educação cristã em revista - número 2

68
EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 1

Upload: primeira-igreja-batista-de-curitiba

Post on 28-Mar-2016

224 views

Category:

Documents


7 download

DESCRIPTION

Neste número focamos o processo ensino-aprendizagem, num esforço por discutir um assunto importante para todos aqueles que estão envolvidos com a Educação Cristã.

TRANSCRIPT

Page 1: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 1

Page 2: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA2

editorial

Com alegria apresentamos o segundo número da nossa Educação Cristã em Revista. Temos o privilégio de lançá-la num mês muito especial,

quando comemoramos o dia do professor.

Neste número focamos o processo ensino-aprendizagem, num esforço por discutir um assunto importante para todos aqueles que

estão envolvidos com a Educação Cristã. A proposta é provocar um amplo debate

sobre o ensino na igreja, de forma que possamos desenvolver bons programas de capacitação, que possibilitem a revisão de nossa metodologia de trabalho, buscando contextualizá-la de forma a torná-la mais

próxima de nossos aprendizes.

Viver a experiência cristã é algo maravilhoso que traz em si a responsabilidade de fazer discípulos em todo o tempo. O desafio de

todos aqueles que foram chamados por Deus para serem educadores cristãos é estarem submissos à sua vontade, compreendendo

que é preciso ir além do óbvio e isso significa que precisamos sempre buscar capacitação, ampliando nossos horizontes de formação. Boa leitura! Que Deus o mobilize a buscar

crescer em todas as áreas de sua vida e a aproveitar todas as oportunidades de

formação que a igreja oferece.

Martha Zimermann de Morais: Líder da Área Ministerial de Educação Cristã

da Primeira igreja Batista de Curitiba

Educação Cristã em Revista - Ano I - Nº 215 de Outubro de 2013pibcuritiba.org.br/edcrista

Publicação cristã destinada a divulgação e circulação de conteúdo sobre Educação Cristã, produzida pela Primeira Igreja Batista de Curitiba.

Direção de ConteúdoIgor Pohl BaumannMartha Zimermann de Morais

Direção de ComunicaçãoAlbert Martins de Oliveira Filho

Direção de ArteIsrael Lessak

Projeto GráficoDaniel Rodrigo FernandoFranciele Rosário

CapaDaniel Rodrigo Fernando

DiagramaçãoDaniel Rodrigo Fernando

ColaboradoresPaschoal Piragine JrIgor Pohl BaumannMarli LimaElke F. N. Oliveira FernandesDaniel CecilAntonio Carlos NasserEduardo AlvarengaMartha Zimermann de MoraisDaniel TorresRangel Morrissey MantelliDaniele Gotardo VelosoRoberto KallaurRaquel Passos ZampierMárcio FanchinIsrael LessakJoão Mordomo

RevisãoMartha Zimermann de MoraisMichele Barrêto

Informações41 3091- [email protected]

Dúvidas, sugestões e comentá[email protected]

Page 3: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 3

06

2230

A missão pastoral do professor da escola bíblica

Juventude

Capa: ensino e aprendizagem

19Liderançacompetente

10Ele pediu sabe-doria: Entrevista com Alcindo Elias

09.15.16.26.35.38.40.

Por que você (não) vai na escolaBíblica? As emoções e o ensino-aprendizagem

The gospel

Finanças

Momentos inesquecíveis em família

CFM

O ensino do amor

44.

57.60.63.66.

Missões

Teologia

Discipulado

A Jornada

46.50.52.55.

Voluntariado

Profissão

Intercâmbio

Indicações

Citações

Page 4: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA4

c o l a b o r a d o r e s

igor baumann Pastor da Área Ministerial de Educação Cristã da PIB Curitiba. Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo na Área de Literatura e Religião do Mundo Bíblico. Formado pelo Advanced Leader-ship Seminar - Haggai Institute. Professor da FTBP e do CFM.

Daniele Gotardo Veloso

Israel Lessak Coordenador de Criação e Design do Ministério de Comunicação da PIB Curitiba. Graduado como Designer Gráfico pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Faz pós-graduação em Design centrado no usuário na Universidade Positivo.

Estagiário como gerente de comunicação da Área Ministe-rial de Educação Cristã da PIB Curitiba. Cursa o último ano do curso de Tecnologia em Design Gráfico pelo Centro Unversitário Curitiba.

Economista e Advogado, sócio das empresas Unificado Asses-soria Econômica Ltda e Alva-renga e Guimarães Advogados Associados.

Fonoaudióloga, especialista em educação especial, educação bi-língue para surdos libras/língua portuguesa. Intérprete/traduto-ra de libras, discente em teolo-gia FTBP. Seminarista Ministério com Especiais PIB Curitiba

Daniel Fernando

Eduardo Alvarenga

Médica - promoção de saúde mental/emocional de crianças e adolescentes. Realiza atendi-mentos clínicos, orientação de pais e palestras sobre este tema. Professora voluntária da EB, na linha da família.

ELKE FABIOLA FERNANDES

Teólogo, pastor ordenado desde 1983, conferencista e escritor de 4 livros. Seu envolvimento missinário é desde 1984 tendo sido presidente da Missão para o Interior da África por 13 anos, no Brasil. Atualmente é pastor da PIB Curitiba e líder do movimento de homens HOMBRI-DADE. Casado com Vera Lígia, têm 2 filhos: Daniel e Gabriel.

Antonio Carlos NasserPastor do Ministerio Ingles de PIB Curitiba. Esposa é Bethany e tem dois filhos - Joey e LeviDe Kentucky em Estados Unidos da America

DANIEL CECIL

Daniel Torres Pastor do Ministério Infantil da PIB Curitiba. Mestrando no Master Theological Studies na Southeastern Baptist Theolo-gical Seminary, com ênfase em Missiologia. Bacharel em Teo-logia pela Faculdade Teológica Batista do Paraná. Professor do Centro de Formação Ministerial.

Page 5: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 5

Márcio Fanchin

Diretor de Negócios Interna-cionais da CESE - Intercâmbio Cristão. Bacharel em Relações Internacionais e Pós Graduado em Planejamento e Gestão de Negócios.

Marli Lima

Rangel Mantelli Assistente da Coordenadoria do Centro de Formação Ministerial. Graduando em Teologia pela Faculdade Teológica Batista do Paraná e Administração pela Universidade Federal do Paraná.

Pastor Presidente da PIB Curi-tiba. Doutor em Ministério pela Faculdade Sul Americana, Londrina, PR. Bacharel em Teo-logia pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo.

Raquel ZampierConsultora e Coaching. Formada em Professional e Personal Self Coaching, pelo Instituto Brasileiro de Coaching – IBC. Tecnóloga em Gestão de RH, pela FAE Atuou nos últimos 5 anos com Gerente de RH da PIB Curitiba. Com mais de 20 anos de experiência como profissio-nal em Gestão de Pessoas.

João Mordomo

Roberto KallaurLíder da Central de Voluntariado Ministerial – CVM na PIB Curiti-ba. Professor da Escola Bíblica. Engenheiro e MBA em Marketing e Gestão Empresarial pela FGV. Executivo na área de Saúde e Bem Estar, com chamado minis-terial para as áreas de mentoria, gestão e planejamento ministe-rial para igrejas e ONG’s.

paschoal Piragine JRLíder da Área Ministerial de Educação Cristã da PIB Curitiba. Mestra em Educação e Especia-lista em Organização do Trabalho Pedagógico pela UFPR. Pedagoga. Professora do Centro de Forma-ção Ministerial.

mARTHA ZIMERMANN DE MORAIS

Jornalista formada pela PUC-PR, es-pecialista em jornalismo econômico. Trabalhou em São Paulo nos jornais Gazeta Mercantil e O Estado de S. Paulo e na revista Forbes Brasil. Em Curitiba, foi por nove anos correspon-dente do Valor Econômico. É volun-tária da área de comunicação da PIB desde 2004.

Pastor, professor e co-fundador de “Crossover” (CCI), um movimento glo-bal, presente em dezenas de países, cuja paixão é glorificar a Deus como catalizador da plantação de igrejas multiplicadoras entre povos não-al-cançados. Ele serve como presidente executivo da CCI-Brasil.

Page 6: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA6

a MISSÃO PASTORal do professor da escola bíblica

Paschoal Piragine Jr

ESCOLA BÍBLICA

Na carta aos Gálatas o apóstolo Paulo trata de um problema que estava atrapalhando a igreja: os judaizantes e um “evangelho” legalista que apregoavam. Por causa deste problema Paulo disse que sentia “dores de parto”, pois considerava-se responsável por seus discípulos.

O sentimento de Paulo deve ser o sentimento de todo professor da Escola Bíblica, pois nosso maior papel é gerar Cristo nos corações de nossos alunos de tal maneira que eles possam refletir a beleza do nosso Senhor. Neste sentido o professor é um agente de vida.

Por isso, pensando que a vida em Cristo transforma todo aquele que o busca, podemos dizer que o papel fundamental do professor cristão se desenvolve por meio de três aspectos que caracterizam sua atuação pastoral.

Page 7: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 7

1 União vital

Como professores, se de fato deseja-mos gerar vidas em Cristo, precisamos do poder do Espírito Santo. Ele é que nos faz ferramentas especiais de multi-plicação no seu Reino. Este poder vital gera a união vital, representada pela relação professor-aluno, vitalizada pelo Espírito Santo que pode gerar um novo ser em Cristo Jesus .

Consequentemente, nosso papel pastoral é promover esta união vital.

2 Nutrição Vital

Esta nutrição vital é formada pela informação, apresentada por meio de um ensino bíblico devidamente con-textualizado; pela experiência vivida e compartilhada na vida do professor e pelo relacionamento, representado pelo contato pessoal que gera mode-los e transfere valores . O desafio do professor é maior do que preparo pedagógico: é ter em perspec-tiva a visão da responsabilidade que é gerar e nutrir com a nossa própria vida a vida das pessoas que Jesus colocou em nossas mãos .

Aqui cabe um alerta, que aponta para uma situação muito séria: a Escola Bíblica vai morrer se ela perder o verdadeiro sentido da sua existência e a nossa geração será a culpada, não da falência de uma organização, mas da perda do sentido do discipulado . Professor: você é o discipulador da Igreja de hoje. Se não for, fará a Igreja

definhar. Que responsabilidade tre-menda! Você tem sido aquele que dá uma nutrição diferenciada para seus discípulos?

3 Preparação vital

O nosso objetivo é preparar o nosso aluno para viver a vida cristã em qualquer lugar e em qualquer cir-cunstância, mas não somente isso. É ajuda-lo a chegar a maturidade e ser capaz de gerar outros seres a seme-lhança do que fizemos .

M a s como fazemos isto? Protegendo-os espiritual e emocional-mente para que eles tenham condições de enfrentar as agressões do mundo. Acompanhando-os até que encontrem a maturidade espiritual, compreen-

dendo que os valores são mais importantes que o conhecimento. Neste aspecto é fundamental um sistema de prestação de contas, no qual o

discípulo poderá abrir seu coração e ser pastoreado em suas dificuldades. Capacitando-os a servirem a Jesus em qualquer lugar. Por isso, é preciso ajudá-los a conhecer os seus dons, desafiando-os a desenvolvê-los em seu ministério pessoal .

Nossa missão pastoral, como profes-sores da Escola Bíblica consiste em gerar um novo ser em Cristo capaz de sobreviver no mundo exterior, bem como se reproduzir gerando outros em Cristo. Que Deus nos capacite e nos motive a cumprir com excelência esta grande tarefa. X

O desafio do professor é maior do que preparo pedagógico: é ter em perspectiva a visão da responsabilidade que é gerar e nutrir com a nossa própria vida a vida das pessoas que

Jesus colocou em nossas mãos .

Page 8: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA8

Page 9: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 9

A escola bíblica é um instrumento poderoso nas mãos de Deus para formação espiritual das pes-soas. A escola bíblica não faz o papel que pertence apenas ao Espírito Santo: aplicar as bênçãos

da salvação na vida do crente. Mas ela potencializa seu crescimento, ensina e confirma valores e oportuniza a transformação de sua vida. A escola bíblica é um ambiente onde você vai experimentar santificação. A santificação é como uma via de mão dupla, a parte de Deus e a nossa parte. A escola bíblica não faz a sua parte, mas ela o expõe a isso.

Muitas pessoas não participam da escola bíblica ou qualquer outra oportunidade de ensino-aprendiza-gem dando as seguintes desculpas: “não conheço ninguém lá; já sei toda a Bíblia; ah, é só para novos converti-dos; apenas as crianças devem parti-cipar; eu não gosto deste ou daquele professor; não gosto do horário; só tem pessoas tradicionais lá; não há algo prático para mim”. Infelizmente, quem pensa assim está enganado a respeito do real propósito da escola bíblica ou qualquer outro ambiente que promova o ensino da doutrina bíblica.

O propósito da escola bíblica é potencializar o cresci-mento dos membros da igreja. É ajuda-los a cumprir seu ministério da melhor maneira possível, instigar paixão por Deus, preparar obreiros para a seara do Senhor (entenda

Por que você (não)

vai na escola bíblica?

O propósito da escola bíblica é potencializar o

crescimento dos membros da igreja.

obreiro não como o pastor remunerado, mas todo cristão convertido), é mais que informar, é formar a vida através do conhecimento bíblico, da explicação e aplicação das Escrituras.

Imagine você viajando pelo deserto do Saara de segunda a sábado: todo dia debaixo do sol causticante; a água é racionada; as roupas não são as que você mais gosta por-que precisam estar adequadas para enfrentar a areia e o

calor; está sempre falando com outros viajantes. Mas aos domingos, você tem um lugar onde pode beber água à vontade, comer bem e relaxar debaixo de uma sombra. Um oásis em meio ao deserto. A escola bíblica é como este oásis onde a Palavra de Deus é o cen-tro das atenções, por conseguinte, é o ambiente onde o próprio Deus que nos alimenta e refrigera a alma.

Felizmente, há pessoas que compreendem bem o pro-pósito do envolvimento com a Palavra de Deus. Tais pes-soas são movidas por sede e fome de Deus. Elas sabem que precisam de Deus assim como a “corsa anseia pelas águas”. Se você não é uma destas pessoas que comu-mente frequenta tal oásis, ainda tem espaço para você!

O que acha de recuperarmos nossas forças para cada nova semana em alguma oportunidade de refrigério e alimentação da Palavra de Deus?

Igor Pohl Bauman

ESCOLA BÍBLICA

X

Page 10: Educação Cristã em Revista - Número 2

10

Ele pediuSabedoria

Marli Lima

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA

Entrevista

Page 11: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 11

O gráfico aposentado Alcindo Elias, de 83 anos, gostava de recitar versículos desde

quando era criança, mas foi a falta de explicação sobre um salmo que fez com que ele passasse a estudar a Bíblia diariamente e a ensinar a outros o que aprendeu. Na oca-sião, sem respostas para suas per-guntas, recordou-se do que havia lido no capítulo 1 de Tiago, que diz que se alguém precisa de sabedo-ria, pode pedir a Deus. “Pedi e Ele me deu, e fui descobrindo, desco-brindo...”, conta.

Desde então, Elias perdeu as contas de quantas vezes já leu toda a Bíblia e de quantas aulas deu na classe B e r e a n o s da escola bíblica dominical, onde é professor há 61 anos. O nome da classe tem tudo a ver com o estilo de vida do gráfico e foi tirada de Atos 17, que fala da viagem de Paulo a Bereia. “Os bereanos eram mais nobres do que os tessaloni-censes, pois receberam a mensa-gem com grande interesse, exami-nando todos os dias as Escrituras para ver se tudo era assim mesmo”, diz o versículo 11.

Filho de padeiro e de dona de casa, Alcindo nasceu em Paranaguá e mudou-se para Curitiba com 10 anos de idade. Teve de arrumar

Deus respondeu. E Alcindo Elias é professor de EBD há 61 anos.

uma profissão cedo e passou a frequentar a Primeira Igreja Batista. Em 1952, já casado, ele virou aluno da Bereanos, aonde ia junto do pai. “Nunca mais saí dela”, comenta contando que havia muita gente importante na classe. “O único que não tinha estudo era eu”, explica. Com 26 anos, ele foi batizado junto da esposa, Leoni, que era católica e, com seu testemunho, levou 90% da família a conhecer Jesus.

Logo Elias começou a dar aulas na Escola Bíblica Dominical (EBD). Primeiro uma vez por

mês, depois todo  domingo. “Agora é a classe dos velhos”, brinca. Com tanto tempo de ensino, histórias não lhe faltam. Entre elas estão as ações mis-sionárias realizadas pela classe, que ajudou a criar uma igreja em Campo Largo e a fortalecer o trabalho em Araucária. “O pri-meiro culto em Campo Largo foi feito em praça pública em dia de chuva”, lembra. Enquanto cerca de 80 pessoas foram abrigar--se embaixo de marquises, 20 cristãos usaram guarda-chuvas para falar do evangelho a elas.

Depois vieram outros desa-fios. Há 22 anos, também com o apoio da classe – que no começo fazia “vaquinha” para pagar a gasolina –, Elias começou a pre-gar em localidades do litoral do Paraná, como Assungui, Serra Negra, Potinga e Tagaçaba. Até hoje, uma vez por mês, ele segue para lá, de ônibus, para falar em cultos de jovens, EBDs, cultos de domingo e para fazer visitas a moradores. “Há necessidades lá embaixo”, justifica.

Elias trabalhou em grandes gráfi-cas e também foi zelador da PIB

quando ela estava ins-talada na

Desembargador Westphalen. Um dia, quando tinha 25 anos, foi convidado para pregar no culto de  quarta-feira. Ele aceitou, mas depois ficou preocupado com a responsabilidade que lhe fora confiada. Até que entendeu que “não ia falar de medicina para médicos e nem de engenharia para engenheiros, mas de algo que entendia melhor que outras pessoas”. Foi lá e usou o tema Daniel na cova dos leões.

Com tanto empenho no aprendi-zado e na missão de falar de Jesus, o gráfico foi consultado sobre se

“Os bereanos eram mais nobres do que os tessalo-nicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras

para ver se tudo era assim mesmo”

Page 12: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA12

queria ir para o seminário para ser pastor. “Sou mais útil fora”, respon-deu ele, que estudava a Bíblia no tra-balho e também em casa, de manhã e à noite. Decorou inteiros os livros de Mateus e Provérbios “e outras coi-sinhas”. Foi para a escola só até com-pletar 10 anos de idade, mas sempre gostou de ler, o que inclui revistas que lhe chegavam às mãos.

A família seguiu pelo mesmo cami-nho. Elias tem dois filhos. Um deles é pastor e outro está estudando para ser pastor. Tem também cinco netos, todos na igreja, e três bisne-tos. “Não sou pastor, mas me cha-mam de pastor”, disse, pouco antes de encontrar-se com um amigo na PIB que lhe deu um abraço e per-guntou “como está o pastor?”.  

Como começou a trabalhar cedo, ele aposentou-se cedo, mas não diminuiu o ritmo na igreja. “Agora tenho mais tempo”, diz, com os cabelos brancos e a mesma pai-xão pelo evangelho. “Fiz ceri-mônias de bodas de prata e de ouro e 15 cultos fúnebres”, conta. Questionado se tem algo que ainda quer fazer, ele responde que espera  ter  cada vez mais oportu-nidades de falar da Palavra. Sua oração tem sido atendida.

Quando precisou operar o coração, tempos atrás, Elias encontrou no quarto de hospital um rapaz que era católico e dizia que a mãe era mãe de santo. “Falei de Cristo para ele e, quando o rapaz ia sair para ser operado, perguntei a quem ia pedir socorro naquele momento”, lem-bra. “Ele respondeu que, daquele dia em diante, só para Deus.” Três dias depois de estar internado, Elias fez um culto no quarto com a parti-cipação de enfermeiros. “Enquanto Deus me der saúde, vou continuar.”

Entrevista

X

Page 13: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 13

Page 14: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA14

1. Discipulado2. Igreja3. Perfil do servo

1. Batalha espiritual2. Mordomia cristã3. Dia do Senhor4. Vida após a morte5. Volta de Cristo6. Hábitos espirituais7. Princípios de comunhão8. Arrependimento9. Novo nascimento10. Vida espiritual

1. Panorama bíblico2. Panorama do Antigo Testamento3. Panorama do Novo Testamento4. Classes para crianças 4-125. Classe para adolescentes6. Classe para jovens7. Classe para senhoras - May Deter8. Classe para senhores - Bereanos9. Classe especial (temas avulsos)10. Encontros doutrinários

Semestre I1. Caráter e carisma Semestres II, III e IV2. Núcleo de liderançaSemestres II, III e IV3. Núcleo de missõesSemestres II, III e IV4. Núcleo de adoração5. Semanas de imersão6. CFM em Ação7. Mentoria espiritual8. Aluno ouvinte 9. CFMFormação ministerial10. CFM - Idiomas

Ano I1. Sexualidade masculina e feminina2. O desenvolvimento emocional da criança3. Abusos4. Co-dependencia5. Pais discipuladores6. Culto doméstico7. Stress e depressão8. Como ganhar seu familiar para Cristo?9. Ansiedade: por que?10. Doenças e luto na família

Ano II1. Finanças: um guia para saúde financeira2. Hombridade e feminilidade3. Papéis no lar cristão4. Limites5. Educando filhos6. Perdão e além do perdão7. Adoração no lar8. Falar e ouvir9. Conflitos: oportunidade ou perigo?10. Amor e respeito

CONHEÇA A LINHA DE ENSINO DA PIB

Classes com pré-requisitos

41 [email protected]

Page 15: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 15

“(...) E a grande multidão o ouvia com prazer” (Mc 12.37).

Ao pensar sobre emoções e ensino--aprendizagem, o maior exemplo que temos é o do nosso Mestre Jesus. Nos Evangelhos, vemos Jesus ensinando seus discípulos, ensinando multidões e ensinando também uma única pessoa, como na passagem em que ele conversa com a mulher samaritana (Jo 4.1-26). Mesmo quando ensinava por meio de pará-bolas, os conte-údos ali trazidos eram aplicáveis à vida prática, e sempre úteis para a edifica-ção pessoal. Jesus também era o Mestre verdadeiro, aquele que era o exemplo concreto de seus ensinamentos. Por ser Ele o Filho de Deus, suas palavras e lições eram sempre coerentes com a vida que levava e com o padrão do Reino dos Céus. Portanto, ao ensinar, nós, como discípulos de Jesus, devemos ter não somente o conhecimento daquilo que esta-mos ensinando, mas também bus-car a aplicação do conteúdo falado à nossa vida e à vida daqueles que nos ouvem, através da ação do Espírito Santo de Deus.

O que é necessário para o aprendi-zado? Como as emoções facilitam o aprendizado ou se tornam um obstáculo para que ele ocorra? Na passagem mencionada, a Bíblia nos diz que a multidão ouvia

Jesus com prazer. Para o aprendi-zado, devemos estar com nossas emoções direcionadas à possi-bilidade de absorver novos con-teúdos. Quando estamos em paz, tranquilos e motivados com o tema a ser aprendido, geralmente temos maior facilidade de con-centrar e, portanto, de aprender. Se nossas emoções, ao contrário, são de medo, ansiedade, tristeza ou raiva por algo que esteja nos ocorrendo, nossa capacidade de

atenção e memorização fica pre-judicada e atrapalha, portanto, o processo de aprendizagem.

Em nosso cérebro, há estruturas envolvidas com o interesse afe-tivo – principalmente relacionadas à motivação e à carga emocional que um objeto externo desperta na mente. Essas estruturas são principalmente os lobos frontais e diversas estruturas límbicas que participam dos mecanismos cerebrais da atenção e motivação para novos aprendizados. Sendo assim, há certo consenso em que os aspectos emocionais e motiva-cionais interagem selecionando e hierarquizando a atividade mental consciente, produzindo a atividade atencional, para que haja absorção mental do conteúdo ensinado.

O sistema límbico é responsável por controlar as emoções e par-ticipa também das funções de aprendizado e memória. Por aqui, vemos que o processo de apren-dizagem está relacionado de maneira anatômica e fisiológica à carga emocional do momento.

Para aprender, devemos, portanto, ter prazer e motivação para o que está sendo ensinado, além de ver a possibilidade de utilização do

c o n t e ú d o em nosso dia a dia. Quem está ensinando deve tam-bém des-pertar nos aprendizes

a empatia e o prazer pelo aprendi-zado, assim como fez Jesus.

Diante de tantos exemplos dei-xados pelo Mestre, devemos, na questão do ensino-aprendizagem, ser sempre aprendizes da Palavra de Deus, em busca de santificação pessoal e, ao ensinar, devemos buscar sempre a coerência apli-cando à nossa própria vida aquilo que estamos ensinando.

“Quando Jesus acabou de dizer estas coisas, as multidões estavam maravilhadas com o seu ensino, porque ele as ensinava como quem tem autoridade” (Mt 7.28).

As emoções e o ensino-aprendizagem

Elke F. N. Oliveira Fernandes

APRENDIZAGEM

X

Para aprender, devemos, portanto, ter prazer e motivação para o que está sendo ensinado, além de ver a possibilidade

de utilização do conteúdo em nosso dia a dia. Quem está ensinando deve também despertar nos aprendizes a empatia

e o prazer pelo aprendizado, assim como fez Jesus.

Page 16: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA16

There is no greater message in the world than the Gospel. The word gospel means good

news. However, many times the Gos-pel message can be misunderstood or distorted when it is not explained in its entirety. We are not necessarily preaching the Gospel when we talk about things like “having purpose” or “your life has meaning.” When sharing the Gospel with an unbelie-ving friend, Christians tend to start with Jesus. We tell them they need Jesus to be saved. But starting with Jesus without explaining the details of creation and the fall can often lead to a poor understanding of the good news. With a limited knowledge of the Bible people will just try Jesus like they have everything else in life: drugs, alcohol, relationships, money, etc. The truth from the whole Gospel leads us to the necessary response of clinging to Christ as our only hope and holding onto Christ because of the true love we have found in God. In order to understand what makes the Gospel the Gospel you have to know the whole story. To make it brief, I think it is best to break the gospel into six parts: creation, man, God, reconci-liation, consummation and response.

Creation – It is important to know that when God created the universe he created it good and with perfection. At the end of the first chapter of Gene-

sis it says, “And God saw everything that he had made, and behold, it was very good.” Indeed God created that world in perfection, without sin, death, and suffering. All of his crea-tures were good and our first parents were without sin.

Man – Just three chapters into Gene-sis and we find a different scenario. Both Adam and Eve were given ins-tructions by God to obey and both of them became tempted and diso-beyed God. The main reason they disobeyed God was that they wan-ted to be like God. They wanted to have sovereignty and wanted to be center of the universe. That same attitude is passed on generatio-nally. We have all inherited a fallen, sinful nature from our first parents. The Bible teaches us that all men are born rebellious towards God (Eph. 2). It is our natural tenden-cies to go the opposite direction of God. Jesus explained this by saying that people love darkness rather than light because their deeds are evil and everyone who does wicked things hates the light (Jn 3). Further, the book of Romans explains that all have sinned and fallen short of the glory of God. Therefore, all of us hate the light and move away from God who exposes our sinful nature. Men hate God because they want to be God, but cannot.

God – Christians speak about “being saved” all the time. Often there is confusion on what it means to “be saved.” Some people will say that we need to be saved from Satan and others will say we need to be saved from hell. There is a bit of truth there, but more importantly we need to be saved from God. In the Jewish culture when you want to place an emphasis on something to get people’s atten-tion, you repeat the word. For exam-ple, Jesus says, “Truly, truly” before making a statement. This is to get everyone’s attention. Only one attri-bute of God is repeated three times in succession in the Bible. That attri-bute is his holiness. In the book of Isaiah, Isaiah has a vision of being in the presence of God. In the vision, the angels in the room cry out “holy, holy, holy” and Isaiah falls apart because he was in the presence of the a holy God. A similar thing happened to Peter when he witnes-sed Christ create a miracle by filling their nets full of fish. He responded to Jesus saying, “Depart from me, for I am a sinful man, O Lord.” Being around a holy God is a frightful thing because we know that we are unholy and deserve to be punished. Kno-wing who God is will help you unders-tand who you are. When you begin to grasp the truth of yourself and of God, you are taking steps towards understanding the Gospel.

the gospelDaniel Cecil

INGLÊS

Page 17: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 17

Reconciliation – When you start reali-zing how bad men are and how holy and just God is, you start wondering how it is possible that we can be saved. I once heard a preacher say, symbolically, that when he preached he was trying to put people into a dungeon so deep that the sound of keys would cause them to rejoice for the hope of being released. If you don’t understand your sinfulness nor the holiness of God, you will never see the beauty of the cross of Christ that releases us from the chains of sin and the wrath of God.

Paul taught, “God made him who had no sin to be sin for us, so that in him we might become the righteou-sness of God” (2 Cor. 5:21). When Jesus went to the cross he died in my place. God saw me, Daniel, on the cross. Jesus became everything that I am, a sinner, and God did not pass over him. Sinless Jesus took on the holy, just wrath of God in my place. That is how I am justified before God and I am able to be saved from God. At the same time, God remains just and not a wicked judge.

The depth of what Jesus has done is eternal but we start learning it through words like redemption and reconci-liation. We who were rebellious and natural haters of God can be recon-ciled to God and even friends with

him. When we start to understand the cross we begin to see the amazing love God has for us. The apostle Paul says it like this, “But God demonstra-tes his own love for us in that while we were sinners Christ died for us.” How can it be that Christ died for a sinner like me? This is costly grace. Salva-tion has come from the death of the Son of God. This, my friends, is good news.

Consummation – Next, the Gospel teaches us that Christ’s sacrifice was so valuable that God raised him from the dead. Sin and death do not win,

and God has conquered the curse. The resurrection teaches us that Jesus is indeed the Son of God and Jesus is the only way we can be reconciled to God. The resurrection also teaches us that one day all of the sin and suffe-ring will come to an end and those who have faith in Christ will resurrect as Christ did with glorified bodies. The Gospel points us to an amazing future of eternally being with God and enjoying him forever.

The Response – Responding to the Gospel message is simple. Jesus, Peter and Paul all say the same thing, “Repent and believe.” So many times we confuse the Gospel by telling peo-ple they need to make Jesus their per-sonal Lord and Savior or telling them to ask Jesus into their heart. Jesus never told anyone to ask him to come into their heart. He just said, “Repent and believe” and that is the message we see throughout the rest of the New Testament. The only way can receive the benefit of Christ’s death is trus-ting in Him alone, not by repeating a prayer or through a religious act like baptism. Jesus is Lord, the Bible tells us. We don’t make him Lord, we submit to him. And we gladly submit because of His great love for us demonstrated on the cross and because we know that we can trust Him. X

God made him who had no sin to be sin for us, so that in him we might become

the righteousness of God” (2 Cor. 5:21)

The Bible teaches us that all men are born rebellious towards God (Eph. 2)

Page 18: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA18

HOMENS

Page 19: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 19

LIDERANÇA

COMPETENTEAntonio Carlos Nasser

LIDERANÇA

Page 20: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA20

Figura 1. Gandz, J., Crossan, M., Seijts, G., Stephenson, C. (2010). Leadership on Trial: a manifesto for leadership development. London, ON., Canadá. Ivey Publishing. September 2010.

1. Será que eles têm as compe-tências para serem líderes? Será que eles têm o conheci-mento, a compreensão de con-ceitos-chave, fatos e relações

que necessitam para fazer o traba-lho de forma eficaz?

Segundo alguns professores da Ivey Business School (fig.1), para que haja uma avaliação satisfatória de líderes, em qualquer nível de uma organização, é necessário que se façam três perguntas:

2. Será que eles têm o com-promisso para serem líde-res? Sim, eles aspiram a liderança, mas estão dis-postos a fazer o trabalho

duro que a função exige? Há com-promisso para se envolverem com os demais no cumprimento da mis-são organizacional, no alcance da visão e no cumprimento das metas? 3. Será que eles têm o

caráter do bom líder e se esforçam para serem ainda melhores?

Competênciadas pessoas

Conhecimentofatos, valores,

conceitos, etc.

Compreensãorelacionamentos,

contexto, significância,relevância

HabilidadesAnálise, tomada de

decisão, comunicação,terminar o que começou,trabalho em equipe, etc.

JulgamentoIntuição, timing,

métodos, quem envolver,

como fazer, etc.

Competênciaorganizacional

Competênciado negócio

Competênciada estratégia

CaracterísticasValoresVirtudes

Caráter

Competências

AspiraçãoEngajamentoSacrifício

CompromissoIntelecto

Competências

LIDERANÇA

Page 21: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 21

Segundo os autores, os 3 C´s (Caráter, Competência e Compromisso) são funda-mentais para que uma auten-

ticação de líderes seja segura. E, na ver-dade, são características fundamentais para a vida de um homem cristão que deseja modificar a sua história e a da sociedade para melhor.

Para a nossa meditação vamos olhar apenas um desses “Cs”: A Competência e a sua relação com o estudo sistemático da Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, por homens cristãos. Homens devem liderar a sociedade (sem qualquer exclusividade, mas por uma função recebida) e, para isso, têm que buscar a competência necessária, de forma sistemática. Em que implica essa busca?

Os autores enquadram a competên-cia em quatro grandes áreas: Conhecimento, Compreensão, Habilidades e Julgamento.

Seguindo essa lógica, o Conhecimento diz respeito aos fatos, valores e conceitos expressos na Palavra de Deus. No estudo da Bíblia o cristão desejoso de servir a Deus precisa conhecer a própria Bíblia. Deixe-me explicar: há pessoas que estudam a Bíblia a partir de comentários e livros que falam a res-peito dela. No entanto nada substitui a leitura sistemática, devocional e de entrega a Deus. É preciso “conhecer” a história da ação de Deus em meio a Seu povo. O Conhecimento, no entanto, vai além dos fatos em si e se estende aos valores que a Palavra de Deus mani-festa. Quais são os fundamentos da fé? Quais são as virtudes cristãs que deve-mos perseguir diariamente? Qual é a

ética de Cristo que nos inspira e nos comanda à uma vida cristã saudável?

A Compreensão trabalha com a rele-vância dos fatos. O que aprendi pre-cisa ser relacionado à vida, ao dia a dia. Homens cristãos aplicam o Conhecimento porque compreendem que a vida só tem sentido se for vivida na dimensão da obediência. O que aprendemos na Palavra de Deus tem uma relevância única na existência humana. Nada pode substituir a reve-lação de Deus aos homens e, por isso, temos o dever de fazer uma leitura do contexto em que estamos inseridos e modificá-lo à luz da Bíblia. O con-trário não é verdadeiro. Um homem de verdade, de integridade sabe que há verdades absolutas nas Escrituras Sagradas que não podem ser ques-tionadas ou modificadas. A vida está sujeita à Palavra e não a Palavra de Deus à vida.

As Habilidades falam da análise dos fatos compreendidos. É preciso habilidade para se viver os princí-pios fundamentais de Deus na terra de forma coerente. Por habilidade entendo a prática sistemática que nos leva à experiência. Uma pessoa habilidosa é uma pessoa que por um treinamento intenso chegou à excelência. A maturidade não vem com a idade mas com a vivência obediente do cristão. Assim poderá discernir entre o bem e o mal, entre o bom e o excelente (cf. Hb 5.11-14).

O Julgamento, que também pode-ria ser chamado de Sabedoria, tem a ver com o “como” fazer as coisas. Um cristão que vive na busca constante do conhecimento de Deus e de Sua Palavra, que se entrega a uma compre-ensão liderada pelo Espírito Santo (1Jo 2.27), que aplica as Escrituras diaria-mente à sua vida e que busca a exce-lência das virtudes para se alcançar a maturidade, acabará recebendo de Deus a sabedoria necessária para jul-gar as suas decisões à luz da Palavra do próprio Deus: “Quem entre vós é sábio e inteligente? Mostre em mansidão de sabedoria, mediante condigno proce-der, as suas obras”. Tg 3.13

Um homem deve agir na história como um líder que Deus levantou para ser um agente de transformação. Não se pode mais pensar apenas em “receber” ou “ser abençoado” – aliás, temas recor-

rentes nas pregações atuais. Temos que nos entregar a uma jornada de fé que age na história, como homens que têm conhecimento, compre-ensão, habilidades e julga-mento/sabedoria, vindos de

Deus. Homens fiéis a Deus, cheios do Espírito Santo e que se reconhecem devedores ao mundo por tanto que já receberam do Senhor.

Quer ser um líder de verdade e de inte-gridade? Quer ser um homem com “hombridade” e reconhecimento na sociedade? Então seja um homem de caráter, que tenha um conhecimento adequado e que se comprometa com Deus e com as pessoas, diariamente.

Que assim seja, para a glória de Deus.

“Quem entre vós é sábio e inte-ligente? Mostre em mansidão de

sabedoria, mediante condigno pro-ceder, as suas obras”. Tg 3.13

OS 3 C’S

X

Page 22: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA22

NÃO ADORAR

É possível que os namorados permitam que seu namoro ou a pessoa com que estão se envolvendo assumam o primeiro lugar em sua vida. Isto é, vão além do desejo de estar junto, se conhecer e procurar agradar o outro. Vivem uma obsessão quase simbiótica em que o namorado(a) é tudo para si. A tentação no namoro cristão é deixar de lado o senhorio de Jesus Cristo para agradar quem você gosta. Tome cuidado. Nossa adoração deve ser entregue somente ao único e verdadeiro Deus, revelado por Jesus.

NÃO FAÇA UMA IMAGEM FALSA

A Bíblia deixa claro que toda imagem que substitua Deus em nossos pensamentos e ações é idolatria, ou seja, um pecado terrível. Idolatria é substituir Deus por qualquer pessoa ou coisa em nosso viver. No entanto, numa era em que mídia, a internet e o marketing são praticamente inevitáveis, o poder da construção de imagens em nossa mente é cada vez mais estimulado. Cuidado para não criar uma imagem errada da pessoa com quem está namorando ou quer namorar. O namoro ocorre justamente para que você conheça bem a pessoa, principalmente seu caráter e missão.

NÃO USE A BÍBLIA COMO PRETEXTO PARA SUPRIR SEUS DESEJOS

Dentre os dez mandamentos bíblicos, o terceiro fica por conta de não tomarmos o nome de Deus em vão. O nome era muito importante no contexto da Bíblia porque ele indicava o caráter da pessoa. Falar levianamente o nome de Deus incorreria em ter uma ideia errada a respeito do caráter de Deus. No contexto do namoro cristão, é imprescindível que o caráter de Deus revelado na Bíblia seja res-peitado como ele o é revelado: santo. É dever de cada pessoa, principalmente num envolvimento afetivo viver santidade a fim de refletir o caráter de Deus. O namoro cristão serve para que a ima-

gem de Deus que está em nós seja aperfeiçoado, desde que seja exercido em profunda devoção a Deus e santidade entre os namorados por causa do nome de Deus que eles zelam.

LEMBRE DE SUAS DEVOÇÕES A DEUS

O sábado ou shabbath dos antigos hebreus era um sinal da aliança entre eles e Deus. Não trabalhavam porque deviam se separar exclusivamente ao culto ao Senhor. Não era um mero dia de folga, era um dia fixado na agenda semanal de dedicação à ado-ração. Os costumes e atividades diárias que envol-viam essa dedicação eram peculiares da época, mas os valores deste dia devem ser aplicados até hoje em dia. O costume que os namorados devem ter de separar um dia da semana sem se ver ou falar, para dedicar-se às orações, jejum e estudo da Palavra deve ser levado em conta para que a vida com Deus prossiga sem qualquer interferência de qualquer pessoa ou circunstancia em seu viver.

HONRA A TEU PAI E MÃE

Quando você namora, você ainda está debaixo das orientações de seus pais. Somente quando você se casar e, consequentemente sair da casa deles, é que sairá debaixo da tutela dos pais. Espera-se que isso aconteça, esse desvinculo da dependência emocional e financeira deles. Porém, enquanto você está debaixo do teto dos pais, eles não devem tomar as suas decisões (lógico, quando você é maior que 18 anos), mas a influência deles é primorosa para o bom andamento de seu relacionamento. Primeiro, porque eles conhecem você muito bem. Segundo, porque eles tem mais experiência que você. Terceiro, eles são dignos de honra, não os decepcione com decisões precipitadas ou erradas que vão desonra-los. Há ainda algo importante a ser dito no que diz respeito a honrar pai e mãe: a sublimidade do binômio homem e mulher. Em outras palavras, Deus criou homem e mulher para criar filhos. Um filho somente será um individuo

1O MANDAMENTOS

JUVENTUDE

Page 23: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 23

com os recursos necessários para enfrentar a vida se ele possuí os modelos deste binômio em sua estrutura emocional. É mister que os namoros cristãos sejam heterossexuais e conduzam o namoro dentro dos padrões e limites bíblicos para carinhos e toque físico.

NÃO DESRESPEITE OS LIMITES EMOCIONAIS DO OUTRO

O livro de Henry Cloud e John Townsend chama-do Limites no Namoro é uma excelente leitura para quem quer namorar ou está namorando. No livro ele aborda não apenas a questão dos limites físi-cos que devem existir entre os namorados, mas principalmente os limites verbais e emocionais (nem sempre tão claros quantos os limites de toques). Namorar pode ser uma grande oportuni-dade de você aprender a dizer não para as suas tendências pecaminosas e as do seu namorado(a). O menor versículo da Bíblia – “não matarás” – deve exercido de modo literal e também emocional, principalmente numa relação de proximidade afetiva. Por vezes, infelizmente, matamos pessoas com nossas palavras, manipu-lações e tendências pecaminosas. No seu namoro, não mate a si mesmo nem a pessoa com quem na-mora.

NÃO FAÇA QUALQUER TIPO DE SEXO FORA DOS PADRÕES DE DEUS

O sexo é uma dadiva de Deus reservada dentro do pacto matrimonial entre homem e mulher. No na-moro cristão se celebra, de certo modo, a sexuali-dade: a capacidade inerente que Deus nos conce-deu de amar e ser amado, de sentir desejo e paixão, de se permitir ser conhecido e conhecer. Todavia, no uso da nossa sexualidade em termos de expres-sões de carinho e afeto devem ser contidas no na-

moro. Um casal de namorados que pratica o ato sexual e/ou passa dos limites da expressão física de carinho nos beijos, abraços e carinhos perde a oportunidade de investir tempo e energia em ou-tras áreas da vida mais importantes neste período de conhecimento mútuos, além de corromper sua comunhão com Deus por estar em pecado. J.R.R. Tolkien, autor da trilogia O Senhor dos Anéis, es-creve ao seu filho solteiro sobre os riscos da ativi-dade sexual fora dos padrões de Deus: “O Diabo é incansavelmente habilidoso, e o sexo é o seu assunto favorito” [...] “Ele é tão bom em apanhá--lo por meio de motivos generosos, românticos e compassivos, como o é por meio de motivos mais comuns ou naturais”. Tolkien entendeu e advertiu seu filho que o amor romântico não é suficiente

para justificar o sexo. Não basta es-tar apaixonado para fazer sexo, é preciso ser casado para desfrutar dos privilégios sexuais.

NÃO EXIJA O QUE NÃO LHE PERTENCE

É muito comum os namorados fazerem certas exi-gências durante o período de namoro, principal-mente aqueles que namoram com seriedade e foco no casamento. O casamento é o foco corre-to do que se entende por namoro cristão. Porém, nem todas as exigências que os pares fazem são cabíveis no período de namoro. Certas exigências de tempo, finanças, se vai ou não casar, fazer isso ou aquilo com a família de origem, etc. devem ter a hora e o modo certo de serem feitas. Essas exi-gências são manifestadas através de críticas des-trutivas e cobranças exageradas. Quando alguém é roubado materialmente, certamente passa por um um dano terrível de violação de sua dignidade, direitos e privacidade. Agora, reflita: quanto maio-res são os roubos emocionais que podem aconte-cer entre namorados. Uma coisa é certa, o na

O casamento é o foco correto do que se entende

por namoro cristão.

dos namorados cristãos1O MANDAMENTOS Igor Pohl Baumann

Page 24: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA24

ciplina do Senhor pode libertar alguém da menti-ra. Não espere passar por isso em fase alguma de sua vida: assuma, fale e viva a verdade.

NÃO FAÇA COMPARAÇÕES COM OUTROS

Joshua Harris falando sobre namoro diz que o im-portante num relacionamento afetivo são as suas convicções, não o que os outros vão pensar de seu comportamento cristão. Em outras palavras, o que você está vivendo hoje deve ser sempre pautado nas Escrituras Sagradas, e a Bíblia deve ser o fundamento de suas convicções pessoais. A Bíblia vai orientá-lo em como pensar e agir no seu namoro. Filipenses 4.8 dá um indicio de como proceder: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”. O alvo de sua vida deve ser a glória de Deus. Quando isso acon-tece, você se torna um filho de Deus satisfeito, por conseguinte, não é um namoro que vai preen-cher seu coração, ele vai agregar mais da vontade de Deus para sua vida. Mas sua vida está foca em Deus. Não no namoro, não nos outros.

moro cristão visa o casamento, porém, isso não significa que será de imediato que você venha a se casar com tal pessoa. Preserve sua dignidade, tempo, direitos e honra. Se falhar nisso, pratique o perdão. O perdão você vai praticar a vida intei-ra, principalmente quando se casar.

MENTIRA EM NENHUMA HIPÓTESE

Um cristão jamais deve mentir. Para o seguidor de Jesus Cristo não existe mentira “branca” ou “cinza”. Jesus deixou claro que seu “sim” deve ser “sim” e seu “não” deve ser “não”. Toda mentira tem sua origem no perversor da verdade, o diabo. A mentira num relacionamento afetivo causa ma-les incalculáveis. Por vezes, quando um dos pares mentem ou omitem – seja por quais razoes isso seja feito – os danos podem ser irreparáveis. Não se deve mentir em relacionamento algum, em hi-pótese alguma, quanto mais num relacionamen-to amoroso cuja relação se baseia na confiança, lealdade e seguranças de amor mutuas. É triste dizer, mas quando há mentira no namoro, a pos-sibilidade de tê-la no casamento é certa. Não leve mentiras para seu casamento. Somente a graça e misericórdia de Deus através da aplicação da dis- X

JUVENTUDE

Page 25: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 25

Page 26: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA26

A vontade de Deus é que você tenha uma vida finan-ceira saudável, e a Palavra de Deus é útil para ensiná-lo a alcançar esse objetivo (2 Tm 3.16).

Para tanto, a primeira iniciativa deve ser a “renovação de sua mente” (Rm 12.2), de tal forma que sua conduta financeira seja integralmente conduzida pelos princí-pios bíblicos. Nesse sentido, “onde está o seu tesouro, aí estará também seu coração” (Mt 6.21).

Entendendo melhor: suas finanças refletem tão somente o conjunto de opções de consumo que você tem associado a uma determinada renda. O consumo reflete as prioridades de seu coração. Portanto, ao falar de vida financeira à luz da Bíblia, tem-se que “sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, por-que dele procedem as fontes da vida” (Pv 4.23). Quando falamos do coração, ensina-nos o salmista: “ ‘guardei’ as suas palavras em meu coração, para não pecar con-tra ti” (Sl 119.11). Assim, Jesus diz que “a nós’ é dado conhecer os mistérios do reino de Deus” (Lc 8.10), e o profeta Moisés diz que “as coisas encobertas perten-cem ao Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei” (Dt 29.29).

Dessa forma, suas finanças, a administração de sua renda e suas opções de consumo devem ser conduzidas à luz da vontade revelada de Deus. Essa é uma questão tão sensível na vida das pessoas, que o próprio Jesus afirmou não ser possível servir a Deus e às riquezas (Lc 16.13), e o apóstolo Paulo diz que “ o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males” (1Tm 6.10).

Como se vê, nossa vida financeira deve refletir, em primeiro lugar, o senhorio exclusivo de Deus em nos-sas vidas. Para tanto, Deus estabeleceu, em sua imensa sabedoria, leis e princípios que vão calibrando nosso

Deus, você e sua vida financeira: um passeio pela Bíblia

Eduardo Alvarenga

FINANÇAS

Page 27: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 27

coração e fortalecendo nossa fé, para que, em algum ponto de nossa cami-nhada, possamos chegar a dizer que “sua graça nos basta” (2Co 12.9)!

O coração do velho homem só pode produzir avareza (Mc 7.22) e Deus, a partir de sua obra restauradora,

estabelece a generosidade e a obediên-cia a serem refletidas em sua vida finan-ceira nos seguintes aspectos:

1) “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento em minhaW casa” (Ml 3.10);

2) Deus se agrada de um coração gene-roso para com a sua obra (Pv 11.24);

3) Deus se agrada de um coração aten-cioso para com os que pertencem à famí-lia da fé (Gl 6.10);

4) Deus se agrada quando direcionamos nossa atenção financeira para as neces-sidades do próximo (Pv 3.27; Pv 19.17);

5) Deus se agrada quando transforma-mos nossa renda em patrimônio e conse-guimos honrá-lO com esses bens (Pv 3.9);

7) Deus se agrada quando nos conten-tamos com os bens que temos (Hb 13.5), sabendo que, para adquirir outros bens, certamente haverá um tempo e um modo (Ec 8.6);

8) Deus se agrada quando somos dili-gentes na administração de nossos recur-sos financeiros – ajustando o consumo à renda, honrando todos os compromissos e sempre dando bom testemunho (Mt 25.23).

Por que devemos agir como foi men-cionado quanto aos dízimos, às ofertas e à gestão financeira? Devemos fazê-lo exclusivamente porque Deus quer, por-que essa é sua vontade, porque é um passo de fé, porque assim reconhece-mos nosso Deus como o Deus de todas as áreas de nossa vida; enfim, porque essa é sua DOUTRINA!

Por fim, qual a relação de tudo isso com sua vida financeira cotidiana? Você só pode dar o que tem. Você nunca con-seguirá dar o que não tem, é impossível! SÓ PODEMOS DAR O QUE TEMOS e, se temos, PRIMEIRO RECEBEMOS e, se rece-bemos, a GRAÇA DE DEUS se manifestou em nossas vidas! A palavra nos ensina: “Provai-me nisto, diz o Senhor dos Exér-citos, se eu não vos abrir a janela dos céus e derramar bênçãos sem medida” (Ml 3.10); no tempo certo, Deus fará “as chuvas serem derramadas ” (Zc 10.1); e “Deus pode fazer abundar em toda graça (...) e também suprirá e aumentará a vossa sementeira e multiplicará os fru-tos da vossa justiça, enriquecendo-vos, em tudo, para toda generosidade, a qual faz que, por nosso intermédio, sejam tri-butadas graças a Deus” (1Co 5.8-12). “O temor do Senhor é o princípio da sabe-doria” (Pv 1.7a): deixe Deus ser Deus também de seu bolso; seja mordomo de Deus (1Co 4.2); “junte tesouros no céu” (Mt 6.19-20), e deixe que as Sagra-das Escrituras ajustem seu coração e sua vida financeira – sempre para honra, glória e louvor exclusivos de nosso Deus. Amém.

ESCOLA

X

Page 28: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA28

Page 29: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 29

Page 30: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA30

do ensino e da aprendizagem

ENSINO

Page 31: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 31

do ensino e da aprendizagem

na IgrejaMartha Zimermann de Morais

Os desafios

Page 32: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA32

Nossa tarefa não é causar boa impressão naqueles a quem ensina-mos, mas provocar neles um impacto. Não é apenas convencê-los, mas levá-los a uma transformação de vida. (HENDRICKS, 1991).

O processo ensino-aprendiza-gem é complexo e dinâmico. Muitos educadores devem pensar: como meu aluno

aprende? O que o mobiliza para pres-tar atenção e assimilar o conteúdo que estou desenvolvendo? Como posso melhorar minha prática peda-gógica para que meu aluno aproprie--se do conhecimento e possa utilizá--lo em sua vida?

Este processo pressupõe que todo conhecimento ao ser transmitido (ensino) só será realmente apreen-dido (aprendizagem), se for acom-panhado de uma mudança no estilo de vida. Podemos concluir que só aprendemos quando nos apropria-mos de tal forma de determinado conhecimento que este transforma nossa visão de mundo e, consequen-temente, nossas atitudes diante dele. Aquilo que realmente tornou-se parte de nossa vida jamais é esquecido.

Se pensarmos que somos educado-res cristãos e temos o compromisso de “ensinar para transformar vidas”, como diz Howard Hendricks (1991), estas questões se ampliam e nos mos-

tram a responsabilidade que temos de sermos professores que recebe-ram uma missão singular: ensinar a palavra de Deus de forma profunda e eficaz, de forma que os aprendi-zes possam ser trabalhados em seus valores mais profundos e, assim, usu-fruam de uma vida cheia do Espírito Santo.

Consequentemente, não basta ape-nas ouvir: é preciso apropriar-se do conhecimento no sentido de mudar, rever, adequar modos de pensar e de viver. Portanto, o ensino deve conter vida. Jesus demonstrou esta preo-cupação ao utilizar eventos do coti-diano para transmitir os ensinamen-tos fundamentais da fé.

Nossa tarefa não é causar boa impres-são naqueles a quem ensinamos, mas provocar neles um impacto. Não é apenas convencê-los, mas levá-los a uma transformação de vida. (HEN-DRICKS, 1991).

Por isso é necessário fugir do con-teudismo vazio, que apenas traz uma visão enciclopédica da palavra de Deus, mas que não produz vida. Aprender significa ampliar os hori-zontes, ver além das entrelinhas, superar obstáculos e alterar nosso

Filho, se você parar de aprender, logo esquecerá o

que sabe.” (Pv 19.27 NTLH)

ENSINO

Page 33: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 33

modo de agir. Ou seja: só aprendemos quando altera-mos nossa forma de ver o mundo e aplicamos aquilo que aprendemos de forma qualitativa em nossa vida. Consequentemente, ensinar significa desenvolver três aspectos fundamentais: conhecer, amar e fazer junto.

Conhecer, refere-se ao necessário desenvolvimento do conteúdo do ensino, que deve ser exposto de forma dinâmica, sem contudo perder sua essência de desenvolvimento das funções psicológicas superiores que, segundo Vygotsky (2000), referem-se às capaci-dades de generalização, abstração, atenção voluntá-ria e memorização. Para possibilitar que o alunos de fato aprendam o professor deve dedicar-se a tarefa de planejar o ensino, adequando o planejamento às características da faixa etária que irá trabalhar.

Amar está relacionado à necessária relação afetiva que deve ser desenvolvida entre os atores do pro-cesso educativo, uma vez que o centro da aprendiza-gem está localizado em nosso cérebro no sistema lím-bico, responsável por nossas emoções. Portanto, para aprender o aluno precisa perceber que o professor se interessa por ele de forma verdadeira e deseja que ele cresça em seu relacionamento com o Senhor. X

Grandes desafios, grandes proje-tos, maravilhosas oportunidades. Que Deus nos ajude a desenvolver-mos um ensino que:

• Vá além do conhecimento bíblico, promovendo mudança de valores, possibilitando que sejamos praticantes da palavra de Deus.

• Promova o desenvolvimento de relacionamentos sadios com Deus e na vida do corpo de Cristo, a igreja.

• Permita que Jesus controle o processo de edificação da igreja (1 Pedro 2.5) por meio de seus membros.

• Promova a unidade na diversi-dade – “...que estejam de acordo no que dizem e não haja divisão entre vocês.” (1Co 1.10v)

Page 34: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA34

Page 35: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 35

MOMENTOS INESQUECÍVEIS

EM FAMÍLIA

Nossa família compreende as pessoas com as quais mais passamos tempo em toda a nossa vida. São aqueles que nos acompanham na cami-nhada com Cristo e que nos conhecem de forma mais íntima e profunda! É sempre importante ter em vista como fazer dos momentos em famí-lia, momentos marcantes e inesquecíveis. Isto não acontece por acaso ou sem planejamento, embora algumas vezes eles possam acontecer quando menos esperamos. Gosto da frase de Reggie Joiner que diz: “Estar com os meus filhos, pura e simplesmente, jamais equivalerá a intera-gir com eles de forma saudável.”

É preciso quebrar o gelo, sair da rotina! Momentos da família com Deus podem ser momentos ines-quecíveis e muito divertidos. Para alguns o nome “Culto em família”, pode soar algo assustador ou muito arcaico. Contudo, posso garantir que momentos de culto, preparados com a sabedoria de Deus e com o envolvimento de todos podem ser momentos muito especiais. O culto familiar propicia ótimas oportunidades para transmitir valores, espiritualidade, princípios e histórias da Palavra de Deus de forma pessoal e cativante para a nossa família. Se esta ideia de culto familiar o assusta, coloco abaixo algumas dicas, baseadas no Manancial da UFMBB (disponível no site http://www.novacriatura.com.br/flashes/240-flashes.html), de como tornar este tempo em família, muito especial!

FAMÍLIA

Daniel Torres

Page 36: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA36

1. ORAR

Lembre que tudo começa com oração. Peça ao Senhor a inspi-ração e a autoridade sobre sua família para que estes momen-tos sejam de fato inesquecíveis. Peça para o Senhor colocar este mesmo desejo no coração da sua família, para que todos se sintam parte deste momento. Regue o encontro com oração e lem-brem de anotar tanto os pedidos quanto as respostas de Deus às orações da família!

2. COMPROMETER-SE

“Porém eu e minha casa servire-mos ao Senhor” (Js. 24.15). Para que estes momentos deem certo é necessário firmar um com-promisso entre todos os partici-pantes da família. Com carinho e sabedoria lembrem uns aos outros do compromisso de ado-rarem a Deus juntos, e mante-nham-se firmes nos combinados.

3. CONVERSAR A RESPEITO DESSA DECISÃO COM SEU

CÔNJUGE

Este é um passo fundamental, pois é muito importante o apoio de sua esposa/seu marido nesta iniciativa. Quando os dois adul-tos da casa dão o exemplo de unidade e disciplina, as crianças seguem o exemplo com alegria (às vezes com um pouco de pre-guiça, hehe...) Caso seja sepa-rado, lembre-se de avisar o pai/mãe de seus filhos sobre o tema que estão conversando, para que ele(a) possa reforçar o ensino.

4. APRESENTAR O PLANO PARA A FAMÍLIA

Organizem um plano juntos. Quanto tempo os encontros vão durar, qual será a periodicidade. Falem sobre expectativas. Talvez vocês possam pla-nejar como vai funcionar fazendo um passeio ao lugar favorito da família para discutirem o assunto. Lembre que normalmente momentos que ficam gra-vados na memória são aqueles que fogem da rotina!

5. ESCOLHER UM HORÁRIO

Talvez esta seja a decisão mais difí-cil a tomar, principalmente se seus filhos já são adolescentes ou jovens! Mas não desanimem, procurem por um horário que tenha menos pos-sibilidade de falhar. Caso vejam a necessidade de mudar de horário, tentar outro momento, não hesitem, procurem até encontrar.

6. ESCOLHER UM LOCAL

Procure um lugar onde a família possa se reunir de forma em que todos fiquem confortáveis. Alguns vão preferir a cama dos pais, ou a sala, a cozinha, a varanda; enfim, o importante é um lugar em que todos se sintam bem! Lembre-se da criatividade, não precisa ser sempre no mesmo lugar. Que tal um dia fazer um culto no par-que com um piquenique no final? Ir almoçar em um res-taurante que a família gosta e, durante o almoço, fazer uma rodada de elogios e palavras de afirmação? Que tal um dia reunir todo mundo na sala para uma “noite de cinema”, em família, usando uma parte do tempo para orarem uns pelos outros! Use a criatividade e peça a ajuda de Deus com as ideias.

7. ESCOLHER OS RECURSOS

É interessante que a família escolha um tema ou sequência de histórias bíblicas, para que todos possam entender a linha de raciocínio e facilite a organização dos encontros, semana após semana. Vocês podem combinar de estudar sobre a família de Abraão, erros e acertos que esta família cometeu. Podem estudar sobre a vida do rei Davi, separando momentos marcantes da história deste homem de Deus. Que tal falar sobre os milagres de Jesus no livro de Lucas? Seguindo uma sequência, os encon-tros ficarão mais fáceis.

8.    RESPONSABILIDADES

Dividir entre os membros da família a responsabilidade de liderança. Não deixe toda a responsabilidade sobre um mesmo membro da família. Dividam responsabilidades a cada encontro. Os menores podem começar orando ou relembrando os pedidos de oração da semana passada. Um outro membro da família pode escolher uma música que achou legal para que a família cante junto. Quem sabe o filho mais velho pode ficar com a responsa-bilidade de encontrar um lugar especial para o próximo encontro? Esta divi-são de tarefas ajudará no engajamento de todos no culto da família.

Page 37: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 37

FAMÍLIA

12.    PARAR PARA APLICAR,

PARA AVALIAR

Tarefas para a próxima semana sempre ajudam a todos fica-rem antenados no que está acontecendo, além de fixar o assunto. Quem sabe vocês podessam criar um código da família para que todos se sintam desafiados a cumprir aa tarefas, ou um prêmio, um recado na geladeira quando cumprir a tarefa, um momento para compartilhar como foi.

Estes passos podem ajudá-lo a viver momentos inesquecí-veis. Lembre-se que Deus se alegra em ver uma família reu-nida buscando conhecer mais sobre Ele. Tenho certeza que Ele se revelará a você de forma surpreendente e abençoará esta família com memórias incríveis!

 Tenha um ótimo encontro em família na presença de Deus.

11.  SOLICITAR SUGESTÕES

Faça com que o encontro seja dinâmico, e não um monólogo. Busquem interagir, conversar, pensar e melhorarem juntos este momento em família na presença de Deus, e que pertence a todos!

9.    CULTIVAR A REVERÊNCIA

É muito importante haver um equilíbrio entre um ambiente descontraído, alegre e legal sem perder de vista a seriedade e a reverência que este momento em famí-lia merece. Tenho lido um livro de Charles Spurgeon, “Pescadores de Crianças”, onde ele orienta os pais a ensinar às crianças o temer a Deus, ou seja, respeitar e reveren-ciar a presença de Deus em nosso meio.

10.    SER FLEXÍVEL

Lembre que interrupções no processo podem acontecer, ou atrasos no horário. Não adianta nada todos estarem no horário e dia combinado, mas com a “cara amar-rada”, pois foi um estresse colocar todos reunidos naquele momento. É necessário jogo de cintura e paciência para que todos estejam alinhados neste objetivo.

X

Page 38: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA38

Q ual o seu papel como cristão neste mundo? O que você tem feito para desempenhá-lo com excelência e eficácia? Estas são perguntas que se fazem presentes nas mentes daque-

les que se declaram discípulos de Cristo. De fato, a Bíblia estabelece a graça divina como a principal motivadora da ação humana em prol da glória de Deus e do bem-estar de todos os homens (cf. Ef 1.5-8; 2.10; Tt 2.14). Há quem diga que a salvação que Deus opera, por meio do Espírito Santo, compreende uma obra tripla: a obra que Deus realiza por nós – a salvação; a obra que Deus realiza em nós – a santificação; e a obra que Deus realiza por meio de nós – o serviço. Nisso tudo, percebe-se que o favor de Deus e a responsa-bilidade humana formam um relação indissociável. Como, então, alguém que é alvo da graça de Deus pode transformar o presente recebido em frutos que influenciam vidas e inspiram valores?

O apóstolo Paulo, um dos maiores líderes cristãos de toda a histó-ria, fornece informações valiosas sobre a missão da Igreja na terra. Segundo ele, a mesma graça que se manifestou salvadora é tam-bém graça que educa o homem a viver “sensata, justa e piedosa-mente, no presente século” (Tt 2.11-13). Assim, a graça de Deus é apresentada pelo apóstolo como o grande mestre: é ela que ins-trui, capacita e estimula a prática do serviço cristão. Esta ação do próprio Deus – no homem e por meio do homem - destaca a gran-diosidade do impacto causado pelo seu ensino gracioso. O Evan-gelho de João também declara algo semelhante: o Espírito que inspira vida onde lhe apraz também permite que os efeitos da sua ação sejam notáveis através dos filhos de Deus, tal como o vento é notado por onde quer que passe (Jo 3.8). É para isso que Deus nos dá o privilégio de sermos seus cooperadores (1Co 3.9).

Diante desse chamado eficaz entendemos que - como Igreja - é propósito de Deus que todos os seus servos exerçam seus dons na propagação do Evangelho de Cristo e edificação do seu reino. Mas

2014de que maneira isso pode se tornar realidade em sua vida? São para esses nobres propó-sitos que existe o CFM - Cen-tro de Formação Ministerial da Primeira Igreja Batista de Curi-tiba. O CFM tem como objetivo proporcionar uma capacitação otimizada para o exercício dos dons e talentos que Deus dis-tribui graciosamente por entre o seu povo. É uma proposta ampla de estudos que engaja o discípulo de Cristo no serviço ministerial.

O projeto do CFM desenvolve--se por dois anos de curso, em quatro módulos; o primeiro módulo – Caráter e Carisma - é para todos os alunos. São estu-dadas quatro diferentes disci-plinas, as quais objetivam uma transformação genuína na vida e no caráter cristão; transforma-ção esta que influenciará outras vidas. No segundo, terceiro e quarto módulo, o objetivo é focar especificamente na área escolhida pelo aluno: Missões, Liderança ou Adoração. Cada núcleo conta com professores experientes que, através de disciplinas teóricas e práticas,

CFM

Page 39: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 39

estimulam os alunos para um desempenho excelente na pro-pagação do Evangelho do Reino de Deus.

O núcleo de Liderança é desti-nado à preparação de pessoas para assumirem posições de liderança nas igrejas, levando em conta fatores ligados à dinâmica eclesiástica e também ao cui-dado pastoral.

O núcleo de formação do líder de Adoração, por sua vez, é desti-nado a pessoas que atuam e gos-tariam de atuar em lideranças de ministérios de louvor e adora-ção, alinhando aspectos técnicos e bíblicos.

O núcleo de formação em Mis-sões é destinado a pessoas que sentiram o chamado de Deus para ampliar o alcance do Evan-gelho de Jesus Cristo e precisam de treinamento específico para isso.

Mais do que um curso teórico, o CFM é eminentemente prático. Através da do envolvimento dos

alunos em atividades extras, as disciplinas ministrados em sala de aula são traduzidas em ações na Igreja e na sociedade como um todo. Essas atividades esti-mulam o aluno no exercício dos dons concedidos pelo Espírito Santo ao mesmo tempo que abençoam vidas de outras pes-soas.

Portanto, ao cursar o CFM você pode ver, experimentar e fazer parte do que Deus tem feito por meio do seu povo na terra. Assim, além de ser alvo da graça, você também pode se tornar agente da graça de Deus ao deixar as marcas do amor de Jesus por onde passar. Todos os cristãos são chamados para esse serviço e você não pode ficar de fora! É por isso que a equipe do CFM te convida a fazer a inscrição para a nova turma de 2014. Certa-mente será um tempo de apren-dizado muito proveitoso na sua vida! Deste modo, você poderá influenciar vidas de outras pes-soas e inspirar nelas os valores da Palavra de Deus!

O QUE É NECESSÁRIO?

O aluno do CFM deve dispor de seis horas semanais para aulas presen-

ciais (terças e quintas, das 19h às 22h). As aulas são ministradas na

Primeira Igreja Batista de Curitiba, no andar do ministério de Educa-ção Cristã (terceiro andar). Além disso, o CFM promove atividades

que compõem o currículo exigido para a formação: 1) Mentoria; 2)

Semanas de imersão; 3) Retiros; 4) Estágio (CFM em Ação).

CRITÉRIOS DE ADMISSÃO:

MEMBROS DA PIB: Ser convertido e membro da Primeira Igreja Batista

de Curitiba há pelo menos dois anos, ou ser membro da PIB e ter

concluído a Linha Básica de Ensino.

MEMBROS DE OUTRA IGREJAS: Ser convertido membro de uma igreja evangélica reconhecida e apresentar, junto com sua docu-

mentação, uma carta de recomen-dação do pastor responsável de

sua igreja local e a ficha do perfil ministerial preenchida pelo pastor

responsável.

DESCONTO ESPECIAL PARA INSCRIÇÕES ATÉ 29/11

R$ 80 R$ 100 matrícula

R$ 125 R$ 140 mensalidade

As inscrições para a turma de 2014 já estão abertas e podem ser feitas pelo site (www.pibcuritiba.org.br/cfm), na secretaria do CFM 3º andar (sala 311), ou em nosso stand no final dos cultos dominicais. Mais informações pelo telefone 3091-4330 ou pelo e-mail [email protected]

X

Rangel Morrissey Mantelli

Page 40: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA40

Segundo os dados do Censo 2010, mais de 45,6 milhões de brasileiros declararam ter

alguma deficiência. O número repre-senta 23,9% da população do país. O índice para a deficiên-cia intelectual é de cerca de 2,6 milhões de brasileiros. É um número muito grande para ser desconsiderado – e maior ainda se pensarmos nas famílias envolvidas com estas pessoas.

A inclusão educacional das pes-soas com deficiência intelectual tem sido cada vez mais comum nas esco-las regulares; é direito delas. Hoje encontramos incluídas, com muita frequência, pessoas com síndrome de Down ou com múltiplas deficiên-cias. Claro que ainda há um longo processo de uma inclusão satisfa-tória pela frente, principalmente se pensarmos na realidade da educa-ção brasileira no sentido geral.

O ensino do amorDaniele Gotardo Veloso

POR QUE A IGREJA DEVE INCLUIR

AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

INTELECTUAL?Ao pensar na ação dos

Direitos Humanos na luta pela acessibilidade, pelo

direito de todos, logo podemos lembrar o versículo de João 3.16:

“Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna”, ou seja, embora não houvesse nenhuma ela-boração legislativa para os direitos da

humanidade, Jesus já assegurava um direito que caberia a toda humanidade e, para se apropriar dele, era necessá-rio apenas crer que Jesus é o filho de Deus. Neste versículo, aliás – como em qualquer outro texto bíblico –, jamais encontramos Jesus fazendo acepção de pessoas, pois a sua mensagem é para TODOS, ou seja, toda a humani-dade tem direito ao acesso à mensa-gem de salvação dada por Cristo.

Acreditando que essa mensagem seja válida a todo ser humano, o Ministério com Especiais da Primeira Igreja Batista de Curitiba (PIB) tem sua proposta inclusiva e abrangedora, e entendemos que não essa seja apenas uma respon-sabilidade da liderança e de volun-tários envolvidos neste ministério, mas da igreja local.

A ideia de trabalhar o meio social com o eclesiástico nos dá a visão da igreja para uma proposta de missão integral1, pois a consciên-cia social e espiritual afinadas, dão

sentido à missiologia bíblica, que relaciona estas duas esfe-ras, em vez de separá-las.

MINISTÉRIO AME

Dentre os trabalhos desenvol-vidos dentro do Ministério com Especiais, vamos destacar o Ministério Ame, que tem como público alvo pessoas com defi-

ciência intelectual.

Esse é um ministério desafiador, que há pouco mais de dois anos tem acontecido na PIB Curitiba. Contudo, a sua história de anseio de consolidação aconteceu muito antes de maio de 2011. Tal neces-sidade partiu do coração de pais que gostariam da participação de seus filhos, os quais apresentam

“Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida

eterna” (Jo 3.16)

ESPECIAIS

Page 41: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 41

deficiência intelectual, ou seja, havia preocupação de que eles tam-bém fizessem parte da igreja local, trazendo um significado de grande importância para seus entes. Alguns entraves aconteceram, e não foi pos-sível implantar o ministério naquele momento. Ainda muito tinha de ser preparado, como ainda muito se tem a preparar, além também da necessidade de mais pessoas “visio-narem” com este ministério.

De acordo com a proposta de inclu-são da pessoa com deficiência2, elas precisam ser preparadas para assu-mir seus papéis como cidadãos. Para isso, faz-se necessária uma parceria – entre a sociedade e as pessoas com deficiência –, com o objetivo de efe-tivar a inclusão de forma adequada, qualificada e livre de preconceitos. A pessoa com deficiência, de qualquer natureza, causa ou grau, é beneficiá-ria do processo de reabilitação, seja em qualquer âmbito da vida, propor-cionando-lhe os meios de modificar sua própria vida.

No entanto, o Ministério Ame não pensa apenas na função social – por

meio das mediações sociais que busca realizar com cada participante –, mas também enfatiza o que é salvífico, pois cada pessoa necessita conhecer a sal-vação dada por Cristo e, em sua subje-tividade, pode entender a mensagem.

COMO A PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL PODE APRENDER A BÍBLIA?Esse é um processo que está em construção, por meio de trocas de aprendizagens das relações entre professores, pessoas com deficiên-cia e suas famílias.

A primeira forma de aprendizagem que todos os envolvidos podem entender se resume em uma única palavra: AMOR, que é a premissa para o nome do Ministério Ame. As pessoas com deficiência intelectual – e também seus familiares – são fre-quentemente rejeitadas de seu meio social; de maneira geral a sociedade ainda as trata com descaso, e nada é melhor que o apoio cristão para aco-lhê-las e amá-las.

Os “conteúdos” bíblicos têm sido escolhidos em conjunto com a equipe de professores. Temos ainda

aprendido a nos encaixar nas propos-tas temáticas desenvolvidas durante o ano pela igreja local, assim como nas demais datas comemorativas do decorrer do ano.

Quanto à aplicação, ocorre sem-pre de forma concreta e constru-tivista, e de acordo com os limites de cada um, mesmo com suas limi-tações, acreditando no potencial que eles apresentam.

Quando estamos separados em uma classe, o processo não é inclusivo; portanto, o nosso desafio é incluí--los no contexto de igreja local, para que eles também se sintam parte do corpo da igreja. As pessoas com defi-ciência intelectual também foram chamadas a ser Igreja. X

Page 42: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA42

Page 43: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 43

Page 44: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA44

VOLUNTARIADO

SER VOLUN-TÁRIO:DESEJO ARDENTE POR DEUS

A Bíblia está repleta de exemplos de pessoas, que tornaram-se servos chamados para uma missão, seja esta pontual, única, específica ou contínua.

É interessante observar que nem sempre o chamado chegou “completo”, inteiro, específico, mas envolveu a atitude, a resposta, o aceite.

Abraão quando recebeu o próprio Senhor e a anjos em seu acampamento foi pronto em identificar, pronto em atender e pronto em servir a Eles. E o Senhor foi com ele. O Senhor o abençoou.

Noé, Moisés, Davi, Abraão, Jonas, Paulo, Silas, Timóteo, todos foram chamados por Deus para servir.

Todos se voluntariaram para uma tarefa, uma missão. Todos atenderam a este chamado de Deus.

Claro, que alguns custaram a ouvir, outros fugiram para o deserto. Uns precisaram de muleta, outros de um interlocutor.

Alguns por rejeitarem ao chamado, acabaram como Jonas dentro de um peixe, onde entenderam seu próposito, clamaram pelo perdão e pelo privilégio de serem aceitos para a tarefa.

Seguramente todos já conhecemos estes exemplos e os admiramos. São nossos heróis na fé. Mas o que isso tem a ver com voluntariado? O que isso tem a ver conosco?

Nós também somos chamados para ser servos, somos chamados para uma missão: Isso é ser voluntário. Talvez nem todos sejamos chamados para ir a uma terra distante.

Talvez muitos sejam chamados a contribuir no sustento de outros servos. Chamados a dar suporte. Não importa. Importa sim atender ao chamado e realizá-lo com amor, temor e tremor.

Claro que muitas vezes também relutamos, duvidamos que o chamado, o serviço, seja para nós. Mas tenhamos fé. Vamos abrir nosso coração ao chamado do Espírito Santo de Deus.

Todos somos chamados com tarefas distintas mas de igual importância e relevância no reino de Deus. É assim que se constrói a igreja de Cristo.

É assim que somos edificados e edificamos a outros. É assim que aprendemos que crescemos como pessoas, como servos e como família de Deus.

Roberto Kallaur

X

Page 45: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 45

Page 46: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA46

O que

voce

quer

ser

quando

crescer?Raquel Passos Zampier

PROFISSÃO

Page 47: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 47

Q uem já não fez esta pergunta a alguma criança? Filho, sobri-nho, neto ou filhos de amigos, não importa. Gostamos de ouvir as respostas mais intrigantes que vem de mentes tão genuí-

nas e inocentes. “Quero ser a mãe natureza”, “Quero ser um super herói” ou para o orgulho do papai, “Quero ser igual ao Papai”. Toda criança por volta de quatro a cinco aninhos já consegue expressar um desejo de fazer algo, seja para ser igual ao papai ou a mamãe ou por ideias construídas a partir de seu conhecimento.

Os anos vão se passando, as crianças crescem, vão aprendendo, ganhando conhecimento e novas experiências. Aprendem português, matemática, ciências, aprender a nadar, cantar, dançar, falar inglês, etc. Quanto maior condição sócio econômica, mais atividades são colocadas em sua agenda.

Page 48: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA48

Até que um dia soa em seus ouvidos a pergunta mais temerosa “O que você vai fazer no vestibu-lar???”. E muitas outras objeções se seguem: “O vestibular está ai, então você já decidiu???”, “Eu acho que você devia ser médico, igual ao papai.”, “Não, eu acho que é melhor tentar Direito, depois pode fazer um concurso e está feito na vida.”, “Não, acho que ele não tem jeito para advogado, acho que poderia ser engenheiro.” Pobre garoto(a), “- Eu não sei, eu não sei o que fazer, não sei para que eu sirvo!”.

Esta é a minha, a sua, a nossa história, é a historia de nossos filhos. Infelizmente chegamos aos 16, 17 anos e temos que tomar tamanha decisão. Decidir sobre o futuro, sobre o que serão como homens e mulheres, com pouco ou quase nada de preparo para tomar esta decisão. Como se não bastassem os conflitos normais desta idade, tem o “terceirão”, ser aprovado no ves-tibular, e ainda o curso que terá de escolher. Quanto estresse!

Bom seria que ao entrar no terceiro ano o jovem já tivesse feito sua escolha, e aí a única preocupa-ção fossem os estudos. Mas como isso poderia acontecer? Fomos edu-cados a aprender e a conhecer quase tudo, menos a respeito de nós mes-mos. Não aprendemos nada sobre nós. Nem a família, escola ou igreja, incentivam o autoconhecimento, que é a base para a escolha profis-sional e muitas outras escolhas.

Não é de se surpreender que os próprios pais não tenham também este conhecimento. Peter Drucker em seu livro “Desafios gerenciais do século XXl” afirma que o autoconhe-cimento é uma das principais com-petências deste século.

Sendo assim, precisamos ter uma maior percepção quanto ao temperamento de cada criança, suas características, reforçar seus pontos fortes, permitir sim, que experimentem várias modalidades a fim de que descubra suas aptidões e evitando que a criança passe anos em uma atividade que não gosta ou não tem o talento. É preciso incen-tivar a criatividade e a independên-cia que permitem à criança pensar e tomar decisões por ela mesma, o que consequentemente aumenta seu repertório para que possa admi-nistrar seu próprio conhecimento.

Devemos cuidar para não reprimir algumas habilidades (criança fala muito, fala alto, inventa estórias) e respeitar suas características individuais, como a timidez por exemplo, não expondo a criança, mas encorajando-a.

Descobrir e usar nossos talen-tos é uma forma de honrar a Deus. Deixo aqui um desafio para pais, mestres e educadores no sentido de buscar novas formas de proporcio-nar e incentivar o autoconhecimento.

www.raquelzampier.com.brX

PROFISSÃO

Page 49: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 49

Page 50: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA50

Page 51: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 51

X

Page 52: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA52

Sabe, muitas pessoas tendem a encontrar justificativas para tudo o que fazem. Esse conceito é amplamente abordado por Rookmaaker no livro “A Arte Não Precisa de Justificativa”, em que ele apresenta sua visão sobre os artistas cristãos e qual a res-ponsabilidade destes em nossa sociedade. É interessante que mesmo tendo falecido em 1977, ele traz em seus comentários sobre a cultura e críticas sobre a sociedade uma avaliação perspicaz que pode ser apli-cada ao nosso contexto contemporâneo. A questão que marca todo o livro é que “a arte tem seu próprio significado como criação de Deus - ela não precisa de justi-ficativa. Sua justificativa é ser uma possi-bilidade dada por Deus. Assim, ela pode desempenhar muitas funções”.

METANÓIAnão se justifique!

livro CONTEÚDO PROMOVIDO POR QPOD+, QUADRO DO PROGRAMA ALTA TENSÃO TVSOBRE CULTURA, MÚSICA, FILMES, LIVROS E EVENTOS CRISTÃOS.

INDICAÇÕES

Page 53: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 53

METANÓIA

A história real de um jovem usuário de drogas foi a inspira-ção para o líder da Companhia de Artes Nissi, Caíque Oliveira, pensar na ideia de gravar o primeiro filme da companhia. O longa-metragem “Metanóia” é inspirado na triste história de uma mãe de Santarém (Pa, interpretada por Solange Couto), que fez um apelo à igreja para construir uma jaula para o filho viciado em crack. O pedido foi atendido e a jaula foi construída. Quando o pas-tor da igreja local foi visitar o usuário, contou ao Caíque que foi a cena mais horripi-lante que já presenciou. Desde então Caíque tem se ocupado em tornar essa história um filme envolvente. Com parti-cipação de Caio Blat, o filme conta a história de Eduardo, um dependente químico que após experimentar o crack chega ao fundo do poço. Será que ele sairá do submundo? Ou será mais um número nas estatísticas? O filme tem previ-são de estreia ainda para este ano nos cinemas brasileiros.

FILME

CONTEÚDO PROMOVIDO POR QPOD+, QUADRO DO PROGRAMA ALTA TENSÃO TVSOBRE CULTURA, MÚSICA, FILMES, LIVROS E EVENTOS CRISTÃOS. facebook.com/qpodplus

Sabe aquele momento que você decide dar um tempo dos trabalhos e separar um momento só para descansar? Foi em um fim de semana como esse que Deus

inspirou Abbi Rajasekhar, em Chicago, para a composição desse álbum, a partir da história da vida de Davi. Em um estilo folk com vocais femininos insanos com leves distorções, vibratos e uma rouquidão singular que dá seu toque à melodia.

músicapresença

Israel Lessak

X

Page 54: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA54

Page 55: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 55

CITAÇÕES

“A família para ser feliz precisa andar sobre os trilhos e ter as prioridades certas:1) Coloque Deus acima das pessoas;2) Coloque seu cônjuge acima de seus filhos;3) Coloque seus filhos acima de seus amigos;4) Coloque os relacionamentos acima das coisas;5) Coloque as coisas importantes acima das coisas urgentes.”

“As Escrituras não é uma série de pormenarizadas injunções e proibições como os fariseus e os jesuítas estabeleciam. O Alcorão mostra sua imensurável inferioridade relativa à Bíblia, não se fixando no espírito, mas na letra, dando regras de conduta permanentes, definidas, e específicas em vez de deixar lugar para o crescimento do espírito livre para a educação da consciência”.

Hernandes Dias Lopes

A.H. Strong

“Antes da Queda, o que era e o que deveria ser eram a mesma coisa. Mas agora, o que é e o que deveria ser não são o mesmo.”

A idolatria do pragmatismo: pragmatismo adora o que funciona. O pragmatismo geralmente sacrifica a verdade em detrimento do que parece funcionar. Cuidado com: tem que ser “prático” ou “será que funciona?”

J. Piper

Igor Baumann

Page 56: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA56

CITAÇÕES

“É impossível separarmos a saúde de uma igreja local da saúde de seus membros. Também, é impossível divorciarmos o bem-estar de um membro de igreja de seu crescimento e discipulado espiritual.”

T. Anyabwille

“A experiência do casamento lhe revelará a beleza e os aspectos mais profundos do evangelho. Em contrapartida, a compreensão melhor do evangelho o ajudará a experimentar uma união cada vez mais profunda com seu cônjuge ao longo dos anos. Por meio do casamento, ‘o mistério do evangelho é revelado’. O casamento é um instrumento importante para que seu coração seja restaurado de dentro para fora e sua vida seja inteiramente reconstruída a começar pelo alicerce. O casamento é penoso, porém, maravilhoso, porque reflete o evangelho que também é, ao mesmo tempo, penoso e maravilhoso.”

Tim Keller

“O poder salvador da cruz não depende de um acréscimo de fé; trata-se de um poder salvador tão grande que a própria fé flui dele.”

J.I. Packer

“À luz da eternidade, veremos que aquilo que desejavamos teria sido fatal para nós e o que evitavamos era essencial a nosso bem-estar.”

François Fenelon

“Sou cristão não porque a fé cristã é atrativa, mas porque é verdadeira.”

John Stott

X

Page 57: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 57

TRANSFORMEo

MUNDOJoão Mordomo

9 maneiras de você envolver-se em missões

T revor Ardill estava explicando o evangelho para as pessoas de uma vila rural na Nigéria quando o chefe foi até a frente da multidão e agarrou Ardill pela camisa.

“Você diz que Deus tem um filho?” ele perguntou. “E que este filho tornou-se homem e morreu na cruz para salvar-me do pecado?” O jovem missionário respondeu “Sim, é verdade”. O chefe, então, fechou os punhos e exigiu: “Quando?”

“Há mais ou menos 2000 anos”, foi a resposta. “2000 anos?! E você só veio me contar agora? E como que fica o meu pai? E meu avô? E toda a minha gente? Ninguém veio contar a eles!”

MISSÕES

Page 58: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA58

Vivemos numa crescente sociedade internacional. Graças à mídia, podemos saber sobre qualquer evento significativo logo que este aconteça. Mas pesquisas recentes (de CCI-Brasil e outras fontes) revelaram que muitos brasileiros não estão bem informados sobre o que acontece no mundo.

Como podemos esperar alcançar o mundo quando nem sabemos o que acontece nele? Estar por dentro das notícias, ajuda-nos a saber como orar e como agir para o reino.

1. Pense Globalmente

2. Ore

3. Leia

4. Faça Escolhas Inteligentes sobre o seu Estilo de Vida

Nossa batalha é espiritual. Oração coloca-nos nesta batalha e remove obstáculos. E mais, a oração per-mite-nos que entremos em várias campos missioná-rias ao mesmo tempo! Não tem certeza de como orar? Encontre um bom livro sobre as pessoas a quem o seu missionário está servindo, e comece a orar especifica-mente por suas necessidades. Intercessão Mundial, escrito por Patrick Johnstone, é um excelente recurso que pode ajudá-lo a orar com mais informações e efeito. Se você tem o e-mail, contate Marcia Martins no endereço <[email protected]> e peça para rece-ber mensalmente o informativo Notícias Missionárias. É um excelente recurso. Também pode visitar o “web-site” do SEPAL (www.infobrasil.org), COMIBAM (www.comibam.org) ou Teu Reino (www.teureino.org), que têm muitos informações em português sobre povos não-alcancados. Logo em breve, CCI-Brasil também oferecerá recursos de oração em português no inter-net. Entre em contacto conosco para saber mais.

Ler sobre missionários pode motivá-lo significativa-mente a ir para um campo missionário ou a causar um impacto impressionante aonde você está. Pela leitura, você pode tornar-se um exper. em certos aspectos de missões como as bases bíblicas, a his-tória, e assuntos contemporâneos em missões. Você também deve familiarizar-se com vários “heróis” missionários, variedades culturais, e a maior das religiões no mundo.

Quando eu ouvi a história de Ardill, eu me perguntei como que eu poderia prevenir que isto acontecesse de novo. Eu podia ver a necessidade das pessoas para “levar o evangelho aos confins da terra”. Mas eu só era um ministro de uma igreja local. Como eu poderia fazer um impacto mundial?

Enquanto eu orava e aprendia sobre como estar pessoalmente envolvido em missões, descobri 9 passos que poderia tomar para alcançar o mundo com o evangelho. Eu tenho visto estes passos crescerem em mim e em outros no tornar-se “cristãos mundiais”- crentes que tomaram responsabilidade pessoal na caminhada para que o alvo da evangelização do mundo seja finalizado.

As escolhas que você faz nas áreas de administração, educação, vocação e casamento tem um efeito signi-ficativo na sua habilidade de representar Cristo para o mundo. Você é um bom administrador? Está des-cobrindo e procurando desenvolver seu chamado(s), aptidões, temperamento, dom(s) espirituais? Se você ainda tem dúvidas sobre qualquer destas áreas, exis-tem inúmeros testes que podem ajudá-lo a determi-nar como Deus formou e capacitou você. Estes testes geralmente estão à venda em livrarias evangélicas.

Se você é casado, faça estas decisões e diagnósticos junto ao se esposo(a). Se o seu esposo(a) parecer oposto à idéia de envolver-se em missões, descubra o por quê, e seja sensível às opiniões dele(a) enquanto você procura ser obediente ao Senhor.

OS 9 PASSOS

MISSÕES

Page 59: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 59

7. Vá à uma viagem missionária

8. Cultive Compromisso com Missões

9. Encoraje outros a assumir um compromisso com missões

5. Contribua sacrificialmente

“Receio que a única regra segura é a de dar além daquilo que pensamos que podemos”, escreveu C.S.Lewis em seu livro “Cristianismo Puro e Simples”. Este princípio aplica-se não só com o que temos mas também com o nosso tempo e talentos.

Quais ministros ou missionários Deus tem dado a oportu-nidade para você sustentar financeiramente? Você pode-ria “adotar” uma etnia não alcançada, missionários, ou uma criança pobre de outro país e sustentá-los com suas orações e dinheiro? Deus tem te chamado para usar seu tempo ou energia para promover estas causas?

Não olhe para o que você pode manter além de suas despesas. Ao invés disso, faça seu orçamento e sua agenda baseado na prioridade de sustentar e estar envolvido em missões.

6. Procure Experimentar Diferenças Culturais

Que tal trabalhar onde você está? Você poderia colo-car seus “pés na água” num ministério trans-cultu-ral, ajudando num sopão, numa casa de abrigo, num clube Bíblico no centro da cidade, num projeto de construção rural ou numa campanha evangelística. Procure os estudantes estrangeiros da sua cidade. Normalmente, você achará estas oportunidades montando um grupo na sua igreja e bairro. Se isto lhe parece muito para começar, então comece expe-rimentando outras culturas, comendo num restau-rante estrangeiro. Escolha um lugar pequeno e que ofereça uma autêntica comida étnica. Enquanto janta, repare na decoração, na atmosfera, as pes-soas (especialmente se forem estrangeiros), os tipos de comida oferecidas e a maneira que são apresen-tadas e comidas. Veja se você consegue conhecer o pessoal que trabalha no restaurante. Para ser ainda mais aventuroso, não escolha a sua comida- peça que o garçom traga algo e surpreenda você!

Assim como os 35% de todos os nossos missio-nários que começaram com uma viagem missio-nária. Por que você não tenta? Todo mundo tem algo a oferecer trans-culturalmente.

Existem muitas organizações que se especializa-ram em missões trans-culturais (note que eu não disse missões estrangeiras). Você também poderia procurar trabalho ou voluntariar-se em oportuni-dades que darão à você uma experiência trans-cul-tural. Professores de Inglês, engenheiros, executi-vos, secretárias- qualquer profissão, certamente há uma necessidade na sua área, em missões.

Enquanto torna-se comprometido em alcançar o mundo para Cristo, o Senhor pode pedir que você envolva-se integralmente num ministério trans--cultural. Se você perceber que Ele está dirigindo sua família a isto, tome o próximo passo- contate algumas organizações missionárias e peça infor-mações sobre seu ministério, necessidades, e qualificações para o serviço.

Não é suficiente simplesmente ensinar ou dar o modelo de um compromisso missionário. Dirigir outros a ter um estilo de vida para sempre estar envolvido em missões, deve ser um ato bem inten-cional. E deve incorporar tanto o modelo como o ensino.

Você poderia ensinar e dar o modelo das idéias deste artigo. Poderia usar materiais orientados de discipulado. Muitas organizações cristãs oferecem materiais e palestrantes que podem ajudar você a passar sua visão missionária. Com uma pequena porção de criatividade, você poderia implementar a lista ilimitada de idéias que podem mudar vidas.

Que outros assumam um compromisso com a Grande Comissão por causa de você.

X

Page 60: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA60

Pastor, devo entrar na Faculdade Teológicaou no Centro de Formação Ministerial?

Como pastor, tenho o privilégio de conviver com os mais diversos tipos de pessoas. Porém, tenho dispensado energia a um grupo de pes-soas em especial: os que se envolvem ativamente com a obra de Deus. E uma das perguntas que mais ouço deles é “por que devo me preparar para servir a Deus?” e “que tipo de preparo é o mais adequado para o que Deus deseja de mim?”. Talvez você já as tenha feito.

De certa forma é fácil responder estas perguntas, ainda que não as queira fazer de modo enlatado e supérfluo. Difícil é desenvolver o que tais respostas nos desafiam. Primeiro, devemos nos preparar para a obra de Deus porque é necessário ter uma cosmovisão cristã em todo tempo, lugar e circunstância. Em segundo lugar, o preparo mais adequado vai depender do tipo de ministério que Deus está incumbindo a você. Porém, algo é comum para todos os tipos de preparo: a convicção a respeito de Deus e da Palavra de Deus. De certa forma, cosmovisão e convicção estão relacionados para o ser e fazer na obra de Deus.

Para obter uma cosmovisão adequada aos pensamentos de Deus e convicções coerentes com os desejos do Senhor temos de dispensar tempo investindo em estudar teologia.

IgorBaumannresponde!

TEOLOGIA

Page 61: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 61

Muitos são receosos quanto a estudar teologia ou até mesmo total-mente contra. Acham que é algo frio e por isso não compete às pessoas que se relacionam fervorosamente com Deus; ou, em especial os que foram picados pelo veneno da tradi-ção religiosa ou dos códigos mora-listas, têm ojeriza de qualquer coisa que envolva as palavras teologia, doutrina e ortodoxia. Infelizmente, muitos vivem sem qualquer relação intencional com a teologia. E pior, quando se dispõe a responder o seu cha-mado, apesar de suas boas intenções, estão errados em suas crenças e, consequente-mente, em suas práticas.

Joshua Harris, pastor da Cove-nant Life Church (EUA) afirmou que “[...] todos somos teólogos. A ques-tão é saber se o que sabemos a respeito de Deus é verdadeiro”. Eu incluiria ainda: “o que sabemos ver-dadeiramente a respeito de Deus determinará a precisão de nossa obediência a Ele e a eficácia de nosso serviço em nome de Jesus”.

Usar este espaço para falar de teologia é perguntar-nos acerca da qualidade de nosso relacionamento com Deus para interagir com ele em sua obra. Nosso conhecimento de Deus pode ser muito ou pouco, bem ou mal instruído, verdadeiro ou falso. No entanto, todos nós temos algum conceito de Deus. Isso é teo-logia. Você não tem como escapar disso! Teologia é importante por-que o que você crê sobre Deus, sua natureza e ações determinará a sua maneira de pensar e viver. Em outras palavras, se sua teologia for errada, toda sua vida assim o será. Precisa-mos de determinação em conhecer a Deus e de nosso conhecimento de Deus procederá nossas convicções e nossa cosmovisão.

Conhecer a Deus não precisa ser algo frio, acade-micista ou sem vida, como parece para muitos. Gosto quando Joshua Harris nos instiga à teologia dizendo que podemos estudar Deus através de sua Palavra assim como um homem apaixonado pode “estudar” sua esposa. Alguém o culparia por observá-la ou dese-jar ardentemente saber o que ela gosta ou não? Seria este homem problemático ou frio em sua relação de afeto se desejasse conhecer os desejos do coração dela ou de somente ouvi-la falar ou passar tempo juntos?

Estudar teologia pode ser uma jornada de com-preensão de que a sã doutrina está no centro de amar a Jesus com paixão e autenticidade. O que você precisa para fazer bem a obra de Deus é conhecer bem a Deus; e isto lhe proporcionará convicções que o levarão a níveis mais profundos em sua relação de amor com Deus por meio de Cristo Jesus.

Conhecer a Deus deve ir além das racionalizações dos acadêmicos ou dos êxtases dos místicos; deve nos tirar da preguiça de estudar a Bíblia e da superficiali-dade de nossa teologia. O melhor preparo para a obra de Deus deve levar-nos a uma cosmovisão que afete toda a nossa vida e as pessoas ao nosso redor.

Sim, eu entendo que temos receio de teólogos que não amam a igreja de Cristo, mas que tipo de teologia é esta que eles advogam saber? Que procuremos os teólo-gos corretos! Sim, eu me entristeço em perceber cristãos que amam a obra de Deus, mas sem um centímetro de profundidade em sua relação com Deus, porque assim acabam comprometendo toda a obra que se dispõe a fazer. Não obstante, podemos fazer diferente dos mode-los obsoletos e apáticos do passado!

É tempo daqueles que amam a Deus ardentemente com suas emoções dispensarem tempo de qualidade no estudo das Escrituras com a finalidade de desen-volverem convicções. É tempo daqueles que intera-gem com a obra de Deus estar certos pela diligência nas Escrituras que sua cosmovisão é capaz de afetar tudo e todos, pois procede do coração de Deus.

“o que sabemos verdadeiramente a respeito de Deus determinará a precisão de nossa obediência a Ele e a

eficácia de nosso serviço em nome de Jesus”

X

Page 62: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA62

Page 63: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 63

DISCIPULADO

HORAS7POR DIAS

DASEMANA

O discipulado é um mandamento de Jesus. Foi uma prática que os discí-pulos diretos de Jesus reproduziram com a geração seguinte de novos cris-tãos. A igreja primitiva possuiu vita-lidade espiritual e relevancia social quando seus membros experimenta-ram o discipulado.

Em nossa igreja o discipulado é um valor muito importante. Com dis-cipulado não queremos dizer apenas dos encontros de ensino em sala de aula ou com seu discipulador indi-vidual. Não é apenas preencher o caderno do discípulo e terminar as lições. Essa é parte de nossa meto-dologia, mas não é a essencia do que entendemos como discipulado. A metodologia que utilizamos, porém, visa levar as pessoas a viverem a essencia do discipulado.

O discipulado acontece quando vivemos os ensinamentos de Jesus e praticamos com coerência o que ele nos ensinou com seu modelo e nos ordenou com suas palavras e mandamentos.

Em nossa comunidade de fé, o discipulado acontece metodologi-camente de várias formas, sendo a principal desenvolvida por meio de relacionamentos – tudo isso visando o principal: a experiência de viver de acordo com a vontade de Cristo.

Temos os seguintes espaços para promover o discipulado:• Em nossas células – priorizando o

discipulado individual;• Em horários alternativos de disci-

pulado durante a semana;• Em classes de ensino em diversos

horários na semana;

A novidade do discipulado na pib-curitiba fica por conta do que cha-mamos de Disci-pulado 24x7, isto é, 24h por 7 dias da semana. Com isso, estamos dizendo que nosso estilo de vida como igreja dá prioridade ao discipulado. Esta-mos abrindo horários em todos os dias da semana para discipular pes-soas.

• O discipulado não é apenas um evento único e pontuado na vida do cristão. É um processo de matura-ção dos valores cristãos. Com estas ações espirituais e bastante práticas queremos atingir o coração de cinco tipos de pessoas, no mínimo:

• Os novos convertidos podem ini-ciar o quanto antes seu discipulado para conhecer mais a Jesus e, na caminhada com ele, atingir niveis de maturidade espiritual ainda maiores; os novos convertidos e interessados em fazer o discipulado podem acessar os discipuladores das células, os horários alternativos durante a semana para seu discipu-lado ou ainda frequentar as classes de discipulado;

• Os convertidos que desejam se tor-nar membros de nossa igreja podem começar o quanto a antes a realizar o módulo Igreja, da linha básica de ensino e, ao final do módulo, devem realizar uma entrevista com um dos pastores da igreja para reconhecer sua filiação;

Quer ser discipulado?

Para começar o discipulado inten-

cionalmente aqui na Primeira

Igreja Batista de Curitiba, você

precisa entrar em contato com

o ministério Elo, cujo telefone é

41-3091-4366 e o email: marcia.

[email protected] .

Você deve falar com Márcia Kalup-

niecks. Ela vai encaminhar um dis-

cipulador para caminhar com você.

Quer ser um discipulador?

“Para ser um discipulador em nossa

igreja você precisa ser convertido,

membro da Primeira Igreja Batista

de Curitiba, estar em pleno acordo

com nossas doutrinas e práticas

e ser habilitado através do curso

Perfil do Servo ou Perfil do Discipu-

lador. Esses cursos acontecem aos

domingos pela manhã das 9h30m

às 10h30m na escola bíblica. Para

maiores informações, contate o

ministério de educação cristã, no telefone 41-3091-4309 ou pelo email [email protected].

Page 64: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA64

• Os membros da igreja que desejam e devem crescer no conhecimento bíblico, no amor e proximidade cristã com as pessoas e também no exercicio e eficácia do seu ministé-rio dentro e fora do âmbito eclesi-ástico podem se inscrever em uma de nossas classes da escola bíblica para aprofundamento de sua expe-riência de vida com Deus;

• Todos os discipuladores de nossa igreja têm como forum de capaci-tação inicial o módulo Perfil do dis-cipulador e também podem parti-cipar ativamente como alunos do Centro de Formação Ministerial, pois o CFM existe para levar cada vez mais os discipuladores à moti-vação, profundidade e excelência em seu serviço como capacitação continuada na abençoada tarefa de discipular pessoas;

• O último grupo é o de líderes da igreja em geral (exemplo: diáconos, líde-res de células, supervisores de célu-las, professores da escola bíblica de todas as faixas etárias e temas, semi-naristas, líderes e coordenadores de projetos, irmãos da área de música, etc.). O CFM é um dos ambientes de capacitação feitos parar você! Se você não pode se matricular no CFM em tempo integral, você pode reali-zar algumas disciplinas como aluno ouvinte, basta entrar em contato com a coordenação;

O que esperamos com essas ações é que cada pessoa cresça na graça e no conhecimento de Deus. Para você saber como ser um discipulador entre em contato conosco no 3091-4309 ou pelo email [email protected]. Se você quer ser

discipulado o quanto antes, contate o Ministério ELO pelo telefone 3091-4347 ou [email protected] X

Já é discipulador?

Se você já discipula pessoas, con-

vidamos você à realizár o curso

Perfil do Servo ou Perfil do Discipu-

lador. Esses cursos ocorrem todos

os domingos na escola bíblica das

9h30m às 10h30m e tem duração

de 12 encontros. Se você já fez

esses cursos básicos, convidamos

você a entrar no CFM - Centro de

Formação Ministerial, tanto como

aluno integral ou aluno especial.

Para maiores informações, contate

o ministério de educação cristã

no telefone 41-3091-4309 ou pelo

email [email protected];

Page 65: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 65

Page 66: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA66

Quando um sonho vem de Deus tudo se encaixa: os recursos aparecem e a obra é com-pletada, redundando em glórias ao Seu Nome.

Após 23 anos de ministério pastoral no Brasil, eu e a minha família fomos ao Canadá para um tempo de aprendizado e experiência transcultural, no início de 2006. Ali servi como Diretor de Comunicações da XGlobal, uma organização cristã que trabalhava um sistema para conectar pessoas de todo o mundo, sob a bandeira de Missões.

Em 2008 fui convidado a pastorear uma Igreja Canadense de fala inglesa e percebi o quanto ela carecia de um programa de Educação Cristã mais consistente. Durante o trabalho de planejamento senti o quanto as pessoas têm sido resistentes a cursos e estudos sequenciais e presenciais de longa duração.

Enquanto estudava sobre esse tempo em que vivemos, minha mente viajava extasiada pelas possibilidades que hoje temos nas mãos, através da internet. Comunicar, hoje, não é uma tarefa fácil, e muitos já nem se interessam pelo que oferecemos, tradicionamente, como Educação Cristã a partir de uma Igreja local.

Como atingir a pessoas que não têm tempo para frequentar uma Escola Dominical ou um programa de discipulado pessoal? Como ajudar os que estão decepcionados com a Igreja local e que estão reclusos em seus lares, ainda que amem a

Deus e desejam fazer a Sua vontade? Como alcançar pessoas para Cristo, se elas não frequentam nos-sos cultos? Como ajudar a Igreja local a alcançar e discipular a uma multidão que se aproxima pedindo para conhecer a Deus?

Ao retornar ao Brasil no fim de 2010, trouxe na bagagem o aprendizado daqueles anos e a visão desafiadora de iniciar um sistema que proporcion-asse um treinamento cristão na vanguarda da tec-nologia: uma jornada de fé e crescimento espiritual que alcançasse as pessoas onde elas estão. Mas eu precisaria de parceiros… onde encontrá-los? Fiquei em oração e esperando no Senhor.

Em 2012 nos mudamos para Curitiba e passamos a frequentar a PIB, e no dia 19 de Julho compartilhei a visão com o Pr. Paschoal Piragine Jr. e a resposta foi imediata: “É isso o que queremos e precisamos. Vamos construir juntos, esse sistema!”

Os Ministérios de Informática, Educação Cristã e Comunicação foram convocados para esse trabalho imenso e tivemos a nossa primeira reunião de plane-jamento no dia 1º de Agosto de 2012.

Hoje, exatos 291 dias após o início de nosso trabalho, no mês do aniversário de 99 anos da PIB, temos a alegria e a honra de disponibilizar a você um sistema inteligente, moderno, colaborativo, de fácil acesso e em constante avaliação, adaptação e cresci-mento. Muito mais do que uma webpage, o sistema AJORNADA integra estudo e leitura da Bíblia, sala

Page 67: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA 67

de oração, biblioteca com materiais de apoio (com livraria virtual integrada), mentoria (discipulado), e muito mais.

Entregamos a você uma versão básica, mas que nem por isso é simples. Há, ainda, muito trabalho pela frente e muita novidade para você no futuro. A sua participação navegando nesta JORNADA e dan-do-nos o seu feedback, não somente trará benção para a sua vida como nos ajudará a melhorar esse sistema vencedor!

Imagine a cena: Uma pessoa da cidade de Manaus acessa o AJORNADA e uma Igreja local da mesma cidade se registra no sistema como uma Igreja parceira. O sistema AJORNADA os colocará em contato e mentores qualificados e aprovados poderão ajudar os usuários a se encontrarem, e a participa-rem de uma Igreja mais perto de sua casa.

Imagine, ainda, que alguém da PIB, que já con-hece a Cristo e as Suas doutrinas básicas, deseja crescer em sua fé mas não tem muito tempo dis-ponível. O sistema AJORNADA poderá ser acessado quando e onde a pessoa estiver, com estudos dis-ponibilizados 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Em novas versões teremos estudos mais profun-dos e sequenciais. E você poderá escolher o currículo que vai estudar, de acordo com os seus interesses.

Anote: temos hoje o AJORNADA, em Português e, no futuro, lançaremos esse sistema com o nome de EJOURNEY, em várias outros idiomas. Não é incrível

o que o Senhor está fazendo através desta Igreja? Deus é bom…, Deus é muito bom!

Você é parte desta visão! Como parcei-ro(a) precisamos que caminhe conosco nesta JORNADA de fé, de relacionamentos, de encon-tros com Deus e com a Sua Palavra. Afinal, o que mais queremos, como Igreja de Cristo no mundo, é conhecer a Deus e fazê-Lo conhecido!

Com amor,

Antônio Carlos NasserCoordenador Geral do sistema AJORNADA

[email protected]

Nossa gratidão a todos os que serviram e continuam a servir com dedicação para que o AJORNADA seja uma benção. Não quero me esquecer de ninguém e por isso não vou citá-los nome por nome. Gente que orou, deu ideias, participou de reuniões, se esforçou para criar um sistema abençoador. Mas faço menção especial à equipe de Informática da nossa Igreja nas pessoas do Renan e do André. Deus seja louvado pelo esforço de vocês. X

Page 68: Educação Cristã em Revista - Número 2

EDUCAÇÃO CRISTÃ EM REVISTA68