efeito da obstrução nasal na fase oral da deglutição em...
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Universidade de São Paulo
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
Tais Helena Grechi
Efeito da obstrução nasal na fase oral da deglutição em crianças
Ribeirão Preto
2008
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Tais Helena Grechi
Efeito da obstrução nasal na fase oral da deglutição em crianças
Dissertação apresentada à Faculdade de Medicina de Ribeirão
Preto da Universidade de São Paulo, para a obtenção do título
de Mestre em Ciências Médicas.
Área de Concentração: Morfofisiologia das Estruturas Faciais Orientadora: Profa. Dra. Luciana Vitaliano Voi Trawitzki
Ribeirão Preto
2008
FICHA CATALOGRÁFICA
Grechi, Tais Helena
Efeito da obstrução nasal na fase oral da deglutição em crianças. Ribeirão Preto, 2008.
122 p. : il. ; 30cm
Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto/USP. Área de concentração: Morfofisiologia das estruturas
faciais. Orientador: Trawitzki, Luciana Vitaliano Voi 1. Respiração bucal. 2. Deglutição. 3. Transtornos de deglutição. 4.
Diagnóstico. 5. Criança.
FOLHA DE APROVAÇÃO
Tais Helena Grechi Efeito da obstrução nasal na fase oral da deglutição em crianças.
Dissertação apresentada à Faculdade de Medicina de Ribeirão
Preto da Universidade de São Paulo, para a obtenção do título
de Mestre em Ciências Médicas.
Área de Concentração: Morfofisiologia das Estruturas Faciais Aprovada em:
Banca Examinadora
Prof. Dr. ____________________________________________________________ Instituição: ________________________ Assinatura: ________________________ Prof. Dr. ____________________________________________________________ Instituição: ________________________ Assinatura: ________________________ Prof. Dr. ____________________________________________________________ Instituição: ________________________ Assinatura: ________________________
À minha amada família,
pela eterna dedicação e amor.
Ao meu marido,
por estar sempre ao meu lado e proporcionar momentos tão felizes.
AGRADECIMENTOS
À Profa. Luciana, pela valiosa orientação.
Agradeço sua amizade, confiança, incentivo e oportunidades não apenas
relacionado a este trabalho, mas em toda minha caminhada profissional.
Muito obrigada.
Às crianças que participaram deste trabalho e seus responsáveis pela
confiança.
Ao Prof.Dr. Roberto Dantas, pelas considerações e auxílio.
À Profa. Dra. Mirian Matsumoto, pela disponibilidade e sugestões na fase
final deste trabalho.
À Profa. Wilma e Profa. Fabiana, pela receptividade e por fornecer a
estrutura necessária para o desenvolvimento profissional e científico.
À Carla Enoki e Fernanda Gallarreta, pela ajuda neste trabalho e pela
amizade construída ao longo desta trajetória.
Ao Serviço de Radiologia, por disponibilizar a estrutura do serviço para a
coleta dos dados deste estudo.
À Anne e Renata, pelo insubstituível auxílio na análise dos exames e sem
dúvida pela amizade e companheirismo.
À Profa. Dra. Claudia de Felício, pelos ensinamentos em motricidade
orofacial em todos estes anos.
Ao Denny e Agnes, pela prontidão em auxiliar no decorrer deste trabalho.
À Danielle e Paula, pela amizade e disponibilidade e ajuda na realização dos
exames de videofluoroscopia.
À Equipe casa 20, pelo auxilio.
Ao CEMEQ, pela análise e orientação estatística.
À Juliana e Sandra, pela disponibilidade e pelo cuidado diário.
A todas as amigas do Serviço de Fonoaudiologia, pelo auxílio recebido das
mais diversas formas e de maneiras tão particulares.
Às minhas amigas Flávia, Elaine, Janaina e Karina que de maneira direta
ou indireta, contribuíram para a realização deste trabalho.
RESUMO
GRECHI, T.H. Efeito da obstrução nasal na fase oral da deglutição em crianças. 2008. 122 f. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2008.
A obstrução nasal crônica pode causar efeitos negativos no crescimento e
desenvolvimento craniofacial, além de modificações na musculatura orofacial, com
impacto sobre a deglutição. O objetivo do presente estudo foi verificar os efeitos da
obstrução nasal na fase oral da deglutição em crianças na fase de dentição decídua.
Participaram deste estudo 31crianças do Ambulatório de Otorrinolaringologia do
Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo. Estas crianças
foram divididas em dois grupos: 21 crianças respiradoras bucais, sendo 8 do gênero
feminino e 13 do gênero masculino, com idade média de 4,5 anos (grupo bucal) e 10
crianças respiradoras nasais, 4 do gênero feminino e 6 do gênero masculino, com
idade média de 4,6 anos (grupo controle). Ambos os grupos foram submetidos à
avaliação otorrinolaringológica para diagnóstico respiratório, avaliação odontológica
para diagnóstico do padrão oclusal e dentário, avaliação clínica fonoaudiológica e
avaliação videofluoroscópica da deglutição. Para avaliação videofluoroscópica foi
utilizada a consistência líquida em volume livre e 3 ml de consistência pastosa
modificadas com sulfato de bário. Avaliou-se na fase oral da deglutição o volume, a
consistência e a organização do bolo, o tempo de trânsito oral, a ejeção, a postura
dos lábios, o número de deglutições e a presença de movimentos associados
durante a deglutição. Observou-se que a consistência pastosa e o padrão de
organização do bolo influenciaram no tempo de trânsito oral, embora não ocorrera
diferença entre os grupos. Em relação aos outros aspectos avaliados durante a fase
oral da deglutição não foi constatada diferença significativa entre os grupos bucal e
controle. Os resultados indicaram que a obstrução nasal não influenciou
significativamente a fase oral da deglutição em crianças na fase de dentição
decídua.
Palavras-chave: Respiração bucal. Deglutição. Transtornos de deglutição.
Diagnóstico. Criança.
ABSTRACT
GRECHI, T.H. Nasal obstruction effect on the oral phase of swallowing in children. 2008. 122 f. Dissertation (Mestrado) - Faculty of Medicine de Ribeirão Preto, University de São Paulo, Ribeirão Preto, 2008.
Chronical nasal obstruction can cause negative effects on the craniofacial
development and modifications on the orofacial muscles with impact over swallowing.
The aim of the present study was to evaluate the effects of nasal obstruction on the
swallowing oral phase in children with primary dentition. Thirty one childrenof the
Otorrhynolaringology Service of the Clinical Hospital of Ribeirão Preto – Univerity of
São Paulo were taken into the study. They were divided in two groups: 21 mouth
breathing - 8 females and 13 males with 4,5 years old on average (mouth group) and
10 nasal breathing - 4 female and 6 male, with 4,6 yars old on average (control
group). Bouth groups underwent an otorrhynolaringological, odonthological,
videofluoroscopical and clinical evaluations with a speech pathologist for the
respiratory, dental and oclusal patterns. Free volume of liquid consistency and 3 ml
for the paste bolus with barium sulfate were used for the videofluoroscopy evaluation.
The bolus volume, consistency and position, the oral transit time, propelling, labial
position, number of swallowings and parallel movements were evaluated during the
oral phase of swallowing. The paste bolus and the position of it modified the oral
transit time, although there were no difference between the groups. The groups did
not also differ about the other aspects evaluated during the oral phase of swallowing.
The results indicated that the nasal obstruction did not influence the oral phase of
swallowing in children with primary dentition.
Key words: Mouth breathing. Swallowing. Swallowing disorders. Diagnostic.
Children.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ____________________________________________________13
1.1 RESPIRAÇÃO BUCAL _________________________________________________________ 13
1.1.1 OBSTRUÇÃO NASAL ________________________________________________________ 13
1.1.2 ALTERAÇÕES MIOFUNCIONAIS OROFACIAIS EM RESPIRADORES BUCAIS __________ 15
1.2 FISIOLOGIA DA DEGLUTIÇÃO E SUAS IMPLICAÇÕES ______________________________ 17
1.3 VIDEOFLUOROSCOPIA DA DEGLUTIÇÃO _______________________________________ 21
2 OBJETIVOS _________________________________________________________24
3 MATERIAIS E MÉTODOS _____________________________________________25
3.1 ASPECTOS ÉTICOS __________________________________________________________ 26
3.2 CASUÍSTICA ________________________________________________________________ 27
3.3 AVALIAÇÃO OTORRINOLARINGOLÓGICA ________________________________________ 28
3.4 AVALIAÇÃO ODONTOLÓGICA _________________________________________________ 29
3.5 AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA ______________________________________________ 29
3.6 AVALIAÇÃO VIDEOFLUOROSCÓPICA DA DEGLUTIÇÃO ____________________________ 29
3.6.1 POSICIONAMENTO _________________________________________________________ 31
3.6.2 SELEÇÃO E PREPARO DO ALIMENTO _________________________________________ 32
3.6.3 CAPTAÇÃO DAS IMAGENS ___________________________________________________ 34
3.6.4 ANÁLISE DA FASE ORAL ____________________________________________________ 34
3.7 ANÁLISE DOS RESULTADOS___________________________________________________ 36
3.7.1 ANÁLISE ESTATÍSTICA ______________________________________________________ 36
4 RESULTADOS ___________________________________________________39
4.1 COMPARAÇÃO ENTRE AVALIADORES PARA AS ANÁLISES OBJETIVAS E SUBJETIVAS__ 40
4.2 TEMPO DE TRÂNSITO ORAL E COVARIÁVEIS SUBJETIVAS _________________________ 41
4.3 GRAU DE CONCORDÂNCIA DAS VARIÁVEIS SUBJETIVAS ENTRE AS CONSISTÊNCIAS LÍQUIDA E PASTOSA ____________________________________________________________ 46
4.4 ASSSOCIAÇÃO DAS VARIÁVEIS SUBJETIVAS ENTRE OS GRUPOS __________________ 47
5 DISCUSSÃO _____________________________________________________51
6 CONCLUSÕES ___________________________________________________61
REFERÊNCIAS _________________________________________________________64
APÊNDICES ____________________________________________________________84
ANEXOS __________________________________________________________98
______________________________________________________ INTRODUÇÃO
______________________________________________________________________ Introdução 13
1 INTRODUÇÃO
1.1 Respiração bucal
A presença de obstruções crônicas à passagem do ar na região nasal e/ou
faríngea leva o indivíduo a desenvolver como compensação a respiração bucal. A
hipertrofia das tonsilas faríngea e palatina é considerada um dos principais fatores
etiológicos da respiração bucal na infância (NIEDZIELSKA; KOTOWSKI;
NIEDZIELSKI, 2008; YSUNZA et al., 2008).
1.1.1 Obstrução nasal
As tonsilas faríngea e palatinas, também conhecidas por adenóide e
amígdalas, respectivamente, fazem parte do anel linfático de Waldeyer, sendo
inicialmente descrito em 1868 por Meyer (THORNVAL, 1969). Possuem função
imunológica e situam-se nas paredes laterais e posterior da naso e da orofarínge
(PERRY; WHYTE, 1998; VAN CAUWEMBERGE et al., 1995).
As tonsilas, em geral, iniciam seu aumento entre os três e seis anos de idade,
período de maior atividade imunológica (THORNVAL, 1969; VILELLA; VILELLA;
KOCH, 2006; YSUNZA et al., 2008).
A prevalência da hipertrofia das tonsilas descrita na literatura é variável, o que
se pode atribuir às diferentes faixas etárias pesquisadas e aos diferentes métodos
de investigação, utilizadas para o diagnóstico.
Monteiro, Pilon e Dall’oglio (2000) encontraram 76% de adenóide grande,
11% de adenóide média e 13% de adenóide pequena em avaliação de 100 crianças
com idade entre 2 a 10 anos de idade.
______________________________________________________________________ Introdução 14
Santos et al. (2005) em avaliação de 368 escolares de 6 a 13 anos de idade
encontraram uma prevalência de 100% de hipertrofia adenoideana em diferentes
graus.
A avaliação da hipertrofia do tecido adenoideano é realizada pela medida em
porcentagem da área da coana posterior que está obstruída pela adenóide durante a
inspiração. Para este diagnóstico podem ser realizados vários métodos como,
radiografia simples do cavum, tomografia computadorizada, ressonância magnética,
rinomanometria acústica e a nasofibroscopia (KINDERMANN; ROITHMANN;
LUBIANCA NETO, 2008; NIGRO et al., 2003; SOUZA; HENNEMANN; ANSELMO-
LIMA, 2000; TSUJI et al., 2002; VOGLER; WIPPOLD; PILGRAM, 2000; WANG et al.,
1995). O diagnóstico por meio da nasofibroscopia apresenta maior acurácia quando
comparado ao diagnóstico realizado por meio da radiografia simples (OLIVEIRA;
ANCELMO-LIMA; SOUZA, 2001; SOUZA; HENNEMANN; ANSELMO-LIMA, 2000;
WORMALD; PRESCOTT, 1992).
A oroscopia é realizada para a definição diagnóstica de hipertrofia das
tonsilas palatinas. Uma das escalas mais utilizadas é a proposta por Brodsky e Koch
(1992). A escala de avaliação das amígdalas, proposta por estes autores, considera:
grau 0 - a amígdala se restringe a fossa tonsilar; grau 1 - a amígdala ocupa menos
de 25% de área do espaço faríngeo; grau 2 - ocupa entre 25 e 50% do espaço; grau
3 - ocupa entre 50 e 75%; grau 4 - ocupa mais de 75%.
Os principais sintomas de hipertrofia das tonsilas são: obstrução nasal
(AYDOGAN et al., 2007; BAHADIR et al., 2006; DI MARTINO; MLYNSKI; MLYNSKI,
1998; EMERICH; CUNNINGHAM, 2006; HAAPANIEMI, 1995; WANG et al., 1995),
apnéia do sono (GRYCZYNSKA; POWAJBO; ZAKRZEWSKA, 1995; GONZÁLEZ
RIVERA; COROMINA ISERN; GAY ESCODA, 2004; MALHOTRA; WHITE, 2002;
______________________________________________________________________ Introdução 15
VALERA et al., 2005; WARD; MARCUS, 1996), ronco (GONZÁLEZ RIVERA;
COROMINA ISERN; GAY ESCODA, 2004; VALERA et al., 2003), aumento das
infecções respiratórias (AYDOGAN et al., 2007; EMERICK; CUNNINGHAM, 2006;
VALERA et al., 2003), respiração bucal (BAHADIR et al., 2006; HAAPANIEMI, 1995;
VALERA et al., 2003) e otites (HAAPANIEMI, 1995). Em decorrência da respiração
bucal encontramos ainda alterações miofuncionais orofaciais e craniofaciais
(BRESOLIN et al., 1984; GOLA et al., 2000; GONZÁLEZ RIVERA; COROMINA
ISERN; GAY ESCODA, 2004; MARTINOT-RANDOUX, 1993; MARCHESAN, 2000;
NISHIMURA; SUZUKI, 2003; VALERA et al., 2003; VALERA; TRAWITZKI;
ANSELMO-LIMA, 2006; WECKX; WECKX, 1995).
1.1.2 Alterações craniofaciais e miofuncionais orofaciais em respiradores
bucais
A criança respiradora bucal pode sofrer efeitos negativos no crescimento e
desenvolvimento craniofacial (BRESOLIN et al., 1984; DIFRANCESCO, 2002;
HULCRANTS et al., 1991; LINDER-ARONSON, 1970; LESSA et al., 2005;
McNAMARA, 1981). As alterações craniofacias descritas nesta população são
aumento vertical do terço inferior da face (MOTONAGA; BERTI; ANSELMO-LIMA,
2000; PEREIRA et al., 2001; VALERA et al., 2003), maxila atrésica (DIFRANCESCO
et al., 2006; LIMME, 1991; VALERA et al., 2003;) e alterações na oclusão dentária
como mordida cruzada (DIFRANCESCO et al., 2006; LINDER-ARONSON, 1979;
PRINCIPATO, 1991; SCHLENKER et al., 2000) e mordida aberta (BRESOLIN et al.,
1984).
Esta relação entre a respiração bucal e os efeitos no crescimento e
desenvolvimento craniofacial ainda não são claras, pois alguns autores não vêem a
______________________________________________________________________ Introdução 16
respiração bucal como um fator causal das alterações craniofaciais (FRASSON et
al., 2006; ELLURU, 2005; KLUEMPER; VIG; VIG, 1995; O’RYAN et al., 1982;
SHANKER et al., 1999; SOUSA et al., 2005; TOURNÉ, 1991; WARREN, 1990).
As características miofuncionais orofaciais encontradas no respirador bucal
são: modificações posturais dos lábios (LINDER-ARONSON, 1970; PEREIRA et al.,
2001), de língua (LINDER-ARONSON, 1970; SUBTELNY, 1975), alterações na
mastigação (PEREIRA et al., 2001; VALERA et al., 2003; PIZARRO, 2003), na
deglutição (LIMME, 1991; MELSEN et al., 1987; NICOLAI; LIMME, 1991; PEREIRA
et al., 2001) e na fala (MONTONAGA et al., 2000; PEREIRA et al., 2001).
Na avaliação clínica da deglutição, as alterações mais comuns estão
relacionadas à fase oral da deglutição com projeção de língua, participação da
musculatura perioral, presença dos lábios entreabertos durante a deglutição e
movimentos de cabeça (MOTONAGA et al., 2000; MARCHESAN, 1998; PEREIRA et
al., 2001; RUBIN, 1980).
O comportamento miofuncional orofacial foi estudado em crianças de 3 a 6
anos de idade, respiradoras bucais, demonstrando comprometimentos importantes
nas funções de mastigação e deglutição, como movimento de cabeça durante a
deglutição, ausência de vedamento labial, ingestão de alimentos pastosos e líquidos
e uso de líquido durante a mastigação, como auxílio na deglutição (VALERA et al.,
2003).
Estudos recentes têm observado alterações no controle do bolo alimentar e
disfunção na fase faríngea da deglutição para as consistências líquida e sólida em
pacientes adultos roncadores e com apnéia obstrutiva do sono (JAGHAGEN;
BERGGREN; ISBERG, 2000; JAGHAGEN; FRANKLIN; ISBERG, 2003).
______________________________________________________________________ Introdução 17
A deglutição de crianças respiradoras bucais com e sem apnéia obstrutiva do
sono foi avaliada por meio do exame de videofluoroscopia, sendo observada uma
tendência de dificuldade na preparação e organização do bolo alimentar e presença
de movimento de cabeça durante a deglutição da consistência sólida para o grupo
sem apnéia (PIZARRO, 2003).
1.2 Fisiologia da deglutição e suas implicações
A deglutição é um processo fisiológico que transporta o material ingerido e a
saliva da boca até o estômago (DODDS et al., 1989; DODDS et al., 1990). Para que
este processo ocorra de forma segura é necessária uma complexa ação
neuromuscular, envolvendo diversos músculos e nervos, além da coordenação
dessa função com a respiração (FELICÍO, 2004; KAHRILAS et al., 1996;
LOGEMANN, 1998; REMPEL; MOUSSAVI, 2005).
A coordenação entre respiração e deglutição é um dos vários mecanismos de
proteção das vias aéreas (HIRST et al., 2002; MORTON et al., 2002; NISHINO;
HIRAGA, 1991). Alguns estudos, com adultos saudáveis, têm demonstrado que a
interrupção da respiração na deglutição ocorre quase que exclusivamente na fase da
expiração e que a maioria retornam para a expiração em seguida da deglutição
(ERTEKIN; AYDOGDU, 2003; LOGEMANN et al., 1998; MARTIN et al., 1994;
MCFARLAND; LUND, 1995; SHAKER et al., 1992).
A coordenação entre mastigação, deglutição e respiração é necessária para
uma deglutição segura, ou seja, sem aspiração (REMPEL; MOUSAVI, 2005; SMITH
et al.,1989).
______________________________________________________________________ Introdução 18
A deglutição usualmente é dividida em quatro fases seqüenciais: fase
preparatória oral, fase oral, fase faríngea e esofágica (DODDS; STEWART;
LOGEMANN, 1990; LOGEMANN et al., 1998). Alguns autores ainda incluem a fase
antecipatória, ou seja, os mecanismos organizacionais que ocorrem antes do ato de
deglutir (FURKIM; MATTANA, 2004; SILVA, 2002).
As fases preparatória e oral são consideradas fases voluntárias da deglutição.
Na fase preparatória ocorre a captação, a mastigação se necessário e a organização
do bolo alimentar. A fase oral da deglutição consiste na propulsão do bolo até
desencadear a deglutição propriamente dita (DODDS; STEWART; LOGEMANN,
1990; LOGEMANN, 1998).
O posicionamento do bolo alimentar segundo Dodds et al. (1989), pode ocorrer
de duas formas distintas, chamadas de tipper ou dipper. No padrão tipper o bolo é
posicionado sobre o dorso da língua, onde se iniciam os movimentos propulsivos
ântero-posteriores. No padrão dipper o posicionamento do bolo ocorre sob a parte
anterior da língua, a ponta faz a captação do bolo levando-o sobre a língua, seguido
de movimentos propulsivos. O padrão de organização tipper foi encontrado em 72%
dos voluntários adultos e o padrão dipper em 19% dos voluntários com idade
superior a 60 anos.
Na fase oral da deglutição, o palato mole encontra-se em posição mais baixa, a
faringe e a laringe estão em repouso e a via aérea aberta (MARCHESAN, 1999).
A oclusão dentária, a fase de dentição (decídua, mista ou permanente) e a
idade podem influenciar as fases preparatória e oral da deglutição, sem interferir na
eficiência da mesma (JUNQUEIRA, 2000; MARCHESAN, 2003).
______________________________________________________________________ Introdução 19
Considerando a erupção dos dentes e a idade, alguns autores classificam a
deglutição como imatura e madura, ou ainda, infantil e adulta (DOUGLAS, 2002;
ENLOW, 1993). Segundo Douglas (2002), o padrão maduro só ocorre após a
erupção dos dentes e o surgimento da mastigação, que ocorre por volta dos 12 a 15
meses de idade. Outros autores acreditam que o padrão imaturo persista até os 5
anos (HANSON; BARRETT, 1995) ou até os 8 anos de idade (HANSON; COHEN,
1973).
Vários autores caracterizam a deglutição imatura, principalmente, pela
presença de projeção de língua (FERRAZ, 1998; HANSON; COHEN, 1973;
TANIGUTE, 1998).
Os movimentos exercidos pela língua e o vedamento labial são importantes
aliados na preparação, controle e propulsão do alimento (FURKIM; MATTANA, 2004;
KAHRILAS et al., 1993; LOGEMANN, 2007; MARCHESAN, 1999; WILSON;
GREEN, 2006; YOUMANS; STIERWALT, 2006).
Junqueira (2000) estudou a fase oral da deglutição em crianças de 8 a 12 anos
de idade, com oclusão normal, sendo encontrado o padrão de organização tipper em
94,87% das crianças e dipper em 2,56%.
Em adultos sadios foi observado o padrão de organização “fechada” do bolo
alimentar ou similar ao padrão tipper em 71,4% das deglutições (YAMADA et al.,
2004).
A fase faríngea da deglutição consiste na contração contínua da faringe
transportando o bolo até o esôfago (LOGEMANN et al., 1998). Simultaneamente
ocorre o fechamento palatal, o fechamento glótico e a abertura do esfíncter superior
______________________________________________________________________ Introdução 20
do esôfago. Em crianças, a laringe apresenta movimentos mais à frente, devido à
posição mais elevada do osso hióide (DODDS; STEWART; LOGEMANN, 1990).
Na fase esofágica ocorrem movimentos peristálticos que transporta o bolo para
o estômago (LOGEMANN et al., 1998).
O trânsito entre as fases da deglutição tem sido definido diferentemente por
alguns autores (COSTA, 2000; KENNEDY; KENT, 1988; KENDALL et al., 2000;
LOGEMANN, 1998). Segundo Logemann et al. (1998), o tempo do trânsito oral é
iniciado com o movimento de captação do bolo até o ponto onde a base da língua
cruza a mandíbula, sendo que sua duração não ultrapassa 1 segundo. A mesma
autora considera o inicio do trânsito faríngeo com o final do trânsito oral e seu
término quando o bolo passa pela junção cricofaríngea. Sua duração é de
aproximadamente 0,7 segundos (DODDS; STEWART; LOGEMANN, 1990).
A mensuração temporal das etapas da deglutição permite a identificação das
mudanças na fisiologia e a comparação entre diferentes populações (LOGEMANN et
al., 2002; LOGEMANN, 2007; MENDELL; LOGEMANN, 2007). Segundo Rommel et
al. (2006), as medidas objetivas da deglutição na população pediátrica normal são
úteis no reconhecimento das alterações da deglutição. A investigação temporal das
fases preparatória, oral e faríngea em crianças é escassa na literatura
(MARCHESAN, 1999).
Duca et al. (2008) na investigação do tempo de deglutição em crianças normais
(idade média de 20,5 meses) observaram duração da fase preparatória oral de 0,56
segundos, trânsito oral de 0,15 segundos para a consistência líquida e para
consistência pastosa 1,59 segundos para a fase preparatória e 0,28 segundos para
a fase oral.
______________________________________________________________________ Introdução 21
Selley et al. (2001) referiram que em crianças de 7 a 14 anos de idade, o tempo
médio de trânsito oral foi de 0,7 segundos para a consistência líquida e o volume de
2,6 ml.
Alguns estudos vêm demonstrando que o tempo do trânsito oral e faríngeo
pode sofrer influências com a idade (KIM; MCCULLOUGH; ASP, 2005; TRACY et
al., 1989), com as características do bolo alimentar, como o volume (COOK et al.,
1989; DODDS et al., 1973; DODDS et al., 1989; HISS; TREOLE; STUART, 2001;
KENDALL, 2002; LAZARUS et al., 1993; PERLMAN; ETTEMA; BARKMEIER, 2000)
e a viscosidade (DODDS et al., 1989; DANTAS; DODDS, 1990; DANTAS et al.,
1990; KENDALL; LEONARD; MCKENZIE, 2001).
O tempo do trânsito oral da deglutição também pode ser influenciado pelo
padrão de organização do bolo - tipper ou dipper - de acordo com Cook et al. (1989)
e Dodds et al. (1989).
1.3 Videofluoroscopia da deglutição
Existem vários métodos que possibilitam a avaliação da dinâmica da
deglutição, como a videofluoroscopia, a avaliação funcional por
nasolaringofibroscopia, a manometria, e a eletromiografia (LEDER; KARAS, 2000;
LANGMORE; SCHATZ; OLSON, 1991; MANRIQUE; MELO; BUBLER, 2001;
VAIMAN; EVIATAR; SEGAL, 2004; WILLGING, 1995).
A videofluoroscopia tem sido utilizada na prática clínica fonoaudiológica com o
objetivo de auxiliar no diagnóstico dos distúrbios da deglutição e na definição de
condutas terapêuticas (JUNQUEIRA; COSTA, 2000; LEDERMAN, 1997;
LOGEMANN et al., 1998).
______________________________________________________________________ Introdução 22
É considerado padrão ouro para avaliação qualitativa da deglutição,
oferecendo uma observação global dos eventos das cavidades oral, faríngea,
laríngea e completa análise do trânsito do bolo alimentar, com exposição mínima à
radiação (BECK; GAYLER, 1990; CHAN; CHAN; LAM, 2002; LEVY; CRISTOVÃO;
GABBI, 2003; COSTA et al., 2003; CRAWLEY; SAVAGE; OAKLEY, 2004; DODDS;
STEWART; LOGEMANN,1990; ZAMMIT-MAEMPEL; CHAPPLE; LESLIE, 2007;
MCKENZIE, 1997; HIORNS; RYAN, 2006). A análise quantitativa, ou seja, a medida
de tempo do trânsito pelas fases da deglutição é realizada por vários autores por
meio de software especializados (COLA, 2007; DANTAS; DODDS, 1990; MENDELL;
LOGEMANN, 2007).
Não são esperados danos relacionados a esta quantidade de exposição à
radiação -menor de 1 Gray- como descrito pela International Commission on
Radiological Protection (1991), Diretrizes de Proteção Radiológica em Radiagnóstico
Médico e Odontológico (1998).
_________________________________________________________ OBJETIVOS
________________________________________________________________________ Objetivos 24
2 OBJETIVO GERAL
Verificar os efeitos da obstrução nasal na fase oral da deglutição em crianças
na fase de dentição decídua.
2.1 Objetivos específicos
2.1.1 Verificar a diferença entre dois avaliadores, em relação a análise do tempo
de trânsito oral e o grau de concordância entre eles, para as análises de
organização do bolo alimentar, ejeção, postura dos lábios, número de deglutições e
movimentos associados.
2.1.2 Identificar o tempo de trânsito oral nos grupos bucal e controle, para as
consistências líquida e pastosa.
2.1.3 Verificar diferença no tempo de trânsito oral entre os grupos e entre as
consistências.
2.1.4 Analisar se os vários padrões de organização do bolo alimentar, a postura dos
lábios, a consistência e o volume influenciam no tempo de trânsito oral, para ambos
os grupos.
2.1.5 Observar o grau de variação entre as consistências líquida e pastosa, em
relação à organização do bolo alimentar, ejeção, postura dos lábios, número de
deglutições e movimentos associados.
2.1.6 Verificar associação da organização do bolo, ejeção, postura dos lábios,
número de deglutições e movimentos associados entre os grupos, em ambas as
consistências.
_________________________________________ MATERIAIS E MÉTODOS
------------------------------------------------------------------------------------------------- Materiais e Métodos 26
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Aspectos éticos
O presente projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade
de São Paulo, sob o nº. 12462/2004 (ANEXO A-B).
Os voluntários que preencheram os critérios necessários para constituir a
amostra do presente estudo foram convidados a participar da pesquisa, sendo esta
participação absolutamente voluntária. Foi assegurado a criança e seu responsável
no momento do convite que, caso não quisessem participar, tal decisão não traria
nenhum prejuízo para a criança, bem como tinham total liberdade para retirar seu
consentimento a qualquer momento no transcorrer da pesquisa e deixar de participar
do estudo.
Para todos os responsáveis foi lido o termo de consentimento informado
(APÊNDICE A), fornecendo-lhes informações sobre a justificativa, objetivos,
procedimentos, riscos e benefícios do estudo ao qual estavam sendo convidados a
participar. Somente foram aceitos, no estudo, voluntários que os responsáveis
assinaram o termo de consentimento informado.
A todos os responsáveis foi garantido o direito de receber informações e
esclarecimentos a respeito de qualquer dúvida que surgisse no transcorrer do
procedimento e informação atualizada sobre o estudo, ainda que isso pudesse afetar
sua vontade de continuar participando. Da mesma forma, foi garantida a segurança
de não serem identificados, bem como de que todas as informações fornecidas por
eles seriam mantidas sob caráter confidencial.
------------------------------------------------------------------------------------------------- Materiais e Métodos 27
3.2 Casuística
Participaram desta pesquisa 31 crianças, na fase de dentição decídua,
atendidas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP). Destas, 19 crianças eram do gênero
masculino e 12 do gênero feminino.
Estas crianças foram divididas em dois grupos: 21 crianças respiradoras
bucais, sendo 8 do gênero feminino e 13 do gênero masculino, com média de idade
de 4,5 anos (grupo bucal) e 10 crianças respiradoras nasais, 4 do gênero feminino e
6 do gênero masculino, com idade de 4,6 anos em média, (grupo controle).
Avaliações clínicas otorrinolaringológica, odontológica e fonoaudiológica foram
realizadas em ambos os grupos.
No grupo bucal foram incluídas crianças com presença de hipertrofia de
adenóide igual ou superior a 70%, hipertrofia de amígdalas em qualquer grau, com
ausência de cáries extensas e oclusão normal. Já no grupo controle foram incluídas
crianças sem queixas de obstrução nasal, em exame otorrinolaringológico verificado
hipertrofia de adenóide inferior a 40%, amígdalas de grau 0 a II, conchas
normotróficas, ausência de desvio de septo, ausência de cáries extensas e oclusão
normal, confirmados por avaliação odontológica.
Foram excluídas do trabalho crianças com síndrome genética, deformidades
dentofacias congênitas e adquiridas, com mau estado de conservação dos dentes,
crianças com histórico de tratamento neurológico, histórico de refluxo
gastroesofágico, presença de má oclusão dentária, histórico de tratamento
ortodôntico e/ou ortopédico funcional e tratamento fonoaudiológico miofuncional
orofacial.
------------------------------------------------------------------------------------------------- Materiais e Métodos 28
3.3 Avaliação otorrinolaringológica
A avaliação de vias aéreas superiores foi realizada no Serviço de
Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão
Preto – Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP) contendo: rinoscopia anterior,
oroscopia e nasofibroscopia.
Na rinoscopia anterior foi avaliada a presença de desvio septal, alterações na
coloração e trofismo das conchas. Na oroscopia investigou-se o grau de hipertrofia
das amígdalas, baseado na classificação de Brodsky e Koch (1992). Para a
realização da nasofibroscopia foi utilizado o fibroscópio flexível infantil da marca
Pentax FNL – 10RP2 com o intuito de mensurar o tamanho da adenóide. Esta foi
estimada pela porcentagem da área da coana posterior ocluida pela adenóide e
classificada como obstrutiva quando ocupava mais de 70% da área posterior da
coana ou como não obstrutiva quando ocupava menos de 40% dessa área.
3.4 Avaliação odontológica
O exame clínico ortodôntico foi realizado por duas ortodontistas do Serviço
de Otorrinolaringologia do HCFMRP-USP. O exame consistiu na avaliação clínica
intra-oral, com o objetivo de avaliar as características oclusais e as condições
dentárias das crianças.
Foram selecionadas crianças que apresentavam oclusão normal, ou seja,
que apresentavam as seguintes características:
- plano terminal reto ou com degrau mesial dos 2° molares decíduos;
------------------------------------------------------------------------------------------------- Materiais e Métodos 29
- Classe I dos caninos decíduos (face mesial da cúspide do canino superior
ocluindo na face distal do canino inferior);
- trespasses vertical (overbite) e horizontal (overjet) dos incisivos decíduos
normais.
Foram excluídas do estudo crianças que apresentavam as seguintes
características:
- cáries extensas que pudessem interferir no diâmetro mésio-distal dos dentes
decíduos, comprometendo a oclusão;
- mordida aberta anterior e ou posterior: desvio na relação vertical dos arcos
dentários maxilares e mandibulares. Ausência de contato definido no sentido
vertical entre os dentes superiores e inferiores, no segmento anterior ou posterior
do arco, quando a mandíbula é levada à posição habitual ou de oclusão cêntrica;
- mordida cruzada anterior e ou posterior: situação em que um ou mais dentes
ocupam posições anormais no sentido vestíbulo-lingual.
Os dados foram registrados no protocolo de avaliação oromiofuncional
(ANEXO B).
3.5 Avaliação fonoaudiológica
A avaliação miofuncional orofacial foi realizada pela pesquisadora, utilizando
alguns itens do protocolo de Motricidade Orofacial do Serviço de Fonoaudiologia do
HCFMRP-USP (ANEXO C) para avaliar a presença de alterações oromiofuncionais e
para a caracterização da amostra. Foram efetuadas perguntas aos responsáveis das
crianças sobre a presença de hábitos orais nocivos, dores orofaciais, queixas na
------------------------------------------------------------------------------------------------- Materiais e Métodos 30
mastigação, na deglutição e na fala. Foram investigadas alterações nos aspectos
morfológicos orofaciais e a mobilidade da língua, dos lábios e dos bucinadores.
3.6 Avaliação videofluoroscópica da deglutição
Os exames de videofluoroscopia da deglutição foram realizados no Serviço de
Radiologia do HCFMRP-USP. O equipamento usado foi da marca Philips, modelo
BV Pulsera. As imagens foram gravadas em DVD+RW da marca Philips, por meio
de um gravador acoplado no próprio aparelho Medical DVD Recorder, MDVDR – 100
(Figura 1). O exame foi realizado pela fonoaudióloga pesquisadora, em conjunto com
o técnico em radiologia.
------------------------------------------------------------------------------------------------- Materiais e Métodos 31
Figura 1. Aparelho Medical DVD Recorder, MDVDR – 100
3.6.1 Posicionamento
Durante a realização da avaliação videofluoroscópica da deglutição as
crianças permaneceram sentadas em uma cadeira com apoio nas costas e um apoio
de espuma no assento para adaptação vertical. Utilizaram um avental de proteção e
as captações das imagens foram feitas em posição lateral (Figura 2).
------------------------------------------------------------------------------------------------- Materiais e Métodos 32
Figura 2. Posicionamento da criança para captação das imagens
videofluoroscópica.
3.6.2 Seleção e preparação dos alimentos
Para a realização do exame de deglutição foram testados vários alimentos
nas diferentes consistências antes do inicio da coleta dos dados. O teste teve como
objetivo selecionar alimentos da rotina das crianças da faixa etária pretendida e que
sofresse o mínimo de alteração em seu aspecto visual após modificação com o
sulfato de bário. Após 2 meses de testes, foi selecionado para a consistência líquida
o suco infantil (Kapo®), sabor laranja e para a consistência pastosa foi selecionado o
iogurte infantil (Danoninho®), sabor morango. Ambas as consistências foram
------------------------------------------------------------------------------------------------- Materiais e Métodos 33
modificadas com sulfato de bário da marca (Bariogel® 100%) do laboratório
Cristália, Itapirica, São Paulo.
Para a preparação da consistência líquida foi utilizado 50 mL de suco de
laranja resfriado e 15 mL de sulfato de bário, o mesmo foi oferecido em um copo de
plástico descartável. A consistência pastosa foi preparada com 50 mL de iogurte
resfriado e 15 mL de sulfato de bário, sendo oferecido em colher de metal
padronizada de 3 mL. Para a quantificação dos volumes foi utilizado uma bureta e
uma seringa descartável.
A consistência líquida foi oferecida em volume livre sendo solicitadas três
deglutições intercaladas, onde a criança foi orientada a cada gole devolver o copo
para a examinadora estimar o volume. Após cada deglutição o volume foi
quantificado através de uma bureta e estão descritos na Tabela 1, onde constam a
média das três deglutições em mililitros, valores mínimos, máximos, mediana e
desvio padrão, apresentados pelos grupos bucal e controle.
Tabela 1 - Volume em mililitros (mL) da consistência líquida por grupo.
Grupos Consistência N Média DP Mínimo Mediana Máximo Bucal Líquida 21 5,75 2,95 2 5 14 Controle
Líquida
10
6,13
3,88
2
5
17
N: número de voluntários DP: Desvio padrão
Posteriormente, iniciou-se o exame com a consistência pastosa, onde
também foram solicitadas três deglutições seqüenciais.
------------------------------------------------------------------------------------------------- Materiais e Métodos 34
3.6.3 Captação das imagens
As imagens videofluoroscópica da deglutição foram capturadas na posição
lateral, com limite superior e inferior que correspondem a cavidade oral e a faringe.
Os registros foram efetuados antes, durante e após a deglutição, com taxa de
aquisição de 29,97 frames por segundo e gravadas em DVD+RW – Philips. Estas
imagens foram transferidas para um computador HP Pavilion Zv 6000 e analisadas
por meio de um programa de edição de imagem - Vegas Pro 8.0 da marca Sony que
possibilitou a análise quadro a quadro e o registro do tempo em milissegundos.
3.6.4 Análise da fase oral
A análise dos exames de videofluoroscopia da deglutição foi realizada por
dois avaliadores fonoaudiólogos, com o mesmo tempo de formação e experiência de
5 anos em exames clínicos e de videofluoroscópia da deglutição em crianças. Os
avaliadores eram cegos quanto aos grupos e foram submetidos a um treinamento
prévio pela pesquisadora a respeito das variáveis a serem analisadas. As imagens
videofluoroscópicas gravadas permitiram que as avaliadoras recorressem ao exame
novamente frente a alguma dúvida.
Avaliou-se na fase oral da deglutição o volume de líquido (mL) ingerido em
cada deglutição, como apresentado na Tabela 1, o tempo de trânsito oral, a
organização do bolo alimentar, a ejeção, a postura dos lábios, o número de
deglutições e a presença de movimentos associados durante a deglutição
(APÊNDICE B).
------------------------------------------------------------------------------------------------- Materiais e Métodos 35
Para análise do tempo de trânsito oral foi utilizada a definição de Logemann
(1998) que considera o inicio do trânsito oral o primeiro movimento de captação do
bolo alimentar até o ponto onde a base da língua cruza a mandíbula.
A análise da organização do bolo foi baseada nos padrões propostos por
Dodds et al. (1989), Junqueira (2000), Yamada et al. (2004). Segundos estes
autores podemos encontrar os seguintes padrões de organização:
- Tipper: o bolo é posicionado diretamente sobre o dorso da língua e a ponta da
língua posicionada em contato com a região anterior da maxila.
- Dipper: o bolo é posicionado em sua maior parte sob a parte anterior da língua,
quando se inicia a deglutição a ponta da língua projeta antero - inferiormente
para posicionar o bolo sobre a língua e após, este é ejetado simultaneamente.
- Alongada: o bolo encontra-se sobre o dorso da língua, mas não está
concentrado em uma região. Ocupa a região anterior, estendendo até a posterior
em nível de palato mole.
- Instável: quando apresenta dificuldade na manutenção do bolo sobre a língua,
oscilando em sua posição intra-oral. Não há constância na organização do bolo.
A ejeção do bolo alimentar foi classificada em adequada ou em dois tempos. O
termo adequada foi utilizado quando o bolo foi ejetado em uma única vez e o termo
dois tempos quando o bolo foi ejetado em duas etapas.
A postura dos lábios foi avaliada durante a deglutição, sendo considerados
vedados quando observado o toque entre o lábio superior e inferior e entreabertos
na ausência desse toque.
------------------------------------------------------------------------------------------------- Materiais e Métodos 36
O número de deglutições foi analisado considerando a presença de repetições,
além da presença de resíduo após estas deglutições.
Quanto à presença de movimentos associados durante a deglutição, considerou-
se o movimento de cabeça e os movimentos de protrusão e lateralização de
mandíbula.
3.7 Análise dos resultados
A análise dos exames de videofluoroscopia da deglutição foi realizada por
dois avaliadores fonoaudiólogos. Verificou-se o grau de concordância entre os
avaliadores para as variáveis, tempo de trânsito, organização do bolo, ejeção,
postura dos lábios, número de deglutições e presença de movimentos associados.
Para a análise da variável tempo de trânsito oral foram utilizados os valores
obtidos pelos dois avaliadores nas três repetições de deglutição.
A associação entre os grupos para as variáveis organização do bolo
alimentar, ejeção, postura dos lábios, número de deglutições e presença de
movimentos associados foi analisada utilizando os dados de um dos avaliadores,
definido por sorteio, devido a variação de concordância entre os avaliadores em
relação as variáveis categóricas.
------------------------------------------------------------------------------------------------- Materiais e Métodos 37
3.7.1 Análise estatística
Para análise do grau de concordância do padrão de deglutição foi utilizado o
coeficiente kappa, introduzido por Cohen (1960). Este mede o grau de concordância
entre avaliadores ou diferentes metodologias quando as variáveis são categóricas.
O coeficiente kappa, representado pela letra grega κ , indica a extensão para
qual a probabilidade observacional de concordância ( o∏ ) está em excesso à
probabilidade e∏ de concordância hipoteticamente oriunda do acaso (LANDIS;
KOCH, 1977; AGRESTI, 1990). Tal coeficiente é da forma:
1
o e
e
κ ∏ −∏=
−∏
Quando o∏ vale 1, κ assume seu valor máximo, 1, o que corresponde a uma
perfeita concordância. Um coeficiente kappa igual a zero indica que a concordância
é igual àquela esperada pelo acaso. Valores negativos ocorrem quando a
concordância é mais fraca do que a esperada pelo acaso, mas segundo Agresti
(1990), isto raramente ocorre.
Landis e Koch (1977) fornecem as seguintes categorizações para o
coeficiente kappa:
Coeficiente kappa Força da concordância
menor que zero poor (pobre)
0,00 – 0,20 slight (desprezível)
0,21 – 0,40 fair (suave)
0,41 – 0,60 moderate (moderada)
0,61 – 0,80 substantial (substancial, grande)
0,81 – 1,00 almost perfect (quase perfeita)
------------------------------------------------------------------------------------------------- Materiais e Métodos 38
Este coeficiente é análogo ao coeficiente de correlação intraclasse (ICC)
(FLEISS, 1975). A análise dos dados foi feita através do software SAS® pelo
procedimento PROC FREQ.
Para a análise estatística do tempo de trânsito oral foi usado o modelo linear
de efeitos mistos (efeitos aleatórios e fixos) que é utilizado na análise de dados onde
as respostas de um mesmo indivíduo estão agrupadas e a suposição de
independência entre as observações num mesmo grupo não é adequada (SCHALL,
1991). Para a utilização deste modelo, é preciso que seus resíduos tenham
distribuição normal com média zero e variância constante. Caso o pressuposto não
fora atendido, foi utilizado uma transformação na variável resposta. O ajuste do
modelo foi feito através do procedimento PROC MIXED do software SAS® 9.0.
Para verificação do grau de concordância do padrão de deglutição frente às
diferentes consistências foi utilizado o coenficiente Kappa.
Foi realizado o teste Exato de Fisher, para verificar associação entre os
grupos bucal e controle para as variáveis organização do bolo alimentar, ejeção,
postura dos lábios, número de deglutições e presença de movimentos associados. A
análise estatística dessa metodologia foi feita através do procedimento PROC FREQ
do software SAS ® 9.0.
__________________________________________________ RESULTADOS
______________________________________________________________________ Resultados 40
4 RESULTADOS
4.1 Comparação entre avaliadores para as análises objetivas e subjetivas
Verificou-se o grau de concordância entre os avaliadores para as variáveis,
tempo de trânsito oral, organização do bolo, ejeção, postura dos lábios, número de
deglutições e presença de movimentos associados. Obteve-se um grau de
concordância de suave a quase perfeita entre os avaliadores (Tabela 2). Não houve
influência na investigação do tempo de trânsito oral para os diferentes avaliadores
(Figura 1).
Tabela 2 - Verificação do grau de concordância intraexaminador por grupos e variáveis. Grupo Variáveis Concordância Discordância Kappa IC (95%)
Controle (líquida)
Organização do bolo 10 0 1,00 -
Ejeção 8 2 0,55 (0,04 ; 1)
Post. lábios 7 3 0,35 (0 ; 0,93)
Nº.deglutição 8 2 0,60 (0,15 ; 1)
Movimentos 9 1 0,80 (0,44 ; 1)
Controle (pastosa)
Organização do bolo 9 1
0,85
(0,56 ; 1)
Ejeção 7 3 0,40 (0 ; 0,85)
Post. lábios 9 1 0,74 (0,26 ; 1)
Nº.deglutição 9 1 0,80 (0,44 ; 1)
Movimentos 8 2 0,55 (0,04 ; 1)
Bucal (líquida)
Organização do bolo 20 1
0,93
(0,79 ; 1)
Ejeção 21 0 1,00 -
Post. lábios 16 5 0,55 (0,24 ; 0,86)
Nº.deglutição 21 0 1,00 -
Movimentos 19 2 0,70 (0,31 ; 1)
Bucal (pastosa)
Organização do bolo 18 3
0,77
(0,54 ; 1)
Ejeção 19 2 0,74 (0,41 ; 1)
Post. lábios 14 6 0,40 (0,08 ; 0,72)
Nº.deglutição 19 2 0,84 (0,62 ; 1)
Movimentos 14 7 0,42 (0,07 ; 0,76)
Teste kappa; IC: intervalo de confiança; Post.: postura
______________________________________________________________________ Resultados 41
Figura 1. Tempo de trânsito oral de ambos os grupos e consistências, por avaliador 4.2 Tempo de trânsito oral e covariáveis subjetivas
Para a análise objetiva utilizou-se o tempo de trânsito oral obtido pelos dois
avaliadores e os valores de tempo das três repetições. Os valores individuais estão
descritos nos Apêndice C a F. Na Tabela 3 observa-se que a consistência pastosa
apresentou valores maiores de tempo (milissegundos) em relação à consistência
líquida, em ambos os grupos.
______________________________________________________________________ Resultados 42
Tabela 3 - Tempo de trânsito oral em milissegundos, por grupo e consistências. Grupo Consistência N Média DP Mínimo Mediana Máximo
Líquida Pastosa
21 21
1937 2958
1273 1257
601 1134
1635 2586
9109 8475
Bucal Controle
Líquida Pastosa
10 10
1944 3223
1452 1447
601 934
1702 3053
7674 6640
Modelo linear de efeitos mistos. N: número de sujeitos DP: desvio padrão Não houve diferença estatisticamente significativa na comparação do tempo
de trânsito oral entre o grupo bucal e o grupo controle para as diferentes
consistências. Em ambos os grupos foi possível observar diferença
estatisticamente significativa com valores maiores de tempo de trânsito oral durante
a deglutição do pastoso (Tabela 4 e Figura 2).
Tabela 4 - Comparações para a variável “tempo de trânsito oral” em milissegundos.
Comparação Média DP Diferença IC (95%) p-valor Bucal – Controle (Líquida e Pastosa) Bucal
2436
182,54
-60,49
(-660,72 ; 539,62)
0,84
Controle 2496 260,06 Líquida – Pastosa (Bucal e Controle) Líquida
1876
188,81
-1179,96
(-1487,22 ; -872,70)
<0,01
Pastosa 3056 176,03 Bucal - Controle (Líquida) Bucal
2001
204,35
250,23
(-406,53; 907,00)
0,45
Controle 1751 291,93 Bucal – Controle (Pastosa) Bucal
2870
197,24
-371,21
(-1013,34; 270,91)
0,26
Controle 3242 276,21 Líquida – Pastosa (Bucal) Líquida
2001
204,35
-869,24
(-1198,77; -539,70)
<0,01
Pastosa 2870 197,24 Líquida – Pastosa (Controle) Líquida
1751
291,93
-1490,68
(-1941,67; -1039,70)
<0,01
Pastosa 3242 276,21 Modelo linear de efeitos mistos DP: desvio padrão IC: Intervalo de confiança
______________________________________________________________________ Resultados 43
Figura 2. Tempo de trânsito oral em milissegundos por grupo e consistência.
O tempo de trânsito oral não sofreu influência da postura dos lábios durante
a deglutição, nem do volume ingerido. Constatou-se que o padrão de organização
do bolo alimentar influenciou no tempo de trânsito oral e o padrão de organização
“instável” obteve um tempo maior de trânsito (Figura 3 a 5). Os valores de tempo de
trânsito oral em cada padrão de organização do bolo alimentar de ambos os grupos,
nas diferentes consistências encontram-se descritos nas Tabelas 5 a 8.
______________________________________________________________________ Resultados 44
Figura 3. Tempo de trânsito oral em relação às covariáveis (postura dos lábios e volume), nos grupos
bucal e controle.
Figura 4. Tempo de trânsito oral em relação à covariável padrão de organização do bolo alimentar,
nos grupos bucal e controle.
______________________________________________________________________ Resultados 45
Figura 5. Tempo de trânsito oral em relação à covariável “organização do bolo” nas duas
consistências, nos grupos bucal e controle.
Tabela 5 - Tempo de trânsito oral, em milissegundos, no grupo controle para a consistência líquida.
Variável N Média DP Mínimo Mediana Máximo Organização do bolo
Dipper 6 1982 772,41 1379 1652 3415
Tipper 4 1137 574,09 667 968 1946
N: número de sujeitos DP: desvio padrão Tabela 6 - Tempo de trânsito oral, em milissegundos, no grupo controle para a consistência pastosa.
Variável N Média DP Mínimo Mediana Máximo Organização do bolo
Alongada 1 2781 - 2781 2781 2781
Dipper 4 3301 1220,86 2380 2875 5072 Instável 1 5683 - 5683 5683 5683 Tipper 4 2397 675,29 1568 2525 2970
N: número de sujeitos DP: desvio padrão
______________________________________________________________________ Resultados 46
Tabela 7 - Tempo de trânsito oral, em milissegundos, no grupo bucal para a consistência líquida.
Variável N Média DP Mínimo Mediana Máximo Organização do bolo
Alongada 2 1301 346,04 1057 1301 1546
Dipper 8 2055 970,14 856 1952 4004 Instável 2 2169 959,48 1490 2169 2847 Tipper 9 1488 465,07 845 1424 2102
N: número de sujeitos DP: desvio padrão Tabela 8 - Tempo de trânsito oral, em milissegundos, no grupo bucal para a consistência pastosa.
Variável N Média DP Mínimo Mediana Máximo Organização do bolo
Dipper 8 3274 966,93 2180 3020 5083
Instável 3 2673 330,75 2291 2858 2870 Tipper 10 2180 496,54 1401 2280 2981
N: número de sujeitos DP: desvio padrão 4.4 Grau de concordância das variáveis subjetivas entre as consistências
líquida e pastosa
Observou-se variações nos padrões de organização do bolo, ejeção, postura
dos lábios, número de deglutições e presença de movimentos associados na
ingestão de líquido e pastoso (Tabela 9).
______________________________________________________________________ Resultados 47
Tabela 9 – Variação nos padrões (organização do bolo, ejeção, postura dos lábios, número de deglutições e movimentos associados) entre as consistências líquida e pastosa por grupo.
Grupo Variáveis Concordância Discordância Kappa IC (95%)
Bucal (líquida - pastosa)
Organização do bolo 15 6 0,55 (0,26 ; 0,84)
Ejeção 15 6 0,12 (0 ; 0,52) Post. lábios 14 6 0,32 (0 ; 0,71) Nº.deglutição 13 8 0,28 (0 ; 0,65)
Movimentos 12 6 0,15 (0,01 ; 0,28)
Controle (líquida - pastosa)
Organização do bolo 6 4
0,33
(0 ; 0,77)
Ejeção 8 2 0,37 (0 ; 1)
Post. lábios 9 1 0,74 (0,26 ; 1)
Nº.deglutição 8 2 0,52 (0 ; 1)
Movimentos 6 4 0,23 (0 ; 0,78)
Teste coeficiente kappa
4.5 Associação das variáveis subjetivas entre os grupos.
Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos bucal e
controle para as variáveis organização do bolo, ejeção, postura dos lábios, número
de deglutições e presença de movimentos associados tanto na ingestão da
consistência líquida quanto pastosa (Tabela 10 e 11). Os dados individuais
encontram-se nos Apêndices G a J.
______________________________________________________________________ Resultados 48
Tabela 10 - Associação entre as variáveis categóricas (organização, ejeção, postura dos lábios,
número de deglutições e presença de movimentos associados) na consistência líquida
Grupos Variáveis
Bucal Controle p-valor
Organização
do bolo Alongada 2 (9,52%) 0 (0,00%) 0,58
Dipper 8 (38,10%) 6 (60,00%)
Instável 2 (9,52%) 0 (0,00%)
Tipper 9 (42,86%) 4 (40,00%)
Ejeção Adequada 19 (90,48%) 8 (80,00%) 0,58
Dois tempos 2 (9,52%) 2 (20,00%)
Post. lábios Entreabertos 8 (38,10%) 3 (30,00%) 1,00
Vedados 13 (61,90%) 7 (70,00%)
Nº.deglutição Não repete 13 (61,90%) 7 (70,00%) 1,00
Repete 8 (38,10%) 3 (30,00%)
Movimentos Ausente 18 (85,71%) 6 (60,00%) 0,17
Mandibular 3 (14,29%) 4 (40,00%)
Teste Exato de Fisher
______________________________________________________________________ Resultados 49
Tabela 11 - Associação entre as variáveis categóricas (organização, ejeção, postura dos lábios,
número de deglutições e presença de movimentos associados) na consistência pastosa
Grupos Variáveis Bucal Controle p-valor
Organização do bolo Alongada 0 (0,00%) 1 (10,00%) 0,21 Dipper 8 (38,10%) 4 (40,00%) Instável 3 (14,28%) 1 (10,00%) Tipper 10 (47,62%) 4 (40,00%) Ejeção Adequada 15 (71,43%) 8 (80,00%) 1,00 Dois tempos 6 (28,57%) 2 (20,00%) Post. lábios Entreabertos 4 (20,00%) 2 (20,00%) 1,00 Vedados 16 (80,00%) 8 (80,00%) Nº.deglutição Não repete 11 (52,38%) 7 (70,00%) 0,60 Repete 8 (38,10%) 3 (30,00%) Repete + res 2 (9,52%) 0 (0,00%) Movimentos Ausente 12 (57,14%) 4 (40,00%) 0,62 Cabeça 1 (4,76%) 0 (0,00%) Mandibular 8 (38,10%) 6 (60,00%)
Teste Exato de Fisher
_________________________________________________________ DISCUSSÃO
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Discussão 51
5 DISCUSSÃO
A obstrução nasal crônica pode causar efeitos negativos no crescimento e
desenvolvimento craniofacial, além de modificações na musculatura orofacial, com
impacto sobre a deglutição (LIMME, 1993; MELSEN et al., 1987; PEREIRA et al.,
2001; PIZARRO, 2003; VALERA et al., 2003; VALERA et al., 2006).
Na prática clínica fonoaudiológica a avaliação da fase oral da deglutição fica
comprometida em razão da dificuldade de observação intra-oral. Dessa forma,
existem poucos estudos criteriosos que descrevem de forma objetiva o
comportamento da deglutição em pacientes com obstrução nasal.
Em nosso estudo foram selecionadas crianças com obstrução nasal grave
para compor o grupo bucal e crianças com ausência de obstrução nasal para
compor o grupo controle. A idade de pico de hipertrofia de adenóide coincide com a
faixa etária estudada o que dificultou a composição da amostra para o grupo
controle (YSUNZA et al., 2008; THORNVAL, 1969; VILELLA; VILELLA; KOCH,
2006).
Os voluntários com alterações oclusais e em mau estado de conservação
dos dentes foram rigorosamente eliminados da amostra, procurando assim afastar
interferências que pudessem modificar a dinâmica da deglutição (JUNQUEIRA,
2000).
A deglutição foi avaliada por meio da viodeofluoroscopia, que é considerada
um método de investigação padrão ouro para a deglutição (HIORNS; RYAN, 2006).
A videofluoroscopia da deglutição nos possibilita uma análise dinâmica e detalhada
que não pode ser vista pela avaliação clínica (LEDERMAN, 1997; LOGEMANN,
1998; LEVY; CRISTOVÃO, GABBI, 2004; MCKENZIE, 1997). Além da análise
qualitativa, as imagens videofluoroscópicas nos permitiram medir o tempo de
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Discussão 52
deslocamento do bolo alimentar pelas fases da deglutição, utilizando marcadores
anatômicos (LOGEMANN, 1998; MENDELL; LOGEMANN, 2007).
Esse método diagnóstico possibilita uma ampliação na atuação
fonoaudiológica e é comumente utilizado para investigar os distúrbios da deglutição.
No estudo proposto, a análise dos exames de videofluoroscopia da deglutição
foi realizada por dois avaliadores cegos quanto aos grupos, com experiência e
treinamento prévio sobre as variáveis a serem analisadas. Segundo Karnell e Rogus,
(2005) a experiência clínica e o treinamento são importantes quando envolve
julgamento e observação da fisiologia da deglutição. Observou-se que mesmo
seguindo estes critérios houve uma discordância suave entre os avaliadores em
relação às variáveis qualitativas.
No presente estudo não houve influência no tempo de trânsito oral entre os
diferentes avaliadores. A concordância entre eles permite maior confiabilidade dos
resultados obtidos (LOGEMANN, 1998).
Para análise do tempo de trânsito oral foi utilizado os marcadores anatômicos
propostos por Logemann (1998) que considera seu inicio, o primeiro movimento de
língua para captação do bolo e término, onde a base da língua cruza a mandíbula.
Segundo esta autora os eventos da deglutição ocorrem em um curto período, não
ultrapassando 1 ou 2 segundos para a fase oral (LOGEMANN, 2007).
Não foi constatada diferença entre os grupos bucal e controle em relação ao
tempo de trânsito oral, medido em milissegundos. No grupo bucal para ingestão de
líquido, foi encontrado um tempo médio de trânsito oral de 1,94 milissegundos e
para ingestão de pastoso de 2,96 milissegundos. No grupo controle para ingestão de
líquido constatamos um tempo médio de 1,94 milissegundos e para ingestão de
pastoso de 3,22 milissegundos.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Discussão 53
Não foi encontrado nenhum estudo que investigasse o tempo de trânsito do
bolo alimentar nas diferentes fases da deglutição, na faixa etária estudada. Em
crianças saudáveis, com idade de 7 a 14 anos, o tempo de trânsito oral para a
consistência líquida foi de 0,7 segundo, para o volume de 2,6 ml, oferecido em
colher (SELLEY et al., 2001). Rommel et al.(2006) por meio da videomanometria
encontrou um tempo médio de trânsito orofaríngeo de 1,9 segundos, em crianças
com idade média de 1 ano e 6 meses.
No trabalho de Duca et al. (2008) foram encontrados valores de tempos
menores em relação ao trânsito oral, porém foram avaliadas crianças com 1,7 anos
de idade, em média, e o volume foi administrado pela mamadeira. A diferente
metodologia dificulta uma comparação direta entre os tempos de trânsito oral obtidos
no presente estudo.
Vários estudos comprovam que o tempo do trânsito oral e faríngeo pode
sofrer influências com a idade (TRACY et al., 1989; KIM; MCCULLOUGH; ASP,
2005), com as características do bolo alimentar, como o volume (DODDS et al.,
1989; COOK et al., 1989; LAZARUS et al., 1993; KENDALL, 2002) e o padrão de
organização do bolo (COOK et al., 1989; DODDS et al., 1989).
Estes resultados estão de acordo com os estudos de Dodds et al. (1989),
Dantas e Dodds (1990), Dantas et al. (1990) que observaram um tempo de trânsito
significativamente maior para a consistência pastosa.
O volume médio ingerido foi de 5,75 mL para o grupo bucal e 6,13 mL para
o grupo controle. O volume do bolo não influenciou o tempo de trânsito oral nos dois
grupos estudados, possivelmente devido ao fato de os dois grupos apresentarem
volumes médios semelhantes. No estudo de Junqueira (2000), realizado com
crianças em normoclusão, entre 8 a 12 anos de idade, o volume médio ingerido foi
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Discussão 54
de 6,9 mL. Dodds et al. (1973) verificaram que o volume médio escolhido por
voluntários adultos foi de 8 mL. Vários estudos encontraram influência do volume no
tempo de trânsito do bolo alimentar, proporcionalmente (COOK et al.,1989; DANTAS
et al., 1990; LAZARUS et al., 1993; PERLMAN; ETTEMA; BARKMERER, 2000;
HISS; TREALE; STUART, 2001).
Constatamos que o padrão de organização do bolo influenciou no tempo de
trânsito oral e que o padrão “instável” obteve um tempo maior. Este padrão de
organização é caracterizado por uma instabilidade na organização do bolo alimentar
(JUNQUEIRA, 2000; YAMADA et al., 2004), dispondo de mais tempo de trânsito.
Cook et al.(1989) e Dodds et al. (1989) destacam que o padrão de organização do
bolo alimentar pode influenciar no tempo de trânsito oral.
Em nosso protocolo oferecemos a consistência líquida e pastosa para ambos
os grupos e observamos que houve variações no padrão de deglutição frente às
consistências.
No grupo bucal, a ejeção do bolo e a presença de movimentos associados
foram os aspectos que mais sofreram variação frente às consistências. Para o grupo
controle observou-se variações principalmente em relação à organização do bolo, à
ejeção e à presença de movimentos associados.
Não foram encontrados estudos que descrevessem as mudanças ocorridas
no padrão de deglutição frente às diferentes consistências. De acordo com
Logemann (2007), a viscosidade pode mudar a coordenação da deglutição
orofaríngea, mas estas variações e mudanças, no padrão de deglutição, não são
bem definidas. Os estudos de Dantas et al. (1990) e Lazarus et al. (1993)
demonstraram que a viscosidade do alimento pode influenciar no padrão de
deglutição.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Discussão 55
Não foi constatada diferença significativa entre os grupos bucal e controle em
relação à organização do bolo, ejeção, postura dos lábios, número de deglutições e
presença de movimentos associados.
Durante a fase oral da deglutição encontramos no grupo bucal, para a
consistência líquida, o padrão de organização tipper em 42,9% (9), dipper em 38,1%
(8), alongada em 9,5% (2) e instável em 9,5% (2). Para a consistência pastosa
observamos o padrão tipper em 47,6% (10), dipper em 38,1% (8), instável em
14,28% (3).
No grupo controle, para a consistência líquida, encontramos apenas os
padrões de organização tipper em 42,8% (4) e dipper em 60,0% (6). Para a
consistência pastosa observamos o padrão tipper em 40,0% (4), dipper em 40,0%
(4), alongada em 10,0% (1) e instável em 10,0% (1).
Podemos observar que o grupo bucal apresentou maior variação no padrão
de organização em relação ao grupo controle. Não podemos afirmar que esta
variação, na organização do bolo, seja pela presença de obstrução nasal já que o
número de sujeitos foi diferente para os dois grupos.
Não encontramos trabalhos que descrevessem o padrão de organização do
bolo na população estudada. Os estudos localizados com a população em questão
realizaram a avaliação clínica da fase oral da deglutição, não sendo possível a
observação intra-oral.
Junqueira (2000) encontrou o padrão de organização tipper em 94,87% e
dipper em 2,56% em crianças com idade entre 8 a 12 anos e com oclusão normal.
No estudo de Pizarro (2003) com crianças com e sem apnéia obstrutiva observou-se
dificuldade na organização do bolo para a consistência líquida e sólida, sem
caracterizar quais as dificuldades encontradas. Em adultos sadios, Yamada et al.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Discussão 56
(2004) encontraram o padrão de organização fechada em 71,4% dos voluntários. O
padrão de organização fechada é definido pela autora como similar do tipo tipper, ou
seja, o bolo alimentar é organizado sobre o dorso da língua.
O padrão de organização do bolo alimentar alongada foi descrito por
Junqueira (2000) sendo considerado uma forma adaptada de organização e esteve
presente em 18,8% dos pacientes com má oclusão classe II e III. No estudo de
Yamada et al. (2004) o padrão de organização alongada e instável esteve presente
apenas no grupo com alterações neurológicas.
Observamos também que no grupo controle houve maior ocorrência do
padrão de organização dipper para a consistência líquida. Em um estudo com 258
voluntários com idade acima de 20 anos, o padrão de organização do bolo dipper
ocorreu em 19% dos voluntários sadios com maior prevalência em sujeitos acima de
60 anos (DODDS et al., 1989).
A ocorrência de padrões de organização do bolo alimentar consideradas
adaptadas no grupo controle sugere que a deglutição é uma função de grande
adaptabilidade e que na faixa etária estudada podemos encontrar um padrão de
deglutição ainda instável e imaturo, como foi defendido por diversos autores
(HANSON; COHEN, 1973; HANSON; BARRETT, 1995).
A ejeção do bolo alimentar no grupo bucal, para a consistência líquida, foi
adequada em 90,5% (19) dos voluntários e em 71,5% (15) para a consistência
pastosa. Para o grupo controle, 80,0% (8) dos voluntários apresentaram ejeção
adequada, para as consistências líquida e pastosa. O tipo de ejeção em dois tempos
ou fracionada esteve presente nos dois grupos pesquisados, em quantidades pouco
significativas. A ejeção em dois tempos também foi observada em vários outros
estudos (LOGEMANN, 1998; JUNQUEIRA, 2000; YAMADA et al., 2004).
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Discussão 57
No estudo de Junqueira (2000), a ejeção adequada ocorreu em 94,9% das
crianças com oclusão normal. Yamada et al. (2004) encontraram a ejeção adequada
em 100% dos voluntários adultos sadios.
Os lábios vedados durante a deglutição são de fundamental importância para
iniciar o mecanismo pressórico da deglutição e esteve presente no grupo bucal em
61,9% (16) dos voluntários para a consistência líquida e em 80,0% (16) para a
consistência pastosa. No grupo controle ocorreu em 70,0% (7) dos casos para a
consistência líquida e 80,0% (8) dos casos durante a ingestão do alimento pastoso.
A postura dos lábios entreabertos durante a deglutição apesar de pouca
ocorrência esteve presente nos grupos bucal e controle. Em respiradores bucais, a
dificuldade na manutenção do vedamento labial durante a fase preparatória e oral da
deglutição foi observada por avaliação clínica nos estudos de Valera et al. (2003) e
Pereira et al. (2001). A videofluoroscopia da deglutição nos permite a avaliação da
dinâmica da deglutição em tempo real, ou seja, a observação em milissegundos
favorecendo a avaliação da presença do vedamento labial no momento exato da
deglutição.
Não houve repetição da deglutição e presença de resíduos na maioria dos
voluntários, para ambos os grupos e consistências. A repetição da deglutição
ocorreu em uma maior freqüência para a consistência pastosa, no grupo bucal, em
47,2% (10) dos voluntários. Dados que vão de encontro ao estudo de Duca et al.
(2008) que observaram a presença de duas deglutições para a consistência pastosa.
Selley et al. (2001) verificaram a presença de até duas deglutições para o volume de
2,6 mL, em crianças normais de 7 a 14 anos de idade.
A presença de movimentos associados de mandíbula, durante a deglutição,
esteve presente no grupo bucal em 14,3% (3) dos voluntários, na ingestão de líquido
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Discussão 58
e 38,1% (8) na ingestão de pastoso. No grupo controle houve presença de
movimento de mandíbula em 40,0% (4) para líquido e 60,0% (6) para pastoso.
Observamos que houve maior ocorrência de movimento de mandíbula
associado à deglutição para a consistência pastosa, sugerindo uma influência pela
consistência do bolo. A presença de movimento associado de cabeça, durante a
deglutição, foi observada em 23,3% dos respiradores bucais no estudo de Valera et
al. (2003).
Os critérios de seleção utilizados para os grupos dificultaram a inclusão de
crianças nesse estudo. Como já referido, crianças na faixa etária estudada,
normalmente apresentam algum grau de obstrução nasal, além do aspecto oclusal
alterado. A exposição à radiação, pela videofluoroscopia assim como o uso do
contraste de bário, também foram fatores limitantes, justificados pelos responsáveis
que não concordaram em participar do estudo.
Sendo assim, o tamanho da amostra pode ter dificultado a diferenciação no
padrão de deglutição de crianças respiradoras bucais e nasais.
Em nosso trabalho utilizamos a consistência líquida e pastosa, não sendo
testada a consistência sólida. Poderia ter sido encontrada diferença com a
observação da fase preparatória da deglutição, pois durante a mastigação do
alimento há maior exigência da coordenação entre respiração, mastigação e
deglutição. Novos estudos devem ser realizados com a mesma população
estudada, verificando se o padrão de mastigação é influenciado pela obstrução
nasal, tanto no tempo de mastigação quanto na sua organização.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Discussão 59
Um ponto a ser destacado em relação aos resultados é a plasticidade da
função da deglutição frente à obstrução nasal severa. Constatamos que estes
pacientes realizaram adaptações de modo satisfatório, com comportamentos
semelhantes às crianças sem obstrução nasal.
Isso nos leva a refletir sobre o trabalho funcional em crianças com a faixa
etária estudada. Em nosso planejamento terapêutico com crianças respiradoras
bucais, mesmo com oclusão normal, muitas vezes incluímos o trabalho com a fase
oral da deglutição. Talvez devêssemos intervir em outro momento, já que
observamos que a deglutição de crianças respiradoras bucais nesta faixa etária é
semelhante às crianças respiradoras nasais.
______________________________________________________ CONCLUSÕES
------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Conclusões 61
6 CONCLUSÕES
Os resultados do presente estudo indicaram que a obstrução nasal não
influenciou significativamente na fase oral da deglutição em crianças na fase de
dentição decídua.
Em relação aos objetivos específicos propostos concluímos que:
6.1 O tempo de trânsito oral não sofreu influência em relação aos dois
avaliadores. O grau de concordância entre os avaliadores variou de suave a quase
perfeita para as análises de organização do bolo, ejeção, postura dos lábios, número
de deglutições e presença de movimentos associados.
6.2 A consistência pastosa apresentou valores maiores de tempo de trânsito oral
nos grupos bucal e controle.
6.3 Os grupos apresentaram tempo de trânsito oral semelhantes, sendo que a
consistência pastosa requer um tempo de trânsito oral maior em relação à
consistência líquida.
6.4 O padrão de organização do bolo alimentar influenciou o tempo de trânsito
oral, para ambos os grupos e consistências.
6.5 Os padrões de organização do bolo, ejeção, postura dos lábios, número de
deglutições e presença de movimentos associados variaram de acordo com a
consistência.
6.6 Os grupos estudados apresentaram comportamentos semelhantes em
relação ao padrão de organização do bolo alimentar, ejeção, postura dos lábios,
------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Conclusões 62
número de deglutições e movimentos associados, durante a fase oral da deglutição,
para ambas as consistências.
_____________________________________________________ REFERÊNCIAS
_____________________________________________________________________ Referências 64
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YAMADA, E. K.; SIQUEIRA, K. O.; XEREZ, D.; KOCH, H. A.; COSTA, M. M. B. A
influência das fases oral e faríngea na dinâmica da deglutição. Arq Gastroenterol,
Brasil, v.41, n. 1, p. 18-23, jan/mar. 2004.
YOUMANS, S. R.; STIERWALT, J. A. Measures of tongue function related to normal
swallowing. Dysphagia, United States, v. 21, n. 2, p. 102-111, apr. 2006.
YSUNZA, A.; PAMPLONA, M.C.; ORTEGA, J.M.; PRADO H. Video fluoroscopy for
evaluating adenoid hypertrophy in children. International Journal of Pediatric
Otorhinolaryngology, United Kingdom, n. 72, p. 1159-1165, 2008.
____________________________________________________ APÊNDICES
________________________________________________________________________ Apêndice 84
APÊNDICE A – Termo de consentimento livre esclarecido
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO AO RESPONSÁVEL
Eu, _______________________________________ RG ____________, assino este Termo
de Consentimento com a finalidade de autorizar a participação do menor
________________________________________________ como sujeito da pesquisa
intitulada “ESTUDO CLÍNICO E VIDEOFLUOROSCOPICO DE FUNÇÕES ORAIS EM
CRIANÇAS COM E SEM OBSTRUÇÃO NASAL” sob responsabilidade do Dra. Luciana
Vitaliano Voi Trawitzki e Fga. Tais Helena Grechi e afirmo que foram dadas todas as
explicações necessárias para eu tomar essa decisão de livre e espontânea vontade
Tenho conhecimento que:
1. A pesquisa tem como objetivo avaliar a ocorrência de problemas respiratórios,
problemas na mastigação e deglutição.
2. O médico otorrinolaringologista avaliara os problemas respiratórios.
3. O dentista irá verificar o posicionamento dos dentes.
4. O fonoaudiológo irá realizar palpação dos músculos da face.
5. No exame radiológico, será registrada a imagem da criança em repouso, após,
bebendo um copo de água (consistência líquida), bebendo um iogurte (consistência
pastosa) e comendo uma bolacha (consistência sólida), estes alimentos estarão
misturados com sulfato de bário líquido para contraste. Os procedimentos não
causarão desconforto, a não ser a radiação mínima que a criança será exposta na
hora do exame, que dura em média 5 minutos.
6. Os pesquisadores se comprometem a prestar assistência integral no decorrer da
pesquisa, se algum problema decorrer desta.
7. O ressarcimento de eventuais despesas, bem como a indenização, a título de
cobertura material, para reparação de danos imediatos ou tardios, decorrentes da
participação do menor no projeto de pesquisa, serão feitos pelos pesquisadores
responsáveis Dra. Luciana Viltaliano Voi Trawitzki e Fga. Tais Helena Grechi, não
cabendo ao Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, qualquer responsabilidade
quanto aos referidos pagamentos.
________________________________________________________________________ Apêndice 85
8. Os pesquisadores manterão sigilo sobre a participação do menor na pesquisa.
9. Como a participação do menor é voluntária, tem o direito de interrompê-la em
qualquer momento, sem sofrer penalizações.
10. Recebi uma cópia desse Termo de Consentimento
Ribeirão Preto,........ de ............................. de 200....
_____________________________ _____________________________ Responsável do menor Pesquisador Responsável
________________________________________________________________________ Apêndice 86
APÊNDICE B – Protocolo do exame de videofluoroscopia da deglutição
PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO – VIDEOFLUOROSCÓPICA
DEGLUTIÇÃO: LÍQUIDO (50 ML SUCO DE LARANJA + 15 ML BÁRIO)
• VISÃO LATERAL
1º. DEGLUTIÇÃO:
- TRÂNSITO ORAL FRAME / TEMPO TOTAL
INICIO: primeiro mov. da língua
TÉRMINO: passagem do bolo sobre a base da lg
QUANTIDADE EM ML 1º. Gole:
ORGANIZAÇÃO E POSICIONAMENTO DO BOLO
( ) TIPPER O bolo é posicionado diretamente sobre o dorso da língua e a ponta da língua posicionada em contato com a região anterior da maxila.
( ) DIPPER O bolo é posicionado em sua maior parte sob a parte anterior da língua, quando inicia-se a deglutição a ponta da língua mergulha anteriormente para posicionar o bolo sobre a língua e após este é ejetado em simultaneamente.
( ) ALONGADA O bolo encontra-se sobre o dorso da língua, mas não esta concentrada em uma região. Ocupa a região anterior, estendendo até a posterior, em nível de palato mole.
( ) INSTÁVEL Dificuldade na manutenção do bolo sobre a língua, oscilando em sua posição intra-oral, não há constância na organização do bolo
EJEÇÃO
( ) ADEQUADA Ejeção do bolo de uma única vez.
( ) DOIS TEMPOS (fracionada) O bolo é ejetado em duas etapas.
POSTURA DOS LÁBIOS DURANTE DEGLUTIÇÃO
( ) vedados
( ) entreabertos
NÚMERO DE DEGLUTIÇÕES
1º. Gole ( ) não repete ( ) 1 repetição ( ) 2 repetições ( ) 3 repetições
( ) presença de resíduo ( ) sem presença de resíduo
PRESENÇA DE MOVIMENTOS ASSOCIADOS
( ) movimento de cabeça ( ) movimento mandibular
________________________________________________________________________ Apêndice 87
APÊNDICE C – Dados individuais do tempo de trânsito oral obtido pelo grupo bucal para as
consistências líquida e pastosa (avaliadora 1).
GRUPO BUCAL - Consistência líquida - Avaliadora 1 GRUPO BUCAL - Consistência pastosa - Avaliadora 1 N. frame tempo de trânsito oral N. frame tempo de trânsito oral
inicial final milissegundos inicial final milissegundos 1 44 107 2102 1 899 1073 5806 1 277 343 2202 1 1131 1237 3537
1 513 577 2135 1 1294 1403 3637
2 1136 1175 1301 2 ------ 1667
2 1279 1322 1435 2 2127 2198 2369
2 1436 1479 1435 2 2469 2602 4438
3 4795 4838 1435 3 5577 5671 3136 3 5071 5110 1301 3 5892 5977 2836
3 5319 5364 1502 3 6124 6237 3770
4 1484 1503 634 4 2652 2724 2402 4 1781 1809 934 4 2894 2957 2102
4 2081 2108 901 4 3117 3178 2035
5 6045 6313 8942 5 147 227 2669
5 6584 6667 2769 5 366 494 4271
5 ------- ------- --------- 5 636 734 3270
6 774 809 1168 6 4359 4410 1702 6 2027 2059 1068 6 4562 4601 1301
6 2959 2999 1335 6 4756 4790 1134
7 563 592 968 7 2471 2588 3904 7 1630 1674 1468 7 2747 2817 2336
7 703 805 3403 7 2996 3081 2836
8 591 631 1335 8 1817 1875 1935
8 1544 1600 1869 8 2072 2162 3003
8 749 795 1535 8 2346 2434 2936
9 1667 1693 868 9 2348 2419 2369 9 739 790 1702 9 2648 2718 2336
9 ------ ------ -------- 9 2990 3056 2202
10 6611 6701 3003 10 7807 7872 2169 10 6866 6908 1401 10 8018 8082 2135
10 7059 7102 1435 10 8224 8263 1301
11 529 584 1835 11 2493 2556 2102
11 1009 1071 2069 11 2799 2895 3203
11 1317 1377 2002 11 3033 3139 3537
12 ------- ------- --------- 12 12492 12554 2069 12 11698 11756 1935 12 12810 12875 2169
12 11974 12012 1268 12 13106 13173 2236
13 4176 4238 2069 13 5862 5941 2636 13 4947 5022 2503 13 6190 6252 2069
13 ------- ------- -------- 13 6493 6559 2202
14 3174 3199 834 14 6609 6661 1735
14 4185 4221 1201 14 6791 6909 3937
14 5417 5444 901 14 7060 7110 1668
15 13754 13795 1368 15 537 598 2035 15 15686 15738 1735 15 817 896 2636
________________________________________________________________________ Apêndice 88
15 16659 16726 2236 15 1147 1201 1802
16 8645 8677 1068 16 12801 12865 2135 16 10148 10212 2135 16 13058 13114 1869
16 11741 11811 2336 16 13325 -------- -------
17 --------- -------- ------- 17 5139 5277 4605 17 2815 2928 3770 17 5498 5671 5772
17 3802 3844 1401 17 5987 6115 4271
18 784 805 701 18 4271 4348 2569 18 -------- 1889 -------- 18 4543 4629 2870
18 2919 2974 1835 18 4785 4850 2169
19 353 465 3737 19 2480 2596 3871 19 1425 1563 4605 19 2789 2923 4471
19 -------- ------ -------- 19 3119 3369 8342
20 836 901 2169 20 2766 2885 3971 20 1272 ------ -------- 20 3198 3325 4238
20 2345 2431 2870 20 3532 3660 4271
21 2380 2401 701 21 3669 3757 2936 21 2871 2921 1668 21 4122 4205 2769
21 3270 3334 2135 21 4405 4485 2669
________________________________________________________________________ Apêndice 89
APÊNDICE D – Dados individuais do tempo de trânsito oral obtido pelo grupo bucal para as
consistências líquida e pastosa (avaliadora 2).
GRUPO BUCAL - Consistência líquida - Avaliadora 2 GRUPO BUCAL - Consistência pastosa - Avaliadora 2 N. frame tempo de trânsito oral N. frame tempo de trânsito oral
inicial final Milissegundos inicial final milissegundos 1 44 106 2069 1 1000 1072 2402 1 278 341 2102 1 1167 1240 2436
1 513 577 2135 1 1329 1403 2469
2 1136 1173 1235 2 ------ 1668 ------ 2 1279 1323 1468 2 2133 2197 2135
2 1436 1480 1468 2 2470 2601 4371
3 4797 4842 1502 3 5578 5671 3103 3 5071 5111 1335 3 5894 5980 2870
3 5320 5363 1435 3 6144 6238 3136
4 1486 1504 601 4 2653 2724 2369 4 1781 1816 1168 4 2892 2960 2269
4 2082 2109 901 4 3116 3180 2135
5 6046 6319 9109 5 150 228 2603 5 6583 6670 2903 5 371 495 4137
5 ----- ------- -------- 5 647 740 3103
6 773 809 1201 6 4359 4410 1702 6 2027 2059 1068 6 4562 4604 1401
6 2956 2998 1401 6 4758 4792 1134
7 562 595 1101 7 2472 2592 4004 7 1631 1675 1468 7 2754 2816 2069
7 703 806 3437 7 2998 3084 2870
8 592 631 1301 8 1819 1876 1902 8 1544 1599 1835 8 2073 2163 3003
8 749 794 1502 8 2346 2435 2970
9 1667 1693 868 9 2354 2417 2102 9 739 790 1702 9 2650 2718 2269
9 ----- ------ -------- 9 2990 3055 2169
10 6608 6700 3070 10 7806 7872 2202 10 6864 6907 1435 10 8018 8082 2135
10 7059 7101 1401 10 8222 8262 1335
11 528 583 1835 11 2493 2556 2102 11 1009 1069 2002 11 2796 2895 3303
11 1317 1377 2002 11 3032 3140 3604
12 ------ ------ ------- 12 12492 12558 2202 12 11697 11756 1969 12 12807 12877 2336
12 11972 12013 1368 12 13103 13174 2369
13 4175 4239 2135 13 5862 5939 2569 13 4947 5022 2503 13 6189 6256 2236
13 ------ ------ ------- 13 6493 6559 2202
14 3171 3198 901 14 6608 6668 2002 14 4185 4222 1235 14 6791 6911 4004
14 5415 5446 1034 14 7060 7118 1935
15 13752 13801 1635 15 540 599 1969 15 15684 15744 2002 15 813 901 2936
________________________________________________________________________ Apêndice 90
15 16659 16726 2236 15 1146 1205 1969
16 8649 8685 1201 16 12800 12869 2302 16 10145 10215 2336 16 13057 13114 1902
16 11741 11815 2469 16 ------- -------- -------
17 2811 2931 4004 17 5138 5283 4838 17 3802 3850 1602 17 5496 5676 6006
17 ------- ------- -------- 17 5985 6117 4404
18 784 806 734 18 4271 4350 2636 18 ------ 1890 ------- 18 4542 4629 2903
18 2919 2973 1802 18 4784 4853 2302
19 351 465 3804 19 2481 2598 3904 19 1422 1564 4738 19 2788 2928 4671
19 ------ ------- ------- 19 3119 3373 8475
20 835 904 2302 20 2765 2888 4104 20 1271 1354 2769 20 3193 3330 4571
20 2341 2431 3003 20 3533 3663 4338
21 2384 2402 601 21 3670 3759 2970 21 2870 2923 1768 21 4122 4206 2803
21 3271 3334 2102 21 4404 4489 2836
________________________________________________________________________ Apêndice 91
APÊNDICE E - Dados individuais do tempo de trânsito oral obtido pelo grupo controle para as
consistências líquida e pastosa (avaliadora 1).
GRUPO CONTROLE - consistência líquida - avaliadrora 1
GRUPO CONTROLE - consistência pastosa - avaliadrora 2
N. frame tempo trânsito oral N. frame tempo de trânsito oral inicial final milissegundos inicial final milissegundos
1 338 399 2035 1 4428 4539 3704 1 1656 1712 1869 1 4769 4966 6573
1 2545 2622 2569 1 5240 5437 6573
2 846 974 4271 2 4528 4628 3337 2 1951 2181 7674 2 ---- ------ -------
2 3085 3270 6173 2 5210 5359 4972
3 1 19 601 3 3001 3029 934 3 28 52 801 3 3165 3237 2402
3 1041 1059 601 3 3352 3391 1301
4 583 620 1235 4 1515 1571 1869 4 904 976 2402 4 2075 2191 3871
4 1165 1232 2236 4 2260 2360 3337
5 ----- ----- ------- 5 1427 1487 2002 5 529 580 1702 5 1972 2063 3036
5 957 1034 2569 5 2231 2293 2069
6 230 260 1001 6 1211 1306 3170 6 580 607 901 6 1536 1635 3303
6 845 879 1134 6 1830 1893 2102
7 5187 5206 634 7 1043 1133 3003 7 6293 6318 834 7 1267 1377 3670
7 128 153 834 7 1483 1559 2536
8 1186 1226 1335 8 2058 2154 3203 8 1495 1528 1101 8 2308 2390 2736
8 1777 1833 1869 8 2560 2615 1835
9 6938 6985 1568 9 8954 9119 5506 9 7799 7859 2002 9 28 189 5372
9 8451 8503 1735 9 356 487 4371
10 2949 3002 1768 10 4786 4864 2603 10 3253 3377 4137 10 5353 5417 2135
10 ----- ---- ------ 10 5675 5724 1635
________________________________________________________________________ Apêndice 92
APÊNDICE F - Dados individuais do tempo de trânsito oral obtido pelo grupo controle para as
consistências líquida e pastosa (avaliadora 2).
GRUPO CONTROLE - consistência líquida – avaliadora 2 GRUPO CONTROLE - consistência pastosa - avaliadrora 2
N. frame tempo de trânsito oral N. frame tempo de trânsito oral
inicial final milissegundos inicial final milissegundos
1 336 399 2102 1 4427 4542 3837
1 1656 1719 2102 1 4769 4966 6573
1 2545 2626 2703 1 5239 5438 6640
2 848 970 4071 2 4528 4629 3370
2 -------- -------- --------- 2 ------ ------- -------
2 3083 3268 6173 2 5211 5360 4972
3 1 20 634 3 3001 3030 968
3 28 51 767 3 3167 3238 2369
3 1041 1059 601 3 3351 3392 1368
4 583 620 1235 4 1517 1571 1802
4 904 976 2402 4 2079 2190 3704
4 1166 1232 2202 4 2261 2363 3403
5 ------ ------- ------- 5 1427 1488 2035
5 527 581 1802 5 1973 2062 2970
5 955 1035 2669 5 2231 2295 2135
6 229 260 1034 6 1212 1308 3203
6 577 609 1068 6 1535 1636 3370
6 842 881 1301 6 1830 1896 2202
7 5186 5209 767 7 1043 1135 3070
7 6293 6316 767 7 1265 1377 3737
7 129 155 868 7 1483 1560 2569
8 1187 1226 1301 8 2058 2154 3203
8 1497 1527 1001 8 2307 2389 2736
8 1778 1833 1835 8 2560 2618 1935
9 6938 6983 1502 9 8954 9118 5472
9 7799 7859 2002 9 28 190 5405
9 8453 8501 1602 9 356 486 4338
10 2949 3000 1702 10 4785 4864 2636
10 3253 3346 3103 10 5352 5415 2102
10 -------- --------- -------- 10 5675 5724 1635
________________________________________________________________________ Apêndice 93
APÊNDICE G – Dados individuais do grupo bucal para as variáveis de organização
do bolo, ejeção, postura dos lábios, número de deglutições e movimentos
associados (consistência líquida).
GRUPO BUCAL - Consistência líquida
N. organização do bolo ejeção postura dos lábios número de deglutições mov. associados
1 tipper adequada entreabertos não repete ausente
2 tipper adequada vedados não repete ausente
3 tipper adequada entreabertos não repete ausente
4 tipper adequada entreabertos não repete ausente
5 dipper dois tempos vedados não repete ausente
6 tipper adequada entreabertos não repete ausente
7 dipper adequada vedados 1 repetição mov. Mandibular
8 alongada adequada entreabertos não repete ausente
9 dipper adequada vedados 2 repetiçao ausente
10 tipper adequada entreabertos não repete ausente
11 dipper adequada entreabertos 1 repetição ausente
12 dipper adequada entreabertos não repete ausente
13 tipper adequada entreabertos não repete ausente
14 alongada adequada entreabertos 1 repetição mov. Mandibular
15 dipper adequada vedados não repete mov. Mandibular
16 dipper adequada vedados não repete ausente
17 dipper adequada entreabertos 1 repetição mov. Mandibular
18 tipper adequada entreabertos 1 repetição mov. Mandibular
19 instável adequada vedados 1 repetição ausente
20 dipper dois tempos vedados 1 repetição ausente
21 instável adequada entreabertos não repete ausente
________________________________________________________________________ Apêndice 94
APÊNDICE H – Dados individuais do grupo bucal para as variáveis de organização
do bolo, ejeção, postura dos lábios, número de deglutições e movimentos
associados (consistência pastosa).
GRUPO BUCAL - Consistência pastosa
N. organização do bolo ejeção postura dos lábios número de deglutições mov. associados
1 tipper adequada entreabertos não repete ausente
2 tipper adequada vedados não repete mov. Mandibular
3 dipper
dois
tempos entreabertos
1 repetição + resíduo em base de
língua mov. Mandibular
4 tipper adequada entreabertos não repete mov. cabeça
5 dipper adequada vedados 1 repetição ausente
6 tipper adequada entreabertos 1 repetição mov. Mandibular
7 tipper adequada vedados 1 repetição mov. Mandibular
8 dipper adequada entreabertos
1 repetição + resíduo em base de
língua ausente
9 dipper adequada entreabertos 2 repetições mov. Mandibular
10 tipper adequada vedados não repete ausente
11 dipper adequada entreabertos não repete mov. Mandibular
12 tipper adequada vedados 1 repetição mov. Mandibular
13 dipper adequada vedados 1 repetição mov. Mandibular
14 dipper adequada entreabertos
não repete + resíduo em base de
língua mov. Mandibular
15 instavél
dois
tempos entreabertos 1 repetição ausente
16 tipper adequada vedados não repete ausente
17 dipper adequada entreabertos 1 repetição mov. Mandibular
18 dipper adequada vedados
não repete + resíduo em base de
língua mov. Mandibular
19 instavél adequada vedados 2 repetições ausente
20 instavél
dois
tempos vedados 1 repetição mov. Mandibular
21 instavél
dois
tempos entreabertos
não repete + residuo em base de
língua mov. Mandibular
________________________________________________________________________ Apêndice 95
APÊNDICE I – Dados individuais do grupo controle para as variáveis de organização
do bolo, ejeção, postura dos lábios, número de deglutições e movimentos
associados (consistência líquida).
GRUPO CONTROLE - Consistência líquida
N. organização do
bolo ejeção postura dos
lábios número de deglutições mov. associados
1 dipper dois tempos entreabertos 1 repetição ausente
2 dipper dois tempos vedados não repete mov. mandibular
3 tipper adequada entreabertos não repete ausente
4 tipper adequada vedados não repete ausente
5 dipper adequada vedados 1 repetição ausente
6 tipper adequada vedados 1 repetição mov. Mandibular
7 tipper adequada entreabertos não repete ausente
8 dipper dois tempos vedados não repete mov. Mandibular
9 dipper adequada vedados 1 repetição mov. Mandibular
10 dipper dois tempos entreabertos 1 repetição mov. Mandibular
________________________________________________________________________ Apêndice 96
APÊNDICE J – Dados individuais do grupo controle para as variáveis de
organização do bolo, ejeção, postura dos lábios, número de deglutições e
movimentos associados (consistência pastosa).
GRUPO CONTROLE - Consistência pastosa
N. organização do
bolo ejeção postura dos
lábios número de deglutições mov. associados
1 instável dois tempos entreabertos não repete mov. mandibular
2 alongada adequada entreabertos não repete + resíduo em base de língua mov. mandibular
3 tipper adequada vedados 1 repetição mov.mandibular
4 tipper adequada vedados não repete ausente
5 dipper adequada vedados 1 repetição ausente
6 tipper dois tempos vedados 1 repetição mov. Mandibular
7 dipper dois tempos vedados não repete mov. Mandibular
8 tipper adequada vedados não repete + resíduo em base de língua mov. Mandibular
9 dipper dois tempos vedados 1 repetição + resíduo em base de língua mov. Madibular
10 tipper dois tempos entreabertos não repete + resíduo em base de língua
mov. Mandibular +
cabeça
_____________________________________________________________ ANEXOS
___________________________________________________________________________ Anexo 98
ANEXO A – Aprovação pelo Comitê de Ética
___________________________________________________________________________ Anexo 99
ANEXO B – Alteração do título da pesquisa.
__________________________________________________________________________ Anexo 100
ANEXO C – Protocolo de avaliação clínica fonoaudiológica
PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO MOTRICIDADE OROFACIAL HCFMRP - USP
IDENTIFICAÇÃO: Nome:_____________________________________________________________________________________ Idade:________________ DN.:___/___/_____ Registro (HC):____________________________________ Nome da mãe:_______________________________________________Profissão:___________________ Nome do pai:________________________________________________Profissão:__________________ Endereço: (Rua, Av.)_____________________________________________________________________ Cidade:_________________________________________Estado:______ CEP:________________________ Telefones: residencial:________________comercial:__________________recado:____________________ Escola:___________________________________________ série:____________ período:_____________ Informante:___________________________________________Procedência:_________________________
DATA:________/_________/_________ QUEIXA:_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ QUESTIONÁRIO: Tem ou teve os seguintes hábitos, até que idade: sucção de chupeta____ sucção digital____ morder lábio____ morder bochechas bruxismo ou apertamento____ morder objetos____ onicofagia____ outros____ Frequenta o dentista (clínico) regularmente? não sim Já foi ao Ortodontista ou Ortopedista Funcional dos Maxilares? não sim Quem encaminhou?_________________________________________________________ Usa aparelho? não sim Obs: Diagnóstico Ortodôntico: Aparelho(s) Utilizado(s): fixo móvel Nome do Profissional:_____________________________ Telefone:_____________ Já fez tratamento fonoaudiológico? não sim Tratamentos anteriores (relacionados ao problema):________________________________
Mamou no peito? não sim até que idade?_______ Fez uso de mamadeira? não sim até que idade?_______ Bico ortodôntico? não sim Quando foi introduzido: o alimento pastoso__________ o alimento sólido__________ Atualmente sua alimentação é principalmente: sólida macia pastosa líquida sem predomínio quanto à consistência Mastiga mais de um lado? não sim ........ direito esquerdo Tem o hábito de beber líquido nas refeições (mastigando)? não sim Come de boca aberta? não sim Apresenta na mastigação dor na região da ATM? não sim..... esquerdo direito Apresenta engasgos frequentes? não sim Apresenta ruídos quando vai engolir? não sim Apresenta doenças do aparelho respiratório? dor de garganta frequente
resfriados frequentes bronquites rinites amigdalites rouquidão Faz tratamento com o ORL? não sim não sabe Já fez cirurgia de: amigdalas adenóide frênulos lingual / labial nariz
__________________________________________________________________________ Anexo 101
A criança respira pelo nariz? não sim não sabe
A criança baba ou ronca durante a noite? não sim não sabe A criança durante o dia fica de boca aberta? não sim não sabe A criança à noite fica de lábios abertos? não sim não sabe A criança tem alguma dificuldade para falar? não sim...... quais sons:_____________ A criança tem alguma dificuldade para ouvir? não sim AVALIAÇÃO: Postura corporal: normal alterada Postura de cabeça e pescoço: normal alterada Presença de olheiras: não sim Face: simétrica assimétrica______________________________________________ Proporções da face (medidas dos terços): superior____mm médio____mm inferior___mm Análise facial (suspeita clínica): dolicofacial mesiofacial braquefacial Oclusão Dentária: Análise ântero-posterior, relação molar (Angle): classe I classe II classe III - overjet (trespasse horizontal / sobressaliência): não sim________mm Análise vertical: normal - mordida aberta: anterior posterior....... unilateral bilateral - mordida profunda: não sim Análise transversal: normal - mordida cruzada: anterior posterior....... unilateral _____ bilateral - mordida topo à topo: anterior posterior....... unilateral _____ bilateral Falhas dentárias: não sim........quais:______________________________________ Presença de diastemas: não sim Estado de conservação dos dentes: adequado regular ruim Palato: profundo atrésico normal Língua: volumosa crenada (com marcas) sulcada geográfica
tensão diminuída tensão aumentada normal Frênulo da língua: encurtado limitante encurtado não limitante normal Lábio superior: volumoso curto longo assimétrico____________ normal Lábio inferior: volumoso evertido assimétricos_______________ normal Frênulo do lábio superior: curto longo normal Frênulo do lábio inferior: curto longo normal
Posição habitual dos lábios: ocluídos sem tensão ocluídos com tensão entreabertos
inferior ocluído entre os dentes Posição habitual da língua: em soalho bucal entre arcadas anterior adequada entre arcada posterior outros Palpação muscular (graduar de 0 a 3 apenas um dos itens: flacidez ou rigidez. Considerar: 0-sem alterações, 1-leve, 2-moderada e 3-severa). Orbicular da boca porção superior: rigidez:____ flacidez:____ Orbicular da boca porção inferior: rigidez:____ flacidez:____ Bucinador direito: rigidez:____ flacidez:____ Bucinador esquerdo: rigidez:____ flacidez:____ Masseter direito: rigidez:____ flacidez:____ Masseter esquerdo: rigidez:____ flacidez:____ Mentual: rigidez:____ flacidez:____
Mobilidade de lábios: protrusão simétrica: adequada regular ruim protrusão com lateralidade direita: adequada regular ruim protrusão com lateralidade esquerda: adequada regular ruim
Mobilidade de língua: formação de ponta anterior adequada regular ruim com tremor
__________________________________________________________________________ Anexo 102
para os lados adequada regular ruim com tremor para cima adequada regular ruim com tremor para baixo adequada regular ruim com tremor estalo adequada regular ruim com tremor acoplamento adequada regular ruim com tremor
Mobilidade de palato mole: adequada regular ruim Mobilidade de bochechas: adequada regular ruim Movimentos mandibulares máximos (medidas): Abertura bucal: _____mm (Trespasse vertical:______mm)
sem desvio com desvio... direita esquerda presença de ruídos articulares__________________________ dor (grau: 0-3)______ Lateralidade: Direita: _____mm Esquerda: _____mm (Desvio de linha média:____mm)
presença de ruídos articulares__________________________ dor (grau: 0-3)______ Protrusão: _____mm (Trespasse horizontal: ____mm)
sem desvio com desvio... direita esquerda presença de ruídos articulares__________________________ dor (grau: 0-3)______ Guia de desoclusão: Direita:_____________ interferência oclusal: não sim... trabalho balanceio Esquerda:___________ interferência oclusal: não sim... trabalho balanceio
RESPIRAÇÃO: Modo respiratório: nasal oral oronasal Respiração ruidosa: não sim Estreitamento de narinas: não sim MASTIGAÇÃO: Alimento: ______________________________ Quantidade: pequeno médio grande Corte: dentes anteriores dentes posteriores Vedamento labial: presente ausente Presença de estalido na ATM: não sim......... direita esquerda Presença de creptação ATM: não sim......... direita esquerda Mastigação: unilateral: direita esquerda bilateral: alternada simultânea DEGLUTIÇÃO: Interposição de língua: não sim entre as arcadas anterior posterior..... unilateral bilateral Interposição de lábio: não sim..... superior inferior Tensão de orbiculares: não sim Contração de masseter: não sim Movimento associado de cabeça: não sim Restos alimentares na cavidade oral: não sim Mímicas faciais: não sim FALA: Articulação da fala: adequada regular ruim Articulação trancada: não sim Desvio mandibular: não sim... quais sons?____________________________ Ceceio: não sim... quais sons?_____________________________ ________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________ Anexo 103
ANEXO D – Publicação
Efeito da obstrução nasal na fase oral da deglutição em crianças Resumo
Introdução: A obstrução nasal crônica pode causar efeitos negativos no crescimento e
desenvolvimento craniofacial, além de modificações na musculatura orofacial, com
impacto sobre a deglutição. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi verificar os efeitos
da obstrução nasal na fase oral da deglutição em crianças na fase de dentição decídua.
Método: Participaram deste estudo 31crianças do Ambulatório de Otorrinolaringologia do
Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo. Estas crianças foram
divididas em dois grupos: 21 crianças respiradoras bucais, sendo 8 do gênero feminino e
13 do gênero masculino, com idade média de 4,5 anos (grupo bucal) e 10 crianças
respiradoras nasais, 4 do gênero feminino e 6 do gênero masculino, com idade média de
4,6 anos (grupo controle). Ambos os grupos foram submetidos à avaliação
otorrinolaringológica para diagnóstico respiratório, avaliação odontológica para
diagnóstico do padrão oclusal e dentário e avaliação videofluoroscópica da deglutição.
Para avaliação videofluoroscópica foi utilizada a consistência líquida em volume livre e 3
ml de consistência pastosa modificadas com sulfato de bário. Avaliou-se na fase oral da
deglutição o volume, a organização do bolo, a ejeção, a postura dos lábios, o número de
deglutições e a presença de movimentos associados durante a deglutição. Resultados: Não
foi constatada diferença significativa entre os grupos bucal e controle em relação aos
aspectos avaliados durante a fase oral da deglutição. Conclusão: Os resultados indicaram
que a obstrução nasal não influenciou significativamente a fase oral da deglutição em
crianças na fase de dentição decídua.
Palavras-chave: Respiração bucal. Deglutição. Transtornos de deglutição. Diagnóstico.
Criança.
__________________________________________________________________________ Anexo 104
1. Introdução
As tonsilas faríngea e palatinas, também conhecidas por adenóide e amígdalas,
respectivamente, fazem parte do anel linfático de Waldeyer, sendo inicialmente descrito em
1868 por Meyer [1]. As tonsilas, em geral, iniciam seu aumento entre os três e seis anos de
idade, período de maior atividade imunológica [1-3].
O diagnóstico da hipertrofia do tecido adenoideano por meio da nasofibroscopia
apresenta maior acurácia quando comparado ao diagnóstico realizado por meio da radiografia
simples [4-6].
Os principais sintomas de hipertrofia das tonsilas são: obstrução nasal [7-12], apnéia
do sono [13-17], ronco [14, 18], aumento das infecções respiratórias [7, 10, 18], respiração
bucal [8,11,18] e otites [11]. Em decorrência da respiração bucal encontramos ainda
alterações miofuncionais orofaciais e craniofaciais [19,20,14,21,22,18,23].
As alterações craniofaciais descritas nesta população são aumento vertical do terço
inferior da face [24,25,18] e alterações na oclusão dentária como mordida cruzada [26,27]. As
características miofuncionais orofaciais encontradas no respirador bucal são: modificações
posturais dos lábios [25], de língua [18], alterações na mastigação [25,18], na deglutição
[18,25,28,29].
A deglutição é um processo fisiológico que transporta o material ingerido e a saliva
da boca até o estômago [30,31]. Para que este processo ocorra de forma segura é necessária
uma complexa ação neuromuscular, envolvendo diversos músculos e nervos, além da
coordenação dessa função com a respiração [32,33].
A deglutição usualmente é dividida em quatro fases seqüenciais: fase preparatória
oral, fase oral, fase faríngea e esofágica [31,32]. As fases preparatória oral e oral são
consideradas fases voluntárias da deglutição. Na fase preparatória ocorre a captação, a
__________________________________________________________________________ Anexo 105
mastigação se necessário e a organização do bolo alimentar. A fase oral da deglutição
consiste na propulsão do bolo até desencadear a deglutição propriamente dita [34, 32].
Os movimentos exercidos pela língua e o vedamento labial são importantes aliados na
preparação, controle e propulsão do alimento [35-38].
A videofluoroscopia tem sido utilizada na prática clínica fonoaudiológica com o
objetivo de auxiliar no diagnóstico dos distúrbios da deglutição e na definição de condutas
terapêuticas [32]. É considerado padrão ouro para avaliação qualitativa da deglutição,
oferecendo uma observação global dos eventos das cavidades oral, faríngea, laríngea e
completa análise do trânsito do bolo alimentar, com exposição mínima à radiação [40-43].
O objetivo do presente estudo foi verificar os efeitos da obstrução nasal na fase oral da
deglutição em crianças na fase de dentição decídua.
2. Método
O presente projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (nº.
12462/2004). Somente foram aceitos, no estudo, voluntários que os responsáveis assinaram o
termo de consentimento informado.
Participaram desta pesquisa 31 crianças, na fase de dentição decídua, atendidas no
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São
Paulo (HCFMRP-USP). Estas crianças foram divididas em dois grupos: 21 crianças
respiradoras bucais (grupo bucal) e 10 crianças respiradoras nasais (grupo controle).
Avaliações clínicas otorrinolaringológica e odontológica foram realizadas em ambos os
grupos para verificar o enquadramento dos critérios de inclusão e exclusão.
__________________________________________________________________________ Anexo 106
Critérios de inclusão. No grupo bucal foram incluídas crianças com presença de
hipertrofia de adenóide igual ou superior a 70%, hipertrofia de amígdalas em qualquer grau,
com ausência de cáries extensas e oclusão normal. Já no grupo controle foram incluídas
crianças sem queixas de obstrução nasal, em exame otorrinolaringológico verificado
hipertrofia de adenóide inferior a 40%, amígdalas de grau 0 a II, conchas normotróficas,
ausência de desvio de septo, ausência de cáries extensas e oclusão normal, confirmados por
avaliação odontológica.
Critérios de exclusão. Foram excluídas do trabalho crianças com síndrome genética,
deformidades dentofacias congênitas e adquiridas, com mal estado de conservação dos dentes,
crianças com histórico de tratamento neurológico, histórico de refluxo gastroesofágico,
presença de má oclusão dentária, histórico de tratamento ortodôntico e/ou ortopédico
funcional e tratamento fonoaudiológico miofuncional orofacial.
Avaliação otorrinolaringológica. Na rinoscopia anterior foi avaliada a presença de
desvio septal, alterações na coloração e trofismo das conchas. Na oroscopia investigou-se o
grau de hipertrofia das amígdalas, baseado na classificação de BRODSKY (1992). Para a
realização da nasofibroscopia foi utilizado o fibroscópio flexível infantil da marca Pentax
FNL – 10RP2 com o intuito de mensurar o tamanho da adenóide. Esta foi estimada pela
porcentagem da área da coana posterior ocluida pela adenóide e classificada como obstrutiva
quando ocupava mais de 70% da área posterior da coana ou como não obstrutiva quando
ocupava menos de 40% dessa área.
Avaliação odontológica. O exame consistiu na avaliação clínica intra-oral, com o
objetivo de avaliar as características oclusais e as condições dentárias das crianças.
Avaliação videofluoroscópica da deglutição. Os exames de videofluoroscopia da
deglutição foram realizados no Serviço de Radiologia do HCFMRP-USP. O equipamento
__________________________________________________________________________ Anexo 107
usado foi da marca Philips, modelo BV Pulsera. As imagens foram gravadas em DVD+RW
da marca Philips, por meio de um gravador acoplado no próprio aparelho Medical DVD
Recorder, MDVDR – 100. O exame foi realizado pela fonoaudióloga pesquisadora, em
conjunto com o técnico em radiologia.
Durante a realização da avaliação videofluoroscópica da deglutição as crianças
permaneceram sentadas em uma cadeira com apoio nas costas e um apoio de espuma no
assento para adaptação vertical. Utilizaram um avental de proteção e as captações das
imagens foram feitas em posição lateral. Para a preparação da consistência líquida foi
utilizado 50 mL de suco de laranja resfriado e 15 mL de sulfato de bário, o mesmo foi
oferecido em um copo de plástico descartável. A consistência pastosa foi preparada com 50
mL de iogurte resfriado e 15 mL de sulfato de bário, sendo oferecido em colher de metal
padronizada de 3 mL. Ambas as consistências foram modificadas com sulfato de bário da
marca (Bariogel® 100%) do laboratório Cristália, Itapirica, São Paulo.
A análise dos exames de videofluoroscopia da deglutição foi realizada por dois
avaliadores fonoaudiólogos, com o mesmo tempo de formação e experiência de 5 anos em
exames clínicos e videofluoroscópico da deglutição em crianças. Os avaliadores eram cegos
quanto aos grupos e foram submetidos a um treinamento prévio pela pesquisadora a respeito
das variáveis a serem analisadas.
Avaliou-se na fase oral da deglutição o volume (mL) ingerido de líquido em cada
deglutição, organização do bolo alimentar, ejeção, postura dos lábios, número de deglutições
e presença de movimentos associados durante a deglutição.
A análise da organização do bolo foi baseada nos padrões propostos por Dodds et al.
[30], Junqueira [39], Yamada et al. [45]. Segundos estes autores podemos encontrar os
seguintes padrões de organização: Tipper: o bolo é posicionado diretamente sobre o dorso da
__________________________________________________________________________ Anexo 108
língua e a ponta da língua posicionada em contato com a região anterior da maxila. Dipper: o
bolo é posicionado em sua maior parte sob a parte anterior da língua, quando se inicia a
deglutição a ponta da língua projeta antero - inferiormente para posicionar o bolo sobre a
língua e após, este é ejetado simultaneamente. Alongada: o bolo encontra-se sobre o dorso da
língua, mas não está concentrado em uma região. Ocupa a região anterior, estendendo até a
posterior em nível de palato mole. Instável: quando apresenta dificuldade na manutenção do
bolo sobre a língua, oscilando em sua posição intra-oral. Não há constância na organização do
bolo.
A ejeção do bolo alimentar foi classificada em adequada ou em dois tempos. O termo
adequada foi utilizado quando o bolo foi ejetado de uma única vez e o termo dois tempos
quando o bolo foi ejetado em duas etapas.
A postura dos lábios foi observado durante a deglutição, sendo considerados vedados
quando observado o toque entre o lábio superior e inferior e entreabertos na ausência desse
toque.
O número de deglutições foi analisado considerando a presença de repetições, além da
presença de resíduo após estas deglutições.
Quanto à presença de movimentos associados durante a deglutição, considerou-se o
movimento de cabeça e os movimentos de protrusão e lateralização de mandíbula.
Para a verificação do grau de concordância do padrão de deglutição foi utilizado o
coeficiente kappa, introduzido por Cohen [46]. Este mede o grau de concordância entre
avaliadores quando as variáveis são categóricas. Para verificação da associação entre as
variáveis categóricas (organização do bolo alimentar, ejeção, postura dos lábios, número de
deglutições e presença de movimentos associados) foi realizado o teste Exato de Fisher que
__________________________________________________________________________ Anexo 109
verifica associação entre duas variáveis categóricas. A análise estatística dessa metodologia
foi feita através do procedimento PROC FREQ do software SAS ® 9.0.
3. Resultados
O grupo bucal foi composto por 21 crianças respiradoras bucais, 8 do gênero feminino
e 13 do gênero masculino, com média de 4,5 de idade, o grupo controle foi constituído por 10
crianças respiradoras nasais, 4 do gênero feminino e 6 do gênero masculino, com idade de 4,6
em média.
O volume foi quantificado e estão descritos na (Tabela 1), onde constam os volumes,
em mililitros, valores mínimos, máximos, mediana e desvio padrão, apresentados pelos
grupos bucal e controle.
O grau de concordância entre os julgadores para as variáveis, organização do bolo
alimentar, ejeção, postura dos lábios, número de deglutições e presença de movimentos
associados foi de suave a quase perfeita como pode ser observado na (Tabela 2).
Não houve diferença estatisticamente significativa para as variáveis organização do
bolo, ejeção, postura dos lábios, número de deglutições e presença de movimentos associados
entre os grupos bucal e controle tanto na ingestão da consistência líquida, quanto pastosa
(Tabela 3 e 4).
4. Discussão
A obstrução nasal crônica pode causar efeitos negativos no crescimento e
desenvolvimento craniofacial, além de modificações na musculatura orofacial, com impacto
sobre a deglutição [25,18,23].
__________________________________________________________________________ Anexo 110
A deglutição foi avaliada por meio da viodeofluoroscopia, que é considerada um
método de investigação padrão ouro para a deglutição [43]. No estudo proposto, a análise dos
exames de videofluoroscopia da deglutição foi realizada por dois avaliadores cegos quanto
aos grupos, com experiência e treinamento prévio das variáveis a serem analisadas. Segundo
Karnell e Rogus [44] a experiência clínica e o treinamento são importantes quando envolve
avaliadores e observação da fisiologia da deglutição.
No presente estudo houve concordância de suave a quase perfeita entre os julgadores
para as variáveis organização do bolo, ejeção, postura dos lábios, número de deglutições e
presença de movimentos associados durante a deglutição. A concordância entre eles permite
maior confiabilidade dos resultados obtidos [32].
Não foi constatada diferença significativa entre os grupos bucal e nasal em relação aos
aspectos avaliados. Durante a fase oral da deglutição encontramos no grupo bucal, para a
consistência líquida, o padrão de organização tipper em 42,9% (9), dipper em 38,1% (8),
alongada em 9,5% (2) e instável em 9,5% (2). Para a consistência pastosa observamos o
padrão tipper em 47,6% (10), dipper em 38,1% (8), instável em 14,28% (3). No grupo
controle, para a consistência líquida, encontramos apenas os padrões de organização tipper
em 42,8% (4) e dipper em 60,0% (6). Para a consistência pastosa observamos o padrão tipper
em 40,0% (4), dipper em 40,0% (4), alongada em 10,0% (1) e instável em 10,0% (1).
Não encontramos trabalhos que descrevessem o padrão de organização do bolo na
população estudada. Os estudos localizados com a população em questão realizaram a
avaliação clínica da fase oral da deglutição, não sendo possível a observação intra-oral.
Junqueira [39] encontrou o padrão de organização tipper em 94,87% e dipper em
2,56% em crianças com idade entre 8 a 12 anos e com oclusão normal. No estudo de Pizarro
(2003) com crianças com e sem apnéia observou-se dificuldade na organização do bolo para a
consistência líquida e sólida, sem caracterizar quais as dificuldades encontradas. Em adultos
__________________________________________________________________________ Anexo 111
sadios, Yamada et al. [45] encontraram o padrão de organização fechada em 71,4% dos
voluntários. O padrão de organização fechada é definido pela autora como similar do tipo
tipper, ou seja, o bolo alimentar é organizado sobre o dorso da língua.
O padrão de organização do bolo alongada foi descrito por Junqueira [39] sendo
considerado uma forma adaptada de organização e esteve presente em 18,8% dos pacientes
com má oclusão classe II e III. No estudo de Yamada et al. [45] o padrão de organização
alongada e instável esteve presente apenas no grupo com alterações neurológicas.
Observamos também que no grupo controle houve maior ocorrência do padrão de
organização dipper para a consistência líquida. Em um estudo com 258 voluntários com
idade acima de 20 anos, o padrão de organização dipper ocorreu em 19% dos voluntários
sadios com maior prevalência em sujeitos acima de 60 anos [30].
A ocorrência de padrões de organização do bolo consideradas adaptadas no grupo
controle sugere que a deglutição é uma função de grande adaptabilidade e que na faixa etária
estudada podemos encontrar um padrão de deglutição ainda instável e imaturo.
A ejeção do bolo alimentar no grupo bucal, para a consistência líquida, foi adequada
em 90,5% (19) dos voluntários e em 71,5% (15) para a consistência pastosa. Para o grupo
controle, 80,0% (8) dos voluntários apresentaram ejeção adequada, para as consistências
líquida e pastosa. O tipo de ejeção em dois tempos ou fracionada esteve presente nos dois
grupos pesquisados, em quantidades pouco significativas. A ejeção em dois tempos também
foi observada em vários outros estudos [32,39,45]. No estudo de Junqueira [39], a ejeção
adequada ocorreu em 94,9% das crianças com oclusão normal. Yamada et al. [45]
encontraram a ejeção adequada em 100% dos voluntários adultos sadios.
Os lábios vedados durante a deglutição são de fundamental importância para iniciar o
mecanismo pressórico da deglutição e esteve presente no grupo bucal em 61,9% (16) dos
voluntários para a consistência líquida e em 80,0% (16) para a consistência pastosa. No grupo
__________________________________________________________________________ Anexo 112
controle ocorreu em 70,0% (7) dos casos para a consistência líquida e 80,0% (8) dos casos
durante a ingestão do alimento pastoso.
A postura dos lábios entreabertos durante a deglutição apesar de pouca ocorrência
esteve presente nos grupos bucal e controle. Em respiradores bucais, a dificuldade na
manutenção do vedamento labial durante a fase preparatória e oral da deglutição foi
observada por avaliação clínica nos estudos de Valera et al.[18], Pereira et al., [25].
Não houve repetição da deglutição e presença de resíduos na maioria dos voluntários,
para ambos os grupos e consistências. A repetição da deglutição ocorreu em uma maior
freqüência para a consistência pastosa, no grupo bucal, em 47,2% (10) dos voluntários. Dados
que vão de encontro ao estudo de Duca et al. [47] que observaram a presença de duas
deglutições para a consistência pastosa. Selley et al. [48] verificaram a presença de até duas
deglutições para o volume de 2,6 Ml, em crianças normais de 7 a 14 anos de idade.
A presença de movimento associado de mandíbula, durante a deglutição, esteve
presente no grupo bucal em 14,3% (3) dos voluntários, na ingestão de líquido e 38,1% (8) na
ingestão de pastoso. No grupo controle houve presença de movimento de mandíbula em
40,0% (4) para líquido e 60,0% (6) para pastoso.
Observamos que houve maior ocorrência de movimento de mandíbula associado à
deglutição para a consistência pastosa, sugerindo uma influência pela consistência do bolo. A
presença de movimento associado de cabeça durante a deglutição foi observada em 23,3% dos
respiradores bucais no estudo de [18].
Um ponto a ser destacado em relação aos resultados é a plasticidade da função da
deglutição frente à obstrução nasal grave. Constatamos que estes pacientes realizaram
adaptações de modo satisfatório, com comportamentos semelhantes às crianças sem obstrução
nasal.
__________________________________________________________________________ Anexo 113
5. Conclusão
Os resultados do presente estudo indicaram que a obstrução nasal não influenciou
significativamente na fase oral da deglutição em crianças na fase de dentição decídua.
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__________________________________________________________________________ Anexo 119
Tabela 1 . Volume em mililitros (mL) da consistência líquida por grupo.
Grupos Consistência N Média DP Mínimo Mediana Máximo Bucal Líquida 21 5,75 2,95 2 5 14 Controle
Líquida
10
6,13
3,88
2
5
17
N: número de voluntários DP: Desvio padrão
__________________________________________________________________________ Anexo 120
Tabela 2. Verificação do grau de concordância intraexaminador por grupos e variáveis.
Grupo Variáveis Concordância Discordância Kappa IC (95%) Controle (líquida) Organização 10 0 1,00 - Ejeção 8 2 0,55 (0,04 ; 1) Post. lábios 7 3 0,35 (0 ; 0,93) Nº.deglutição 8 2 0,60 (0,15 ; 1)
Movimentos 9 1 0,80 (0,44 ; 1)
Controle (pastosa) Organização 9 1
0,85
(0,56 ; 1) Ejeção 7 3 0,40 (0 ; 0,85)
Post. lábios 9 1 0,74 (0,26 ; 1)
Nº.deglutição 9 1 0,80 (0,44 ; 1)
Movimentos 8 2 0,55 (0,04 ; 1)
Bucal (líquida) Organização 20 1
0,93
(0,79 ; 1)
Ejeção 21 0 1,00 -
Post. lábios 16 5 0,55 (0,24 ; 0,86)
Nº.deglutição 21 0 1,00 -
Movimentos 19 2 0,70 (0,31 ; 1)
Bucal (pastosa) Organização 18 3
0,77
(0,54 ; 1)
Ejeção 19 2 0,74 (0,41 ; 1)
Post. lábios 14 6 0,40 (0,08 ; 0,72)
Nº.deglutição 19 2 0,84 (0,62 ; 1)
Movimentos 14 7 0,42 (0,07 ; 0,76)
Teste kappa IC: intervalo de confiança Post.lábio: postura dos lábios durante a deglutição
__________________________________________________________________________ Anexo 121
Tabela 3. Associação entre as variáveis categóricas (organização do bolo, ejeção, postura dos lábios, número de
deglutições e presença de movimentos associados) na consistência líquida.
Grupos
Variáveis Bucal Controle p-valor
Organização do
bolo Alongada 2 (9,52%) 0 (0,00%) 0,58
Dipper 8 (38,10%) 6 (60,00%)
Instável 2 (9,52%) 0 (0,00%)
Tipper 9 (42,86%) 4 (40,00%)
Ejeção Adequada 19 (90,48%) 8 (80,00%) 0,58
Dois tempos 2 (9,52%) 2 (20,00%)
Post. lábios Entreabertos 8 (38,10%) 3 (30,00%) 1,00
Vedados 13 (61,90%) 7 (70,00%)
Nº.deglutição Não repete 13 (61,90%) 7 (70,00%) 1,00
Repete 8 (38,10%) 3 (30,00%)
Movimentos Ausente 18 (85,71%) 6 (60,00%) 0,17
Mandibular 3 (14,29%) 4 (40,00%)
Teste Exato de Fisher
Post. lábios: postura dos lábios durante a deglutição
__________________________________________________________________________ Anexo 122
Tabela 4. Associação entre as variáveis categóricas (organização do bolo, ejeção, postura dos lábios, número de
deglutições e presença de movimentos associados) na consistência pastosa.
Grupos Variáveis Bucal Controle p-valor
Organização do bolo Alongada 0 (0,00%) 1 (10,00%) 0,21 Dipper 8 (38,10%) 4 (40,00%) Instável 3 (14,28%) 1 (10,00%) Tipper 10 (47,62%) 4 (40,00%) Ejeção Adequada 15 (71,43%) 8 (80,00%) 1,00 Dois tempos 6 (28,57%) 2 (20,00%) Post. lábios Entreabertos 4 (20,00%) 2 (20,00%) 1,00 Vedados 16 (80,00%) 8 (80,00%) Nº.deglutição Não repete 11 (52,38%) 7 (70,00%) 0,60 Repete 8 (38,10%) 3 (30,00%) Repete + res 2 (9,52%) 0 (0,00%) Movimentos Ausente 12 (57,14%) 4 (40,00%) 0,62 Cabeça 1 (4,76%) 0 (0,00%) Mandibular 8 (38,10%) 6 (60,00%)
Teste Exato de Fisher
Post. lábios: postura dos lábios durante a deglutição
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