ediÇÃo nº 52
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Jornal Espírita de Uberaba com artigos sobre: juventude, estudos espíritas, mensagens espíritas, trabalhos espíritas importantes, datas importantes do movimento espírita, eventos espíritas, personalidades do movimento espírita. Tudo sobre a doutrina espírita.TRANSCRIPT
Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011 1
“Solidários, seremos união. Separados uns dos outros seremos pontos de vista.
Juntos alcançaremos a realização de nossos propósitos”. Bezerra de Menezes
2011 CHEGOU
CARTA DE ANO NOVO
Ano Novo é também renovação de nossa oportunidade de aprender, trabalhar e
servir.
O tempo, como paternal
amigo, como que se reencarna no
corpo do calendário, descerrando-nos horizontes mais claros para a
necessária ascensão.
Lembra-te de que o ano em
retorno é novo dia a convocar-te
para execução de velhas
promessas, que ainda não tiveste a
coragem de cumprir.
Se tens inimigo, faze das
horas renascer-te o caminho da
reconciliação.
Se foste ofendido, perdoa, a
fim de que o amor te clareie a estrada para frente.
Se descansaste em demasia, volve ao arado de tuas obrigações e planta o bem com destemor para a colheita do porvir.
Se a tristeza te requisita, esquece-a e procura a alegria serena da consciência feliz
no dever bem cumprido.
Novo Ano! Novo Dia!
Sorri para os que te feriram e busca harmonia com aqueles que te não
entenderam até agora.
Recorda que há mais ignorância que maldade, em torno de teu destino.
Não maldigas, nem condenes.
Auxilia a acender alguma luz para quem passa ao teu lado, na inquietude da
escuridão.
Não te desanimes, nem te desconsoles.
Ano 4 – nº. 52 – Janeiro/2011 – Responsável: Luiz Carlos de Souza
(Trabalhador na seara espírita em Uberaba-MG / Brasil)
TWITTER: http://twitter.com/jornalespirita
SITE: www.issuu.com/jornalespiritadeuberaba www.jornalespiritadeuberaba.com
Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011 2
Cultiva o bom ânimo com os que te visitam, dominados pelo frio do desencanto ou
da indiferença.
Não te esqueças de que Jesus jamais se desespera conosco e, como que oculto ao
nosso lado, paciente e bondoso, repete-nos de hora a hora. Ama e auxilia sempre. Ajuda aos outros, amparando a ti mesmo, porque se o dia
volta amanhã, eu estou contigo, esperando pela doce alegria da porta aberta de teu
coração.
Pelo Espírito de Emmanuel – Psicografado por Francisco Cândido Xavier – Livro
Vida e Caminho
PRECEITOS SALUTARES PARA 2011
Que a solidariedade e o voluntariado sejam práticas constantes neste ano que
inicia. Que possamos olhar mais horizontalmente e menos verticalmente, fazendo com
que os ensinamentos religiosos desçam ao coração e comandem as mãos, em prol do
nosso semelhante.
Vamos buscar ocupar a nossa mente com assuntos mais agradáveis aos olhos de
Deus. Sejamos senhores e não servos dos nossos pensamentos. Doe alimentos, roupas, brinquedos. Lembre-se: tudo aquilo que você tem em casa
e não usa, tem dono.
Cuidado ao desejar
grandes fortunas, pois
daremos conta do mau uso
feito dela. Deus não lhe dá
dinheiro para você ser feliz e
sim, para ver o que você vai
fazer para melhorar o mundo
em que vive. O dinheiro é uma
ferramenta e, como tal, deve
ser muito bem utilizado.
Ditado africano: enquanto reza, mexa os pés, ou seja, ao solicitar a ajuda Divina, faça a sua parte. O homem só é infeliz porque se afasta das Leis de Deus.
Procure filtrar mais os ambientes que você freqüenta, as músicas que você escuta
e algumas amizades, criando ao redor de si mesmo uma esfera de vibração positiva.
Que você e os seus familiares tenham um ano repleto de paz, saúde e
prosperidade!
Por Antonio Guedes
MINHA PRECE PARA 2011
Neste ano que se inicia, abra os meus olhos, os meus ouvidos, os meus sentidos
e o meu coração. Que eu veja além do comum.
Que eu enxergue, através dos homens, o que há de melhor em cada um.
Que eu ouça somente as palavras bonitas. Que eu sinta apenas as coisas boas.
Que eu seja mais do que um simples mortal.
Que eu seja eterno como eterna deve ser a esperança.
Que eu seja maior que a própria vontade de crescer.
Que eu queira mais do que o próprio querer.
Que eu seja mais do que esperam de mim.
Que eu possa expandir felicidade e perceber na simplicidade o valor de todas as
coisas.
Que eu seja a semelhança do bem.
Que todos que de mim se aproximarem pressintam o amor que tenho a oferecer.
Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011 3
Que eu nunca cobre nada dos outros, mas cobre de mim. Que eu consiga me doar
sem esperar agradecimento.
Que eu seja simples e grandioso, como simples e grandiosa é a criação. Que eu
permaneça voltada ao que é bom e precioso – a vida em toda a essência de sua grandeza.
E assim, serei humano e feliz, humilde e poderoso, amante e amado.
Estarei pronto e de braços abertos para colher os frutos de um novo tempo, que espera
mais compreensão e tolerância de cada um para todos os seres do universo.
Assim, teremos a verdadeira comunhão entre o ser e o mundo que o acolhe –
todos os seres inteirados, respeitando o espaço comum. E o mundo ficará bem melhor e
eu terei feito apenas, uma parte de tudo isso.
Aquela pequena parte que poderá ser a grande diferença.
Que eu tenha a felicidade de ver meus amigos e familiares unidos em um só
pensamento, o de amor, paz e harmonia.
Que eu tenha a felicidade de um ser privilegiado por sua bondade de encontrar no
ano que se inicia um mundo melhor para todos os seres do universo.
Então estarei em paz.
Que assim seja para mim e todos os que eu admiro
e partilham comigo sua amizade!
Feliz 2011!!!
Paz!
Por Márcia Tanus
UM FELIZ, MUITO FELIZ, 2011
É o que desejamos a todos, com muita paz, alegria e prosperidade. Que Deus
esteja sempre presente em tudo aquilo a que nos propomos realizar.
Agradeço imensamente aos diletos companheiros de ideal que foram os grandes
sustentáculos deste pequenino trabalho de divulgação. Vamos prosseguir sempre unidos, trabalhando serenos, confiantes e alegres para
alegrarmos a Jesus.
Por Ismael Gobbo
EVENTOS ESPÍRITAS DE UBERABA
TRATAMENTO ESPIRITUAL COM O MÉDIUM PAULO NETO O médium de cura Paulo Neto de Campinas-SP estará em Uberaba-MG para
realizar o “Tratamento Espiritual”.
O tratamento é gratuito e não há necessidade de marcar o tratamento, mas sim,
chegar no horário determinado. Trazer uma garrafa de água para fluidificar.
Confira os dias, horários e locais:
Dia 14/01/2011 (sexta-feira) – 15h
Sala de passes do Hospital Dr. Hélio Angotti
Rua Governador Valadares – Centro
Informações: 9998-2508 – Luis Antonio
Dia 14/01/2011 (sexta-feira) – 20h
Centro Espírita Joaquim Cassiano
Rua Tristão de Castro nº 210 – Centro
Informações: 9978-9559 – Lidroneta
Dia 15/01/2011 (sábado) – 8h
Centro Espírita Fé, Amor e Caridade
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Rua Alemanha nº 840 – Boa Vista
Informações: 3333-7563 – Vicença/Margarida
Dia 15/01/2011 (sábado) – 13h30min
Centro Espírita Obreiros do Bem Rua Colorado nº 49 – Residencial Estados Unidos
Informações: 8873-5825 – Machado
Dia 15/01/2011 (sábado) – 20h
Centro Espírita Aurélio Agostinho
Av. Lucas Borges nº 61 – Fabrício
Informações: 3312-6583/9935-6583 – Mauro/Eva
Dia 16/01/2011 (domingo) – 8h
Centro Espírita Caminho da Verdade
Rua Evaristo Felicíssimo nº 62 – Estados Unidos
Informações: 8841-6683 – Enercides "Cid"
Dia 16/01/2011 (domingo) – 14h
Centro Espírita Nosso Lar Rua Padre Eddie Bernardes Silva nº 830 – B. de Lourdes
Dia 16/01/2011 (domingo) – 20h
Centro Espírita Convívio Cristão
Rua Felício Abrão nº 700 – Parque São Geraldo
Informações: 9194-0628 – Alberto
CURSO: “PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA NA VISÃO
ESPÍRITA”
Promoção: Casa da Cultura Espírita de Uberaba
Datas: 8/01, 15/01, 22/01, 29/01 e 05/02 de 2011 (aos sábados).
Horário: 14h às 17h.
Carga Horária: 16 horas.
Objetivo: Capacitar espíritas para atuarem como multiplicadores deste tema nas Casas Espíritas.
Público alvo: Pessoas com idade mínima de 15 anos.
Local: Casa da Cultura Espírita de Uberaba (Rua Taufik Facure nº 285 – Vila Celeste –
Uberaba-MG)
SEMINÁRIO “O PASSE E MEDIUNIDADE CURADORA”
Dia: 11/01/2011 – terça-feira
Horário: 20h
Local: Centro Espírita Aurélio Agostinho (Av. Lucas Borges nº 61 – Uberaba-MG)
Expositor: Cezar Carneiro
Conclusão do estudo: 08/02/2011
Não é necessário fazer inscrição.
EVENTOS ESPÍRITAS DO BRASIL
Evento: I SIMPÓSIO CATARINENSE SOBRE MEDIUNIDADE
Data: 08 de janeiro de 2011
Horário: Das 9h às 20h
Informações: Inscrições pelo site www.fec.org.br
Evento: PALESTRA ESPÍRITA COM JOSÉ RAUL TEIXEIRA
Data: 20 de janeiro de 2011
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Horário: 19h30min
Local: Salão Social do Nosso Clube (Rua Major Antonio Augusto Botelho s/nº - em
frente ao Tiro de Guerra – Vila Paraíso – Limeira-SP)
Informações: Lúcia Rodrigues (19) 3452-9075 / Newton (19) 3441-1275 / Banca do Livro Espírita Luz e Saber (19) 3441-1314
EM DIA COM O ESPIRITISMO
MAIS UMA MOCIDADE ESPÍRITA EM UBERABA
Inicia-se no dia 8 de janeiro de 2011, a Mocidade Espírita Caminho da Verdade,
vinculada na Casa Espírita Caminho da Verdade (Rua Evaristo Felicíssimo nº 72 – Estados Unidos – Uberaba-MG).
As reuniões acontecerão aos sábados às 9h30min.
Mais informações na Livraria Espírita Emmanuel (Rua Artur Machado nº 288, sala
4, telefone: 3312-8327 ou na Banca do Livro Espírita Maria Dolores (Pça. Henrique
Kruger nº 60, telefone: 3316-6050, ou e-mail: [email protected].
ESTUDOS SISTEMATIZADOS 2011 EM UBERABA
Curso Básico de Espiritismo estuda-se as obras de Allan Kardec e Chico Xavier. O
Projeto é da Federação Espírita Brasileira.
Grupo Espírita Mercedes Chaves (Rua Segismundo Mendes nº 50 – Centro)
Sábado – 15h30min, com início dia 05/02/2011.
Casa da Cultura Espírita de Uberaba (Rua Tocantins nº 285 – Vila Celeste)
Segunda-Feira – 19h30min, com início dia 07/02/2011. Inscrições: Livraria Espírita Emmanuel (Rua Artur Machado nº 288 – Edifício Fausto
Salomão – sala 4 – Centro – Telefone: 3312-8327. Banca do Livro Espírita Maria Dolores
(Praça Henrique Kruger nº 60 – Centro – telefone: 3316-6050). E-mail:
DIRETOR DE NOSSO LAR JÁ PENSA EM LEVAR OS MENSAGEIROS AO CINEMA
“Nosso desafio agora é abrir ainda mais essa temática: fazer um filme que possa
ser visto por mais de 4 milhões de pessoas”.
Jornalista de formação,
trabalhando com cinema desde
1995, quando foi estudar
roteiro e direção nos Estados Unidos, Wagner de Assis, 39,
encerrou 2010 feliz com o
resultado de Nosso Lar, que
buscou, segundo diz, abrir para
todas as pessoas o tema vida
depois da vida. “Foi um furacão
que não destruiu, mas que
mexeu com os pensamentos e
sentimentos do público. E,
espero, construiu alguma coisa
no coração das pessoas. Nosso
Lar, com qualidade técnica
inquestionável, que marcou um novo tempo para efeitos visuais na nossa produção, propiciou que pessoas fossem ao cinema mais de uma vez, juntou famílias e até deu
Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011 6
motivos para que aqueles que não iam a salas de cinema há mais de 20 anos lá
voltassem”, avalia.
Assis, que se autointitula um espírita-cristão que gosta de comungar com todas as
religiões pelo bem, “conforme nos ensina o próprio Espiritismo”, não quer parar por aí. Seguindo a proposta do autor espiritual André Luiz, afirma que a tendência é que leve
histórias do livro Os Mensageiros para as telas. “Mas ainda estamos estudando como
fazer isso”, pondera.
Folha Espírita – Qual sua trajetória antes de Nosso Lar?
Wagner de Assis – Depois de estudar nos Estados Unidos, trabalhei por dez anos
no Departamento de Comunicação da TV Globo. Em 1997, concomitantemente, fundei a
Cinética Filmes e Produções, que, inicialmente, servia para me amparar juridicamente
nos trabalhos iniciais. E eles foram roteiros para a apresentadora Xuxa Meneghel, de
televisão a quatro longas-metragens. Depois, fiz meu primeiro filme como diretor: A
Cartomante, baseado num conto do Machado de Assis. E, agora, Nosso Lar. Nesse meio
termo, escrevi algumas biografias para a Coleção Aplauso da Imprensa Oficial, além de
outros projetos de cinema e TV, como a minissérie sobre a vida do Marechal Rondon, que entra em pré-produção agora em janeiro.
FE – E os não espíritas?
Que retorno você teve sobre
o filme com o público não
espírita?
Assis – Acho que a
maioria gosta da história,
mesmo sem entender “suas
profundidades”. Vejo que
gerou questionamentos,
críticas, até virulentas,
daqueles que não aceitaram a filosofia que permeia a história, mas que entendemos
fazer parte do jogo cultural mesmo. Interessante ver todas as pessoas comentarem que as casas espíritas estão cheias, que nunca se vendeu tantos livros sobre o tema. Claro
que isso não é obra do filme Nosso Lar. É obra dos tempos em que vivemos. E nós
somos apenas partícipes dele. Como nos disseram, “os tempos são chegados”.
FE – O ano termina com qual audiência no filme?
Assis – O filme termina sua carreira nos cinemas com mais de 4 milhões e 61 mil
espectadores. É a quarta maior bilheteria da história do cinema brasileiro. E, em
ingressos vendidos, o quinto lugar nos últimos 20 anos. Passou em todos os Estados
brasileiros, em mais de 550 cidades. E, agora, vem a sequência, com o DVD e TVs, de
pagas a abertas. Um filme é eterno. Isso é mágico. Ele é maior que todos nós. A história
já era maior que todos nós.
FE – O filme repercutiu fora do País?
Assis – Sim. Tanto que estamos negociando colocá-lo nos Estados Unidos, que é o mercado mais competitivo do mundo. Nossa intenção é estrear em um circuito bem
direcionado nas principais cidades americanas, e convocar todos os brasileiros que
moram na América a ir ver o filme, a resgatar o que eles têm de melhor: a fé. E ainda
estaremos negociando o filme com todos os países possíveis a partir deste mês, com um
agente de vendas bem direcionado. Ou seja, 2011 continua pleno para o filme.
FE – 2010 foi o ano do cinema espírita. Como você vê esse fato e os demais
lançamentos?
Assis – Acho que o cinema é cinema e as pessoas vão para ver “uma boa história”
e ponto. Não tenho certeza se já podemos dizer que há um novo gênero chamado
espírita. Mas tenho certeza que as pessoas querem ver histórias cujos temas envolvam
a espiritualidade. E por isso elas voltam a ser exibidas com força – um tema que nunca
Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011 7
saiu realmente de cartaz. Mas não nos enganemos. O público sabe separar exatamente
o que é bom do que é feito “para aproveitar uma tendência” e sem “base”. Só que agora
parece que as pessoas querem respostas mais objetivas, e não apenas fantasias ou
dramas que valorizem um ou outro aspecto de uma verdade que é ampla, irrestrita e está pronta para ser compartilhada com a grande maioria através dos meios de
comunicação de massa. Quem sabe daqui a cinco anos tenhamos a possibilidade de
juntar vários filmes bons, com bons resultados, e entender o que os faz serem partes de
um novo gênero? É possível sim, mas é preciso muito trabalho.
FE – Passado o centenário de Chico Xavier, termina tudo por aí?
Assis – Pelo contrário, né? Tudo começa agora! O futuro chegou! Estamos
realmente começando a conceber um próximo filme, baseado numa continuação do
Nosso Lar, seguindo a proposta do próprio André Luiz, autor espiritual. Inicialmente,
nossa tendência é levar histórias do livro Os Mensageiros para as telas. Mas ainda
estamos estudando como fazer isso, quais parceiros devem se unir, enfim, é uma nova
jornada e o barco ainda não foi para a água. Mas já está no estaleiro, começando a
embarcar nossos sonhos e desejos. Nosso desafio agora é abrir mais ainda essa temática: fazer um filme que possa ser visto por mais de 4 milhões de pessoas. Temos
um número que é uma bandeira. E agora é hora de fincar outras bandeiras. De fazer
uma nova viagem. Temos o livro de bastidores do filme sendo vendido pela FEB e pelas
editoras responsáveis. É uma forma que encontramos de compartilhar, sem interesses
financeiros, a magia e o processo de trabalho do filme. Há fotos lindas, imagens de
antes e depois... E temos também à venda, dentro dos mesmos conceitos
mercadológicos, o CD com a trilha sonora, composta pelo americano Philip Glass e
gravada pela primeira vez na história pela Orquestra Sinfônica Brasileira.
Publicado por Folha Espírita, São Paulo, janeiro 2011.
Transcrito do “Noticias do Movimento Espírita” – 06 de janeiro de 2011
PALESTRAS – VÍDEOS – ENTREVISTAS – NOTÍCIAS –MÚSICAS
Assista e participe da mais nova WEB TV Espírita do Brasil, a Web TV A Caminho da Luz.
Transmissões ao vivo toda sexta-feira, das 20h às 22h.
E em breve muitas outras opções de entretenimento e estudo espírita.
Acesse: www.tvacaminhodaluz.com.br.
ASSOCIAÇÃO DE DIVULGADORES DO ESPIRITISMO NO ESTADO DE SERGIPE
Acesse o site www.ade-sergipe.com.br e encontre lindas mensagens de auto-
ajuda Rádio Online.
Confira também as palestras, conferências, mensagens em PowerPoint dentre
outros materiais muito importantes para os estudos espíritas.
DVD DO IX FEMEU O DVD do IX FEMEU – Festival de Música Espírita de Uberaba, realizado no dia 13
de novembro, já está disponível na Livraria Espírita Emmanuel (Rua Artur Machado nº.
288 – sala 04 – Centro / Telefone: 3312-8327), e os interessados podem assistir ou
pegar para copiarem.
BIBLIA DO CAMINHO
A “Biblia do Caminho” é uma compilação de todas as obras de Allan Kardec e
de Francisco Cândido Xavier e uma versão completa do Antigo e Novo
Testamentos, sendo todos os livros e textos inter-relacionados através de um Índice
temático.
Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011 8
A última versão da “Bíblia do
Caminho” traz o ESDE – Estudos
Sistematizados da Doutrina Espírita, versão
completa. Acesse agora o site:
www.bibliadocaminho.com.br e instale
já em seu micro. Você pode acessar
também os sites: www.bibliaespirita.com;
www.espiritismocristao.com.br;
www.doutrinaespirita.com;
www.ocaminho.com.
CAMPANHAS DE SOLIDARIEDADE
HOSPITAL DO FOGO SELVAGEM PEDE AJUDA
Conhecido por espíritas e não-espíritas por seu trabalho
de auxílio ao próximo, sobretudo a portadores da grave
doença dermatológica pênfigo-foliáceo, o popularmente
chamado “fogo-selvagem”, o Lar da Caridade, de Uberaba, no
Triângulo Mineiro, está enfrentando sérias dificuldades.
Fundado em 1957, vive hoje um dos seus momentos
mais delicados, sobretudo por conta da crise mundial, que
levou muitos colaboradores a suspenderem as suas
contribuições. Para se ter uma idéia da gravidade da situação,
a folha de pagamento da instituição está em aberto
desde janeiro e as dívidas
ao mês podem chegar a
R$55 mil.
Se algo não for feito rápido, o futuro do Lar
pode até estar ameaçado.
O Lar da Caridade – Hospital do Fogo Selvagem
é presidido atualmente por Ivone Aparecida Vieira da
Silva, neta de Dona Aparecida, cuja instituição está
localizada na Rua João Alfredo, 437 – Abadia – CEP
38025-300 Uberaba, MG. Doações, de qualquer
valor, podem ser feitas pelas seguintes contas-correntes: 3724-9, agência 3278-6, do Banco do Brasil; e 14572-6, agência 0264-0, do Bradesco. O CNPJ da
instituição é 25440835/0001-93. Outras informações, pelo telefone (34) 3318-2900 ou através dos correios eletrônicos [email protected] e [email protected].
O SANATÓRIO ESPÍRITA PEDE SOCORRO!!! O Sanatório Espírita de Uberaba – SEU, foi
fundado em 31/12/1933, pela estimada Maria
Modesta Cravo. Atualmente o Sanatório possui 120
leitos e com uma média de 130 internações por mês.
Para garantir todo esse tratamento, o Sanatório
conta com uma equipe de 92 funcionários, além das
12 equipes de médiuns passistas que fazem o
tratamento espiritual de segunda-feira a sábado nos
períodos matutino e noturno.
Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011 9
O Sanatório está passando por dificuldades financeiras,
por isso, lançou a campanha “O Sanatório Espírita Pede
Socorro”.
Se você desejar ajudar o Sanatório Espírita de Uberaba, faça sua doação na Conta Poupança do Sanatório
Espírita de Uberaba – Caixa Econômica Federal –
Agência: 1538 – Conta: 013.7394-6.
Para efetuar transferência bancárias, o CNPJ é:
25.445.347/0002-50.
Outras informações pelo telefone (34) 3312-1869 com
Marcio Roberto Arduni – Diretor Administrativo do Sanatório
Espírita de Uberaba.
ESTUDO
DEUS: O PAI DO MAL?(*1)
Muitas teorias concebeu a humanidade em suas diversas fases de pensamento
científico e filosófico acerca da origem do mal. Grande parte destas concepções estão
relacionadas a uma idéia de Deus, seja Ele antropomórfico ou não, excetuando-se,
obviamente, o pensamento materialista, que reduz a dimensão dos males ao acaso
cósmico ou às dinâmicas sociais exclusivamente. Destas composições de pensamento
sobre o mal, algumas se destacam,
seja no âmbito do pensamento
filosófico, seja no do religioso. Destacaremos aqui três destas
composições, priorizando,
naturalmente, aquelas que assumem a
existência de Deus, uma vez que a
visão reducionista-determinista do
materialismo nada tem a argumentar
sobre a origem do mal, focando-se nos
efeitos, quando nosso objetivo aqui é
tratar das causas.
Remetendo-nos portanto ao
pensamento religioso acerca das
causas do mal, que é efetivo, real e perceptível no mundo,
independentemente da temporalidade histórica, perceberemos a princípio duas
explicações bem aceitas, mas que procuraremos desconstruir aqui. A primeira
predomina no Oriente: é a teoria do “yin e yan”, que resumidamente propõe a
existência de duas forças em a natureza: a do bem e a do mal; o equilíbrio dessas duas
forças gera uma neutralidade, na qual a harmonia é possível, enquanto que o
desequilíbrio traz a predominância de uma das forças em cada ser; essa seria a
explicação para a natureza boa ou má que cada um apresenta. A visão desse viés
interpretativo mostra a noite como oposto ao dia, o frio enquanto oposição do calor, a
dor como expressão contrária à felicidade. Porém, conforme veremos a seguir, a visão
espírita de Deus nos traz uma nova lente a essa questão, argumentando que a suprema
justiça da Lei Universal não poderia planejar uma oposição organizada ao bem e ao belo
(que são mais que expressões, são metas invariáveis a todos nós). A segunda percepção da causa do mal é aquela que no popular é tida como a
concepção cristã da justiça de Deus: um anjo caído, uma criatura revoltada contra a
Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011 10
Criação teria criado (com a permissão do Criador) uma
bipolaridade, disputando mesmo as outras criaturas,
através daquilo que convencionou-se chamar tentação.
O Diabo ou Lúcifer, Satanás, Arimane (ou outro das dezenas de nomes atribuídos a esse suposto ser) seria
o responsável pela criação e manutenção do mal na
Terra. Em alguns momentos, inclusive, ele trabalharia
prestando serviços ao próprio Deus, pois a criatura que
caísse em suas artimanhas seria menos uma a
preocupar a divindade.
Tanto na Filosofia admitida por parte do Oriente,
quanto nessa que acima descrevemos, que é
predominante em nosso meio, uma vez que a Igreja
Católica foi sua mãe e o Movimento Protestante o pai, o
que há é a admissão de um Deus imperfeito. Ora, se a
potência rival e concorrente está submetida à Deus, esse já não pode ser o modelo de bondade, pois estaria
assumindo a necessidade da maldade; se fosse essa
potência autônoma e independente da divindade, teria
o mesmo poder que Deus, e em tal caso não
presenciaríamos no Universo, na Natureza, uma
uniformidade tão clara de leis e princípios.
Kardec demonstra que “Sendo Deus o princípio de
todas as coisas, e sendo esse princípio todo sabedoria,
todo bondade, todo justiça, tudo o que dele procede
deve participar desses atributos(...)”.
Mas nesse ponto, o leitor amigo, sobretudo o
neófito em Doutrina Espírita, pode estar raciocinando:
mas o mal é real, concreto, sensível; e se Deus não o criou, assim como não criou um ser dotado de poderes
paralelos à sua bondade infinita, quem o fez? E mais:
se Deus só criou o bem, porque permite o mal?
E mais uma vez responderemos com Kardec,
percebendo que “(...)Se o homem se adaptasse
rigorosamente às leis divinas, não há dúvida de que
evitaria os males mais agudos e de que viveria feliz na
Terra(...)”
Reflitamos um pouco, irmãos, e veremos que a
grande maioria dos males que nos abatem tem causa
na insaciedade e no egoísmo humano. Assim, o mal
seria, na acepção espírita, a ausência do bem, ou ainda: um desvio que empreendemos em relação ao
Plano de Deus para a humanidade. Sempre que houver
falta de altruísmo, lá estará o egoísmo; onde quer que
haja competição, impossível a cooperação; se aqui ou
acolá jaz o individualismo, inviável a legítima
fraternidade.
Kardec raciocina ainda sobre a percepção de que
há males inevitáveis à humanidade, que estão no
âmbito dos flagelos naturais, independentes de toda
prudência, ciência ou planejamento material(*2) e
esses sim estão no escopo da Lei de Deus, que nos
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impulsiona ao progresso, pelo desenvolvimento da inteligência. Mas ainda assim não
estamos autorizados a tratar esses fenômenos como fruto do mal, mas de um bem que
temporariamente tratamos como mal, seja pela limitação de nossas faculdades, seja
pela referência que tomamos na análise da questão, normalmente jungida às convenções que criamos e dependentes dos interesses artificiais que norteiam nossa
organização social.
A realidade está posta meus amigos: o próprio homem é o algoz do homem! Se
podemos perceber o mal como realidade ainda em nosso meio, é porque temos nos
afastado do Bem, e nossa consciência nos lembra disso a todo momento, pois sabemos
(apesar de fazermos de tudo para fugir desse fato) quando temos responsabilidade
sobre um ato.
Mas Deus, que é Todo sabedoria e justiça, sabe fazer do mal que criamos, o Bem,
pois chega um momento em que o excesso do mal torna-se intolerável, o que faz com
que o homem sinta a necessidade de mudar de vida, revendo e reescrevendo sua
história, conforme nos aponta o próprio Allan Kardec e a Doutrina Espírita.
Que possamos rever então nossos atos, liberando Deus da autoria do mal, que definitivamente não o pertence!
Por Saulo Alves Monteiro – Rio de Janeiro-RJ
Fontes:
(*1) Baseado em “A Gênese”, de Allan Kardec – capítulo III (O Bem e o Mal).
Origem do bem e do mal. Edições Leon Denis.
(*2) é claro que não tratamos aqui dos desastres ambientais modernos, como
os efeitos do modelo de produção capitalista, justificados mais uma vez pelo
egoísmo humano, questão ainda de moralidade, mas sim de questões
independentes da moralidade, como um abalo sísmico, por exemplo.
JUVENTUDE
O JOVEM E O EVANGELHO
Nenhum espírito
reencarna com a única
finalidade de expiar. O
objetivo precípuo da
encarnação é o
progresso. A destinação
da perfeição é a lei divina. Todos lá
chegaremos. O
Evangelho no-lo diz em várias passagens: “Nenhuma das ovelhas de meu Pai se
perderá”, “Sois deuses” ou “Sede perfeitos...”. No entanto, na senda do crescimento,
nas lições diuturnas, ao lado de todas as bênçãos de oportunidades que a vida nos dá,
temos também a “presença do passado”. Nossos desacertos, comprometimentos com
pessoas, natureza, etc., criam situações, a rigor não propriamente de castigos, mas de
oportunidades de harmonização ou quitação com as leis da vida.
A perfeição espiritual implica em pleno conhecimento ou sabedoria e amor ou
moralidade em tudo. Assim, no perpassar das encarnações aprendemos a administrar
todas as situações e posições do homem frente a vida, em trabalhos contínuos que
tornamos, por vezes, estafantes. Ainda que encarnássemos sem trazer nenhuma dívida
do passado, teríamos, ainda sim, batalhes e lutas. É o custo do aprendizado, já que o progresso não é de graça, mas conquista feita com labor e suor. Dessarte, estudar e
trabalhar é necessidade de todos.
Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011 12
A juventude, fase de definições das mais importantes da experiência carnal, é
marcante, sensível e instável no processo de estruturação da encarnação. É a ocasião
em que o espírito manifesta suas tendências, pendores, vícios e virtudes, ou seja, suas
condições do passado. É claro que muita coisa pode já ter sido modificada em sua infância moldável pela atuação dos pais. É sabido, contudo, que o corpo físico empana,
sobretudo na infância, os reais caracteres de sua alma, e que somente na juventude ela
mostrará o que é. É assim por exemplo, que não é raro acontecer de certos pais muito
fazem pela orientação e bons costumes de seus filhos desde a infância e, no entanto, ao
chegar a adolescência e juventude, eles apresentarem atitudes assustadoras no
comportamento, levando os pais a estas observações: estou desconhecendo este
menino; onde foi que aprendeu isso? Não foi o que lhe ensinamos.
Ao lado do estudo e do trabalho, vem a necessidade de socialização,
relacionamentos e diversões. Nada mais natural e justo. Nessa fase, muitos jovens
dizem: é preciso aproveitar a vida, pois é curta e precisamos curti-la. Realmente, a vida
tem de ser aproveitada, mas nem sempre como é entendido por aí. A Doutrina Espírita
não nos proíbe de nada e nem quer que sejamos pessoas fechadas e isoladas. Devemos ser alegres, divertir-nos e interarmos com a sociedade, desde que não nos
comprometamos. Nossa presença nessas situações deve refletir noções evangélicas com
exemplos e atitudes. Comportamento assim, para muitos, será “quadrado”, mas a
existência e porvir nos
mostrarão as vantagens
efetivas e permanentes,
dando a “cada um
segundo suas obras”.
A porta larga, cheia
de tentações, está cada
vez mais escancarada.
Não podemos esquecer,
ainda aí, que quando somos tentados a alguma
coisa é porque temos,
dentro de nós, o “ímã”
que atrai ou nos liga à
essa coisa. Nossa
vontade é soberana, temos livre-arbítrio, a decisão sempre nossa, e a responsabilidade
também.
Onde o equilíbrio entre situações diversas? Nada melhor para nos mostrar o
caminho que o Evangelho. Estudá-lo e vivê-lo não é “careta”. É segurança e harmonia
com as leis da vida.
Jovens, vejamos na Doutrina Espírita e no seu movimento, a restauração da Boa
Nova, o descortínio da Verdade que abrem nossos pequenos olhos para visão da grandeza celeste. Ela trás as luzes do alto para as sombras da Terra. Discernimento e
boa vontade com decisão nos levarão a contemplar, à luz dessa doutrina consoladora,
os mais amplos horizontes de paz e sabedoria, desde já, mas essencialmente na vida
futura.
Não nos detenhamos nos pequenos e passageiros obstáculos. Jesus lá está, no
alto, nos aguardando de braços abertos, esperando que abracemos de vez seu
Evangelho.
Por – Laerte de Paul – Uberlândia-MG
Transcrito da “A Flama Espírita” – Novembro/Dezembro de 2010 – nº
2.788
Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011 13
LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER
CASO 11 – O ENTUSIASMO APAGADO
Em fins de 1927, o “Centro Espírita Luiz Gonzaga”, então
sediado na residência de José Cândido Xavier, que se fez presidente
da instituição, estava bem freqüentado.
Muita gente.
Muitos candidatos ao serviço da mediunidade.
Muitas promessas.
José era irmão do Chico e na residência dele realizavam-se as
sessões públicas nas noites de segundas e sextas-feiras. Em cada reunião, ouviam-se exclamações como:
– Quero ser médium psicógrafo!...
– Quero desenvolver-me na incorporação!...
– Precisamos trabalhar muito...
– Não será interessante fundar um abrigo ou um hospital?
O entusiasmo era grande quando, em outubro do mesmo ano, chegou a Pedro
Leopoldo Dona Rita Silva, sofredora mãe com quatro filhas obsediadas. Vinham ela e o
irmão Saul, tio das doentes, da região de Pirapora, zona do Rio São Francisco, no norte
mineiro.
As moças, em plena alienação mental, inspiravam compaixão. Tinham crises de
loucura completa. Mordiam-se umas às outras. Gritavam blasfêmias. Uma delas chegara
acorrentada, tal a violência da perturbação de que era vítima.
O espírito de Dona Maria João de Deus explicou pela mão do Chico: – Meus amigos, temos desejado o trabalho e o trabalho nos foi enviado por Jesus.
Nossas irmãs doentes devem ser amparadas aqui no Centro. A fraternidade é a luz do
espiritismo. Procuremos servir com Jesus.
Isso aconteceu numa noite de segunda-feira.
Quando chegou a reunião da sexta-feira, José e Chico Xavier estavam em
companhia das obsediadas sem mais ninguém.
Transcrito do livro “Lindos Casos de Chico Xavier” de Ramiro Gama.
CHICO XAVIER RESPONDE
CIGARRO – I
Pergunta – A ação negativa do cigarro sobre o perispírito do fumante
prossegue após a morte do corpo físico? Até quando?
Chico Xavier: – O problema da dependência continua até que a
impregnação dos agentes tóxicos nos tecidos sutis do corpo espiritual
ceda lugar à normalidade do envoltório perispirítico, o que, na maioria
das vezes, tem a duração do tempo correspondente ao tempo que o
hábito perdurou na existência física do fumante. Quando a vontade do
interessado não está suficientemente desenvolvida para arredar de si o
costume inconveniente, o tratamento dele, no Mundo Espiritual, ainda exige quotas diárias de sucedâneos dos cigarros comuns, com
ingredientes análogos aos cigarros terrestres, cuja administração ao paciente diminui
gradativamente, até que ele consiga viver sem qualquer dependência do fumo.
Resposta de Emmanuel, através do Chico Xavier, dada a entrevista feita pelo
jornalista Fernando Worm, em agosto de 1978, inserida no livro Lições de
Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011 14
Sabedoria – Chico Xavier nos 23 anos da Folha Espírita, escrito por Marlene R.
S. Nobre.
CIGARRO – II
Pergunta – Como descreveria a ação dos componentes do cigarro no perispírito de
quem fuma?
Chico Xavier: – As
sensações do fumante
inveterado, no Mais Além,
são naturalmente as da
angustiosa sede de
recursos tóxicos a que se
habituou no Plano Físico, de
tal modo obsecante que as melhores lições e surpresas
da Vida Maior lhe passam quase que inteiramente desapercebidas, até que se lhe
normalizem as percepções.
O assunto, no entanto, no capítulo da saúde corpórea deveria ser estudado na Terra
mais atenciosamente, de vez que a resistência orgânica decresce consideravelmente
com o hábito de fumar, favorecendo a instalação de moléstias que poderão ser
claramente evitáveis.
A necropsia do corpo cadaverizado de um fumante em confronto com o de uma pessoa
sem esse hábito estabelece clara diferença.
Entrevista feita pelo jornalista Fernando Worm, em outubro de 1978,
inserida no livro Lições de Sabedoria – Chico Xavier nos 23 anos da Folha
Espírita, escrito por Marlene R. S. Nobre.
DROGAS
Pergunta – Nair Belo, no programa da Hebe, em janeiro de 1986, lamentou a
existência de grande quantidade de jovens que estão fazendo uso de drogas, e
perguntou ao médium o porquê desse desastre.
Chico Xavier: – O tóxico é o irmão mais sofisticado da cachaça, através da qual
também nós temos perdido muita gente.
A fascinação pelo tóxico é a necessidade de amor que o jovem tem. Mesadas grandes
que não são acompanhadas de carinho e de calor humano paterno geram conflitos
muito grandes. Muitas vezes a privação do dinheiro, o trabalho digno e o afeto vão construir uma vida
feliz.
Extraído do livro “Lições de Sabedoria – Chico Xavier nos 23 anos da Folha
Espírita”, escrito por Marlene R. S. Nobre.
A LEI DO TRABALHO
Pergunta – Se o senhor tivesse que dar uma mensagem a uma criança, ou mesmo a
um filho, para que ele pudesse vencer espiritualmente na vida, o que diria?
Chico Xavier: – Se eu tivesse um filho (tive na minha vida algumas crianças que cresceram sob a minha responsabilidade), ensinaria nos primeiros dias de vida desse
filho o respeito à existência de Deus e o respeito à justiça e amor ao trabalho. E, em
seguida, ensinaria que ele não seria, e não será, melhor do que os filhos dos outros.
Reportagem dos jornalistas Airton Guimarães e José de Paula Cotta, do jornal
“Estado de Minas”, publicado nas edições de 8, 9, 10 e 12 de julho de 1980.
Transcrito do livro Chico Xavier – Mandato de Amor, editado pela União Espírita
Mineira - Belo Horizonte, Minas Gerais.
Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011 15
VIOLÊNCIA
Pergunta – Chico, estamos diante de uma onda crescente de violência em todo o
mundo. A que os espíritos atribuem essa ocorrência?
Gostaria que você se detivesse também no problema dessa corrida da população às armas, para a defesa pessoal. Como você vê tudo isso?
Chico Xavier: – Temos debatido esse problema com diversos amigos, inclusive com
nossos benfeitores espirituais e eles são unânimes em afirmar que a solidão gera o
egocentrismo e esse egocentrismo exagerado reclama um espírito de autodefesa muito
avançado em que as criaturas, às vezes, se perdem em verdadeiras alucinações.
Então a violência é uma conseqüência do desamor que temos vivido em nossos tempos,
conforto talvez excessivo que a era tecnológica nos proporciona. A criatura vai se
apaixonando por facilidades materiais e se esquece de que nós precisamos de amor,
paciência, compreensão e carinho. A ausência desses valores espirituais vai criando essa
agressividade exagerada no relacionamento entre as pessoas ou entre muitas das
pessoas no nosso tempo.
De modo que precisaríamos mesmo de uma campanha de evangelização, de retorno ao Cristianismo em sua feição mais simples para que venhamos a compreender que não
podemos pedir assistência espiritual a um trator de esteira, não podemos pedir socorro
a determinados engenhos que hoje nos servem como recursos de pesquisas em pleno
firmamento, nós precisamos desses valores de uns para com os outros.
Quando nos voltarmos para o sentimento, para o coração, acreditamos que tanto a
violência, como a corrida às armas para defesa pessoal decrescerão ao ponto mínimo e
vamos extinguindo isso, pouco a pouco, à medida que crescemos em manifestações de
amor, reciprocamente.
Entrevista feita em junho de 1980 por Marlene R. S. Nobre, transcrita no livro
de sua autoria “Lições de Sabedoria - Chico Xavier nos 23 anos da Folha
Espírita”
MENSAGEM ESPÍRITA
CARTA DE ANO BOM
Entre um ano que se vai
E outro que se inicia,
Há sempre nova esperança,
Promessas de Novo Dia...
Considera, meu amigo, Nesse pequeno intervalo,
Todo o tempo que perdeste
Sem saber aproveitá-lo.
Se o ano que se passou
Foi de amargura sombria,
Nosso Pai Nunca está pobre
Do pão de luz da alegria.
Pensa que o céu não esquece
A mais ínfima criatura,
E espera resignado
O teu quinhão de ventura.
Considera, sobretudo
Que precisas, doravante, Encher de luz todo o tempo
Da bênção de cada instante.
Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011 16
Sê na oficina do mundo
O mais perfeito aprendiz,
Pois somente no trabalho
Teu ano será feliz. Não esperes recompensas
Dos bens da vida terrestre,
Mas, volve toda a esperança
A paz do Divino Mestre.
Nas lutas, nunca te esqueça
Deste conceito profundo:
O reino da luz de Cristo
Não reside neste mundo.
Não olhes faltas alheias,
Não julgues o teu irmão,
Vive apenas no trabalho
De tua renovação. Quem se esforça de verdade
Sabe a prática do bem,
Conhece os próprios deveres
Sem censurar a ninguém.
Ano Novo!... Pede ao Céu
Que te proteja o trabalho,
Que te conceda na fé
O mais sublime agasalho.
Ano Bom!... Deus te abençoe
No esforço que te conduz
Das sombras tristes da Terra
Para as bênçãos de Jesus.
Pelo Espírito Casimiro Cunha – Psicografia de Chico Xavier
TRABALHO IMPORTANTE
COMUNHÃO ESPÍRITA CHICO XAVIER
História
Não se sabe ao certo quando começaram a se reunir os nossos fundadores,
mas segundo um antigo Livro Ata de nossa Casa Espírita, formou-se uma
diretoria em vinte e dois de setembro de mil novecentos e quarenta e oito, visando administrar o então “Centro Espírita Deus, Amor e Caridade”.
A reunião realizou-se em residência do Sr. Joaquim de Oliveira Branco, à
Rua Desembargador Emílio Povoa, 235, por convocação deste mesmo senhor.
Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011 17
Conta-nos o Livro Ata que fora convocada a antiga diretoria do Centro Espírita
“Deus, Amor e Caridade” e estudiosos da Doutrina Espírita.
Neste dia, formou-se a seguinte direção: Presidente – Aiçor Fayad, vice-
presidente – Balduíno de Castro; Tesoureiro Procurador – Alcebíades de Souza Almeida; Orador – Joaquim de Oliveira Branco; Zeladoras – Geralda Quintino de
Queiroz e Nair de Castro.
Nesta época, as reuniões aconteciam da seguinte forma: às segundas-
feiras, sessão de desenvolvimento mediúnico: às sextas-feiras, sessão de “cura
aos doentes”, e aos domingos, sessão doutrinária e divulgação do Espiritismo.
“Ao longo de sua história, o nosso Centro Espírita realizou reuniões em
várias casas em Formosa, pois não tinha sede própria. Entre as pessoas que
cederam suas casas temos conhecimento do Sr. Aiçor Fayad, Sr. Joaquim de
Oliveira Branco e Sr. Edson de Abreu. Na casa desse último é que em treze de
Novembro de mil novecentos e cinquenta e um, reuniram-se irmãos espíritas de
Formosa para a fundação de um Centro Espírita e a eleição de sua diretoria.
A Escolha do Nome: Centro Espírita Jeovah
O nome Centro Espírita Jeovah de Formosa, Goiás, como foi chamado a
partir de 13 de novembro de 1951, merece um capítulo à parte. Nesta data, reuniram-se na casa do Sr. Edson de Abreu alguns estudiosos da Doutrina
Espírita sob a presidências do Sr. Açor Fayad, procedendo à prece e
posteriormente à eleição da diretoria para o ano seguinte, sendo eleita presidente
a Sra. Nair de Castro Guimarães.
Nesta mesma ocasião procedeu-se à escolha do nome do Centro que não
poderia permanecer sob a nomenclatura “Deus, Amor e Caridade”, pois segundo
citados Estatutos, deveriam estar presentes para isso dois terços dos irmãos da
antiga diretoria, o que foi impossível. Assim sendo, o Sr. Aiçor sugeriu que fosse
escolhido outro nome para representar o grupo. Aceita a sugestão apareceram como opções os nomes Bitencourt Sampaio e Joanna D‟Arc. Como não se
conseguia decidir, rogaram ao Pai Celestial, em prece, a Sua inspiração. Neste
momento, sentiram uma energia diferente e agradabilíssima, que anunciava a
chegada dos espíritos a quem pretendia homenagear. Joanna D‟arc agradeceu a
homenagem, mas considerou mais merecedor o mentor do grupo, Bitencourt Sampaio, a quem passou a palavra.
Este, por sua vez, aproveitou o ensejo
para ensinar, colocando que o nome não é
tão importante para os espíritos
desencarnados como para nós, pois os
nomes variam nas sucessivas encarnações, o
único nome imutável é o de “Deus”, tenha a
variação nominal que tiver.
Baseados nas colocações feitas resolveram, fazer um sorteio, incluindo as
duas sugestões iniciais e uma terceira: o
nome Jeovah. Que surpresa os tomou
quando foi sorteado o nome Jeovah! Tomados de emoção, unanimente acataram
o nome, que passou a vigorar.
Um novo nome, o mesmo espírito
Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011 18
Sob a designação Centro Espírita Jeovah e especialmente através do esforço
e dedicação de abnegados trabalhadores, por mais de meio século muito se
realizou em prol da comunidade formosense
em termos de assistência espiritual, moral e material.
Ao longo desse tempo, entretanto,
divisões ocorreram no seio de outras
religiões e o nome Jeovah se prestou para
identificar grupos religiosos sem qualquer
conotação e/ou vinculação com as Doutrina
Espírita. Com a intenção de evitar as
confusões daí decorrentes, a Diretoria optou
por levar o assunto para discussão em
assembléia extraordinária realizada no dia
15 de fevereiro de 2007, onde mediante o voto dos associados decidiu-se
substituir a denominação, Centro Espírita Jeovah, por Comunhão Espírita Chico
Xavier.
A medida além de solucionar a ambiguidade referente a denominação culminou por prestar justa homenagem ao grande expoente mundial da Doutrina
Espírita, o saudoso Francisco Candido Xavier. Atividades
Segunda feira: - Reunião Pública CoECX:
1. Atendimento Fraterno às 19h (é preciso agendar na recepção) 2. Biblioteca e Livraria a partir das 19h00 - CoECX 3. Palestras às 19h30min 4. Tratamento de Irradiação às 20h10min 5. Passe às 20h10min
Terça feira: - Estudos Sistematizados da Doutrina Espírita – ESDE:
1. 4ª e 5ª Fases às 19h30 – na CoECX 2. 2ª Fase A / 3ª, 6ª e 7ª Fases – às 19h30min na A. E. João Batista
Quarta feira: - Reunião Pública CoECX:
1. Atendimento Fraterno às 19h00 (é preciso agendar na recepção) 2. Biblioteca e Livraria a partir das 19h00 - CoECX 3. Palestras às 19h30min 4. Passe às 20h10min 5. Sessão Mediúnica (para os médiuns) às 20h30min
Quinta feira: - Estudos Sistematizados da Doutrina Espírita – ESDE:
1. 1ª Fase A e 8ª Fase às 19h30min – CoECX Sexta feira: - Educação Mediúnico (para os médiuns) – CoECX Sábado: - Confecção da Sopa Fraterna a partir das 7h30min – no NUBEM - Evangelização Infantil às 9h – na CoECX - Evangelização Infantil às 15h – no NUBEM - Distribuição da Sopa Fraterna às 16h15min – no NUBEM
Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011 19
- Estudos Sistematizados da Doutrina Espírita – ESDE: 1. 1ª Fase B e 2ª Fase B às 17h – na CoECX
- Pré-Mocidade às 19h – na CoECX - Mocidade Oficina do Espírito às 19h – CoECX Domingo: -Campanha da Fraternidade Auta de Souza às 9h – CoECX - Vibrações para o Setor Nordeste às 16h – no NUBEM - Vibrações para os viciados às 18h45min – CoECX - Reunião Pública CoECX:
1. Atendimento Fraterno às 19h (é preciso agendar na recepção) 2. Biblioteca e Livraria a partir das 19h – CoECX
3. Palestras às 19h30min 4. Passe às 20h10min 5. Vibrações para os Hospitais dos Planos Físico e Espiritual às 20h30min – CoECX
- Distribuição das cestas básicas é feita as segundas 6ª feira de cada mês às 14h – NUBEM - Oficina de artesanatos nas quintas feiras a partir das 14 horas no NUBEM. A. E. João Batista – Rua São Pedro, S/Nº, Formosinha (perto do Robel). NUBEM – Rua Santa Luzia, nº 340, Setor Nordeste. No site do as pessoas podem encontrar muito material espírita interessante, tais como: “multimídia”, „mensagens”, “artigos”, “leitura diária”, dentre outros. Transcrito do site www.coecx.com.br
PERSONALIDADES DE DESTAQUE NO
MOVIMENTO ESPÍRITA
WALLACE LEAL VALENTIN RODRIGUES
Nascido a 11 de dezembro de 1924, em Divisa, Estado do Espírito Santo, Wallace Leal Valentin Rodrigues foi para Araraquara,
SP com a família, na década de 30. Estudou Ciências Econômicas em
Ribeirão Preto, e ofereceu grande contribuição à cultura de
Araraquara nas décadas de 50 a 60, principalmente.
Foi ator e diretor de teatro, diretor de cinema, escritor,
jornalista.
Realizou seu primeiro filme em 1953: o documentário Aurora de
uma Cidade. Depois formou com amigos, o Clube do Cinema na
cidade, atividade que durou somente um ano.
Foi diretor e ensaiador do TECA (Teatro Experimental de Comédia de Araraquara)
- grupo responsável pelo mais importante movimento teatral da história local, fundado
em maio de 1955. Como o teatro municipal já estava bastante deteriorado, Wallace adotou o teatro de arena que tanto sucesso fazia na capital. Iniciou os trabalhos em
1955 e em 22 de julho já estava estreando. Em três anos, encenaram mais de dez
peças famosas, numa média de três espetáculos por ano, cada um com dez
apresentações, sendo a estréia adquirida antecipadamente pelo Rotary Clube e pelo
comércio local.
O TECA viajou por toda região, por várias cidades do interior paulista e esteve em
Porto Alegre (RS). Tanto fez, que simplesmente atraiu o Ministro da Educação Paschoal
Carlos Magno, para assistir uma apresentação em Araraquara. E ele não só gostou do
que viu, como convidou o TECA para se apresentar no Rio de Janeiro. A curta
temporada de dez dias, ocorrida no final de agosto e início de setembro de 1957, foi
Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011 20
patrocinada pelo Ministério da Cultura e teve como palco o teatro de arena do Hotel
Glória. Fez tanto sucesso que o grupo mereceu três páginas na importante Revista O
Cruzeiro, sendo notícia no Rio durante toda aquela semana. Voltando do Rio, Wallace
continuou suas atividades viajando com o TECA, mas resolveu partir para o cinema de maneira profissional. O TECA continuou fazendo sucesso na cidade e região, até o
encerramento das atividades quatro anos depois.
Acompanhou e colaborou com a primeira escola de ballet da cidade: Escola de
Ballet Mímica de Araraquara, desde sua fundação maquilando, e apoiando nos figurinos
e cenários das apresentações por longo tempo.
Coordenou, compôs, criou, orientou jovens e crianças em desfiles de modas (hoje
seriam verdadeiros manequins profissionais) ensinando como andar, sentar, colocação
de mãos e pés, comportamento e postura de corpo e porte em passarela, um trabalho
de alta qualificação, ensinamento europeu, transmissão de conhecimento de nobres
como só ele, Wallace,
sabia fazer.
Como escritor tem livros publicados no Brasil
e no Exterior.
Recebeu diversos
prêmios, entre os quais:
1948, Prêmio Cija, com o
conto Porta Aberta Para
Fora da Vida; 1957,
Prêmio Apolo, da Crítica Teatral do Rio de Janeiro, Revelação de Direção; 1958, Prêmio
Paschoal - 1º Festival de Teatro Universitário de Santos, entre outros.
Wallace tinha predileções pelo futuro. Em agosto de 1964 ele publicou um texto
Araraquara – Ano 2017, em que imaginou uma cidade, 53 anos à frente, mas
modificada radicalmente pela sua capacidade poética.
Em sua Araraquara do futuro, o patrimônio histórico estaria super preservado, inclusive com a assessoria do historiador José Ferrari, que dirigiria o arquivo municipal,
com total apoio da prefeitura, liderando uma equipe que formaria um banco de dados e
colheria depoimentos dos mais antigos. Wallace imaginava que, em meio século, teria o
mais invejável acervo do país. Haveria, como uma das atrações turísticas locais, um
Museu do Chapéu.
Wallace era um multimídia precoce: escrevia bem, era poeta, compunha música e
além do teatro, atuava junto ao grupo de rádio teatro. Em 1958 teve a ousadia de
escrever, produzir e dirigir um filme: Santo Antonio e a vaca, rodado na região, sobre o
folclore regional. Para tanto criou a Arabela Filmes em meados de outubro desse ano. O
trabalho de pesquisa e levantamento levou seis meses, de janeiro a maio de 1960. A
trilha sonora, em estilo folclórico, também foi composta por ele. Em junho, já com o
script pronto, tiveram início as filmagens em locação. Os interiores foram reconstituídos e filmados num barracão do Senac.
Os atores eram do TECA e se propuseram a estudar, com afinco, seus papéis,
observando a novidade da técnica cinematográfica, já que vinham do teatro. Toda
produção contou com a participação voluntariosa de pessoas locais. Apenas o câmera e
o iluminador eram de fora (poloneses). A revelação, corte e montagem foram feitos em
São Paulo.
Estrearam em abril de 1961 com direito a uma concorrida avant-première. Sem
qualquer apoio dos órgãos federais, ou mesmo das autoridades locais, o filme fez
sucesso, e foi distribuído por todo o território nacional. Só em Araraquara o filme ficou
dez dias em cartaz e foi assistido por cerca de doze mil pessoas. A arrecadação da
avant-première foi destinada a uma casa assistencial da cidade, e por isso a entrada
Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011 21
custou mais cara. O lucro do filme pagou as despesas, que foram muitas. Por não ter
recebido nenhum apoio do governo da cidade, Wallace classificou o trabalho, seu e do
grupo, como heróico.
Na noite de estréia a polícia teve que intervir e fechar o trânsito em frente o Cine Odeon (futuro Cine Veneza). Após a sessão, o público aplaudia de pé, e houve uma
festa. Wallace só lamentou que a mensagem principal não tinha sido captada: O que
tínhamos feito pela preservação do nosso folclore passou totalmente despercebido, o
que nos desencantou bastante.
O objetivo da produção sempre foi muito claro para seus produtores: o filme foi
realizado com o fim de contar o que restava do rico folclore dos campos de Araraquara.
O filme foi distribuído pelo Brasil inteiro durante aproximadamente cinco anos.
Depois, por força de lei, tirado de circulação, a menos que fossem feitas cópias novas.
Mas não havia capital para isto.
Além do indiscutível talento de Wallace para as artes culturais, merece nota seu
trabalho na divulgação do Espiritismo, doutrina que ele assumiu aos 16 anos e divulgou
por toda a sua vida. Wallace se destacou como Redator-Chefe do jornal “O Clarim” e da “Revista
Internacional de Espiritismo”, fundados pelo inesquecível Cairbar Schutel e editados na
cidade de Matão-SP, a 30 km de Araraquara. Wallace foi levado para a editora, em
1964, pelas mãos do sr. José da Cunha, outro gigante que durante muitos anos
sustentou a chama acesa por Cairbar Schutel.
O seu pendor para a escrita fez com que Wallace se destacasse também na
literatura espírita; foram dezenas de livros, uns de sua própria autoria, outros que ele
traduziu e organizou.
Em março de 1973, sem prejuízo do seu trabalho em Matão, Wallace enveredou
por nova e gratificante experiência: passou a integrar o quadro de colaboradores da
revista “Planeta”, publicada em vários idiomas e conhecida internacionalmente. A sede
da “Planeta” ficava em Paris mas, a partir de 1972, passou a ser editada também no
Brasil, numa parceria com a Editora Três. Wallace recebeu convite, diretamente dos editores franceses, para escrever tanto para a edição brasileira como para a francesa e,
por vários anos, os leitores foram brindados com os magníficos artigos elaborados por
ele, sempre com temas que enfocavam a fenomenologia espírita.
Em dezembro de 1973, lançou, na sede da Federação Espírita do Estado de São
Paulo, seu magnífico livro “Remotos cânticos de Belém”, livro que foi e é um sucesso até
hoje, com sucessivas edições. No evento, mais de 1.000 pessoas receberam o seu
autógrafo.
No enredo da obra, Wallace juntou histórias e personagens e os colocou num
avião que é seqüestrado na véspera do Natal. A mensagem que ele passa é a de que a
suave melodia do Natal faz-se sentir e abranda até mesmo situações extremamente
graves, como a vivida pelos passageiros. A paz aos homens de boa vontade é o leit-
motiv para as situações mais díspares, desde as existenciais até as psíquicas. No fundo há sempre um vago e doce clima que impede a angústia e o pânico dos passageiros.
A produção de Wallace, durante os 25 anos em que permaneceu na Casa Editora o
Clarim, pode ser assim configurada:
Como tradutor: Voltou, mas esqueceu; Os mortos vivem; A obsessão; Sessões
espíritas na Casa Branca; Viagem espírita em 1862; Três Espíritos do Natal; O ignorado
amor; Os inocentes; A janela do meio; Os que não são convidados; Amargo despertar;
A grã senhora do Espiritismo;Léon Denis na intimidade; Socialismo e Espiritismo;Vozes
na casa.
Como autor: Remotos cânticos de Belém; Meimei; Vida e mensagem; A esquina
de pedra; E, para o resto da vida; Katie King.
Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011 22
Como editor: A vidente de Prevorst; Segue-me; Escrínio de luz; À luz da oração;
Mãe - antologia mediúnica; Meu filho vive no além; Os mortos vivem; Coisas deste
mundo.
Não se pode deixar de ressaltar também a significativa produção jornalística de Wallace. No “Clarim”, ele era responsável por uma coluna em que narrava
acontecimentos mediúnicos que ocorriam mundo afora.
Na “Revista Internacional de Espiritismo”, escrevia substanciosos editoriais sobre
temas da atualidade, onde exprimia com firmeza o ponto de vista do Espiritismo.
No “Anuário Espírita”, editado pelo Instituto de Divulgação Espírita de Araras-SP,
comparecia com várias matérias que o distinguiam como o principal colaborador daquela
publicação. E, por fim, na revista “Planeta”, conforme mencionado linhas acima.
Considerado pela crítica especializada como uma das pessoas mais cultas dos
últimos anos em nosso país, aos 62 anos, Wallace teve seu estado de saúde
comprometido e desencarnou a 13 de setembro de 1988.
Esse sensível ser não passou pela vida, marcou-a profundamente pelas suas
glórias, sua sabedoria, pela sua cultura, pelas suas criações e arte. Fontes de pesquisa:
www.araraquara.sp.gov.br/secretariacultura
Revista Internacional de Espiritismo, Matão/SP, outubro 2008.
Transcrito do site: http://www.feparana.com.br/biografia.php?cod_biog=306
DATAS IMPORTANTES DO ESPIRITISMO
MÊS DE JANEIRO Dia 01 de 1846 – Nasce Léon Denis, em Foug,
arredores de Tours, na França. Autor de várias obras
espíritas. Considerado o grande filósofo da doutrina.
Destacou-se como escritor, estudioso e pesquisador que
ajudou a impulsionar o Espiritismo naquele país e no
mundo.
Dia 01 de 1858 – Lançada em Paris, França, por Allan
Kardec, Codificador da Doutrina Espírita, a Revue
Spirite - Revista Espírita.
Dia 01 de 1884 – Fundada no Rio de Janeiro, RJ, a Federação Espírita Brasileira, por
Augusto Elias da Silva e outros.
Dia 02 de 1873 – Em Alençon, França, nasce a religiosa e mística Teresa de Jesus. Desencarna em Lisieux, França, em 30.09.1897.
Dia 06 de 1868 – Lançada A gênese, os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo,
por Allan Kardec, Codificador da Doutrina Espírita, em Paris, França.
Dia 06 de 1869 – Criada Comissão para examinar os fenômenos espíritas pela
Sociedade Dialética de Londres, Inglaterra.
Dia 08 de 1958 – Fundado no Rio de Janeiro, RJ, o Lar Fabiano de Cristo, por Jayme
Rolemberg e Carlos Pastorino.
Dia 09 de 1862 – Nasce, em Gênova, na Itália, Ernesto Bozzano.
Dia 09 de 1977 – Criada a Caravana da Fraternidade Jésus Gonçalves, em favor dos
hansenianos, em São Paulo, SP.
Dia 12 de 1827 – Nasce em Zurique, Suíça, o educador João Henrique Pestalozzi. Teve
grande influência na formação de Hippolyte Léon Denizard Rivail, conhecido mais tarde
como Allan Kardec Dia 12 de 1937 – Fundada a Instituição Olímpia Belém, de amparo a meninas órfãs, no
Rio de Janeiro, RJ.
Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011 23
Dia 13 de 1960 – Em Uberaba, MG, o Espírito André Luiz, dita o prefácio do livro Além
da morte, do Espírito Otília Gonçalves, psicografado por Divaldo Pereira Franco, em
1959 e publicado em 1968, sem o referido prefácio.
Dia 13 de 1968 – Realizada, em São Paulo, SP, a primeira Concentração de Médicos Espíritas, para fundar a Associação de Médicos Espíritas.
Dia 15 de 1861 – Lançado em Paris, França, O Livro dos Médiuns, pelo Codificador da
Doutrina Espírita, Allan Kardec.
Dia 16 de 1949 – Realizado o Primeiro Congresso Educacional Espírita do Estado de
São Paulo, em São Paulo, SP.
Dia 25 de 1863 – Em Nova York, Estados Unidos, Andrew Jackson Davis funda o Liceu
Espiritista e inicia o Movimento Espírita Jovem.
Dia 31 de 1907 – Em Sacramento-MG, Eurípedes Barsanulfo funda o Colégio Allan
Kardec, pioneiro da implantação de escolas espíritas no Brasil.
LIVROS DO “CLUBE DO LIVRO ESPÍRITA”
DEPARTAMENTO – CLUBE DO LIVRO ESPÍRITA
MARIA DOLORES
Rua Artur Machado nº. 288 – sala 04 – Centro
Telefone: 3312-8327 – E.mail: [email protected]
AMOR E PERDÃO – Denise Correa de Macedo
A história acompanha o processo obsessivo que se instaura na mansão
Fontanelli, com a morte do patriarca Giorgio e a tomada dos negócios pelo seu genro Miguel, que descobre que os Fontanelli não são donos da
fortuna que ele pensava. Para ficar com os lucros da fazenda, Miguel
rompe o contrato de arrendamento e leva Antônio, o arrendatário, a ser
preso. Morto na prisão por maus-tratos, e sem saber que está
desencarnado, Antônio passa a envolver Miguel por meio do álcool e do
fumo, com o objetivo de vingar-se. Mariana, uma das filhas gêmeas de
Antônio, que possui mediunidade ostensiva e conversa com os espíritos na
casa da fazenda, solicita ajuda para o pai no centro espírita onde trabalha. A solução
dos amigos espirituais é envolvente e modifica para sempre o caminho dos
personagens, mostrando a sabedoria das leis de Deus.
VIVENDO O EVANGELHO - VOL.II – Pelo Espírito de André Luiz – Psicografado por Antonio Baduy Filho
Estudo com preciosos comentários, item por item, de O Evangelho
segundo o Espiritismo. Verdadeiro guia a indicar o caminho da felicidade.
Por meio de Chico Xavier, o autor espiritual trouxe informações da vida no
mais além, principalmente na série iniciada pela consagrada obra Nosso
Lar. Vivendo o Evangelho é apresentado em dois volumes. Este segundo
contém estudos dos capítulos 15 ao 28 da obra de Kardec.
SUGESTÃO DE LEITURA
LUZ NA ESCOLA – Por Espíritos Diversos – Psicografado por
Francisco Cândido Xavier – Organizado por Clóvis Tavares e Flávio
Mussa Tavares
Esse é um livro de Francisco Cândido Xavier, com mensagens
psicografadas por ele durante visita de quatro dias à Escola Jesus Cristo,
Jornal Espírita de Uberaba – Ano 4 – Nº 52 – Janeiro/2011 24
em Campos-RJ, em 1940. Contém comentários de seu organizador, Clóvis Tavares,
testemunha ocular de todos os fenômenos ali ocorridos. Os textos deste volume
representam uma reedição da sua primeira, pequena, única e esgotada edição, feita
também em 1940, publicação de caráter doméstico da Escola Jesus Cristo, agora reeditada pela Vinha de Luz, que desempenha hoje um papel ímpar no resgate histórico
da produção mediúnica de Chico Xavier.
EMMANUEL RESPONDE – Pelo Espírito de Emmanuel – Psicografado por
Francisco Cândido Xavier e Wagner Gomes da Paixão
Emmanuel comparece nesta obra por meio de dois médiuns: Chico Xavier
e Wagner Paixão. Respondendo a questões propostas por dois
trabalhadores do espiritismo, Henrique Rodrigues e Honório Abreu, com
sua sabedoria e amorosa devoção ao evangelho, traça reflexões e
sublimes conclusões aos sinceros operários e estudiosos da doutrina
codificada por Allan Kardec. Temas de magna importância ganham
contornos especiais, permitindo ao leitor apreciar, pela mediunidade, os valores da vida imortal, em cambiantes de luz e fraternidade, dentro
daquela universidade dos ensinos que faz do espiritismo uma doutrina comprometida
com a verdade e o amor.
A MEDIUNIDADE NOSSA DE CADA DIA - Pelo Espírito de Odilon Fernandes – Psicografado por Carlos A. Baccelli
Um livro simples para a meditação em torno da aplicação da mediunidade,
no cotidiano. Os singelos conceitos que seguem exarados em suas páginas
objetivam apenas e tão somente afirmar que, de fato, no dia a dia, os
médiuns são muito mais médiuns do que supõem, mas muito menos do
que podem ser.
ENTREGA-TE A DEUS – Pelo Espírito de Joanna de Angelis –
Psicografado por Divaldo Franco
Extraordinária obra com a beleza da escrita e a profundidade do
conhecimento da venerável Joanna de Ângelis, psicografada por Divaldo
Franco. Perguntas eternas, problemas atuais, desafios vindouros são abordados e elucidados com mestria. Dezenas de temas, acompanhados
por mais de 470 notas e 860 entradas no índice, tudo num livro com
acabamento luxuoso. Encontre o caminho. Entrega-te a Deus!
HUMOR ESPÍRITA – Ontem e hoje: Avareza