escola estadual “dr josÉ marques de oliveira” … · conceitue o trovadorismo, ... revisão de...

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ESCOLA ESTADUAL “DR JOSÉ MARQUES DE OLIVEIRA” PLANO DE ESTUDOS INDEPENDENTE DE RECUPERAÇÃO Supervisora: Rejane Língua Portuguesa – 2014/2015 1º ANO - Conceito de Literatura - Gêneros Literários. - Quinhentismo. - Trovadorismo. - Ortografia. - Pontuação. - Linguagem verbal e não verbal. -Figuras de Linguagem. - Variedades Linguísticas. - Fábula e Apólogo. - Hipertexto e Gêneros Digitais. - Barroco no Brasil. -Barroco em Portugal.

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ESCOLA ESTADUAL “DR JOSÉ MARQUES DE OLIVEIRA”

PLANO DE ESTUDOS INDEPENDENTE DE RECUPERAÇÃO

Supervisora: Rejane

Língua Portuguesa – 2014/2015 1º ANO

- Conceito de Literatura

- Gêneros Literários.

- Quinhentismo.

- Trovadorismo.

- Ortografia.

- Pontuação.

- Linguagem verbal e não verbal.

-Figuras de Linguagem.

- Variedades Linguísticas.

- Fábula e Apólogo.

- Hipertexto e Gêneros Digitais.

- Barroco no Brasil.

-Barroco em Portugal.

Trabalho de Estudos Orientados para Fevereiro

1. Conceitue Literatura?

2. Quais são as Escolas Literárias do Brasil?

3. Conceitue o Trovadorismo, seus principais autores e sua Importância para a Literatura.

4. O que foi o Quinhentismo que outro nome teve e quais foram os autores dessa época no Brasil?

5. O que foi o Barroco? Quais seus principais autores ?

6. Explique a ambiguidade presente na tira abaixo. Reescreva o trecho ambíguo de forma a resolver a

ambiguidade apresentada.

7. Explique a ambiguidade existente no texto acima.

8. Revisão de CLASSE DE PALAVRAS

1. SUBSTANTIVO: indica o nome de objetos, pessoas, animais e lugares. Ex.: mesa, menino, gato, rua, etc. Os substantivo classificam-se em: a) simples: é constituído de uma só palavra. Ex.: chuva, pombo. b) composto: é constituído de mais de uma palavra. Ex.: guarda-chuva, pombo-correio, girassol. c) Primitivo: não vem de nenhuma outra palavra da língua. Ex.: livro, pedra, ferro. d) derivado: vem de outra palavra da língua. Ex.: livreiro, pedreira, ferrugem. e) Comum: indica um conjunto de elementos com características comuns. Ex.: homem,cidade, país. f) próprio: indica apenas um elemento do conjunto, indica o nome de lugares e pessoas.

Ex.: Ricardo, Brasil, Salvador. g) Concreto: Possuem existência própria.Você pega, apalpa,cheira, acaricia. Ex.: mesa, cadeira, perfume, vento, sol. h) Abstrato: Não tem existência própria, indica nome de ações, qualidades ou estado. Ex.: adoração, inteligência, coragem,etc i) coletivo: indica vários elementos apesar de estar no singular. Ex.: exército, ramalhete, povo, biblioteca, etc. 2. ADJETIVO: indica uma característica, uma qualidade dos objetos, pessoas, animais ou lugares. Rua (substantivo) estreita, esburacada, intransponível. (adjetivo). 3. ARTIGO : refere-se ao substantivo acrescentando-lhe uma idéia definida ou indefinida e ainda o gênero, se é masculino ou feminino. a) artigos definidos: o,a,os,as. b) indefinidos: um,uma,uns,umas. 4. NUMERAL: classe de palavras que indica quantidade, ordem, multiplicação ou fração. Classifica-se o numeral como: a) cardinal: um,dois,três,etc. b) ordinal: primeiro, segundo, terceiro, etc. c) multiplicativo: dobro, triplo, quádruplo, etc. d) fracionário: meio, terço, quarto, etc. 5) PRONOME: substitui ou acompanha o substantivo. Classificam-se como: a) Pessoal do caso reto: eu,tu,ele,nós,vós,eles. b) pessoal do caso oblíquo: me,mim, comigo, te,ti,contigo, se,si,consigo,o,a,lhe,etc. c) de tratamento: vossa senhoria, vossa excelência, senhor, senhora, etc. d) possessivo: meu,teu,seu, nosso,nossas,etc. e) demonstrativo: este, esse,aquele, isto, aquilo, essa, etc. f) indefinido: algum, nenhum,muitos, vários, etc, g) interrogativo: quem,que, qual, onde, etc. 6) VERBO: palavra que indica ação, estado ou fenômeno da natureza. Ex.: quebrou, está, choveu. A terminação do verbo varia para indicar: - pessoa: 1ª,2ª e 3ª; - número: para indicar se é singular ou plural. - tempo: presente, passado(pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-prefeito) e futuro (de presente e do pretérito). São três as conjugações do verbo: 1ª conjugação: verbos terminados em –ar, 2ª conjugação: verbos terminados em –er, 3ª conjugação: verbos terminados em –ir. 7) ADVÉRBIO: indica circunstância, classifica-se como: - tempo: ontem, hoje, nunca... - lugar: aqui,ali,lá,longe... -modo: devagar, levemente,bem... - negação: não, nunca. - afirmação: sim, realmente... - intensidade: muito, mais, pouco... - dúvida: talvez, possivelmente... 8) PREPOSIÇÃO: estabelece uma ligação entre duas palavras. ( a, ante, até, após, para, per, perante, por, com, contra, de, desde, sem sob, sobre trás.) 9) INTERJEIÇÃO: comunica sentimentos. Ex.: AH!, Oh!, Ai!, Nossa!, Psiu! Etc. 10) CONJUNÇÃO: são palavras que servem para ligar orações. (e, mas, porém, etc.) Com base nas informações apresentadas acima, cite cada uma das classes de palavras dando três novos exemplos para cada uma dentro de uma frase, e destaque a classe de palavra na frase.

9. A Filosofia teve origem na tentativa humana de escapar para um mundo em que nada mudasse.

Platão, fundador dessa área da cultura que hoje chamamos Filosofia, supunha que a diferença

entre o passado e o futuro seria mínima. Foi somente quando começaram a levar a História e o

tempo a sério que os filósofos colocaram suas esperanças quanto ao futuro deste mundo no

lugar antes ocupado por seu desejo de conhecer um outro mundo. A tentativa de levar o tempo

a sério começou com Hegel, que formulou explicitamente suas dúvidas quanto à tentativa

platônica de escapar do tempo e mesmo quanto ao esforço de Kant em achar condições a-

históricas de possibilidade de fenômenos temporais. A Filosofia distanciou-se da questão "O

que somos?" para focalizar "O que poderíamos vir a ser?"

Assinale a opção concordante com as ideias do texto.

A. Platão não só foi o filósofo que superou as formulações de Hegel e Kant relativas aos fenômenos temporais como foi o que cogitou na idéia de futuro. B. Inicialmente, em suas origens, a Filosofia se interessou pelas condições não-históricas das transformações temporais a que os seres humanos se sujeitam. C. Os filósofos sempre se preocuparam prioritariamente com a questão da passagem do tempo e das conseqüentes mudanças históricas. D. Hegel inaugurou, na Filosofia, as cogitações relativas ao tempo e às condições históricas dos fenômenos temporais. E. A Filosofia nasceu marcada pelo interesse do homem em sondar as suas próprias possibilidades de transformação e mudança no tempo e na História.

10. Quando a justiça entra em conflito com a lealdade, essa última geralmente leva a melhor. Muitos de nós

alimentamos e protegemos nossas famílias antes de podermos pensar nas necessidades de nossos vizinhos. Muitos de nós estamos muito mais interessados no bem-estar dos nossos compatriotas do que na situação das pessoas do outro lado do mundo.

Em relação às ideias do texto, assinale a opção incorreta. (A) O senso de justiça entre indivíduos de povos diferentes é superior à lealdade que se dispensa aos familiares mais próximo. (B) A lealdade geralmente prevalece sobre a justiça quando há conflito entre as duas forças. (C) O pensamento relativo às necessidades dos nossos conhecidos é secundário em relação às preocupações com os familiares. (D) O interesse pelas causas nacionais é prioritário em relação aos contextos do exterior. (E) A solidariedade entre pessoas de uma mesma nacionalidade sobrepõe-se à solidariedade para com povos estrangeiros.

11. Cada um dos períodos abaixo foi redigido de cinco formas diferentes. Leia-os todos com a tenção e

selecione a letra que corresponde ao período que tem melhor redação,

considerando correção, clareza, concisão, elegância.

(SJRP-JUNDIAÍ) a) Um sentimento pungente me dominava, abafando uma vaga, uma imprecisa sensação de sarcasmo. b) Eu sentia duas coisas: uma imprecisa sensação de sarcasmo e um sentimento pungente que, ao dominar-me, abafava o mesmo. c) Uma imprecisa e vaga sensação sarcástica me abafava a pungência que me dominava. d) O sarcasmo impreciso e vago era abafado pelo sentimento que eu sentia, pungente dentro de mim. e) Tão pungente que era, denominava-me um sentimento que abafava a sensação de sarcasmo, por sua vez, vaga e imprecisa.

As questões de 12 a 14 são a respeito do texto abaixo.

“Era uma galinha de Domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã. Parecia calma. Desde

Sábado encolhera-se num canto da cozinha. Não olhava para ninguém, ninguém olhava para ela... Mesmo

quando a escolheram, apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou magra.

Nunca se adivinharia nela um anseio. Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto vôo, inchar

o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço. Um instante ainda vacilou – o tempo da

cozinheira dar um grito – e em breve estava no terraço do vizinho, de onde, em outro vôo desajeitado, alcançou

um telhado. Lá ficou em adorno deslocado, hesitando ora num pé ora no outro pé. A família foi chamada com

urgência e consternada viu o almoço junto de uma chaminé. O dono da casa, lembrando-se da dupla

necessidade de fazer esporadicamente algum esporte e de almoçar, vestiu radiante o calção de banho e

resolveu seguir o itinerário da galinha: em pulos cautelosos alcançou o telhado onde esta hesitante e trêmula

escolhia com urgência ouro rumo . A perseguição tornou-se mais intensa. De telhado a telhado foi percorrido

mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida, a galinha tinha que decidir por

si mesma os caminhos a tomar sem nenhum auxílio de sua raça. O rapaz, porém, era um caçador adormecido.

E por mais ínfima que fosse a presa, o grito de conquista havia soado. Sozinha no mundo, sem pai nem mãe,

ela corria, arfava, muda, concentrada. Às vezes, na fuga, pairava ofegante no beiral de telhado e, enquanto o

rapaz galgava outros com dificuldade, tinha tempo de se refazer por um momento. E então parecia tão

livre. Afinal, numa das vezes em que parou para gozar sua fuga, o rapaz alcançou-a. Entre gritos e penas, ela

foi presa e pousada no chão da cozinha com certa violência.”

12. (FGV) Indique uma passagem em que o autor alude ironicamente aos recônditos instintos selvagens do

dono da casa.

a)“o rapaz, porém, era um caçador adormecido.

b)“ pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida...

c) “... o rapaz alcançou-a.”

d)“... resolveu seguir o itinerário da galinha...”

13. (FGV) Indique uma passagem que traduz exatamente o que representava a galinha para a família.

a)“... ninguém olhava para ela...”

b)“foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas...”

c)“... viu o almoço junto de uma chaminé...”

d)nenhuma das alternativas anteriores

14. (FGV) A fuga da galinha causa consternação à família porque:

a)ao alcançar o telhado, “lá ficou em adorno deslocado...”

b)“nunca se adivinharia nela um anseio.”

c)Estava “sozinha no mundo, sem pai nem mãe...”

d)“era uma galinha de domingo

As questões de 15 a 17 são a respeito do texto abaixo:

“Não tendo assistido à inauguração dos bondes elétricos, deixei de falar neles. Nem sequer entrei em algum,

mais tarde, para receber as impressões da nova atração e contá-las. Daí o meu silêncio da outra semana.

Anteontem, porém, indo pela praia da Lapa, em um bonde comum, encontrei um dos elétricos, que descia. Era

o primeiro que estes meus olhos viam andar. Para não mentir, direi que o que me impressionou, antes da

eletricidade, foi o gesto do cocheiro. Os olhos do homem passavam por cima da gente que ia no meu bonde,

com um grande ar de superioridade, Posto não fosse feio, não era as prendas físicas que lhe davam aquele

aspecto. Sentia-se nele convicção de que inventara, não só o bonde elétrico, mas a própria eletricidade. Não é

meu ofício censurar as meias glórias ou glórias de empréstimo, como lhe queiram chamar espíritos vadios. As

glórias de empréstimo, se não valem tanto como as de plena propriedade, merecem sempre alguma mostra de

simpatia. Para que arrancar um homem a essa agradável sensação? Que tenho para lhe dar em troca? Em

seguida, admirei a marcha serena do bonde, deslizando como os barcos dos poetas, ao sopro da brisa invisível

e amiga. Mas, como íamos em sentido contrário, não tardou que nos perdêssemos de vista, dobrando ele para

o largo da Lapa e rua do Passeio, e entrando eu na rua do Catete. Nem por isso o perdi de memória. A gente

do meu bonde ia saindo aqui e ali, outra gente estava adiante e eu pensava no bonde elétrico.” (Machado de

Assis – A Semana – Rio, Jacksom, 1955)

15. (FGV) Para Machado de Assis, o conforto do bonde elétrico:

a)não vale “a marcha serena” do bonde comum.

b) Compensa as “meias glórias” ou “glorias inteiras.

c) Impressionou menos do que a atitude do cocheiro.

d) Não poderia ser trocado pela “agradável sensação”

proporcionada pelo bonde comum

16. (FGV) Para o autor, o “ar de superioridade “ do cocheiro devia-se.

a)à certeza íntima de que inventara a eletricidade.

b)Às suas prendas físicas, pois não era feio.

c)Às suas prendas físicas, embora fosse feio.

d)Ao advento da eletricidade

17. (FGV) Segundo o texto, o autor considera que:

a)atitudes alheias não devem ser censuradas, pois são “glorias de empréstimos”

b)mesmo os bondes comuns merecem nossa simpatia e não devem ser desprezados.

c)Só as “glórias de plena propriedade” são válidas.

d)Não vale a pena desfazer uma :” agradável sensação”.

As questões 18 a 19 são a respeito do texto abaixo:

“Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela revelou pouco a pouco, e

nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma

agreste. E falando assim, compreendo que perco o tempo. Com efeito, se me escapa o retrato moral de minha

mulher, para que serve esta narrativa? Para nada, mas sou forçado a escrever. Quando os grilos cantam,

sento-me aqui à mesa da sala de jantar, bebo café, acendo o cachimbo. Às vezes as idéias não vêm, ou vêm

muito numerosas- e a folha permanece meio escrita, como estava na véspera. Releio algumas linhas, que me

desagradam. Não vale a pena tentar corrigi-las. Afasto o papel. Emoções indefiníveis me agitam – inquietação

terrível, desejo doido de voltar, de tagarelar novamente com Madalena, como fazíamos todos os dias, a esta

hora. Saudade? Não, não é isto: é desespero, raiva, um peso enorme no coração. Procuro recordar o que

dizíamos. Impossível. As minhas palavras eram apenas palavras, reprodução imperfeita de fatos exteriores, e

as dela tinham alguma coisa que não consigo exprimir. Para senti-las melhor, eu apagava as luzes, deixava que

a sombra nos envolvesse até ficarmos dois vultos indistintos na escuridão.”

(Graciliano Ramos – São Bernardo – São Paulo, Liv.Martins Editora)

18. (FGV) Segundo o texto, o narrador não pôde conhecer totalmente sua esposa, Madalena, sobretudo:

a)porque ela nunca se revelou inteiramente.

b) Por causa “desta vida agreste”

c)Por ser sempre agitado por indefiníveis emoções.

d)Porque as palavras são reproduções imperfeitas das inquietações.

19.(FGV) A narrativa é inútil, porque o narrador:

a)não conseguiu compor um retrato moral de sua esposa.

b)Foi forçado a escrever.

c)Tem uma alma agreste.

d)Não gosta do que escreve.

Atenção: As questões de números 20 a 34 referem-se ao texto abaixo.

A indiferença da natureza

Eu me lembro do choque e da irritação que sentia, quando criança, ao assistir a documentários sobre a

violência do mundo animal; batalhas mortais entre escorpiões e aranhas, centenas de formigas devorando um

lagarto ainda vivo, baleias assassinas atacando focas e pingüins, leões atacando antílopes etc. Para finalizar,

apareciam as detestáveis hienas, “rindo” enquanto comiam os restos de algum pobre animal.

Como a Natureza pode ser assim tão cruel e insensível, indiferente a tanta dor e sofrimento? (Vou me abster de

falar da dor e do sofrimento que a espécie dominante do planeta, supostamente a de maior sofisticação, cria

não só para os animais, mas também para si própria.) Certos exemplos são particularmente horríveis: existe

uma espécie de vespa cuja fêmea deposita seus ovos dentro de lagartas. Ela paralisa a lagarta com seu

veneno, e, quando os ovos chocam, as larvas podem se alimentar das entranhas da lagarta, que assiste viva ao

martírio de ser devorada de dentro para fora, sem poder fazer nada a respeito. A resposta é que a Natureza

não tem nada a dizer sobre compaixão ou ética de comportamento. Por trás dessas ações assassinas se

esconde um motivo simples: a preservação de uma determinada espécie por meio da sobrevivência e da

transmissão de seu material genético para as gerações futuras. Portanto, para entendermos as intenções da

vespa ou do leão, temos que deixar de lado qualquer tipo de julgamento sobre a “humanidade” desses atos.

Aliás, não é à toa que a palavra humano, quando usada como adjetivo, expressa o que chamaríamos de

comportamento decente. Parece que isentamos o resto do mundo animal desse tipo de comportamento,

embora não faltem exemplos que mostram o quanto é fácil nos juntarmos ao resto dos animais em nossas

ações “desumanas”.

A idéia de compaixão é puramente humana. Predadores não sentem a menor culpa quando matam as suas

presas, pois sua sobrevivência e a da sua espécie dependem dessa atividade. E dentro da mesma espécie?

Para propagar seu DNA, machos podem batalhar até a morte por uma fêmea ou

pela liderança do grupo. Mas aqui poderíamos também estar falando da espécie humana, não?

(Marcelo Gleiser, Retalhos cósmicos. S.Paulo: Companhia das Letras, 1999, pp. 75-77)

20. Conforme demonstram as afirmações entre parênteses, o autor confere em seu texto estas duas acepções

distintas ao termo indiferença, relacionado à Natureza:

(A) crueldade (indiferente a tanta dor e sofrimento) e generosidade (o que chamaríamos de comportamento

decente).

(B) hipocrisia (por trás dessa ações assassinas se esconde um motivo simples) e inflexibilidade (predadores

não sentem a menor culpa).

(C) impiedade (indiferente a tanta dor e sofrimento) e alheamento (não tem nada a dizer sobre compaixão ou

ética de comportamento).

(D) isenção (isentamos o resto do mundo animal desse tipo de comportamento) e pretexto (para propagar seu

DNA).

(E) insensibilidade (sua sobrevivência e a da sua espécie dependem dessa atividade) e determinação

(indiferente a tanta dor e sofrimento).

21. Considere as afirmações abaixo.

I. Os atributos relacionados às hienas, no primeiro parágrafo, traduzem nossa visão “humana” do mundo

natural.

II. A pergunta que abre o segundo parágrafo é respondida com os exemplos arrolados nesse mesmo parágrafo.

III. A frase A idéia de compaixão é puramente humana é utilizada como comprovação da tese de que a

natureza é cruel e insensível.

Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma em:

(A) I.

(B) II.

(C) III.

(D) I e II.

(E) I e III.

22. Considerando-se o contexto em que se emprega, o elemento em destaque na frase

(A) Vou me abster de falar da dor e do sofrimento traduz a indiferença do autor em relação ao fenômeno que

está analisando.

(B) Por trás dessas ações assassinas se esconde um motivo simplesrevela o tom de sarcasmo, perseguido

pelo autor.

(C) a Natureza não tem nada a dizer sobre compaixão ou ética de comportamento expõe os motivos ocultos

que regem o mundo animal.

(D) Mas aqui poderíamos também estar falando da espécie humana refere-se diretamente ao que se afirmou

na frase anterior.

(E) Por trás dessas ações assassinas esconde-se um motivo simples anuncia uma exemplificação que em

seguida se dará.

23. Considerando-se o choque e a irritação que o autor sentia, quando criança, com as cenas de crueldade do

mundo animal, percebe-se que, com o tipo de argumentação que desenvolve em seu texto, ele pretende:

(A) justificar sua tolerância, no presente, com a crueldade que efetivamente existe no mundo natural.

(B)) se valer da ciência adquirida, para fazer compreender como natural a violência que efetivamente ocorre na

Natureza.

(C) se valer da ciência adquirida, para justificar a crueldade como um recurso necessário à propagação de

todas as espécies.

(D) justificar suas intolerâncias de menino, reações naturais diante da efetiva crueldade que se propaga pelo

mundo animal.

(E) se valer da ciência adquirida, para apresentar a hipótese de que os valores morais e éticos contam muito

para o funcionamento da Natureza.

24. Quanto à concordância verbal, está inteiramente correta a seguinte frase:

(A) De diferentes afirmações do texto podem-se depreender que os atos de grande violência não caracterizam

apenas os animais irracionais.

(B) O motivo simples de tantos atos supostamente cruéis, que tanto impressionaram o autor quando criança, só

anos depois se esclareceram.

(C) Ao longo dos tempos tem ocorrido incontáveis situações que demonstram a violência e a crueldade de que

os seres humanos se mostram capazes.

(D) A todos esses atos supostamente cruéis, cometidos no reino animal, aplicam-se, acima do bem e do mal, a

razão da propagação das espécies.

(E)) Depois de paralisadas as lagartas com o veneno das vespas, advirá das próprias entranhas o martírio das

larvas que as devoram inapelavelmente.

25. NÃO admite transposição para a voz passiva o seguinte segmento do texto:

(A) centenas de formigas devorando um lagarto.

(B)) ao assistir a documentários sobre a violência do mundo animal.

(C) uma espécie de vespa cuja fêmea deposita seus ovos dentro de lagartas.

(D) Predadores não sentem a menor culpa.

(E) quando matam as suas presas.

26. Está inteiramente adequada a articulação entre os tempos verbais na seguinte frase:

(A) Predadores não sentirão a menor culpa a cada vez que matarem uma presa, pois sabem que sua

sobrevivência sempre dependerá dessa atividade.

(B) Se predadores hesitassem a cada vez que tiveram de matar uma presa, terão posto em risco sua própria

sobrevivência, que depende da caça.

(C) Nunca faltarão exemplos que deixassem bem claro o quanto é fácil que nos viessem a associar aos

animais, em nossas ações “desumanas”.

(D) Por trás dessas ações assassinas sempre houve um motivo simples, que estará em vir a preservar uma

determinada espécie quando se for estar transmitindo o material genético.

(E) Ao paralisar a lagarta com veneno, a vespa terá depositado seus ovos nela, e as larvas logo se

alimentariam das entranhas da lagarta, que nada poderá ter feito para impedi-lo.

27. Temos que deixar de lado qualquer tipo de julgamento sobre a “humanidade” desses atos. O segmento

sublinhado no período acima pode ser corretamente substituído, sem prejuízo para o sentido, por:

(A) nos isentarmos a.

(B) nos eximir para.

(C)) nos abster de.

(D) subtrair-nos em

(E) furtar-nos com.

28. Está inteiramente correta a pontuação do seguinte período:

(A) Paralisada pelo veneno da vespa nada pode fazer, a lagarta, a não ser assistir viva à sua devoração, pelas

larvas, que saem dos ovos ali chocados.

(B) Nada pode fazer, a lagarta paralisada, pelo veneno da vespa, senão assistir viva, à sua devoração pelas

larvas que saem dos ovos, e passam a se alimentar, das entranhas da vítima.

(C) A pobre lagarta, paralisada pelo veneno da vespa assiste sem nada poder fazer, à sua devoração pelas

larvas, tão logo saiam estas dos ovos, que, a compulsória hospedeira, ajudou a chocar.

(D) Compulsória hospedeira, paralisada pelo veneno da vespa, a pobre lagarta assiste à devoração de suas

próprias entranhas pelas larvas, sem poder esboçar qualquer tipo de reação.

(E) Sem qualquer poder de reação, já que paralisada pelo veneno da vespa a lagarta, compulsoriamente,

chocará os ovos, e depois se verá sendo devorada, pelas larvas que abrigou em suas entranhas.

29. Atente para as frases abaixo.

I. Quando criança assistia a documentários sobre a vida selvagem.

II. Tais documentários me irritavam.

III. Nesses documentários exibiam-se cenas de extrema violência.

Essas frases estão articuladas de modo correto e coerente no seguinte período:

(A) Irritavam-me aqueles documentários sobre a vida selvagem que assisti quando criança, nos quais

continham cenas que exibiam extrema violência.

(B) Naqueles documentários sobre a vida selvagem, a que quando criança assistia, me irritava, conquanto

exibissem cenas de extrema violência.

(C) Uma vez que exibiam cenas de extrema violência, irritava-me com aqueles documentários sobre a vida

selvagem, assistidos quando criança.

(D) As cenas de extrema violência me irritavam, quando criança, por assistir tais documentários sobre a vida

selvagem, em que eram exibidas.

(E) Os documentários sobre a vida selvagem, a que assistia quando era criança, irritavam-me porque neles

eram exibidas cenas de extrema violência.

30. Há uma relação de causa (I) e conseqüência (II) entre as ações expressas nas frases destacadas em:

(A) I. Para entendermos as intenções da vespa, II. temos que deixar de lado qualquer tipo de julgamento.

(B) I. Para finalizar, II. apareciam as detestáveis hienas.

(C) I. Isentamos o resto do mundo animal desse tipo de comportamento,

II. embora não faltem exemplos que mostram o quanto é fácil nos juntarmos ao resto dos animais.

(D) I. as larvas podem se alimentar das entranhas da lagarta, II. que assiste viva ao martírio de ser devorada de

dentro para fora.

(E) I. Predadores não sentem a menor culpa, II. quando matam as suas presas.

31. Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados em:

(A) O autor se pergunta por que haveriam de ser cruéis os animais que aspiram à propagação da espécie.

(B) Quando investigamos o por quê da suposta crueldade animal, parecede que nos esquecemos da nossa

efetiva crueldade.

(C) À lagarta, de cujo ventre abriga os ovos da vespa, só caberá assistir ao martírio de sua própria devoração.

(D) Se a idéia de compaixão é puramente humana, não há porqueimputarmos nos animais qualquer traço de

crueldade.

(E) Os bichos a cujos atribuímos atos cruéis não fazem senão lançar-se naluta pela sobrevivência.

32. O emprego das aspas em “rindo” (primeiro parágrafo) deve-se ao fato de que o autor deseja

(A) remeter o leitor ao sentido mais rigoroso que essa palavra tem no dicionário.

(B) chamar a atenção para a impropriedade da aplicação desse termo, no contexto dado.

(C) dar ênfase, tão-somente, ao uso dessa palavra, como se a estivesse sublinhando ou destacando em

negrito.

(D) assinalar o emprego despropositado de um termo que a ninguém, habitualmente, ocorreria utilizar.

(E) precisar o sentido contrário, a significação oposta à que o termo tem no seu emprego habitual.

33. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do pluralpara preencher corretamente a

lacuna da frase:

(A) Não se ...... (atribuir) às lagartas a crueldade dos humanos, por depositarem os ovos no interior das vespas.

(B) O que ...... (impelir) os animais a agirem como agem são seus instintos herdados, e não uma intenção cruel.

(C) Não se ...... (equiparar) às violências dos machos, competindo na vida selvagem, a radicalidade de que é

capaz um homem enciumado.

(D) ...... (caracterizar-se), em algumas espécies animais, uma modalidade de violência que interpretamos como

crueldade.

(E) ...... (ocultar-se) na ação de uma única vespa os ditames de um código genético comum a toda a espécie.

34. Considerando-se o contexto, o elemento sublinhado pode ser substituído pelo que está entre parênteses,

sem prejuízo para o sentido e a correção da frase, em:

(A) Por trás dessas ações assassinas se esconde um motivo simples. (Nessas ações assassinas infiltra- se)

(B) Apareciam as detestáveis hienas, “rindo” enquanto comiam os restosde algum pobre animal. (à medida

em que devoravam os detritos)

(C) A idéia de compaixão é puramente humana. (restringe-se à espécie humana)

(D) Sua sobrevivência e a da sua espécie dependem dessa atividade.(são permeáveis a tais iniciativas)

(E) A Natureza não tem nada a dizer sobre compaixão ou ética de comportamento. (dissimula seu interesse

por)

35. Pesquise as Figuras de Linguagem Explique cada uma delas e dê exemplos.

36. Dê o conceito de Fábula e Apólogo e exemplefique cada uma através de uma construção pessoal.

37. Explique o que é Hipertexto e exemplifique.

38. Faça uma pesquisa sobre linguagem verbal e não verbal e exemplifique.

39. Faça um texto dissertativo com o tema: A educação escolar e o comportamento do jovem do século XXI.

40. Construa um texto narrativo com o seguinte tema: Uma viagem em outro planeta.