educação e qualificação - ccdr-n...reestruturar os ciclos dos ensinos básico e secundário. ......
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1a sessãoNORTE & PESSOAS
12 MAIOInstituto de Design de Guimarães
www.ccdr-n.pt/norte-pessoas
Educação e QualificaçãoJosé Maria Azevedo
Sumário
1. Uma melhoria em convergência com a Europa
2. Uma melhoria insuficiente — os fluxos e os stocks
3. Uma melhoria com problemas graves de eficácia e de equidade
4. Ensino básico ─ a importância do 1º ciclo ou a solidez dos alicerces
5. A qualidade da diversificação no nível secundário
6. O ensino superior e as mudanças demográficas, sociais e económicas
7. O paradoxo do “excesso de qualificações”
8. O planeamento da educação
1. Uma melhoria em convergência com a Europa
Nas últimas décadas a sociedade portuguesa investiu muito em educação, melhorando osíndices de escolarização, em especial da população jovem.
O ritmo da aproximação à universalização da frequência
• 6-9 anos de idade nos anos 60 e 70
• 10-11 anos de idade nos anos 80
• 12-14 anos de idade nos anos 90
• 15-17 anos de idade nos primeiros quinze anos do século XXI
Profundas alterações económicas, sociais e culturais. Por exemplo, o lugar das crianças edos adolescentes na sociedade.
O progresso na RN é superior ao verificado na média do país, com redução expressiva dasdisparidades inter-regionais e intrarregionais.
Fonte: Eurostat
17,0
10,9
45,0
14,4
50,3
14,3
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
(%)
UE (28 Estados Membros) Portugal Região do Norte
Anos
Taxa de abandono precoce da educação e formação (18-24 anos)
Fonte: INE
Escolarização no grupo etário de 15-17 anos, 1991-2011
2. Uma melhoria insuficiente — os fluxos e os stocks
Os progressos não são suficientes para compensar o atraso secular na alfabetização e naescolarização da população.
Nos índices relativos à população adulta, designadamente a que está em idade ativa, aindaestamos longe das médias europeias.
A relevância da educação e da formação de adultos, designadamente das formações comdupla certificação para adultos menos jovens.
População que concluiu, pelo menos, o ensino secundário
UE (28 Estados Membros) Portugal Região do Norte
Fonte: Eurostat; INE
77,382,7
49,8
77,0
44,2
78,7
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
(%)
20-24 anos
Anos
68,3
76,5
24,9
45,1
18,9
38,5
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
(%)
25-64 anos
Anos
3. Uma melhoria com problemas graves de eficácia e de equidade Todos na escola. Uma escola para todos?
Novos problemas de insucesso educativo e de abandono escolar.
As insuficiências na qualidade de algum sucesso.
Apesar da diminuição da repetência e da desistência, os níveis de retardamentopermanecem demasiado elevados.
“Relação muito forte entre o desempenho escolar dos alunos e o meio socioeconómico dosseus agregados familiares” (DGEEC, 2016).
Crianças e jovens em risco de pobreza ou exclusão social são 29,6 % nos 0-17 anos, emPortugal, em 2015 (INE).
Escolarização real no ensino secundário, 1991-2011
Fonte: INE
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
1991 2001 2011
Continente Norte Tâmega
16,2pp
2,4pp
Anos
(%)
Taxa de retenção e desistência, Portugal
Fonte: DGEEC
33,8
18,517,8
15,113,9
11,4
6,75,0
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
2003
-04
04-0
5
05-0
6
06-0
7
07-0
8
08-0
9
09-1
0
10-1
1
11-1
2
12-1
3
2013
-14
Ensino Secundário
2º CEB
3º CEB
1º CEB
(%)
Anos
A “reinvenção da escola”
Reorganizar ou reinventar o “modo de produção” escolar para enfrentar a heterogeneidadee a crescente “desafeição” dos adolescentes e dos jovens.
Reestruturar os ciclos dos ensinos básico e secundário.
Currículos ‒ identificar as competências necessárias para a vida e não só para oprosseguimento de estudos.
Desenvolver respostas (difíceis) para os jovens em situação NEEF (NEET).
A progressiva redução da frequência escolar, por efeito demográfico, como oportunidadepara aumentar a qualidade e a equidade da educação?
4. Ensino básico ─ a importância do 1.º ciclo ou a solidez dos alicerces
A valorização da educação da infância
• nos 0-2 anos ─ serviço de apoio às famílias com intencionalidade educativa.• nos 3-5 anos ─ educação pré-escolar
A premência de uma intervenção preventiva e precoce.
A formação e as condições de trabalho dos docentes.
A rede social de apoio às escolas e a intervenção das autarquias.
A melhoria das condições infraestruturais é importante, mas não é suficiente.
Taxa de retenção e desistência no ensino básico, Portugal (%)
Ano de escolaridade
2010-11 2013-14
2º 6,5 10,43º 2,6 5,2
4º 3,9 3,6
5º 7,4 11,0
6º 7,4 11,8
7º 15,4 17,0
8º 10,3 13,3
9º 13,8 15,1
Fonte: DGEEC
5. Qualidade da diversificação no nível secundário
A crescente diversificação da oferta e da frequência no ensino secundário marca a última década.
Fonte: DGEEC
Alunos matriculados no ensino secundário em vias profissionalizantes, no Continente
28,4
29,5
32,4 33,1
34,8
42,142,9
44,8
25,0
30,0
35,0
40,0
45,0
50,0
2000
/01
2001
/02
2002
/03
2003
/04
2004
/05
2005
/06
2006
/07
2007
/08
2008
/09
2009
/10
2010
/11
2011
/12
2012
/13
2013
/14
(%)
Anos
Para garantir a qualidade de todas as ofertas
Reconhecer o risco da criação de “vias de escape” e o peso das hierarquias das formações.
Valorizar o ensino técnico, artístico, tecnológico, experimental e prático em todas as vias.
Manter tempos de formação geral e científica em todas as vias.
Promover uma cultura de trabalho, de cooperação, de investigação-ação, de resolução deproblemas, de criatividade ... em todos os níveis e percursos.
Oferecer dispositivos e ações de orientação vocacional.
Territorializar as ofertas educativas.
Valorizar a formação de professores, formadores e técnicos.
Inspirado em GT “Pensar a educação”
6. O ensino superior e as mudanças demográficas, sociais e económicas
O difícil cumprimento da meta do indicador EUROPA 2020 (30-34 anos).
Além da formação da população residente, está em causa a capacidade de cada territórioreter e/ou atrair os adultos jovens mais qualificados.
Diminuição da frequência após a estabilização na primeira década deste século.
387 703
349 658
050 000
100 000150 000200 000250 000300 000350 000400 000450 000500 000
2000
/01
2002
/03
2004
/05
2006
/07
2008
/09
2010
/11
2012
/13
2014
/15
Inscritos no ensino superior em Portugal
Núm
ero
Anos
Taxa de conclusão do ensino superior
Fonte: Eurostat
UE (28 Estados Membros) Portugal Região do Norte
23,6
38,5
12,9
31,3
9,7
30,3
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
(%)
30-34 anos
Anos
20,0
30,1
9,4
22,9
7,2
18,7
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
(%)
Anos
25-64 anos
Ensino superior, oportunidades e desafios
Um sistema binário não consolidado.
A rede de ensino superior e o desenvolvimento regional.
As oportunidades criadas pela diversificação da oferta, designadamente pelos cursos TeSP.
Os desafios da internacionalização.
O vasto mundo da formação contínua, da pós-graduação, da reconversão profissional.
A RN tem uma oferta pública ainda distante do peso da população em idade de frequentaro ensino superior.
O ajustamento temperado às necessidades da sociedade e da economia
Entre as escolhas individuais e as necessidades/interesses das empresas e de outrasorganizações … que perspetivas estratégicas?
As estratégias de especialização inteligente e os seus domínios prioritários.
A informação rigorosa sobre os diferentes setores de atividade, situação do emprego,tendências e previsões.
O caso das TIC ou a insuficiente procura de formação numa área com empregos e comfuturo.
7. O paradoxo do “excesso de qualificações”
Alterou-se significativamente a relação entre o nível de competências disponíveis (“capitalhumano”) e a capacidade de a economia e a sociedade as aproveitarem.
“Facilidade em encontrar pessoal qualificado” ─ item em que Portugal é 3.º entre 124 países,in The Human Capital Report 2015 (Word Economic Forum). É 38.º em geral.
Porque não temos mais quadros altamente qualificados nas empresas?
A educação proporciona condições mas não garante desenvolvimento nem atividadeeconómica.
Os fins sociais, económicos e culturais ─ o investimento em educação, em ciência e eminovação requer continuidade e largueza de horizontes.
Fonte: DGEEC
Os investimento realizados em infraestruturas ‒ cerca de 1.500 M€ na RN no âmbito doQREN.
A intervenção das autarquias locais e das CIM e da AMP. As alterações demográficas.
8. O planeamento da educação
Previsão
2007-08 2013-14 Δ (%) 2013-14 2019-20 Δ (%)
1º CEB 179 143 -20,1 143 121 -15,4
2º CEB 97 84 -13,4 84 71 -15,5
3º CEB 161 134 -16,8 134 120 -10,4
E. Secundário 124 132 6,5 132 134 1,5
Total 561 493 -12,1 493 446 -9,5
Número de alunos, Região do Norte (em milhares)
Evolução
1a sessãoNORTE & PESSOAS
12 MAIOInstituto de Design de Guimarães
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