especialização: química no cotidiano da escola metodologia do ensino de química
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Especialização: Química no cotidiano da escola Metodologia do ensino de química. Prof. Dr. Moisés Alves de Oliveira [email protected]. O que é mesmo - metodologia?. - PowerPoint PPT PresentationTRANSCRIPT
ESPECIALIZAÇÃO: QUÍMICA NO COTIDIANO DA ESCOLA
METODOLOGIA DO ENSINO DE QUÍMICA
Prof. Dr. Moisés Alves de Oliveira
Metodologia
MétodoTécnica
O que é mesmo - metodologia?
Do grego - techné: arte.
Do Grego –methodos: “caminho para chegar a um fim.
É o estudo dos métodos. Tem como finalidade captar e analisar as características dos vários métodos disponíveis, avaliar suas capacidades, potencialidades, limitações ou distorções e criticar os pressupostos ou as implicações de sua utilização.
A princípio confundia-se técnica com a
arte, tendo sido separada desta com o advento do iluminismo e o nascimento da “modernidade”.
Entendida atualmente
como o conjunto de
procedimentos que têm como objetivo obter
um determinado resultado, seja no campo da ciência, da
tecnologia, das artes, do ensino
ou em outra atividade.
Como procedimento de Ensino
, são os recursos
imediatos para atingir a
aprendizagem de alguma
coisa.
TÉCNICA
PAINEL ABERTO
PAINEL INTEGRADO
PAINEL PROGRESSIVO
OBSERVAÇÃO DE TRABALHO EM GRUPO
TÉCNICA DOS CARTAZES
DE CASA EM CASA
ADVOGADOS DE DEFESA E ATAQUE
ADVOGADO DO DIABO
EXPLICAÇÃO FALSA
OS DONOS DA VERDADE
Etc...
EXISTEM CENTENAS DE DIFERENTES TÉCNICAS DIDÁTICAS
O método: pensado como aquele iniciado
junto com a física e os trabalhos de
Francis Bacon, acaba assumindo
um caráter científico, quando articulado a um
conjunto de regras básicas utilizadas
por cientistas. Consiste em juntar
evidências observáveis, empíricas, e
mensuráveis, com o uso da razão.
O método científico:
Formulação de um problema;
Hipóteses;Deduções lógicas;
Experimentos;Conclusão.
O método no ensino:
Em geral chamado
também de metodologia
MÉTODO
Tendências educacionais
TradicionaisEnsino;
Aprendizagem;
Avaliação;
Metodologia;
Didática;
Organização;
Planejamento;
Eficiência;
Objetivos
Críticas
Ideologia;
Reprodução
cultural e
social;Poder; Classe social;Capitali
smo;Relaçõe
s sociais
de produç
ão;Conscientizaçã
o;Emancipação e libertaç
ão;Currícul
o oculto;Resistência.
Pós-críticas
Identidade, alteridade, diferença;
Subjetividade;Significado e
discurso;Saber-poder;
Representação;
Cultura;Gênero, raça,
etnia, sexualidade;
Multiculturalismo.
ALGUMS MÉTODOS NA EDUCAÇÃO
Tendências Idealistas-Liberais (tradicionais)
Pedagogia Tradicional O papel da
escola é para o preparo
intelectual. Iniciou-se no século XIX e
domina grande parte do século XX, sendo ainda
hoje utilizada.
Pedagogia Renovada
É conhecida como Escola
Nova. origina-se na Europa
e Estados Unidos, no
final do século XIX,
influenciando o Brasil por
volta dos anos 1930.
Pedagogia Tecnicista
Determinada pela crescente industrializaçã
o. Desenvolveu-se na Segunda
metade do século XX nos
Estados Unidos e no
Brasil de 1960 a 1979.
ALGUMS MÉTODOS... OU TENDÊNCIAS
MÉTODO TRADICIONAL - LIBERAL
Período séc. XIX e XX Escola objetiva o preparo
intelectual.
Johann Friedrich Herbart (1776-1841): Metodologia de aulas-
expositivas: comparações, exercícios, lições de casa.
Conhecimento: Dedutivo. São apresentados apenas os
resultados, para que sejam armazenados
Relação professor-aluno: autoridade e disciplina.
João Amós Commenius (1627): Princípios para ensinar artes por modelos completos, perfeitos e
exercícios.
Homem: Receptor passivo. Inserido em um mundo que irá conhecer pelo repasse de informações..
Avaliação: centrada no produto do trabalho.
Saviani (1980): Professor é a garantia de que o conhecimento seja conseguido independente do
interesse do aluno.
Educação = Produto: Alcançado pelo conhecimento dos modelos pré-
estabelecidos.
Conteúdos: passados como verdades absolutas - separadas das experiências.
Émile Chatier: Defende o ambiente austero, sem distrações.
Mundo: É externo. O homem se apossa dele gradativamente pelo
conhecimento.
Metodologia: Aulas expositivas, atividades de repetição,
aplicação, memorização; Exercitar a vista, mão, inteligência. Gosto e
senso moral. Privilégio verbal, escrito e oral.
Snyders (1974): Busca levar o aluno ao contato com as grandes realizações da humanidade.
Ênfase nos modelos.
Sociedade - Cultural: O homem ascende socialmente pela cultura
Na arte: mimética, cópias, modelos externos, fazer técnico e
científico, conteúdo reprodutivista, mantém a divisão
social existente.
MÉTODO RENOVADO
Escolanovismo - Final do século XIX - Brasil - 1930
Escola: Adequar necessidades individuais ao meio, propiciar
experiências.
John Dewey (1859-1952): Aprendizado através da pesquisa individual.
Homem e mundo: O produto é a interação entre eles
Relação professor-aluno: Clima psicológico-democrático. Professor é
auxiliar das experiências.Franz Cizek (1925): libertar o impulso.
Teorias: Psicologia Cognitiva, Psicanálise, Teoria Gestalt.
Método: Aprender experimentando, aprender a aprender.
Piaget - Teoria do Desenvolvimento.
Ensino-aprendizagem: Procura desenvolver a inteligência, priorizando o sujeito, considerando-o inserido numa
situação social.
Victor Lowenfewld (1939) - EUA: Teorias Freudianas.
Conteúdo: Estabelecidos pela experiência.Herbert Read (1943) - Inglaterra: Arte como
experiência.
Avaliação: Atenção à qualidade e não a quantidade, ao processo e não ao produto. Parâmetro na teoria piagetiana, múltiplos
critérios.
MÉTODO TECNICISTA
Segunda metade século XX Brasil 1960-1970
Escola: Produzir indivíduos competentes para o mercado de trabalho.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - 5692/71
Homem: Conseqüência das influências ou forças do meio
ambiente.
Conteúdos: Baseia-se nos princípios científicos, manuais e módulos de auto-instrução.
Skinner - O homem é produto do meio - análise funcional. Popham, Briggs, Papay, Gerlach, Glaser - Modelos de instrução e sistemas.
Mundo: Já construído.O meio pode ser manipulado e pode também
selecionar.
Relação professor-aluno: Professor é o técnico e responsável pela eficiência do ensino.
Teorias: Behavioristas, Positivismo, Comportamentalismo,
Instrumentalismo.
Metodologia: Técnica para atingir objetivos instrucionais, aprender-fazendo, cópia, geometria, desenho geométrico,
educação através da arte, livre-expressão.
Cultura: Espaço experimental.Avaliação: Prática diluída, eclética e pouco
fundamentada, levando ao exagerado apego aos livros didáticos.
Conhecimento: Experiência planejada, o conhecimento é o
resultado da experiência.
Na arte: Educação artística polarizada em atividades artísticas direcionadas para aspectos técnicos
construtivos pela "indústria cultural“. Dicotomias: ora saber construir, ora saber exprimir. Passam à categoria
de apenas atividades artísticas: Desenho, trabalhos manuais, artes aplicadas, música, canto-coral.
Tradicional Como sabemos, convencionou-se chamar de tradicional as
propostas de educação: centrada no professor, cuja função define-se por vigiar
os alunos, aconselhá-los, ensinar a matéria e corrigi-la;
Tem como princípio a transmissão dos conhecimentos através da aula do professor:
Freqüentemente expositiva; Numa seqüência predeterminada e fixa; Enfatiza a repetição de exercícios com exigências
de memorização; preocupa-se com a universalização do conhecimento. Não propicia ao sujeito que aprende um papel ativo na
construção dessa aprendizagem; É aceita como vinda de fora para dentro; Busca superar o que a criança aprende fora da escola,
seus esforços espontâneos, a construção coletiva; É altamente influenciado pelo pensamento cartesiano
e pela visão mecanicista e determinada do mundo.
MÉTODO
John Dewey
Para a visão mecanicista do mundo, tipicamente moderna,
na linha que une
Descartes Galileu Bacon
NewtonLocke
...a idéia de progresso foi tão naturalizada que nem pensamos em discuti-la.
Tendências Realistas-Progressistas (críticas)
Pedagogia LibertadoraParte de uma análise crítica das realidades
sociais, sustentando
as finalidades sócio-políticas da educação. Iniciou-se nos
anos 1960.
Pedagogia Libertária
Dá ênfase às experiências
de autogestão e à
autonomia. Constitui-se em
um instrumento de luta do
professorado, pois não tem
como institucionaliz
ar-se na sociedade capitalista.
Pedagogia Histórico-Crítica
Fim dos anos 1970,
contrapõe-se à escola
reprodutora das desigualdades
sociais. Centrado no
desenvolvimento da
personalidade do indivíduo, em sua capacidade de atuar como uma pessoa integrada.
ALGUMS MÉTODOS... OU TENDÊNCIAS
Maria Montessori (1870-1952).
Educadora e Médica-Fisioterapeuta, desenvolveu na Itália em 1907, um sistema educacional e materiais didáticos com o objetivo de despertar um interesse espontâneo na criança, obtendo uma concentração natural nas tarefas, para não cansar e não chateá-la.
A originalidade do método está no fato das crianças ficarem livres para movimentarem-se pela sala de aula, utilizando os materiais disponíveis.
A aprendizagem auto motivada e individualizada é a essência do método que procura desenvolver a auto disciplina e a auto confiança.
MÉTODO
MÉTODO PROGRESSISTA – PEDAGOGIA LIBERTADORA
Anos 60Escola: Ênfase ao não-formal. É crítica, questiona as
relações do homem no seu meioPaulo Freire
Sociedade-Cultura: O homem cria a cultura na medida em que,
integrando-se nas condições de seu contexto de vida, reflete sobre ela e
dá respostas aos desafios que encontra.
Ensino-Aprendizagem: Pedagogia do oprimido. Fazer da opressão e suas causas o objetivo de sua reflexão,
resultando daí o engajamento do homem na luta por sua libertação.
Michel Lobrot
Homem e mundo: Abordagem interacionista.
Conteúdos: Temas geradores extraídos da vida dos alunos, saber do próprio aluno.
Celestin Freinet
Conhecimento: O homem cria a cultura na medida em que,
integrando-se nas condições de seu contexto de vida, reflete sobre ela e
dá respostas aos desafios que encontra.
Relação professor-aluno: Relação horizontal, posicionamento como sujeitos do ato de conhecer.
Maurício Tragtemberg
Avaliação: Auto-avaliação ou avaliação mútua. Miguel Gonzáles Arroyo
Metodologia: Desenho, trabalhos manuais, artes
aplicadas, músicas e canto coral passam à categoria apenas atividades artísticas.
MÉTODO PROGRESSISTA – PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA
Fins dos anos 70Escola: Parte integrante do todo social. Prepara o
aluno para participação ativa na sociedade.C. Rogers: Ensino centrado no
aluno.
Homem: Considerado uma pessoa situada no mundo.
Conteúdos: São culturais, universais, sempre reavaliados frente à realidade social.
A. Neill: Desenvolvimento da criança sem interferência.
Mundo: O homem reconstrói em si o mundo exterior.
Ensino-aprendizagem: Técnicas de dirigir a pessoa a sua própria experiência, para que ela possa estruturar-se
e agir.
A. Combs (1965): Professor é personalidade única.
Conhecimentos: construído pela experiência pessoal e subjetiva.
Relação professor-aluno: Professor é autoridade competente que direciona o processo ensino-
aprendizagem. Mediador entre conteúdos e alunos.
Metodologia: Contexto cultura;, educação estética; proposta triangulas.
Avaliação: A experiência só pode ser julgada a partir de critérios internos do organismo, os externos podem levar
ao desajustamento.
As tendências pós-críticas...
Tentaram me mandar pra reabilitaçãoMas eu disse "não, não, não"Sim, eu tenho estado mal mas quando eu voltarVocês vão saber, saber, saberEu não tenho tempoE se meu pai acha que não estou bem;Ele tentou me mandar pra reabilitaçãoMas eu não vou, vou, vou
Prefiro ficar em casa com RayEu não tenho setenta diasPor que não há nadaNão há nada que você possa me ensinarQue eu não possa aprender com o dono do bar
Não aprendi muito na escolaMas sei as respostas não estão nos copos ou garrafas
Tentaram me mandar pra reabilitaçãoMas eu disse "não, não, não"Sim, eu tenho estado mal mas quando eu voltarVocês vão saber, saber, saberEu não tenho tempoE se meu pai acha que não estou bemEle tentou me mandar pra reabilitaçãoMas eu não vou, vou, vou
O cara disse: "Por que você acha que está aqui?"Eu disse "não faço idéia''Eu vou, vou perder meu amorEntão eu sempre tenho uma garrafa por perto"Ele disse "acho que você só está deprimida,Me dê um beijo e vá descansar"
Tentaram me mandar pra reabilitaçãoMas eu disse "não, não, não"Sim, eu tenho estado mal mas quando eu voltarVocês vão saber, saber, saber
Eu não quero beber nunca maisEu só oh, só preciso de um amigoNão vou perder dez semanasPra todo mundo pensar que estou me recuperando
Não é só meu orgulhoÉ só até essas lágrimas secarem ...
UMA VIRADA NA PERCEPÇÃO DO CURRÍCULO ESCOLAR
Ela não faz questão de esconder seus vícios!
RehabAmy Winehouse
“Houve a tarefa de aumentar as
colheitas agrícolas – cumprida graças aos
nitratos. E houve a tarefa de estabilizar o
fornecimento de água – cumprida graças
ao estancamento do fluxo dos rios por
meio de represas. Depois veio a tarefa de
purificar os reservatórios de água
envenenados pelo despejo de nitratos não
absorvidos – cumprida graças à aplicação
de fosfato em estações especialmente
construídas para o processamento de
águas servidas. Depois veio a tarefa de
destruir as algas tóxicas que proliferam em
reservatórios ricos de compostos de
fosfato [...]. “
Há coisas para as quais não existe um lugar justo e devido, tornando, assim, o mundo dos que procuram a ordem, a beleza e a limpeza“pequeno demais” para acomodá-las. São os próprios rótulos que visam por de um lado a ordem e a limpeza, e do outro todo o “resto, ou melhor, o “lixo, que acaba por produzir a diferença. Acerca disso Bauman (1999) argumenta:
“Quanto mais segura
é a forma de
ordenamento criada,
mais incoerente e
menos controlável o
caos resultante”
“Entretanto, você precisa mais do que mais falta”
Os mal-estares da modernidade provinham de uma espécie de segurança que tolerava uma liberdade pequena demais na busca da felicidade individual.
Os mal-estares da pós-modernidade provêm de uma espécie de liberdade de procura do prazer que tolera uma segurança individual pequena demais.
A escola (sociedade) contemporânea conseguiu, talvez, fazer o que prometeu, produzir cidadãos independentes, críticos e ativos... Mas será que gostou?
(Zygmunt Bauman, 1998)
O mendigo, uma espécie de ego pós-moderno:Livre para agir sobre seus
próprios impulsos;Rompe os ideais de limpeza;Ignora os sonhos de beleza.
O discurso do modernismo Refere-se a leis universais que constituem e
explicam o ser, a realidade. Seus termos dominantes são:
determinismo; universalidade; progresso; emancipação; unidade; continuidade.
Pretende-se objetividade absoluta na ciência, legalidade universal na moral e lógica interna na arte;
O sujeito do discurso científico é a humanidade;
Entende-se que há uma passagem da ciência para a verdade (realidade) e desta para a legitimação do saber narrativo;
O Estado tem a função guardião e defensor do cidadão; quer-se o Estado Providência;
Os discursos forma-se em metarrelatos que tem como referência a igualdade.
A mudança de atitude cultural. Desencanto. Descrença no progresso da razão, nas grandes utopias, nos relatos totalizantes como os do: Cristianismo; Do marxismo; Da política emancipatória.
Crise na ciência e sua relação com a sociedade. Perda da credibilidade. Questionamento da legitimidade do discurso científico. A ciência só conta com indicadores e não com verdades absolutas.
Indefinições = perda de limites, fluidez, coexistência de estilos e valores, pluralidade de papéis.
Contesta-se o conceito com chave intelectiva no real.
Incorporação do lúdico, do imaginário. A fragmentação explica a deserdem e a
perplexidade. Defesa da potência multiforme no cotidiano
(não há uma causalidade linear e única). Aceitação das “identificações mútuas (Não há
uma verdade, mas várias, às quais se adere sucessivamente).
O contexto teórico Modernismo Pós-Modernismo
Estruturalismo
O termo: a língua é estruturada como um sistema cuja relação significado e significante só significam pelas diferenças que estabelecem entre si. As perspectivas: O processo de significação é
arbitrário – a cultura concebe o signo por meio da diferença entre o que se diz (significado), e o que realmente é uma coisa (significante);
A organização da escrita é um conjunto estrutural de regras: Hierárquicas; Científicas (racionais); Códigos correspondentes.
Há uma estrutura na linguagem e na escrita que permite estudar cientificamente o mundo social.
O termo: é abrangente, cunhado em particular para modificar as estruturas e processos fixos e rígidos de significação na linguagem. As perspectivas: O processo de significação é
incerto – a cultura é concebida essencialmente como um campo de luta em torno da produção de significados;
A organização da escrita (linguagem) é rizomática: Não-hieráquica; Mundana; Não-linear.
A necessidade e o sentimento de ausência da linguagem produzem a estrutura e o mundo social.
Pós-estruturalismo
O contexto teórico
“Entretanto, você
precisa mais do que
mais falta...”
Isóbaros são átomos de diferentes elementos
químicos e, portanto, de diferentes números atômicos, mas que
apresentam o mesmo número de massa (A).
A utopia moderna, o mundo moderno, racional e científico “o mundo
perfeito” seria um que permanecesse para sempre idêntico a si mesmo, um
mundo que a sabedoria hoje aprendida permaneceria sábia
amanhã e depois de amanhã... Um mundo transparente, em que nada de obscuro ou impenetrável se colocava no caminho do olhar; um mundo em
que nada estragasse a harmonia, nada “fora do lugar”, um mundo sem “sujeira”; um mundo sem estranhos.
(Bauman, 1998, p. 21)
A UTOPIA MODERNA
Pós-modernidade ou Modernidade Líquida ... Ou... A fuga para a desordem!
Química Legião Urbana Composição: Renato Russo Estou trancado em casa e não posso sair
Papai já disse, tenho que passarNem música eu não posso mais ouvirE assim não posso nem me concentrar
Não saco nada de FísicaLiteratura ou GramáticaSó gosto de Educação SexualE eu odeio Química
Não posso nem tentar me divertirO tempo inteiro eu tenho que estudarFico só pensando se vou conseguirPassar na porra do vestibular
Chegou a nova leva de aprendizesChegou a vez do nosso ritualE se você quiser entrar na triboAqui no nosso Belsen tropical
Ter carro do ano, TV a cores, pagar imposto, ter pistolãoTer filho na escola, férias na Europa, conta bancária, comprar feijãoSer responsável, cristão convicto, cidadão modelo, burguês padrãoVocê tem que passar no vestibular.
Vamos a um exemplo, a título de exercício; consideremos dois episódios registrados em livros.
O primeiro corresponde a um relato feito por Antoine Lavoisier, no século 18, sobre uma substância azul (Lavoisier, 1965, p. 277)[1790].
O segundo corresponde a um axioma retirado do manual prático sobre reações de ácidos e bases que formam sais, de um dos kits da Experimentoteca/CDCC.
A FABRICAÇÃO DA PUREZA EDUCACIONAL DA QUÍMICA
A FABRICAÇÃO DA PUREZA EDUCACIONAL DA QUÍMICA
(1)(Set XXXVIII) - Observações sobre o “Gallic Acid” em combinação com “Salisiable” bases* O “Gallic acid”, princípio formalmente chamado de “princípio de adstringência”, é obtido da bilis, através de infusão ou por destilação levemente aquecida. Este ácido só foi conhecido completamente há poucos anos. O comitê da Academia de Dijon tem perseguido, através de todas as combinações, a melhor maneira de obtê-lo. Suas propriedades ácidas são muito fracas [...] se uniu a todos os metais, quando eles foram dissolvidos previamente em algum outro ácido. Em combinação com ferro, dá um precipitado de cor azul ou violeta muito profundo. O radical deste ácido a, que merece ser dado um nome, é completamente desconhecido . *esta combinação, com o chamado “gallats”, é desconhecida dos anciões; e a ordem da afinidade deles não é claramente estabelecida.
Nessa primeira sentença, as afirmações são feitas por um autor, Lavoisier, situado no tempo e no espaço.
As idéias são vistas como algo extraído de uma complicada situação de trabalho, não como dádiva, mas como um produto do labor humano.
Lavoisier está imerso em situações nas quais conta com informações imprecisas, suposições e interpretações provenientes de outros estudiosos que estão igualmente pesquisando o assunto.
O novo produto de seu experimento não é conhecido e ele não se propõe a outra coisa, a não ser sugerir que se dê a ele um nome.
(2) Uma maneira fácil de compreender [o agrupamento de substâncias em uma mesma função] é observar reações entre os ácidos e as bases, quando os produtos formados serão sempre um sal e água, não importando qual é o ácido ou base.
ÁCIDO + BASE SAL + ÁGUA.
A FABRICAÇÃO DA PUREZA EDUCACIONAL DA QUÍMICA
A segunda sentença não traz menção de autoria, interpretação ou posição no tempo e no espaço. Sua leitura “poderia ser conhecida há séculos ou baixada por Deus juntamente com os Dez Mandamentos.
É, como dizemos, um fato. Ponto final. Nada mais há para ser discutido, está pronto para ser utilizado
pelo professor para ensinar aos alunos... ou seja, limpa, esteriliza, embeleza...
Afasta as condições de produção, as modalidades negativas das sentenças que conduziriam o aluno na direção das condições da produção.
(Oliveira, 2005)
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Proponho que a universidade estimule a escola a formular um projeto pedagógico voltado para os interesses e as necessidades
das crianças, dos grupos subordinados... (Moreira, 1995.
p. 14)
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