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DINÂMICA DEMOGRÁFICA DO BRASIL

A análise da dinâmica demográfica do Brasil, apresenta a seguinte divisão:

1. CRESCIMENTO VEGETATIVO: diferença entre o número

de nascidos e de mortos em um dado período. Pode ser positivo ou negativo.

2. CRESCIMENTO HORIZONTAL: diferença entre o total de imigrantes e o de emigrantes em um dado período. Pode ser positivo ou negativo

3. OBSERVAÇÃO: *Emigração: movimento de saída da população. *Imigração: movimento de chegada da população. *Migração: termo genérico para qualquer movimento

populacional.

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O CRESCIMENTO VEGETATIVO BRASILEIRO

Decréscimo do crescimento natural ou vertical 1. 1960 = 2,5% 2. 1996 = 1,38% 3. Atualmente = 1,32% Causas: alterações nas taxas de natalidade e de mortalidade.

Década de 1970: 5,8 filhos por mulher. Em 1996, caiu para

2,3 filhos por mulher e, finalmente, hoje, há 2,2 filhos por mulher.

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CAUSAS DA QUEDA DA NATALIDADE – FERTILIDADE FEMININA

A urbanização; A inserção da mulher no mercado de

trabalho. Restrições à maternidade: 1. Os casamentos tardios (forçados pelas mudanças do

mercado de trabalho e exigência de qualificação profissional);

2. Elevado custo de criação dos filhos; 3. Difusão dos métodos anticoncepcionais (DIU, camisa de

vênus, diafragmas, ligaduras de trompas, pílulas etc.); 4. Mudanças no comportamento em relação à vida rural, pelo

apelo ao consumo e ao desperdício. Culto ao corpo e à beleza – hedonismo e narcisismo (impulso sexual dirigido ao próprio ego).

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A QUEDA DA MORTALIDADE

1950 = 36,2% da população vivia na cidade. 1991 = 75,2% da população vivendo na cidade. Atualmente = calcula-se que 80% da população viva

na cidade. Causas: rápido processo de urbanização e a chamada

revolução médico-sanitária (melhoria nas condições de infra-estrutura básica, como coleta de lixo e saneamento)

Ponto negativo: manutenção de elevada taxa de mortalidade infantil – 30 crianças em cada mil nascidas com vida.

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A NOVA PIRÂMIDE ETÁRIA BRASILEIRA

ESTREITAMENTO DA BASE – evidencia a queda

da taxa de natalidade, redução do número de jovens.

ALARGAMENTO DO TOPO – elevação

da expectativa de vida, aumento do número de adultos e idosos.

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ANÁLISE DA PIRÂMIDE – mostra o amadurecimento da população

brasileira.

• Em 1980, a população maior de 65 anos = 6,95%

• Em 1991, a população maior de 65 anos = 7,98%

• Em 2000, a população maior de 65 anos = 8,65%

IMPACTOS NA ECONOMIA

1. Idosos – aumento dos gastos com a previdência social, saúde e seguridade social.

2. Jovens – gastos com educação.

3. Diminuição do número de jovens e aumento da população idosa: produz maior endividamento, menos recursos para serem aplicados na educação, saúde, moradia, segurança, saneamento básico, transportes etc.

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O CRESCIMENTO HORIZONTAL – AS MIGRAÇÕES

PASSADO: O BRASIL IMIGRANTE ALEMÃES Em Santa Catarina – na região de Criciúma, fundando cidades como Lauro

Müller e do Vale do Itajaí (Blumenau, Brusque e Joinville). No Rio Grande do Sul – Serra Gaúcha (Gramado e Canela ) e Novo

Hamburgo (calçados). ITALIANOS Em Santa Catarina – principalmente na região de Criciúma. No Rio Grande do Sul – Serra Gaúcha (Bento Gonçalves, Caxias do Sul,

Garibaldi). Em São Paulo – Fazendas de café PORTUGUESES AÇORIANOS – Florianópolis. UCRANIANOS – Paraná (Curitiba e Ponta Grossa). PORTUGUESES E ESPANHÓIS – São Paulo e Rio de Janeiro. JAPONESES (1908) – São Paulo (Bairro da Liberdade) e Oeste paulista

(Marília e Bauru), norte paranaense (Londrina e Maringá) e a região Bragantina (Pará).

LIBANESES – Triângulo Mineiro (MG): Frutal e Uberaba, além de Barretos e São José do Rio Preto (norte de São Paulo).

POMERANOS – Espírito Santo. COREANOS E CHINESES – Em várias capitais brasileiras.

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DECASSEGUIS

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PRESENTE: O BRASIL EMIGRANTE

ÚLTIMOS VINTE ANOS: populações empobrecidas da América do Sul: bolivianos, paraguaios, peruanos e até argentinos; e da Ásia: chineses e sul-coreanos.

JAPÃO: os Dekasseguis (descendentes de japoneses) – 300 mil.

ESTADOS UNIDOS: Flórida (200 mil); Nova Inglaterra/Boston (150 mil) e Nova Iorque (300 mil).

PARAGUAI – os Brasiguaios (500 mil), ocupam a parte leste, terras férteis, plantação de soja e café.

CAUSAS DA EMIGRAÇÃO 1. As crises socioeconômicas que atingiram o país desde a

década de 1970 (crise do petróleo / elevação das taxas de juros da dívida externa pelos EEUU).

2. A crise dos anos 1980 (década perdida) – desesperança.

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AS MIGRAÇÕES INTERNAS

CAUSAS: Diferenças regionais quanto ao desenvolvimento socioeconômico que foram aprofundadas com a industrialização.

PRINCIPAIS ÁREAS DE REPULSÃO POPULACIONAL

1. NORDESTE;

2. SUL;

3. SÃO PAULO.

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O NORDESTE – Fatores de repulsão: a estagnação econômica e a concentração fundiária.

O SUL E SÃO PAULO – Principal fator de repulsão: a grande concentração fundiária que força a migração dos agricultores paulistas, gaúchos, catarinenses e paranaenses, pois não podem competir com a grande empresa agrícola que adquire as propriedades e encarece seu valor, forçando o aumento do tamanho médio das propriedades, ou seja, concentrando a propriedade (penetração do capital através do chamado agronegócio).

OBSERVAÇÃO: São Paulo é ao mesmo tempo área repulsora e atrativa da população.

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PRINCIPAIS ÁREAS DE ATRAÇÃO POPULACIONAL

CENTRO-OESTE: fundação de Brasília e a expansão das fronteira agrícolas, acompanhas da construção de infra-estrutura (rodovias, ferrovias, hidrelétricas)

NORTE: fronteiras agrícolas do sul dos seus limites territoriais, atraindo garimpeiros, madeireiras, indústrias de mineração e grandes empresas agrícolas de outras regiões, ávidos por explorar seus vastos recursos naturais.

SUDESTE: expansão urbano-industrial que gera outras atividades econômicas como o comércio e os serviços, atraindo imigrantes.

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A DESMETROPOLIZAÇÃO

A fuga dos investimentos para as cidades de porte médio das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, inclusive de suas indústrias.

CAUSAS: trânsito caótico, impostos e terrenos caros, leis ambientais mais rígidas, sindicalismo organizado, geram altos custos de produção para as indústrias que migram para as cidades médias, impulsionando o crescimento demográfico do interior.

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AS CONDIÇÕES DE VIDA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

São medidas pelos chamados indicadores sociais como as taxas de crescimento vegetativo, mortalidade infantil e analfabetismo, expectativa de vida etc.

Os resultados catastróficos obtidos explica-se pelo desprezo das elites e dos governos brasileiros para com a maioria da população que dá origem a uma forte clivagem social, que exclui e marginaliza a massa popular que não conseguiu acesso ao aparelho de estado.

O Índice de Desenvolvimento Humano – o caso do Brasil e sua inclusão no grupo dos países de forte desenvolvimento, acima de 0,800 (IDH ALTO)

A dificuldade de capacitação da mão-de-obra para enfrentar os desafios da Terceira Revolução Industrial (microeletrônica, informática, biotecnologia, fibra ótica etc.)

No Brasil, é comum o indivíduo chegar à idade adulta desqualificado profissionalmente para ingressar na nova era tecnológica, pois os pais são obrigados a retirar os filhos da escola para trabalhar – contribuindo para um índice de analfabetismo de quase 15% da população.

O desemprego só tende a crescer nestas condições – há empregos, mas não há mão-de-obra especializada (qualificada) – há, aproximadamente, 15% de desempregados.

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ALTERNATIVAS ÀS FAMÍLIAS POBRES E MARGINALIZADAS

A delinqüência – com o aparecimento de um estado marginal paralelo ao poder legalmente constituído.

Trabalhos precários – sem carteira assinada. A chamada economia informal ou clandestina.

Inserção das crianças no mercado de trabalho como forma de aumentar a renda familiar. Calcula-se 3,9 milhões de crianças menores de 16 anos trabalhando, excluindo-as da vida estudantil, limitando suas chances de crescimento humano e profissional.

Miséria – que produz subnutrição, a fome e a falta de assistência médico-sanitária, fenômenos relacionados com as persistentes elevadas taxas de mortalidade, inclusive infantil e materna.

Subemprego – que gera inchaço do setor terciário, incrementando a chamada economia informal (vendedores ambulantes, guardadores de carros, perueiros e motoboys)

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BRASIL: distribuição da população ativa por setores de atividade (%)

SETOR 1940 1950 1960 1970 1980 1991

Primário 70,2 60,7 54,0 44,2 29,0 22,5

Secundário 10,0 13,1 12,7 17,8 25,0 23,0

Terciário 19,8 26,2 33,3 38,0 46,0 54,5

Fonte: IBGE, Anuário Estatístico do Brasil.

HIPERTROFIA DO SETOR TERCIÁRIO – De fato,

a população economicamente ativa (PEA) brasileira empregada no setor terciário é exagerada, pois se aproxima do padrão apresentado pelos países ricos, como os EEUU, apesar da abismal diferença entre as realidades socioeconômicas dos dois países.

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FUGA DE CÉREBROS

Além de toda as mazelas sociais apontadas, a falta de investimentos em educação, não apenas a básica, mas principalmente a profissional, temos a carência de pesquisadores, cientistas, estudiosos, enfim, a deterioração das universidades e centros de pesquisas públicas e a visível fuga de cérebros que compromete o avanço em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento).

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PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICÍLIO – (Pnad – 1999).

Os 10% mais ricos embolsam 47% da renda nacional;

Os 10% mais pobres embolsam 1,5% da renda nacional;

1% mais rico detém nada menos do que 13,1% de todo o rendimento do trabalho;

Os 50% mais pobres ficam com apenas 23,9%;

A razão entre ricos e pobres saltou para 31,4%, ante 27,5% em 1992.

OBS: estas desigualdades são também regionais – confira o IDH dos estados brasileiros.

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