aqui disse mas vou repetir: uma colher de sopa de banha rançosa dá cabo dum almoço de casamento para duzentas pessoas.

Vão ao forno, se estiver em lume médio ou médio/alto demoram a assar entre quarenta a sessenta minutos. Tem que se ir abrindo e cobrindo com o molho que entretanto pinga. Se for pouco – tem obrigação de não ser – junta-se mais um gole do vinho que se está a usar.

Servem-se com puré de batata e legumes cozidos, espe-cialmente feijão verde, bem escorrido e com uma noz de man-teiga. Será que eu já disse que este prato está pensado para co-dornizes bravas? Já, já disse mas não faz mal repetir.

António Almodôvar

Page 29: Ediçao n.º 1543

JazzWorld Saxophone Quartet

“Yes We Can”

Gravado ao vivo no final de março de 2009 na sala berlinense Kino Babylon, “Yes We Can” é o mais recente registo

do World Saxophone Quartet (WSQ), ver-dadeira instituição saxofonística criada em 1977, com uma constituição instrumental decalcada do quarteto de cordas clássico. O disco celebra a chegada à Casa Branca do pre-sidente Obama – a tomada de posse ocorrera dois meses antes – e adota o famoso slogan de campanha como mote e inspiração para esta exuberante jornada. Ao longo dos anos, o WSQ sofreu algumas alterações na sua com-posição: atualmente, aos fundadores Hamiet Bluiett e David Murray juntam-se o vete-rano de Nova Orleães, Kidd Jordan, para o lu-gar deixado vago por Oliver Lake, e o multi-facetado James Carter, que herda o posto de John Purcell, que, por sua vez, havia sucedido a Julius Hemphill, falecido em 1995. Logo aos primeiros segundos torna-se evidente o jú-bilo e o otimismo dos quatro músicos. A fun-ção abre com esse vibrante festim chamado “Hattie Wall”, há três décadas tornado o em-blema do grupo. Ancorados no groove pro-porcionado pelo barítono de Bluiett, os outros três entrelaçam as suas linhas numa densa mas irresistível teia. A alta rotação prossegue em “The River Nigger” (de Jordan) que conta com uma superior prestação de James Carter, em saxofone soprano. No título-tema o quar-teto funciona como um sólido bloco, per-mitir a Carter voar de novo a grande altura. Curiosa a inclusão quase no final de uma ci-tação a “Hail to the Chief”, famosa mar-

cha associada aos presidentes dos Estados Unidos da América, tocada nomeadamente durante as suas aparições públicas. “The God of Pain” é uma balada de Murray onde este, num solo magní-fico, faz uso das técnicas de res-piração circular e de overblowing. Se “The Guessing Game”, profunda-mente espiritual, mostra um como-vente diálogo en-tre Bluiett no cla-

rinete e Murray no clarinete baixo, “Long March to Freedom” – com Carter exímio nos multifónicos – adquire contornos épicos. O tempo passa, mas sim, eles podem.

António Branco

29

Diá

rio d

o A

lent

ejo

18 n

ovem

bro

2011

PUB

LetrasNagasáqui

Shimura-San vive sozinho uma existência sem sobressaltos ou emo-ções, pautada pela rotina de um homem que já dobrou a meia idade, não casou, nem tão pouco tem distrações ou amigos. “Always being

with you” – a promessa publicitária inscrita no frigorífico, que lhe soou ao tipo de relação estável e para a vida pretendido por ele, tornou-se subita-mente ameaçadora quando descobre que pequenas coisas desaparecem do interior do eletrodoméstico.

É, de novo, na tecnologia que confia, porém, quando decide averiguar o que se passa na cozinha enquanto está no em-prego. Como esperado, na imagem da web-cam transmitida para o escritório materializa-se uma figura, de mulher. Enquanto prepara a refeição ligeira, esta compraz-se com os raios de sol que entram pela janela, alheada da sua falta de juventude e de encantos. Entretanto, o homem chama a polícia e cumpre os precei-tos legais para recuperar a paz. Impossível, constata.

Um fait divers divulgado na imprensa ja-ponesa inspirou o jornalista francês Éric Faye na escrita deste romance distinguido com Grande Prémio de Romance da Academia Francesa em 2010.

Desfiada com vagar e subtileza, a narra-tiva, feita alternadamente na primeira pes-soa por Shimura-San e pela “clandestina” [a mulher sem nome que ocupa a casa não obs-

tante esta ter um proprietário], desvenda o processo de desapropriação de um espaço por alguém enquanto uma assombração se apodera do lugar. Esta é também uma história que sublinha a desumanização gerada pelo capita-lismo mas inclui uma “promessa” de reação, através de uma “ética” da pro-priedade definida pelos afetos.

Maria do Carmo Piçarra

Yuri Daniel – World

Saxophone Quartet

– “Yes We Can”

Hamiet Bluiett (saxofone

barítono, clarinete), Kidd

Jordan (saxofone alto),

James Carter (saxofones

tenor e soprano) e David

Murray (saxofone tenor,

clarinete baixo).

Editora: Jazzwerkstatt

Ano: 2011

Éric Faye

Gradiva

PVP: 9,5€

100págs

FilateliaDádiva de sangue e filatelia em livro

Na próxima sexta-feira, dia 25, é apresentado ao público o livro Ouro

Vermelho e Filatelia, obra do autor da rubrica de filatelia do “Diário do Alentejo”. O ato terá lugar no auditório da Biblioteca Municipal José Saramago, em Beja, pelas 21 horas, e o livro será apresentado pelo dr. Francisco Barbosa da Costa, presidente da assembleia geral da Federação das Associações de Dadores de Sangue – Portugal, e por Pedro Vaz Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Filatelia APD.

Neste trabalho, o primeiro na filatelia portuguesa a tra-tar desta temática, o autor pre-tende fazer um muito breve re-sumo do estudo do sangue, desde a antiguidade clássica até ao presente, realçando não só a

descoberta dos grupos sanguíneos e fator Rh, ambos des-cobertos no século XX, mas também a contribui-ção portu-guesa no sé-cu lo X V I, através dos estudos do albicastrense

João Rodrigues, famoso médico e investigador mais conhecido por Amato Lusitano.

No que se refere à história da dádiva de sangue em Portugal, o autor dá destaque a uma extensa entrevista aos responsáveis pelo Banco de Urgência do Hospital de S. José em Lisboa, publicada no “Diário de Notícias” de 6 e 7 de março de 1924. Faz também uma breve resenha da histó-ria do movimento da dádiva de sangue em Portugal, com par-ticular destaque para a região de Vila Nova de Gaia, Castelo Branco e Beja.

Numa segunda parte, toda ela dedicada à filatelia, são in-ventariadas, por ordem de emissão, todas as peças fila-télicas emitidas pelos correios portugueses sobre esta temá-tica e são apresentadas pistas para o tratamento deste tema numa coleção da chamada classe aberta. Nesta classe é permitida a inclusão de outro tipo de material não filatélico como, por exemplo, autocolan-tes e outros produtos de apelo à dádiva de sangue.

Geada de Sousa

Page 30: Ediçao n.º 1543

30

Diá

rio d

o A

lent

ejo

18 n

ovem

bro

2011

Fim de semana

“Simplesmente uma expressão de vida” é a proposta da artista plástica portuense Gina Frazão para

ver no espaço Oficinas, em Aljustrel, a partir de hoje, sexta-feira, pelas 18 horas, e até ao próximo

dia 10 de dezembro. Na sua pintura, como define o catálogo da mostra, “é mínima a existência dos

motivos descritos e resume-se, quase sempre, a seres humanos e animais que, quando surgem em

simultâneo, parecem um único corpo, uma existência harmoniosa onde confluem os peixes, as

cabras, as avestruzes, os coelhos, os macacos; mas também a menina – amiga da bicharada”.

Pinturade Gina Frazão

em Aljustrel

Evento decorre em Beja ao longo do fim de semana

Praça da República vai ser mercado

medieval por três dias A

rtesãos e atores vão ocupar, entre hoje e domingo, 20, a praça da República de Beja, naquele que será o pri-meiro mercado medieval da cidade. A organização

do evento fica a cargo de uma jovem associação de artesãos de Vila do Conde, a Velha Lamparina, também especializada em recriações históricas, em parceria com a Associação para a Defesa do Património de Beja e o município de Beja.

A partir das 10 horas de hoje fica assim instalado o bulí-cio na sala de visitas da cidade, com vários artesãos traba-lhando ao vivo em diversos materiais e peças, como peles, velas, bijutaria e joalharia, brinquedos em madeira, tece-lagem, latão, arte sacra, olaria ou calçado. Para melhor re-criar este regresso ao passado, atores profissionais terão a seu cargo a missão de encarnar personagens do quotidiano de então, encenando torneios, demonstrações de voo de aves de rapina, espetáculos musicais, de malabarismo e de fogo,

danças, vendas de escravos, rixas e cortejos. Em permanência, além da venda de artesanato produ-

zido no local por artífices trajados como outrora, o Mercado Medieval de Beja terá a circular animadores de rua, disponi-bilizando vários ateliês e a degustação de iguarias gastronómi-cas, entre frutos secos caramelizados, pão em forno de lenha, doçaria tradicional, chás de ervas, licores, fumeiros tras-montanos e minhotos, pão de ló de Ovar ou fogaças de Santa Maria.

Criada em 2009 mas composta por artesãos com muitos anos de experiência em feiras medievais, a Velha Lamparina assume a missão de “divulgar, promover e defender o arte-sanato”, além de “dar a conhecer produtos tradicionais, usos e costumes através da demonstração de vários extratos do quotidiano no passado”, proporcionando o “reencontro com as nossas raízes culturais e a herança de gerações passadas

Clã apresenta “Disco Voador” em Beja Os Clã vão animar o serão de

hoje em Beja, num concerto

em torno de “Disco Voador”,

o novo álbum da banda, que

será apresentado no Pax Julia

Teatro Municipal, a partir

das 21 e 30 horas. Lançado

em abril último, “Disco

Voador” é assumidamente

um trabalho “inspirado no

universo dos supernovos,

integralmente composto por

canções originais, lúdicas e

irreverentes, cheias de histórias

de crianças e para crianças”.

Casa da Cultura mostra “BD na Planície” Inaugura-se amanhã, sábado,

na Casa da Cultura de Beja, a

exposição “BD na Planície”,

uma organização da Bedeteca

de Beja e do Toupeira –

Ateliê de Banda Desenhada.

Espalhados pelo rés do chão e

1.º andar vão estar trabalhos

de 20 autores da cidade,

nomeadamente de Beatriz

Caetano, Carlos Apolo Martins,

Carlos Páscoa, Inês Freitas,

João Lam, Maria João Careto,

e ainda dos premiados Paulo

Monteiro e Susa Monteiro,

entre outros. A mostra vai

estar patente até 7 de janeiro.

Esculturas para ver ao ar livre em Serpa A partir de amanhã, sábado,

alguns espaços públicos de Serpa

vão ter à mostra os trabalhos

selecionados no âmbito da

quarta edição do Prémio Ibérico

de Escultura Cidade de Serpa.

A exposição de rua vai estar

visitável até 31 de dezembro no

perímetro entre o Cineteatro

Municipal e a Biblioteca

Abade Correia da Serra, com

extensão à rua que segue para

o Parque de Campismo.

Teatro Fórum de Moura estreia nova produção Inspirada numa “cidade fábula”

onde “tudo é permitido ao que

tem dinheiro”, a companhia

Teatro Fórum de Moura tem

em cena até ao próximo dia 27,

no Cineteatro Caridade, uma

nova produção que dá pelo

nome de “Ascensão e Queda da

Cidade de São Cifrão”. A versão

e encenação da peça, que se

estreou ontem, quinta-feira, e

se apresenta às quintas, sextas

e sábados, sempre pelas 21 e 30

horas, é de Jorge Feliciano.

Page 31: Ediçao n.º 1543

31

Diá

rio d

o A

lent

ejo

18 n

ovem

bro

2011

recruta-se

para o dia 24

de novembro

Sindicalista descontente, com mestrado em tipografia (especialização em avante verdana) e acesso a fotocopiadora do Estado, surripia-dor de viaturas de alta cilindrada com experiência de utilização de pé de cabra, cabecilha de quadrilha antiviolência, maquilhador pro-fissional, estilista de fardamento militar estilo PREC e com experiência em barraca dos tiros. As funções incluem: realização de panfletos e faixas, desvio de avião no aeroporto de Beja, distribuição de propaganda anti-troika e antigoverno na capital. Se o seu perfil corres-ponde contacte assistente da Ana Avoila através de sinais de fumo.

Trabalhadores do aeroporto de Beja aderem à greve geral de 24 de novembro por causa do stress no trabalho

A greve geral do próximo dia 24 de novembro promete mobilizar trabalha-

dores de todo o País, destacando-se a adesão dos trabalhadores do aero-

porto local como nos explicou o sindicalista Lucílio Adesão Maciça: “O que

estão a fazer aos trabalhadores é vergonhoso e em Beja passaram dos li-

mites. Qualquer dia têm de trabalhar mais do que dois dias por semana,

um escândalo! Há dias em que são atendidas quase quatro pessoas que fa-

lam em idiomas estranhos, como o inglês! Tem noção do stress que isso re-

presenta? Além disso, só podem fazer duas pausas para beber café, em vez

das habituais três. Exigimos que numa dessas pausas um dos cafés possa

ser servido com cheirinho! Senhores jornalistas, falem em ‘adesão à greve’

e não ‘aderência’ – até parece que os grevistas podem ser jogados ao teto

e ficarem lá colados ‘derivado à aderência’. Se não satisfazerem as nossas

exigências, equacionamos outras formas de luta: os taxistas podem come-

çar a imitar os taxistas do aeroporto de Lisboa e quando tiverem de levar os

passageiros para Beja poderão fazer um pequeno desvio até a

Amareleja”.

Beja e Almodôvar: Obras interrompidas nos lares terão de ser concluídas pelos próprios idosos

A declaração de insolvência da empresa Construsan deu origem à in-

terrupção das obras nos lares lançados pela Fundação São Barnabé em

Almodôvar e Beja. Todavia, a urgência na construção destes espaços po-

derá levar a medidas drásticas. Em muitos lares os idosos passam o tempo

a jogar canasta, a descansar ou acamados, mas neste caso eles levam uma

vida mais ativa do que as obras na A26. “É verdade, sim senhor”, relatou-

-nos um idoso que nos pediu anonimato para que ninguém soubesse que

se trata do senhor Antunes, de 79 anos: “A nossa vida é muito

ativa. E digo mais, para isto acabar mais depressa não me im-

porto de vir para aqui trabalhar na construção do lar, depois de

acabar o meu segundo turno na mina”. Amélia Reticências, de 86

anos, reitera também a vontade dos utentes em terminar as obras: “Já es-

tava farta de ver o João Baião aos saltos e já sei todas as respostas do Trivial

Pursuit, edição ‘Mais perto da cova Deluxe’. Desde que tome a medicação

consigo acarretar 100 quilos de cimento às costas. Assim ajudo nas obras.

Já nem me dói o joelho da operação ao menisco…”.

Inventor da frase mais utilizada hoje em dia – “Estava-se mesmo a ver que o aeroporto de Beja ia dar barraca” – procura cobrar direitos de autor

Se a polémica fosse sinónimo de sucesso, o aeroporto de Beja tinha voos

interplanetários todos os dias. Agora que a estrutura está toda feita, cres-

cem as incógnitas à volta do empreendimento. Mas as oportunidades de

negócio prometem ser infindáveis. Que o diga o senhor Diogo, natural de

Beja e mirone especializado em trabalhos de construção civil, que reclama

para si a autoria da frase que toda a gente diz: “Estava-se mesmo a ver que

o aeroporto de Beja ia dar barraca”: “As pessoas não têm noção de que, no

passado, outras frases fizeram história na nossa cidade, como, por exem-

plo, ‘Um castelo tão alto para quê? Vai ser uma chatice com as correntes

de ar…’ ou ‘Aquela freira passa muito tempo a escrever cartas de amor e

pouco tempo a fazer papos de anjo’. Na altura, não havia direitos de autor,

mas hoje vou cobrá-los, que a vida está má e todo o dinheiro faz falta. Só

a manutenção do meu aparelho auditivo e da anca da minha mulher leva

dois terços da minha reforma”, referiu.

Inquérito O IPBeja perdeu um milhão de euros do OE2012. Como podemos angariar dinheiro para a instituição?

FÁBIO MAÇÃ DE ADÃO, 35 ANOS

Viciado em produtos da Apple

e empresário no ramo da farinha de mandioca

Eu estou disposto a vender um dos meus seis

Iphones ou mesmo o Ipad banhado com o

mesmo ouro de 24 quilates das panelas da Filipa

Vacondeus. Mas o Politécnico também podia fa-

cilitar no pagamento das propinas. O melhor ne-

gócio que consegui foi pagar as minhas em 360

suaves prestações mensais. Mas isso não é su-

ficiente… Pelas minhas contas, vou acabar de

pagar aos 70 anos, antes de arranjar o meu primeiro emprego e quando

tiver uma próstata do tamanho de uma bola de rugby.

GENOVEVA BICICLETA DO BAIRRO, 23 ANOS

Especialista internacional em multitasking

e coreógrafa de invisuais

Posso arranjar mais um emprego em part-

-time para ajudar o IPBeja. Trabalho das 7 às

13 como operadora de call-center, das 14 às

18 lavo pratos num restaurante e das 19 às

23 sou uma loira sensual, fogosa e discreta.

Tenho um buraco entre as 2 e as 6 da manhã.

Ouvi dizer que estão a precisar de pessoal

na padaria da minha rua. Com jeitinho, ar-

ranja-se tempo para estudar. Se tudo correr bem, devo fazer duas

cadeiras por ano.

CÂNDIDO PASSOS DIAS AGUIAR, 50 ANOS

Aluno do Politécnico que se gaba de ter entrado

na instituição no mesmo ano do príncipe Al-Mutamid

Pá, eu ajudo naquilo que posso. Acho que foi

da 4.ª vez que fiz o 2.º ano que entrei em coma

alcoólico seis vezes e uma vez estava tão bê-

bado que acertei na chave do totobola. Fiz

um dinheirão e o Politécnico tem-me retido

desde então. Só à minha pala fizeram metade

da nova Estig. Se quiserem usar-me para ex-

periências científicas, ainda acerto no joker.

Quando acabar o pilim tenciono vender um rim. O meu amor pelo

IPBeja é como a burrice na “Casa dos Segredos”: não tem limites.

r duas pausas para beber café, em vez

ma dessas pausas um dos cafés possa

ornalistas, falem em ‘adesão à greve’

s grevistas podem ser jogados ao teto

rência’. Se não satisfazerem as nossas

mas de luta: os taxistas podem come-

de Lisboa e quando tiverem de levar os

um pequeno desvio até a

p

acab

anos, reite

tava farta d

Pursuit, edi

consigo aca

Já nem me d

ç p

dois terços da minha reforma”, referiu.

Possível encerramento de maternidade em Beja pode levar à inauguração de voos de cegonha desde Paris

Os rumores de que a maternidade de Beja pode encerrar por realizar menos de 1 500 partos por ano estão a causar grande consternação na região e nos empresários da indústria do Lamaze. Bombeiros de Barrancos e Odemira já começaram a ter formação para realizar partos dentro de ambulâncias

a caminho de Évora, com destaque para os módulos “A utilização de forceps numa Ford Transit de 1992” ou “A cesariana nas estradas da serra da Adiça”. Do

mesmo modo, já se começaram a recrutar cegonhas para efetuar voos desde Paris, os quais, segundo apurámos, são muito mal encarados pelos habitantes da região, mas

são vistos com bons olhos pela deputada Inês de Medeiros.

Trabalhadoresinsurgem-se contra a contrataçãode trabalhadorestemporários que se limitam a olhar para o boneco

Futuros lares serão construídos

com tecnologia antiterramotos

Page 32: Ediçao n.º 1543

Nº 1543 (II Série) | 18 novembro 2011

RIbanho POR LUCA

FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL Presidente do Conselho Directivo Jorge Pulido Valente | PRACETA RAINHA D. LEONOR, 1, 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 [email protected]ção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 [email protected] | Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586), Ângela Costa (estagiária) Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Carlos Rico, Luca, Paulo Monteiro, Susa Monteiro | Colaboradores da Redacção Alberto Franco, Aníbal Fernandes, Carlos Júlio, Firmino Paixão, Marco Monteiro Cândido | Provedor do Leitor João Mário Caldeira | Colunistas Aníbal Coutinho, António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Constantino Piçarra, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Luiz Beira, Rute Reimão | Opinião Ana Paula Figueira, Arlindo Morais, Bruno Ferreira, Carlos Félix Moedas, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Filipe Pombeiro, Francisco Marques, Francisco Martins Ramos, Graça Janeiro, João Machado, João Madeira, José Manuel Basso, Luís Afonso, Luís Covas Lima, Luís Pedro Nunes, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Nuno Figueiredo Publicidade e assinaturas Ana Neves | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação ([email protected]) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 Tiragem semanal 6000 Exemplares Impressão Grafedisport, SA – Queluz de Baixo | Distribuição VASP

www.diariodoalentejo.pt

Hoje, sexta-feira, 18, podem cair alguns aguaceiros na região. A temperatura vai oscilar entre os seis e os 17 graus centígrados. Amanhã, sábado, espera-se chuva moderada e no domingo prevê-se uma melhoria do estado do tempo.

“Arte numa perspetiva diferente” Mais uma vez os utentes do Centro de Paralisia

Cerebral de Beja (CPCB) vão partilhar com

a comunidade todo o trabalho artístico que

produziram ao longo do último ano. A exposição

“Arte numa perspetiva diferente”, inaugurada

ontem, quinta-feira, na galeria da EDIA, cumpre

este ano uma década de existência, tendo patentes

até ao próximo dia 16 de dezembro 26 peças, cuja

venda reverterá para o CPCB.

Feira do Livro de Mértola no domingo Com sede no salão dos Bombeiros Voluntários, a

Feira do Livro de Mértola arranca já este domingo,

20, prolongando-se até dia 26. Do programa constam,

além da exposição e venda de livros “a preços

convidativos”, também as exposições, o teatro, os

filmes, os espetáculos, os colóquios e as sessões

organizadas para escolas. Uma oportunidade de

“escolher algumas prendas de Natal para miúdos

e graúdos”, refere a câmara municipal local, que

organiza o evento em colaboração com a Santa

Casa da Misericórdia, Bombeiros Voluntários e

Agrupamento de Escolas de Mértola.

Portel comemora 750 anos de foral Ao longo deste ano e de 2012 assinalam-se os 750

anos, respetivamente da fundação do castelo e

do primeiro foral de Portel, efeméride que levou

a câmara municipal local a criar um programa

comemorativo, cujo primeiro encontro científico

decorre entre hoje e amanhã, sábado, no auditório

municipal da vila. O colóquio “A ocupação do

território de Portel antes de D. João Peres de

Aboim” tem abertura pelas 14 e 30 horas, com a

apresentação do programa comemorativo.

Siga-nosno

Facebook

PUB

JOSÉ

SER

RA

NO

Luís Peres de Sousa, docente da Escola Superior Agrária do IPBeja, acaba de ser distinguido pelo governo

francês pelo seu trabalho de investigação na área da uva de mesa, nomeadamente enquanto presidente da respetiva subco-missão da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV). Um dos estudos que desenvolveu permite concluir que a cultura da uva de mesa, a concretizarem--se as alterações climáticas previstas, “po-derá ter um papel importante, não só eco-nómico, como também em termos sociais, na nossa região” e sobretudo “na zona de regadio de Alqueva”.

Acaba de ser distinguido pelo governo

francês com o grau de Cavaleiro da Ordem

de Mérito Agrícola, devido ao trabalho

de investigação que tem desenvolvido

no campo agrícola. Como recebe esta

distinção?

Foi para mim uma grande surpresa. Não es-tava de maneira nenhuma a contar com isso, nunca tal tinha sido feito a membros desta organização a que pertenço, a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV). É um organismo científico que elabora nor-mas que são cumpridas pelos seus 44 esta-dos membros. Portugal está representado na OIV, e eu neste momento sou o presi-dente da Subcomissão de Uva de Mesa, Uva Passa e Produtos não Fermentados da Videira. Esta condecoração resulta desse trabalho. O governo francês considerou que a atividade que tenho desenvolvido nesta área tem sido um trabalho relevante em ter-mos do setor vitivinícola.

Luís Peres de Sousa,59 anos, natural de Arouca

É investigador e docente na Escola Superior Agrária de Beja, em áreas como Viticultura e Climatologia. De momento estuda os impactos das alterações climáticas na cultura da uva de mesa em Portugal continental, de que já resultou um livro. Foi nomeado pelo Estado português para representar o País na Subcomissão de Uva de Mesa, Uva Passa e Produtos não Fermentados da Videira, da OIV, e posteriormente eleito presidente pelos seus países membros.

Em que tem consistido o seu trabalho de

investigação?

Ao nível da OIV, começámos por estabe-lecer os limites técnico-científicos para a comercialização da uva de mesa. Foi um trabalho muito exaustivo para que pudésse-mos estebelecer limites para a uva de mesa no comércio mundial. Outro aspeto muito importante foi ter saído o guia da OIV em termos de produção sustentável da uva de mesa. Estamos também a estudar o efeito na saúde humana do consumo destes pro-dutos e a atualizar, em termos científicos, o guia para a produção de uvas passa.

Qual é o peso deste setor em termos nacio-

nais e concretamente na região alentejana?

Este ano fizemos sair um livro sobre o im-pacto das alterações climáticas na cultura de uva de mesa em Portugal continental. Com uma previsão de um aumento de temperatura de mais ou menos dois graus centígrados, estudámos a evolução possí-vel desta cultura na nossa região e no País. E se isso se concretizar, temos condições extraordinárias para que a cultura da uva de mesa se instale e tenha um aumento progressivo. Estou a falar essencialmente da zona do regadio de Alqueva. É uma cul-tura que poderá ter um papel importante, não só económico, como também em ter-mos sociais, na nossa região. Hoje em dia o que nós queremos é arranjar janelas de oportunidade de mercados no exterior e também termos produções para abaste-cermos o mercado interno. É nesta dupla via que nós estamos a trabalhar.

Carla Ferreira

Docente do IPBeja distinguido pelo Estado francês

Uva de mesa tem potencial no Alentejo regado

Publicidade e assinaturas A partir da próxima segunda-feira, 21, todos

os serviços do “Diário do Alentejo” estarão

concentrados nas instalações situadas na

praceta Rainha D. Leonor n.º 1, em Beja.