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PAPEL DO ENFERMEIRO No ensino e acompanhamento ao utente portador de Esclerose Múltipla Isabel Cristina

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2 Novembro 2011 > 18h | Sede da SPEM, Lisboa Papel do Enfermeiro na Esclerose Múltipla Enf. Isabel Félix, Enfermeira no Hospital de Dia de Especialidades Médicas (Egas Moniz) A Esclerose Múltipla é uma doença complexa e este trabalho foca o apoio que os enfermeiros podem dar aos portadores e às suas famílias. Objectivos: • Reflectir na importância do papel do enfermeiro no enfrentar do diagnóstico e nas alterações do padrão da vida do doente com EM; • Estabelecer estratégias que promovam máxima independência nas actividades da vida diária e estimulem uma atitude positiva do indivíduo face à sua doença. Isabel Félix, Enfermeira desde 1979, iniciou funções em Pediatria onde permaneceu 10 anos, tendo depois transitado para o Serviço de Neurologia onde esteve 20 anos. Actualmente está há 3 anos no Hospital de Dia. Tem longa experiência no acompanhamento dos utentes com Esclerose Múltipla participando em diversos estudos nesta área. EMcontros à volta da Esclerose Múltipla: Consistem em reuniões periódicas realizadas pela SPEM, no âmbito das quais serão tratados temas com elevada relevância para todas as Pessoas com EM e suas famílias. Próximas edições a realizar na Sede da SPEM: www.spem.org/noticias/310-emcontros-a-volta-da-esclerose-multipla

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Page 1: EMcontros: Papel do Enfermeiro na Esclerose Multipla

PAPEL DO ENFERMEIRO

No ensino e acompanhamento ao utente portador de Esclerose Múltipla

Isabel Cristina

Page 2: EMcontros: Papel do Enfermeiro na Esclerose Multipla

OBJECTIVOS

Reflectir na importância do papel do enfermeiro no enfrentar do diagnóstico e nas alterações do padrão da vida do doente com E.M.

Estabelecer estratégias que promovam máxima independência nas AVD’s e estimulem uma atitude positiva do indivíduo face à sua doença

Page 3: EMcontros: Papel do Enfermeiro na Esclerose Multipla

Esclerose Múltipla

• A Esclerose Múltipla é uma doença auto imune inflamatória crónica, desmielinizante e degenerativa, do sistema nervoso central que interfere com a capacidade do mesmo em controlar funções como a visão, a locomoção, e o equilíbrio, entre outras.

Page 4: EMcontros: Papel do Enfermeiro na Esclerose Multipla

• É uma doença de adultos jovens. • As mulheres são mais afectadas• A forma mais comum é a de surtos

remissões. • Com o passar dos anos, as sequelas de

cada surto vão se acumulando e tornam a realização das actividades quotidianas cada vez mais difícil

Page 5: EMcontros: Papel do Enfermeiro na Esclerose Multipla

PAPEL DO ENFERMEIROna Equipe Multidisciplinar

Indivíduo com EM

Enfermeiro

Psicólogo

FisiatraFisioterapeuta

UrologistaOftalmologista

Neurologista

AssistenteSocial

AssociaçõesSPEM e ANEM

Família Amigos

Médico Família

Dietista

etc.

Page 6: EMcontros: Papel do Enfermeiro na Esclerose Multipla

OBJECTIVOS da Equipe de Enfermagem

Estabelecer uma relação de inter-ajuda e confiança com o doente/família.Informar sobre a doença e terapêutica existente.Informar, aconselhar, educar e promover a adaptação do doente às alterações do padrão de vida familiar, profissional e social.Promover e manter a adesão do doente aos tratamentos prescritos através de programas de ensino individualizado.Mediador entre Neurologista e os doentes.

Estabelecer uma relação de inter-ajuda e confiança com o doente/família.Informar sobre a doença e terapêutica existente.Informar, aconselhar, educar e promover a adaptação do doente às alterações do padrão de vida familiar, profissional e social.Promover e manter a adesão do doente aos tratamentos prescritos através de programas de ensino individualizado.Mediador entre Neurologista e os doentes.

Page 7: EMcontros: Papel do Enfermeiro na Esclerose Multipla

PAPEL DO ENFERMEIROno enfrentar do diagnóstico

InformativoFormativo

OrientaçãoAconselhamento

Page 8: EMcontros: Papel do Enfermeiro na Esclerose Multipla

Importância do Papel do Enfermeiro no enfrentar do diagnóstico da EM

A 1ª reacção após a divulgação do diagnóstico- ALÍVIO.

Outros sentimentos vivenciados: RAIVA, FRUSTRAÇÃO, ANSIEDADE ,DEPRESSÃO E NEGAÇÃO

Reacção face ao diagnóstico/Gravidade dos sintomas e incapacidade física.

Page 9: EMcontros: Papel do Enfermeiro na Esclerose Multipla

PAPEL DO ENFERMEIROna relação do doente com a família/amigos⌧ Apoiar e motivar a família

⌧ Informar a família sobre os aspectos práticos de “viver com a EM”: férias, actividades de lazer, actividades domésticas,etc..

⌧ Informar sobre a gravidez na EM

⌧ Informar as crianças

Page 10: EMcontros: Papel do Enfermeiro na Esclerose Multipla

Problemas de ordem profissional

A incapacidade física (fala, visão, mobilidade, marcha e fadiga)=> dificuldade na actividade profissional => Desmotivação para o desempenho profissional

Papel do Enfermeiro⌧ Encorajar para a actividade laboral⌧ Informar sobre os benefícios do trabalho⌧Apoiar no desenvolvimento de um novo padrão de

trabalho

Page 11: EMcontros: Papel do Enfermeiro na Esclerose Multipla

Problemas psicológicos

Papel do Enfermeiro⌧Despistar

⌧Informar

⌧Orientar

⌧Encorajar

⌧Solicitar

Problemas psicológicos mais comuns nos doentes com EM: Depressão, euforia, ansiedade e disfunções cognitivas.

Page 12: EMcontros: Papel do Enfermeiro na Esclerose Multipla

Fadiga

É uma falta subjectiva de energia física, mental ou ambas, que interfere com as suas actividades habituais.

Page 13: EMcontros: Papel do Enfermeiro na Esclerose Multipla

Papel do EnfermeiroFadiga

⌧Aconselhar a modificar o estilo de vida

⌧Informar sobre actividades físicas aconselháveis (ex. Natação, Hidroginástica e Yoga)

⌧Aconselhar a perda de peso.

⌧Motivar para programa de fisioterapia

Page 14: EMcontros: Papel do Enfermeiro na Esclerose Multipla

Mobilidade

Causas: Fraqueza muscular, Espasticidade, Tremor, Descoordenação motora e Fadiga.

Papel do Enfermeiro⌧ Avaliar as capacidades/limitações.⌧Aconselhar Fisioterapia⌧Aconselhar sobre as adaptações em casa.⌧ Motivar para o uso de dispositivos e auxiliares de

marcha (se necessário).⌧ Prevenção das úlceras de pressão

Page 15: EMcontros: Papel do Enfermeiro na Esclerose Multipla

Espasticidade

Papel do Enfermeiro⌧ Aconselhar fisioterapia.

⌧ Ensinar a evitar infecções e hipertremia.

⌧ Educar na vigilância de possíveis zonas de pressão dos membros.

Caracteriza-se por aumento da rigidez muscular que ocorre como uma acção reflexa involuntária do corpo, provocando limitações dos movimentos. Este processo é acompanhado por cãibras e frequentemente motivo de dor.

Page 16: EMcontros: Papel do Enfermeiro na Esclerose Multipla

Doro Mais de 50% apresentam queixas de dor

Papel do Enfermeiro⌧ Avaliar o tipo de dor.

⌧ Identificar e eliminar, se possível, o factor causal da dor.

⌧ Informar o doente sobre a medicação.

⌧ Solicitar apoio da Consulta da Dor de acordo com Neurologista

Assistente.

Page 17: EMcontros: Papel do Enfermeiro na Esclerose Multipla

Distúrbios urinários e intestinais

Disfunções urinárias mais comuns na EM: Urgência, Polaquiúria, Incontinência reflexa, Disúria inicial, Incontinência total, Nictúria e Enurese.

Afecta a relação com a(o) companheira(o).

Disfunção intestinal mais frequente é a obstipação

Page 18: EMcontros: Papel do Enfermeiro na Esclerose Multipla

Papel do Enfermeironos distúrbios urinários e

intestinais⌧Ensinar sobre sinais de infecção urinária.

⌧ Incentivar a ingestão hídrica controlada.

⌧ Ensino sobre alimentação

⌧Aconselhar vestuário fácil de vestir e despir .

⌧Motivar para o uso de fraldas, dispositivos urinários e

catéteres vesicais (cateterização intermitente).

Page 19: EMcontros: Papel do Enfermeiro na Esclerose Multipla

Disfunção Sexual

Mais comum no homem que na mulherAgravado pela alteração da sua auto-imagem e/ou auto-estima.

Pode afectar gravemente o relacionamento do casal

Page 20: EMcontros: Papel do Enfermeiro na Esclerose Multipla

Papel do Enfermeirona Disfunção Sexual

⌧ Permitir que o doente exprima as inquietações relativas à sua sexualidade.

⌧ Avaliar com o doente as causas possíveis.

⌧ Respeitar os valores do doente no que respeita à sua orientação sexual.

⌧ Informar sobre materiais/fármacos que ajudem na relação sexual

⌧ Orientar o doente para ajuda especializada: Andrologia, Sexólogo, Psicólogo, Conselheiro Matrimonial...

Page 21: EMcontros: Papel do Enfermeiro na Esclerose Multipla

DietaNão existem alimentos proibidos

Papel do Enfermeiro◙ Aconselhar uma alimentação moderada, saudável e equilibrada e rica em fibras.

◙ Aconselhar a reduzir peso.

◙ Orientar para o nutricionista (em caso de obesidade).

◙ Aconselhar a evitar bebidas alcoólicas e tabaco.

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Tratamento de Surtos

• Metilprednisona• Prevenir efeitos secundários

Page 23: EMcontros: Papel do Enfermeiro na Esclerose Multipla

Terapêuticas Instituídas na EM

Terapêutica para alterar o curso natural da doença:

Interferons e copolimero:

⌧ Programar ensino individualizado.

⌧ Motivar para adesão ao regime terapêutico

⌧ Informar sobre os efeitos secundários do fármaco.

⌧ Aconselhar como prevenir os efeitos secundários

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Terapêuticas Instituídas na EM

Imunoglobilina Mitoxantrona e Natalizumab:

⌧ Programar data de perfusões.

⌧ Informar sobre os efeitos secundários dos

fármacos.

⌧ Aconselhar como prevenir os efeitos secundários

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Terapêuticas Instituídas na EM

Gilenya:

•1º tratamento oral aprovado para a EM•Vigilância de 6 horas - risco de bradicardia

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CONCLUSÃO

Papel do Enfermeiro