espectrofotometria uv

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Espectrofotometria UV – Visível A espectrofotometria pode ser definida como toda técnica analítica que usa a luz para medir as concentrações das soluções, através da interação da luz com a matéria. A palavra espectro de origem grega foi empregada para nomear raios luminosos em virtude de na antiguidade as pessoas sepultarem seus mortos em covas rasas, e o simples fato de alguém desavisado pisar em cima, de uma dessas sepulturas fazia com que o gás metano fosse expelido, visto que corpos em decomposição liberam diversos gases, entre eles o metano, que apresenta uma propriedade de auto inflamar- se apresentando um aspecto luminoso intenso. Quando alguém era surpreendido por uma bola gasosa dessa ficava assustado e dizia estar sendo assustado por um fantasma que em grego é espectro. FUNDAMENTO DA ESPECTROFOTOMETRIA A luz de uma maneira geral é mais bem descrita como sendo uma radiação eletromagnética em virtude de sua natureza dualística. Ou seja, ela existe e tem um comportamento de campos elétricos e magnéticos oscilantes como a figura abaixo representa: Onde: O comprimento de onda (λ) é distancia em metros, de um pico ao outro da onda; A frequência (v) é o grau de oscilação das ondas, em função da velocidade da luz no vácuo que é representada pela constantec (c=2, 998×10 8 m. s -1 ). De modo que: λ . v = c ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO REPRESENTANDO OS COMPRIMENTOS DE ONDA CORRESPONDENTE A CADA RADIAÇÃO

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PRINCIPAIS GRAFICOS DA ESPECTOFOTOMNETRIA

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Espectrofotometria UV Visvel

Aespectrofotometriapode ser definida como toda tcnica analtica que usa a luz para medir as concentraes das solues, atravs da interao da luz com a matria.A palavra espectro de origem grega foi empregada para nomear raios luminosos em virtude de na antiguidade as pessoas sepultarem seus mortos em covas rasas, e o simples fato de algum desavisado pisar em cima, de uma dessas sepulturas fazia com que o gs metano fosse expelido, visto que corpos em decomposio liberam diversos gases, entre eles o metano, que apresenta uma propriedade de auto inflamar-se apresentando um aspecto luminoso intenso. Quando algum era surpreendido por uma bola gasosa dessa ficava assustado e dizia estar sendo assustado por um fantasma que em grego espectro.FUNDAMENTO DA ESPECTROFOTOMETRIAA luz de uma maneira geral mais bem descrita como sendo uma radiao eletromagntica em virtude de sua natureza dualstica. Ou seja, ela existe e tem um comportamento de campos eltricos e magnticos oscilantes como a figura abaixo representa:

Onde:O comprimento de onda () distancia em metros, de um pico ao outro da onda;A frequncia (v) o grau de oscilao das ondas, em funo da velocidade da luz no vcuo que representada pela constantec(c=2, 998108m. s-1). De modo que: .v = cESPECTRO ELETROMAGNTICO REPRESENTANDO OS COMPRIMENTOS DE ONDACORRESPONDENTE A CADA RADIAO

A tcnica espectroscpica baseada na no aumento de energia em funo do aumento da frequncia da radiao incidida. Quando uma espcie qumica absorve energia na forma de ftons, seus eltrons ficam excitados e ocorre uma transio de um orbital de mais baixa energia para outro de maior energia. Um exemplo disso so compostos qumicos que apresentam duplas ligaes C=C no benzeno e C=O, a carbonila, por exemplo.

Benzeno

As cetonas da ligao peptdicaO aumento de energia representado pela condio de frequncia de Bohr:E = hvOnde:E a energia que aumenta em funo da frequncia, eh a constante de Plankh=6,62610-34J.s.A transio eletrnica de duplas ligaes, ocorre em virtude de uma ligao dupla ser formada por um orbital sigma () e um orbital (), de modo que o eltron que est no orbital pi ligante vai para o orbital pi antiligante que tem maior energia. A transio nas C=C na C=O representada na figura abaixo, essa espcies qumicas so denominadascromforosou substncias que trazem a cor:

Para C=C:-*Para C=O : (orbital no-ligante) n-*

Aminocidos como a Fenilalanina, Tirosina e Triptofano so os principais responsveis pela absoro de luz das protenas em virtude de possurem o anel benznico em sua estrutura qumica, alm da ligao peptdica listada acima. A luz absorvida na faixa de 280nm.LEI DE LAMBERT-BEERA fora vital da espectrofotometria est fundamentada na lei de Lambert-Beer, que estabelece:A absorbncia diretamente proporcional a concentrao da soluo de amostra.

Ou:Log(I/I0)=clA= clOnde :A a absorbncia, o coeficinte de extino molar el o comprimento da cubeta.Os componentes principais de umespectrofotometro,so apresentados e suas respectivas funes:Fonte de Luz: composta por uma lmpada de deutrio e uma lmpada de tungstnio, (semelhante lmpada de carro). A lmpada de deutrio emite radiao UV e a de tungstnio emite luz visvel.Monocromador:alguns espectrofotmetros ainda possuem um prisma como monocromador, porm os mais modernos possuem dispositivos eletrnicos que transformam a luz incidida em vrios comprimentos de onda, em um s comprimento, ou seja, a luz monocromtica.

Cubetas utilizadas em espectrofotometria. Geralmente usa-se cubeta de 1 cm, a fim de facilitar os clculos da Lei de Lambert-Beer.Cubeta: o recipiente propcio para conter a amostra que ser utilizada na anlise, as cubetas podem ser de quartzo, vidro e acrlico, porm recomenda-se que seja usada uma cubeta de quartzo por que o vidro e o plstico absorvem UV e causa a reflexo da luz visvel.Detector:o detector um dispositivo que detecta a frao de luz que passou pela amostra e transfere para o visor e para o computador acoplado ao aparelho.ANLISE ESPECTROFOTOMTRICAPasso 1:a amostra deve ser preparada com a quebra da amostra por mtodos mecnicos, qumicos ou fsicos;Passo 2:a amostra solubilizada no solvente escolhido em um balo Volumtrico limpo e seco;IMPORTANTE:o solvente na maioria das vezes gua, porm, quando tratar-se de amostras apolares que precisam ser diludas em solvente orgnico nunca utilize alcenos, alcinos, cetonas ou qualquer outro que tenha ligaes C=C ou C=O ou triplas.Passo 3:em uma cubeta colocado o solvente puro e lido no comprimento de onda o mesmo que ser lida a amostra, esse procedimento chamado leitura em branco, e tem como finalidade minimizar os erros causados, pela absoro luz ocasionados pelo vidro e pela gua;Passo 4:a amostra filtrada em uma membrana de 0,2 m, por que a soluo deve estar totalmente lmpida a fim de diminuir ao mximo o erro causado por partculas em suspenso, a cubeta contendo o branco e retirado do equipamento e sua absoro anotada. Aps esse processo a soluo de interesse lida, e dessa absorbncia subtrado a leitura do branco.CUIDADOS EM ESPECTROFOTOMETRIA imprescindvel que o equipamento seja calibrado e manuseado de acordo com as instrues do fabricante, por ele j traz a margem de erro que o aparelho tem; Evitar erros de leitura certificar-se de que o equipamento esteja fechado. Antes da leitura a luz do ambiente pode interferir no resultado; Manter sempre limpo e fechado a fim de evitar o acumulo de partculas de poeira que interferem na anlise. Em hiptese alguma toque a cubeta com as mos sem luvas, a nossa mo contm gorduras e interferem na leitura. S podem ser analisados por espectrofotometria de absoro compostos que absorvem luz. Em caso de solues fortemente coloridas como permangantos, complexos altamente coloridos, dicromatos, cromatos e outros compostos com cores altamente acentuadas devero ser feitas no mnimo 5 diluies de concentrao conhecida e lidas no espectrofotmetro e uma curva analtica dever ser traada afim de determinar o coeficiente de extino molar. Solues muito concentradas tendem provocar erros de leitura por que existem muitas molculas prximas umas das outras.