enfermagem obstétrica parte 1

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ENFERMAGEM OBSTÉTRICA Grupo Aliança de Enfermagem Salvando Vidas com Qualidade de Ensino

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Page 1: Enfermagem ObstéTrica Parte 1

ENFERMAGEM OBSTÉTRICA

Grupo Aliança de Enfermagem Salvando Vidas com Qualidade

de EnsinoEnfº Eduardo Gomes da Silva – COREN

001790Enfª Juliana Lopes Figueiredo – COREN 99792

Page 2: Enfermagem ObstéTrica Parte 1

Anexos Embrionários

• O espermatozóide encontra o óvulo no terço distal das trompas (fecundação)

• Após fecundação se dá o nome de ovo ao produto da fusão

• Inicia a divisão mitótica e o ovo continua indo em direção ao útero

• Quando a divisão chega a 16 ou mais células (mórula) entra no útero

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Anexos Embrionários

• Ocorre diferenciação celular blastocisto, embrioblasto, trofoblasto e cavidade blastocistica

• Ocorre aproximação do blastocisto na parede do útero

• Mudança celular de trofoblasto para sinciciotrofoblasto e citotrofoblasto

• Início da nidação

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Anexos Embrionários

• Durante a implantação do ovo no útero o sinciciotrofoblasto irá atrás do nutriente como uma raiz de planta

• Quando o ovo consegue estabelecer um contato com a circulação, através do trofoblasto invasor, ocorre a liberação do Hormônio Gonadotrofina Corionica Humana (HCG)

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Anexos Embrionários

• O HCG na circulação estimula o hipotálamo que enviará uma mensagem para o ovário a continuar com o corpo lúteo rico em estrógeno e progesterona que não deixara descamar a parede do endométrio

• HCG HIPOTÁLAMO OVÁRIO

ENDOMÉTRIO

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Anexos Embrionários

• Formação da placenta rico em progesterona e regressão do corpo lúteo

• Reação ao redor do local de implantação do ovo reação decidual

• O endométrio ao redor do ovo se modifica contribuindo futuramente para formação da placenta decídua basal

• Ao redor do endométrio onde não ocorreu a implantação denomina-se decídua parietal

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Anexos Embrionários

• Estabelece-se a circulação materno fetal podendo o sangue conter agentes teratogênicos

• Nesta fase o embrioblasto modifica-se e até a 8º semana é chamado de embrião e após denomina-se feto

• Formação dos anexos embrionários que são as membranas (cório liso e âmnio), placenta (cório frondoso) e cordão umbilical

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Membranas

• Formada mesmo antes do embrião

• Forma o âmnio na parte interna, onde fica o feto e o líquido amniótico

• O cório liso fica na parte externa

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Função das Membranas

• Manter o feto/embrião suspenso pelo cordão umbilical, permitindo flutuar livremente e ter um crescimento simétrico

• Evita que o âmnio tenha aderência ao embrião/feto

• Proteção contra agressão externas

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Função das Membranas

• Manter temperatura constante do embrião/feto

• Possibilidade de análise do líquido (maturação e saúde fetal)

• Auxilia na dilatação do colo do útero no trabalho de parto

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Líquido Amniótico

• Claro com ou sem grumos

• Coloração castanhada, esverdeada ou sanguinolenta deverá ser analisada

• Excesso ou falta de líquido poderá comprometer o feto

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Placenta

• Vital para vida do feto• No final do 1º mês de gestação, a

placenta está suficientemente desenvolvida para suprir o feto de nutrientes e oxigênio

• Ao final da gravidez, a placenta está achatada, redonda com aproximadamente 20cm de diâmetro, 2,5 de espessura e 600 gramas

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Placenta – Lado Materno

• Fica aderido ao útero

• Tem irregularidades

• É áspera e contém muitas subdivisões denominadas cotilédones

• Possui cerca de 15 a 20 cotilédones que é o trofoblasto invasor

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Placenta – Lado Fetal

• É brilhante devido aderência das duas membranas cório e âmnio

• Presença de um cordão umbilical inserido geralmente na parte central

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Placenta – Funções Metabólicas

• Nutrientes variam a sua capacidade de transpor pela placenta

• Água, glicose, eletrólitos e vitaminas

• Imunidade passiva para o feto

• Grande maioria das medicações atravessam a barreira placentária

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Placenta – Funções Endócrinas

• Estrógeno

• Progesterona

• Gonadotrofina coriônica humana HCG

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Cordão Umbilical

• Liga o feto à placenta

• Dentro possui 2 artérias e 1 veia que funcionam fora do padrão normal

• Veia umbilical transporta sangue oxigenado

• Artérias transportam sangue proveniente do metabolismo fetal, pobre em oxigênio

Page 26: Enfermagem ObstéTrica Parte 1

Circulação Fetal

• Obtem seu metabolismo e obtem oxigênio através da placenta

• Não utiliza pulmões e o fígado

• Tem peculiaridade pois desvia parte do sangue oxigenado destes órgãos fetais (pulmão e fígado) através de ductos

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Circulação Fetal

• Tem maior necessidade de encaminhar mais sangue para o cérebro, pois qualquer carência levará ao sofrimento e óbito fetal

Page 28: Enfermagem ObstéTrica Parte 1

Circulação Fetal

• Existe um forame oval entre os átrios

• Sangue oxigenado vem pela veia umbilical e desemboca na veia cava inferior

• Sai pobre em oxigênio através das artérias umbilicais provenientes da aorta descendente

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Circulação Fetal

• Ducto venoso: conecta a veia umbilical à veia cava inferior (desvio-fígado)

• Ducto arterioso: conecta a artéria pulmonar à aorta

• Forame oval: abertura entre os átrios

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Circulação Fetal

• Logo após o nascimento a circulação placentária cessa

• Pulmões começam a funcionar

• Vasos umbilicais são cortados e param de receber oxigênio

• Recém-nascido utiliza os pulmões para obter oxigênio

Page 32: Enfermagem ObstéTrica Parte 1

Circulação Fetal

• Com a abrasão, o sangue flui pelos pulmões

• O sangue flui pelos pulmões com abertura dos vasos sanguíneos pulmonares

• Não ocorre mais o desvio de sangue pelo ducto arterioso e segue a linha de menor resistência e entra nos pulmões

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Circulação Fetal

• Aumento da pressão vinda do pulmão no átrio esquerdo causando o fechamento do forame oval entre os átrios

• Coração passa a ter funções diferenciadas de 2 bombas separadas o lado direito sangue venoso e esquerdo arterial

Page 34: Enfermagem ObstéTrica Parte 1

Circulação Fetal

• Ducto venoso cessa e o sangue antes parcialmente derivado do fígado, agora flui pelo sistema porta

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Assistência Pré-Natal

• Supervisão dada à gestante

• Atravesse o período de gravidez com mínimo de desconforto físico e mental para ser mãe (OMS)

Page 37: Enfermagem ObstéTrica Parte 1

Assistência Pré-Natal - Objetivo

• Diagnóstico e tratamento das doenças pré-existentes que agravam o parto

• Profilaxia, diagnóstico e tratamento das patologias da gestação

• Melhorias nas condições gerais, corrigindo deficiências pré-existentes, promover vacinação antitetânica

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Assistência Pré-Natal - Objetivo

• Orientações de hábitos de vida

• Assistência psicológica à gestante

• Preparação para maternidade (parto de puerpério)

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Assistência Pré-Natal - Objetivo

• Até 28 semanas – mensal

• 28 a 36 semanas – quinzenal

• 36 em diante - semanal

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Assistência Pré-Natal – 1º Consulta

• Assistência precoce a gestante

• Anamnese através de uma ficha específica

Page 41: Enfermagem ObstéTrica Parte 1

Fatores de Risco para Gravidez Atual

• Características individuais e condições sociodemograficas desfavoráveis

• História reprodutiva anterior

• Intercorrências clínicas crônicas

• Doenças obstétricas na gravidez atual

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CONDIÇÕES DESFAVORÁVEIS

Page 43: Enfermagem ObstéTrica Parte 1

História Reprodutiva Anterior

Page 44: Enfermagem ObstéTrica Parte 1

Intercorrências Clínicas

Page 45: Enfermagem ObstéTrica Parte 1

Doença Obstétrica Atual

Page 46: Enfermagem ObstéTrica Parte 1

Características Individuais e sociodemográficas

• Idade menor de 15 anos e maior que 35

• Altura inferior a 1,45m

• Peso menor que 45kg e maior que 75kg

• Situação conjugal insegura

• Situação familiar insegura e não aceitação da gravidez (principalmente em adolescentes)

Page 47: Enfermagem ObstéTrica Parte 1

Características Individuais e sociodemográficas

• Baixa escolaridade

• Condições ambientais desfavoráveis

• Dependência química

• Ocupação: esforço físico excessivo, carga horária extensa, rotatividade de horário, exposição à agentes físicos, químicos e biológicos, estresse

Page 48: Enfermagem ObstéTrica Parte 1

História Reprodutiva Anterior

• Morte perinatal explicada ou inexplicada

• RN com restrição de crescimento, pré-termo ou mal formado

• Abortamento habitual

• Esterilidade/infertilidade

• Intervalo interpartal menor que dois anos ou maior que cinco anos

Page 49: Enfermagem ObstéTrica Parte 1

História Reprodutiva Anterior

• Nuliparidade e multiparidade

• Sindromes hemorrágicas

• Pré-eclâmpsia/eclâmpsia

• Cirurgia uterina anterior

• Macrossomia fetal

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Intercorrências Clínicas Crônicas

• Cardiopatias

• Pneumonias

• Nefropatias

• Endocrinopatias

• HAS

• Epilepsia

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Intercorrências Clínicas Crônicas

• Infecção urinária

• Portadores de doenças infecciosas hepatite, HIV

• Doenças auto-imunes (lupus eritematoso e sistêmico)

• Ginecopatias

Page 52: Enfermagem ObstéTrica Parte 1

Doença Obstétrica atual

• Desvio uterino

• Numero de fetos

• Volume do líquido amniótico

• Trabalho de parto prematuro

• Ganho ponderal inadequado

Page 53: Enfermagem ObstéTrica Parte 1

Doença Obstétrica atual

• Pré-eclampsia/eclampsia

• Amniorrex prematura

• Hemorragias da gestação

• Isoimunização

• Óbito fetal

Page 54: Enfermagem ObstéTrica Parte 1

Observações

• Identificando-se um ou mais fatores, a gestante deverá ser tratada na UBS, conforme protocolo do MS

• Casos não previstos para tratamento em UBS: encaminhar para atenção especializada e devolvida para atenção básica com recomendações ou acompanhamento pré-natal nos serviços de referência para gestação de alto risco

Page 55: Enfermagem ObstéTrica Parte 1

Exame Físico Geral e Obstétrico

• Exames

• Vacinação

• Consultas subsequentes

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Colheita de Material

• Dosagem de hemoglobina (Hb)• Grupo sanguíneo e fator Rh• Teste de Combs indireto• Sorologia para sífilis• Sorologia para toxoplasmose• Teste HIV 1 e 2 • Pesquisa antígeno de superfície da

hepatite

Page 57: Enfermagem ObstéTrica Parte 1

Colheita de Material

• Glicemia de jejum

• Exame de urina tipo 1

• Colpocitologia oncótica

• Parasitológico de fezes

Page 58: Enfermagem ObstéTrica Parte 1

Colheita de Material

• Teste cutâneo tuberculínico

• Pesquisa de hemoglobina s

• Teste de inibição da hemoglobina contra rubéola

• Citomegalovírus

• Sorologia para citomegalovírus

Page 59: Enfermagem ObstéTrica Parte 1

Vacinação

• Observar conduta antitetânica comprovada pelo cartão de vacina

• Em caso de nenhuma dose registrada: iniciar esquema vacinal independente idade gestacional, com intervalos de 60 dias ou no mínimo 30 dias

Page 60: Enfermagem ObstéTrica Parte 1

Vacinação

• 3 doses ou mais – última < 5 anos não é necessário vacinar

• 3 doses ou mais sendo a última há mais de 5 anos – 1 dose de reforço

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Consultas Subsequentes

• Vai depender das condições da primeira consulta visando acompanhamento clínico e obstétrico

Page 62: Enfermagem ObstéTrica Parte 1

Importância das Consultas

• Evolução uterina

• Batimento cárdio-fetal

• Exame físico

• Detectar: HAS, anemia, sangramentos, corrimentos, edema, diabetes, cardiopatias

• Internar se necessário

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Orientações

• Alimentação

• Banho

• Mamas

• Vestuário e calçados

• Fumo, droga, álcool e cafeína

• Auto-medicação

• Esportes

Page 64: Enfermagem ObstéTrica Parte 1

Orientações

• Atividade sexual

• Enxoval do RN

• Viagens

• Profissão

• Assiduidade nas consultas de P.N.

• Preparo para trabalho de parto