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ENTOMOFAUNA AUXILIAR ASSOCIADA À VINHA NA REGIÃO DEMARCADA DO DOURO
C.R. Carlos, J.M.A. Domingos, F. Alves & J.M.R. Costa
ADVID- Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense.
Rua José Vasques Osório,62 – 5º. 5050-280 Peso da Régua. [email protected]
RESUMO
A fauna auxiliar é o principal factor de limitação natural das pragas. Estes inimigos são muitas
vezes dominados por uma ou várias espécies de predadores ou de parasitóides (Reboulet,
1992).
Tendo consciência da importância da limitação natural das pragas que atacam a vinha,
desenvolveu-se em 2003 um trabalho visando a identificação dos principais insectos
predadores associados à cultura na Região Demarcada do Douro e o conhecimento dos seus
períodos de actividade, como forma de definir medidas tendo em vista valorizar a sua acção.
Assim, procurou-se ainda estudar a influência dos tratamentos realizados na evolução da fauna
identificada.
Ao longo das 26 semanas de amostragem, realizadas entre Abril e Setembro, foram
identificadas onze famílias referidas como incluindo espécies predadoras, isto é, Coccinellidae,
Mordellidae, Cleridae, Malachiidae, Staphylinidae, Cantharidae, Carabidae da ordem
Coleoptera; Chrysopidae da ordem Neuroptera; Syrphidae da ordem Diptera e Miridae e
Nabidae da ordem Hemiptera. Os coccinelídeos foram a família mais abundante, merecendo
destaque o género Scymnus sp. que correspondeu a 81 % do total de indivíduos capturados
desta família .
O período de maior actividade dos adultos capturados foi de uma forma geral o que decorreu
entre os meses de Maio a Setembro. Neste período destaca-se o mês de Junho, no qual se
capturaram com intensidade cinco famílias, nomeadamente os coccinelídeos, os mordelídeos,
os clerídeos, os malaquídeos e os estafilinídeos.
É possível que a substância activa dinocape, aplicada num período de intensa actividade dos
coccinelídeos, tenha contribuído para a diminuição do número de insectos capturados
pertencentes a esta família.
Palavras-chave: insectos, predadores, vinha, períodos, actividade, toxicidade, fungicidas
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INTRODUÇÃO
Todo o animal é consumidor de certos organismos e é consumido por outros. Cada espécie
tem um lugar e uma função bem definida e constitui uma malha de cadeias alimentares por
vezes muito complexa. Os insectos que prejudicam as culturas não fogem a esta regra. Estas
pragas são detidas por uma série de organismos tais como microorganismos patogénicos
(vírus, bactérias, fungos), nemátodes entomoparasitas, vertebrados (pássaros, mamíferos,
répteis) mas sobretudo por artrópodes que se alimentam exclusivamente desses insectos, o
que faz com que sejam considerados entomófagos e recebam desta forma a designação de
entomofauna auxiliar (Jourdheuil, 1974).
Na protecção das culturas tem vindo a merecer destaque o papel dos artrópodes auxiliares,
como factor de limitação natural de espécies fitófagas, procurando-se valorizar a sua acção
(Lavadinho, 1992).
Ainda, para Lavadinho (1992), a utilização de produtos fitofarmacêuticos continuará a ser
ferramenta indispensável à protecção das culturas. Deste modo, a escolha de produtos de
menor toxicidade, que favoreçam, ou pelo menos não contrariem, a acção de limitação natural
devida aos auxiliares, é um objectivo importante.
O objectivo inicial deste trabalho consistiu na identificação e quantificação dos principais
insectos predadores que limitam naturalmente as duas pragas com maior importância na vinha
da Região Demarcada do Douro, nomeadamente a traça da uva e a cigarrinha verde.
Posteriormente, alargou-se o âmbito deste estudo ao conhecimento dos insectos predadores
de outras pragas da vinha. Na medida do possível, procurou-se ainda obter informação sobre
a influência dos tratamentos fitossanitários efectuados à cultura, na evolução das populações
destes auxiliares.
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MATERIAL E MÉTODOS
Colheita de dados e caracterização da parcela
A vinha, situada na freguesia do Pinhão, foi plantada em 1987 segundo uma sistematização do
terreno em patamares de dois bardos, com a casta Touriga Franca enxertada em 99R, e um
compasso de 2,0 m x 1,1 m, conduzida em cordão bilateral de plano ascendente. A parcela
com cerca de 4 ha, tem exposição a Oeste-Sudeste, e o declive inicial da encosta é de 40 %.
No fundo da parcela, a Oeste e Sudoeste desta, existe uma linha de água, oliveiras e citrinos
em número considerável e outras espécies arbóreas em número reduzido tais como aveleira,
pereira e nespereira. A Leste/Sudeste da parcela existe uma mata constituída maioritariamente
por pinheiro, medronheiro e sobreiro (Foto 1). No Quadro 1 é feita uma breve caracterização
das espécies arbóreas/ arbustivas ou coberto vegetal existentes na proximidade do local onde
foram realizadas amostragens.
A captura dos predadores realizou-se com recurso a cinco armadilhas cromotrópicas, no
período que decorreu entre 10 de Abril e 1 de Outubro (26 semanas de amostragens). As
armadilhas eram constituídas por uma placa de acrílico de cor amarela e forma rectangular,
com uma área de cerca de 300 cm² (15 ? 20 cm) e 0,3 cm de espessura, revestidas em ambas
as faces por uma fina camada de cola, específica para insectos. As cinco armadilhas foram
colocadas em diferentes locais da vinha (Foto 1), a uma altura de 1,50 m do solo, sendo fixas
ao arame superior dos bardos.
Foto 1- Vinha onde se efectuou o estudo da fauna auxiliar. Os números (1 a 5) indicam a localização das armadilhas cromotrópicas.
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Quadro 1- Caracterização das espécies vegetais existentes na proximidade de cada parcela onde se colocou a armadilha cromotrópica
Parcela 1 Parcela 2 Parcela 3 Parcela 4 Parcela 5 oliveiras, pereira, coberto vegetal
com joio e pampilho de micão
Citrinos, oliveiras e nespereira
Acipreste e mata com medronheiro, pinheiro e sobreiro
- -
Relativamente ao revestimento do solo, foi efectuada uma aplicação de herbicida misto na linha
e taludes em meados de Fevereiro, permanecendo a entrelinha com revestimento natural até
14 de Julho, data em que foi realizada uma escarificação do solo. Nas proximidades da
armadilha 1, exactamente um patamar abaixo, não foi aplicado herbicida de Inverno, estando o
solo densamente revestido com pampilho de micão (Coleostephus myconis L.) e joio (Lolium
sp. ).
A recolha dos insectos capturados por cada armadilha foi efectuada semanalmente, recorrendo
para o efeito a um pincel e petróleo. Depois de secos e limpos, eram cuidadosamente
separados e classificados por famílias, com recurso à lupa binocular (Nikon SMZ-645
ampliação 8 a 50 x), e com o auxílio das chaves dicotómicas disponíveis em Borror & Delong,
(1969).
Clima e fitossanidade em 2003
Relativamente à evolução climática durante as amostragens , o mês de Abril foi aquele em que
a precipitação foi mais significativa (Fig. 1). Posteriormente verificou-se precipitação com
alguma intensidade a 29 de Junho, 15 de Julho, 28 de Agosto, 30 de Setembro e 1 de Outubro
(Fig. 1). A temperatura média registou em 2003 valores superiores à média na segunda década
de Junho e principalmente na primeira quinzena de Agosto, onde se verificou a vaga de calor
mais intensa, desde a década de 40 (registo do IM), com duração de 17 dias e máxima na
ordem de 40 ºC IM (2003). (Fig. 1).
Fig. 1- Evolução da temperatura média (Tm) e precipitação (R) durante a realização das amostragens
Do ponto de vista fitossanitário, o ano de 2003 foi propício fundamentalmente ao
desenvolvimento de doenças. A precipitação ocorrida em Abril provocou algumas infecções de
míldio, mas o oídio foi a doença com maior significado na região. Quanto à traça da uva, praga
chave nesta região, a realização da estimativa do risco revelou não ser necessário efectuar
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qualquer tratamento insecticida (Fig. 2). Relativamente à cigarrinha verde, foram registadas
apenas as curvas de voo dos adultos (Fig. 3), não se tendo efectuado a estimativa do risco por
contagem de ninfas, pelo facto de se conhecer o historial de ataque da praga e este não ser
significativo neste local. O elevado vigor vegetativo permitiu o desenvolvimento de uma
primeira geração da praga bastante importante. A segunda geração e, fundamentalmente a
terceira geração não seguiram, no entanto, a mesma tendência (Fig. 3).
Análise de dados
Os dados obtidos analisaram-se em termos de evolução do número de capturas ao longo do
tempo e, dentro das limitações existentes em função dos tratamentos fitossanitários realizados.
Para o efeito, procedeu-se em primeiro lugar, a uma comparação em termos de abundância e
diversidade dos indivíduos capturados nas várias armadilhas. A diversidade (D) é expressa
pelo índice de Shannon-Wiener (Magurran, 1988; Krebs, 1987 citados por Nunes, 1996) sendo
este a medida do grau médio de incerteza que prevê a que espécie pertence um indivíduo
capturado ao acaso numa comunidade (Ludwig ? Reynolds, 1988 citados por Nunes,1996).
Este índice baseia-se em dois parâmetros, a riqueza de famílias (R) e a abundância (A),
representando o primeiro o número de famílias presente na amostra, e o segundo o número
total de indivíduos presente na amostra. O índice de diversidade apresenta valores que
normalmente variam entre 1,5 e 3,5, raramente ultrapassando os 4,5 (Magurran, 1988 citado
por Nunes, 1996). Valores elevados de diversidade estão normalmente associados a condições
favoráveis do meio, implicando a existência de numerosas espécies, cada uma delas
representada por um pequeno número de indivíduos. Este valor será máximo se todas as
espécies apresentarem o mesmo número de indivíduos, e será igual a zero se a abundância for
igual a 1 (Ludwig ? Reynolds, 1988) citado por Nunes, 1996).
Posteriormente, procedeu-se a uma análise das curvas de voo das famílias de insectos
capturados, identificando os períodos de maior intensificação, e tentou-se, de alguma forma
comparar esses períodos com os relatados em Acta (1984).
Após ter procedido a uma pesquisa bibliográfica sobre a biologia dos insectos capturados,
hábitos alimentares e toxicidade das substâncias activas utilizadas no ensaio, procurou-se
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Adultos
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Adultos
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Estragos
Curva de voo adultos Estragos (Ninhos e % ataque)
Fig. 2- Curva de voo e quantificação de estragos da traça da uva em 2003 na vinha em estudo
Fig. 3- Curvas de voo da cigarrinha verde registadas em cinco armadilhas cromotrópicas e respectiva média em 2003 na vinha em estudo
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interpretar os decréscimos verificados nas curvas de voo com a possibilidade da interferência
negativa de algumas substâncias activas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Abundância e Diversidade
O total de capturas efectuado pelas cinco armadilhas foi de 863 indivíduos, pertencentes a 11
famílias, isto é, Coccinellidae, Mordellidae, Cleridae, Malachiidae, Staphylinidae, Cantharidae,
Carabidae da ordem Coleoptera; Miridae e Nabidae da ordem Hemiptera; Chrysopidae da
ordem Neuroptera e Syrphidae da ordem Diptera. No total de capturas é importante frisar que
57,6 % da população pertenciam à família Coccinellidae, 14,1 % à família Mordellidae e 10,6 %
à família Cleridae (Fig. 4).
Fig. 4- Distribuição percentual das famílias de insectos predadores capturados no ensaio.
Relativamente à abundância e à diversidade existem diferenças notórias entre as cinco
armadilhas instaladas na parcela (Quadro 2).
Quadro 2- Abundância (A), Riqueza (R) e Diversidade (D), relativas às capturas registadas nas diferentes armadilhas cromotrópicas
Famílias Arm. 1 Arm. 2 Arm. 3 Arm. 4 Arm. 5 Total Coccinellidae 263 57 79 43 56 498 Cantharidae 9 6 5 1 1 22 Mordellidae 16 25 42 25 14 122
Cleridae 4 14 30 41 3 92 Malachiidae 7 5 20 7 18 57
Staphylinidae 2 9 13 6 10 40 Chrysopidae 10 6 1 2 1 20
Outras famílias 3 4 3 2 0 13 A 314 126 193 127 103 863 R 9 9 10 9 7 - D 0,73 1,66 1,62 1,5 1,33 -
No que respeita à abundância, merece especial destaque pelo maior número de insectos
capturados, a armadilha 1, com 314 indivíduos (36 % do total), dos quais 84 % pertencem à
família Coccinellidae. Esta maior abundância poderá ser explicada quer pela diversidade
Mordellidae14,1%
Cleridae10,7%
Malachiidae6,6%
Staphylinidae4,6%
Outras famílias1,4%
Chrysopidae2,3%
Coccinellidae57,6%
Cantharidae2,5%
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vegetal existente nas proximidades do local onde se encontrava a respectiva armadilha (Foto 1
e Quadro 2), quer pela presença de uma linha de água perto desta parcela, que poderá ter
proporcionado um microclima mais favorável à manutenção dos insectos neste local. Pelo
contrário, a armadilha 5 foi a que capturou menos insectos, tendo-se contabilizado 103
indivíduos (12 % do total). O facto desta armadilha ter capturado um menor número de insectos
poderá estar relacionado com a sua localização na vinha, nomeadamente com o afastamento
quer da linha de água, quer das árvores aí presentes.
A diversidade registou o seu maior valor na armadilha 2 (1,66), sendo o valor mais baixo
registado na armadilha 1 (0,73). Como valores elevados de diversidade estão normalmente
associados a condições favoráveis do meio, isto leva a supor que a parcela 2 apresentava
condições ideais para a existência de numerosas famílias, enquanto a parcela 1 apresentava
condições para o desenvolvimento de um pequeno número de famílias, nomeadamente da
Coccinellidae, uma vez que nesta armadilha as suas capturas foram em elevado número.
Evolução do número de capturas
O período de maior actividade dos adultos capturados foi de uma forma geral o que decorreu
entre os meses de Maio a Setembro (Quadro 3). Destaca-se o mês de Junho, no qual se
capturaram com intensidade cinco famílias, nomeadamente os coccinelídeos, os mordelídeos,
os clerídeos, ou seja as famílias em que se capturaram mais insectos, juntamente com os
malaquídeos e os estafilinídeos. (Quadro 3).
Ordem Coleoptera
? Família Coccinellidae
Esta família foi a que se capturou em maior número, correspondendo a 57,6 % do total de
capturas. As espécies mais representativas em termos de capturas foram Scymnus interruptus
Goeze (41,6 %), Scymnus frontalis Fabricius (39,2 %), Stethorus punctillum Weise (4,8 %),
Coccinella septempuntacta L. (3,4 %) e Exochomus nigromaculatos Goeze (2,8 %).
O período no qual se verificou uma intensificação do número de capturas desta família foi no
que decorreu entre os meses de Junho a Setembro, tendo-se registado o máximo de 50
capturas a 18 de Setembro. Em finais de Agosto, inícios de Setembro, verificou-se um
decréscimo acentuado do número de capturas. Não nos é possível explicar se tal diminuição
nas capturas ocorreu por motivos climáticos nomeadamente pela ocorrência de alguma
precipitação, ou por questões que se prendem com a biologia dos insectos capturados (Fig. 5-
a).
Comparando os períodos de actividade obtidos neste estudo (Quadro 3) com os recolhidos
numa pesquisa bibliográfica (Quadro 4), podemos verificar que, relativamente ao género
Scymnus, existem condições nesta parcela que favorecem a presença destes indivíduos até ao
mês de Setembro, onde foram capturados em maior número, apesar de Acta (1984) referir uma
maior presença nos meses de Julho e Agosto (Quadro 4).
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Nº adultos
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f- Cantarídeos
Fig. 5- Curvas de voo dos predadores capturados com recurso a armadilhas cromotrópicas colocadas nas várias parcelas (A1, A2, A3, A4, A5) e respectiva média. Os números indicam os tratamentos fitossanitários realizados na vinha em estudo (Quadro 5). Os períodos de maior actividade estão assinalados a cheio ( )
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Nº adultos
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11-Set
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Nº adultos
A 1 A 2 A 3 A 4 A 5 Média
1 2 3 4 5
h- Crisopídeos
a- Coccinelídeos b- Mordelídeos
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Quadro 3- Períodos de actividade dos adultos das várias famílias de predadores capturados na vinha em estudo em 2003
Período de actividade dos adultos Ordem Famílias
A M J J A S Coccinellidae
Mordellidae Cleridae Malachiidae Staphylinidae Cantharidae
Coleoptera
Carabidae Neuroptera Chrysopidae Diptera Syrphidae Miridae
Hemiptera
Nabidae .
Legenda:
-Período de presença do auxiliar - Período de presença intensa do auxiliar - Período de ausência do auxiliar
Quadro 4–Hábitos alimentares, biologia e principais períodos de actividade das famílias Coccinellidae, Mordellidae, Cleridae, Malachiidae, Staphylinidae, Cantharidae, Carabidae, Chrysopidae, Syrphidae, Miridae e Nabidae. Revisão bibliográfica.
Fonte: 1- Acta (1984), 2- Frank & Mizell (2002), 3-Flint (2002), 4- Reboulet (1999) citado por Amaro (2001), 5- Apgar et al. (1999), 6- Hill (1992), 7-Anónimo A (s.d.), 8- Schroeder (1999), 9- Anónimo B (s.d), 10- Anónimo C (2001), 11- Anónimo D (s.d.), 12- Anónimo E (s.d.), 13- Steiner (1974), 14- Weeden et al. (s.d.), 15- Anónimo F (s.d.), 16- Anónimo G (s.d.), 17- Weseloh et al. (1995), 18- Stork (S.D.), 19- Riddick (s.d.), 20- Weeden et al. (s.d.), 21- Anónimo H (s.d.), 22- Anónimo I (s.d.), 23- Boyd (s.d.), 24- Buigues (1999) citado por Van Helden (2000), 25- Anónimo J (s.d.), 26- Mahr (s.d.)
Legenda
J F M A M J J A S O N D
Coccinellidae Scymnus sp.afídeos
1, cochonilhas
2, moscas brancas
3 e cigarrinhas
verdes4 adulto 1 1 a 21
Chilocorus sp. cochonilhas1 adulto 1 3 1
Coccinella septempunctata sp. afídeos1 adulto 1 1 1
Stethorus ácaros1 adulto 1 3 a 4 1
Mordellidae - dípteros5 e térmitas
6 - 1 7 ?
Cleridae -escolitídeos8, ovos de gafanhoto, larvas de lepidópteros e
coleópteros9 larva, pupa ou adulto
101 a 2
9 ?
Malachiidae - escolitídeos, larvas de curculionídeos e lepidópteros11 - ? ?
Staphylinidae - dípteros, escolitídeos, ovos e larvas de lepidópteros,
ácaros12
, tripes e aleurodídeos13 larva
12 2
14 ?
Cantharidae -afídeos, ovos gafanhoto, larvas de lepidópteros e
coleópteros15
, lesmas13 larva
15 1
1 a 2
15 ?
Carabidae -larvas e pupas de lepidópteros
16, 17, afídeos, formigas e
térmitas18, caracóis e minhocas16, coleópteros19 larva16
ou adulto16,19
1 1,16
a 2 19
Chrysopidae -afídeos, ácaros, tripes, moscas brancas, larvas de
lepidópteros e coleópteros, cicadelídeos e cochonilhas20
larva21
, pupa21
ou adulto 20, 21 2 a 4 1
Syrphidae A Episyrphus sp. afídeos 1 adulto 1 várias 1
Syrphidae B - afídeos 1 larva 1 1 1
Syrphidae C Syrphus sp. afídeos 1 larva 1 várias 1
Miridae -afídeos 1, cicadelídeos22, 23,24, psilas23, cochonilhas23, mosca
branca23 e ácaros22 ovo 1 ou adulto 1 1 a 2 1
Nabidae -afídeos, ovos e larvas de lepidópteros25 e coleópteros26,
cicadelídeos25, 26
, psilas25
e ácaros26 ovo 1 ou adulto 1 1 1
Período de actividade 1
Família Género, espécie Presas Forma hibernanteNº ger./
ano
- Período de actividade intensa do auxiliar - Período de ausência do auxiliar (migração para outras culturas) - Período de presença do auxiliar mas com actividade fraca ou nula
10
? Família Mordellidae
Os mordelídeos foram a segunda família mais abundante em termos de capturas,
correspondendo a 14,1 % do total de insectos. Foram capturados indivíduos ao longo de todo o
período de amostragens, tendo-se no entanto verificado uma intensificação das capturas entre
meados de Junho e meados de Agosto (Quadro 3). O pico de capturas, 7 indivíduos, foi
atingido a 25 de Junho na armadilha 4 (Fig. 5-b).
Relativamente ao período de actividade da família Mordellidae, assim como o das famílias
Cleridae, Malachiidae, Staphylinidae e Cantharidae não se encontrou qualquer referência.
? Família Cleridae
Os insectos desta família foram capturados no período compreendido entre meados de Abril e
fim de Junho com um máximo de capturas que ocorreu a 16 de Maio com 25 indivíduos na
armadilha 4 (Fig. 5-c). Os meses de Maio e Junho foram no entanto aqueles em que as
capturas se intensificaram (Quadro 3).
? Família Malachiidae
As capturas de malaquídeos corresponderam a 6,6 % do total de insectos capturados. Estas
verificaram-se num período bastante longo, entre 8 de Maio e 11 de Setembro, no entanto a
sua intensificação verificou-se entre 5 de Junho e 3 de Julho, tendo-se capturado o máximo de
6 insectos a 19 de Junho (Fig. 5-d e Quadro 3).
? Família Staphylinidae
Os estafilinídeos corresponderam a 4,6 % do total de insectos capturados. O período no qual
se capturaram insectos desta família foi o compreendido entre 17 de Abril a 18 de Junho. O
máximo de capturas, 8, verificou-se a 18 de Junho na armadilha 3 (Fig. 5-e, Quadro 3).
? Família Cantharidae
Os adultos de cantarídeos foram capturados no período compreendido entre 24 de Abril e 18
de Junho, embora em número reduzido, tendo-se registado o máximo de quatro capturas a 16
de Maio na armadilha 1 (Fig. 5-f e Quadro 3) . Até ao fim das amostragens só foi efectuada
mais uma captura a 14 de Agosto na armadilha 5 (Fig. 5-f).
? Família Carabidae
Os carabídeos foram capturados em número reduzido, apenas seis, cinco dos quais entre
meados de Abril e inícios de Junho, nas armadilhas 1, 2 e 4. O máximo de capturas verificou-
se a 22 de Maio, com 2 indivíduos capturados. A 31 de Julho verificou-se a última captura de
insectos desta família na armadilha 2 (Fig. 5-g).
Os carabídeos capturaram-se com maior intensidade num período de tempo relativamente
curto, em Maio, quando comparado com o referido por Acta (1984), que aponta para uma maior
actividade entre Maio e Setembro (Quadro 3 e 4).
11
Ordem Neuroptera
? Família Chrysopidae
No acompanhamento efectuado às armadilhas cromotrópicas capturou-se um número muito
reduzido de insectos pertencentes a esta família, 20 indivíduos apenas, representando este
valor 2,3 % do total de capturas efectuadas no ensaio. Os crisopídeos foram capturados de
forma irregular durante o período de amostragens, tendo sido capturado apenas um adulto nas
datas de 17 de Abril, 8 de Maio e 11 de Junho na armadilha 2. A 23 de Julho registou-se um
aumento generalizado de capturas de adultos desta família, ocorrendo o máximo de cinco
capturas na armadilha 1. Esta continuou a capturar crisopídeos em maior número que as
restantes na seguinte amostragem a 30 de Julho (Fig. 5-h). A partir desta data verificou-se
apenas a captura de mais um adulto a 28 de Agosto e na última amostragem a 1 de Outubro.
Relativamente ao referido por Acta (1984) os crisopídeos apresentaram um período de
actividade mais tardio e menos prolongado (Quadro 3 e 4). O facto da armadilha 1 ter sido a
que capturou um maior número de crisopídeos poderá ser explicado pela maior disponibilidade
de presas neste local, nomeadamente de cigarrinha verde (Fig. 3) já que esta praga é referida
como sendo uma das suas presas (Quadro 4), assim como pelo microclima aí existente.
Ordem Diptera
? Família Syrphidae
No estudo efectuado foram só capturados dois indivíduos pertencentes a esta família nas datas
de 8 de Maio na armadilha 3 e 18 de Junho na armadilha 2. A fraca presença deste auxiliar
poderá talvez ser explicada pela sua grande especificidade alimentar, nomeadamente de
afídeos (Quadro 4), praga que não é vulgar encontrar-se na vinha desta região. Como é visível
no Quadro 4 existem diferenças na biologia das várias espécies de sirfídeos. Como não se
procedeu à identificação das espécies capturadas, não nos é possível comentar os seus
períodos de actividade.
Ordem Hemiptera (Subordem Heteroptera)
? Família Miridae
No estudo efectuado foram só capturados dois exemplares de mirídeos, um deles a 28 de
Maio, na armadilha 4 e o outro a 25 de Junho na armadilha 3, o que não permite tirar
conclusões acerca da sua biologia.
? Família Nabidae
Ao longo de todo o período de amostragens só foi possível efectuar a captura de dois
indivíduos desta família, um a 23 de Julho e outro a 30 de Julho nas armadilhas 3 e 1
respectivamente, o que não permite tirar conclusões acerca da sua biologia.
12
Relativamente ao número total de insectos capturados nas cinco armadilhas, verifica-se a
ocorrência de dois picos de capturas, o primeiro a 18 de Junho em que foram contabilizados
82 insectos predadores e o segundo, a 18 de Setembro, em que se capturaram 86 indivíduos
(Fig. 6).
Fig. 6- Evolução do número total de insectos capturados pelas cinco armadilhas cromotrópicas na vinha em estudo
Efeito dos tratamentos fitossanitários
Ao longo de todo o período de amostragens verificaram-se vários decréscimos no número de
capturas dos adultos pertencentes às famílias estudadas Fig. 5 (a-h). Pensamos que estes
possam ter sido provocadas por diversos factores, entre os quais, aqueles que se prendem
com a biologia dos insectos, a escassez de presas, as condições climáticas e por fim com a
possível interferência negativa de um tratamento fitossanitário.
Salientam-se, pela sua ocorrência no período de maior actividade de alguns dos auxiliares
capturados, a precipitação e consequente descida de temperatura verificada a 29 de Junho e
27 e 28 de Agosto (Fig. 1), a dinâmica da traça da uva e cigarrinha verde em 2003 (Fig. 2 e 3)
e, por fim, a ocorrência dos tratamentos fungicidas efectuados à vinha (Quadro 5).
Desconhece-se até que ponto a precipitação ocorrida nos dias referidos pode ter influenciado o
voo dos insectos capturados ao longo de uma semana de amostragem. A descida de
temperatura, ocorrendo num período mais alargado (Fig. 1) poderá ter tido uma influência
acrescida. Relativamente às pragas, as oscilações de capturas quer de traça (Fig. 2) quer de
cigarrinha verde (Fig. 3), prendem-se fundamentalmente com o ciclo biológico das pragas, não
tendo sido possível quantificar semanalmente ovos ou lagartas da traça da uva e ninfas de
cigarrinha verde, presas de alguns dos auxiliares capturados. Finalmente relativamente aos
tratamentos fungicidas efectuados no ensaio (Quadro 5), fez-se uma pesquisa bibliográfica
com o objectivo de reunir informação relativamente à toxicidade das suas substâncias activas.
0
25
50
75
100
10-Abr
24-Abr
8-Mai
22-Mai
5-Jun
19-Jun
3-Jul
17-Jul
31-Jul
14-Ago
28-Ago
11-Set
25-Set
Nº total adultos
13
Quadro 5- Tratamentos fitossanitários efectuados na vinha em estudo
Relativamente à informação toxicológica dos fungicidas aplicados face aos auxiliares, Gendrier
& Reboulet (2000) fazem referência à toxicidade média que apresentam as formulações
molháveis do enxofre para coccinelídeos enquanto que Jacas & Vinuela (1993) em ensaios
laboratoriais verificaram que, relativamente aos crisopídeos, esta substância activa
apresentava ausência de toxicidade a toxicidade moderada, toxicidade ligeira em sirfídeos e
toxicidade moderada a toxicidade efectiva em coccinelídeos. No entanto, as pequenas
reduções nas capturas verificadas a 24 de Abril nos coccinelídeos (Fig. 5-a), nos mordelídeos
(Fig. 5-b), nos clerídeos (Fig. 5-c), nos estafilinídeos (Fig. 5-e), nos carabídeos (Fig. 5-g) e nos
crisopídeos (Fig. 5-h) e a 28 de Maio nos estafilinídeos (Fig. 5-e) e nos carabídeos (Fig. 5-g)
não nos parecem significativas, para poder relacioná-las com as aplicações de enxofre em pó
(Quadro 5).
Na amostragem realizada a 3 de Julho verificou-se um novo decréscimo de capturas, desta vez
mais acentuado nos coccinelídeos (Fig. 5-a) e nos mordelídeos (Fig. 5-b). Nesta data foram
recolhidos insectos que foram capturados num período que coincidiu com a ocorrência de uma
precipitação de 28 mm (29 de Junho) e descida de temperatura e com a aplicação de dinocape
e cimoxanil + oxicloreto de cobre + propinebe (Quadro 5). Quanto ao dinocape, Gendrier &
Reboulet (2000) referem que, relativamente aos coccinelídeos, esta substância activa
apresenta uma toxicidade média. Não encontramos informação relativamente à toxicidade das
outras substâncias activas em mistura, apesar do oxicloreto de cobre ser referido por Jacas &
Vinuela (1993) como inofensivo em laboratório para coccinelídeos e moderadamente tóxico em
laboratório para crisopídeos mas inofensivo para os mesmos em condições de campo.
Estes dados, apesar de não conclusivos, sugerem uma possível interferência da substância
activa dinocape sobre os coccinelídeos, quando aplicada numa fase em que esta família já se
encontrava em actividade intensa (Quadro 3).
Tratamento Nº
Data Nome comercial
Substância activa Dose / Concentração
Inimigo Estado fenológico
1 14-20 Abril - enxofre em pó 50 kg / ha oídio Cachos visíveis
Milraz Super cimoxanil+oxadicil+ propinebe
250 g / hl míldio 2 6 Maio
Horizon EW tebuconazol 40ml / hl oídio Flores separadas
Milraz Super cimoxanil+oxadicil+ propinebe 250 g / hl míldio
3 27 Maio Horizon EW tebuconazol 40ml / hl oídio
Alimpa / Bago de chumbo
4 12 Junho - enxofre em pó 70 kg / ha oídio Bago de ervilha
Milraz Cobre cimoxanil + oxicloreto de cobre + propinebe
350g / hl míldio 5 27 Junho
Dinogil dinocape 150g / hl oídio Cacho fechado
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CONCLUSÃO
Os resultados obtidos, mostraram-nos que a vinha em estudo possuía um complexo de
predadores relativamente rico mas pouco diversificado. Assim, com a técnica de amostragem
utilizada foi possível identificar 11 famílias, isto é, Coccinellidae, Cantharidae, Mordellidae,
Cleridae, Malachiidae, Staphylinidae, Carabidae da ordem Coleoptera; Miridae e Nabidae da
ordem Hemiptera; Chrysopidae da ordem Neuroptera e Syrphidae da ordem Diptera. No total
de capturas, 57,6 % da população pertenciam à família Coccinellidae, merecendo destaque o
género Scymnus sp. que correspondeu a 81 % do total de indivíduos capturados desta
família.
Relativamente ao número de insectos capturados nas cinco armadilhas cromotrópicas,
verificou-se que a armadilha 1 foi a que capturou um maior número de insectos, não sendo de
negligenciar a importância da diversidade vegetal neste local.
O período de maior actividade dos adultos capturados foi de uma forma geral o que decorreu
entre os meses de Maio a Setembro. Destaca-se o mês de Junho, no qual se capturaram com
intensidade cinco famílias, nomeadamente os coccinelídeos, os mordelídeos, os clerídeos, os
malaquídeos e os estafilinídeos.
A aplicação de dinocape num período de intensa actividade dos coccinelídeos, pode ter
contribuído para um efeito negativo naqueles auxiliares, dada a conhecida toxicidade desta
substância activa sobre esta família, sendo importante em futuros trabalhos estudar esta
problemática, dada a complexa interacção com factores relacionados com o ciclo biológico dos
auxiliares, ocorrências climáticas e relação presa/predador.
Por fim, e dada a escassez de trabalhos no nosso país relacionados com o estudo da fauna
auxiliar, importará referir a necessidade da realização de estudos orientados por um lado para
o conhecimento dos artrópodes predadores existentes na vinha e da sua importância na
limitação das pragas, e por outro para o estudo da toxicidade das várias substâncias activas
homologadas em protecção integrada face a estes auxiliares.
AGRADECIMENTOS
Á equipa técnica da Quinta do Bomfim, nomeadamente aos técnicos Paulo Macedo, Miles
Edellman e José Guerra pela disponibilidade de meios, ajuda na caracterização das parcelas e
cedência de dados.
Á Bayer Cropscience pela cedência de parte dos fungicidas aplicados no ensaio.
Ao Engº Monteiro Guimarães da DGPC pela identificação de alguns heterópteros e à Drª Isabel
Martins da DGPC pela identificação das espécies de coccinelídeos.
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