encontro empresarial de negócios na língua portuguesa

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ENCONTRO EMPRESARIAL DE NEGÓCIOS NA LÍNGUA PORTUGUESA

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Encontro entre Comérciantes em Portugal

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Page 1: Encontro Empresarial de Negócios na Língua Portuguesa

ENCONTRO EMPRESARIALDE NEGÓCIOS NA

LÍNGUA PORTUGUESA

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ENCONTRO EMPRESARIAL DE NEGÓCIOSNA LINGUA PORTUGUESA

COORDENAÇÃO GERALFernando Pedro de BritesJorge Gonçalves Alegria

Ivan Marques

COMISSÃO EXECUTIVAJosé Raimundo PiresLiana Alagemovits

Victor José de Melo Alegria

PROJETO GRÁFICO Tayana Alves

SECRETARIAGizele Paulino

EDITORAÇÃO ELETRÔNICATagore Alegria

IMPRESSÃO � esaurus Editora

Page 3: Encontro Empresarial de Negócios na Língua Portuguesa

SumárioAGENDA........................................................................................ 5

APRESENTAÇÃO ........................................................................... 8Quem Somos.................................................................................. 8Nossa Missão ................................................................................. 8Principais Serviços .......................................................................... 8Associado ..................................................................................... 10

TUDO PARA DAR CERTO ........................................................... 11

OPORTUNIDADES DE COMÉRCIO BRASIL-PORTUGAL ........... 13

FDI NO BRASIL ........................................................................... 17

NEGÓCIOS NA LÍNGUA PORTUGUESA .................................... 20Público alvo ................................................................................. 21Rodada de negócios .................................................................... 21Objetivo geral ............................................................................. 22Objetivos específicos .................................................................... 22Metodologia e estratégia de ação .................................................. 22

PORTUGAL ................................................................................. 23Geografia ..................................................................................... 23Economia ..................................................................................... 25

BRASIL ......................................................................................... 27Geografia ..................................................................................... 28Economia ..................................................................................... 29

CENTRO-OESTE ........................................................................... 31Indústria ....................................................................................... 32Agricultura ................................................................................... 32Pecuária e criação de aves ............................................................ 32Extração mineral ........................................................................... 33Turismo ........................................................................................ 33

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BRASÍLIA ..................................................................................... 34

ASPECTOS HISTÓRICOS DA OCUPAÇÃOTERRITORIAL EM PLANALTINA .................................................. 36

GOIÁS ......................................................................................... 43Sustentabilidade em Goiás............................................................ 44

NEGÓCIOS E OPORTUNIDADES ............................................... 46Infra-estrutura aeroportuária: ........................................................ 46Guarulhos, Viracopos e Brasília ................................................... 48Construção em Brasília ................................................................. 49Estádio nacional .......................................................................... 49Projetos Estruturantes em Brasília ................................................. 50Cidade aeroportuária: ................................................................... 50Setor hoteleiro: ............................................................................. 50Interbairros: .................................................................................. 50Expansão do metrô: ...................................................................... 50Veículo Leve sobre Trilhos (vlt) e Sobre Pneus (vlp): ..................... 51Vias públicas: ............................................................................... 51Ligações subterrâneas: .................................................................. 51Estacionamentos: .......................................................................... 51Obras de revitalização: ................................................................. 51Parques: ....................................................................................... 51

ÀS MARGENS DA RODOVIA BR-060, O CRESCIMENTO ECONÔMICO É CHINÊS ............................................................. 52Comércio de Base ........................................................................ 53Radiografia ................................................................................... 55A meca dos investimentos ............................................................ 55Balança Comercial........................................................................ 57Na esteira das lojas de grife .......................................................... 57Da palha para o grande negócio ................................................... 59

PARTICIPANTES BRASILEIROS .................................................... 60

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AGENDA

22/10 (Sábado)16.00 Aeroporto de Brasília 18.00 Saída do voo em direcção a Lisboa

23/10 (Domingo)6.20 Chegada ao Aeroporto de Lisboa7.30 Alojamento hotel em Lisboa10.30 Saída em direcção a Óbidos12.30 Visita e almoço em Óbidos15.00 Visita à Nazaré16.00 Visita à Alcobaça17.30 Visita a Fátima19.00 Regresso a Lisboa21.00 Jantar e fados na Parreirinha de Alfama

24/10 (Segunda-feira)8.15 Saída para Évora10.00 Visita ao centro histórico de Évora12.00 Visita à fábrica da EMBRAER13.30 Almoço no restaurante Dom Joaquim15.00 Visita à ADEGA DA CARTUXA

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15.30 Visita à CENTRAL SOLAR FOTOVOLTAICA DE AMARELEJA

17.30 Regresso a Lisboa18.30 Degustação de vinhos - Vila Galé19.30 MARL - MERCADO ABASTECEDOR DA REGIÃO

DE LISBOA

25/10 (Terça-feira)9.30 Conferência na ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE LISBOA11.00 Rodada de Negócios13.00 Almoço 14.30 Visita a monumentos de Lisboa 17.00 Partida para o Porto 19.00 Mealhada Jantar para degustar o famoso Leitão à Bairrada22.00 Chegada e alojamento no hotel no Porto

26/10 (Quarta-feira)9.30 Conferência na ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE

PORTUGAL11.00 Rodada de Negócios13.00 Almoço em resturante típico do Porto15.00 INL - INTERNATIONAL IBERIAN NANOTECH-

NOLOGY LABORATORY - BRAGA16.00 Visita à QUINTA DA AVELEDA18.00 Visita à FARMACÊUTICA BIAL20.30 Jantar em restaurante típico do Porto

27/10 (Quinta-feira)8.00 Saída para Guimarães10.00 Conferência na ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE

GUIMARÃES11.00 Rodada de Negócios

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12.00 Almoço14.00 Visita ao centro histórico de Guimarães16.00 CÂMARA MUNICIPAL DE GUIMARÃES -

GEMINAR GUIMARÃES/PLANALTINA18.30 Regresso ao Porto20.30 Jantar no Porto

28/10 (Sexta-feira)9.30 Conferência ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL DO DISTRITO DE AVEIRO10:30 Rodada de Negócios12:00 Almoço 14.00 Visita à LACTOGAL15.30 Regresso a Lisboa20.30 Jantar ACADEMIA DO BACALHAU DE LISBOA

29/10 (Sábado)7.00 Saída do hotel em direcção ao aeroporto9.55 Saída do voo em direcção a Brasília

Obs: As datas e horários das atividades acima, foram previamente con� rmados. Poderão sofrer alterações, em razão da conveniên-cia do Grupo e disponibilidade das entidades ou empresas.

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APRESENTAÇÃO

Quem SomosA Câmara de Comércio Brasil-Portugal Brasília é uma asso-

ciação civil, sem � ns lucrativos, constituída por líderes do setor pro-dutivo do Distrito Federal, objetivando o desenvolvimento das re-lações comerciais, industriais, culturais, de serviços e o intercâmbio tecnológico entre Brasil, Portugal e Países da CPLP. Membro ativo do Conselho das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil.

Nossa MissãoPromover o desenvolvimento das relações comerciais, in-

dustriais, culturais, de serviços e o intercâmbio tecnológico entre Brasil, Portugal e Países da CPLP;

Defender a livre iniciativa e a geração de novos empregos como incentivo ao desenvolvimento econômico e social;

Apoiar e incentivar cooperativas agropecuárias e agroindustriais; In� uenciar construtivamente políticas públicas, promoven-

do o investimento em todos os setores da economia formal.

Principais Serviços• Facilitação da inserção de empresas no mercado

internacional;

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• Informações para constituição de empresas e sociedades no Brasil e Portugal;

• Busca de oportunidades de negócios, no mercado de Portugal e países da CPLP;

• Assessoria e informações estratégicas para realização de negócios comerciais, industriais, tecnológicos, de servi-ços e culturais;

• Desenvolvimento das relações comerciais, industriais, culturais, de serviços e o intercâmbio tecnológico entre Brasil, Portugal e Países da CPLP;

• Estimular o desenvolvimento do intercâmbio cultural, turístico e esportivo;

• Divulgar supletivas econômicas, oportunidades de inves-timento e informações úteis para realização de negócios;

• Disponibilizar legislação dos países no que respeita as relações comerciais, industriais, tecnológicas, culturais e artísticas;

• Apresentar sugestões e subsídios às autoridades dos pa-íses da CPLP, visando o aprimoramento das relações re-cíprocas;

• Promover, e apoiar a realização de feiras, eventos, ex-posições, encontros empresariais, rodadas de negócios e ações empresariais nos países da CPLP;

• Promover e apoiar programas de capacitação e forma-ção pro� ssional através de cursos, seminários e eventos;

• Orientar o desenvolvimento de projetos de exportação e importação;

• Operar como organismo de Mediação e Arbitragem.  • Assessoria em logística e comércio exterior;• Prospecção de potenciais parceiros comerciais;

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• Indicação de exportadores e importadores;• Indicação de parceiros comerciais;• Organização de missões empresariais;• Promoção de rodadas de negócios;• Pesquisa de mercado no Brasil, Portugal e países da CPLP;• Informações de incentivos fiscais e benefícios para

investimentos;• Informações sobre impostos e taxas de importação e

exportação;• Divulgação de Oportunidades de Negócios;• Disponibilização de Acordos Bilaterais entre Portugal e Brasil.

AssociadoO Associado é parte integrante de uma rede para “ne-

tworking”, possibilitando contato direto com pessoas de alto poder de decisão nos países da CPLP e ter acesso direto às co-munidades econômicas portuguesas e países da CPLP, podendo intermediar informações, negócios e trocar idéias com executivos das empresas associadas;

Participar nas Rodadas de Negócios de empresários do Bra-sil, de Portugal e países da CPLP;

Destaque mediante publicação dos principais dados de sua empresa no nosso site;

Indicação de sua empresa através do nosso banco de dados para estabelecer parcerias com empresas portuguesas e de países da CPLP;

Participar de eventos como cafés, almoços e jantares de rela-cionamento e rodadas de negócios, com o objetivo de aprofundar as relações entre os associados.

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TUDO PARA DAR CERTO

A Missão do Centro-Oeste (estados do Distrito Federal e de Goiás) brasileiro a Portugal poderá protagonizar um mo-mento singular nas relações institucionais, econômicas e

empresariais entre esta região central do Brasil e Portugal.Os dois países irmãos vivem momentos económicos dis-

tintos, no caso do Brasil, registrando uma expansão econômi-ca assinalável e robusta, enquanto Portugal atravessa uma grave e profunda crise econômica. No caso do Brasil é um país muito con� ante, que desenvolve em passo acelerado um vastíssimo con-junto de projetos da mais variada ordem, e vai organizar e realizar a Copa do Mundo em 2014, e os Jogos Olímpicos em 2016, ao passo que Portugal não encontra outro desígnio a curto prazo que não seja sanear � nanceiramente o Estado e reduzir drasticamente os investimentos e o consumo.

É neste paradoxo entre a situação brasileira e a portuguesa, que podem e devem surgir oportunidades de cooperação, parcei-ra, comércio e investimento entre os dois países.

Portugal é a natural porta de entrada para as empresas e produtos e/ou serviços brasileiros na Europa, além das oportu-nidades de investimento que estão surgindo com o processo de privatização de importantes empresas portuguesas, enquanto no

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cenário brasileiro, existe um potencial quase in� nito de oportu-nidades, tanto para as exportações portuguesas, como essencial-mente para as empresas portuguesas investirem, desenvolverem e crescerem a nível internacional.

O Centro-Oeste ainda é pouco conhecido dos empresários portugueses, mas possui um potencial fantástico, conforme o au-tor destas linhas testemunhou numa recente deslocação em Mar-ço do presente ano.

Mostrar esse potencial e convidar os empresários portugue-ses a apostarem naquela zona do Brasil, constitui um objectivo primordial desta Missão que no � nal de Outubro estará em Por-tugal, fruto de uma fecunda parceria entre a Câmara de Comércio Brasil-Portugal no Distrito Federal e a revista País Econômico, não esquecendo o apoio ativo e inestimável dos agentes que se preparam para fundar a Câmara de Comércio Brasil-Portugal em Goiás.

Jorge AlegriaEditor- País Económico

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OPORTUNIDADES DE COMÉRCIOBRASIL-PORTUGAL

“Não pretendemos que as coisas mudem se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem � car “superado”. Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais os problemas do que as soluções. A verdadeira crise é a crise da incompetência... Sem crise não há desa� os; sem desa� os, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se a� ora o melhor de cada um...”

Albert Einstein

O momento crítico que atinge gravemente a economia portuguesa está a impor sério programa de sacrifí-cios sociais ao povo português. Procurando superar

os graves efeitos deste momento de dificuldades, Portugal despertou. Trocou o Governo e com criatividade, incumbiu aos novos Ministros, a importante tarefa de percorrerem o mundo, na busca de saídas capazes de superar os efeitos da crise. Foi neste contexto que de 26 a 28 de julho se apresentou no Brasil o Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas.

Em Brasília, o Ministro Paulo Portas, deu especial atenção aos pleitos que lhe trouxeram os Diretores da Câmara de Comércio Brasil-Portugal Brasília, em especial,

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O necessário reconhecimento recíproco dos procedimentos consulares.

Consagrar a cultura como instrumento indutor de negócios. A importante contribuição que as treze Câmaras de

Comércio Portuguesas no Brasil, podem trazer a Portugal.

As questões trazidas ao Ministro Paulo Portas pela Câ-mara de Comércio Brasil-Portugal Brasília, já são sobejamente conhecidas do Governo Português. De longa data, o Conselho das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil, realiza pes-quisas, na busca de identificar as razões do pequeno valor do comércio bilateral. As pesquisas, invariavelmente revelam a re-duzida pauta de produtos exportados de Portugal para o Brasil e em contra partida, a reduzida pauta de produtos exportados do Brasil para Portugal. Entretanto, Portugal dedica-se a ex-portar mais de duzentos produtos para todo o mundo e não exporta esses duzentos produtos para o Brasil. Mesma prática se dá do Brasil para Portugal.

Embora Portugal se mostre para nós como a melhor plataforma natural para a entrada dos produtos brasileiros na Europa, certo está que os vínculos históricos e o idioma que aproximam Brasil e Portugal, não nos tornam os maiores parceiros comerciais. É imperativo fazer valer a lei de mercado onde todas as facilidades devem ser exploradas a favor do incremento da livre circulação de bens e serviços. As políticas que in� uenciam o desempenho das exportações e importações por parte das empresas precisam ser amplamente conhecidas e exploradas.

O comércio entre os dois países somou de janeiro até agosto de 2011, a cifra recorde de US$ 2,02 bilhões. O Brasil exportou para Portugal, US$ 1,515 bilhões representados principalmente

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por: Petróleo com participação de 54%, Açúcar de Cana 5,4%, Laminados de Ferro 3% e Soja 3%.

No mesmo período, Portugal exportou para o Brasil, US$ 507 milhões representados principalmente por: Azeite com parti-cipação de 20%, Bacalhau 10,1% e Sulfato de Cobre 5,6%.

Excepcionalmente, no mês de setembro tivemos um resul-tado histórico. As exportações portuguesas para o mercado brasi-leiro somaram US$ 72,9 milhões, enquanto as vendas brasileiras para Portugal foram de US$ 45,7 milhões, o que resultou num superávit comercial para Portugal de US$ 27,2 milhões, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Ex-terior (MDIC). Nunca o mercado português tinha conseguido um saldo comercial mensal tão positivo nas suas trocas com o Brasil. O saldo até setembro é amplamente favorável ao Brasil em US$ 981 milhões.

O crescimento da economia brasileira, aliado à estabilidade econômica que se observa, cria oportunidades de comércio e in-vestimentos. Empresas competitivas precisam de ambientes favo-ráveis para realização de negócios. Por ser um dos meios de maior efetividade na criação e manutenção de relações comerciais, a participação em encontros internacionais é sempre uma ótima oportunidade para a realização de bons negócios e para alcançar bons resultados. Fazer negócios e atrair investimentos é a impera-tiva realidade que buscamos intensamente.

A atual situação econômica de Portugal nos é favorável a amparar interesses de empresas portuguesas de qualquer ramo de atividade, que queiram se estabelecer no Brasil ou � rmar parcerias com empresas brasileiras.

A Câmara de Comércio Brasil-Portugal Brasília, e sua su-cursal de Goiás estão aparelhadas para oferecer ampla gama de

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serviços e informações estratégicas, indispensáveis à realização de negócios com Portugal e países da CPLP.

Bons negócios!

Fernando Brites Presidente da Câmara de

Comércio Brasil-Portugal Brasília

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FDI NO BRASIL

As oportunidades de investimento no Brasil são muito promissoras. Eventos como a Copa do Mundo e Olimpí-adas, agencias de rating classi� cando o Brasil com o Grau

de Investimento e “bônus demográ� co” são fatores indutores de desenvolvimento e investimentos sustentáveis pelos próximos dez anos no mínimo. Dos fatores acima, talvez o fator que merece uma explicação será o do bônus demográ� co, que resulta quan-do a população de trabalhadores supera aquela dos dependentes. Com uma base de jovens muito grande nas décadas de ’70, ’80 e ’90, na primeira década do século XXI, observa-se esses jovens entrando no mercado de trabalho e superando a população de de-pendentes. Esse efeito deverá durar pelos próximos 40 a 50 anos. Quando acontece o bônus demográ� co numa região, a sua eco-nomia cresce de forma consistente e sustentável, da mesma forma que aconteceu na maioria dos países europeus no pós-guerra.

Brasília, em particular, oferece condições singulares de atratividade para investimentos diretos internacionais. Brasília possui 30 regiões administrativas (30 cidades) em seu quadri-látero. Uma tem vocação politico-administrativa e o restan-te empresarial. De fato, o ranking Doing Business do Banco Mundial coloca Brasília como o melhor destino para se fazer

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negócios. O PIB de Brasília com quase US$70 bilhões é maior do que o de muitos países, incluindo Uruguai, Paraguai, Bo-lívia para citar alguns. O IDH – Índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas de Brasília consegue ser maior do que o da Alemanha. Brasília possui elevada qualidade de vida com todas as vantagens culturais, de emprego e lazer de uma metrópole, sem as desvantagens de violência e transito.

A Altran Brasil está muito bem inserida no Brasil, com ex-periência de mais de 20 anos atuando como integradora de pro-jetos estruturantes, engenharia de infraestruturas de transporte, urbanismo e meio ambiente. Reconhecida pela sua capacidade técnica integra o poder público, empreiteiras, fornecedores de equipamento e sinalização, reduzindo o gargalo do crescimento brasileiro, que consiste nas di� culdades inerentes à concepção, contratação e implementação de projetos. A Altran Internacional é líder de inovação com 18.500 funcionários, atuando em 40 paí-ses, com escritórios em 26.

A Arthur D. Little é a primeira empresa de consultoria do mundo, fundada em 1886 em Boston, EUA. No Brasil atua for-temente com MES – Estratégia de Entrada de Mercado e M&A – Fusões e Aquisições. Possui 35 escritórios no mundo com mais de 1.000 consultores altamente quali� cados.

Há vários caminhos que derrubam as barreiras e di� culda-des de se implantar projetos no Brasil. Para os projetos que de-monstram viabilidade econômico-� nanceira, recomenda-se im-plantá-los via o modelo de concessões ou PPPs � nanciado com capital privado. Além de não ter questionamentos pelos órgãos “anti-corrupção”, os projetos � nanciados com capital privado aca-bam sendo mais e� cientes, com implantação mais rápida e barata. Além do mais, segundo a legislação de concessões, a contraparti-

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da do governo não pode ultrapassar o limite de 3% da sua receita corrente líquida, o que em muitos casos já está comprometido.

A Altran Brasil está muito bem posicionada para integrar as entidades e as etapas que são necessárias para se implantar um projeto e a Arthur D. Little para equacionar o � nanciamento do projeto.

Adriano Amaral Altran Brasil - Arthur D. Little

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NEGÓCIOS NALÍNGUA PORTUGUESA

O ENCONTRO EMPRESARIAL DE NEGÓCIOS NA LÍNGUA PORTUGUESA - EENLP é uma iniciativa da Câmara de Comércio Brasil-Portugal Brasília-Goiás,

com apoio metodológico do Conselho das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil.

O EENLP tem por objetivo:

• Promover uma abordagem do panorama econômico do Centro-Oeste Brasileiro e de Portugal,

• Identi� car oportunidades de negócios e parceiros co-merciais nos dois países,

• Estreitar as relações entre empresários brasileiros e portu-gueses,

• Planejar adequadamente a inserção de produtos e mar-cas brasileiras no mercado europeu através de Portugal,

• Fomentar o estabelecimento e a ampliação de negócios entre o Centro-Oeste do Brasil e Portugal.

O tema Negócios na Língua Portuguesa está sintonizado com o que as comunidades políticas e econômicas do Brasil e Portugal desejam. Mais do que isso, os expressivos investimentos portugueses no Brasil, são re� exo de um movimento econômico natural entre países que compartilham uma mesma língua.

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Com objetivo de facilitar a aproximação, o intercâmbio comer-cial, cultural e tecnológico entre empresas brasileiras e portuguesas, durante o Encontro Empresarial, serão realizadas reuniões plenárias nas principais Entidades Empresariais Portuguesas, Associação In-dustrial Portuguesa, Associação Comercial de Lisboa, Associação Empresarial Portuguesa, Associação Comercial e Industrial de Guimarães, Câmara de Guimarães e Associação Industrial do Dis-trito de Aveiro, onde serão apresentados e debatidos os negócios e oportunidades de investimento no Centro-Oeste brasileiro e em Portugal. As plenárias serão seguidas de rodadas de negócios. Reali-zaremos ainda, visitas a empresas de sucesso. Por solicitação dos par-ticipantes, poderão ser agendadas reuniões de interesses exclusivos.

Público alvo• Representantes de entidades de classe;• Representates de governo;• Representantes de instituições de fomento e � nanciamento;• Empresários e pro� ssionais liberais;• Tradings; • Imprensa especializada;• Expoentes da cultura;• Câmaras de Comércio.

Rodada de negócios A Rodada de Negócios é o instrumento de estímulo e fo-

mento de negócios. Contará com a participação de representantes de governo, tradings, empresas brasileiras e portuguesas de diver-sos segmentos, objetivando facilitar a atração de investimentos, aproximação e o intercâmbio comercial e tecnológico entre em-presas;  estimular parcerias; despertar o interesse comercial co-mum; possibilitar o acesso a novos mercados e aproximar ofertan-tes e demandantes de produtos e serviços.

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Objetivo geral Contribuir, para a aproximação e o intercâmbio entre os

Empresários do Centro-Oeste Brasileiro, participantes deste En-contro, e os Empresários de Portugal, de forma a identi� car opor-tunidades de negócios.

Objetivos específicosPromover o desenvolvimento das relações comerciais, in-

dustriais, culturais, de serviços, intercâmbio tecnológico, turístico e esportivo, entre o Centro-Oeste Brasileiro e Portugal;

Estimular a realização de transações comerciais, entre Em-presários do Centro-Oeste Brasileiro, representantes de diversos segmentos da atividade econômica, e Empresários Portugueses;

Contribuir para o incremento da atração de investimentos estrangeiros para Centro-Oeste Brasileiro;

Criar acordos de cooperação, entre as instituições apoiado-ras, de forma que estas venham a ser suporte das transações co-merciais advindas do Encontro;

Estimular o aumento das relações comerciais do Centro--Oeste Brasileiro com Portugal.

Metodologia e estratégia de açãoA metodologia para a realização do Encontro de Negócios

na Língua Portuguesa, foi concebida para permitir uma ambiên-cia favorável para a identi� cação e intensi� cação das oportunida-des de negócios entre Brasil e Portugal.

O evento foi preparado através de uma grande articulação com as instituições parceiras no Brasil e em Portugal, com ampla mobilização, objetivando o fortalecimento e a multiplicação das relações entre os participantes.

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PORTUGAL

Área: 91.947 km ²População: 10.632.069 (Banco Mundial - 2009)Densidade populacional: 116,7 hab./km ² (1º trim. 2009)Designação o� cial: República Portuguesa.Chefe de Estado: Aníbal Cavaco Silva.Data da Atual Constituição: Aprovada em Abril de 1976. Revisões: Setembro de 1982, Julho de 1989, Novembro de 1992, Setembro de 1997, Dezembro de 2001, Julho de 2004 e Agosto de 2005.Capital: Lisboa (população do conselho: 209.751, em 2006; da área metropolitana (19 conselhos).Outras cidades importantes: Aveiro, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Funchal (Madeira), Ponta Delgada (Açores), Porto, Setúbal. Religião: A maioria da população professa o cristianismo mais de 90% pertencem à Igreja Católica Romana.Língua: O português é a língua o� cial.Unidade monetária: Euro (EUR).

GeografiaPaís no sudoeste da Europa. Situado na parte ocidental da

Península Ibérica, abrange uma superfície de 92 391km². Faz fronteira a norte e a este com Espanha e a sul e a oeste é banhado

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pelo oceano Atlântico. O território português é composto por três unidades territoriais: Portugal continental, a Região Autônoma dos Açores e a Região Autônoma da Madeira, tendo estas duas últimas regiões órgãos de poder próprios, embora subordinados aos órgãos supremos da Nação.

A Região Autônoma dos Açores é constituída por nove ilhas que se dividem em três grupos: O Ocidental, o Central e Oriental. Do grupo Ocidental fazem parte às ilhas Flores e Corvo, do grupo Central as ilhas Graciosa, S. Jorge, Terceira, Faial e Pico e do gru-po Autônoma da Madeira é formada pelas ilhas da Madeira Porto Santo, Desertas e Selvagens.

Para efeitos administrativos, após a entrada na CEE, fo-ram criadas novas unidades administrativas designadas por NUT, nomenclatura das unidades territoriais para fins estatís-ticos de acordo com as normas da União Européia, com vários níveis hierárquicos NUT I, NUT II, NUT III. A capital da Re-pública Portuguesa é Lisboa, destacando-se, no entanto, outras cidades de dimensão significativa como Porto, Coimbra, Setú-bal, Aveiro, Braga e Faro.

O relevo de Portugal apresenta uma grande diversidade de formas. A norte do rio Tejo, apresenta-se muito acidentado, com exceção das planícies litorais. E com uma altitude média superior a 400 metros, recortado por vales encaixados e rios com caudais signi� cativos. Por sua vez a sul do Tejo o relevo é suavemente on-dulado com altitudes fracas. Onde predominam as planícies. O relevo português completa-se com uma franja de planícies alu-viais do Vougae e Mondego, a planície do Algarve e as planícies aluviais do Tejo e do Sado. Os arquipélagos dos Açores e Madeira têm origem vulcânica e contam com um relevo acidentado. Nos Açores as costas marítimas são abruptas e rochosas, ao passo que

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a região interior é extremamente montanhosa, atingindo-se aqui a altitude máxima de Portugal no Pico, com 2351 metros. A Madei-ra caracteriza-se por ter uma elevada cadeia montanhosa na parte central da ilha. Os rios mais importantes são do norte para o sul de Portugal continental, o Minho, o Douro, o Tejo e o Guadiana, que nascem em território espanhol e deságuam no Atlântico. En-tre os rios cujo curso é exclusivamente português, destacam-se os rios Cavado, Vouga, Mondego, Sado e Mira.

EconomiaEconomicamente o país apresenta uma elevada terceiriza-

ção, devido ao desenvolvimento dos serviços e do comércio. O setor terciário emprega mais de metade da população altiva e o seu contributo para o Produto Interno Bruto é de aproximada-mente 2/3.

A indústria, o segundo setor mais importante tanto no empre-go como da produção, encontra-se concentrada em poucos distritos (Braga, Porto, Aveiro, Lisboa e Setúbal) e com alguma tradição in-dustrial no País (têxteis e confecções, calçado, celulose, cortiça) ou fruto de investimento estrangeiro (indústria automobilística). O abastecimento do mercado interno tem vindo a perder competi-tividade face à crescente concorrência de outros parceiros comu-nitários, em especial da Espanha. Dos três setores de atividade, o setor primário é o que atravessa maiores di� culdades que têm como causas diretas a insu� ciente modernização, os desequilí-brios na dimensão da propriedade, a falta de preparação técnica da mão-de-obra e a ausência de espírito empresarial por parte da maioria dos agricultores. Com a abertura dos mercados agrícolas e pecuários, os baixos níveis de produtividade e rendimento da agropecuária nacional são um obstáculo para um desenvolvimen-

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to do setor. Entre as produções que tem conseguido inverter essa tendência, merece referência o setor vinícola, com uma clara aposta na qualidade em detrimento da quantidade, a � oricultura, a horti-cultura e a pecuária. A pesca é uma atividade que também enfrenta di� culdades pela dependência que existe em relação a países terceiros para poder exercer plenamente a sua atividade.

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BRASIL

Área: 8.511.925 km² (0,65 % de águas internas).População Atual: 192.924.526 habitantes, 2010 (fonte: IBGE) – 5º do mundo.Densidade: 22,66 habitantes por km².Capital: Brasília, 2.455.903 habitantes (estimativa 2009).Outras cidades importantes: São Paulo; Rio de Janeiro; Salva-dor; Belo Horizonte; Fortaleza; Curitiba; Recife; Manaus; Porto Alegre; Belém.Presidente da República: Dilma Vana Housse� .Vice-Presidente: Michel Temer.Data da Constituição: Outubro de 1988. Alterações introduzidas posteriormente.As taxas de natalidade e de mortalidade são, respectivamente, de 16,56% e 6,17%.A esperança meia de vida atinge 71,97 anos. O valor do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,777 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Gênero (IDG) é de 0,770 (2009). Etnicamente, a população é composta por brancos, mulatos , mes-tiços, índios e negros. Religião: A maioria da população professa o cristianismo e cerca de 3 / 4 pertencem à Igreja Católica Romana.

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Língua: O português é a língua o� cial.Unidade monetária: Real (BRL).

GeografiaPaís da América do Sul. A República Federativa do Brasil

tem 26 estados e um Distrito Federal e é o quinto maior país do globo, com uma área de 8 511 965 km² e uma costa atlântica de 7400 km. Faz fronteira com todos os países da América do Sul, à exceção do Equador e do Chile. A sul do Brasil localiza-se o Uru-guai, a sudoeste a Argentina, o Paraguai e a Bolívia, a oeste com o Peru, a noroeste a Colômbia, e a norte a Venezuela, a Guiana, o Suriname e a Guiana Francesa. Entre as principais regiões na-turais, merecem realce a Amazônia - uma � oresta equatorial da América do Sul - o Pantanal e o Planalto Brasileiro.

O Pantanal é uma das maiores planícies do mundo, cobrin-do uma área comparável à da península Ibérica. Ao Brasil per-tence uma área de 150 mil quilômetros quadrados no Estado do Mato Grosso, que todos os anos, entre outubro e março, é inun-dada pelos rios pertencentes à bacia do Paraguai. O Pantanal foi transformado em reserva ecológica, defendida pela Constituição Brasileira desde 1988, onde vivem 80 espécies de mamíferos, 230 peixes, 650 de aves e mais 1100 variedades de borboletas. A norte de Cuiabá, ainda no Pantanal, � ca um planalto de terra vermelha onde se encontram cachoeiras, e a leste encontram-se piscinas de água com elevadas temperaturas. A lei que defende a fauna e a � o-ra do Pantanal é implacável. Os tempos em que se roubava peixe acabaram e a pesca de rede está proibida, assim como a caça.

A Amazônia, também chamada pulmão da terra, é uma região de � oresta equatorial da América do Sul que ocupa 40% da aera total do Brasil. A Amazônia é formada pela bacia do rio

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Amazonas, com 7 047 000 km², que é o maior rio do mundo em volume de água, e ao longo do qual crescem as grandes extensões de � oresta. Faz fronteira com as terras altas da Guiana, a norte, com os Andes a oeste, com o planalto central do Brasil a sul e com o oceano Atlântico, a leste. É a � oresta mais rica e a que contém maior reserva biológica de todo o globo. Possui milhões de espé-cies de insetos e as mais variadas plantas, árvores e aves, muitas das quais permanecem ainda desconhecidas dos cientistas. A vida animal é bastante rica e inclui macacos, jaguares, roedores, ma-natins e tapires, entre outros. A partir do século XX, com o cres-cimento populacional, o homem foi conquistando cada vez mais terras à Amazônia. Os madeireiros têm aqui um manancial para o seu negócio. Mesmo assim, a Amazônia tem resistido aos ataques dos homens. Muitos são os grupos ambientalistas que continuam a erguer a bandeira da defesa e da conservação da Amazônia.

No período de 1981 a 1990, o Brasil perdeu em cada ano 36,7 milhares de km² de � oresta, a maior área do mundo. Em se-gundo lugar esteve à Indonésia, com 12,1 milhares de km² ao ano.

EconomiaO Brasil é a maior potência econômica da América Latina.

A modernização que o país tem sofrido nas últimas décadas alte-rou a estrutura da sua economia, na media em que a produção de matérias-primas para exportação tem um peso cada vez menor na economia brasileira, ao mesmo tempo em que a produção in-dustrial e o setor terciário têm sofrido grande crescimento. O país possui grandes potencialidades em praticamente todos os setores.

Em termos agrícolas, o Brasil é o maior produtor mundial de café, produzindo também quantidades elevadas de milho, soja, cana-de-açúcar, algodão, trigo, bananas, laranjas e cacau. A pecu-

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ária, em especial a criação de bovinos, tem registrado um aumen-to signi� cativo. A exploração � orestal constitui, igualmente, uma atividade muito importante, quer na exportação de madeiras pre-ciosas quer no fornecimento de matéria-prima para o fabrico de papel e celulose; A antiga produção de borracha natural encontra--se muito circunscrita.

Quanto aos recursos minerais e energéticos, são enormes as reservas de ferro, estanho, bauxita, carvão, crómio, magnésio, urâ-nio, zinco, ouro, diamantes, petróleo e gás natural. A imensa rede hidrográ� ca proporciona um elevado potencial hidroelétrico.

A indústria, concentrada, sobretudo nos estados do sul e do sudeste, dedica-se a transformação de produtos agrícolas, pecu-ários e � orestais, produzindo também maquinaria, automóveis, aço, produtos químicos, têxteis e calçados. O turismo representa uma enorme fonte de receitas, sendo mais signi� cativo no litoral.

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CENTRO-OESTE

O Centro-Oeste é a segunda macrorregião brasileira em área territorial, possuindo 1.162.011,2 km2 (18,9% da área do país). Engloba os estados – Goiás, Mato Grosso

e Mato Grosso do Sul – além do Distrito Federal, onde se localiza Brasília a capital do país.

O vigor da renda do agronegócio, combinado com o avanço da industrialização, transformou o Centro-Oeste no novo Eldo-rado do consumo. De alimentos e produtos de limpeza a imóveis e automóveis, o ritmo acelerado de compras e a boa saúde � nan-ceira das famílias chamam a atenção dos empresários e atraem investimentos para a região.

O Centro-Oeste brasileiro é, na atualidade, a região preferencial de

expansão do grande pólo de produção de agroenergia.

O Brasil Central apresenta um forte potencial para esse tipo de energia porque dispõe de grandes áreas, possui o setor empre-sarial capacitado, está próximo dos centros consumidores e dos dutos de escoamento.

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O Brasil é exemplo mundial de sucesso do uso da agroener-gia em função do programa de etanol. O consumo de etanol no segmento de veículos leves é, em termos volumétricos, superior ao da gasolina entre os brasileiros.

IndústriaA cada ano, cresce a importância da industrialização no

Centro-Oeste. Destacam-se as indústrias alimentícias (como a Arisco, em Goiás), bene� ciamento da madeira (MT, MS) e me-talurgia (GO). O Mato Grosso do Sul tem atraído indústrias de transformação, como as de carne, óleo de soja e ração animal, atraídas pela menor distância das fontes de matéria-prima.

O destaque do Centro-Oeste mais uma vez é Brasília, onde a geração de oportunidades é puxada pela indústria da construção civil. O mercado imobiliário da capital federal se tornou o segundo maior do Brasil – atrás apenas de São Paulo – embalada pela mais alta renda per capita do país, U$ 23.925, ante U$ 8.000 da média brasileira.

AgriculturaO grande destaque é a Soja, que avançou para noroeste até o

vizinho estado de Rondônia, na região Norte. Para leste da região avançou até penetrar no oeste baiano. Avança atualmente para além do norte de Goiás, no atual estado do Tocantins. Além da soja, des-tacam-se o milho (MT, MS, GO e DF), o algodão, e também o arroz, nas várzeas dos rios a� uentes do Rio Paraná, em Mato Grosso do Sul e Goiás. O norte do Mato Grosso, na divisa com Rondônia também possui cultivo de café, banana e cana-de-açúcar.

Pecuária e criação de avesO rebanho bovino nos três estados é destaque nacional. O

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maior de todo o país é o de Mato Grosso do Sul: 21 milhões de cabe-ças. Goiás vem em seguida, com 18,1 milhões. Mato Grosso tem 16,7 milhões. Os três estados são grandes fornecedores de gado de corte. Na criação de aves, Goiás vem em primeiro na região, com 19,2 mi-lhões de animais. Mato Grosso do Sul e Mato Gross têm 16,6 milhões e 15,4 milhões, respectivamente. Na criação de suínos, destaque na região para Goiás, com mais de 1 milhão de animais.

Extração mineralNo estado de Goiás: amianto, calcário, diamantes, pedras pre-

ciosas e semipreciosas, quartzo, manganês e ouro. No Mato Grosso do Sul, ferro (extraído do Maciço do Urucum), manganês e ouro.

TurismoDestacam-se a beleza da região do Pantanal, a cidade de

Brasília (declarada Patrimônio Mundial pela UNESCO), Caldas Novas e Rio Quente (estâncias hidrotermais em Goiás), o ecotu-rismo e as Festas do Divino dos municípios de Pirenópolis e For-mosa (GO), a Chapada dos Guimarães (a 67 km de Cuiabá - MT), a cidade histórica de Goiás Velho (GO) e a cidades de Jardim e Bonito (MS) com suas grutas, rios e cachoeiras.

Por seu clima, topogra� a plana, terras férteis e abundantes recursos hídricos, o Centro-Oeste brasileiro, desponta nas próxi-mas décadas como celeiro da humanidade;

O Cerrado de paisagens paradisíacas, se oferece como a mais promissora região de turismo rural brasileiro.

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BRASÍLIA

Profecia de Dom BoscoNa noite de 30 de agosto de 1883, Dom Bosco sonhou que fazia uma

viagem pela América do Sul, acompanhado de um anjo. Os dois enxergavam dentro da terra um mar subterrâneo de metais preciosos e de petróleo. A certa altura, entre os graus 15º e 20º, –aí havia uma

enseada bastante extensa e larga que partia de um ponto onde se formava um lago. Nesse momento, disse uma voz repetidamente: - Quando se vierem a escavar as minas escondidas em meio a estes

montes, aparecerá aqui a terra prometida, onde correrá leite e mel. Será uma riqueza inconcebível.

Brasília é a capital federal da República Federativa do Bra-sil, Área 5.801,937 km². É a quarta cidade mais populosa do Brasil. No censo demográ� co realizado pelo IBGE em

2010, sua população era de 2.562.963 de habitantes. Brasília pos-sui o terceiro PIB Brasileiro R$ 117.571.951,00 mil – IBGE/2008 e o maior PIB per capita do Brasil R$ 45.977,59 reais IBGE/2008 e a maior renda per capita do país, U$ 23.925.

Junto com Anápolis (139 km) e Goiânia (209 km), faz do eixo Brasília-Anápolis-Goiânia a região mais desenvolvida do Centro-Oeste brasileiro.

Inaugurada em 21 de abril de 1960, pelo então presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira.

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Brasília é a terceira capital do Brasil, após Salvador e Rio de Janeiro.

O plano urbanístico da capital, conhecido como “Plano Pi-loto”, foi elaborado pelo urbanista Lúcio Costa, que, aproveitando o relevo da região, o adequou ao projeto do lago Paranoá, conce-bido em 1893 pela Missão Cruls. O lago armazena 600 milhões de metros cúbicos de água. Muitas das construções da Capital Fede-ral foram projetadas pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer.

Brasília alberga o corpo diplomático de todos os países do mundo. Tem 105 faculdades com a melhor qualidade de ensino do Brasil.

Em 2009 alcançou o segundo lugar no ranking imobiliário. Só São Paulo construiu mais.

O Lago Paranoá hospeda a terceira frota brasileira de barcos de lazer.

O aeroporto de Brasília é o segundo em movimento de pas-sageiros.

As empresas de TI exportam so� ware para todos os conti-nentes, incluindo Estados Unidos, China, Japão e muitos outros países.

Brasília desfruta do melhor ambiente para realização de ne-gócios no Brasil.

O Governo do Distrito Federal, oferece amplo pacote de in-centivos tributários, que aliados ao excelente ambiente de negó-cios e condição de vida, de� nem Brasília como a cidade ideal para sediar empresas, em especial, aquelas interessadas na proximida-de com o Governo Federal.

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ASPECTOS HISTÓRICOSDA OCUPAÇÃO TERRITORIAL EM

PLANALTINA

Planaltina é a mais antiga cidade do território do Distrito Federal. Situada a 45 km de Brasília, a sua história possui profundas vinculações com a construção da nova capital

brasileira e, no plano do povoamento da região em que se locali-za, o Planalto Central do Brasil, com a conquista lusitana sobre o vasto hinterland colonial.

Podemos atribuir ao mesmo espírito aventureiro português, que o fez lançar-se no oceano aberto para a saga dos descobrimen-tos, a motivação central que deu forma ao imenso território do país continental que é o Brasil. Sem dúvida, a ocupação da região planaltina con� gura-se como marco decisivo dessa colossal em-preitada. As di� culdades eram imensas: matas densas, con� itos com o elemento autóctone, rios caudalosos, feras, o perigo da de-sorientação etc. Temos como certo que não menos difícil e peri-gosa, a conquista do sertão colonial encontra-se lado a lado com os descobrimentos como exemplos da tenacidade lusitana.

Outra informação relevante é que a história da conquista do interior colonial vincula-se à expansão e decadência da “Econo-mia da Mineração no Brasil”. Movimento que reporta à segunda metade do século XVIII. Cabe explicar que entendemos como po-voamento a � xação de populações de origem européia e integra-

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das ao sistema econômico hegemônico — o Capitalismo. Os primeiros registros da ocupação do Planalto Central

remontam a bandeira exploradora de André Fernandes. Desse contato inicial entre povos indígenas e pioneiros da interiorização bandeirante vêm também os sinais da eterna disputa pela terra, pois havia nações indígenas, quilombolas fugidos dos martírios da escravidão e boiadeiros.

Como forma de reconhecimento aos relevantes serviços prestados por esses aventureiros à coroa, grandes extensões terri-toriais eram doadas a bandeirantes e bugreiros (caçadores de ín-dios). Sob o ponto de vista da evolução fundiária, essas doações foram a causa e a razão da ocupação européia do interior do Brasil e a expansão do domínio português para além da linha de Torde-silhas. Portanto, a história de Planaltina inicia-se com as aventu-ras bandeirantes, que também estão intimamente vinculadas ao apogeu e decadência da economia de extração do ouro Colonial.

As características desse tipo de povoamento determinaram um rápido crescimento das populações, cujo trabalho encontra-va-se ligado à produção das ricas lavras do Sertão dos Goyazes. Essa situação levou a Administração Colonial a tomar medidas facilitadoras da � xação de núcleos de apoio à atividade minerado-ra. As doações de sesmarias eram as formas de incentivo à � xação de agricultores e pecuaristas em locais próximos à região mineira. Desse modo, criavam-se as condições objetivas para a formação dos primeiros povoados e vilas.

No Planalto Central, a proximidade de lugares com potencial de pastagens e rios, como o Vale do Paranã, cuja fertilidade e abun-dância de águas salobras faziam-no ideal para a lida com o gado foi determinante. Por outro lado, a existência de uma estrada real, fazendo a ligação dessa região com as minas de ouro, completava o

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quadro. Situado a meio caminho entre as bordas do Vale do Paranã e a região do ouro, a partir de um pouso de caminhantes, formou-se o povoado de Mestre D’Armas, matriz original de Planaltina.

Segundo estudo do professor Paulo Bertran, “História da Terra e do Homem no Planalto Central”, os registros dão conta que as pri-meiras doações de sesmarias da região de Planaltina remontam os anos da primeira metade da década do século XVIII. A mais antiga, com duas sesmarias, o “Arraial” e o “Barreiro”, foi atribuída a Mano-el de Barros Lima. Tendo recebido, em 1741, glebas que excediam os sessenta mil hectares. Todas localizadas nas proximidades do Rio Maranhão. Este pode ser considerado o ponto de partida da cadeia dominial das terras locais. Quatro anos depois foi a vez de Estevam Ordonho Sepeda ser agraciado com outra doação de aproximada-mente trinta e dois mil hectares, chamava-se Santo Antônio e loca-lizava-se na região do rio São Bartolomeu. O quinhão representado pelas terras de Manoel de Barros Lima, com o decorrer do tempo, foi fracionado por direito de herança ou vendas. Já Ordonho Sepeda, ao que tudo indica, teve falência em seu empreendimento, pois novas sesmarias foram doadas sobre seu quinhão, a sequência dominial � -cou assim estabelecida:

A oeste de Planaltina, assentou-se Bernardino de Souza Ca-nabarro (1777) na chapada do ribeirão Mestre D’Armas. A leste da mesma, deitou Antônio Gomes de Almeida (1772) (...) vizinho ao Capitão Bento Nicolau de Oliveira, no ribeirão Estanislau, cujo requerimento data de 1769, os dois procedentes de Vila Boa de Goiás.(...) Os Gomes Rabelo, fundadores de Planaltina, (..) e os Alarcão contam-se entre as mais antigas e extensas famílias do Planalto, com enorme capacidade colonizadora (…) Teriam os Rabelo e os Alarcão herdado ou comprado as terras dos (sesmei-ros) vilaboenses? (BERTRAN, 1994)

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A reconstituição feita até aqui sugere que sim. Mas o surgi-mento do povoado ainda teve outros elementos determinantes. Para compor o cenário da fundação de Mestre D’Armas, é preciso mencionar a Estrada Geral do Sertão e o requerimento de João Monteiro Guimarães, de 1774. Documento pelo qual o suplican-te, dito ser morador do “Campo Aberto, no Arraial dos Couros”, requer uma gleba com medidas de três léguas de comprido por uma de largo, em região cuja toponímia (são citados o rio Caru-ru, o Barreiro, a Vereda dos Arrependidos e a Estrada de Goyaz) permite dizer pertencer ao território de Planaltina, e que pelo so-brenome do tal requerente, traz memórias originais de laços com a região de Guimarães, em Portugal.

A tradição oral informa também que os irmãos João e José Monteiro de Guimarães embarcaram para o Brasil em meados do século XVIII, penetrando os Sertões dos Goyazes. João Monteiro Guimarães fora designado � scal das minas de ouro na Vila de Ca-valcante. Por força de seu casamento com Dª � ereza da Fonseca Borba Gato, � lha caçula do famoso bandeirante e minerador pau-lista, Manoel de Borba Gato, João Monteiro renunciou ao cargo e requereu essas terras que hoje fazem parte do Distrito Federal. Daí tem-se a origem da família Monteiro Guimarães, que desde então permanece no Planalto Central.

Ora, temos aqui uma pérola histórica: a fazenda Campo Aber-to de João Monteiro Guimarães, que antes mesmo dos anos de 1780, já ocupava vasta região no sítio onde, duzentos anos, depois os bra-sileiros ergueram a nova capital. Esse documento é esclarecedor para a compreensão da dinâmica social estabelecida nessa região, pois permite resgatar as razões da proeminência de uma típica oligarquia local, os Guimarães. Família, que pelos dois séculos vindouros con-trolou muito bem a política e a sociedade locais.

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Se é fato que a presença de Guimarães na região planaltina remonta a década de 1770, essa memória atesta também que há uma irmandade histórica entre esses aventureiros lusitanos egres-sos da cidade de Guimarães e Planaltina.

Sobre a Estrada Geral, sabemos fazia a ligação entre a re-gião mineradora com os pólos coloniais de Cachoeira e Salvador, ambos na Bahia. Caminho de tropeiros, mineradores, boiadeiros e contrabandistas, foi, ao mesmo tempo, via de escoamento de mercadorias e instrumento de controle sobre a comercialização do ouro colonial. Por ela, a Coroa Portuguesa estabeleceu uma série de registros, contagens e pousos que deram origem a povo-ados como, por exemplo, o Arraial dos Couros, matriz da vizinha Formosa e o próprio Arraial de São Sebastião de Mestre D’Armas, hoje Planaltina.

De acordo com os re-gistros do Livro de Impostos Rurais (Dí-zimos) de Santa Lu-zia, atual Luziânia, Mestre D’Armas, em 1810 era composto por sete sesmarias,

abrigando cerca de 200 famílias. Foi por essa época que, para pa-gar uma promessa feita ao santo da devoção dos moradores mes-tredarmenses, São Sebastião, a família Gomes Rabelo doou uma gleba de terras à Igreja. Em seguida, construíram uma pequena capela em agradecimento à graça recebida, de extirpar de vez com o ciclo da moléstia. Assim, lançavam-se as condicionantes iniciais para a formação do primeiro nucleamento urbano da cidade. Corria o ano de 1811.

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Daí para frente, o povoamento da área em torno da Capela aconte-ceu naturalmente, isto é, com as famílias estabele-cendo-se em terras que pertenciam à Igreja. Da mesma forma que se po-

voava, adquiria-se o direito de propriedade, estabelecendo o tra-çado original das ruas e praças. Situação que não se altera por todo o século XIX e primeiras décadas do XX. Os primeiros regis-tros das posses dos terrenos em Mestre D’Armas foram feitos pela própria Igreja. As concessões da Paróquia orientavam os posterio-res registros cartoriais, situação que foi mantida até 1960, quando a criação do Distrito Federal mudou radicalmente os conceitos de legalidade fundiária.

A mudança da capital do Brasil para o interior do país, an-tigo projeto de intelectuais, políticos nacionalistas e militares,

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preocupados com a consolidação da nação, transformou-se em movimento que veio alterar a história das terras planaltinas. Essa mudança era também um sonho antigo dos brasileiros. Desde meados do século XIX, as discussões e os estudos técnicos ter-minaram por consolidar a idéia de que, um dia, a nova capital do Brasil seria erguida em território de Planaltina, como os eventos da década de 1950 vieram con� rmar.

Quanto à pessoa do Mestre D’Armas, que a topo-nímia atesta ter existido e a tradição atribui a fundação do povoado, não se sabe quem foi e a sua história. Mas � ca como referência do mito fun-dacional, necessidade huma-na de explicação da origem

mais remota. E, alinhavando essa história, se pensarmos na capaci-dade de paci� cação da memória e na necessidade do fortalecimento da convivência luso brasileira, povos irmanados pela história e pela maior de todas as conquistas humanas, a língua, mais do que uma excentricidade, “Guimarães e Planaltina”, a partir desse passado co-mum, têm um importante papel a ser desempenhado no cenário das relações diplomáticas estabelecidas entre “Brasil e Portugal”. 

Salviano Antonio Guimarães Borges

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GOIÁS

Goiás situa-se a leste da Região Centro-Oeste, no Planalto Central brasileiro. O seu território é de 340.086 km², sen-do delimitado pelos estados de Tocantins (norte), Bahia

(nordeste), Mato Grosso (oeste), Mato Grosso do Sul (sudoeste), Minas Gerais (leste e sul) e pelo Distrito Federal.

Com 6.004.045 habitantes é o estado mais populoso do Centro-Oeste e o nono mais rico do país. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás, em junho de 2011 registram-se em Goiás 4.061.613 eleitores.

A capital e maior cidade de Goiás é Goiânia que dista 210 km de Brasília a capital do Brasil. Outras cidades importantes quanto a aspectos econômicos, fora da região metropolitana de Goiânia, são: Anápolis, Rio Verde, Luziânia, Formosa, Itumbia-ra, Jataí, Porangatu, Catalão, Caldas Novas, Goianésia, Mineiros e Cristalina, que também são as maiores cidades em população do interior do estado, além das cidades que compõem o Entorno de Brasília. Ao todo são 246 municípios.

A economia goiana mantém índice de crescimento acima da média nacional. A produção agrícola é uma das mais expressi-vas do país. Possui um dos maiores pólos farmacêuticos do Brasil e um dos maiores produtores de medicamentos genéricos do país.

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Segundo o IBGE, Goiás se posiciona como o Estado que mais ex-pandiu sua produção industrial nos últimos anos.O topônimo Goiás (anteriormente, Goyaz) tem origem na deno-minação de uma comunidade indígena. O termo original parece ter sido Guaiá, forma composta de Gua e iá, a qual signi� ca “indi-víduo igual”, “pessoas de mesma origem”. O nome Goiás, quando utilizado no meio de uma frase, dispensa o emprego de artigo, similarmente ao que acontece na designação dos estados de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul e de Minas Gerais.

Sustentabilidade em GoiásCatalão, em Goiás, inaugura feira de produtos agroecológicos a

Feira do Sítio comercializará produtos agro-ecológicos como queijos, doces e peças de artesanato produzidos pelos bene� ciários do projeto Tempo de Empreender Goiás

Com objetivo de comercializar produtos agroecológicos como queijos, doces e peças de artesanato produzidos pelos be-ne� ciários do projeto Tempo de Empreender Goiás, a partir desta sexta-feira, 29, começa em Catalão (249 km de Goiânia) a Feira do Sítio. O evento ocorrerá todas as sextas-feiras, das 17h às 21h, na Praça das Bandeiras, Vila União.

A Feira do Sítio é fruto de parceria entre Prefeitura de Ca-talão, Instituto Camargo Corrêa (ICC) e o SEBRAE em Goiás, que juntos adquiriram barracas e uniformes para os expositores, além de capacitar os produtores nas áreas de atendimento, vendas e boas praticas de fabricação. “O SEBRAE também auxiliou na formação da Associação da Feira do Sítio, criando a identidade visual e articulação com o executivo municipal para a legalização”, informa Victor Antônio Costa, consultor do SEBRAE em Goiás.

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Trata-se de uma feira livre destinada à população de Catalão e cidades vizinhas que queiram um produto agroecológico produ-zido com critérios de qualidade. Serão ao todo 30 barracas, sendo que, sete foram destinadas apenas para produtos alimentícios.

Tempo de EmpreenderÉ um projeto assinado pelos parceiros entre SEBRAE em

Goiás, Instituto Camargo Corrêa e a Construtora Camargo Cor-rêa, nos municípios de Davinópolis, Catalão e Campo Alegre de Goiás. O objetivo é aumentar a produtividade e a rentabilidade dos pequenos negócios nas áreas de confecção e na produção de pequenas propriedades rurais. O trabalho contempla a inclusão de jovens de 18 a 29 anos.

Tempo de Empreender-Goiás foi criado em 2008 e atual-mente tem mais de 220 famílias atendidas. Catalão conta com 60 empreendimentos da cadeia produtiva de confecção, com desta-que para roupas íntimas. Davinópolis e Campo Alegre de Goiás somam 160 projetos na área rural, onde os produtores passam pela capacitação de implantação das unidades de Produção Agro-ecológica Sustentável (Pais). Trata-se de uma tecnologia social de baixo custo e de fácil manejo, composta por uma horta e um siste-ma agro� orestal (produção de espécies agrícolas como hortaliças, frutas e espécies perenes como café e banana) e a criação de aves caipiras de forma integrada.

Contato: Feira do Sítio +55(64) 3441-2512Local: Praça das Bandeiras, Vila União - Catalão (GO)E-mail: [email protected]ência SEBRAE de Notícias (ASN Goiás): (62) 3250-2268E-mail: [email protected]

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NEGÓCIOS E OPORTUNIDADES

O Brasil superou a crise de 2008 sem traumas. No pós crise, desfruta de ótimo período de crescimento econômico, des-pertando interesse de grupos empresariais estrangeiros que

transferem tecnologia, mão de obra e aplicam capital em atividades produtivas ou se associam com empresas brasileiras, e neste momen-to, objetivam principalmente, investimentos nas doze Capitais brasi-leiras que sediarão a Copa de 2014. Os investimentos em obras, ne-cessárias à Copa do mundo, estão recebendo signi� cativa redução de impostos, razão motivadora de grande número de parcerias.

A infra-estrutura rodoviária demanda grande volume de in-vestimentos para melhorar e modernizar o � uxo rodoviário.

O setor hoteleiro nas doze cidades que sediarão a copa do mundo, será ampliado, com a construção de novos hotéis.

A mão de obra de receptivo e atendimento ao público será preparada receber os turistas.

Vários estádios estão sendo construídos ou reformados com padrão FIFA. Brasília está construindo Estádio para 70.000 pessoas.

Infra-estrutura aeroportuária: Vários aeroportos serão licitados.O Consórcio Inframérica venceu o leilão para a concessão do

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Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante (RN) com um lance de R$ 170 milhões. A empresa será responsável pela con-cessão da construção parcial, manutenção e exploração do aero-porto, que está localizado na região metropolitana de Natal, capital potiguar. O leilão foi a primeira iniciativa do gênero no País. Como o valor inicial era de R$ 51,7 milhões, o ágio foi de 228,82%.

Na abertura dos envelopes, o Consórcio Aeroportos Brasil apresentou proposta de R$ 75 milhões, o Consórcio ATP-Con-tratec fez um lance de R$ 62,04 milhões, enquanto o Consórcio Aeroleste potiguar ofereceu o valor mínimo, de R$ 51,7 milhões.

Posteriormente, no viva-voz, apenas os consórcios Inframérica e Aeroportos Brasil prosseguiram na disputa, com a vitória do con-sórcio Inframérica com o lance � nal de R$ 170 milhões. O Consórcio Aeroportos Brasil fez o lance máximo de R$ 166 milhões.

O consórcio vencedor é formado pela empresa brasileira Engemix e a argentina Corporación América, cada uma delas com 50% de participação. De acordo com José Antunes So-brinho, representante do consórcio, a empresa está satisfeita com o valor a ser desembolsado. “Estamos confortáveis com o ágio que estamos pagando hoje e não temos a intenção de jogar dinheiro fora”, disse ele. Segundo Sobrinho, cerca de 70% do valor deve ser financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvi-mento Econômico e Social (BNDES).

A governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarini (DEM), disse que espera ver o aeroporto funcionando durante a Copa do Mundo de 2014, apesar de o prazo de entrega ser de 36 meses.

“Vou fazer o primeiro pedido ao consórcio, que é o de o aero-porto � car pronto até a Copa do Mundo. Tenho certeza que eles não vão perder essa oportunidade”, disse. O representante do consórcio diz que a empresa pode cumprir esse prazo, até porque o objetivo é ter o local funcionando durante o período de pico de tráfego aéreo.

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Wagner Bittencourt, ministro chefe da secretaria de Aviação Civil, diz que este leilão é um bom exemplo do que deve ocorrer em outras concessões, previstas para o � m do ano. Ainda este ano devem ocorrer as concessões para as ampliações dos aeroportos de Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília (DF). “O leilão de hoje mostrou a con� ança que o setor privado tem no Brasil. De-monstra que nós temos con� ança no setor e no País”, disse ele.

Guarulhos, Viracopos e Brasília Serão privatizados. O leilão foi marcado para o dia 22 de

dezembro deste ano.Os aeroportos de Brasília, Viracopos e Guarulhos operam

30% dos passageiros, 57% das cargas e 19% dos aviões do Brasil. Os valores mínimos são: R$ 2,29 bilhões para a concessão do

Aeroporto de Guarulhos; R$ 521 milhões para o Aeroporto de Vira-copos, em Campinas; e R$ 75 milhões para o Aeroporto de Brasília.

As concessões terão prazo de 20 anos para Guarulhos, 25 anos para Brasília e 30 anos para Viracopos. Podendo ser estendi-das por até cinco anos.

As empresas deverão investir, durante o prazo de concessão, R$ 4,71 bilhões em Guarulhos, R$ 6,27 bilhões em Viracopos e R$ 2,21 bilhões em Brasília

Empresas internacionais podem participar do leilão. O go-verno espera que elas só entrem associadas a empresas nacionais.

A publicação das minutas do edital será feita pela Agência Nacional de Avião Civil (Anac). Os textos permanecerão em con-sulta pública por 30 dias. O leilão dos três aeroportos ocorrerá ao mesmo tempo na Bolsa de Valores do Estado de São Paulo. Sairá vencedor do leilão a empresa que apresentar a maior proposta ao valor mínimo estabelecido pelo edital.

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Construção em BrasíliaNo ano de 2009, Brasília alcançou o segundo lugar no

ranking imobiliário. Só São Paulo constrói mais que o Distrito Federal. O preço do metro quadrado de habitação em edifício re-sidencial de bom padrão, ultrapassa os U$ 7,500 (sete mil e qui-nhentos dólares).

A vocação de Brasília para grandes obras é indiscutível. Desde a construção da cidade, em tempo recorde, a capital de-monstra dinamismo acima da média no setor. O crescimento po-pulacional, a migração, a alta renda e o padrão de qualidade de vida estimulam o mercado brasiliense, que, é o segundo maior do país, atrás somente de São Paulo. O mercado de Brasília cres-ce, historicamente, a uma velocidade maior do que a dos demais centros urbanos.

Nos últimos três anos, o setor da construção civil cresceu em torno de 25% no DF. A estimativa do Sinduscon é que o volume de negócios desta indústria já chegue a R$ 3,5 bilhões anuais. Até 2009, o montante representava cerca de 13% de todo o PIB brasiliense, de acordo com o sindicato. Somente para o mercado imobiliário, a enti-dade calcula que esse número possa chegar a R$ 4,5 bilhões.

O impacto na renda e na vida de Brasília é enorme. O setor emprega sozinho 68 mil trabalhadores no DF, de acordo com a úl-tima Pesquisa de Emprego e Desemprego do DF (PED-DF), sem contar os empregos indiretos.

Estádio nacional Orçada em R$ 671 milhões e com capacidade prevista para

71 mil pessoas, a arena é uma das que tem o andamento mais avançado no país – está com 38% de execução. A escavação já está em 96%, e as fundações, 96,8%. A arquibancada inferior já foi 60%

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concretada, e os primeiros pilares chegaram aos 16 metros de al-tura. Algumas das rampas já começaram a ser construídas, assim como pilares da arquibancada intermediária. O governo garante que o estádio será inaugurado em 31 de dezembro de 2012.

Projetos Estruturantes em Brasília

Cidade aeroportuária:Aeroporto de passageiros e cargas, integrado a:• Grande área industrial destinada especialmente para

processamento de produtos com alto valor agregado. • Grande central logística para recebimento e despacho de car-

gas, integrando os modais: aéreo, rodoviário e ferroviário.

Setor hoteleiro:• Brasília está disponibilizando quadra central para cons-

trução de catorze novos hotéis.

Interbairros:• Construção de Alameda de 40 quilômetros, ligando ci-

dades, contemplando a construção de edifícios residen-ciais, de comércio, de serviços.

Expansão do metrô:• Expansão de linhas orçadas em um bilhão e meio de

dólares.

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Veículo Leve sobre Trilhos (vlt) e Sobre Pneus (vlp):• Em construção, linha VLT com 7 km.• Em projeto a licitação para mais duas linhas 6,5 km e

7,4 km.

Vias públicas:• Anel Rodoviário.• Nova ligação norte.• Corredor de Transporte Coletivo.• Corredor Gama a Taguatinga.• Duplicação da DF 140.• Terceira faixa na Via Estrutural.• Ligação Recanto das Emas a Samambaia.• Ligação Riacho Fundo ao Núcleo Bandeirante.

Ligações subterrâneas:• Túnel Taguatinga.• Estrada Parque EPIG ao Palácio do Buriti.

Estacionamentos:• Implantação de estacionamentos subterrâneos no Plano

Piloto.

Obras de revitalização:• Parque esportivo. Todas as modalidades, incluindo au-

tódromo.• Parque sara Kubitschek.• Avenida W3 Sul.• Monumentos e prédios públicos.

Parques:• Implantação do Parque Burle Marx.• Via do Parque Nacional.

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ÀS MARGENS DA RODOVIA BR-060, O CRESCIMENTO ECONÔMICO É CHINÊS

Diego Amorim, Correio BraziliensePublicação: 18/09/2011.

A expansão do eixo Brasília-Goiânia coloca a região como o 3º maior aglomerado urbano do país. O PIB ao longo da rodovia soma R$ 230 bilhões. De cada R$ 10 gerados

em riqueza pelo Centro-Oeste, R$ 7 estão à beira do trecho.O trecho da BR-060 entre Brasília e Goiânia é o espelho do

desenvolvimento de uma região que cresce a taxas chinesas, avança pelo Planalto Central e se consolida como o maior mercado do país fora do eixo Rio-São Paulo. As riquezas produzidas no caminho que divide dois centros consumidores em franca expansão já respondem por um Produto Interno Bruto (PIB) estimado em R$ 230 bilhões, em valores atualizados. É como se cada quilômetro da rodovia mo-vimentasse mais de R$ 1 bilhão. O montante representa em torno de 6% do PIB do Brasil e quase 70% do PIB da região Centro-Oeste.

Cerca de 9 milhões de pessoas vivem hoje ao longo dos 209km do eixo Brasília-Anápolis-Goiânia. A soma supera o número de habi-tantes das regiões metropolitanas de Porto Alegre e Recife e faz do corredor a terceira maior aglomeração do Brasil. Segundo proje-ções demográ� cas, a população deve mais que dobrar em 20 anos e alcançar, em 2030, o total de 20 milhões de pessoas. Especialistas preveem que a malha urbana entre as capitais federal e de Goiás se entrelace em uma velocidade assustadora nos próximos anos.

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Ao longo da última semana, o Correio percorreu a rodovia em toda a sua extensão e constatou o crescimento econômico do eixo. Aos poucos, os municípios goianos de beira de estrada ga-nham vida própria e se livram do estigma de cidade-dormitório. Alexânia, a 60km do centro de Brasília, se prepara para receber em março do ano que vem o segundo shopping do país exclusiva-mente com outlets de lojas de grife. Não há mais lotes disponíveis ao lado do terreno onde o empreendimento será erguido.

Abadiânia, 28km adiante, no caminho de Goiânia, assiste a uma invasão cada vez maior de estrangeiros que chegam para conhecer a Casa Dom Inácio de Loyola, onde o médium João de Deus atende uma média de 1,5 mil visitantes por dia. O aumen-to da frequência de voos internacionais em Brasília impulsionou o movimento no centro espiritual. Euro e dólar viraram moedas correntes na cidade. Pousadas e restaurantes estão sempre cheios e a procura por imóveis nas redondezas só aumenta.

Distante 53km da capital goiana, Anápolis conquistou inde-pendência e vive sua melhor fase econômica. O PIB local saiu de R$ 2,15 bilhões, em 2002, para R$ 7,80 bilhões, no ano passado. As 22 mil toneladas de cargas que passam pelo Porto Seco Centro--Oeste todo mês ajudam a explicar o salto de 262% no período. O polo industrial anapolino reúne 130 empresas, incluindo multi-nacionais dos segmentos automobilístico e farmacêutico. Todas estão em processo de expansão.

Comércio de BaseA duplicação da rodovia, concluída em 2008 após 20 anos

de obras, aqueceu o desenvolvimento. Entre Brasília e Goiânia, o viajante já tem à disposição pelo menos 20 pontos de parada. De olho no potencial consumidor provocado por um � uxo de 60 mil

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carros por dia, postos de combustíveis ampliam a área comercial e pequenas residências se transformam em restaurantes e empó-rios. Moradores vendem de panela de alumínio a móveis rústicos, passando por frutas típicas da região.

Redes nacionais e até internacionais de hotéis despertaram interesse em se instalar no eixo. Focado principalmente no Lago Corumbá IV, o mercado da pesca e do turismo rural ferve ao re-dor da BR-060. Propriedades rurais também se destacam. Mora em uma fazenda perto de Alexânia, por exemplo, a vaca zebuína recor-dista mundial em produção de leite. De alambiques pertencentes ao mesmo município, saem cachaças distribuídas para o país inteiro.

A conurbação entre as duas capitais é encarada como pro-cesso natural e inevitável. — Não há como ser diferente. Necessa-riamente, temos de pensar na expansão econômica nesse trecho. Caso contrário, as pessoas continuarão vindo para Brasília com a ilusão de encontrar aqui o que procuram –, pondera o secretário de Desenvolvimento Econômico do DF, Jacques Pena. O desen-volvimento ao longo da BR-060 pode amenizar o inchaço do En-torno da capital federal, com criação de emprego e renda.

Os governos do DF e de Goiás vislumbram há décadas as possibilidades na região. A falta de políticas públicas integradas, no entanto, nunca permitiu um desenvolvimento mais e� caz.— Temos uma cidade com a maior renda per capita do país, uma Goiânia com qualidade de vida e o maior distrito industrial do Centro-Oeste no meio do caminho. Não há o que discutir: somos um eixo de sucesso, diz o secretário de Indústria e Comércio de Goiás, Alexandre Braga.

Na última década, diversos estudos destacaram o potencial do eixo Brasília-Goiânia. Em 2004, a Federação das Indústrias do DF (Fibra) concluiu um deles. — Essa região cresce naturalmente.

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Com um pouco mais de atenção, cresceria muito mais, de manei-ra mais veloz e ordenada, a� rma o presidente da Fibra, Antônio Rocha. Ele reforça que há um grande número de investidores in-ternacionais dispostos a desembarcar no corredor.

Para o economista da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg) Cláudio Henrique de Oliveira, o problema, ao contrário do que se espera, é que as duas unidades da Federação competem entre si na atração de empresas e incentivos � scais. — Cada um pensa em si. Não há uma política industrial continuada que va-lorize as potencialidades. Não se pensa no todo, critica. Este ano, os setores produtivos do DF e de Goiás voltaram a se reunir para discutir projetos em comum.

RadiografiaO total da população que inclui todos os municípios e áreas

rurais entre Brasília e Goiânia é de 9 milhões.O PIB do eixo Brasília-Goiânia, em valores atualizados é de

R$ 230 bilhões.A participação do eixo Brasília-Goiâniano PIB do Centro-

-Oeste é 70%.Linha de produção da Hypermarcas: 6 bilhões de compri-

midos fabricados por ano.

A meca dos investimentosQuem passa por Anápolis pela BR-060 pode até perceber o

crescimento da cidade, mas não faz idéia do boom industrial que ela vive. A expansão da rede hoteleira, de bares e de restauran-tes, e o avanço do mercado imobiliário re� etem os investimentos milionários de multinacionais no maior distrito agroindustrial do Centro-Oeste. Problema mesmo só para conseguir mão-de-obra.

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Sobram vagas nas empresas, todas em processo de ampliação das instalações.

A agressiva política de incentivos � scais em Anápolis, desde a década de 1980, surtiu efeito. Investidores nacionais e interna-cionais praticamente ganharam terrenos para desbravar a região. Em alguns casos, o metro quadrado foi calculado em R$ 1. — Es-tamos desapropriando terras para atender as empresas, conta o secretário de Desenvolvimento Econômico, Mozart Soares Filho.

Até o � m deste ano, começarão as obras dos galpões da fa-bricante holandesa de aviões Rekkof Aircra� .

O porto seco de Anápolis já é o terceiro maior do país: R$ 3,5 bilhões por ano.

No ano passado, o município recolheu R$ 514,9 milhões de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS), 20% a mais que no ano anterior.

O portfólio das principais empresas arrecadadoras inclui Caoa Montadora (com a fábrica da Hyundai), AmBev, Hering, Granol e as gigantes farmacêuticas Hypermarcas e Teuto. Para 2012, o orçamento previsto de Anápolis é de R$ 820 milhões. — Enquanto muitos falam em crise, estamos aparelhados para cres-cer, diz o prefeito, Antônio Roberto Gomide (PT).

A expansão do parque industrial da Hypermarcas, líder do mercado farmacêutico no Brasil, exempli� ca o desenvolvimento de Anápolis. Foram investidos R$ 110 milhões para ampliar a área construída de 52 mil para 90 mil metros quadrados. O número de funcionários saltou de 1,6 mil para 2,4 mil, um aumento de 50%. — Apostamos nesta região, resume o diretor de Desenvolvimento de Medicamentos da empresa, o anapolino Marco Aurélio Limirio Gonçalves Filho.

Pela primeira vez, uma equipe de reportagem visitou as no-

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vas instalações da Hypermarcas. O Correio percorreu parte das 54 linhas de produção, com capacidade para fabricar 6 bilhões de comprimidos por ano. Mais de 600 produtos estão sendo feitos em Anápolis, como o Biotônico Fontoura, o Engov e a Maracuji-na. A empresa estuda a transferência da área de cosméticos – atu-almente em São Paulo – para o interior de Goiás.

Balança ComercialO Porto Seco Centro-Oeste é responsável por 35% das

importações de Goiás e já é o terceiro do país em movimenta-ção – em 2010, foram US$ 2,08 bilhões, o equivalente a R$ 3,5 bilhões. Em 1999, ocupava a 62ª posição. Mais de 150 países exportam produtos por Anápolis, principalmente minérios, veículos, medicamentos, grãos, carne bovina e suína. — Qual-quer projeto de logística hoje no Brasil passa pelo eixo Brasí-lia-Anápolis-Goiânia, afirma o superintendente e acionista do Porto Seco, Edson Tavares.

Quilômetro zero de duas ferrovias e cortada por três rodo-vias federais, Anápolis agora espera a consolidação do Aeroporto de Cargas, um projeto de cerca de R$ 100 milhões que deve sair papel nos próximos dois anos. — A não ser que aconteça uma ca-tástrofe muito grande, Anápolis crescerá a taxas chinesas até pelo menos 2020, a� rma Tavares. Atualmente, 36 prédios residenciais estão em construção na cidade. Ainda este ano, é provável que o condomínio de luxo Alphaville con� rme presença na região.

Na esteira das lojas de grifeA pacata Alexânia terá sua rotina completamente alterada

a partir de março do ano que vem, quando deve � car pronto, na entrada da cidade, o segundo outlet de luxo do Brasil. O shop-

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ping, com grifes internacionais, mas preços até 80% mais baratos, causará um impacto até então inesperado na economia local. O Outlet Premium Brasília, com arquitetura inspirada nos prédios do Plano Piloto, terá 60 lojas e estacionamento para 2 mil carros.

Empolgada, a prefeita Maria Aparecida Gomes Lima (PSDB) prevê aumento de pelo menos 50% na arrecadação do município após a inauguração do empreendimento. Uma rede de Goiânia ar-rematou por R$ 275 mil um terreno de 10 mil metros quadrados localizado ao lado das obras do outlet, onde será erguido, segundo a prefeita, um hotel cinco estrelas. — Não há mais área disponível próximo ao shopping, completa Cida, como é conhecida.

Com a expectativa do outlet, Alexânia está pronta para o surgimento de um polo industrial que abrigará, inicial-mente, 12 empresas de segmentos como cosméticos e cons-trução civil. Duas delas já começaram a erguer seus galpões. Por ora, os oito hotéis-fazenda da região, onde com muita frequência ocorrem convenções empresariais, estão entre as principais fonte de receita da cidade. Também se destacam o comércio de móveis rústicos, vendidos às margens da rodovia, e a fábrica da Schincariol, inaugurada em 2003 e responsável pela criação de 2 mil empregos.

Na área rural, os alambiques de Alexânia chamam a atenção. A Cachaça do Ministro, conhecida nacionalmente, é produzida na região, na propriedade do ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Carlos Átila. Perto dali, em uma fazenda de 500 al-queres, em meio a um rebanho de 1,4 mil cabeças de gado, está a vaca zebuína recordista mundial em produção de leite – 52,793kg em um único dia –, cogitada em exposições agropecuárias de todo o mundo. (DA)

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Da palha para o grande negócioPonto de parada referência da BR-060, o Jerivá é exemplo de

empreendedorismo familiar. Há 35 anos, o casal João Benko Neto e Divina Maria de Souza Benko montou uma barraca de palha às margens da estrada para vender plantas. Em seguida, abriu espaço para que produtores da região comercializassem frutas, verduras e legumes, eliminando a � gura do atravessador. Deu certo. Nascia o conceito Jerivá: “De nossa fazenda para sua mesa”.

O faturamento das duas lojas – uma em cada sentido da ro-dovia – cresce a cada ano. A construção da unidade mais nova, no trecho Goiânia-Brasília, custou cerca de R$ 600 mil. No último ano, a empresa conseguiu R$ 1 milhão do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) para investir na fabri-cação dos produtos, vendidos nos empórios atrelados às lancho-netes, por onde passam, em média, cerca de 2 mil pessoas por dia. Aos � ns de semana, esse número chega a dobrar.

A empresa que atende a terceira geração de clientes, respon-de por 200 empregos diretos. O próximo passo é estruturar uma rede de franquias em shoppings (já há uma unidade em Goiânia) e em outras rodovias da região. — Estamos consolidados, viramos exemplo, mas queremos ser cada vez mais competitivos. Ainda há muito espaço para crescer, comenta Fernando Benko, 29 anos, o caçula do casal que assumiu a administração da empresa. (DA)

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PARTICIPANTES BRASILEIROS

ADRIANO AMARAL

• Empresas: Grupo Altran • Altran, Arthur D.Little, Axiem, Cambridge Consultants, Hilson

Moran, Control Solutions, Media Aerospace, Pr(i)me, DCE Con-sultants, Praxis, Synectics, SEGIME

• Atividades: Consultoria estratégica – Engenharia de Inovação e Tecnologia – Engenharia de Infra estrutura – Planejamento Urbano e Regional - Recursos Hídricos e Saneamento – Project Finance – Fusões e Aquisições - Estratégia de Entrada de Mercado - Projetos BID, Banco Mundial, CAF E PAC

• Demandas: Atrair Projetos e Investimentos para o Brasil – Identi-� car Parceiros e Investidores – Apresentação de Oportunidades de Investimentos no Brasil

ADALBERTO DE QUEIROZ

• Empresa: Grupo Multidata• Atividades: Tecnologia da Informação• Demandas: Exportar So� ware para consultoria de processos de estra-

tégia e qualidade - Consultoria em Estratégia e Qualidade.

CLAUDIO ROBERTO HECKMANN

• Empresa: Governo do Distrito Federal • Atividades: Assessoria internacional do GDF• Demandas: Prospecção de Investimentos para o DF

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AYLANE BRITO REZENDE

• Empresa: Governo do Distrito Federal• Atividades: Assessoria internacional do GDF• Demandas: Prospecção de Investimentos para o DF

FERNANDO PEDRO DE BRITES Presidente Câmara de Comércio Brasil-Portugal Brasília

• Empresa: Câmara de Comércio Brasil-Portugal Brasília• Atividades: Presidente• Demandas: Prospecção de projetos e Investimentos

DIVANDA LUZIA RAMOS PEREIRA

• Empresa: Futura Móveis

HELENIR APARECIDA DE AMARAL QUEIROZ

• Empresa: Associação Comercial e Industrial de Goiás• Atividades: Entidade de Classe• Demandas: Prospecção de Negócios para Empresas de Goiás

IVAN MARQUES Presidente Câmara de Comércio Brasil-Portugal Goiás

• Empresa: Marques Advogados Associados• Atividades: Consultoria e Intermediação de Negócios • Demandas: Investimentos e Intermediação de Negócios, Empre-

endimentos turísticos, Nanotecnologia, Tecnologia da Informação, Farmacêutica, Programas de rádio e televisão, Comunicação Edito-rial, Atividades ligadas a micro e pequena empresas

ELIANA MARQUES

• Empresa: Marques Advogados Associados

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JORDANNA RODRIGUES DI ARAÚJOVice-Presidente Câmara de Comércio Brasil-Portugal Goiás

• Empresa: Marques Advogados Associados• Atividades: Consultoria e Intermediação de Negócios• Demandas: Intermediação de Negócios, Alimentos Industrializa-

dos, Frutas, Polpa de Frutas, Cosméticos, Limão Para Caipirinha/Limão Amarelo, Vinho, Azeite, Bacalhau

JOSÉ CELSO MARTINS

• Empresa: SCA Mobiliário Contemporâneo• Atividade: Comércio de Móveis Planejados Residenciais e Corpo-

rativos • Demanda: Móveis Residenciais e Corporativos

JOSÉ LUIZ DINIZ JUNIOR

• Empresa: Hotel Mestre D’Armas• Atividades: Hotelaria e Turismo• Demandas: Turismo para o Centro-Oeste

JOSÉ RAIMUNDO PIRES

• Empresa: José Pires Negócios Inteligentes• Atividades: Consultoria de Negócios Imobiliários e Incorporações• Demandas: Investimentos para Empreendimentos Imobiliários

MANOEL SOARES ADORNO

• Empresa: Empremon Equipamentos Ltda• Atividades: Obras de Infra Estrutura, Construção de canteiros para

obras, Montagens Industriais, Compra e Venda de Equipamentos Pesados ou Indivisíveis

• Demandas: Compra e Venda de Equipamentos Pesados ou Indivisíveis

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MARIA DAS MERCES ADORNO

• Empresa: Empremon Equipamentos Ltda.

MAURO MUMBACH

• Empresa: Acqua Enterprise do Brasil• Atividades: Puri� cadores e Ionizadores de Água• Demandas: Buscar representantes e revendedores

MOEMA LEÃO

• Empresa: Casa Cor Brasília• Atividades: Eventos• Demandas: Móveis e Decoração Residencial e Corporativa

SALVIANO GUIMARÃES

• Empresa: Governo do Distrito Federal • Atividades: Coordenador Chefe da Assessoria internacional do GDF• Demandas: Atração de Investimentos para o DF

VICTOR ALEGRIA

• Empresa: � esaurus Editora de Brasília - Mares a Navegar• Atividades: Editor e Promotor Cultural• Demandas: Publicação de Livros de Autores Portugueses no Brasil

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REALIZAÇÃO

CÂMARA DE COMÉRCIO BRASIL-PORTUGAL BRASÍLIAPresidente: Fernando Brites

Fone: + 55 61 3225-6630 – Telemóvel 55 61 9975-3575SCLS 302 BLOCO B LOJA 22 – CEP – 70338-520 – BRASÍLIA - DFwww.brasilportugal.org.br/df - [email protected]

[email protected]

CÂMARA DE COMÉRCIO BRASIL-PORTUGAL GOIÁSPresidente: Ivan Marques

Fone: + 55 62 36040700 – Telemóvel 55 62 99040700RUA 103, nº 54 – SETOR SUL – CEP – 74.080-200 – GOIÂNIA - GOIÁS

[email protected] [email protected]

PAÍS ECONÔMICOPresidente: Jorge Alegria

Fone: + 351 265546553 – Telemóvel + 351 915590935AVENIDA 5 DE OUTUBRO, nº 11 - 1º Dto.

www.paiseconomico.eu – [email protected]

THESAURUS EDITORAPresidente: Victor J. M. Alegria

Fone: + 55 61 3344-5445 – Telemóvel 55 61 96584668SIG QUADRA 8 – LOTE 2356 – CEP – 70610-480 – BRASÍLIA - DF

www.thesaurus.com.br - [email protected] • www.nosrevista.com.br

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