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A HISTÓRIA E OS CONTEXTOS SOCIOCULTURAIS Eixo Políticas e Fundamentos aberta.senad.gov.br

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A HISTÓRIA E OS CONTEXTOS SOCIOCULTURAIS

Eixo Políticas e Fundamentos

aberta.senad.gov.br

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APRESENTAÇÃO

Você sabia que, desde a Pré-História, o ser humano vem usando substâncias que alteram as atividades do sistema nervoso central para se

medicar, ter experiências espirituais ou simplesmente se divertir? Será que esse uso sempre foi visto como ameaça à sociedade ou ao

sujeito? Veremos que os efeitos do uso de drogas, tanto os sociais quanto os subjetivos, são fortemente relacionados a seus contextos

sociais e a controles sociais vigentes, como as leis e os costumes. Neste módulo, traçaremos um panorama histórico a fim de demonstrar

que, longe de ter uma natureza genérica, a droga assume distintos significados em diferentes ocasiões. Você verá, também, como as

políticas de drogas têm servido para reforçar as estruturas socioculturais vigentes.

Todo o conteúdo deste trabalho, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-

CompartilhaIgual 4.0 Internacional. Podem estar disponíveis autorizações adicionais às concedidas no âmbito desta licença em

http://aberta.senad.gov.br/.

AUTORIA

Edward MacRae

http://lattes.cnpq.br/3168537231736605

Doutor em Antropologia pela Universidade de São Paulo. Professor associado do Programa de Pós-

Graduação em Antropologia da Universidade Federal da Bahia e pesquisador associado do Centro de

Estudos e Terapia de Abuso de Drogas. Autor de livros, coletâneas e artigos científicos sobre temas

diversos, como prevenção à aids entre usuários de drogas injetáveis, uso de Cannabis, crack, entre

outros.

A HISTÓRIA E OS CONTEXTOS SOCIOCULTURAIS DO USO DE DROGAS

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A HISTÓRIA E OS CONTEXTOS SOCIOCULTURAIS DO USO DE DROGAS

 

SITUAÇÃO PROBLEMATIZADORA

 https://www.youtube.com/watch?v=kml1lxMcoas

Esse trecho foi extraído do vídeo “Fora de si (https://www.youtube.com/watch?v=dpz7NINplV8)”, episódio da série Não é o que parece,

produzida pelo Canal Futura em conjunto com o Conselho Federal de Psicologia, em 2004. 

A partir desse pequeno excerto, podemos refletir sobre vários aspectos da realidade social, principalmente sobre o modo como

entendemos o mundo. Afinal, o que determina a forma como compreendemos os fenômenos do mundo à nossa volta? O que você pensa

sobre o fenômeno do uso de drogas?

É comum ouvirmos que as drogas estão presentes na sociedade há muitas eras, sendo utilizadas para os mais diversos propósitos. Mas,

afinal, teriam sido elas sempre encaradas da mesma maneira nos diferentes contextos e momentos históricos? Antes de aprofundar seu

estudo no módulo, procure refletir um pouco sobre essas questões.

 

A HISTÓRIA E OS CONTEXTOS SOCIOCULTURAIS  DO USO DE DROGAS

 

O USO DE DROGAS NA HISTÓRIA

Alguns cientistas consideram que tanto os humanos quanto outras espécies tendem a ter um impulso biológico para a intoxicação, sendo

tão importante quanto os impulsos para satisfazer as necessidades de fome, sede e sexo. Dessa forma, vemos que, desde a Pré-História, os

membros das diferentes culturas humanas têm utilizado plantas e algumas substâncias de origem animal com diversas finalidades.

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Saiba Mais

Outras espécies de animais também buscam experiências distintas através do consumo de alimentos e ervas. Leia a reportagem

"Você sabia? Animais usam drogas para fins medicinais e recreativos (http://noticias.terra.com.br/educacao/voce-

sabia/voce-sabia-animais-usam-drogas-para-fins-medicinais-e-

recreativos,1b24a811ee711410VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html)" para conhecer algumas curiosidades sobre esse assunto.

Figura 1: ilustração do consumo de ópio no Vietnã, no começo do século XX. Fonte: Cinarc (2016).

O uso de psicoativos (drogas) era, geralmente, feito de acordo com uma série de princípios, leis, regras de conduta e de rituais religiosos e

profanos que determinavam quem iria consumir a droga, como e com que finalidade. O Santo Daime, por exemplo, é uma manifestação

religiosa surgida no século XX em que, nos seus rituais, era feito o uso de uma bebida chamada ayahuasca, que pode ocasionar diversos

efeitos nos praticantes, como alucinações, aumento da frequência respiratória, entre outros. Ainda sobre o uso psicoativo de substâncias,

era comum haver restrições de idade, gênero e classe social para diferentes substâncias e distintos modos de uso.

Cada cultura desenvolvia as suas regras e seus costumes de acordo com sua forma de entender o mundo e se organizar. O cumprimento

dessas normas era imposto e fiscalizado de maneira formal, segundo leis preestabelecidas, ou informalmente, por meio da pressão e da

vigilância de familiares, vizinhos, sacerdotes, empregadores e outros agentes sociais que os sujeitos consideravam importantes em suas

vidas. Assim, constituíam-se os chamados controles sociais formais e informais.

Outras substâncias estimulantes, como a coca, o guaraná, o mate, o café, o chá, a noz-de-cola, entre outras, foram utilizadas em diferentes

continentes para produzir incrementos de energia e diminuir a fome, sendo consumidas de forma regular. Além disso, o uso de psicoativos

tem sido feito também com propósitos espirituais em diferentes momentos históricos e em várias culturas. 

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Saiba Mais

Você pode aprofundar seus conhecimentos a respeito do uso de psicoativos na obra Drogas e cultura: novas perspectivas (2008),

disponível no site do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos (http://neip.info/livros/). Nesse texto, você

encontra uma reflexão sobre o tema drogas, a partir de uma perspectiva multidisciplinar que enfatiza a importância de se abordar

esse tema não só em seus aspectos farmacológicos e psicológicos mas também os socioculturais. Confira um trecho da obra:

[...] fatores de ordem moral e cultural possuem uma ação determinante na

constituição de padrões reguladores ou estruturantes do consumo de todos os

tipos de ‘drogas’. Escapa-se de uma visão simplista sobre o assunto, destacando

que o tema deve ser abordado preferencialmente de uma perspectiva

multidisciplinar, já que a sua compreensão envolve a consideração de diversos

aspectos, como os farmacológicos, psicológicos e socioculturais. Não se trata,

portanto, de colocar a perspectiva das ciências humanas como a mais relevante,

nem de desconsiderar os riscos e as complexidades bioquímicas do uso dessas

substâncias, mas de abrir mais espaço para esse tipo de reflexão na discussão

sobre as drogas na atualidade (GIL; FERREIRA, 2008, p. 11).

Nos contextos religiosos, costuma-se encontrar regras bastante rígidas a respeito de quem, como e para que se poderia fazer

esse tipo de uso.

Cerca de 15% dos aproximadamente oitocentos diferentes medicamentos egípcios antigos incluíam cervejas ou vinhos em sua

composição. Acreditamos que certas plantas, com efeitos alucinógenos ou visionários, desempenhavam um papel importante nos rituais

de cultos antigos que envolviam estados de consciência alterada ou transes em países como Grécia, Roma e Índia, assim como entre

feiticeiros da Sibéria, de regiões do Norte da Europa e da América indígena.

Durante séculos, o ser humano pôde conviver com essas substâncias de forma bastante tranquila. Embora existam registros muito antigos

sobre problemas relacionados ao abuso de bebidas alcoólicas, não há, efetivamente, menção a problemas relacionados à degradação de

caráter ou a sérios desvios comportamentais atribuídos ao uso de outras drogas, mesmo sendo o ópio tão difundido na Antiguidade.

Na sequência, você pode acompanhar uma breve apresentação do desenvolvimento social, político e cultural do uso de drogas no decorrer

da História.

Conteúdo interativo. Acesse em aberta.senad.gov.br

 

Para conhecer mais informações sobre o posicionamento social em relação às drogas ao longo da História, leia a história em

quadrinhos (http://www.stuartmcmillen.com/comics_pt/guerra-as-drogas/#page-1) do cartunista Stuart McMillen, que

aborda o proibicionismo e seus reflexos sociais.

A HISTÓRIA E OS CONTEXTOS SOCIOCULTURAIS  DO USO DE DROGAS

NO BRASIL: OS VÍCIOS ELEGANTES E O ÓPIO DO POBRE

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 NO BRASIL: OS VÍCIOS ELEGANTES E O ÓPIO DO POBRE

A atribuição de uma série de características negativas às drogas ilícitas e a seus usuários tem tido papel importante na ordenação da

sociedade brasileira com todas as suas desigualdades. Assim, o usuário é geralmente concebido, de maneira estereotipada , como

irresponsável e incapaz de gerir adequadamente a sua vida. Dessa forma, problemas estruturais da sociedade, como a má distribuição de

renda, as deficiências dos sistemas de educação, saúde e segurança pública, não são levados em conta. Logo, formadores de opinião, como

políticos, líderes religiosos, jornalistas e policiais, elegem o “drogado”, ou o “viciado”, como um inimigo imaginário, e o responsabiliza por

todos os problemas que afligem a sociedade.  Medidas repressivas são propostas sob o pretexto de combatê-lo, e ao tráfico que o sustenta;

porém, essas ações servem, basicamente, para a manutenção do sistema político-econômico.

Isso fica claro, por exemplo, no caso da proibição da maconha no Brasil. Apesar de esforços malsucedidos da elite brasileira, colonial e

imperial, em estabelecer uma produção industrial de cânhamo no Brasil, tradicionalmente, o uso dessa planta para diversão era visto como

proveniente da África e associado quase exclusivamente à população pobre, negra e indígena, principalmente das regiões Nordeste e Norte

do país. Após a abolição da escravatura, esses contingentes populacionais, mal integrados à vida socioeconômica do país, causavam temor

às elites. Nessa época, desenvolveu-se um discurso voltado para a “melhoria da raça brasileira”, buscando uma maior integração com a

cultura europeia e um “embranquecimento” da população. Essas ideias faziam parte de uma política higienista, que visava à exclusão de

setores indigentes e negros, sustentada numa suposta ciência conhecida como “eugenia (http://anais.anpuh.org/wp-

content/uploads/mp/pdf/ANPUH.S23.1587.pdf)”.

Glossário

Estereótipos são generalizações que as pessoas fazem sobre comportamentos ou características de outros sujeitos. Geralmente,

acabam convertendo-se em rótulos pejorativos que causam impacto negativo nos outros (MARTINEZ, 2015).

 

O movimento pró-higiene mental era uma orientação teórica e prática, baseada na noção de que o sujeito e a hereditariedade

seriam os fundamentos de uma nação saudável. Esse movimento defendia que o grande mal da nação seriam os sujeitos

considerados degenerados, menos evoluídos, anormais ou inferiores. Uma das propostas para corrigir esse problema foi submeter

o país a um intenso processo de “depuração social”, que consistia na separação de sujeitos em superiores e inferiores, em termos

de habilidades mentais e aptidões.

Assim, práticas culturais de origem africana, como o candomblé, a capoeira e o uso da maconha, eram sistematicamente desqualificadas e,

muitas vezes, até consideradas causadoras de doenças mentais.

Dessa forma, as primeiras leis promulgadas para tratar de temas relacionados às “substâncias venenosas”, à embriaguez e à venda de

bebidas alcoólicas só se voltavam para os chamados “vícios elegantes” (o ópio, a morfina e a cocaína), usados geralmente por jovens

brancos das classes altas, em locais de boemia, como bares e bordéis, pois os problemas que o “ópio do pobre” (a maconha) poderiam

trazer para a saúde da população negra não interessavam aos médicos e legisladores. Em decorrência, foram desenvolvidas ações de

repressão, voltadas aos locais de ajuntamento, trabalho e divertimento popular, afetando principalmente a população negra e mestiça das

regiões Norte e Nordeste.

 

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Figura 6: Essa figura demonstra dois aspectos do uso de drogas no início do século XX: um representando o contexto dos jovens brancos de classe alta e o outro representando o

contexto dos jovens pobres, negros e marginalizados. Fonte: NUTE-UFSC (2016).

Dessa maneira, naquele momento, a repressão ao uso da maconha serviu para fortalecer discriminações e preconceitos, raciais e de classe,

adequando-se muito bem aos planos de intervenção disciplinar no modo de vida das populações pobres do Brasil.

Em tempos mais recentes, após a redemocratização do país, os padrões excludentes da economia brasileira vêm levando a juventude

pobre a conceber o ingresso no narcotráfico como uma de suas únicas possibilidades de conquista de status. A natureza ilícita dessa

atividade instaura entre eles um clima de desonestidade e violência (http://www.scielo.br/pdf/csp/v14n1/0123.pdf). O clima de

insegurança que passa a reinar na sociedade costuma ser, no entanto, atribuído simplesmente às “guerras de traficantes”, quando seria, de

fato, decorrência do modelo socioeconômico vigente e de uma série de falhas nos sistemas públicos de segurança, saúde e educação. Já os

jovens usuários de classe média não são mais vistos como ameaça ao sistema, mesmo que cresça entre eles o consumo de drogas.

 

Para podermos discutir com mais propriedade a questão, recomendamos a leitura da Lei n.º 6.368, de 21 de outubro de 1976

(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6368.htm), e da Lei (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-

2006/2006/lei/l11343.htm)n.º  (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6368.htm)11.343, de 23 de agosto de 2006

(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm), considerando suas diferentes implicações

jurídicas, culturais e políticas.

Na prática, o proibicionismo e a discriminação tiveram como efeito o fortalecimento de uma verdadeira guerra (às vezes, considerada como

extermínio) contra os pobres, geralmente jovens rapazes negros, acusados de serem traficantes. Esses jovens agora mantêm o sistema

carcerário permanentemente superlotado, enquanto os grandes mandantes e financiadores do tráfico têm ficado livres, assim como os

criminosos de “colarinho branco”, em geral.

 

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Ocorre, assim, uma seletividade do sistema penal, que permite que a política de drogas acabe, mais uma vez, servindo para a

manutenção da tradição brasileira de criminalizar a pobreza e a negritude.

Dessa forma, constatamos que, a partir do século XX, a questão do uso de álcool e de outras drogas tornou-se foco de muita preocupação.

Isso é decorrente de vários motivos de ordem política que influenciaram as legislações sobre drogas, tanto no Brasil quanto no mundo,

deixando de atentar, devidamente, para o papel do sujeito e dos controles sociais informais exercidos pela sua comunidade; ou seja, não

têm sido levados em conta os variados contextos psicossociais e culturais em que ocorre o uso de drogas, nem a importância das redes

sociais significativas para o usuário, que seriam capazes de impor controles sociais informais mais efetivos que as leis atuais.

A HISTÓRIA E OS CONTEXTOS SOCIOCULTURAIS DO USO DE DROGAS

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Síntese Reflexiva

Vimos que, ao longo da história da humanidade, diferentes substâncias de propriedade psicoativa têm sido usadas para

finalidades industriais, espirituais, medicinais e de diversão. Essas substâncias nem sempre foram vistas como ameaçadoras à

sociedade ou aos sujeitos e, em muitos casos, foram produzidas e sua distribuição foi regulamentada oficialmente.

Pudemos notar também que as políticas de repressão nem sempre foram utilizadas e, quando foram, serviram, muitas vezes,

para justificar a intervenção das forças armadas em relação a populações vulneráveis – mais especificamente, à população

negra – (como no caso da proibição da maconha, explicado no módulo). Essa situação ainda é recorrente: as políticas que

criminalizam e punem o usuário atuam mais no sentido de reforçar estigmas, preconceitos e dicotomias sociais.

Nesse contexto, você considera que a forma como a mídia (TV, rádio, jornal, revistas etc.) veicula a questão das drogas leva em

consideração os diversos contextos e fatores históricos nos quais elas estão inseridas? Tome como exemplo estas propagandas

brasileiras: a primeira, dos “cigarrinhos de chocolate ao leite”, foi feita nos anos 1970, protagonizada por uma criança negra –

como você viu neste módulo, a população afrodescendente foi historicamente estigmatizada em relação ao uso de drogas – e a

segunda, uma campanha de combate ao tabagismo, promovida pelo Ministério da Saúde, é de 2011. A partir delas, procure

refletir sobre os conteúdos estudados até o momento, relacionando a questão do contexto e do uso de drogas a essas

representações midiáticas.

Figura 7: Propaganda brasileira de uma marca de chocolates em forma de cigarro. Fonte: Propagandas Históricas (2016).

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Figura 8: Campanha do Ministério da Saúde para lembrar o Dia Nacional de Combate ao Fumo, cujo slogan foi "Viver bem é viver com saúde". Fonte: Ministério da

Saúde (2011).

REFERÊNCIAS

Textos

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Vídeos

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