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1 QUASARES ARQUITETOS EL DURAZNO { // UMA NOVA DIMENSÃO PARA A OCUPAÇÃO HUMANA NA TERRA

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Uma nova dimensão da ocupação humana na terra. Quasares Arquitetos, Dyego Digiandomenico, Gabriele Landim, Henrique Fischer. Tags: city, parametric, biomimetics, biomimicry, floting city, sailor, grasshopper, rhinoceros

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QUASARES ARQUITETOS

EL DURAZNO {

// UMA NOVA DIMENSÃO PARA A OCUPAÇÃO HUMANA NA TERRA

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QUASARES ARQUITETOSDYEGO DIGIANDOMENICO + GABRIELE LANDIM + HENRIQUE FISCHER

São Paulo - Brasil

{

contato ([email protected] );contato ([email protected]);

contato ([email protected]);

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EL DURAZNOUMA NOVA DIMENSÃO PARA A OCUPAÇÃO HUMANA NA TERRA

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// Ocupação normalmente faz referência à possessão ou uso de uma propriedade ou terra. Esta proposta sugere a ocupação de um espaço que pertence a ninguém e a todos simultaneamen-te. Trata-se do projeto de uma cidade flutuante no oceano que se organiza por relações ecológicas e constitui uma colônia social-mente baseada nas relações de mutualismo e desenvolvimento biológicos.

As possibilidades de transformação das estruturas urbanas atuais estão se esgotando e se tornando muito caras. Novas ci-dades devem ser pensadas para atender demandas que terão em toda sua vida útil. As estruturas físicas das cidades atuais prova-velmente se tornarão cada vez mais inúteis ao longo dos próximos anos.

O oceano tem vantagens significativas sobre a terra como um clima mais estável, mais tempo de insolação e por ser um meio fluido possibilita a flexibilidade. Hoje ele é usado majoritariamente para transporte de mercadorias e pessoas. Habitá-lo seria ter uma vida intimamente regulada e associada aos ritmos da natureza.

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// O panorama urbanístico mundial realista do futuro se carac-teriza pela complexidade, disparidade, heterogeneidade, novidade e relativa imprevisibilidade.

Propostas biônico-cibernéticas libertam-se do seu caráter es-tático e adaptam-se aos processos do nascimento, crescimento, reprodução, mutação cíclica, envelhecimento e morte.

Deve ser incorporado o conceito de evolução, possível atra-vés de transformações e mutações. Assim a transformabilidade indica um caminho, não o seu fim, e as mutações a sucessão de fins parciais.

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ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO ();

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// Para um espaço ser habitável por humanos é necessário garantir basicamente abrigo, água potável, alimento e saneamen-to. A proposta é composta de partes especializadas que garantem a sua autossuficiência. Uma megaestrutura demobilizável e es-pontânea, com espaços menos definidos.

Essa infraestrutura foi pensada com a preocupação de que o habitante da colônia não se sinta a deriva e isolado no meio do oceano e sim, que perceba sua importância para o funcionamento do mutualismo e da sociedade com a plena consciência de sua liberdade de ocupar e participar como célula ativa dessa nova for-ma de viver.

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LOCALIZAÇÃO E NAVEGAÇÃO ();

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// A cidade conta com a navegação dos Tentáculos-âncora, auxiliada por estações metereológicas que funcionam dentro dos Balões. Há um deslocamento calculado a partir de parâmetros da natureza, que mantem a cidade nômade.

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ENERGIAS RENOVÁVEIS ();

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// Alguns conceitos de energias renováveis foram aplicados, e desde o início da concepção foram parâmetros usados no projeto.

A cidade navegante tende a minimizar qualquer impacto am-biental.

A geração de energia poderá acontecer nos:

-Balões por um sistema eletroquímico chamado: Eletrólise. A reação entre hidrogênio e oxigênio ocorre com um desprendimen-to de energia, um tipo de explosão, esse desprendimento pode ser convertido em energia elétrica ou energia térmica.

- Flagelos pela energia de biomassa. Essa energia é gerada por meio da decomposição de materiais orgânicos, como esterco, restos de alimentos, resíduos agrícolas que produzem o gás me-tano, entre outros. Para fazê-la são utilizados materiais como bio-massa arborícola, sobra de serragem, vegetais e frutas, bagaço de cana e alguns tipos de esgotos. Ela é transformada em energia por meio dos processos de combustão, gaseificação, fermentação ou na produção de substâncias líquidas. A bioenergia pode ser con-vertida em três produtos: eletricidade, calor e combustíveis.

O abastecimento de água poderá ser realizado pelas Raí-zes, que dessalinizam a água por osmose reversa, alimentada por energia eólica.

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EVOLUÇÃO () ;

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// As células podem ganhar funções especiais, crescerem e se agruparem virando mutações que se evoluírem, podem se tor-nar uma nova Provedora.

O desenvolvimento é instintivo e para organizá-lo usamos a espiral logarítmica que podemos reconhecer no crescimento e estruturas da natureza. Essa geometria é relativa ao formato de crescimento das Provedoras e da disposição espacial de novas Colônias, assim um grande aglomerado ganha caráter fractal. As Colônias são uma associação anatômica formando uma unidade estrutural e funcional.

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Imagem por : Fractal Enlightenment (fractalenlightenment.com)

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PROCESSO DE TRABALHO ();

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PROCESSO DE TRABALHO ();

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PROCESSO DE CONCEPÇÃO ();

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// A reflexão sobre a concepção de uma nova espacialidade antevê a importância dos sistemas que compõem as dinâmicas de uma cidade.

A economia e a politica são ciências que materializam o espa-ço tanto quanto a própria arquitetura, a questão que se apresenta é “como transfigurar a cidade?”, ou seja, como criar uma nova imagem física e social como alternativa a forma de se viver, inse-rindo nesse novo contexto o equilíbrio coletivo e as prerrogativas das garantias individuais, aspectos onde os atuais sistemas na grande maioria das vezes fracassam.

Os principais elementos de condução para a construção des-sa nova alternativa de ocupação espacial e seus sistemas esta no decálogo político de Luiz Carlos Maciel, que parte dos princípios de liberdade dos indivíduos e o tratamento dos recursos e conhe-cimentos como bens comuns, “...tudo livre, para todos.”.

Ao passo que para muitos tal propostas surja como uma uto-pia e apenas isso, para outros, inclusive nós, essa é uma resposta real aos anseios por transformações que alimentem a saúde do relacionamento do indivíduo com o meio, onde não se faça pre-sente o desagradável sentimento de impotência construído e re-forçado pelos cotidianos dos sistemas contemporâneos. Por isso, esse projeto não se faz imposição, mas alternativa a aqueles que simpatizam com o encurtamento das distâncias físicas, culturais e sociais e acredita no seu potencial colaborativo.

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DECÁLOGO POLÍTICO. FILÓSOFO LUIZ CARLOS MACIEL1. Queremos liberdade, queremos que todas as pessoas te-

nham o poder de determinar o seu próprio destino;2. Queremos justiça, queremos o fim de qualquer repressão

política, cultural ou sexual sobre todos os oprimidos do mundo. Especialmente a repressão contra as mulheres, os negros e todas as minorias;

3. Queremos uma transformação completa do chamado ‘Sis-tema Legal’, de maneira que as leis, os tribuinais e a polícia atuem unicamente em função dos interesses do povo, queremos o fim de toda e qualquer violência contra o povo;

4. Queremos uma economia mundial livre, baseada na livre troca de energia e dos materiais,e o fim do dinheiro;

5. Queremos um sistema educacional livre que ensine a todos os homens, mulheres e crianças da terra exatamente o que todos nós devíamos saber para sobreviver e crescer com todo o nosso potencial de seres humanos;

6. Queremos libertar todas as estruturas do domínio das grandes companhias e transferir todos os edifícios e a terra para o povo;

7. Queremos um planeta limpo, queremos um povo são;8. Queremos acesso livre a todas as informações, a todos os

meios de comunicação e a toda a tecnologia;9. Queremos a liberdade de todos os prisioneiros mantidos

injustamente em prisões e em estabelecimentos penitenciários, queremos que todos os perseguidos sejam devolvidos a comuni-dade;

10. Queremos um planeta livre, uma terra livre, comida, teto e roupas para todos, queremos arte livre, cultura livre, meios de comunicação livres, tecnologia livre, educação livre, assistência médica livre, corpos livres, pessoas livres, tempo e espaço livre, tudo livre, para todos.

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POR QUE EL DURAZNO? ();

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// Em 1933 Oswald de Andrade escreve o livro Serafim Ponte Grande, onde no seu desfecho as personagens se apossam de um navio, chamado El Durazno e instauram uma sociedade anár-quica e utópica. A proclamação de um novo território, a ocupação de uma espacialidade que atenda seus desejos e a subversividade de negar a ordem social vigente serviram de mote poético para a criação do imaginário que guiaria o conceito do projeto. “— Tudo é tempo e contra-tempo! E o tempo é eterno. Eu sou uma forma vitoriosa do tempo. Em luta seletiva, antropofágica. Com outras formas do tempo: moscas, eletro-éticas, cataclismas, polícias e marimbondos!

“Ó criadores das elevações artificiais do destino eu vos mal-digo! A felicidade do homem é uma felicidade guerreira. Tenho dito. Viva a rapaziada! O gênio é uma longa besteira!

(...)

Um princípio de infecção moralista, nascido na copa, foi re-solvido à passagem da zona equatorial. E instituiu-se em El Du-razno, base do humano futuro, uma sociedade anônima de base priápica.”

Serafim Ponte Grande. Oswald de Andrade

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25“El Durazno só pára para comprar abacates nos cais tropicais.”

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