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Prefeitura do Município de São Bernardo do Campo Secretaria de Educação e Cultura

Departamento de Ações Educacionais

PPP 2017 EMEB GERALDO DE MELO FERREIRA

ÍNDICE

Projeto Político Pedagógico

I - Identificação da Unidade Escolar 04 1. Quadro de Identificação dos Funcionários 05 2. Quadro de Organização das Modalidades 08 3. Histórico da Unidade Escolar 11 II - Concepção Pedagógica 13 III - Análise e Reflexão das Avaliações Realizadas Pela Equipe Escolar no Ano de 2016

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IV - Caracterização e Plano de Ação para os Segmentos de Atuação Escola 17 1. Caracterização da Comunidade 17

1.1. As lentas conquistas, a ação coletiva 17 1.2. A comunidade Parque São Bernardo 18

2. Comunidade Escolar 21 2.1. Caracterização 21 2.2. Plano de Ação para Comunidade Escolar 23 2.3. Avaliação 30 3. Equipe Escolar 32 3.1. Professores/ Auxiliares em Educação 32 3.1.1. Caracterização 33 3.1.2. Plano de Formação para os Professores/Auxiliares em Educação 33 3.1.3. Avaliação 40 3.3. Funcionários 40 3.3.1 Caracterização 40 3.3.2. Plano de Formação dos Funcionários. 42 3.3.3. Avaliação do Plano de Formação 43 4. Conselho 44 4.1. Conselho de Escola 44 4.1.1. Caracterização do Conselho de Escola 44 4.1.2. Plano de Ação do Conselho de Escola 46 4.1.3. Avaliação Plano de Ação do Conselho de Escola 46 5. Associação de Pais e Mestres 47 5.1. Caracterização da APM 5.2. Plano de Ação da APM 5.3. Avaliação Plano de Ação da APM

47 47 48

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V. Organização e Desenvolvimento do Trabalho Pedagógico 49 1. Objetivos 49 2. Levantamento dos Objetivos e Conteúdos por Área de Conhecimento 50 2.1. Objetivo Geral da Escola 50 2.2. Objetivos da Educação Infantil - 0 a 3 50 2.3. Campos de experiências – Educação Infantil 2.4. Projetos

51 60

3. Rotina 64 3.1. Rotina de Trabalho da Equipe de Apoio 80 3.2. Rotina Diretora 84 3.3. Rotina Coordenadora Pedagógica 85 3.4. Rotina de Trabalho da Secretaria 86 3.5. Rotina de Trabalho da Cozinheira/Auxiliares de Cozinha 87 4. Documentação Pedagógica 88 5. Acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos 91 VI. Calendário Escolar Homologado 93 VII. Referências Bibliográficas 94 VIII. Anexos 95 1. Biografia do patrono 95 2. Capa 96 3. Talentos dos Familiares 97 4. Estrutura Física da Escola 98 5. Materiais Pedagógicos e Equipamentos 99

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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE AÇÕES EDUCACIONAIS

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

I - IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR Nome da EMEB: Geraldo de Melo Ferreira

Endereço: Rua Almeida Leme, 151, Parque São Bernardo CEP: 09761-170 – São Bernardo do Campo E-mail: [email protected]

CIE: 35230017

Fone/ Fax: 4330-1758 / 4125-2725 Diretora Escolar: Cibele Valente Tieppo Martin Coordenadora Pedagógica: Adriana da Costa Santos Orientadora Pedagógica: Maria Helena Gomes Santos Terapeuta Ocupacional: Cláudia Silvestre Fonoaudióloga: Adriana L. C. Antonialli Psicóloga: Mirleny Lucena de Moraes Fisioterapeuta: Emíla Stender de Oliveira Atendimento: Infantil I e Infantil II

Período: Integral - 7h30min às 17h30min Secretaria: 7h00min às 18h00min

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1- Quadro de Identificação dos Funcionários

Adriana da Costa santos Álvaro Gomes de Souza Coordenadora Pedagógica Oficial de Escola Formação: Pedagogia Formação: Rádio e TV Adriana Mendes da Silva Auxiliar de Limpeza Formação: E.Fundamental Amanda Heloíde Silva Ana Paula Santos da Silva Professora Professora Formação: Pedagogia Formação: Pedagogia Ana Paula Araújo dos Reis Auxiliar de Limpeza Formação: E.Fundamental Andrea Catharino Ferreira Angélica Silva Oliveira Auxiliar em Educação Professora Formação: Pedagogia Formação: Pedagogia Andréia R. Figueira Borges Professora Formação: Matemática

Cibele Valente Tieppo Martin Elaine Gomes de Sá Gabriel Diretora Professora Formação: Ciênc./ Psicol./ Pedag. Formação: Magistério Daniela Alexandre Leite Professora Formação: Pedagogia

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Francine Lopes Pinheiro Isaura Itsuko Koga Araújo Auxiliar em Educação Auxiliar de Limpeza Formação: Ensino Médio Formação: Ensino Fundamental Gisláine Cardoso da Silva Auxiliar em Educação Formação: Administração Loraine Suzan Alão Luciano de Sousa Melo Professora Auxiliar em Educação Formação: Pedagogia Formação: Educação Física Luci Helena Cecília Barbosa Professora Formação: Pedagogia Luciene Aparecida Maranhão Maria de Lourdes Dias Auxiliar em Educação Auxiliar de Limpeza Formação: Pedagogia Formação: Ensino Fundamental Lucimara Camillo dos Santos Professora Formação: Magistério Mariana Madeira Gonçalves Meire Cristina Melo da Silva Professora Professora Formação: Pedagogia Formação: Pedagogia Marisa Bersi dos Reis Custódio Professora Formação: Pedagogia

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Michelly Cândido dos S. Pinto Patrícia Barboza Ferreira Professora Auxiliar em Educação Formação: Pedagogia Formação: Pedagogia Mirian Cecilia de Melo Auxiliar em Educação Formação: Psicologia

Simone Maria Marinho Theodora Sebastião de Paula Limeira Auxiliar em Educação Professora Formação: Letras Formação: Pedagogia Thaís Maier Dias Professora Formação: Pedagogia Vânia da Silva Barbosa Auxiliar de Limpeza Formação: Pedagogia

Funcionárias da Convida Maria de Lourdes da Silva Araújo Silvana Aparecida Wasconcellos Cozinheira Cozinheira Formação: Ensino Médio Formação: Ensino Médio

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2- Quadro de Organização das Modalidades

INFANTIL I - A

INFANTIL I – B

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INFANTIL II – A

INFANTIL II – B

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INFANTIL II – C

INFANTIL II – D

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3 – Histórico da Unidade escolar

A história dessa Unidade foi escrita por algumas pessoas que fazem parte da comunidade do Parque São Bernardo, membros da sociedade amigos do bairro, do clube de mães e da igreja católica da região. Estas lideranças, preocupadas com a necessidade das mães trabalhadoras que necessitavam de um local que cuidasse de seus filhos, reivindicaram junto à administração municipal uma creche. Depois de muitas discussões e propostas, em doze de maio de setenta e nove foi inaugurado o primeiro espaço com objetivo de estruturar uma creche, adaptada num salão no Jardim Petroni.

O atendimento realizado era para 35 crianças com a preocupação apenas dos cuidados, numa visão assistencialista, subordinada ao Departamento de Promoção Social. Após algum tempo, a comunidade foi percebendo que este espaço não atendia a demanda do bairro, preocupados, iniciaram mais um trabalho, o de “mãe crecheira” implantado no

município, estabelecendo que uma mulher cuidasse do atendimento a algumas crianças, dentro da sua residência e para tanto recebia subsídios do município.

Apesar dessas ações, a necessidade de várias famílias fez com que esses grupos novamente se organizassem e lutassem junto à administração municipal, para a construção de uma nova creche que possibilitasse um maior atendimento para crianças.

Todos esses movimentos ocorreram de 1979 a 1989, desde o convencimento da administração até a construção da creche e sua inauguração em 06 de novembro de 1989.

No período de 79 a 88, várias outras creches foram sendo adaptadas em outras regiões de São Bernardo, sendo criado então um projeto das creches municipais, pelo departamento de Promoção Social, que respondia à Secretaria da Saúde.

O projeto organizado e gerenciado numa concepção de saúde e cuidados era desenvolvido com regras autoritárias, tanto em relação aos funcionários quanto com as famílias e as crianças.

A partir de 1989, o Departamento de Promoção Social, após muitas discussões, aponta para uma nova concepção, “de pensar a criança”, no seu desenvolvimento.

Iníciou assim um processo de discussão sobre o trabalho educacional e para tanto, muitas mudanças e novos encaminhamentos foram feitos para construção deste trabalho (como contratação de profissionais, formação dos mesmos...).

Essa creche começou atendendo 100 crianças. Ingressam para o trabalho os ajudantes gerais que passam a ter atribuições de limpeza e

organização do espaço. Além de organizar o trabalho, permitiu que as monitoras passassem a ter um trabalho só

com as crianças, pois anteriormente, as monitoras, dividiam entre si, as tarefas de cuidar das crianças, limparem o espaço e cozinhar para todos, crianças e adultos.

Junto com as monitoras também tinham as primeiras “recreacionistas”, que eram contratadas diferenciando-se das monitoras, pois tinham que pensar somente em “atividades

pedagógicas”. Esse trabalho era supervisionado por Assistentes Sociais, que atendiam a comunidade

uma vez por semana e orientavam as funcionárias das regras e dos trabalhos a serem desenvolvidos com as crianças e as familiares.

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Em 1990, a chefia do Departamento de Promoção Social, tendo como referência novas concepções norteando o trabalho com a criança pequena, passou a encaminhar novas ações junto à administração, para desvincular o trabalho da creche da visão assistencialista.

Para tanto, foram contratadas dirigentes de creche, (com formação em Pedagogia, Psicologia e Assistência Social, concursadas) para assumir a direção das creches, com o apoio da Equipe Técnica, também concursada e com as mesmas formações, que passaram a estudar, refletir e orientar este trabalho, em conjunto com a comunidade.

Coletivamente passamos a pensar na divisão das faixas etárias em salas separadas, considerando o desenvolvimento infantil e na organização de espaço (o que teria que compor), aquisição de materiais específicos para o trabalho (compra de livros, brinquedos, discos, mobiliário...).

A partir daí iniciou-se um investimento com a formação para pensar na organização da rotina, nas atribuições das funções, assim como esboçar a estrutura de um planejamento.

Em 1991 este espaço público, passou para a Secretaria de Educação, desenvolvendo um trabalho pedagógico, com subsídios de cursos, discussões e escritas que foram norteando novas ações.

Ainda em 1991 ingressaram as merendeiras, que passam a seguir um cardápio, supervisionado pela nutricionista da merenda escolar.

A equipe de funcionários passa a participar de cursos, oficinas, palestras, encontros, para pensar e repensar o trabalho. Em 1994, ingressaram os professores, havendo um grande investimento na formação dos mesmos, que possibilitou um maior processo de discussão, ampliando a visão sobre o trabalho com a criança pequena.

Em 1999, ingressaram os auxiliares em educação que integraram o quadro de educadores, momento difícil entre o professor/monitor e auxiliar, confundindo atribuições, estabelecendo competições pela diferença salarial e pelas atribuições descritas de cada função, afetando diretamente a criança.

As atribuições propostas descreviam ações para que alguns cuidassem da cabeça (o que e como a criança pensa e age) e outros do corpo (higiene e cuidados), como se pudéssemos dissociá-los.

Foi instituído o HTPC, um espaço de formação que permite ao grupo de educadores aprofundarem seus estudos validando-os para a organização do trabalho do grupo da Unidade Escolar.

Ao quadro de funcionários acrescenta-se o oficial de escola que passou a dinamizar o trabalho administrativo, possibilitando ao diretor ficar mais atento e dedicado às questões pedagógicas, a APM e ao Conselho de Escola. Em 2002, a escola realizou uma reforma e manutenção do imóvel, necessária há tanto tempo, através do convênio feito pelo repasse de verba, recebida pela APM. Ainda com esta verba pudemos ter autonomia na compra de materiais diversos para a melhoria na qualidade do trabalho.

Um dos acontecimentos marcantes em 2004 foi à união da comunidade com os membros da escola para denominação dessa Unidade “Geraldo de Melo Ferreira” por ter sido atuante e comprometido com as questões dessa comunidade e por ter lutado pela construção da primeira creche.

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Em 2009 e 2010 destacamos o trabalho de resgate histórico e cultural com a comunidade do Parque São Bernardo.

Também em 2010 ocorreu o ingresso dos Coordenadores Pedagógicos na Rede Municipal de Ensino e a aposentadoria da primeira e única até então diretora da escola Sandra Cristina Boschetti.

Em 2011 vivenciamos mudanças com ampliação do horário de atendimento (das 7h às 18h) e nova composição do trio de educadores sendo dois professores e um auxiliar em educação, além do auxiliar de apoio as salas.

Iniciamos em 2012, a partir da formação oferecida para a equipe gestora, e de forma sistemática em 2013 com toda a equipe, a pensar o currículo e a escola da infância.

Em 2014 demos continuidade, sabendo que estamos apenas no início da caminhada. Quanto mais estudamos, refletimos e debatemos mais necessidade sentimos de repensar o currículo para crianças pequenas não só no âmbito da escola mas também da Rede.

Em virtude da Lei 11.738/2008 de 16/07/2008 que institui o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica e também estabelece que 1/3 da jornada de trabalho do professor seja cumprida fora da sala de aula para planejamento, registros, organização e confecção de materiais, atendimento aos pais, formação, entre outros, iniciamos em 2015 a Jornada Formativa dos professores, com nova organização de horários e rotinas. Deteremos-nos mais nesta questão no item que tratará da Jornada formativa.

A partir deste ano não atendemos mais o Berçário Final, pois devido a estrutura física essa faixa etária passou a ser atendida pela EMEB Carolina Maria de Jesus. Com a inauguração de duas creches no entorno (EMEBs Carolina Maria e Ariano Suassuna) houve visível diminuição da nossa lista de espera bem como muitos alunos foram transferidos para mais próximo de suas residências. Nosso desejo de aliar a prática pedagógica com o novo olhar sobre a infância investindo na reflexão da prática a partir da análise dos aprendizados adquiridos pelas experiências proporcionadas norteiam nossos estudos. Questões relacionadas ao caráter pedagógico da Educação Infantil de 0 a 3 anos, a indissociação do cuidar e educar, ao desenvolvimento infantil e ao princípio de que somos todos educadores no espaço escolar também continuam sendo pauta de discussão e de formação nesta escola e em toda a rede. II. CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA As concepções retratam a ideia que se tem sobre as coisas, no caso da escola o que pensamos sobre: criança, família, professor, educação, mundo, homem...

Ao resgatarmos o processo histórico dos espaços que trabalham com a criança pequena, destacamos alguns aspectos que contextualizavam o que era trabalho e o que compunha o pensamento da sociedade, dos representantes governamentais e dos adultos que cuidavam destas crianças. Era um trabalho que só tinha como objetivo oferecer cuidados básicos à criança (alimentação, higiene e saúde), não levando em consideração o desenvolvimento das competências e aprendizados possíveis para essa faixa etária.

A criança era subestimada nas suas capacidades, sendo dependente totalmente do adulto.

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Desconhecia-se a importância do desenvolvimento cognitivo, afetivo, moral e social da criança. Com as transformações sociais, culturais e educacionais, o trabalho com a criança pequena foi construído, transformando a visão assistencialista de atendimento para um trabalho educacional, que vem priorizando a construção de conhecimentos, através de aprendizados significativos que respeite o desenvolvimento infantil, referendando a criança, como sujeito dessa relação. A contextualização deste trabalho, após muito estudo, discussões e reflexões foi sendo estruturado sob nova ótica, oportunizando assim nova organização. Atualmente, o planejamento das diversas ações, tornou-se de suma importância, tendo os princípios gerais da educação como a referência de todo o trabalho. Construímos objetivos e metas que servem de fio condutor, que auxiliam e acompanham este processo. Registrados através de vários documentos que vão descrevendo a somatória dos conhecimentos e das nossas possíveis ações construímos o Projeto Político Pedagógico da Escola. Este projeto é construído pela equipe escolar e revisto todos os anos, declarando o que já temos acumulado de conhecimento sobre o trabalho realizado com a criança, sobre seus aprendizados e competências, sobre as ações da escola, sobre a participação dos pais e as atividades que estarão sendo desenvolvidas no ano. Segundo o Regimento Escolar no artigo 64 – “O Projeto Político Pedagógico é documento

que traça o perfil da escola, conferindo-lhe identidade própria, na medida em que contempla as intenções comuns de todos os envolvidos, norteia o gerenciamento das ações intra-escolares e operacionaliza a proposta pedagógica”.

Desde 2011, recebemos educadores com diferentes experiências profissionais. Esta diversidade de olhares e concepções deu origem a vários questionamentos em relação ao trabalho desenvolvido com crianças de 0 a 3 anos e como desenvolver o trabalho pedagógico na EMEB Geraldo de Melo Ferreira que por ser a primeira creche da rede municipal possui um espaço físico que foge das exigências atuais sobre espaços físicos, mobiliários e materiais didáticos que propiciem condições para um trabalho de qualidade com crianças pequenas.

Neste contexto, quando convidados a refletir sobre que escola queremos, os profissionais elencaram vários pontos pertinentes que podemos condensar que vão para além do espaço físico. A preocupação maior se estabeleceu na visão de se garantir um espaço educacional de qualidade que busque conhecer a criança no campo social, emocional, físico e cognitivo e que propicie o desenvolvimento infantil em tempo e espaço específicos, planejados com brincadeiras, convívio sadio, boa alimentação, espaço limpo e acolhedor.

O cuidar e educar são sempre considerados como indissociáveis, sendo necessário garantir este olhar para cada momento da rotina de todas as turmas e posturas cada vez mais conscientes e intencionais de todos os educadores da escola.

Entendemos que a escola de modo geral e especificamente a EMEB Geraldo de Melo Ferreira possuem um papel fundamental na formação de cidadãos, como prestadora de serviços para a comunidade e para as famílias munícipes da cidade de São Bernardo do Campo e que, portanto, o trabalho em parceria se faz urgente em um contexto cada vez mais dialógico, com uma gestão participativa.

Acreditamos que estamos vivendo um momento de transição histórica no campo educacional, uma mudança de paradigma, em que o espaço conhecido como creche que era visto como cuidador de crianças, dando condições para a mãe trabalhadora desempenhar suas

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funções trabalhistas com mais tranquilidade para uma nova realidade em que a creche é vista como a escola de 0 a 3 anos.

Neste novo contexto, vemos este espaço como direito da criança, não mais vinculando este direito a mãe trabalhadora. E entendemos que como possuidora de direitos, cada criança munícipe e matriculada na EMEB Geraldo de Melo precise receber dos profissionais que aqui trabalham em parceria com a Secretaria de Educação, o desempenho que favoreça o seu desenvolvimento integral.

Iniciada com mais força desde 2012 a discussão da Educação Infantil como Escola da Infância, onde se reconhece cada vez mais a criança como ser de direitos, que deve e precisa ser ouvida e respeitada e onde todos os espaços e vivências precisam ser pensados considerando-se suas peculiaridades também vem ao encontro a essa mudança de paradigmas.

Em 2013, ano que estudamos coletivamente o tema, passamos a entender que a Escola da Infância precisa ser compreendida e estudada continuamente para sua efetivação mesmo que paulatina.

No início de 2014, como membros deste grupo, independentemente do cargo ou função que ocupamos dentro das instalações da EMEB Geraldo de Melo Ferreira, optamos por refletir e ir validando ou não as nossas práticas cotidianas norteadas pelos seguintes princípios presentes nas Diretrizes Curriculares da Educação Infantil:

Éticos: Da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem

comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades;

Políticos: Dos direitos da cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática;

Estéticos: Da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais.

Tendo como foco o “novo paradigma” de concepção pedagógica com base na Escola da Infância, a equipe listou o que queremos coletivamente ter como pano de fundo de nosso trabalho para este ano:

• Rotina: retomar os diferentes momentos da rotina conciliando o que queremos e o tempo de cada atuante;

• Respeitar o outro;

• Construir os vínculos e ter uma prática coerente com os princípios;

• Que as famílias, – respeitem os educadores e o nosso trabalho;

• Respeitar as famílias e seus saberes, construir vínculos e conversas para acolhimento e encaminhamentos em parceria.

Desde início de 2015 estamos discutindo com a Secretaria de Educação e organizando nossas ações sob a luz dos seguintes pressupostos educacionais:

• Gestão Democrática: Práticas voltadas para fomentar a comunicação, participação e articulação de toda a comunidade escolar;

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• Prática pedagógica: Práticas voltadas à formação dos docentes e aprendizagem significativa dos educandos;

• Acesso, Permanência e Sucesso escolar: Ações para o acolhimento, organização das relações, dos espaços e das rotinas a fim de assegurar os direitos e respeitando as diversidades e necessidades de nossos educandos.

Compreendemos que por sermos pessoas históricas, carregamos conosco muitas de nossas experiências pessoais e coletivas, assim, somos fruto de concepções passadas e que continuam presentes até os nossos dias, se revelando em nossa prática. Admitimos, portanto que estamos passando por um período de mudanças e que enquanto grupo, precisamos de apoio uns dos outros, incluindo aí toda a equipe, crianças e seus familiares, membros da comunidade e profissionais parceiros que atuam fora desta unidade escolar.

Em 2017 seguimos com o anseio ter uma escola que cada vez mais enxerga a criança como protagonista, que nas relações interpessoais entre crianças seus familiares, educadores e funcionários tem um papel ativo no processo de aprendizagem.

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III. ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE ESCOLAR NO ANO DE 2016 AVALIAÇÃO

Desde 2015 deliberamos iríamos realizar alguns instrumentos avaliativos para as famílias e reservaríamos alguns de nossos momentos formativos a fim de obtermos dados que nos ajudasse a ter encaminhamentos mais pontuais e próximos aos momentos vividos coletivamente. Assim, avaliamos o período de adaptação, sábado letivo e final do primeiro e segundo semestre, registrando os encaminhamentos.

Como feedback às famílias, íamos a cada avaliação enviando via agenda das crianças tabulação dos dados coletados, bem como as sugestões dadas.

Internamente as ponderações coletivas e encaminhamentos foram registradas em PowerPoint foram novamente consideradas na reunião pedagógica dedicada à avaliação ao final do ano passado e retomadas com a equipe escolar no início deste ano.

Neste encontro delineamos o trabalho a ser realizado por toda equipe em 2017 e registrado no presente documento, entendendo que as múltiplas ações que traçamos serão vividas e a cada dia/ação vamos construindo uma história própria.

Temos claro que os encaminhamentos traçados ao longo deste PPP são processuais, que precisaremos continuamente reavaliar o nosso trabalho e traçar novos encaminhamentos, novas parcerias, formando um elo contínuo de ações e de agentes que buscam a excelência no atendimento na Escola da Infância.

IV. CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA ESCOLA 1. Caracterização da Comunidade

1.1 As lentas conquistas, a ação coletiva...

Urbanisticamente, o Parque São Bernardo faz parte de uma série de loteamentos populares assentados em terras do antigo Sítio dos Vianas, propriedade rural cujos registros datam do século IXX. Esses loteamentos foram abertos a partir de 1949, data em que surge o primeiro deles, denominado Chácara Rialto. Antes, as terras, baldias e rurais, tinham como referência duas estradas legendárias, a dos Vianas e a Carijós, esta em área de Santo André.

Como bairros urbanos próximos, dois casos, ambos da década de 1920: Vila Baeta Neves e Nova Petrópolis. Nos anos 70, Vila Baeta é elevada à categoria de bairro, justamente para abrigar o Parque São Bernardo e os demais loteamentos, entre os quais as Vilas Tupi (1952) e Viana (1954). O equipamento mais antigo e próximo é a Chácara Silvestre com seu casarão, construção dos tempos da família Pujol e que serviu como casa de campo do banqueiro Wallace Cochrane Simonsen e família.

A Prefeitura identificava o Parque São Bernardo como favela na virada da década de 1970 para 1980. Era uma das três maiores de São Bernardo, ao lado das de Vila Ferreira e Jardim Calux. Segundo o Departamento de Promoção Social, a população do Parque São Bernardo chegava a 3.039 moradores, com 641 barracos.

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Naquele tempo, esboçavam-se dois novos núcleos, o do Jardim Silvina e o Pai Herói, no Jardim Petroni.

Não existiam, por exemplo, os núcleos Vila São Pedro, antecedida pela Vila Esperança, próxima ao antigo lixão dos fundos da Vila do Tanque, e o do Cafezal, na Estrada do Montanhão.

No caso do Parque São Bernardo, a população começa a conquistar melhorias importantes apenas em 1981, como a luz elétrica e água encanada. Até então, a luz era clandestina e a água obtida em poços rasos.

1.2 A comunidade Parque São Bernardo

Nas décadas de 60/70, “Influenciado pelo populismo, em particular pela linha

desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek, nosso município passou a abrigar a instalação de grandes indústrias automobilísticas e ocorre a expansão das indústrias moveleiras, atraindo grande número de migrantes de outros estados, engrossando o operariado do município. Como consequência, a cidade passou por uma mudança estrutural e o processo de urbanização desenvolveu-se de forma acelerada e desordenada. As famílias que aqui chegavam se instalavam em áreas sem infraestrutura e saneamento básico, dando-se assim a formação dos núcleos favelados.” (A Educação Infantil em São Bernardo do Campo: Uma proposta Integrada

para o trabalho em creches e EMEI’s, P.18, 1992). A formação desta comunidade deu-se seguindo o contexto citado acima.

É importante salientar que a motivação destas famílias, estava em acreditar na possibilidade de melhoria na qualidade de vida através da expansão do Polo Industrial no ABC.

A formação desordenada deste bairro, bem como suas precariedades, permitiu consequências que envolveram posteriormente demandas e encaminhamentos para gerenciamento do poder público, o que dependia de vontade política para viabilização de projetos que atendessem essas demandas, questões da saúde, promoção social, educação...

Não havia um planejamento, as famílias eram numerosas e as condições financeiras insuficientes para administrar as necessidades básicas para a sobrevivência.

Neste trajeto: relembrando a construção histórica da população, destacamos as conquistas políticas realizadas pela comunidade na construção do bairro.

Para a escola é claro, o quanto esta comunidade em um dado momento histórico, articulou conquistas fundamentais para suas necessidades, bem como a construção de uma qualidade de vida que se legitimava com estas conquistas: saneamento básico, a construção desta Unidade Escolar, Clube de Mães, Sociedade Amigos de Bairro, acompanhamento da saúde na UBS do bairro, entre tantas outras.

Em nossas reflexões questionamos: por que esta comunidade que em outros tempos se articulava politicamente, hoje parece inibida na sua atuação?

Sabemos que os integrantes assíduos da comunidade também tinham o apoio da igreja, que colaborava na discussão e busca de caminhos que contribuíssem na consolidação do básico.

Vista parcial do parque São Bernardo

Vista do trevo que dá acesso à creche

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Contextualizando a história, nesta época, é importante salientar que a igreja católica trazia novos olhares frente à teoria da libertação, isto é, em suas reflexões mobilizava a população para ações inovadoras.

Percebemos que nos dias de hoje, o coletivo não deixa suas marcas como antes. Parece-nos que nos dias de hoje, as pessoas estão preocupadas mais com os aspectos

individuais do que os coletivos. No início de 2011, a equipe escolar participou de uma visita pelo bairro, acompanhados

pela Sra. Minervina e pelo Sr. Sidnei, ambos moradores e representantes da comunidade. Além de conhecer um pouco sobre a estrutura do bairro e seus problemas para melhor compreender esta comunidade, conhecemos resumidamente a história do local. Tanto a Sra. Minervina quanto Sidnei reconhece o quanto o envolvimento do coletivo se perdeu ao longo dos anos, avaliam que a Associação dos Moradores do Bairro não tem mais a mesma atuação de antes e que os moradores aparentam indiferença frente às necessidades. Segundo Sidnei, há projetos de construção de uma creche, conjunto habitacional, quadra de esportes, ampliação do transporte coletivo, porém não há datas definidas e nem a comunidade tem se mobilizado de forma a cobrar a execução desses projetos.

Assim, consideramos necessário que os representantes reassumam a liderança desta comunidade, resgatem a força de participação do coletivo, fazendo uma ponte entre as necessidades do bairro e o poder público, acompanhando efetivamente até que as melhorias se concretizem.

Neste contexto, a escola se coloca como parceira, envolvendo-se neste movimento através de uma prática educativa inclusiva que possibilite o exercício da cidadania.

Quanto à estrutura atual do bairro, a maior parte das famílias não mora mais em barracos, pois os barracos foram transformados em construções de alvenaria, possibilitando outra estrutura em relação às condições de saúde.

O bairro foi sendo constituído com a ampliação do comércio, tanto por estabelecimentos organizados pelos próprios moradores, instalados nas garagens de suas residências, como com barraquinhas montadas inclusive no muro da nossa escola. As redes de grandes Supermercados também fazem parte deste comércio.

Até 2011 não havia um plano concreto de investimentos no bairro que contemplasse o lazer, a diversidade cultural, atividades esportivas e bem estar da população. Ressaltamos a existência do grupo da Congada, a escola de samba e de alguns cursos oferecidos pela Fundação Criança.

Em 2012, iniciou-se a construção de conjuntos habitacionais, por meio do PAC. Em 2015, com mais de 50 anos de existência, a comunidade fez parte da lista de bairros que recebeu verba para obras de urbanização, onde foram entregues cerca de 780 unidades habitacionais, atendendo os núcleos Alto da Bela Vista e Novo Parque. No projeto inicial há a previsão de beneficiar 3.123 famílias.

Líderes da Comunidade (2011)

Moradias em construção (2014) Prédios entregues

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O projeto, previsto para ser concluído em 2014, incluía a construção de centro de educação profissional e práticas esportivas, centro comercial, pista de skate, uma creche e, inclusive, paisagismo da Passagem do Oleoduto. Hoje temos funcionando a escola e o mini centro comercial, mas a construção do centro de educação profissional e práticas esportivas foi excluída.

Praticamente não há opções de lazer e cultura no bairro e as crianças e adolescentes ficam

ociosos ou brincando nas ruas de pipa, bola, ou mesmo invadindo a própria escola nos finais de semana para brincar no parque.

- O entorno da escola é cercado por comércio variado e barraquinhas improvisadas (vendedores ambulantes).

- 2 EMEB’s que atendem 0 a 3 anos (Dolores de Toledo Matteo e Josué de Castro). - 2 EMEB’s que atendem 3 a 5 anos (Aldino Pinotti e Ana Henriqueta Clark Marim). - 2 EMEB`s que atendem 0 a 6 anos (Carolina Maria de Jesus e Ariano Suassuna). - 1 EMEB de Tempo Integral (Ariano Suassuna). - 3 EMEB’s com ensino fundamental (Maria Therezinha Besana, Janete Mally Betti Simões e

Padre Ângelo Ceroni). - 3 Escolas Estaduais (Palmira Grassioto, Walker, Clóvis de Lucca). - 2 UBS’s (Parque São Bernardo e Jardim Farina). - 1 Cemitério (Jardim da Colina). - 02 creches conveniadas (Mamãe Albininha e ABAS). - Sociedade Amigos do Bairro. - Prédio multiuso onde a Fundação Criança realiza um trabalho com crianças e adolescentes; o Departamento de Cultura oferece o serviço de Biblioteca Circulante duas vezes por semana; cursos diversos oferecidos à população em parceria com diversos setores. Passou por uma reforma em 2015 sendo reinaugurado no fim do ano passado.

Prédio Multiuso reformado (2016)

Prédio Multiuso ( 2014)

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2. Comunidade Escolar 2.1. Caracterização A maior parte dos nossos alunos mora nos bairros Parque São Bernardo, Alto da Boa Vista

e Alto do Baeta. Temos também alunos moradores da Vila São Pedro, Industrial (praticamente da divisa com Santo André). Alguns pais de alunos oriundos desses bairros relatam suas dificuldades em não conseguir uma vaga mais próxima de suas casas.

Durante a breve visita realizada em 2011 pela Equipe Escolar pelo entorno observamos que a maior parte das casas é de alvenaria, que além do comércio na rua principal há pequenos estabelecimentos como bares, mercearias, salão de cabeleireiro, depósitos de material para construção. Há também igrejas católicas e evangélicas. Hoje vemos um crescimento no comércio regional, com lojas de roupas e calçado, maior variedade no setor de alimentação e produtos, academia, criando novos empregos.

Como a maior parte das ruas mesmo asfaltadas são íngremes e estreitas, sentimos dificuldade para caminhar o que nos fez compreender a dificuldade de muitos pais ao levar e trazer seus filhos para a escola, principalmente nos dias de chuva. O transporte coletivo circula em pontos específicos com itinerário restrito.

Percebemos que o sistema público de coleta de lixo e postura de parte dos moradores quanto ao armazenamento e descarte do lixo precisa ser melhorado. Há poucas áreas verdes e as existentes normalmente têm lixo espalhado.

Em 2011 iniciou-se a remoção de famílias para obras de urbanização e construção de

unidades habitacionais do Parque São Bernardo, que irão beneficiar 2,5 mil famílias que vivem na área, parte das quais em situação de risco ou em moradias precárias, sendo 778 atendidas com novas casas e 1,7 mil com obras de urbanização.

Embora entendessem que a remoção era em prol de melhor qualidade de vida e segurança, muitas famílias tiveram dificuldade em encontrar uma moradia provisória, pois com o aumento da procura o valor do aluguel subiu muito. Outras se sentiram de certa forma lesadas, por deixarem suas casas consideradas grandes, reformadas, por um apartamento.

No final de 2012 houve a entrega de cerca de 90 unidades habitacionais, tendo continuidade em 2013, 2014 e 2015. Percebemos que após um período de estranhamento e adaptação as famílias que já estão morando neles fazem uma avaliação positiva.

Em fevereiro de 2016, devido à invasão de um terreno, houve dias de muita apreensão no bairro devido ao confronto entre invasores e polícia. Após algumas tentativas a área foi desocupada. Segundo informação de pessoas do bairro a área está destina a construção de novas moradias.

Vista da área desapropriada

Moradias entregues

Comércio da Região 2015

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Do ponto de vista arquitetônico o bairro está ficando mais bonito. Porém notamos que a grandiosidade da obra trouxe a tona um grande contraste e também significativo impacto ambiental. Entre outros, podemos citar que com as fortes chuvas de verão a escola sofreu enchente por três vezes, fato que nunca havia acontecido. Técnicos da Secretaria de Obras, após avaliação em conjunto com a Educação, afirmaram que faz parte das intervenções previstas para a região adequação da rede de água e esgoto, revitalização, etc.

Como citado anteriormente, a construção de uma creche na Rua Minas Gerais foi interrompida em 2012, na fase de adequação do terreno e fundação da estrutura, devido a problemas com a construtora. As obras foram retomadas em 2015 e em 15/12/2016 foi inaugurada a EMEB Carolina Maria de Jesus que iniciou seu atendimento em fevereiro deste ano. Considerando a adequação do espaço físico, está previsto o atendimento de Berçário Final, Infantil I a V e Semi integral e nossa EMEB passou a atender somente Infantil I e II.

Também no bairro vizinho, situada entre a Rua dos Vianas e a Avenida Pery Ronchetti,

próximo ao Hipermercado D’avó, foi inaugurada em 27/09/2016 a EMEB Ariano Suassuna, que atende crianças de 0 a 6 anos e faz parte do projeto Educa Mais, sendo então Escola de Tempo Integral.

Com relação à oferta de vagas e atendimento da demanda para crianças de 0 a 3 anos,

observamos que com a abertura do CEU Regina Rocco I e II, reformulação do atendimento das EMEBs Bernardo Pedroso, Odete, Irmã – Maria Ramos Pinto e creches conveniadas da região e inauguração das duas EMEB`s houve uma diminuição nas inscrições recebidas por nossa UE, mas não o suficiente para atender toda a demanda.

Vista lateral da área da nova creche( abril/2013)

Área da nova creche (2012)

Vista lateral da área da nova creche( março/2016)

Inauguração em dez/2016

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2.2. Plano de Ação para Comunidade Escolar

Nossas ações com a comunidade escolar estão continuamente relacionadas com o fortalecimento de vínculos, compartilhar as ações tanto da sala de aula como da escola como um todo, proporcionando constante envolvimento no dia a dia e parceria efetiva. Objetivos Gerais e Específicos

Promover ações que favoreçam a comunicação e a aproximação das famílias com

o trabalho desenvolvido pela UE, possibilitando um trabalho em parceria escola/comunidade escolar.

Valorizar a participação dos familiares/comunidade nos órgãos colegiados e no dia a dia da escola através de um contato próximo e acolhedor, caminhando para uma gestão democrática efetiva.

Ações propostas - Manter sempre um canal aberto ao diálogo, críticas e sugestões, seja pessoalmente, por telefone, agenda. - Manter o respeito, a ética e a transparência em todas as questões pedagógicas e de cuidado que envolva os alunos. (*) - Realizar conversas com pais durante o período de adaptação, tendo como norteador nosso trabalho e tomando cuidado para não ser invasivo, questionar o que realmente nos será relevante, o que fará diferença no nosso dia a dia e não perguntas constrangedoras, particularidades que possam ser consideradas para dar segurança aos educadores e aos familiares quanto às especificidades da criança; - Acolher a família, com olhar e escuta atenta para os medos e inseguranças porque a ansiedade do pai passa a ser a da criança; - Investir diariamente no acolhimento tanto na entrada e saída da escola por parte dos funcionários e gestão como na recepção e despedida da criança na porta da sala pelos educadores, mantendo sempre atitudes cordiais, respeitosas. - Socializar com os pais textos com informações sobre o que seu filho terá em nossa creche quanto aos aprendizados, rotina, alimentação, bem como de temas pertinentes ao desenvolvimento da faixa etária, conforme o grupo a que pertence: berçário, infantil I e infantil II - Enviar calendário mensal, informando previamente aos pais as atividades a serem desenvolvidas no mês. (**) - Enviar comunicado sobre Reunião com Pais, APM e Conselho, ressaltando a importância da participação de todos. (**) - Enviar comunicado sobre alterações de horário, dispensa de alunos em situações atípicas, com antecedência quando estes forem previsíveis, bem como sobre outros assuntos ou orientações pertinentes. (**) - Acompanhar sistematicamente as faltas dos alunos: após três faltas consecutivas sem justificativa os educadores da sala informam o oficial de escola (via filipeta) para que este entre em contato com a família verificando o motivo das faltas e realizando orientações necessárias. - Entrar em contato com as famílias nos casos onde o aluno encontra-se afastado por motivo de saúde, acompanhando sua recuperação.

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- Realizar o “mini conselho” no segundo HTPC do mês com o objetivo de tirar

encaminhamentos pedagógicos ou de acompanhamento nos casos de frequência irregular, cuidados precários, vulnerabilidade, necessidade de agendar reunião pontual com os pais e/ou responsáveis. - Acompanhamento, por parte da equipe gestora, das famílias em situação de vulnerabilidade, realizando orientações quanto aos seus direitos e órgãos a quem possam recorrer, fazendo também parceria com profissionais /órgãos (CRAS, CREAS, UBS). - Ressaltar a importância dos órgãos colegiados, suas funções e suas realizações durante o ano letivo. - Mural da escola com fotos temáticas, disposto na área externa da escola, sendo dois no primeiro semestre e dois no segundo. - Mural das turmas: cada turma monta seus murais na porta da sala conforme as experiências que queiram compartilhar como forma de apreciação e de aproximação das famílias ao trabalho desenvolvido. - Mural externo para avisos, acompanhamento das ações e prestação de contas da APM, informativos de utilidade pública, textos de sensibilização, etc.(**) - Painel interno de cada turma com mostra de atividades realizadas e/ou fotos ,valorizando-as e dando às crianças e aos adultos a possibilidade de visualizar cotidianamente o trabalho desenvolvido - Desenvolver projetos que incluam/envolvam os pais desde seu início e em todo seu desenvolvimento. - Socializar, sempre que possível, através de imagens ou registros escritos, via agenda, atividades desenvolvidas e/ou avanços das crianças. - Promover avaliações frequentes e socializar / discutir as respostas tabuladas em reunião com pais, tirando encaminhamentos em conjunto quando necessário e/ou possível. - Proporcionar atividades que promovam maior integração entre a escola – família e entre família-família, como acompanhamento da família durante o período de café da manhã (7h30 às 8h00), realizar com frequência pequenas exposições na sala de atividades de cada turma das produções das crianças, diálogo diário nos momentos de entrada/ saída e os sábados letivos. - Elaboração do informativo da escola, incluindo uma seção para tratar da importância e necessidade da gestão democrática, APM e Conselho de escola e uma edição especial no final do ano com as principais ações desenvolvidas ao longo do ano. - Aproveitar talentos dos familiares de nossas crianças (em anexo), propondo parceria para apresentações com instrumentos musicais, cultivo de plantas e participação em teatros em nossa escola.

REUNIÃO COM PAIS

Entendemos que a Reunião com pais seja um momento muito

importante de diálogo entre escola/educadores e famílias. São excelentes oportunidades para troca de saberes sobre a

criança e estabelecer parceria visando o melhor atendimento à criança e seu pleno desenvolvimento, tendo em vista que nem sempre ela demonstra o mesmo comportamento em casa e na escola e que as

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culturas familiares são diversas em relação a como educam seus filhos. Nestas ocasiões os educadores organizam o espaço de sala e materiais para apresentar o

trabalho desenvolvido em sala, planejando por temáticas elencadas a partir das perguntas que os pais vão fazendo no cotidiano. Os familiares passam a saber como organizamos muitas das coisas que as crianças demonstram trazer do universo escolar e também há a possibilidade de troca de saberes e experiências, onde os educadores têm a oportunidade de conhecer melhor o cotidiano de cada criança ,estabelecendo parceria.

No início de Dezembro faremos uma Reunião e tour pela escola com pais das crianças recém-matriculadas, entendendo que este encontro possibilita uma primeira aproximação entre familiares e escola. Muitas dúvidas surgem no momento da matrícula e às vezes as famílias ficam divididas entre a alegria de ter conseguido a vaga e a incerteza de se afastar de seu filho(a). Assim, elaboraremos a pauta de modo que as famílias expressem seus sentimentos, dúvidas e expectativas. A partir das falas destes é que se dará a reunião, compreendendo que esta primeira acolhida dá aos familiares uma segurança inicial, já que são ouvidos e a equipe escolar é apresentada a eles, os diferentes espaços e as principais concepções que regem o nosso trabalho.

Este ano o calendário escolar permanece organizado com quatro reuniões com pais. Sendo que a primeira anterior ao início das crianças, para apresentação dos educadores de cada turma e seus primeiros combinados e esclarecimentos. Os três outros encontros ao longo do ano são com dispensa de meio período letivo para crianças, com planejamento e organização dos educadores com temáticas escolhidas por eles, de acordo com seus projetos didáticos. E um encontro que não aparece no calendário escolar oficial, mas que acontecerá em dezembro para os familiares das crianças recém-matriculadas organizada e coordenada pela dupla gestora.

INFORMATIVO – ABC DOS PEQUENOS

Há seis anos adotamos o informativo da escola visando deixar mais visível

o trabalho realizado por todos nós, incluindo as ações desenvolvidas pelo colegiado da APM/Conselho de escola.

Valendo-nos de relatos descritivos e dicas úteis e contextualizadas entendemos este instrumento como uma possibilidade para divulgação e

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extensão de nosso trabalho cotidiano e parceria com familiares e com a comunidade de modo geral.

Serão três edições anuais com o seguinte cronograma: Edição em Maio referente aos meses de Fevereiro, Março e Abril; Edição em Agosto referente aos meses de Maio, Junho e Julho; Edição em Novembro referente aos meses de Agosto, Setembro e Outubro.

O nome do Informativo - ABC dos pequenos foi sugerido e eleito pelos funcionários em 2011 e

desde os preparativos para a primeira edição, adotamos uma pasta arquivo para documentar as edições, compreendendo cada número e o conjunto de edições como registro do processo histórico da própria escola EMEB Geraldo de Melo e de seu entorno, a comunidade do Parque São Bernardo.

A cada final de ano letivo, a equipe escolar aponta a necessidade de ajustes em seu formato e distribuição e a cada início de ano consideramos os apontamentos para organizamos sua nova composição.

Para que cada edição se concretize é necessário um processo de envolvimento e dedicação de vários funcionários e diferentes parcerias com membros da comunidade e prestadores de serviços públicos oficiais. Isto é muito significativo para nós da escola, pois se estabelece uma rede colaborativa em pró de um documento que três vezes no ano marca o nosso tempo e nossas ações e que simultaneamente se conecta à diferentes tempos e espaços do passado e do presente que também dão sustentação de alguma forma ao trabalho que desenvolvemos hoje, acontecendo uma verdadeira relação dialógica.

BLOG

Com o objetivo principal de tornar cada vez mais visível as vivências e aprendizagens das crianças bem como o trabalho desenvolvido nesta unidade escolar nos propusemos implantar um Blog Escolar em 2016.

Com o Blog poderemos reunir e postar em um único instrumento, convites, calendários, comunicados, projetos desenvolvidos, ações dos colegiados e, sobretudo os trabalhos de todas as turmas, possibilitando o acompanhamento do processo de aprendizagem e as múltiplas vivências das crianças, tendo a vantagem dos materiais publicados estarem acessíveis sempre que os interessados desejarem, favorecendo neste ínterim a inclusão digital.

Na expectativa de aumentar a apropriação do Blog pelas famílias lançamos um instrumento de pesquisa no início de 2017 para que as famílias dessem sugestões de postagens.

MURAL DE FOTOS

Temos na entrada da escola, ao lado da secretaria um mural em que utilizamos por duas vezes em cada semestre como mural de fotos. Entendemos

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este como mais um recurso importante para tornar as aprendizagens das crianças visíveis aos educadores, funcionários e familiares.

No dia a dia este espaço é utilizado para agenda de eventos e as notícias de interesse da comunidade. No entanto, na semana de divulgação dos trabalhos da escola o mural se transforma. É decorado, as fotos de todas as turmas são expostas e vinculadas a algum tema comum, como por exemplo: Período de adaptação, brincadeiras, sábado com comunidade escolar, etc.

MURAIS DE ATIVIDADES

A instalação de murais nos corredores da escola em 2013, possibilita a cada turma organizar o seu espaço para a exposição das produções das crianças.

Os murais representam, em nosso ponto de vista, uma ótima oportunidade de tornar visíveis as aprendizagens das crianças. Proporciona aos frequentadores da escola (educadores, crianças, funcionários, familiares e visitantes) um apanhado das vivências das crianças.

É possível por meio destes, fazer diferentes análises das concepções dos educadores ao expor o que sabem por meio das propostas de atividades lançadas às crianças.

Cada turma possui um mural afixado no corredor próximo à sua sala e na altura das crianças a fim de tornar acessíveis a toda a comunidade escolar, os desenhos, pinturas, brincadeiras, etc. das crianças.

O incentivo é agregar legendas e fotos das propostas para que se possa apreciar e valorizar o momento da produção ou vivência da turma, dando possibilidade aos educadores e crianças de periodicamente utilizar este meio de comunicação para envolver, inspirar e estimular todos os usuários que circulam pelos corredores da escola.

A partir de 2015 com os mesmos objetivos, combinamos ainda que as turmas irão preparar murais temporários para utilizar nas portas de entrada e saída das crianças.

EMPRÉSTIMOS DE LIVROS PARA COMUNIDADE ESCOLAR

Reconhecendo a importância da leitura realizamos já por alguns anos empréstimos de livros para as crianças, o que denominamos Biblioteca circulante, mas na avaliação do final do ano letivo de 2015 tiramos como encaminhamento a expansão de empréstimos para os adolescentes e adultos que frequentam a nossa escola, assim iniciamos em 2016 o empréstimo de livros nos momentos de entrada e saída das crianças duas vezes por semana.

O acervo de livros atende o público jovem e adulto e é

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composto por doações diversas e parceria da Biblioteca pública do bairro Baeta Neves.

Ofertamos a cada dia de empréstimo 20 livros dispostos em formato de vitrine em bolsões confeccionados pela funcionária Isaura e os leitores ficam à vontade para selecionar até dois livros para levarem para casa. Autonomamente registram seus empréstimos e não há limite de tempo para o retorno destes livros, pois compreendemos que cada leitor possui um ritmo de leitura.

A devolução é feita para funcionários que acompanham os momentos de entrada ou saída das crianças e posteriormente é dada baixa no registro de empréstimo.

No ano de 2016, dos meses de Julho a Dezembro realizamos 162 empréstimos e para 2017 estamos desejosos em aumentar este número e que mais pessoas tenham acesso à leitura.

CAFÉ DA MANHÃ

Aqui em nossa escola, os responsáveis por trazer as crianças para escola são convidados a acompanhar diariamente as crianças no café da manhã.

O café da manhã acontece simultaneamente à entrada das crianças que abrange o período das 7h30mim às 8h.

Os responsáveis entram com as crianças nas respectivas salas referências, acomodam os pertences das crianças e se dirigem ao refeitório. Lá encontram a funcionária Adriana que é responsável pela organização e apoio do espaço.

Sobre as mesas ficam jarra com bebida morna, canecas, bandeja com pães fatiados e o recheio.

As crianças, cujos responsáveis não podem ficar para este momento, são acolhidas e muitos pais dos colegas de sala se responsabilizam por acompanhá-las no café da manhã ou são ainda acompanhadas pela funcionária de apoio que permanece no refeitório neste momento.

Com esta ação é notório o intercâmbio entre crianças e familiares das diferentes salas que se encontram no refeitório da escola. Entendemos também que seja um rico momento de observação pelos familiares das crianças da dinâmica da rotina matinal da escola. É possível ver a recepção das crianças de outras turmas, pois todas as portas internas estão abertas no momento do acolhimento; As cozinheiras estão preparando hidratação e almoço, funcionários estão chegando e cumprimentando a todos e funcionárias de apoio estão realizando algumas de suas atribuições.

No refeitório temos um mural imantado em que as cozinheiras fixam diariamente fichas com imagens e texto

Café da manhã especial no encerramento do ano letivo

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sobre todas as refeições que serão servidas ao longo do dia. Assim, as crianças, os familiares e funcionários podem antecipar o que será servido.

Durante trinta minutos a dinâmica da escola é bem ativa e de grande parceria e comunhão entre os usuários da escola.

EVENTOS – SÁBADOS LETIVOS

Dentre as opções de datas que a Secretaria de Educação indicou à rede para desenvolver atividades com a comunidade escolar optamos pelas datas 24/6 e 21/10 e para cada dia planejamos atividades que acreditamos estar em consonância com objetivos contidos em nosso Projeto Político Pedagógico (PPP). Como nos anos anteriores planejamos abrir os portões da escola nos sábados letivos para receber nossas crianças e seus familiares para usufruir um dia em que são apresentadas propostas interativas que possibilitem lazer, cultura e ação social. Assim, para o dia 24 de Junho pretendemos envolver a comunidade escolar em uma encenação teatral em que os participantes poderão articular além das diferentes linguagens as dimensões cultural, estética e artística. Para o dia 21 de outubro estamos planejando valorizar os saberes dos usuários adultos (educadores e familiares) de nossa escola, organizando uma ação cultural com e para os usuários. Para tanto, em nosso primeiro instrumento de pesquisa com as famílias em março levantamos os possíveis conhecimentos dos familiares sobre instrumentos musicais e ao longo do ano pretendemos realizar diferentes parcerias para aumentar o acesso a apresentações musicais e teatrais de nossas crianças.

Desejamos ampliar a participação das famílias nas atividades de sala cotidianamente para que cada vez mais se sintam mais envolvidos com o nosso trabalho, sendo parceiros e ficando à vontade em estarem presentes nos dias dos eventos, priorizando a vida escolar da criança em detrimento de outros afazeres de final de semana.

Em cada evento procuraremos registrar o número de pessoas que prestigiarão os eventos, dados estes que nos possibilitam analisar objetivamente os presentes por turma e no evento como um todo. Adotamos a prática de enviar após cada evento um bilhete de agradecimento pela presença ou de registro que sentimos a ausência para cada família por meio da agenda de nossas crianças.

Procuramos observar o envolvimento dos participantes nas propostas e desenvolver uma escuta das falas das crianças e suas famílias quando estes externam suas opiniões, bem como enviamos uma avaliação para coletarmos dados que nos ajude a rever o nosso planejamento e execução da proposta.

Internamente realizamos avaliação com os funcionários nos dias que se seguem a cada evento. Utilizamos diferentes estratégias para este fim. Já fizemos uma planilha única para que de maneira anônima os funcionários sinalizem o que gostaram e o que precisa de ajustes segundo a visão destes. Em outro momento oferecemos pedaços de papéis para composição de um painel com a avaliação de cada profissional envolvido.

Estes dados são compilados e utilizados nos momentos de planejamento dos próximos sábados letivos.

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Responsáveis (*) Equipe escolar (**) Equipe gestora Prazo/Periodicidade As ações serão desenvolvidas durante todo o ano. 2. 3. Avaliação

Serão realizadas periodicamente, havendo também um canal aberto de comunicação durante todo o ano para sugestões e críticas tanto através do contato diário com os educadores quanto de agendamento prévio com a equipe gestora.

ALGUMAS AÇÕES REALIZADAS COM A COMUNIDADE

Pais e filhos no período de adaptação

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Café da manhã com as famílias

Sábados letivos com a comunidade

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3. Equipe Escolar 3.1. Professores /Auxiliares em Educação

Após processo de remoção dos professores ao final de 2016 a nossa equipe de educadores

está passando por algumas adaptações, apropriações e estabelecimento de vínculos. Recebemos 04 professores advindos de outras unidades. Um professor advindo do Ensino

Fundamental, mas que não assumiu sala em nossa escola por ser designado como PAPP (Professor de apoio aos programas pedagógicos). Uma professora da EMEB Josué de Castro e outra da EMEB Alzira Martins Mendonça que atendem crianças de 0 a 3 anos como a nossa unidade escolar e uma que atuava na EMEB Padre Léo Commissari que atende o Ensino Fundamental.

No total temos 23 educadores e com a saída de alguns e chegada de novos membros precisamos nos reorganizar para que aconteça afinamento de concepções e combinados. Para tanto também nos valemos dos encaminhamentos sugeridos pela equipe do ano anterior que foram socializados e contextualizados historicamente e a partir destes elencamos as necessidades e ações para este ano. No entanto, entendemos que é no convívio e com diálogo constante é que as parcerias vão se consolidando e o trabalho se solidificando.

EQUIPE ESCOLAR – PRIMEIRO DIA DE TRABALHO 2016/2017

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3.1.1. Caracterização PROFESSORES/AUXILIARES

Com a diversidade de experiências profissionais e tempo de serviço de nossa equipe

docente, concluímos que é preciso um olhar atento ao planejamento de formação contínua em serviço para levar em conta a experiência destes profissionais em outras unidades da rede. Procurar ouvir os membros dos grupos e propor experiências práticas para que se apropriem paulatinamente da concepção de Escola da Infância que estamos construindo enquanto rede e, sobretudo nesta unidade escolar ao longo dos anos, contextualizando historicamente as nossas falas, oferecendo também múltiplas oportunidades de trocas de saberes profissionais e pessoais entre os educadores da unidade, para que juntos possamos compor as concepções que regem nossas ações.

Concluímos que é aqui na escola, na prática, que a formação profissional precisa acontecer com mais intensidade, pois a formação contínua em serviço tem como pano de fundo as múltiplas vivências com as crianças e a consideração do contexto em que o educador atua como fonte de pesquisa e o cruzamento de saberes entre os profissionais.

Organização dos Professores e Auxiliares em Educação para apoio as turmas:

A partir de 2011, com a reestruturação do horário de atendimento da creche, iniciaram os Auxiliares em Educação de apoio, professores substitutos volantes e professor efetivo sem titularidade, tanto para substituições como para apoiarem as turmas principalmente nos horários onde há um educador.

Até 2013 procurávamos organizá-los determinando turmas referências. Em 2014, após observação e discussões, a equipe optou por um esquema de rodízio.

O rodízio segue neste semestre estruturado conforme a tabela abaixo, mas sempre se reorganizando conforme a demanda de substituições:

3.1.2. Plano de formação para os Professores/Auxiliares em educação

JUSTIFICATIVA Entendemos que a formação contínua em serviço é muito importante para que os educadores desenvolvam uma práxis educativa, adquiriram condições mínimas de estender as discussões realizadas nos encontros formativos em sala e transpor as reflexões para prática, colaborando para a sintonia de concepções e ações.

VOLANTES SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA ANGÉLICA IA IB IIA IIB IIC LORAINE IID IA IB IIA IIB LUCIANO IIC IID IA IB IIA MICHELLY IIB IIC IID IA IB MIRIAN IIA IIB IIC IID IA

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Com relação ao plano, em 2013 realizamos a formação sobre Escola da Infância para uma atuação mais consciente e segura com as crianças baseadas na formação oferecida pela Secretaria de Educação em parceria com Suely Amaral e Mônica Pinazza no segundo semestre de 2011 e 2012 para equipe gestoras.

Na avaliação final do ano letivo de 2013 a equipe docente apontou a necessidade de estudarmos a Escola da Infância aplicada à prática desta unidade escolar considerando suas peculiaridades de espaço, recursos humanos e físicos e contexto sociocultural, o que temos buscado desde então.

Em 2014 retomamos esta questão para que a equipe explicitasse quais pontos gostariam que fossem abordados nos estudos em HTPCs. Na ocasião, os educadores apontaram os seguintes pontos: Desenvolvimento de 0 a 3 anos; Aspecto afetivo da criança e educador; sugestões de atividades possíveis dentro desta unidade escolar; como potencializar o espaço físico; como organizar uma rotina especifica da creche; como desenvolver a autonomia da criança; o papel do educador ou das diferentes funções; como realizar observações-sistemáticas, estudo de caso, com foco e em contexto; como privilegiar o brincar/ Ludicidade; como valorizar o cuidar/ educar; como fortalecer a parceria entre escola e família; como realizar intervenções; como planejar garantindo – ação/reflexão/ação.

Sabemos que o elo que interliga todos os pontos listados é a criança e sendo ela sujeito principal de nosso atendimento deve ser fonte de muita observação, de pesquisa e de afetividade. Temos consciência que a formação dos profissionais é ampla e continua, acontecendo no decorrer de toda a vida profissional, por este motivo optamos por priorizar o desenvolvimento humano de 0 a 3 anos; Aspecto afetivo da criança e educador; sugestões de atividades possíveis dentro desta unidade escolar; como potencializar o espaço físico.

Em 2015 demos continuidade a essa formação, seguindo as necessidades já apontadas anteriormente, sempre à luz da Escola da Infância, da criança como sujeito, proporcionando vivências e experiências que tragam a cultura mais elaborada. Paralelo a isso, seguem também as discussões sobre o Currículo da Educação Infantil.

Dialogando com nossas pesquisas anteriores e dando continuidade à nossa formação sobre a Escola da Infância, em 2016 sentimos o desejo de entender melhor a organização curricular por Campos de experiência, colocando no centro de nosso Projeto educativo o fazer e o agir das crianças, bem como o papel dos educadores para favorecer as vivências e experiências significativas das crianças dentro desta unidade escolar.

Estamos adotando em 2017 o currículo por Campos de Experiências, o que nos move a continuar os estudos sobre esta organização e alguns de seus desdobramentos como o protagonismo das crianças; papel do educador; o espaço como mais um educador; afetividade; o trabalho com elementos da natureza e documentação pedagógica, tendo como pano de fundo a nossa própria realidade: as nossas crianças e seus familiares, os nossos educadores e as nossas práticas.

Entendendo que a aprendizagem é cumulativa e acontece nas relações, contaremos também com as trocas de saberes entre os próprios educadores nos momentos coletivos formais de formação e fora destes, de maneira informal e no cotidiano das práticas para que juntos, em equipe consigamos construir uma Escola da Infância de fato em que cada vez mais cada criança vivencie muitas experiências significativas, propiciando diversas aprendizagens / desenvolvimento na EMEB Geraldo de Melo Ferreira.

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OBJETIVOS Com o nosso Plano de formação pretendemos que os educadores:

Desenvolvam identidade profissional próprias de educadores de 0 a 3 anos; Ampliem conhecimentos sobre desenvolvimento infantil, ligando teoria à pratica; Construam saberes didáticos para ações mais intencionais sobre Escola da Infância e

outras vertentes temáticas recortadas dos momentos da rotina; Construam conhecimentos sobre campos de experiência e façam relações com o

planejamento cotidiano da turma; Utilizem o Plano de ação como fonte investigativa do próprio trabalho, interligando as

diferentes atividades e necessidades específicas das crianças; Participem de conversas formais com equipe gestora e com os colegas sobre observações

específicas de alguma criança ou turma e traçar encaminhamentos; Analisem imagens extraídas das práticas do contexto escolar ou de crianças em atividade;

CONTEÚDOS

Construção de identidade profissional de 0 a 3 anos como sendo o desenvolvimento de ser e estar na profissão docente em seus aspectos particulares para atuação na faixa específica que atendemos;

Ampliação de conhecimentos sobre desenvolvimento infantil como o aprimoramento de saberes e competências docentes, interligando teoria à pratica, reconhecendo e respeitando as características das fases peculiares de cada faixa etária;

Construção de saberes didáticos para ações mais intencionais a partir do estudo da Escola da Infância e outras vertentes temáticas recortadas dos momentos da rotina entendido como conscientização progressiva e cumulativa do papel da escola e de conhecimentos específicos da docência a partir da realidade concreta das crianças e da aprendizagem/desenvolvimento significativos;

Construção de conhecimentos sobre Campos de experiência vista como a apropriação e consideração nos planejamentos dos educadores da organização do tempo, espaços, materiais e crianças, favorecendo experiências e aprendizagens significativas;

Utilização do Plano de ação como um registro do processo ação/reflexão/ação por meio da documentação do próprio trabalho, valendo-se do planejamento e das reflexões sobre as ações didáticas dos educadores da turma e das reações das crianças diante das intervenções, bem como o estabelecimento de parceria entre gestão e educadores para a construção de práticas cada vez mais conscientes;

Participação de conversas formais com equipe gestora e colegas sobre necessidades específicas de alguma criança ou turma e traçar encaminhamentos como forma de aumento de compreensão do que está envolvido na atuação docente que favoreça o atendimento à comunidade ou desenvolvimento de crianças de 0 a 3;

Análise de imagens extraídas das práticas do contexto escolar ou de crianças em atividade como forma de pesquisa teórica, investigação e estudo dos nossos afazeres cotidianos;

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ESPAÇOS FORMATIVOS: JORNADA FORMATIVA

Após alguns anos de discussões na Rede de Ensino de São Bernardo do Campo, este ano

iniciamos a jornada formativa na creche. Para entendermos como ela surgiu precisamos resgatar um pouco da legislação.

A Lei Nº 11.738 de 16 de julho de 2008, a “lei do piso”, fixa o piso salarial nacional dos professores, afirmando que esse piso é pago por determinada jornada e disciplinando como se compõe essa mesma jornada.

Ela representa uma vitória e um avanço, pois o piso salarial profissional nacional é uma luta histórica dos educadores brasileiros. A primeira referencia a um piso salarial data de 1822, registrada em portaria imperial. O piso chegou a ser promulgado em 1827, mas não foi implementado. Nesses quase dois séculos a luta pelo piso salarial nacional do magistério nunca cessou.

De acordo com a Lei nº 11.738/2008, portanto, ao professor deve ser assegurada uma composição da jornada de trabalho que comporte, no máximo, 2/3 de cada unidade que compõe essa jornada, ou seja, cada aula, em interação com os estudantes e, no mínimo 1/3 destas unidades (aulas) destinadas à atividade extraclasse.

Sendo assim para que se cumprisse essa lei, em 2015 houve algumas mudanças no horário de atendimento às crianças e no horário de trabalho dos professores, que na modalidade 0 a 3 anos passou a ser:

• Período das crianças das 07h30min às 17h30min

• Horário de entrada: das 07h30min às 08h

• Horário de saída: das 17h às 17h30min

O 1/3 destinado a atividades extraclasse a que se refere a lei ficou subdividido conforme quadro abaixo ,mantendo as 3 horas de HTPC , ampliando para 3 horas e vinte minutos o HTPL e 7 horas de HTP. Distribuição da carga horária dos professores de 40 horas, a partir do dia 16 de março de 2015 e revalidado para 2017:

De acordo com a Rede 11/2016, temos como orientação: O Horário de Trabalho Pedagógico (HTP) é o período destinado às atividades como

planejamento (elaboração de planos de aulas, organização de materiais e recursos), registros, organização de portfólios, devolutivas, reuniões entre professores, reuniões com EOT/OP, atendimento aos pais, participação em Conselhos de Escola e demais ações formativas que farão

40 horas SEMANAIS

26h40min REGÊNCIA

3 horas 3h20min 7 horas 5h20min

HTPC HTPL HTP REGÊNCIA DIÁRIA

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parte do acompanhamento a ser realizado pela equipe gestora, bem como as formações que poderão ocorrer através da Secretaria de Educação.

A definição de horários para a realização do HTP deverá ocorrer, conjuntamente, entre equipe gestora e professores, de modo a viabilizar a efetivação das ações previstas para esse momento.

Considerando a produtividade e o espaço físico da escola, o horário de trabalho das professoras em vigor desde 16/03/2015 ficou distribuído da seguinte forma:

ORGANIZAÇÃO DA JORNADA FORMATIVA

Como temos algumas dificuldades com relação ao espaço físico e consequentemente em

propiciar um local adequado para realização do HTP, foi adaptado o hall de entrada com uma mesa, cadeiras e biombo, organizados a cada encontro.

Em 2017, as professoras substitutas, em parceria com a coordenadora pedagógica e demais professoras, irão utilizar os horários de HTP delas para encabeçar o estudo sobre intervenções nos espaços, a organização dos painéis interativos na área externa e instalações temporárias nos corredores internos da escola, em consonância com os apontamentos pedagógicos descritos ao longo de nosso PPP.

MANHÃ 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª HTP 7H-7H30 7H-7H30 7H-7H30 7H-7H30 7H-7H30 REGÊNCIA 7H30 ÀS

11H50 7H30 ÀS 11H50

7H30 ÀS 11H50

7H30 ÀS 11H50

7H30 ÀS 11H50

ALMOÇO 11H50 ÀS 12H50

11H50 ÀS 12H50

11H50 ÀS 12H50

11H50 ÀS 12H50

11H50 ÀS 12H50

REGÊNCIA 12H50 ÀS 13H50

12H50 ÀS 13H50

12H50 ÀS 13H50

12H50 ÀS 13H50

12H50 ÀS 13H50

HTP/HTPC - HTPC 13H50 ÀS 16H50

HTP 13H50 ÀS 15H30

HTP 13H50 ÀS 15H30

-

HTP 16H50 ÀS 18H00

TARDE 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª HTP 7H00 ÀS

8H10

HTP/HTPC - HTPC 8H10 ÀS 11H10

HTP 9H30 ÀS 11H10

HTP 9H30 ÀS 11H10

-

REGÊNCIA 11H10 ÀS 12H50

11H10 ÀS 12H50

11H10 ÀS 12H50

11H10 ÀS 12H50

11H10 ÀS 12H50

ALMOÇO 12H50 ÀS 13H50

12H50 ÀS 13H50

12H50 ÀS 13H50

12H50 ÀS 13H50

12H50 ÀS 13H50

REGÊNCIA 13H50 ÀS 17H30

13H50 ÀS 17H30

13H50 ÀS 17H30

13H50 ÀS 17H30

13H50 ÀS 17H30

HTP 17H30 ÀS 18H

17H30 ÀS 18H

17H30 ÀS 18H

17H30 ÀS 18H

17H30 ÀS 18H

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HTPC

Os encontros acontecerão às terças-feiras das 7h às 10h e das 15h às 18h. Em todos os HTPCs temos espaço para informes e combinados internos. Entendemos estes momentos como ricas fontes formativas, pois na consideração dos tópicos de naturezas diversas, concepções e posturas vêm à tona, fornecendo elementos para que se efetive o movimento contínuo de construção de saberes didáticos e éticos do corpo docente da escola quanto à Escola da Infância.

O segundo HTPC de cada mês é dedicado para o que denominamos “Mini conselho”. Os trios ou quartetos recebem uma semana antes, formulário construído por nós em um dos HTPCs de 2015, contendo nome da criança, data de nascimento, observações que os educadores queiram destacar e que justifiquem a preocupação deles tanto nos aspectos sociais como nos pedagógicos e que consideram estar afetando a criança em questão. Também há espaço no formulário para sinalizarem as ações, dos educadores referência, realizadas até aquele momento.

Conversamos sobre cada criança citada, ouvindo outros educadores, que às vezes trazem relatos que podem nos ajudar a entender o contexto de vida da criança e/ou possíveis causas de instabilidade ou ainda dar subsídios para uma mudança de cenário educativo.

Para que a formação aconteça de maneira significativa, precisamos considerar, utilizando diferentes estratégias, os saberes dos educadores e a troca destes e de suas experiências com os colegas para que como equipe, consigamos questionar ou validar ações didáticas a fim de potencializar as vivências cotidianas de nossas crianças.

Este ano seguiremos com estudo da prática, utilizando fotos e filmagens de propostas apresentadas pelas professoras de suas respectivas turmas. A Coordenadora Pedagógica irá realizar observação em sala e coletar materiais de análise. Após devolutiva e considerações individuais do produto coletado, serão elencados pontos pertinentes à Escola da Infância a serem destacados em HTPC.

À medida que formos ressaltando as experiências vividas e explicitando a intencionalidade por trás das propostas, vamos considerando os campos de experiência, seu conceito e possíveis alterações na escrita do PPP, abandonando paulatinamente o registro atual que é por áreas de conhecimento. REUNIÕES PEDAGÓGICAS

O grupo docente está dividido semanalmente em dois encontros formativos, as decisões e vivências da equipe docente como um todo mais especificamente só irão acontecer durante as reuniões pedagógicas, nos impondo a necessidade de organizar estrategicamente encontros para reflexão e planejamento de atividades coletivas, como é o caso, por exemplo, dos planejamentos

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para os sábados letivos, bem como propiciarmos ao menos uma atividade externa para ampliação cultural de nossa equipe. Assim, estruturamos as datas das reuniões pedagógicas para atender esta necessidade, entendendo estes momentos como formativos e propícios a aprendizagens coletivas, uma vez que no ato de planejar as concepções individuais são expostas e discutidas em grupo, acarretando em momentos formativos muito ricos.

Há também as reuniões em que a Secretaria de Educação nos coloca data e pauta para os encontros. Podemos citar, por exemplo, o encontro para considerarmos o PPP e ao final do ano avaliar as ações realizadas durante o ano. LEITURA/DEVOLUTIVAS DO PLANO DE AÇÃO

Temos em nossa unidade escolar um documento unificado oficial (deliberamos denominá-lo Plano de ação) para planejar, avaliar e replanejar atividades com crianças.

Este documento foi idealizado para reunir as diferentes ações didáticas docentes, nos ajudando a vislumbrar com mais clareza o trajeto intencional de nosso fazer pedagógico, bem como o processo de ensino-aprendizagem. Este fazer pedagógico deve ser flexível e articulado com PPP (Projeto Político Pedagógico) e atender as necessidades da criança ou do agrupamento destas. Saberes estes, registradas em um documento individual que denominamos Ficha de saberes (Vide avaliação das aprendizagens das crianças).

As professoras de cada turma se organizam para documentar o planejamento e fazer registros reflexivos sobre os diferentes desdobramentos do ato de planejar e da prática em sala, contemplando as sugestões/opiniões de todos os integrantes do trio docente.

As seis turmas são divididas em dois grupos e cada turma deste agrupamento entrega à coordenação o documento a cada quinze dias em semanas agendadas previamente pela CP que organiza a sua rotina para ler os Planos de ação, que retornam no mesmo dia com apontamentos escritos no próprio plano, estabelecendo um trabalho em parceria com os educadores e é entendido também como uma das estratégias formativas profissionais em serviço.

Também a partir da leitura do documento, textos de apoio à reflexão/pesquisa podem ser compartilhados de acordo com o contexto para embasar o processo investigativo e de aprendizagem docente/discente. Entendemos que estes precisam ser lidos por todos os educadores da turma para trocarem saberes e pontos de vista, ampliando a capacidade de todos de fazer intervenções cada vez mais conscientes e intencionais. CONVERSAS INDIVIDUAIS OU EM TRIO DE EDUCADORES

Esporadicamente a equipe gestora irá receber um representante da turma (educador) quando tiver a necessidade de orientações específicas e/ou o trio de educadores para tratar de assuntos mais complexos sobre alguma criança, da turma e/ou atuação didática quando houver a necessidade de estabelecer combinados e procedimentos comuns entre os educadores.

Entendemos estes encontros como ótimas oportunidades para uma formação mais individualizada e dialógica. No entanto, a demanda de trabalho e a falta de educadores de apoio nos leva a ter encontros breves e objetivos, orientando e formando para uma prática em sala coerente com a Escola da Infância.

Nestes encontros podemos ouvir as conquistas e necessidades específicas, validar ações, fazer indicações e traçar encaminhamentos.

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MURAL PARA FUNCIONÁRIOS – INFOEDUCAÇÃO

Desde 2010 adotamos um mural no espaço (copa) de circulação de todos os funcionários. Este espaço foi criado para circulação de informações oficiais e/ou informais de interesse

coletivo. (divulgação de cursos, palestras, eventos culturais, etc). Entendemos este espaço também como um instrumento que viabiliza a circulação de

informações que se lidos poderão colaborar com a formação dos profissionais da escola. Em 2017 também será disponibilizado cartões ilustrados e com referências de obras de

arte principalmente do acervo do MASP, entendendo que a apreciação destas obras poderá colaborar para percepção visual, estética e artística da equipe Geraldo de Melo.

Assim, ficará a cargo da Coordenadora Pedagógica, Adriana, a organização de materiais impressos semanais, estendendo a toda equipe a possibilidade de afixar mensagens ao grupo todo. 3.1.3. AVALIAÇÃO No final do primeiro semestre teremos um momento reflexivo sobre as nossas ações/formações e ao final do ano letivo faremos um instrumento avaliativo do processo formativo considerando: Auto avaliação Sistematização das discussões coletivas sobre avaliação Avaliação dos aprendizados 3.3. Funcionários

3.3.1. Caracterização No início de fevereiro deste ano tivemos a aposentadoria

da professora readaptada Dulce, que desenvolvia atividades na secretaria e de apoio à gestão. É uma pessoa muito querida por pais, crianças, funcionários e ajudou a construir boa parte da história desta escola, como moradora do bairro, professora da escola, avó de alunas e, após readaptação, como apoio a todos nós. Já sentimos saudades.

Então, agora contamos com um Oficial de Escola para atendimento na Secretaria. A equipe gestora se reveza no atendimento nos horários/dias em que ele não está presente.

Com relação à equipe de apoio, contamos com cinco funcionárias, que além de suas tarefas diárias participam de momentos da rotina das turmas em que são referências. É evidente o entrosamento e a parceria entre a equipe e desta com os demais funcionários e crianças.

A equipe da cozinha passou por alterações no período de 2010 a 2012. Recebemos uma nova Cozinheira no final de 2010, em 2011 houve a troca de três Auxiliares de Cozinha e da Supervisora da Coan. Em 2012 houve mudança de uma Auxiliar de Cozinha assim como da empresa que presta serviço para a Alimentação escolar que deixou de ser a COAN e passando a ser a ERJ. Devido as constantes mudanças, a equipe necessitou de vários ajustes, tanto nas relações interpessoais quanto também no que diz respeito às alterações de cardápio e orientações da Seção de Alimentação escolar.

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Em 2015 nova reorganização do módulo de funcionárias devido a questões contratuais (passamos então para três) além de vários contratempos devido à situação financeira da empresa ERJ.

Em abril de 2016 iniciou o contrato com a Empresa CONVIDA, nova reorganização, diminuição do quadro para duas funcionárias. Após justificativas por parte da equipe de gestão e observação da rotina da cozinha por técnicos da Alimentação escolar, volta-se para o número de três funcionárias.

Iniciamos 2017 com diminuição do quadro novamente, no momento estamos com duas funcionárias bastante sobrecarregadas. Mais uma vez nos reportamos a Seção de Alimentação Escolar solicitando e justificando alteração do quadro para três funcionárias.

Esta equipe frequentemente passa por períodos de adaptação, mas nota-se também sempre o desejo de prestar um atendimento de qualidade bem como uma preocupação com o bem estar das crianças e estabelecimento de vínculos com elas. Assim, entendemos que o acolhimento e o respeito ao momento de cada um com relação à adaptação precisam, assim como com as crianças e familiares, também ser cuidado com os funcionários.

Entendemos como Quadro de funcionários os profissionais que atuam fora das salas de vivências, nos diferentes espaços da escola (secretaria, área de lavanderia, cozinha, etc.), que dão suporte ao trabalho pedagógico intencional dos educadores e em contato com crianças e familiares no cotidiano de seus afazeres.

A equipe da cozinha embora não seja funcionária da Prefeitura municipal e sim da empresa contratada CONVIDA, é composta por pessoas que internamente entendemos fazendo parte da equipe escolar e que, portanto, participam dos momentos formativos – Reunião pedagógica e nos tratos cotidianos, assim, deliberamos incluir seus membros no quadro dos funcionários da escola. Analisando o quadro dos profissionais de apoio educacional da escola pudemos verificar que três estudaram até o ensino fundamental, cinco pessoas possuem ensino médio e duas têm nível superior, o que para nós é muito significativo, sobretudo suas contribuições embasadas nos momentos de reunião, bem como sugestões práticas. Aos nossos olhos, as informações contidas neste quadro são muito positivas uma vez que percebemos o interesse pessoal dos profissionais em avançar em conhecimento formal almejando uma ascensão pessoal e profissional. Notamos também que os avanços em conhecimentos formais repercutem no trabalho à medida que a equipe consegue assimilar melhor informações relevantes para o desenvolvimento de suas funções bem como possibilitam participar mais ativamente das formações proporcionadas, ampliando o olhar para que a construção paulatina e desejada de implantar a Escola da Infância se efetive nos diferentes espaços para além das salas referências das crianças.

Observando o tempo de trabalho como funcionários da Prefeitura e da escola, verificamos que a nossa equipe possui quase o mesmo tempo. Isto nos diz que o trabalho desenvolvido aqui oferece condições para uma estabilidade e formação de vínculos.

Aqui na escola, entendemos que a formação da equipe como um todo deva acontecer de maneira simultânea, promovendo espaços de trocas de saberes, independente do setor em que se atua. Aos nossos olhos, os ganhos da formação contínua em serviço estruturada desta forma são enormes, sobretudo favorece a formação de vínculos e entendimento em cadeia do trabalho realizado com as crianças.

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3.3.2. Plano de Formação dos Funcionários

JUSTIFICATIVA Considerando a dinâmica intensa da rotina da creche e as diferentes atuações dessa

equipe, é necessário ter o cuidado de revisitar constantemente não somente a organização do trabalho e as dificuldades encontradas para sua realização , assim como , as diferentes relações que acontecem no cotidiano escolar, com outros colegas, crianças e famílias. Considerando o trabalho que deve ser desenvolvido na escola de zero a três, inclusive com a Equipe de Apoio, que envolve conhecimentos importantes para considerarmos os diferentes cuidados nas relações e na organização dos diversos espaços do ambiente escolar, assim como, com os cuidados quanto à alimentação, higienização dos objetos e no trato das relações. (com as crianças, funcionários e famílias), continuaremos investindo nos espaços formativos. OBJETIVOS:

Desenvolver na equipe o reconhecimento e identidade de educador, quanto à

responsabilidade para com a criança. Possibilitar a participação e o envolvimento do pessoal de apoio (oficial de

escola, auxiliar de limpeza, cozinheira e auxiliar de cozinha) no PPP, incluindo-os nos momentos de discussão, elaboração e execução do documento, garantindo a participação nos momentos de formação nas reuniões pedagógicas.

AÇÕES PROPOSTAS:

Acompanhamento do trabalho desenvolvido pelos funcionários da secretaria e da alimentação escolar (neste caso em parceria com a supervisora responsável), fazendo intervenções sempre que necessário de forma a garantir o princípio de que o educar e o cuidar é indissociável e que no contexto escolar somos todos educadores.

Orientações pontuais sempre que necessário, visando a formação da equipe de apoio quanto à construção de práticas de trabalho e consequente melhoria da qualidade, reorganizando as diferentes ações que executam na rotina escolar.

Realização semanal de reunião com a equipe de apoio, um representante da cozinha e um da secretaria, socializando assuntos e combinados realizados em HTPC com o objetivo de integrar a equipe as decisões tomadas, contextualizando e justificando-as e oferecendo também espaço para sugestões. (**)

RESPONSÁVEIS:

Equipe de gestão

CRONOGRAMA: (*) Anual (**) Semanal

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3.3.3. Avaliação do Plano de Formação

No final de cada semestre iremos refletir sobre as estratégias, a periodicidade e os possíveis instrumentos a serem utilizados no processo de avaliação.

Considerando: Auto avaliação Avaliação da Equipe Gestora Sistematização das discussões coletivas de avaliação

Reuniões Pedagógicas com toda a Equipe escolar

Formação em HTPC

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4. Conselho 4.1. Conselho de Escola

GESTÃO DEMOCRÁTICA “Interessou-nos sempre, e desde logo, a experiência democrática através da educação.

Educação da criança e do adulto. Educação democrática que fosse, portanto, um trabalho do

homem com o homem e nunca um trabalho verticalmente do homem sobre o homem ou

assistencialistamente do homem para o homem, sem ele.” (Paulo Freire)

A gestão democrática é exercício cotidiano de convivência entre alunos, professores, pais, direção e equipe de apoio: é permeada por relações vinculares complexas, multiplicidade de concepções e referenciais, conflitos e divergências. O protagonismo de cada um dos envolvidos nesta relação será firmado apoiando-se em princípios éticos e confiança recíproca. Propiciar a integração e o diálogo entre estas pessoas, facilitando troca de ideias, concepções e crenças, incorporando novos elementos e conhecimento, estruturará os pilares da gestão democrática, favorecendo que a escola cumpra seu papel social, implementando seus objetivos com qualidade e responsabilidade. A gestão democrática está prevista na Constituição Federal, artigo 206, inciso VI sendo um dos princípios com base nos quais o ensino público deve ser ministrado e cujo objetivo é conhecer melhor o conjunto das necessidades e opiniões e com isso melhorar a aprendizagem dos alunos de todas as camadas da população, com a participação e tomada de decisões coletivas e, respectiva assunção de responsabilidades. Temos nos colegiados uma participação muito pequena em número de pessoas e extremamente tímida em termos de opiniões, sugestões e ações. Isto nos frustra muito e nos faz questionar onde erramos? Qual caminho seguir? Observando, refletindo, percebemos que não adianta oferecer o espaço se as pessoas não o reconhecem como direito. Considerando que historicamente a gestão democrática é bastante recente, podemos afirmar que exercê-la é um grande desafio tanto para nós quanto para a comunidade, pois somos frutos do modelo hierárquico e autoritário. Tentamos dia a dia repensar nossas ações, buscando formas de maior aproximação, acolhimento, explicitando o direito e a importância da participação efetiva de cada um. Mas sabemos que se trata de uma construção e que estamos apenas no início.

4.1.1. Caracterização do Conselho de Escola O Conselho de Escola é um colegiado constituído por representantes dos segmentos que

compõem a comunidade escolar: equipe de gestão, professores, funcionários, alunos e pais. É uma instância de deliberação, acompanhamento e avaliação do funcionamento da

Unidade Escolar, respeitando-se os dispositivos legais. Ou seja, participa e decide, no que couber, da discussão, elaboração, aprovação e acompanhamento da execução do Projeto Político Pedagógico respeitando-se as diretrizes, princípios e normas vigentes.

Refletindo sobre participação e gestão democrática, podemos afirmar que desde 2011 quando a equipe gestora atual iniciou seu trabalho na escola, há a preocupação com relação à participação efetiva da comunidade escolar em nosso dia a dia e nas tomadas de decisão. Porém, percebemos que nossas ações têm sido mais de caráter informativo do que formativo.

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O mesmo observamos na atuação dos órgãos colegiados. A participação é muito tímida, mais informativa e consultiva. Tentamos adequar os horários das reuniões, pois os membros são funcionários da escola e mães que trabalham, mas, somada as necessidades formativas, esta questão também interfere bastante no planejamento de nossas ações.

Especialmente em 2015 tivemos uma participação bem efetiva dos membros do Conselho de Escola e APM com relação à troca do telhado e forro da escola. Desde 2011 foram enviados relatórios e ofícios ao Gabinete da Secretaria informando da situação precária em que se encontravam, principalmente devido a ação de cupins. No início de 2015, reiteramos através de ofício essa situação, participamos de reuniões e conseguimos a execução da obra.

Esta foi realizada durante os meses de setembro, outubro e novembro sem suspensão de aula e também neste período a atuação dos colegiados foi fundamental, auxiliando na organização do funcionamento da escola, orientando as demais famílias e acompanhando a obra.

Notamos que a formação dos órgãos colegiados e sua efetiva participação é uma preocupação da maior parte das escolas da Rede, porém não conseguimos ainda criar estratégias que consolidem a gestão democrática neste aspecto.

COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DE ESCOLA/2017

CARGOS

SEGMENTO (PROFESSORES, PAIS DE

ALUNOS, FUNCIONÁRIOS)

NOME

COORDENADOR MÃE DE ALUNO THAIS ALMEIDA VIEIRA DE SOUZA SECRETÁRIO PAI DE ALUNO CASSIANO DE ASSIS FELIX

MEMBROS PROFESSORA DANIELA ALEXANDRE LEITE - PROFESSORA AMANDA HELOIDE SILVA - APOIO ANA PAULA ARAÚJO DOS REIS - DIRETORA CIBELE VALENTE TIEPPO MARTIN COORDENADORA PEDAGÓGICA ADRIANA DA COSTA SANTOS -

MÃE DE ALUNO MARIA HELENA BARBOSA DE

SOUZA -

MÃE DE ALUNO SILVANA DOS SANTOS

RODRIGUES MÃE DE ALUNO SARA LUANE PEREIRA

SUPLENTES MÃE DE ALUNO AMANDA KARIN DE SOUZA - MÃE DE ALUNO NOEMI PEREIRA DE MELO - PROFESSORA ANA PAULA SANTOS DA SILVA - AUXILIAR DE EDUCAÇÂO PATRICIA BARBOZA FERREIRA

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4.1.2. - Plano de Ação do Conselho de Escola OBJETIVOS

Construir saberes sobre gestão democrática. Incentivar a valorização e participação dos familiares/comunidade nos órgãos colegiados; Explicitar as atribuições e o papel do Conselho de Escola e da APM, fortalecendo suas

ações; Realizar um trabalho integrado entre Conselho de Escola e APM;

AÇÕES PROPOSTAS Representar, em parceria com a equipe gestora, os interesses e necessidades da escola

perante a Secretaria de Educação e demais órgãos do Poder Público, acompanhando e cobrando o que é de direito.

Participar de reflexões sobre gestão democrática na perspectiva de que é um princípio que pode ou não estar presente na forma como participamos do dia a dia da escola, encaminhamos discussões, tomamos decisões, deliberamos ações, e não um fim em si mesmo.

Discutir, elaborar e desenvolver o plano de ação da U.E a partir das demandas apontadas pelo grupo, em parceria com a APM.

Promover reuniões a partir das necessidades apontadas pela equipe escolar e comunidade escolar, para deliberação da verba encaminhada para 2016, considerando o plano de trabalho da APM.

Indicar para a APM a aquisição materiais e bens que possam suprir as necessidades da Unidade escolar, dentro dos indicativos do Plano de Trabalho para 2016 e de acordo com o Manual de Gestão das APMs.

Discutir, definir, acompanhar os eventos e atividades da escola junto com a Equipe Escolar.

Participar de assembleias e reuniões tanto na escola quanto na Secretaria de Educação.

4.1.3. Avaliação Plano de Ação do Conselho de Escola No início de cada reunião, retomar os registros de Atas anteriores, avaliando os

apontamentos descritos para nossas ações, os encaminhamentos, percurso e avanços nas propostas estabelecidas.

Ao término de cada reunião avaliar o encontro. Ao final do ano avaliar o processo do grupo nas diferentes ações e intervenções

organizadas no período, planejando a continuidade do trabalho.

Forro antes e depois da reforma Entrada da escola

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5. Associação de Pais e Mestres 5.1. Caracterização

A APM – Associação de Pais e Mestres- é um colegiado civil com personalidade jurídica própria, sem caráter lucrativo, formada por pais, professores, alunos e funcionários da escola. Regida por estatuto ou regulamento próprio tem como algumas de suas responsabilidades: analisar e estudar os seus estatutos, procedendo às necessidades de mudança para a realidade da escola e comunidade junto ao conselho deliberativo; administrar a associação segundo as normas expressas no estatuto; e administrar recursos financeiros provenientes de convênios firmados com a Secretaria de Educação, aprovados pelo colegiado nas escolas.

Considerando que os membros são comuns aos dois colegiados e que as necessidades formativas quanto à gestão democrática e formas de atuação são complementares, consideramos que a caracterização do Conselho de escola também se refere à APM.

5.2. - Plano de Ação da APM

Considerando que os objetivos e ações dos dois colegiados se interligam e se complementam e que possuem a maioria dos membros em comum, os planos de ação se desenvolvem em parceria.

APM da: EMEB GERALDO DE MELO FERREIRA

CONSELHO DELIBERA-

TIVO

NOME CARGO CATEGORIA

Noemi Pereira de Melo Presidente Mãe de aluno

Amanda Heloide Silva Primeiro Secretário Professora

Amanda Karin de Souza Segundo Secretário Mãe de aluno

Cibele Valente Tieppo Martin Membro Diretora da escola

Sara Luane Pereira Membro Mãe de aluno

DIRETORIA EXECUTIVA

NOME CARGO CATEGORIA Thais Almeida Vieira de Souza Diretor Executivo Mãe de aluno

Polliana Roberto Maciel Vice Diretor Executivo

Mãe de aluno

Maria Helena Barbosa de Souza Primeiro Tesoureiro Mãe de aluno

Cassiano de Assis Felix Segundo Tesoureiro

Mãe de aluno

Daniela Alexandre Leite Primeiro Secretário Professora

Ana Paula Santos da Silva Segundo Secretário Professora

CONSELHO FISCAL

NOME CARGO CATEGORIA

Silvana dos Santos Rodrigues Presidente Mãe de aluno

Jennifer dos Santos Rodrigues Membro Mãe de aluno

Angélica Silva Oliveira Membro Professora

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OBJETIVOS Construir saberes sobre gestão democrática. Incentivar a valorização e participação dos familiares/comunidade nos órgãos

colegiados; Explicitar as atribuições e o papel do Conselho de Escola e da APM,

fortalecendo suas ações; Realizar um trabalho integrado entre Conselho de Escola e APM; Zelar pela utilização adequada dos recursos públicos destinados a UE,

orientando-se pela legislação vigente e buscando sempre um atendimento de qualidade.

AÇÕES PROPOSTAS Representar, em parceria com a equipe gestora, os interesses e necessidades

da escola perante a Secretaria de Educação e demais órgãos do Poder Público, acompanhando e cobrando o que é de direito.

Participar de reflexões sobre gestão democrática na perspectiva de que é um princípio que pode ou não estar presente na forma como participamos do dia a dia da escola, encaminhamos discussões, tomamos decisões, deliberamos ações, e não um fim em si mesmo.

Discutir, elaborar e desenvolver o plano de ação da U.E a partir das demandas apontadas pelo grupo, em parceria com o Conselho de Escola.

Promover reuniões a partir das necessidades apontadas pela equipe escolar e comunidade escolar, para deliberação da verba encaminhada para 2016, considerando o plano de trabalho, em parceria com o Conselho de Escola.

Definir, pesquisar e adquirir materiais e bens que possam suprir as necessidades da Unidade escolar, dentro dos indicativos do Plano de Trabalho para 2016 e de acordo com o Manual de Gestão da APM.

Trazer sugestões de empresas e prestadores de serviço em geral, de acordo com as necessidades da escola;

Realizar cotação de preços e aprovação dos orçamentos quando da necessidade de manutenção geral;

Análise das propostas de empresas e prestadores de serviço em geral, de acordo com as necessidades da escola;

Discutir, definir, acompanhar e organizar os eventos e atividades da escola junto com a Equipe Escolar e o Conselho de Escola.

Participar de assembleias e reuniões tanto na escola quanto na Secretaria de Educação. 5.3. Avaliação Plano de Ação da APM

No início de cada reunião, retomar os registros de Atas anteriores, avaliando os apontamentos descritos para nossas ações, os encaminhamentos, percurso e avanços nas propostas estabelecidas.

Ao término de cada reunião avaliar o encontro. Ao final do ano avaliar o processo do grupo nas diferentes ações e intervenções

organizadas no período, planejando a continuidade do trabalho.

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V. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO.

1. Objetivos Lei 9.394, de 20/12/1996 – Lei de Diretrizes e Bases Lei 11.274 de 06/02/2006 que altera a LDB com os artigos:

- Art. 3º que altera a redação do art. 32 da Seção III Do Ensino Fundamental; - Art. 5º que estabelece: “Os Municípios, Os Estados e o Distrito Federal, terão prazo até 2010

para implementar a obrigatoriedade para o Ensino Fundamental disposto no art. 3º desta lei e a abrangência da pré-escola de que trata o art. 2º desta lei.” Objetivo da Educação Básica

LDB: Título V - Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino Capítulo II Seção I Das Disposições Gerais “Art. 22º. A Educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.” Seção II Da Educação Infantil “Art. 29º. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade (ou zero a cinco, na medida em que as crianças de seis anos ingressem no Ensino Fundamental), em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.”

Momentos significativos no processo de ensino e aprendizagem.

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2.Levantamento dos Objetivos e Campos de experiências

2.1.Objetivo Geral da Escola

A EMEB Geraldo de Melo visa realizar um trabalho que propicie um espaço educacional de qualidade, buscando conhecer e respeitar a criança nos aspectos social, emocional, físico e cognitivo. O cuidar e educar são indissociáveis, e por isto, a equipe procura garantir para cada momento da rotina posturas cada vez mais conscientes e intencionais de todos os educadores da escola, planejado com brincadeiras, convívio sadio, boa alimentação, espaço limpo e acolhedor.

2.2. Objetivos da Educação Infantil – 0 a 3

Ao longo da Educação Infantil os alunos deverão desenvolver as seguintes capacidades: 1. Brincar, ampliando suas capacidades expressivas e simbólicas, reelaborando significados

sobre o mundo, sobre os contextos e as relações entre os seres humanos; 2. Descobrir e conhecer seu próprio corpo, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado

com a saúde e bem-estar; 3. Construir uma imagem positiva de si, com confiança em suas capacidades, atuando de

forma cada vez mais autônoma frente às situações cotidianas; 4. Conhecer as diferentes manifestações culturais como constitutivas de valores e princípios

demonstrando respeito e valorizando a diversidade; 5. Construir e ampliar as relações sociais aprendendo a articular seus interesses e pontos de

vista com os demais, respeitando as diferenças e desenvolvendo atitudes cooperativas; 6. Valorizar e desenvolver atitudes de preservação do meio ambiente reconhecendo-se como

integrante, dependente e agente transformador do mesmo; 7. Construir e apropriar-se do conhecimento organizado nas diferentes linguagens (corporal,

musical, plástica, oral e escrita) utilizando-as para expressar suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos, ampliando suas redes de significações, enriquecendo cada vez mais sua capacidade comunicativa;

8. Aprender a buscar informações de forma autônoma e prazerosa exercitando sua curiosidade frente ao objeto de conhecimento;

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2.3. Campos de experiências – Educação Infantil

Autores como Ulisses F. Araújo, Elydio dos Santos Neto, Maria Carmen Silveira Barbosa entre outros criticam ao que tem sido chamado de “modelo cartesiano” do saber baseado nas

ideias do filósofo francês René Descartes que se propôs no século XVII a analisar a natureza de forma organizada e fragmentada e daí a estruturação de diversas disciplinas se estabeleceu chegando aos nossos dias.

Atualmente o paradigma dialógico de organização de saberes vem sendo proposto, a análise da natureza e apropriação da cultura de forma complexa e humanizadora.

Respaldados por estes “novos” estudos, nós da EMEB Geraldo de Melo, estamos optando

por pesquisar e buscar cada vez mais implantação da Escola da Infância entendida como “uma

escola que propicia uma riqueza de experiências, que respeitam as diferenças de interesses, de vivências, culturas, ritmos e de necessidades das crianças.” (conceito construído em HTPC de 02/4/2013) e organizar toda a prática pedagógica de forma a colocar no centro de nosso projeto educativo o fazer e o agir das crianças; respeitar a complexidade e a inteireza da construção do conhecimento conforme citado acima, seguindo princípios que entendemos como essenciais para uma sociedade que valoriza o ser humano.

Para tanto, estamos nos desafiando a refletir e organizar o nosso trabalho pedagógico buscando articular as experiências e os saberes das crianças pequenas com o patrimônio cultural, respeitando as especificidades delas e promovendo conhecimento significativo bem como o desenvolvimento integral de nossas crianças.

Optamos por buscar seguir os seguintes princípios em nossas práticas:

Éticos: Da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades;

Políticos: Dos direitos da cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática;

Estéticos: Da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais.

Assim, nos enxergamos em um momento de transformação (não só em nossa unidade

escolar, mas da rede e da Educação de modo geral) do antigo para o novo, da Escola Tradicional para a Escola da Infância, do fragmentado para o complexo, das contradições, etc. Bem como a discussão do Currículo da Educação Infantil se faz urgente na Rede e vem sendo considerada tanto no acompanhamento da Orientadora Pedagógica quanto nas reuniões com nossa chefia imediata.

Estamos intencionalmente fazendo alterações e considerações nos anos recentes e registrados em vários trechos do PPP e notamos uma transformação paulatina em nossos discursos e práticas para nos aproximar cada vez mais a esta “nova” concepção.

Para este ano especificamente, pretendemos estudar e colocar em prática a organização curricular por meio dos Campos de experiência que articuladamente valoriza as experimentações individuais e coletivas como forma de contribuir com a cultura infantil e o desenvolvimento de corpo, emoção e inteligência das crianças pequenas.

Adotaremos os campos de experiências como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC – 2ª versão) nos apresenta, ressaltando que os Campos de experiências são flexíveis e que não há um único percurso para o desenvolvimento humano. Nesta organização, as interações e as

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brincadeiras são entendidas como essenciais no processo educativo e as experiências são interdisciplinares.

Assim, usaremos os campos descritos a seguir como norte, procurando fortalecer o nosso compromisso com a Escola da Infância que promove aprendizagens e vivências significativas às nossas crianças.

CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS: O eu, o outro e o nós

Nos diferentes contextos e interações, cada criança

vai construindo sua identidade pessoal e cultural. No interior da instituição ocorrem o encontro e

diálogo de diferentes protagonistas; a apresentação e

aproximação de diferentes culturas; a criança observa a natureza, os seres vivos; escuta diversas narrativas, percebe-se igual e diferente das outras crianças e interage com diversos objetos.

Nessa dinâmica as crianças vão construindo percepções expressam sentimentos e pensamentos, desenvolvem a empatia.

Corpo, gestos e movimentos

Desde o nascimento a criança vai diferenciando e conhecendo a si mesma no mundo. Por meio das brincadeiras e interações o seu corpo passa a carregar marcas físicas, biológicas e pertencimento social e cultural. Na escola, os cuidados pessoais e atividades informais se

articulam com as experiências motoras com instrumentos ou de movimentos livres, propiciando a integração de diferentes linguagens tais como dança música, teatro, brincadeiras de faz de conta e jogos.

Com ação do corpo, gestos e movimentos a criança brinca, estabelece relações e produz conhecimentos sobre si e sobre o outro, vive emoções e sensações e aos poucos

experimenta e controla as potencialidades e limites de si. Escuta, fala linguagem e pensamento

As situações comunicativas estão presentes na vida da criança, permeando todo o cotidiano dela. A postura corporal, o choro, o olhar são utilizados pelo bebê e à medida que se desenvolve a criança empreende a conquista da linguagem falada. O contato informal com a linguagem escrita que também acontece desde

a tenra idade, favorece a elaboração de suas primeiras hipóteses a cerca da função social da escrita.

A gestualidade, o movimento realizado nas brincadeiras, a expressão gráfica e a linguagem oral potencializam a organização do pensamento e da imaginação infantil e viabilizam a construção e apropriação da cultura.

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Na escola da infância o ambiente linguístico é cuidado e as crianças desenvolvem a criatividade, a fantasia e novas capacidades expressivas. Elas aprendem a ouvir histórias, descrevem, explicam, escutam, cantam, brincam, interagem e dialogam com adultos e crianças em diferentes situações comunicativas. Traços, sons, formas e imagens

Na escola, arte visual, teatro, dança e músicas fazem parte das múltiplas linguagens que as crianças podem utilizar para se expressar. As linguagens, os gestos, contato e a exploração dos materiais, os sons, a música, as experiências gráficas são meios para desenvolver o sentido do belo, a sensibilidade, a criatividade, respeito às diversas culturas bem como a construção de sua identidade pessoal e social. A escola pode também colaborar para que a criança entre em contato com as novas linguagens de comunicação e se familiarize com a multimidialidade (fotografia, cinema, televisão, mídia digital, etc.), se

apropriando de diferentes manifestações artísticas e culturais. A criança traz seu conhecimento sociocultural para a escola e no coletivo acontece a troca de saberes e manifestações por meio de traços, formas, imagens e sons, favorecendo uma experiência educacional significativa e o desenvolvimento integral de todos.

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Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações O conhecimento sobre mundo físico e social se dá com o relacionamento da criança sobre o mundo. Quando a escola proporciona experiências em que a criança lida com espaços, tempos e objetos, se relacionando com eles, acontece a apropriação paulatina das propriedades dos objetos e percepção das eventuais transformações. A curiosidade alimentada favorece a indagação, experimentação e formulação de hipóteses. Assim, nas oportunidades cotidianas é possível aprender a medir, comparar, quantificar e a se situar no tempo e no espaço, favorecendo a construção da identidade e de respeito com a sustentabilidade do planeta.

Brincar

“O homem só é inteiro quando brinca, e é somente quando brinca que ele existe na completa acepção da palavra Homem”

Friedrich Schiller

Quando pensamos em “Brincar” nos reportamos às brincadeiras que a memória consegue

alcançar: as brincadeiras de roda, ou faz de conta, as brincadeiras coletivas e mais: quando falamos em brincadeiras pensamos na criança que se locomove e com habilidades já adquiridas. O “Brincar” é primordial a todas as fases do desenvolvimento infantil. O bebê quando

estimulado, acalentado, tocado, está experimentando uma brincadeira peculiar à fase em que está vivendo e que deverá ser priorizada através de toques, dos sons, dos estímulos visuais e táteis. Piaget defende que no estádio sensório motor (caracterizando desde o nascimento até o surgimento da linguagem) que o jogo surge primeiro sobre forma de exercício simples caracterizado pelo prazer do funcionamento. São exercícios de repetição de gestos, sons, movimentos que tem um valor exploratório e que não estão desvinculados do brincar. Com a aquisição de novas habilidades como locomoção e início da linguagem, a criança passa por uma nova fase de brincadeiras que se caracteriza principalmente pelo jogo simbólico (faz-de-conta). Nessa fase a criança brinca com a fantasia, e imita, transforma os objetos, representa situações. O simbólico para a criança pode ser um gesto, uma palavra ou um objeto que se transforma e a auxilia em suas vivencias. Através do jogo simbólico essas transformações têm o poder de recuperar o que se perdeu, ou o que não está presente. Esse fantástico mundo de

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imaginações e transformações tem como características assimilação e ampliação do mundo real (a criança realiza sonhos, revela conflitos interiores, medos, angústias) incorporando aprendizagens, exercitando e desenvolvendo do seu próprio corpo, da sua linguagem, desvinculando-se do outro, reconhecendo seus limites e regras. O faz-de-conta reconstitui-se em esquemas verbais ou simbólicos tudo o que foi desenvolvido no primeiro ou segundo ano de vida da criança. Desse modo, podemos dizer que para as crianças pequenas tudo o que lhes é oferecido e as rodeia transforma-se em brinquedo e brincadeira, porque é brincando que as crianças exploram os objetos, o ambiente em que está, relacionando-se com as pessoas e constroem conhecimentos que as inserem culturalmente em seu meio. Outra brincadeira fundamental para o desenvolvimento da criança são os jogos de regras, que implicam em repetições de gestos e ações, com os colegas ou com o adulto de referência. Existem brincadeiras com regras transmitidas e as brincadeiras com regras espontâneas. Um exemplo de brincadeiras com regras transmitidas é o jogo de dominó. O atributo pode mudar: “cor, forma, letra, número...”, mas a regra mantém-se a mesma. Trata-se de um jogo com regra transmitida, pois utilizamos o mesmo material para outro fim, não será o mesmo jogo de dominó.

Também existem as brincadeiras com regras espontâneas, que podem ser jogos inventados pelas próprias crianças e as regras também feitas por elas. O papel do educador É papel do educador é organizar um espaço adequado que possibilite a criação e imaginação, bem como a exploração de diferentes materiais, fazendo com que a criança tenha escolha do que quer brincar.

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Em toda brincadeira devem ser feitos alguns combinados relativos à organização dos espaços e materiais. Esses combinados serão criados, modificados e avançados pelo próprio grupo. Em se tratando das brincadeiras de faz-de-conta, cabe ao educador propor a estruturação dos kits para as brincadeiras no espaço de sala de aula ou área externa. As brincadeiras podem ser de médico, supermercado, casinha, cabeleireiro e outras que partam do interesse do grupo, sendo que as crianças podem manifestar o interesse claramente pela fala ou o educador pode observá-lo em suas atitudes. O espaço adequado para a realização dos jogos deve ser levado em consideração, pois deve priorizar a participação de todo grupo, aí fragmentá-lo para garantir a participação de todos. A observação é primordial dentro do papel do professor frente às brincadeiras. Com a observação da criança, no grupo e individualmente, o professor registra esse processo de aprendizagem, planeja e estrutura as brincadeiras de acordo com a faixa etária e, portanto, permite que a criança transforme os conhecimentos que já possui, estabelecendo vínculos com o papel assumido durante a brincadeira, experimentando o mundo e elaborando o pensamento para solução dos problemas por elas criado. Tanto o oferecimento de brinquedos, a oportunidade de brincadeiras novas, quanto à observação, se caracterizam em um trabalho de parceria entre educadores e crianças. Parceria essa que se dá através de favorecer a ação da criança e consequente intervenção do educador. Dessa maneira, o brincar insere-se em um projeto educativo com objetivos a serem atingidos no que diz respeito à aprendizagem das crianças. Outro papel fundamental do educador a respeito do brincar se refere à transmissão cultural do brincar que se caracteriza pelo resgate das brincadeiras regionais e a criação de acervo de brincadeiras. É imprescindível a divulgação e trocas das diversidades culturais das várias regiões. Essa diversidade traduz valores através da linguagem que brinquedos e brincadeiras transmitem. O resgate de brincadeiras e cultura constitui o brincar como um patrimônio lúdico da humanidade. O brincar é algo que faz parte da natureza humana, se perguntar a qualquer adulto se ele brincava quando criança certamente ouvirá uma resposta positiva e possivelmente citará pelo menos uma de suas brincadeiras favoritas. As crianças brincam independente de sua condição econômica social ou cultural; em grupo ou sozinhas, com brinquedos ou sem eles, o fato é que brincar é próprio da criança. A verdade é que nas brincadeiras as crianças fazem relações de sentimentos e de outras vivências, usam a imaginação, fazem imitação de pessoas, personagens, animais, natureza e o próprio corpo (ninar um bebê, ser princesa ou príncipe, pular como sapo, soprar como vento, roncar, etc.) interagem com outras crianças, adultos e com o ambiente, (brincar de roda, jogar bola, entrar numa caixa e ser empurrado por outra criança), desenvolvem papéis sociais (pai, mãe, irmão, professor, chefe, cabeleireiro, médico...), experiências de regras e criação de hipóteses (encaixar, empilhar), montar e desmontar, regras de jogo, etc. além de ser uma forma de linguagem, pois é no brincar que as crianças se comunicam, iniciando assim a compreensão. O papel do educador é organizar um espaço adequado que possibilite a criação e imaginação, bem como a exploração de diferentes materiais, fazendo com que a criança escolha com o que quer brincar.

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Antes de toda brincadeira são feitos alguns combinados relativos à organização do espaço e materiais. Esses combinados serão criados, modificados e avançados pelo próprio grupo. É através do brincar que as crianças irão compreender a importância dos combinados e regras. Somente brincando é que poderá perceber a importância de cumprir determinados combinados feitos anteriormente, como respeitar a vez do colega. Cada turma tem em sua sala brinquedos à disposição da criança correspondendo a faixa etária. Dentre as brincadeiras, podemos citar o faz-de-conta, sendo este fundamental para a criança, pois favorece as elaborações internas através da vivência dos diferentes modelos de papéis onde a criança se coloca no mundo podendo entendê-lo e transformá-lo. No faz-de-conta pode haver brincadeiras de médico, supermercado, casinha, cabeleireiro e outras que partam do interesse do grupo, sendo que as crianças podem manifestar o interesse claramente pela fala ou o educador pode observá-lo em suas atitudes. Em nossa Unidade, procuramos explorar os mais variados tipos de jogos, que vão desde os jogos esportivos (corrida de saco, cabo de guerra); jogos culturais (amarelinha cantiga de roda); jogos lógico-matemáticos (dado, blocos lógicos). O educador deve preocupar-se com o espaço adequado para a realização do jogo, garantindo a participação de todo o grupo aí fragmentá-lo para garantir que todos participem. O jogo deve ser visto como uma característica da vida coletiva e não como um estímulo ao individualismo. É através do brincar que as crianças desenvolvem por meio da atividade lúdica, o físico, cognitivo, afetivo e emocional. Porém, é o educador, que observando a criança no grupo e individualmente, registra esse processo de aprendizagem, planejando e estruturando brincadeiras de acordo com a faixa etária, permitindo assim que a criança transforme os conhecimentos que já possui, estabelecendo vínculos com o papel assumido durante a brincadeira, experimentando o mundo e elaborando o pensamento para solucionar os problemas por ela criados.

Integração

Desde 2011 refletimos sobre a importância das crianças se relacionarem por meio de brincadeiras com diferentes educadores e crianças da escola e desde então validamos a atividade de integração anualmente.

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O planejamento intencional de vivências em parceria com outra turma possibilita, aos nossos olhos, a interação social com outras faixas etária e consequentemente o contato com diferentes modelos, favorecendo novas aprendizagens e o desenvolvimento infantil. Combinamos que esta atividade aconteça a cada quinze dias em revezamento de períodos no segundo semestre, a partir de agosto, quando as crianças já passaram pelo período de adaptação e se locomovem mais autonomamente entre os ambientes da escola. Os educadores irão planejar a atividade de integração considerando tempo, espaço, proposta e materiais com a turma parceira, em um primeiro momento recebendo as crianças de determinada turma e depois indo até a sala da mesma turma, até completarem o encontro entre todas as turmas, seguindo a seguinte tabela, ficando as datas a definir no planejamento do segundo semestre com equipe docente da escola:

VIVÊNCIAS NA ÁREA EXTERNA

Atualmente contamos basicamente com três espaços externos que são utilizados pelas crianças e educadores, parque com tanque de areia e brinquedos, gramado com árvores e duas casas de bonecas e espaço lúdico (utilizado no passado como estacionamento para três carros e adaptado para as crianças brincarem) a partir das propostas apresentadas pelos educadores.

Em 2012 refletimos sobre a utilização do giz de lousa nos diferentes espaços externos e quais os valores estávamos construindo com as crianças quando permitíamos e incentivávamos o desenho nas diferentes paredes externas, nas casas de bonecas e chão da escola. Na época, consideramos as características da pichação e do grafite e

elencamos possibilidades para que as crianças continuassem a deixar suas marcas no ambiente externo, mas construindo simultaneamente saberes estéticos e respeito ao patrimônio alheio.

Assim no segundo semestre de 2013, buscando proporcionar nestes espaços maiores possibilidades de vivências, de experiências e de interação das crianças com o ambiente, entre si e com os adultos, intencionalmente foram pintadas duas paredes com tinta de lousa, uma amarelinha na área do gramado, o contorno de uma mini quadra de futebol ao lado do parque, um caracol e uma parede de azulejos no espaço lúdico.

Este último por requer uma maior organização coletiva para garantir que todas as turmas possam utilizá-lo e que ao mesmo tempo a demanda de brincadeiras e /ou propostas no espaço lúdico aconteça respeitando a produção realizada. Assim, adotamos um quadro específico em

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que possibilite o planejamento coletivo para uso quer para o mural de azulejo quanto para o espaço lúdico.

Em 2015, solicitamos a retirada do brinquedo trepa-trepa avaliado como perigoso para a nossa faixa etária e em seu lugar desejamos oferecer um guarda sol grande para que as crianças se protejam sob ele em dias muito quentes ensolarados.

Plantamos em vasos decorados com EVA e replantamos nossa jabuticabeira que estava em vaso e foi transferida para o chão ao lado de uma das casinhas de bonecas.

O desejo de transformação da área externa continua e estamos cada vez mais convencidos de que existe um grande potencial para que as crianças tenham ótimas vivências

no exterior da escola conforme ressaltado na avaliação final de 2015.

Em 2016 enriquecemos o espaço com plantas cultivadas em vasos, potes reutilizados, montamos painéis interativos e florais, foi realizado reforma no piso das duas casas de bonecas do gramado, houve a pintura delas e dos brinquedos do parque, APM adquiriu móveis de madeira para as casas, foram colocados intervenções de canos de PVC nos muros que circundam o parque e passamos a oferecer tubos grandes de conduítes, canos de PVC, pneus de bicicleta e rodas de carro.

Em avaliação ao final do ano algumas sugestões foram dadas para esta transformação e no início de 2017 combinamos continuar com este processo esta construção, mas entendemos como um processo contínuo. Ponderamos a necessidade de considerar a durabilidade e segurança dos materiais afixados nos painéis, pesquisar outras escolas que aderiram estes painéis para trocar experiências, separar momentos de HTPC ou HTP para análise dos painéis e dividir tarefas para manutenção e novas intervenções.

O espaço externo está com várias plantas, no entanto, ficou a cargo voluntário da equipe de apoio o plantio e cuidado delas em 2016. Ponderamos que as turmas podem elaborar projetos didáticos ou sequência didática para o plantio de várias plantas com as crianças, no entanto, os educadores podem realizar um trabalho de aproximação com as plantas existentes, trabalhar intencionalmente com os elementos da natureza em sala.

Cinco turmas aceitaram o desafio de participar da brincadeira Caixas da Natureza da Instituição Ser criança é natural em que grupos de crianças do Brasil trocam entre si, como um amigo secreto, caixas coletivas com materiais naturais coletados nos espaços onde vivem, brincam e ocupam.

Para alimentar as brincadeiras e propostas na área externa listamos: talheres, bolsas, celulares, panelas, cones, tubos de linhas, pneus, pneus de

bicicletas, panelas, mangueiras, conduítes, linhas, lãs, barbante, canos PVC, sifão, cordas, tigelas, latas, caixas, embalagens, madeiras, papelão, baldes, potes, tampinhas, carretel, rolos de papel higiênico, copos, formas de pizza, tecidos, sombrinhas decoradas, caixotes, elementos da natureza, caixas de papelão, utensílios domésticos, baldes, regadores, instrumentos

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reais, garrafas PET, bacias, brinquedos artesanais, peneiras, etc. Entendemos que esta transformação não será uma tarefa simples, considerando a

demanda de trabalho cotidiano e a certeza que queremos a inserção das crianças e da comunidade escolar na construção deste espaço.

2.4. Projetos

PROJETO LEITURA JUSTIFICATIVA

Entendendo a importância do desenvolvimento pelo gosto da

leitura desde a tenra idade ao final de 2012, na avaliação nos propusemos a valorizar ações para aumentar o encantamento e aprendizagens por parte das crianças.

Assim como 2012, estas ações foram frutos de reflexão coletiva com todos os funcionários da escola sobre a importância da leitura na

avaliação final de cada ano desde então. No segundo semestre de 2014 enriquecemos nossas ações com a bolsa literária e em

2015 atentamos para os ajustes necessários dessas ações. Em 2016 a perspectiva é iniciarmos em Abril após o sábado letivo (16/4), dia em que iremos propor uma vivência às famílias visitantes semelhante ao que esperamos que tenham em casa com a bolsa emprestada.

Em 2016 iniciamos o empréstimos de livros a partir do segundo semestre para os frequentadores que trazem ou retiram as crianças, realizando esta ação nos momentos de entrada e/ou saída, no entanto, sem o controle de empréstimo como acontece com a biblioteca circulante.

Como não temos uma sala de biblioteca em nossa escola, o acervo de livros é distribuído por todas as salas

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referências. Cada livro do acervo leva uma etiqueta colorida para identificação e fácil devolução, caso ocorra algum empréstimo entre as turmas.

Adotamos a seguinte organização:

Sala 1 = etiquetas brancas

Sala 2 = etiquetas amarelas

Sala 3 = etiquetas vermelhas

Sala 4 = etiquetas laranjas

Sala 5 = etiquetas azuis

Sala 6 = etiquetas verdes

OBJETIVOS PARA CRIANÇAS E ADULTOS

Desenvolver gosto pela leitura; Desenvolver o poder de síntese; Desenvolver a criticidade; Valorizar dos portadores textuais da escola.

CONTEÚDOS

Gosto pela leitura como sendo entendido como leitura de mundo em que o ouvinte interligue a diversidade de histórias apresentadas e seus conteúdos às experiências pessoais de vida e como sendo importante para a formação de hábitos de leitor que favoreçam o desenvolvimento global do ser humano;

A síntese como forma de fusão de inúmeras ideias que se multiplicam quando uma ou várias histórias são lidas ou contadas, dando “asas” à imaginação e que pode ser

externada por diferentes linguagens, demonstrando a compreensão crítica do (s) texto (s); A criticidade vista como formação do ser humano como individuo dentro de um grupo

social em que se valoriza e respeita a divergência e complemento de ideias / opiniões que foram construídas de acordo com os diferentes contextos que propiciam conhecimentos individuais e coletivos;

Valorização do acervo textual da escola como forma de reconhecimento da importância das fontes de leitura e pesquisa, aprendizagem e prazer, possibilitando a significação da leitura para obter informação e conhecimento.

ESTRATÉGIAS:

• Lista dos livros por turma para que todos tenham acesso ao acervo;

• Leitura de histórias diárias em sala de aula; • Manuseio dirigido dos livros pelas crianças; • Socializar com pais como a prática de leitura é realizada na

escola;

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• Adoção de um caderno de registro para rodiziar entre as famílias para compartilhar as experiências de casa com os demais membros da turma e da escola;

• Biblioteca circulante a partir da primeira reunião com pais – Abril; • Em parceria com a biblioteca circulante, cada turma irá enviar para casa das crianças em

forma de rodízio uma bolsa literária como complementos para contação com objetos, como por exemplo, fantoches, bonecos, tapetes, lápis para colorir, etc.

• Contação de histórias coletivas entre as turmas por proximidade de idade (Infantil I A e Infantil I B) e (Infantil II A, Infantil II B, Infantil II C e Infantil IID);

• Carrinho de livros para empréstimo para funcionários (Incentivo à leitura); • Disponibilizar revistas pedagógicas que chegarem à escola no suporte disposto na copa

para funcionários; • Realizar empréstimos de livros para os responsáveis nos momentos de entrada e saída

das crianças.

AVALIAÇÃO Faremos uma pergunta especifica ao final do ano na avaliação do ano letivo.

CAIXA LITERÁRIA

Visando a rotatividade dos livros pelas diferentes turmas adotamos o que denominamos Caixa literária. Cada sala organizou aproximadamente sessenta livros de seu acervo para compor cada caixa literária, nela procuramos garantir os livros em melhor conservação bem como os livros-brinquedos que requerem mais cuidados em seus manuseios.

Combinamos que os livros destas caixas serão manuseados com maior atenção por parte dos educadores e de tempos em tempos acontecerá o rodízio das caixas entre as turmas, favorecendo que crianças e adultos se familiarizem com maior número de livros de nosso acervo literário.

BOLSA LITERÁRIA

Sabemos que a leitura é o instrumento básico para todas as áreas do conhecimento. A pessoa que ouve e lê muito, amplia seu vocabulário, estabelece relações com maior facilidade e compreende as diversas situações do cotidiano. Mesmo ainda não tendo se apropriado da leitura e escrita, a criança desde muito cedo possui sua leitura de mundo. A partir daí, reconhecemos a importância da contação de histórias e outros portadores textuais para despertar nela o gosto pela aventura lúdica dos livros.

Pensando nisso a EMEB Geraldo de Melo deu mais um passo para aproximar escola e família!

Além do livro que toda semana a criança leva para casa, a escola começou a enviar desde agosto de 2014 a Bolsa Literária para tornar a leitura/contação em família ainda mais prazerosa e mágica.

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As turmas tiveram sua própria organização e cada bolsa foi decorada com ajuda das crianças, além de ações desenvolvidas para orientação das famílias. Em seu interior, um ou mais livros, fantoches ou outros objetos que poderiam tornar a contação de história em casa mais rica e interativa com materiais para desenho ou escrita para que as famílias pudessem registrar suas impressões sobre a vivência.

Semanalmente duas crianças levam a bolsa literária para casa e no retorno relatam a todos do seu grupo como aconteceu a contação em casa e/ou socializam a produção da família.

A iniciativa da escola tem recebido elogios das famílias que descreveram o entusiasmo e envolvimento das suas crianças e adultos da casa, dando margem para que essa ação continuasse em 2017 contribuindo assim para a formação de pequenos e novos leitores.

ATIVIDADES SEQUENCIADAS/ PROJETOS /ESTUDO DE MEIO

Em nossa escola o planejamento baseado nos diferentes olhares, escutas, experiências e vivências dentro da escola vão sendo organizados em diferentes modalidades organizativas e em diferentes tempos e espaços. Em seu conjunto de ações e propostas vão gerando transformações complexas e significativas principalmente nos sujeitos envolvidos. Dentro da creche estes planejamentos se revelam em ações que propiciam o desenvolvimento global da criança. Diferentes protagonistas (crianças e suas famílias, funcionários de diferentes segmentos e outros parceiros externos) se destacam como parceiros mais experientes e co-autores deste processo. O Estudo do meio é uma oportunidade da criança sair do ambiente escolar e com o seu grupo referência de colegas e educadores visitarem outros espaços, realizando múltiplas relações com as diversas vivências que teve dentro da Instituição. Entendemos que as possibilidades de Estudo de meio com as nossas crianças são:

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• Parques; • Bibliotecas; • Escolas vizinhas; • Zoológico; • Teatro; • Apresentações culturais; • Parque escola; • Museus; • Exposições interativas.

3. Rotina

É a organização do tempo e espaço dentro do contexto cotidiano da escola. É norteadora

de atitudes, ajudando a criança e educador a se organizarem em função de experiências significativas visando às aprendizagens das crianças.

A rotina é facilitadora do trabalho com os eixos da autonomia, interação, identidade e acesso ao conhecimento. Dá estrutura e equilíbrio ao fazer pedagógico, intencionalizando a ação.

Ao organizar a rotina, os educadores precisam ter a preocupação em garantir alternância e equilíbrio de atividades nos períodos da manhã e tarde; entre atividades internas e externas; atividades livres e dirigidas, individuais, de pequenos grupos e coletivas.

O trabalho precisa ser estruturado através de atividades permanentes, eventuais, projetos e/ou atividades sequenciadas, garantindo o equilíbrio entre a rotina da classe e a organização geral da escola, para não ocorrer choques de horários e espaços. O educar, o brincar e o cuidar devem estar intimamente relacionados e explicitados nesta estruturação de cada dia.

Estamos empenhados em organizarmos paulatinamente uma estrutura de rotina que respeite o desenvolvimento infantil, tornando-a paulatinamente mais flexível. Nesse sentido o nosso espaço é limitador, uma vez que não possuímos espaços tais como biblioteca, brinquedoteca ou ateliê de Artes. A formação em serviço sobre a Escola da Infância tem nos ajudado a entender a relevância do tema e acreditamos que em breve realizaremos mudanças na estrutura que temos de quadro de horários coletivos em forma de tabela e com rigidez.

Entendemos que por meio da rotina é revelada a concepção de criança e de escola, podendo também evidenciar a ação educativa dos profissionais desta unidade escolar. Assim, buscamos problematizar e refletir sobre as rotinas não só os educadores da sala referência, mas de todos os segmentos de funcionários da escola, organizando de forma a dar um vislumbre dos princípios e diretrizes que adotamos na EMEB Geraldo de Melo.

Alimentação

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Adaptação/Acolhimento

Quando os pais matriculam seus filhos na creche, muitas preocupações, receios e dúvidas surgem– Será que meu filho vai ficar bem? Será que lhe darão a devida atenção?

A adaptação de forma gradual diminui a ansiedade tanto dos pais como das crianças. Neste período ocorre um processo de aprendizagem entre família, equipe escolar e

crianças, que descobrem sobre o convívio, segurança, ritmo e exploração de novos ambientes. Nós, aqui da equipe Geraldo de Melo, nos preocupamos exatamente com isso, em acolher,

passar segurança com muito carinho às nossas crianças e aos familiares também. Procuramos antecipar o processo que envolve a adaptação realizando reunião específica

com os pais novos logo após a matrícula buscando tranquilizá-los, organizando programação de acordo com a necessidade de cada grupo, com horários flexíveis e contando com a presença dos pais nesse período, assim entendemos que família e criança se adaptam juntos e se sentem acolhidos. Entendemos que os novos integrantes da equipe escolar também passam por um período de adaptação, iniciamos o ano letivo, nos atentando para o acolhimento destes. Professoras que passam pelo processo de remoção, auxiliares que participam da movimentação geral e também a professora substituta que passa por processo de escolha. Procuramos dar boas vindas a todos e realizar estratégias para uma recepção acolhedora, através de dinâmicas para um primeiro reconhecimento da equipe e estabelecimento de um espaço de acolhimento contínuo no cotidiano.

Compreendemos que com as crianças e seus familiares deva acontecer algo semelhante, uma vez que a entrada na escola é algo significativo para todos os envolvidos.

Procuramos para oferecer nossa acolhida desde o momento da inscrição, colocando fotos das crianças em diferentes momentos da rotina com o objetivo de que os pais/responsáveis tenham uma noção do que crianças de 0 a 03 anos fazem na escola. Depois de matriculados, marcamos um dia para uma reunião entre estes pais e a dupla gestora para dar boas vindas, e explicitar um pouco de nossa rotina e costumeiramente deixamos que falem e troquem experiências sobre o sentimento dúbio de conseguir a vaga e ter medo/culpa por deixar filho(a) pequena na instituição.

Durante todo o ano letivo e, sobretudo no período de adaptação/acolhimento procuramos desenvolver um olhar atento para cada criança e em parceria com famílias ajustar ações para que a criança fique bem, se sentindo cada vez mais segura e confortável no ambiente institucional. Este ano abordamos esta necessidade nos momentos de HTPC, ouvindo os educadores, sugerindo encaminhamentos coletivamente e agendando, quando necessário, conversa em particular entre familiares, educadores e equipe gestora.

Assim, pensamos na adaptação/acolhimento não só como um período de redução de horário, mas em propostas significativas para receber crianças e famílias (desde o momento da inscrição e da primeira reunião com pais).

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Em 2017 organizamos o período de adaptação/acolhimento com crianças e seus familiares do seguinte modo:

EMEB GERALDO DE MELO FERREIRA - ADAPTAÇÃO 2017

GRUPO 1

07/02 – 7:30 às 9:30 ( Com a permanência do pai/responsável na sala)

08/02 –7:30 às 9:30

09/02 –7:30 às 9:30

10/02 – 7:30 às 9:30

13/02 – 7:30 às 9:30

14/02 – 7:30/8:00 às 09:30

15/02 – 7:30/8:00 às 09:30

16/02 – 7:30/8:00 às 11:30

17/02 - 7:30/8:00 às 11:30

20/02 – 7:30/8:00 às 11:30

21/02 – Saída às 14:00

22/02 – Saída às 14:00

23/02 – Saída às 14:00

24/02 - Saída às 17:00

GRUPO 2

07/02 – 10:00 às 12:00 ( Com a permanência do pai/responsável na sala)

08/02 –10:00 às 12:00

09/02 –10:00 às 12:00

10/02 – 10:00 às 12:00

13/02 – 10:00 às 12:00

14/02 – 7:30/8:00 às 09:30

15/02 – 7:30/8:00 às 09:30

16/02 – 7:30/8:00 às 11:30

17/02 - 7:30/8:00 às 11:30

20/02 – 7:30/8:00 às 11:30

21/02 – Saída às 14:00

22/02 – Saída às 14:00

23/02 – Saída às 14:00

24/02 - Saída às 17:00

Obs.: Nos dias em que as saídas ocorrerem até as 14:00 todos os educadores serão convidados a iniciar seu horário as 7:00,garantindo a presença do trio o período todo de atendimento.

Orientações didáticas em relação ao cuidar e educar na rotina escolar: ENTRADA: Orientar a família que ao chegar à escola, caso a criança não tenha passado bem durante a

noite, avisar aos educadores e os mesmos observarão mais atentamente esta criança e entrarão em contato com a família com o encaminhamento médico, se houver necessidade;

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Após consulta médica, caso a criança tenha que tomar remédio, este será dado mediante receita médica; Na medida do possível estar atento a cada criança observando se a mesma possui algum

machucado, hematoma e registrar informação fornecida pelo responsável no caderno de ocorrências da sala; Acompanhar as crianças: no café, na sala, no banheiro, na medida do possível, não permitir

que as crianças fiquem sozinhas; Realizar a contagem das crianças no início do período;

ACOLHIDA:

Ao organizar a atividade diversificada ou outras, observar se os brinquedos utilizados oferecem risco para as crianças, principalmente os brinquedos pequenos para que as crianças não os levem ao nariz, boca, ouvido, bem como massinha, tinta, cola;

Observar objetos, móveis que possam oferecer perigo na sala, caso isto aconteça informar a equipe gestora para que tome as providências necessárias;

Orientar as crianças para não subirem nas mesas, cadeiras e correrem pela sala; PARQUE:

Estar sempre próximos às crianças. Cada educador deve manter-se em localizações diferentes e estratégicas, ou seja, um local

onde cada um possa visualizar todas as crianças bem como intervir rapidamente. Observar cada brinquedo do parque caso o (a) educador (a) perceba nos brinquedos ou o

espaço oferecendo risco, informar o Álvaro ou a Cibele. Observar e ensinar as crianças a brincar nos diferentes brinquedos/ ou situações, dentro dos

procedimentos ensinados, focar na importância de tomar cuidado para não se machucar ou machucar o outro;

Estar sempre atento com as crianças em relação ao portão de entrada; Dentro das atribuições da equipe de limpeza, garantir diariamente a limpeza do tanque de

areia, recolhendo objetos ou dejetos que possam prejudicar a saúde ou segurança da criança e desinfetando quinzenalmente com água sanitária com o mesmo objetivo.

SAÍDA:

Organizar os pertences pessoais, mochilas das crianças; Verificar a temperatura, antes da criança sair para que a mesma vá para casa com a roupa

adequada; Verificar 10 minutos antes da abertura do portão se as crianças que usam fraldas necessitam

de mais uma troca; Além dos cuidados rotineiros é aconselhável verificar, antes da abertura do portão, se a

roupa da criança encontra-se molhada, caso esteja trocar a roupa, lavar o rosto da criança se houver necessidade;

Ter sempre próximo a relação das pessoas que poderão levar a criança; Que a mesma relação fique em um local visível para o (a) educador (a) substituto; Orientar as famílias que as crianças só poderão ser entregues as pessoas autorizadas, caso

não sejam os mesmos a vir buscá-los, a escola entrará em contato com o responsável pela criança;

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Caso ocorra algum imprevisto com a família impossibilitando de buscar a criança a mesma deverá ser orientada que nestes casos terá que entrar em contato com a escola avisando aos educadores que outra pessoa virá buscar a criança, dizendo nome e grau de parentesco da criança;

Orientar as famílias em reuniões de pais ou outros momentos a importância da mesma atualizar sempre que for necessário dados pessoais (mudança de endereço, telefone, etc.) na secretária da escola;

Se houver a necessidade de conversar com a família algum assunto referente à criança, tomar o cuidado de não falar na presença da mesma, ou de outras mães, dependendo do assunto, marcar um horário com a família para conversar;

Caso a criança passe mal, se machuque na escola ou outra situação no final do período, tomar as providências necessárias e comunicar ao responsável o ocorrido registrando também no caderno de ocorrências;

UTILIZAÇÃO DO BANHEIRO:

Acompanhar sempre que a criança for ao banheiro, orientando-a na utilização do mesmo, ensinando a limpar-se, dar descarga, lavar as mãos e como secá-las sem desperdício de papel;

Atentar para que as crianças não vão ao banheiro descalças; Haverá, preferencialmente, no período do café uma funcionária para auxiliar as crianças

no que for necessário; Manter a gaveta de materiais de higiene organizada, respeitando também a organização

das outras turmas.

SONO/REPOUSO: Organizar o espaço de forma acolhedora para o momento, como por exemplo: música

ambiente, cortinas fechadas, a luz apagada; Organizar o momento considerando o antes, o durante e o depois, isto é, preparar

atividades calmas, até que todas as crianças tenham terminado a escovação; Levar as crianças ao banheiro antes de dormir; Antes das crianças deitarem observar se as mesmas estão com roupas molhadas, fraldas

sujas; Aproveitar o momento para ensinar a criança a tirar e guardar seu sapato; Acolher as crianças que solicitarem atenção especial neste momento, cuidando da postura

e respeitando o combinado interno da escola de não deitar-se; É importante que se respeite o ritmo e a maneira de cada criança, incentivando-a a

descansar, mas caso alguma não queira, proporcionar-lhe outra atividade relaxante; É importante que o grupo de educadores esteja atento ao sono da criança desde entrada

até a saída, preparar o colchão para aquela criança que chega dormindo, ou aquela que no final do período esteja a adormecer;

Quando a criança estiver tossindo, ou apresentar outra questão de saúde, colocar em baixo do colchão, um cobertor em forma de rolinho, almofadas ou travesseiro antirrefluxo, para que o colchão fique elevado;

Durante o sono/repouso se posicionar em um ponto estratégico que possibilite ver todas as crianças dormindo para assim atendê-los em quaisquer necessidades;

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Garantir que cada criança utilize sempre a sua roupa de cama, previamente identificada, e que os colchões sejam dispostos de forma a permitir fácil circulação dos educadores.

ALIMENTAÇÃO:

Observar cada criança, incentivar a mesma a experimentar os diferentes alimentos, com carinho, cuidado, lembrando sempre que este aprendizado é gradual, dependendo da constância e do incentivo;

Propiciar roda de degustação/ alimentação; Acompanhar no self-service, ensinando-a a se servir com cuidado e moderação mostrando

para criança o significado do “pouco”, lembrando que para esta faixa-etária falar: “Pegue

pouquinho”, não é suficiente já que a criança ainda não adquiriu noção de medida; Caso a criança demonstre alguma dificuldade, oferecer o alimento na boca mesmo que ela já

saiba comer, incentivando-a a comer através da conversa e do carinho; Comunicar a família caso a criança não se alimente na escola, estabelecendo combinados e

parceria. Caso a criança tenha restrições de alimentos, registrar o fato, e pedir para família o laudo-

médico para providências junto a merenda; TROCAS DAS FRALDAS:

Propiciar que a troca seja um momento aconchegante e de aproximação entre criança e educador;

Durante a rotina acontecem três momentos de troca coletiva; As demais trocas acontecerão correspondendo à necessidade de cada criança; Verificar 10 minutos antes da saída se existe a necessidade de trocar alguma criança, Quando a criança faz xixi, a higienização será com lencinho umedecido, quando a criança

fizer cocô, a higienização será o meio banho; Antes de trocar a criança verificar se todos os materiais para este momento estão em mãos:

roupas, toalha, lencinho umedecido, pomada, etc.; Utilizar luvas e lençol descartáveis em toda troca; Utilizar preferencialmente o banheiro e quando isto não for possível providenciar um canto

reservado da sala, com colchão separado só para trocas e higienizado a cada troca; Utilizar cesto de lixo específico para descarte de fraldas, higienizando-o com frequência; Separar roupas sujas em sacolas plásticas;

HIGIENE DO NARIZ: Conversar com as crianças sobre a importância de aprender a limpar o nariz e combinar que

agora elas farão isso sozinhas. Fazer alguns combinados e reorganizar o espaço em função da nossa necessidade: colocar

um suporte para papel na sala, um cesto de lixo, um espelho para que as crianças possam se ver fazendo a própria higiene e facilitar o acesso às torneiras para que lavem as mãos depois.

O papel higiênico, que é um item básico, deve estar sempre disponível e ao alcance das crianças.

Dirigir-se ao espelho com a criança, mostrando a ela sua imagem e chamando a atenção para o nariz, a fim de que perceba que precisa ser limpo.

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Orientar para cortar o papel na quantidade suficiente e ensinar a forma adequada de dobrá-lo.

Mostrar como assuar uma narina de cada vez. Ensinar a dobrar o papel com o lado sujo para dentro como forma de prepará-lo para jogar

no lixo. Pedir que confira sua imagem no espelho, observando se está tudo bem, se precisa repetir a

operação. E, para terminar, lembrar à criança de lavar as mãos e secá-las bem.

Combinados Internos

ADMINISTRATIVOS

Os funcionários deverão cumprir seus horários, incluindo o de compensação diária quando necessário, tendo consciência de que a sua ausência ainda que parcial (por atraso ou saída) afeta o dinamismo da rotina;

Em caso de imprevistos, em que o funcionário precisar atrasar ou faltar, entrar em contato com a escola o quanto antes para que se possam tomar as devidas providências internamente e/ou junto ao setor de movimentação;

Serão deferidas faltas abonadas programadas de um professor e de um auxiliar em educação por dia, requeridas com dois dias de antecedência; nos períodos em que houver licenças saúde prolongadas, licença prêmio, gala, nojo, PTS, será liberada apenas uma falta abonada por dia.

Não serão deferidas faltas abonadas em dia de Reunião pedagógica, Estudo de meio e Reuniões com pais;

Cabe ao funcionário usar de bom senso e usufruir da saída de até 3 horas somente o tempo necessário para se deslocar quando necessário, não necessitando utilizar as 3 horas prejudicando o menos possível a rotina da escola. É da competência do diretor autorizar ou não bem como considerar se deve ou não ser descontado.

O funcionário da secretaria preenche o formulário de autorização de saída sendo que a via branca fica com o funcionário, a via azul vai com a folha de frequência e a via amarela fica arquivada na escola. A saída é assinada pela diretora e, na ausência desta, pela coordenadora. Caso as duas não estiverem presentes na escola, o funcionário da secretaria assinará;

Antes de assinar o funcionário deverá verificar se todos os campos estão preenchidos corretamente para evitar descontos desnecessários. A via azul precisa ser carimbada e assinada no estabelecimento onde o funcionário foi atendido e devolvida na secretaria assim que o funcionário retornar para a escola. Os dados de horários de ausência registrados na ficha precisam coincidir com os dados registrados na folha de frequência;

Se o funcionário receber um atestado de horas, deverá anexa-lo à via azul da ficha de saída e terá a mesma validade que o carimbo e assinatura da própria ficha de saída;

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Procedimentos médicos acima de 3 horas devem ter o dia atestado caracterizando LTS (Licença para tratamento de saúde). Os atestados referentes a 1 ou mais dias devem ser entregues o mais rápido possível ao SSO (Serviço de Saúde Ocupacional localizado na Rede Fácil do Paço municipal).

Caso o funcionário tenha uma emergência de saúde durante o expediente e precise ir ao médico caracterizando LTS, as horas trabalhadas não são consideradas.

A pasta de previsão de faltas e o quadro de organização de faltas e saídas ficam na secretaria da escola e o funcionário precisa conversar com oficial antes de marcar para que este tome providência para substituição do educador que ficará ausente;

As folhas de frequência ficam em uma pasta na secretaria sendo de inteira responsabilidade do funcionário, que deve preenchê-la diariamente para que não aconteçam descontos desnecessários. Dica: estabelecer um horário da rotina para assinar a folha;

A entrada e permanência na secretaria são restritas a: assinatura do ponto, resolver questões administrativas e usar o telefone para falar com as famílias. Este é um espaço em que se preenchem documentações, se realiza atendimento às famílias pessoalmente e/ou por telefone. A presença desnecessária de funcionários no espaço compromete a concentração do funcionário que trabalha na secretaria;

A entrega e/ou recebimento de crianças fora do horário de entrada e saída da escola deverão ser feitos preferencialmente utilizando a porta principal e os funcionários da secretaria após procedimentos de registro deverão orientar as famílias a esperarem nos bancos externos, próximos à secretaria.

Caso haja a necessidade da utilização de algum prontuário de criança, os educadores deverão retirar no arquivo na secretaria, pegar informações úteis e se atentar para que arquivar corretamente, por ordem alfabética;

Falar com famílias utilizando a linha telefônica 4125 2725, já que o número 4330 1758 é mais divulgado para receber chamadas;

Caso seja necessário usar o telefone por motivos pessoais, usar o bom senso, utilizando só para recados e caso seja necessário usar DDD diferente do 11 (ligações para interior ou praia) comunicar o Álvaro, uma vez que este tipo de ligação é paga pelo funcionário;

O uso do celular também requer bom senso. Ser utilizado somente quando necessário e não na frente das crianças, solicitando a ajuda dos colegas de sala para se ausentar do espaço com crianças por alguns momentos. Assim, a atenção às crianças não será dividida por uma chamada pessoal;

Preencher a ficha interna de requerimento de materiais (pedagógicos, de higiene dos alunos e consertos) com antecedência e deixar na caixinha sobre arquivos na secretaria para que Álvaro providencie os materiais;

Ao lado do mural na copa há uma pasta com os comunicados e redes e é de responsabilidade do educador/funcionário tomar ciência destes. Alguns destes documentos

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têm prazos e precisam da ciência dos funcionários para o oficial tomar as devidas providências. Assim a dica é se organizar para dar ciência diária em algum momento da rotina de cada um;

Caso o funcionário perceba que vai se atrasar ou saiba que não virá trabalhar, avisar a escola o mais cedo possível para que esta se organize contanto com a ajuda dos funcionários internos ou externos. O funcionário da secretaria deve comunicar os colegas parceiros da pessoa que nos avisou para que estes reorganizem a sua rotina.

Atualizar sempre os dados pessoais na secretaria;

ORGANIZAÇÃO E CUIDADOS COM OS ESPAÇOS COLETIVOS

Os espaços coletivos que os adultos mais utilizam para usufruto próprio são a copa e o banheiro, então estes espaços precisam ser cuidados para que a outra pessoa que irá utilizar possa fazê-lo com tranquilidade;

Como estamos em um ambiente onde há grande circulação de pessoas é preciso que os objetos pessoais sejam cuidados. A dica é combinar um lugar onde o grupo considere seguro para guardar bolsas e objetos pessoais;

Todos precisam zelar pela aparência da escola. Quando for colar cartazes na parede da sala utilizar fita crepe, pois outros materiais adesivos estragam as mesmas.

O mural voltado à InfoEducação é um espaço específico na copa dos funcionários e nele poderá ser afixado comunicados, artigos, cursos, palestras de interesse dos educadores e pode também ser usado pelos funcionários. Lembrando-se de colar com fita crepe, pois durex estraga o mural;

Na sexta-feira devemos guardar as motocas na sala do Infantil IIB, os móveis e brinquedos utilizados nas casas de bonecas do gramado bem como o Ombrellone utilizado costumeiramente no parque e as funcionárias do apoio colocarão para fora na segunda-feira pela manhã estes materiais em seus devidos lugares.

Com relação ao parque é preciso respeitar os horários de uso, zelar pelos brinquedos utilizados no espaço, pelo uso seguro e guardar os brinquedos de areia. Construir procedimentos de utilização junto às crianças como, por exemplo, antes de sair do espaço verificar se não ficaram brinquedos ou algum objeto da turma esquecido. Os brinquedos quebrados, sem possibilidade de conserto devem ser descartados imediatamente.

Cada turma deve adotar um pote identificado para utilizar papel higiênico no parque ou espaços externos, facilitando a devolução quando esquecido.

PEDAGÓGICOS

Para o planejamento semanal há um caderno oficial por professora que é avaliado ao final de cada ano e renovado para o ano seguinte. Deverá ser entregue a cada 15 dias para a coordenadora, conforme cronograma pré-estabelecido;

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Adotamos uma pasta de acompanhamento de saberes individuais das crianças. Na ficha, os educadores descreverão (a caneta) suas observações e encaminhamentos que adotarão para potencializar aprendizagem/ desenvolvimento de cada criança. A pasta de saberes será acompanhada pela coordenação; os pais darão ciência em todas as reuniões.

As turmas recebem uma pasta com os relatórios dos alunos dos anos anteriores e acrescentarão o relatório final do ano letivo. É importante que os educadores tomem conhecimento dos conteúdos dos mesmos e deem continuidade as intervenções em sala potencializando as aprendizagens/ desenvolvimento de cada criança;

A equipe gestora fará observações e a coordenação será a principal responsável para dar devolutivas/orientações ao educador em questão ou ao menos a um educador representante quando se trate de uma intervenção com a turma envolvida e quando se fizer necessário e havendo disponibilidade de educadores para a substituição com o trio de educadores;

Quando os educadores observarem alguma dificuldade especifica da criança, que já tenha sido discutida com os responsáveis e não tenha obtido resultados, conversar o quanto antes com a direção/coordenação para que sejam feitos outros encaminhamentos;

Nos corredores da escola há os murais identificados das turmas e fica sob a responsabilidade de cada trio, combinar com as crianças como será a organização deste espaço, pois como há somente um mural por turma não há a possibilidade de expor as atividades de todas as crianças dependendo do tamanho do suporte. É preciso lembrar-se de colocar legenda da atividade para que as outras pessoas saibam o que foi trabalhado, trocar as atividades com frequência, cuidar da apresentação estética e ensinar às crianças a apreciar as obras dos colegas que serão expostas;

O mural de azulejos no espaço lúdico será utilizado a partir de agendamento, registrado no quadro de horários que fica na copa.

O parque é um espaço muito apreciado pelas crianças e rico para observação e intervenção dos educadores. São necessários combinados para que todos possam usufruir do espaço de maneira segura e organizada. Os educadores precisam se posicionar de forma estratégica, em pontos diferentes do espaço, de forma que possam ver todas as crianças e intervir sempre que necessário. Os brinquedos do parque oferecem alguns perigos às crianças, como por exemplo, se posicionar próximo às balanças. Faz-se necessário cuidar da localização para auxiliar as crianças a brincar, mediar conflitos e evitar acidentes;

Os educadores precisam atentar-se ao momento da saída do parque, considerando tempo para que as crianças consigam guardar os brinquedos, retirar a areia dos pés, lavar as mãos, etc.;

Com relação ao gramado é muito importante atentar-se ao horário, recolher os brinquedos trazidos pela turma, cuidar do posicionamento dos educadores e das intervenções. Há um funcionário responsável pela limpeza do espaço, mas caso sejam encontrados objetos, fezes de animais, informar a equipe da limpeza imediatamente.

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É essencial cuidar das relações, dos tratos com adultos/crianças. Zelar pelo tom de voz ao falar com as crianças, dialogar, se permitir contar com o outro quando por algum motivo pessoal ou não tiver dificuldades de gestão de turma ou com determinada situação. É possível fazer combinados com os colegas de sala para revezamento ou mudanças de estratégias de liderança;

O educador deve dar segurança à(s) criança(s) que necessitar sem deitar com a(s) mesma(s) no momento de repouso. Caso o educador queira descansar em sua hora de almoço poderá ser dentro da sala, uma vez que não temos espaço que acomode os adultos. No entanto, deve manter-se distante das crianças para que fique evidente que ele está em sua hora de descanso e os outros educadores presentes é que estão atentos às crianças neste momento da rotina;

Com relação ao horário que denominamos de sono/repouso é importante que se respeite o ritmo e a maneira de cada criança, incentivando-a a descansar, mas caso alguma não queira, proporcionar-lhe outra atividade relaxante. É preciso também atentar para que este período de descanso não se prolongue interferindo na rotina.

Temos como objetivo coletivo, o uso dos brinquedos guardados nas diferentes salas. Para

tanto, faz-se necessário identificar os brinquedos e se possível organizá-los de modo a facilitar o empréstimo por parte das outras turmas;

Nos casos de faltas programadas do professor da manhã deixar a atividade diversificada pronta no final do dia anterior facilitando a organização do professor substituto

CUIDADOS COM A CRIANÇA

O caderno pequeno brochura que vem no material do aluno é utilizado como agenda. A agenda deve ser verificada todos os dias no início do período sendo importante vistar os recados e respondê-los (mesmo que a resposta não seja imediata é necessário registrar que o educador irá buscar soluções para a questão levantada).

Cada turma recebeu um caderno para registros de ocorrências e seu uso deve ocorrer sempre que algo (ferimentos, pancadas, mordidas, quedas, etc.) acontecer a alguma criança. Na entrada se o educador perceber algo de diferente com a criança deverá fazer o registro, anotando também o relato a respeito feito pelo responsável que trouxe a criança. Durante o período se acontecer algo o registro deverá ser descritivo da ocorrência bem como as providências realizadas. Sempre coletar a assinatura do responsável após o registro. Se a criança for de transporte o registro será feito no caderno/agenda e logo depois de colada uma cópia com a ciência do responsável no caderno de ocorrência. Os educadores avaliarão se haverá a necessidade de antecipação da ocorrência para os familiares por telefone;

Os encaminhamentos médicos são preenchidos pelos educadores, atentando para registrar o que é observado e não inferir diagnóstico. Após orientação da equipe da UBS acordamos que os encaminhamentos deverão ser feitos à UPA em casos de vômitos persistentes, diarreia, quedas e febre persistente ou associada a outros sintomas. É preciso retomar a questão no dia seguinte e solicitar o documento preenchido ou atestado médico. No caso da ausência destes orientar o responsável sobre sua importância.

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Quando suspeitarmos de doença infectocontagiosa ou for recorrente a falta de atestado/encaminhamento preenchido o educador deverá procurar a gestão para combinarmos qual melhor procedimento.

Temos um impresso em que o professor preenche e entrega ao funcionário da secretaria quando a criança falta mais que três dias sem justificativa. O funcionário liga para os familiares e preenche o formulário justificando as faltas. Este documento deve ser colocado no caderno de ocorrências, a fim de registro do acompanhamento das faltas excessivas das crianças.

O caderno de ocorrência e o diário de sala devem ser deixados na mesa da diretora até o dia 5 de cada mês;

No segundo HTPC de cada mês, separamos um momento que denominamos de Miniconselho. Dias antes cada turma recebe um impresso elaborado pela equipe docente para que os educadores possam registrar a criança, os observáveis realizados, bem como as primeiras intervenções. No coletivo, conversamos sobre as questões abordadas e elencamos encaminhamentos possíveis.

A lista de pessoas autorizadas a retirar a criança deve ser atualizada pelo oficial sempre que a família informar alterações e em seguida enviada uma cópia a professora do segundo horário.

Os dados de autorizações de saída das crianças devem ser deixados em um local visível na sala referência para que qualquer educador possa consultar esses documentos e estes devem ser atualizados sempre que a família informar uma nova pessoa autorizada;

Observar as necessidades da criança (frio, calor, falta de roupa, etc.) e tentar minimizar esses problemas ligando para os pais ou emprestando alguma roupa aqui da escola mesmo. É preciso desenvolver um olhar atento para estas questões como cuidar da periodicidade das trocas de fralda ou zelar pela higiene das crianças, observar a higiene do nariz durante a refeição, limpar o rosto, nariz, arrumar o cabelo, etc., sobretudo após repouso e antes de deixar a escola.

Cada turma tem uma gaveta no banheiro para guardar luvas descartáveis, lenços umedecidos e outros materiais que cada turma considerar necessário. É responsabilidade dos educadores da turma zelar pela reposição dos materiais e se precisarem emprestar de outra gaveta, comunicar a turma envolvida e providenciar a reposição também de materiais para a gaveta da qual houve o empréstimo;

O banheiro das crianças teve um aumento na frequência de limpeza, inclusive da cuba do chuveiro, no entanto os educadores precisam acompanhar as crianças no banheiro. É preciso ensinar as crianças a utilizar o banheiro, ajudá-las a se limpar e usar o sabonete líquido tanto no banheiro como no cochinho para que os alunos aprendam utilizá-lo a fim de evitar desperdício ou derrubar pelo chão, deixando este escorregadio. Cuidar da higienização dos trocadores, utilizar o lençol descartável em cada troca e atentar-se para o uso da escada fechando-a após o uso são muito importantes.

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Os remédios apenas serão ministrados com prescrição médica e os responsáveis devem informar os horários que a criança tomará na escola. Os educadores precisam lembrar-se que às vezes os responsáveis precisam de orientação individual para calcular horários e/ou como preparar ou conservar remédios, não concluindo que os informes dados à respeito na reunião com pais foram suficientes para o entendimento de todos;

Se houver dúvidas quanto aos remédios genéricos e seus componentes, realizar a pesquisa na internet nos computadores da secretaria antes de afirmar que o remédio que a família trouxe não corresponde ao da receita médica;

No caso de batida na cabeça, os educadores deverão observar o comportamento da criança, se esta reclamar de dor de cabeça, tontura, vômito ou outra mudança de comportamento;

As ocorrências (febres, ferimentos leves ou graves, batidas nas cabeças, etc.) deverão sempre ser informadas às famílias, tendo-se cuidado com o uso das palavras ao comunicá-las. Se for por telefone, decidir junto com os pais se é necessário que a família venha buscar a criança e não indicar de pronto para vir buscar;

Se logo no período da entrada a família informar que a criança teve febre à noite, medir a temperatura dela antes de liberar o responsável que trouxe à criança à escola. Se a família afirmar que a criança quando chega em casa não tem mais febre, medir a temperatura da mesma na presença do responsável antes de liberá-la;

Se houver questionamento sobre assadura, talvez uma afirmação que a criança só fica assada na escola, convidar o responsável que trouxe a criança ou irá levar a criança embora a fazer uma troca junto com o educador;

Segundo o regulamento enviado pela SE, a entrada das crianças é das 7h30 às 8h e saída das 17h às 17h30. Os pais assinam o atraso de entrada e saída após 10 minutos. Às 8h o portão é fechado e um dos funcionários responsável pela entrada leva a criança à respectiva sala, caso a criança chore, um educador da sala é convidado a ir buscá-la na entrada principal da escola.

Existe um caderno de atrasos (entrada e saída) ou saída antecipada na secretaria. O caderno está subdividido por turmas e os funcionários da secretaria preenchem dados da criança e o motivo da alteração do horário. O responsável assina o documento. Quando os atrasos forem constantes, a direção irá conversar com a família, buscando entender os motivos de alterações de horários e ajudá-la a pensar em alternativas para que ocorra o cumprimento dos horários e a criança participe normalmente da rotina da escola;

Quando tivermos professora substituindo no período da tarde, contamos com a colaboração dos auxiliares em educação que permanecem um pouco além do seu horário para dar assistência na entrega das crianças somente às pessoas autorizadas.

Apesar de sabermos que a orientação da vigilância sanitária é de aproximadamente 50 cm entre um colchão e outro, por falta de espaço nas salas os colchões deverão ser posicionados com espaçamento suficiente para que os adultos possam circular entre eles e o contato entre as crianças não ocorra;

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As crianças serão acomodadas no colchão com cabeças alternadas e utilizando sempre o mesmo travesseiro e lençóis. Para tanto se faz necessário um trabalho de identificação organizado entre educadores e funcionária de apoio referência da sala;

Nem sempre temos controle do horário em que se realizam as manutenções. Então é imprescindível a compreensão de todos caso haja barulho durante o período de sono/repouso.

As escovas de dente devem ser acomodadas em porta escova de dente evitando o contato entre as escovas e com tampa para proteger as cerdas;

Os educadores deverão cuidar em parceria com os pais da troca das escovas de dente ao menos quatro vezes ao ano;

Dentro do banheiro, abaixo do trocador existem dois cestos com tampas acionadas com pedais para o descarte de toalhas de banho e fraldas após banho ou troca;

Por falta de espaço e acomodação apropriada serão permitidas algumas trocas dentro da sala. Mas é preciso cuidar para que seja em um canto mais isolado e que o educador não troque a criança e esteja em contato com outras crianças sem as devidas medidas de higiene;

Os colchões utilizados para troca devem ser higienizados e cuidar para não misturar roupas limpas com sujas;

As trocas de cocô serão feitas no banheiro, de preferência com meio banho, dependendo do caso ou banho completo se for necessário;

A utilização de luvas deve ocorrer sempre que for fazer troca e/ou mexer em ferimentos com sangue;

Procurar manter as unhas curtas para não arranhar alguma criança ou ficar com resíduos sob as unhas;

As fraldas sujas poderão ser colocadas nas lixeiras da sala, no entanto, é preciso ter duas lixeiras para colocar para fora da sala a que estiver com fralda para a funcionária do apoio retirar. É preciso combinar com a funcionária referência da sala os procedimentos de recolhimento deste lixo nos corredores;

Utilizaremos papel toalha para uso com crianças. Não utilizar toalha de tecido para secar as mãos e realizar um trabalho procedimental para crianças aprenderem como e quando utilizar os papeis toalhas;

Nas turmas do infantil I há organizadores para guardar as chupetas das crianças visando melhorar os cuidados ligados à vigilância sanitária;

Por questões de higiene/contaminação e segurança orientamos não usar adornos como brincos grandes, colares, pulseiras, anéis.

Se possível, manter os cabelos presos e orientar as famílias a fazer o mesmo para evitar a proliferação da pediculose;

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ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

Para envolver as famílias nas atividades de recepção/acolhimento e colaborar com a rotina de todas as turmas, há uma organização do café da manhã. Os responsáveis se dirigem pelo lado externo até a sala referência da criança, deixam a mochila e tem o primeiro contato com educador presente e se encaminham para o refeitório para servir o dejejum à sua criança;

As crianças que vem de transporte e aquelas que os responsáveis não podem acompanhar no café são auxiliadas por uma funcionária do apoio que permanece no refeitório. A reposição e limpeza de mesa/chão ficam por responsabilidade de quem estiver de apoio no refeitório;

No refeitório há um quadro azul imantado onde é exposto o cardápio do dia com imagens. As funcionárias da cozinha juntamente com as funcionários de apoio manterão o quadro atualizado, assim as famílias, crianças e funcionários saberão logo pela manhã o que será servido em todas as refeições;

Para tomar água na sala as crianças usam copos pessoais e uma jarra da escola. É preciso zelar pela identificação e estabelecer procedimentos de uso com as crianças. Os copos ficam em organizadores com tampa (um para copo de água e outro para os de escovação, caso a turma opte em usar). A higienização dos copos de água será feito pela equipe da cozinha. Um educador deixará o organizador com copos sobre o balcão ao final do período para que estes sejam higienizados.

As turmas do Infantil II iniciarão o sistema self-service durante o almoço em abril. No entanto, se faz necessário um trabalho anterior de apresentação e procedimentos de uso de utensílios e do balcão térmico junto às crianças, uma vez que será uma experiência nova para todas elas;

Na segunda quinzena de agosto a turma do Infantil I irá iniciar o self-service de salada/legumes em travessas na própria mesa;

Ao acompanhar as crianças no uso do balcão térmico manter os cabelos presos para evitar a queda de cabelos na comida;

O balcão térmico deve ter suas tampas fechadas sempre que não tiver sendo usado por crianças/adultos e também não se posicionar próximo a ele para que não caia cabelo ou outras impurezas dentro da comida coletiva e evitar também riscos de queimadura. Os educadores devem se atentar e orientar as crianças a não brincarem com o balcão mesmo que este esteja desligado.

A jarra de suco da hidratação e a quantidade de alimento servido no lanche serão porcionados de acordo com quantidade de crianças. Pela manhã uma funcionária da cozinha passará nas salas para saber quantas crianças há em cada uma delas e as quantidades serão de acordo com os números fornecidos. As bandejas serão identificadas para retirada do suco e da travessa de lanche correspondente à turma;

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HORÁRIOS DOS ESPAÇOS DE USO COLETIVO 2017

ESPAÇOS I A I B II A II B II C II D

PARQUE

9h- 9:45 9h- 9:45 9:45-

10:30 9:45-10:30 10:30-11:15

10:30-11:15

GRAMADO 8:30-9h (2ª, 6ª)

8:30-9h (3ª,5ª)

9:15-9:45 (3ª,5ª)

9:15-9:45 (4ª,6ª)

10h -10:30 (4ª,6ª)

10h -10:30 (3ª,5ª)

ALMOÇO 10:15-10:45 10:15-

10:45 10:45-11:15

10:45-11:15 11:15 -11:45

11:15 -11:45

ENTREGA DE COPOS DAS CRIANÇAS NO BALCÃO DA COZINHA

LANCHE 14h- 14:15 14h- 14:15 14:15-

14:30 14:15- 14:30 14:30- 14:45

14:30- 14:45

PARQUE 14:45-15:15

14:45-15:15

15:15-15:45

15:15-15:45 15:45-16:15

15:45-16:15

GRAMADO 14:15-14:45

(3ª, 5ª)

14:15-14:45

(2ª, 4ª)

14:45-15:15 (3ª, 5ª)

14:45-15:15

(2ª, 4ª)

15:15-15:45 (3ª, 5ª)

15:15-15:45 (2ª, 4ª)

JANTAR 15:25-15:40 15:35-

15:50 15:55 16:10

15:55 16:10 16:15-16:30

16:15-16:30

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3.1 ROTINA DE TRABALHO DA EQUIPE DE APOIO

ADRIANA LOURDES ANA PAULA ISAURA VÂNIA 06:00 – 15:00 06:00 – 15:00 07:00 – 16:00 08:30 – 17:30 09:00 – 18:00

ALMOÇO 12:30 – 13:30 ALMOÇO 12:30 – 13:30 ALMOÇO 12:00 – 13:00 ALMOÇO 12:00 – 13:00 ALMOÇO 12:00 – 13:00

REFERÊNCIA II C E IB REFERÊNCIA I A E IB REFERÊNCIA II A REFERÊNCIA II B E IB REFERÊNCIA II D

Direção

Rastelar parque

Entrada/Café da manhã refeitório

Referência do II C

Sala coletiva IB

Banheiro infantil (conservação) (9:00)

Banheiro infantil (limpeza geral)

Lavagem da roupa de cama e

banho II C (5ª f.)

Higienização dos brinquedos

Limpeza das grelhas (coletiva)

Limpeza da lavanderia (coletiva)

Área externa

Abrir depósito das motocas

Rastelar parque

Capachos da entrada

Entrada/Banheiro infantil

Referência do I A

Sala coletiva IB

Banheiro infantil (conservação) (10:15)

Refeitório (turma)

Banheiro infantil (limpeza geral)

Copa dos funcionários

(14:00))

Lavagem da roupa de cama e banho IA (2ª f.)

Higienização dos brinquedos

Limpeza das grelhas (coletiva)

Limpeza da lavanderia (coletiva)

Secretaria

Entrada

Copa dos funcionários (09:00))

Referência do II A

Refeitório (turma)

Hall / corredores/ Cochinho interno

(3x ao dia)

Lavagem da roupa de cama e banho IIA

(2ª f.)

Gaiolas (2ª feira)

Higienização dos brinquedos

Limpeza da lixeira (2x na

semana)

Limpeza das grelhas (coletiva) Limpeza da lavanderia (coletiva)

Colocar os móveis da casinha (2ª feira)

Banheiros fem. e masc.

(3x ao dia)

Espaço formativo (Hall de entrada)

Referência do II B

Sala coletiva IB

Refeitório (turma)

Refeitório após almoço

Banheiro infantil (conservação) 17:00

Varrer 3 salas na saída

(salas 3, 4 e 5)

Lavagem da roupa de cama e banho II B (4ª f.)

Higienização dos brinquedos

Limpeza das grelhas (coletiva)

Limpeza da lavanderia (coletiva)

Geladeira (6ª f -quinzenal)

Banheiro dos fundos (3x ao dia)

Referência do IID

Refeitório (turma)

Refeitório após almoço

Banheiro infantil (conservação)

14:40

Varrer 3 salas na saída (1,2 e 6)

Recolher ombrelone e brinquedos

das casinhas (6ª feira)

Fechar depósito das motocas(6ª feira)

Lavagem da roupa de cama e

banho IID (6ª f.)

Higienização dos brinquedos

Limpeza da lixeira (2x na semana)

Limpeza das grelhas (coletiva)

Limpeza da lavanderia (coletiva)

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Orientações para equipe de Auxiliares de Limpeza

Tarefas a serem desenvolvidas pela equipe coletivamente ou em suas salas de referência:

Diariamente: -Varrer a área externa e rastelar o parque, verificando se não tem objetos estranhos que coloquem em risco a segurança das crianças. -Limpar os banheiros três vezes ao dia ou sempre que necessário. -Limpar os tapetes. -Passar o pano de chão duas vezes ao dia ou sempre que necessário. -Tirar pó dos mobiliários. -Limpeza do refeitório e da copa.

Semanalmente: - Limpeza do filtro da entrada da escola. - Desinfetar o tanque de areia com água sanitária. (quinzenal) - Limpeza dos brinquedos. - Colocar colchões no sol.

Mensalmente/Recesso - Faxina retirando móveis e objetos do local para uma limpeza mais detalhadas - Manter a organização e a ordem. - Conservar equipamentos e instalações (adequada limpeza e uso de produtos).

Normas e procedimentos

De acordo com os Manuais para limpeza dos espaços e lavagem de roupas, fornecido pela

SE 2,elencamos as seguintes orientações: Quanto à organização do trabalho: -Iniciar pela área mais limpa. -Uso de EPI ( Equipamentos de Proteção Individual). -Desprezar a água suja em local apropriado: tanque ou ralo. -Seguir cronograma de limpeza (definido com a equipe) -Desinsetização e controle de pragas (semestral): nos primeiros dias de aplicação, -Intensificar a limpeza de revisão, pois aparecerão insetos e roedores mortos nos ambientes da escola. Quanto a limpeza propriamente dita: Limpeza em banheiros e áreas com superfícies laváveis: 1-Recolher o lixo 2-Retirar a sujeira grossa com vassoura e pá.

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3- Realizar a limpeza com água, sabão, solução de amoníaco ou cloro em toda a superfície, de área mais limpa para a mais suja. Deixar de molho para o produto agir na superfície. 4-Lavar as paredes até a altura acima das válvulas de descarga, e acima da pia. Usar esponja e panos diferentes para o vaso e a pia (risco de contaminação). 5-Enxaguar, puxar o excesso de água com rodo, aplicar desinfetante germicida e secar. Aplicar álcool ou desinfetante/germicida também nos acessórios e demais superfícies observando a troca de panos para cada superfície. Finalizar com pano seco. Limpeza de áreas internas e externas Os períodos sugeridos podem ser alterados de acordo com as características de cada empreendimento. O importante é analisar fatores como localização, fluxo de pessoas, tipo de superfície, tipo de sujidade, etc. Bom senso é fundamental. As embalagens dos produtos trazem informações importantes, como os tipos de superfícies que o produto pode ser aplicado e como aplicar.

Limpezas Diárias: são limpezas básicas e fundamentais:

-coletar o lixo em geral. - limpar as lixeiras dos corredores e áreas de circulação. Lavar, se estiver úmido ou com detritos orgânicos e mau cheiro. - lavar banheiros. - limpar refeitório. - limpar copa dos funcionários. - varrer piso de áreas de circulação, administrativas, salas de aula, remover com espátula sujeiras grudadas no piso e nos móveis, efetuar limpeza úmida com água e produto adequado para cada tipo de piso. -tirar pó e remover mancha das mesas, cadeiras e móveis. Utilizar produtos adequados para cada tipo de móvel. - limpar telefones e objetos existentes sobre os móveis - tirar pó de extintores, quadros, quadros de aviso, lousas, etc. -remover manchas de paredes, portas e divisórias. -remover manchas dos vidros caso esteja muito sujo - varrer calçadas, áreas externas, limpar detritos no gramado e rastelar o parque.

Limpezas semanais: são limpezas complementares:

-limpar e organizar o depósito de materiais. - lavar cestos de lixo -limpar janelas (vidros, trilhos e parapeito) -limpar batentes das portas inclusive partes altas -remover quadros, limpar moldura e parte de trás ( limpar parede) -limpar rodapés, relevo das paredes, tomadas, interruptores, pés das mesas e cadeiras.

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Limpezas Mensais: são limpezas mais profundas. -limpar luminárias e lâmpadas de teto -limpar teto -lavar piso tipo paviflex e de ardósia, remover a cera velha e encerar. Conforme a necessidade de cada área. Pode ser realizado semestralmente, caso o ambiente não seja de grande circulação -aspirar cadeiras estofadas -lavar cortinas -lavar cadeiras de material sintético e plástico -limpar computadores com auxílio e orientação de um responsável pelo setor -limpar as prateleiras da biblioteca com auxílio e orientação de um responsável pelo setor Limpezas Anuais -limpeza de fachada e paredes.

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3.2 ROTINA DIRETORA- CIBELE

ATIVIDADES DIÁRIAS ATIVIDADES SEMANAIS ATIVIDADES MENSAIS - Acompanhamento da entrada - Leitura e encaminhamentos de redes, informativos e email - Encaminhamentos das demandas diárias da secretaria, apoio, alimentação escolar e educadores - Atendimento a pais e funcionários (quando necessário) - Acompanhamento pedagógico e dos cuidados para com as crianças em parceria com a CP

- Planejamento dos HTPCs da Semana. -HTPC Professoras - Acompanhamento do HTP em parceria com a CP - Reuniões com Equipe de Apoio. - Reunião de Gestão. - Reunião com Orientadora Pedagógica - Estudo -Organização de espaços e documentação - Demandas referentes a manutenção do prédio - Encaminhamentos da APM - Flexibilização ( 6ª feira a tarde)

- Acompanhamento da elaboração do informativo da escola em parceria com a CP e educadores responsáveis - Acompanhamento dos diários de classe e caderno de ocorrências - Organização e realização de Reuniões Pedagógicas - Reunião de APM/Conselho - Saídas para Compras/SE/Banco/Contadora - Participar de reuniões da SE - Planejamento e acompanhamento das reuniões com pais (trimestral)

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3.3 ROTINA COORDENADORA PEDAGÓGICA ADRIANA

ATIVIDADES DIÁRIAS ATIVIDADES SEMANAIS ATIVIDADES MENSAIS - Leitura e encaminhamentos de redes, informativos e email - Encaminhamentos das demandas diárias dos educadores - Atendimento aos pais (quando necessário) - Acompanhamento da saída -Observação da prática educativa

- Planejamento dos HTPCs da Semana. - Preparo de materiais para HTPCs -HTPC Professoras -Providências a partir dos combinados HTPC - Acompanhamento do HTP em parceria com a diretora - Reunião de Gestão. - Reunião com Orientadora Pedagógica - Estudo -Escrita de documentos diversos -Organização de espaços e documentação - Flexibilização ( 5ª e 6ª feiras pela manhã) - Leitura dos planos de ação e devolutivas por escrito. - Organização do mural – Infoeducação - Levar e buscar carrinho de leitura dos funcionários da diretoria para espaço coletivo e vice-versa - Acompanhamento das atividades desenvolvidas com as crianças - Acompanhamento da elaboração e execução de atividades coletivas da escola em parceria com educadores responsáveis e diretora (murais, mascote, etc.)

- Acompanhamento da elaboração do informativo da escola em parceria com educadores responsáveis e diretora - Planejamento, organização e realização de Reuniões Pedagógicas - Participar de reuniões e formações da SE - Planejamento e acompanhamento das reuniões com pais (trimestral) - Acompanhamento das reuniões com pais/responsáveis e educadores sempre que agendada

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3.4. Rotina de trabalho da secretaria – Álvaro (Oficial da Escola) Horário 8h às 17h – Almoço 12h30 às 13h30 - Checar os e-mails no Outlook e realizar encaminhamentos necessários. - Sistema GDAE-PRODESP, manter atualizado quadro de vagas e Matrículas das salas de aulas e cadastramento dos alunos. - Atendimento ao Público: realização de inscrições, matrículas e orientações diversas. - Atendimento aos funcionários quando estes necessitam de informações diversas e materiais como: equipamentos de áudio, câmeras, papelaria, etc. - Atendimento telefônico. - Viabilizar a ciência de redes, informativos e comunicados. - Serviços gerais e rotineiros de computação: digitações em geral, planilhas, memorandos, ofícios, etc. - Organização de armários, recebimento e conferência de materiais; - Solicitar consertos e manutenção em geral após orientação da equipe gestora. - Solicitar, em parceria com a equipe gestora, cotação de preços referentes às aquisições da APM; - Fechamento do mês das folhas de frequência dos funcionários, conferência e escaneamento das mesmas. - Registrar entradas atrasadas e saídas antecipadas de alunos, dando ciência aos educadores da justificativa. - Acompanhar o quadro de faltas dos funcionários. Orientações para atendimento secretaria A secretaria é o cartão de visitas da U.E. Deve refletir a concepção e o trabalho realizado por toda a Equipe, portanto: - É importante mantê-la sempre organizada, limpa, e com a presença dos funcionários responsáveis pelo espaço. - O atendimento a todos deve primar pelo respeito e devolutiva adequada e correta. - Sempre que forem utilizadas máquina digital e filmadora deverão ser descarregadas as imagens da máquina e trocada a fita da filmadora identificando-a (data, situação e grupo), logo após colocar para recarregar. - Para todas as reuniões da escola, providenciar os bilhetes com antecedência de cinco dias. - Ter preparada a lista de presença de cada reunião. - Todo e qualquer contato estabelecido com funcionários do Departamento de Educação, da Prefeitura ou de qualquer outro estabelecimento deverá ser anotado em um caderno nome, horário, data e assunto com decisão para que possamos sempre estar respaldados nas nossas ações assim como a informação não fica exclusivamente com uma pessoa. - Todos os emails deverão ser encaminhados para ciência seja da direção ou do grupo da U.E. no dia do seu recebimento, assim como, a necessária devolutiva para o setor competente assim que for preenchido adequadamente. - Ao elaborar qualquer documento, considerar a estética do mesmo, bem como a verificação da digitação, erro ortográfico ou concordância. Quanto ao destinatário sempre confirmar a SE que

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será enviada. - Encaminhar os documentos após ser revisto pela diretora. - Atendimento ao telefone: sempre utilizar um tom de voz acolhedor, identificando-se e solicitando identificação, fornecer as informações necessárias e no surgimento de dúvidas, buscar saná-las da melhor forma. Ex: órgãos competentes ou junto a outros colegas, a direção, coordenação... - Registrar mensalmente as saídas, horas, faltas, licenças ocorridas a cada dia dos funcionários. - Todas as ligações, documentos, informações devem chegar às gestoras, para que possamos encaminhar cada situação, documento ou orientação. - Utilizar a internet apenas para consultas do trabalho. - Quando for necessária, qualquer saída ou falta comunicar a diretora e organizar o dia contando com essa falta. - A impressão de documentos e mensagens quando forem para consulta interna, podem ser impressos em “Rascunhos”. - Imprimir frente e verso sempre que possível. - Garantir o arquivo de todos os documentos. - Garantir o anexo de protocolo em todos os documentos que saem da escola. 3.5. Rotina de trabalho da cozinheira/auxiliares de cozinha A composição atual da equipe é: Cozinheiras: Lourdes (entrada às 6h30) Silvana (entrada às 7h00) Supervisora: Fabiana Atividades desenvolvidas: Período da manhã: - Preparo de: café da manhã, almoço, hidratação; - Café dos funcionários; - Higienização de legumes, verduras e frutas; - Higienização das mamadeiras/copos de transição; - Organização do refeitório; - Lavagem da louça e organização da cozinha; Período da tarde: - Preparo de: lanche da tarde, jantar; - Pré-preparo da carne do dia seguinte: descongelar, limpar e cortar; - Organização do refeitório; - Higienização das mamadeiras/copos de transição; - Lavagem da louça e organização da cozinha; - Lavagem das canecas de água dos alunos;

Durante todo o dia são retiradas amostras de tudo que é servido para as crianças até a última refeição.

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As terças-feiras e quartas-feiras há o recebimento de legumes e verduras do CEASA e Cooperativas e quinzenalmente chega o merendão. As funcionárias têm também a responsabilidade de organização e acompanhamento do estoque e preenchimento do MAPA que é encaminhado para a seção de alimentação escolar da SE. 4. DOCUMENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Entendemos por Documentação pedagógica um conjunto de registros (vídeo, gravações, material fotográfico, anotações, etc.) que tornam visíveis as pesquisas, as observações e aprendizagens de crianças e adultos no processo educativo tanto em âmbito individual como coletivo.

Esta documentação permite também avaliar a experiência feita, revisitar práticas, transformar ações e modificar aprendizagens ao reviver memórias e emoções, alimentando a reflexão e narrativas entre os usuários da escola.

SABERES DAS CRIANÇAS

Desde 2012 oficializamos um documento exclusivo em forma de pasta da turma com folhas individuais para o registro dos saberes de cada criança. Concordamos em equipe que este registro pode ter desdobramentos múltiplos e, sobretudo podemos fazer um acompanhamento do desenvolvimento da criança de maneira mais sistematizada e nos aproximar mais de uma avaliação por portfólio.

Neste documento os educadores fazem os registros pontuais a partir de observações realizadas. O olhar aguçado dos educadores precisa ser constantemente exercitado, visando uma percepção de novos saberes de cada criança. Na faixa etária de 0 a 3 anos, o processo de conquistas dos aspectos sociais, motores, cognitivos e afetivos é muito rápido, o que nos leva a necessidade de estabelecer um acompanhamento mais minucioso e cotidiano deste processo.

Combinamos os familiares terão acesso a este documento em reunião com pais, podendo assim ser parceiros ativos durante o processo. Estes registros irão acompanhar a criança/aluno quando mudar de turma ou de escola juntamente com o relatório individual realizado ao final do processo.

O documento inicia-se com o nome completo da criança, data de nascimento, espaço para colar uma foto de identificação, espaço para escrita do nome completo dos pais e dos irmãos, se tiver. A ideia é compor uma descrição inicial de identificação e de composição familiar.

Na sequência segue apenas com linhas para a escrita dos educadores a partir de alguns observáveis elencados previamente e de outros que possivelmente os educadores irão se atentar ao longo do ano letivo. Combinamos registrar data e o saber observado da criança e encaminhamentos traçados, o que possibilita, aos nossos olhos, o mapeamento do desenvolvimento da criança e do coletivo de crianças de uma turma, das turmas agrupadas por faixa etária ou da escola como um todo. Portanto, um documento que pode ser utilizado no planejamento docente e como fonte de múltiplas pesquisas e desdobramentos. FOTOS: A utilização do registro fotográfico é um recurso utilizado em muitos momentos em nossa rotina escolar. Alguns educadores possuem mais clareza do uso didático em relação às fotos ou do seu uso como instrumento da documentação pedagógica nas vivências da escola. Então, temos consciência que precisamos investir em mais formação e valorização deste recurso para

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todos da equipe. Para nós fica cada vez mais evidente que o acervo fotográfico da escola dá a possibilidade

de várias formas de apreciação e pesquisa dentro da escola e fora desta, quando as inserimos, por exemplo, no Informativo da escola (entendemos o Informativo “ABC dos pequenos” como um

dos documentos pedagógicos) que vai para as mãos dos familiares, para funcionários, para membros da comunidade, para escolas circunvizinhas, para SE e agentes colaboradores do processo educativo.

Desde 2012 optamos por montar um mural do lado externo, próximo à secretaria da escola, para a montagem esporádica com fotos para que familiares e visitantes tenham acesso a algumas vivencias coletivas ou em sala de aula ao longo do ano.

Em 2013 oficializamos a orientação de inserir fotos contextualizadas nos relatórios individuais para todas as turmas da escola.

Desde 2015 combinamos enviar fotos da criança em atividade em sua agenda pessoal como recurso para que vejam a si próprias e acessem memórias do que viveram na escola, agregando mais uma função comunicativa a este instrumento e ofertando às famílias visibilidade de nosso trabalho.

Passamos então a valorizar a utilização de legenda explicativa contextualizando e informando as aprendizagens que envolvem os momentos fotografados, ajudando toda a comunidade escolar a tomar ciência e valorizar o trabalho desenvolvido na escola.

Se apropriando da fotografia usada como documentação pedagógica, algumas professoras têm utilizado fotos para evidenciar os interesses das crianças, suas pesquisas e suas aprendizagens nos planos de ação docentes enriquecendo seus registros reflexivos.

No final do ano de 2016 implantamos o Blog da escola o que passou a nos dar muitas possibilidades para utilizar muito o recurso fotográfico como forma de revelar o interior da Escola da Infância que estamos construindo dia-a-dia.

MURAIS DE ATIVIDADES DOS ALUNOS A instalação de murais nos corredores da escola em 2013, possibilita a cada turma organizar o seu espaço para a exposição das produções das crianças.

Os murais representam, em nosso ponto de vista, uma ótima oportunidade de tornar visíveis as aprendizagens das crianças. Proporciona aos frequentadores da escola (educadores, crianças, funcionários, familiares e visitantes) um vislumbre das vivências das crianças em sala de aula.

É possível por meio destes, fazer diferentes análises das concepções dos educadores ao expor o que sabem por meio das propostas de atividades lançadas às crianças.

PASTA DE ATIVIDADES DO ALUNO Ao longo do ano os educadores montam uma pasta individual contendo todas as atividades de artes visuais produzidas por cada criança. Estas produções são datadas, possibilitando a percepção do desenvolvimento da criança. Também é possível a analise da variedade de propostas, de materiais gráficos e de papeis com diferentes texturas e tamanhos. Ao final de cada semestre ou ao final do ano letivo (de acordo com o desejo dos educadores) os familiares são convidados a apreciarem este material e o levam para casa.

RELATÓRIO INDIVIDUAL O relatório avaliativo ao final do ano letivo considera as intervenções pedagógicas,

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aprendizagens, os ritmos e característica de cada criança/aluno. Para tanto é necessário que a equipe docente desenvolva um olhar atento sobre o agrupamento e sobre cada membro deste. Para nós, o relatório individual é a síntese das diferentes atuações pedagógicas e dos registros realizados na ficha de saberes que vão sendo construídos no cotidiano da sala de aula e da escola ao longo do ano letivo. Este instrumento passa a ser, neste sentido, disparador de mais reflexão e de novas ações didáticas em um ciclo contínuo e serão enriquecidos com outras formas de registro para tornar cada vez mais visível as aprendizagens da(s) criança(s), conforme formos avançando em nossas discussões formativas neste ano e em anos vindouros.

Este documento e a ficha de saberes acompanharão a criança/aluno enquanto permanecer nesta unidade escolar e em outras escolas da rede municipal de ensino se este for transferido, entendendo que o(s) novo(s) educador(es) darão continuidade ao processo de aprendizagens dos nosso(s) aluno(s), considerando o percurso individual deste(s). Optamos por elaborar um roteiro para subsidiar a escrita sintetizada de todo o processo escolar vivenciado em determinado período, no entanto a equipe docente poderá aprimorar seus registros apontando outras informações relevantes para o processo de desenvolvimento infantil e de aprendizagens significativas.

LEMBRETES PARA RELATÓRIOS INDIVIDUAIS • Utilizar cabeçalho; • Texto Justificado; Fonte Arial; Tamanho: 12; Margens: 1,27cm • Fotos em contexto até 5 cm, ilustrando o texto descritivo; • Assinaturas dos educadores e responsável ao final do texto. CABEÇALHO: Logo da Prefeitura/ Secretaria de Educação (solicitar arquivo na secretaria da escola) Nome da escola Nome completo dos educadores Turma Nome completo do aluno (a) Data de nascimento Período da escrita/ano vigente OBSERVÁVEIS

Aspecto afetivo: Como a criança se apresenta (tímida, líder, autônoma...); Aspecto interativo: Dentro de um contexto registrar a interrelação (da criança) com os

objetivos propostos nas atividades permanentes, sequenciadas e/ou projetos; Aspecto cognitivo: O que a criança sabe, o que faz sozinho e com ajuda nas diferentes

áreas de conhecimento; Aspecto social: Registrar as relações interpessoais (da criança) com os outros membros do

grupo e da escola; Aspecto mediador: As ações (intervenções), o papel dos educadores na busca de soluções

e/ou caminhos para favorecer o desenvolvimento infantil ou aprendizagens; Aspecto evolutivo: Como a criança estava e como está agora nos diferentes aspectos.

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5. Acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos PLANO DE AÇÃO: - DUPLA GESTORA:

Os encontros formativos oficiais da escola são momentos que precisam ser planejados com bastante reflexão.

Seguindo a orientação da Secretaria de educação e engrossando o conteúdo do PPP, elaboramos um plano de formação conciliando os desejos dos educadores/equipe de funcionários e as necessidades prioritárias percebidas pela equipe gestora, incluindo aí a figura da orientadora pedagógica.

Assim, como para os educadores, entendemos que para a dupla gestora também o processo de ação/reflexão/ação é essencial no fazer didático de qualidade e o ato de planejar e replanejar revela concepções e faz a diferença na qualidade das ações formativas.

O exercício reflexivo do planejamento significa também para nós um momento muito valorizado e precisa ser documentado. Assim, elaboramos um instrumento oficial para ser utilizado por nós da dupla gestora dentro da escola.

Optamos por elaborar um caderno com um instrumento de formato único para todos os momentos formativos (HTPC, Reunião pedagógica e Reunião com funcionários) e permitindo a diretora ou a CP autonomia quanto à organização para a separação destes momentos no caderno. - DOS EDUCADORES:

Temos em nossa unidade escolar um documento oficial por turma e a partir deste ano por professor (deliberamos denominá-lo Plano de ação) para planejar, avaliar e replanejar atividades com crianças.

Este documento foi idealizado para reunir as diferentes ações didáticas docentes, nos ajudando a vislumbrar com mais clareza o trajeto intencional de nosso fazer pedagógico, bem como o processo de ensino-aprendizagem. Este fazer pedagógico deve ser flexível e articulado com PPP (Projeto Político Pedagógico) e atender as necessidades da criança ou do agrupamento destas.

Orientamos que os educadores da turma, na medida do possível, se organizam para planejar juntos visando às melhores estratégias/recursos, diluídos nas atividades permanentes, em atividades sequenciadas ou projetos específicos, visando o desenvolvimento integral das crianças.

As professoras de cada turma se organizam para documentar o planejamento e fazer registros reflexivos sobre os diferentes desdobramentos do ato de planejar e da prática em sala de aula, contemplando as sugestões/opiniões de todos os educadores da turma.

Semanalmente, há espaço para destaque de tema(s) que o trio de educadores elege e registra, propondo uma sequência de atividades inter-relacionadas a partir de observações de situações concretas da criança, turma ou de vivências pessoais dos próprios educadores.

O registro reflexivo é realizado no mínimo uma vez por semana, avaliando as atividades propostas entendendo as comandas (apresentação das atividades), os diferentes materiais utilizados (brinquedos, papeis diversos, lápis, canetas hidrográficas, etc.), as intervenções realizadas (como cada educador se aproximou das crianças, procurando atender as diferentes necessidades destas), as ações/reações individuais ou coletivas das crianças, adequações espaciais (diferentes espaços da escola, mudanças do mobiliário, etc.), já considerando novas possibilidades de atuação em um constante ir e vir do processo de reflexão/ação.

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As seis turmas são divididas em dois grupos e cada turma deste agrupamento entrega à coordenação pela manhã a cada quinze dias em datas agendadas previamente pela CP que organiza um dia por semana de sua rotina para ler os Planos de ação, que retornam no mesmo dia com apontamentos escritos no próprio plano, estabelecendo um trabalho em parceria com os educadores e é entendido também como uma das estratégias formativas profissionais em serviço.

A partir da leitura, alguns textos de apoio à reflexão/pesquisa podem ser compartilhados de acordo com o contexto para embasar o processo investigativo e de aprendizagem docente/discente. Entendemos que estes precisam ser lidos por todos os educadores da turma para trocarem saberes e pontos de vista, ampliando a capacidade de todos de fazer intervenções cada vez mais conscientes e intencionais.

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VI. CALENDÁRIO ESCOLAR (Aguardando homologação)

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VII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAÚJO, Ulisses Ferreira de. Temas transversais e a estratégia de projetos. São Paulo: Moderna, 2003. BARBOSA, Maria Carmen Silveira. Práticas cotidianas na Educação Infantil – Bases para a reflexão sobre as orientações curriculares. Brasília, 2009. BARBOSA, Maria Carmem Silveira e HORN, Maria da Graça Souza. Projetos pedagógicos na Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed, 2008. BRASIL. Constituição da república Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1998.2.ed. São Paulo: Saraiva,1989. Critérios para atendimento de creches que respeite os direitos fundamentais das crianças/ Maria Malta Campos e Fúlvia Rosemberg. -6.ed.Brasília : MEC,SEB, 2009. FARIA, Vitória Líbia Barreto de. Currículo na Educação infantil: diálogo com os demais elementos da Proposta Pedagógica- 2ªed- São Paulo: Ática, 2012. FINCO, Daniela; BARBOSA, Maria Carmen Silveira e FARIA, Ana Lúcia Goulart de (organizadoras).Campos de experiências na escola da infância: contribuições italianas para inventar um currículo de educação infantil brasileiro – Campinas, SP: Edições Leitura Crítica, 2015. História da pedagogia (nº 2). Lev Vigotski. Revista Educação. Editora Segmento. Edição Agosto/2010. JAPIASSU, Ricardo. A linguagem teatral na escola: Pesquisa, docência e prática. Campinas: Papirus, 2007. (Coleção Ágere) KINNEY,Linda et Wharton , Pat.Tornando visível a aprendizagem das crianças . São Paulo,Artmed,2009. LÜCK, Heloísa. A gestão participativa na escola. Rio de Janeiro. Editora Vozes. 2006. MEC. Base nacional comum curricular. Proposta preliminar-2ª versão, 2016.

MELLO, Suely Amaral et Farias , Maria Auxiliadora .A escola como lugar da cultura mais elaborada. Disponível em: Educação, Santa Maria, v. 35, n. 1, p. 53-68, jan./abr. 2010. http://www.ufsm.br/revistaeducacao

MELLO, Suely Amaral. Infância e humanização: algumas considerações na perspectiva histórico-cultural. Disponível em: journal.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/download/1630/1371

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Proposta Curricular:/ Secretaria de Educação e Cultura. Departamento de Ações Educacionais. - - São Bernardo do Campo: SEC, 2007. Caderno 1: Introdução. Proposta Curricular:/ Secretaria de Educação e Cultura. Departamento de Ações Educacionais. - - São Bernardo do Campo: SEC, 2007. Caderno 2: Educação infantil. PPP 2016 EMEB Geraldo de Melo Ferreira Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil /Ministério da Educação e do desporto, Secretaria de Educação Fundamental. --- Brasília: MEC/SEF, 1998. Regimento Escolar Único para as escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental.

Russo, Danilo. De como ser professor sem dar aulas na escola da infância em Territórios da infância, linguagens, tempos e relações para uma pedagogia para as crianças pequenas. Junqueira e Marin Editores, 2009.

SANTOS NETO, Elydio dos. Por uma educação transpessoal: a ação pedagógica e o pensamento de Stanislav Grof. São Paulo: Moderna, 2006. SÃO BERNARDO DO CAMPO. Secretaria de Educação, Cultura. Cadernos de validação: Rotina em Educação infantil. São Bernardo do Campo,2004. SÃO BERNARDO DO CAMPO. Secretaria de Educação, Cultura. Cadernos de validação: Período Integral para crianças de 0 a 6 anos. São Bernardo do Campo SÃO BERNARDO DO CAMPO. Secretaria de Educação, Cultura. Cadernos de validação: Artes. São Bernardo do Campo Vigotski, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes. 2008.

VIII - ANEXOS 1. BIOGRAFIA DO PATRONO GERALDO DE MELO FERREIRA, nasceu em 27 de maio de 1937, em Braúnas, município de Açucena, Estado de Minas Gerais. Filho de João de Melo Ferreira e Maria Bárbara de Jesus, que tiveram uma prole de doze filhos.

Geraldo, de origem muito humilde, trabalhou desde criança na lavoura para ajudar seus pais no sustento da família, tendo cursado apenas até o terceiro ano primário.

Aos 23 anos de idade, em 1960, resolveu tentar a sorte em busca de melhores oportunidades, passando a morar em São Bernardo do Campo onde já residiam alguns parentes, que lhe deram acolhida.

Inicialmente foi trabalhar na Empresa Rabelo, como auxiliar de topógrafo, depois na Multibrás, como ajudante de manutenção de carpintaria; posteriormente foi zelador, por cinco anos, na

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Escola Estadual do Jardim Farina, até ingressar na Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo, na função de carpinteiro, ali permanecendo por onze anos, até se aposentar.

Casou-se com Consuelita Ribeiro de Melo, e desta união tiveram oito filhos., cinco vivos: João de Melo da Silva, Maria Bonifácio de Melo, Marli Bonifácio de Melo, Vilson de Melo Silva e Marina Bonifácio de Melo.

Paralelamente ao seu trabalho, foi um cidadão comprometido com a melhoria da qualidade de vida de seu Bairro, sendo membro da Sociedade Amigos do Parque São Bernardo e Adjacências. Católico fervoroso lutou pela implantação das igrejas "São Geraldo Magela", no Jardim Petrônio; "Mãe dos Pobres", no Parque São Bernardo; "Nossa Senhora Aparecida", no Parque São Bernardo; "Santa Rosa", no Jardim Industrial e "Santo Afonso", na Vila Baeta Neves. Foi vicentino da Sociedade São Vicente de Paulo e voluntário do Asilo de São Vicente de Paulo.

Lutou pela implantação da primeira Creche do Parque São Bernardo, sendo construída pela própria comunidade.

Solidário ao sofrimento dos desvalidos atuou por muitos anos no assentamento de famílias na Região do Parque São Bernardo e adjacências, sendo líder da comissão de moradores das favelas do Jardim Petrônio, Parque São Bernardo, Sítio dos Vianas, Vila Esperança, Vila São Pedro, Vila da Colina, Novo Parque, Pai Herói, atuando com o Serviço Social da Prefeitura, impedindo a proliferação de barracos e removendo famílias de áreas de risco. Ao fazer o cadastro das famílias, essas favelas passaram a ter nome de rua e número do barraco.

Fez parte do conselho de APM de escolas, sendo voluntário na função de inspetor de alunos, nas escolas Palmira Graciotto Ferreira da Silva, e na E.E. Professora Maria Terezinha Besana, sendo um dos responsáveis pela implantação dessas escolas na Região, bem como atuou no posto de distribuição de leite.

Foi um líder e assistente social, presente em todas as reivindicações de melhorias na região, que não media esforços em prestar ajuda às famílias em dificuldades, procurando amenizar suas dores e fome, cumprindo os impulsos que vinham de sua força espiritual.

Tudo isso só foi possível porque o Sr. Geraldo tinha sempre ao seu lado sua esposa Consuelita, que além de apoiá-lo, participava nas suas empreitadas, substituindo-lhe às vezes nas causas emergenciais, mantendo acesa a chama do amor ao próximo, com equilíbrio e a responsabilidade de também criar seus filhos alicerçados nos valores do bem e honestidade.

Sr. Geraldo faleceu em 31 de março de 1992, aos 54 anos de idade, deixando muita saudade aos seus familiares e o exemplo daquele que acreditou, lutou e conseguiu, através do amor e da perseverança, mudar os destinos de uma região, com melhoria na educação, saúde, habitação, sendo um referencial em cidadania que merece ter seu nome perpetuado com a denominação de uma escola, bem ali, onde por muitos anos esteve a serviço do povo.

2. CAPA O Parque São Bernardo possui uma página no facebook e nela encontramos a imagem

central da nossa capa que entendemos representar de alguma forma esta comunidade. Aliadas a esta imagem temos algumas fotos das crianças, seus familiares e funcionários, protagonistas de nosso trabalho e de nossa história.

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Sonhamos em construir uma escola, uma comunidade, uma sociedade local e mundial em que seja praticado o respeito ao ser humano, sua diversidade, sua cultura, suas crenças, seus valores, sua estrutura física e emocional. Também o respeito à natureza, aos recursos naturais: da terra, dos seus animais, insetos, etc.

Sabemos que estamos todos interligados e precisamos ter cada vez mais consciência disto, não apenas em discurso, mas também em ações. É preciso “agir localmente e pensar

globalmente”, ou seja, precisamos analisar o nosso contexto e planejar as nossas intervenções,

visando mudanças e/ou manutenções de atitudes respeitosas. Aqui, na escola, acontece o encontro de diferentes protagonistas (funcionários, crianças e

seus familiares, membros da comunidade, prestadores de serviço, etc.) e é neste contexto é que precisamos analisar as nossas relações e comportamentos, levantar hipóteses e traçar estratégias para nos aproximarmos cada vez mais do nosso sonho: respeito ao ser humano e ao meio ambiente com propostas que considerem as especificidades das crianças de 0 a 3 anos e seus familiares.

3. TALENTOS DOS FAMILIARES

IA IB IIA IIB IIC IID Instrumentos

Ana Clara – violão

João - pai toca flauta

Misael –

violão

Antony- pai canta

Murilo -

Tamborim

Emanuele - violão

Heloysa– bateria- pai

Isabely- violão

Laura – pai:

guitarra

Gabriel Henrique – tio avô tem escola de música, irmã

piano, tios violão

Ana – mãe canto

Eduarda – Trombone

Lucas – teclado

Enzo – Banjo

Victor – violão

IA IB IIA IIB IIC IID

Contação de

histórias

Encenação Teatral

Misael – mãe,

dependendo da hora

Antony- pai

Maria Clara - mãe pode

contar histórias e o

irmão, Gabriel,

pode participar de

peças teatrais

Gabriel Henrique – mãe

após 13h

Hadassa – tio Lucas, papai e

mamãe

Pedro - mãe- período da

manhã

Vitor – mãe

Alice – mãe

Cláudia – Poliana Maciel

Laura - mãe

Gabriel – mãe

Ana – mãe

Samuel – Rose, a tia

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IA IB IIA IIB IIC IID Pequenos reparos voluntários

Mirella – pai,

eletricista

Antony - pai – elétrica e

pintura

Emanuele Elétrico técnico

Laura – avô-

marcenaria

Pedro - pai –elétrica

Cláudia – Poliana Maciel

Thalita- mãe

Enzo- pintor

Ana – mãe – pintar,

organizar, etc

Heloísa –

elétrica

Lara – avós-

pedreiro, pintor e

azulejista

Riquelme – pai- pinturas

em geral

Victor – José Carlos-

pisos e azulejos e pequenos reparos

hidráulicos

João Pedro – mãe

4. Estrutura Física da Escola - Entrada Principal; - Espaço lúdico (antigo estacionamento para carros); - Sala Equipe Gestora; - Secretaria; - 2 banheiros sociais (feminino e masculino); - 6 salas de aula; - 1 refeitório adaptado; - 1 cozinha/ 1 despensa; - 1 lavanderia; - 1 banheiro para funcionários; - 1 banheiro para crianças; - Gramado; -Parque / Areia

Há alguns anos vem se sinalizando a necessidade de reforma da escola. Foram realizados reparos pontuais que minimizaram problemas apenas momentaneamente e a cada dia nos deparamos com novas necessidades.

Além do espaço físico limitado, falta de área coberta para lazer e de acessibilidade, ressaltamos a presença de cupim em toda a estrutura do telhado, muitas goteiras e infiltrações, pintura interna e externa totalmente comprometida e necessidade de adequações no sanitário infantil.

Com o intuito de formalizar essas necessidades e obter respostas e encaminhamentos, o Conselho de Escola reenviou documento elaborado em 2011 ao Gabinete da Secretaria de educação, reiterando essas necessidades.

No final de dezembro de 2012 e em fevereiro deste ano, após forte chuva, ocorreram dois alagamentos que atingiram a área externa e interna da UE. Estas duas ocorrências acabaram agravando mais ainda algumas situações que já considerávamos precárias. Para além da

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estrutura também nos preocupamos com a segurança de adultos e crianças caso ocorra alagamento no período de aula. De acordo com funcionários das Secretarias de Educação Habitação e Obras que vistoriaram o bairro haverá intervenção na rede de água e esgoto para sanar a problemática com prazo de conclusão de um ano.

Neste ano, após chuva intensa em janeiro e novo alagamento foi colocada uma comporta em parte do portão, que até o momento tem sido eficaz.

Outra preocupação antiga, mas que ganhou maior proporção este ano é com relação aos cupins. Alguns armários mais antigos e portas estão infestados assim como praticamente todo o forro da escola, evidenciado pela grande quantidade de “poeira” (fezes) que encontramos no chão e em móveis por todos os espaços. Além das questões de higiene nos preocupamos com a estrutura do telhado, pois sabemos que os cupins podem comprometer e muito, causando desabamentos.

Depois de reiteradas solicitações da escola alguns encaminhamentos foram dados pela Secretaria de Educação, tais como descupinização dos móveis e portas, recebemos a visita de um profissional terceirizado que se comprometeu a avaliar a estrutura do telhado e estamos no aguardo do procedimento de descupinização do forro.

No início de 2015 o Conselho de Escola elaborou um documento com fotos solicitando com urgência a troca do telhado e forro que foi entregue à Secretaria de Educação e no segundo semestre a reforma foi realizada, garantindo mais segurança e qualidade de atendimento quanto a esse aspecto.

Em 2016 todas as portas de madeira foram trocadas por portas de alumínio como continuidade a eliminação e prevenção de cupim.

5. Materiais Pedagógicos e Equipamentos

Brinquedos de faz-de-conta, bonecas, carrinhos, jogos de encaixe e de mesa, quebra - cabeça, bichinhos, fantasias, brinquedos musicais, bolas, motocas, brinquedos de areia, brinquedos de movimento, brinquedos de parque (balanço, escorregador....)

Livros de histórias, gibis, revistas (cada sala com seu acervo), CDs, fitas cassetes, fitas de vídeo, DVDs, Álbuns de fotos.

Instrumentos musicais, materiais para culinária.

Materiais de artes (massinha de modelagens, argilas, tintas, lápis, giz, papeis diversos, sucatas,...).

Parque e casinha de boneca.

Tapetes de EVA ou plastificados para os momentos de roda.

Mesas e cadeiras para as atividades diversas em sala de aula e refeitório.

Colchões para os momentos de repouso.

Mobiliários adequados para salas de vivência, refeitório, secretaria e diretoria, carrinhos específicos (indicados para as bibliotecas interativas) para guardar os livros das salas.

Acervo acadêmico para atualização dos formadores.

Equipamentos eletroeletrônicos para atender as necessidades do trabalho na cozinha, lavanderia, secretaria e salas de aula.