educaÇÃo em valores e complexidade: um estudo … · representações sociais docentes a respeito...
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Universidade Estadual de Maringá 07 a 09 de Maio de 2012
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EDUCAÇÃO EM VALORES E COMPLEXIDADE: UM ESTUDO
DAS REPRESENTAÇÕES DE PROFESSORES E PROFESSORAS
DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE CAMPO MOURÃO
PÁTARO, Ricardo Fernandes (UEM)
CALSA, Geiva Carolina (UEM)
Agência Financiadora: Fundação Araucária
Introdução
A pesquisa de doutorado que aqui apresentaremos insere-se nos trabalhos do
Grupo de Estudos e Pesquisa em Psicopedagogia, Aprendizagem e Cultura – GEPAC,
da Universidade Estadual de Maringá. O objetivo é investigar quais são as
representações sociais docentes a respeito da educação em valores e em que medida
ajudam a problematizar os objetivos da educação atualmente. Diante das dificuldades de
convivência, dos obstáculos para a obtenção de índices de aprendizagem satisfatórios e
até mesmo dos problemas relacionados ao bem-estar de educadores(as), estudiosos
apontam para a importância de repensar os objetivos da escola, passando a considerar a
necessidade de uma educação em valores voltada a crianças e jovens no âmbito escolar
(AQUINO e ARAÚJO, 2001; ARAÚJO, 2002, 2003, 2007; MORENO, 1998; PUIG,
1998, 2000, 2007, 2010).
Tendo em vista que a pesquisa visa problematizar a educação em valores sob a
ótica docente, consideramos importante elucidar primeiramente quais são, a partir do
referencial que adotamos, os dois eixos básicos da educação.
A instrução e a formação ética
Para Araújo (2003), os dois eixos básicos e indissociáveis que caracterizam os
objetivos da educação são a instrução e a formação ética. A instrução refere-se aos
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conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade, geralmente trabalhados na
escola por meio dos conteúdos organizados em torno de matérias como matemática,
geografia, história, língua, ciências, artes, educação física, etc. A formação ética, por
sua vez, é
[...] a busca pelo desenvolvimento de alguns aspectos que dêem aos jovens e às crianças as condições físicas, psíquicas, cognitivas e culturais necessárias para uma vida pessoal digna e saudável e para poderem exercer e participar efetivamente da vida política e da vida pública da sociedade, de forma crítica e autônoma. (ARAÚJO, 2003, p. 30-31)
A formação ética, definida acima por Araújo, refere-se a um aprendizado
relacionado ao que chamaremos aqui de educação em valores. Vale destacar que essa
formação ética vai além do eixo da instrução, mas se relaciona a ela, visto que as
condições físicas, psíquicas, cognitivas e culturais necessárias para se participar da vida
pública não podem prescindir do aprendizado da leitura e da escrita, por exemplo. De
acordo com Araújo, geralmente as escolas se propõem a realizar os dois objetivos
citados anteriormente, mas acabam se preocupando apenas com a instrução, deixando
de lado a formação ética. Quando isso ocorre, não é raro que os dois eixos sejam vistos
de forma desconexa e os conteúdos curriculares sejam apresentados aos alunos e às
alunas como se fossem um fim em si mesmos, ou como os únicos objetivos da
educação.
Para a presente pesquisa, julgamos que tanto a instrução quanto a formação ética
são importantes para a educação de crianças e jovens. Muito embora sejam dimensões
diferentes do fenômeno educativo, consideramos que não há separação entre tais
dimensões e, como afirma Araújo (2003), encará-las como indissociáveis é estabelecer
uma ligação necessária entre dois pólos que são frequentemente dicotomizados no
âmbito escolar.
A Teoria da Complexidade proposta pelo filósofo francês Edgar Morin (1990,
2002, 2010) certamente nos ajuda na tarefa de evidenciar a interação entre elementos
diferentes, que passam a ser vistos de maneira complementar na composição de um
fenômeno. Nas palavras de Morin (1990), o pensamento complexo supõe considerar que
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a realidade é formada por “uma extrema quantidade de interacções e de interferências
entre um número muito grande de unidades.” (p. 51-52). Diante disso, a ideia de
complexidade indica que a realidade não pode ser reduzida a apenas um de seus
aspectos constituintes.
Assim, o pensamento complexo nos ajuda a entender que os objetivos da
educação não podem ser reduzidos aos seus aspectos instrutivos, tampouco encarados
apenas em relação à formação ética de crianças e jovens. Diante das ideias expostas
anteriormente, deixamos de lado o reducionismo e passamos a encarar de forma
conjunta os dois eixos básicos que constituem os objetivos da educação. Sob a ótica da
Teoria da Complexidade, portanto, a instrução e a formação ética devem ser vistos em
sua interação e considerados ao mesmo tempo, de maneira complementar. Negar a
simultaneidade e a multiplicidade de papéis que a escola assume atualmente é
compartilhar de uma visão unidimensional que nos impossibilita contemplar a realidade
a partir de diferentes pontos de vista.
Dentro dessa compreensão teórica é que está inserida a proposta da presente
pesquisa, a qual visa analisar as representações docentes sobre a educação em valores,
no intuito de problematizar como são encarados os objetivos da escola por professores e
professoras. O objetivo da investigação é, portanto, identificar em que medida as
representações docentes sobre educação em valores evidenciam a interação entre os dois
objetivos da escola destacados anteriormente.
Representações Sociais e Complexidade
Diante do exposto até aqui, é importante destacar que os pressupostos teórico-
metodológicos de nossa investigação estão de acordo com a teoria das Representações
Sociais (MOSCOVICI, 1978, 2011), que reserva um espaço para as incertezas,
contradições e multidimensionalidade dos processos de constituição do conhecimento
humano e permite considerar a complexidade das apropriações que seres humanos
realizam da realidade em que vivem. Assim, tomamos as representações docentes que
serão investigadas na presente pesquisa como uma forma de conhecimento constituído
socialmente, que define as crenças, modos de agir e pensar de professores e professoras
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no cotidiano escolar. Como define Jodelet (2002), “As representações sociais são uma
forma de conhecimento socialmente elaborado e compartilhado, com um objetivo
prático, e que contribui para a construção de uma realidade comum a um conjunto
social.” (p. 22).
Ao considerar a multidimensionalidade dos processos de constituição de
representações, a Teoria das Representações Sociais está associada à perspectiva de
complexidade proposta por Morin (1990, 2002, 2010), já que a tarefa da investigação
científica perante as representações sociais é definida por Jodelet como a tentativa de
explicação das diversas dimensões, elementos e processos que interagem na
constituição de uma representação. Assim, abarcar a complexidade presente nas
representações sociais implica em “[...] deixar de lado o reducionismo e [...] apreender
os fenômenos do pensamento e comunicação entre as pessoas em sua unidade, isto é,
em sua existência confusa.” (CHAVES; SILVA, 2011, p. 317). Isso significa que:
[...] longe de ser cópia ou reflexo do mundo exterior, a representação é uma construção ativa de atores sociais. Ela expressa, em seu modo de produção, em seus elementos constitutivos e em suas consequências na vida social, a complexidade das inter-relações entre mundos interno e externo, entre sujeitos individuais e as coletividades às quais eles pertencem, entre estruturas psíquicas e realidades sociais. (JOVCHELOVITCH, 2008, p. 70)
Além de ser estudada como uma percepção da realidade, uma representação
social também é considerada como uma espécie de guia para a ação, pois “[...] orienta
as ações e as relações sociais [...] é um sistema de pré-decodificação da realidade
porque ela determina um conjunto de antecipações e expectativas.” (ABRIC, 1998, p.
28). Diante disso, uma representação social não apenas carrega em si uma forma de ver
determinada realidade como também interfere nessa realidade, na medida em que define
formas de encará-la e também estratégias de ação que estão pautadas nas percepções do
indivíduo.
É diante de tais pressupostos que nos propomos estudar as representações sociais
que professores e professoras elaboram ao interpretar a realidade vivida no cotidiano
escolar. Ao analisar as representações de educadores(as) a pesquisa tem o intuito de
identificar a visão que docentes possuem sobre a educação em valores, sobre a escola e
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seus objetivos, e como empregam suas percepções em sua forma de agir e se posicionar
perante os desafios do cotidiano escolar. Entendemos que tais desafios e situações
cotidianas reúnem uma multiplicidade de imprevistos, dificuldades, acasos e problemas
complexos. São tais elementos de complexidade que nos ajudarão a evidenciar os
objetivos da escola presentes nas representações docentes sobre educação em valores.
A partir do exposto anteriormente podemos levantar alguns questionamentos: De
que maneira as representações docentes sobre a educação em valores ajudam a reforçar
certos objetivos educacionais? Como professores e professoras significam as
dificuldades e imprevistos que constituem a realidade escolar? Nossa hipótese é a de
que tem ocorrido uma dissociação nos objetivos da escola, o que pode levar à
priorização da instrução em detrimento da formação ética de crianças e jovens.
Por meio da análise das representações docentes acerca da educação em valores,
entendemos que a presente pesquisa pode trazer contribuições para a compreensão da
maneira como docentes interpretam os dois eixos que compõem, para a presente
pesquisa, os objetivos básicos da educação.
Educação em valores
Em certa medida, o interesse pelo tema da educação em valores se justifica pela
frequência com que se ouvem queixas acerca do comportamento de alunos e alunas no
ambiente escolar. Tal comportamento compõe um quadro mais amplo de dificuldades
de convivência, de aprendizagem e até mesmo de problemas relacionados ao bem-estar
de professores e professoras. Assim, é comum que a atitude de alunos e alunas na escola
seja classificada, em maior ou menor grau, como inadequada, desrespeitosa,
indisciplinada, violenta, etc. Segundo vários estudos (ARAÚJO; AQUINO, 2001;
ARAÚJO, 2002, ARAÚJO e PUIG, 2007; LA TAILLE, 2006; 2009), também é
frequentemente veiculada a hipótese de uma crise de valores que assola a sociedade e se
reflete na conduta de crianças e jovens.
A partir desse quadro de “crise” – e partindo do pressuposto de que a escola é
um espaço adequado para se desenvolver a educação em valores – surgem várias
posturas diante da reflexão em torno do trabalho com valores na escola. De acordo
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Araújo e Aquino (2001), por exemplo, a suposta crise de valores ocasiona, em
determinados grupos, um certo saudosismo, perante o qual acredita-se que é necessário
um retorno aos antigos modelos de educação, vistos geralmente como eficazes na
transmissão tanto de conteúdos quanto de alguns valores que seriam a base de
sustentação da convivência social. Para os autores, no entanto, uma possível solução
para a educação em valores não está presente nos antigos modelos educativos. Afinal,
como afirmam Araújo e Aquino (2001), alguns problemas atuais, como a falta de
limites e a violência, podem ser consequência dos modelos educativos de antigamente –
que restringiam o acesso à educação e naturalizavam a exclusão de pessoas e ideias com
práticas pedagógicas autoritárias e voltadas apenas aos interesses de uma pequena
parcela da sociedade.
Para a presente investigação entendemos que o propósito básico da educação em
valores relaciona-se ao eixo da formação ética anteriormente exposto e, de forma mais
específica, pode ser definida como aquela em que o objetivo é ajudar alunos(as) a
aprender a viver (PUIG; GARCÍA, 2010). De maneira objetiva, esse “aprender a viver”
refere-se a “[...] adotar um modo de vida que seja sustentável e realmente queiramos
para nós mesmos e para todos os que nos cercam.” (PUIG; GARCÍA, 2010, p.17). Esse
modo de vida pressupõe a aprendizagem de alguns elementos básicos da experiência
humana, como aprender a superar o individualismo, a ter uma vida em comum com
outras pessoas, aprender a cumprir deveres e a conviver de maneira democrática e
participativa, além de desenvolver uma responsabilidade pelo presente e pelo futuro das
pessoas e do planeta. De forma breve, portanto, a educação em valores pode ser
encarada como aquela que pretende ajudar alunos e alunas a libertarem-se de certas
limitações, aprendendo a conviver, participar e habitar o mundo com autonomia e
responsabilidade.
Diante do exposto, a educação em valores a qual almejamos exige que alunos,
alunas e docentes – em interação – reflitam sobre as situações que vivenciam na escola
e construam regras de convivência de acordo com a busca de um ideal, de um bem que é
coletivo. A formação moral, portanto, passa pelo exercício da construção de valores
vinculados à democracia, à cidadania e aos direitos humanos. E para que tais valores
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morais sejam construídos, é necessário que o ambiente escolar esteja repleto de
possibilidades de convivência cotidiana. Nas palavras de Araújo (2007):
Com isso, fugimos de um modelo de educação em valores baseado exclusivamente em aulas de religião, moral ou ética e compreendemos que a construção de valores morais se dá a todo instante, dentro e fora da escola. Se a escola e a sociedade propiciarem possibilidades constantes e significativas de convívio com temáticas éticas, haverá maior probabilidade de que tais valores sejam construídos pelos sujeitos (ARAÚJO, 2007, p.35)
Embora tomemos a possibilidade de crianças e jovens construírem seus sistemas
de valores com ajuda da escola, podemos dizer que vários são os elementos que
influenciam nesse processo, dentre eles a família, a religião, os amigos, a cultura, a
mídia, além da própria escola. Em última instância, podemos afirmar que se os valores
são construídos nas relações estabelecidas pelas pessoas, então podem ser objeto da
educação, ou seja, podem ser aprendidos, o que chamamos aqui por educação em
valores.
Tendo em vista a complexidade que as práticas de educação em valores podem
assumir, nossa intenção é investigar quais são as diferentes formas de saber docente
acerca da educação em valores. Como os(as) professores(as), no exercício cotidiano de
sua profissão, entendem a educação em valores? Seria papel da educação desenvolver o
trabalho com valores na escola? A busca por formas de investigar essa realidade
complexa nos levou ao recorte da presente pesquisa. Cabe ressaltar ainda que a pesquisa
não pretende classificar as representações docentes como corretas ou incorretas se
comparadas, por exemplo, aos conceitos e ideias que compõem os pressupostos de
nossa investigação. Longe disso, a intenção é investigar as representações que
professores(as) fazem de questões que estão relacionadas com sua prática, na tentativa
de levantar elementos que nos ajudem a entender as concepções de educação em valores
que constroem a partir de suas experiências cotidianas.
Objetivos da investigação
A pesquisa proposta tem como ponto de partida os seguintes objetivos:
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Objetivo geral:
Identificar e analisar as representações sociais de professores e professoras da
Rede Municipal de Ensino de Campo Mourão acerca da educação em valores no
cotidiano escolar.
Objetivos específicos:
a) Investigar as concepções de docentes acerca do trabalho com a educação em
valores a partir de suas vivências cotidianas e experiências profissionais;
b) Verificar e analisar as concepções de educação presentes na maneira como
professores e professoras olham para os objetivos da escola.
Metodologia
Para se atingir aos objetivos propostos, a investigação prevê a realização de 2 a 3
sessões de grupos focais com professores(as). Serão convidados entre 20 a 30 docentes
da Rede Municipal de Ensino de Campo Mourão, dos quais se espera que pelo menos
15 participem dos grupos focais. A seleção dos docentes participantes se dará a partir do
contato inicial com as escolas, mediante interesse, disponibilidade e consentimento das
instituições e dos sujeitos.
O processo de análise dos resultados compreende a metodologia das
Representações Sociais e buscará problematizar a educação em valores a partir da
identificação dos eixos norteadores das representações sociais e percepções de
professores(as). Tais eixos poderão ser analisados a partir da identificação das temáticas
e preocupações cotidianas citadas pelos(as) docentes, por exemplo: como encaram os
objetivos da educação e desafios da relação professor-aluno, valores expressos em suas
falas e que demonstram as percepções, papéis e atitudes adotados diante das
dificuldades do cotidiano escolar, entre outros. Trata-se, portanto, de pesquisa
qualitativa, que dá ênfase às ações e aos significados que os sujeitos atribuem a suas
práticas no cotidiano escolar (LÜDKE; ANDRÉ, 1986; TRIVIÑOS, 1987).
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Diante do exposto, faz-se importante destacar que um grupo focal se realiza a
partir da discussão de um assunto em grupo, procedimento metodológico que, segundo
Gondim (2002), pode gerar bastante material de uma só vez. No entanto, é um método
que exige um dispêndio maior de energia com a preparação do tema para o grupo,
montagem física, possíveis ausências, envolvimento do grupo, etc.
Segundo Gatti (2005), utilizar-se de grupos focais como ferramenta para coleta
de dados é árduo, mas a técnica permite a emergência de múltiplos pontos de vista, visto
que prioriza as relações que se estabelecem em um diálogo. Considerando as interações
que ocorrem no coletivo, portanto,
[...] o grupo focal permite emergir uma multiplicidade de pontos de vista e processos emocionais, pelo próprio contexto de interação criado, permitindo a captação de significados que, com outros meios, poderiam ser difíceis de manifestar. (GATTI, 2005, p. 9).
Gondim (2002) afirma ainda que os grupos focais na pesquisa qualitativa “[...]
trazem à tona o processo de formação de opinião, que se dá no jogo das influências
sociais mútuas.” (2002, p. 6). Tais características da metodologia de grupo focal estão
de acordo com os pressupostos de complexidade e de representações sociais abordadas
anteriormente, visto que o grupo focal tem se constituído “[...] como um recurso para
compreender o processo de construção das percepções, atitudes e representações
sociais de grupos humanos.” (VEIGA; GONDIM, 2001, p. 7).
Portanto, quanto à realização dos grupos focais na presente pesquisa, seu
objetivo é tentar retratar o que os(as) professores(as) pensam a respeito do tema
pesquisado e possibilitar que eclodam as possibilidades de educação em valores
presentes em suas percepções e representações sociais da realidade escolar.
Resultados esperados
A pesquisa de doutorado aqui apresentada encontra-se em etapa inicial. Os
pilotos realizados até o momento indicam possibilidades de análise das representações
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docentes sobre a educação em valores e suas possíveis influências nos processos
educativos de crianças e jovens.
Esperamos que o estudo das representações sociais que professores e professoras
elaboram ao interpretarem o cotidiano escolar no qual estão imersos(as) possa nos levar
a melhor compreender os desafios e as situações que cotidianamente se manifestam na
escola e apresentam uma multiplicidade de imprevistos, dificuldades e acasos.
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