empreendedorismo: um estudo de caso no processo de...
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UniSALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Administração
Juliane Aparecida Feltrin
Kelly Aparecida Ferreira da Silva
Lara da Silva Bueno Materagia
EMPREENDEDORISMO: Um estudo de caso no
processo de incubação de empresas na ADETEC
Lins/SP
LINS – SP
2016
JULIANE APARECIDA FELTRIN
KELLY APARECIDA FERREIRA DA SILVA
LARA DA SILVA BUENO MATERAGIA
EMPREENDEDORISMO: Um estudo de caso no processo de incubação de
empresas na ADETEC Lins/SP
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Administração sob a orientação da Prof.ª Ma. Máris de Cassia Ribeiro Vendrame e orientação técnica da Prof.ª Esp. Érica Cristiane dos Santos Campaner.
LINS – SP
2016
Feltrin, Juliane Aparecida; Silva, Kelly Aparecida Ferreira; Materagia, Lara da Silva Bueno
Empreendedorismo: um estudo de caso no processo de incubação de empresas na ADETEC Lins / Juliane Aparecida Feltrin; Kelly Aparecida Ferreira da Silva; Lara da Silva Bueno Materagia. – – Lins, 2016.
92p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em Administração, 2016.
Orientadores: Máris de Cassia Ribeiro Vendrame; Érica Cristiane dos Santos Campaner
1.Empreendedorismo. 2. Incubação. 3. Processo. 4. Incubadoras de empresas. I Título.
CDU 658
F374e
Dedico esta monografia primeiramente а DEUS, Dom Bosco e a Nossa Senhora
Aparecida, pela força е coragem durante toda esta longa caminhada. Aos meus pais João
e Maria Inês, que são os principais responsáveis pela minha formação como pessoa,
como profissional. Assim dedico a eles a concretização deste trabalho e agradeço por
tudo que fizeram por mim. A minha irmã Josiane, que sempre me incentivou para
correr atrás dos meus objetivos e sonhos, por estar ao meu lado para me ajudar e
aconselhar. E por fim ao meu namorado Vitor, que nos momentos em que pensava em
desistir me dava força, pelo apoio e segurança para seguir em frente e não desanimar.
Juliane Feltrin
A Deus, por ele e para ele todas as coisas. Razão de tudo em minha vida, que esteve ao
meu lado me abençoando e fazendo com que tudo fosse possível. Deu-me
direcionamento, discernimento e sabedoria em todos os momentos. Obrigada Senhor.
Ao meu pai Gustavo, meu exemplo e melhor amigo que sempre está ao meu lado,
apoiando e auxiliando em cada passo e escolha da minha vida. Que luta e sempre busca
fazer o melhor por mim e nesses 4 anos me apoiou incondicionalmente para que esta
conquista fosse possível. A minha mãe Vilma, por todo amor, cuidado, compreensão e
carinho. Que sempre me dá força e apoio, por inúmeras vezes ajuda e me incentiva a ser
melhor a cada dia. Aos meus familiares, que sempre torcem e acompanham de perto
cada conquista, me dando força e incentivo para alcançar meus objetivos. Aos meus
amigos por todos os momentos juntos, sorrisos, experiências e apoio. Em especial as
minhas amigas Lara Materagia e Juliane Feltrin que estiveram ao meu lado nesses 4 anos.
Kelly Silva
Dedico este trabalho primeiramente a DEUS, por estar sempre ao meu lado e me dando
forças principalmente no decorrer deste curso. Aos meus irmãos Carla, Cássia e Carlos, à
minha querida avó Adelina Materagia e em especial aos meus amados pais, Fátima e
Aparecido Materagia, os quais me acompanharam neste período de 4 anos, e sempre me
apoiaram principalmente nos momentos mais difíceis e se dedicaram junto a mim para
que essa etapa fosse concluída com êxito.
Lara Materagia
AGRADECIMENTOS
A Deus,
Por ter nos iluminado e nos dado forças para superar os obstáculos e permitir-
nos chegar até aqui, pois sem Ele nada disso seria possível.
Aos nossos familiares,
Por sempre estarem ao nosso lado, apoiando e incentivando principalmente nos
períodos de tensão que passamos no decorrer dos 4 anos. E agradecer pela
compreensão, carinho e dedicação que serviu como motivação para levarmos a diante e
conseguirmos conquistar nossos sonhos.
Aos colaboradores do UniSALESIANO,
Pela seriedade, respeito e paciência conosco durante o período acadêmico. E aos
professores que passaram o máximo de conhecimento e experiências que foram
indispensáveis para nossa formação.
À nossa orientadora,
Máris Vendrame, que além de nos passar grandes conhecimentos e ensinamentos
esteve sempre disponível e solícita para nos auxiliar. Sendo compreensiva e gentil, dando-
nos o apoio necessário em todos os momentos até a conclusão deste trabalho.
À ADETEC Lins,
Agradecemos por abrir suas portas e nos permitir estudar e desenvolver nossa
monografia na empresa, e em especial agradecer ao Flávio José Anequini atual gerente da
Incubadora de Empresas de Lins, por ter disponibilizado seu tempo para nos atender e
por ter nos recebido de braços abertos oferecendo o suporte necessário para podermos
realizar e concluir nosso trabalho.
Juliane, Kelly e Lara
RESUMO
O empreendedorismo é um método onde envolve processos e pessoas em forma de conjunto com o intuito de transformar ideias em grandes negócios e/ou oportunidades. Ele basicamente é um estudo voltado para o desenvolvimento de habilidades e competências onde ambas estão relacionadas à criação de um novo ou já existente projeto, podendo ser ele técnico, científico ou empresarial. Para concretizar tal projeto, uma das alternativas são as incubadoras de empresas, a qual é um mecanismo que se destina a apoiar empreendedores, proporcionando um ambiente encorajador e condições apropriadas para o funcionamento de suas empresas tais como: serviços especializados de consultoria gerencial, orientação, espaço físico e infraestrutura básica para o seu funcionamento. Ao oferecer suporte para o empreendedor, a incubadora possibilita que o seu empreendimento tenha mais chances de ser bem-sucedido. Além de condições favoráveis de infraestrutura e capacitação dos empreendedores, as empresas pelo fato de estarem em um espaço onde há vários empreendimentos inovadores do mesmo porte contam com inúmeras conexões, que favorecem o crescimento do negócio e o acesso ao mercado. O trabalho foi elaborado através de pesquisa de campo descritiva com abordagem qualitativa e teve como objetivo verificar a importância do processo de incubação de empresas para um ingresso sólido no mercado. Após a realização da pesquisa, verificou-se que o processo de incubação de empresas auxilia o empreendimento a posicionar-se e fixar-se com maior segurança no mercado, pois auxilia os empreendedores a tomarem as melhores decisões e a buscarem a tecnologia da informação para garantir a sua permanência e lucratividade no mercado. Palavras-chave: Empreendedorismo. Incubação. Processo. Incubadoras de Empresas.
ABSTRACT
Entrepreneurship is a method which involves processes and people together in order to turn ideas into great business and / or opportunities. It is basically a study aimed at developing skills and competencies where both are related to the creation of a new or existing project that may be technical, scientific or business. To realize such project one of the alternatives are business incubators, which is a mechanism that is designed to support entrepreneurs, providing an encouraging environment and appropriate conditions for the functioning of their businesses such as specialized service management consulting, guidance, physical space and basic infrastructure for its operation. By offering support for the entrepreneur, the incubator enables your enterprise to have more chances of being successful. In addition to favorable terms of infrastructure and training of entrepreneurs, companies due to the fact of being in a space where there are several innovative projects of the same size have numerous connections that favor business growth and market access. The work was done through descriptive field research with qualitative approach and aimed to verify the importance of the business incubation process for a solid entry into the market. After the research, it was found that the business incubation process helps the enterprise to position and establish itself with more security in the market, because it helps entrepreneurs to make better decisions and seek information technology to ensure their permanence and profitability in the market. Keywords: Entrepreneurship. Incubation. Process. Business Incubators.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Fachada da ADETEC Lins ................................................................. 14
Figura 2: SENAI ................................................................................................ 23
Figura 3: Palestra sobre o projeto ..................................................................... 24
Figura 4: Sala CIT ............................................................................................. 25
Figura 5: Sala do Hotel de Projetos .................................................................. 26
Figura 6: Consultoria ......................................................................................... 28
Figura 7: Logotipo do projeto REAJE ................................................................ 29
Figura 8: Logotipo do projeto Empreendedor do Futuro ................................... 30
Figura 9: Logotipo do projeto Caipira Valley ..................................................... 31
Figura 10: Logotipo da Incubadora de Empresas ............................................. 32
Figura 11: Construção da Incubadora ............................................................... 34
Figura 12: Construção da Incubadora ............................................................... 35
Figura 13: Parte interna atual da Incubadora de Empresas de Lins ................. 35
Figura 14: Parte interna atual da Incubadora de Empresas de Lins ................. 36
Figura 15: Parte interna atual da Incubadora de Empresas de Lins ................. 36
Figura 16: Sala de Reuniões ............................................................................ 37
Figura 17: Evento de 15 anos da ADETEC ...................................................... 38
Figura 18: Evento de 15 anos da ADETEC ...................................................... 39
Figura 19: Evento de 15 anos da ADETEC. ..................................................... 39
Figura 20: Evento de 15 anos da ADETEC. ..................................................... 40
Figura 21: Requisitos necessários para se tornar incubado ............................. 70
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Algumas características de um empreendedor de sucesso conforme
Sebrae .............................................................................................................. 55
LISTA DE TABELAS
Gráfico 1: Taxa Total de Empreendedorismo entre os Brics ............................ 50
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 11
CAPÍTULO I – AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E
TECNOLÓGICO DE LINS ............................................................................... 14
1 HISTORICO DA ADETEC Lins ............................................................. 14
1.1 Missão e Visão da ADETEC Lins ........................................................... 16
1.2 Composição da diretoria da ADETEC Lins............................................. 16
1.3 Empresas ............................................................................................... 17
1.3.1 Pré incubadas ........................................................................................ 18
1.3.2 Incubadas ............................................................................................... 18
1.3.3 Graduadas ............................................................................................... 19
1.3.4 Associadas ............................................................................................. 20
1.3.4.1Adepto.................................................................................................... 20
1.3.4.2Aliado ..................................................................................................... 21
1.3.4.3Associado .............................................................................................. 21
1.4 Projetos da ADETEC Lins ...................................................................... 22
1.4.1 Centro Municipal de Formação Profissionalizante (CMFP) .................... 23
1.4.1.1Escola Vida e Trabalho (EVT) ................................................................ 23
1.4.2 Centro de Inovação e Tecnologia (CIT) .................................................. 24
1.4.3 Hotel de projetos .................................................................................... 26
1.4.4 Qualificação empresarial ........................................................................ 28
1.4.5 Rede de Apoio ao Jovem Empreendedor (REAJE) ................................ 28
1.4.8 Empreendedor do Futuro ....................................................................... 30
1.4.9 Infoprodutos ........................................................................................... 31
1.4.10 Caipira Valley ......................................................................................... 31
1.4.11 Sala do empreendedor ........................................................................... 32
1.3.12 Incubadora de empresas ........................................................................ 32
2 HISTÓRICO DA INCUBADORA DE EMPRESAS DE LINS .................. 33
2.1 Missão da Incubadora de Empresas de Lins .......................................... 38
2.2 Visão da Incubadora de Empresas de Lins ............................................ 38
2.3 Objetivos da Incubadora de Empresas de Lins ...................................... 40
2.4 Estrutura organizacional ......................................................................... 40
2.5 Espaço físico, instalações e localização................................................. 41
2.6 Ambiente da Incubadora de Empresas de Lins ...................................... 41
CAPÍTULO II - EMPREENDEDORISMO .......................................................... 42
1 CONCEITO DE EMPREENDEDORISMO .............................................. 42
1.1 Origem do empreendedorismo ............................................................... 44
1.2 Evolução do empreendedorismo ............................................................ 45
1.3 A Importância do empreendedorismo .................................................... 46
1.4 É possível ensinar o empreendedorismo? ............................................. 47
1.5 Empreendedorismo no Brasil ................................................................. 48
2 CONCEITO DE EMPREENDIMENTO ................................................... 51
2.1 Empreendimento e o empreendedor ...................................................... 51
2.2 Tipos de empreendimentos .................................................................... 52
2.2.1 Empreendimento empresarial ................................................................ 52
2.2.2 Empreendimento corporativo ................................................................. 52
2.2.3 Empreendimentos social ........................................................................ 53
2.2.4 Empreendimentos para o desenvolvimento local ................................... 53
2.2.5 Empreendimento cultural........................................................................ 53
2.2.6 Empreendimentos para desenvolvimento de comunidades ................... 54
2.3 O empreendedor .................................................................................... 54
2.4 Diferenças e similaridades entre o administrador e o empreendedor .... 56
2.5 Conceito de Empresário ......................................................................... 59
2.6 Diferença entre o Empresário e o Empreendedor. ................................. 59
3 CONCEITO DE INCUBADORAS DE EMPRESAS ................................ 60
3.1 O surgimento das incubadoras de empresas ......................................... 61
3.2 Incubadoras de empresas no Brasil ....................................................... 63
3.3 Tipos de incubadoras ............................................................................. 64
CAPÍTULO III – A PESQUISA ......................................................................... 67
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 67
2 OS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA SE TORNAR UMA
EMPRESA INCUBADA .................................................................................... 70
3 O PROCESSO DE INCUBAÇÃO DE EMPRESA ................................. 71
4 OS BENEFÍCIOS DE UMA EMPRESA INCUBADA ............................. 73
5 PARECER FINAL DO CASO ................................................................. 75
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ..................................................................... 76
CONCLUSÃO ................................................................................................... 77
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 78
APÊNDICES ..................................................................................................... 86
11
INTRODUÇÃO
“A palavra empreendedor (entrepreneur) tem origem francesa e quer
dizer aquele que assume riscos e começa algo novo.” (DORNELAS, 2008,
p.14)
O empreendedorismo é um estudo voltado para o desenvolvimento de
habilidades e competências onde ambas estão relacionadas à criação de um
novo ou já existente projeto, podendo ser ele técnico, científico ou empresarial.
Para Leite (2000), empreendedorismo é a criação de valor por pessoas e
organizações trabalhando juntas para implementar uma ideia por meio da
aplicação da criatividade, capacidade de transformar e o desejo de tomar
aquilo que comumente se chamaria de risco. (apud CUSTÓDIO, 2011)
Considera-se que o empreendedorismo é algo essencial nas
sociedades, baseia-se em um método onde envolve processos e pessoas em
forma de conjunto com o intuito de transformar ideias em grandes negócios
e/ou oportunidades.
Para ser um empreendedor de sucesso, o mesmo deve possuir visão e
percepção de mercado para conseguir identificar as oportunidades que nele
estão inseridas. Umas das principais características de um empreendedor são:
autoconfiança, conhecer o ambiente e principalmente as pessoas, possuir o
foco nas oportunidades de mercado, saber calcular e minimizar riscos e o
essencial: ter paixão pelo que faz.
O empreendedorismo é de suma importância para as organizações, pois
permite que a mesma consiga manter-se competitiva no mercado, através de
atitudes inovadoras que traz.
A incubadora de empresas e o empreendedorismo são fatores
importantes para o desenvolvimento econômico através da tecnologia e da
inovação.
Uma incubadora de empresas é um mecanismo que se destina a apoiar
empreendedores, proporcionando um ambiente encorajador e condições
apropriadas para o funcionamento de suas empresas tais como: serviços
especializados de consultoria gerencial, orientação, espaço físico e
infraestrutura básica para o seu funcionamento.
De uma forma ampla, existem dois tipos de incubadoras: as públicas e
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as privadas. As públicas, são em sua grande maioria apoiadas pelo governo e
tem o intuito de gerar oportunidades, não possuem o retorno de lucros e estão
ligadas à instituições e fundações. No caso das incubadoras privadas, o apoio
vem de investidores financeiros ou de incubadoras criadas por empresas de
grande porte e, neste modelo, há o retorno de lucros, sendo seu processo
admissional mais limitado que as públicas.
A partir desses dois tipos de incubadoras são formados diferentes
modelos de incubação, sendo elas: incubadoras de empresas de base
tecnológica; incubadoras de empresas de setores tradicionais; incubadora
mista; incubadora setorial; incubadora cultural; incubadoras sociais; incubadora
agroindustrial e incubadora cooperativa.
Com o intuito de verificar a importância do processo de incubação de
empresas para um ingresso sólido no mercado foi realizada uma pesquisa de
campo descritiva com abordagem qualitativa na Agência de Desenvolvimento
Econômico e Tecnológico de Lins (ADETEC Lins – Incubadora), uma empresa
localizada na cidade de Lins – SP à Rua Floriano Peixoto, nº 1093.
A ADETEC Lins é uma organização da sociedade civil, onde não possui
fins lucrativos e está no mercado desde fevereiro de 2001. O seu surgimento
teoricamente foi para apoiar iniciativas no domínio das políticas públicas
enquadradas na cidade de Lins-SP. É uma associação formada por centros
universitários, empresas privadas e entidade do poder público, onde trabalham
possuindo o mesmo objetivo, sendo ele de executar atividades relacionadas ao
desenvolvimento, tecnologia, inovação e empreendedorismo.
Atualmente, a ADETEC Lins procura promover ambiente propício a
todas essas atividades citadas, porém sua visão é mudar a realidade
econômica da região, para isso, passa a utilizar atividades industriais altamente
provenientes de energia e recursos naturais para serem utilizados nos
negócios.
A pergunta problema que norteou a pesquisa foi:
O processo de incubação de empresas auxilia o empreendimento a se
posicionar e fixar com maior segurança no mercado?
Em resposta à pergunta problema surgiu a seguinte hipótese:
A incubadora oferece orientação empresarial e consultoria para as
empresas com um ótimo custo benefício, isso auxilia os empreendedores a
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tomar melhores decisões e buscar a tecnologia da inovação, pois é através
dela que o empreendedor garante sua permanência e lucratividade no
mercado.
Para a realização da pesquisa utilizou-se dos métodos de observação
sistemática, histórico e estudo de caso especificado minuciosamente no
Capítulo III deste trabalho.
O trabalho está assim estruturado:
O Capítulo I, aborda sobre a evolução histórica da empresa em estudo.
O Capítulo II, discorre sobre a fundamentação teórica do
Empreendedorismo.
O Capítulo III, demonstra a pesquisa realizada na ADETEC- Lins.
Finalmente, a proposta de intervenção e a conclusão foram resultantes
de uma comparação entre a teoria descrita e a pesquisa realizada na empresa.
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CAPÍTULO I
AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E TECNOLÓGICO DE
LINS (ADETEC LINS)
1 HISTÓRICO DA ADETEC Lins
A ADETEC Lins foi fundada em 05 de fevereiro de 2001, localizada na
cidade de Lins-SP, na Rua Floriano Peixoto, nº 1093, sendo uma organização
sem fins lucrativos com o intuito de apoiar iniciativas no domínio das políticas
públicas voltadas para o desenvolvimento econômico, tecnológico e social de
Lins (SP) e região. Trata-se de um prédio com 1.500m² de área construída e
dividido em 17 módulos, sendo 12 deles destinados às empresas incubadas e
aos empreendimentos pré-incubados.
Figura 1: Fachada da ADETEC Lins
Fonte: Portal ADETEC, 2016.
A Agência atua como Organização da Sociedade Civil de Interesse
Público (OSCISP) no fomento ao empreendedorismo, trabalhando na formação
de futuros empresários e na orientação para o desenvolvimento de empresas,
15
com foco em inovação e em soma de inteligência para novos negócios.
É uma associação formada por empresas privadas, centros
universitários e entidades do poder público, que trabalham com o objetivo
principal de executar atividades relacionadas a desenvolvimento, tecnologia,
empreendedorismo e inovação. Oferecendo várias opções para as empresas
ou jovens empreendedores, como:
a) apoio a empreendedores: mais de 15 anos de experiência
fomentando o empreendedorismo na cidade de Lins e região,
através da Incubadora de Empresas de Lins;
b) consultoria com especialistas: disponibiliza especialistas em todas
as áreas para auxiliar o negócio;
c) rede de contatos: oferece recursos e suporte para encontrar a
parceria ideal para o empreendimento. Realiza encontros de
negócios e café com empreendedores;
d) políticas públicas na área de desenvolvimento: auxilia a discussão
de políticas públicas na área de desenvolvimento. Coordena o Grupo
de Apoio ao Desenvolvimento Econômico (GADE), onde reuni o
poder público e os principais empresários da cidade;
e) cursos e treinamentos específicos: tem a qualificação que o
empresário deseja, trabalha com cursos e treinamentos em diversas
áreas empresariais;
f) apoio ao jovem empreendedor e Startups: cria e apoia iniciativas de
jovens empreendedores e Startups, através da Rede de Apoio ao
Jovem Empreendedor, Hotel de Projetos e o Empreendedor do
Futuro. Cria o ambiente favorável para o surgimento de novos
negócios.
No início, teve apoio por convênio com a Prefeitura Municipal e o
SEBRAE/SP, realizando a gestão da Incubadora de Empresas de Lins (IEL)
que no começo era base mista, com negócios convencionais, mas passou a
ser de base tecnológica. Em 2010, o SEBRAE retirou-se da parceira com a
agência de Lins e das outras do Estado São Paulo e a ADETEC passou a ser
uma associação formada por empresas privadas, centros universitários e
entidades do poder público.
A ADETEC trabalha para fortalecer a economia da comunidade com o
16
desenvolvimento de projetos que proporcionem novas frentes de trabalhos.
A partir de 2011, assumiu também a gestão da Escola Vida e Trabalho
(EVT), do Centro Municipal de Formação Profissional com metodologia SENAI,
responsabilizando-se pela equipe encarregada da gerência geral, pelo pessoal
da manutenção geral dos equipamentos e pelos professores da EVT,
encarregada no Centro pela formação de jovens aprendizes, nos termos da
legislação nacional sobre o assunto.
E também abriu um núcleo para fabricação de softwares, em parceria
com a FATEC de Lins, com o objetivo principal de complementar a formação
dos estudantes da área de informática da instituição parceira, aberta a outras
instituições de ensino técnico e superior. Em meados de 2013, o programa foi
ampliado, criando-se um Centro de Inovação e Tecnologia (CIT), para motivar
e apoiar iniciativas inovadoras nos setores privado e público.
A administração da ADETEC está instalada, juntamente com a
Incubadora, o Centro de Inovação e a Sala do Empreendedor, no Centro de
Desenvolvimento, Tecnologia e Inovação (CDTI).
Além dos projetos da IEL e do CIT alocados no CDTI, a ADETEC iniciou
dentro deste centro outros projetos, tais como: o Hotel de Projetos, a Rede de
Apoio aos Jovens Empreendedores, o concurso „Empreendedor do Futuro‟ e o
„Desafio ADETEC‟, que tem agitado alunos de cursos técnicos e
profissionalizantes em seu próprio ambiente de estudo.
Desde a criação da agência em 2001, mais de cem empresas passaram
pelas fases de formação profissional até ganharem o mercado. Algumas delas
tornaram-se expoentes em seus segmentos.
1.1 Missão e Visão da ADETEC Lins
O principal compromisso da ADETEC é promover o ambiente propício às
atividades de empreendedorismo e de inovação, mas a visão de longo prazo é
mudar a realidade econômica da região, migrando de atividades industriais
altamente demandantes de energia e recursos naturais, para negócios mais
contemporâneos, demandantes de inteligência, ciência e tecnologia.
1.2 Composição da diretoria da ADETEC Lins
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A diretoria é composta por profissionais de diversas áreas, prestadores
de serviços, porém sem remuneração, e essa equipe conta com especialistas
em gestão geral, administração de projetos, inovação, finanças, recursos
humanos, vendas, marketing, comércio digital, bem como com professores e
coordenadores de cursos habilitados pelo SENAI.
Ela apresenta a seguinte composição:
a) Presidente - André Luís Fassa Garcia, representante da UNILINS – Centro Universitário de Lins;
b) Vice-Presidente - Cássio Bauléo, representante do Escritório
Contábil Paulista; c) 1º Tesoureiro - Paulo Grossi, representante da SENAG, Sociedade
de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Lins; d) 2º Tesoureiro - Romulo Jorge Tinôco de Oliveira, representante das
Granjas Tinoco de Guarantã; e) 1º Secretário - José Flávio Usó, representante da empresa Eco
Solutions; f) 2º Secretário - Marcos Rogério Godoy, empresário individual.
É de competência do Presidente e, na sua ausência do Vice-Presidente:
representar a ADETEC, convocar e presidir reuniões da Diretoria, outorgar
procurações e convocar a Assembleia Geral.
Compete ao 1º Tesoureiro e, na sua ausência, ao 2º Tesoureiro: gerir os
serviços financeiros e a escrituração contábil da Agência, controlar os
depósitos bancários e os valores arrecadados pela instituição, apresentar os
relatórios de receitas e despesas, sempre que forem solicitados.
Sendo competência do 1º Secretário e, na sua ausência, do 2º
Secretário: planejar e implementar o banco de dados da ADETEC, gerir os
serviços administrativos, secretariar as reuniões da Diretoria e da Assembleia
Geral e redigir as respectivas atas, organizar e manter a boa guarda dos
arquivos e documentos da instituição, apresentar ao Presidente as sugestões
que julgar necessárias ao bom andamento dos trabalhos do setor financeiro.
1.3 Empresas
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As empresas assistidas pela Incubadora possuem acesso às
consultorias especializadas e específicas para cada tipo de negócio com o
objetivo de promover o crescimento e desenvolvimento de cada
empreendimento. Os segmentos atendidos são indústria, serviços e tecnologia,
atendendo também comércio no caso de empresa associada.
1.3.1 Pré incubadas
Empreendimento sediado nas instalações da Incubadora, que teve sua
ideia de negócio aprovada e está em fase de construção de modelo de
negócio, desenvolvimento de produto e validação no mercado. A evolução do
projeto levará o processo de incubação à etapa posterior ao programa,
tornando-se posteriormente incubada, tais como:
a) CELECSYS SISTEMA: desenvolve produtos e sistemas para o setor
agropecuário, aportando soluções na melhoria da segurança e da
produtividade, contribuindo para o gerenciamento das propriedades pelos
produtores;
b) ALGORIAL: tem a finalidade de auxiliar empresas privadas e órgãos
públicos na área de engenharia;
c) Hotel de projetos: projetos já listados anteriormente.
1.3.2 Incubadas
Empresa sediada nas instalações da Incubadora. Já possuem seu
modelo de negócio definido e é preparada para o seu crescimento,
fortalecimento e desenvolvimento, para então ser inserida no mercado. Nesta
etapa o empresário é preparado para desenvolver o seu negócio, aperfeiçoar a
gestão e ficar apto para a graduação após cumprir todo o seu período de
aprendizado e aperfeiçoamento, tais como:
a) EVOLUTION CONSULTORIA e TI: oferece serviços como suporte
técnico, desenvolvimento de site, avaliação de ambientes
residenciais e empresariais, automação residencial e empresarial,
auditoria de equipamentos, soluções de hardware e hospedagem de
site;
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b) ENGENHARIA MINUTO: atua através de divulgação de conteúdos de
engenharia, na área de Gestão de Obras, Gerenciamento de Projetos,
Técnicas e Ferramentas para Engenharia;
c) NOSSO BRIGADEIRO: ateliê de doces finos, especializada em
brigadeiros gourmet e Macarrons;
d) BE BETTER: é uma empresa do ramo de marketing digital que atua na
criação de infoprodutos; e
e) A+ MEDIA GROUP: desenvolve totens multimídia e é um veículo de
publicidade que dispõe de recursos de divulgação de produtos ou serviços
por meio de propaganda, para estabelecimentos empresariais.
1.3.3 Graduadas
É uma empresa que já passou pelo processo de Incubação e está apta
para se estabelecer no mercado, tais como:
a) ANAIRAM LINGERIE: é uma confecção de moda íntima, cuja produção
também é sob medida;
b) EDAZ COMUNICAÇÃO: é uma agência de publicidade especializada em
design gráfico;
c) SENSEI KIMONOS: é uma fábrica especializada em kimonos para
esportes como Jiu-Jitsu, Taekwondo, Karatê entre outros;
d) SOMA TI: é uma empresa que atua no ramo de segurança, oferecendo
serviços de monitoramento 24 horas para estabelecimentos comerciais,
residenciais e áreas rurais e comercializa produtos voltados para a
segurança patrimonial;
e) TELE ATIVA: é fabricantes de equipamentos para comandos elétricos
sem fio que sejam automatizados ou comandados;
f) MULTI MICRO INFORMÁTICA: tecnologia da informação;
g) SANTA RENDA: confecção de lingerie;
h) EMAD: produção de equipamentos odontológicos voltados para o
tratamento de portadores de necessidades especiais;
i) ORI-GEN: confecção;
j) TWR INFORMÁTICA: tecnologia da informação;
k) ANITA BIJUTERIAS: produção de bijuterias;
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l) CHOCOLINS: fabricação de chocolates;
m) BRENNER BIOTÉCNICA: biotecnologia voltada à reprodução animal;
n) TOMATONY: indústria alimentícia que trabalha com produção de tomates
secos e berinjelas;
o) NEXT SOLUTION: tecnologia da informação;
p) TECNA TI: tecnologia de informação e desenvolvimento de softwares;
q) HELP CALIBRAÇÃO: calibração de equipamentos e automação de
projetos;
r) NOVO PALADAR: produção de cone pizza; e
s) APPSOLUTE: tecnologia de informação, sistemas, softwares e
aplicativos.
1.3.4 Associadas
O associado da ADETEC é uma empresa ou instituição que compartilha os
mesmos valores da agência por similaridade, conexidade ou identidade de interesses
e queira se beneficiar com as suas iniciativas e soluções, bem como participar da
criação de um ambiente propício ao empreendedorismo e à inovação na cidade de
Lins e região.
A ADETEC Lins está mobilizando todos os seus esforços para oferecer, cada
vez mais, benefícios aos seus associados.
A quantidade de benefícios e os valores das mensalidades dos planos variam
de acordo com o nível de afiliação.
É a empresa instalada em sua própria sede, que procura apoio para
aprimorar algum aspecto do seu negócio e receber benefícios ofertados pela
associação.
A empresa poderá optar por fazer parte da categoria que melhor atenda suas
necessidades, sendo elas:
1.3.4.1 Adepto
a) 5% de desconto nas modalidades de qualificação empresarial;
b) 5% de desconto nos infoprodutos da ADETEC;
c) Conhecimento sobre tecnologia e inovação;
21
d) Diagnóstico essencial do negócio;
e) Locação de salas (auditório, reunião e treinamento) com valores
diferenciados;
f) Palestra gratuita, 1 por ano;
g) Parcerias estratégicas;
h) Rede de relacionamentos.
Empresa adepta: CAMOMILLA: empresa que atua no ramo da moda infantil.
1.3.4.2 Aliado
a) 10% de desconto nas modalidades de qualificação empresarial;
b) 10% de desconto nos infoprodutos da ADETEC;
c) Apoio e fortalecimento ao negócio;
d) Conhecimento sobre tecnologia e inovação;
e) Diagnóstico essencial do negócio;
f) Encontro de negócios;
g) Locação da sala coworking sem custo;
h) Locação de salas (auditório, reunião e treinamento), com custo apenas
dos equipamentos;
i) Novas oportunidades de negócio;
j) Palestra gratuita, 2 por ano;
k) Parcerias estratégicas;
l) Troca de experiências gerenciais.
1.3.4.3 Associado
a) 20% de desconto nos infoprodutos da ADETEC;
b) Apoio e fortalecimento ao negócio;
c) Capacitação empresarial in company com valores diferenciados;
d) Conhecimento sobre tecnologia e inovação;
e) Consultorias técnicas sob medida;
f) De 15% a 20% de desconto nas modalidades de qualificação empresarial;
g) Diagnóstico essencial do negócio;
h) Locação da sala coworking sem custo;
22
i) Locação de salas (auditório, reunião e treinamento), sem custo;
j) Novas oportunidades de negócio;
k) Palestra gratuita, 3 por ano;
l) Parcerias estratégicas;
m) Participação no GADE - grupo de apoio ao desenvolvimento;
n) Portal ADETEC, divulgação da marca;
o) Troca de experiências gerenciais;
p) Votação e participação como membro da assembleia geral.
Algumas das empresas associadas:
a) APEX: atua principalmente no segmento de usinagem e ferramentaria de
precisão;
b) ARTE E SONHO: é uma empresa do ramo da moda infanto-juvenil e
enxovais, fabricação própria de enxovais, produzidos também sob
encomenda;
c) ELETRO MONTANHA: é especializada na comercialização de materiais
elétricos e hidráulicos, trabalha com as melhores marcas, oferecendo
produtos de excelência e garantia, pensando na satisfação de seus
clientes e disponibiliza serviços para facilitar a vida de todos;
d) PADARIA SANTA MARGARIDA: oferece produtos diversos no ramo de
panificação, confeitaria e salgados para festas, pensando sempre no bem
estar e satisfação de seus clientes;
e) AUTO POSTO FORTALEZA: possui serviços de troca de óleo, lavagem,
conveniência entre outros, com equipe treinada para atender todos com
rapidez e excelência;
f) AUTO POSTO RENASCENÇA: possui os serviços de qualidade e
garantias da rede Ipiranga e tem como diferencial a conveniência, com
pães quentinhos, salgados deliciosos e cafés excelentes;
g) V.L.D. BELLO;
h) AUTO POSTO REBUCCI;
i) CERTO MOTOS;
j) MISSÃO SALESIANO DO MATO GROSSO - UNISALESIANO LINS.
1.4 Projetos da ADETEC Lins
23
A ADETEC Lins desenvolve diversos projetos que promovem o
desenvolvimento, criação e até a descoberta de novos empreendedores,
trabalhando com jovens e adultos que poderão futuramente tornar-se
empresários e donos do seu próprio negócio através de conhecimentos e
preparo que são passados nesses projetos.
A maioria dos projetos desenvolvidos pela ADETEC Lins estão
instalados no Centro de Desenvolvimento Tecnologia e Inovação (CDTI), e
demais projetos em outras localidades.
Os projetos desenvolvidos pela ADETEC Lins são: Centro Municipal de
Formação Profissionalizante (CMFP), Escola Vida e Trabalho (EVT), Centro de
Inovação e Tecnologia (CIT), o Hotel de Projetos, Qualificação Empresarial,
Rede de Apoio ao Jovem Empreendedor (REAJE), Grupo de Apoio ao
Desenvolvimento Econômico (GADE), Empreendedor do Futuro, Infoprodutos,
Caipira Valley, Sala do Empreendedor (Serviços em parceria com a Prefeitura
Municipal de Lins) e a Incubadora de Empresas.
1.4.1 Centro Municipal de Formação Profissionalizante (CMFP)
Figura 2: SENAI
Fonte: Portal ADETEC, 2016
O CMFP é um Centro de Formação Profissionalizante cuja Prefeitura de
Lins é responsável. Neste local, são sediados cursos que possuem
metodologia SENAI, onde a ADETEC é a gestora dos projetos de formação de
Jovens Aprendizes, da Escola Vida e Trabalho (EVT).
1.4.1.1 Escola Vida e Trabalho (EVT)
24
A EVT é um programa do Centro Municipal de Formação Profissional
(SENAI), onde são oferecidos cursos de capacitação profissional para jovens
aprendizes, juntamente com os cursos desenvolvidos pelo SENAI de Bauru.
Figura 3: Palestra sobre o projeto
Fonte: Portal ADETEC, 2016
A ADETEC Lins é responsável pela gerência do pessoal de coordenação
dos cursos e do corpo docente da EVT, já o SENAI Bauru é responsável pela
metodologia empregada pela unidade e pelo corpo discente, sendo realizado o
acompanhamento de todos os estudantes.
O SENAI surgiu no município para atender às necessidades dos
empresários e a demanda por profissionais qualificados em determinados
setores e com a Escola Vida e Trabalho (EVT) tem sido oferecidos cursos que
seguem esta mesma linha através de qualificações em: Mecânico Geral,
Eletricista Geral, Mecânico de Autos, Assistente Administrativo e Almoxarife.
1.4.2 Centro de Inovação e Tecnologia (CIT)
A criação do Centro de Inovação Tecnológica (CIT) levou em conta o
perfil industrial da região, voltado para a área de alimentos, mas tem procurado
induzir o desenvolvimento da área de Tecnologia da Informação e
25
Comunicação (TI&C).
O CIT administra, em conjunto com a Incubadora, o fortalecimento do
Centro de Desenvolvimento, Tecnologia e Inovação (CDTI), a edificação onde
estão alocados os dois projetos, e tem como objetivo criar um ambiente que
favoreça o crescimento dos negócios inovadores em Lins e região.
Figura 4: Sala CIT
Fonte: Portal ADETEC, 2016
O CIT tem como seus objetivos específicos:
a) aproximar as universidades das empresas privadas, facilitando as
relações entre quem precisa de soluções, o mercado, e quem tem
capacidade para gerá-las;
b) criar ambiente com alta tolerância às inovações que tragam
vantagens competitivas para as empresas, com ênfase em ciência e
tecnologia;
c) trabalhar na renovação da mentalidade empresarial, implantando
iniciativas que atraiam jovens de uma forma geral para um
ecossistema sustentável de empreendedorismo e inovação e que
envolvam empresários tradicionais com novas tecnologias e novas
abordagens de mercado;
d) induzir a vocação regional para setores de desenvolvimento de
26
tecnologia.
Além disso, o CIT cuida dos infoprodutos da ADETEC e de sua
comercialização com ferramentas do marketing digital, administrando o portal
da ADETEC e o site do „Caipira Valley‟, estando intimamente relacionado,
assim como a IEL, à Rede dos Jovens Empreendedores (REAJE), ao Hotel de
Projetos, à produção de infoprodutos e ao prêmio „Empreendedor do Futuro‟.
1.4.3 Hotel de projetos
Figura 5: Sala do Hotel de Projetos
Fonte: Portal ADETEC, 2016
O Hotel de Projetos é o programa de pré incubação da incubadora, lugar
onde as ideias são expostas e recebem suporte para se desenvolverem e se
tornarem empreendimentos comerciais. As ideias que ficam hospedadas são
moldadas seguindo como parâmetro a inovação, desta forma, é passado para
os participantes conhecimentos sobre o setor de atuação de seu
empreendimento, sendo realizados cursos de qualificação profissional para
capacitar os mesmos, onde também é disponibilizada infraestrutura física,
suporte técnico, administrativo e de inovação. Os participantes são
apresentados a outras pessoas para que aumentem sua rede de
relacionamento, criando assim, um ambiente propício para o seu
27
desenvolvimento pessoal e do empreendimento.
Assim, o ciclo de aprendizagem envolve:
a) modelagem de negócios através da metodologia Business Model
Generation: com o objetivo de gerar modelos de negócios
inovadores;
b) aplicação da metodologia Lean Startup: para criação de modelos
enxutos, protótipos rápidos, projetados para validar suposições de
mercado, a fim de melhorar o índice de sucesso de produtos
inovadores mais rápido possível, eliminando desperdício de recursos
e de tempo, estimulando maior contato com clientes;
c) aplicação do Empathy Map (mapa de empatia): que permite
compreender melhor o segmento de clientes de uma forma visual,
estabelecendo hipóteses claras a respeito das necessidades,
comportamentos e outros atributos das pessoas e/ou organizações
atendidas por um determinado modelo de negócio;
d) compartilhamento dos conhecimentos e experiências individuais com
todo o grupo de projetos: promovendo a socialização do
conhecimento e o desenvolvimento pessoal dos participantes;
e) participação em eventos de startups em cursos sobre: ferramentas
de apresentação, oratória, marketing digital e outros relacionados,
principalmente ao desenvolvimento técnico em informática;
f) mentoras semanais: para desenvolvimento, avaliação e discussão
das atividades propostas;
g) criação do Mínimo Produto Viável (MPV).
O Hotel de projetos é um programa específico para startups, que tem
como objetivo boas ideias em negócios de sucesso, através da validação do
modelo de negócio no mercado, por meio de modernas metodologias.
Atende principalmente universitários, recém-formados e alunos do
ensino técnico. O principal segmento atendido é o de tecnologia.
Projetos:
a) aplicativo para busca de cerveja mais barata;
b) campo house: plataforma para conectar proprietários de ranchos com que
querem alugar;
c) carreira próspera: desenvolvimento de estudantes universitários, para que
28
comecem a pensar em sua carreia a partir do 1º ano utilizando técnicas
de couch;
d) direção joy stick: direção para deficientes;
e) fly soluções: vitrine virtual no facebook;
f) gamer society: rede social para gamers;
g) ibbo: sistema para aplicação da robótica na educação;
h) math gear: jogo usando realidade aumentada para aprendizagem de
matemática;
i) pixelways: jogo de 2d para jogadores saudosistas;
j) team autoworks: gerenciador de consumo energético;
k) yuchi studio: otomi game, jogo e namoro que promove inclusão e
diversidade.
1.4.4 Qualificação empresarial
Figura 6: Consultoria
Fonte: Portal ADETEC, 2016
No projeto de Qualificação Empresarial são disponibilizadas
capacitações em várias áreas empresariais de acordo com às necessidades
dos empreendedores e o mercado de atuação, onde são oferecidas:
consultorias, cursos, oficinas, palestras, treinamentos e workshops.
1.4.5 Rede de Apoio ao Jovem Empreendedor (REAJE)
A REAJE é uma iniciativa desenvolvida pela ADETEC para reunir jovens
que tenham interesse pelo empreendedorismo.
29
Figura 7: Logotipo do projeto REAJE
Fonte: Portal ADETEC, 2016
Este projeto consta em uma rede que gera inclusão entre os jovens,
para que eles possam trocar experiências, se desenvolverem, fazer contatos,
receber mentoria. Com oportunidade de aprender na prática a empreender,
conquistar novas amizades/networking, fazer cursos, treinamentos e crescer
através dessas vivências.
Essa ideia tornou-se um projeto a partir do momento que os encontros
entre esses jovens tornaram-se frequentes, então, resolveram desenvolver esta
rede, para que grupos semelhantes pudessem interagir entre si em busca de
conhecimento e que através do mesmo possam gerar impacto na região que
moram. E tudo isso é vantajoso, não só para o jovem que faz parte disso, mas
também para a empresa que o apoia, pois ela poderá contar com pessoas
engajadas para eventos, ganha maior visibilidade e pode até participar de
projetos inovadores.
1.4.7 Grupo de Apoio ao Desenvolvimento Econômico (GADE)
O GADE é um projeto que foi criado em 2014, mais precisamente no dia
14 de julho, em um fórum realizado nas dependências da ADETEC Lins. Ele foi
criado com o objetivo de debater ideias que promovam propostas para o
desenvolvimento do município, partindo do interesse comum de representantes
de diversos segmentos do setor produtivo de Lins.
De acordo com Gomes (2016), é função do GADE: manter plano de
30
ação com canal aberto de comunicação constante, diálogo permanente com
empresários, empreendedores, poder público municipal e criar estratégias de
discussão com a comunidade.
Desta forma, o GADE é um grupo informal que tem como entidade
gestoras a ADETEC, Sindicato do Comércio Varejista de Lins
(SINCOMÉRCIO), Sindicato dos Contabilistas e a Associação Comercial de
Lins.
Na visão da ADETEC, representada pelos profissionais Flávio José
Anequini, Valter Dal Bello e André Fassa que juntos buscam encontrar
maneiras de garantir o crescimento e desenvolvimento da cidade partindo da
seguinte questão: “Qual a cidade que desejamos e o que podemos fazer para
construí-la?”
1.4.8 Empreendedor do Futuro
Figura 8: Logotipo do projeto Empreendedor do Futuro
Fonte: Portal ADETEC, 2016
O projeto empreendedor do futuro surgiu através da parceria entre o
Núcleo do Centro de Inovação „Inova Paula Souza‟, por intermédio da FATEC e
da ETEC locais. A ADETEC - Lins, por intermédio da sua Incubadora de
Empresas, do seu Centro de Inovação e Tecnologia e da Prefeitura Municipal
por meio da Secretaria de Desenvolvimento Sustentado.
Com o objetivo de despertar espírito empreendedor em jovens
estudantes e na comunidade profissional, descobrindo novos talentos no
Município de Lins e região.
É realizado neste projeto, um concurso de startups pelos alunos de Lins,
31
Marília, Cafelândia, Bauru, Jaú, Araçatuba, Garça e arredores, atingindo
aproximadamente vinte mil alunos, sendo esses alunos, estudantes de escolas
de Nível Superior, Técnico e Profissionalizante.
O concurso avalia as ideias dos estudantes e premia as que mais se
sobressaem perante a viabilidade, inovação e tecnologia. A premiação é feita
através do Capital Semente (BOLSA) que consta na contribuição financeira
para o grupo que se engajar no Hotel de Projetos.
1.4.9 Infoprodutos
Produtos com conteúdo e informações digitais disponíveis para venda
online ou disponibilizados gratuitamente através da internet. As ferramentas de
marketing digital podem ser ensinadas a quem queira trabalhar pela web.
1.4.10 Caipira Valley
Figura 9: Logotipo do projeto Caipira Valley
Fonte: Portal ADETEC, 2016
O Caipira Valley é um projeto que está surgindo para discutir a
importância de se interiorizar o desenvolvimento no Estado de São Paulo, com
o intuito de chamar a atenção do capital privado e dos órgãos públicos, como o
Desenvolve São Paulo, que incentivam os negócios a se fixarem perto dos
seus consumidores, ou de seus fornecedores, ou seja: perto da capital.
Esta iniciativa está nascendo através de um site para unir opiniões e
promover divulgações de fatos que tragam associação entre startups e
qualidade de vida.
O Caipira Valley busca a mudança, busca fazer diferente para que a
32
qualidade social tenha o mesmo peso da busca de equilíbrio entre receitas e
custos.
Segundo a ADETEC, o site do Caipira Valley é apenas uma ideia inicial;
uma ideia a ser moldada por todos os que objetivam o mesmo tipo de
mudança.
1.4.11 Sala do empreendedor
A sala do empreendedor está instalada no CDTI, nesta sala funcionam
serviços públicos oferecidos pela prefeitura municipal e apoiados pela
ADETEC, tais como:
a) Acessa São Paulo;
b) Banco do Povo Paulista;
c) Orientações ao Empreendedor;
d) Posto de Atendimento ao Trabalhador;
e) Serviço Contábil de Apoio ao Microempreendedor Individual - MEI;
f) Setor de Alvará.
1.3.12 Incubadora de empresas
Figura 10: Logotipo da Incubadora de Empresas
Fonte: Portal ADETEC, 2016
A incubadora de empresas está presente há mais de 13 anos, instalada
no CDTI, onde trabalha com empreendedorismo e inovação na cidade de Lins
e região. Atualmente, a incubadora é de base tecnológica (negócios que tem a
tecnologia em seus processos), é um programa que estimula a criação e o
desenvolvimento de micro e pequenas empresas, oferecendo a elas suporte
técnico/gerencial e formação complementar ao empreendedor de diversos
33
ramos tais como: Alimentício, Automação, Biotecnologia, Comunicação, Saúde
e Tecnologia da informação.
Neste projeto são realizadas diversas ações que auxiliam o
empreendedor a se desenvolver e crescer no ramo em que atua, sendo as
principais:
a) apoio ao acesso a parceiros estratégicos;
b) apoio ao acesso de investidores anjo ou capital de risco;
c) apoio para registro de marcas e patentes;
d) capacitação gerencial, através de consultorias, cursos e palestras
com especialistas das mais diversas áreas;
e) diagnósticos empresariais;
f) elaboração de projetos de captação de recursos, modelos e planos
de negócios;
g) encontro de negócios, rede de relacionamentos e reuniões
estratégicas;
h) orientação empresarial;
i) orientação para busca de talentos;
j) qualificação Empresarial (cursos, oficinas, palestras, treinamentos e
workshops).
Através de todas essas ações a incubadora garante que seus incubados
possam ingressar no mercado com mais força, vindo com uma bagagem de
conhecimentos e vivências que facilita sua tomada de decisão em meio à
competitividade e a grande disputa por espaço.
2 HISTÓRICO DA INCUBADORA DE EMPRESAS DE LINS
Uns dos principais empreendimentos dos projetos da ADETEC Lins é a
IEL, a mais antiga, inaugurada oficialmente em abril de 2003. A IEL é um
projeto que precisou de muita dedicação e paciência para ser realizado, foram
meses de pesquisas no qual foram envolvidas diversas parcerias até conseguir
sua inauguração com sucesso.
Para desenvolver o projeto com êxito, a ADETEC Lins, a Prefeitura
Municipal de Lins e o SEBRAE uniram-se com a Associação Comercial de Lins,
com empresas particulares e também com as Universidades UNILINS
34
(Fundação Paulista de Educação e Tecnologia) e o UniSALESIANO (Centro
Universitário Católico Salesiano Auxilium), onde juntas viabilizaram a
implantação da Incubadora em território Linense.
A IEL tem como escopo atrair, apoiar e orientar as empresas, podendo
ser elas micro e/ou pequenas empresas estando em fase de inicialização ou
que já estão no mercado, porém necessitam de um auxílio para conseguir
consolidar-se focando na diminuição dos riscos de mortalidade das empresas
de Lins e região.
Desde sua inauguração, a Incubadora de Lins tem recebido diversas
visitas de pessoas que desejam conhecer o projeto, sendo para ter mais
informações ou mesmo com vistas ao seu ingresso. Além disso, a incubadora
recebe com frequência visitantes de outras cidades e até missões de outros
países que têm interesse em conhecer o trabalho desenvolvido.
Figura 11: Construção da Incubadora
Fonte: Portal ADETEC Lins, 2016
35
Figura 12: Construção da Incubadora
Fonte: Portal ADETEC Lins, 2016
Figura 13: Parte interna atual da Incubadora de Empresas de Lins
Fonte: Portal ADETEC Lins, 2016
36
Figura 14: Parte interna atual da Incubadora de Empresas de Lins
Fonte: Portal ADETEC Lins, 2016
Figura 15: Parte interna atual da Incubadora de Empresas de Lins
Fonte: Portal ADETEC Lins, 2016
37
Figura 16: Sala de Reuniões
Fonte: Portal ADETEC Lins, 2016
A IEL mantém Edital Permanente para a seleção de candidatos ao
programa. Isso significa que o processo seletivo é ininterrupto, podendo a
gerência da Incubadora ser procurada em qualquer ocasião para orientar a
proposta. Após receber orientação sobre como confeccioná-lo, o interessado
apresenta seu plano/modelo de negócio, que passa por avaliação técnica antes
de ser aprovado.
Podem se candidatar à incubação micro e pequenas empresas, já em
operação ou em fase inicial de funcionamento ou empreendedores (pessoa
física) que tenham uma ideia ou projeto e queiram transformá-lo em negócio.
Ao longo de sua existência, a IEL tem abrigado empresas de diversos
ramos de atividade: alimentício, confecções, informática, artesanato,
adaptações para deficiência, reprodução animal, tecnologia da informação,
entre outras. Entretanto, o foco atual da Incubadora está voltado para negócios
que envolvam tecnologia.
O programa Incubadora de Empresas estimula a criação e
desenvolvimento de empresas com foco em crescimento, através de um
programa estruturado para ajudá-las a se consolidarem e estarem prontas para
competir no mercado. Através das orientações recebidas, os empreendedores
transformam boas ideias em negócios promissores e prontos para o sucesso.
38
As empresas incubadas, pré-incubadas e associadas vinculam-se ao
Programa Incubadora através de dois documentos assinados entre as
empresas e a ADETEC Lins, gestora da Incubadora, denominados Regimento
Interno e Contrato de Compartilhamento. A ADETEC Lins e a Prefeitura
Municipal de Lins são gestores do programa.
2.1 Missão da Incubadora de Empresas de Lins
A Incubadora é uma verdadeira escola de empreendedorismo e sua
missão é preparar empreendedores de Lins e região para viabilizar empresas
competitivas, inovadoras e de sucesso; apoiar o desenvolvimento de empresas
sólidas e competitivas agregando tecnologia aos seus produtos e processos e
difundir a cultura empreendedora na região, contribuindo assim, para o
desenvolvimento econômico e social – sustentado - do município e região.
2.2 Visão da Incubadora de Empresas de Lins
Ser um centro de referência em gestão e capacitação empresarial em
Lins e região.
Figura 17: Evento de 15 anos da ADETEC
Fonte: Portal ADETEC Lins, 2016
39
Figura 18: Evento de 15 anos da ADETEC
Fonte: Portal ADETEC Lins, 2016
Figura 19: Evento de 15 anos da ADETEC.
Fonte: Portal ADETEC Lins, 2016
40
Figura 20: Evento de 15 anos da ADETEC.
Fonte: Portal ADETEC Lins, 2016
2.3 Objetivos da Incubadora de Empresas de Lins
A incubadora de Lins possui como principal objetivo promover o
desenvolvimento das micro e pequenas empresas da região, sendo elas
nascentes ou não, para isto ela disponibiliza uma infraestrutura adequada para
a realização das atividades empreendedoras. O intuito que a IEL possui
sobretudo é se unir com parceiros e empresas que viabilizam e acreditam no
projeto com o objetivo de realizar uma série de ações, sendo a manutenção de
um Edital Permanente a principal, pois através dele é que acontece o
recebimento de propostas de empreendimentos.
No entanto, também existem as iniciativas para capacitação empresarial,
sendo elas as ofertas de produtos e serviços customizados aos incubados:
assessorias, cursos específicos e treinamentos, consultorias de finanças e
marketing, e também a realização de eventos empresarias, tais como: o Café
do Empreendedor e o Happy Hour Empresarial.
2.4 Estrutura organizacional
A IEL não possui personalidade jurídica própria, é vinculada à ADETEC
41
Lins, que mantém convênio com a Prefeitura Municipal de Lins.
Sua estrutura organizacional é composta pela gerência. A gestora é a
ADETEC Lins que trabalha em parceria com a Prefeitura Municipal de Lins.
Além disso, empresas e instituições que apresentaram termo de compromisso,
indicando ações/contribuições apoiadoras, integram o Conselho Consultivo. A
saber: Assistência Saúde São Lucas, Associação Comercial de Lins,
Construtora Alcântara Vianna, Eletro Montanha Ltda., Fundação Paulista de
Educação e Tecnologia, Instituto Americano de Lins; SINCOMÉRCIO, Telha
Forte, Unimed Lins, UNIMEP, UniSALESIANO Lins, Fiesp/Senai e Grupo
Bertin.
2.5 Espaço físico, instalações e localização
A IEL está implantada em um prédio térreo, situado no município de Lins
na principal avenida da cidade - Floriano Peixoto, 1093 – região central da
cidade, com grande tráfego de veículos e pedestres. O local possui uma boa
estrutura rodoviária que possibilita o acesso a vários setores sendo: comércio
varejista, prestação de serviços, faculdades, escolas públicas, farmácias,
supermercados, padaria, entre outras.
2.6 Ambiente da Incubadora de Empresas de Lins
Segundo Dornelas (2002), a incubadora de empresas pode ser definida
ou até mesmo entendida como um ambiente flexível e encorajador onde são
oferecidas oportunidades e facilidades para o surgimento e crescimento de
novas e já existentes empresas. Complementando a citação do autor a
incubadora de empresas além de oferecer essas oportunidades de assessoria
e gestão empresarial, também disponibiliza a possibilidade de serviços
compartilhados entre os empresários já incubados.
Hoje a IEL possui um ambiente especialmente adaptado para acolher
micro e pequenas empresas sendo elas nascentes ou em planejamento e
desenvolvimento que buscam o progresso de suas atividades, agregando
conhecimento, inovação e tecnologia, através de uma equipe com profissionais
capacitados e consultores de empresas e da incubadora.
42
CAPÍTULO II
EMPREENDEDORISMO
1 CONCEITO DE EMPREENDEDORISMO
De acordo com a evolução e a competitividade no mundo dos negócios
as empresas utilizam o empreendedorismo como fonte principal para se
manterem no mercado, pois visa a melhoria contínua para as organizações
através das estratégias de negócios, novas oportunidades e, principalmente, a
satisfação dos clientes de maneira inovadora.
O empreendedorismo é um método onde envolve processos e pessoas
em forma de conjunto com o intuito de transformar ideias em grandes negócios
e/ou oportunidades. Basicamente, é um estudo voltado para o
desenvolvimento de habilidades e competências onde ambas estão
relacionadas à criação de um novo ou já existentes projetos, podendo ser
técnico, científico ou empresarial.
O empreendedorismo representa uma área do conhecimento da administração que tenta acompanhar a velocidade das mudanças do capitalismo na nova economia. Trata-se de uma nova cultura, uma nova abordagem sobre a forma de se produzir riquezas. (PAIVA, 2008, p.10)
Para Leite (apud Custódio, 2011), empreendedorismo é a criação de
valor por pessoas e organizações trabalhando juntas para implementar uma
ideia por meio da aplicação da criatividade, capacidade de transformar e o
desejo de tomar aquilo que comumente se chamaria de risco.
O empreendedorismo objetiva a visualização de novas oportunidades de
negócios, no qual possui uma busca insensata por inovações, assume os
riscos meramente calculados, possuindo o foco principal em obter renda,
crescimento e reconhecimento perante o mercado.
Segundo Dolabela (1999), o empreendedorismo é um neologismo
derivado da livre tradução da palavra entrepreneurship, o qual é utilizado para
designar os estudos relativos ao empreendedor, seu perfil, suas origens, seu
43
sistema de atividades, seu universo de atuação e quem se dedica a geração de
riquezas.
Empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor, dedicando o tempo e o esforço necessário, assumindo os riscos financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação e independência econômica e pessoal. (SEBRAE apud CUSTÓDIO, 2011, p.16)
Todavia, o empreendedorismo está vinculado à satisfação e a
disposição para encarar as crises e as evoluções do mercado, com o intuito de
descobrir novas oportunidades, inovar e aperfeiçoar as já existentes.
Compreende-se que empreendedorismo é uma forma de ser, de
observar o mundo de diversos ângulos sendo o principal a inovação, porém,
para alguns, ser um empreendedor basta somente possuir uma ideia e abrir um
novo negócio.
Desta forma, o empreendedorismo é de suma importância para as
organizações, pois permite que a mesma consiga se manter competitiva no
mercado, através de atitudes inovadoras que ele traz.
De acordo com Menezes (2003), o empreendedor é o indivíduo que
possui iniciativa própria, onde promove o empreendimento por meio de um
comportamento criativo e inovador, sendo que o mesmo deve saber
transformar contextos, estimular a colaboração e criação de novos projetos,
possuir um bom relacionamento interpessoal, gerar resultados positivos e
executar suas funções e atividades com estímulo e determinação.
O empreendedor na sociedade atual é uma das peças mais importantes na economia, pois parte dele gera o crescimento nacional. É a partir de sua criatividade, empenho, e criação de novos produtos e serviços que o mesmo se destaca no cenário profissional. (PAIVA, 2008, p.10)
Para ser um empreendedor de sucesso o mesmo deve ter visão e
percepção de mercado para conseguir identificar as oportunidades que nele
estão inseridas. Umas das principais características de um empreendedor são:
autoconfiança, conhecer o ambiente e principalmente as pessoas, possuir o
foco nas oportunidades de mercado, ter coragem para enfrentar desafios,
saber calcular e minimizar riscos e, o essencial, ter paixão pelo que faz.
44
“Um estereótipo comum do empreendedor enfatiza características como
uma enorme necessidade de realização, uma disposição para assumir riscos
moderados e uma forte autoconfiança”. (LONGENECKER; MOORE; PETTY,
2004 apud CUSTÓDIO, 2011, p.12)
Segundo Dornelas (2001), o empreendedor é aquele que alcança e
detecta as oportunidades que estão inseridas no mercado e consegue criar um
negócio para fazer a capitalização sobre elas, o mesmo deve saber assumir os
riscos calculados e possivelmente solucioná-los da melhor maneira.
A função do empreendedor é reformar ou revolucionar o padrão de produção explorando uma invenção ou, de modo geral, um método tecnológico não experimentado para produzir um novo bem ou um bem antigo de maneira nova, abrindo uma nova fonte de suprimento de materiais ou uma nova comercialização para produtos e organizando um novo setor. (SCHUMPETER, 1952 apud SILVA, 2015, p. 30)
Basicamente, ser empreendedor é encarar as dificuldades e executar os
sonhos, mesmo que haja riscos. É tomar atitudes bem pensadas, possuir
consciência do que faz, ser um empreendedor não basta possuir uma ótima
ideia e querer colocá-la em prática. Antes de tudo, é necessária muita
dedicação no trabalho e nos estudos para evitar os empasses que possam
surgir no caminho.
Pode-se observar que existem inúmeras definições em relação ao termo
empreendedorismo, no entanto, todas as interpretações apresentadas pelos
diversos autores possuem a mesma ênfase, mostrando que pode-se haver
várias maneiras para os entendimentos em diversos campos, desde que vindas
das mesmas premissas.
1.1 Origem do empreendedorismo
O empreendedorismo vem sendo utilizado desde muitos anos, o homem
primitivo pode-se dizer que já possuía um espírito líder e empreendedor, pois o
mesmo criava seus métodos de sobrevivência sendo a inovação de
ferramentas para caça, sua principal estratégia.
“A palavra empreendedor (entrepreneur) tem origem francesa e quer
dizer aquele que assume riscos e começa algo novo”, e foi utilizada em
45
meados de 1725 pelo economista irlandês Richard Cantillon.
De acordo com Dolabela (2006), o termo empreendedorismo está
presente na sociedade desde o primeiro ato humano inovador, possuindo como
objetivo melhorar o relacionamento do homem com os outros e com a
natureza. O empreendedorismo basicamente é uma metodologia dinâmica e
criadora de mais riqueza.
“O empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o
século XXI mais do que a Revolução Industrial foi para o século XX. ”
(TIMMONS, 1990 apud DORNELAS, 2008, p.5)
Segundo estudos realizados pelo Sebrae (2007), o empreendedorismo
surge por meio de um processo que institui todos os estudos relacionados ao
empreendedor.
1.2 Evolução do empreendedorismo
A primeira definição de empreendedor como intermediário segundo
Sebrae (2007), foi com o mercador, embaixador e explorador italiano Marco
Polo, o qual tentou estabelecer rotas comerciais para o extremo oriente.
Como intermediário, Marco Polo assumiu o papel de empreendedor, pois assinava um contrato como uma pessoa de recursos, onde o capitalista investia e corria riscos pacificamente enquanto o mesmo corria os demais riscos, como físicos e emocionais. (SEBRAE apud CUSTÓDIO, 2011, p. 14)
“Na Idade Média, o termo empreendedor foi usado para descrever tanto
um participante quanto um administrador de grandes projetos de produção.”
(SEBRAE, 2007, p. 6)
Neste período, os empreendedores trabalhavam com recursos que eram
fornecidos pelo governo por isso não corriam riscos. Um exemplo de
empreendedores que se destacaram na Idade Média foram os clérigos, os
quais eram encarregados de obras arquitetônicas.
Já no século XVI, época pela qual ficou conhecida como o período das
grandes navegações, os principais representantes desse movimento foram os
holandeses, espanhóis, ingleses e os portugueses, pois os mesmos
planejavam e expandiam suas missões empreendedoras aos outros
46
continentes do mundo.
Segundo Custódio (2011), nessa época surgiu o mercantilismo, através
da inteligência e a força do trabalho humano, utilizava-se para expandir a
produção de mercadorias e alimentos, constituindo a semente do que se
conhece atualmente em termos de empreendedorismo.
Para Souza Neto e Sales (2004), foi exatamente no século XVII que o
empreendedorismo começou a apresentar seus primeiros focos de existência.
Neste mesmo período, já havia vestígios em relação a empreender e correr
riscos, no qual era estipulado um acordo contratual ligado ao governo para a
realização de um determinado produto e/ou serviço, visto que qualquer lucro ou
prejuízo desta execução era de responsabilidade do empreendedor.
No século XVIII, o termo empreendedor e capitalista foram finalmente
diferenciados, possivelmente a principal causa para essa diferenciação foi o
início da industrialização.
Para Dornelas (2008), no final do século XIX e início do século XX, ainda
não existia a distinção do empreendedor e do gerente. Sendo que os
empreendedores eram os responsáveis por planejar, organizar, dirigir e
controlar as rotinas organizacionais os quais eram confundidos como
administradores e gerentes.
Eram analisados e avaliados sob o ponto de vista econômico, como aqueles que organizam a empresa, pagam os colaboradores, planejam, dirigem e controlam as ações desenvolvidas na organização, porém muitas vezes a serviço do sistema capitalista. (CUSTÓDIO, 2011, p. 16)
No entanto, em meados de 1950, século XX, o economista Joseph
Schumpeter, utilizou o termo empreendedorismo para interpretar de maneira
prévia como sendo uma pessoa com criatividade e preparada para alcançar o
sucesso com inovações.
Ainda no século XX, pode-se notar o empreendedor como inovador, ou
seja, além de possuir a capacidade de conceitualizar e criar, também se
apossa de capacidades inovadoras em produtos e serviços com o intuito em
adquirir a fidelidade e satisfação de seus clientes de forma criativa e prazerosa.
1.3 A importância do empreendedorismo
47
O empreendedorismo é de extrema importância para o bom
desenvolvimento econômico, desta forma, é diretamente responsável por
adquirir riquezas para o país.
Os empreendedores são considerados os heróis da vida empresarial,
visto que o surgimento de novas empresas acarreta na geração de novos
empregos à população melhorando o ambiente econômico e financeiro.
De acordo com o Sebrae (2007), atualmente os empreendedores são
reconhecidos como componentes essenciais para mobilizar capital, agregar
valores aos recursos naturais, produzir bens e administrar os meios para dirigir
o comércio.
A existência do empreendedor dentro das organizações torna-se, ao
passar do tempo, algo fundamental, pois possui como funções: avaliar as
necessidades de criação; planejar possibilidades de mudanças quando
necessárias; colaborar para que a empresa tenha um centro espontaneamente
criativo; gerar soluções rápidas e eficazes para o momento sempre que
possível. (CUSTÓDIO, 2011)
O empreendedor costuma ter sempre boas ideias, não somente para
criar um projeto ou até mesmo uma empresa, mas sim, durante toda a
existência do que foi planejado. Possui a iniciativa de mudanças e de
renovação, visto que apoia a empresa para a melhoria de seus processos
organizacionais.
1.4 É possível ensinar o empreendedorismo?
Pode-se dizer que é um questionamento muito interessante. Há algum
tempo, a resposta seria não; pois consideravam-se que as habilidades
empreendedoras já nasciam com os indivíduos e não era possível de ser
ensinadas, ou seja, acreditava-se que o empreendedor já apontava esse
diferencial e consequentemente já era predestinado a ter sucesso empresarial
e profissional. (DORNELAS, 2008)
No entanto, nos dias de hoje, de acordo com as mudanças e as
inovações, este protótipo está sendo quebrado. A principal responsável seria a
incubadora de empresas que faz parcerias com programas de incentivo,
escolas e universidades que por meio desta está sendo feito a implementação
48
da matéria na grade escolar cujo o nome é empreendedorismo, onde os jovens
e adolescente estão recebendo orientações a respeito do que se trata o termo,
como: o conceito, origem, ideias, importância entre outras informações que irão
colaborar para um futuro melhor em relação às profissões. (DORNELAS, 2012)
Fica a dever das escolas e universidades passarem o discernimento e
entendimento básico do empreendedorismo a seus alunos.
Através desse conhecimento, os estudantes e os futuros profissionais
conseguiriam entender que o empreendedor deve antes de mais nada
conhecer as ferramentas administrativas e saber utilizá-las, principalmente, na
tomada de decisão, e saber que errar é algo inevitável, e aprender com os
erros, é o essencial.
As habilidades requeridas de um empreendedor podem ser definidas
em: técnicas, gerenciais e características pessoais. As habilidades técnicas
baseiam-se em obter um bom vocabulário, ou seja, saber escrever, saber ouvir
as pessoas e as diversas opiniões com o objetivo em captar as melhores
informações apresentadas, ser organizado, saber lidar e trabalhar em equipe.
Já as habilidades gerenciais, abrangem diversas áreas envolvidas na criação,
desenvolvimento e gerenciamento de uma nova empresa e/ou plano de
negócio. Em relação as características pessoais, além das que já foram citadas
incluem: ser disciplinado, ser inovador, ser persistente, assumir os erros e os
riscos, buscar sempre estar bem informado e atualizado com o objetivo em ser
melhor a cada dia. (DORNELAS, 2008)
1.5 Empreendedorismo no Brasil
Segundo Dornelas (2012), o movimento do empreendedorismo no Brasil
começou a tomar forma na década de 1990, quando entidades como o Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e Sociedade
Brasileira para Exportação de Software (SOFTEX) foram criadas. Antes desse
período, não se falava em empreendedorismo e em criação de pequenas
empresas, pois o ambiente político e econômico não era favorável, com isso,
os empreendedores não conseguiam informações para ajudá-los na trajetória
empreendedora.
49
A abertura de pequenas empresas era difícil devido à instabilidade econômica e política, porém existiam sim empreendedores. Eles atuavam dentro de grandes empresas em áreas como finanças e marketing, e em outras áreas empresariais, um exemplo disso é o industrial Francisco Matarazzo, que muito contribuiu para o desenvolvimento do país. (SILVEIRA apud COSTA, 2009, p. 3)
Segundo Alfredo (2009), século XIX, dentre os homens que realizaram
os mais diversos empreendimentos, um merece destaque: Irineu Evangelista
de Sousa, o Barão de Mauá, descendente dos primeiros empreendedores
portugueses, foi responsável pela fabricação de caldeiras de máquinas a vapor,
engenhos de açúcar, guindastes, prensas, armas e tubos para encanamentos
de água e também pelos seguintes empreendimentos:
a) organização de companhias de navegação a vapor no Rio Grande
do Sul e no Amazonas;
b) implantação, em 1852, da primeira ferrovia brasileira, entre
Petrópolis e Rio de Janeiro;
c) implantação de uma companhia de gás para a iluminação pública do
Rio de Janeiro, em 1854;
d) inauguração do trecho inicial da União e Indústria, primeira rodovia
pavimentada do país, entre Petrópolis e Juiz de Fora, em 1856.
Segundo Salim e Silva (2010), outro homem que contribuiu para o
desenvolvimento do Brasil foi Francisco Matarazzo que chegou aqui em 1881,
da Itália com a mulher e os filhos e começou a negociar mercadorias na região
de Sorocaba e logo depois, abriu um pequeno armazém que se transformou
em uma fábrica de banha. Mas, sua grande contribuição, foi a industrialização,
o qual tornou-se o maior industrial do Brasil com aproximadamente 140
fábricas, além disso incentivou as artes, principalmente o teatro. Foi dos
fundadores do Círculo Italiano de São Paulo e de um hospital.
Segundo Custódio (2011), além desses dois grandes empreendedores
o Brasil possui milhares de pequenos empreendedores que participam
ativamente da geração de riquezas do país, sendo que o empreendedorismo
influencia a atual realidade dos negócios no Brasil.
De acordo com Alfredo (2009), vive-se um período de efervescência do
capitalismo (apesar da atual crise econômica). Existe de fato uma
competitividade voraz em que prevalece a lógica Darwiniana da sobrevivência
do mais forte e, por esse motivo, estimular o empreendedorismo é fundamental
50
para o crescimento econômico de uma nação. Embora existam inúmeros
exemplos de empreendedores brasileiros, o país ainda caminha a passos
lentos rumo ao fortalecimento do empreendedorismo como uma cultura
nacional.
Segundo a pesquisa do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) em
2015, realizada no Brasil pelo Sebrae e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e
Produtividade (IBQP), o Brasil atingiu a maior taxa total de empreendedorismo
dos últimos dez anos que foi de 34,5%. Há três em cada dez brasileiros adultos
entre 18 e 64 anos que possuem uma empresa ou estão envolvidos com a
criação de um negócio próprio. (PIRES, 2015)
Quando comparado com os países que compõem o Brics, o Brasil é a nação com a maior taxa de empreendedorismo, ficando quase oito pontos percentuais à frente da China, com uma taxa de 26,7%, ressalta o presidente do Sebrae, Luiz Barretto. A Índia tem uma taxa de empreendedorismo de 10,2%, a África do Sul de 9,6% e a Rússia de 8,6%. O número de brasileiros que já têm uma empresa, ou que estão envolvidas na criação de uma, é superior, também, a países como Estados Unidos (20%), Reino Unido (17%), Japão (10,5%), Itália (8,6%) e França (8,1%). (PIRES, 2015, p. 01)
Gráfico 1: Taxa Total de Empreendedorismo entre os Brics
Fonte: PIRES, 2015, p. 01
De acordo com o presidente do Sebrae Nacional (2015), essa alta taxa
de empreendedorismo demonstra que, além de mais empreendedores
permanecerem no mundo dos negócios, mais pessoas veem no
empreendedorismo uma oportunidade de vida e vêm trabalhando para
51
conquistar o sonho de serem seus próprios chefes. E a pesquisa revela que a
cada 100 brasileiros que começam um negócio no Brasil, 71 são motivados por
uma oportunidade de negócios e não por uma necessidade.
Empreender, seja no Brasil ou em qualquer outro país, é saber se adaptar às mudanças constantes, inerentes ao mercado. Uma boa ideia é apenas o começo, é preciso saber se adaptar às circunstâncias que se apresentam, abraçar novas oportunidades dentro do seu espectro de negócios, olhar além do obvio e usar uma pitada de ousadia para se manter sempre competitivo, aconselha Renato da RB Serviços. (FERREIRA, 2015, p. 02)
O empreendedorismo é essencial para qualquer país, pois é através
dele que se cria de algo novo e busca novas oportunidades de negócio por
meio da inovação e da criação de valor.
2 CONCEITO DE EMPREENDIMENTO
De acordo com o Dicionário on-line de Português (SIGNIFICADOS,
2016), o empreendimento é a ação de quando alguém toma para si a
responsabilidade, sendo um projeto, uma empresa, uma organização, um
negócio, entre outros.
A palavra empreendimento é derivada da palavra empreender + mento,
sendo o ato, efeito ou resultado de empreender algo com fim determinado.
Segundo Quadros (2016), um empreendimento surge da ideia de
observação, percepção e análise das atividades, tendência e desenvolvimento,
na cultura, na sociedade, nos hábitos sociais e consumo, de acordo com as
oportunidades observadas a partir das necessidades atuais e futuras, através
de contatos especializados com vários ramos de atividade, sendo na área
tecnológica, mercadológica, entre outras. Para que um empreendimento saia
do papel é importante ter os gostos e outras características pessoais do
empreendedor, e também ter inovação e criar novas formas de negócios.
2.1 Empreendimento e o empreendedor
O empreendimento e o empreendedor têm uma ligação muito importante
na fase em que a proposta precisa sair do papel e virar realidade.
52
Bons empreendimentos muitas vezes não se viabilizam por falta de um bom empreendedor que abrace sua causa. Por isso mesmo, é comum ouvir-se no ambiente do empreendedorismo que não bastam ideias boas e bem planejadas. É necessário ter um bom empreendedor que as tenha adotado e que sonhe realizá-las. Em direção inversa, não basta um bom empreendedor: é necessário que ele consiga perceber uma oportunidade e tenha propostas sobre como aproveitá-la, gerando aí um empreendimento. (SALIM; SILVA, 2010, p. 22)
Essa combinação precisa de uma boa ideia e um bom empreendedor
para transformá-la em realidade para se ter um empreendimento de sucesso.
2.2 Tipos de empreendimentos
De acordo com Amorim (2014), quando se pensa na palavra
empreendedorismo, o que vem na mente é aquela pessoa que cria sua própria
empresa ou abre um negócio. Porém, não é só nesse sentido que é possível
ser empreendedor: também é possível ser empreendedor no setor público,
dentro de empresas que não são próprias e no serviço social. Existem vários
tipos de empreendimentos, sendo eles:
2.2.1 Empreendimento empresarial
É abrir uma empresa ou um negócio para prestação de serviço,
produção ou venda de um produto. Com isso, gera um desenvolvimento
econômico através da geração de empregos e na geração de lucros para seus
empreendedores.
2.2.2 Empreendimento corporativo
É quando uma empresa busca funcionários que empreendem e inovam
em seus produtos, serviços e processos. Esses funcionários podem ser do
setor operacional, um gestor ou até estar em outros cargos dentro da empresa,
mas deve ter capacidade de enxergar novas oportunidades de inovação e
melhoria na organização, para que ela possa crescer cada vez mais e oferecer
produtos e serviços inovadores.
“O termo intraempreendedorismo é usado para designar o empregado e
53
a empresa que praticam o Empreendedorismo Corporativo.” (SALIM; SILVA,
2010, p. 95)
O intraempreendedor gera esse ativo socioeconômico desempenhando um papel empreendedor em organizações já existentes, sendo esse aspecto tão importante como a criação de novas empresas. O autor do livro „Intraempreendedorismo‟ diz que, hoje, o desafio é unir profissionais com esse perfil a empresas que incentivem o intraempreendedorismo, que ainda não são numerosas. (AMORIM, 2014, p. 3)
2.2.3 Empreendimentos social
“É quando o empreendedor abre um negócio cujo objetivo é trazer
mudanças para a sociedade ou para uma comunidade, mas com perspectiva
de retorno financeiro.” (AMORIM, 2014, p. 4)
Esse empreendedor é uma pessoa visionária, criativa, que pensa no
coletivo, que busca superar dificuldades para gerar mudanças sociais e ser
inovador para ter impactos positivos na sociedade ou comunidade que atua.
2.2.4 Empreendimentos para o desenvolvimento local
“Há ações governamentais que visam desenvolver determinadas regiões
e envolvem outros participantes como fornecedores de serviços, de bens, e a
população do local.” (SALIM; SILVA, 2010, p. 89)
Esses empreendimentos auxiliam os moradores das regiões, um exemplo
são escolas, postos de saúde que precisam de ser atividades continuadas e
não uma obra que tem início, meio e fim.
2.2.5 Empreendimento cultural
Abrangem toda a atividade que está relacionada ao desenvolvimento de
cultura e lazer para indivíduos que buscam por essas ações.
Por diversas vezes julga-se este um modelo de empreendimento que
não gera lucro e nem se caracteriza como promissor no país, mas ao contrário
desse mito, o setor cultural tem crescido na medida em que surgem pessoas
que trabalham com essas atividades e decidem divulgar o seu trabalho e
54
proporcionar isso para todos.
Podem ser realizados objetivando lucro, como é o caso de um conjunto musical ou uma empresa teatral, mas também existe os que não visam lucros como é o caso de um museu governamental, shows musicais comemorativos. (SALIM; SILVA, 2010, p. 91)
2.2.6 Empreendimentos para desenvolvimento de comunidades
As ações empreendedoras são de grande importância em todo e
qualquer trabalho, assim como é identificada sua colaboração no
desenvolvimento das comunidades.
Todas as decisões, mudanças e melhorias são de conhecimento de
todos envolvidos neste empreendimento, e a maneira como enxerga-se cada
situação, é o que faz a diferença. A visão inovadora e criativa é de grande
relevância e colabora para o desempenho do negócio.
De acordo com Salim e Silva (2010), são associações de moradores que
busca a solução de problemas e o desenvolvimento econômico e social da
comunidade com a ajuda de empreendedores com características típicas para
trabalhar em empreendimentos e projetos comunitários.
2.3 O empreendedor
O empreendedor é um indivíduo que possui destaque na sociedade, é
aquele que faz a diferença, que visa superar obstáculos e desenvolver ideias
inovadoras que contribuem para seu desenvolvimento pessoal e da economia
mundial como um todo. O empreendedor tem uma visão do todo e consegue
ver possibilidades em meio à crise, é criativo e supera expectativas com seus
empreendimentos.
O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais. (SCHUMPETER apud DORNELAS, 2008, p. 22)
Assim, o empreendedor cumpre um papel muito importante na
sociedade, pois gera valor, trabalho e crescimento para o local onde atua. Ele
55
pode ser identificado não apenas por criar novos negócios, mas também por
melhorar aqueles já existentes.
Segundo Dornelas (2008), existem 8 tipos possíveis de
empreendedores: empreendedor nato, empreendedor que aprende,
empreendedor serial, empreendedor corporativo, empreendedor social,
empreendedor por necessidade, empreendedor herdeiro e o empreendedor
„normal‟/planejado.
Os tipos são diversos, mas é possível verificar que na sua grande
maioria seus perfis são semelhantes.
O que pode fazer com que os perfis ou o número de empreendedores
seja diferente é o local e o país onde eles se encontram, pois, cada lugar
possui um índice desses profissionais, podendo variar de acordo com as
possibilidades encontradas, renda do país, a motivação e o apoio dado a ele,
além da sua automotivação que é extremamente importante.
Segundo pesquisas da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) feita no
Brasil pelo Sebrae e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade
(IBQP) o Brasil é o país mais empreendedor do mundo, com uma porcentagem
de 34,5% superior a países como Estados Unidos (20%) e Japão (10,5%).
Essa diferença deve-se ao fato de que quanto mais um país for desenvolvido
menor será sua taxa de empreendedores, pois na grande maioria dos
empreendimentos, surgem a partir de uma necessidade como era o caso do
Brasil há algum tempo, mas esta realidade vem mudando. A escolha por
empreender tem sido gerada por oportunidade e o Sebrae tem colaborado
muito para que isso aconteça, proporcionando melhores condições de criar e
gerir empresas aos empreendedores brasileiros. (ALVES, 2015, p. 01)
Quadro 1: Algumas características de um empreendedor de sucesso conforme
Sebrae
(Continua) Saber aonde quer chegar; confiar em si mesmo, sempre com alto
comprometimento;
Não depender dos outros para agir; porém, saber agir em conjunto;
Ser otimista, sem perder o contato com a realidade;
Ser flexível sempre que preciso;
56
(Conclusão)
Saber administrar suas necessidades e frustrações, sem por elas se deixar
dominar;
Ser capaz de manter a automotivação, mesmo em situações difíceis;
Ser capaz de aceitar e aprender com seus erros e com os erros dos outros;
Ser capaz de recomeçar, se necessário;
Manter a autoestima, mesmo em situações de fracasso;
Ser capaz de exercer liderança, de motivar e de orientar outras pessoas com
relação ao trabalho;
Ser criativo na solução de problemas;
Ser capaz de delegar;
Dirigir sua agressividade para a conquista de metas, a solução de problemas
e o enfrentamento de dificuldades;
Ter prazer em realizar o trabalho e em observar o seu próprio crescimento
empresarial;
Ser capaz de administrar bem o tempo, e acima de tudo, conhecer muito bem
o ramo que atua.
Fonte: Sebrae/SC, 2016, p. 01
Eles adoram o trabalho que realizam. E é esse amor ao que fazem o principal combustível que os mantém cada vez mais animados e autodeterminados, tornando-os os melhores vendedores de seus produtos e serviços, pois sabem, como ninguém, como fazê-lo. O otimismo faz com que sempre enxerguem o sucesso, em vez de imaginar o fracasso. (DORNELAS, 2008, p.18)
Os empreendedores estão espalhados pelo mundo todo e independente
de sua quantidade ou características eles são muito importantes no cenário
global, suas inovações garantem evolução e crescimento e quanto mais um
país apoiar e valorizar esses profissionais, maiores benefícios irão surgir.
2.4 Diferenças e similaridades entre o administrador e o empreendedor
No estudo sobre o empreendedorismo surgem algumas comparações
entre o administrador e o empreendedor, onde são buscadas respostas sobre a
função que os dois exercem, seus pontos fortes, pontos fracos e se essas
características assemelham-se entre si.
57
Mesmo com a Administração sendo instrumento de estudo há muitos
anos ainda aparecem dúvidas do papel do administrador em relação ao
empreendedorismo.
Todo empreendedor necessariamente deve ser um bom administrador para obter o sucesso, no entanto, nem todo bom administrador é um empreendedor. O empreendedor tem algo a mais, algumas características e atitudes que o diferenciam do administrador tradicional. (DORNELAS, 2008, p. 15)
O administrador é visto como aquele que possui o domínio da técnica,
que planeja, organiza, dirige e controla e que em alguns casos não possui
capacidades empreendedoras, mesmo elas sendo tão necessárias atualmente
para enfrentar as mudanças do mercado. Já o empreendedor é visto como
aquele que busca a inovação, a mudança, que trabalha sem medo de tomar
decisões, são pessoas que fazem a diferença.
Segundo Dornelas (2008), os empreendedores efetuam seu
planejamento de forma dinâmica e com determinação, são otimistas,
independentes, assumem riscos calculados e ainda criam valor para a
sociedade.
Algumas semelhanças são visíveis perante o papel que ambos
desempenham, mas quando são detalhadas a forma de condução e trabalhos
realizados por cada um, algumas diferenças se sobressaem, a exemplo de
quando se relaciona gerentes ou executivos de organizações tradicionais com
os empreendedores que são considerados mais inovadores que os gerentes.
As diferenças entre os domínios empreendedor e administrativo podem ser comparadas em cinco dimensões distintas de negócios: orientação estratégica, análise das oportunidades, comprometimento dos recursos, controle dos recursos e estrutura gerencial. (DORNELAS, 2008, p. 18 - 19)
A maneira que um administrador e um empreendedor vivenciam o seu
negócio faz toda a diferença no atingimento dos objetivos, ou seja, o
planejamento e o conhecimento devem ser os maiores e melhores possíveis. E
por este motivo se faz necessário ter conhecimento sobre a empresa, pois no
momento que o negócio começar a crescer a tomada de decisão começa a
ficar mais complexa. Geralmente quando isso acontece alguns
58
empreendedores encontram dificuldades na tomada de decisões por se atentar
mais a aspectos estratégicos, onde possuem mais facilidade. Mas isso não
quer dizer que o seu conhecimento sobre sua empresa seja menor que o do
administrador, muito pelo contrário, os empreendedores conhecem seus
negócios como nenhuma outra pessoa.
Alguns mitos surgem em torno do empreendedor a exemplo de um velho
pensamento de que os empreendedores são natos e já nascem com essas
capacidades. É claro que algumas pessoas podem nascer com algumas
qualidades que levam a essa conclusão, mas as habilidades empreendedoras
são desenvolvidas durante a vida e vão se aprimorando juntamente com as
experiências, aprendizados e contatos obtidos.
Outro mito comum baseia-se na crença de que abrir um negócio é algo
arriscado e frequentemente acaba em falência, quando na verdade
empreendedores talentosos sabem muito bem aproveitar as oportunidades e
gerar recursos financeiros e na sua grande maioria conseguem alcançar o
sucesso.
Pelo fato dos jovens estarem se interessando mais por terem seus
próprios negócios surge o mito de que empreendedores precisam ser jovens
cheios de energia, e o fato é que a idade pouco importa se esse profissional
possuir know-how, experiência e relações, mesmo que a média de idade dos
empreendedores de sucesso seja de 35 anos isso não será um empecilho já
que existem inúmeros registros de empreendedores com 60 anos de idade.
O empreendedor de sucesso possui características extras, além dos atributos do administrador, e alguns atributos pessoais que, somados a características sociológicas e ambientais, permitem o nascimento de uma nova empresa. De uma ideia, surge uma inovação, e desta, uma empresa. (DORNELAS, 2008, p. 17)
Um fator interessante entre o empreendedor e o administrador é o
planejamento, pois planejar é uma das funções básicas de um administrador e
também é algo que está muito presente na vida de um empreendedor. O
empreendedor faz uso das mesmas ferramentas que um administrador utiliza,
assumindo funções, traçando metas e objetivos a partir do planejamento,
sabendo o memento certo de fazer suas escolhas e tomar decisões. Assim,
segundo Dornelas (2008), o empreendedor estaria sendo um administrador
59
completo, que incorpora as várias abordagens existentes sem se restringir a
apenas uma delas e interage com seu ambiente para tomar as melhores
decisões.
2.5 Conceito de empresário
De acordo com o Coelho (2006), o empresário é definido em lei como
profissional que exerce “atividade econômica organizada para a produção ou
circulação de bens ou de serviços.”
Já para Rubens Requião que define empresário de forma singela como:
“o sujeito que exercita a atividade empresarial.” (REQUIÃO apud GADELHA,
2011, p. 01)
A pessoa que exercita atividade empresarial pode ser tanto a pessoa
física, que é o empresário individual, quanto a pessoa jurídica, que é a
sociedade empresária. Então, o empresário pode ser:
a) empresário individual: é a pessoa física que se responsabiliza pelos
seus bens e obrigações seja na parte civil ou comerciais;
b) sociedade empresária: caracteriza-se pela união de empresários que
tem como objetivo exercer uma atividade econômica organizada,
constituindo elemento de empresa.
2.6 Diferença entre o empresário e o empreendedor
A maioria das pessoas acreditam que empresário e empreendedor são a
mesma coisa, mas na verdade eles dizem respeito a papéis distintos e
complementares. Há uma grande diferença entre esses dois perfis na prática,
pois, nem todo empreendedor é empresário, enquanto nem todo o empresário
é empreendedor.
O empresário é aquela pessoa cautelosa, que administra a empresa,
pois possui todo conhecimento na área, gerenciando os recursos e buscando
como resultado o lucro, tem competência para manter a organização no
mercado por bastante tempo, fazendo crescer e prosperar aquilo que foi
pensado anteriormente e que precisa ser melhorado.
60
Já o empreendedor é aquela pessoa que consegue tornar real uma ideia, ou seja, que faz as coisas acontecerem. Para colocá-la em prática, o empreendedor supera as dificuldades que surgem, é persistente, tem ações proativas, tem um espírito de liderança, poder de persuasão e está sempre motivado para alcançar os objetivos que, para ele, é sempre desafiador. Além disso, o empreendedor é aquele que tem visão, energia, comprometimento pelo que faz, obstinação, capacidade de decisão/concentração, criatividade, independência e entusiasmo/paixão. (SOUZA, 2010, p.01)
O empreendedor busca sempre inovar e tomar iniciativa de empreender
sabendo sempre identificar a melhor oportunidade para ter sucesso na
organização.
O ideal seria que todo empreendedor tivesse as características de um
empresário e ao contrário também seria bom que todo empresário tivesse as
características de empreendedor, mas são poucas as pessoas que conseguem
ser, ao mesmo tempo, empresários e empreendedores competentes e de
sucesso. Portanto, dificilmente terá um indivíduo que seja empreendedor e
empresário, por isso é interessante se ter em uma empresa os dois tipos para
que se juntem e formem uma equipe para juntos fazerem a organização
alcançar a permanência e sucesso no mercado.
3 CONCEITO DE INCUBADORAS DE EMPRESAS
As incubadoras de empresas são organizações vinculadas à instituições
de ensino públicas ou privadas, prefeituras e iniciativas empresariais
independentes, onde possui ligação direta com o empreendedorismo, a
inovação e a tecnologia.
A incubadora de empresas é um meio eficaz de ligação entre tecnologia, capital e know-how, em busca de alavancar o empreendedorismo, motivar a criação de novas empresas e acelerar a exploração da tecnologia, fornecendo um espaço flexível e a partilha de equipamentos e serviços administrativos. (GRIMALDI; GRANDI apud FARAH; CAMARGO, 2010, p. 98)
Além disso, as incubadoras auxiliam no desenvolvimento de novos
negócios, onde micro e pequenas empresas que desejam ingressar no
mercado encontram o apoio e suporte necessários para colocarem em prática
seus projetos.
61
As incubadoras de empresas são entidades sem fins lucrativos destinadas a amparar o estágio inicial de empresas nascentes que se enquadram em determinadas áreas de negócios. (ANPROTEC apud DORNELAS, 2008, p.184)
Nas incubadoras, são encontrados serviços específicos que ajudam os
empreendedores inexperientes a gerenciar e controlar sua empresa em todos
os setores com consultorias nas áreas de gestão empresarial, gestão
tecnológica, comercialização de produtos e serviços, contabilidade, marketing,
assistência jurídica, captação de recursos, contratos com financiadores,
engenharia de produção, espaço físico e infraestrutura operacional. É realizado
um acompanhamento desde o início com o planejamento até se estabilizar no
mercado e ter condições de ser independente.
Com todo este apoio estratégico, as empresas que estão incubadas
tendem a ter uma maior chance de crescerem no mercado, diminuindo assim, a
taxa de mortalidade, pois a possibilidade que uma empresa tem de dar certo é
muito maior quando ela tem um suporte. Além disso, os custos para ela estar
na incubadora recebendo esses serviços são bem menores em relação aos
valores de se manter sozinha.
Para uma empresa ingressar em uma incubadora passa por um
processo seletivo, onde são analisados diversos quesitos que podem variar de
uma incubadora para outra, mas o principal critério que todas utilizam é a
inovação.
O plano de negócios de cada uma é analisado tendo em vista suas
propostas e visões, verificando sua viabilidade e capacidade de crescimento,
assim as que mais se destacarem e possuírem as capacidades exigidas
poderão ingressar e se tornar uma empresa incubada.
Por meio das incubadoras o profissional que possui sua empresa
incubada ganha mais segurança e direção para gerar um planejamento e a
seguinte condução do mesmo transformando um projeto inicial em sua
empresa.
3.1 O surgimento das incubadoras de empresas
As incubadoras são responsáveis por darem apoio e subsídios
62
necessários para a criação, desenvolvimento e colocação de uma empresa no
mercado.
Segundo Rocha (2011), a palavra „incubadora‟ refere-se aos aparelhos
utilizados pelas maternidades que dão auxílio ao recém-nascido que não
possui capacidade de se manter forte durante as primeiras semanas de vida,
pois apresenta dificuldades e fragilidades.
Por esta mesma visão de suporte que as incubadoras fornecem que
Dornelas (2008), define incubadora como sendo um estímulo ao
empreendedorismo, fornecendo apoio durante os primeiros anos das micro e
pequenas empresas que desejam estabelecer-se com sucesso no mercado.
O primeiro contato com a incubação surgiu no ano de 1938, nos Estados
Unidos, com o projeto de dois jovens da Universidade de Stanford, que
possuem os sobrenomes: Hewlett e Packard, ficando mundialmente
conhecidos por esta iniciativa.
Segundo a HP (2016), Hewlett e Packard que foram os propulsores da
incubação desenvolveram em 1939 em uma garagem no Vale do Silício a
empresa de tecnologia HP que atualmente é conhecida no mundo todo por
seus produtos tais como: calculadoras, impressoras, notebooks, tablets, entre
outros.
Algum tempo depois deste primeiro contato com a incubação pelos
amigos H&P, uma fábrica da Massey Ferguson foi fechada no ano de 1959
gerando diversas demissões de trabalhadores no estado de Nova Iorque. Foi
neste momento que o comprador das instalações da fábrica Joseph Mancuso
resolveu alugar um espaço para pequenas empresas iniciantes, para que elas
pudessem trabalhar e compartilhar equipamentos e serviços.
De acordo com a ANPROTEC (2016), além do espaço reservado para o
desenvolvimento de trabalhos Joseph Mancuso acrescentou um modelo de
serviços que foram utilizados pelas empresas instaladas, como secretaria,
contabilidade, vendas, marketing e outros, fazendo com que os custos
operacionais das empresas diminuíssem e aumentasse a competitividade. Uma
das primeiras empresas instaladas na área foi um aviário, o que deu ao prédio
o nome de „incubadora‟.
Já na Europa, as incubadoras surgiram na Inglaterra por conta das
diversas demissões a partir do fechamento de uma subsidiária do British Steel
63
Corporation que trabalhava com produção de aço, fazendo com que pequenas
empresas fossem criadas naquele local.
Mas efetivamente foi na década de 70 que as incubadoras se fizeram
presentes nos Estados Unidos e na Inglaterra em virtude do grande número de
desempregos no ramo industrial motivado pela recessão da economia mundial
(crise do petróleo). Neste período, nos Estados Unidos, as incubadoras
surgiram como motivadoras de universitários recém-formados possibilitando
que os mesmos desenvolvessem projetos tecnológicos e inovadores,
juntamente com o espírito empreendedor.
E assim, as incubadoras de empresas foram aumentando suas unidades
pelo mundo gerando a criação de novos negócios a partir de projetos que
contenham inovação, tecnologia, criatividade e visão de futuro, colaborando
para que micro e pequenas empresas possam ingressar no mercado de
trabalho.
3.2 Incubadoras de empresas no Brasil
Diferentemente dos Estados Unidos e Inglaterra que tiveram seus
primeiros polos tecnológicos por volta de 1939, o Brasil só começou a
desenvolver esses procedimentos nos anos 80, mais precisamente em 1984,
com o apoio do CNPq e instituições situadas em São Carlos-SP, Joinville-SC,
Campina Grande-PB, Manaus-AM e Santa Maria / RS.
De acordo com Dornelas (2008), com a criação dos pólos e parques
tecnológicos, o surgimento do conceito de incubadoras de empresas de base
tecnológicas foi natural, já que, para abrigar as iniciativas empreendedoras,
havia a necessidade de constituir espaços que proporcionassem um perfeito
desenvolvimento desses negócios inovadores e acelerassem sua
consolidação.
As primeiras incubadoras começaram a surgir no ano de 1985 com o
auxílio do CNPq, sendo São Carlos a primeira cidade a possuir uma
incubadora de empresa no Brasil. Logo após, foram inauguradas outras
unidades em Florianópolis, Curitiba, Campina Grande e Distrito Federal.
Mesmo com a criação das primeiras incubadoras o apoio efetivo ao
desenvolvimento de atividades e produção tecnológica só iniciou após a
64
realização do Seminário Internacional de Parques tecnológicos, em 1987, no
Rio de Janeiro. Neste ano, também surgiu a Associação Nacional de Entidades
Promotoras de Empreendimentos Inovadores (ANPROTEC), que veio para
representar toda e qualquer incubadora ou empreendimento que utilize da
incubação para inovar no Brasil.
Com a colaboração de todos esses órgãos, as incubadoras foram
crescendo e se espalhando por todo o Brasil possuindo uma média de 384
incubadoras de empresas de acordo com um estudo realizado em 2011 pela
ANPROTEC, em parceria com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação
(MCTI), elas abrigam 2.640 empresas, gerando 16.394 postos de trabalho.
Essas incubadoras também já graduaram 2.509 empreendimentos, que hoje
faturam R$ 4,1 bilhões e empregam 29.205 pessoas.
Já no estado de São Paulo existem aproximadamente 70 incubadoras
em operação e todas contam com o auxílio do SEBRAE-SP que colabora
dando auxílios financeiros e gerenciais.
O Brasil vem ganhando destaque com suas incubadoras e algumas
estão até no ranking de melhores incubadoras da América Latina e isso gera
não só destaque como também crescimento para o país, pois são as
incubadoras que auxiliam na criação de novas empresas.
3.3 Tipos de incubadoras
As incubadoras de empresas trabalham com intuito de passar
conhecimento e preparar os empreendedores iniciais para o mercado. Ideias e
novos modelos de negócios surgem a todo o momento e graças ao auxílio das
incubadoras esse desenvolvimento tende a ser maior.
O crescimento do número de empreendedores e a mudança do cenário
mundial faz com que as incubadoras ganhem força nos diversos setores, por
esta razão, possuem diferentes tipos para atender a negócios variados.
De acordo com Moreira (2002) (apud Farah; Camargo, 2010), de forma
ampla existem dois tipos de incubadoras: as públicas e as privadas. As
públicas são em sua grande maioria, apoiadas pelo governo e tem o intuito de
gerar oportunidades, não possuem o retorno de lucros e estão ligadas às
instituições e fundações. No caso das incubadoras privadas, o apoio vem de
65
investidores financeiros ou de incubadoras criadas por empresas de grande
porte e, neste modelo, há o retorno de lucros, sendo seu processo admissional
mais limitado que as públicas.
De acordo com Inovates (2009) apud Farah; Camargo (2010), são
formados diferentes modelos de incubação, sendo elas:
a) incubadoras de empresas de base tecnológica: a tecnologia possui
um alto valor agregado no desenvolvimento de seus
empreendimentos, sendo algumas delas nas áreas de informática,
biotecnologia, química fina, mecânica de precisão e novos materiais;
b) incubadoras de empresas de setores tradicionais: organização que
abriga empreendimentos ligados aos setores da economia que
detêm tecnologias largamente difundidas e que queiram agregar
valor aos seus produtos, processos ou serviços, por meio de
incremento em seu nível tecnológico;
c) incubadora mista: organização que abriga ao mesmo tempo
empresas de base tecnológica e de setores tradicionais;
d) incubadora setorial: organização que abriga empreendimentos de
apenas um setor da economia;
e) incubadora cultural: apoia empreendimentos voltados para a área da
cultura, como, por exemplo, música, escultura, fotografia, cinema,
eventos, entre outras do mesmo grupo de atuação;
f) incubadoras sociais: são incubadoras que apoiam empreendimentos
oriundos de projetos sociais, ligados aos setores tradicionais, cujo
conhecimento é de domínio público, e que atendam à demanda de
emprego e renda e de melhoria da qualidade de vida da
comunidade;
g) incubadora agroindustrial: organização que abriga empreendimentos
de produtos e serviços agropecuários, com vistas a facilitar o
processo empresarial e de inovação tecnológica;
h) incubadora cooperativa: incubadora que apoia cooperativas em
processo de formação e/ou consolidação, instaladas dentro ou fora
do município, com o objetivo de criação de trabalho e renda.
Além desses tipos de incubadoras destacadas, existem outras que
atuam em setores específicos da economia para dar o apoio necessário para
66
aos diversos empreendimentos.
67
CAPÍTULO III
A PESQUISA
1 INTRODUÇÃO
“A palavra empreendedor (entrepreneur) tem origem francesa e quer
dizer aquele que assume riscos e começa algo novo.” (DORNELAS, 2008,
p.14)
O empreendedorismo é um método onde envolve processos e pessoas
em forma de conjunto com o intuito de transformar ideias em grandes negócios
e/ou oportunidades. Ele basicamente é um estudo voltado para o
desenvolvimento de habilidades e competências onde ambas estão
relacionadas à criação de um novo ou já existente projeto, podendo ser ele
técnico, científico ou empresarial.
Empreendedorismo é a criação de valor por pessoas e organizações
trabalhando juntas para implementar uma ideia por meio da aplicação da
criatividade, capacidade de transformar e o desejo de tomar aquilo que
comumente se chamaria de risco. (LEITE, 2000 apud CUSTÓDIO, 2011)
Para ser um empreendedor de sucesso, o mesmo deve ter visão e
percepção de mercado para conseguir identificar as oportunidades que nele
estão inseridas. As principais características de um empreendedor são:
autoconfiança, conhecer o ambiente e principalmente as pessoas, possuir o
foco nas oportunidades de mercado, saber calcular e minimizar riscos e o
essencial: ter paixão pelo que faz.
O empreendedorismo é de suma importância para as organizações, pois
permite que a mesma consiga se manter competitiva no mercado, através de
atitudes inovadoras que ele traz.
A incubadora de empresas e o empreendedorismo são fatores
importantes para o desenvolvimento econômico através da tecnologia e da
inovação.
Uma incubadora de empresas é um mecanismo que se destina a apoiar
empreendedores, proporcionando um ambiente encorajador e condições
68
apropriadas para o funcionamento de suas empresas tais como: serviços
especializados de consultoria gerencial, orientação, espaço físico e
infraestrutura básica.
Antes das incubadoras tornarem-se o que são hoje, primeiramente
surgiu o parque tecnológico na década de 1940 na Califórnia, Estados Unidos,
sendo ele modelo para todos os países desenvolverem seus polos
tecnológicos.
Segundo Dornelas (2008), é importante notar que a participação dos
governos no incentivo às empresas de base tecnológica tem sido fundamental,
assim como no caso dos parques e pólos tecnológicos, direcionando os
esforços de pesquisa para os setores considerados prioritários.
No Brasil, os primeiros pólos tecnológicos surgiram em 1984, de acordo
com Dornelas (2008), com a criação dos pólos e parques tecnológicos, o
surgimento do conceito de incubadoras de empresas de base tecnológicas foi
natural, já que, para abrigar as iniciativas empreendedoras, havia a
necessidade de constituir espaços que proporcionassem um perfeito
desenvolvimento desses negócios inovadores e acelerassem sua
consolidação.
O surgimento das incubadoras no Brasil foi marcado pela criação da
primeira incubadora na cidade de São Carlos no ano de 1985, apoiada pelo
CNPq. Logo após, foram abertas unidades em: Florianópolis, Curitiba, Campina
Grande e Distrito Federal.
No estado de São Paulo, existem aproximadamente 70 incubadoras em
operação e todas contam com o apoio do SEBRAE-SP, que colabora dando
auxílios financeiros e gerenciais. As incubadoras trabalham desenvolvendo
diversas iniciativas juntamente com as universidades e outras empresas para
arrecadar contribuições que promovam o desenvolvimento de seus trabalhos.
De uma forma ampla, existem dois tipos de incubadoras: as públicas e
as privadas. As públicas, são em sua grande maioria apoiadas pelo governo e
tem o intuito de gerar oportunidades, elas não possuem o retorno de lucros e
estão ligadas às instituições e fundações. No caso das incubadoras privadas, o
apoio vem de investidores financeiros ou de incubadoras criadas por empresas
de grande porte e, neste modelo, há o retorno de lucros, sendo seu processo
admissional mais limitado que as públicas.
69
A partir desses dois tipos de incubadoras são formados diferentes
modelos de incubação, sendo elas: incubadoras de empresas de base
tecnológica; incubadoras de empresas de setores tradicionais; incubadora
mista; Incubadora setorial; incubadora cultural; incubadoras sociais; incubadora
agroindustrial e incubadora cooperativa.
Com o objetivo de verificar a importância do processo de incubação de
empresas para um ingresso sólido no mercado foi realizada uma pesquisa de
campo descritiva com abordagem qualitativa na ADETEC Lins - Incubadora,
uma empresa localizada na cidade de Lins – SP à Rua Floriano Peixoto, nº
1093.
A ADETEC Lins é uma organização da sociedade civil, onde não possui
fins lucrativos e está no mercado desde fevereiro de 2001. O seu surgimento
teoricamente, foi para apoiar iniciativas no domínio das políticas públicas
enquadradas na cidade de Lins-SP. Ela é uma associação formada por centros
universitários, empresas privadas e entidade do poder público, onde trabalham
possuindo o mesmo objetivo, sendo ele de executar atividades relacionadas ao
desenvolvimento, tecnologia, inovação e empreendedorismo. Atualmente, a
ADETEC Lins procura promover ambiente propício a todas essas atividades
citadas, porém sua visão é mudar a realidade econômica da região, para isso,
passa a utilizar atividades industriais altamente provenientes de energia e
recursos naturais, para serem utilizados nos negócios.
Os objetivos específicos que nortearam a pesquisa foram:
a) descrever a evolução histórica da empresa;
b) fundamentar as teorias referentes a: empreendedorismo,
empreendimento, empresário e incubadoras de empresas;
c) identificar os requisitos necessários para se tornar uma empresa
incubada;
d) descrever o processo de incubação de empresa; e
e) verificar os benefícios de se ter uma empresa incubada.
Para a realização da pesquisa utilizou-se dos seguintes métodos:
a) Método de Estudo de Caso: foi realizado um estudo de caso na
ADETEC Lins Incubadora, analisando a importância do processo de
incubação de empresas para um ingresso sólido no mercado;
b) Métodos de Observação Sistemática: foram observados, analisados
70
e acompanhados os procedimentos aplicados ao processo de
incubação de empresas para um ingresso sólido no mercado; e
c) Método Histórico: foi observada a evolução histórica da empresa
ADETEC Lins - Incubadora da cidade de Lins – SP.
Técnicas:
- Roteiro de Estudo de Caso (APÊNDICE A);
- Roteiro de Observação Sistemática (APÊNDICE B);
- Roteiro do Histórico da ADETEC Lins - Incubadora (APÊNDICE C);
- Roteiro de entrevista para o gerente da Incubadora de Empresas
(APÊNDICE D); e
- Outros registros: dados ilustrativos.
Segue relato e discussão da pesquisa.
2 OS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA SE TORNAR UMA
EMPRESA INCUBADA
Para se ingressar em uma incubadora, a empresa precisa passar por um processo seletivo. As regras de seleção variam de acordo com cada incubadora, mas pode-se dizer que o pré-requisito mais importante é a inovação. De acordo com o estudo realizado em 2011 pela ANPROTEC, em parceria com o MCTI, 98% das empresas incubadas inovam, sendo que 15% em nível internacional, 55% em âmbito nacional e 28% localmente. (ANPROTEC, 2016, p.01)
Figura 21: Requisitos necessários para se tornar incubado
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2016.
Para uma empresa tornar-se incubada, primeiramente, é preciso
conhecer os futuros empreendedores, suas propostas, formas de trabalho,
Perfil do Empreendedor
Modelo de Negócio
Inovação Viabilidade
71
produto e se o mesmo se encaixa nos quesitos solicitados. Para isso, é
avaliado o perfil do empreendedor, o modelo de negócio, inovação e a
viabilidade.
Quando um empreendedor procura pela incubadora, no primeiro
momento, é realizada uma entrevista buscando conhecer qual a ideia dele, o
projeto ou, no caso, se ele for uma empresa efetivamente, o que ela pretende
em termos de produto e serviço. Então, começa através desse processo da
entrevista inicial, entender qual é a ideia ou o projeto do empreendedor.
Neste processo inicial, é avaliado o perfil do empreendedor, quem é ele,
o que faz, qual a sua formação, qual a experiência que ele possui com o
negócio, ou seja, é feita uma análise inicial do candidato ou dos candidatos. É
avaliado também o modelo de negócio onde a incubadora irá orientar a
empresa que deseja ser incubada a gerar um plano de negócio bem como
realizar a sua apresentação deixando claro qual o seu modelo e a sua
proposta. Assim, será verificado se o que foi apresentado está alinhado com a
incubadora, ou seja, é possível incubar esse projeto de acordo com o que foi
proposto.
Ressalta-se que, não é todo negócio que pode fazer parte da
incubadora, pois alguns saem do que é viável para a região e do modelo de
empreendimento que é desenvolvido na incubação. Um exemplo de projeto
que não pode ser incubado é o comércio, pois é necessário que o
empreendimento proposto seja de base tecnologia. É necessário também
verificar se o empreendimento possui inovação ou apresenta a possibilidade de
inovar e de criar uma diferenciação. Assim, todo projeto que passar por essas
etapas poderá ter sua empresa incubada e usufruir dos benefícios ofertados
juntamente com o preparo necessário para ingressar no mercado.
3 O PROCESSO DE INCUBAÇÃO DE EMPRESA
O processo de incubação de empresas é um sistema de transferência de tecnologia que estimula a criação e o desenvolvimento de pequenas e médias empresas através da formação complementar do empreendedor em seus aspectos técnicos e gerenciais, além de funcionar como um agente facilitador do processo empresarial e de inovação tecnológica (ATRASAS et al., 2003 apud ANDINO et al. 2003 p.02)
72
Segundo Tumba (2014), os empreendedores veem na incubação uma
forma de se inserir no mercado sem necessitar de alto investimento financeiro
próprio e com respaldo na elaboração de seu negócio.
No processo de incubação de empresas, o empreendedor pode a
qualquer momento procurar a administração da Incubadora de Empresas de
Lins (IEL) para elaborar o seu modelo de negócio, pois mantém um Edital
Permanente para maiores informações. Logo após, passa pela avaliação de
um consultor e é apresentado para a diretoria da ADETEC, gestora da
Incubadora, para a decisão final.
O processo de incubação começa com a entrevista. O empreendedor é
orientado a entregar seu modelo de negócio e apresentar seu plano, em
seguida, responde às questões norteadas abaixo, que serão importantes para
a incubadora poder entender o negócio ou o projeto do empreendedor:
a) apresentação dos sócios, falar sobre sua formação, competências,
experiência e qual será o papel de cada um na empresa;
b) serviços que serão oferecidos;
c) segmentos de clientes que irão atender;
d) qual as oportunidades que enxergaram neste mercado e o que os
levou a abrir a empresa;
e) estratégias de vendas, explicado através de qual (quais) canal
(canais) irá vender;
f) vantagens competitivas da empresa;
g) o que os empreendedores já têm para começar a empresa
(equipamentos, equipe, clientes, etc.);
h) necessidade de investimento (se houver);
i) por que querem entrar na incubadora e o que os empreendedores
esperam da incubadora; e
j) fechar a apresentação mostrando que a empresa está no caminho
certo.
O projeto é apresentado para a equipe da incubadora e também para os
consultores das áreas de finanças, marketing e gestão de pessoas que em
seguida analisam e decidem pela incubação ou não da empresa.
Dentro do processo de incubação, após o empreendedor ser aprovado,
é feito um contrato tendo duração de 6 meses que são renovados de acordo
73
com o acompanhamento e a avaliação que são feitos pela equipe da IEL, seja
através da administração ou dos próprios consultores que atendem em torno
de 30 a 45 dias os empresários. Ressalta-se que, por enquanto essas
consultorias são subsidiadas pelo programa 100%, ou seja, o empreendedor
incubado não paga pelas palestras e consultorias, apenas pelos cursos e
treinamentos, porém o valor é menor que o do mercado.
No processo de incubação, uma empresa pode ficar incubada em um
tempo médio de 2 a 3 anos, depende de seu tipo de negócio, ao se graduar, a
empresa poderá participar do Programa de Pós-Incubação durante um ano, no
qual a empresa pode usufruir dos serviços da Incubadora, porém não
permanece mais instalada em seu prédio.
4 OS BENEFÍCIOS DE UMA EMPRESA INCUBADA
Ao oferecer suporte para o empreendedor, a incubadora possibilita que o
seu empreendimento tenha mais chances de ser bem-sucedido. Além de
condições favoráveis de infraestrutura e capacitação dos empreendedores, as
empresas pelo fato de estarem em um espaço onde há vários
empreendimentos inovadores do mesmo porte contam com inúmeras
conexões, que favorecem o crescimento do negócio e o acesso ao mercado.
No caso das empresas de base tecnológica, os empreendedores têm,
ainda, oportunidade de acesso às universidades e instituições de pesquisa e
desenvolvimento, com as quais muitas incubadoras mantêm vínculo. Isso ajuda
a reduzir custos e riscos do processo de inovação, pois permite o acesso a
laboratórios e equipamentos que exigiriam investimento elevado.
Além dos espaços e serviços oferecidos, a própria concepção do sistema de incubação propicia o intercâmbio de ideias e tecnologias entre empresários incubados. Aprendem a importância de compartilhar o mesmo espaço, realizar parcerias e cultivar relacionamentos interpessoais de forma efetiva. Ter um projeto incubado significa ter um negócio com grande potencial de sucesso, que se desenvolve num ambiente propício para que se estabeleça fortalecido no mercado. A chance de sucesso de empresas instaladas em uma incubadora é grande devido ao processo de seleção dos projetos. Os melhores projetos são selecionados e os empreendedores mais aptos vêm à tona, o que amplia as possibilidades de sucesso dessas empresas. Além disso, é também uma forma interessante de se diminuir o índice de mortalidade das micro e pequenas empresas que, de acordo com o Sebrae, no Brasil
74
gira em torno dos 56% até o terceiro ano de vida das empresas. (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2016, p. 01)
Existem dois tipos de benefícios que a IEL oferece aos empresários,
sendo eles:
a) a estrutura física; e a
b) estrutura de qualificação.
Na estrutura física, contempla a disponibilização de um boxe adequado,
onde a empresa incubada pode instalar-se com melhor facilidade e
desenvolver/implantar o seu negócio da maneira mais correta possível. Caso a
empresa incubada necessite, também é disponibilizado um auditório, sala de
reunião, banheiro, cozinha, estacionamento e a estrutura física da
administração.
Para as empresas que estão começando o seu negócio esses benefícios
são de extrema importância, pois a incubadora de empresas não aluga
espaços, ou seja, não cobra pela utilização da estrutura física, mas sim nos
serviços disponibilizados, onde o valor é bem menor em relação ao valor de
mercado, isso alavanca e impulsiona quem está iniciando o seu negócio, e
mesmo para quem já possui uma empresa iniciante.
Além desses benefícios, também existe a estrutura de qualificação, toda
empresa incubada recebe diariamente suporte administrativo o qual é cedido
pelo IEL, a qualquer momento existe um profissional capacitado para possíveis
orientações e/ou soluções. Também existem outros profissionais à disposição:
consultores de marketing, finanças, inovação, gestão de pessoas os quais
fazem parte do suporte para que as empresas possam construir e desenvolver
o seu negócio. Além disso, possui cursos palestras e treinamentos que o
empreendedor pode participar.
Desta maneira, tudo se engloba e se refere ao conhecimento, é por esta
e outras maneiras que a IEL é conhecida como a escola de empreendedorismo
porque é através dela que os empresários irão aprender a fazer e a conduzir
seu próprio negócio, sempre com o intuito de minimizar os riscos. No entanto,
isso não significa que a futura ou já constituída empresa será sucesso total,
pois depende de uma série de variáveis, porém, quando o empreendedor
cumprir o seu período dentro da incubadora, a sua formação como empresário
acredita-se que esteja consolidada, pois terá conhecimento e acesso às
75
informações e tecnologias, bem como possibilidades de negócios que o mesmo
irá levar consigo pelo resto da vida.
5 PARECER FINAL DO CASO
De acordo como foi demonstrado nesta pesquisa por meio de revisão
bibliográfica, observa-se que o empreendedorismo é um método que envolve
processos e pessoas com o intuito de transformar ideias em grandes negócios,
sendo ele um referencial para toda e qualquer pessoa que deseja iniciar ou já
possui um negócio, atuando como um estímulo que impulsiona o
desenvolvimento de uma ideia inicial até a criação de sua empresa.
Através desta visão, a ADETEC Lins é uma empresa que possui como
objetivo auxiliar empreendedores com o intuito de impulsionar ideias, projetos
e/ou empresas já constituídas. Ela utiliza de projetos que direcionam os
empreendedores a posicionar-se e fixar-se no mercado, projetos esses que
dão suporte para todas às iniciativas suprindo às necessidades e colaborando
com o seu desenvolvimento. Destaca-se que dentro da empresa ADETEC Lins
existem diversos programas, sendo o mais conhecido a incubadora de
empresas, a qual possui como função atrair, apoiar e orientar as empresas.
Diante disso, conclui-se que o processo de incubação de empresas
auxilia o empreendimento a se posicionar e fixar com maior segurança no
mercado, bem como oferece orientação empresarial para uma maior
assertividade na tomada de decisão.
76
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Após a pesquisa realizada na empresa ADETEC Lins, observou-se que
a mesma possui um grande potencial para auxiliar as novas e já constituídas
empresas a se posicionarem e se manterem no mercado de trabalho, por a
ADETEC Lins trabalhar somente com empresas que possuem base
tecnológica, e a busca pelos empreendedores para ali se ingressarem seja
constante, propõe-se que:
a) a agência amplie seu espaço, ou seja, construção de mais boxes
para acolher as empresas que desejam ali ficar, e com isso
consegue-se estender um pouco mais de dois anos a permanência
da mesma naquele local, com o objetivo de sair dali pronta para o
mercado e não por ter atingido seu tempo máximo de permanência.
b) ampliação ou construção de um novo estacionamento, pois
observou-se que o local não suporta a todos incluindo empregados
da agência, visitantes e os empreendedores/incubados.
c) a empresa já possui um edital permanente e parcerias com a
Prefeitura Municipal de Lins, escolas e universidades para a
divulgação do programa, no entanto, poderia enfatizar mais no
tocante a divulgação do programa com o intuito que todos da
população saibam do que se trata e possuir o interesse ou conhecer
mais sobre a agência, saber o que ela faz, quais os critérios para
entrar no processo de incubação e qual é o papel dela na cidade de
Lins e região.
77
CONCLUSÃO
A empresa ADETEC Lins é vista como uma facilitadora no
desenvolvimento de novas ideias e possíveis empresas, introduzindo
conhecimento e preparo aos futuros empreendedores. Sua visão de mercado e
forma como age tem colaborado para a redução do nível de mortalidade das
empresas no município em que demostra ter um papel de grande importância.
Seu apoio aos novos negócios ou para os já existentes, colabora no
surgimento de novas fontes de renda para a região, gerando trabalho e
autonomia para quem deseja empreender e, segurança, para as empresas que
já estão no mercado. Todo este trabalho inicia-se com os programas voltados
aos jovens, por meio de iniciativas que envolvem empreendedorismo,
inovação, criatividade e tecnologia.
A todo momento o empreendedorismo se faz presente, atuando como
uma das ferramentas principais para dar forma ao novo, aos projetos e às
ideias criadas, sendo um agente fundamental para o futuro das empresas, pois
é por meio dele que pode-se enxergar os processos, possibilidades e conseguir
passar pelos desafios da melhor maneira. Por enxergar essa importância do
empreendedorismo que a ADETEC Lins busca disseminar conhecimentos por
meio de palestras, eventos e cursos, com isso, gera pessoas entusiasmadas
tendo em vista que esse é o futuro dos novos negócios.
Assim, quando os indivíduos são capacitados em meio a um espaço
onde há várias propostas inovadoras e possibilidade de desenvolvimento as
chances de darem certo como futuros empreendedores são maiores. E é por
meio destes estímulos que são gerados profissionais com visão
empreendedora, sendo possível aumentar o capital intelectual e o PIB do
município e demais regiões. Desta forma, pode-se afirmar que, a hipótese
gerada foi confirmada e foi constatado que a incubadora contribui para a
permanência e fixação de uma empresa no mercado, tudo isso a um menor
custo e redução de sua mortalidade.
O presente assunto é amplo e ainda não está encerrado, podendo ser
aprofundado e utilizado por outros acadêmicos para fins de pesquisas.
78
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APÊNDICES
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APÊNDICE A – Roteiro de Estudo de Caso
1 INTRODUÇÃO
Será realizado um levantamento de dados da evolução histórica da
ADETEC Lins – Incubadora de Empresas para verificar a importância do
processo de incubação de empresas para um ingresso sólido no mercado.
1.1 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado
As informações serão coletadas através de entrevista para o gerente da
Incubadora Sr. Flávio José Anequini em visita ao local da empresa.
1.2 Discussão
Através da pesquisa será realizado confronto entre teoria e prática,
através de referencial teórico estudado.
1.3 Parecer Final
Parecer final sobre o caso e sugestões sobre melhorias.
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APÊNDICE B – Roteiro de Observação Sistemática
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Empresa:
Localização:
Cidade: Estado:
Atividade:
II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS
1 Origem da Incubadora.
2 Requisitos necessários para se ter uma empresa incubada.
3 O processo de incubação.
4 Benefícios da incubação.
5 Dificuldades encontradas no processo de incubação.
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APÊNDICE C – Roteiro Histórico da Empresa
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Empresa:
Localização:
Cidade: Estado:
Atividade:
Data da Fundação:
II ASPECTOS HISTÓRICO DA EMPRESA ADETEC LINS -
INCUBADORA
1 Surgimento
2 Missão, Visão, Valores, Crenças
3 Evolução
4 Produtos
5 Serviços
6 Concorrentes
7 Clientes
8 Fornecedores
9 Projeto de Expansão
10 Organograma
11 Responsabilidade Social e Ambiental
12 Propagandas e Promoções
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APÊNDICE D – Roteiro de Entrevista para o Gerente da Incubadora de
Empresas
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Nome:
Cargo:
Escolaridade:
Experiências Profissionais:
Outras Experiências:
Residência / Local:
II PERGUNTAS ESPECÍFICAS
1) Na agência de desenvolvimento quais são os programas que ela
desenvolve?
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2) O que é uma incubadora de empresas?
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3) Que benefícios às incubadoras oferecem aos empreendedores?
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4) Como uma empresa pode ingressar em uma incubadora?
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5) Qual a importância de se ter um administrador empreendedor na
organização?
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6) Quais são as principais vantagens que a incubadora oferece?
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7) O que é preciso ter antes de procurar uma incubadora?
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8) Como as incubadoras atuam no incentivo ao empreendedorismo?
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9) Qual a função do plano de negócios para uma organização que está na
incubadora?
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10) A empresa necessita de um ponto físico para receber seus clientes?
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