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“O coaching pode ser definido como um processo
sistemático de aprendizagem, centrado na situação
presente e orientado para a mudança, onde se
facultam recursos e ferramentas de trabalho
específicos que permitem a melhoria do desempenho
na área que as pessoas procuram”.
Juan Fernando Bou Pérez, 2009
Coaching para docentes- motivar para o sucesso
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INTRODUÇÃO
Tendo como base os pressupostos do coaching e tendo em conta que as
relações positivas entre professores-alunos; alunos-alunos… podem fazer a
diferença na melhoria de diferentes competências e aprendizagens,
desenvolvi este plano de ação, direcionado para uma aluna com problemas
de motivação e baixa autoestima.
O e-Portefólio surge como um instrumento de facilitação e transparência
para as técnicas e ferramentas de coaching utilizadas, constituindo um
instrumento inacabado, que vai permitir atualizar informação e corrigir erros
(tendo em conta o decorrer da aplicação com a aluna, no próximo ano
letivo).
Clica aqui para perceberes o que é um e-Portefólio.
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PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE RELAÇÃO
POSITIVA COM A ALUNA
BREVE CARACTERIZAÇÃO SOCIOFAMILIAR:
No que diz respeito ao historial clínico, a D nasceu às 37 semanas (gravidez
mal vigiada/mãe alcoólica) e apresenta um quadro de Síndrome Fetal
Alcoólico, com alguns compromissos cognitivos.
Perante a completa negligência dos progenitores, a D foi entregue aos
cuidados de uma família de acolhimento, com quem vive atualmente. Esta
família é extremamente preocupada com a D e contribui para o contínuo e
progressivo desenvolvimento da criança.
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RELAÇÃO COM OS PARES:
A D é uma criança tímida, tem dificuldade em relacionar-se com os colegas e
reage mal às frustrações (choro, ansiedade).
RELAÇÃO COM AS PROFESSORAS:
Apresenta um comportamento dócil e estabelece um relacionamento de
confiança com as docentes (titular/educação especial).
Neste momento a D tem 8 anos e frequenta o 2º ano de escolaridade
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QUADRO DE REFLEXÃO
Problema Comportamentos de baixa autoestima, desmotivação e
ansiedade.
Consequências
Dificuldade no relacionamento interpessoal;
desmotivação pelas tarefas escolares; chora e fica
ansiosa perante as frustrações.
Causas
Poucas situações de êxito em atividades/contextos
anteriores; pouca valorização do que a aluna consegue
fazer.
Comportamentos
alternativos
Desenvolver comportamentos de confiança, motivação e
bem-estar.
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Objetivo SMART
Modelo GROW
Promover uma atitude mais positiva
e confiante, de modo a melhorar a
autoestima da criança.
Intervenientes na
implementação Docentes; pares/turma; família.
Local e recursos
materiais
Escola; casa.
Computador.
Cronograma
Sessões mensais, utilizando como instrumento de
apoio o e-Portefólio (sendo possível o acesso às
atividades na escola e em casa).
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IMPLEMENTAÇÃO DE TÉCNICAS E FERRAMENTAS DE COACHING
COM A ALUNA
SESSÃO 0 (setembro de 2015) – Juntos no desafio!
OBJETIVOS:
• Envolvimento e articulação entre a Escola e a Família, no
alcance do objetivo SMART;
• Clicar para realização de um Contrato Escola-Família.
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SESSÃO 1 (setembro de 2015) – O meu contrato de comportamento!
OBJETIVOS:
• Envolvimento da aluna. Propor-lhe o desafio!
• Clicar para a realização de um Contrato de Comportamento.
Uma das técnicas mais utilizadas num processo de coaching é o Modelo
GROW. Visualiza o vídeo com os teus pais e analisa-o com eles.
Este modelo pode ser usado para a resolução de problemas ou definição
de objetivos, trazidos pelo próprio aluno.
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SESSÃO 2 (outubro de 2015) – Autocontrolo/Autoinstruções
OBJETIVO:
Promover a capacidade de Autocontrolo sobre o comportamento,
através de Autoinstruções.
Desenvolvimento de Autoinstruções:
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construir um pensamento planeado na execução das tarefas.
necessitar de regras estruturadas.
nstruções apresentada corresponde a um passo/etapa para
resolver um problema/tarefa.
Clica para poderes acederes à folha de autoinstruções.
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SESSÃO 3 (outubro de 2015) –Autogestão/Planeamento
OBJETIVOS:
através de alguns recursos, como “Plano Semanal”; “Plano Diário”.
(Cartões
Tarefa, Cartazes, Listas de Tarefas).
Quadro Caderno
Diário).
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SESSÃO 4 (nov./dez. de 2016) – Reforço Positivo
OBJETIVO:
Promover a utilização do Reforço Positivo para aumentar a
autoconfiança e os comportamentos adequado da aluna.
Aumentar a colaboração e motivação da aluna através
de algumas técnicas:
-Prestar atenção e elogiar a aluna, quando apresenta
comportamentos adequados/êxitos.
-Dar-lhe oportunidades de êxito perante os pares.
-Fazer pedidos / dar instruções de uma forma clara e amável (ex. por favor
podes dar-me aquele lápis), para que a criança se sinta mais confiante.
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Utilizar Recompensas. Além do elogio e da atenção positiva, é importante
proporcionar-lhe coisas que lhe dão prazer, ou privilégios que esta deseje
obter, em resultado por exemplo de um bom comportamento.
Porquê Recompensar?
As crianças parecem permanecer até mais tarde dependentes de fontes
externas de motivação para realizarem tarefas menos atrativas – necessitam
de um feedback constante (elogios, afeto físico ou recompensas materiais).
Serão necessárias diferentes recompensas dependendo da idade da criança.
O “Truque” é manter a criança motivada atribuindo-lhe pontos pelos seus
comportamentos adequados/positivos, criando a consciência de que estes
pontos poderão ser trocados mais tarde por privilégios.
Cria na escola, com a ajuda da tua professora, esta tabela de
recompensas. Clica aqui!
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Tempo Especial - Interação pais/filhos!
Mediante um determinado comportamento/atitude positiva,
os pais atribuem à criança um tempo especial à sua escolha
(ex: ir ao parque, passear na praia, ir ao cinema…).
VANTAGENS DESTA TÉCNICA:
-Ajuda a perceber que a forma como o adulto se relaciona com a
criança influencia fortemente a motivação para fazer rotinas e
tarefas exigidas (ex. fazer a cama, deixar de bater no irmão…);
-Ajuda a apreciar a criança e a valorizar o tempo que passam juntos.;
-Ajuda a que a criança tome consciência das consequências das suas
ações/decisões.
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SESSÃO 5 (jan. de 2016) – Forças/Fraquezas;
Oportunidades/Receios
OBJECTIVO:
Autoconhecimento emocional.
Clica aqui para acederes às atividades:
- Questionário autoconhecimento;
- Lista de felicidade;
- Expulsa os intrusos.
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SESSÃO 6 (fevereiro de 2016) – Zona de Desconforto
OBJETIVO:
Registar emoções/comportamentos que causam desconforto.
Os pais e professores serão interlocutores privilegiados no processo de
autoavaliação e compreensão das emoções disfuncionais da aluna, ajudando-
a a utilizar pensamentos e comportamentos mais funcionais e positivos.
Constroi uma tabela com a ajuda dos teus pais/professores onde
possas registar os teus “pontos de explosão”. Clica aqui para veres
um exemplo.
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SESSÃO 7 (fevereiro de 2016) – Zona de Conforto
OBJETIVOS:
Regulação Emocional - capacidade para regular impulsos e
emoções desagradáveis.
Exemplo de uma estratégia para regulação emocional
Como pode ser implementada:
-Recorrer à história “O ponto” de Peter H. Reynolds;
-A criança poderá visualizar a história em power point com a turma e
propor uma atividade de desenho de diferentes pontos, para expor na escola.
Isto poderá dar-lhe autoconfiança e reconhecimento por parte dos colegas da
turma.
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-Treinar a criança para que em situações de ansiedade recorra à essência da
história e verbalize para si própria as palavras “sou capaz”. Contar até 10 e
em seguida relaxar todos os seus músculos.
-Reforçar ou premiar este treino para que a criança se motive a aplicá-lo
sozinha sempre que se sinta inquieta ou ansiosa.
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SESSÃO 8 (março de 2016) – Avaliação Conjunta
OBJETIVOS:
•Pretende-se que a Escola e a Família façam uma reavaliação do seu papel
como educadores, mas também do comportamento da criança.
•Análise dos resultados obtidos (ponto da situação).
•Possível Re/formulação de novos objetivos e do e-portefólio.
•Esta avaliação tem um caracter qualitativo.
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CONCLUSÃO
O professor pode ser um excelente “coach” para cada um dos seus
alunos, porque para além de oferecer as ferramentas que melhor se
adequam ao aluno e ao seu objetivo, ele poderá explorar recursos (internos)
no mesmo. O seu papel não é fazer julgamentos, criticas ou dar instruções,
mas sim, escutar conscientemente, fazer perguntas e inspirar para a ação.
Colocar o “coachee”/aluno numa perspetiva diferente da sua realidade
é proporcionar outra experiência que convertida em ação, conduz a uma
nova aprendizagem. Tornar consciente as emoções é compreender os
sentimentos em relação às coisas e às pessoas que nos rodeiam.
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O controlo das emoções passa por uma compreensão do nosso próprio
comportamento e dos outros: fundamental no trabalho em equipa. Cada vez
mais o trabalho é uma tarefa de equipa que implica uma série de
competências emocionais e relacionais que podem determinar o êxito da
organização escolar.
A chave para tomar boas decisões pessoais é ouvir os
sentimentos
Daniel Goleman