equilíbrio em crianças e jovens cegos e de baixa visão ... · lateralidade, equilíbrio...
TRANSCRIPT
Equilíbrio em crianças e jovens cegos e de baixa
visão: efeito da preferência podal e da atividade física
Diana Lopes da Rocha
Porto, 2015
Equilíbrio em crianças e jovens cegos e de baixa
visão: efeito da preferência podal e da atividade física
Orientadora: Professora Doutora Paula Cristina Santos Rodrigues
Coorientadora: Professora Doutora Maria Olga Fernandes Vasconcelos
Autora: Diana Lopes da Rocha
Porto, setembro de 2015
Dissertação apresentada à Faculdade de
Desporto da Universidade do Porto, no
âmbito do curso do 2º Ciclo de Estudos
conducente ao grau de Mestre, em
Atividade
Física Adaptada, nos termos do Decreto-lei
nº74/2006, 24 de março.
Ficha de Catalogação
Rocha, D. (2015). Equilíbrio em crianças e jovens cegos e de baixa visão:
efeito da preferência podal e da atividade física. Porto: D. Rocha. Dissertação
apresentada à Faculdade de Desporto da Universidade do Porto para obtenção
do grau de Mestre, na área de Atividade Física Adaptada.
Palavras-chave: PREFERÊNCIA PODAL, EQUILÍBRIO, DEFICIÊNCIA
VISUAL, ATIVIDADE FÍSICA.
V
Dedicatória
“Don't believe what your eyes are telling you. All they show is limitation.
Look with your understanding. Find out what you already know and you will see
the way to fly"
-Richard Bach
Aos meus pais
Por todo o esforço durante todos estes anos
O meu obrigada
VII
Agradecimentos
A realização desta dissertação não teria sido possível sem a ajuda, apoio,
conhecimentos e incentivo de várias pessoas. Assim, gostaria de expressar o
meu agradecimento:
À Professora Doutora Paula Rodrigues, orientadora da presente
dissertação, pelo acompanhamento contínuo, pela disponibilidade, apoio e
dedicação.
À Professora Doutora Olga Vasconcelos, minha coorientadora, pelo
conhecimento transmitido, disponibilidade e incentivo.
A todas as crianças e jovens pela dedicação e empenho na realização dos
testes. A sua participação foi crucial e imprescindível para a concretização deste
trabalho.
Ao Agrupamento de Escolas Rodrigues de Freitas, em especial à
Professora Rosa Bastos e Eugénia Cardoso, por autorizarem e colaborarem
nesta investigação.
A todos os encarregados de educação e professores que acompanham
diariamente estas crianças pela autorização e tempo dispensado para a
execução dos testes. Assim como, pelas informações, observações e
esclarecimentos prestados, sempre que necessário.
A todos os meus amigos pelo apoio, compreensão e carinho demonstrados.
À minha amiga Andreia Garcia, à Adriana Pereira e à Gabriela Oliveira por
todo o apoio, incentivo e paciência.
Aos meus colegas de turma pelo apoio e espírito de equipa.
E ainda a todos aqueles, que apesar de não estarem mencionados,
contribuíram de alguma forma, para esta realização.
IX
Índice geral
Dedicatória ......................................................................................................... V
Agradecimentos ............................................................................................... VII
Índice de Quadros ............................................................................................. XI
Índice de Anexos .............................................................................................. XII
Resumo ........................................................................................................... XIII
Abstract ............................................................................................................. XI
Lista de Abreviaturas ......................................................................................... XI
CAPÍTULO I - Introdução ................................................................................... 1
1.1. Introdução geral................................................................................. 2
1.2. Estrutura da Dissertação ................................................................... 4
1.3. Referências Bibliográficas ................................................................. 6
CAPÍTULO II – Revisão da Literatura .............................................................. 10
2.1. Deficiência Visual ............................................................................ 12
2.1.1. Definição e classificação ......................................................... 12
2.1.2. Atividade Física e Deficiência Visual....................................... 15
2.2. Equilíbrio ......................................................................................... 19
2.2.1. Definição, conceito e classificação ......................................... 19
2.2.2. Alterações do Equilíbrio e Deficiência Visual .......................... 20
2.2.3. Equilíbrio e Prematuridade na Deficiência Visual ................... 24
2.2.4. Equilíbrio e Orientação & Mobilidade na Deficiência Visual .... 25
2.2.5. Equilíbrio e Atividade Física na Deficiência Visual .................. 26
2.3. Lateralidade ..................................................................................... 29
2.3.1. Definição ................................................................................. 29
2.3.2. Índices de Preferência Lateral ................................................ 31
2.3.3. Classificação dos Índices de Preferência Lateral .................... 38
2.3.4. Preferência Manual e Deficiência Visual ................................. 40
2.4. Referências Bibliográficas ............................................................... 41
CAPÍTULO III – Estudo empírico ...................................................................... 77
Resumo ...................................................................................................... 79
Abstract ...................................................................................................... 80
X
3.1. Introdução ....................................................................................... 81
3.2. Metodologia ..................................................................................... 82
3.3. Resultados ...................................................................................... 85
3.4. Discussão ........................................................................................ 87
3.5. Conclusão ....................................................................................... 88
3.6. Referências Bibliográficas ............................................................... 89
4.1. Conclusões ............................................................................................ 96
4.2. Sugestões para futuros estudos ............................................................ 96
CAPÍTULO V – Anexos .................................................................................. xcix
Anexo 1 - Consentimento Informado ........................................................... ci
Anexo 2 - Questionário .............................................................................. ciii
XI
Índice de Quadros
Quadro 1 - Estrutura da dissertação de mestrado .............................................. 5
Quadro 2 - Classificação da cegueira e da visão subnormal (adaptado de OMS,
1989) ................................................................................................................ 13
Quadro 3 - Caracterização da amostra. Número de indivíduos........................ 83
Quadro 4 - Efeito do Sexo, tipo de deficiência visual, prática desportiva, Curso
de Orientação & Mobilidade e prematuridade, no equilíbrio, média, desvio de
padrão, valores de t e p. ................................................................................... 85
XII
Índice de Anexos
Anexo 1 - Consentimento Informado .................................................................. ci
Anexo 2 - Questionário ..................................................................................... ciii
XIII
Resumo
O objetivo deste estudo foi caracterizar o nível de equilíbrio dos sujeitos com
deficiência visual em função da preferência podal (PP) e da prática de atividade
física regular. Pretendeu-se ainda analisar o nível de equilíbrio dos sujeitos com
deficiência visual em função do tipo de deficiência, do género, da detenção de
Curso de Orientação & Mobilidade (COM), da preferência manual (PM) e da
prematuridade. A amostra foi constituída por 23 crianças e adolescentes, de
ambos os géneros, com deficiência visual (9 com cegueira e 14 com baixa visão),
com idades compreendidas entre os 9 e os 18 anos, praticantes (n=17) e não
praticantes (n=6) de atividade física regular. Relativamente à PM, verificaram-se,
22 destrímanos (DES) e 1 sinistrómano (SIN), assim como 20 sujeitos de PP
direita, 1 de PP esquerda e 2 sem PP. Quanto à prematuridade, foram
considerados prematuros os participantes com menos de 37 semanas de
gestação (n=8) e nascidos a termo aqueles com 37-42 semanas de gestação
(n=15). Quanto à detenção do COM 13 sujeitos tinham o curso e 10 não tinham.
A análise do equilíbrio foi realizada através da aplicação da Escala de Equilíbrio
de Berg (Soares et al., 2011), na versão traduzida e adaptada para a língua
portuguesa (Brasil) do The Berg Balance Scale, de Berg et al. (1992). A análise
da PP e da PM foi efetuada através do Questionário de Preferência Podal, de
Porac e Coren (1981) e do Questionário de Preferência Manual de Edinburgh
(modificado) (Oldfield, 1971) respetivamente. Os resultados revelaram um efeito
no equilíbrio estatisticamente significativo do tipo de deficiência visual, e do COM
tendo os sujeitos com baixa visão e as crianças sem COM obtido desempenhos
superiores. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas nos
fatores no género, na prematuridade e na prática de atividade física. Concluímos
que o nível de equilíbrio varia com o tipo de deficiência visual e que a detenção
do COM não afeta os níveis de equilíbrio.
Palavras-Chave: PREFERÊNCIA PODAL E MANUAL, EQUILÍBRIO,
DEFICIÊNCIA VISUAL, ATIVIDADE FÍSICA.
XI
Abstract
The aim of this study was to characterize the effect of footedness and physical
activity in the level of balance of people with visual impairment. It was intended
to further analyze balance of the visually impaired subjects depending on the
factors: degree of visual impairment, gender, Orientation & Mobility Training
(OMT), handedness and prematurity. The sample consisted in 23 children and
teenagers, of both genders, with visual impairment (9 with blindness and 14 with
low-vision), aged between 9 and 18 years old, physical activity practitioners
(n=17) and non- practitioners (n=6). Relatively to handedness, 22 were right-
handed and 1 was left-handed as well as 20 subjects were right-footed, 1 left-
footed and 2 without foot preference. As to prematurity, were considered
premature the subjects born with less than 37 weeks of gestation (n=8) and term-
born the subjects born between 37-42 weeks of gestation (n=15). As for OMT, 13
had training and 10 hadn’t. The Portuguese (Brazil) translated version of The
Berg Balance Scale (Berg et al., 1992) in 2005 was used to evaluate balance,
Porac and Coren (1981) was used to evaluate footedness and a modified version
of the Edinburgh Handedness Inventory (Oldfield, 1971) to evaluate handedness.
The results indicated a significant effect on the degree of visual impairment and
OMT, which subjects with low vision and children with no OMT having higher
performances. No statistical differences of the factors: gender, prematurity and
physical activity was found. In conclusion, the level of balance varies with the
degree of visual impairment and having OMT doesn’t affect the level of balance.
Keywords: FOOT AND HAND PREFERENCE, BALANCE, VISUAL
IMPAIRMENT, PHYSICAL ACTIVITY.
XI
Lista de Abreviaturas
BOT-2 Bruininks-Oseretsky Test of Motor Proeficiency - 2 short form
COM Curso de Orientação & Mobilidade
DES Destrímano
e.g. Exemplo
INE Instituto Nacional de Estatística
OMS Organização Mundial de Saúde
MABC-2 Movement Assessment battery for Children – second edition
PM Preferência Manual
PNp Pé Não Preferido
Pp Pé Preferido
PP Preferência Podal
SIN Sinistrómano
SPSS Statisitic Package for the Social Siences
CAPÍTULO I - Introdução
2
1.1. Introdução geral
O presente estudo insere-se no âmbito da Dissertação de Mestrado em
Atividade Física Adaptada, a apresentar na Faculdade de Desporto da
Universidade do Porto.
Em 2010 estimou-se que 32,4 milhões de pessoas no mundo fossem
cegas e 191 milhões tivessem baixa visão (Stevens et al., 2013). Em 2001
haviam 636 059 pessoas com deficiência em Portugal, das quais 163 467 tinham
deficiência visual, o que representava mais de um quarto da população com
deficiência (INE, 2001).
De uma forma geral, a deficiência visual entende-se como a perda parcial ou
total da capacidade visual, em ambos os olhos, levando a pessoa a uma
limitação na sua performance visual (Munster & Almeida, 2005).
Consensualmente, a classificação de uma pessoa com deficiência visual é feita
de acordo com a acuidade visual do melhor olho e o campo visual alcançado
pelo sujeito (OMS, 2014).
O desenvolvimento da criança cega, em termos posturais e de
deslocação, é mais lento que o da criança normovisual (Le Boulch, 1992).
Também Castro (2005) menciona que algumas características motoras da
criança cega são: o atraso no desenvolvimento motor, deficiência na
lateralidade, equilíbrio insuficiente, mobilidade restrita, orientação e navegação
espacial comprometidos, esquema corporal deficiente, defeitos no alinhamento
postural, expressão corporal e faciais raras, coordenação motora desfasada,
falta de resistência física. Farias (2004), refere ainda que quando a estimulação
da criança cega não é precoce, a coordenação motora, o tónus e o equilíbrio
estático e dinâmico são afetados.
As dificuldades no equilíbrio podem ser contornadas através da atividade
física, como foi apurado no estudo de Çolak et al. (2004). Os autores avaliaram
o equilíbrio, a força de preensão, a flexibilidade, o salto vertical, o pico de torque,
em praticantes e não praticantes de goalball. Os resultados favoreceram os
praticantes comparativamente aos não praticantes em todos os parâmetros
analisados.
3
A preferência lateral pode ser definida como o uso assimétrico dos
membros ou sentidos, sendo a preferência manual (PM) a mais estudada, apesar
de verificar-se assimetrias também nos pés, olhos e ouvidos (Annett, 2004, Bagi
et al., 2011, e Mohr et al., 2003).
Os estudos sobre a preferência manual (PM) têm mais de 100 anos. No entanto,
depois de uma pesquisa subordinada ao tema da PM nas pessoas com
deficiência visual, constatamos que o seu estudo é bem mais recente. Os
estudos encontrados tendem a avaliar a PM entre pessoas com deficiência visual
e normovisuais ou pessoas com deficiência visual e normovisuais vendados
(Caliskan & Dane, 2009; Ittyerah, 2000; Ittyerah et al., 2007; Larsen & Hakonsen,
1983) ou apenas um tipo de deficiência visual (Argyropoulos et al., 2014; Pointer,
2001). Cratty e Sams (1968) concluíram que a idade média do desenvolvimento
da PM numa criança com deficiência visual rondava os 9 anos. No entanto, se a
criança tivesse a devida estimulação, poderia ter a expressão da PM definida
aos 7 anos.
Peters (1988) menciona que o pé preferido (Pp) é usado para atividade
de manipulação de objetos, enquanto o pé não preferido (PNp) é utilizado para
o suporte postural. Não foram encontrados estudos sobre a preferência podal
(PP) na deficiência visual, tendo, Argyropoulos et al. (2014) evocado a
necessidade do estudo da relação entre a preferência lateral e deficiência visual.
No estudo de Lorefice et al. (2015), os autores compararam o equilíbrio
estático e dinâmico, em crianças prematuras e nascidas a termo. Constatando
que, as crianças nascidas a termo tinham desempenhos superiores
comparativamente às crianças prematuras. Não foram encontrados estudos
sobre o efeito da prematuridade no equilíbrio de pessoas com deficiência visual.
Como podemos verificar os estudos na área do equilíbrio na deficiência
visual, com as variáveis: tipo de deficiência visual, atividade física, preferência
podal, preferência manual, género, prematuridade e COM têm sido pouco
estudadas.
Os estudos sobre a preferência podal têm sido muitas vezes associados
tanto a PM como ao equilíbrio, procurando encontrar associações. A PM tem
sido estudada na deficiência visual, mas é principalmente investigada com
4
normovisuais, sendo poucos os estudos onde o objetivo seja encontrar
diferenças entre a PM nos diferentes tipos de deficiência visual. Também o
equilíbrio tem sido estudado nas pessoas com deficiência visual e mais uma vez
procurando diferenças entre as pessoas com “visão normal”. Porém, nenhum
estudo até ao momento procurou caracterizar o equilíbrio nas pessoas com
deficiência visual, e o efeito da: lateralidade, atividade física e prematuridade.
Por tudo o que foi exposto, a presente investigação tem como propósito
caracterizar o nível de equilíbrio dos sujeitos com deficiência visual em função
da preferência podal (PP) e da prática de atividade física regular. Pretendeu-se
ainda analisar o nível de equilíbrio dos sujeitos com deficiência visual em função
do tipo de deficiência, do género, da detenção de COM, da preferência manual
(PM) e da prematuridade.
1.2. Estrutura da Dissertação
A presente dissertação está organizada segundo o “Modelo
Escandinavo” e dividida em cinco capítulos, como ilustra o Quadro 1.
Quadro 1 - Estrutura da dissertação de mestrado
Capítulos Conteúdo
Capítulo I - Introdução
1.1. Introdução Geral;
1.2. Estrutura da Dissertação;
1.3. Referências Bibliográficas;
Capitulo II – Revisão da
literatura
2.1. Deficiência visual;
2.1.1. Definição e classificação;
2.1.2. Atividade Física e Deficiência
visual;
2.2. Equilíbrio;
2.2.1. Definição e conceito;
2.2.2. Alterações do Equilíbrio e
Deficiência Visual;
5
2.2.3. Equilíbrio e Prematuridade na
Deficiência Visual;
2.2.4. Equilíbrio e Orientação &
Mobilidade na Deficiência Visual;
2.2.5. Equilíbrio e Atividade Física na
Deficiência Visual;
2.3. Lateralidade;
2.3.1. Definição;
2.3.2. Índices de Preferência Lateral;
2.3.3. Classificação dos Índices de
Preferência Lateral;
2.3.4. Preferência Manual e Deficiência
Visual;
2.4. Referências Bibliográficas;
Capítulo III – Estudo Empírico
3.1. Introdução;
3.2. Metodologia;
3.3. Resultados;
3.4. Discussão de resultados;
3.5. Conclusão;
3.6. Referências Bibliográficas;
Capítulo IV – Conclusão &
Propostas de trabalho futuras
4.1. Conclusões gerais;
4.2. Sugestões para futuros estudos;
Capítulo V - Anexos
6
1.3. Referências Bibliográficas
Argyropoulos, V., Sideridis, G., & Papadimitriou, V. (2014). Hand preference
of individuals with blindness in everyday activities: The effects of age of sight loss,
age, and gender [Versão eletrónica]. Res Dev Disabil, 35(8), 1885-1898. Consult.
9 Set 2014, disponível em http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24767801.
Caliskan, E., & Dane, S. (2009). Left-handedness in blind and sighted
children [Versão eletrónica]. Laterality, 14(2), 205-213. Consult. 7 Set 2014,
disponível em http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19142794.
Çolak, T., Bamaç, B., Aydin, M., Meriç, B., & Özbeka, A. (2004). Physical
fitness levels of blind and visually impaired goalball team players [Versão
eletrónica]. Isokinetics & Exercise Science, 12(4), 247-252. Consult. 20 Abr 2015,
disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=s3h&AN=15805601&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
Cratty, B., & Sams, T. (1968). The Body-Image of Blind Children [Versão
eletrónica]. New York: American Foundation for the Blind, 70. Consult. 13 Jan
2015, disponível em http://files.eric.ed.gov/fulltext/ED035153.pdf.
De Meur, A., Staes, S., Galuban, A., & Ono, S. (1991). Psicomotricidade:
educação e reeducação: níveis maternal e infantil. São Paulo: Editora Manole.
Farias, G. (2004). Intervenção precose: reflexões sobre o desenvolvimento
da criança cega até dois anos de idade [Versão eletrónica]. Pensar a Prática,
7(1), 85-102. Consult. 8 Maio 2015, disponível em
http://h200137217135.ufg.br/index.php/fef/article/view/68.
Friedrich, M., Grein, H., Wicher, C., Schuetze, J., Mueller, A., Lauenroth, A.,
Hottenrott, K., & Schwesig, R. (2008). Influence of pathologic and simulated
visual dysfunctions on the postural system [Versão eletrónica]. Experimental
7
Brain Research, 186(2), 305-314. Consult. 12 Abr 2015, disponível em
http://dx.doi.org/10.1007/s00221-007-1233-4.
INE. (2001). Análise de População com Deficiência.
Ittyerah, M. (2000). Hand skill and hand preference in blind and sighted
children [Versão eletrónica]. Laterality, 5(3), 221-235. Consult. 18 Set 2014,
disponível em http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15513143.
Ittyerah, M., Gaunet, F., & Rossetti, Y. (2007). Pointing with the left and right
hands in congenitally blind children [Versão eletrónica]. Brain Cogn, 64(2), 170-
183. Consult. 18 Set 2014, disponível em
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17408828.
Larsen, S., & Hakonsen, K. (1983). Absence of ear asymmetry in blind
children on a dichotic listening task compared to sighted controls [Versão
eletrónica]. Brain Lang, 18(2), 192-198. Consult. 18 Set 2014, disponível em
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6839138.
Le Boulch, J. (1992). O desenvolvimento psicomotor: do nascimento até 6
anos: a psicocinética na idade pré-escolar. Porto Alegre: Artes Médicas.
Lieberman, L. (2011). Visual Impairment. In J. Winnick (Ed.), Adapted
physical education and sport (5th ed., pp. 233-250). Champaign : Human
Kinetics.
Lorefice, L., Galea, M., Clark, R., Doyle, L., Anderson, P., & Spittle, A.
(2015). Postural control at 4 years in very preterm children compared with term-
born peers [Versão eletrónica]. Developmental Medicine & Child Neurology,
57(2), 175-180. Consult. 1 Jun 2015, disponível em
http://dx.doi.org/10.1111/dmcn.12550.
8
Munster, M.; Almeida, J. (2005). Actividade Fisíca e Deficiência Visual. In
Costa R. e Gorgatti, M. Atividade Fisíca Adaptada: Qualidade de Vida para
pessoas especiais. Editora Manole, 33-51.
OMS. (2014). Visual impairment and blindness. Consult. 16 Mai 2015,
disponível em http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs282/en/
Peters, M. (1988). Footedness: Asymmetries in foot preference and skill and
neuropsychological assessment of foot movement [Versão eletrónica].
Psychological Bulletin, 103(2), 179-192. Consult. 6 Abr 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=pdh&AN=1988-16116-
001&lang=pt-br&site=ehost-live.
Pointer, J. (2001). Sighting dominance, handedness, and visual acuity
preference: three mutually exclusive modalities? [Versão eletrónica]. Ophthalmic
Physiol Opt, 21(2), 117-126. Consult. 2 Set 2014, disponível em
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11261346.
Schmid, M., Nardone, A., De Nunzio, A., Schmid, M., & Schieppati, M.
(2007). Equilibrium during static and dynamic tasks in blind subjects: no evidence
of cross-modal plasticity [Versão eletrónica]. Brain, 130(8), 2097-2107 disponível
em http://brain.oxfordjournals.org/content/130/8/2097.abstract.
Stevens, G., White, R., Flaxman, S., Price, H., Jonas, J., Keeffe, J.,
Leasher, J., Naidoo, K., Pesudovs, K., Resnikoff, S., Taylor, H., & Bourne, R.
(2013). Global Prevalence of Vision Impairment and Blindness: Magnitude and
Temporal Trends, 1990–2010 [Versão eletrónica]. Ophthalmology, 120(12),
2377-2384. Consult. 12 Jan 2015, disponível em
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0161642013004806.
CAPÍTULO II – Revisão da Literatura
12
2.1. Deficiência Visual
2.1.1. Definição e classificação
A visão desempenha um papel extremamente importante no dia-a-dia das
pessoas, uma vez que a sociedade em que vivemos é pensada e organizada
para as pessoas normovisuais (Watkinson & Graham, 2005). Rodney (2003)
afirma que 70% da informação do meio que nos envolve deriva da visão. Por
conseguinte, ausência da visão posiciona a pessoa com deficiência visual em
desvantagem em alguns aspetos (e.g. psicomotores, emocionais e sociais)
(Júnior & Santos, 2001), e também um desempenho diminuído nas suas tarefas
diárias comparativamente às pessoas normovisuais (West et al., 2002).
Para Pereira (1989) citado por Rodrigues (2006, p. 6) é considerada pessoa
com deficiência visual, qualquer pessoa que tenha um grande déficit visual e em
alguns casos há a necessidade de ensinar a ler caracteres impressos recorrendo
a auxiliares óticos.
De acordo com Rodrigues (2002), o termo “deficiência visual” é utilizado
para reunir as pessoas com cegueira (total ou parcial) ou ambliopia. Sendo que
ao longo da vida há uma necessidade de recorrer a apoios técnicos e humanos.
Segundo Munster e Almeida (2005), a pessoa com deficiência visual é
caracterizada pela perda parcial ou total da capacidade visual, em ambos os
olhos, levando a uma limitação da performance visual. O simples uso de óculos
ou lentes de contacto não é suficiente para caracterizar a pessoa com deficiência
visual, já que a prescrição de uma correção ótica adequada pode conferir-lhe
uma condição visual ideal. Contudo, mesmo recorrendo a recursos óticos
especiais ou à intervenção cirúrgica, existem algumas pessoas com a
capacidade visual severamente comprometida, sendo consideradas deficientes
visuais. Existem várias terminologias associadas ao termo “deficiência visual”
que tem sido alvo de muitas discussões como: deficiente visual, cego, portador
de deficiência visual, pessoa com baixa visão e portador de visão subnormal.
13
Castro (2005) assim como Sousa (2006), referem que o termo deficiente
visual não é aplicado a todas as pessoas com déficit visual, mas sim às pessoas
que mantém o déficit após a medicina e/ou cirurgia terem tentado corrigir.
Já para Lieberman (2011), o termo deficiência visual refere-se à cegueira
total e à baixa visão. Para a autora, a maioria dos cegos ainda possuí alguma
visão remanescente.
Apesar de haver várias formas de classificação do grau de deficiência
visual, a classificação é normalmente feita através da acuidade visual e do
campo visual (OMS, 2014) (consultar
Quadro 2). A acuidade visual diz respeito à capacidade do sistema visual
discriminar formas. A sua classificação é feita de acordo com a relação entre o
tamanho do objeto e a distância onde este se encontra (Pereira, 1998). Os
valores de acuidade visual de um indivíduo devem expressar a relação entre o
tamanho do ângulo de um determinado detalhe. Por outro lado, o campo visual
é a área dentro da qual os objetos conseguem ser vistos quando os olhos estão
fixados num ponto em frente. Sendo que cada globo ocular atinge sensivelmente
130˚ a 140˚ (Sherrill, 2004).
Quadro 2 - Classificação da cegueira e da visão subnormal (adaptado de OMS,
1989)
Categorias da
visão
Grau de
deficiência Acuidade Visual
Definições
alternativas
Visão normal Nulo
Ligeira
0,8 ou superior
Menor de 0,8
Visão normal
Visão quase
normal
Baixa visão (ou
ambliopia)
Moderado Menor de 0,3 Ambliopia
moderada
Grave Menor de 0,12
Ambliopia grave –
cegueira legal em
alguns países
14
Cegueira
Profundo Menor de 0,05
Ambliopia
profunda ou
cegueira moderada
Quase total Menor de 0,02 Cegueira grave ou
quase total
Total Ausência de
perceção de luz Cegueira total
Em Portugal a deficiência visual divide-se em duas categorias: cegueira e
ambliopia. A cegueira subdivide-se em: (i) cegueira total (pessoas sem perceção
luminosa); (ii) cegueira prática (pessoas com perceção luminosa e com uma
acuidade até 0,05); e (iii) cegueira legal (pessoas com acuidade visual menos
que 1/10 no melhor olho depois de corrigida ou menos de 20º de campo visual)
(Moura & Castro, 1993).
Segundo Arnaiz e Martinez (1998), cegueira congénita é aquela que surge
no nascimento ou até à idade de um ano. E a cegueira adquirida é aquela que
ocorre após o primeiro ano de vida.
Também Lieberman (2011) define a cegueira congénita, como a cegueira
presente ao nascimento e cegueira adquirida como a cegueira que surge depois
do nascimento.
A baixa visão ou ambliopia pode ocorrer a qualquer idade, no entanto,
torna-se mais recorrente com o incremento da idade (Thielsch, 1994 citado por
Colenbrander & Fletcher, 1995, p. 865). A baixa visão pode suceder-se devido à
perda da acuidade visual ou deterioração do campo visual (Colenbrander &
Fletcher, 1995).
Segundo a OMS (2014), uma pessoa com baixa visão é alguém cujo
funcionamento visual está comprometido, mesmo depois da correção de erros
15
ou devido tratamento, e de uma acuidade visual inferior a 6/60 ou 18/60 e/ou um
campo visual inferior a 20˚ - 50˚ do seu ponto de fixação, e que consegue utilizar
a visão para movimentar-se e realizar tarefas. Em Portugal, a pessoa com baixa
visão ou ambliope, tem a acuidade visual entre 0,5 e 0,1, e subdivide-se em dois
grupos: (i) pequenos ambliopes (acuidade visual ente 0,5 e 0,3) e (ii) grandes
ambliopes (acuidade visual entre 0,1 e 0,3) (Moura & Castro, 1993).
As causas da cegueira congénita são apontadas para as seguintes
patologias: albinismo, retinoblastoma, retinopatia da prematuridade. As causas
para a cegueira adquirida ou a baixa visão estão relacionadas com: cataratas,
deficiência no córtex visual, glaucoma, degeneração macula e retinopatia
pigmentosa (Lieberman, 2011). Em Portugal, a maior causa de cegueira é a
diabetes, seguida das cataratas Rodrigues (2002).
Com base na pesquisa realizada, podemos dizer que existem enumeras
definições, classificações e terminologias associadas à deficiência visual. No
entanto, todas elas referem-se à deficiência visual como um déficit visual parcial
ou total, proveniente de diversas doenças.
2.1.2. Atividade Física e Deficiência Visual
A importância e os benefícios da atividade física estão bem documentados
na literatura (OMS, 2015). Na deficiência visual a prática desportiva torna-se
ainda mais importante e benéfica. Uma das consequências da deficiência visual
é o imobilismo (Moura & Castro, 1993) e, por conseguinte, a sua integração da
sociedade. O desporto é um dos meios mais importantes de integração na
sociedade (Moura & Castro, 1993).
O goalball é um desporto adaptado concebido para cegos (Çolak et al.,
2004). Foi criado em 1946 por Hanz Lorenzen e Sepp Reindle com o objetivo de
reabilitar veteranos da 2º Guerra Mundial e foi apresentado ao Mundo em 1976,
durante os Paralímpicos de Toronto, e desde a data pertence às modalidades
paralímpicas.
16
O goalball é praticado por duas equipas de três jogadores num campo com
marcas tácteis para que os jogadores consigam orientar o seu posicionamento
no recinto. O objetivo é lançar a bola para que esta ultrapasse os adversários e
seja introduzida na baliza adversária. A bola é repleta de sinos, de forma a
permitir a sua localização através da audição. Os jogadores defensores devem
intercetar a bola antes de ela ser introduzida na baliza. A equipa que conseguir
introduzir a bola mais vezes na baliza adversária ganha o jogo, que consiste em
duas partes de dez minutos com 5 minutos de intervalo.
De forma a nivelar os jogadores, todos devem utilizar vendas que impedem
a visualização do campo (Çolak et al., 2004).
Segundo Moura e Castro (1993) o leque de atividades desportivas para as
pessoas com deficiência visual é abrangente. No entanto, estudos (Houwen et
al., 2010; Lieberman et al., 2010; Lieberman & McHugh, 2001; Longmuir & Bar-
Or, 2000) demonstram que as pessoas com deficiência visual têm baixos níveis
de participação desportiva.
A ausência de prática regular de exercício físico em pessoas com
deficiência visual poderá trazer consequências a longo prazo. Como má postura
e problemas com imagem corporal (Crocker, Major e Steele, 1998 citados por
Shaw et al., 2012, p. 140) e ainda uma reduzida capacidade funcional (Moura &
Castro, 1993).
De seguida analisaremos os níveis e fatores associados a prática de
atividade física em pessoas com deficiência visual.
Houwen et al. (2009) examinaram os níveis de atividade física em 48
crianças com deficiência visual e 48 normovisuais, com idades compreendidas
entre os 6 e os 12 anos. Os resultados revelaram que as crianças com deficiência
visual tinham níveis mais baixos de atividade física comparativamente às
normovisuais. No entanto, ambos os grupos apresentaram grandes níveis de
sedentarismo, (78,1% para as crianças normovisuais e 81,4% para as crianças
com deficiência visual).
No estudo de Oh et al. (2004) os autores comparam os níveis de atividade
física em 957 crianças com idades compreendidas entre os 6 e 20 anos, com
deficiência motora, deficiência auditiva e deficiência visual. Verificando que as
17
crianças com deficiência visual tinham níveis de atividade física inferiores às
restantes deficiências.
Holbrook et al. (2009) avaliaram os níveis de atividade física, o índice de
massa corporal e a perceção de qualidade de vida em 25 adultos com deficiência
visual e 25 normovisuais. Os autores referiram que não só as pessoas com
deficiência visual tinham níveis de atividade física inferiores aos normovisuais,
como também passavam apenas uma pequena percentagem do seu dia-a-dia a
praticar atividade física (aproximadamente 20%).
Longmuir e Bar-Or (2000) estudaram os fatores que influenciam os níveis
de atividade física em jovens com deficiência motora, doenças crónicas,
deficiência visual e deficiência auditiva. A amostra foi constituída por 987 jovens
de ambos os sexos. Os jovens com deficiência motora e deficiência visual
participavam menos em atividades desportivas comparativamente às outras
deficiências.
Lieberman et al. (2002) estudaram as conceções dos professores de
educação fisica face às barreiras da inclusão das crianças com deficiencia visual
nas aulas. Os autores desenvolveram um questionário com 12 possíveis
barreiras à inclusão das crianças com deficiencia visual nas aulas, que foi
aplicado em 148 profissionais de educação fisica. As respostas mais comuns ao
questionário foram: falta de preparação (66%), falta de equipamento (63%), falta
de programas/currículo (57%) e falta de horário (56%).
Mais tarde, Stuart et al. (2006) estudaram as conceções dos pais e filhos
com deficiência visual (cegueira e baixa visão) relativas às barreiras face à
prática desportiva. A amostra foi constituída por 50 crianças (25 participavam em
campos de férias desportivas), com idades compreendidas entre os 10-12 anos,
de ambos os sexos. Após a análise dos dados, os pais de crianças cegas
referiram: o medo relativo a possíveis lesões relacionadas com a prática
desportiva, carência de atividades desportivas e falta de competência por parte
dos professores de educação física na assistência dos seus filhos. Os pais de
crianças com baixa visão referiram: a falta de professores especializados em
educação física adaptada, a falta de companhia para a prática desportiva e falta
de oportunidades. Já as crianças com cegueira referiram: “ser gozado”, falta de
18
atividades e falta de companhia. Por outro lado as crianças com baixa visão
referiram: não saber o que fazer, falta de companhia e “ser gozado”. No entanto,
várias crianças com baixa visão afirmaram não haver barreiras face à prática
desportiva.
Ponchillia et al. (2002) entrevistaram 159 sujeitos, com deficiência visual,
da Associação dos Estados Unidos de Atletas Cegos. Os resultados
demonstraram: cerca de dois terços dos entrevistados afirmaram estar
integrados nas aulas de educação física da escola, haviam participado em
equipas desportivas da escola e participaram em eventos desportivos da escola
abertos ao público. Demonstrando o aumento de oportunidades de prática
desportiva para as pessoas com deficiência visual assim como a inclusão
escolar.
No estudo, de Ayvazoglu et al. (2006) os autores reportaram que as
crianças com deficiência visual que mais participavam em atividades desportivas
tinham pais mais envolvidos.
Mais recentemente, Haegele e Porretta (2015) escreveram um artigo de
revisão sobre a atividade física em crianças em idade escolar. Os autores
encontraram 18 artigos sobre o tema publicados entre os anos 1982 e 2013.
Após a análise dos artigos encontrados, os autores concluíram que os baixos
níveis de atividade física em crianças em idade escolar devem-se à falta de
oportunidades apropriadas e à falta de professores de educação física com
conhecimentos sobre desporto adaptado.
Em suma, a atividade física na deficiência visual é muito importante não só
para o desenvolvimento das capacidades motoras, como também para o
desenvolvimento das capacidades interpessoais. Os baixos desempenhos
desportivos nas pessoas com deficiência visual podem não estar relacionados
diretamente com a ausência da visão, mas sim com um conjunto de fatores
internos (e.g. motivação para a prática) e externos (e.g. recursos humanos).
19
2.2. Equilíbrio
2.2.1. Definição, conceito e classificação
Para Kandel et al. (2000) e MacEwen et al. (1999) equilíbrio é a capacidade
de manter o corpo orientado no espaço, sendo que está dependente da
transmissão contínua de informação visual, propriocetiva e vestibular ao
cerebelo e tronco cerebral.
Para Spirduso et al. (2005), equilíbrio é a capacidade de manter a posição
do corpo sobre uma base de sustentação. Onde há uma constante utilização de
informações externas e internas, com o objetivo de manter a estabilidade e
estimular os músculos, para que trabalhem coordenados, face a uma
perturbação do equilíbrio.
Para McLeod e Hansen (1989), assim como Shumway-Cook e Woollacott
(2012), a manutenção do equilíbrio resulta da integração de três sistemas. O
sistema visual, que nos dá a relação ambiente-corpo e vice-versa; sistema
vestibular, que fornece informação sobre a gravidade e o sistema
somatossensitivo ou propriocetividade, onde é recolhida a informação relativa ao
tipo de superfície de apoio.
Já para Barela (2000), a manutenção do equilíbrio resulta de um
mecanismo complexo, que envolve informações sensoriais de várias estruturas
corporais e da coordenação de padrões de recrutamento motor. Um equilíbrio
eficaz resulta do controlo dos segmentos corporais e destes com o meio
envolvente, e da integração da informação sensorial e da atividade motora. A
informação sensorial é recolhida e transmitida por mecanorreceptores
localizados nos músculos, tendões e articulações, e posteriormente enviada para
o sistema nervoso central. O sistema nervoso central irá processar a informação
recebida, e depois enviará o comando para que haja a contração muscular e o
ajuste articular, de modo a manter o equilíbrio (Aquino et al., 2004).
O equilíbrio é normalmente subdividido em estático e dinâmico. Sendo
que o equilíbrio estático refere-se a capacidade de manter o corpo sustentado
sobre uma base de apoio com o mínimo de movimento possível (Hrysomallis,
20
2007). O equilíbrio dinâmico diz respeito à capacidade de executar uma tarefa,
mantendo ou recuperando uma posição estável ou a capacidade de manter ou
recuperar o equilíbrio sobre uma superfície estável com o mínimo movimento
possível (Kioumourtzoglou et al., 1997).
Apesar da informação propriocetiva e vestibular ser de extrema importância
para a manutenção do equilíbrio, aparentemente a informação visual
desempenha um papel fundamental no equilíbrio (An et al., 2009; Duarte &
Zatsiorsky, 2002). Uma vez que a manutenção do equilíbrio estático e dinâmico
resulta de 80% da informação recolhida através da visão (Friedrich et al., 2008).
A visão processa e integra os feedbacks ambientais (Giagazoglou et al., 2009;
Schmid et al., 2007), fornecendo informação antecipatória sobre a posição e
tarefas a serem executadas (Duarte & Zatsiorsky, 2002; Monteiro, 1999).
Adotando a melhor estratégia para manter o equilíbrio (Giagazoglou et al., 2009;
Schmid et al., 2007).
As perturbações do equilíbrio levam à diminuição da capacidade funcional.
O equilíbrio é fundamental para a aquisição da marcha (Williams, 1983), uma
vez que, enquanto caminha o ser humano procura restabelecer o equilíbrio a
cada passo (Monteiro, 1999). Para além do caminhar, as atividades do nosso
dia-a-dia exigem que o sujeito seja capaz de manter o equilíbrio (Bugnariu &
Fung, 2007; Horlings et al., 2008; Shaffer & Harrison, 2007; Williams, 1983).
Em resumo, a manutenção do equilíbrio é feita através das informações
recolhidas através dos sistemas: visual, vestibular e somatossensorial. Estes
sistemas enviam constantemente informação ao sistema nervoso central, que
por sua vez processa e envia as respostas aferentes para os músculos e
articulações, assegurando assim o equilíbrio.
.
2.2.2. Alterações do Equilíbrio e Deficiência Visual
O desenvolvimento da criança cega, em termos posturais e de deslocação,
é mais lento que o da criança normovisual (Le Boulch, 1992). Por isso a
estimulação da criança com deficiência visual deve ser precoce, caso não seja
21
a coordenação motora, o tónus e o equilíbrio estático e dinâmico são afetados
Farias (2004).
Os atrasos no desenvolvimento motor resultam da falta de referências
visuais, (Meacham et al. (1987) citados por Uysal et al., 2010, p. 2) que resultam
em perturbações do equilíbrio, perda de agilidade e mobilidade, e ainda a
possibilidade de desenvolver assimetrias posturais compensatórias (Figueiredo
& Iwabe, 2007; Sanchez et al., 2008).
As assimetrias posturais compensatórias surgem como forma de diminuir
as inseguranças das crianças com deficiência visual, como forma de proteger-
se de quedas e/ou cair em falso (Russel & Nagaishi, 2005, cit. por Uysal et al.,
2010). Estas assimetrias podem ser observadas nos estudos de Horak et al.,
1989 citados por Giagazoglou et al. (2009, p. 572), Horvat et al. (2004), Horvat
et al. (2003) e Rougier e Farenc (2000). Os autores verificaram o uso da anca
como forma de manter o equilíbrio corporal, em vez do joelho e/ou tornozelo. A
anca é uma articulação onde estão inseridos muitos músculos e as cabeças dos
fémures, sendo uma articulação mais estável comparativamente à do joelho e
do tornozelo.
De seguida, apresentaremos alguns estudos desenvolvidos que têm como
objetivo de promover uma melhor compreensão e entendimento deste tema.
Gipsman (1981) estudou o equilíbrio dinâmico em 48 crianças, divididas em
duas faixas etárias: 8-10 e 12-14 anos. Dentro destas faixas etárias, as crianças
estavam distribuídas pelas categorias: normovisuais, normovisuais vendadas,
cegueira e baixa visão. Em ambas as faixas etárias, as crianças normovisuais
tiveram desempenhos superiores, seguidas pelas crianças cegas, ambliopes e
normovisuais vendadas. O autor explica que os desempenhos superiores das
crianças cegas comparativamente às crianças ambliopes, resultam de uma
maior confiança na informação propriocetiva e muscular, na manutenção do
equilíbrio. Enquanto as crianças ambliopes integravam informações visuais
negativas.
No estudo de Murphy e O’Driscoll (1989) citados por Uysal et al. (2010, p.
6) demonstrou-se que crianças em idade pré-escolar normovisuais têm o mesmo
desenvolvimento motor do que as crianças cegas. Porém, quando atingem as
22
idades 6-7 anos as crianças cegas apresentam um atraso nas capacidades
motoras básicas, como controlo postural, equilíbrio, controlo dos membros
superiores e inferiores e no planeamento de movimentos corporais quando
comparando com as normovisuais.
Rodrigues (2002) estudou o equilíbrio em sujeitos com ambliopia, cegueira
congénita e cegueira adquirida. Apesar de não terem sido encontradas
diferenças estatisticamente significativas, o autor, indicou que os desempenhos
foram superiores nos sujeitos ambliopes, seguidos dos sujeitos com cegueira
congénita e adquirida.
Schmid et al. (2007) investigaram o equilíbrio estático e dinâmico em
pessoas com cegueira congénita e adquirida e normovisuais, tendo os
resultados demonstrado que a ausência de feedback visual afetou o equilíbrio.
No mesmo ano Figueiredo e Iwabe (2007) avaliaram o equilíbrio em
crianças com deficiência visual e normovisuais, com idades compreendidas
entre os 2 e os 5 anos. As crianças com cegueira, da faixa etária 2-3 anos,
apresentaram desempenho inferiores no equilíbrio, tanto estático como
dinâmico, comparativamente às normovisuais. Com 5 anos as crianças com
deficiência visual apresentavam equilíbrio estático e dinâmico correspondente à
idade de 4 anos.
Houwen et al. (2008) examinaram o desempenho motor em crianças com
deficiência visual e normovisuais, com idades compreendidas entre os 7 e os 10
anos de idade. As crianças com deficiência visual tiveram desempenhos
inferiores comparativamente às normovisuais nas tarefas: velocidade manual,
coordenação olho-mão, equilíbrio estático, equilíbrio dinâmico e equilíbrio
enquanto caminha lentamente. No mesmo estudo os autores referem ainda que
os baixos desempenhos das crianças não se devem ao grau de visão, mas sim
ao sentido da visão diminuído ou ausente.
Giagazoglou et al. (2009) compararam a força isocinética e isométrica dos
músculos do joelho e do tornozelo e as oscilações do centro de pressão, em 20
mulheres, sendo que 10 eram cegas (6 com cegueira congénita) e 10
normovisuais. Os autores verificaram que as mulheres com deficiência visual
23
tinham uma menor capacidade de manter o equilíbrio nas direções antero-
posterior e médio-lateral, do que as normovisuais.
No estudo de Uysal et al. (2010), realizado em crianças com deficiência
visual e normovisuais, concluiu-se, que as que tinham deficiência visual
conseguiam permanecer menos tempo equilibradas num pé do que as
normovisuais.
Ainda no mesmo ano, Matos et al. (2010), testaram, o equilíbrio estático de
crianças com baixa visão com idades compreendidas entre os 8 e os 11 anos,
tendo verificado que este foi afetado negativamente devido ao reduzido feedback
visual.
Schwesig et al. (2011), referem que as pessoas com cegueira congénita
tinham melhor desempenhos no equilíbrio do que as com cegueira adquirida.
Estes resultados podem ser explicados através da teoria das compensações por
parte sistema vestibular e propriocetivo, que ocorreram desde o nascimento.
Estas compensações têm como objetivo compensar a ausência de input visual.
Ainda no mesmo ano, Maggi et al., (2011), comparam o equilíbrio estático
e dinâmico em 30 crianças, com idades compreendidas entre os 10-12 anos, de
ambos os sexos, com cegueira congénita (n=10), normovisuais (n=10) e
normovisuais vendadas (n=10). Os resultados revelaram que as crianças
normovisuais obtiveram desempenhos superiores comparativamente às
normovisuais vendados e às crianças cegas, tanto na tarefa de equilíbrio estático
como dinâmico.
Ilić-Stošović e Nikolić (2012) avaliaram o equilíbrio em 83 crianças, com
idades compreendidas entre os 7-14 anos, com deficiência visual. Os autores
concluíram que os adolescentes com deficiência visual e com idades
compreendidas entre os 13-14 tinham maus desempenhos no equilíbrio.
Mais recentemente, Sobry et al. (2014) avaliaram o equilíbrio estático em
38 pessoas com deficiência visual e 36 normovisuais, com idades
compreendidas entre os 7 e os 70 anos. As pessoas foram classificadas com
deficiência visual se pertencessem a primeira categoria uma acuidade visual
binocular corrigida, entre 1/10 e 3/10, e um campo visual de pelo menos 20˚. O
equilíbrio estático foi avaliado através de uma plataforma de pressão. Os
24
resultados demonstraram que o equilíbrio estático é semelhante em pessoas
com deficiência visual e normovisuais com os olhos fechados. No entanto,
quando há o incremento da velocidade de deslocamento do centro de gravidade,
as pessoas com deficiência visual têm mais dificuldades em manter o equilíbrio.
Os autores referem ainda que o equilíbrio das pessoas com deficiência visual é
eficaz, mas é mais instável do que os normovisuais. Esta observação é
acentuada quando a proprioceção é perturbada.
Com base no referido, a investigação do equilíbrio na deficiência visual tem
vindo a ser estudado ao longo dos anos, constatando-se que os sujeitos com
deficiência visual apresentam perturbações do equilíbrio. Relativamente ao tipo
de deficiência visual, as pessoas com baixa visão apresentam melhores
desempenhos no equilíbrio que os restantes tipos de deficiência visual.
2.2.3. Equilíbrio e Prematuridade na Deficiência Visual
Não foram encontrados estudos onde estas três variáveis estivessem
presentes. No entanto, sabemos que o nascimento prematuro está relacionado
com a deficiência visual (Boonstra et al., 2012; Evensen et al., 2009), mais
propriamente relacionado cegueira congénita (Cumberland et al., 2010; Pai et
al., 2011). Uma vez que o nascimento prematuro está diretamente relacionado
com o peso (Costeloe et al., 2013), as crianças prematuras tornam-se propensas
lesões na substância branca do cérebro, que por sua vez levam a anormalidades
no nervo ótico (Engle et al., 2007).
As crianças prematuras também têm maior probabilidade de ter desordens
coordenativas do desenvolvimento e do equilíbrio quando comparadas com
crianças nascidas a termo (Gallahue & Ozmun, 2005; Kieviet et al., 2009).
Evensen et al. (2004), Hughes e Cooke (2003) e Yan et al. (2004) compararam
o equilíbrio em crianças e adolescentes prematuros e nascidos a termo, tendo
observado que as crianças e os adolescentes prematuras têm piores
desempenhos que as crianças nascidas a termo.
25
Por sua vez a compreensão do equilíbrio e controlo postural em crianças
prematuras pode ajudar a compreender os seus baixos desempenhos, assim
como ajudar na construção de guidelines (Lorefice et al., 2015).
2.2.4. Equilíbrio e Orientação & Mobilidade na Deficiência Visual
A metodologia da orientação & mobilidade surgiu em 1872, e foi concebida
por W. Hanks Levy. O método de Levy consistia em deslizar uma bengala de um
lado ao outro enquanto o deficiente visual caminhava. Richard Hoover, membro
do exército americano e do programa de administração de veteranos,
aperfeiçoou o método desenvolvido por Levy. Durante e depois da Segunda
Guerra Mundial ensinou o método aos cegos veteranos. E mais tarde Russel
Williams, um veterano cego da guerra, desenvolveu e documentou os
procedimentos (Welsh & Blasch, 1987).
Orientação ensina os sujeitos a utilizar a informação sensorial. Ajudando a
determinar a sua posição no espaço envolvente assim como à dos objetos. Com
a orientação os sujeitos conseguem determinar onde estão, onde querem ir e
como chegar até lá. A mobilidade diz respeito às técnicas utilizadas para
“navegar” no espaço, de forma segura e independente, do ponto A-B. Recorre
normalmente à utilização de um aparelho (e.g. bengala), cão guia ou um guia
normovisual (Ramsey et al., 2003; Zijlstra et al., 2009).
Existe uma grande interdependência entre o funcionamento físico (e.g.
caminhar, equilíbrio) e a capacidade de realizar as atividades do dia-a-dia (e.g.
movimentar-se eficazmente e de modo seguro) que é um dos ensinamentos do
COM (Ramsey et al., 2003).
Embora não tenham sido encontrados estudos sobre o efeito do COM no
equilíbrio sabemos que, o equilíbrio é importante para o desenvolvimento da
marcha (Williams, 1983).
26
2.2.5. Equilíbrio e Atividade Física na Deficiência Visual
A visão estimula a aquisição das habilidades motoras, uma vez que
incentiva a criança a mover-se. Dá informação sobre a distância e direção dos
objetos e movimentos; ajuda na prevenção de possíveis situações perigosas,
ajuda a detetar erros e por conseguinte, a correção deles e ajuda ainda a copiar
movimentos efetuados por outras pessoas (Brambring, 2006). Deste modo, a
ausência de visão pode levar à diminuição da prática desportiva, a dificuldades
na orientação, à depressão, a dificuldades no equilíbrio e a problemas posturais.
De seguida, procederemos à apresentação dos resultados encontrados
nos estudos elaborados sobre a influência da atividade desportiva regular no
equilíbrio estático e dinâmico das pessoas com deficiência visual.
No estudo de Çolak et al. (2004), os autores compararam os níveis de
aptidão motora em 103 adolescentes do sexo masculino, com deficiência visual,
praticantes (n=51) e não praticantes de goalball (n=52). Os níveis de aptidão
motora foram os seguintes: equilíbrio estático, salto vertical, força de apreensão
e “senta e alcança”. Os resultados revelaram diferenças significativas para todos
os níveis de atividade física. Os autores sugerem que a prática do goalball é um
bom meio para melhorar as habilidades motoras nas crianças com deficiência
visual uma vez que foi concebido para pessoas com deficiência visual.
Silva et al. (2008) avaliaram a influência da dança no equilíbrio estático e
dinâmico, após a aplicação de um programa de dança. A amostra foi constituída
por 30 pessoas com deficiência visual, posteriormente divididos em dois grupos,
o grupo de controlo (constituído por 8 cegos e 7 ambliopes) e grupo experimental
(constituído por 11 cegos e 4 ambliopes). O grupo controlo foi submetido a
atividades manuais. E o grupo experimental submetido a um programa de dança
durante 8 semanas com 2 aulas semanais de 50 minutos de duração. Os dados
foram recolhidos em dois momentos no pré-teste (antes de iniciar o programa de
dança) e no pós-teste (depois da aplicação do programa). No pré-teste ambos
os grupos foram estatisticamente iguais. No pós-teste o grupo experimental
obteve resultados significativos no equilíbrio estático e dinâmico.
27
Selçuk e Kıral (2009) avaliaram o equilíbrio estático e dinâmico em
adolescentes praticantes e não praticantes de atividade física, onde não
houveram diferenças estatisticamente significativas.
Na investigação de Haibach et al. (2011), os autores estudaram a eficácia
do equilíbrio dinâmico e estático em 44 adolescentes, dentro dos quais: 11 eram
cegos, 11 tinham baixa visão, 11 normovisuais e 11 normovisuais vendados.
Todos os adolescentes estavam há uma semana num campo de férias
desportivas. Os autores estudaram ainda a influência da visão no equilíbrio e a
perceção do autoequilíbrio. Os autores concluíram que a visão influencia o
equilíbrio, mas não a sua perceção. Os normovisuais vendados obtiveram
desempenhos superiores comparativamente aos adolescentes cegos e com
baixa visão, contrariamente ao esperado. Os autores sugerem que a experiência
visual ajudou-os a adaptar melhor à exigência da tarefa.
Apesar dos desempenhos dos adolescentes com deficiência visual não terem
sido superiores aos normovisuais vendados, os autores revelaram que os
adolescentes com deficiência visual tiveram altos níveis de autoeficácia nas
tarefas propostas. Indicado que os adolescentes interessavam-se na prática
desportiva tanto a nível funcional como recreativa.
Mavrovouniotis et al. (2013) analisaram a influência de um programa de
exercício composto por danças gregas e pilates, no equilíbrio estático e dinâmico
de adolescentes cegos (n=14). Os adolescentes foram separados em dois
grupos, o grupo de controlo, (n=4) e o grupo experimental (n=11). O grupo de
controlo realizou um programa de 8 semanas de aulas de educação física na
escola, com a frequência de 2 aulas por semana de 45 minutos por sessão. O
grupo experimental realizou um programa de 8 semanas de aulas de dança
grega e pilates, com a frequência de 2 aulas por semana de 45 minutos por
sessão. As tarefas relativas ao equilíbrio estático e dinâmico do MABC-2
(Movement Assessment battery for Children – second edition) para a banda de
idade 3 (11-16 anos) e do BOT-2 (Bruininks-Oseretsky Test of Motor
Proeficiency- 2 short form) foram utilizadas para avaliar o equilíbrio dinâmico e
estático da amostra. O equilíbrio foi avaliado em dois momentos, antes e depois
da aplicação dos programas. Os resultados demonstraram diferenças
28
significativas entre para todas as tarefas de equilíbrio no grupo experimental.
Não foram encontradas diferenças significativas no grupo de controlo.
Relativamente aos desempenhos do equilíbrio em diferentes desportos,
Rodrigues (2006), estudou o equilíbrio em 56 pessoas com deficiência visual,
onde 26 praticavam atividade física regular, nomeadamente, futebol de 5,
goalball, natação ou musculação. Os resultados mostraram valores de equilíbrio
significativamente superiores nos praticantes de futebol comparativamente aos
praticantes de goalball.
Gagliardi e Shibata (2009) avaliaram o equilíbrio estático e dinâmico em
pessoas com deficiência visual praticantes de goalball e atletismo. A amostra foi
constituída por 20 adultos, com idades compreendidas entre os 18 e 45 anos,
com cegueira congénita, divididos por modalidade desportiva. O equilíbrio
estático foi avaliado através do apoio unipodal e o dinâmico através da marcha
anterior e posterior. Não foram encontradas diferenças estatisticamente
significativas no equilíbrio estático entre modalidades. No equilíbrio dinâmicos os
atletas de goalball obtiveram melhores desempenhos que os praticantes de
atletismo.
Um estudo interessante foi realizado por Scherer et al. (2011), os autores
procuraram relacionar a prática do goalball com a orientação & mobilidade em
pessoas com deficiência visual. O estudo foi realizado em 79 atletas, de ambos
os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 58 anos, com cegueira e
baixa visão. O instrumento utilizado foi um roteiro de entrevista semiestruturado
criado especificamente para a pesquisa, constituído por 28 itens. Os resultados
do estudo demonstraram que a prática de goalball ajuda no desenvolvimento da
mobilidade, assim como: da lateralidade, da coordenação, da marcha, do
equilíbrio, da agilidade e da noção espacial. Os autores referem ainda que o
desenvolvimento do goalball na (re)habilitação deve auxiliar a orientação &
mobilidade, com base no desenvolvimento sensório-motor, uma vez que ajuda a
melhorar o equilíbrio, concentração, coordenação, entre outros.
Em suma, a prática de atividade física nas pessoas com deficiência visual,
melhora não só o equilíbrio, mas também as várias habilidades motoras. A
29
prática do goalball demonstra ter efeitos benéficos para o desenvolvimento das
habilidades motoras nas pessoas com deficiência visual.
2.3. Lateralidade
2.3.1. Definição
A lateralidade não é a capacidade de diferenciar esquerda-direita, mas sim
a preferência lateral em relação ao outro (Le Boulch, 1992). A preferência de um
lado em relação ao outro é estabelecida na infância. Onde é definido que lado
terá mais força, precisão e agilidade (De Meur et al., 1991).
Para Annett (2004), Bagi et al. (2011) e Mohr et al. (2003) preferência lateral
é definida por o uso assimétrico dos membros ou sentidos, sendo a preferência
manual (PM) a mais estudada, apesar de verificar-se assimetrias também nos
pés, olhos e ouvidos.
O debate da preferência lateral, foi inicialmente discutido por Paul Broca
em 1961, onde o hemisfério esquerdo foi referido como o preferido. Na opinião
de Giolo (2008) a especialização cerebral, lateralização, traduz a organização do
sistema nervoso de cada sujeito. Assim a lateralização do indivíduo pressupõe
a preferência de um lado do corpo sobre o outro. Negrine (1986) citado por Giolo
(2008, pp. 27-28) diferencia o termo lateralidade do termo noção de lateralidade.
Sendo que lateralidade refere-se ao espaço interno do indivíduo onde há a
dominância de um hemisfério cerebral em relação ao outro. E noção de
lateralidade refere-se ao espaço externo do indivíduo, a consciência que o
individuo tem de sim mesmo em relação ao mundo que o rodeia, estando
intimamente ligada à noção de direção, embora não sejam o mesmo. A noção
de lateralidade vai influenciar o desenvolvimento psicomotor da criança assim
como na velocidade, coordenação, preferência e precisão.
No geral, os autores defendem que as diferenças no uso do membro
preferido devem-se a diferenças nos mecanismos de controlo neural, contudo,
ainda não há consonância sobre os mecanismos responsáveis por estas
diferenças (Bagesteiro & Sainburg, 2002).
30
A preferência de um membro em relação ao outro levanta duas questões.
O porquê de a maior parte das pessoas preferir o lado direito e porquê de não
afetar toda a população (Bishop, 2001). Deste modo, tem sido estudado o que
poderá influenciar a preferência lateral.
Annett (1996, 1998, 2002) formulou uma das teorias principais que explica
este efeito através da genética. A PM é uma variável contínua que pode ser
traduzida em frequências. Nas etapas precoces do desenvolvimento a
distribuição contínua das assimetrias interlaterais depende de diferenças
aleatórias do lado direito e esquerdo do corpo. Esta distribuição das assimetrias
entre os lados é deslocada à direita, devido ao gene RS (right-shift) que promove
a preferência do hemisfério cerebral esquerdo sobre o hemisfério direito para
funções do controlo motor. Deste modo haveria uma predisposição para a
preferência do lado direito do corpo. E a definição de um lado preferido seria
posteriormente influenciada pelo meio ambiente e pelo desenvolvimento.
Outra das explicações para a preferência do lado direito, baseia-se nas
pressões culturais e sociais que por sua vez explicam as diferentes percentagens
de sinistrómanos (SIN) em várias culturas (Perelle & Ehrman, 2005; Vuoksimaa
et al., 2009). Porac e Coren (1981) formulam a hipótese de um mundo orientado
à direita Right-based world. Esta hipótese destaca o facto do nosso ambiente
físico favorecer os DES e obriga a adaptação dos SIN (e.g. uso de tesouras, abre
latas,...), pois estes são obrigados a usar a mão não preferida na realização das
tarefas diárias (Judge & Stirling, 2003). A literatura (Bagi et al., 2011; Dellatolas
et al., 2003; Doyen et al., 2001; Gabbard et al., 1997; Gurd et al., 2006) promove
esta hipótese uma vez que já vários estudos comprovam que os SIN são menos
lateralizados que os destrímanos (DES). Para além disso, estudos mostram que
os SIN são mais proficientes que os DES com a mão não preferida (Annett &
Kilshaw, 1983; Bagi et al., 2011; Judge & Stirling, 2003) e também menos
assimétricos que os DES (Rousson et al., 2009 cit. por Freitas et al., 2014, p. 3).
Em suma, a lateralidade corporal diz respeito à preferência de utilização de
um dos membros ou órgãos do corpo (mão, pé, olho e ouvido). A preferência de
31
um dos lados resulta de vários fatores tanto genéticos como socioculturais,
sendo que a maioria da população prefere o lado direito.
2.3.2. Índices de Preferência Lateral
A lateralidade pode ser classificada de acordo com o membro ou órgão,
podendo-nos referir à lateralidade como: auditiva, visual, manual e podal
(Hinojosa et al., 2003; Mohr et al., 2003; Porac & Coren, 1981; Vasconcelos,
2004).
Em alguns estudos tem sido observado correlações entre os índices de
lateralidade (Reiss et al., 1999).
Preferência Auditiva
Esta preferência é ainda pouco investigada. Uma vez que os resultados do
estudo deste índice dependem de muitas variáveis que são determinantes para
a validade dos resultados A acuidade auditiva do sujeito é um desses fatores,
pois se o sujeito ouvir pior num ouvido preferirá o ouvido contrário (Rocha, 2008).
O isolamento sonoro é outro aspeto a considerar (Ocklenburg et al., 2010a).
No estudo de Burke, Letsos e Butler (1994) citados por Ocklenburg et al.
(2010b, p. 210) foram utilizados estímulos auditivos para determinar a
localização do som. Os resultados mostraram que o hemisfério esquerdo foi o
mais preciso em comparação ao direito, para todos os participantes. Sugerindo
que o hemisfério esquerdo é direcionado mais para o processamento da
localização do som, enquanto o hemisfério direito para a origem do som
(Woldorff et al., 1999).
No entanto, Hausmann et al. (2005) demonstraram o envolvimento do
hemisfério direito no processamento da localização do som em pessoas com
lesões cerebrais. Assim como, Fujiki et al. (2002), Kaiser et al. (2000) e Palomäki
et al. (2000) que recorreram ao uso da neuroimagem.
Relativamente a possíveis relações entre a PM e a preferência auditiva,
Ocklenburg et al. (2010b) demonstraram diferenças entre DES e SIN. Sendo que
32
os SIN tinham preferência auditiva direita e os DES preferência auditiva
esquerda. Dufour et al. (2007) apontaram igualmente diferenças entre DES e
SIN em tarefas de cruzamento da linha média (auditory midline tasks). Todavia,
tanto DES como SIN demonstraram preferência auditiva esquerda, sendo a
diferença mais contrastante em SIN do que DES.
Jackson (2011) investigou a temperatura da membrana do tímpano para
determinar a preferência auditiva. A temperatura da membrana do tímpano
espelha a temperatura das estruturas cerebrais próximas, como o lobo temporal.
Portanto a ativação de um determinado hemisfério de acordo com ouvido
preferido poderia tornar-se um indicador direto da preferência auditiva. No
entanto, autor verificou precisamente o contrário, uma vez que a temperatura do
tímpano indicou atividade hemisférica contralateral. Corroborando os resultados
obtidos por Jackson (2005, 2008) e Kinsbourne (1970).
Preferência Visual
Cerca de 97% da população normovisual tem um olho preferido, sendo que
68% tem como olho preferido o direito e 32% tem o olho esquerdo (Porac &
Coren, 1978, citados por Reiss & Reiss, 1997, p. 7). A existência de um olho
preferido é sustentada pela teoria de que o cérebro não consegue suportar
movimentos oculares de ambos os lados, uma vez que o músculo reto medial
tem de ser coordenado com o reto lateral do outro olho. Por isso parece plausível
que o controlo seja unilateral (Bourassa et al., 1996).
Através do seu estudo Gronwall e Sampson (1971) mencionam o olho
preferido como aquele usado em situações de perseguição visual sighting and
aiming.
Porac e Coren (1976) citados por Reiss e Reiss (1997, p. 8) referem que a
preferência visual é determinada pelas seguintes medidas: testes de visão,
unconscious sight test, teste de rivalidade ocular, testes de acuidade visual, e
testes de eficiência motora. Porém, a correlação entre estes testes é baixa
(Porac & Coren, 1981).
33
Annett (1981, 1996, 2002) sugeriu que a preferência visual era influenciada
por fatores genéticos, Também os autores, Reiss e Reiss (1997) e Warren et al.
(2006) demonstraram fortes relações entre a preferência visual e a
hereditariedade. No entanto, Reiss e Reiss (1997) apontam para que apenas
68% dos descendentes de pais com preferência visual esquerda têm o olho
esquerdo como preferido. Estes resultados diferem ligeiramente dos de
Brackenridge (1982) citado por Rocha (2008, pp. 28-29). O autor relata que
apenas 45% dos descendentes de pais com preferência visual esquerda, têm o
olho esquerdo como preferido. E os casais com preferência visual direita
originam 27% de descendentes com preferência visual esquerda, enquanto nos
casais mistos a percentagem aumentava para 36%.
No estudo de Birkett (1979), o autor estudou as relações entre a PM, a PM
da família, o sexo e a preferência visual. O autor não encontrou nenhuma relação
entre a preferência visual e a PM da família de homens e mulheres SIN. A
preferência visual esquerda era mais comum em homens DES ao passo que a
preferência visual direita era mais comum em famílias DES.
Bourassa et al. (1996), Porac e Coren (1981) e Redfern et al. (2001) assim
como Reiss e Reiss (1997) revelaram que muitos sujeitos não tinham preferência
visual.
Coren (1993) e Porac e Coren (1981) constaram que a preferência visual
esquerda era mais comum do que na PM esquerda, PP (preferência podal)
esquerda, e menos comum do que a preferência auditiva esquerda.
Preferência Manual
A maior parte da população mundial é destra (Annett, 1981; Bagesteiro &
Sainburg, 2002; Bishop, 2001; McManus, 1991; Perelle & Ehrman, 1994;
Vlachos et al., 2013). Sendo que apenas 10% na população é SIN (Annett, 1981;
Bishop, 2001; Corballis, 2003; Goble & Brown, 2008; McManus, 1991; Perelle &
Ehrman, 1994; Vlachos et al., 2013) no entanto, pode variar entre 0,6 %-19,8%,
dependendo das influências socioculturais (Porac & Buller, 1990).
34
Quando um indivíduo escolhe uma mão preferida para a realização de
várias tarefas, espera-se que a mão escolhida torne-se mais hábil do que a mão
não preferida (Ittyerah, 2000). Contudo, para Vasconcelos (2004) apesar de uma
mão ser a preferida, não significa que esta seja a mais eficiente ou a mais forte.
Assim habilidade e preferência podem não estar relacionadas (Ittyerah, 2000;
Corey et al., 2001 cit. por Rocha, 2008, p. 47; Vasconcelos, 2004). Por outro
lado, a mão que escolhemos para uma tarefa pode não ser a mesma que
escolhemos para outra tarefa (Annett, 1998).
Existe uma relação entre o desenvolvimento da criança e a lateralidade
manual. Os sujeitos com lateralidade cruzada tendem a ter atrasos no
desenvolvimento motor (Johnston et al., 2009).
Recentemente Lyle e Grillo (2014) concluíram que os sujeitos com menor
consistência na escolha da PM, são menos seguros e menos autoritários,
quando comparados com os que têm maior consistência na PM.
Nos estudos de Dassonville et al. (1997) os autores descobriram uma
associação entre a PM e a ativação funcional do córtex motor. A ativação do
córtex motor contralateral ao membro preferido foi superior durante os
movimentos do membro preferido em comparação aos do membro não preferido.
Assim quando o indivíduo apresenta “dominância” do hemisfério esquerdo, diz-
se que o indivíduo é DES, já a “dominância cerebral” do hemisfério direito num
indivíduo torna-o SIN (Giolo, 2008; Knecht et al., 2000; Mohr et al., 2003).
Contudo, para Vasconcelos (1991) um terço dos sujeitos com preferência
esquerda não apresenta “dominância cerebral” contralateral, como seria de
esperar. Os resultados do estudo de Tan (1990), sugeriram que o hemisfério
esquerdo do cérebro, estaria relacionado com a intensidade da PM esquerda.
No entanto, a intensidade da PM direita não estava relacionada com o hemisfério
direito.
Para além das diferenças na organização cerebral encontradas, no estudo
de Thilers et al. (2007) mencionou-se algumas diferenças anatómicas, entre DES
e SIN, no corpo caloso. Sendo que os SIN tendiam a ter o corpo caloso maior do
que os DES.
35
Relativamente à diferença entre sexos, Bourassa et al. (1996), Johnston et
al. (2009), Papadatou-Pastou et al. (2008), Porac e Coren (1981) e Sacco et al.
(2006) constaram nos seus estudos, uma maior incidência de indivíduos SIN do
sexo masculino comparativamente ao sexo feminino.
Todavia, Gabbard (1992) citada por Rocha (2008, p. 37) não encontrou
diferenças entre sexos. Uma possível explicação para a maior incidência de SIN
do sexo masculino pode estar relacionada com pressões sociais sobre o sexo
feminino (Porac & Coren, 1981; Sato et al., 2008) ou poderá estar relacionada
com fatores genéticos ou hormonais (Stroganova et al., 2004).
Geschwind e Behan (1982) formulam a teoria que relaciona a sinistralidade
com a presença de testosterona. Segundo esta teoria a testosterona levaria à
diminuição do desenvolvimento do hemisfério esquerdo e por conseguinte, ao
desenvolvimento do hemisfério direito. Os sujeitos do sexo masculino como
sofrem uma maior exposição desta hormona fazia com que houvesse uma maior
predisposição para o uso da mão esquerda.
Os autores Pedersen et al. (2003) estudaram as diferenças entre sexos,
em crianças com idades compreendidas entre os 7 e 9 anos. Onde obtiveram
diferenças estatisticamente significativas entre sexos, na tarefa threading nuts
on bolt, sendo que as raparigas mostram-se mais lateralizadas que os rapazes.
Contudo, ainda no mesmo estudo, na tarefa placing pegs não foram encontradas
diferenças estatisticamente significativas.
No estudo de Johnston et al. (2009) realizado em 4942 crianças
australianas, com idades compreendidas entre o 4-5 anos, concluiu-se que
crianças do sexo masculino SIN e com lateralidade cruzada tinham piores
desempenhos do que as crianças do sexo feminino. Contudo, verificou-se ainda
que há uma menor tendência para as raparigas serem SIN.
Preferência Podal
Segundo Peters (1998) PP refere-se ao uso continuado de um pé em
relação ao outro em tarefas motoras unipodais. As tarefas podem ser
classificadas como estáticas (e.g. equilíbrio unipodal) e dinâmicas (e.g. chutar
36
uma bola). No caso do equilíbrio estático o Pp (pé preferido) é o que executa o
apoio. E no caso do equilíbrio dinâmico o Pp é o usado para executar o
movimento e o PNp é usado como apoio (Hart & Gabbard, 1997). Já Sadeghi et
al. (2000) propõe a hipótese da assimetria funcional da marcha, sendo que a
perna preferida seria a responsável pela propulsão antero-posterior e a perna
não preferida responsável pelo suporte vertical e equilíbrio. As assimetrias na
marcha têm sido manifestadas tanto em crianças (Rodrigues et al., 2014) como
em adultos (Polk & Rosengren, 2010).
Apesar de aproximadamente 80% da população utilizar a perna direita
como preferida (Gabbard & Iteya, 1996 & Porac & Coren, 1981), há poucos
estudos realizados quando comparamos com a PM. Alguns estudos (Bryden &
Elias, 1998 e Bryden et al., 1997) mencionam a PP como sendo um melhor índice
da especialização cerebral do que a PM, uma vez que é menos propensa a
influências socioculturais (Calvert & Bishop, 1998 & Chapman et al., 1987).
Porém, no estudo realizado por Zverev e Mipando (2007), foram encontradas
pressões socioculturais na preferência do pé direito como Pp. Segundo os
autores, a ideia de que o pé esquerdo é “mais fraco” ou “menos hábil” que o
direito, foram as principais razões para a preferência. Para além disso os pais,
líderes das igrejas e amigos também influenciaram a mudança do pé esquerdo
para o pé direito.
A expressão da PP segundo Sobera et al. (2011) decorre entre os 2 e os 5
anos de idade, ficando determinada aos 6 anos de idade. E entre os 7 e 9 anos
decorre o desenvolvimento e aperfeiçoamento do controlo postural
(Roncesvalles et al., 2005).
Num estudo longitudinal realizado por Nonis (1996) citado por Hart e
Gabbard (1997, p. 10) a autora refere que as crianças dos 3 aos 6 anos, tendiam
a aumentar a PP mista (usam diferentes pernas para o equilíbrio unipodal)
quando realizavam equilíbrio estacionário e para “saltar ao pé-coxinho”.
Contudo, em tarefas bipodais a maior parte das crianças tinham PP direita.
Estudos realizados em atletas de futebol, revelam resultados interessantes.
Grouios et al. (2002) citados por Carey et al. (2009, p. 652) estudaram a PP em
368 jogadores profissionais de futebol, 389 jogadores semiprofissionais, 357
37
jogadores amadores e 395 estudantes, através do Questionário de Preferência
Podal de Waterloo. Cerca de 46% dos jogadores profissionais, assim como cerca
de 30% dos jogadores semiprofissionais, a 13% dos amadores e 9% dos
estudantes apresentavam PP mista (classificações compreendidas entre -6 e
+6). Estes resultados podem ser explicados através do estudo de Oliveira et al.
(2003). Os autores sugerem ainda que os jogadores com PP mista são mais
eficientes não por razões técnicas, mas sim por motivos táticos.
Carey et al. (2001) defendem que os jogadores com PP mista são mais
proficientes e têm maior habilidade, do que os que têm uma Pp direita ou
esquerda. Estes resultados vão contra os resultados apresentados por Andrade
(2009). O autor estudou a PP recorrendo ao Teste de Tapping Pedal, em 342
crianças, sendo que 271 tinha PP direita e 71 PP esquerda. Ainda no mesmo
estudo, o autor revelou que de um modo geral as crianças eram mais proficientes
com o Pp. Porém, Porac e Coren (1981) estudaram a proficiência em jogadores
de futebol relativamente ao Pp esquerdo e Pp direito. Apesar de não terem
encontrado diferenças estatisticamente significativas, os autores referem que as
médias da proficiência em jogadores com PP esquerda eram superiores à média
da proficiência em jogadores com PP direita.
Relativamente à relação entre a PM e a PP, Barut et al. (2007) investigaram
a relação entre a PM e a PP entre homens e mulheres com nacionalidade turca.
Os resultados indicaram que homens com PM esquerda escolhiam
maioritariamente o “pé esquerdo” (56,9%) como preferido, seguido do “pé direito”
(32,3%) e “ambos os pés” (10,8%). Enquanto as mulheres com PM esquerda
escolhiam maioritariamente o “pé esquerdo” como preferido (79,4%), seguido de
“ambos os pés” (11,8%) e “pé direito” (8,8%). No caso de homens e mulheres
com PM direita, escolhiam o “pé direito” como o preferido (75,5%- homens;
89,9% -mulheres), seguido por “ambos os pés” (17,4% - homens; 8,9%-
mulheres) e “pé esquerdo” (7,1%-homens; 1,2%- mulheres). Estes resultados
demonstram que neste estudo as mulheres SIN foram mais fortemente
lateralizadas do que os homens SIN. E mulheres DES foram ligeiramente mais
lateralizadas que homens DES. E que tanto mulheres DES e SIN preferiam
38
“ambos os pés” em vez de o PNp tal como os homens DES. Contrariamente aos
homens SIN que preferiam significativamente o PNp a “ambos os pés”.
No estudo de Eligar (2011) 50% dos homens com PP esquerda escolhiam
a mão esquerda e a outra metade escolhia a mão direita. Por outro lado, as
98,8% das mulheres com PP direita escolhiam a mão direita. Enquanto as
mulheres com PP esquerda tinham como mão preferida a esquerda, 20% das
mulheres com PM esquerda escolhiam PP direita. O que demonstra que os
homens foram menos lateralizados do que as mulheres.
Resumidamente, as assimetrias laterais podem-se manifestar, nos
membros ou nos órgãos sensoriais, sendo que a maior parte da população é
destra. Alguns estudos sugerem que as raparigas são mais lateralizadas que os
rapazes.
2.3.3. Classificação dos Índices de Preferência Lateral
Existem três fatores que influenciam a classificação dos índices de
preferência lateral considerados: a direção, a intensidade (ou consistência) e a
congruência (Rocha, 2008).
Direção
Coste (1992) citado por Lucena (2010, p. 6) define lateralidade em quatro
tipos: (i) dextralidade verdadeira, onde a preferência lateral é a direita; (ii)
sinistralidade verdadeira, onde a preferência lateral é o lado esquerdo; (iii) falsa
sinistralidade, o indivíduo adota a sinistralidade devido a uma paralisia ou
amputação e (iv) falsa dextralidade, ocorre uma organização inversa da
observada a falsa sinistralidade (nesta categoria estão incluídos também os SIN
contrariados, ou seja, são indivíduos que nascem com um potencial para ser
SIN, mas por influência social, utilizam a mão direita). Para Magalhães (2001)
citado por Andrade (2009, p. 15) destros são os sujeitos onde existe uma
preferência clara do lado direto. Os sujeitos com preferência lateral esquerda são
39
os que apresentam a preferência do lado esquerdo. E ambidestros são aqueles
que usam tanto um lado como o outro com igual destreza.
Intensidade
A intensidade é dada através do Quociente de Lateralidade que resulta da
proporção entre a diferença do número de tarefas executadas com o lado direito
e o lado esquerdo sobre o número total de tarefas realizadas. Quanto mais
consistente for a escolha de um lado, como preferido mais lateralizado o sujeito
é (Leconte & Fagard, 2004). A classificação varia entre +100 e -100, sendo que
quanto mais perto o valor do quociente estiver destes extremos mais consistente
o sujeito é. Os indivíduos podem ser classificados de forma dicotómica
(consistentes e não consistentes); tricotómica (consistentes à esquerda,
consistentes à direita e não consistentes) e tetratómica (consistentes à
esquerda, não consistentes à esquerda, consistentes à direita, não consistentes
à direita) (Bishop et al., 1996).
Congruência
A congruência relaciona os quatro índices de preferência lateral (Reiss et
al., 1999). Segundo Porac (1997) a congruência pode ser classificada como:
dicotómica (quando o mesmo lado é escolhido pelos quatro índices, e cruzado,
quando pelo menos um dos índices tem preferência contrária aos restantes); e
tricotómica (congruente à direita, quando os quatro índices preferem o lado
direito, congruente à esquerda, quando os quatro índices preferem o lado
esquerdo e cruzado, quando pelo menos um dos índices tem preferência
contrária aos restantes). Para Negrine (1986), citado por Giolo (2008, pp. 25-27)
a lateralidade pode ser: homogénea definida (o indivíduo é DES ou SIN, e.g.
lateralidade manual, lateralidade podal e lateralidade visual = DES), definida
cruzada (o indivíduo possuí lateralidade igual em dois órgãos mas no terceiro
muda, e.g. – DES; preferência podal- DES; preferência visual – SIN.) e definida
40
(um dos órgão não tem lateralidade indefinida, e.g. e preferência podal direita e
preferência visual - indefinida).
Em resumo, a preferência lateral, é definida segundo 3 índices, a direção,
a intensidade e a congruência. A direção diz-nos o tipo de lateralidade, a
intensidade a consistência do tipo de lateralidade e a congruência relaciona os
4 índices de preferência lateral.
2.3.4. Preferência Manual e Deficiência Visual
A PM de um sujeito é construída com base em vários fatores tais como: a
prática, a aprendizagem, a experiência (Scharoun & Bryden, 2014), assim como
as pressões sociais e o ambiente a que esteve exposto na infância (Suzuki &
Ando, 2014). No entanto, para as pessoas com deficiência visual outros fatores
estão incluídos, tais como: a familiaridade com o material, a maneira como lê
braille e requisitos específicos da tarefa (Sadato, 2005).
Num estudo realizado por Cratty e Sams (1968) os autores concluíram que
a idade média do desenvolvimento da PM numa criança com deficiência visual
rondava os 9 anos. Todavia, sugerem que se a criança for estimulada, a
expressão da lateralidade é definida aos 7 anos.
Num estudo realizado por Sampaio e Philip (1995) os autores avaliaram o
desempenho da leitura em braille nos cegos com cegueira congénita e adquirida,
concluindo-se que “experiência visual” e a PM estão relacionadas. Embora não
tenha sido observado totalmente. Os autores sugerem que a “experiência visual”
do indivíduo, pode influenciar a escolha da mão preferida, para aqueles que leem
apenas com uma mão. As pessoas com cegueira congénita obtiveram
desempenhos superiores com a mão preferida. Para as pessoas com cegueira
adquirida a PM não foi evidente.
Já Argyropoulos et al. (2014) sugerem que a ausência de input visual pode
não interferir na PM, mas sim na intensidade. Os autores apontam ainda que a
ausência de visão leva a proficiência de ambas as mãos em exercícios onde o
tato é recrutado e nas tarefas espaciais. Este fato é apoiado pela neurociência,
41
pois a cegueira leva à reorganização das ativações neurais corticais (Roberts &
Wing, 2001). Porém, no estudo de Ittyerah (2000) realizado em 100 pessoas
cegos e 100 pessoas normovisuais a investigadora não encontrou nenhuma
diferença estatisticamente significativa entre a PM nas pessoas normovisuais e
cegas, que corrobora os estudos de Ittyerah (1993) e Röder et al. (1999).
2.4. Referências Bibliográficas
An, M., Yi, C., Jeon, H., & Park, S. (2009). Age-related changes of single-
limb standing balance in children with and without deafness [Versão eletrónica].
International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology, 73(11), 1539-1544.
Consult. 11 Jun 2015, disponível em
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S016558760900411X.
Andrade, J. (2009). O efeito da preferência pedal no desempenho motor de
crianças e jovens futebolistas. Porto: Jorge Andrade.
Annett, M. (1981). The genetics of handedness (Vol. 4).
Annett, M. (1996). Left, right hand and brain: The right shift theory. In D.
Elliot & E. Roy (Eds.), Manual asymmetries in motor perfomance (pp. 250). Boca
Raton: CRC Press.
Annett, M. (1998). Handedness and Cerebral Dominance [Versão
eletrónica]. The Journal of neuropsychiatry and clinical neurosciences, 10(4),
459-469. Consult. 5 Mai 2015, disponível em
http://neuro.psychiatryonline.org/doi/pdf/10.1176/jnp.10.4.459.
Annett, M. (2002). Handedness and brain asymmetry: The right shift theory
(1 ed.): Psychology Press.
42
Annett, M. (2004). Hand preference observed in large healthy samples:
classification, norms and interpretations of increased non-right-handedness by
the right shift theory [Versão eletrónica]. Br J Psychol, 95(Pt 3), 339-353. Consult.
7 Jun 2015, disponível em http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15296539.
Annett, M., & Kilshaw, D. (1983). Right- and left-hand skill II: Estimating the
parameters of the distribution of L-R differences in males and females [Versão
eletrónica]. British Journal Of Psychology (London, England: 1953), 74 (Pt 2),
269-283. Consult. 17 Abr 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=mnh&AN=6871579&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
Aquino, C., Viana, S., Fonseca, S., Bricio, R., & Vaz, D. (2004). Mecanismos
neuromusculares de controle da estabilidade articular [Versão eletrónica]. Rev.
bras. ciênc. mov, 12(2), 35-42. Consult. 18 Jun 2015, disponível em
http://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/554/578.
Argyropoulos, V., Sideridis, G., & Papadimitriou, V. (2014). Hand preference
of individuals with blindness in everyday activities: The effects of age of sight loss,
age, and gender [Versão eletrónica]. Res Dev Disabil, 35(8), 1885-1898. Consult.
9 Set 2014, disponível em http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24767801.
Arnaiz, P., & Martinez, R. (1998). Educacion infantil y deficiencia visual.
Madrid: Editorial CCS.
Ayvazoglu, N., Oh, H., & Kozub, F. (2006). Explaining Physical Activity in
Children With Visual Impairments: A Family Systems Approach [Versão
eletrónica]. Exceptional Children, 72(2), 235-248. Consult. 17 Jun 2015,
disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=19467722&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
43
Bagesteiro, L., & Sainburg, R. (2002). Handedness: Dominant Arm
Advantages in Control of Limb Dynamics [Versão eletrónica]. Journal of
Neurophysiology, 88(5), 2408-2421. Consult. 7 Jun 15, disponível em
http://jn.physiology.org/content/88/5/2408.abstract.
Bagi, J., Kudachi, P., & Goudar, S. (2011). Influence of motor task on
handedness [Versão eletrónica]. Al Ame en J Med Sci, 4(1), 87-91. Consult. 15
Abr 2015, disponível em
http://www.alameenmedical.org/ajms/ArticlePDFs/AJMS%204.1.%2087-91.pdf.
Barela, J. (2000). Estratégias de controle em movimentos complexos: ciclo
percepção-ação no controle postural [Versão eletrónica]. Rev Paul Educ Fís(1
(suppl 3)), 79-88. Consult. 18 Jun 2015, disponível em
http://citrus.uspnet.usp.br/eef/uploads/arquivo/v14%20supl3%20artigo9.pdf.
Barut, C., Ozer, C., Sevinc, O., Gumus, M., & Yunten, Z. (2007).
Relationships between hand and foot preference [Versão eletrónica].
International Journal of Neuroscience, 117(2), 177-185. Consult. 3 Abr 1015,
disponível em
http://informahealthcare.com/doi/abs/10.1080/00207450600582033.
Berg, K., Wood-Dauphinee, S., Williams, J., & Maki, B. (1992). Measuring
balance in the elderly: validation of an instrument [Versão eletrónica]. Can J
Public Health, 83 Suppl 2, S7-11. Consult. 28 Mar 2015, disponível em
http://digitool.library.mcgill.ca/R/?func=dbin-jump-
full&object_id=39553&local_base=GEN01-MCG02.
Birkett, P. (1979). Relationships among handedness, familial handedness,
sex and ocular sighting-dominance [Versão eletrónica]. Neuropsychologia, 17(5),
533-537. Consult. 6 Out 2014, disponível em
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/0028393279900629.
44
Bishop, D. (2001). Individual differences in handedness and specific speech
and language impairment: evidence against a genetic link [Versão eletrónica].
Behavior Genetics, 31(4), 339-351. Consult. 3 Mai 15, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=mnh&AN=11720120&l
ang=pt-br&site=ehost-live.
Bishop, D., Ross, V., Daniels, M., & Bright, P. (1996). The measurement of
hand preference: a validation study comparing three groups of right-handers
[Versão eletrónica]. Br J Psychol, 87 ( Pt 2), 269-285. Consult. 9 Out 2014,
disponível em http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.2044-
8295.1996.tb02590.x/pdf.
Boonstra, N., Limburg, H., Tijmes, N., Genderen, M., Schuil, J., & Nispen,
R. (2012). Changes in causes of low vision between 1988 and 2009 in a Dutch
population of children [Versão eletrónica]. Acta Ophthalmologica (1755375X),
90(3), 277-286. Consult. 12 Set 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=74637126&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
Bourassa, D., McManus, I., & Bryden, M. (1996). Handedness and Eye-
dominance: A Meta-analysis of Their Relationship [Versão eletrónica]. Laterality:
Asymmetries of Body, Brain and Cognition, 1(1), 5-34. Consult. 16 Jan 2015,
disponível em http://dx.doi.org/10.1080/713754206.
Brambring, M. (2006). Divergent Development of Gross Motor Skills in
Children Who Are Blind or Sighted [Versão eletrónica]. Journal of Visual
Impairment & Blindness, 100(10), 620-634. Consult. 10 Jun 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=23057202&sit
e=eds-live&scope=site&authtype=sso.
45
Bryden, L., & Elias, M. (1998). Footedness is a Better Predictor of Language
Lateralisation than Handedness [Versão eletrónica]. Laterality, 3(1), 41-52.
Consult. 4 Abr 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=7612003&lan
g=pt-br&site=ehost-live.
Bryden, M., Roy, E., McManus, I., & Fleming, M. (1997). On the Genetics
and Measurement of Human Handedness [Versão eletrónica]. Laterality, 2(3/4),
317-336. Consult. 4 Abr 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=s3h&AN=7612039&lan
g=pt-br&site=ehost-live.
Bugnariu, N., & Fung, J. (2007). Aging and selective sensorimotor strategies
in the regulation of upright balance [Versão eletrónica]. Journal Of
Neuroengineering And Rehabilitation, 4, 19-19. Consult. 19 Jun 2015, disponível
em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=mnh&AN=17584501&l
ang=pt-br&site=ehost-live.
Caliskan, E., & Dane, S. (2009). Left-handedness in blind and sighted
children [Versão eletrónica]. Laterality, 14(2), 205-213. Consult. 7 Set 2014,
disponível em http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19142794.
Calvert, G., & Bishop, D. (1998). Quantifying Hand Preference Using a
Behavioural Continuum [Versão eletrónica]. Laterality, 3(3), 255-268. Consult. 5
Abr 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=4438285&lan
g=pt-br&site=ehost-live.
Carey, D., Smith, D., Martin, D., Smith, G., Skriver, J., Rutland, A., &
Shepherd, J. (2009). The bi-pedal ape: Plasticity and asymmetry in footedness
46
[Versão eletrónica]. Cortex, 45(5), 650-661. Consult. 5 Abr 2015, disponível em
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S001094520800258X.
Carey, D., Smith, G., Smith, D., Shepherd, J., Skriver, J., Ord, L., & Rutland,
A. (2001). Footedness in world soccer: an analysis of France '98 [Versão
eletrónica]. Journal of Sports Sciences, 19(11), 855-864. Consult. 15 Set 2015,
disponível em http://dx.doi.org/10.1080/026404101753113804.
Castro, E. (2005). Atividade física adaptada. São Paulo: Tecmedd.
Chapman, J., Chapman, L., & Allen, J. (1987). The measurement of foot
preference [Versão eletrónica]. Neuropsychologia, 25(3), 579-584. Consult. 5 Abr
2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=psyh&AN=1988-28305-
001&lang=pt-br&site=ehost-live.
Çolak, T., Bamaç, B., Aydin, M., Meriç, B., & Özbeka, A. (2004). Physical
fitness levels of blind and visually impaired goalball team players [Versão
eletrónica]. Isokinetics & Exercise Science, 12(4), 247-252. Consult. 20 Abr 2015,
disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=s3h&AN=15805601&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
Colenbrander, A., & Fletcher, D. (1995). Basic Concepts and Terms for Low
Vision Rehabilitation [Versão eletrónica]. American Journal of Occupational
Therapy, 49(9), 865-869 disponível em http://dx.doi.org/10.5014/ajot.49.9.865.
Corballis, M. (2003). From mouth to hand: gesture, speech, and the
evolution of right-handedness [Versão eletrónica]. Behav Brain Sci, 26(2), 199-
208. Consult. 3 Apr 2015, disponível em
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14621511.
47
Coren, S. (1993). The left-hander syndrome the causes and consequences
of left-handedness. New York: Vintage Books.
Costeloe, K., Hennessy, E., Haider, S., Stacey, F., Marlow, N., & Draper, E.
(2013). Short term outcomes after extreme preterm birth in England: comparison
of two birth cohorts in 1995 and 2006 (the EPICure studies) [Versão eletrónica].
Child: Care, Health and Development, 39(2), 301-304. Consult. 2012-12-04
23:32:33, disponível em http://www.bmj.com/bmj/345/bmj.e7976.full.pdf.
Cratty, B., & Sams, T. (1968). The Body-Image of Blind Children [Versão
eletrónica]. New York: American Foundation for the Blind, 70. Consult. 13 Jan
2015, disponível em http://files.eric.ed.gov/fulltext/ED035153.pdf.
Cumberland, P., Pathai, S., & Rahi, J. (2010). Prevalence of Eye Disease
in Early Childhood and Associated Factors: Findings from the Millennium Cohort
Study [Versão eletrónica]. Ophthalmology, 117(11), 2184-2190.e2183. Consult.
11 Set 2015, disponível em
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0161642010002496.
Dassonville, P., Zhu, X., Ugurbil, K., Kim, S., & Ashe, J. (1997). Functional
activation in motor cortex reflects the direction and the degree of handedness
[Versão eletrónica]. Proceedings of the National Academy of Sciences, 94(25),
14015-14018. Consult. 9 Mai 2015, disponível em
http://www.pnas.org/content/94/25/14015.abstract.
De Meur, A., Staes, S., Galuban, A., & Ono, S. (1991). Psicomotricidade:
educação e reeducação: níveis maternal e infantil. São Paulo: Editora Manole.
Dellatolas, G., de Agostini, M., Curt, F., Kremin, H., Letierce, A., Maccario,
J., & Lellouch, J. (2003). Manual skill, hand skill asymmetry, and cognitive
performances in young children [Versão eletrónica]. Laterality, 8(4), 317. Consult.
48
21 Mai 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=10955452&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
Doyen, A., Duquenne, V., Nuques, S., & Carlier, M. (2001). What can be
learned from a lattice analysis of a laterality questionnaire? [Versão eletrónica].
Behavior Genetics, 31(2), 193-207. Consult. 21 Mai 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=mnh&AN=11545536&l
ang=pt-br&site=ehost-live.
Duarte, M., & Zatsiorsky, V. (2002). Effects of body lean and visual
information on the equilibrium maintenance during stance [Versão eletrónica].
Experimental Brain Research, 146(1), 60-69. Consult. 10 Jun 2015, disponível
em http://dx.doi.org/10.1007/s00221-002-1154-1.
Dufour, A., Touzalin, P., & Candas, V. (2007). Rightward shift of the auditory
subjective straight ahead in right- and left-handed subjects [Versão eletrónica].
Neuropsychologia, 45(2), 447-453. Consult. 19 Set 2015, disponível em
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0028393206002636.
Eligar, R. (2011). The laterality of Handedness, Foot Preference and Foot
Overlapping [Versão eletrónica]. Journal of Clinical and Diagnostic Research,
5(2), 152-154. Consult. 3 Abr 2015, disponível em
http://www.jcdr.net/articles/PDF/1311/2061.pdf.
Engle, W., Tomashek, K., & Wallman, C. (2007). “Late-Preterm” Infants: A
Population at Risk [Versão eletrónica]. Pediatrics, 120(6), 1390-1401. Consult.
15 Set 015, disponível em
http://pediatrics.aappublications.org/content/120/6/1390.abstract.
49
Evensen, K., Lindqvist, S., Indredavik, M., Skranes, J., Brubakk, A., & Vik,
T. (2009). Do visual impairments affect risk of motor problems in preterm and
term low birth weight adolescents? [Versão eletrónica]. Eur J Paediatr Neurol,
13(1), 47-56. Consult. 8 Set 2015, disponível em
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18430596.
Evensen, K., Vik, T., Helbostad, J., Indredavik, M., Kulseng, S., & Brubakk,
A. (2004). Motor skills in adolescents with low birth weight [Versão eletrónica].
Archives of Disease in Childhood - Fetal and Neonatal Edition, 89(5), F451-F455.
Consult. 15 Set 2015, disponível em
http://fn.bmj.com/content/89/5/F451.abstract.
Farias, G. (2004). Intervenção precose: reflexões sobre o desenvolvimento
da criança cega até dois anos de idade [Versão eletrónica]. Pensar a Prática,
7(1), 85-102. Consult. 8 Maio 2015, disponível em
http://h200137217135.ufg.br/index.php/fef/article/view/68.
Figueiredo, M., & Iwabe, C. (2007). Análise do equilíbrio em crianças com
visão normal e com deficiência visual congênita [Versão eletrónica]. Revista de
Neurociências, 15(4). Consult. 9 Abr 2015, disponível em
http://www.hsp.epm.br/dneuro/neurociencias/neurociencias_v15_n4.pdf#page=
27.
Freitas, C., Botelho, M., & Vasconcelos, O. (2014). Preferência lateral e
coordenação motora [Versão eletrónica]. Motricidade, 10(2). Consult. 4 Maio
2015, disponível em http://revistas.rcaap.pt/motricidade/article/view/1245.
Friedrich, M., Grein, H., Wicher, C., Schuetze, J., Mueller, A., Lauenroth, A.,
Hottenrott, K., & Schwesig, R. (2008). Influence of pathologic and simulated
visual dysfunctions on the postural system [Versão eletrónica]. Experimental
50
Brain Research, 186(2), 305-314. Consult. 12 Abr 2015, disponível em
http://dx.doi.org/10.1007/s00221-007-1233-4.
Fujiki, N., Riederer, K., Jousmäki, V., Mäkelä, J., & Hari, R. (2002). Human
cortical representation of virtual auditory space: differences between sound
azimuth and elevation [Versão eletrónica]. European Journal of Neuroscience,
16(11), 2207-2213. Consult. 14 Set 2015, disponível em
http://dx.doi.org/10.1046/j.1460-9568.2002.02276.x.
Gabbard, C., & Iteya, M. (1996). Foot Laterality in Children, Adolescents,
and Adults [Versão eletrónica]. Laterality, 1(3), 199-206. Consult. 7 Abr 2015,
disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=s3h&AN=7611993&lan
g=pt-br&site=ehost-live.
Gabbard, C., Iteya, M., & Rabb, C. (1997). A lateralized comparison of
handedness and object proximity [Versão eletrónica]. Canadian Journal Of
Experimental Psychology = Revue Canadienne De Psychologie Expérimentale,
51(2), 176-180. Consult. 22 Mai 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=mnh&AN=9281910&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
Gagliardi, J., & Shibata, J. (2009). Comparação do equilíbrio estático e
dinâmico entre atletas com deficiência visual, praticantes de goalball e atletismo
[Versão eletrónica]. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, 17(2), 17.
Consult. 19 Set 2015, disponível em
http://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/993/941.
Gallahue, D., & Ozmun, J. (2005). Compreendendo o desenvolvimento
motor bebês, crianças, adolescentes e adultos (3ª ed.). São Paulo: Phorte
Editora.
51
Geschwind, N., & Behan, P. (1982). Left-handedness: association with
immune disease, migraine, and developmental learning disorder [Versão
eletrónica]. Proceedings of the National Academy of Sciences, 79(16), 5097-
5100. Consult. 8 Jun 2015, disponível em
http://www.pnas.org/content/79/16/5097.abstract.
Giagazoglou, P., Amiridis, I., Zafeiridis, A., Thimara, M., Kouvelioti, V., &
Kellis, E. (2009). Static balance control and lower limb strength in blind and
sighted women [Versão eletrónica]. European Journal of Applied Physiology,
107(5), 571-579. Consult. 14 Out 2014, disponível em
http://dx.doi.org/10.1007/s00421-009-1163-x.
Giolo, C. (2008). Noção de lateralidade: Um estudo diagnóstico com
ginastas iniciantes. Campinas: Giolo, C.
Gipsman, S. (1981). Effect of Visual Condition on Use of Proprioceptive
Cues in Performing a Balance Task. In R. Welsh & B. B. (Eds.), American
Foundation for the Blind (3rd ed ed., pp. XV, 672). New York: American
Foundation for the Blind.
Goble, D., & Brown, S. (2008). The biological and behavioral basis of upper
limb asymmetries in sensorimotor performance [Versão eletrónica].
Neuroscience & Biobehavioral Reviews, 32(3), 598-610. Consult. 4 Mai 2015,
disponível em
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0149763407001388.
Gronwall, D., & Sampson, H. (1971). Ocular dominance: a test of two
hypotheses [Versão eletrónica]. British Journal Of Psychology (London, England:
1953), 62(2), 175-185. Consult. 10 Set 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=mnh&AN=5090703&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
52
Gurd, J., Schulz, J., Cherkas, L., & Ebers, G. (2006). Hand Preference and
Performance in 20 Pairs of Monozygotic Twins with Discordant Handedness
[Versão eletrónica]. Cortex, 42(6), 934-945. Consult. 16 Abr 2015, disponível em
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0010945208704386.
Haegele, J., & Porretta, D. (2015). Physical activity and school-age
individuals with visual impairments: a literature review [Versão eletrónica].
Adapted physical activity quarterly: APAQ, 32(1), 68-82. Consult. 29 Mai 2015,
disponível em http://link.springer.com/article/10.1007%2Fs40489-015-0055-8.
Haibach, P., Lieberman, L., & Pritchett, J. (2011). Balance in Adolescents
with and without Visual Impairments [Versão eletrónica]. Insight: Research &
Practice in Visual Impairment & Blindness, 4(3), 112-123. Consult. 18 Set 2015,
disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=65486340&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
Hart, S., & Gabbard, C. (1997). Examining the Stabilising Characteristics of
Footedness [Versão eletrónica]. Laterality, 2(1), 17-26. Consult. 8 Abr 2015,
disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=7612023&lan
g=pt-br&site=ehost-live.
Hausmann, M., Corballis, M., Fabri, M., Paggi, A., & Lewald, J. (2005).
Sound lateralization in subjects with callosotomy, callosal agenesis, or
hemispherectomy [Versão eletrónica]. Cognitive Brain Research, 25(2), 537-546.
Consult. 10 Set 2015, disponível em
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0926641005002302.
Hinojosa, T., Sheu, C., & Michel, G. (2003). Infant hand-use preferences for
grasping objects contributes to the development of a hand-use preference for
53
manipulating objects [Versão eletrónica]. Developmental Psychobiology, 43(4),
328-334. Consult. 21 Mai 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=mnh&AN=15027416&l
ang=pt-br&site=ehost-live.
Holbrook, E., Caputo, J., Perry, T., Fuller, D., & Morgan, D. (2009). Physical
Activity, Body Composition, and Perceived Quality of Life of Adults with Visual
Impairments [Versão eletrónica]. Journal of Visual Impairment & Blindness,
103(1), 17-29. Consult. 14 Jun 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=36347967&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
Horlings, C., van Engelen, B., Allum, J., & Bloem, B. (2008). A weak
balance: the contribution of muscle weakness to postural instability and falls
[Versão eletrónica]. Nature Clinical Practice. Neurology, 4(9), 504-515. Consult.
9 Jun 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=mnh&AN=18711425&l
ang=pt-br&site=ehost-live.
Horvat, M., Ray, C., Croce, R., & Blasch, B. (2004). A comparison of
isokinetic muscle strength and power in visually impaired and sighted individuals
[Versão eletrónica]. Isokinetics & Exercise Science, 12(3), 179-183. Consult. 29
Mar 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=s3h&AN=15569456&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
Horvat, M., Ray, C., Ramsey, T., Miszko, T., Keeney, R., & Blasch, B.
(2003). Compensatory Analysis and Strategies for Balance in Individuals with
Visual Impairments [Versão eletrónica]. Journal of Visual Impairment &
Blindness, 97(11), 695-703. Consult. 4 Mai 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=11451373&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
54
Houwen, S., Hartman, E., & Visscher, C. (2009). Physical Activity and Motor
Skills in Children with and without Visual Impairments [Versão eletrónica].
Medicine and Science in Sports and Exercise, 41(1), 103 - 109. Consult. 4 Jun
2015, disponível em https://www.rug.nl/research/portal/en/publications/physical-
activity-and-motor-skills-in-children-with-and-without-visual-
impairments(5dfae518-96b1-4f4d-973b-5466606d6127).html.
Houwen, S., Hartman, E., & Visscher, C. (2010). The Relationship Among
Motor Proficiency, Physical Fitness, and Body Composition in Children With and
Without Visual Impairments [Versão eletrónica]. Research Quarterly for Exercise
and Sport, 81(3), 290-299. Consult. 6 Jun 2015, disponível em
http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/02701367.2010.10599677.
Houwen, S., Visscher, C., Hartman, E., & Lemmink, K. (2007). Gross Motor
Skills and Sports Participation of Children With Visual Impairments [Versão
eletrónica]. Research Quarterly for Exercise and Sport, 78(2), 16-23. Consult. 14
Abr 2015, disponível em http://dx.doi.org/10.1080/02701367.2007.10599399.
Houwen, S., Visscher, C., Lemmink, K., & Hartman, E. (2008). Motor skill
performance of school-age children with visual impairments [Versão eletrónica].
Developmental Medicine And Child Neurology, 50(2), 139-145. Consult. 9 Jun
2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=mnh&AN=18201303&l
ang=pt-br&site=ehost-live.
Hrysomallis, C. (2007). Relationship Between Balance Ability, Training and
Sports Injury Risk [Versão eletrónica]. Sports Medicine, 37(6), 547-557. Consult.
8 Jun 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=25511225&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
55
Hughes, L., & Cooke, R. (2003). Motor, cognitive, and behavioural disorders
in children born very preterm [Versão eletrónica]. Developmental Medicine &
Child Neurology, 45(2), 97-103. Consult. 15 Set 2015, disponível em
http://dx.doi.org/10.1111/j.1469-8749.2003.tb00912.x.
Ilić-Stošović, D., & Nikolić, S. (2012). Motor skill performance of children
with sensory impairments. In W. Sittiprapaporn (Ed.), Learning Disabilities (pp.
217-240): InTech.
INE. (2001). Análise de População com Deficiência.
Ittyerah, M. (1993). Hand preferences and hand ability in congenitally blind
children [Versão eletrónica]. The Quarterly Journal of Experimental Psychology
Section A, 46(1), 35-50. Consult. 2 Jun 2015, disponível em
http://dx.doi.org/10.1080/14640749308401066.
Ittyerah, M. (2000). Hand skill and hand preference in blind and sighted
children [Versão eletrónica]. Laterality, 5(3), 221-235. Consult. 18 Set 2014,
disponível em http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15513143.
Ittyerah, M., Gaunet, F., & Rossetti, Y. (2007). Pointing with the left and right
hands in congenitally blind children [Versão eletrónica]. Brain Cogn, 64(2), 170-
183. Consult. 18 Set 2014, disponível em
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17408828.
Jackson, C. (2005). How preferred ear for listening moderates emotional
cognitions in the prediction of personality [Versão eletrónica]. Laterality:
Asymmetries of Body, Brain and Cognition, 10(4), 305-320. Consult. 15 Set 2015,
disponível em http://dx.doi.org/10.1080/13576500442000102.
56
Jackson, C. (2008). When avoidance leads to approach: How ear
preference interacts with neuroticism to predict disinhibited approach [Versão
eletrónica]. Laterality: Asymmetries of Body, Brain and Cognition, 13(4), 333-373.
Consult. 15 Set 2015, disponível em
http://dx.doi.org/10.1080/13576500802063053.
Jackson, C. (2011). Evidence of a relationship between asymmetries in
tympanic membrane temperature and lateralised sensory preferences [Versão
eletrónica]. Laterality, 16(1), 107-124. Consult. 15 Set 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=56043824&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
Johnston, D., Nicholls, M., Shah, M., & Shields, M. (2009). Nature’s
Experiment? Handedness and Early Childhood Development [Versão eletrónica].
Demography, 46(2), 281-301. Consult. 16 Abr 2015, disponível em
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2831280/.
Judge, J., & Stirling, J. (2003). Fine motor skill performance in left- and right-
handers: Evidence of an advantage for left-handers [Versão eletrónica].
Laterality, 8(4), 297. Consult. 16 Abr 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=s3h&AN=10955454&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
Júnior, W., & Santos, L. (2001). O Judô como actividade pedagógica
desportiva complementar, em um processo de orientação e mobilidade para
portadores de deficiência visual [Versão eletrónica]. Lectures: Educacion Física
e Deportes, 7(35). Consult. 9 Jun 2015, disponível em
http://www.efdeportes.com/efd35/judo.htm.
Kaiser, J., Lutzenberger, W., Preissl, H., Ackermann, H., & Birbaumer, N.
(2000). Right-Hemisphere Dominance for the Processing of Sound-Source
57
Lateralization [Versão eletrónica]. The Journal of Neuroscience, 20(17), 6631-
6639. Consult. 13 Set 2015, disponível em
http://www.jneurosci.org/content/20/17/6631.abstract.
Kandel, E., Schwartz, J., & Jessell, T. (2000). Principles of neural science
(Vol. 4). New York: McGraw-Hill New York.
Kieviet, J., Piek, J., Aarnoudse, C., & Oosterlaan, J. (2009). Motor
development in very preterm and very low-birth-weight children from birth to
adolescence: A meta-analysis [Versão eletrónica]. JAMA, 302(20), 2235-2242.
Consult. 13 Set 2015, disponível em http://dx.doi.org/10.1001/jama.2009.1708.
Kinsbourne, M. (1970). The cerebral basis of lateral asymmetries in
attention [Versão eletrónica]. Acta Psychologica, 33, 193-201. Consult. 15 Set
2015, disponível em
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/0001691870901320.
Kioumourtzoglou, E., Derri, V., Mertzanidou, O., & Tzetzis, G. (1997).
Experience with perceptual and motor skills in rhythmic gymnasts [Versão
eletrónica]. Perceptual and Motor Skills, 84(3c), 1363-1372. Consult. 9 Jun 2015,
disponível em http://dx.doi.org/10.2466/pms.1997.84.3c.1363.
Knecht, S., Drager, B., Deppe, M., Bobe, L., Lohmann, H., Floel, A.,
Ringelstein, E., & Henningsen, H. (2000). Handedness and hemispheric
language dominance in healthy humans [Versão eletrónica]. Brain, 123 Pt 12,
2512-2518. Consult. 12 Dec 2014, disponível em
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11099452.
Larsen, S., & Hakonsen, K. (1983). Absence of ear asymmetry in blind
children on a dichotic listening task compared to sighted controls [Versão
58
eletrónica]. Brain Lang, 18(2), 192-198. Consult. 18 Set 2014, disponível em
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6839138.
Le Boulch, J. (1992). O desenvolvimento psicomotor: do nascimento até 6
anos: a psicocinética na idade pré-escolar. Porto Alegre: Artes Médicas.
Leconte, P., & Fagard, J. (2004). Influence of object spatial location and
task complexity on children's use of their preferred hand depending on their
handedness consistency [Versão eletrónica]. Developmental Psychobiology,
45(2), 51-58. Consult. 20 Mai 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=mnh&AN=15340974&l
ang=pt-br&site=ehost-live.
Lieberman, L. (2011). Visual Impairment. In J. Winnick (Ed.), Adapted
physical education and sport (5th ed., pp. 233-250). Champaign : Human
Kinetics.
Lieberman, L., Byrne, H., Mattern, C., Watt, C., & Vivó, M. (2010). Health-
Related Fitness of Youths with Visual Impairments [Versão eletrónica]. Journal
of Visual Impairment & Blindness, 104(6), 349-359. Consult. 8 Jun 2015,
disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=50960493&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
Lieberman, L., Houston-Wilson, C., & Kozub, F. (2002). Perceived Barriers
to Including Students With Visual Impairments in General Physical Education
[Versão eletrónica]. Adapted Physical Activity Quarterly, 19(3), 364. Consult. 8
Jun 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=s3h&AN=7016462&lan
g=pt-br&site=ehost-live.
59
Lieberman, L., & McHugh, E. (2001). Health-Related Fitness of Children
Who Are Visually Impaired [Versão eletrónica]. Journal of Visual Impairment &
Blindness, 95(5), 272-287. Consult. 9 Jun 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=4437204&lan
g=pt-br&site=ehost-live.
Longmuir, P., & Bar-Or, O. (2000). Factors Influencing the Physical Activity
Levels of Youths With Physical and Sensory Disabilities [Versão eletrónica].
Adapted Physical Activity Quarterly, 17(1), 40-53. Consult. 8 Jun 2015, disponível
em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=s3h&AN=6193819&lan
g=pt-br&site=ehost-live.
Lorefice, L., Galea, M., Clark, R., Doyle, L., Anderson, P., & Spittle, A.
(2015). Postural control at 4 years in very preterm children compared with term-
born peers [Versão eletrónica]. Developmental Medicine & Child Neurology,
57(2), 175-180. Consult. 1 Jun 2015, disponível em
http://dx.doi.org/10.1111/dmcn.12550.
Lucena, N. e. a. (2010). Lateralidade manual, ocular e dos membros
inferiores e sua relação com déficit de organização espacial em escolares
[Versão eletrónica]. Estudos de Psicologia. Consult. 12 Set 2014, disponível em
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0103-
166X2010000100001&lng=en&nrm=iso&tlng=en.
Lyle, K., & Grillo, M. (2014). Consistent-handed individuals are more
authoritarian [Versão eletrónica]. Laterality, 19(2), 146-163. Consult. 8 Mai 2015,
disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=mnh&AN=23586369&l
ang=pt-br&site=ehost-live.
60
MacEwen, C., Baines, P., & Desai, P. (1999). Eye injuries in children: the
current picture [Versão eletrónica]. British Journal of Ophthalmology, 83(8), 933-
936. Consult. 13 Abr 2015, disponível em
http://bjo.bmj.com/content/83/8/933.abstract.
Maggi, A., Souza, V., Sinésio, T., Machado, D., & Vieira, M. (2011). A
influência da visão no equilíbrio de crianças deficientes visuais congênitas e com
visão normal [Versão eletrónica]. EFDesportes.com, Revista Digital, 154, 1
disponível em https://www.youtube.com/watch?v=1X8vyeZgVVQ.
Matos, M., Matos, C., & Oliveira, C. (2010). Equilíbrio estático da criança
com baixa visão por meio de parâmetros estabilométricos. Consult 17 Abr 2015,
disponível em http://www.scielo.br/pdf/fm/v23n3/a03v23n3.pdf.
Mavrovouniotis, F., Papaioannou, C., Argiriadou, E., Mountakis, C.,
Konstantinakos, P., Pikoula, I., & Mavrovounioti, C. (2013). The effect of a
combined training program with Greek dances and Pilates on the balance of blind
children [Versão eletrónica]. Journal of Physical Education & Sport, 13(1), 91-
100. Consult. 8 Set 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=s3h&AN=99030532&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
McLeod, B., & Hansen, E. (1989). Effects of the Eyerobics Visual Skills
Training Program on Static Balance Performance of Male and Female Subjects
[Versão eletrónica]. Perceptual and Motor Skills, 69(3f), 1123-1126. Consult. 13
Abr 2015, disponível em http://dx.doi.org/10.2466/pms.1989.69.3f.1123.
McManus, I. (1991). The inheritance of left-handedness [Versão eletrónica].
Biological asymmetry and handedness, 162, 251-281. Consult. 13 Jun 15,
disponível em https://www.ucl.ac.uk/medical-
education/reprints/1991CibaSymposiumInheritanceOfHandedness.pdf.
61
Mohr, C., Thut, G., Landis, T., & Brugger, P. (2003). Hands, Arms, and
Minds: Interactions Between Posture and Thought [Versão eletrónica]. Journal of
Clinical & Experimental Neuropsychology, 25(7), 1000-1010. Consult. 8 Abr
2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=11276042&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
Monteiro, A. (1999). Analise da postura e deficiência visual influecia da
pratica de actividade fisica organizada de forma regular e sistematizada na
postura do deficiente visual congenito. Porto: Ana Monteiro. Dissertação de
Dissertação de Mestrado em Atividade Física Adaptada apresentada a
Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.
Moura & Castro, J. (1993). Estudo da influência da capacidade de
resistência aeróbia na orientação e mobilidade do cego. Porto: Moura e Castro,
J.
Munster, M.; Almeida, J. (2005). Actividade Fisíca e Deficiência Visual. In
Costa R. e Gorgatti, M. Atividade Fisíca Adaptada: Qualidade de Vida para
pessoas especiais. Editora Manole, 33-51.
Ocklenburg, S., Hirnstein, M., Hausmann, M., & Lewald, J. (2010a).
Auditory space perception in left- and right-handers [Versão eletrónica]. Brain
Cogn, 72(2), 210-217. Consult. 20 Set 2014, disponível em
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19786316.
Ocklenburg, S., Hirnstein, M., Hausmann, M., & Lewald, J. (2010b).
Auditory space perception in left- and right-handers [Versão eletrónica]. Brain
and Cognition, 72(2), 210-217. Consult. 3 Set 2015, disponível em
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0278262609001675.
62
Oh, H., Ozturk, M., & Kozub, F. (2004). Physical Activity and Social
Engagement Patterns During Physical Education of Youth With Visual
Impairments [Versão eletrónica]. Re:View, 36(1), 39-48. Consult. 14 Jun 2015,
disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=14065224&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
Oldfield, R. (1971). The assessment and analysis of handedness: the
Edinburgh inventory [Versão eletrónica]. Neuropsychologia, 9(1), 97-113.
Consult. 7 Mai 2015, disponível em
http://web.psy.ku.dk/Anders_Gade/Readings/Oldfield1971.pdf.
Oliveira, F., Beltrão, F., & Silva, V. (2003). Metacognição e hemisfericidade
em jovens atletas: Direcionamento para uma pedagogia de ensino desportivo
[Versão eletrónica]. Revista Paulista de Educação Física, 17(1), 5-15. Consult.
11 Jun 2015, disponível em
http://www.adal.pt/adalpt/2007/Dakar/Artigos/Treino%20de%20Meio-
Fundo/v17n1p5.pdf.
OMS. (2014). Visual impairment and blindness. Consult. 16 Mai 2015,
disponível em http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs282/en/
OMS. (2015). Physical Activity. disponível em
http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs385/en/
Pai, A., Wang, J., Samarawickrama, C., Burlutsky, G., Rose, K., Varma, R.,
Wong, T., & Mitchell, P. (2011). Prevalence and Risk Factors for Visual
Impairment in Preschool Children [Versão eletrónica]. Ophthalmology, 118(8),
1495-1500. Consult. 15 Set 2015, disponível em
http://dx.doi.org/10.1016/j.ophtha.2011.01.027.
63
Palomäki, K., Alku, P., Mäkinen, V., May, P., & Tiitinen, H. (2000). Sound
localization in the human brain: neuromagnetic observations [Versão eletrónica].
NeuroReport, 11(7), 1535-1538. Consult. 15 Set 2015, disponível em
http://journals.lww.com/neuroreport/Fulltext/2000/05150/Sound_localization_in_
the_human_brain_.33.aspx.
Papadatou-Pastou, M., Martin, M., Munafò, M., & Jones, G. (2008). Sex
differences in left-handedness: A meta-analysis of 144 studies [Versão
eletrónica]. Psychological Bulletin, 134(5), 677-699. Consult. 9 Jun 2015,
disponível em
https://www.researchgate.net/publication/23196207_Sex_Differences_in_Left-
Handedness_A_Meta-Analysis_of_144_Studies.
Pedersen, A., Sigmundsson, H., Whiting, H., & Ingvaldsen, R. (2003). Sex
differences in lateralisation of fine manual skills in children [Versão eletrónica].
Experimental Brain Research, 149(2), 249-251. Consult. 8 Mar 2015, disponível
em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=mnh&AN=12610693&l
ang=pt-br&site=ehost-live.
Pereira, C. (1998). Estudo comparativo do tempo de reacção simples e de
escolha em indivíduos com deficiência visual praticantes e não praticantes de
actividades desportivas. Pereira, C. Dissertação de Dissertação de Mestrado em
Ciências do Desporto na Área da Actividade Física Adaptada apresentada a
Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física. Universidade do Porto.
Perelle, I., & Ehrman, L. (1994). An international study of human
handedness: The data [Versão eletrónica]. Behavior Genetics, 24(3), 217-227.
Consult. 2 Jun 2015, disponível em http://dx.doi.org/10.1007/BF01067189.
64
Perelle, I., & Ehrman, L. (2005). On the other hand [Versão eletrónica].
Behavior Genetics, 35(3), 343-350. Consult. 7 Mai 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=mnh&AN=15864449&l
ang=pt-br&site=ehost-live.
Peters, M. (1988). Footedness: Asymmetries in foot preference and skill and
neuropsychological assessment of foot movement [Versão eletrónica].
Psychological Bulletin, 103(2), 179-192. Consult. 6 Abr 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=pdh&AN=1988-16116-
001&lang=pt-br&site=ehost-live.
Peters, M. (1998). Description and Validation of a Flexible and Broadly
Usable Handedness Questionnaire [Versão eletrónica]. Laterality, 3(1), 77-96.
Consult. 17 Jun 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=7612001&lan
g=pt-br&site=ehost-live.
Pointer, J. (2001). Sighting dominance, handedness, and visual acuity
preference: three mutually exclusive modalities? [Versão eletrónica]. Ophthalmic
Physiol Opt, 21(2), 117-126. Consult. 2 Set 2014, disponível em
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11261346.
Polk, J., & Rosengren, K. (2010). Asymmetry, limb dominance and foot
orientation during walking gait [Versão eletrónica]. Conference Proceedings of
the Annual Meeting of the American Society of Biomechanics, 882-883. Consult.
30 Set 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=s3h&AN=63238914&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
Ponchillia, P., Strause, B., & Ponchillia, S. (2002). Athletes with Visual
Impairments: Attributes and Sports Participation [Versão eletrónica]. Journal of
65
Visual Impairment & Blindness, 96(4), 267. Consult. 18 Mai 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=6533665&lan
g=pt-br&site=ehost-live.
Porac, C. (1997). Eye Preference Patterns Among Left-handed Adults
[Versão eletrónica]. Laterality, 2(3/4), 305-316. Consult. 14 Mai 2015, disponível
em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=7612031&lan
g=pt-br&site=ehost-live.
Porac, C., & Buller, T. (1990). Overt attempts to change hand preference:
A study of group and individual characteristics [Versão eletrónica]. Canadian
Journal of Psychology/Revue canadienne de psychologie, 44(4), 512-521.
Consult. 12 Mai 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=pdh&AN=1991-14567-
001&lang=pt-br&site=ehost-live.
Porac, C., & Coren, S. (1981). Lateral preferences and human behavior.
New York: Springer-Verlag.
Ramsey, V., Blasch, B., & Kita, A. (2003). Effects of Mobility Training on
Gait and Balance [Versão eletrónica]. Journal of Visual Impairment & Blindness,
97(11), 720-726. Consult. 4 Mai 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=11451620&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
Redfern, M., Yardley, L., & Bronstein, A. (2001). Visual influences on
balance [Versão eletrónica]. Journal of Anxiety Disorders, 15(1–2), 81-94.
Consult. 10 Abr 2015, disponível em
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0887618500000438.
66
Reiss, M., & Reiss, G. (1997). Ocular Dominance: Some Family Data
[Versão eletrónica]. Laterality, 2(1), 7-16. Consult. 7 Jun 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=7612024&lan
g=pt-br&site=ehost-live.
Reiss, M., Tymnik, G., Kogler, P., Kogler, W., & Reiss, G. (1999). Laterality
of Hand, Foot, Eye, and Ear in Twins [Versão eletrónica]. Laterality, 4(3), 287-
297. Consult. 19 Mai 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=s3h&AN=4438292&lan
g=pt-br&site=ehost-live.
Roberts, R., & Wing, A. (2001). Making sense active touch [Versão
eletrónica]. British Journal of Visual Impairment, 19(2), 48-56. Consult. 7 Mai
2015, disponível em http://jvi.sagepub.com/content/19/2/48.short.
Rocha, A. (2008). A Lateralidade em crianças dos três aos oito anos de
idade. Porto: Rocha, A. Dissertação de Dissertação de Mestrado na área do
Desenvolvimento Motor apresentada a Faculdade de Desporto da Universidade
do Porto.
Röder, B., Rösler, F., & Neville, H. (1999). Effects of interstimulus interval
on auditory event-related potentials in congenitally blind and normally sighted
humans [Versão eletrónica]. Neuroscience Letters, 264(1–3), 53-56. Consult. 4
Jun 2015, disponível em
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0304394099001822.
Rodney, P. (2003). The psychological aspect of visual impairment as a
central understanding in the development of inclusion [Versão eletrónica]. British
Journal of Visual Impairment, 21(1), 19-24. Consult. 30 Set 2015, disponível em
http://jvi.sagepub.com/content/21/1/19.abstract.
67
Rodrigues, N. (2002). Goalball: estudo sobre o estado de conhecimento da
modalidade e avaliação desportiva – motora dos atletas. Porto: Rodrigues, N.
Dissertação de Dissertação de Mestrado em Ciências do Desporto na Área da
Actividade Física Adaptada apresentada a Faculdade de Ciências do Desporto
e de Educação Física. Universidade do Porto.
Rodrigues, N. (2006). Equilíbrio em indivíduos com deficiência visual:
estudo comparativo em praticantes e não praticantes de actividade física regular.
Porto: Rodrigues, A.
Rodrigues, P., Vasconcelos, O., Soares, D., & Castro, M. (2014).
Dominância Podal: Assimetrias em parÂmetros biomecânicos após a aquisição
da marcha. In Livro de resumos do XI Seminário em Desenvolvimento da
Criança.
Roncesvalles, M., Woouacott, M., Schmitz, C., Zedka, M., & Assaiante, C.
(2005). From Egocentric to Exocentric Spatial Orientation: Development of
Posture Control in Bimanual and Trunk Inclination Tasks [Versão eletrónica].
Journal of Motor Behavior, 37(5), 404-416. Consult. 7 Mar 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=s3h&AN=17599434&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
Rougier, P., & Farenc, I. (2000). Adaptative effects of loss of vision on
upright undisturbed stance [Versão eletrónica]. Brain Research, 871(2), 165-174.
Consult. 21 Abr 2015, disponível em
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S000689930002357X.
Sacco, S., Moutard, M., & Fagard, J. (2006). Agenesis of the corpus
callosum and the establishment of handedness [Versão eletrónica].
Developmental Psychobiology, 48(6), 472-481. Consult. 13 Mai 2015, disponível
em
68
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=mnh&AN=16886185&l
ang=pt-br&site=ehost-live.
Sadato, N. (2005). How the blind "see" Braille: lessons from functional
magnetic resonance imaging [Versão eletrónica]. Neuroscientist, 11(6), 577-582.
Consult. 13 Set 2014, disponível em
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16282598.
Sadeghi, H., Allard, P., Prince, F., & Labelle, H. (2000). Symmetry and limb
dominance in able-bodied gait: a review [Versão eletrónica]. Gait & Posture,
12(1), 34-45. Consult. 3 Mai 2015, disponível em
http://dx.doi.org/10.1016/S0966-6362(00)00070-9.
Sampaio, E., & Philip, J. (1995). Influences of age at onset of blindness on
braille reading performances with left and right hands [Versão eletrónica].
Perceptual and Motor Skills, 81(1), 131-141. Consult. 5 Nov 2014, disponível em
http://dx.doi.org/10.2466/pms.1995.81.1.131.
Sanchez, H., Barreto, R., Baraúna, M., Canto, R., & Morais, E. (2008).
Avaliação postural de indivíduos portadores de deficiência visual através da
biofotogrametria computadorizada [Versão eletrónica]. Fisioter. mov, 11-20.
Consult. 10 Abr 2015, disponível em
http://www2.pucpr.br/reol/public/7/archive/0007-00001934-ARTIGO_01.PDF.
Sato, S., Demura, S., Sugano, N., Mikami, H., & Ohuchi, T. (2008).
Characteristics of Handedness in Japanese Adults: Influence of Left-handed
Relatives and Forced Conversion [Versão eletrónica]. International Journal of
Sport and Health Science, 6, 113-119. Consult. 18 Jun 2015, disponível em
https://www.jstage.jst.go.jp/article/ijshs/6/0/6_IJSHS20070298/_pdf.
69
Scharoun, S., & Bryden, P. (2014). Hand preference, performance abilities
and hand selection in children [Versão eletrónica]. Frontiers in Psychology, 5.
Consult. 3 Set 14, disponível em
http://www.frontiersin.org/Journal/Abstract.aspx?s=194&name=cognition&ART_
DOI=10.3389/fpsyg.2014.00082.
Scherer, R., Rodrigues, L., & Fernandes, L. (2011). Contribuição do goalball
para a orientação e mobilidade sob a percepção dos atletas de goalball [Versão
eletrónica]. 2011, 14(3). Consult. 19 Set 2015, disponível em
http://h200137217135.ufg.br/index.php/fef/article/view/10777.
Schmid, M., Nardone, A., De Nunzio, A., Schmid, M., & Schieppati, M.
(2007). Equilibrium during static and dynamic tasks in blind subjects: no evidence
of cross-modal plasticity [Versão eletrónica]. Brain, 130(8), 2097-2107 disponível
em http://brain.oxfordjournals.org/content/130/8/2097.abstract.
Schwesig, R., Goldich, Y., Hahn, A., Müller, A., Kohen-Raz, R., Kluttig, A.,
& Morad, Y. (2011). Postural control in subjects with visual impairment [Versão
eletrónica]. European Journal Of Ophthalmology, 21(3), 303-309. Consult. 13 Abr
2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=mnh&AN=20853264&l
ang=pt-br&site=ehost-live.
Selçuk, H., & Kıral, H. (2009). Comparison of balance functions of 13-15
age group boys who make sports or not and inborn visually impaired [Versão
eletrónica]. Procedia - Social and Behavioral Sciences, 1(1), 304-308. Consult.
25 Abr 2015, disponível em
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1877042809000597.
Shaffer, S., & Harrison, A. (2007). Aging of the Somatosensory System: A
Translational Perspective [Versão eletrónica]. Physical Therapy, 87(2), 193-207.
70
Consult. 9 Jun 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=s3h&AN=24105059&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
Shaw, A., Flack, A., Smale, B., & Gold, D. (2012). Finding a Way to
Participate: Physical Activity, Constraints, and Strategies [Versão eletrónica].
Insight: Research & Practice in Visual Impairment & Blindness, 5(3), 139-153.
Consult. 9 Jun 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=88925211&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
Sherrill, C. (2004). Adapted physical activity, recreation, and sport
crossdisciplinary and lifespan (6th ed.). Boston: McGraw-Hill.
Shumway-Cook, A., & Woollacott, M. (2012). Motor control: translating
research into clinical practice (4th ed.). Philadelphia: Lippincott Williams &
Wilkins.
Silva, C., Ribeiro, G., & Rabelo, R. (2008). A influência da dança no
equilíbrio corporal de deficientes visuais [Versão eletrónica]. Movimentum:
Revista Digital de Educação Física, Ipatinga, Unileste-mg, 3(1), 1-8. Consult. 29
Maio 2015, disponível em
http://www.unilestemg.br/movimentum/index_arquivos/movimentum_v3_n1_silv
a_cristiane_ribeiro_graziele_2_2007.pdf.
Skaggs, S., & Hopper, C. (1996). Individuals With Visual Impairments: A
Review of Psychomotor Behavior [Versão eletrónica]. Adapted Physical Activity
Quarterly, 13(1), 16-26. Consult. 11 Abr 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=s3h&AN=9602071594
&lang=pt-br&site=ehost-live.
71
Soares, A., Oliveira, C., Knabben, R., Domenech, S., & Borges, J. (2011).
Análise do controle postural em deficientes visuais [Versão eletrónica]. Postural
control in blind subjects., 9(4), 470-476. Consult. 7 Jun 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=71793246&sit
e=eds-live&scope=site&authtype=sso.
Sobera, M., Siedlecka, B., & Syczewska, M. (2011). Posture control
development in children aged 2-7 years old, based on the changes of
repeatability of the stability indices. Neurosci Lett, 491(1), 13-17.
Sobry, V., Badin, P., Cernaianu, S., Agnani, O., & Toussaint, M. (2014). Do
visually impaired people have a static balance as effective as sighted people?
[Versão eletrónica]. NeuroRehabilitation, 35(4), 851-861. Consult. 13 Abr 2015,
disponível em http://dx.doi.org/10.3233/NRE-141181.
Sousa, M. (2006). A Aplicação das artes plásticas para deficientes visuais
na terceira idade. São Luís (Brasil): EDUFMA.
Spirduso, W., Francis, K., & MacRae, P. (2005). Physical dimensions of
aging (2nd ed ed.). Champaign, IL: Human Kinetics.
Stevens, G., White, R., Flaxman, S., Price, H., Jonas, J., Keeffe, J.,
Leasher, J., Naidoo, K., Pesudovs, K., Resnikoff, S., Taylor, H., & Bourne, R.
(2013). Global Prevalence of Vision Impairment and Blindness: Magnitude and
Temporal Trends, 1990–2010 [Versão eletrónica]. Ophthalmology, 120(12),
2377-2384. Consult. 12 Jan 2015, disponível em
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0161642013004806.
Stroganova, T., Pushina, N., Orekhova, E., Posikera, I., & Tsetlin, M. (2004).
Functional Brain Asymmetry and Individual Differences in Hand Preference in
72
Early Ontogeny [Versão eletrónica]. Human Physiology, 30(1), 14-23. Consult. 7
Jun 2015
disponível em
http://dx.doi.org/10.1023/B%3AHUMP.0000013759.88727.01.
Stuart, M., Lieberman, L., & Hand, K. (2006). Beliefs About Physical Acitivity
Among Children Who Are Visually Impaired and Their Parents [Versão
eletrónica]. Journal of Visual Impairment & Blindness, 100(4), 223-234. Consult.
9 Jun 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=20580473&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
Suzuki, K., & Ando, J. (2014). Genetic and environmental structure of
individual differences in hand, foot, and ear preferences: a twin study [Versão
eletrónica]. Laterality, 19(1), 113-128. Consult. 12 Set 2014, disponível em
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23634832.
Tan, Ü. (1990). The left brain determines the degree of left-handedness
[Versão eletrónica]. International Journal of Neuroscience, 53(2-4), 75-85.
Consult. 23 Jun 2015, disponível em
http://informahealthcare.com/doi/abs/10.3109/00207459008986590.
Thilers, P., MacDonald, S., & Herlitz, A. (2007). Sex differences in cognition:
The role of handedness [Versão eletrónica]. Physiology & Behavior, 92(1–2),
105-109. Consult. 9 Jan 2015, disponível em
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0031938407002296.
Uysal, S., Erden, Z., Akbayrak, T., & DemİRtÜRk, F. (2010). Comparison of
Balance and Gait in Visually or Hearing Impaired Children [Versão eletrónica].
Perceptual and Motor Skills, 111(1), 71-80. Consult. 2010/08/01, disponível em
http://dx.doi.org/10.2466/10.11.15.25.PMS.111.4.71-80.
73
Vasconcelos, O. (1991). Assimetria Funcional e Preferência Lateral. Estudo
da variação intra-individual da força de preensão, destreza e precisão de
movimentos em relação com alguns indicadores bio-sociais. VOLUME I –
FUNDAMENTOS TEÓRICOS. Porto: Olga Vasconcelos. Dissertação de
Dissertação de Mestrado apresentada a Faculdade de Desporto da Universidade
do Porto.
Vasconcelos, O. (2004). Preferência lateral e assimetria motora funcional:
uma perspectiva de desenvolvimento. In J. Barreiros, M. Godinho, F. Melo & C.
Neto (Eds.), Desenvolvimento e aprendizagem perspectivas cruzadas (Vol. VII,
pp. 67-93). Cruz Quebrada: FMH Edições.
Vlachos, F., Avramidis, E., Dedousis, G., Katsigianni, E., Ntalla, I.,
Giannakopoulou, M., & Chalmpe, M. (2013). Incidence and Gender Differences
for Handedness among Greek Adolescents and Its Association with Familial
History and Brain Injury [Versão eletrónica]. Research in Psychology and
Behavioral Sciences, 1(1), 6-10. Consult. 13 Mai 15, disponível em
http://pubs.sciepub.com/rpbs/1/1/2.
Vuoksimaa, E., Koskenvuo, M., Rose, R., & Kaprio, J. (2009). Origins of
handedness: a nationwide study of 30,161 adults [Versão eletrónica].
Neuropsychologia, 47(5), 1294-1301. Consult. 3 Set 2014, disponível em
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0028393209000177#.
Warren, D., Stern, M., Duggirala, R., Dyer, T., & Almasy, L. (2006).
Heritability and linkage analysis of hand, foot, and eye preference in Mexican
Americans [Versão eletrónica]. Laterality, 11(6), 508-524. Consult. 16 Jun 2015,
disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=22295829&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
74
Watkinson, S., & Graham, S. (2005). Visual impairment in children [Versão
eletrónica]. Nursing Standard, 19(51), 58-65. Consult. 30 Set 2015, disponível
em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=18220028&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
Welsh, R., & Blasch, B. (1987). Foundations of orientation and mobility (3rd
ed ed.). New York: American Foundation for the Blind.
West, S., Rubin, G., Broman, A., Muñoz, B., Roche, K., & Turano, K. (2002).
How does visual impairment affect performance on tasks of everyday life? The
SEE Project. Salisbury Eye Evaluation [Versão eletrónica]. Archives Of
Ophthalmology (Chicago, Ill.: 1960), 120(6), 774-780. Consult. 30 Set 2015,
disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=mnh&AN=12049583&l
ang=pt-br&site=ehost-live.
Williams, H. (1983). Perceptual and motor development. Englewood Cliffs:
Prentice-Hall.
Woldorff, M., Tempelmann, C., Fell, J., Tegeler, C., Markefski, B., Hinrichs,
H., Heinze, H., & Scheich, H. (1999). Lateralized auditory spatial perception and
the contralaterality of cortical processing as studied with functional magnetic
resonance imaging and magnetoencephalography [Versão eletrónica]. Human
Brain Mapping, 7(1), 49-66. Consult. 15 Set 2015, disponível em
http://dx.doi.org/10.1002/(SICI)1097-0193(1999)7:1<49::AID-HBM5>3.0.CO;2-
J.
Yan, S., Lee, R., Chow, C., Ma, P., & Bing, H. (2004). Gross motor skills of
premature, very low-birthweight Chinese children [Versão eletrónica]. Annals of
Tropical Paediatrics, 24(2), 179-183. Consult. 15 Set 2015, disponível em
75
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=13256853&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
Zijlstra, G., Rens, G., Scherder, E., Brouwer, D., Velde, J., Verstraten, P., &
Kempen, G. (2009). Effects and feasibility of a standardised orientation and
mobility training in using an identification cane for older adults with low vision:
design of a randomised controlled trial [Versão eletrónica]. BMC Health Services
Research, 9, 153-153. Consult. 16 Set 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=mnh&AN=19712448&l
ang=pt-br&site=ehost-live.
Zverev, Y., & Mipando, M. (2007). Cultural and environmental influences on
footedness: Cross-sectional study in urban and semi-urban Malawi [Versão
eletrónica]. Brain and Cognition, 65(2), 177-183. Consult. 11 Mai 2015,
disponível em
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0278262607001261.
CAPÍTULO III – Estudo empírico
79
EQUILÍBRIO EM CRIANÇAS E JOVENS CEGOS E DE BAIXA VISÃO: EFEITO DA
PREFERÊNCIA PODAL E DA ATIVIDADE FÍSICA
Equilíbrio em crianças e jovens cegos Diana Rocha1 Olga Vasconcelos1 Paula Cristina Rodrigues 1,2
1 Laboratório de Aprendizagem e Controlo Motor, CIFI2D, Faculdade de Desporto – Universidade
do Porto
2 RECI - Research in Education and Community Intervention - Instituto Piaget
Resumo
O objetivo deste estudo foi caracterizar o nível de equilíbrio dos sujeitos com
deficiência visual em função da preferência podal (PP) e da prática de atividade
física regular. Pretendeu-se ainda analisar o nível de equilíbrio dos sujeitos com
deficiência visual em função do tipo de deficiência, do género, da detenção de
Curso de Orientação & Mobilidade (COM), da preferência manual (PM) e da
prematuridade. A amostra foi constituída por 23 crianças e adolescentes com
deficiência visual, nomeadamente baixa visão (n=14) e cegueira (n=9) com
idades compreendidas entre os 9 e os 18 anos, praticantes (n=17) e não
praticantes (n=6) de atividade física regular. Relativamente à PM, verificaram-se,
22 destrímanos (DES) e 1 sinistrómano (SIN), assim como 20 sujeitos de PP
direita, 1 de PP esquerda e 2 sem PP. Foram excluídos todos os sujeitos com
outra deficiência associada ou défice cognitivo. Quanto à prematuridade, foram
considerados prematuros os participantes com menos de 37 semanas de
gestação (n=8) e nascidos a termo aqueles com 37-42 semanas de gestação
(n=15). Quanto à detenção do COM 13 sujeitos tinham o curso e 10 não tinham.
Esta análise do equilíbrio foi realizada através da aplicação da Escala de
Equilíbrio de Berg (Soares et al., 2011), na versão traduzida e adaptada para a
língua portuguesa (Brasil) do The Berg Balance Scale, de Berg et al. (1992). A
PM foi avaliada através do “Questionário de Preferência manual de Edinburgh”
(modificado) (Oldfield, 1971) e a PP através do Questionário de preferência podal
de Porac e Coren (1981). O t teste de medidas independentes revelou
relativamente ao equilíbrio, diferenças estatisticamente significativas no fator tipo
de deficiência visual, sendo que os sujeitos com baixa visão obtiveram
80
desempenhos superiores. Também foram verificadas diferenças significativas na
detenção do COM, sendo que os sujeitos sem COM obtiveram desempenhos
superiores. Concluímos que o nível de equilíbrio varia com o tipo de deficiência
visual e que a detenção do COM não afeta os níveis de equilíbrio.
Palavras-chave: preferência manual e podal, equilíbrio, deficiência visual,
atividade física.
Abstract
The aim of the study was to characterize the effect of footedness and physical
activity in the lever of balance of people with visual impairment. It was intended
to further analyze balance of the visually impaired subjects depending on the
factors: degree of visual impairment, gender, Orientation & Mobility Training
(OMT), handedness and prematurity. The sample consisted in 23 children and
teenagers, of both genders, with visual impairment (9 with blindness and 14 with
low-vision), aged between 9 and 18 years old, physical activity practitioners
(n=17) and non- practitioners (n=6). Relatively to handedness, 22 were right-
handed and 1 was left-handed as well as 20 subjects were right-footed, 1 left-
footed and 2 without foot preference. As to prematurity, were considered
premature the subjects born with less than 37 weeks of gestation (n=8) and term-
born the subjects born between 37-42 weeks of gestation (n=15). As for OMT, 13
had training and 10 hadn’t. Balance was analyzed by the Portuguese (Brazil)
translated version of The Berg Balance Scale (Berg et al., 1992), Porac and
Coren (1981) was used to evaluate footedness and a modified version of the
Edinburgh Handedness Inventory (Oldfield, 1971) to evaluate handedness.
Independent-samples t-test indicated significant differences of the effect on the
degree of visual impairment and OMT, which subjects with low vision and children
with no OMT had higher performances. No statistic differences between the
factors: footedness, handedness, genders, prematurity and physical activity. In
conclusion, the level of balance varies with the degree of visual impairment and
OMT doesn’t affect the level of balance.
81
Key-words: footedness, handedness, balance, visual impairment, sport
participation.
3.1. Introdução
Em 2001 havia 636 059 pessoas com deficiência em Portugal das quais
163 467 tinham deficiência visual, representando mais de um quarto da
população com deficiência (INE, 2001).
O desenvolvimento da criança cega, em termos posturais e de
deslocamento, é mais lento que o da criança normovisual (Le Boulch, 1992).
Assim quando a estimulação da criança cega não é precoce, a coordenação
motora, tónus e o equilíbrio estático e dinâmico são afetados (Farias, 2004).
A capacidade de manter o corpo em equilíbrio quando este sofre alguma
perturbação é designada por estabilidade postural (Kandel et al., 2000;
Shumway-Cook & Woollacott, 2012). A manutenção do equilíbrio estático e
dinâmico em sujeitos com deficiência visual ou normovisual é feita através da
visão (cerca de 80%) (Friedrich et al., 2008), pois esta processa e integra os
feedbacks ambientais e escolhe a melhor estratégia para manter o equilíbrio
(Schmid et al., 2007). Shumway-Cook e Woollacott (2012) afirmam que a
estabilidade postural é mantida através de três sistemas. O sistema visual (dá a
relação ambiente-corpo e vice-versa), sistema vestibular (fornece informação
sobre a gravidade) e o sistema propriocetivo, (recolha da informação relativa ao
tipo de superfície de apoio). Quando um destes sistemas se encontra
comprometido, ocorre um déficit na estabilidade postural.
Giagazoglou et al. (2009) e Schmid et al. (2007) compararam o equilíbrio
entre normovisuais e sujeitos com baixa visão, verificando que a visão residual
existente pode levar ao aumento da oscilação corporal e postura. A capacidade
de manter-se equilibrado neste estudo provou que os sujeitos com cegueira
tinham melhores desempenhos do que os normovisuais vendados.
Skaggs e Hopper (1996) sugerem que a baixa performance motora dos
sujeitos com deficiência visual deve-se não só à ausência de input visual mas
também à falta de oportunidades de interagir com o meio. Contudo, num estudo
realizado por Çolak et al. (2004) em praticantes e não praticantes de goalball,
82
tendo sido avaliados os parâmetros equilíbrio, força de apreensão, flexibilidade,
salto vertical pico de torque, os resultados demonstraram que os sujeitos
praticantes obtiveram melhores resultados do que os não praticantes.
A preferência lateral é definida pelo uso assimétrico dos membros ou
órgãos dos sentidos (visão e audição, no caso), sendo a PM a mais estudada,
apesar de também se verificarem verificar assimetrias ao nível podal, visual e
auditivo (Mohr et al., 2003). A preferência lateral é estabelecida na infância, onde
será definido que lado terá mais força, precisão e agilidade (De Meur et al., 1991)
Cratty e Sams (1968) concluíram que a idade média do estabelecimento da
PM numa criança com deficiência visual rondava os 9 anos. No entanto,
sugeriram que se uma criança tiver o devido treino, poderá ter a definição da sua
PM cerca dos 7 anos de idade.
Para além dos fatores biológicos e genéticos a PM de um sujeito é
construída com base: na prática, na aprendizagem e na experiência (Scharoun
& Bryden, 2014), tendo ainda em consideração as pressões sociais e o ambiente
a que o sujeito esteve exposto na infância (Suzuki & Ando, 2014).
Peters (1988) menciona que o Pp (pé preferido) é usado para atividade de
manipulação de objetos enquanto o PNp (pé não preferido) é utilizado para
suporte postural. Não foram encontrados estudos sobre a PP na deficiência
visual.
O objetivo geral deste estudo foi caracterizar o nível de equilíbrio de
crianças e jovens com deficiência visual, nomeadamente com cegueira e baixa
visão, e verificar o efeito, nesta capacidade, da preferência manual, preferência
podal, prática de atividade física, prematuridade e COM.
3.2. Metodologia
Amostra
Participaram neste estudo 23 crianças e adolescentes do Agrupamento de
Escolas Rodrigues de Freitas, do concelho do Porto, com idades entre os 9 e os
18 anos (14,83±2,44anos), de ambos os sexos, com deficiência visual,
83
nomeadamente baixa visão (n=14) e cegueira (n=9), praticantes (n=18) e não
praticantes de atividade física (n=6). Relativamente à PM, verificaram-se, 22
DES e 1 SIN assim como 20 sujeitos de PP direita, 1 de PP esquerda e 2 sem
PP. Foram excluídos todos os sujeitos com outra deficiência associada ou défice
cognitivo. Relativamente à prática desportiva, apenas foram contabilizadas
atividades desportivas extracurriculares, com a frequência mínima de “uma vez
por semana”. Posto isto, 17 sujeitos foram considerados como “praticantes” e 6
como “não praticantes”. Relativamente à prematuridade, foram considerados
prematuros os participantes com menos de 37 semanas de gestação (n=8) e
nascidos a termo (37-42 semanas de gestação) (n=15). Quanto à detenção do
COM 13 sujeitos tinham o curso e 10 não tinham. Foram excluídos todos os
sujeitos com outra deficiência associada ou défice cognitivo. O Quadro 3
apresenta uma caraterização mais detalhada da amostra.
Quadro 3 - Caracterização da amostra. Número de indivíduos.
Instrumentos
Tipo de deficiência visual
Baixa visão Cegueira
Sexo Feminino
Masculino
6
8
3
6
Prática desportiva
Sim
Não
11
3
6
3
Prematuridade Prematuro
A termo
6
8
2
7
COM Sim
Não
4
10
9
0
Total 14 9 23
84
Para a avaliação da preferência podal foi utilizado o Questionário de
Preferência podal (Porac & Coren, 1981). Este consiste em 5 itens relativos a
atividades simples, unipodais, da vida diária. Em cada item, o participante
responde ao avaliador se utiliza o pé direito, o pé esquerdo ou se não tem
preferência por qualquer deles para realizar as tarefas que estão descritas no
questionário.
Para a avaliação da PM, foi utilizado o “Questionário de Preferência Manual
de Edinburgh (modificado)” proposto por Oldfield (1971). A versão original é
constituída por 20 perguntas e a versão modificada inclui, dessas 20, 10
questões relacionadas com as atividades quotidianas do sujeito, em que este
refere preferir a mão direita, esquerda ou não ter preferência por qualquer delas
em várias atividades diárias. A versão modificada contém as seguintes
atividades: “lançar”, “usar a escova dos dentes”, “usar a colher”, “abrir uma
caixa”, “abrir a tampa de uma garrafa”, “usar o garfo”, “usar o pente”, “levantar
pesos leves”, “abrir/fechar o casaco”, “segurar uma caneca/copo”.
O equilíbrio foi avaliado através da Escala de Equilíbrio de Berg (Berg et
al., 1992). A escala de equilíbrio é constituída por 14 tarefas, onde cada uma é
pontuada de 0 a 4, de acordo com o desempenho do sujeito na tarefa. Na
pontuação 0, o participante é incapaz de fazer a tarefa solicitada ou necessita de
máximo auxílio para sua execução, e a pontuação 4 mostra que o participante é
capaz de completar a tarefa sem dificuldades, conforme solicitado. A pontuação
máxima do teste é de 56 pontos (Berg et al., 1992).
Na tarefa 5 (Transferências) para além da explicação verbal dada às
crianças cegas, foi dada a possibilidade de palpação, de forma a facilitar a
localização da cadeira.
Na tarefa 9 (Apanhar um objeto do chão) o objeto (sapato) foi substituído
por um novelo de lã, pois é de mais fácil apreensão tendo em conta o tipo de
população.
Os instrumentos citados encontram-se no Anexo II.
Procedimentos
85
A recolha de dados foi realizada na escola que os sujeitos frequentavam,
no mês de Maio, e todos os responsáveis pelas crianças e jovens assinaram um
termo de consentimento (ver Anexo II), o qual explicava os procedimentos e
objetivos do estudo.
Todos os testes decorreram de forma individual, em locais com condições
desejáveis para o efeito, nomeadamente em termos de segurança e barulho
possibilitando assim bons níveis de concentração.
Após a recolha dos dados procedeu-se ao estudo e tratamento da
informação recolhida.
O tratamento estatístico foi precedido pela análise exploratória de dados
que garantiu a normalidade da distribuição através do teste de Shapiro-Wilk.
Posteriormente, utilizou-se o t teste de medidas independentes para efetuar as
comparações do equilíbrio entre os de deficiência visual (baixa visão; cegueira),
prática desportiva (P;NP), COM (sim; não), sexo (M; F), prematuridade
(prematuro; não prematuro). A análise estatística foi realizada por meio do
software estatístico SPSS, versão 21.0. O nível de significância assumida foi de
p <0.05.
3.3. Resultados
No Quadro 4 são apresentados os valores descritivos (média e desvio
padrão) e os valores concernentes à estatística inferencial das variáveis
analisadas, relativamente aos valores do equilíbrio.
Quadro 4 - Efeito do Sexo, tipo de deficiência visual, prática desportiva, Curso de
Orientação & Mobilidade e prematuridade, no equilíbrio, média, desvio de padrão,
valores de t e p.
86
Equilíbrio
Nº de casos Média±𝐝𝐩 t p
Sexo dos sujeitos
Feminino
9
46,33±4,54 0,178 0,480
Masculino 14 44,64±6,03
Tipo de deficiência
visual
Baixa visão
Cegueira
14
9
48,21±3,31
40,78±5,10 4,264 0,001
Prática desportiva
Sim
Não
17
6
45,88± 5,17
43,67±6,27 0,851 0,404
Curso de Orientação &
Mobilidade
Sim
Não
13
10
42,92±5,68
48,40±3,27
-2,714 0,013
Prematuro
Sim
Não
8
15
47,25±4,06
44,27±5,92
1,268 0,219
O primeiro objetivo foi verificar diferenças entre o tipo de deficiência visual
no equilíbrio. Os resultados do t-teste de medidas independentes revelaram
diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos avaliados (t(21)
=4,264; p <0,001). O grupo com baixa visão obteve um resultado mais elevado
(48,21±3,31) do que o grupo com cegueira (40,78±5,10). O t-teste não revelou
diferenças significativas entre praticantes e não praticantes (t(21) =0,851;
p=0,404). Contudo, existem diferenças significativas entre os sujeitos com COM
e sem COM (t(21) = -2,714 p=0,013) sendo que os sujeitos que não tinham COM
foram os que obtiveram resultados mais elevados (48,40±3,27) do que os que
tinham COM (42,92±5,68). No t-teste também não foi observado qualquer
diferença entre os sexos (t(21) =0,718; p=0,480). Também não foram observadas
diferenças entre prematuros e a termo (t(21) =0,288; p=0,219). Como não houve
87
nenhum sujeito SIN não foi possível verificar a possibilidade de lateralidade
cruzada mão-pé entre SIN e DES. Também não foi possível avaliar a relação
entre a PP e equilíbrio pois apenas um dos sujeitos tinha PP esquerda.
3.4. Discussão
O objetivo deste estudo foi caracterizar o nível de equilíbrio em crianças e
jovens com deficiência visual, nomeadamente com cegueira e baixa visão, e
verificar o efeito, nesta capacidade, da PM, da PP, da prática de atividade física,
da prematuridade e COM. Foram igualmente recolhidos dados sobre o género e
a idade, sendo apenas o género analisado, uma vez que dada as características
dos participantes não havia elementos suficientes para se formarem dois grupos.
O nível de equilíbrio variou em função do tipo de deficiência, apresentando
as crianças com baixa visão melhor equilíbrio do que aquelas com cegueira. Os
melhores desempenhos por parte das crianças com baixa visão relativamente às
crianças com cegueira devem-se à presença da visão residual, que ajuda na
manutenção do equilíbrio. Os nossos resultados confirmam os de Figueiredo e
Iwabe (2007) e dos de Rodrigues (2006). Por outro lado, não corroboram os
resultados do estudo de Houwen et al. (2007), uma vez que os autores não
obtiveram diferenças significativas entre as crianças com cegueira e baixa visão.
O efeito da prática desportiva regular no equilíbrio não foi estatisticamente
significativo. Porém, é necessário fazer-se notar que todos os sujeitos da
amostra frequentavam aulas de educação física na escola e praticaram desporto
como atividade extracurricular no passado. Este aspeto pode ter influenciado os
resultados. Os nossos resultados corroboram os resultados obtidos por
Rodrigues (2006) mas vão contra os resultados obtidos por Çolak et al. (2004).
Não foi possível verificar o efeito da prematuridade no equilíbrio.
Outro objetivo alcançado através do nosso estudo, foi verificar se o
equilíbrio modificava em função do COM. No nosso caso, os resultados foram
favoráveis para os sujeitos sem COM. O COM é normalmente lecionado a
pessoas com cegueira. No entanto, o curso foi ministrado em alguns casos de
baixa visão, onde a perda de visão é progressiva e a cegueira é uma
88
possibilidade. Primeiramente é necessário compreender que dentro da baixa
visão existem dois graus (modera baixa visão, grave baixa visão). Das 10
crianças com baixa visão e que detinham o COM, estavam no grau de grave
baixa visão. Portanto, apesar de terem alguns vestígios visuais, estes não
chegam para manter os níveis de equilíbrio tão elevados como as crianças com
o nível de moderada baixa visão. Apesar de não haver estudos onde se avalie o
equilíbrio em pessoas com e sem o COM, sabemos que o curso ajuda a pessoa
com deficiência a movimentar-se no espaço utilizando informações sensoriais.
No entanto, a utilização de informações sensoriais não vai compensar a ausência
de visão nem nunca será suficiente para substituir a visão (Schmid et al., 2007).
Além disso, nestes casos, a visão residual pode fazer com que haja o aumento
da oscilação corporal como refere Giagazoglou et al. (2009). O que suporta os
desempenhos superiores das restantes 10 crianças com baixa visão quando
comparados com as crianças com baixa visão profunda e cegueira.
Relativamente ao efeito do género no equilíbrio não foi encontrado nenhum
efeito estatisticamente significativo, podendo a proporção desequilibrada entre
os géneros (14 masculino e 9 feminino) ter tido alguma influência.
O objetivo de avaliar o efeito da PP e PM no equilíbrio não foi possível
alcançar no nosso estudo, pois apenas um dos sujeitos tinha PPE. No entanto,
foi recolhido o pé escolhido para o equilíbrio estático durante a tarefa nº14 da
Escala de Equilíbrio de Berg, e apenas 6 das 23 crianças e adolescentes
escolheram o pé direito como preferido, neste caso. Sendo que um dos 6 sujeitos
que escolheu o pé direito como preferido foi o sujeito com PP esquerda. O facto
de a maior parte da amostra escolher o pé esquerdo como preferido, e o sujeito
com PPE escolher o pé direito como Pp apoia a teoria que o PNp é usado para
tarefas de estabilidade, enquanto o Pp é usado para tarefas de mobilização (Hart
& Gabbard, 1997).
3.5. Conclusão
89
No nosso estudo foi possível caracterizar o nível de equilíbrio nos diferentes
tipos de deficiência visual. Foram encontradas diferenças estatisticamente
significativas no efeito da detenção do COM. Não foram encontradas diferenças
estatisticamente significativas entre géneros e entre praticantes e não
praticantes de atividade física, e entre prematuros e a termo no equilíbrio. Não
foi possível analisar o efeito da PP e da PM no equilíbrio.
Sugerimos que em próximos estudos se avalie o efeito destas variáveis em
amostras maiores e que seja controlado o número de sujeitos de acordo com: o
género, a PP, a PM e a prematuridade.
3.6. Referências Bibliográficas
Berg, K., Wood-Dauphinee, S., Williams, J., & Maki, B. (1992). Measuring
balance in the elderly: validation of an instrument [Versão eletrónica]. Can J
Public Health, 83 Suppl 2, S7-11. Consult. 28 Mar 2015, disponível em
http://digitool.library.mcgill.ca/R/?func=dbin-jump-
full&object_id=39553&local_base=GEN01-MCG02.
Çolak, T., Bamaç, B., Aydin, M., Meriç, B., & Özbeka, A. (2004). Physical
fitness levels of blind and visually impaired goalball team players [Versão
eletrónica]. Isokinetics & Exercise Science, 12(4), 247-252. Consult. 20 Abr 2015,
disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=s3h&AN=15805601&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
Cratty, B., & Sams, T. (1968). The Body-Image of Blind Children [Versão
eletrónica]. New York: American Foundation for the Blind, 70. Consult. 13 Jan
2015, disponível em http://files.eric.ed.gov/fulltext/ED035153.pdf.
De Meur, A., Staes, S., Galuban, A., & Ono, S. (1991). Psicomotricidade:
educação e reeducação: níveis maternal e infantil. São Paulo: Editora Manole.
Farias, G. (2004). Intervenção precose: reflexões sobre o desenvolvimento
da criança cega até dois anos de idade [Versão eletrónica]. Pensar a Prática,
7(1), 85-102. Consult. 8 Maio 2015, disponível em
http://h200137217135.ufg.br/index.php/fef/article/view/68.
90
Figueiredo, M., & Iwabe, C. (2007). Análise do equilíbrio em crianças com
visão normal e com deficiência visual congênita [Versão eletrónica]. Revista de
Neurociências, 15(4). Consult. 9 Abr 2015, disponível em
http://www.hsp.epm.br/dneuro/neurociencias/neurociencias_v15_n4.pdf#page=
27.
Friedrich, M., Grein, H., Wicher, C., Schuetze, J., Mueller, A., Lauenroth, A.,
Hottenrott, K., & Schwesig, R. (2008). Influence of pathologic and simulated
visual dysfunctions on the postural system [Versão eletrónica]. Experimental
Brain Research, 186(2), 305-314. Consult. 12 Abr 2015, disponível em
http://dx.doi.org/10.1007/s00221-007-1233-4.
Giagazoglou, P., Amiridis, I., Zafeiridis, A., Thimara, M., Kouvelioti, V., &
Kellis, E. (2009). Static balance control and lower limb strength in blind and
sighted women [Versão eletrónica]. European Journal of Applied Physiology,
107(5), 571-579. Consult. 29 Mar 2015, disponível em
http://dx.doi.org/10.1007/s00421-009-1163-x.
Houwen, S., Visscher, C., Hartman, E., & Lemmink, K. (2007). Gross Motor
Skills and Sports Participation of Children With Visual Impairments [Versão
eletrónica]. Research Quarterly for Exercise and Sport, 78(2), 16-23. Consult. 14
Abr 2015, disponível em http://dx.doi.org/10.1080/02701367.2007.10599399.
INE. (2001). Análise de População com Deficiência.
Kandel, E., Schwartz, J., & Jessell, T. (2000). Principles of neural science
(Vol. 4). New York: McGraw-Hill New York.
Le Boulch, J. (1992). O desenvolvimento psicomotor: do nascimento até 6
anos: a psicocinética na idade pré-escolar. Porto Alegre: Artes Médicas.
Mohr, C., Thut, G., Landis, T., & Brugger, P. (2003). Hands, Arms, and
Minds: Interactions Between Posture and Thought [Versão eletrónica]. Journal of
Clinical & Experimental Neuropsychology, 25(7), 1000-1010. Consult. 8 Abr
2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=11276042&la
ng=pt-br&site=ehost-live.
Oldfield, R. (1971). The assessment and analysis of handedness: the
Edinburgh inventory [Versão eletrónica]. Neuropsychologia, 9(1), 97-113.
91
Consult. 7 Mai 2015, disponível em
http://web.psy.ku.dk/Anders_Gade/Readings/Oldfield1971.pdf.
Peters, M. (1988). Footedness: Asymmetries in foot preference and skill and
neuropsychological assessment of foot movement [Versão eletrónica].
Psychological Bulletin, 103(2), 179-192. Consult. 6 Abr 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=pdh&AN=1988-16116-
001&lang=pt-br&site=ehost-live.
Porac, C., & Coren, S. (1981). Lateral preferences and human behavior.
New York: Springer-Verlag.
Rodrigues, N. (2006). Equilíbrio em indivíduos com deficiência visual:
estudo comparativo em praticantes e não praticantes de actividade física regular.
Porto: Rodrigues, A.
Scharoun, S., & Bryden, P. (2014). Hand preference, performance abilities
and hand selection in children [Versão eletrónica]. Frontiers in Psychology, 5.
Consult. 3 Set 14, disponível em
http://www.frontiersin.org/Journal/Abstract.aspx?s=194&name=cognition&ART_
DOI=10.3389/fpsyg.2014.00082.
Schmid, M., Nardone, A., De Nunzio, A., Schmid, M., & Schieppati, M.
(2007). Equilibrium during static and dynamic tasks in blind subjects: no evidence
of cross-modal plasticity [Versão eletrónica]. Brain, 130(8), 2097-2107 disponível
em http://brain.oxfordjournals.org/content/130/8/2097.abstract.
Shumway-Cook, A., & Woollacott, M. (2012). Motor control: translating
research into clinical practice (4th ed.). Philadelphia: Lippincott Williams &
Wilkins.
Skaggs, S., & Hopper, C. (1996). Individuals With Visual Impairments: A
Review of Psychomotor Behavior [Versão eletrónica]. Adapted Physical Activity
Quarterly, 13(1), 16-26. Consult. 11 Abr 2015, disponível em
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=s3h&AN=9602071594
&lang=pt-br&site=ehost-live.
Suzuki, K., & Ando, J. (2014). Genetic and environmental structure of
individual differences in hand, foot, and ear preferences: a twin study [Versão
92
eletrónica]. Laterality, 19(1), 113-128. Consult. 12 Set 2014, disponível em
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23634832.
CAPÍTULO IV – Conclusões e Sugestões para Futuros Estudos
96
4.1. Conclusões
Neste ponto expomos as principais conclusões da presente investigação
tendo como referência os resultados obtidos. Verificamos, então, que: (i) grau de
deficiência visual influencia o equilíbrio, sendo que as crianças e jovens com
baixa visão obtiveram resultados superiores; (ii) as crianças e jovens sem COM
tiveram desempenhos superiores no equilíbrio; (iii) a maior parte da amostra
escolheu o pé esquerdo como preferido para o equilíbrio estático.
No que diz respeito às limitações subjacentes à elaboração deste trabalho,
salientamos a escassa informação a que tivemos acesso relativamente à
preferência lateral na população estudada, assim como os efeitos do COM no
desenvolvimento motor, mais concretamente do equilíbrio.
Apontamos ainda como limitação o desconhecimento da existência da Escala de
Berg Pediátrica (versão português-Brasil) e da Escala de Equilíbrio de Berg
traduzida para o português de Portugal, ambas validadas na literatura. Só
tomamos conhecimento da existência destas escalas, depois da recolha de
dados. Após a análise da Escala de Equilíbrio de Berg Pediátrica verificamos
que os autores reduziram o tempo e trocaram a ordem das tarefas.
Relativamente à Escala de Equilíbrio de Berg versão português (Portugal)
apenas mudaram algumas termos para o português (Portugal).
Consequentemente, os resultados do nosso estudo não se encontram
comprometidos, contudo, para futuros estudos sugerimos a utilização desta
escala.
4.2. Sugestões para futuros estudos
O presente estudo empírico, como qualquer estudo empírico, deixou em
aberto algumas questões relativas ao equilíbrio nas crianças e jovens com
deficiência visual, que podem ser exploradas em futuras investigações nesta
área. Neste âmbito sugerimos:
97
A inclusão de crianças de diferente PM e PP com o objetivo de estudar
o efeito destas variáveis.
Análise de um maior número de crianças e jovens de géneros
diferentes de modo a averiguar o efeito desta variável, no equilíbrio,
na PM e na PP.
Controlar a variável prática desportiva, separando em três grupos: (i)
praticantes de atividade física regular, (ii) ex-praticantes de atividade
física regular e (iii) sem prática de atividade física regular ou não
praticantes há mais de 5 anos.
Comparar valores de equilíbrio nas pessoas com deficiência visual
praticantes de atividade física regular em função de outras variáveis
independentes, como a inteligência.
Usar a escala de equilíbrio pediátrica.
Analisar o equilíbrio antes e depois do COM.
CAPÍTULO V – Anexos
ci
Anexo 1 - Consentimento Informado
Ex.mo(a) Senhor(a) Encarregado de Educação
Assunto: Pedido de autorização para a realização de um estudo no âmbito do equilíbrio
e da preferência podal e manual.
Este estudo pretende avaliar o equilíbrio, a preferência podal e manual em crianças e
jovens com deficiência visual, pretendendo-se comparar aqueles que apenas possuem
educação física curricular com os que frequentam ainda desporto escolar ou praticam
uma modalidade desportiva extracurricular. A recolha de dados será efetuada na escola,
numa sala reservada para o efeito, onde individualmente o investigador irá fazer as
perguntas relativas à preferência podal e manual. Será realizada uma tarefa prática
simples através da Escala de Equilíbrio de Berg. A recolha de dados terá uma duração
aproximada de 10 min por criança e o tratamento dos mesmos obedecerá aos
protocolos éticos.
Para a participação do seu/sua educando/a no referido projeto será necessária a sua
autorização, a qual desde já agradeço. Para qualquer esclarecimento poderá contactar-
me através do n.º 917035492.
Porto, 5 de maio de 2015.
___________________________________________
(Diana Lopes da Rocha)
Eu, _____________________________________________, Encarregado/a de Educação,
autorizo a participação do/a meu/minha educando/a
_____________________________________ na investigação subordinada ao tema “Equilíbrio
em crianças e jovens cegos e de baixa visão: Efeito da preferência podal e da atividade física ”.
____/ Maio / 2015.
_______________________________________
(assinatura do/a Encarregado/a de Educação)
ciii
Anexo 2 - Questionário
Equilíbrio em crianças e jovens cegos e de baixa visão: Efeito da
preferência podal e da atividade física
1. Sexo
Feminino
Masculino
2. Idade
3. Tipo de deficiência visual
Ambliopia
Cegueira adquirida
Cegueira congénita
4. Com que idade perdeu a visão?
Caso tenha selecionado a resposta "cegueira congénita" ou "baixa visão" na
pergunta anterior, passe para a pergunta 5.
5. Nasceu prematuro?
civ
Sim
Não
6. Com que tempo de gestação nasceu?
Caso tenha selecionado a resposta "não" à pergunta anterior, passe para a
pergunta 7.
7. Tem curso de Orientação & Mobilidade?
Sim
Não
8. Pratica algum desporto?
Sim
Não
9. Qual?
Caso tenha selecionado a resposta "não" à pergunta anterior, passe para a
pergunta 12.
Goalball
Natação
Atletismo
Outra:
10. Á quanto tempo pratica?
cv
11. Quantas vezes pratica por semana?
1x por semana
2x por semana
3x por semana
4x por semana
5x por semana
6x por semana
7x por semana
12. Quanto tempo por sessão?
13. Toca algum instrumento?
Sim
Não
14. Toca regularmente?
Sim
Não
15. Quantas vezes toca por semana?
1x por semana
2x por semana
cvi
3x por semana
4x por semana
5x por semana
6x por semana
7x por semana
16. Questionário de Preferência Podal (Porec e Coren, 1984)
17. Inventário e Preferência Manual de Edinburgh (Oldsfield, 1971)
Mão Esquerda Direita Sem
preferência
1. Qual das mãos prefere para
pegar no lápis quando desenha?
Pé Esquerda Direita Qualquer
delas
1. Qual dos pés usa para saltar ao
pé-coxinho?
2. Qual dos pés usa para chutar uma
bola?
3. Qual dos pés usa para fazer um
desenho com o pé no chão?
4. Qual dos pés usa para subir para
um degrau?
5. Qual dos pés usaria se tivesse que
apanhar uma pedrinha com os
dedos?
cvii
2. Qual das mãos prefere para
segurar a escova quando lava os
dentes?
3. Qual das mãos prefere para
desenroscar uma garrafa de
água?
4. Qual das mãos prefere para
lançar uma bola?
5. Qual das mãos prefere para
dar as cartas de um baralho?
6. Qual das mãos prefere para
pegar numa raquete?
7. Qual das mãos prefere para
abrir a tampa de uma caixa?
8. Qual das mãos prefere para
pegar numa colher quando come
sopa?
9. Qual das mãos prefere para
apagar com uma borracha?
10. Qual das mãos prefere para
abrir uma porta com uma chave?
18. Escala de Equilíbrio de Berg (1992)
1. SENTADO PARA DE PÉ
cviii
INSTRUÇÕES: Por favor, fique de pé. Tente não usar as suas mãos como
suporte.
4 capaz de permanecer em pé sem o auxílio das mãos e de estabilizar
de maneira independente.
3 capaz de permanecer em pé independentemente, usando as mãos.
2 capaz de permanecer em pé usando as mãos, após várias tentativas
1 necessidade de ajuda mínima para ficar em pé ou estabilizar
0 necessidade de moderada ou máxima assistência para permanecer em
pé.
2. EM PÉ SEM APOIO
INSTRUÇÕES: Por favor, fique de pé durante dois minutos sem se segurar em
nada.
4 capaz de permanecer em pé em segurança durante 2 minutos.
3 capaz de permanecer em pé durante 2 minutos com supervisão.
2 capaz de permanecer em pé durante 30 segundos sem suporte.
1 necessidade de várias tentativas para permanecer 30 segundos sem
suporte.
0 incapaz de permanecer em pé por 30 segundos sem assistência. Se o
sujeito é capaz de permanecer em pé por 2 minutos sem apoio, marque
pontuação máxima na situação sentado sem suporte. Siga diretamente para o
item #4.
3. SENTADO SEM APOIO
INSTRUÇÕES: Por favor, sente-se com os braços cruzados durante 2 minutos.
4 capaz de se sentar com segurança durante 2 minutos.
cix
3 capaz de se sentar com segurança durante 2 minutos sob supervisão.
2 capaz de se sentar durante 30 segundos.
1 capaz de se sentar durante 10 segundos.
0 incapaz de se sentar sem suporte durante 10 segundos.
4. EM PÉ PARA SENTADO
INSTRUÇÕES: Por favor, sente-se.
4 capaz de se sentar com segurança com o mínimo uso das mãos.
3 controla a descida utilizando as mãos.
2 apoia a parte posterior das pernas na cadeira para controlar a descida.
1 sentase independentemente mas apresenta descida descontrolada.
0 necessita de ajuda para se sentar.
5.TRANFERÊNCIAS
INSTRUÇÕES: Pedir ao sujeito para passar de uma cadeira com descanso de
braços para outra sem descanso de braços (ou uma cama).
4 capaz de passar com segurança com o mínimo uso das mãos.
3 capaz de passar com segurança com uso das mãos evidente.
2 capaz de passar com pistas verbais e/ou supervisão.
1 necessidade de assistência de uma pessoa.
0 necessidade de assistência de duas pessoas ou supervisão para
segurança.
6. DE PÉ COM OS OLHOS FECHADOS
INSTRUÇÕES: Por favor, feche os olhos e permaneça parado por 10
segundos.
4 capaz de permanecer em pé com segurança durante 10 segundos.
cx
3 capaz permanecer em pé com segurança durante 10 segundos com
supervisão.
2 capaz de permanecer em pé durante 3 segundos.
1 incapaz de manter os olhos fechados durante 3 segundos mas
permanece em pé.
0 necessidade de ajuda para evitar queda.
7. EM PÉ COM OS PÉS JUNTOS
INSTRUÇÕES: Por favor, mantenha os pés juntos e permaneça em pé sem se
segurar .
4 capaz de permanecer em pé com os pés juntos independentemente com
segurança, durante 1 minuto.
3 capaz permanecer em pé com os pés juntos independentemente com
segurança durante 1 minuto, com supervisão.
2 capaz de permanecer em pé com os pés juntos independentemente e
de se manter por 30 segundos.
1 necessita de ajuda para manter a posição mas capaz de ficar em pé 15
segundos com os pés juntos.
0 necessita de ajuda para manter a posição as incapaz de se manter por
15 segundos.
8. INCLINAR À FRENTE COM OS PÉS JUNTOS
INSTRUÇÕES: Mantenha os braços estendidos a 90 graus. Estenda os dedos
e tente alcançar a maior distância possível. O examinador coloca uma régua
no final dos dedos quando os seus braços estão a 90 graus. Os dedos não
devem tocar na régua enquanto executa a tarefa. A medida registada é a
distância que os dedos conseguem alcançar enquanto o sujeito está na máxima
inclinação para frente possível. Se possível, pedir ao sujeito que execute a
tarefa com os dois braços para evitar rotação do tronco.
cxi
4 capaz de alcançar com confiabilidade acima de 25 cm (10 polegadas).
3 capaz de alcançar acima de 12,5 cm (5 polegadas).
2 capaz de alcançar acima de 5 cm (2 polegadas).
1 capaz de alcançar mas com necessidade de supervisão.
0 perda de equilíbrio durante as tentativas/necessidade de suporte
externo.
9. APANHAR UM OBJETO DO CHÃO
INSTRUÇÕES: Pegar num chapéu localizado á frente dos seus pés.
4 capaz de apanhar o chinelo facilmente e com segurança.
3 capaz de apanhar o chinelo mas necessita de supervisão.
2 incapaz de apanhar o chinelo mas alcança a distância de 25 cm (12
polegadas) do chinelo e mantém o equilíbrio de maneira independente.
1 incapaz de apanhar e necessita de supervisão enquanto tenta.
0 incapaz de tentar / necessita de assistência para evitar perda de
equilíbrio ou queda.
10. EM PÉ, VIRAR E OLHAR PARA TRÁS SOBRE OS OMBROS DIREITO E
ESQUERDO
INSTRUÇÕES: Virar e olhar para trás sobre o ombro esquerdo. Repetir para o
direito. O examinador bate palmas para o lado que o sujeito deve virar para
encorajar o indivíduo a rodar.
4 olha para trás por ambos os lados com a mudança de peso adequada.
3 olha para trás por ambos os lados, mas um deles mostra menor
mudança de peso.
2 apenas vira para os dois lados mas mantém o equilíbrio.
1 necessita de supervisão ao virar.
cxii
0 necessita de assistência para evitar perda de equilíbrio ou queda.
11. GIRAR 360 GRAUS
INSTRUÇÕES: Virar completamente fazendo um círculo completo. Pausa.
Fazer o mesmo na outra direção.
4 capaz de virar 360 graus com segurança em 4 segundos ou menos.
3 capaz de virar 360 graus com segurança para apenas um lado em 4
segundos ou menos.
2 capaz de virar 360 graus com segurança mas lentamente.
1 necessita de supervisão ou orientação verbal.
0 necessita de assistência enquanto vira.
12. COLOCAR PÉS ALTERNADAMENTE NUM BANCO
INSTRUÇÕES: Colocar cada pé alternadamente sobre o degrau/banco.
Continuar até cada pé ter tocado o degrau/banco quatro vezes.
4 capaz de ficar em pé independentemente e com segurança e completar
8 passos em 20 segundos
3 capaz de ficar em pé independentemente e completar 8 passos em mais
de 20 segundos.
2 capaz de completar 4 passos sem ajuda mas com supervisão.
1 capaz de completar mais de 2 passos necessitando de mínima
assistência.
0 necessita de assistência para prevenir uma queda / incapaz de tentar.
13. EM PÉ COM UM PÉ À FRENTE DO OUTRO
cxiii
INSTRUÇÕES: Colocar um pé à frente do outro. Se o indivíduo perceber que
não pode colocar o pé diretamente na frente, deve tentar dar um passo longo
para que o calcanhar do seu pé permaneça à frente do dedo de seu outro pé.
(Para obter 3 pontos, o comprimento do passo deverá exceder o comprimento
do outro pé e a largura da base de apoio pode-se aproximar da posição normal
do passo do sujeito).
4 capaz de posicionar o pé independentemente e de o manter durante 30
segundos.
3 capaz de posicionar o pé à frente do outro independentemente e de o
manter durante 30 segundos.
2 capaz de dar um pequeno passo independentemente e de manter
durante 30 segundos.
1 necessita de ajuda para dar um passo mas pode mantê-lo durante 15
segundos.
0 perda de equilíbrio enquanto dá o passo ou enquanto fica de pé.
14. EM PÉ APOIADO NUM DOS PÉS
INSTRUÇÕES: Permaneça apoiado sobre uma perna o máximo de tempo
possível.
4 capaz de levantar a perna independentemente e de a manter durante
mais de 10 segundos.
3 capaz de levantar a perna independentemente e de a manter entre 5 e
a 10 segundos.
2 capaz de levantar a perna independentemente e de a manter durante 3
segundos ou mais.
1 tenta levantar a perna, sendo incapaz de a manter durante 3 segundos,
mas permanece em pé independentemente
0 incapaz de tentar ou precisa de assistência para evitar uma queda.
cxiv
32. Pé escolhido no Eq. estático
Direito
Esquerdo