efeitos do desgaste do treinamento de forÇa em … · monografia apresentada ao centro...
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UniSALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Educação Física Bacharelado
BRUNO ALBUQUERQUE GABRIEL PRIMO
BRUNO HENRIQUE TEIXEIRA
DENIS FERREIRA DO NASCIMENTO
EFEITOS DO DESGASTE DO TREINAMENTO DE
FORÇA EM MEMBROS INFERIORES PARA
PRATICANTES DE CORRIDA DE RUA.
LINS-SP
2017
BRUNO ALBUQUERQUE GABRIEL PRIMO
BRUNO HENRIQUE TEIXEIRA
DENIS FERREIRA DO NASCIMENTO
EFEITOS DO DESGASTE DO TREINAMENTO DE FORÇA EM
MEMBROS INFERIORES PARA PRATICANTES DE CORRIDA DE
RUA.
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Banca Examinadora do Centro
Universitário Católico Salesiano Auxilium,
curso de Educação Física sob a orientação
do Prof. Esp. Dagnou Pessoa de Moura e
orientação técnica da Profª Ma. Jovira Maria
Sarraceni.
LINS-SP
2017
Primo, Bruno Albuquerque Gabriel; Teixeira, Bruno Henrique; Nascimento,
Denis Ferreira
Efeito do desgaste do treinamento de força em membros inferiores para
praticantes de corrida de rua / Bruno Albuquerque Gabriel Primo; Bruno
Henrique Teixeira; Denis Ferreira do Nascimento – – Lins, 2017.
50p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano
Auxilium – UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em Educação Física,
2017.
Orientadores: Jovira Maria Sarraceni; Dagnou Pessoa de Moura
1. Treinamento de Força. 2. Corrida de Velocidade. 3. Fadiga Muscular. I Título.
CDU 796
P951e
BRUNO ALBUQUERQUE GABRIEL PRIMO
BRUNO HENRIQUE TEIXEIRA
DENIS FERREIRA DO NASCIMENTO
EFEITOS DO DESGASTE DO TREINAMENTO DE FORÇA EM MEMBROS
INFERIORES PARA PRATICANTES DE CORRIDA DE RUA
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,
para obtenção do título de Bacharel em Educação Física.
Aprovada em: _____/______/_____
Banca Examinadora:
Professor Orientador: Dagnou Pessoa de Moura
Titulação: Especialista em Fisiologia do Exercício pela Universidade Federal de São
Carlos; Especialista em Biomecânica, Avaliação Física e Prescrição de Exercício pela
UniFMU
Assinatura:_________________________________
1º Prof(a): __________________________________________________
Titulação:_____________________________________________________________
_______________________________________________
Assinatura:_________________________________
2º Prof(a): _________________________________________________
Titulação:_____________________________________________________________
_______________________________________________
Assinatura:_________________________________
Dedico este trabalho
... A Deus
Primeiramente, pois com Sua presença em minha vida, abençoando o meu
caminho e me fazendo ser perseverante, que tudo foi possível.
... Aos meus pais
Adriana Albuquerque Amaro e Marcos Paulo Amaro, por toda dedicação e
ensinamentos, de que é preciso ser comprometido para se alcançar os objetivos, e por
terem me dado a oportunidade de cursar a faculdade e estar me formando, sempre
apoiando os meus sonhos e acreditando no meu potencial. Sou inteiramente grato por
tudo que fizeram e fazem por mim, estando presente em todos os momentos de minha
vida, sendo eles de muita alegria ou de dificuldades, prontos para me incentivar.
Obrigado pelo amor e carinho que tendes por mim!
... Aos meus familiares
Ao meu irmão de coração Wesley Pablo Zancan e a todos que direta ou
indiretamente estiveram me auxiliando e torcendo por mim, em mais esta conquista.
... Aos meus amigos e namorada
Pois estiveram sempre por perto me auxiliando nos momento de dificuldade, em
especial meu amigo Bruno Henrique Teixeira, o qual foi meu parceiro de TCC e de
jornada nesses 4 anos, admiro seu empenho e dedicação. E agradeço a força e
credibilidade que minha namorada Erica de Oliveira Lisboa tem me dado para esta
formação que está por vir.
Bruno Albuquerque Gabriel Primo
Dedico este trabalho
... A Deus
Pois ele me deu forças para ir até o final desta grande etapa em minha vida.
... Aos meus pais
Marcia Curturato e Cesar Augusto Teixeira, que sempre estiveram do meu lado
me incentivando a concluir o curso.
... Aos meus familiares
Ao meu primo Kleber Junior Fernandes e ao meu irmão Alan Daniel Teixeira
que sempre me deram apoio e força para não desistir do meu sonho.
... Aos meus amigos
Aos meus amigos e parceiros de TCC Bruno Albuquerque Gabriel Primo e Dênis
Ferreira do Nascimento.
Bruno Henrique Teixeira
Dedico este trabalho
... A Deus
Porque sem ele em minha vida, mostrando o meu caminho e me fazendo ter fé,
nada disso seria possível. Agradeço todos os dias à está grande oportunidade.
... Aos meus pais
Zilda Maria da Silva e José Carlos Ferreira do Nascimento, que sempre me
apoiaram nos sonhos e acreditaram em minha potencialidade. Sou inteiramente grato
por tudo que fizeram e fazem por mim, estando presente em todos os momentos de
minha vida sendo eles de grande alegria ou de tristeza, prontos a me apoiar e me
incentivar. Obrigado pelo carinho que tens por mim!
…aos meus familiares.
A minha irmã de coração Gleice Ferreira do Nascimento e a todos que direta ou
indiretamente estiveram me auxiliando e torcendo por mim, em mais esta conquista.
…aos meus amigos e namorada.
Pois estiveram sempre por perto me auxiliando nos momento de dificuldade, em
especial meu amigo Bruno Henrique Teixeira, do qual foi meu parceiro de TCC que me
acolherão de coração e de amizades de muito tempo, sem seu empenho e dedicação não
teríamos concluído.
Dênis Ferreira do Nascimento
Agradecemos
Em primeiro lugar a Deus que permitiu que realizássemos mais essa conquista.
Concedendo-nos sabedoria, força de vontade e disposição para a conclusão de mais essa
etapa. Sem o seu direcionamento não teríamos chego até aqui.
Aos nossos pais, por todo incentivo e ensinamentos que nos foram passados
desde a infância, sendo base dessa longa jornada.
Aos nossos orientadores Prof° Dagnou Pessoa de Moura e Prof° M.S Jovira
Maria Sarraceni que deram suporte no desenvolvimento de todo este trabalho
contribuindo para que mais uma etapa em nossas vidas se cumprisse.
A Academia RH Fitness que abriram as portas para que pudéssemos estar
realizando nosso trabalho.
Aos parentes, amigos e namoradas que puderam fazer parte de cada momento
conquistado nos apoiando direta ou indiretamente.
E a todos que de alguma forma contribuíram para a realização deste trabalho,
nosso muito obrigado!
RESUMO
O treinamento de força é uma modalidade amplamente praticada nos dias
atuais, assim como a prática de corrida, tanto recreativas quanto competitiva. A prática
de ambas as modalidades em um mesmo dia é recorrente na prática, em especial
para corredores recreacionais. A presente pesquisa tem como objetivo analisar o
efeito agudo de uma sessão de treinamento de força para membros inferiores para
velocistas. Para tal, um grupo com quatro voluntários com idade 46,75 anos, 1,64
altura, 17,34 IMC, praticantes de corridas de velocidade foram selecionados. Os
mesmos realizaram uma corrida de 50 metros na maior velocidade possível, três
tentativas com intervalo de 5 minutos, foi adotado o melhor tempo das três tentativas.
Após os testes iniciais, o grupo realizou uma sessão de treinamento de força para
membros inferiores, após 30 minutos realizaram mais três tiros de 50 metros para
comparar com os tempos no período pré-treinamento e verificar se resulta em fadiga
muscular perante o tempo dos indivíduos. Para análise dos dados será adotado o
teste t stdent, cujo nível de significância foi de p≤0,05. Não houve diferença nos
tempos. Conclui-se que o treinamento de força não interfere no desempenho de
velocistas.
Palavras-chave: Treinamento de força; Corrida de velocidade; Fadiga muscular.
ABSTRACT
Strength training is a widely practiced modality these days, as well as the practice of racing, both recreational and competitive. The practice of both modalities in one day is recurrent in practice, especially for recreational runners. The present research aims to analyze the acute effect of a strength training session for lower limbs for sprinters. For that, a group with 4 volunteers aged 46.75 years, 1.64 height, 17.34 BMI, speed racer practitioners were selected. They performed a 50-meter race at the highest possible speed, 3 trials with a 5-minute interval, the best time of the 3 attempts was adopted. After the initial tests, the group performed a strength training session for lower limbs, after 30 minutes performed another 3 shots of 50 meters to compare with the times in the pre-training period and verify if it results in muscular fatigue before the time of the individuals. To analyze the data, the t stdent test was used, whose significance level was p≤0.05. There was no difference in time. It is concluded that strength training does not interfere with the performance of sprinters. Keywords: Strength training; Sprint; Muscle fatigue.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Filamentos de actina e miosina 30
Figura 2: Salto horizontal 37
Figura 3: Agachamento livre 37
Figura 4: Leg Press 38
Figura 5: Hack 39
Figura 6: Cadeira Extensora 40
Figura 7: Mesa Flexora 40
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Proporção de fibras tipo II em atletas com atividades
anaeróbicas. 34
Tabela 2: Características dos sujeitos 41
Tabela 3: Comparação do tempo nos tiros de 50 metros 42
LISTA DE SIGLAS
1RM = Uma repetição máxima
ATP = Trifosfato de Adenosina
CBAt = Confederação Brasileira de Atletismo
CVM = Contração voluntária máxima
et. al = e outros.
ECO = Economia de Corrida
Frap = Força rápida
Fmáx = Força máxima
MLSS = Nível estável de lactato sanguíneo
TF = Treinamento de força
VO2máx = Velocidade de Oxigênio máximo
Wmec = Potência muscular
Wtot = Trabalho mecânico total
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...................................................................................................14 1 CORRIDA ........................................................................................... 16
1.1 Benefícios da corrida .......................................................................... 17
1.2 Conceitos básicos de treinamento para corredores ............................ 18
2 FADIGA MUSCULAR .......................................................................... 21
2.1 Fadiga e lesão muscular ..................................................................... 22
2.2 Sintomas de fadiga .............................................................................. 23
3 CAPACIDADES FÍSICAS ................................................................... 24
3.1 Força ................................................................................................... 24
3.2 Flexibilidade ........................................................................................ 24
3.3 Resistência ......................................................................................... 25
3.4 Velocidade .......................................................................................... 25
3.5 Equilíbrio .............................................................................................. 25
3.6 Coordenação ....................................................................................... 26
3.7 Agilidade .............................................................................................. 26
3.9 Potência muscular ............................................................................... 26
3.10 Força muscular .................................................................................... 27
3.10.1 Força rápida ......................................................................................... 28
3.10.2 Força de resistência............................................................................. 28
3.10.3 Força isométrica .................................................................................. 28
3.10.4 Força isocinética .................................................................................. 29
3.10.5 Força máxima ...................................................................................... 29
3.10.6 Força concêntrica ................................................................................ 29
3.10.7 Força excêntrica .................................................................................. 29
3.11 Fibras de contração lenta .................................................................... 29
3.11.1 Fibras de contração rápida .................................................................. 30
3.12 Treinamento de Membros Inferiores .................................................... 30
3.13 Metodos de treinamento ...................................................................... 31
3.13.1 Método pirâmide .................................................................................. 31
3.13.2 Sistema de dropsets ............................................................................ 31
3.13.3 Super série .......................................................................................... 32
3.13.4 Método de pré-exaustão ...................................................................... 32
3.13.5 Treinamento pliométrico.......................................................................33
3.13.6 Influência do treinamento de força na composição corporal................33
4 EXPERIMENTO .................................................................................. 34
4.1 Casuística e Métodos .......................................................................... 34
4.2 Condições Ambientais ......................................................................... 34
4.3 Amostra ............................................................................................... 34
4.4 Protocolos ............................................................................................ 35
4.4.1 Teste de força ...................................................................................... 35
4.4.2 Teste de velocidade ............................................................................. 35
4.5 Procedimentos ..................................................................................... 36
4.6 Exercícios realizados ........................................................................... 36
4.7 Análise Estatística ............................................................................... 41
4.8 Resultados ........................................................................................... 41
4.9 Discussão ............................................................................................ 42
4.10 Conclusão ............................................................................................ 44
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 46
APÊNCES…………………………………………………………………………….52
APENCE A: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO……….53 APENCE B:CARTA DE INFORMAÇÃO AO PARTICIPANTE DE PESQUISA........................................................................................................54
14
INTRODUÇÃO
De acordo com a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) (2009), a
prática do atletismo é tão antiga quanto o próprio ser humano. Porém, o
homem já corria, pulava obstáculos e arremessava objetos. Portanto, por
representar movimentos pertencentes do ser humano, o atletismo é chamado
de esporte-base. Acredita-se que o crescimento da corrida de rua pode- se a
particularidades como: ser acessível para toda população, baixo custo para os
organizadores, assim como para o treinamento e a participação,
caracterizando-se como uma atividade física popular. A corrida de rua pode ser
apontada como a modalidade onde há recorrência progressiva da estrutura
biomecânica do movimento. Seu sistema de competição é caracterizado
individual, onde os resultados dos competidores são determinados por meio da
medição do tempo percorrido para completar o percurso (PLATONOV, 2004).
Os benefícios da corrida podem ser tanto físicos quanto mentais. O seu
sistema cardiovascular melhorará do mesmo modo que seu estado geral. Os
benefícios que obterá estarão relacionados ao tempo que dedicará
ao exercício, pois é claro, assim como o tempo durante o qual mantenha-se em
seu ritmo cardíaco ideal.
A fadiga muscular, ocasionada pela contração muscular constante, age
como sistema defensivo de modo reversível que pode interferir na prática de
exercícios esgotantes, reduzindo a habilidade de desempenho físico e
psicológico, temporariamente limitando a capacidade de produzir força.
O treinamento de força, uma prática de exercício muito antiga, segura e
eficaz, na qual pode se exibir de duas maneiras:
a) força de Resistência: se define como a capacidade do sistema
neuromuscular de superar a resistência (provocada pela carga
externa) sob condições dominantes metabólicas anaeróbicas e
estado de fadiga.
b) força rápida: se caracteriza pela capacidade do sistema
neuromuscular de produzir maior impulso possível em determinado
tempo.
15
O objetivo do presente estudo foi analisar o efeito agudo de uma sessão
de treinamento de força para membros inferiores para velocistas.
A pesquisa está norteada com a seguinte pergunta problema: O
treinamento de força pode gerar fadiga ao ponto de alterar o desempenho em
corredores velocistas?
Hipótese: A fadiga gerada pelo treinamento de força reduz a
desempenho na corrida de 50 metros.
16
1 CORRIDA
De acordo com a Confederação Brasileira de Atletismo (CBA), (2009), a
prática do atletismo é um tanto tão antiga quanto o próprio ser humano. Nisso,
o homem já corria, pulava obstáculos e arremessava objetos, há algum tempo
antes de produzir suas flechas, de descobrir a montar em cavalo e de nadar.
Dessa forma, por representar movimentos pertencentes do ser humano, o
atletismo é chamado de esporte-base (SARA, 2007).
Em seu modelo moderno, o programa olímpico do atletismo mostra
provas de pista (corridas rasas, corridas com barreiras e corridas com
obstáculos), de campo (saltos, arremesso e lançamentos) e provas
combinadas (decatlo e heptatlo). Também fazem parte do atletismo provas de
cross country e marcha atlética as corridas de estrada, montanha e corridas de
rua (SARA, 2007).
Resistência (Sprint): É a capacidade de resistência a fadiga nos esforços
de excitação máxima e a frequência de movimentos máximos (VENTURA,
2003).
A corrida de rua pode ser apontada como categoria cíclica, isto é,
modalidade onde há recorrência progressiva da estrutura biomecânica do
movimento. Seu sistema de competição é individual, onde os resultados dos
competidores são determinados por meio da medição do tempo necessário
para completar o percurso (PLATONOV, 2004). As distâncias padrão para
homens e mulheres serão de 10km, 15km, 20km, Meia Maratona, 25km, 30km,
Maratona (42.195m), 100km e Revezamento em Rua (SARA, 2007).
As corridas de rua, de acordo com Mikahil; Salgado (2006) surgiu e
popularizou na Inglaterra durante o século XVIII. Seguidamente, expandiram-se
para o resto da Europa e Estados Unidos. Logo após a metade do século XIX,
por volta de 1970, a prática de corridas de rua aumentou bastante com o
chamado “Jogging Boom” baseada na teoria do médico norte-americano
Kenneth Cooper, que pregava a prática de corridas como fator de melhoria da
saúde da população (SARA, 2007).
Acredita-se que a propagação da corrida de rua deve-se a
particularidades como: ser acessível a toda população, necessitar baixo custo
para os organizadores, assim como para o treinamento e a participação,
17
caracterizando-se como uma atividade física popular ou de massa (ROTHIG,
1983 apud WEINECK, 1991).
Não é correto correr com a boca fechada, portanto, iniciando a corrida
pode se inspirar pelo nariz e expirar pela boca. Depois de certo tempo pode se
30inspirar e expirar pela boca. Na corrida a inspiração é semi-passiva e a
expiração é ativa, contudo não deve forçar a entrada do ar, isto se efetua
normalmente, e sem forçar a sua saída. Existe um padrão respiratório que
combinado com o ritmo de corrida da cadência respiratória, o mais utilizado é o
2-2 (duas inspirações e duas expirações) (VENTURA, 2003).
1.1 Benefícios da corrida
Os benefícios da corrida são, ao mesmo, tempo físicos e mentais. O seu
sistema cardiovascular melhorará do mesmo modo que seu estado geral. Os
benefícios que obterá estarão relacionados ao tempo que dedicará
ao exercício, é claro, assim como o tempo durante o qual se mantenha em
seu ritmo cardíaco ideal. Recorde, entretanto, que se em qualquer nível do
programa se sentir sem fôlego, ou experimentar tontura, vertigens, náusea ou
dor torácica, interrompa imediatamente os exercícios e informe o seu médico
(SARA, 2007).
Tanto o treinador como o atleta deve compreender que, no começo do
treinamento, o volume de sangue do esportista aumenta em até 20%. Vale
dizer que o volume habitual é de 5 litros, pelo efeito do treinamento por um
espaço de tempo, o volume aumentará a 6 litros (MARTINS, 2009).
Devido a isto, o sangue tende a diluir-se porque a produção de
hemoglobina e hemácias não aumenta na mesma proporção que o volume de
sangue. Já no mês que começou o treinamento a medula espinhal (a produtora
de glóbulos vermelhos) recebe os estímulos nervosos do cérebro para produzir
mais glóbulos. Este processo dura aproximadamente dois meses para
completar proporcionalmente a quantidade de glóbulos vermelhos e os seis
litros de sangue. Neste tempo, o atleta é muito suscetível à fadiga, lesões e
enfermidades, e não melhorará seu rendimento. Tenha paciência, são só três
meses (MARTINS, 2009).
18
A diluição sanguínea básica é o único estímulo que excita a produção
dos glóbulos vermelhos, portanto uma redução na concentração de glóbulos
vermelhos deve ser considerada normal em um programa de treinamento.
Ademais, o fenômeno serve de indicador, se a contagem de glóbulos
vermelhos baixa de 10%, significa que o programa tem sido demasiadamente
severo. Durante as análises de sangue, deve prestar atenção também na
contagem de células e o cinófilas; uma forte queda na concentração destas
células sanguíneas brancas indicará um programa de treinamento
demasiadamente exigente (MARTINS, 2009).
Também, uma concentração muito superior à quantidade normalmente
será indício de infecção. No transcurso das três a quatro semanas necessárias
para alcançar o equilíbrio do plasma das células sanguíneas, o exercício
contínuo em corridas regulares sobre distâncias progressivamente maiores
("overdistance") deverá ser o principal método de treinamento. Um treinamento
mais exigente em um programa de intensidade progressiva poderia causar
problemas físicos e emocionais ao corredor (MARTINS, 2009).
1.2 Conceitos básicos de treinamento para corredores
Para alcançar sua capacidade de resistência como corredor de longa
distância, o sujeito precisa abranger uma variedade de técnicas, incluindo base
de resistência, limiar anaeróbico, velocidade básica e técnica.
(DANTAS, 1995).
Seu corpo se adapta ao estresse do treinamento, porém esse processo
leva tempo. Adaptações fisiológicas ocorrem ao seu próprio tempo, e isso não
vai acontecer da noite para o dia. (DANTAS, 1995).
Adaptações nos seus músculos acontecem durante meses e anos.
Embora você possa ter escapado de um aumento rápido do treinamento para
completar a maratona, agora precisa pensar em longo prazo. A quantidade
mínima de tempo para começar experimentar as melhoras do treinamento é de
em volta de seis semanas no mínimo. (DANTAS, 1995).
Segundo Bompa (2001), o treinamento de força deve basear-se nas
necessidades fisiologias especificas de cada modalidade esportiva e ter como
resultado o desenvolvimento da força ou resistência muscular.
19
Sua carga de treinamento é a combinação da distância, intensidade e
número de treinos por semana. O organismo somente pode adaptar-se a
elevações moderadas na carga de treinamento em um curto período de tempo.
Você pode aumentar seu volume de treinamento em alguns anos, porém muita
elevação da quilometragem de uma vez só é quase certo que acontecera
lesões por stress (DANTAS, 1995).
Com esse programa de treinamento, treinar forte será de extrema
importância. Porém, seu corpo somente pode tolerar uma quantidade limitada
de treinos fortes e irá melhorar rapidamente se você se recuperar totalmente
(DANTAS, 1995).
Quando você treina forte dá o estímulo para seu condicionamento
aumentar, mas quando se recupera permite ao seu corpo adaptar-se
positivamente e melhorar. O padrão clássico de treinamento é a alternância
entre dias duros e dias fáceis ou de descanso. Você pode fazer dois treinos
fortes em sequência, mas tem de seguir isso com dois ou mais dias de
recuperação. A falha em seguir essa regra é um caminho muito usado para
levar a lesões e over training. (DANTAS, 1995).
Há alguns métodos de treinamento de corrida, o método contínuo se
define pela execução de exercícios sem pausas para a reabilitação, é
executado a uma intensidade sub-máxima do VO2máx, em um tempo maior a
20 segundos. Este método indica volume e duração das cargas longas, visando
às adequações desejadas nas modalidades com predomínio aeróbico
(WEINECK, 2003).
Após a sequência no tempo, pode-se utilizar certas quilometragens a
percorrer e avançar nas distancias, mas nunca deixar de lado as outras
atividades, já que a corrida é a parte vital do treino, mas não a única. Para um
principiante a formação deve ser multilateral-trabalho generalizado
(BARBANTI, 1997).
Uma desvantagem desse treinamento que é extenso e pouco intenso
consiste no fato de que o atleta não encontraria em posição de realizar tarefas
de alta intensidade (WEINECK, 2003).
Weineck (2003) recomenda que este método seja executado dentro da
faixa de limiar aeróbio, com duração máxima de 45 a 60 minutos para atletas
experientes e 15 a 30 minutos para atletas amadores, pois levam à redução
20
dos estoques de glicogênio (Método de Duração Intensiva). O Método de
Duração Intensiva é executado dentro do limiar anaeróbio, ou seja, sob uma
concentração de lactato 4mmol/l.
Billat (2001) estabeleceu o treinamento intervalado como envolvendo
estímulos curtos ou longos na máxima intensidade, igual ou maior ao nível
estável de lactato sanguíneo (MLSS), interpolado por etapas de pausa para
reabilitação (exercícios leves ou repouso). Neste tipo de exercício, como
existem alterações nos tempos de exercício (10 segundos a 4 minutos), as
concentrações de lactato em resposta ao exercício são também bastante
inconstantes (SHEPHARD, ASTRAND, 1992).
Quando diversos estímulos trabalham várias vezes sobre os sistemas
circulatórios, nervoso e muscular, as qualidades físicas básicas, força,
velocidade e resistência, são melhoradas aceleradamente do que quando se
emprega impulsos sempre iguais. Por isso o treinamento intervalado influência
melhor o complexo progressão da força, da velocidade, da resistência e suas
combinações. O conceito de trabalho intervalado equivale a alternância entre
esforço e reabilitação (BARBANTI, 1997).
Os treinamentos intervalados com predomínio aeróbio são
indispensáveis para a evolução da capacidade aeróbia essencialmente na
otimização da oxidação dos ácidos graxos (aumento da atividade das enzimas
piruvato desidrogenase e na β – oxidação), pois ao longo do estímulo as
concentrações de citrato e lactato podem inibir a glicogenólise fazendo com
que amplie a oxidação de ácidos graxos (STICH, 2000) com maiores níveis de
ATP, PCr e citrato no final do período de reabilitação, o que poderia reduzir a
colaboração da glicólise nos primeiros momentos após a pausa (BILLAT,
2001).
O método de repetição, como o próprio nome diz, repetições de um
percurso (curto, médio ou longo), permanentemente com a mesma intensidade
nos impulsos, intercalado por um espaço de reabilitação ótima, com uma
velocidade cada vez maior. Não se podem estabelecer regras para definir a
pausa ideal, uma vez que essa necessita da carga empregada. Contudo, deve
ser suficiente para o retorno das condições metabólicas iniciais de
desempenho (WEINECK, 2003).
21
Por causa da alta intensidade as repetições são menores, isto é, de 3 a
6 repetições por série. É notório que o princípio da “pausa vantajosa” não pode
aqui ser mais considerado, sendo uma recuperação mais longa. Nas corridas
as pausas têm duração de 3 a 15 min, e nos exercícios de força de 3 a 5 min,
que podem ser preenchidas trotando ou andando com exercícios de
relaxamento. No método do trabalho de repetições se objetiva o progresso das
sequentes qualidades físicas: velocidade, força máxima, força rápida
(potência), resistência de velocidade. (BARBANTI, 1997).
O propósito principal desta metodologia é o desenvolvimento da
mobilização energética determinada pelo treinador, de acordo com o volume e
a intensidade utilizada, tendo como razão a supercompensação dos estoques
energéticos. Deste modo, estímulos curtos (até 10 21 segundos) e intensos
auxiliam a mobilização e desenvolvimento do metabolismo anaeróbio alático.
Já estímulos de 20 a 60 segundos as adaptações acontecem principalmente no
metabolismo anaeróbio lático. Estímulos em volta de 2 minutos desenvolvem o
metabolismo aeróbio (WEINECK, 2003). Deste modo, o Método de Repetição
parece ser considerável no desenvolvimento da resistência específica,
regulando os sistemas cardiovascular, respiratório e metabólico (WEINECK,
2003).
2 FADIGA MUSCULAR
A fadiga muscular é um sistema de defesa reversível que pode se
hospedar em nosso organismo, em reação a pratica de exercícios físicos
exaustivos. Age de maneira redutora sobre as habilidades de desempenho
físico e psicológico, limitando temporalmente a capacidade de produção de
força. Esse mecanismo tem como objetivo manter a integridade do sistema
neuromuscular e a homeostasia orgânica (WEINECK,1991)
Pode-se referir à fadiga muscular a motivos centrais e periféricos,
organizados em fadiga central e fadiga periférica. A fadiga central está
associada com a sensação de cansaço, redução da motivação, do raciocínio e
da atenção, crescimento de distúrbios da coordenação motora periférica, baixa
na função de estruturas nervosas centrais, danos na transmissão de impulsos
elétricos na medula espinhal aos nervos motores e danos no recrutamento de
22
neurônios motores. A fadiga central é responsável por uma diminuição da
capacidade de realização de movimentos coordenados essenciais,
semelhantemente ao estado anterior a fadiga (WEINECK, 1991).
Da mesma maneira, a fadiga periférica leva a prejuízos sobre a
coordenação da atividade motora, esses danos estão relacionados aos
mecanismos que acontecem na unidade motora e na celular muscular
(WEINECK, 1991).
As causas periféricas da fadiga abrangem: perdas no desempenho da
função dos nervos periféricos, na transmissão da junção neuromuscular; na
atividade elétrica das fibras musculares e nos processos de ativação no interior
dessas fibras. A fadiga periférica pode se consolidar dois sítios principais: na
junção neuromuscular e na membrana da fibra muscular (sarcolema) (GIBSON;
EDWARDS, 1985)
Vários estudos têm constatado que a etiologia da fadiga muscular
depende da intensidade, vigor e duração do exercício físico, também das
circunstancias ambientais onde a atividade física é praticada. Além de que, tem
merecido relevância na pesquisa cientifica, alguns outros fatores indutores da
fadiga, por exemplo: acidose lática, alterações na glicemia, alterações no fluxo
sanguíneo, acumulo de metabólicos, alterações nas concentrações
intracelulares e extracelulares de potássio e depleção dos estoques de
glicogênio. Podemos achar na literatura evidencias que o treinamento físico
aeróbio bem acompanhado, assim como a dieta nutricional apropriada, é
competente para promover o adiamento da fixação da fadiga (FITTS, 1992).
Exercício físico leves ou moderados (força entre 40% a 60% do %1RM
individual, como uma caminhada na esteira normal) representa uma forma de
conseguir um maior relaxamento muscular, diminuindo a tensão (NAHAS,
2001).
Contudo a fadiga deve ser evitada e controlada por uma intensidade
planejada, volume e carga, adequando a cada pessoa, pode-se tomar diversas
medidas, como médico-biológica, pedagógicas e psicológicas. Estas medicas
contribuem para melhorar na capacidade de recuperação pós exercício, no
entanto, a associação da mesma faz o efeito mais eficaz (WEINECK, 1999).
2.1 Fadiga e lesão muscular
23
(GUEZENNEC et al., 1998) realizou um estudo fundamentado nas
diferenças entre fadiga e dor muscular, onde ele observou o acontecimento de
dois tipos de dor no músculo treinado.
Primeiro ocorre durante as contrações musculares e esta profundamente
relacionada a fadiga. Segundo ocorre normalmente acontece após a pratica do
trabalho, prosseguindo por um longo período de tempo.
O acontecimento do primeiro tipo de dor tende-se possivelmente a
presença dos metabólicos na musculatura, sendo revertido rapidamente depois
do termino do exercício.
O segundo tipo está ligado ao acontecimento de uma série de
contrações excêntricas rítmicas, que depende profundamente de força e
velocidade utilizadas na atividade muscular. Imagina-se que este tipo de dor
seja consequente da lesão muscular propriamente dita. Assim como a fadiga,
funciona de modo redutor sobre a produção de força, afetando por sua vez, o
desempenho muscular.
Armstrong et al., (1983); Friden; Lieber (1992), puderam identificar que o
processo lesivo auxilia pra diminuir a potência muscular e a capacidade da
pratica de atividades físicas, levando assim a sensação de fadiga e
posteriormente, a inaptidão para continuar com o exercício.
Jackson et al., (1984) declaram que a ativação da enzima fosfolipase
"A"- entendida como um agente responsável da lesão – consequente do
aumento na concentração de Ca2+, provocado pelas práticas de atividades
físicas de alta intensidade, leva a degradação de organelas celulares, como o
sarcolema e outras estruturas internas a membrana.
2.2 Sintomas de fadiga.
Os sintomas que possivelmente pode ser de natureza subjetiva e
objetiva da fadiga:
Diminuição da força de vontade, perda de produtividade em atividades
físicas e mentais, diminuição da atenção, lentidão, sonolência, lassidão, falta
de disposição para o trabalho e amortecimento das percepções.
24
3 CAPACIDADES FÍSICAS
Capacidade física é determinada como toda característica treinável em
um indivíduo, são todas as capacidades físicas motoras suscetíveis de
treinamento comum (BARBANTI, 1997).
São classificadas em condicionais e coordenativas. A primeira são as aptidões
estabelecidas pelos procedimentos energéticos e metabólicos – ganho e
modificação da energia. Por isso, são conservadas pela energia disponível nos
músculos e pelos mecanismos que ajustam a distribuição – caráter quantitativo
(BARBANTI, 1997).
As coordenativas são especialmente estabelecidas pelo processo de
organização, controle e ordenação do movimento. Estas são conservadas pela
capacidade de criação das informações por parte dos observadores envolvidos
na formação e execução do movimento – caráter qualitativo (BARBANTI,
1997).
3.1 Força
Habilidade que concede um músculo ou grupo de músculos gerarem
uma tensão e vencer ou equilibrar-se a uma ação ou resistência na conduta de
empurrar, elevar ou deslocar. O progresso da força pode ser geral, quando
tendemos a evolução de todos os conjuntos musculares, ou especifica, quando
tendemos a evolução de um ou vários conjuntos musculares pertencentes do
gesto de cada modalidade. (GORGATTI; BÖHME, 2003).
3.2 Flexibilidade
A flexibilidade é a qualidade física utilizada pelo maior número de
desportos com certeza. Pode ser definida como a qualidade física responsável
pela execução voluntária de amplitude angular máxima, por uma articulação ou
conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem o risco de
provocar lesões musculares ou articulares (DANTAS, 2003).
Pode ser visível pela amplitude dos movimentos das diversas partes do
corpo, assim, a flexibilidade geral baseia-se na amplitude normal de alternância
25
das articulações, principalmente nas articulações do ombro e coluna vertebral,
já a especifica baseia-se na amplitude necessária para a prática de
movimentos específicos de cada modalidade, sendo que no vocabulário
esportivo, a palavra flexibilidade entende-se pela quantidade ou o quanto é
flexível, a vivacidade, capacidade de elasticidade, a facilidade de ser
manejada, a agilidade, condizendo com adaptações psicológicas (BARBANTI,
2001).
As lesões durante movimentos de alongamento podem ser ocorridas
conforme um membro é forçado além de sua capacidade angular de utilização
normal. Portanto, um aumento da flexibilidade diminuirá este risco em
praticantes de modalidades esportivas (DANTAS, 2003).
3.3 Resistência
Resistencia pode ser definida como capacidade de gerar esforço
contínuo durante um longo tempo. A resistência aeróbica possibilita preservar
por um determinado período os esforços físicos de baixa ou média intensidade.
A resistência muscular é a capacidade própria de efetuar num maior tempo
possível contração muscular frente à uma resistência (BARBANTI, 1997).
3.4 Velocidade
Característica física própria do músculo e das coordenações
neuromusculares, que possibilita de uma sucessão rápida de gestos, que em
sua progressão constitui uma única ação, de volume máximo e duração rápida
ou muito rápida. A velocidade de reação é a agilidade com qual um indivíduo é
capaz de corresponder a um estimulo (visual, auditivo ou tátil). Tempo
solicitado para ser iniciada a resposta de um estimulo recebido (PLATONOV,
2008).
3.5 Equilíbrio
Habilidade para reconhecer e sustentar qualquer posição do corpo
contra a força da gravidade. O equilíbrio estático é alcançado em determinada
26
posição, sem algum movimento, o equilíbrio dinâmico é alcançado durante o
movimento e por último o equilíbrio recuperado que esclarece a recuperação
do equilíbrio depois do corpo estar em movimento (BARBANTI, 1997)
3.6 Coordenação
Capacidade de praticar movimentos complexos de modo adequado,
para que possam ser executados com o mínimo de esforço. Fundamenta-se de
uma atividade psicomotora importante em todas as capacidades desportiva,
necessitando ser trabalhada em todos os programas de Educação Física desde
os primeiros níveis. A recorrência de movimentos combinados melhora
gradativamente a coordenação (BARBANTI, 1997).
3.7 Agilidade
Capacidade de mover o corpo no espaço. Habilidade do corpo inteiro, ou
de um segmento, realizar um movimento, mudando de direção, preciso e
rapidamente. Necessita de uma conjunção de várias qualidades físicas, que
podem ser melhoradas com o treinamento (GORGATTI; BÖHME, 2003)
3.8 Ritmo
É a organização dos movimentos, sucessões de movimentos repetidos
várias vezes de forma equilibrada e com harmonia (BARBANTI, 1997).
3.9 Potência muscular
Segundo Weineck (1989), potência muscular é a combinação entre a
força e a velocidade; quanto maior a força ou a velocidade de
execução, maior será a potência gerada.
Para Weineck (2003) e Platonov (2004), o treinamento de potência
muscular é específico para a finalidade de aumento da capacidade de força
específica para o esporte, sem alteração do peso corporal, uma vez que
27
aumenta a ativação neural, aperfeiçoa a capacidade de produção, a
habilidade de remoção e a capacidade de sustentar trabalhos intensos por
períodos prolongados em acidose, sem diminuir o desempenho, além de
aumentar a tolerância à dor causada pela acidose no músculo.
Por potência muscular, “entende-se aquela força que vem expressa por
uma ação de contração a mais rápida possível, como se fosse uma ‘explosão’,
para transferir a sobrecarga a ser vencida, a maior velocidade possível,
partindo de uma situação de imobilidade do segmento propulsivo” (BARBANTI,
2002, p. 19).
A capacidade de produzir a força explosiva (potência muscular) é
influenciada por inúmeros fatores, dentre os quais destacamos: a morfologia do
tecido (comprimento e tipo de fibra, principalmente a do tipo ii) e as
p rop r iedades de ativação neuromuscular - recrutamento de unidades
motoras. (BARBANTI, 2002).
3.10 Força muscular
Segundo Weinck (1999), força é uma definição precisa de força levando
em conta seus aspectos físicos e psíquicos representa uma grande dificuldade,
uma vez que o tipo de força, o trabalho muscular, os diferentes caracteres da
tensão muscular são influenciados por vários fatores.
De acordo com Schimidtbleicher (1997 apud CHAGAS; CAMPOS; MENZES.
2001) a força aponta duas formas de exibição: força rápida, definida como a
capacidade do sistema neuromuscular de produzir o maior impulso possível no
tempo disponível; e resistência de força, definida como a “capacidade do
sistema neuromuscular produzir o maior somatório de impulsos possível sob
condições metabólicas dominantemente anaeróbias e condições de fadiga.”
(FRICK, 1993 apud CHAGAS; CAMPOS; MENZES. 2001). A força rápida
possui três partes: força de partida, força explosiva e força máxima. A força de
partida caracteriza a capacidade do sistema neuromuscular de produzir no
início da contração a maior força possível (SCHMIDTBLEICHER, 1984 apud
CHAGAS; CAMPOS; MENZES. 2001). Segundo Chagas (2001) a força de
partida mostra baixa correlação com os demais componentes da força rápida.
A força explosiva é identificada pela maior elevação da força por unidade de
28
tempo; e a força máxima, como ao maior valor de força alcançado por meio de
uma contração voluntária máxima contra uma resistência invencível
(SCHIMIDTHBLEICHER, 1997 apud CHAGAS; CAMPOS; MENZES. 2001). A
resistência de força possui a componente capacidade de resistência a fadiga
que é caracterizada pela possibilidade de manutenção do nível de impulsos
durante um determinado tempo. Os itens da força rápida estão inter-
relacionados e também exercem influência na manifestação resistência de
força.
3.10.1 Força rápida
Força máxima (Fmáx) é o valor mais alto de força que o sistema
neuromuscular é capaz de produzir forças, independentemente do fator tempo.
Logo que força é considerada pelo fator tempo, então inicia o método de força
rápida (Frap). Quando o assunto é atividades desportivas não depende tanto
de elevadas expressões de força, mas grande parte desta se produz com
rapidez. Isto é verídico não é somente em saltos, corrida e remates, contudo
em diversas situações com aceleração e/ ou mudança de direções com
velocidade, sendo que acontece na maioria de eventos desportivos (STEVEN,
2008)
Estimular fisiologicamente direcionado para o músculo como resultado
do treinamento de força e de resistência é divergente em natureza e tem sido
comprovados que são estímulos antagônicos para o ganhar força muscular
(KRAEMER; HÄKKINEN, 2004).
3.10.2 Força de resistência
Segundo Weineck (1999), é a musculatura ser capaz de resistir por
longo prazo a fadiga muscular, sendo assim uma Força de resistência.
3.10.3 Força isométrica
Segundo Fleck (2008), força isométrica há ausência de movimento e
ainda contendo contração muscular.
29
3.10.4 Força isocinética
Força por meio do aparelho “Dinamômetro Isocinêtico”, sendo testada a
força máxima e a submáxima, diante da resistência provocada pelo aparelho
(KRAEMER; HÄKKINEN, 2004).
3.10.5 Força máxima
Segundo Weineck (2003), é o esforço muscular que o sistema
neuromuscular pode produzir em uma contração máxima. Também contém a
força absoluta, sendo soma da força reserva e força máxima que é utilizadas
em situações extremas. (Hipnose, risco de vida, etc).
3.10.6 Força concêntrica
Concêntrico vem do latim com-centrum, que significa centro comum,
refere-se a contração na qual o músculo encurta-se diminuindo seu
comprimento. A contração concêntrica só é possível quando a resistência é
menor do que a força excêntrico (FLECK; SIMÃO, 2008).
3.10.7 Força excêntrica
Do latim eccentricus, significando fora do centro, essa contração que
tem ação inversa á ação concêntrica, contrações excêntricos fazem o músculo
esquelético retornem ao seu comprimento normal, ou seja alonga as fibras
musculares (FLECK; SIMÃO, 2008).
3.11 Fibras de contração lenta
Fibras com capacidade de adquirir energia para ressíntetisar ATP
principalmente pelo sistema aeróbio de transferência energética, é
caracterizada por atividades lentas da miosina ATPase, capacidade reduzida
de manipulação do cálcio e velocidade de encurtamento lenta, capacidade
30
glicolítica menos desenvolvida que as fibras de contração rápida, mitocôndrias
muito grandes. (MCARDLE et al., 2003).
Figura 1: Filamentos de actina e miosina
Fonte: Mcardle, et al. 2008 p,102.
3.11.1 Fibras de contração rápida
É denominada por alta capacidade para a transmissão eletroquímica dos
potenciais de ação, alta atividade de miosina ATPase, liberação e captação
rápidas de cálcio pelo retículo sarcoplasmático, alta taxa de renovação das
pontes cruzadas, esses fatores irão gerar mais energia para as contrações,
conforme a figura abaixo. (MCARDLE et al., 2003).
3.12 Treinamento de Membros Inferiores
Para Faigenbaum; Westcott (2001), na maioria dos esportes as corridas
e saltos são bastante usados, então é muito importante que no programa de
31
condicionamento deve estar no treinamento de fortalecimento os exercícios
quem incluem os quadríceps, os isquiotibiais e os glúteos. Um programa de
treinamento com pesos livres é efetivo para esses grupos musculares. Os
mesmos músculos também podem ser trabalhados simultaneamente ou
separados por uso de aparelhos específicos para o exercício.
3.13 Métodos de treinamento
Diversas ferramentas com muitos estímulos, para melhorar a qualidade
do treinamento ou aumento de quebra da célula muscular. Este processo faz
que o treinamento tenha altos rendimentos e em níveis para atleta, sendo que
há um progresso individual para cada participante de corrida, contudo, qualquer
amador ou profissional, tem que haver uma periodização com alguma destas
ferramentas para evoluir dentro de um período determinado para uma
competição ou objetivo pessoal.
3.13.1 Método pirâmide
No método pirâmide crescente é utilizado de cargas tanto leves como
pesadas assim trabalhando como uma preparação para cargas mais altas. No
método de pirâmide decrescente é conhecido pela diminuição de carga devido
a necessidade de fontes energéticas quando o intervalo entre series para
recuperação é usado. Assim, a redução de cargas é muito importante para
contornar a fadiga. Um estudo recente Willardson et al. (2006) sugerem que a
diminuição de aproximadamente 10% da carga de uma série para outra podem
resultar na manutenção do pó número de repetições durante a progressão das
séries nos exercícios agachamento, supino e puxada, quando utilizadas cargas
de 10 repetições máximas (10RM) e intervalos entre as séries de um minuto.
(MCARDLE apud KATCH, 1992)
3.13.2 Sistema de dropsets
Esse método tem como princípio a realização de um exercício até atingir
a falha muscular concêntrica, a redução de carga após a falha e a continuidade
32
do exercício até nova falha. Em exercícios de alta intensidade ocorre uma
pequena queda na ativação de unidades motoras até chegar a um ponto que a
ativação das fibras fica insuficiente para continuar o movimento. Como no
método pirâmide decrescente, a diminuição de cargas tem como resultado
contornar a fadiga, mantendo o trabalho numa intensidade em um tempo maior.
(RODRIGUES; CARNAVAL, 1985).
3.13.3 Super série
Esse sistema pode ser utilizado de duas formas, um método usa series
de dois exercícios para grupos musculares antagonistas e agonistas, já o outro
trabalha na realização de doía ou três exercícios para o mesmo grupo de
músculos ou parte do corpo. O método agonista-antagonista tem como objetivo
a ativação dos músculos antagonistas, assim realizando uma estabilidade
articular chamado de co-contração com a continuação da atividade na
musculatura oposta, quando a ativação da musculatura agonista é feita com a
fadiga do antagonista acontece um aumento no desempenho para produzir
força e potência no movimento seguinte (MCMORRIS; ELKINS, 1954).
3.13.4 Método de pré-exaustão
Nesse método consiste na pratica de um exercício monoarticular antes
de um exercício pluriarticular em um mesmo grupo de músculos. Outra
explicação sobre esse método seria algum aumento da ativação muscular de
um musculo motor primário por causa da fadiga de outro motor primário.
Alguns estudos mostram que o trabalho muscular é menor no método pré-
exaustão se comparado a forma tradicional, sendo assim a única indicação
para esse método é a realização de uma melhor forma de trabalho e a ativação
do musculo no exercício monoarticular, se esse for feito primeiro, pode também
ser usado como estratégia, se em algum exercício o objetivo for melhorar o
volume de carga. As vantagens desse método continuam especulativas, ainda
assim esse método pode ser de grande vantagem no desenvolvimento
funcional de força e potência em condições de fadigas (MCMORRIS; ELKINS,
1954).
33
3.13.5 Treinamento pliométrico
Os movimentos pliométricos compõem uma das estratégias mais
eficazes para trabalhar força e, principalmente, potência muscular. São mais
conhecidos pelo uso de saltos contínuos, mas trata-se de todo exercício que
usa a mudança rápida de direção diante de uma carga. Por exemplo: um salto
é amortecido por um pequeno agachamento (flexão de joelhos) e rapidamente
há a extensão dos joelhos e quadris, gerando força para o próximo salto. O
objetivo dos exercícios pliométricos é aumentar a excitabilidade do sistema
nervoso para melhorar a capacidade reativa do sistema neuromuscular
(WEINECK, 1999).
O princípio consiste em usar a energia armazenada no músculo durante
a contração excêntrica – aquela que breca o movimento e amortece a carga –
para aumentar a força gerada durante o gesto esportivo. “O treinamento
pliométrico obriga o atleta a fazer uma dinâmica negativa ou positiva, seja
saindo de um plano elevado para descer, ou o contrário”, explica Paulo Correia,
mestre em fisiologia do exercício. Na corrida, o ganho é notável: mais
velocidade com menor gasto de energia (WEINECK, 1999).
Os exercícios precisam estar encaixados na agenda de treinos, mas não
podem ser feitos todos os dias. Maurício Garcia, coordenador de fisioterapia e
gestor do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte,
indica um período de seis semanas de baixa intensidade até que o corpo se
adapte. Quanto mais intensidade, menor deve ser a frequência. Alguns
treinadores utilizam os pliométricos somente duas vezes por mês. Correia
ressalta que um corredor poderá realizar pliométricos quando tiver bom preparo
físico: Essa é a parte mais avançada de um treino e trabalha potência ao
recrutar mais unidades motoras para suportar o impacto (WEINECK, 1999).
3.13.6 Influência do treinamento de força na composição corporal
Nas academias a maior parte das pessoas buscam seus objetivos
estéticos. Abrindo a maneira de pensar, a composição corporal não está
diretamente ligada à perda de gordura e mudança da aparência corporal
34
(ganho de volume muscular) ou ambos. Para muitos, percentuais muito baixos
é saudável e isto não é verdade. Portanto, o treinamento de força não
influência somente na composição corporal e sim também em resultados de
treinamento em atletas.
Frente ao estudo pode considerar que o benefício mais evidenciado do
treinamento de força seja aumentar a força muscular, é sim uma técnica de
treinamento decisiva para atletas melhorar seu rendimento (BOMPA, 2004).
Tabela 1 Proporção de fibras tipo II em atletas com atividades anaeróbicas
Tipo de atletas Fibras tipo II
Corredores e Saltadores 63%
Corredores de 800m 52%
Fonte: Ventura, C. 2003
4 O EXPERIMENTO
4.1 Casuística e métodos
Todos os participantes receberam e assinaram um termo de
consentimento para a realização dos testes.
Todos os voluntários receberam a Carta de Informação da Pesquisa,
além de receberem pessoalmente explicação sobre o procedimento da mesma.
Em seguida assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
4.2 Condições Ambientais
Local de treino totalmente ventilado com ventiladores espalhados pela
academia, sala iluminada com músicas. O teste de velocidade foi realizada ao
ar livre com a temperatura em torno de 25 º C e tempo nublado.
4.3 Amostra
35
Participaram da pesquisa quatro sujeitos sendo dois do gênero
masculino e dois do gênero feminino, com 44,5 ±7,97 anos de idade,
praticantes de corrida por no mínimo 15 anos, sem patologias diagnosticadas.
4.4 Protocolo
A presente pesquisa contou com os protocolos descritos abaixo, sendo
um conjunto de métodos avaliativos para transformar a pesquisa mais fidedigna
quando comparado a indivíduos, pois os teste de força e o teste de velocidade
exige máximo esforço muscular.
4.4.1 Teste de força
Para obtenção da carga de treinamento neste estudo, foi utilizado o teste
de força submáximo proposto por Brzycki (1993), no qual a exaustão deveria
ser atingida entre 6 a 10 repetições, o qual foi usada a seguinte forma para
determinar o valor de carga para 1RM:
% 1-RM = 100 * carga / (102.78 – 2.78 * reps)
Os indivíduos realizaram aquecimento no aparelho com uma carga
moderada que estavam habituados a fazerem antes de suas sessões de
treinamento. Quando a fadiga não ocorria entre 6 e 10 repetições, os
voluntários recuperavam entre 3 a 5 minutos antes de uma nova tentativa.
Os testes de força foram realizados nos seguintes exercícios: leg press,
cadeira extensora, hack medice, mesa flexora.
4.4.2 Teste de velocidade
Este é um teste máximo, ou seja, deve ser realizado na máxima
velocidade e passar a faixa de chegada também na máxima velocidade; a
posição de saída em afastamento ântero-posterior das pernas e com o pé da
frente o mais próximo possível da faixa. A voz de comando pelas palavras
"Atenção! Já!", sendo acionado o cronômetro no momento que for pronunciado
36
"Já!" e parado no momento em que o avaliado cruzar a faixa de chegada. Caso
ocorra qualquer problema no teste e tenha que ser repetido, haverá um
intervalo mínimo de 5 (cinco) minutos. Será permitida apenas uma tentativa, e
o resultado do teste será o tempo de percurso dos 50 metros com precisão de
centésimo de segundo em média de 3 vezes para pegar o melhor tempo.
(MARINS, 1998; MATSUDO, 2005; PITANGA, 2008).
4.5 Procedimentos
Neste presente estudo foram selecionados os seguintes exercícios:
Salto vertical, agachamento livre, leg press, cadeira extensora, hack medice e
mesa flexora.
O treinamento foi realizado na seguinte ordem, salto horizontal
(pliometria), agachamento livre, leg press, cadeira extensora, hack, e por último
a mesa flexora. A carga adotada em todos os aparelhos foi 60% de uma
repetição máxima (1RM), nos quais foram realizados até a exaustão ou até
comprometer a qualidade da execução. O descanso entre uma série e outra é
de 1 minuto, já a mudança de um exercício para o outro 2 minutos de
descanso.
Foi realizado o teste de força em todos os aparelhos em 2 dias, após
uma semana iniciou testes de velocidade, no qual consistia em 3 tiros de 50
metros para os participante, o primeiro teste foi coleta do antes da sessão de
treinamento de membros inferiores, e outro teste de velocidade de 50 metros
30 minutos após a sessão de treinamento.
4.6 Exercícios realizados
A seguir a descrição de cada exercício realizado no presente estudo.
Os exercícios serão descritos, além de haver figuras para um melhor
entendimento do leitor.
4.6.1 Salto Horizontal
37
Segundo Sara Quenzer (2005) consiste em atingir a máxima distância
num salto em comprimento a pés juntos. Este teste tem como objetivo avaliar a
força explosiva dos membros inferiores.
Figura 2: Salto Horizontal
Fonte: Sara Q., 2005. p, 48.
4.6.2 Agachamento Livre
Figura 3: Agachamento livre
38
Fonte: Delavier, 2002. p, 63.
4.6.3 Leg Press
Figura 4: Leg Press
Fonte: Delavier, 2002. p, 68.
39
Segundo Delavier (2002) com os pés posicionados na parte inferior da
plataforma, o movimento de flexão do joelho será mais intenso e
consequentemente, a ação do músculo do quadríceps femoral será aumentada
em relação aos demais músculos participantes do movimento.
4.6.4 Hack
Segundo Waldemar Guimarães Neto (1999), a técnica de execução
correta do exercício é a seguinte:
Sempre Utilize um equipamento que tenha uma angulação entre 35 e 45
graus. Na fase excêntrica (descida) é necessário controlar o movimento, Na
fase concêntrica, tente se concentrar para que o pico de contração do
quadríceps não seja interrompido pela estabilização dos ombros, sendo que
estes precisam estar devidamente encaixados o tempo todo. Não
hiperestender o joelho no final do movimento, para não entrar em um ponto de
descanso.
Figura 5: Hack
Fonte: Guimarães Neto, 1999, p, 88.
40
4.6.5 Cadeira Extensora
Segundo Evans (2007) para realizar o exercício o executante deve
sentar-se no aparelho e colocar os pés em baixo dos rolos, e estender as
pernas, conseguinte deve abaixar as pernas até a posição inicial, com os
joelhos dobrados em 90°. A musculatura exigida nesse movimento é o
quadríceps que realiza a extensão da perna
Figura 6: Cadeira Extensora
Fonte: EVANS, 2007, p, 122.
4.6.6 Mesa flexora
Figura 7: Mesa Flexora
Fonte: Campos, 2000, p, 74.
41
Segundo Campos (2000) a mesa flexora é um exercício isola os
isquiotibiais, que é formado pelo semitendinoso, semimembranoso e bíceps
femural. É importante salientar que estes são músculos bi articulares e são os
principais responsáveis pelo movimento de flexão do joelho, além da extensão
do quadril e da retroversão da pelve. No caso específico da mesa flexora,
iremos realizar apenas uma flexão de joelho, sem levar em conta os outros
movimentos. Isso faz com que em determinados casos, a mesa flexora não
seja tão efetiva quanto outros movimentos!
4.7 Análise estatística
Para analise estatística foi adotado o teste t student, o nível de
significância adotado foi de p≤ 0,05.
4.8 Resultados
Para a realização deste estudo a amostra experimental foi composta por
4 sujeitos sendo 2 do gênero masculino e os outros dois femininos, média de
46,75 anos. Os sujeitos eram fisicamente ativos com mais de quinze anos de
prática no treinamento de velocidade (corrida), sem quaisquer limitações físicas
ou doenças diagnosticadas, cujo objetivo foi o de demonstrar se ouve a
diminuição do tempo após o treinamento de força para membros inferiores.
Tabela 2: Característica dos sujeitos
Altura Peso Idade
Média 1,64 69,42 46,75
DP 0,07 5,36 7,97
Fonte: elaborada pelos autores, 2017.
A tabela 2 demonstra a média do desvio padrão das
42
características do sujeitos.
Tabela 3: Comparação do tempo nos tiros de 50 metros (segundos)
Pré Pós
Valor de P
Média 9,39 10,07
DP 1,05
1,90
0,24
Fonte: elaborada pelos autores, 2017.
Na tabela 3, os resultados do valor médio do melhor tempo de cada
voluntário pré e pós sessão de treinamento de força para membros inferiores.
4.9 Discussão
O objetivo deste trabalho foi averiguar a resposta no tempo (velocidade)
na corrida de 50 metros após o treinamento de força para membros inferiores,
como exibido na tabela 2, não houve perca significativa no desempenho dos
indivíduos que fizeram o treinamento de força e após 30 minutos realizaram o
teste de velocidade novamente.
Segundo Paavolainen (1999) em um estudo realizado com atletas de
elite, pesquisadores finlandeses apuraram que a substituição de um terço do
treino de corrida por treinos de força explosiva, incluindo o método de choque,
resultava em melhoras no desempenho da corrida de 5 km, enquanto o treino
convencional não alterava os resultados. No estudo, as melhoras foram
altamente relacionadas à maior economia de corrida, maior potência muscular
e menor tempo de contato com o solo durante as passadas.
Segundo Häkkinen et al., (2000), o treinamento de força tem
interferência diretamente no Wtot (Trabalho mecânico total), pois melhora os
níveis de Wmec (Potência muscular) do grupo muscular. No entanto,
resultados do cálculo do Wtot aplicados antes e após a um treino de força,
contudo não estão bem claros na literatura. Acredita-se que com o treinamento
de força, ocorrerá uma otimização da Wmec (Potência mecânica), e
43
posteriormente do Wtot, propiciando um menor consumo metabólico durante a
corrida.
Saunders; L, and Thornhill (2006) selaram que um treinamento
pliométrico de nove semanas proporciona melhoras de até 4% na Economia de
corrida (ECO) de corredores moderadamente treinados quando comparados ao
grupo controle. Os resultados destes estudos explicam e fundamentam a
aplicação do treinamento pliométrico para corredores de rua.
Estudos, expostos por Caetano (2005), mostraram que treinamentos,
semelhantes aos realizados por Gettman et al. (1981), produzem melhores
resultados quando comparados a grupos que praticaram apenas treinamentos
exclusivos de força ou de resistência aeróbica, especialmente quando esta
comparação é feita levando-se em conta a resistência de força, a diminuição do
tempo de exaustão em uma atividade aeróbia e o aumento da velocidade da
corrida de longa duração. Estes benefícios, em relação aos outros métodos,
são mais enfatizados até a décima semana de treinamento, sendo realizado
um tempo de corrida de longa duração pré e analisando na coleta pós termino
do treinamento.
Kraemer et al. (1995) afirmou que a minimização de produção de força
muscular enquanto a corrida ocorreria através da diminuição dos ângulos
articulares dos membros inferiores enquanto o contato do pé com solo. Essa
perca, por sua vez, estaria relacionada com uma menor altura do centro de
massa.
Segundo Kraemer et al. (1995) acreditava-se para o presente trabalho
que as ajustes resultantes do treinamento de força máxima influenciassem no
desempenho biomecânico da corrida, e, como consequência, minimizariam o
custo de energia metabólica para esta atividade. Contudo, a diminuição do
componente metabólico não foi determinado por mudanças na técnica da
corrida, e sim, possivelmente proporcionadas pela otimização dos mecanismos
neurais característicos do treinamento de força máxima. O simples aumento na
conversão de fibras do tipo IIx para fibras do tipo IIa, característico para este
tipo de treinamento, poderia evidenciar a melhora correspondente na
capacidade oxidativa.
Vale ressaltar que o volume e intensidade de cada indivíduo tem um
limite na atividade física. Referindo ao nível de esforço capaz de dedicar na
44
corrida, a quantidade de energia que o corpo produz para o exercício e a
resistência mantida. Este nível é caracterizado individualmente e tende-se
respeitado pelo profissional e também por entes que praticante de atividade
física. O corpo está constantemente adaptando, recuperando e melhorando e
evitando a queda do desempenho. A corrida produz muitos efeitos para tornar
seu corpo uma máquina de correr com mais eficiência. Toda vez que o coração
contrai, o sangue do lado direito é direcionado pelas artérias pulmonares para
os pulmões, onde é oxigenado novamente. No retorno, pela veia pulmonar,
este sangue é mandado para o lado esquerdo do miocárdio, pronto para a
próxima contração, sendo expelido para aorta distribuindo no sistema
ramificado de artérias em todas as partes do corpo (WEINECK, 2003).
O volume de ejeção em repouso de corredores de endurance treinados
pode ser aproximadamente de 200ml – mais de duas vezes daqueles não
treinados, consequência da corrida, muitos atletas possuem frequência
cardíaca de repouso abaixo de 55bpm (WEINECK, 2003).
Segundo Dâmaso 1996, vários estudos estão sendo realizados voltados
para contribuir no combate a prevenção e diminuição da quantidade de
pessoas com excesso de massa corporal, no entanto o aumento do gasto
calórico é essencial. Treinar corrida é um estilo de treinamento com
predominância tanto aeróbio quanto anaeróbio, que parece ter uma visão de
atender ao público de sobrepeso, obviamente em adultos. A corrida é um ótimo
esporte para perder peso ou manter. Os gastos calóricos entre os treinamentos
diversificam muito com relação idade, característica biológica (feminino ou
masculino), composição corporal, duração do treino e a intensidade do mesmo.
Portanto, em média, 30 minutos de corrida numa sessão de treino pode
queimar em cerca de 300 calorias, onde o resultado de perda de peso muito
potencializado quando a corrida contar com um quadro alimentar
acompanhado por um nutricionista (BARBANTI, 2004). Estudo realizado com
objetivo de avaliar a efetividade do treinamento de corrida na redução de
massa corporal nos indivíduos adultos, com natureza bibliográfica, e através de
uma resumo sistemático descritivo e investigativa, utilizando Scielo e Bireme
como banco de dados.
4.10 Conclusão
45
Pela observação dos aspectos analisados não houve resultados
significantes no tempo de velocidade em tiros de 50 metros após o treinamento
de força para membros inferiores. A média do tempo dos corredores foi maior
após o treinamento, mas sem valor estatístico, ou seja, houve uma queda
discreta no desempenho dos corredores.
A seguinte pesquisa conclui-se que treinamento de força não altera o
desempenho na corrida de 50 metros, indicando que a fadiga aguda do
treinamento de força para membros inferiores não é suficiente para queda da
performance.
Fica aqui a sugestão para mais estudos com distâncias maiores para
verificar possíveis influencias da fadiga no desempenho na corrida.
46
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52
APÊNCES
53
APENCE A: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO
(T.C.L.E)
Eu................................................................................................................
......... , portador do RG n° ............................................................,
atualmente com ............. anos, residindo na
...............................................................................................................................
.... , após leitura da CARTA DE INFORMAÇÃO AO
PARTICIPANTE DA PESQUISA, devidamente explicada pela
equipe de pesquisadores Bruno Henrique Teixeira, Bruno Albuquerque
Gabriel Primo e Denis Ferreira do Nascimento,
apresento meu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO em
participar da pesquisa proposta, e concordo com os procedimentos a
serem realizados para alcançar os objetivos da pesquisa.
Concordo também com o uso científico e didático dos dados,
preservando a minha identidade.
Fui informado sobre e tenho acesso a Resolução 466/2012 e, estou
ciente de que todo trabalho realizado torna-se informação confidencial
guardada por força do sigilo profissional e que a qualquer momento, posso
solicitar a minha exclusão da pesquisa.
Ciente do conteúdo, assino o presente termo.
Lins, 20 de Abril de 2017.
............................................................. Assinatura do Participante da Pesquisa
.............................................................
54
Pesquisador Responsável
Endereço: Rua José Ariano Rodrigues, 1600 CENTRO LINS-SP
Telefone: (14) 3533-1989
APENCE B: MODELO CARTA DE INFORMAÇÃO AO PARTICIPANTE DE
PESQUISA
Preencher o presente modelo de carta que deve conter as seguintes
informações referentes ao Projeto de Pesquisa:
1. Objetivos da pesquisa: Verificar os efeitos do desgaste do
treinamento de membros inferiores para melhora das capacidades
físicas de praticantes de treinamento de força e corrida.
2. Informações detalhada e com linguagem clara dos procedimentos
que serão realizados com o participante: Os participantes serão
submetidos a testes de força máxima, onde irão realizar a maior força
possível, Consumo máximo de oxigênio realizado em teste de corrida
(tiros de 50 metros), vão correr o máximo que conseguir com muita
velocidade, teste de potência, irão dar o maior pulo vertical (para
cima) que conseguirem.
Os treinos vão ser realizados com orientação do Orientador de Pesquisa e acompanhados pelos Ajudantes de Pesquisa.
3. Explicar, claramente, os riscos, desconfortos e benefícios da
pesquisa.
Os participantes correm o risco de rompimento muscular e tendões.
Sentirão dores musculares principalmente no início do treinamento.
Estão sujeitos a melhora do condicionamento físico como força,
flexibilidade, potência e resistência.
Faça a leitura atenciosa desta carta e das instruções oferecidas pela
Equipe e/ou pesquisador e, caso concorde com os termos e condições
apresentadas, uma vez que os dados obtidos serão utilizados para
pesquisa e ensino (respeitando sempre sua identidade), você ou seu
representante legal deve assinar o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido e esta Carta de Informação ao Participante da Pesquisa,
ressaltando que você tem total liberdade para solicitar sua exclusão da
pesquisa a qualquer momento, sem ônus ou prejuízo algum.
Por estarem entendidos, assinam o presente termo.
55
Local, ............. de ............... de 20....
Assinatura do Participante da Pesquisa Pesquisador
Responsável