empreendedorismo 3.0 - e-book gratuito
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Alguns tópicos que são abordados:A diferença entre o Empreendedorismo 1.0, 2.0 e 3.0; Alguns motivos pelos quais você deveria empreender;O que você precisa saber para empreender e a faculdade não te ensina; Princípios para ser um empreendedor bem-sucedido, entre outras coisas.Para saber mais, acesse: www.juliolussari.com.brTRANSCRIPT
EMPREENDEDORISMO
3.0
Uma reflexão de como o empreendedorismo deveria ser
Julio Lussari
1
Índice Prefácio 2Dedicatória 4Introdução 1. Empreendedorismo 3.0 Empreendedorismo 1.0 10 Empreendedorismo 2.0 12 Empreendedorismo 3.0 15
2. Por que empreender Alguns dados importantes 19 Quadrante D-I 21 Quadrante Winners 253. O que você precisa saber para empreender e a faculdade não ensina O que você precisa saber para empreender e a faculdade não ensina 28 Como fazer a diferença no mundo sem falir 30 Encontre um mentor 34 O que você precisa saber sobre Marketing 36 O que você precisa saber sobre Vendas 38 Se quer ser um empreendedor ou empregado de sucesso, aprenda a vender 39 Construa uma marca própria 42 E o que mais? 44
E para ser um empreendedor bem sucedido? E para ser um empreendedor bem sucedido? 46 A mente mestra 49 Confie em você 51 Economize 52 Tenha iniciativa e lidere 53 Explore a sua imaginação 54 Alimente seu entusiasmo 55 Tenha controle sobre si mesmo 56
A vitória ou algo que o valha A vitória ou algo que o valha 68
Business Model Dojo 74Sobre o Autor 75Parceiros 76Referências Bibliográficas 78
Por muitos anos imaginei trabalhar com os melhores alunos que tive em sala de aula. Não os
das melhores notas, essa não era a medida, e sim os alunos questionadores, os que exigiam
mais que os demais, os que estavam sempre com a pergunta, você já leu o livro do...? Ou
ainda, você conhece o aplicativo da empresa x? E assim os questionamentos mostravam a
inquietude causada pela vontade de compartilhar os seus conhecimentos. Esses são os alunos
que querem estar no lugar do professor e muitos podem sim ocupar este lugar, é só uma
questão de tempo. Um lugar, um espaço com mesas, cadeiras, computadores e muita
criatividade, ideias, projetos e, é claro, pessoas.
Hoje esse lugar existe e pode ser a cafeteria, a praça de alimentação de um shopping ou um
coworking. Esses alunos agora são parceiros de trabalho e tornaram-se ótimos amigos,
gerações diferentes que não estão isoladas e sim que se complementam. O Julio Lussari é um
desses alunos, que o acaso fez o favor de trazer a Curitiba. Acaso é sorte, a sorte é a
competência somada à oportunidade e agora fazemos parte do acaso, sim você faz parte
deste grupo.
Iniciativa, perseverança, conexões, aprendizado, inovação, planejamento, estas são algumas
palavras que fazem parte do currículo do autor, são características presentes em um
empreendedor, que busca o sucesso incansavelmente.
Prefácio
1
A leitura dos próximos capítulos os levará a questionamentos assim como deste que foi meu
aluno, questionamentos sobre o que está escrito, sobre o futuro dos empreendimentos e sobre
o seu papel em escolher ou não empreender seja como empresário ou como funcionário.
Esta é a fiel companheira do empreendedor, a escolha, nem sempre a escolha correta, mas
sempre a necessária. Que acertemos mais nas escolhas, começando pela leitura deste e-book.
Professor Carlos Frederico de Andrade
Diretor do GPCON – Grupo de Professores e Consultores
2
3
Dedico este livro primeiramente a todos aqueles que querem vencer na
vida e não pouparão esforços para que isso se torne uma realidade.
Dedico também aos meus pais, minhas irmãs e ao casal de amigos
André e Patrícia Ribeiro que se tornaram a minha segunda família. Este
livro honra vocês e através dele a vida irá mais longe.
Já faz alguns bons anos que sonho em escrever um livro. No entanto, somente no meu
planejamento estratégico pessoal para o ano de 2013 é que de fato coloquei esse sonho como
objetivo, só não sabia que ele se transformaria em realidade tão cedo e tão rápido.
Esses tempos, o Ricardo Jordão da BizRevolution (www.bizrevolution.com.br), disse em um de
seus posts que “todo consultor deveria escrever um livro”. Eu diria que todos aqueles que de
certa maneira souberem explicar algo sobre novas perspectivas deveriam se arriscar e escrever
algo, seja um artigo, um post, um Tweet, um eBook ou um livro impresso. Talvez aquilo que é
simples para mim, não signifique algo tão simples e óbvio para o próximo. Acredito que esse
seja um dos motivos pelo qual eu escrevi este livro (entre inúmeros): o fato de conseguir
conectar coisas, pessoas, ideias, pontos de vista diferentes, refletir sobre tudo e explicar de
forma concisa e objetiva, o que acaba se tornando uma de minhas virtudes/defeito: ser
extremamente objetivo.
Para que este eBook não se torne algo excessivamente formal, vou utilizar a introdução para
discorrer de forma breve sobre minha atuação profissional e o que me trouxe até aqui.
Meu nome é Julio Lussari e tenho 29 anos. Empreendo desde os 17, trabalhei em algumas
empresas de pequeno, médio, grande porte e em multinacionais. Passei por uma faculdade de
Publicidade, Produção Fonográfica, me especializei em Produção/Organização de Eventos, fiz
Introdução
4
uma especialização em Planejamento de Mídia, entrei na reta final de um MBA em Marketing
e Gestão de Negócios e abri minha Consultoria em Inovação em Planejamento de Carreira,
Inovação em Planejamento de Negócios e Marketing Estratégico.
Contei esse breve resumo profissional simplesmente para dizer que nada disso tem
importância perto do aprendizado que obtive nas três vezes que eu fali. De fato, o dia mais
importante da minha carreira profissional foi o mais dolorido. No dia 23 de Dezembro de 2007
eu organizava um evento (balada de natal) e por diversos erros (ingenuidade + arrogância),
cerca de oito horas antes de começar o evento eu precisei tomar uma das decisões mais
difíceis: cancelar o evento e possivelmente arruinar todo o trabalho construído até então ou
fazer um evento meia-boca e arcar com um possível prejuízo maior ainda. Minha reação foi
um tanto inusitada: tranquei-me no quarto, desliguei o celular, tirei o telefone do gancho e
liguei meu som no último (em uma tentativa em vão
de fugir daquela realidade). Cerca de 30 minutos depois decidi não realizar o evento e assumi
a responsabilidade de devolver todo o dinheiro dos convites vendidos, pagar as bandas que
estavam com contrato assinado, pagar todos os fornecedores, etc.
Em suma, arruinei o fim de ano de muita gente, precisei de ajuda financeira da minha família,
e como se não bastasse toda a sensação de derrota e fracasso, ainda presenciei os maiores
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sermões de entes queridos (que fizeram aquilo para ajudar, apesar de não ser o momento
certo).
O resultado disso foi que entre Janeiro e Fevereiro de 2008 eu estava completamente perdido,
sem rumo, sem trabalho, falido financeiramente e com cerca de 40 garrafas de vodka que
ficaram comigo nessa tentativa frustrada de festa de fim de ano (vocês podem imaginar o
tamanho do estrago).
Em um momento de angústia, no início de Fevereiro de 2008, meu pai disse uma das coisas
mais difíceis que um pai pode dizer para um filho: “Eu não sei mais o que fazer para te
ajudar”. E quando seu próprio pai diz que não sabe mais o que fazer para te ajudar, é porque
a situação chegou a um estado crítico avançado. Como solução para esse apontamento, sugeri
a ele: “Me compre uma passagem para algum lugar e me dê algum dinheiro que eu me viro”.
Esperando que ele dissesse para que eu ficasse por lá, recebi em resposta algo como: “Você
tem uma semana para decidir para onde ir”. A princípio isso parece forte, frio, etc., mas
garanto que foi uma das melhores coisas que meu pai me fez.
No dia 24 de Fevereiro de 2008 eu estava desembarcando em Curitiba, com apenas uma
passagem de vinda e R$200,00 reais no bolso (isso mesmo, duzentos reais). Entre cochiladas,
choros e soluços, decidi que queimaria meus navios e destruiria minhas pontes (possibilidades
de voltar) e que era vencer ou morrer. Cheguei numa cidade que não conhecia absolutamente
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nada, sem emprego, sem dinheiro, sem esperança, sem fé, sem objetivos de vida, conhecendo
apenas uma pessoa que me ajudou quando eu precisei (e sou grato à ele por isso), deixei 3⁄4
do dinheiro que tinha para pagar um pensionato e fiquei apenas com 1⁄4 para me manter.
Dormi no chão, passei fome, passei perrengue, persisti, fui atrás, comecei com objetivos
pequenos, fui realizando, fui aumentando, fui acreditando, recuperei a esperança, construí
uma fé inabalável, coloquei objetivos maiores, desenvolvi minha liderança, meu entusiasmo,
minha autoconfiança, minha imaginação, minha criatividade, meu networking, minha paixão
pela leitura, pela vida, minha gratidão pelo passado, presente e futuro. E aqui estou eu, cinco
anos depois, após ter passado por um processo de aprendizado intensivo sobre a vida, sobre
humildade, princípios, valores, caráter, espiritualidade, filosofia, e linkando tudo isso, algo que
acredito sobre o que é o empreendedorismo, como é atualmente e sobre como deveria ser.
Neste livro vou abordar a minha teoria do Empreendedorismo 3.0, as razões pelas quais deve-
se empreender, alguns pilares necessários e, principalmente, aquilo que a faculdade não
ensinará. Por fim, apresento alguns princípios que te levarão a ser um empreendedor bem
sucedido.
Talvez você não veja nada de novo aqui ou talvez veja algo que já sabe por uma nova
perspectiva. De qualquer forma, o mais importante do empreendedorismo é o aprendizado
que ele proporciona e não o resultado em si.
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Que esse livro lhe traga um novo olhar de um tema tão debatido hoje em dia e que você se
divirta enquanto reflete sobre os pontos que precisa melhorar para se tornar um
empreendedor de sucesso.
J u L i o L u s s a r i Curitiba, 06 de Fevereiro de 2013
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Capítulo 1
EMPREENDEDORISMO 3.0
Seguindo o raciocínio e a lógica utilizada por Philip Kotler, o 1.0 representa o ponto inicial de
algo, ou seja, representa o que é determinado termo.
A palavra “empreendedorismo”, em livre tradução no Wikipedia, significa “tomar a decisão de
realizar algo e começá-lo”. Eu, particularmente, acredito que esse significado é vago perante a
complexidade e simplicidade do assunto.
O termo empreendedorismo foi popularizado pelo economista Joseph Schumpeter em 1945,
utilizado em sua teoria da “Destruição Criativa”. No início da década de 70, Peter Drucker
adicionou ao empreendedorismo o conceito do risco: “um empreendedor é aquele que arrisca
em um negócio”. Em meados da década de 80, foi criado o termo “intraempreendedor”, ou
seja, aquele que empreende dentro de uma organização.
No Brasil, o empreendedorismo ganhou força apenas na década de 90, após a abertura de
mercado, com um boom na primeira década do século XXI, e vem crescendo de forma
vertiginosa nos últimos 5 anos, tendo o próprio governo criado políticas para regularização de
Microempreendedores Individuais (MEI) e Microempresas (ME). Em 2012, o Governo Federal
lançou, através do Ministério da Ciência e Tecnologia, o programa Startup Brasil, que investirá
cerca de U$40 milhões para financiar a criação de 150 startups (empresas baseadas em
tecnologia) até 2015.
Empreendedorismo 1.0
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Em resumo: “empreender é o processo de criar algo diferente e com valor, dedicando o tempo
e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais correspondentes
e recebendo as consequentes recompensas da satisfação econômica e pessoal, sendo que a
satisfação econômica é o resultado de um objetivo alcançado e não um fim em si mesma”,
como citado pelo estudioso Robert Hirsch em seu livro “Empreendedorismo”.
Na minha visão, o empreendedorismo ainda vai um pouco além: se trata de uma Faculdade de
Negócios aprendida na prática e no dia a dia, baseando seus ensinamentos na tentativa e erro
ou na bagagem técnica, gerenciais e características pessoais.
Agora que sabemos “o que é” o empreendedorismo, vamos traçar um panorama de “como é”
a cena empreendedora atualmente.
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Quando algo novo aparece, podemos denominá-lo 1.0, ou seja, o que é ou o resultado que aquilo
trouxe. Quando esse algo novo passa para o 2.0, ele se estabiliza e é compreendido o “como aquilo
funciona”. Nesse tocante, vamos analisar como é o mercado empreendedor.
Acredito que diversos mercados e profissões foram inseridos de forma errônea no Brasil (entre eles o
marketing, o coaching, o empreendedorismo, as compras coletivas e o crowdfunding) e para que
profissionalizemos esses mercados e essas profissões é preciso fazer um estudo amplo de suas aplicações
em seus países de origem, estudar a cultura local e fazer uma adaptação adequada e o mais
profissional possível. No entanto, o que se vê é que a maioria dos mercados e profissões foram iniciadas
com pouca base, numa adaptação improvisada e de baixa qualidade na entrega a que se propunham.
Isso resultou (e continua resultando) em diversos mercados queimados, com clientes descrentes,
desconfiados e até mesmo mal informados, e profissões com baixo reconhecimento e baixa
importância dentro das empresas.
Nos dias atuais, temos uma enorme quantidade de eventos com o propósito de aproximar
empreendedores em todo o Brasil (eu e mais um sócio realizamos alguns em 2010 com o foco no que
fazer para ganhar dinheiro com a Copa do Mundo em Curitiba). Nesses eventos e nos “movimentos
empreendedores” temos visto uma ânsia incontrolável por investimentos e aportes financeiros em
ideias que mal foram colocadas no papel.
Empreendedorismo 2.0
12
Vamos levar em consideração a cultura norte-americana de onde o movimento empreendedor e de
startups tem crescido incontrolavelmente desde o início do século. O americano tem a cultura de dar
gorjeta (e não estamos falando daquela moeda de um real que você entrega para o flanelinha), tem a
cultura de que o trabalho tem que ser bem remunerado e que o produto é que tem que ser barato,
pois sabe que sem trabalho, não há produto; a grande maioria dos americanos têm a cultura de
investir, ou ao menos sabem a diferença entre gasto x investimento; uma parte considerável dos
americanos tem algum tipo de investimento; um em cada oito lares possui uma fonte de renda
alternativa baseada em vendas diretas (não têm medo de vender suas coisas) e isso contribui para a
mentalidade de expansão do país (claro que eles cometem erros, e isso faz parte do processo de
aprendizado); ainda, muitos investem na bolsa de valores, mercado imobiliário ou minérios de valor. No
entanto, alguns investidores começaram a reparar que comprar e vender empresas resultava um lucro
considerável, mas demandava muito trabalho. Com o boom da tecnologia no início dos anos 2000, os
investidores começaram a se interessar por startups e por jovens empreendedores, que em sua maioria,
eram mais dinâmicos, tinham boas ideias, mas lhes faltava algo imprescindível para montar um negócio
com potencial de alavancagem: dinheiro.
Agora, imaginem um país que não tem a cultura de dar gorjetas, onde o produto é mais caro que o
serviço, onde as pessoas preferem depositar seu “rico dinheirinho” na poupança em vez de alavancar
ele na bolsa de valores, “investem” no mercado imobiliário com o dinheiro do banco assumindo uma
dívida de 30 anos e pagando quase o dobro do valor em juros (acreditando que está fazendo um ótimo
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negócio). Esse país ainda ensina que o empreendedorismo e as startups precisam fazer um bom plano
de negócios, montar um pitch de elevador e falar a sua ideia na frente de um público de
“empreendedores” e uma banca avaliadora composta por investidores anjos, aceleradoras e mentores,
com o objetivo de passar em alguma seleção numa rodada de negócios e receber um aporte financeiro
que projetará aquela ideia para o resto do mundo.
Convenhamos, existem dezenas de eventos como esse no Brasil, muitos feitos de forma amadora e sem
um objetivo claro e definido. Os investidores estão especulando cada vez mais o mercado, e quando
encontram uma oportunidade que valha a pena, fazem os empreendedores abrirem suas pernas e
exigem uma participação cada vez maior.
Fato é, que a Geração Y quer viver daquilo que ela gosta, do que motiva, do que dá sentido às suas
vidas, mas espera que alguém a banque enquanto ela tenta transformar seus sonhos em realidade.
As empresas precisam ter uma razão de ser e de existir (assim como nós), mas ao mesmo tempo
precisam resolver um problema da sociedade a ponto do cliente/user compreender o valor e pagar o
preço por aquele produto/serviço. Alguns empreendedores, no entanto, ficam tão obcecados por
conseguir um investimento que esquecem de entregar algo concreto. Que tal começar um negócio do
zero com seus próprios recursos? – dá muito trabalho, não? – Mas, não é muito mais gratificante fazer
algo por si próprio, por paixão, entusiasmo e que de fato mude ou melhore a vida de alguém?
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Certo dia, estava em uma das aulas do MBA e tive a grande felicidade de conhecer o professor Fred
(autor do prefácio deste livro), e em determinado momento da aula fantástica que ele nos
proporcionava, uma aluna exclamou: “Professor, tudo isso que você está dizendo é muito bonito,
mas na prática não é assim que funciona”. E o professor então respondeu: “É exatamente por isso
que você está na minha aula. Aqui nós vamos pensar em como as coisas deveriam ser e como colocar
isso em prática. Basta arrumar um emprego para saber como o mercado é”. Desde então, tenho
pensado e refletido como os acontecimentos, as empresas e os negócios deveriam ser, e acredito que
essa reflexão tenha sido um dos fatores cruciais para ter escrito este livro. Seguindo o raciocínio deste
professor e tentando ligá-lo a outros segmentos, lembrei-me do livro Marketing 3.0 do Philip Kotler.
Ora, Kotler descreveu o Marketing (1.0 - o que é), escreveu inúmeros livros de como o Marketing
funciona (2.0 – como é) e recentemente escreveu um livro baseado no que o Marketing deveria ser e
como aplicá-lo (3.0). Com isso, comecei a pensar: “Não está na hora de pensarmos como o
Empreendedorismo deveria ser e como colocá-lo em prática?” Com esse questionamento em mente,
refleti: “Tenho empenho, dedicação e força de vontade suficiente para escrever algumas páginas
sobre o que acredito que o empreendedorismo deveria ser”, e assim que iniciei mais esse projeto.
Antes de qualquer coisa, precisamos lembrar que “tudo está pautado no Dar e Receber”. Partindo do
pressuposto que esse princípio permeia todas as relações (seja nos negócios, relacionamentos,
amizades, etc.), resolvi abordar aqui algo que tenho trabalhado com meus clientes nas consultorias.
Empreendedorismo 3.0
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Quando compramos algo e não recebemos, cria-se um desequilíbrio, ou seja, damos algo e não
recebemos algo. Nossa primeira ação pode ser “xingar muito no Twitter”. Utilizamos todos os meios
para reclamar da empresa e do serviço por ela prestada, mobilizamos pessoas para reclamar
coletivamente (em sites e no próprio PROCON), e por fim rezamos para que consigamos reaver o
dinheiro ou receber o produto, mesmo com atraso.
Quando compramos algo e recebemos exatamente aquilo pelo qual pagamos, no tempo combinado
e com a qualidade esperada, pouco acontece. Isso se dá ao fato de que a linha entre o dar e o
receber está equilibrada e no máximo adquirimos uma empatia por aquela empresa.
Quando compramos algo e recebemos mais do que aquilo pelo qual pagamos, para os menos
conscientes e evoluídos, o pensamento será algo do tipo: “me dei bem”. No entanto, para a maioria
dos seres humanos conscientes, quando ganhamos um presente de alguém, o sentimento é parecido
com: “não precisava, muito obrigado”. Dizemos: “não precisava, obrigado”. Essa reação se dá
porque é a primeira forma que o nosso ego tem de fazer com que pareça que há um equilíbrio, mas
no fundo do nosso ser, sabemos que na primeira oportunidade iremos presentear àquela pessoa de
volta. Só assim ficaremos em paz e com a sensação de que tudo está equilibrado.
Pois bem, explanei sobre isso pelo seguinte motivo: “E se além de pensarmos como as coisas
deveriam ser e como colocá-las em prática, ainda pensássemos no que podemos dar a mais para o
cliente, além daquilo pelo qual ele pagou?”
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Há algum tempo, fui a um café e pedi um cappuccino médio. Fui muito bem atendido por uma moça
muito simpática e quando ela trouxe meu pedido, disse que não havia caneca do médio disponível e
por isso trouxe um grande pelo mesmo valor. Além disso, havia uma bolachinha excelente e uma
dose de água com gás. Tudo isso por apenas R$ 4. Veja, a maioria dos cafés oferece algo semelhante,
mas a sensação é de que eu recebi muito mais pelo qual paguei. Agora vamos pensar: qual é a
primeira sensação ao receber mais pelo qual pagamos? – A primeira sensação é a de satisfação, a
segunda é de fazer algo para equilibrar o Dar e o Receber; e como fazemos isso? – falando bem da
empresa e compartilhando sua marca, produto ou serviço. Parece bobo, mas pare para pensar em
quantas vezes você indicou algo simplesmente porque teve a sensação de que ganhou mais do que
aquilo pelo qual você pagou. Quando você sugere um filme que tenha te feito refletir sobre algo e
você não esperava por aquilo no meio do filme, a sensação é de que você ganhou algo, e por
consequência, acaba indicando aquele mesmo filme para seus amigos. O mesmo acontece com livros,
restaurantes, lugares, etc.
Esse princípio é algo milenar, está escrito em muitos lugares, em muitas culturas e em muitos livros.
Porém, não é algo que possa ser colocado em prática, esperando o retorno. É preciso dar de
coração sem esperar que algo retorne. Quando fazemos isso de coração, sem esperar uma
contrapartida, ela sempre virá. É assim que o mundo dos negócios deveria ser, pautado no que
podemos fazer a mais pelos nossos clientes, e isso não necessariamente envolve custo, pois há
muitas moedas para se pagar as coisas.
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Capítulo 2
POR QUE EMPREENDER?
De acordo com a revista Você S/A (setembro de 2012), no Brasil, somos mais de 50 milhões de
jovens entre 18 e 35 anos. Seis a cada dez jovens querem empreender. Dois a cada dez jovens
não irão para o mercado de trabalho. Vamos analisar o que esses números representam?
Um quarto da população brasileira está na fase de maior vigor físico, na fase de maior
aprendizado acadêmico e na fase de posicionamento no mercado de trabalho. Pois bem, e se
20 milhões de pessoas simplesmente resolverem sair de seus empregos e montar seus próprios
negócios? – Faltará mão de obra qualificada, vagas ficarão abertas por meses (como já existe
hoje) e teremos uma massa de mão de obra desqualificada trabalhando por salários baixos.
Mas, não é isso que está acontecendo nesse exato momento?
Alguns jovens que estão se arriscando simplesmente cansaram do mercado de trabalho
convencional (meu caso), isso porque eles aprenderam na faculdade o que é, foram para o
mercado de trabalho e viram como é que funciona, e simplesmente não conseguem mais
trabalhar em um sistema obsoleto e arcaico. Os jovens estão se arriscando consciente ou
inconscientemente em busca de como o mundo dos negócios deveria ser. Vemos todos os dias
novas Startups, plataformas e empresas querendo verdadeiramente resolver o problema das
pessoas e recebendo por isso. Os empreendedores verdadeiros (aqueles que colocam o negócio
pra funcionar sem ficar esperando investimento dos outros) estão fazendo o trabalho duro
que o governo não dá conta, e esses “caras” têm de ser muito bem recompensados por isso.
Alguns dados importantes
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Se você possui empresa, está lendo este livro, e em particular este tópico, comece a dar mais
valor na mão de obra que você tem. Sabemos que a grande massa não se importa muito com a
empresa, com os donos ou com a missão. A única preocupação da massa é o salário no fim do
mês e os benefícios. Mas, procure incessantemente encontrar os líderes e os empreendedores
em potencial e faça isso aflorar dentro deles. Imagine o que irá acontecer se aquele cara que
poderia ser seu estagiário resolvesse abrir uma Startup no seu ramo sem a burocracia da sua
empresa e muito mais focado em resolver o problema do cliente do que você? – Isso já
acontece, e é cada vez mais constante. O acesso a informação, a facilidade na abertura de um
negócio, o senso de participação e a vontade de fazer a diferença é o atributos perfeitos para
empreender.
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Vou utilizar o Quadrante D-I do Robert Kiyosaki (ame ou odeie, alguns
conteúdos que ele ensina faz muito sentido) para exemplificar o motivo
pelo qual eu acredito que as pessoas deveriam empreender.
Ele nos ensina que do lado esquerdo do quadrante estão os
Empregados e os donos de Small Business, e do lado direito temos os
donos de Big Business e os Investidores*. Também nos ensina que do
lado esquerdo temos 90% da população do mundo brigando por 10%
do dinheiro (para quem já leu “A Estratégia do Oceano Azul”, aqui
seria um oceano vermelho), e do lado direito temos 10% da população
dividindo 90% do dinheiro.
Analisemos ponto a ponto:
Empregado: Há a possibilidade de se tornar milionário sendo
empregado? – Sim, porém as chances são pequenas. Você precisa se
destacar muito no meio da multidão. Isso levará anos e exigirá que
grande parte desse capital seja investido em conhecimento, na
esperança que isso te traga mais ativos.
Quadrante D-I
21
Small Business: Na tradução, esse quadrante foi chamado de Autônomo. Aqui ele nos ensina
que ter um Small Business ou ser Autônomo é apenas uma forma de ter seu próprio emprego
ou criar seu próprio cargo. Também há possibilidade de ficar rico desta maneira, no entanto,
este é o quadrante onde há maior risco, pois se você parar de trabalhar ou ficar doente,
automaticamente os rendimentos irão cair ou até mesmo cessar. A mentalidade predominante
nesse quadrante é: “Se você quer algo bem feito, faça você mesmo”.
Big Business: Na tradução, esse quadrante foi chamado de Donos de Empresas, mas o conceito
original nos diz que proprietários de Big Business estão sempre à procura de pessoas melhores
que possam tocar ou gerir a empresa até o ponto onde ele se torne irrelevante e possa deixar
de participar ativamente daquele negócio, para que tenha tempo e dinheiro de montar outros
negócios. Genial, não? Quem empreende com essa mentalidade? – Será que não é mais
inteligente abrirmos e formatarmos empresas para que um dia nos tornemos dispensáveis
dentro dela e possamos seguir em frente para criar outras empresas e mantermos os ativos da
primeira?
Investidores: Aqui é onde a mágica acontece. Todos aqueles que estão do lado esquerdo do
quadrante devem fazer o possível e o impossível para passar para o outro lado do jogo.
Investir é algo que o brasileiro está aprendendo aos poucos, mas o medo da perda é muito
maior do que a emoção e o aprendizado. Certa vez trabalhei com um milionário que me
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ensinou muitas coisas, uma delas foi como os ricos ficavam mais ricos e conseguiam comprar
tudo aquilo que eles queriam e desejavam.
Dando o exemplo de quando ele comprou seu Porsche, relatou que foi na loja, viu exatamente
o modelo que queria, conferiu quanto era preciso dar de entrada e quanto sairia o
financiamento. Imediatamente se reuniu com seu corretor de investimento em bolsa de
valores, perguntou quanto precisava investir para obter a parcela do carro e quanto tempo
aquele mesmo investimento levaria para acumular o valor da entrada. Então, fez o
investimento e aguardou por seis meses até acumular o valor da entrada. No dia em que isso
aconteceu, foi imediatamente na concessionária, deu a entrada e retirou o carro. Por fim, o
dinheiro que ele investiu na bolsa pagava a mensalidade do carro, a gasolina e o seguro. No
final, ele teria o dinheiro inicial, o carro e mais o valor da mensalidade no orçamento dele
para gastar com o que quisesse. Genial, não? – Por que não fazemos isso? – Será que isso é só
para os ricos?
É muito mais fácil fazermos um financiamento de 30 anos para comprarmos um apartamento
e um financiamento de 60 meses para comprarmos um carro. Aos olhos dos outros, estamos
indo rumo ao sucesso, certo?
Nosso papel como empreendedores é gerar ideias e negócios que resolvam o problema de
alguém e que sejamos bem remunerados por isso, mas indo além, precisamos montar negócios
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que nos permitam um dia deixar aquela empresa na mão de pessoas melhores que nós, para
que possamos criar novos negócios. O foco do empreendedor deve ser gerar ativos, ou seja,
que você ganhe independente de estar ali ou não. Com isso, passamos ao próximoquadrante.
N.A.: Inseri o quadrante em inglês porque sua tradução mudou significativamente o resultado final.
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No tópico anterior explanei a respeito dos números e sobre a mentalidade
que o empreendedor precisa ter, mas ainda assim, isso não é o suficiente.
Em seus últimos livros, Robert Kiyosaki nos mostra um novo quadrante. Ele
diz que para ser bem sucedido nos negócios deste século, precisamos
atingir o último quadrante e também contratar apenas pessoas que
estejam dispostas a atingir o mesmo objetivo.
Vejamos: ele diz que no lado esquerdo do quadrante estão os Rights e os
Comfortables e do lado direito temos os Likeds e os Winners.
Rights: São aquelas pessoas que estão sempre certas, sabem tudo, não
precisam aprender nada e não veem a hora de dizer: “eu avisei”. FUJA
destas pessoas, não as contrate para a sua empresa e não dê ouvidos a elas.
Comfortables: São aquelas pessoas que esperam que o mundo acabe em
barranco para que elas morram encostadas. São os acomodados de plantão
que fazem somente aquilo que lhes pedem para fazer e que não movem
uma palha para alterar o status quo. Se você é assim, comece a se mexer,
pois a velocidade e a tecnologia vão fazer com que você seja atropelado
nos próximos anos.
Quadrante Winners
25
RC
LW
Likeds: São aquelas pessoas que querem agradar a todos. Fazem de tudo para serem os legais
da turma e agradarem o maior número de pessoas possíveis, mas em determinado momento,
esse tipo muda tanto para se encaixar que acaba perdendo a sua essência.
Winners: Aqui está a chegada/partida para o empreendedor do século XXI. Se você quer
empreender, esteja certo de que você está disposto a transformar o impossível em possível. Se
quer empreender nos dias de hoje, é melhor estar certo de que o segundo lugar não é
suficiente para você. Se você acredita que consegue ou que não consegue, em ambos os casos
você está certo.
A mentalidade do empreendedor requer muito mais do que técnica. É preciso pensar em como
as coisas deveriam ser, almejar a criação de negócios onde em pouco tempo você se torne
dispensável e que aquilo continue lhe dando ativos. É preciso ter em mente a vitória, e nada
menos do que isso.
Imagine um ataque de barco em uma ilha, onde após todos os guerreiros chegarem em terra
firme, o general manda queimar os barcos. Intrigados e com medo, os guerreiros ficam sem
saber o que fazer. O general, no entanto, diz: “Agora é vencer ou morrer”
Parece duro, mas o mundo dos negócios não irá te fazer carinho, acredite.
26
Capítulo 3
O QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA EMPREENDER E A FACULDADE NÃO ENSINA?
Já no ginásio, minha educação “formal” desandou devido ao meu comportamento inquieto,
questionador e idealista. No segundo colegial descobri minha paixão pela música, aprendi a
tocar alguns instrumentos e formei uma banda. Por alguns anos tive aquilo como objetivo
claro e definido, pois estava disposto a viver da música e fazer sucesso. Treinei muito, li muito,
me dediquei de corpo, alma e coração. Cheguei a me formar na faculdade de produção
fonográfica tamanha era a vontade de viver da música. No entanto, deixei que roubassem o
meu sonho, deixei de acreditar em mim e naquilo que sonhava. E Isso, me forçou a mudar o
rumo da minha vida. Como gostava muito da estratégia de divulgação e marketing da minha
banda e dos shows que organizava, decidi então partir para essa área. Foi quando migrei a
minha carreira e adquiri um novo objetivo claro e definido.
Nos últimos anos tenho estudado ativamente para entender como os fatos funcionam lá fora e
aqui dentro. Tenho estudado tudo o que tem relação com o meu objetivo e até mesmo fui
cursar um MBA em Marketing e Gestão de Negócios em uma Business School para ter a
bagagem “formal” do meu estudo “informal”. Percebi então, que eu havia adquirido ampla
O que você precisa saber para empreender e a faculdade não te ensina?
28
vantagem no mercado de trabalho por ter sido autodidata em diversos assuntos, e para minha
surpresa, Michael Ellsberg em seu livro “A Educação dos Futuros Milionários”, além de provar
por A + B que não precisamos de faculdade, ainda nos diz que o futuro é autodidata e nos dá
sete pilares que precisamos saber e que a faculdade não nos ensina (esses são pilares centrais,
mas acredito que haja outros pontos de igual ou maior importância).
Outro ponto importantíssimo desse livro é o fato do autor ter dito enfaticamente que uma das
coisas que todo empreendedor tem de saber é que sua educação tem que ser continuada e nunca
se deve acreditar que o que se sabe é o suficiente. A educação continuada baseada em livros,
cursos, palestras e internet é a diferença entre aqueles que se destacam na multidão. Crie o hábito
de estudar e a mentalidade de que sua educação nunca terá fim.
29
A primeira coisa a pontuar sobre esse pilar é a seguinte: “Nós precisamos errar para
aprender”. Não existe aprendizado sem erro. Não existe andar sem cair, não existe perfeição
sem repetição. Somos mal acostumados e passamos mais tempo na zona de conforto do que
nos arriscando, e então, quando decidimos arriscar e caímos, ficamos sentados chorando em
vez de levantar e tentar novamente.
Roberto Kiyosaki diz que para ser uma pessoa bem sucedida é preciso falir ao menos três
vezes, isso vai te dar bagagem o suficiente para não cometer os mesmos erros e então chegará
mais longe na quarta tentativa. Não é fácil, eu sei (lembre-se da introdução, com 24 anos já
havia falido as três vezes e cá estou, tentando novamente).
Em seu livro, Michael Ellsberg nos dá uma dica muito interessante sobre como fazer aquilo que
queremos sem meter os pés pelas mãos. Quando eu digo arriscar, não estou dizendo para que você
peça demissão do seu emprego amanhã e saia por ai achando que sua startup vai revolucionar o
mundo, muito pelo contrário, cada passo deve ser dado quando a base estiver fortalecida.
Michael ensina que a sensação base para empreender é a de fazer a diferença no mundo (seja
local ou globalmente), mas empreender requer a decisão de romper com o convencional para
Como fazer a diferença no mundo sem falir
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ir atrás de algo que você acredite. Ele ainda nos ensina em quatro passos uma maneira de nos
organizarmos para empreender, sendo:
1 – Dê um jeito na sua vida financeira: nesse quesito, meu pai foi um excelente instrutor. Ele
sempre me ensinou que “eu poderia fazer o que eu quisesse, desde que gastasse menos do que
ganhava e que mantivesse um teto sobre minha cabeça”. Ou seja, o primeiro passo para
empreender é organizar a vida financeira e desenvolver algum tipo de ativo que pague ao menos
as suas contas mensais, para que você possa se aventurar no mundo do empreendedorismo.
2 – Crie mais espaço para a experimentação: para empreender enquanto mantém um
emprego convencional é preciso criar lacunas e flexibilizar o seu tempo para empreender ou
experimentar outras coisas. Por exemplo, você pode combinar com o seu chefe de chegar uma
hora antes e sair uma hora mais cedo, trabalhar de casa uma vez por semana, etc. Você
PRECISA encontrar um meio de flexibilizar o seu trabalho para criar TEMPO para empreender.
Com as contas garantidas e com tempo disponível, você poderá experimentar algo que alinhe
o que você gosta com uma oportunidade de ganhar dinheiro. Isso requer esse tempo e
dinheiro para você cair, falhar e se levantar. Isso faz parte do aprendizado.
3 – Comece a experimentar: Aqui você começará a fazer algo que a maioria das pessoas não
faz. Lembre-se, você ainda tem seu emprego ou algum ativo que pague suas contas,
flexibilizou o horário de trabalho e esse tempo que está te sobrando é o laboratório para
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experimentar até encontrar algo que combine paixão + dinheiro. No começo, sugiro que você
use esse tempo buscando conhecimento sobre o objetivo da experimentação. Leia livros, blogs,
veja vídeos no Youtube, torne-se um pesquisador nato.
4 – Transforme o plano B em plano A: em algum momento será preciso tomar a decisão entre
o emprego formal e o empreendedorismo, mas se você seguiu os três passos anteriores, essa
decisão parecerá algo natural e necessário. Em meu último emprego, percebi que não haveria
muito espaço para crescer e me coloquei em movimento. Primeiro adquiri o hábito de ler no
ônibus da companhia enquanto ia para o trabalho. Depois, criei o hábito de almoçar em 20
minutos, ler 30 minutos e meditar 10 minutos no meu horário de almoço. Na sequência,
adquiri o hábito de ler na volta do trabalho. Fiz isso durante oito meses. Nas noites que me
sobravam da semana eu elaborava textos, arquivos, apresentações e fui montando minha
consultoria e cursos. No dia 14 de agosto de 2012, oficializei meu pedido de demissão, e
cumprindo aviso prévio, dia 14 de setembro me despedi de todos e fui atrás do meu sonho.
Nesses oito meses, colegas de trabalho fizeram piadinhas, faziam o possível para que eu ficasse
conversando com eles no intervalo, alguns amigos cansaram de me chamar para sair, e tudo o que
eu fiz foi me preparar. Estava disposto a pagar o preço para obter aquilo que tinha em mente, e
assim o fiz. Por isso, se você quer obter resultados diferentes, precisa fazer coisas diferentes. É
preciso pagar o preço. Se você não fizer, ninguém o fará por você.
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Esse é o primeiro pilar que todo empreendedor deveria ter em mente: mantenha as contas em dia
(elas não vão parar de chegar), flexibilize seu horário de trabalho, nesses horários adquiridos faça
coisas que os outros não fazem. Experimente, experimente e experimente até encontrar algo que
alinhe uma paixão com resultado financeiro, e por fim, trabalhe forte em seu plano B até
transformá-lo no plano A. Isso dará mais sentido em sua vida, acredite. A vida é longa demais para
passarmos anos e anos sem darmos um sentido nela. Faça valer à pena.
33
Em seu livro, Michael Ellsberg aborda esse tema de uma maneira completamente diferente de
como é falado por aí. Ele diz que para encontrar grandes mentores e professores, você precisa
definir o que quer fazer, se conectar com pessoas certas e influentes que possam te apresentar as
pessoas que são referências naquela área e por fim, antes de pedir ajuda ou instrução, você deve
primeiro ajudá-los. Isso mesmo, antes de receber ajuda você precisa ajudar.
O autor utiliza uma analogia que eu nunca havia ouvido antes, mas que faz todo o sentido.
Ele diz: “Imagine um chafariz. Se quer ter um mentor, você precisa ser a água de baixo que
empurrará o mentor para cima e para fora do chafariz”. Isso quer dizer que você precisa
encontrar alguma forma de ajudar ele antes. Ao ler isso, pela primeira vez na vida eu consegui
associar a ideia do Dar e do Receber a encontrar um mentor. Percebi também que todos os
profissionais aos quais me associei e que me ensinaram muito do que sei hoje, foi justamente
porque ofereci primeiro meus serviços.
Sei que muitos leitores vão pensar: “Se estou precisando de ajuda, como poderei ajudá-lo
primeiro?” – Bom, não é porque ele será seu mentor em algo específico que sabe tudo sobre
todas as coisas. Deve ter algo que você saiba que ele não sabe ou há algo que você possa fazer
para auxiliá-lo em alguma tarefa específica, ou ainda, você pode ter um contato de alguém que
possa fazer algo que ele precise naquele momento. Seja então essa ponte.
Encontre um mentor
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Uma coisa importante a se saber sobre mentores é: “tenha um para cada coisa que você queira
fazer ou saber”. Se você quer jogar tênis, encontre um cara que te ensine tudo. Se você quer
ser o melhor Coach, encontre um que seja referência e que te ensine o que é preciso. Esteja
sempre buscando pessoas que são exemplares em determinado assunto e aprenda o máximo
possível com elas. Se você não mora na mesma cidade, acompanhe o site, blog, Twitter,
Facebook e o Linkedin da pessoa. Tente entrar em contato por e-mail e, de alguma maneira, se
disponha a ajudar essa pessoa. Cedo ou tarde, você conseguirá aprender tudo aquilo que
deseja se mantiver essa linha de raciocínio e de ação.
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Quando comecei a estudar marketing por conta própria, percebi que havia uma infinidade de
ramificações e divisões dentro dele. Fiquei fascinado com a ciência e a estratégia que envolve
essa profissão. Ultimamente, tenho visto que o marketing se tornou algo tão importante, que
ele precisa romper as paredes do departamento e se incorporar em outros departamentos.
Um dos pilares que Michael Ellsberg cita em seu livro é justamente o marketing. Gostando ou
não, é preciso ter noções básicas de marketing para poder posicionar seu produto/serviço de
forma adequada. Todo empreendedor precisa saber um pouco de marketing, seja ele de
produtos, de serviços, de varejo, de atacado e noções de marketing digital e SEO.
O marketing contribui para a proposta de valor do produto/serviço. Ele vai te dizer quais
canais de comunicação, distribuição e vendas são mais interessantes para o seu mercado e
como atuar na parte de relacionamentos. O marketing vai lhe ajudar na criação de ações e na
definição de comunicação para que os clientes conheçam a sua empresa/produto/serviço,
ações que os auxiliem na avaliação, na decisão de compra, na entrega e no pós-venda. Além
O que você precisa saber sobre Marketing
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disso, o marketing tem por característica elaborar estratégias de conquista, retenção e
ampliação da clientela.
Existem diversos cursos profissionalizantes, cursos online e sites especializados em marketing
que poderão suprir a falta de conhecimento do empreendedor sobre esse tema. É de suma
importância para uma startup no início de suas atividades que ao menos um envolvido saiba
algo sobre marketing.
Abaixo alguns parceiros que prestam serviços com excelência em cada uma de suas áreas de
atuação, acompanhe seus blogs e Fanpages, você encontrará doses diárias de informação e
conteúdo:
IPSE Internet Marketing - Empresa focada em desenvolvimento de sites para fechamento de
vendas. O trabalho da IPSE é direcionado ao fluxo do usuário até o fechamento. Vale muito a
pena acompanhar o trabalho deles. (http://ipse.com.br/)
Ciclo Consultoria - Empresa especializada em Gestão e Relacionamento com clientes (CRM), e-
mail marketing inteligente e ações de marketing 3.0. (www.ciclocrm.com.br)
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Você gosta de vender? – Somos um País que não gosta de vender, temos medo de importunar
o próximo, juntamos toneladas de coisas que não precisamos e não usamos, mas não nos
desfazemos, não vendemos, não passamos adiante. A grande maioria das pessoas não gosta
de vender simplesmente pelo fato de não saber falar com pessoas desconhecidas (novamente
por causa de um sistema de educação falido onde é mais fácil ficar quieto do que perguntar
algo para o professor).
A verdade é: “A todo o momento estamos vendendo”.
O dia inteiro você está vendendo suas ideias ou quem você é. Está vendendo seus projetos, seu
produto, seu serviço, sua competência, sua capacidade, sua procrastinação, sua preguiça, seu
desleixo. As perguntas que te faço são: o que você está vendendo hoje? Como estão suas
vendas? Qual é a sua média? De 10 pessoas, quantas estão comprando sua ideia/produto/
serviço?
O que você precisa saber sobre Vendas
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O que é o seu curriculum se não um anúncio publicitário atraente o suficiente para o gestor de
RH te chamar para uma entrevista? E na entrevista, você está vendendo suas habilidades,
competências e realizações, certo?
Sabe por que a maioria das pessoas não gosta de vendas? – Porque vendas são para as pessoas
que querem vencer. Para vender é necessário tomar alguns “nãos” e o brasileiro é um povo
que se envolve emocionalmente com o “não”. Se você tomar 10 “nãos” na sequência, seu
veneno mental começa a afetar seu raciocínio e o trabalho desanda. Para ser um vendedor
vencedor é preciso compreender que se você ganha R$500,00 de comissão e sua média é uma
venda para cada dez apresentações, cada não que você tomar representa um faturamento de
R$50,00. Isso mesmo, para cada não que você receber, uma fatia da sua comissão já está
garantida, só precisa encontrar a pessoa que irá efetuar o pagamento integral.
Se quer ser um empreendedor ou um empregado de sucesso, aprenda a vender.
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Ok, confesso, não é tão fácil aceitar isso, mas é simples. Por isso a grande maioria não gosta de
vender.
Vender requerem de você uma boa oratória, segurança no que está falando, leitura corporal,
técnicas de negociação, técnicas de fechamento, conhecimento do produto/serviço ofertado,
educação, cortesia, e acima de tudo, é preciso ensinar ao cliente tudo o que ele precisa saber,
ajudando-o verdadeiramente a tomar a decisão de fechar negócio com você. Se você tem uma
ideia de negócio, uma startup, é um Micro Empreendedor Individual ou tem uma Micro
Empresa, saiba o seguinte: seu produto/serviço pode ser o melhor do mundo, mas sem vendas
não há dinheiro, e se não há dinheiro, não há empresa. Lide com isso. Bote um cara na rua
para trazer clientes para a empresa, pague-o bem, dê boas comissões e motive-o a bater metas
altas, porém alcançáveis.
A grande maioria dos meus clientes peca na parte de vendas ou no marketing do negócio,
dificilmente fogem desses dois pontos. Seus produtos ou serviços são excelentes, mas o
departamento comercial não bate metas (ou às vezes não tem metas, ou ainda, nem existe um
departamento comercial).
Você poderia me indicar um filme que assistiu e gostou? Você poderia me indicar um
restaurante bacana para levar uma garota interessante? Você poderia me indicar uma praia
agradável, pacata, para curtir um fim de semana romântico? Você poderia me indicar um bom
40
aplicativo para iPhone? Você poderia me indicar uma peça de teatro? Se você respondeu
mentalmente ou externalizou uma resposta, acabou de me vender algo. A diferença é que
você vendeu uma empresa, um produto, um serviço ou um lugar e não ganhou absolutamente
NADA por isso.
Já que TUDO o que fazemos é baseado em vendas, leia, faça cursos e se torne o melhor
vendedor do seu prédio, bairro, cidade ou estado. Venda a si próprio, venda sua ideia, venda
seu produto, venda seu serviço. Seja um campeão em vendas.
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Todo empreendedor precisa criar uma identidade própria. Isso quer dizer que o nome da
empresa que você trabalha ou abriu não pode se tornar o seu sobrenome. Você precisa criar
uma identidade que vá além do seu negócio. Para construir uma marca própria, nada melhor
do que seguir essas dicas simples, que na minha opinião, é o melhor especialista em Marketing
Pessoal do Sul, Adriano Barbosa, proprietário da Ponto Pessoal (www.pontopessoal.com.br):
“Você precisa se expor e fazer com que sua marca pessoal seja conhecida por todos. Quando
abordo a construção da marca nos trabalhos que realizo e com as pessoas que convivo, falo
sempre de 3 pontos: objetivos, relacionamentos e resiliência. Objetivos, porque você precisa
saber o que quer, aonde vai, como, quando, porque. Sem eles nenhuma estratégia é válida,
nada do que fizer fará sentido e as pessoas não irão compreender o que realmente quer dizer
sua marca pessoal. Relacionamentos, porque ninguém está sozinho, e você, empreendedor,
sabe muito bem que para obter sucesso, precisa de pessoas, tanto para desenvolverem
projetos e trabalhos ao seu lado quanto para vender esses projetos e trabalhos. Invista sempre
em relacionamentos, participe de encontros, palestras, cursos, almoce com alguém. Tenho um
amigo aqui em Curitiba que gerencia um grupo no Facebook de “Nunca almoce sozinho”,
porque são esses encontros que fortalecem sua estrutura em todos os sentidos, que encorpam
suas estratégias e negócios. Se você hoje não sai de casa ou da frente do computador para
nada e mesmo assim quer ser ou se manter como um empreendedor, pense imediatamente em
como pode se relacionar ainda mais com as pessoas. Resiliência, porque algo pode dar errado
Construa uma marca própria
42
e o que você fará para que isso não interfira nos seus planos e negócios? A resiliência vem da
física e quer dizer a arte de se adaptar a diferentes situações, se formos traduzi-la ao nosso dia
a dia. É o famoso “jogo de cintura” do brasileiro. Esteja preparado para tudo.
Se você trabalhar sempre esses três pontos, sua marca pessoal será muito bem construída e
comunicada. Como dito, e muito bem, pelo Julio Lussari, você não pode transformar o seu
sobrenome no da empresa. Você precisa trabalhar constantemente o seu nome e sobrenome
para que todos o conheçam como O profissional daquela área. Destaque-se construindo e se
importando sempre com o seu maior patrimônio: sua marca pessoal! Quer saber mais sobre
Comunicação e Marketing Pessoal? Acompanhe a Ponto Pessoal em todas as redes sociais, site
e blog, onde pessoas escrevem para você sobre o tema. Daqui a algum tempo tenho a certeza
de que nos encontraremos e você terá uma marca pessoal tão forte sobre seu
empreendimento que falaremos desse e-book como um marco em nossas vidas. Sucesso!”
43
O livro do Michael Ellsberg aborda outros pilares que você precisa saber e que a faculdade não
te ensina. Sinceramente, acredito que haja outros diversos pontos que são necessários no
mundo empreendedor e profissional que a faculdade não vai te ensinar e muito menos te
norteará para obter determinada informação ou conhecimento. Tenho certeza de que há
conteúdo o suficiente para escrever outro e-book (quem sabe esse não seja o tema do
próximo, aguarde).
E o que mais?
44
Capítulo 4
E PARA SER UM EMPREENDEDOR BEM SUCEDIDO?
Depois de entrevistar mais de quinze mil pessoas, Napoleon Hill compreendeu que o primeiro
e talvez o mais importante ponto em comum das pessoas bem-sucedidas era que todos tinham
um propósito claro e definido, ou seja, eles tinham um objetivo, uma finalidade, um norte
para o qual empreender uma jornada. Sem um objetivo claro e definido, fica extremamente
difícil ter uma métrica se estamos indo bem ou não. Ser rico ou fazer com que uma startup dê
certo não são objetivos claros e definidos. Além disso, Hill nos ensina que se o objetivo e o
propósito não for claro e prático, você provavelmente sucumbirá diante das porradas que a
vida nos dá. Isso porque, essas invertidas e revezes que tomamos são apenas provas se estamos
realmente dispostos a pagar o preço para termos aquilo que desejamos ou se aquele desejo é
apenas superficial.
Nesse tocante, sugiro que você veja no TED.com (www.ted.com) o vídeo do Simon Sinek
chamado “How to great leaders inspire action”.
Para termos um objetivo de forma clara e prática, é necessário definir o “Reason Why”, ou
seja, o motivo pelo qual vamos fazer aquilo, escrevendo em um papel. Definido o motivo pelo
E para ser um empreendedor bem sucedido?
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qual empreender, precisamos escrever detalhadamente “como” iremos realizar aquele
objetivo, levando em consideração o seu resultado final, visualizando-o como se já tivesse
acontecido (esse exercício estimula você a parar de pensar naquilo que não quer e colocar o
foco naquilo que você realmente quer. Todos nós estamos cansados de algumas coisas, não
queremos que certas situações nos aconteçam, mas essa forma de pensar não nos levará para
mais próximo de nosso objetivo. Somente quando tirarmos o foco daquilo que nos desagrada
e colocarmos o foco naquilo que queremos é que chegaremos mais próximos do nosso objetivo
de vida).
Depois de escrever o “como” queremos realizar nosso objetivo, teremos “o que resulta” esse
empreendimento. Aqui está o nosso propósito claro e definido nos moldes do Napoleon Hill.
Mas eu ainda escreveria o seguinte:
1 – Encontre seu motivo;
2 - Escreva como chegar lá;
3 – Escreva qual seria um ótimo resultado;
4 – Escreva o que você vai ganhar com esse empreendimento e pondere se vale à pena ou não;
47
Além disso, o ser humano por mais honesto que seja com o próximo, não é tão honesto
consigo mesmo (quantas vezes você já prometeu algo para si e não cumpriu?), portanto,
coloque uma data limite para realizar esse objetivo, pois TUDO o que aconteceu na história da
humanidade tem uma data no calendário. E por último, e não menos importante, assine esse
papel e se comprometa consigo mesmo em empreender com toda a sua força e garra até
conseguir. Lembre-se: ir atrás de um propósito ou objetivo de vida é para aqueles que querem
vencer.
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O segundo ponto que Hill percebeu entre todos os homens bem sucedidos é que eles se aliaram
a outras pessoas de igual ou maior sucesso, criando grupos que se reuniam constantemente para
debater determinado assunto. Isto porque, em suas palavras: “duas ou mais mentes reunidas em
torno de um mesmo objetivo criam uma mente superior que é a soma dessas mentes, e deixa à
disposição todo o conhecimento do coletivo para cada indivíduo”.
Eu particularmente gosto muito de me reunir com pessoas, seja para um café, para um
brainstorm ou para trabalhar em cima de um projeto. É justamente nesses momentos que mais
aprendo sobre outras profissões, sobre outros mercados e agrego mais e mais valor à minha
consultoria e ao meu trabalho.
Recentemente tive a oportunidade de iniciar um novo projeto em parceria com mais cinco
profissionais, cada um com um desempenho excelente em suas áreas e juntos, numa mesa de
café, em apenas três horas, conseguimos rascunhar e esboçar uma excelente oportunidade de
negócio que servirá como trampolim para cada um dos envolvidos.
Isso é muito parecido com o conceito de mastermind, você já ouviu falar? O mastermind é
construído e baseado na confiança, onde cada um precisa doar o seu conhecimento para o
benefício do grupo, e em consequência disso, você acabará recebendo ajuda para seus
próprios projetos. Caso alguém rompa a harmonia ou a confiança do grupo, precisará ser
A Mente Mestra
49
imediatamente trocado para que aquela sinergia não seja perdida e o projeto rompido pela
metade (pode parecer frio e calculista, mas estamos falando de negócios e do bem do coletivo
acima do indivíduo).
50
Já parou para pensar a quantidade de pessoas inseguras que existem na sociedade? As causas desse problema são muito mais profundas do que imaginamos, tem a ver com traumas do nascimento, da infância e da adolescência. É certo que, todos nós tivemos problemas e traumas, mas a pergunta que me faço é: “Quando vamos tomar a decisão de superar isso?”
Uma das coisas que aprendi no mundo dos negócios é que se você não confiar no próprio taco, dificilmente alguém confiará, isso porque a venda citada no capítulo anterior está diretamente ligada à confiança que você tem em si mesmo.
Hill, no entanto, nos diz que uma grande parte da nossa insegurança vem do fato de não termos um objetivo claro e definido. A maioria das pessoas está “perdida”, sem saber o que fazer ou para onde ir, e por isso não confiam em si próprias. Também nos ensina que a partir do momento que você define claramente o que quer e se junta às pessoas que te ajudarão a chegar lá, essa confiança começa a brotar dentro de ti.
É nesse momento que você vence seus pensamentos negativos e começa a pensar na frase mais poderosa: “Sim, é possível”. Daí por diante, você começa a trabalhar com mais empenho e paixão naquilo que está fazendo. Meu conselho sobre esse quesito é: “Não deixe que sua autoconfiança seja transparecida como arrogância e tenha cuidado ao se auto-impor ao ponto de parecer que não precisa de ninguém. E se isso acontecer, você começará a repelir as pessoas do seu mastermind. A confiança precisa ser modesta e interna. Uma pessoa confiante passa confiança e segurança para os outros e, por ter esse diferencial as pessoas automaticamente se associarão a você”.
Confie em você
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Para empreender de verdade é preciso economizar. Economizar não quer dizer que você
precisa ser muquirana. Economizar quer dizer que é preciso desenvolver o hábito de guardar
dinheiro para aproveitar as oportunidades que aparecem (não estou falando de roupas,
celulares, carros e casas). O hábito da economia talvez seja um dos mais difíceis de criar. O
primeiro passo é criar uma planilha (ou encontrar uma no Google) para controlar o seu fluxo
de caixa. Faça uma planilha mensal com as entradas, as contas fixas, as contas variáveis e o
resultado final. Monitore em tempo real o quanto de dinheiro você possui. Na sequência,
defina uma porcentagem que você destinará ao seu propósito ou objetivo. Lembre-se: “O
hábito da economia deve ser adquirido junto com a mentalidade de passarmos de empregado
ou autônomos para donos de Big Business e Investidores”. Como poderemos investir (mesmo
enquanto não tivermos muito) se não separarmos uma parte do que ganhamos para essa
finalidade?
Economize
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Se você quer empreender, é fundamental que você saiba que sem Iniciativa e Liderança,
dificilmente você conseguirá chegar muito longe. Até Mark Zuckerberg teve iniciativa e
liderança no início do Facebook. Ele fez por conta própria uma visão diferente daquela que
apresentaram a ele. E nas madrugadas de programação entre colaboradores e aspirantes a
colaboradores, Zuckerberg liderava pelo exemplo e pela autoridade, nunca pelo poder.
Querer empreender e não tomar as rédeas do negócio é o mesmo que querer fazer algo e
esperar que alguém o faça. Se você não tomar as rédeas, fica numa posição extremamente
confortável para culpar alguém caso o empreendimento não dê certo.
Não vou me alongar muito sobre este tema, pois existem inúmeros livros, cursos, posts e
pensadores que já o explanaram de todas as maneiras possíveis. A reflexão que deixo é o que
está escrito no cartão de visitas do Ricardo Jordão da BizRevolution: “Lidere, siga ou saia do
meu caminho”.
Tenha iniciativa e lidere
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Certa vez li uma reportagem com Roy Disney (irmão do Walt Disney) onde o repórter
perguntou: “Como é para você saber que o seu irmão não viveu para ver o sonho dele se
tornar realidade (se referindo ao parque temático)?” – O Roy Disney sorriu e disse: “Você
nunca irá entender o que ele viu”.
Tudo o que existe no mundo hoje começou primeiro na mente de alguém. Todos os prédios
erguidos começaram na mente de um arquiteto. Todas as grandes obras estavam
transparentes das mentes dos engenheiros, todo quadro famoso nasceu primeiro na mente do
pintor, todo grande livro foi criado na mente de algum autor. TUDO começa na imaginação.
No entanto, nós somos educados para aceitar e não para pensarmos. Como Hill diz: “O que
sua mente puder conceber, ela poderá realizar”. Se você concebe uma ideia, define de forma
clara, se associa a pessoas que te ajudem a chegar lá, ganha confiança que poderá realizar,
economiza para aproveitar as oportunidades, tem iniciativa e liderança o suficiente para
tomar as rédeas e fazer acontecer e manter o sonho vivo, claro e transparente em sua mente,
dificilmente alguma coisa conseguirá te impedir.
Explore a sua imaginação
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Imagine aquela sua tia que adora falar da vida dos outros, de quem está doente, de quem está
passando necessidade, de quem morreu. Imagine agora aquele seu amigo deprimido que não
importa o que aconteça ele continua triste e deixa todo mundo baixo quando está por perto.
O que isso tem a ver com empreendedorismo? TUDO. Nós já temos problemas o suficiente,
não precisamos importunar as pessoas com eles.
Agora, vamos imaginar outra cena. Imagine aquela pessoa entusiasmada, cheia de energia,
que sorri o tempo todo, que transpira confiança, sabe para onde está indo e nada do que
aconteça o faz parar. Com qual das pessoas você gostaria de passar a maior parte do seu
tempo? Claro que é a segunda, certo? – A grande questão é: qual das duas você tem sido para
as pessoas que estão ao seu redor?
A partir do momento que você se tornar um entusiasta sobre a sua ideia ou negócio e
conseguir transparecer o seu entusiasmo em pensamentos, palavras e ações, mais e mais
pessoas vão querer estar ao seu lado. Claro, não é possível ser entusiasta o tempo todo, mas,
que isso se torne um hábito (e que bom hábito) e uma constante em nossas vidas.
Alimente seu entusiasmo
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Em muitos momentos perdemos o controle e falamos ou fazemos coisas das quais nos
arrependemos depois. Alguns de nós ainda pensamos: “sou assim e sempre fui assim”. Temos
que cuidar com a falsa sensação de controle e manter sempre em mente que “se não estamos
no controle de nossas vidas, alguém está fazendo por nós”. A maioria de nós se contenta com
uma falsa sensação de liberdade e inconscientemente permitimos que as pessoas definam o
que devemos fazer simplesmente porque é muito mais fácil ter alguém para culpar do que se
responsabilizar por nossas ações. Novamente, empreender exige iniciativa e liderança, mas
sem o controle de sua vida e de chamar a responsabilidade para si, novamente estaremos em
qualquer um dos três quadrantes, menos na área dos vencedores.
Caso você seja uma das pessoas que reforçam o pensamento: “Eu sou assim mesmo, sempre fui
e sempre serei”, comece a refletir no fato de que você ficará neste planeta por mais uns 50
anos e isso é tempo o suficiente para mudar e melhorar. Todos os dias podemos aprender algo
novo e melhorar, e isso só depende de nós.
Tenha controle sobre si mesmo
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Desde que conheci a filosofia de Hill esse tópico em específico fez muito sentido para mim e comecei a
aplicá-lo imediatamente em tudo aquilo que fazia. Precisamos fazer MAIS do que aquilo pelo qual somos
pagos. A grande massa de pessoas certas, acomodadas e que querem agradar a todos dificilmente
colocará isso em prática, pois o pensamento comum é “não sou pago para fazer isso”. Vamos voltar ao
Dar e o Receber: se você só faz aquilo pelo qual você é pago para fazer, você NUNCA será promovido, pois
a equação está equilibrada. Pense por um segundo, se você só faz aquilo que te pedem ou que é sua
obrigação, que direito você tem de pedir aumento ou promoção? – Para ter direito a um aumento ou
promoção é preciso fazer mais, é preciso dar algo para depois receber. Imagine a seguinte situação: “Julio,
eu trabalho até tarde, faço muito mais do que eu sou pago para fazer e meu aumento ou promoção
nunca chega” – bem, outra coisa que você precisa saber é que nem sempre você vai receber no local em
que está. Isso quer dizer que às vezes daremos tudo o que temos em um emprego e que não seremos
recompensados naquele mesmo local, vamos ter que ir em busca de um outro emprego que nos dê
aquilo que merecemos. Novamente, você precisará sair da zona de conforto para que sua vida melhore.
Como empreendedor, você precisa estar disposto a fazer MUITO mais do que aquilo pelo qual você é
pago. Vai precisar cuidar da estratégia, do operacional, fazer o cafezinho, lavar banheiro, varrer o
chão do escritório, tirar o pó, atender ligação de cliente bravo, se deparar com incompetência e
gente acomodada, cuidar do fluxo de caixa, pagamentos, recebimentos, etc. Além disso, você
precisará continuar estudando, aprendendo, evoluindo como empreendedor e também terá algo
chamado Vida Social que é o momento que te lembrará que você é uma pessoa comum.
Faça sempre mais do que o esperado
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O filósofo americano Ralph Waldo Emerson certa vez escreveu: “Há uma confissão completa
no nosso modo de olhar, nos nossos sorrisos, nas nossas saudações e apertos de mãos. Os seus
pecados mancham, maculam a boa impressão que causa. Quando isso acontece, mesmo sem
saber o porquê, não confiamos nessa pessoa. Seus vícios transparecem nos seus olhos,
desfiguram o seu rosto, torcem seu nariz, põem o estigma da fera na sua cabeça e escrevem
LOUCO na testa de um rei”.
Hill diz que “podemos obter da vida tudo que quisermos, desde que, primeiro, consigamos
auxiliar um número suficiente de pessoas a nossa volta a obter aquilo que elas querem”.
Os pontos de vista de ambos os pensadores nos dizem que para chegarmos a algum lugar,
precisamos ter uma personalidade agradável e atraente. Sendo honestos, sinceros, altruístas,
com bons pensamentos, boas palavras e boas ações (para o próximo e para nós), sempre
atrairemos um número crescente de pessoas que se sintam bem ao nosso redor. Com isso, em
algum momento, essas pessoas irão tomar a iniciativa de nos auxiliar naquilo que precisamos e
chegaremos mais perto de nosso objetivo.
Seja empático
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Uma das características das pessoas que estão sempre certas, das que estão acomodadas e das
que querem agradar a todos é que elas simplesmente não conseguem pensar com exatidão,
ou seja, a maioria de seus pensamentos, palavras e ações são baseadas em achismos.
Hill diz: “Muitas pessoas fracassam porque, devido aos seus preconceitos e convicções,
confundem os fatos com as opiniões que elas ou outras pessoas criaram sobre os fatos. Os
olhos de quem pensa com precisão veem fatos como eles realmente são – e não as ilusões dos
preconceitos, das convicções, do ódio e da inveja”.
Pensar com precisão é o ato de se deparar com algo, pesquisar sobre em mais de uma fonte,
ponderar e tirar uma conclusão e não simplesmente expressar uma opinião infundada e
descabida sobre um assunto do qual você pouco sabe ou desconhece.
Quem quer empreender não pode basear o seu negócio, seu produto ou seu serviço em um
achismo. É preciso validar sua hipótese no mercado, com um grupo de clientes seletos ou até
mesmo com especialistas da área. Não é porque você acha que o mundo precisa da sua
empresa, que o mundo de fato precise. Adquira o hábito de pensar com precisão e você não
será pego desprevenido, muito menos expressará uma opinião com traços de preconceito e
ignorância. Henry Ford dizia que: “Os três grandes males da humanidade são a pobreza, o
analfabetismo e a ignorância, dentre eles, o maior de todos é a ignorância”.
Pense com precisão
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Jacob Pétry diz que: “Concentração é o ato de focalizar o pensamento sobre um determinado
desejo até que os meios para a sua realização tenham sido elaborados e empregados com
êxito”. Nesse mundo caótico que vivemos, há relativa dificuldade em mantermos a
concentração, certo? – Errado. A concentração depende de nossa vontade, de nosso estado de
espírito e do desejo ardente de realizar nosso objetivo ou propósito de vida.
Quando você focaliza toda energia e todo o seu pensamento para realizar algo, não vão faltar
distrações. Serão inúmeros amigos te chamando para um churrasco, para uma cervejinha, para
um futebolzinho, para ir ao cinema, dar um “rolê”, arejar a cabeça, passar o fim de semana na
praia. A verdade é que se você realmente quer chegar a algum lugar, irá precisar abrir mão de
algumas coisas, a fim de se concentrar naquilo que necessita ser feito. Lembre-se: “Se você não o
fizer, ninguém fará por você”. Ninguém será bem sucedido por você e depois te passará o
bastão, o cargo e a posse, você precisa se concentrar e fazer o que for necessário para chegar
aonde quiser.
A concentração depende do hábito, pois “quase tudo o que o homem criou espontaneamente
até hoje, primeiro foi criado na imaginação, pelo desejo, e depois, transformado em realidade
pela concentração”. Concentração é o ato de fazer algo todo dia que te leve para mais perto
daquilo que você deseja.
Concentre-se
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Hill diz que: “esse tópico está baseado em uma verdade específica: qualquer esforço de duas
ou mais pessoas que se unem harmoniosamente em torno de um determinado objetivo se
torna mais poderoso do que a soma total dos esforços individuais”.
Tenho um grande amigo que diz: “sozinho vou mais rápido, juntos vamos mais longe”. São
duas maneiras de abordar a mesma verdade.
Para empreendermos, temos que manter em mente que a cooperação é que nos levará cada
vez mais longe. Se mantivermos o pensamento de que sozinho farei melhor, ou que do meu
jeito dará certo e não consultar outras pessoas, nós acabaremos contra a maré. Se você não
obtiver cooperação da sua equipe (independente se for líder ou colaborador) dificilmente suas
ideias irão à diante.
Cooperação é esforço organizado. Para mudarmos no quadrante D-I do Robert Kiyosaki temos
que nos tornar mestres na arte da cooperação. Lembre-se: “Se quer se tornar irrelevante na
sua empresa a ponto de poder sair dela para construir outra empresa e investir em outros
mercados, terá que se dedicar a aprender e a exercer a cooperação dentro do ambiente que
estiver”.
Faça uso do poder da cooperação
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A escola nos ensina a ser competitivos, mas não fornece meios de lidar com o fracasso. No
pódio existe apenas um primeiro lugar, aquele que é lembrado, exaltado e ovacionado. Porém,
pouco se ensina a respeito do fracasso. O maior problema do fracasso não é o fracasso em si,
mas a bagagem emocional que ele trás. É o gatilho que dispara todo o veneno que corrói a
nossa mente e o nosso ser até o ponto de perdemos completamente a confiança em nós
mesmos e aquilo embaça nossa visão até não termos mais forças para continuar. Quando nos
sabotamos e deixamos ser consumidos pelo veneno mental, nosso emocional é atingido a tal
ponto que a primeira coisa que acontece é a culpa. Quando o ser humano não é evoluído o
suficiente para chamar a responsabilidade para si, a tendência é encontrar um culpado para a
situação. Na sequência, o sentimento de raiva e frustração cega a pessoa ao ponto da
desistência. Quando isso acontece com um empreendedor, a primeira manobra ou plano B é
voltar para o mercado de trabalho, criando assim, um colaborador frustrado e com baixo
rendimento. Se o empreendedor não entender que aquela é uma excelente oportunidade de
aprender algo, ele provavelmente não empreenderá novamente, e o comentário que se segue
é: “Já tentei, mas isso não funciona”.
Você deve estar pensando: “falar é fácil, difícil é fazer”, exatamente, mas é algo que pode e
precisa ser feito. Se você já empreendeu e falhou, se retire do papel de vítima por um instante
e pense de forma clara: o que você poderia ter feito para que aquilo não ocorresse daquela
Tire proveito dos fracassos
62
forma? O que aquela situação tem a lhe ensinar? O que você pode aprender com tudo isso
que lhe ocorreu?
Sabe por que estou lhe dizendo isto? - A vida nos ensina através de lições, dia após dia, e essas
lições se repetem até aprendermos algo e então sigamos em frente para a próxima lição. Se
você cometeu um erro ou quebrou um negócio, ótimo, o que você pode aprender com isso?
Após falir três vezes, tive duas quebras menores. Em todas, tive a oportunidade de aprender,
de me melhorar como profissional e como pessoa. Hoje, quando olho para trás e analiso tudo
o que passei, em vez de apontar culpados, sinto uma profunda gratidão por ter passado por
tudo aquilo e principalmente, por ter tirado o grão de areia de meus olhos que me cegavam
naquele momento e proporcionaram um novo olhar sobre antigas feridas. Você pode optar
por curar o seu passado e aprender algo de bom e válido com o que te passou ou pode
escolher ficar lambendo suas feridas na ilusão de que elas irão curar um dia, em ambos os
casos, a escolha precisa partir de você.
Como Hill diz: “A maioria das pessoas só aprende as lições da vida depois que a mão dura do
destino lhe toca nos ombros”, e também nos ensina que só nos tornamos fracassados quando
aceitamos o fracasso e sempre seremos vencedores se olharmos o fracasso como uma derrota
temporária, pois temos o tempo e a força de vontade para dar a volta por cima se assim quisermos.
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Uma das coisas que acho mais fascinante é o fato de que o ser humano pode chegar aonde
quiser. Ele pode sair da classe mais inferior e chegar à classe mais alta se assim desejar e pagar
o preço para isso. Todos os dias vemos histórias e mais histórias de superação, de gente que faz
a sua vida valer a pena. Olhamos aquilo com admiração e apenas seguimos com as nossas
vidas, trabalhando, nos relacionando, nos divertindo e descansando. Olhamos e achamos que
aquilo não é para nós.
Estamos tão atarefados e com a vida tão corrida que começamos a perder nossa paz de
espírito em troca de dinheiro e de uma vida bacana. Neste momento começamos a perder um
bem precioso: a tolerância.
A falta de tolerância cega e faz com que o homem cometa as maiores atrocidades. Às vezes, é
justamente pela falta de tolerância que perdemos as melhores oportunidades de aprender
algo.
Certa vez meu pai disse: “Um dia você vai entender que uma das coisas mais difíceis de
aprender é justamente como engolir sapo”. Nesse momento as respostas padrões são: “Não
tenho paciência, não sou obrigado a aturar, não sou mosca-morta, não tenho sangue de
barata”. Estes são os pensamentos mais comuns daqueles que já perderam a tolerância, ou
não compreenderam a arte do silêncio. Pitágoras disse: “Se o que tens a dizer não é mais belo
Seja tolerante
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que o silêncio, então cala-te”, e com isso ele nos ensina que às vezes simplesmente não vale a
pena comprar uma briga. Não adianta debater com alguém que levanta a voz ao invés de
melhorar seus argumentos.
Uma mulher chamada Olinda Guedes me ensinou: “Aquilo que você diz Fortalece ou
Enfraquece o próximo?” – com essa pergunta em mente, sejamos mais tolerantes com o
próximo, pois cada um está numa escala da evolução humana, há uma métrica enorme entre a
ignorância completa e a iluminação. Não podemos esperar que todos tenham a mesma
evolução que nós, mas podemos sempre aprender com aqueles que estão mais adiantados no
processo. Precisamos ser tolerantes com os que sabem menos, assim como aqueles que sabem
mais toleram nossos defeitos.
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O princípio da regra de ouro está baseado na passagem do evangelho de São Mateus 7:12: “Portanto, tudo o que quereis que os homens lhes façam, fazei-o também vós, porque esta é a lei”.
Se você quer ser um empreendedor de sucesso, faça para o seu cliente aquilo que você gostaria que uma empresa fizessem para você. Atenda o seu cliente como você gostaria de ser atendido, venda de forma honesta e transparente, assim como você gostaria que fizessem pra ti, mantenha um relacionamento saudável e isento de interesses secundários, seja proativo, mantenha contato, efetue um pós-venda diferenciado, eduque seu cliente e faça com que ele se torne um embaixador da sua marca.
“Quem semeia ventos colhe tempestades”. Sabendo disso, porque não semear coisas boas no mundo dos negócios, nos relacionamentos e nas amizades? – A verdade é que ninguém pode ser feliz sem semear a felicidade. Para sermos bem sucedidos precisamos ajudar o máximo de pessoas a se tornarem bem-sucedidas. Se quisermos clientes satisfeitos, temos que auxiliá-lo a se sentir satisfeito com a nossa empresa, produto ou serviço. Temos que ser antes de ter.
A Regra de Ouro rege o mundo dos negócios assim como a lei do Dar e do Receber. Quer você aceite ou não, elas continuarão a funcionar.
Para conhecer melhor a obra de Napoleon Hill, sugiro que comece pelo livro “A Lei do Sucesso”, de Jacob Pétry, que no ano de 2012 recompilou, adaptou e comentou “A Lei do Triunfo” em um livro extremamente objetivo e resumido (demais livros serão sugeridos na bibliografia desta obra).
A regra de Ouro
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Capítulo 5
A VITÓRIA OU ALGO QUE O VALHA
No dia 4 de fevereiro de 2013 aceitei o desafio feito por meu amigo pessoal e parceiro de
negócios, Adriano Barbosa, o de escrever meu primeiro e-book. Essa tarefa já estava em meus
planos e objetivos de vida, porém, somente quando o coloquei como propósito e objetivo
claro e definido é que as coisas realmente aconteceram. No dia 5 de fevereiro fiz uma breve
meditação, nela mentalizei o livro finalizado, sua capa, sua estrutura, seus capítulos e sub-
tópicos, tudo o que fiz na sequência foi anotar a estrutura em um papel e dormir. No terceiro
dia escrevi a introdução e o primeiro capítulo. O que se seguiu disso em diante foi uma
experiência maravilhosa de começar e finalizar algo no prazo que eu havia determinado. Iria
escrever este livro em exatamente sete dias. Para isso, constitui um Mastermind com as mentes
mais brilhantes que já estudei e que me emprestaram seus conhecimentos para que somassem
aos meus, pensei inúmeras vezes que ia conseguir, até que adquirisse uma confiança inabalável
que conseguiria. Economizei (abri mão de viajar no Carnaval ou fazer qualquer outra coisa)
simplesmente para escrever até terminar o que havia estabelecido como meta. Tive iniciativa e
liderança suficientes para me colocar em ação, explorei a minha imaginação da melhor
maneira possível no curto período em que realizei este projeto. Mantive o meu entusiasmo no
nível mais elevado que já tive até hoje (comemorando cada capítulo finalizado), mantive o
controle mesmo quando tive que correr com o meu afilhado e a mãe dele para um pronto-
socorro na madrugada do domingo de Carnaval, me doei 110% para este projeto. Apesar de
algumas palavras duras, acredito que consegui transparecer uma personalidade agradável
A vitória ou algo que o valha
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nestas páginas, pesquisei aquilo que não sabia ou não tinha certeza, fiz o possível para pensar
com exatidão e não emitir uma opinião sem fundamento, me concentrei (e muito) para escrever
estas páginas em apenas sete dias, contei com a cooperação de amigos e parceiros de negócios
(uns ajudando de fato, outros entendendo a importância deste projeto), tive que reescrever
algumas partes por sugestões do revisor (tirei proveito do fracasso/derrota temporária), tentei
ser o mais tolerante ao explanar as minhas opiniões (o que é simples para mim, pode não ser
para os outros), e por fim, escrevi para o próximo algo que eu gostaria de ler.
Abordei no início deste livro o que é o empreendedorismo, como ele é atualmente e como
acredito que deveria ser. No capítulo seguinte, expliquei porque empreender, passei dados,
números, motivos, onde estamos e onde devemos chegar. Depois, abordei alguns temas
(dentro de inúmeros que ficaram de fora) que você precisa saber e que a faculdade não te
ensina. Por fim, abordei um trabalho de extensa pesquisa e que levou vinte anos para ser
concluído. Trabalho este que venho estudando nos últimos oito anos (e acredito, vou
continuar aprendendo com ele por muitas décadas ainda).
O motivo pelo qual tracei todo este panorama está infundido no conceito de
Empreendedorismo 3.0, ou seja, no que o empreendedorismo deveria ser, e é isso que esta
obra trata. O empreendedorismo é um estilo de vida. O empreendedorismo deveria ser focado
em educação e evolução do ser humano como uma escola alternativa e não focado em
69
dinheiro para alavancar negócios de forma rápida sem um motivo forte o suficiente para fazer
com que aquela empresa aguente o tranco da vida.
Empreendedorismo é uma filosofia de vida e não um rótulo.
Em um de seus vídeos no TED, Anthony Robbins (um dos melhores profissionais de Coaching e
Programação Neurolinguística) nos dá uma métrica que devemos aprender e levar conosco
para o resto da vida. Ele diz: “Todos nós conhecemos boas pessoas, certo? Todos nós somos
bons em algo, certo? E qual é o resultado quando você é bom? – Quando você é bom, o
resultado é zero ou muito pequeno. Pense bem, um bom profissional no mercado de trabalho
ganha um salário razoável para ele pagar as contas e viver de forma modesta. Agora, quando
você se torna excelente naquilo que faz, seu resultado passa a ser bom. Sob a mesma ótica, um
excelente profissional geralmente recebe um bom salário, certo? Mas, onde está o ouro dessa
equação? – o ouro está quando você se transforma em algo extraordinário. Quando você se
transforma em extraordinário, seus resultados serão excelentes. Aí está todo o ouro que você
pode ter.
Escrevi esse breve ensinamento para exemplificar a busca constante que o empreendedor deve
ter. O empreendedor tem que buscar incessantemente o extraordinário que há dentro de si e
expor isso para o mundo. Somente quando o empreendedor passar de excelente ao
70
extraordinário é que a empresa, o produto ou o serviço dele fará de fato a diferença no
mundo. Quando esse dia chegar, seus resultados serão excelentes.
É nisso que eu acredito. Foi para chegar mais perto do extraordinário que escrevi este e-book.
Foi para chegar mais perto do extraordinário que lancei meus dois cursos. Foi para chegar mais
perto do extraordinário que pedi demissão de um emprego seguro numa multinacional e
iniciei a minha carreira como Consultor em Inovação no Planejamento de Negócios e
Marketing. Foi para chegar mais perto do extraordinário que parei de me contentar com o
bom ou com o excelente. Nada menos do que o extraordinário interessa. É assim que eu
trabalho, é assim que eu vivo e é assim que eu vou fazer a diferença no mundo.
Vamos juntos?
71
72
Este livro não se tornaria uma realidade se não fosse por todos aqueles que me
ensinaram alguma coisa nesta vida. Seria impossível colocar em um papel todos
os nomes que passaram pela minha vida e deixaram a sua marca em forma de
aprendizado.
Este livro é uma forma respeitosa de gratidão por aqueles que acreditaram em
mim (quando nem eu mesmo acreditava). Pessoas como Wilson Lussari, Rosangela
Beles, Fernanda Lussari, Karen Beles, Caio Padovan, Karen Katiuscia, Elber
Santana, Mariana Araujo, Célida Vieira de Andrade, Paulo Dalla Stella, Tathyana
Toda, André Ribeiro, Patrícia Aunes, Olinda Guedes, Nachali, Dvulatk, Vinicius de
Andrade Vieira, Ivan Beira, Francisco Correa (Pinguim), José U. Sacchelli Moraes,
Elias Hatem, Adalicio Junior, Gabriel Hamdan, Wanderley Calixtro, Rosana Meyer,
Laiana e Águeda Zem, Andressa de Souza, Dhaffner Wandratsch, Gi Paizany,
Frederico de Andrade (Fred), Bruno Seixas, Ricardo Souza, Vanessa Machado,
Adriano Barbosa/Ines Dumas/Ana Luiza Verzola (pela extrema paciência e
empenho em revisar este livro), Ismael Pereira (pelos excelentes papos sobre
negócios), Anderson Wenningkamp (por contribuir tanto para o meu
conhecimento sobre relacionamento com clientes), Michelle Furuta, Linda
Megumi, ao pessoal da Pipoca Moderna pelo excelente trabalho (Rodrigo,
Agradecimentos
da IPSE (em especial ao Tiago Bahi), Fabio Torlai. E aos amigos: Marina
Buschmann, Angela Weber, Larissa Felix, André Atila, André Martins, Marcelle
Camacho, Thaisa Zanne e demais companheiros do Rct Maringá-Interação,
Simone França, Lucas Gabriel, Juliana França, Vanessa Zanin, Dayane Alves,
Carina Reis, Roseli Bassi (que me deu um empurrão enorme para realizar este
projeto), Adauto Rocha, Luciano Castro, Bruno Scartozzoni, Bianca Barrachina,
Eduardo do Rosário, Diego Gobbi, Barbara Ribeiro, Ana Bittencourt e família
(um agradecimento especial para vocês), Paulo Bata, Antônio Rezende Neto,
Ricardo Dória e galera da Aldeia Coworking, Maria Mukai, Gil Eanes
Vivekananda, a todos os amigos da família rotária (Interact, Rotaract e Rotary,
sintam-se abraçados) e todos aqueles que me ajudaram a transformar este
sonho em realidade. Se seu nome não estiver na lista, fique tranquilo, escrever
este livro foi a forma com que eu encontrei de te agradecer por tudo o que
você fez por mim ou pelo que me ensinou. A minha mais profunda gratidão.
Namastê!
JuLio Lussari
Curitiba, 13 de Fevereiro de 2013
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O Business Model Dojo é um modelo educacional baseado nos preceitos do
Empreendedorismo 3.0. Ele é subdividido em dois módulos, sendo: Empreendedorismo
(Inovação em Modelos de Negócios) e Intraempreendedorismo (Inovação em Planejamento de
Carreira) e tem como objetivo ser mais prático do que teórico. Com apenas dez alunos por
turma e com uma carga horária de doze horas, os participantes receberão a instrução e o
conteúdo em apenas duas horas, e nas dez horas restantes colocarão em prática aquilo que
aprenderam. Cada pessoa irá criar o planejamento do seu negócio ou carreira com a ajuda dos
outros nove participantes, e nas horas seguintes ajudará os outros a elaborarem seus
planejamentos. Depois do curso você terá ferramentas, conhecimento teórico e prático o
suficiente para elaborar outros planejamentos por conta própria.
Business Model Dojo
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Julio Lussari – MBA em Marketing e Gestão de Negócios, é Consultor, Palestrante e Blogueiro
na área de Inovação em Planejamento de Carreira e Inovação em Modelos de Negócios; traz
uma proposta inovadora e pioneira para servir às pessoas, empresas e cidades. Envolvido com
empreendedorismo há 11 anos, produziu eventos empresariais e culturais atuando sempre
com linhas criativas de marketing e comunicação; produziu duas edições do MeetUP Curitiba –
Evento focado em reunir empreendedores e empresários/investidores com foco na Copa do
Mundo de 2014.
Para saber mais sobre o Business Model Dojo e sobre o autor, acesse: www.juliolussari.com.br
ou entre em contato: [email protected]
Sobre o Autor
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www.linkco.com.br
(41) 3045-9943
Referências Bibliográficas
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Robert Kiyosaki
O Negócio do Século XXI Desenvolvendo sua Inteligência FinanceiraO Toque de MidasPai Rico Pai PobreO Segredo dos RicosEmpreendedor Rico Jacob Pétry/Napoleon HillA Lei do SucessoNapoleon Hill A Lei do TriunfoPense e EnriqueçaChave Mestra das Riquezas
As Regras de Ouro
Steve K. Scott
Salomão, o homem mais rico que já existiu
Londers Ritt
Uma vida Rica (Biografia do Napoleon Hill)
Dale Carnegie
Como fazer amigos e influenciar pessoas
George S. Clason
O homem mais rico da babilônia
Michael Ellsberg
A Educação dos Futuros Milionários
W. Chan Kim, Renee Mauborgne
A Estrategia do Oceano Azul
Robert Hirsch Empreendedorismo
79
Philip KotlerMarketing 3.0
Administração de MarketingMarketing de A a Z
Eric Ries
Startup Enxuta
Jan Jacob Stam
A alma do negócio
Og Mandino
A universidade do Sucesso
O maior vendedor do Mundo
Allan Pease
Como se tornar um campeão de vendas
Venkat Ramaswamy & Francis Gouillart
A empresa Cocriativa
Tim Brown
Design Thinking
Paramahansa Yogananda
A Lei do Sucesso
Revista Você S/A
Setembro 2012
http://www.bizrevolution.com.br/ - acessado em 07/02 às 10:03
http://pt.wikipedia.org/wiki/Empreendedorismo - acessado em 07/02 às 10:42
http://pt.wikipedia.org/wiki/Administracao - acessado em 07/02 às 11:05
http://www.pontopessoal.com.br - acessado em 07/02 às 11:32
Projeto Gráfico: Pipoca Moderna
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