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Novembro de 2011 | Ano 3 | Nº 11 Universidade Veiga de Almeida | Comunicação Social Curso de Jornalismo | Nota 4 no MEC Tijucano atua com Lilia Cabral em série de TV Depois de programas infantos-juvenis, Johnny Massaro faz a série Divã da Rede Globo 7 Bares e botecos da Tijuca e Grajaú inovam com gastronomia elaborada e preços acessíveis Carne seca com aipim, escondidinho de camarão, batata-frita com mix de queijos, bolinho de bacalhau, pasteis de sabores diferentes e caldos são algumas das tendências do cardárpio tijucano. A região oferece várias opções de bares que servem esses tipos de petiscos. Os pratos agradam a todos os gostos pelo seu sabor e preço 4 Paraíso verde e preservado Menos conhecido, parque no Grajaú é refúgio para vários animais exóticos 5 União civil entre homossexuais Pesquisa realizada na Veiga de Almeida revela opiniões sobre o casamento gay 2 Paquera Alunos usam a universidade para conhecer pessoas com os memsmo interesses e iniciar namoros 3 Bem estar e saúde Descubra opções de lugares para a prática de exercícios e caminhada no entorno da Grande Tijuca: a Floresta, o Maracanã e a Quinta da Boa Vista 8 Exposição mensal de carros antigos e raros leva diversas pessoas ao Museu Militar Conde de Linhares no bairro imperial de São Cristóvão 8 Raridades do mercado automotivo

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Paquera Bem estar e saúde Alunos usam a universidade para conhecer pessoas com os memsmo interesses e iniciar namoros 3 Novembro de 2011 | Ano 3 | Nº 11 Descubra opções de lugares para a prática de exercícios e caminhada no entorno da Grande Tijuca: a Floresta, o Maracanã e a Quinta da Boa Vista 8 Pesquisa realizada na Veiga de Almeida revela opiniões sobre o casamento gay 2 Menos conhecido, parque no Grajaú é refúgio para vários animais exóticos 5

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Novembro de 2011 | Ano 3 | Nº 11

Universidade Veiga de Almeida | Comunicação SocialCurso de Jornalismo | Nota 4 no MEC

Tijucano atua com Lilia Cabral em série de TV Depois de programas infantos-juvenis, Johnny Massaro faz a série Divã da Rede Globo 7

Bares e botecos da Tijuca e Grajaú inovam com gastronomia elaborada e preços acessíveis

Carne seca com aipim, escondidinho de

camarão, batata-frita com mix de queijos,

bolinho de bacalhau, pasteis de sabores

diferentes e caldos são algumas das tendências

do cardárpio tijucano. A região oferece várias

opções de bares que servem esses tipos de

petiscos. Os pratos agradam a todos os gostos

pelo seu sabor e preço 4

Paraíso verde e preservadoMenos conhecido, parque no Grajaú é refúgio para vários animais exóticos 5

União civil entre homossexuaisPesquisa realizada na Veiga de Almeida revela opiniões sobre o casamento gay 2

PaqueraA l u n o s u s a m a universidade para conhecer pessoas com os memsmo interesses e iniciar namoros 3

Bem estar e saúdeDescubra opções de lugares para a prática de exercícios e caminhada no entorno da Grande Tijuca: a Floresta, o Maracanã e a Quinta da Boa Vista 8

Exposição mensal de carros antigos e raros leva diversas pessoas ao Museu Militar Conde de Linhares no bairro imperial de São Cristóvão 8

Raridades do mercado automotivo

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2 Novembro de 2011 | Ano 3 | Número 13

Reitor

Dr. Mario Veiga de Almeida Júnior

Vice-Reitor

Prof. Tarquínio Prisco Lemos da Silva

Pró-Reitor Acadêmico

Prof. Arlindo Cardarett Vianna

Diretor Administrativo-Financeiro

Mauro Ribeiro Lopes

Diretor de Recursos Humanos

Alvaro Gonçalves Figueiredo Filho

Diretor do Campus Tijuca

Lysio Séllos

Diretor Acadêmico do Campus Tijuca

Prof. Sérgio Baltar

UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

Jornal Laboratório Esquina Grande Tijuca

Novembro de 2011 | Ano 3 | Número 13

Curso de Comunicação Social reconhecido

pelo MEC em 07/07/99, parecer CES 694/99

Coordenador:

Prof. Luís Carlos Bittencourt

Coordenador de Publicidade:

Prof. Oswaldo Senna

O Esquina Grande Tijuca é um produto da

Oficina de Jornalismo

Reportagens, Edição e Diagramação:

alunos da disciplina de Oficina de

Jornalismo

Professor-orientador e edição final:

Érica Ribeiro

AgênciaUVA

Redação: Rua Ibituruna 108, Casa da

Comunicação, 2º andar. Tijuca, Rio de

Janeiro - RJ 20271-020

Telefone: 21 2574-8800 (ramais: 319 e 416)

Site: www.agenciauva.com.br

e-mail: [email protected]

Oficina de Propaganda

e-mail: [email protected]

Tiragem

2.000 exemplares

Todos as edições estão disponíveis no

site da AgênciaUVA

Universitários da Veiga de Almeida são a favor do casamento gayLeonardo Torres

Os universitár ios são favoráveis ao casamento gay. É o que revela uma pesquisa feita pelo curso de Comunicação Social da Universidade Veiga de Almeida para a disciplina Fundamentos da Opinião Pública, do professor Guilherme Carvalhido no primeiro semestre de 2011. Oitenta alunos do Campus Tijuca responderam a uma entrevista pessoal e 54% deles se disseram totalmente ou parcialmente favoráveis à união de dois homens ou duas mulheres; 24% declararam ser indiferentes à questão e 22% foram contra.

Qual a sua opinião sobre o casamento gay?

Infográfico: Leonardo Torres

que a comunidade GLBT está reivindicando a união civil”.

A pesquisa também revelou outros dados interessantes. As mulheres tendem a ser mais favoráveis do que os homens quando o assunto é o casamento gay. Quanto à união de um casal masculino, 67,3% delas são totalmente ou parcialmente a favor, enquanto apenas 35% deles apoiam totalmente ou parcialmente a causa. A maioria deles se declara indiferente: 35,3%.

Quanto à união de um casal feminino, os homens são mais simpáticos: 44% responderam serem a favor. A maioria das universitárias continuou com a mesma opinião e 63,1% delas foram favoráveis à causa. Segundo a psicóloga Vania Carneiro, é possível que os homens tenham

mais medo de comprometer sua condição no imaginário social. “É como se, ao adotar uma outra forma de orientação e expressão sexual, e ainda, estabelecendo laços familiares, estes elementos estivessem rompendo um ‘acordo’”, explica.

Ainda de acordo com o estudo, a religião é um fator determinante na opinião – e a psicóloga não duvida desse resultado. Dos universitários que se declararam evangélicos, 80% disseram ser totalmente contra o casamento de dois homens ou duas mulheres. O número é muito superior ao das outras religiões: 20% dos católicos e 14,3% dos espíritas foram contra. Dos que se declaram ateus ou sem religião, apenas 6,6% são contra. Estes últimos são os mais favoráveis à questão.

“É como se [...] estes elementos

estivessem rompendo um

‘acordo’”Vania Carneiro

C a r v a l h i d o , u m d o s coordenadores do Laboratório de Opinião Pública (LOP), diz não ter se surpreendido com o resultado da pesquisa, porque os universitários tendem a ser menos conservadores com relação a temas polêmicos. “Propus a discussão deste assunto porque ele ganhou relevância no Brasil, visto

Carta ao leitorNesta ed ição ten-

tamos diversificar o perfil das matérias e, pasmem, conseguimos: há de tudo um pouco neste jornal. Dicas de lazer próximas d e c a s a ; p e r f i l d e tijucanos de destaque nas artes, como o ator Johnny Massaro e o grupo Malícia Brasi leira; consciência amb ienta l e matér ias l e v e s s o b r e o n o s s o universo acadêmico.

Nas primeiras pági-nas, os alunos da Veiga de Almeida falam sobre a paquera na faculdade e o casamento gay. Eles ainda tentam explicar por que sempre deixam os trabalhos para última hora. Até uma professora entrou na roda e deu a sua opinião.

Mas não f i camos restritos ao Campus. Fomos ao Grajaú para descobrir o que os barzinhos do bairro têm. Descobrimos: não há nada igual à comida de boteco. Alimentados, passamos também pela Reserva – um passeio que você pode fazer facilmente. Fa l a n d o e m l a z e r, é imperdível a exposição de carros que rola logo ali, do outro lado da linha do trem, em São Cristóvão.

E, para encerrar, há duas matérias especiais sobre saúde nas várias fases da vida: caminhada nos arredores da Tijuca e aparelhos para exercícios físicos para idosos em praças públicas.

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Novembro de 2011 | Ano 3 | Número 13 3

Paquera na faculdadeCamila Annechino

S e v o c ê a i n d a n ã o encontrou a tampa da sua panela, o chinelo velho do seu pé cansado ou a metade da laranja, calma, você não deve estar procurando nos lugares certos. Comece a prestar atenção no

que está ao seu redor: colegas, amigos ou simples conhecidos da faculdade. A informalidade e a facilidade de aproximação são algumas peculiaridades que tornam a paquera dentro das universidades tão fácil.

Num clima descontraído, quando aqueles que não estão ali só para estudar aproveitam para paquerar bastante, é muito fácil identificar um parceiro adequado. O convívio diário mostra quem você realmente é, o que gosta e os frequentes reencontros e a facilidade de contato, ainda mais se for da sua sala, são algumas vantagens de se paquerar na faculdade.

A psicóloga Nilza Souto acredita que o ambiente universitário favorece o início de um relacionamento duradouro. “Por muitas atividades serem realizadas em conjunto, o convívio acaba sendo muito i n t e n s o , d e s p e r t a n d o o interesse afetivo”.

Cecília Garcia, estudante de Jornalismo da Universidade Veiga de Almeida, conheceu seu namorado, Sandro Miranda, na faculdade, nas aulas de análise gráfica. “Desde o primeiro dia sentamos um perto do outro, fizemos o primeiro trabalho juntos, e depois disso nunca mais nos desgrudamos. Os

interesses e os gostos eram os mesmos, ‘ficamos’ e depois de um tempo decidimos namorar. Já estamos juntos há três anos”, conta ele.

Há aqueles casais cujo romance começou de forma turbulenta. Ana Carolina Pontes e André Lima, alunos do curso de farmácia da Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ, se conheceram na universidade. Mas com um detalhe: ele tinha namorada. ”No começo, tentamos nos enganar, achando que era só uma amizade ‘colorida’. Mas o tempo foi passando e vimos que era atração mesmo. O André terminou com a namorada e nós resolvemos tentar”, diz.

A faculdade é uma época de muitas experiências e descobertas. Existem aqueles que só querem curtição e os que estão dispostos a encontrar o amor de suas vidas, mas não há dúvidas que todos terminam sua vida acadêmica com histórias para contar fora do campus universitário.

Foto: Arquivo pessoal

Sandro e Cecília se conheceram na faculade e estão juntos até hoje

Alunos sempre deixam tudo para última horaLeonardo Torres

No fim do período é sempre a mesma história: os alunos correm contra o tempo para dar conta de todos os trabalhos passados pelos professores, tendo que, ao mesmo tempo, estudar para as provas. É comum que isso se torne uma bola de neve, como acredita a professora Sandra Machado, do curso de Comunicação Social da Universidade Veiga de Almeida. “Os alunos acabam solicitando uma extensão do prazo de entrega ou outra compensação, como fazer outro trabalho. Nem sempre o professor dispõe de uma data mais flexível”, explica.

Gabriela Paes Leme, aluna do 7º período do curso de Publicidade e Propaganda, e Felipe Hid, do 8º de Jornalismo, sabem bem o que é isso. Eles são exemplos de estudantes que deixam para fazer os trabalhos nas vésperas de serem entregues. Felipe, inclusive, já deixou de apresentar algumas tarefas por

não conseguir cumprir com o prazo delas. “Tenho preguiça, então deixo passarem os dias e quando vejo já está na hora de entregar”. Segundo ele, por causa disso, já ficou em P6. “Ainda bem que nunca repeti”, diz.

Já a estudante de Publici-dade nunca chegou a esses extremos. “Sempre entreguei

Foto: Arquivo pessoal

todos os trabalhos no prazo, mesmo virando noites pra fazê-los”, fala. Segundo Gabriela, ela funciona melhor sob pressão, mas a culpa das atividades acumularem não é só dos alunos. “Falta organização por parte dos estudantes, mas os trabalhos geralmente são muito longos e os professores todos passam tudo

na mesma época”, se defende. Para Sandra, que já escutou declarações assim antes, isso não explica. “A falta de pontualidade faz parte da cultura brasileira e é madrinha do conhecido jeitinho brasileiro”, diz.

A professora acredita que, se há alunos que conseguem cumprir com todos os trabalhos nos prazos definidos, aos outros só resta se esforçarem. “Se os colegas deram conta, não posso premiar quem talvez tenha se esforçado menos”, explica ela, que tem fama de rígida. Mas a postura é justificada: “Uma vez, uma aluna ficou revoltada ao se sentir prejudicada porque eu estendi em uma semana a data de entrega para alguns colegas de turma. Isso gerou um mal-estar terrível e chegou até a coordenação do curso. Neste caso, fui recriminada por ter sido benevolente. É impossível agradar todo mundo”, diz. Gabriela deixa tudo para última hora, mas acredita que a culpa não é só dela

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Paraíso reservado, mas aberto para todos

Malícia Brasileira Paula Almeida

O grupo Malícia Brasileira está no mercado há mais de 5 anos.Formado por Leo (cavaco), Leandro (pandeiro), Rôminho (vocalista) e Danilo (tan-tan) o grupo de pagode começou a se destacar em bares e festas de família. Com muito profissionalismo e determinação o grupo esbanja carisma e talento por onde passa.

Amigos de infância e moradores da Grande Tijuca e Zona Oeste os integrantes do grupo decidiram esquecer

é um grande sucesso de Ivan Lins. Foi nesse embalo que os jovens se tornaram conhecidos e adorados pelo público.

Cleber dos Santos, por exemplo, é fã da banda desde o início. “Eu acompanho esses

a brincadeira e levar o trabalho a sério. Rôminho de Souza, 22 anos, toca cavaco. “É difícil conseguir fazer sucesso em todos os lugares, mas graças à sorte e, é claro, ao nosso talento nós conseguimos alcançar os nossos objetivos e a prova disso foi nosso primeiro CD”.

O primeiro trabalho, chamado “Todo Seu”, com produção e direção musical de Neném Chama tem músicas inéditas de sambistas que são consagrados pelo público brasileiro, uma delas é a regravação de “Vitoriosa”, que

meninos desde o início É muito bom saber que hoje eles se tornaram conhecidos e queridos por onde passam. Não basta tocar, tem que ter talento e carisma. E isso é o que não falta para eles”.

Foto: Divulgação

Camila Annechino

Existe um paraíso escondido bem no bairro Grajaú. A Reserva Florestal está bem ali debaixo do nariz, na rua Comendador Martinelli nº 740, mas nem todo mundo tem conhecimento. Com 55 hectares que abrangem a encosta nordeste da Serra Três Rios até os limites do Parque Nacional da Tijuca, a área pertencia a uma empresa imobiliária e foi repassada ao Estado em 1975 como forma de pagamento.

Por conta de morros que sofriam constantes desliza-mentos foi iniciado em 1978 o reflorestamento, e foi criada a reserva. Hoje transformada em parque, serve como refúgio para animais como o mico-estrela, o cachorro-do-mato e o urubu-caçador, serve de lazer diário para os visitantes.

O passeio ainda pode incluir trilhas que dão acesso ao Pico

do Perdido ou Pedra do Andaraí, opção mais procurada por montanhistas que buscam calma e tranquilidade, já que esses caminhos não estão saturados como os outros mais conhecidos no Rio de Janeiro. O estudante Juan Santos, de 23 anos, gosta dessas atividades. “Sempre fui uma pessoa ligada à natureza. Há anos faço caminhadas, trilhas

e rapel, mas conheci a trilha do Pico do Perdido há pouco tempo. Achei um paraíso quase que intocado pelo ser humano”, conta o universitário tijucano.

Mesmo com uma varie-dade de vias e a facilidade para se chegar, nem todos sabem da existência desse paraíso em plena área urbana. Ronaldo Pinheiro, de 67 anos, morador

há 40 do bairro, só tomou conhecimento das trilhas e cachoeiras este ano. “Meu filho e os amigos foram fazer uma trilha e me chamaram para ir junto. O caminho é bem fácil e rápido e as trilhas bem limpas. Fomos em três cachoeiras e quanto mais subíamos mais belezas iam aparecendo. Uma pena aproveitar só hoje, o que eu poderia ter conhecido há muito tempo. O bairro tinha que explorar mais esse lado, divulgando-o, para que moradores que não conhecem possam usufruir também”, relata Pinheiro.

Para escaladores, monta-nhistas ou apenas aqueles que gostam de estar em contato com a natureza, o aconselhado é fazer esse tipo de passeio acompanhado por pessoas que conheçam a Reserva do Grajaú, como profissionais ou uma operadora de turismo ecológico, para evitar o risco de se perder ou se machucar.

Com trilhas simples, a reserva do Grajaú recebe pessoas de todas as idades

Foto: Elisa Rigoto

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Novembro de 2011 | Ano 3 | Número 13 5

Comida de botecoCaroline Vianna

Depois de uma semana inteira de trabalho ou de estudo, nada melhor do que aproveitar a sexta feira à noite em um barzinho na companhia dos amigos. Quem acha que o único atrativo desses ambientes é o chopp ou a cerveja gelada, está muito enganado. Cada vez mais os bares têm investido em pratos diferenciados para agradar a todos aqueles que querem um acompanhamento para suas bebidas.

Pratos como batata-frita com mix de queijos, carne de sol com aipim, bolinho de bacalhau e escondidinho de vários sabores estão entre as opções que são encontradas facilmente no cardápio da maioria dos estabelecimentos. O crescimento da conhecida gastronomia de botequim é causada pela mudança de perfil dos frequentadores, que até então eram, na maioria das vezes, moradores do bairro.

Francisco Silva, de 67 anos, dono de um bar localizado próximo à Rua Pardal Mallet, na Tijuca, há cerca de 30 anos, explica que de uns 5 anos para cá notou o aumento de clientes que não queriam apenas beber. “Percebi que as pessoas vinham depois do trabalho para relaxar

e queriam comer alguma coisa diferente, que escapasse da comida do dia-a-dia, mas sem parecer que estavam em um restaurante”, conta Francisco que fez, inclusive, uma obra para ampliar a cozinha, que antes servia apenas sanduiche de carne assada e empadas. Ressalta ainda que para dar mais certo foi importante adequar o valor a ser cobrado. “Não adiantaria investir em pratos mais elaborados se fosse custar um valor alto, porque os clientes procuram preço mais em conta”, afirma.

Outro ponto importante a ser considerado é que os bares fazem mais sucesso por serem ambientes descontraídos, que muitas vezes têm música ao vivo e, dessa forma, acabam virando o melhor local para se distrair. Com pratos mais elaborados do que os ultrapassados petiscos, é melhor ainda. Fernanda Ventura, de 28 anos, afirma que quando a vontade é relaxar e colocar o papo em dia, nada melhor do que um feijão amigo para acompanhar sua cervejinha gelada. “Nesse caso não gosto do jeitinho arrumado e comportado de um restaurante. Prefiro um bom barzinho ou boteco. Fico mais a vontade, é mais barato e a comida é aquela

que agrada o povão, mesmo”, conta a tijucana.

Muitos locais que antes tinham como maior atrativo a bebida estão investindo nessa área gastronômica e têm percebido que o retorno é positivo. “Hoje não imagino meu bar sem a cozinha nova. Todos aprovaram nossas carnes, risotos, caldinhos e

escondidinhos. Eu nunca imaginei que servir comida boa junto à cerveja mais gelada da região, poderia quase triplicar meus lucros”, comemora Francisco. Agora que você já sabe o sucesso que a comida de boteco faz, vá a um barzinho, peça uma bebida, escolha seu petisco preferido e divirta-se.

Bares do GrajaúPaula Almeida

Localizado na Zona Norte, o Grajaú é um bairro tranquilo e silencioso. Os moradores e visitantes do bairro de dia dispõem de inúmeras opções de lazer, dentre elas: praças (Praça Edmundo Rego e Praça Nobel), a Reserva Florestal do Grajaú e vários restaurantes. Já de noite os bares são o point para quem gosta de reunir os familiares e amigos para conversar. Pedro Martins, 40 anos, é morador do bairro desde pequeno. “Sempre frequentei os bares do bairro. Todo final de semana costumo levar meus filhos comigo para comer os deliciosos petiscos que nos esperam”. Os bares costumam ficar lotados assim que começa a anoitecer. Em vários pontos do Grajaú é possível localiza um porém o mais difícil é conseguir escolher em qual ficar, já que quase todos são bem frequentados. As pessoas sentam em mesas colocadas nas calçadas ou até mesmo na rua para conversar e se distrair. Os mais conhecidos são: Bar do Adão, Enchendo Linguiça e Bar du Bom. Cada um tem sua característica própria, mas quase todos optam pelos variados petiscos que são muito bem aceitos pelos clientes. Evandro Dias, 38 anos, garçom há quase 4 anos: “O Grajaú é um bairro gostoso e bastante tranquilo.Sempre gostei de trabalhar aqui, não tenho nada a reclamar. Recebo bem todos os clientes e espero sempre que gostem.” Com sua beleza natural e tranquilidade todos que visitam o famoso grajaú vão e sempre voltam.

Fotos: Caroline Vianna

Pasteis de diversos sabores são os favorios para acompanhar o chopp

Iscas de frango e salaminho com limão são opções de aperitivos

BuxixoAv. Maracanã, 760 - TijucaTel: 2264-8484Funcionamento: a partir das 17 horasAceita todos os cartões

Bar do AdãoRua dos Artistas, 130 - Tijuca e Av. Engenheiro Richard, 105 A - Grajaú De terça a domingo a partir das 11 e seg. a partir das 18 horas

Enchendo LinguiçaAv. Engenheiro Richard, 02 Loja A - GrajaúTel: 2576-5727Funcionamento: diaramente a partir das 11 horas

Adega Villas BoasRua Santa Luiza, 486 - TijucaTel:3238-1748Funcionamento: diariamente a partir das 11 horas.Aceita todos os cartões

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6 Novembro de 2011 | Ano 3 | Número 13

Aproveitar cascas de frutas faz bem à saúde

A casca da tangeria age no organismo diminuindo o colesterol

Foto: Caroline Vianna

Caroline Vianna

Quando o assunto é alimentação saudável não se pode deixar as frutas de lado, por serem ricas em nutrientes como fibras, vitaminas, minerais e carboidratos, importantes para o desenvolvimento e para as funções básicas do organismo. O que, segundo pesquisas, cerca de 65% da população brasileira não sabe, é que as cascas não devem ser desprezadas porque possuem alto valor nutritivo e o consumo frequente ajuda a evitar uma série de doenças, além de manter regulado o aparelho digestivo e o sistema imunológico.

De acordo com a nutri-cionista Ingrid Maia, cada casca possui substâncias específicas que agem no organismo. “As das frutas cítricas como a laranja e tangerina, diminuem o colesterol; as da maçã, ajudam na prevenção de cânceres além de serem um ótimo antioxidante; e as da uva, agem contra a hipertensão”, explica ela, lembrando ainda,que muitas vezes as cascas possuem até 11 vezes mais nutrientes do que a própria polpa.

A dona de casa Valéria Andrade, de 63 anos, é diabética e sempre fez proveito dos alimentos no dia-a-dia para ajudar a controlar a doença, mas conta que existe uma receita que já é tradicional nos natais da família. “Todo fim de ano faço um bolo usando apenas cascas de frutas como goiaba, manga e banana e os outros ingredientes habituais utilizados na preparação. Além de muito nutritivo, é saboroso e todos aprovam”. Não é apenas esse caso de aproveitamento, é possível fazer um doce usando

casca do mamão, que sempre é desprezado, e açúcar, ou seja, barato, gostoso e rico em potássio e vitamina B6.

Outra dica é na hora de comer uma melancia, por exemplo, não usar apenas a parte vermelha. “Quando não for fazer um suco dessa fruta, tire a casca mais grossa, que não há como ingerir, mas não jogue fora a polpa branca que tem licopeno, que combate os radicais livres tanto quanto a polpa vermelha, além de possuir um composto diurético”, diz Ingrid, que lembra que esse aproveitamento do que a maioria das pessoas não faz serve para todas as frutas.

Um cuidado deve ser tomado antes de colocar em prática essa ideia: higienização. É preciso acabar com a sujeira, que pode conter larvas e bactérias e diminuir ao máximo o agrotóxico

deixado nas cascas. “É simples, basta misturar duas colheres de vinagre em um litro de água e deixar a fruta imersa por 20 minutinhos e, por fim, lava-la com água corrente de preferência potável”, explica a nutricionista afirmando que após terem passado por esse processo as cascas podem e devem ser usadas por todos.

Exposição de carros antigos em São CristóvãoElisa Rigoto

Apesar de os últ imos l a n ç a m e n t o s c h e i o s d e tecno log ia encherem os o lhos, os carros ant igos ainda arrancam olhares de admiradores quando passam nas ruas. Os apreciadores dessas raridades sempre que se deparam com uma delas fazem questão de parar e olhar todos os detalhes: bancos originais, rodas e motores possantes. Mas como não é comum ver um desses passando pelas ruas, os fãs de carros antigos se reunem para mostrar e ver relíquias que foram e continuam sendo cobiçadas.

Uma dessas exposições está no Museu Militar Conde

de Linhares, localizado em São Cristóvão. Realizada sempre do terceiro domingo do mês, ela acabou se tornando um ponto de encontro dos colecionadores. Com peças originais, alguns carros como Opala, Fusca e Aero Willis chamam mais atenção do público. E não podia ser diferente depois de tanto cuidado que os donos possuem para que eles se mantenham assim. “É bom ver as pessoas admirando nosso carro”, diz Isolino Ferreira, de 51 anos, dono de um Fusca 73.

Além da exposição de carro, quem vai ao museu pode conferir as exposições permanentes do exército

Isolino Ferreira e o filho mostram seu Fusca 73 na exposição de carros

Foto: Elisa Rigoto

Conde de Linhares Avenida Pedro II, 383Telefone: 2589-9734Ingresso: R$2

brasileiro. “O bom de o espaço ser aberto para outros eventos é que atrai um público diferente do que iria apenas para ver as exposições militares.”, diz Raul Monteiro, 26 anos.

Receita: doce de casca de mamãoIngredientes• cascas de 6 mamões maduros, bem lavadas• 3 1/2 xícaras (chá) de açúcarModo de Preparo:Deixar de molho na água as cascas dos mamões de um dia para outro. Picá-las, colocá-las numa panela e dar três fervuras, acrescentando as cascas sempre quando levantar fervura. Trocar a água a cada fervura. Na quarta fervura, deixar esfriar, bater no liquidificador adicionando 1 xícara (chá) de água e passar por uma peneira. Levar ao fogo com o açúcar até dar ponto (quando desprender do fundo da panela).Fonte: http://www.sescsp.org.br

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Novembro de 2011 | Ano 3 | Número 13 7

Ator tijucano estreia em atração na Rede Globo Depois de Floribella e Malhação, Johnny Massaro volta ao ar na série DivãThatiana Albuquerque

Já fez onze peças no teatro, foi o JP em Floribella, o Fernandinho em Malhação e atualmente div ide seus horários faculdade de Cinema e as gravações do seriado Divã. Johnny Massaro, 19 anos, não é diferente de outro adolescente. Gosta de música, teatro, cinema, seriados e pintar, mas viu sua vida mudar quando entrou para a primeira novela. Começou a estudar teatro por hobby. No ano passado ganhou o prêmio de melhor ator do Festival de Esquete da PUC. “Esses últimos anos têm sido uma grande experiência”.

ocorrem na nossa vida. As mudanças vão acontecendo, e a gente vai caminhando com elas. Sem saber o quão grande e diferentes elas vão ficando”. Mesmo sem entender muito sobre esse novo mundo que estava entrando, ele ficou no ar nas duas temporadas (2005 – 2006) da novela.

Em 2007 viu sua carreira crescer ainda mais quando entrou para o e lenco de Malhação. Interpretando o nerd Fernandinho Chalfon foi onde Johnny amadureceu. “No início, não tinha noção e ia muito pela intuição. Hoje já sofro mais um pouquinho”, conta o capricorniano que atribui grande parte dessa pseudo - independênc ia – como ele mesmo denomina – as mudanças ocorridas na própria novela. “Ela mudou e eu mudei junto”. Outro motivo foi a troca de emissora. “Tenho a mesma paixão pelas duas,

mas a Globo é muito mais industrial que a Band. Você é mais observado”.

Com toda essa reper-cussão que a Globo provoca, os assédios aumentaram. O ator conta que não sabe lidar com eles e que às vezes as fãs passam do limite. “Não que eu as trate mal. Eu fico

assustado, tenho medo. É uma coisa que não me enche os olhos e tenho que trabalhar para melhorar.”

Em 2009, decidiu dividir seu tempo com a novela e a faculdade. Então começou a cursar cinema por acaso. “Não que eu não goste de cinema, mas eu nunca pensaria nisso. Se não fosse assim, seria difícil para eu escolher uma carreira. Mas adoro a faculdade”, explica Johnny que pretende prestar vestibular, de novo, para teatro na UniRio. E foi por causa da faculdade de Cinema que Johnny se juntou com alguns amigos e atuou em duas esquetes e, em troca, recebeu o prêmio de melhor ator do Festival de Esquetes da PUC.

Ano passado, Johnny estreou no cinema com Divã. Ele interpretava o filho da Lília Cabral. Meses depois a história de Fernandinho chegava ao fim na Malhação. Foram ao todo de três anos no ar. Mas os convites não demoraram a chegar. Em janeiro de 2011 começava a temporada de “Vermelho Valentino” no teatro, que durou um mês. Agora o ator está em cartaz com a peça “Tango, Bolero e Cha, cha cha” e gravando o seriado Divã, que teve início por causa do filme. Um hobby virou carreira na vida de Johnny.

Johnny já fez duas novelas, várias peças, um filme e agora o seriado

Bastidores de Divã: Duda Nagle, Johnny Massaro e Lília Cabral

Foto: André Nicolau (Divulgação)

Foto: Divulgação

“Tenho a mesma paixão pelas

duas, mas a Globo é muito mais

industrial que a Band. Você é mais

observado”Johnny Massaro

O que fez isso acontecer foi a saída do teatro para a televisão. Começou a atuar muito cedo, aos 10 anos. Fez onze peças, todas elas infanto-juvenis, mas acha teve pouca prática no teatro. “A experiência que eu tive é muito escassa. Gostaria de estudar mais e fazer mais peças”, conta Johnny que saiu do teatro aos 14 anos, quando foi chamado para sua primeira novela, Floribella. Era o início do personagem João Paulo, ou JP como era conhecido.

Mas quando conseguiu o papel, Johnny era criança e não sabia da grandeza que era a televisão comparada ao teatro. “Quando a gente é muito pequeno não vemos muito as modificações que

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8 Novembro de 2011 | Ano 3 | Número 13

Academias para Terceira Idade nas praças do RioThatiana Albuquerque

As praças são o refúgio de muitas pessoas que não querem e/ou não podem gastar dinheiro com atividades físicas. Caminhar ao redor se tornou um hábito entre seus frequentadores, principalmente os idosos. Foi pensando neles que a Prefeitura do Rio decidiu implantar as Academias da Terceira Idade (ATIs).

O novo projeto é voltado para pessoas acima de 60 anos e contam com um total de dez aparelhos que trabalham de forma conjunta exercícios de força e flexibilidade. Além disso, a sequência de exercícios ajuda a desenvolver, também, a capacidade aeróbica do praticante.

Um dos bairros com o novo projeto é Vila Isabel. Localizada na praça Barão de Drumond, mais conhecida como praça Sete, a ATI já está satisfazendo os moradores. Adriana Francisco, de 44 anos, acha que a implantação dos equipamentos só traz benefícios. “Não é para minha idade, mas é muito importante que os idosos

tenham aonde se exercitar”, comenta a moradora.

essenciais para ele, como o social e o emocional”.

Simone Barizon, de 69 anos, moradora do bairro há sete anos, é uma das adeptas ao novo projeto da Prefeitura. “Adorei essa iniciativa. Agora além da caminhada diária vou me exercitar no aparelhos”. Ela

Exercícios supervisionadosAtualmente existem 12 ATIs espalhadas pelo Rio e a

previsão é que no final de 2012 tenham 80 em toda a cidade. As Academias da Terceira Idade contam com profissionais de educação física dando aulas de graça para os interessados de segunda à sexta, das 7h às 10h e das 16h às 19h.

Uma das mais novas Academias da Terceira Idade na Barão de Drumond

“Vou ficar mais disposta para

fazer o que quiser e ainda ficar com um corpo mais

definido”Simone Barizon

ainda diz que a Academia irá ajudar na sua qualidade de vida e melhorar o corpo. “Vou ficar mais disposta para fazer o que quiser e ainda ficar com um corpo mais definido, sem as pelancas que perseguem a terceira idade”, explica a aposentada.

Caminho para a saúdeÁreas de lazer também são usadas para a prática de exercícios físicos

Segundo a secretária de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida na Prefeitura do Rio, Cristiane Brasil, a Prefeitura dá às pessoas da terceira idade a oportunidade de mudar a rotina de suas vidas para melhor. “O idoso cria o hábito de frequentar as academias diariamente. Com isso, desenvolve a parte física, com a prática direta de exercícios, e, ao mesmo tempo, desenvolve outros aspectos

Foto: Thatiana Albuquerque

A Quinta da Boa Vista é um dos locais em que o tijucano pode caminhar e esquecer que perto do centro da cidade

Elisa Rigoto

Uma vida saudável para se r a lcançada com uma alimentação balanceada junto

à prática de atividades físicas. A caminhada é uma opção para quem está iniciando e não

gosta do do ambiente fechado das academias.

O ideal para quem está começando é manter uma rotina de cerca de 30 minutos três vezes por semana. Alguns minutos por dia aliados a uma boa alimentação rendem uma série de benefícios como a redução do colesterol e da obesidade, além de proporcionar um melhor condicionamento físico e melhora a respiração.

A aposentada Márcia Martins, de 52 anos, optou por caminhar na Quinta da Boa Vista por não gostar de academias. “Depois de dois anos caminhando todos os dias senti uma melhora na minha saúde”, diz ela, que todo dia tem a companhia da vizinha. Segundo ela, ter alguém para acompanharé um estímulo a mais e ajuda a não desistir da rotina.

É comum ver as pessoas se exercitando nos parques e praias cariocas, principalmente se for em dia de sol, típico dos dias do Rio. Aos tijucanos não faltam opções ao ar livre, de parques como a Quinta e a Floresta da Tijuca, rodeadas por muito verde, ao entorno do Maracanã, para quem não tem tempo para se deslocar para um lugar mais isolado.

Com diversas opções ao ar livre, não há desculpas para não cuidar da saúde e aproveitar um dia de sol.

Foto: Elisa Rigoto

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