Édipo rei_sÓfocles ariomar

7/28/2019 dipo Rei_SFOCLES ariomar

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DIPOREI

SfoclesAULA 1 ANO - Prof

o

: Ariomar Oliveira


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dipo Rei ou a maldio

dos Labdacidas

Cadmo e os Dentes do drago


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O Rei de Tebas Laio descende de uma famliaamaldioada, desde seu bisav, Cadmo, fundador dacidade/estado, que matara um drago de Ares (Deus da

Guerra). Dos dentes do drago plantados por Cadmo,nasceram gigantes chamados Sparti, os semeados.Espertamente Cadmo colocou-os em luta sobrevivendoapenas 5 de quem se torna amigo e juntos fundam acidade.

O primeiro pecado da famlia cometido por Cadmo, mortedo Drago, foi expiado quando fez-se escravo de Ares por8 anos(miticamente um Rito Inicitico do Guerreiro).Casa-se com Harmonia e tem quatro filhos: Ino, Agave,

Smele e Polidoro. Sua filja Agave casa-se com o GiganteEquon, sendo me de Penteu, que seria o sucessor deCadmo, porm sua hybrys contra Dionsio(Baco) foi suadesgraa, ao mandar aprisionar o Deus do Vinho, este fazcom que Agave uma de suas bacantes mate o prprio filho.


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Polidoro irmo de Agave tem um filho,Lbdaco, que ser o candidato aotrono do av, mas como era muito

jovem, seu tio Nicteu assume o trono,mas pouco depois se mata, sendosubstitudo pelo jovem Lbdaco. Esteao assumir trono tambm se rebela

contra o culto a Dionsio e suasBacantes, mais uma vez o deus fazcom que suas seguidorasdespedacem um Rei que no lhe erafiel.


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Novamente o trono fica deriva e Lico, umtio de Lbdaco assume interinamente at oLaio, possa tomar s rdeas da cidade. Um

guerra entre Lico e os filhos de Nicteu(Anfio e Zeto) fez com que Laio fosseexilado em na corte de Plops, oamaldioado filho de Tntalo.

Laio herda as mazelas de carter religiosode seus antepassados, em especial deCadmo que matara o Drago de Ares e deLbdaco que ops ao culto do Deus do

xtase e do entusiasmo, mas para complicarmais ainda ofende a Plops quando lherapta o filho Crsipo e o seduz, de uma svez atraiu a ira de Zeus, deus da,miticamente a pederastia na Grcia).


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Laio volta a Tebas e assume o trono casando-se

com Jocasta, mas desde logo sabendo quecarrega contra si as maldies, manda consultaro orculo de Delfos sobre seu futuro a resposta direta, se tiver filhos com Jocasta, este omatar e desposar a me. Mesmo ciente disto

Laio e Jocasta tm um filho, a quem renegam,entregando-o a um escravo para que oabandonasse nas montanhas com ps atados,segundo outras verses ele colocado dentrode um cofre e jogado ao mar.


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O escravo condodo com odestino da pobre crianaleva-o a monte Citero e od a um outro escravo dacidade de Corinto. Este leva

a criana e o entrega aMrope, rainha da cidade,esposa do Rei Plibo, queno tinha filhos. Ao receb-lo do-lhe o nome de dipo(Oidpus Ps Inchados).

dipo cresce feliz emCorinto e prximo acompletar maioridaderesolve consultar o orculode Delfos e l a pitonisa o

amaldioa dizendo que elematar o pai e desposar ame. Diante de terrvelvaticnio resolve fugir paralonge de Corinto, para nocumpri seu destino.


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Prximo a Tebas o jovem interpelado por uma parelhadirigido por um senhor que

tentar agredir-lhe, ele sedefende e na luta mata ohomem e seus escravos que oseguia. Ao chegar na entrada dacidade uma terrvel Esfingeinterpe-lhe o caminhoanunciando um enigma, que completado com a frase :Decifra-me ou devoro-te. dipo

decifra e mata a esfinge.


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Ao entrar na cidade saudado como libertador. levado apresena da Rainha, que perdera tragicamente o marido,morto segundo se comenta por salteadores fora da cidade.Rapidamente o jovem feito esposo da rainha e do seuenlace, nascem quatro filhos(Polinices,Etecles,Ismniae Antgone). Vivem felizes at aparecer novo mal cidade deTebas. Uma terrvel peste assola a cidade e nada do que seplanta consegue-se colher. dipo manda consultar o orculode Delfos.


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Leva a presena de dipo, Tirsias oadivinho dos mistrios de Delfos, tem comoresposta de que o assassnio de Laio nofora vingado e a cidade estava corrompida

pelo incesto. Provocado pelo Rei ele dizque dipo o pecador. Este no lhe dcrdito. Chega um mensageiro de Corintoanunciando a morte de Plibo e que dipo

deve assumir-lhe o trono. Satisfeito por noter matado o pai e triste por sua morte,dipo pergunta ao mensageiro sobre seupassado em Corinto, este conta-lhe quefora ele quem o tinha encontrado beb nomonte Citero.


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Desesperado, dipochama os antigos escravosque lhe confirmam adesgraa. Jocasta que a

tudo assistia se mata.dipo fura os olhos e exila-se na cidade sagrada deColono, cercanias de

Atenas, pois ele l nopodia entrar.


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Anlise da Obra

A tragdia uma das maiores heranas doteatro, gnero dramtico, deixada pelos gregos.

Aristteles considera dipo Rei o exemplo

mais perfeito da tragdia grega.Acredita-se que tenha se originado nas festas erituais dedicados ao deus Dionsio,posteriormente foi tomando um sentido mais

amplo e complexo, contendo mitos, conflitosexistencialistas, determinismo, etc.


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Autor: Sfocles

Sfocles era de uma famlia abastada, teve umaexcelente educao, integrou o coro de jovens, participouda poltica ativamente, ganhou diversos concursosdramticos, chegou a derrotar squilo.

Escreveu aproximadamente cento de vinte peas, pormapenas sete chegaram at ns.

Das sete mais famosas so relacionadas ao mito dedipo (dipo Rei, Antgona e dipo em Colono).

Morreu aos noventa anos, no mesmo ano que Eurpedes.

Sfocles aborda em suas peas temas que transcendempocas, conflitos universais que podem ser vivenciadospor qualquer pessoa em qualquer tempo.

dipo Rei um exemplo perfeito da impotncia dohomem diante do destino.


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Elementos da tragdia

Hybris - Sentimento que conduz os heris datragdia violao da ordem estabelecidaatravs de uma ao ou comportamento que se

assume como um desafio aos poderesinstitudos (leis dos deuses, leis da cidade, leisda famlia, leis da natureza).


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Pathos - Sofrimento, progressivo, do(s)protagonista(s), imposto pelo Destino (Anank) eexecutado pelas Parcas (Cloto, que presidia aonascimento e sustinha o fuso na mo; Lquesis,que fiava os dias da vida e os seusacontecimentos; tropos, a mais velha das trs

irms, que, com a sua tesoura fatal, cortava o fioda vida), como consequncia da sua ousadia.


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Anank ou Moyra- o Destino. Preside sParcas e encontra-se acima dos prpriosdeuses, aos quais no permitido desobedecer-

lhe.


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Peripcia- Segundo Aristteles, "Peripcia amutao dos sucessos no contrrio". Assim,poderemos considerar um acontecimentoimprevisvel que altera o normal rumo dosacontecimentos da aco dramtica, ao contrriodo que a situao at ento poderia fazeresperar.


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Reconhecimento - Segundo Aristteles, "oreconhecimento, como indica o prprio significado

da palavra, a passagem do ignorar ao conhecer,que se faz para a amizade ou inimizade daspersonagens que esto destinadas para a dita ou adesdita." Aristteles acrescenta: "A mais bela detodas as formas de reconhecimento a que se d

juntamente com aperipcia, como, por exemplo, nodipo." O reconhecimento pode ser a constataode acontecimentos acidentais, trgicos, mas, quasesempre, se traduz na identificao de uma nova

personagem.


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Catstrofe - Desenlace trgico, que deve ser indiciadodesde o incio, uma vez que resulta do conflito entre ahybris (desafio da personagem) e a anank (destino),

conflito que se desenvolve num crescendo desofrimento (pathos) at ao clmax(ponto culminante).Segundo Aristteles, a catstrofe " uma acoperniciosa e dolorosa, como o so as mortes em cena,

as dores veementes, os ferimentos e mais casossemelhantes."

Katharsis (Catarse) - Purificao das emoes epaixes (idnticas s das personagens), efeito que se

pretende da tragdia, atravs do terror (phobos) e dapiedade (eleos) que deve provocar nos espectadores.


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dipo Rei - Enredo

Laio, rei de Tebas, amaldioado e avisado pelo orculo deDelfos que seria morto pelo filho e este desposaria a prpriame.

Temendo seu destino e buscando revert-lo, o rei fura os psdo beb (da o nome dipo que significa ps inchados) eordena que o jogue de um penhasco, Jocasta, sua esposa,entrega o filho a um pastor.

Este agindo piedosamente, entrega o beb a Polbio, rei de

Corinto, que o cria como filho.

Tempos depois, ao ser insultado e acusado de no ser filholegtimo dos reis, dipo vai consultar o orculo, que revelaapenas, que ele seria o assassino do prprio pai e casaria com

a me.


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dipo Rei - EnredoPor acreditar que Polbio e Mrope eram seus paisverdadeiros, dipo foge temendo que a desgraa dita peloorculo acontecesse.

Numa encruzilhada de trs caminhos, dipo encontra uma

comitiva real e mata o homem, que na verdade era Laio, seupai.

Chegando em Tebas, enfrenta a terrvel Esfinge, monstrometade mulher e metade leo que devorava aqueles que noconseguissem desvendar seu enigma, dipo conquista tal

faanha.

O prmio pelo ato heroico seria casar-se com a rainha Jocasta,recm-viva.

dipo Rei desposa a rainha e torna-se rei de Tebas.


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Anos se passaram-se, dipo desfrutava de um casamento feliz, era pai de quatrofilhas (Etocles, Polinice, Antgona e Ismnia), era um bom governante, queridopelo povo.

Uma misteriosa peste toma conta de Tebas, o Orculo de Apolo consultado e dizque o flagelo s terminaria quando o assassino do rei Laio fosse encontrado epunido.

Comea ento a procura de dipo pelo assassino, confirmando o governanteresponsvel que era. Como a busca no trouxe resultados, dipo consultaTirsias, o adivinho cego, este com relutncia revela que o assassino de Laio oprprio dipo.

Atravs de elementos como o reconhecimento, dipo assume sua culpa. E

mostra mais uma vez a caracterstica do heri trgico, de carter elevado.

Havia prometido ao povo que puniria e expulsaria o culpado da cidade, entopune-se furando os olhos. Jocasta j havia se suicidado ao saber da tragdia.

Esse o fim trgico de dipo Rei, porm h uma continuidade nas outras obras detrilogia tebana.

dipo Rei - Enredo


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dipo Rei Anlise II

O dilogo entre dipo e Tirsias muito interessante e proporciona uma intensareflexo, pois a cegueira parece estar no prprio dipo.

Tirsias a personificao da sabedoria, apesar de no possuir a viso fsica,possua uma viso interior, a que faltava em dipo.

A partir do momento que dipo adquiri essa viso, comea a surgir oreconhecimento, que vai se confirmando quando desaba o sofrimento Jocasta:Como essa narrativa me traz a dvida ao esprito, mulher. Como perturba alma! (p.80)

A rainha tambm tem uma personalidade singular, ambgua, entrega o beb paraser morto a um pastor de sua confiana, ora mostra-se incrdula com os orculos,ora tem postura digna e autoritria.

Quando dipo comea a desconfiar da verdade Jocasta tenta faz-lo desistiralegando que o orculo j falhara antes.

E ao reconhecer sua culpa suicida-se, o que considerado por Aristteles, comocatstrofe, ao perniciosa e ferimento que podem levar a morte.

Com dipo ocorre o mesmo, fere os prprios olhos, como aceitao da culpa para

se redimir.


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dipo Rei Anlise PsicanalticaO mito de dipo influenciou at a psicanlise, Freud se baseou nessemito para definir o Complexo de dipo, que o conflito desentimentos de amor e dio vivenciados na infncia, onde O FILHOsente amor pela me e o dio pelo pai, vendo-o como rival na disputapelo amor da me, esse complexo universal.

Na medida em que o FILHO cresce abandona essa ideia por perceberque o INCESTO no permitido na sociedade ou por medo de ser

CASTRADO.Contudo, quando jovem, geralmente, busca uma donzela que seassemelhe as qualidades da me para satisfazer esse desejo do seuinconsciente. J o oposto, da FILHA pelo pai, chamado Complexode Elctra.

Assim, o complexo e o mito assemelham-se porque ambos envolvemquestes TICAS, SOCIAIS E TABUS.

Enfim, dipo Rei um clssico que sobreviveu ao tempo, sendo lidoat os dias atuais. ***

Édipo rei_sÓfocles ariomar

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