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Rumo à Gestão Estratégica O ano de 2006 marcou o Jubileu de Prata da Assefaz. Mas não foi um período de festa. A Fundação precisou enfrentar vários desafios, entre eles o de reencontrar o equilíbrio econômico em meio a uma crise que atingiu todo o setor de saúde suplementar. A situação exigiu a adoção de várias medidas contingenciais e muito empenho de toda a Família Assefaziana. O esforço deu resultado. As reservas financeiras ainda não atingiram o nível ideal, mas pararam de cair e estão se recuperando. O sucesso das iniciativas adotadas permitiu que fossem oferecidos benefícios como o retorno do reembolso de medicamentos dos planos antigos para 50%, o início da cobertura de escleroterapia e ainda o adiamento do reajuste anual na data-base, que deveria ter sido aplicado em setembro de 2006. Para 2007, a Assefaz prepara um novo planejamento estratégico, do qual faz parte um conjunto de mudanças para atingir um melhor desempenho e garantir um futuro com mais qualidade. Entre essas mudanças está a implantação, em julho, de um novo sistema de gestão, o Assigo, que vai modernizar o atendimento em todas as unidades. Além do Assigo, a Assefaz adotará também uma nova política de recursos humanos, que vai estabelecer novas diretrizes para a gestão de pessoas, valorizar ainda mais o capital humano e promover o desenvolvimento individual e das equipes. O novo Estatuto e o novo Regimento Interno, já em vigor, permitirão criar condições mais favoráveis a todo esse processo de mudança. O relator desses projetos foi José Mário Ribeiro da Costa, que é, desde novembro de 2006, o novo Superintendente Executivo da Assefaz. Destaco, nesta edição, o artigo de José Alves Coutinho, nosso primeiro Presidente. É uma fonte de inspiração para o novo Planejamento Estratégico e para o momento em que a Assefaz vive. Precisamos que o sonho, o ideal e a alma assefaziana continuem a andar juntos. Desejo um excelente 2007 a toda a Família Assefaziana. Vamos juntos construir o futuro da Fundação com qualidade! Palavra do Presidente Renato Carreri Palomba Presidente da Assefaz ESPECIAL ESPECIAL ESPECIAL ESPECIAL ESPECIAL Jubileu de Prata da ubileu de Prata da ubileu de Prata da ubileu de Prata da ubileu de Prata da Assefaz Assefaz Assefaz Assefaz Assefaz Os 25 anos da Os 25 anos da Os 25 anos da Os 25 anos da Os 25 anos da Assefaz Assefaz Assefaz Assefaz Assefaz A Assefaz completou, em 2006, 25 anos de sua criação. Confira nesta edição a história da Fundação e de seus fundadores, que se uniram para tornar realidade o sonho de proporcionar uma vida melhor para o servidor público. Fotos: Arquivo Assefaz Três momentos distintos da história da Assefaz: reunião de servidores da Fazenda, juntamente com o então Ministro Ernane Galvêas (segundo da esq. para dir.), em meados de 1981; o ex-presidente da Assefaz, Domingos Pedro do Couto, em 1986; e cerimônia de posse do atual presidente, Renato Palomba (mais à esq.), em 2003, sucedendo o presidente Sálvio Medeiros. Em artigo recente, José Alves Coutinho faz uma reflexão sobre a engrenagem que mantém a Fundação em funcionamento em todo o país. O sonho, o ideal e a alma da Assefaz Pág. 6

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Page 1: ESPECIAL Os 25 anos da Assefaz A · O ano de 2006 marcou o Jubileu de Prata da Assefaz. Mas não foi um período de festa. A Fundação precisou enfrentar vários desafios, entre

Rumo à Gestão EstratégicaO ano de 2006 marcou o Jubileu de Prata da

Assefaz. Mas não foi um período de festa. A Fundaçãoprecisou enfrentar vários desafios, entre eles o dereencontrar o equilíbrio econômico em meio a uma criseque atingiu todo o setor de saúde suplementar. Asituação exigiu a adoção de várias medidascontingenciais e muito empenho de toda a FamíliaAssefaziana.

O esforço deu resultado. As reservas financeirasainda não atingiram o nível ideal, mas pararam de caire estão se recuperando. O sucesso das iniciativasadotadas permitiu que fossem oferecidos benefícioscomo o retorno do reembolso de medicamentos dosplanos antigos para 50%, o início da cobertura deescleroterapia e ainda o adiamento do reajuste anualna data-base, que deveria ter sido aplicado em setembrode 2006.

Para 2007, a Assefaz prepara um novo planejamentoestratégico, do qual faz parte um conjunto de mudançaspara atingir um melhor desempenho e garantir um futurocom mais qualidade. Entre essas mudanças está aimplantação, em julho, de um novo sistema de gestão,o Assigo, que vai modernizar o atendimento em todasas unidades.

Além do Assigo, a Assefaz adotará também umanova política de recursos humanos, que vai estabelecernovas diretrizes para a gestão de pessoas, valorizarainda mais o capital humano e promover odesenvolvimento individual e das equipes.

O novo Estatuto e o novo Regimento Interno, já emvigor, permitirão criar condições mais favoráveis a todoesse processo de mudança. O relator desses projetosfoi José Mário Ribeiro da Costa, que é, desde novembrode 2006, o novo Superintendente Executivo daAssefaz.

Destaco, nesta edição, o artigo de José AlvesCoutinho, nosso primeiro Presidente. É uma fonte deinspiração para o novo Planejamento Estratégico e parao momento em que a Assefaz vive. Precisamos que osonho, o ideal e a alma assefaziana continuem a andarjuntos.

Desejo um excelente 2007 a toda a FamíliaAssefaziana. Vamos juntos construir o futuro daFundação com qualidade!

Palavra do Presidente

Renato Carreri PalombaPresidente da Assefaz

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Os 25 anos daOs 25 anos daOs 25 anos daOs 25 anos daOs 25 anos daAssefazAssefazAssefazAssefazAssefaz

AAssefaz completou, em 2006, 25 anosde sua criação. Confira nesta edição a história da Fundação e de seus

fundadores, que se uniram para tornar realidadeo sonho de proporcionar uma vida melhor para oservidor público.

Fotos: Arquivo A

ssefaz

Três momentos distintos da história da Assefaz: reuniãode servidores da Fazenda, juntamente com o entãoMinistro Ernane Galvêas (segundo da esq. para dir.), emmeados de 1981; o ex-presidente da Assefaz, DomingosPedro do Couto, em 1986; e cerimônia de posse do atualpresidente, Renato Palomba (mais à esq.), em 2003,sucedendo o presidente Sálvio Medeiros.

Em artigo recente, José Alves Coutinho faz umareflexão sobre a engrenagem que mantém aFundação em funcionamento em todo o país.

O sonho, o ideal e a alma da Assefaz

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Page 2: ESPECIAL Os 25 anos da Assefaz A · O ano de 2006 marcou o Jubileu de Prata da Assefaz. Mas não foi um período de festa. A Fundação precisou enfrentar vários desafios, entre

poderia ter o seu próprio patrimônioe melhor estruturar suas atividades.Uma assembléia geral de servidoresaprovou um novo estatuto ediretoria. Muitos doaram recursosdo próprio bolso.

Nos anos seguintes, a Assefazconstruiu um patrimônio relevantee conquistou uma invejável solidezeconômica. A Fundação expandiusua área de atuação para maislocalidades e adquiriu clubes ecentros de lazer por todo o Brasil,com objetivo de atender o maiornúmero possível de servidores.

Planos de saúde – Até 1993, parteda assistência médica oferecida

pela Assefaz era financiadapelo Ministério daFazenda. Mas, naqueleano, o Tribunal deContas da União(TCU) decidiu que ogoverno não poderiamais repassarrecursos diretamente

para a Fundação, quedeveria criar planos de

saúde e concorrer nomercado com outras empresas

do setor.Os primeiros planos de saúde da

Assefaz obtiveram ampla adesão,devido à credibilidade que a Fundaçãotinha entre os servidores.

UNIÃO pelo bem-comumUNIÃO pelo bem-comum

Grandes empresas costumam tercomo fundador uma pessoa

que se destacou por pensar à frentedo seu tempo. A história da criaçãoda Assefaz confirma essaimpressão. A diferença é que elapôde contar com várias pessoas,que se uniram em torno de umacausa visando o bem comum.

O resultado dessa união foi onascimento da Associação dosServidores do Ministério da Fazenda(Assefaz) em 26 de março de 1981,após o encerramento de umencontro de Delegados do Ministérioda Fazenda, no salão nobre daEscola de Administração Fazendária(ESAF). Presidia a reunião o entãoSecretário Geral do Ministério,Eduardo Pereira de Carvalho.

O primeiro Presidente daAssociação, José Alves Coutinho,em sua obra “Um Mágico Caminho”,conta que aquele era um momentopsicologicamente adequado para olançamento da idéia, que era osonho de muitos servidores.“Dificilmente uma iniciativa comaqueles nobres objetivos deixaria deser bem recebida em tão seletoauditório”, relata.

Todos os delegados, de váriosEstados, apoiaram a idéia. Naquelemesmo dia, Coutinho e TerezinhaBonfante – então assessora no

Departamento de Pessoal doMinistério – coletaram 119assinaturas de adesão.

Em apenas três anos deexistência, a Assefaz ganhou orespeito e a admiração dacomunidade fazendária e areputação de entidade séria eatuante. Coutinho criou omercadinho, que vendia produtoscom desconto para os associados,e uma creche, ambos no prédioanexo do Ministério. A instalaçãoda creche contou com o apoio deLéa Galvêas, esposa do entãoMinistro da Fazenda, ErnaneGalvêas. A Assefaz promovia,também, diversos eventosculturais e campanhasbeneficentes.

A idéia da As-sociação se espalhoupor outras regiões doBrasil, com o apoiodos delegados re-gionais. Cada umapassou a desenvolveruma Assefaz local, oque permitiu que aFundação pudesse estarpresente hoje em todo o territórionacional.

A Fundação – Em 7 de agostode 1984, a Assefaz transformou-se em Fundação. Dessa forma, ela

Da esq. para dir.: Domingos Grello, Marco Aurélio Araújo, José Alves Coutinho, Jorge Caetano e Jackson Trindadedurante assembléia em que foi aprovada a transformação da Associação em Fundação, em 1984.

A história da criação da AssefazA história da criação da Assefaz

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Arquivo A

ssefaz

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Hoje, a Assefaz cuida de 95mil vidas. Além do plano de saúde,ela oferece ainda uma estruturasocial completa, com clubes ecolônias de férias em todo o Brasil.A Fundação controla também a

Drogaria Vitabel e a agência deturismo Avtur, em Brasília, oCampos do Jordão Garden Hotel,além de mercados, lojas erestaurantes em várias localidades,que oferecem serviços e produtosa preços mais acessíveis aoservidor.

A Fundação também promove

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Unidos por um nobrUnidos por um nobrUnidos por um nobrUnidos por um nobrUnidos por um nobre ideale ideale ideale ideale ideal

Em 25 anos, várias foram aspessoas que contribuírampara o surgimento e

desenvolvimento da Assefaz.

José Alves Coutinho foiescolhido presidente da Assefazem março de 1981. Antes disso,havia exercido várias funções noMinistério da Fazenda, entre elasa de delegado, em Brasília, umaespécie de prefeito do Ministério.Uma de suas medidas foi reativaro serviço médico, que passou afornecer medicamentos gratuitos.Também criou um restaurante e atésessão de cinema para osservidores na hora do almoço.

“Eu pensava em criar algumacoisa além do que já existia. ATerezinha Bonfante e o EloyCorazza conversaram comigo arespeito da criação de umaAssociação. Eu disse a eles queisso vinha ao encontro do que eusonhava. Aí tudo começou”,lembra Coutinho.

Para atrair o interesse dosservidores, Coutinho fundou ummercadinho. Conseguiu emprestadoum caminhão e comprou, emAnápolis (GO),dez mil quilos dearroz e seis mil latas de óleo.Vendeu tudo em 15 dias. Voltou àAnápolis, trouxe mais produtos eofereceu desconto para osservidores que se associassem àAssefaz. “Era só dar o nome, nãoprecisava pagar nada”, explica. Olucro era utilizado para custeardespesas com saúde de servidoresque não tinham condições de pagar.O mercadinho existe até hoje.

A creche era outro serviçooferecido pela Assefaz, quefuncionava no anexo do Ministérioda Fazenda. A criação da crechedeveu-se ao empenho de LéaGalvêas, esposa do então Ministroda Fazenda, que organizou uma

JJJJJosé osé osé osé osé AlvAlvAlvAlvAlves Coutinhoes Coutinhoes Coutinhoes Coutinhoes Coutinhosérie de bazarespara arrecadarfundos.

Aposentadodo Ministério daFazenda, hojeCoutinho sededica à lite-ratura. Além dealguns contos, escreveu, em 1997,“Um Mágico Caminho”, livro quetraz a história da Assefaz.

Passou por duas cirurgias nocoração, custeadas pela Assefaz.“Quando ouço alguém reclamar daFundação, fico pensando... Porqueessa pessoa não se pergunta o queela pode fazer para ajudar, em vezde ir para a Justiça? Se eu tentoprejudicá-la estou trabalhandocontra mim mesmo”, afirmaCoutinho, como um pai orgulhosoe sempre pronto a defender o filho.

Fotos: Deco B

anccillon

Enumerar todas demandaria,sem dúvida, muitas páginasdeste jornal. O InformativoAssefaz destacou algumas delas

e real izou uma série deentrevistas, para que pudessemcontar um pouco da história daFundação.

Jackson Jackson Jackson Jackson Jackson TTTTTrindaderindaderindaderindaderindadeO ex-procurador chefe da

Fazenda Nacional, Jackson MiguelTrindade, contribuiu muito na criaçãodo primeiro Estatuto da Assefaz.Quando terminava o expediente noMinistério, Coutinho e TerezinhaBonfante íam até a sala dele parafazer o Estatuto. Foram eles queconvenceram Trindade sobre anecessidade de se criar uma

associação de servidores. “Eu gosteida idéia. Para mim todo órgão deveriater uma associação como a Assefaz”,avalia.

O Estatuto ficou pronto em 45dias. Jackson explica que umaassociação só passa a ter vidalegalmente depois de ter o estatutopublicado no Diário Oficial da União.

Hoje, aos 79 anos, vê a Assefazcomo uma instituição respeitada.“A

Assefaz foi aprimeira asso-ciação a darmais atenção aoaposentado. Foiuma grande idé-ia. E boas idéiassempre levam aspessoas a semobilizarem porela”, conclui.

diversos eventos culturais eesportivos, campanhas devacinação e prevenção. Mantémainda convênios de descontoscomerciais, oferece fundos definanciamento para o pagamentode despesas com procedimentosnão cobertos pelo plano, UTI Aéreae diversos outros benefícios.

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Na reunião que marcou acriação da Assefaz, em 1981, aauditora-fiscal Terezinha Bonfanteteve um papel fundamental.Naquele dia, redigiu a ata dareunião e coletou, juntamente comJosé Alves Coutinho, as primeiras119 assinaturas de adesão àassociação que acabava de sercriada.

Então assessora no Depar-tamento de Pessoal do Ministérioda Fazenda, Terezinha foi umagrande entusiasta da idéia de secr iar uma associação deservidores.

Em 1982, Francisco Dornellesera o Secretário da Receita Federale Rubens Pellicciari o SecretárioAdjunto. Juntos eram responsáveispela administração da Receita,inclusive de pessoal.

Preocupado com a qualidade devida dos seus colegas, Pellicciaridefendia a criação de umaassociação de servidores pararesolver o problema da poucaassistência social e à saúdeoferecida pelo Ministério daFazenda. Mas uma associação nãobastava, era preciso estarlegalmente capacitada para receber

ESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIAL JJJJJubileu de Prata da Fundação ubileu de Prata da Fundação ubileu de Prata da Fundação ubileu de Prata da Fundação ubileu de Prata da Fundação AssefazAssefazAssefazAssefazAssefaz

TTTTTerererererezinha Bonfanteezinha Bonfanteezinha Bonfanteezinha Bonfanteezinha BonfanteDefendia três pilares básicos

para a associação: alimentação,saúde e lazer. Nesse contexto,sonhava em criar um mercado queoferecesse alimentos para todosos servidores do Ministério quenão t inham boas condiçõesfinanceiras. O supermercadotornou-se uma realidade poucotempo depois, com José AlvesCoutinho.

Em 1983, surgiu a idéia detransformar a associação em umafundação. Terezinha Bonfantelembra que muitos servidoresdoaram recursos do próprio bolsopara criar a Fundação. Em seguida,

foi convidadapara ser a pri-meira diretorada Assefaz noDistrito Federal.

Aposentou-se após 25 anosde serviçosprestados à Fa-zenda. E se e-mociona ao falar sobre o Jubileu dePrata. “Quantas pessoas foramajudadas pela Assefaz nesses 25anos? Muitas. A história da Assefazé muito bonita, é a história da uniãode pessoas que pensaram no bem-estar coletivo”, afirma.

recursos do Ministério para aexecução dos projetos necessários.

Ele coletou informações deoutras instituições e convocouRenato Palomba, Domingos Pedrodo Couto, Jorge Caetano e AmadorGil Marcelino para que elaborassemum projeto com o objetivo detransformar a recém-criada As-sociação dos Servidores em umaFundação. “O Pellicciari era umapessoa muito bem relacionada e umtrabalhador incansável. Deu umpontapé inicial muito importante”,relata Gil Marcelino.

Uma Assembléia foi convocadae Rubens Pellicciari foi escolhido o

primeiro Pre-sidente do Con-selho de Admi-nistração. “Égratificante vo-cê ser um dosresponsáve ispela criação daAssefaz, quehoje faz um tra-balho excepcional. Tem umapresença forte não somente entreos fazendários, como também forado Ministério. A Assefaz se tornouum exemplo”, afirma Pellicciari, quehoje atua como advogado na áreatributária em São Paulo.

Rubens PRubens PRubens PRubens PRubens Pellicciariellicciariellicciariellicciariellicciari

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A Assefaz não estaria hojeespalhada e consolidada em todo oBrasil não fosse a dedicação de muitosservidores em cada localidade ondehavia um órgão do Ministério daFazenda. Sálvio Medeiros foi um deles.Como vice-presidente da Associaçãoem Sergipe, contribuiu para odesenvolvimento da Assefaz na região.

Mais tarde, em 1993, morando emBrasília, passou a integrar o Conselhode Administração da Assefaz. Em1994 foi eleito presidente do mesmoConselho, permanecendo até 1995. Oconhecimento sobre a Fundação e acompetência administrativa adquirida

Sálvio MedeirSálvio MedeirSálvio MedeirSálvio MedeirSálvio Medeirosososososao longo dos anos fez com que fosseeleito para o cargo de Presidente daAssefaz para o triênio 2001-2003.

Como Presidente, diz ter sesurpreendido com o espírito associativoe batalhador do corpo de empregadosda Assefaz. “É uma instituição atípica.As pessoas, quando aqui entram,passam a ser um batalhador da causa.Muitos excedem, inclusive, aresponsabilidade que devem ter comoprofissionais”, afirma.

Em sua gestão, destaca o apoioque sempre teve do que ele denomina“Comitê de Inteligência Pró-Assefaz”,formado pelos Conselheiros RobertoBarbosa, Lourierdes Fiúza e o atual

Presidente, Re-nato Palomba.“Temos mais vo-luntários do queexecutivos. Sãomais de duzentaspessoas, quemantêm vivo osonho, com o mesmo espírito deunião de 25 anos atrás”, reforçaSálvio.

Segundo ele, o espírito de uniãofoi fundamental para superar arecente crise vivida pela Fundação.“Enquanto houver a chama da uniãoe entusiasmo, haverá Assefaz”,sentencia.

Fotos: Deco B

anccillon

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Amador Gil Marcelino é o tipo depessoa que não pára. Colaborou noprojeto que transformou aAssociação dos Servidores emFundação e, como diretor-técnico daDiretoria Executiva, entre 1986 e1987, ajudou a implantar o primeiroplano de assistência à saúde em todoo Brasil. Depois, como presidente daseção do Distrito Federal, implantouinúmeros projetos bem sucedidosque serviram de modelo para outrasunidades da Assefaz pelo país.

“A idéia do Domingos Pedro doCouto [ex-presidente da Assefaz] eminha era transformar a Assefaznuma empresa. Era preciso criarreceitas”, conta Gil. Ele convocavaoutras associações e, juntas,

Gil MarGil MarGil MarGil MarGil Marcelinocelinocelinocelinocelinoconseguiam preços melhores emhospitais e clínicas, além decombater o mau uso dos benefíciospor parte de alguns usuários.Destaca a atuação do Dr. SimãoPedro, médico contratado na épocapara fiscalizar as faturas doshospitais. “Era um guerreiro, quedefendia nossa causa. Ele ajudoumuito a Assefaz”, confirma.

Gil também conseguia com forne-cedores preços mais baratos nosprodutos para o mercadinho: arroz,sapatos, meias, mel, brinquedos.Com o lucro obtido e com asparcerias que firmava com outrasempresas, pagava tratamentos quenormalmente não eram cobertos comos recursos vindos do Ministério. Atéavião Gil Marcelino conseguia para

enviar pacientespara São Pauloou Belo Hori-zonte, quandonão havia trata-mento em Bra-sília.

Atualmente,Gil Marcelino sedivide entre vários trabalhosvoluntários, como aulas de espanholpara crianças carentes e exposiçõesde arte, com destaque para umconjunto de mini-esculturas sobre avida de Cristo. “O voluntariado émuito bom e me ajudou a superar umproblema de saúde. O ser humano éum grão de areia, se soubesse comoé pequeno, ajudaria mais a sua famíliae a sua comunidade”, afirma.

ESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIAL JJJJJubileu de Prata da Fundação ubileu de Prata da Fundação ubileu de Prata da Fundação ubileu de Prata da Fundação ubileu de Prata da Fundação AssefazAssefazAssefazAssefazAssefaz

O ex-auditor fiscal da ReceitaFederal, Rubens Soares, participouda elaboração do primeiro plano decontas da Fundação. Mas foi comopresidente que ele mais se destacou,entre outubro de 1991 e setembrode 1995. O período foi marcado pelacriação dos primeiros planos desaúde da Assefaz e pelo crescimentoe consolidação da atual estrutura declubes e centros de lazer.

Até o início da década de 90, aAssefaz recebia recursos doMinistério da Fazenda para executaros projetos de assistência social e àsaúde para o servidor. Umamudança na legislação, porém,

Rubens SoarRubens SoarRubens SoarRubens SoarRubens Soaresesesesespassou a impedir o repasse dessesrecursos e, com isso, a Fundaçãoprecisou criar planos de saúde ecompetir, dentro do próprio Mi-nistério, com outras operadoras.

“Eu me lembro que, quandorecebemos essa notícia, lágrimasapareceram nos olhos da donaNeuza Pessek (atual ouvidora daAssefaz). Ela me disse: ‘É, doutor,a nossa Fundação vai acabar’. Vaiacabar nada, eu respondi. Criamosos planos, botamos uma mesinhapara vendê-los no térreo doMinistério e obtivemos uma amplaadesão”, conta Rubens Soares.

O excelente retorno dos planosde saúde permitiu que a Assefaz

construísse ouadquirisse maisclubes e centrosde lazer portodo o Brasil.Rubens Soaresressalta o exce-lente trabalhodos chamadosPresidentes deSeção, que eram servidores daFazenda responsáveis pelaadministração da Assefaz em cadaEstado.

Hoje Rubens Soares é diretor-financeiro no Sistema de Coo-perativas de Crédito do Brasil(Sicoob), em Brasília.

Estudos de grupos de trabalhocriados em 1979 pelo entãosecretário-geral do Ministério daFazenda, Márcio Fortes, apontaram,no Ministério da Fazenda, a ausênciade assistência médica e social aosservidores, principalmente para oslotados fora da capital.

“A saúde pública era precáriano interior e a maioria dosservidores ganhava pouco”, contaEloy Corazza. Como chefe do De-partamento de Pessoal do

ElloElloElloElloElloy Corazzay Corazzay Corazzay Corazzay CorazzaMinistério, ele trabalhouativamente para solucionar essaquestão e identificou que faltavaamparo legal para que o Ministériocuidasse da assistência ao servidorde uma forma mais ativa.

Foi então que surgiu a idéia decriar uma associação de servidores.Coutinho foi indicado para ser opresidente e sua primeira missãofoi visitar os Estados para, junto comos delegados do Ministério, ver oque precisava ser feito para criar aAssefaz.

“A Assefaznasceu com oapoio de pes-soas de várioslugares, de umcongraçamentoentre os ser-vidores. Comela o servidorestá mais pre-parado para desempenhar o seutrabalho”, afirma Corazza, hoje umdos diretores da Rede Sarah, emBrasília.

Divulgação

Fotos: Deco B

anccillon

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Regina LúciaRegina LúciaRegina LúciaRegina LúciaRegina LúciaA atual assessora na

Subsecretaria de Planejamento,Orçamento e Administração (SPOA)do Ministério da Fazenda, ReginaLúcia, tem um caso de amor com aAssefaz. Na época do nascimentoda Associação, trabalhava noDepartamento de Pessoal doMinistério e ajudou a implantarprogramas de alimentação para osservidores.

“A minha relação com a Assefazsempre foi de afeto. Gosto dela ecolaboro até hoje”, afirma. Assim

como muitos servidores, Reginatrabalhou voluntariamente para aAssefaz.

Entre as muitas recordações,aponta o papel fundamentaldesempenhado pelo segundopresidente da Fundação, DomingosPedro do Couto. “Soube mobilizara todos, pois era extremamentehumano. Em seus projetos, sempretinha o cuidado de que trouxessembenefícios para todos os servidores.Ficava a tarde inteira no gabinetedo Ministro, se possível, não tinhavergonha de pedir, de levar chá de

cadeira”.Sobre o mo-

mento viv idohoje pela Fun-dação, acreditaque a soluçãoestá na cons-cientização deservidores queusam indiscr iminadamente oplano. “Alguns não têm maisaquele espírito de união, porqueeles não sabem como é não ter aAssefaz em suas vidas”, concluiRegina.

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O sonho, o ideal e a alma da AssefazSonho e ideal se confundem.

Sonho é concepção, é idéia acalentada,é aspiração. Ideal é o objeto do sonho.Sonho é desejo intenso. Ideal é aquiloque se sonha. Mas ambos – sonho eideal – serão apenas quimeras sealguém não os transforme emrealidade.

Muito se fala do sonho e do idealda Assefaz. O sonho materializou-se.O ideal continua no nosso imaginário,nos nossos corações. Ideal é fé, nãose vê, não se toca, apenas se sente.Temos, sim, na Assefaz, um ideal: ode bem servir, que é o fundamento emtorno do qual vivemos, o fim a quenos propomos atingir.

Mas a Assefaz também tem umaalma, força vital que reúne e unificaas características essenciais à vida;conjunto das faculdades de pensar ede agir. Alma que modela a entidadeque a abriga, que lhe dá forma e quecom ela se confunde.

Para legitimar estas reflexões,proponho que se considere essa almacomo sendo uma viga figurativa, aprincipal viga de uma imaginária ecolossal estrutura. Seja filosófica ousimbolicamente falando, seja sob oaspecto espiritual ou mera imagemalegórica, a verdade é que a Assefaz,que tem um ideal que a move, tem,também, uma alma que a apóia,sustenta, ampara.

A Assefaz é, hoje, uma engrenagemgigantesca de âmbito nacional, que acada dia se torna mais complexa e maisexigente. Essa engrenagem se mantémem funcionamento eficaz e harmônicode norte a sul deste país, com a mesmaeficiência, a mesma orientação, amesma dedicação, o mesmo ideal. Masé inegável que o ideal, por isso só, nãoseria suficiente para obtenção desseresultado.

Esse resultado existe, com todo oseu êxito, graças às pessoas que vêm

conduzindo a Assefaz durante seus25 anos de existência, integrantes dosquadros dirigentes, administrativos,consultivos, departamentais,setoriais, nacionais, regionais,estaduais, e locais em Brasília e peloBrasil afora, os quais, juntamente coma participação dedicada eindispensável do seu corpo defuncionários, constituem a viga, aalma a que me referi.

Na Assefaz, sonho, ideal e almaandam juntos ou, mais que isso, seirmanam, se completam, seconfundem. Sonho que persegue umideal; ideal que acredita ser possíveloferecer sempre melhores condiçõesao próximo e alma, que lhes dá vidae sustentação.

Eu também sonhei esse sonho,abraço esse ideal e integro essa alma.

José Alves Coutinho*

*Integrante do atual Conselho Consultivoe 1º Presidente da Assefaz (1981-1984).

Em 1981, a Associação dosServidores do Ministério da Fazendaacabara de ser criada, quando aesposa do então Ministro da Fazenda(Ernane Galvêas) pediu que JoséAlves Coutinho lhe fizesse uma visita.“Dona Léa Galvêas acalentava a idéiade criar algo no Ministério na áreasocial, que pudesse beneficiar filhosde servidores”, relata Coutinho.

Léa Galvêas promoveu uma sériede bazares beneficentes e, com os

recursos obtidos, a Assefaz montouuma creche no terraço do edifício dosÓrgãos Regionais, em Brasília.Segundo Coutinho, “foi a coisa maisespetacular, mais linda, que aAssefaz teve”. Inaugurada em 21/12/1984, tinha capacidade paraatender 40 crianças e contava comnutricionista, pediatra, e acabouservindo de modelo para aimplantação em várias cidades.

“As mães funcionárias tinhammuita dificuldade em ter onde deixar

os filhos para tra-balhar”, explicaLéa Galvêas, quelembra com or-gulho o ótimoresultado obtidocom a criaçãodas creches.

Pela iniciativa,o Conselho de Administração daAssefaz, em 1984, outorgou à LéaGalvêas o título de “Madrinha daAssefaz”.

Arquivo A

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Deco B

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