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1 UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Educação Física Alexandra Mattos Galdino Estela Noronha Ribeiro Fernanda Palmeira da Rocha EFEITOS DAS SESSÕES DE HIDROGINÁSTICA NA COMPOSIÇÃO CORPORAL DE MULHERES SEDENTÁRIAS COM SOBREPESO LINS SP 2007

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Educação Física

Alexandra Mattos Galdino

Estela Noronha Ribeiro

Fernanda Palmeira da Rocha

EFEITOS DAS SESSÕES DE HIDROGINÁSTICA

NA COMPOSIÇÃO CORPORAL DE MULHERES

SEDENTÁRIAS COM SOBREPESO

LINS

SP

2007

2

ALEXANDRA MATTOS GALDINO

ESTELA NORONHA RIBEIRO

FERNANDA PALMEIRA DA ROCHA

EFEITOS DAS SESSÕES DE HIDROGINÁSTICA NA COMPOSIÇÃO

CORPORAL DE MULHERES SEDENTÁRIAS COM SOBREPESO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Educação Física, sob a orientação da Profª Giseli de Barros Silva e orientação técnica da Profª Esp. Jovira Maria Sarraceni.

LINS

SP

2007

3

ALEXANDRA MATTOS GALDINO

ESTELA NORONHA RIBEIRO

FERNANDA PALMEIRA DA ROCHA

EFEITOS DAS SESSÕES DE HIDROGINÁSTICA NA COMPOSIÇÃO

CORPORAL DE MULHERES SEDENTÁRIAS COM SOBREPESO

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Licenciatura Plena em Educação Física.

Aprovada em: ___/___/_____

Banca Examinadora:

Prof. (a) Orientadora: Giseli de Barros Silva

Titulação: Especialista em Fisiologia do Exercício

Assinatura: ______________________________________

1º Prof. (a): ______________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: ______________________________________

2º Prof. (a): ______________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: ______________________________________

4

DEDICATÓRIA

Á DEUS, por todas as conquistas em nossa vida, por ter nos dado forças para viver mais um momento gratificante desta nossa formação. Só a Ti confiamos nosso caminho e sei que irá nos guiar para o bem.

Alexandra, Estela e Fernanda.

Dedico aos meus pais Márcio João Galdino e Romilda Mattos Galdino por ter incentivado na minha vida toda a seguir meus objetivos e ideais, sempre lutando junto comigo para a realização desses ideais, me ensinaram desde início da minha vida a ser honesta, ser digna e aprender com as quedas da vida, seguir sempre em frente, sem olhar pra trás, me apoiando e ficando forte com ela.

Alexandra Mattos Galdino

Aos meus avos maternos Sebastião Francisco de Mattos (em memória) e Zilda de Souza Mattos, pena que meu avô não vai estar presente para ver a realização dos meus objetivos que ele tanto apoiou, com certeza ele está vendo lá de cima e me dando forças pra seguir em frente.

Alexandra Mattos Galdino

A minha filha Ana Clara que no momento que estava desanimada pensando em desistir, veio à notícia da sua chegada... Animando-me a seguir em frente para dar um futuro melhor pra ela e mostrar que a vida e cheia de obstáculos e que somos capazes de passar por eles.

Alexandra Mattos Galdino

Dedico aos meus pais Aparecida de Fátima Pereira Ribeiro e Ozélio Noronha Ribeiro, que sempre estiveram ao meu lado para que isto estivesse acontecendo, me fazendo entender o quanto é importante buscar novos conhecimentos. Através deles consegui alcançar meus ideais e objetivos, mesmo depois de tantos momentos difíceis em minha vida, que com certeza, foram necessários para o meu crescimento. Devo muito aos dois, por terem me dado à vida, me ensinando a viver com dignidade e honestidade, tendo compreensão e paciência para comigo. Amo muito vocês, obrigada por tudo!

Estela Noronha Ribeiro

Aos meus irmãos Adriano e Elivelton, que sempre me ajudaram no que era preciso. Amo muito a minha família, por serem carinhosos e atenciosos comigo, sem medir esforços para me ajudarem. Agradeço a DEUS por me dar uma família tão maravilhosa como a minha.

Estela Noronha Ribeiro

Decido aos meus pais Amélia Alves Rocha e Minone Palmeira Rocha, que sempre me ensinaram a importância dos valores de um ser humano, a lutar pelos meus ideais com humildade e perseverança para alcançar o sucesso. Amo muito vocês!

Fernanda Palmeira da Rocha

Aos meus irmãos, Aparecida, Carlos Roberto, Hélio, Jair, Mauro, Moacir e Vera, a vocês que se mostraram verdadeiros irmãos sempre presentes nos momentos bons e ruins nessa longa caminhada difícil. Obrigada por existirem e fazer parte da minha vida.

Fernanda Palmeira da Rocha

Ao meu noivo, Cosme dos Santos que sempre esteve presente na minha vida mesmo nos momentos difíceis, sempre oferecendo atenção, carinho e palavras de incentivo, amo você, obrigado por existir e fazer parte dessa grande conquista na minha vida.

Fernanda Palmeira da Rocha

5

AGRADECIMENTOS

DEUS

Se vencermos, alguém esteve conosco...

Se nada conseguimos, ele continua junto de nós...

Se persistirmos juntos, veremos que quem realmente nos fez continuar, sorrirá para

nós mesmos que dele na felicidade, nos tenhamos esquecidos.

Obrigado pelo dom da vida, e por viver ao meu lado.

Alexandra, Estela e Fernanda.

Agradeço as minhas companheiras e amigas de monografia Alexandra e Fernanda,

tido paciência com minhas crises de nervosismo e choros, por ter me ajudado neste trabalho.

Obrigado! Amigos são coisas pra se guardar do lado esquerdo do peito... .

Estela Noronha Ribeiro

A nossa orientadora Giseli pela maneira de conduzir nosso trabalho, fazendo isso para

o nosso bem e para que aprendêssemos a ter mais conhecimentos e um trabalho de

qualidade. Obrigado por tudo e pela paciência para conosco.

Alexandra, Estela e Fernanda.

A professora Jovira, uma pessoa maravilhosa e amiga que nos ajudou a superar as

dificuldades encontradas. Sempre pronta a nos ajudar, sempre receptiva e carinhosa.

Obrigado, você é muito especial!

Alexandra, Estela e Fernanda.

A todos os professores, grandes pessoas que compartilharam seus conhecimentos

colocando em nossas mãos as ferramentas com as quais abriremos nossos horizontes, rumo à

satisfação plena de nossos ideais profissionais e humanos.

Alexandra, Estela e Fernanda.

Ao Wonder por ter tirado as dúvidas do nosso trabalho, pó ter nos ajudado e pra confiar

mais na gente, vamos com certeza sentir muita a falta de pessoas tão especiais como você.

Obrigada.

Alexandra, Estela e Fernanda.

Ao 8º semestre de Educação Física do ano de 2007, pela amizade sincera,

compreensão e apoio. Vamos sentir muita a falta da convivência com todos, que com certeza

deixará muitas saudades. Sucesso!

Alexandra, Estela e Fernanda.

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RESUMO

Hoje em dia o conceito relacionado à hidroginástica tem se relevado cada vez mais na área física e médica, a hidroginástica tem sido muito procurada não somente como forma de qualidade de vida, mas como alternativa para quem procura um bom condicionamento físico. Tendo em vista os benefícios que ela proporciona como a auto-estima, e a melhora no bem estar, o presente estudo teve por objetivo avaliar os efeitos das sessões de hidroginástica na composição corporal em mulheres sedentárias com sobrepeso. Para a pesquisa foram avaliadas 16 mulheres sendo 8 do grupo treinado (GT) e 8 do grupo controle (GC), todas sedentárias aparentemente saudáveis com média de idade (GT 36,20±3,96); (GC 37,50±2,97); Todas foram submetidas à avaliação corporal as quais foram realizadas nas situações de pré e pós quatro meses de hidroginástica para o grupo treinado e quatro meses para o grupo controle sem atividade. As sessões de hidroginástica foram realizadas 3 vezes por semana com duração de 1 hora durante os 4 meses. Após as avaliações e reavaliações os dados foram analisados através de uma análise de variância (ANOVA

two way), onde se adotou o teste de Post Hoc de Tuckey, para verificar as possíveis diferenças, comparados no pré e pós, peso (GT pré 70,8± 5,03, pós 69,5±5,82); (GC pré 71,97±5,85, pós 71,81±5,90); IMC (GT pré 28,83±1,69, pós 28,07±2,04); (GC pré 28,61±1,52, pós 28,54±1,49); % gordura (GT pré 29,31±3,12, pós 27,9±2,03); (GC pré 32,19±1,60, pós 32,14±1,66); RCQ (GT pré 0,86±0,05 pós 0,86±0,05); (GC pré 0,91±0,05 pós 0,91±0,05). Contudo conclui-se que as sessões de hidroginástica realizadas com intensidade de 70% a 85% da freqüência cardíaca máxima durante os 4 meses com freqüência de 3 vezes semanal foi suficiente para apresentar mudanças nas variáveis de peso, IMC e no percentual do gordura quando comparadas com os resultados pré-treinamento. Diante dos resultados, pode-se dizer que as sessões de hidroginástica têm influência positiva na composição corporal de mulheres sedentárias com sobrepeso.

Palavras-chave: Hidroginástica. Composição Corporal. Sobrepeso.

7

ABSTRACT

Nowadays the concept related to the aquatic activity if has raised each time more in the physical and medical area, the aquatic activity has been very looked for not only as form of quality of life, but as alternative for who search a good physical conditioning. In view of the benefits that it provides as auto-they esteem, and the improvement in the welfare, the present study had for objective to evaluate the effect of the sessions of aquatic activity in the corporal composition in sedentary women with overweight. For the research (GT) had been evaluated 16 women being 8 of the trained group and 8 of the group have controlled (GC), all sedentary parentally healthful ones with age average (GT 36,20 ±3,96); (GC 37,50±2,97); All had been submitted to the corporal evaluation which had been carried through in the situations of daily pay and after four months of aquatic activity for the trained group and four months for the group have controlled without activity. The sessions of had been carried through 3 times per week with duration of 1 hour during the 4 months. After the evaluations and reevaluations the data had been analyzed through a variance analysis (ANOVA - two way), where if it adopted the test of Post Hoc of Tucker, to verify the possible differences, comparative in the daily pay and after, weight (GT daily pay 70,8± 5,03, after 69,5±5,82); (GC daily pay 71,97± 5,85, pós 71,81±5,90); IMC (GT pré 28,83±1,69 after 28,07±2,04); (GC daily pay 28,61±1,52 after 28,54±1,49); % fat (GT daily pay 29,31±3,12 after 27,9±2,03); (GC daily pay 32,19±1,60, pós 32,14±1,66); RCQ (GT daily pay 0,86±0,05 after 0,86±0,05); (GC daily pay 0,91±0,05 after 0,91±0,05). However IMC and in the percentage of the fat when compared with the results are concluded that the sessions of aquatic activity carried through with 70% intensity 85% of the maximum cardiac frequency during the 4 months of 3 times frequently weekly it was enough to present changes in the weight 0 variable, daily pay-training. Ahead of the results, it can be said that the aquatic activity sessions have positive influence in the corporal composition of sedentary women with overweight.

Keywords: Aquatic activity. Corporal Composition. Overweight

8

LISTA DE FIGURAS

Figura 1

Sessões de Hidroginástica.......................................................... 56

Figura 2

Sessões de Hidroginástica.......................................................... 56

Figura 3

Sessões de Hidroginástica.......................................................... 57

Figura 4

Sessões de Hidroginástica.......................................................... 57

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Classificação da obesidade segundo o índice de massa corpórea

(IMC) e o risco de doença (OMS)............................................................... 30

Quadro 2 - Normas para proporção entre as circunferências de cintura e

quadril pra homens e mulheres................................................................... 31

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Características iniciais em média e desvio padrão dos sujeitos

submetidos ao treinamento de hidroginástica (n=8) e grupo controle (n=8)

..................................................................................................................... 40

Tabela 2: Resultados do pré e pós quatro meses, em média e desvio

Padrão do grupo submetido a sessões de hidroginástica (n=8) e grupo

controle (n=8)............................................................................................... 41

LISTA DE SIGLAS

cm Centímetros

9

ºC Graus centígrados

CEF Clinica de Educação Física

EPOC Consumo de Oxigênio Pós-Exercício

et al E colaboradores

FCmax Freqüência Cardíaca Máxima

GLUT 4 Transportador de Glicose

H Altura

IMC Índice de Massa Corporal

Kg Quilograma

Kcal Quilos Calorias

LAEF Laboratório de Esforço Físico

m Metros

MCM Massa Corporal Magra

ml Mililitros

n Números

% Por cento

OMS Risco de Doença

P Peso

r Relação

RCQ Relação cintura e quadril

RM Repetição Máxima

TEF Termogênese e Efeito Térmico

TRM Taxa Metabólica de Repouso

VO2max Consumo Maximo de Oxigênio

10

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................. 12

1 CONCEITOS PRELIMINARES ............................................................. 14

1.1 Características da Hidroginástica ......................................................... 14

1.2 Benefícios da Hidroginástica ................................................................. 15

1.3 Resistência na Água ............................................................................. 15

1.3.1 Equilíbrio na Água ................................................................................. 17

1.3.2 Coordenação ......................................................................................... 17

1.3.3 Flexibilidade .......................................................................................... 18

1.3.4 Resistência ............................................................................................ 19

1.3.5 Composição Corporal e Hidroginástica ................................................ 20

1.4 Hidroginástica e Obesidade .................................................................. 21

1.4.1 Definição da Obesidade ........................................................................ 22

1.4.1.1Peso excessivo, Gordura Excessiva e Obesidade ............................... 24

1.4.2 Etiologia da Obesidade ......................................................................... 25

1.4.3 Obesidade Como Fator de Risco .......................................................... 27

1.4.4 Diagnóstico da Obesidade .................................................................... 29

1.4.4.1Diagnóstico Qualitativo da Obesidade ................................................. 29

1.4.5 Tipo e Classificação da Obesidade....................................................... 32

1.4.6 Obesidade e Atividade Física ............................................................... 32

1.5 Índice de Massa Corporal ..................................................................... 33

2 CAUSUÍSTICAS ................................................................................... 34

2.1 Condições Ambientais........................................................................... 34

2.2 Amostra Experimental .......................................................................... 35

2.3 Avaliações ............................................................................................. 35

2.3.1 Nas Avaliações Foram Utilizados ......................................................... 35

2.3.2 Protocolo ............................................................................................... 35

2.3.2.1Protocolo I ............................................................................................. 36

11

2.3.2.2Relação cintura/quadril ......................................................................... 36

2.4 Treinamento .......................................................................................... 37

2.4.1 Piscina ................................................................................................... 37

2.4.1.1Materiais Utilizados ............................................................................... 37

2.5 Procedimentos ...................................................................................... 37

2.6 Período de adaptação ao treinamento .................................................. 38

2.6.1 Período de treinamento ......................................................................... 38

2.6.2 Análise Estatística ................................................................................. 39

3 RESULTADOS ...................................................................................... 39

4 DISCUSSÃO ......................................................................................... 41

5 CONCLUSÕES ..................................................................................... 43

REFERÊNCIAS ............................................................................................... 44

APÊNICES ....................................................................................................... 49

ANEXOS .......................................................................................................... 55

12

INTRODUÇÃO

A hidroginástica está tornando-se cada vez mais popular em nosso

meio, principalmente mulheres estão realizando sessões regulares dessa

atividade em busca de melhora de condicionamento físico. (CÉSAR et.al,

1998).

O termo hidroginástica é utilizado no Brasil, para designar de modo

genérico uma grande variedade de programas de exercícios aquáticos,

desenvolvidos para o aprimoramento da aptidão física em sedentários, ou

ainda elaborada como forma de treinamentos para complementar a preparação

física dos atletas de várias modalidades esportivas. (NOGUEIRA, 2004).

Para Silva; Pessin (1998), a hidroginástica procura levar o indivíduo a

uma boa forma física, sendo objetivo melhorar a saúde e o bem estar físico e

mental dos praticantes, destina-se a pessoas de ambos os sexos e todas as

idades em nível de condicionamento físico, pois a água é um ambiente seguro

e sem restrições.

A atividade física, na época atual é uma necessidade absoluta para o

homem, pois a vida moderna, com todo desenvolvimento tecnológico, aumenta

consideravelmente o sedentarismo. (CARDOSO, 1992).

O exercício físico regular, moderado e bem orientado ajuda na diminuição do processo de degeneração e contribui para a preservação das estruturas orgânicas. Por outro lado, leva o indivíduo à participação grupal, associativa, resultando num nível adequado de bem estar bio psicofísico, fatores esses que contribuem para a melhoria de sua expectativa de vida. (CARDOSO, 1992, p.10).

A hidroginástica pode ser considerada como uma atividade física que

contribui primeiramente para a melhoria da resistência cardiorrespiratória, da

resistência muscular localizada, da flexibilidade e composição corporal.

(KRASEVEC; GRIMES, 1990).

A prática de hidroginástica em poucos dias da semana parece não proporcionar uma sobrecarga de treinamento eficiente para melhora da aptidão cardiorrespiratória, é necessário à avaliação individual durante as aulas da hidroginástica para a

13

identificação dos alunos que apresentam menos gastos energéticos durante as aulas. (CÉSAR et.al, 1998, p.214).

Segundo Aboarrage Jr. (2003), a prática da hidroginástica cada vez mais

ocupa espaço entre indivíduos que procuram atividades físicas para suprir

carências relacionadas à saúde. Os desenvolvimentos dessa modalidade

ocorrem sem cunho científico específico, apoiando-se em estudos voltados

para a natação.

Outra causa pela procura da hidroginástica, que será abordado no

presente estudo é a obesidade, uma doença de difícil tratamento, mas não

impossível. Com a prática de exercícios e uma reeducação alimentar, ajuda a

beneficiar em um bom condicionamento físico e melhoria de vida.

A obesidade é mais comum nas mulheres do que nos homens, nas mulheres negras do que nas brancas, nos homens negros de idade média do que nos homens brancos de mesma idade, nas mulheres na pobreza do que nas mulheres prósperas, e nos homens afluentes do que nos homens de rendas menores (MAHN; ESCOTT-STUMPS, 1998).

Alguns profissionais de Educação Física e de outras áreas voltados à

saúde têm uma preocupação grande em adotar a medição da composição

corporal, juntamente com a avaliação cardiorrespiratória (VO2max), força,

resistência muscular e flexibilidade, para a avaliação da aptidão física,

principalmente após os avanços das pesquisas e estudos preocupados com a

qualidade de vida do homem.

A composição corporal é a proporção da gordura em relação à massa magra [...] o peso corporal não é tão importante quanto à composição corporal. À medida que envelhecemos, tendemos a perder um pouco da nossa massa corporal magra. Se mantivermos o peso, na realidade, a massa corporal magra foi substituída pela gordura corporal (SOVA, 1998, p.9).

Para Fernandes Filho (1998), o processo de avaliação funcional em

academias e clubes é importante para que se possa desenvolver um bom

programa de trabalho físico. Uma boa avaliação das medidas é muito

interessante, pois quanto maiores às informações iniciais referentes ao

avaliado, melhor será a prescrição do seu treino.

14

O objetivo geral do presente estudo foi verificar a influência da prática da

hidroginástica sob parâmetros relacionados à aptidão física. Enquanto que o

objetivo específico deste será verificar o efeito das sessões de hidroginástica

com intensidade de 70% a 85% da FCmax, sobre a composição corporal em

mulheres com sobrepeso sedentárias.

Diante do que foi mencionado anteriormente tem-se como

questionamento a seguinte pergunta problema: o treinamento de 42 sessões

de hidroginástica terá influência positiva na composição corporal de mulheres

sedentárias com sobrepeso?

Assim sendo, se ela é benéfica para sedentários e pessoas mais velhas,

acredita-se que ela seja uma atividade que possa desenvolver uma melhora na

composição corporal de qualquer pessoa, tanto para homens quanto para

mulheres em qualquer faixa etária.

1 CONCEITOS PRELIMINARES

1.1 Características da Hidroginástica

Para Sova (1998) a hidroginástica é mais divertida, agradáveis, eficazes,

estimulantes, cômodas e segura.

A hidroginástica é a ginástica na água, a qual se diferencia das outras

atividades, realçando alguns benefícios devido às propriedades físicas que o

meio oferece.

É um programa de exercícios aquáticos, composto de movimentos

rítmicos, usando os efeitos da resistência e flutuação da água, como todos os

outros princípios físicos da água que muito bem aproveitados proporcionam um

ótimo exercício físico para pessoas das varias idades.

Trata-se de uma atividade física praticada em meio líquido, são

exercícios praticados dentro da água. Ela faz parte de qualquer programa de

treinamento ou manutenção física, pode ser utilizada por atletas, crianças,

15

adolescente, adulto e tem grande importância principalmente em grupos da

terceira idade (NEW LIFE, 2003).

No entanto, pode ser praticada por qualquer pessoa deferente níveis de

capacidade física e de habilidade motora, independente de sexo e idade.

1.2 Benefícios da Hidroginástica

Para Sova (1998) a água permite que se alcancem todos os excelentes

benefícios dos exercícios, com a vantagem de eliminar os efeitos colaterais.

A principal razão para a hidroginástica funcionar tão bem é a

flutuabilidade na água, permite que você se movimente sem se machucar.

Você pode praticar com vigor que deseja sem choque do impacto que está

associada ao exercício de solo. A prática da hidroginástica regularmente

melhora todos os cincos componentes: condicionamento físico aeróbio, força

muscular, resistência muscular, flexibilidade e composição corporal.

Para Silva; Pessim (1998), a hidroginástica procura levar o indivíduo a

uma boa forma física, sendo o objetivo melhorar a saúde e o bem estar físico e

mental dos praticantes, destina-se a pessoas de ambos os sexos e todas as

idades idade de níveis de condicionamento físico, pois a água é um ambiente

seguro e sem restrições.

Para Cardoso (1992), a atividade física, na época atual, é uma

necessidade absoluta para o homem, pois a vida moderna, com todo

desenvolvimento tecnológico, aumenta consideravelmente o sedentarismo.

1.3 Resistência na Água

Para Mazetti (1993); Marques (1995) a hidroginástica é uma forma de

condicionamentos físicos, constituídos de exercícios aquáticos específicos

baseados no aproveitamento da resistência da água como sobrecarga.

Segundo Marques; Pereira (1999), o que leva um músculo à trabalhar

16

mais é o maior grau de esforço a ele imposto, a sobrecarga ou resistência.

Todos os tipos de trabalho levam ao aumento de tensão muscular, devido ao

fato deste ser considerado como modalidade de contração somada de esforço,

conseqüentemente gerando tensão. O trabalho será mais eficaz ao músculo

quanto maior for o esforço. O esforço poderá se apresentar ao músculo através

da qualidade (o músculo contrai tão forte aumentando a sua demanda de

consumo de oxigênio) e a quantidade (trabalho fisiológico ao músculo, seu

trabalho mais prolongado) .

Alguns programas de exercícios podem ser planejados para

incorporarem o uso de grupos musculares, através de movimentos articulares

com o mínimo de desgaste muscular. Exercícios contra a resistência da água,

a aptidão cardiorrespiratória pode ser aperfeiçoada.

De acordo com Sova (1985), a água oferece uma resistência que atua

como se fosse um peso, podendo fortalecer nossos músculos com ou sem

equipamentos. A resistência da água (equipamentos) torna-se desafiantes

movimentos pequenos, funcionando com uma carga eficiente para aumentar

força muscular. A resistência muscular é a capacidade de repetir diversas

vezes atividades que demandam a resistência, ela é chamada tônus que

podem ser conseguidos depressa em treinamento que utilizam a resistência da

água.

Para aumentar o tônus, os movimentos equilibrados na água são mais

indicados que os movimentos vigorosos, usados para desenvolver força

muscular. Repetir qualquer exercício de 15 a 30 vezes melhora o tônus.

Segundo Figueiredo (1996), a hidroginástica atua como uma resistência

ao movimento. Caminhando através de uma pessoa dentro da água, do que

em sua frente, a resistência é maior, é devido ao desalinho das forças na

vertical, enquanto que as forças normais caminham no sentido horizontal.

O condicionamento de força é geralmente definido como treinamento em

que a resistência contra a qual um músculo gera força e progressivamente

aumentada durante o tempo. Para isto é necessário que as respostas ao

treinamento esteja entre 60% a 100% de 1 RM

(OKUMA, 1998, p.60).

A força é a qualidade física que permite um músculo ou grupo muscular

produzirem uma tensão e opor a uma resistência e a resistência e qualidade

física que permite um continuado esforço durante o maior tempo possível.

17

Para Marques; Pereira (1999), a tensão muscular somente será

aumentada quando for imposto ao músculo maior sobrecarga a intensidade (no

músculo para ser constante a resistência à sobrecarga deve ser variável e vice

e versa).

Intensidade constante quando o músculo se contrai praticamente com a

mesma tensão durante todo o trabalho.

Intensidade variável é gerada quando o trabalho muscular proporciona

ao exercício graus de tensa diferentes para mover-se ou se manter contraído

relacionando se as exigências dos mecanismos impostos a alavancas.

1.3.1 Equilíbrio

É a qualidade física conseguida por uma combinação de ações

musculares com o propósito de assumir e sustentar controladamente a posição

do corpo.

De acordo com Nogueira (2004), o equilíbrio como um todo pode ser

trabalhado na hidroginástica. O desenvolvimento de uma tonificação muscular,

com o objetivo de promover um equilíbrio muscular, levará a uma facilidade na

caminhada (equilíbrio dinâmico); resultará em uma melhora da postura

(equilíbrio estático); e na recuperação do equilíbrio ao se levantar do sofá ou ao

descer de um ônibus (equilíbrio recuperado).

1.3.2 Coordenação

Tubino; Moreira (2003), diz que é a qualidade física que permite

controlar a execução de movimentos. Por meio de uma integração progressiva

de cooperações intra e intermusculares, favorecendo uma ação com um

máximo de eficiência e economia energética. A coordenação é uma qualidade

física considerada pré-requisito para que qualquer atleta atinja o alto nível.

18

Coordenação e equilíbrio são particularmente importantes à medida que se envelhece. A perda da coordenação e do equilíbrio contribui para as quedas e tombos, que são um sério problema de saúde para adultos mais idosos. Trabalhar contra a resistência da água e num meio diferente do habitual, realmente, melhora a coordenação e o equilíbrio (SOVA, 1998, p.9).

Exercícios combinados que envolvam movimentos simultâneos e

alternados de diversos segmentos corporais são muitos utilizados em uma aula

de hidroginástica, principalmente por favorecerem uma melhora no gesto motor

o que facilita muito a execução dos movimentos, e consequentemente havendo

uma economia dos mesmos (NOGUEIRA, 2004).

1.3.3 Flexibilidade

De acordo com Tubino; Moreira (2003) é a qualidade física que

condiciona a capacidade funcional das articulações a movimentarem-se dentro

dos limites ideais de determinadas ações.

Uma vez que esta qualidade física está relacionada à saúde e a

qualidade de vida, torna-se importante nas aulas de hidroginástica, cujo

público-alvo atinge de adolescente a idosos, que os professores elaborem

seqüências de exercícios de alongamento para os principais grupos

musculares, e conscientize seus alunos da importância de sua realização, uma

vez que a flexibilidade reduzida pode dificultar a execução de movimentos

cotidianos, reduzindo a autonomia e independência dos indivíduos, além de

aumentar o risco de lesões (NOGUEIRA, 2004).

A flexibilidade é trabalhada através da amplitude de movimentos durante

os exercícios, incentivando-se os alunos a realizá-los com intensidade e

amplitude. O alongamento de vê ser feito no inicio e no final da ala, tendo como

objetivos a flexibilidade e o desaquecimento (ABOARRAGE Jr., 2003).

Para adquirir flexibilidade você precisa esticar cada músculo por 30 a 60 segundos. Devido ao menor efeito da gravidade na água, as articulações podem fazer uma variedade maior de movimentos e esticarem-se efetivamente sem aumento da

19

pressão sobre elas. A água permite que você se estique de modos que não seriam possíveis no solo. Todas as juntas que estiverem na água estarão relaxadas e, normalmente, sem dor (SOVA, 1998, p.8).

1.3.4 Resistência

Para Tubino; Moreira (2003) é a qualidade física que permite um

continuado esforço durante o maior tempo possível. Ela se divide em:

a) Resistência aeróbica

é a qualidade física que permite a um atleta

sustentar por um período longo de tempo uma atividade física

relativamente generalizada em condições aeróbias, isto é, nos limites do

equilíbrio fisiológico denominado steady-state.

b) Resistência anaeróbica

é a qualidade física que permite a um atleta

sustentar, o maior tempo possível, uma atividade física em condições

anaeróbicas, isto é, numa situação de debito de oxigênio.

c) Resistência muscular localizada

é a qualidade física que permite um

atleta realizar num maior tempo possível a repetição de uma

determinada ação muscular com a mesma eficiência.

1.3.5 Composição Corporal e hidroginástica

A hidroginástica é uma atividade de caráter praticamente aeróbio, o que

é muito importante para quem procura um treinamento visando emagrecimento.

Reduzir a quantidade de gordura e/ou aumentar a quantidade de massa

muscular estão entre os anseios de grande parte dos praticantes de exercícios

físicos. Esta preocupação pode ser notada não somente só ponto de vista

estético, mas também do ponto de vista de qualidade de vida dos indivíduos, já

que a obesidade está associada a um grande número de doenças crônico-

degenerativas (COSTA, 2001).

A avaliação do corpo como um todo é aquela que está mais próxima da

realidade dos profissionais que atuam na área clínica ou em testes de campo;

20

as características físicas a que se refere podem ser analisadas a partir de

medidas de estatura, massa corporal, perímetros, diâmetros e espessura de

dobras cutâneas, por exemplo, que não exigem equipamentos sofisticados ou

procedimentos laboratoriais (COSTA, 2001).

A importancia da avaliação corporal deve-se ao fato de a massa corporal

isoladamente nao ser considerada um bom parâmetro para a identificação do

excesso ou da carência dos diferentes componentes corporais (massa gorda,

massa muscular, massa ossea e massa residual) ou ainda para a avaliação

das alterações nas quantidades proporcionais destes componentes, em

decorrência de um programa de exercícios físicos e/ou dieta alimentar

(COSTA, 2001).

A composição corporal é a proporção da gordura em relação à massa magra [...] o peso corporal não é tão importante quanto à composição corporal. À medida que envelhecemos, tendemos a perder um pouco da nossa massa corporal magra. Se mantivermos o peso, na realidade, a massa corporal magra foi substituída pela gordura corporal (SOVA, 1998, p.9).

Segundo Costa (2001), existem varias técnicas para a determinação da

composição corporal, podendo-se classificar estes procedimentos de

determinação em métodos diretos, indiretos e duplamente indiretos:

a) Método direto é aquele em que há a separação e a pesagem de

cada um dos componentes corporais isoladamente, o que só é

possível por dissecação de cadáveres;

b) Método indireto é aquele no qual não há a manipulação dos

componentes separadamente, mas a partir de principais químicos

e físicos que visam à extrapolação das quantidades de gordura e

de massa magra;

c) Método duplamente indireto é aquele validado a partir de um

método indireto, mas comumente a desindometria.

Considerando-se as necessidades e dificuldades decorrentes das

técnicas indiretas para avaliação clinica ou para o estudo de grupos

populacionais, a alternativa mais comum é o uso de algumas técnicas

baseadas na utilização de medidas antropométricas. Estas técnicas incluem

21

proporções massa-estatura, circunferências corporais e medidas de dobras

cutâneas (COSTA, 2001).

Peso corporal não poderá mais ser encarado como elementos de correlação direta, pois uma pessoa pode aumentar o peso corporal ganhando músculos, ao mesmo tempo em que baixa o peso de gordura. Por isso, faz-se necessário conhecer a quantidade de gordura no corpo (ROCHA, 1998, p.39).

Peso gordo é o que permite a definição do percentual de gordura. Ao

lado do peso muscular é aonde a atividade irá interferir diretamente, tentando

alterar o peso do aluno, ajustando-o para a sua altura. Ele deverá ser usado

em programas de emagrecimento, para que os objetivos sejam alcançados,

assim como o peso é utilizado no caso de treinamento de fortalecimento

muscular ou hipertrofia (ROCHA, 1998).

1.4 Hidroginástica e Obesidade

A obesidade está associada a um grande número de doenças crônicas e

degenerativas (COSTA, 2001).

Para recomendar uma atividade física para pessoas obesas é importante

considerar a intensidade, freqüência e duração para que se obtenha á eficácia

nos objetivos desejados.

Existe um consenso nas diferentes definições do que a atividade física é

o movimento corporal que resulta em gasto energético.

Krasevec; Grimes (1990) lembra que a força de flutuação pode tornar a

massa do corpo humano, dentro da água, é ate 90% mais leve.

A hidroginástica é uma atividade de caráter praticamente aeróbio, o que

é muito importante para quem procura um treinamento visando emagrecimento.

A importância da avaliação corporal deve-se ao fato de a massa corporal

isoladamente não ser considerado um parâmetro para a identificação do

excesso ou da carência dos diferentes componentes corporais (massa gorda,

massa muscular, massa óssea e massa residual) (COSTA, 2001).

22

Peso corporal e obesidade não possam mais ser encarados como elementos de correlação direta, pois uma pessoa pode aumentar o peso corporal ganhando músculo, ao mesmo tempo em esta baixa o peso de gordura. Por isso, faz necessário conhecer a quantidade de gordura do corpo (ROCHA 1998, p.39).

Peso gordo é o que permite a definição do percentual de gordura. Ao

lado do peso muscular é aonde a atividade ira interferir diretamente, tentando

alterar o peso do aluno, ajustando para estrutura. Ele deve ser usado em

programas de emagrecimento, para que os objetivos sejam alcançados

(ROCHA, 1998).

O gasto energético da atividade depende da intensidade duração da

atividade podendo ser determinado pela medida direta do consumo de oxigênio

e estimado pela monetarização dos batimentos cardíacos, pois eles tendem a

relacionar linearmente durante grande parte do trabalho aeróbio (CÉSAR, et al,

1998).

Segundo Sova (1998), a composição corporal é a proporção da gordura

em relação à massa magra. O peso corporal não é tão importante quanto a

composição corporal. As pessoas queimam em média de 450 a 700 calorias

durante uma hora de exercícios. Na água 77% das calorias queimadas vem

das gorduras armazenadas, ajudando a reduzir a gordura corporal.

1.4.1 Definição da obesidade

Para Guedes; Guedes (2003), a obesidade é o excesso de gordura

generalizada ou localizada acima dos padrões normais de um individuo

diferente de sobre peso que é tido como aumento excessivo do peso corporal

total, seja através de gordura, músculo, osso ou água.

A obesidade (mais precisamente adiposidade excessiva [overfatness]), definida como acúmulo excessivo de gordura corporal e um distúrbio heterogêneo com uma via comum final, na qual a ingestão energética ultrapassa cronicamente o dispêndio de energia (McARDLE; KATCH; KATCH, 2003, p.845).

23

Cerca de 110.000 adultos nos Estados Unidos, em que foi constatado

que 70% se esforçam para perder peso (29% homens e 40% mulheres), ou

apenas mantêm o peso corporal. Só 20% dos 45 a 50 milhões seguem a perca

do peso ingerindo menos calorias e exercícios físicos. E muitos deles gastam

milhões para perca de peso. Um terço dos adultos com 20 a 74 anos de idade

possuía peso excessivo, tendo ocorrência em mulheres e grupos minotários

(McARDLE; KATCH; KATCH, 2003).

Em um estudo em 18 de junho de 1998, pelo National Heart Lung and

Blood Institute, definem o peso excessivo com um IMC (índice de massa

corporal) de 25 a 29,9 e a obesidade com um IMC maior ou igual a 30. No

mundo ocorre aumento de obesidade o que contribui para ocorrência dos

diabetes e doenças cardiovasculares. A obesidade é a segunda causa de

morte prevenível nos Estados Unidos (em primeiro, portadores de doença

cardiovascular) (McARDLE; KATCH; KATCH, 2003).

A obesidade entre os jovens mais que dobrou nos últimos 15 anos... o mais perturbador é o fato que o peso excessivo inclui 15 a 20% das crianças e 12% dos adolescentes (McARDLE; KATCH; KATCH, 2003, p.845).

Os componentes do peso são: a soma de osso, músculo, órgãos,

líquidos corpóreos e tecido adiposo. Alguns ou todos os componentes estão

sujeitos a mudanças normais, assim com o reflexo do crescimento, estado

reprodutivo, variações nos níveis de exercícios e os efeitos do envelhecimento.

A água, que contribui até 60 a 65% de peso corpóreo, é o componente mais

variável, e o estado de hidratação pode induzir flutuações de vários quilos

(MAHN; ESCOTT-STUMPS, 1998).

O músculo e mesmo a massa esquelética se ajustam até certa extensão

para suportar a alteração de carga do tecido adiposo. Entretanto, a real perda

ou ganho excessivo de peso está associado primeiramente a uma mudança no

tamanho de depósitos de gordura. O tecido não adiposo é freqüentemente

descrito em termos de massa corpórea magra (MCM) (MAHN; ESCOTT-

STUMPS, 1998).

Com relação ao tecido adiposo, onde a gordura é depositada, a

24

totalidade de depósitos de gordura em adipócitos (grande gotícula central de

lipídio rodeada de uma margem fina de citoplasma, que contem o núcleo e as

mitocôndrias) é capaz de extensa variação, conseqüentemente permitido

mudanças de necessidades do crescimento, reprodução e envelhecimento,

assim como flutuações nas circunstâncias fisiológicas e ambientais, tais como

a disponibilidade de alimentos e as necessidades do exercício físico (MAHN;

ESCOTT-STUMPS, 1998).

O tecido adiposo aumenta ou pelo aumento do tamanho das células já

presente quando o lipídeo é adicionado (hipertrofia) ou pelo aumento do

numero de células (hiperplasia). O ganho de peso pode ser o resultado de

hipertrofia, hiperplasia ou uma combinação dos dois. A obesidade é sempre

caracterizada também a hiperplasia (MAHN; ESCOTT-STUMPS, 1998).

Também existem evidências de que adultos com obesidade de moderada a extrema, e que continuam engordando novos adipócitos podem desenvolver-se em adição a hipertrofia das células já existentes. Isso porque as células adiposas têm um tamanho máximo que pode ser alcançado, em torno de 1,0 ml de lipídeo por célula. Em obesos extremos (sessenta por cento de gordura corporal, cerca de cento e sessenta por cento do peso normal), quase todas as células já alcançaram seus limites hipertróficos e mais células podem ser recrutadas pelo reservatório pré-adiposo para aumentar o numero de células (KATCH; McARDLE, 1996, p. 377).

Segundo estudos realizados, dentro dos limites considerados normais,

indivíduos apresentam entre 25 a 30 bilhões de células adiposas, enquanto os

obesos podem ter entre 42 a 106 bilhões. Essas células adiposas são elásticas

e quando estimuladas pelo excesso de alimentação são capazes de armazenar

gordura ate dez vezes o seu tamanho, após esse limite dividem-se formando

gordura em dobro (VASCONCELOS; et. Al, 1999, p.19).

A gordura subdivide-se em gordura essencial (acumulada nos órgãos

vitais do nosso corpo sendo responsável pelo funcionamento fisiológico normal)

e em gordura de reserva (acumulada no tecido adiposo protegendo assim,

vários órgãos internos de traumatismo).

1.4.1.1Peso excessivo, gordura excessiva e obesidade

25

Existem confusões sobre o significado desses três termos: peso

excessivo (overweight), gordura excessiva (overfat) e obesidade, quando

aplicado à composição corporal e aos riscos correlativos de saúde para uma

gordura corporal excessiva. Então se define:

a) Peso excessivo (overweight)

refere a um peso corporal que

ultrapassa alguma media para estatura e talvez para uma

determinada idade e tipo de compleição física, por alguma

unidade de desvio-padrão ou percentual.

b) Gordura excessiva (overfat)

(pesagem hidrostática, pregas

cutâneas, circunferências), refere a uma gordura corporal que

ultrapassa, em uma quantidade predeterminada, uma media que

seria apropriada para a idade e/ou para o sexo.

c) Obesidade

refere à condição com a gordura excessiva que

acompanha uma constelação de co-morbidades, incluindo apenas

um ou todos os seguintes componentes da síndrome dos obesos:

intolerância a glicose, resistência a insulina, dislipidemia, diabetes

tipo 2, hipertensão, concentração plasmáticas elevadas de

leptina, tecido adiposo visceral aumentado e maior risco de

doença cardíaca coronariana e de câncer. Então obesidade é o

excesso de gordura corporal e não o peso corporal excessivo.

1.4.2 Etiologia da obesidade

A natureza e as causa da obesidade são temas de estudos intensivos e

contínuos. Ambos os fatores ambientais e genéticos estão envolvidos em uma

complexa interação de variáveis, que incluem fisiológicas e culturais, assim

como mecanismos fisiológicos regulares (MAHN; ESCOTT-STUMPS, 1998).

Pode-se dizer que a obesidade tem inicio na infância e a probabilidade

na vida adulta passa a ser muito mais alta. Há indícios que se os pais são

obesos a criança tem o risco de duas a três vezes maiores do que se não

tivessem os pais obesos. Incluem-se também as influências genéticas,

ambientais, metabólicas, fisiológicas, comportamentais, sociais e, talvez,

26

raciais, portanto pode-se dizer que não está relacionado só ao excesso de

comida.

Segundo Bankoff; Schimdt; Barros (apud MARTORELL e KHAN, 1998)

relatam que no Brasil, por estudos feitos pela Escola Paulista de Medicina,

cerca de 30% de crianças e adolescentes estão obesos e pesquisas realizadas

pelo Departamento de Endocrinologia da Faculdade de Medicina de São Paulo

(USP), indicam que uma em cada cinco crianças (20%) é obesa em São Paulo.

Oitenta por cento dos adolescentes obesos tornam-se adultos obesos.

Portanto, é um consenso que o tratamento efetivo e preventivo deve ser

realizado o mais rapidamente, diminuindo as conseqüências médicas, tais

como hipertensão arterial, pressão alta, diabetes, aumento do colesterol,

triglicérides (que intensificam o risco para o infarto do miocárdio e derrame

cerebral), arteriosclerose, distúrbios respiratórios, problemas cardíacos e outros

relacionados com os riscos da obesidade.

Na adolescência, especificamente o problema da obesidade tende a

intensificar e ampliar conflitos que normalmente são encontrados nesta fase de

transição, pois é um estágio de desenvolvimento e crescimento acompanhado

de mudanças morfológicas e fisiológicas complexas, nas quais a nutrição tem

um papel extremamente importante (VEIGA; SIGULEM, 1991). Os mesmos

autores relatam que é durante a adolescência que o indivíduo adquire 25% da

estatura final e 50% do seu peso definitivo.

Quando a criança obesa atinge a adolescência já contribui para uma

auto-imagem negativa, comportamento passivo e isolamento social, este

reforçado pela pouca aceitação de si mesmo e grupal. A obesidade é uma

doença de difícil tratamento.

As teorias que sugerem desequilíbrio de entrada de energia estão

geralmente relacionadas a fatores que influenciam a fome e apetite ou

saciedade. As teorias que relacionam aos desequilíbrios de saída de energia

estão preocupadas primeiramente com TEF (Termogênese e Efeito Térmico do

alimento), atividade física e a taxa metabólica de repouso (TMR). A

hereditariedade e o ambiente influenciam a entrada e a saída de energia

(MAHN; ESCOTT-STUMPS, 1998).

Portanto, cabe saber que além de ter uma reeducação alimentar todos

os tipos de pessoas, sejam elas crianças, jovens, adultos, devam encaixar a

27

atividade física no seu dia-a-dia, como um parâmetro de perda de peso e/ou

controle de peso.

1.4.3 Obesidade como fator de risco

Existem muitos perigos a saúde associada à obesidade. Muitos

especialistas da área da saúde acreditam que a sociedade constitui um dos

problemas mais importantes tanto no ponto de vista médico quanto do de

saúde pública de nossa era (NIEMAN, 1999).

Pelo menos oito problemas importantes estão associados à obesidade,

segundo Nieman (1999); Katch; McArdle (1996):

a) Dificuldade emocional: devido as fortes pressões da sociedade

para serem magras, as pessoas obesas freqüentemente sofrem

sentimentos de culpa, depressão, ansiedade e baixa auto-estima;

b) Aumento de osteoartrite: as pessoas com excesso de peso

apresentam maiores risco de osteoartrite dos joelhos e dos

quadris;

c) Aumento da incidência de hipertensão arterial: a hipertensão

arterial é muito mais comum entre as pessoas com excesso de

peso e o risco aumenta bastante com o aumento do peso

corporal;

d) Aumento dos níveis de colesterol e de outras gorduras do sangue:

os indivíduos com excesso de peso apresentam maior

probabilidade do que as pessoas com peso normal de apresentar

níveis elevados de colesterol e triglicerídeos, bem como mais

baixos de lipoproteínas de alta densidade colesterol;

e) Aumento da diabete: predominância é aproximadamente três

vezes maior entre as pessoas obesas;

f) Aumento da doença cardíaca: as pessoas obesas não somente

apresenta mais fatores de risco de doenças cardíacas, como

também morrem devido a elas numa taxa maior;

28

g) Aumento do câncer: homens e mulheres obesas apresentam

taxas de câncer superiores para a maioria dos principais tipos de

câncer do que as pessoas não obesas;

h) Aumento de morte prematura: muitos pesquisadores demonstram

que as taxas de morte por todas as causas são maiores entre

pessoas obesas, enquanto homens e mulheres magros

apresentam as menores taxas. Em termos simples, as pessoas

obesas morrem mais precocemente do que aquelas que são

magras.

A obesidade também é considerada um fator de risco para distúrbios de

articulações, cálculos biliares, problemas respiratórios, câncer, má cicatrização

de feridas e resposta diminuída dos anticorpos a vacina de hepatite B (MAHN;

ESCOTT-STUMPS, 1998).

Está bem estabelecido que as doenças crônicas ocorrem mais

freqüentemente entre as pessoas obesas do que em indivíduos com gordura

corporal normal. Embora não seja evidente o grau de obesidade que propicia

problemas médicos específicos, o aumento do risco de complicações médicas

e de saúde compreende o que se segue: hipertensão e enfarte, doença renal,

doença da vesícula biliar, diabetes mellitus, doenças pulmonares, problemas

com anestesia durante a cirurgia, osteoartrite e gota, câncer do endométrio e

do seio, lipoproteínas e lipídios plasmáticos anormais, funções cardíacas

diminuídas, irregularidades menstruais e toxemia na gravidez, trauma

psicológico, infecção na pele, compressão de órgãos pelo tecido adiposo e

tolerância reduzida ao calor (KATCH; McARDLE, 1996).

Alguns distúrbios crônicos foram unidos juntos como uma Síndrome X.

Estes incluem intolerância a glicose, resistência à insulina, hiperlipidemia,

hipertensão e distúrbios cardiovasculares como infarto do miocárdio. Os riscos

estão ligados fortemente à obesidade visceral ou intra-abdominal, com as

medidas de circunferência de cintura e quadril freqüentemente sendo mais

conclusivas do que o índice de massa corpórea (MAHN; ESCOTT-STUMPS,

1998).

A RCQ (relação cintura e quadril), é atualmente o marcador mais

importante para detectar o risco de desenvolver o diabetes tipo 2 e

conseqüentemente, a Síndrome X em adultos. O acúmulo de gordura na região

29

abdominal, principalmente se associado à hipertensão e triglicerídeo alto,

aumenta em dez vezes o risco de diabetes (LABRUNIE et al, 1997).

A resistência insulínica é o maior fator responsável pela intolerância a

glicose e diabetes tipo 2.

Não são todos os tecidos que precisam da insulina para transporte de

glicose para dentro das células. Particularmente músculos esqueléticos e

adipócitos, necessitam da insulina para transporte da glicose. Para sua ação

ele se liga a receptores específicos, desencadeando uma cascata de eventos

intracelulares, com a proteína GLUT 4 (transportador de glicose) para a

superfície da célula, onde se liga e transporta a glicose para o interior da célula.

Havendo falha nesse transporte leva a hiperglicemia moderada, gerando uma

hiperinsulinemia compensatória.

A hiperinsulinemia resulta no aumento da absorção do sódio nos túbulos

renais, levando ao aumento do volume intracelular e, gera uma hiperatividade

vascular devido à estimulação simpática, também estimula o apetite, e

envolvida no desenvolvimento da obesidade na infância.

1.4.4 Diagnóstico da obesidade

Segundo Mancini; Halpern (2000) pode-se estabelecer basicamente dois

tipos de diagnóstico frente a um paciente obeso: um diagnóstico quantitativo,

que se refere à massa corpórea ou massa de tecido adiposo e um diagnóstico

qualitativo, que se refere à distribuição de gordura corporal ou a presença de

adiposidade.

1.4.4.1Diagnóstico qualitativo da obesidade

Na prática clínica, o cálculo do índice de massa corpórea (IMC), também

conhecida por Índice de Quetelet, que é o peso (em kg) dividido pelo quadrado

da altura (em metros), é ainda o mais o utilizado (MANCINI; HALPERN, 2000).

30

A classificação da obesidade segundo o IMC e o risco de doença encontra-se

dispostos na tabela 1.

Quadro 1: Classificação da obesidade segundo o índice de massa corpórea

(IMC) e o risco de doença (OMS).

IMC (Kg/M) CLASSIFICAÇAO GRAU DE OBESIDADE RISCO DE DOENÇA

< 18,5 Magreza O Elevado

IMC (Kg/M) CLASSIFICAÇAO GRAU DE OBESIDADE RISCO DE DOENÇA

18,5

24,9 Normal O Normal

25,0

29,9 Sobrepeso I Elevado

30,0

39,9 Obesidade II Muito Elevado

>40,0 Obesidade grave III Muitíssimo Elevado

Fonte: (MANCINI; HALPERN, 2000, p. 111).

A impedância bioelétrica de freqüência única é altamente precisa e de

fácil utilização, permitindo avaliar a massa adiposa e a massa de tecidos

magros. Substitui com vantagem o método da somatória da medida da

espessura das pregas cutâneas, que possui variabilidade inter e intra

examinador inaceitáveis. Aceitam-se como valores normais < 25% de tecido

adiposo para homens e < 35% do tecido adiposo para mulheres (MANCINI;

HALPERN, 2000).

O uso do IMC também ignora a distribuição de gordura corpórea. O

excesso de gordura pode estar mais concentrado em diversos locais: na região

abdominal ou no tronco (obesidade andróide, concentrado na região dos

quadris (obesidade ginóide), o cálculo da relação cintura-quadril é definido pela

divisão do maior perímetro abdominal entre a última costela e a crista ilíaca

pelo perímetro dos quadris no nível dos trocanteres femorais, com o indivíduo

em decúbito dorsal).

Índices superiores a 0,85 em mulheres e 0,9 em homens definem

distribuição central de gordura e, estatisticamente, correlacionam-se com maior

quantidade de gordura visceral ou medida por métodos de imagem, como a

tomografia ou ressonância magnética. Estes métodos podem avaliar com

precisão a quantidade de gordura corporal (MANCINI; HALPERN, 2000).

Além de extremamente oneroso para o uso rotineiro na prática clínica,

há um impeditivo adicional importante, que é o fato de que certos indivíduos

31

obesos não conseguem ser acomodado nos aparelhos convencionais. Mais

recentemente, a medida isolada da circunferência da cintura tem mostrado ser

suficiente para estabelecer risco, sendo considerados os limites normais à

circunferência < 95 cm para homens e < 80 cm para mulheres (MANCINI;

HALPEN, 2000).

As medidas antropométricas, medidas das dobras cutâneas, das

circunferências e diâmetros corporais, são mais práticos para a utilização num

contexto clinico ou não laboratorial. As dobras cutâneas utilizadas podem ser:

do tórax, axila, tríceps, subescapular, abdominal, supra-ilíaca e da coxa. As

medidas circunferências são: do ombro, tórax, abdominal, cintura, glútea, coxa,

panturrilhas, tornozelo, braço, antebraço e do punho.

Os métodos preferidos, segundo Mahn; Escott-Stumps (1998), são:

a) O índice de massa corpórea (IMC) ou índice Quetelet (IMC = P/

H², sendo que P é o peso em quilogramas e H é a altura em

metros e ao quadrado);

b) A proporção de circunferência da cintura e do quadril (RCQ), que

compara as medidas da circunferência da cintura e do quadril

para identificar os tipos de andróide e ginóide.

Quadro 2 - Normas para proporção entre as circunferências de cintura e quadril

pra homens e mulheres.

IDADE

BAIXO

MODERADO

ALTO

MUITO ALTO

HOMENS

20-29

<0,83

0,83 -

0,88

0,89 -

0,94

> 0,94

30-39 <0,84 0,84 - 0,91 0,92 - 0,96 > 0,96 40-49 <0,88 0,88 - 0,95 0,96 - 1,00 > 1,00 50-59 <0,90 0,90 - 0,96 0,97 - 1,02 > 1,02 60-69

<0,91

0,91 -

0,98

0,99 -

1,03

> 1,03

IDADE

BAIXO

MODERADO

ALTO

MUITO ALTO

MULHERES

20-29 <0,71 0,71 - 0,77 0,78- 0,82

> 0,82 30-39 <0,72 0,72 - 0,78 0,79 - 0,84

> 0,84 40-49 <0,73 0,73 - 0,79 0,80 - 0,87

> 0,87 50-59 <0,74 0,74 - 0,81 0,82 - 0,88

> 0,88 60-69 <0,76 0,76 - 0,83 0,84- 0,90

> 0,90

Fonte: (Adaptado de Bray and Gray, 1988 b, p. 432)

Os critérios considerados para o excesso de gordura corporal são: >

20% para homens e > 30% para as mulheres (KATCH; McARDLE, 1996).

32

1.4.5 Tipo e classificação da obesidade

Um dos primeiros sistemas de classificação no inicio deste século dividiu

a obesidade em dois principais tipos: endógena (incluindo-se ai as

anormalidades metabólicas, as anormalidades endócrinas e as lesões

cerebrais) e a exógena, que abrangia basicamente todos os fatores externos

ao corpo (incluindo o excesso alimentar e a inatividade física). Um outro tipo de

classificação proposta é a anatômica, ou seja, obesidade hipertrófica versus

obesidade hiperplástica, ou ainda obesidade secundária ao aumento no

numero de células, e também uma classificação etiológica, onde se listam os

seguintes fatores: genético (distúrbios, tais como as síndromes de Laurence-

Moon-Bardet-Biedl, de Alstrom e de Morgani), nutricional (a superalimentação),

inatividade (falta de atividade física), funções endócrinas (a administração de

insulina, a administração de glicocorticóides e a castração) e hipotalâmica e

medicamentos.

Função hipotalâmica está implicada na gênese da obesidade

primariamente em conseqüência a lesões envolvendo áreas especificas

localizada na porção antero-inferior do núcleo ventromedial. As lesões

hipotalâmicas reais envolvendo seres humanos são extremamente raras

(POLLOCK; WILMORE, 2000).

1.4.6 Obesidade e atividade física

A atividade física ajuda a aumentar o gasto energético acima da

quantidade de ingestão alimentar. Define-se atividade física como qualquer

atividade com um gasto de energia suficiente acima do nível basal de cada

indivíduo, ajudando assim na queima de calorias, levando a uma provável

redução do peso corporal, diminuindo a taxa de gordura.

A obesidade não está somente associada ao excesso de ingestão

alimentar, mas também ao sedentarismo. A prática constante de exercícios

físicos leva á índices menores de mortalidade em indivíduos obesos. Mesmo

33

que não os tornam magros, mas pode melhorar a saúde evitando algumas

doenças, principalmente excesso de gordura.

Dentre os exercícios físicos mais indicados para o controle da obesidade

estão os aeróbios de média e longa duração como caminhada, corrida, ciclismo

e natação. As atividades de baixo impacto, como as caminhadas, são as mais

recomendadas para iniciantes e obesos, por serem práticas e seguras não

trazendo problemas ortopédicos e cardiovasculares (VASCONCELOS; et. al,

1999).

A aplicação dos exercícios físicos deve ser coerente a cada indivíduo,

dependendo do grau de obesidade, que muitas vezes reduz a eficiência

mecânica e amplitude de movimento, causando desconforto.

A intensidade, freqüência e duração dos exercícios também são fatores

de muita importância para um programa de emagrecimento; visto que este

deve ser dado de maneira progressiva. Se os exercícios são praticados a uma

freqüência superior a três vezes na semana tem mais eficiência no controle da

massa corporal.

Para executarem o mesmo esforço físico, indivíduos mais pesados

utilizam maior quantidade de energia que os de peso corporal menor. Isso

ocorre em razão de ser necessário usar mais energia para mover a massa

corporal extra, o que reforça a posição de enfatizar os exercícios físicos em

indivíduos com sobrepeso ou obeso (GUEDES; GUEDES, 2003).

Fica claro que indivíduo que queira perder peso e são sedentários

devem mudar seus hábitos, incluir atividade física e levar uma vida mais ativa,

não só para uma questão de saúde, sem contar uma boa alimentação.

1.5 Índice de Massa Corporal (IMC) ou Índice de Quetelet

O índice de Massa Corporal (IMC) é uma fórmula que indica se um

adulto está acima do peso, se está obeso ou abaixo do peso ideal considerado

saudável.

O cálculo do IMC representa um procedimento extremamente prático

para avaliar a questão do sobrepeso de sujeitos não atletas. Basta obter o

34

registro do peso corporal e da estatura que já é possível desenvolver algumas

conclusões gerais sobre a questão da obesidade (MARINS; GIANNICHI; 2003).

Com o registro das duas variáveis aplica a seguinte equação:

IMC= Peso corporal (Kg)

Estatura(m)2

O IMC não diferencia peso de gordura de peso livre de gordura, não

sendo sensível às respectivas contribuições de massa muscular e gordurosa

ao peso corporal, possui uma moderada correlação (r=0,70) com o percentual

de gordura predito a partir da pesagem hidrostática. (FERNANDO FILHO,

1998).

Uma interpretação cautelosa dos valores IMC deve ser realizada como

uma medida direta do grau de gordura. As regras do IMC podem implicar que

quanto maior for o valor do IMC, maior será o percentual de gordura, este pode

não ser o caso de indivíduos com grandes quantidades de massa magra.

(FERNANDO FILHO, 1998).

O IMC também não é aplicável para crianças. Outro problema é a

influência, ainda não suficientemente estudada, que as diferenças raciais e

étnicas têm sobre o Índice de Massa Corporal.

Porém, o método mais preciso para determinar se a pessoa está gorda é

a medição do porcentual de gordura corporal. Tal medição deve ser feita por

profissional qualificado utilizando um medidor de dobras cutâneas.

2 CAUSUÍSTICAS

2.1 Condições ambientais

As avaliações de composição corporal que as voluntárias foram

submetidas se realizaram no Laboratório de Avaliação e Esforço Físico (LAEF),

do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium (UNISALESIANO), no

35

período da tarde (18h00min às 19h30min), cuja temperatura foi controlada e

mantida entre 22 a 25ºC.

As aulas foram realizadas na piscina coberta da Clínica de Educação

Física, do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium (UNISALESIANO),

com temperatura da água entre 29° a 30° C.

2.2 Amostra experimental

Fizeram parte desse experimento 16 sujeitos do sexo feminino,

sedentárias com sobrepeso, aparentemente saudáveis, cujas características

são apresentadas na tabela 1 do item resultados. Estes foram divididos em

dois grupos, o grupo treinado com 8 sujeitos que realizaram sessões de

hidroginástica, e 8 do grupo controle, e todas foram informadas sobre o estudo,

através de um termo de consentimento (APÊNDICE D).

2.3 Avaliações

Foram realizados avaliações em dois momentos, antes e após o período

de treinamento.

2.3.1 Nas avaliações foram utilizados:

a) Fita métrica para medidas antropométricas da marca Sanny;

b) Uma balança digital modelo nº tbf-305, da marca Tanitaa;

c) Compasso de dobras cutâneas (Mitietoyo- Cescorf- 0,1 mm);

d) Um estadiômetro da marca Sanny.

2.3.2 Protocolo

36

2.3.2.1Protocolo I

Os sujeitos foram submetidos às avaliações antropométricas. Peso

para se medir o peso corporal, o avaliado deverá ficar em pé de frente para o

monitor da balança, sem calçado e com o mínimo de roupa possível. Estatura

distancia entre o vértex e a região plantar, o avaliado deve estar sem calçado,

com os pés unidos, colocando em contato com a escala de medidas superfícies

posteriores dos calcanhares, a cintura pélvica, a cintura escapular e a região

occipital, deve estar em apnéia respiratória (GUEDES; GUEDES, 2003).

O método mais utilizado com freqüência como indicador de deposição

de gordura na região abdominal é o índice cintura/quadril, entretanto existe

uma desvantagem na utilização desta relação; é que as medidas de

circunferência incluem também outros tecidos alem da massa gorda como

músculo, ossos e órgãos não sendo indicativo direto do conteúdo de gordura

(COSTA, 2001).

Para a determinação das dobras cutâneas, foi utilizado o protocolo de 3

dobras sendo, subescapular, suprailiaca e coxa. (GUEDES; GUEDES, 2003),

Subescapular: prega obliqua medida imediatamente abaixo da

extremidade do ângulo inferior da escápula.

Supra-iliaca: prega obliqua medida em um ponto médio entre a ultima

extremidade e a crista ilíaca.

Coxa: preá vertical medida na linha media da coxa, a 2/3 de distancia

entre a patela e a crista ilíaca.

Os resultados obtidos através das 3 dobras foi encontrado na tabela de

Guedes para o percentual de gordura (APÊNDICE A).

2.3.2.2Relação cintura/quadril

Para a interpretação dos resultados obtidos por este índice, Bray gray

(1998) apresentaram valores referenciais que indicam o risco, de acordo com a

idade e o sexo do avaliado (COSTA, 2001).

37

Abdômen: medida na altura da cicatriz umbilical (PITANGA, 2004).

Quadril: medida na altura dos pontos trocantéricos (PITANGA, 2004).

Relação cintura/quadril = perímetro da cintura (cm)

Perímetro do quadril (cm)

(Avaliação pra identificação do risco para saúde, verificar pelos resultados no Apêndice B)

2.4 Treinamento

2.4.1 Piscina

As sessões de hidroginástica foram realizadas na piscina aquecida com

profundidade de 1 metro e 20 cm, dimensões 7x11 metros com temperatura

entre 28° a 30° C.

2.4.1.1Materiais Utilizados

a) Um aparelho de som;

b) Cds para hidroginásticas (músicas variadas);

c) Espaguetes;

d) Halteres;

e) Palmares;

f) Cotonetes;

g) Halteres de musculação;

h) Monitores de freqüência cardíaca da marca polar, modelo Accurex

Plus

2.5 Procedimentos

38

Foram avaliadas 16 mulheres sedentárias com sobrepeso, todas

passaram por uma pré-avaliação, após as avaliações foram divididas em dois

grupos, um grupo de 8 sujeitos que realizaram as sessões de hidroginástica, e

um grupo de 8 sujeitos que não realizaram as sessões de hidroginástica

durante 4 meses, três vezes na semana (sendo de segunda, quarta e sexta das

18:30 as 19:30), totalizando 42 sessões no período de maio a setembro de

2007, com intensidade de 70% a 85% da freqüência cardíaca máxima, as quais

foram monitoradas com o Freqüencímetro Cardíaco (Polar).

Na primeira semana foi realizada exercícios de adaptação ao meio

líquido com segurança, aumentando assim a sua resistência, amplitude dos

movimentos. Sendo que o equilíbrio, a coordenação motora e postura, no início

das aulas apresentaram grandes dificuldades nos mesmos.

Após as 42 sessões, ambos os grupos passaram pelo mesmo protocolo de

avaliação para o resultado pós.

2.6 Período de adaptação ao treinamento

Foi realizada uma adaptação ao meio liquido, fazendo com que as

alunas se familiarizassem com o local, trabalhando em cima das dificuldades

encontradas em relação à flexibilidade, coordenação, equilíbrio e postura, que

as mesmas apresentavam durante as execuções dos exercícios propostos.

Buscou-se trabalhar variados exercícios como caminhada aquática,

saltos, deslocamentos e outros. Assim, pode-se fazer com que cada aluna

entendesse a importância de executar corretamente todos os exercícios de

maneira eficaz, dando assim continuidade ao objetivo das sessões de

hidroginástica.

Nas 15 semanas seguintes iniciou-se o período de treinamento.

2.6.1 Período de treinamento

O período de treinamento foi proposta sessões intervaladas de caráter

39

aeróbio e condicionamento físico, realizando exercícios internos trabalhando

cerca de 70 a 85% da freqüência cardíaca máxima (220

idade), onde foi

controlada a freqüência cardíaca com o monitor (freqüencímetro da marca

Polar).

As sessões de hidroginástica tiveram duração de 60 minutos, durante as

execuções foram realizados exercícios individuais, dupla ou circuito, com

intervalos de pausa ativa de 2 minutos de descanso entre as séries. Foram

utilizados materiais diversos durante as execuções das séries como:

espaguete, palmares, cotonetes e halteres.

Seguiu-se 15 semanas de trabalho intervalado, em que todas as

sessões seguiram o mesmo padrão especificado a seguir: 5 minutos de

alongamento, 10 minutos de aquecimento articular e orgânico, 35 minutos de

parte principal (1 série de 4 minutos; 2 séries de 3 minutos; 3 séries de 2

minutos; 4 séries de 2 minutos e 4 séries de 1 minuto).

Após as 15 semanas, as alunas foram submetidas à mesma avaliação

física realizada antes do treinamento.

2.6.2 Análise Estatística

Para análise dos dados, utilizou-se de uma análise de variância (ANOVA

one way), onde foram feitas comparações do grupo para ele mesmo (antes e

pós-treinamento) e comparações entre os grupos nas duas situações. Para

isso, adotou-se um nível de significância

5%. Esta análise compara a relação

de pós-treinamento com o pré, se houver diferença, e compara os resultados

do pré e pós com ambos os grupos, entre o grupo treinado e o grupo controle.

3 RESULTADOS

Este estudo objetivou verificar os efeitos das sessões de hidroginástica

na composição corporal de mulheres com sobrepeso sedentárias com idade de

40

36,20± 3,96, o qual o treinamento teve duração de quatro meses sendo

realizado com freqüência de três vezes por semana.

Na tabela 1 estão expressos os resultados em média e desvio padrão

das características iniciais das voluntárias submetidas ao treinamento, e o

grupo controle.

Tabela 1: Características iniciais em média e desvio padrão dos sujeitos

submetidos ao treinamento de hidroginástica (n=8) e grupo controle (n=8).

Treinado Controle

Peso (kg) 70,8±5,03 71,97±5,85 #

IMC (kg/m2) 28,83±1,69 28,61±1,52 #

Altura (m) 1,62±0,07 1,63±0,07

Idade 36,4±3,55 37,50±2,97

Fonte elaborada pelas autoras valor de significância de p 0,05

# Diferença significante em relação ao grupo controle.

Nos resultados apresentados na tabela2, verificou-se que há diferença

nas variáveis de peso e IMC do grupo controle quando comparados com o

grupo treinado.

Tabela 2: Resultados do pré e pós quatro meses, em média e desvio padrão do

grupo submetido a sessões de hidroginástica (n=8) e grupo controle (n=8).

Treinado Controle

Peso (kg) Pré 70,8±5,03 71,97±5,85

Pós 69,5±5,82* 71,81±5,90

IMC (kg/m2) Pré 28,83±1,69 28,61±1,52

Pós 28,07±2,04* 28,54±1,49

Gordura (%) Pré 29,31±3,12 32,19±1,60

Pós 27,9±2,03* 32,14±1,66

RCQ (cm) Pré 0,86±0,05 0,91±0,05

Pós 0,86±0,05 0,91±0,05

Fonte elaborada pelas autoras valor de significância de p 0,05

*Diferença significantes com relação à situação do pré-treinamento.

Diferença significantes com relação ao grupo treinado p 0,05.

41

Os resultados apresentados na tabela 2 apresentam diferença

significante nos valores de peso e IMC quando comparado o grupo controle

com o grupo treinado, podendo dizer que se tornam grupos heterogêneos com

relação a esta situação apenas do pré-treinamento já que o peso se torna uma

variável homogenia quando comparado na situação de pós treinamento. Com

relação à comparação de pré e pós treinamento dos grupos, apenas o grupo

treinado obteve resultados significantes p 0,05, nas variáveis de peso, IMC e

no percentual de gordura.

4 DISCUSSÃO

A atividade física é melhor maneira de se obter a qualidade de vida, ela

interfere nas capacidades físicas, e hoje a hidroginástica entra como uma das

atividades mais procuradas, a maioria das vezes encaminhadas pelo médico,

pois se sabe que o exercício aquático pode envolver maiores ou menores

agrupamentos musculares minimizando impactos nas articulações.

O objetivo principal desta pesquisa teve como intuito verificar os efeitos

das sessões de hidroginástica sobre a composição corporal em mulheres

sedentárias com sobrepeso, aparentemente saudáveis. Mediante as condições

realizadas e apresentadas nesta pesquisa experimental, pode-se dizer que as

sessões de hidroginástica com intensidade 70% a 85% das freqüências

cardíaca máxima realizada três vezes na semana com duração de quatro

meses foram suficientes para apresentar modificações significativas nas

variáveis de peso, percentual de gordura e no índice de massa corporal.

A diminuição da gordura corporal depende de uma serie de fatores, mas qualquer atividade física ira gastar mais kcal do que em repouso, então toda a atividade física ajuda no processo de emagrecimento, inclusive a hidroginástica. Um ponto muito importante diz respeito ao gasto total de energia diário, mesmo que este ganho venha de atividades anaeróbias (MACHADO; MACEDO apud DI MASI, 2003).

Para Moreira et al. (2005), que realizou com 25 mulheres de 18 a 39

anos, onde as mesmas foram submetidas um treinamento de hidroginástica

42

intervalado, 3 vezes por semana, durante 12 semanas, a autora conclui que a

hidroginástica além de ter sido bastante eficaz na perda de gordura corporal

também foi extrema ajuda na obtenção da melhora nos níveis de força

muscular e capacidade respiratória.

Segundo Mendes et al. (1995) ao compararem o percentual de gordura

em mulheres que passaram a praticar caminhada aquática e caminhada

terrestre, mostraram que o grupo de caminhada aquática não obteve diferença

significativa no percentual de gordura quando comparado ao grupo que

praticou a caminhada terrestre. Apesar de o grupo aquático ter apresentado

uma diminuição significativa do peso corporal. Os autores referidos colocam

que isso se deve provavelmente a freqüência de apenas duas vezes por

semana e o tempo de teste de 15 semanas por ter sedo pequeno, alem do

controle alimentar ser livre.

Para Grediagin et al. (1995), se objetivo é perder gordura e o tempo for

limitado, as pessoas devem se exercitar com segurança nas intensidades mais

altas possíveis , esta foi conclusão que os autores chegaram quando

submeteram 2 grupos e diferentes intensidades de exercícios (50% a 80% do

VO2max), sendo que as atividades eram realizadas ate que se chegasse ao

total de 300 kcal. Ao final do estudo ambos os grupos perderam a mesma

quantidade de gordura, porém o grupo que se exercitou intensamente ganhou

mais que o dobro de massa magra em relação ao outro.

Existe uma íntima relação entre a utilização de substratos energéticos e

o consumo de oxigênio pós-exercício. O consumo de oxigênio pode se manter

elevado por várias horas após o exercício, fenômeno que foi chamado de

EPOC ou consumo de oxigênio em excesso pós-exercício, que representa a

diferença entre o consumo total de oxigênio em repouso após um período

especifico pós exercício. Pesquisas indicaram que a magnitude do EPOC esta

linearmente relacionada à intensidade a duração do exercício (BAHR, 1992) e

exponencialmente relacionada à intensidade do exercício (BAHR, 1990).

Assim, se a atividade além de prolongada for de alta intensidade, maior será

EPOC e conseqüentemente maior será a mobilização de substratos

energéticos, principalmente as gorduras de tecido adiposo para fornecer

energia para vários processos orgânicos, poupando glicogênio.

43

Em nosso estudo não foi realizado o teste de VO2max, mas foi utilizado o

percentual de 70% a 85% da FCmax calculado pela idade, em outros estudos a

de VO2max poderá ser avaliada para maiores comparações e até variável ser

considerada para prescrição de treinamento quando o objetivo também for para

melhorar a capacidade respiratória.

Segundo Mendes et al. (1995) não encontraram diferenças significativas

no VO2max em mulheres com idades entre 40 e 50 anos, que praticaram

caminhadas aquáticas com altura da água oscilando entre a altura do mamilo e

a cicatriz umbilical durante 15 semanas, com sessões de 45 minutos a duas

vezes por semana. Os autores, baseando-se em estudos prévios, levantaram a

hipótese de o tempo de aula e a freqüência semanal não serem suficientes

para promoverem alterações.

5 CONCLUSÃO

Conclui-se que as sessões de hidroginástica com intensidade de 70% a

85% da FCmax, sendo realizadas três vezes na semana durante quatro meses

de treinamento foram suficientes para obter resultados positivos quando

comparados as variáveis de peso, %gordura de IMC e que em próximos

estudos possa ser realizada a comparação de VO2max. O que levará a crer

também que poderá obter resultados positivos.

44

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49

APÊNICES

50

APÊNDICE A - TABELA DE GUEDES PARA PREDIÇÃO DO (%) GORDURA EM

MULHERES

51

FONTE: GUEDES; GUEDES, 2003.

52

APÊNDICE B

NORMAS PARA IDENTIFICAÇÃO DO RISCO PARA SAÚDE

PELO ÍNDICE CINTURA/QUADRIL (ICQ)

FONTE: BRAY; GRAY, 1988.

53

APÊNDICE C

IMC - ÍNDICE DE MASSA CORPORAL, CLASSIFICAÇÃO DO

SOBREPESO E DA OBESIDADE PELA PORCENTAGEM DE GORDURA.

54

APÊNDICE D

AUTORIZAÇÃO

POR FAVOR, LEIA ATENTAMENTE E ASSINE:

Eu, _________________________________ estou ciente que os

programas e exercícios das sessões de hidroginástica do projeto de

monografia das alunas Alexandra Mattos Galdino, Estela Noronha Ribeiro e

Fernanda da Rocha Palmeira, do Curso de Educação Física, do Centro

Universitário Católico Salesiano Auxilium , sob a orientação da professora

Giseli de Barros Silva, requerem esforço físico, declaro que tenho condições

físicas para participar das sessões de hidroginástica. Declaro que fui avisada

de que a qualquer momento que venha ter dificuldades físicas, deverei

comunicá-las imediatamente, que me dispensarão das aulas. Participo

voluntariamente deste programa que ocorrerá de maio a agosto, pelo qual

assumo total responsabilidade. Reconheço e aceito esses riscos. Reconheço

ainda que não possa participar do programa se a Clínica de Educação Física,

avaliar que, por qualquer motivo, não possa executar os exercícios e que estes

sejam prejudiciais a minha saúde.

55

ANEXOS

56

ANEXO A

SESSÕES DE HIDROGINÁSTICA

Foto 1: Sessões de Hidroginástica

Figura 2

Sessões de Hidroginástica

57

ANEXO B

SESSÕES DE HIDROGINÁSTICA

Figura 3

Sessões de Hidroginástica

Figura 4

Sessões de Hidroginástica

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