estudo de usabilidade gnome vs unity / usability studies gnome shell vs unity

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ESTUDO DE USABILIDADE: GNOME SHELL X UNITY Josuelson Rocha de Araújo 1 Thales Will Reis 2 RESUMO: O artigo apresenta uma visão geral sobre o estudo de usabilidade das interfaces gráficas Gnome Shell e Unity, disponível para distribuições Linux, descrevendo suas funcionalidades, vantagens e desvantagens, quanto a usabilidade e interação com usuários, utilizando o método de inspeção de usabilidades proposto por Nielsen(1993), avaliação heurística para descrever e apontar soluções e problemas encontrados na interfaces gráficas Gnome e Unity. O método de inspeção de usabilidades são geralmente os melhores na detecção de problemas é sabendo que métodos de avaliação heurísticas e uns dos melhores para essa proposta de analises e são fáceis de realizar, bem rápidos e barato. O objetivo é mostrar através do estudo realizado as possíveis melhorias que cada interface poderia realizar para tornar a experiência do usuário cada vez mais satisfatória nas distribuições Linux, incentivando o uso cada vez mais do sistema livre e mostrando que usar Linux não precisa ser nenhum usuário avançado, precisando apenas querer ampliar seu conhecimento e aprender novos sistemas computacionais, como o sistema operacional Linux, independente da distribuição que cada vez mais cresce seu uso na empresas, em instituições governamentais e uso doméstico. A pesquisa tem por objetivo descrever as funcionalidades, vantagens e desvantagens, e possíveis melhorias de a usabilidade da interface gráfica Unity e Gnome Shell e a facilidade de interação dos usuários com os ambientes gráficos em estudos. Palavras chaves: Usabilidade, Interface Gráficas, Gnome Shell, Unity. 1. INTRODUÇÃO Diferente do Windows e MacOs, o Linux tem várias opções de interfaces gráficas ou gerenciadores de janelas disponível para uso, escolher a melhor, ou a aquela que vai suprir as necessidades não é uma tarefa fácil. Dentre as várias opções que o sistema Linux possui de ambiente gráfico, Gnome Shell e Unity são as mais populares e umas das mais importantes atualmente, é utilizada ou já foi nas mais famosas distribuições Linux como, Ubuntu, Debian etc. O Linux é um sistema de código aberto, livre para distribuição, alteração e modificação, com isso qualquer um que contenha um pouco conhecimento em programação, poderá modificar e construir sua própria distribuição e interface 1 Acadêmico do curso de Sistemas de Informação FACIMP [email protected] 2 Professor especialista do curso de Sistemas de Informação FACIMP [email protected]

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Page 1: Estudo de Usabilidade Gnome vs Unity / Usability Studies Gnome Shell vs Unity

ESTUDO DE USABILIDADE: GNOME SHELL X UNITY

Josuelson Rocha de Araújo1 Thales Will Reis2

RESUMO: O artigo apresenta uma visão geral sobre o estudo de usabilidade das interfaces gráficas Gnome Shell e Unity, disponível para distribuições Linux, descrevendo suas funcionalidades, vantagens e desvantagens, quanto a usabilidade e interação com usuários, utilizando o método de inspeção de usabilidades proposto por Nielsen(1993), avaliação heurística para descrever e apontar soluções e problemas encontrados na interfaces gráficas Gnome e Unity. O método de inspeção de usabilidades são geralmente os melhores na detecção de problemas é sabendo que métodos de avaliação heurísticas e uns dos melhores para essa proposta de analises e são fáceis de realizar, bem rápidos e barato. O objetivo é mostrar através do estudo realizado as possíveis melhorias que cada interface poderia realizar para tornar a experiência do usuário cada vez mais satisfatória nas distribuições Linux, incentivando o uso cada vez mais do sistema livre e mostrando que usar Linux não precisa ser nenhum usuário avançado, precisando apenas querer ampliar seu conhecimento e aprender novos sistemas computacionais, como o sistema operacional Linux, independente da distribuição que cada vez mais cresce seu uso na empresas, em instituições governamentais e uso doméstico. A pesquisa tem por objetivo descrever as funcionalidades, vantagens e desvantagens, e possíveis melhorias de a usabilidade da interface gráfica Unity e Gnome Shell e a facilidade de interação dos usuários com os ambientes gráficos em estudos. Palavras chaves: Usabilidade, Interface Gráficas, Gnome Shell, Unity.

1. INTRODUÇÃO

Diferente do Windows e MacOs, o Linux tem várias opções de interfaces

gráficas ou gerenciadores de janelas disponível para uso, escolher a melhor, ou a

aquela que vai suprir as necessidades não é uma tarefa fácil. Dentre as várias

opções que o sistema Linux possui de ambiente gráfico, Gnome Shell e Unity são as

mais populares e umas das mais importantes atualmente, é utilizada ou já foi nas

mais famosas distribuições Linux como, Ubuntu, Debian etc.

O Linux é um sistema de código aberto, livre para distribuição, alteração e

modificação, com isso qualquer um que contenha um pouco conhecimento em

programação, poderá modificar e construir sua própria distribuição e interface

1 Acadêmico do curso de Sistemas de Informação – FACIMP – [email protected] 2 Professor especialista do curso de Sistemas de Informação – FACIMP – [email protected]

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gráficas, isso facilitou a disseminação das distribuições Linux, que sempre foi um

tabu para usuários domésticos, por conta da grande diferencia com sistemas

operacionais como o Windows da Microsoft, que facilita os usuários com um

ambiente amigável e fácil de aprender. Diferentemente do Windows, as

distribuições Linux são capazes de funcionar sem uma interface gráfica, através do

modo texto ou terminal, que é um Prompt de comado, que aceita comandos

corretamente digitados para realização de alguma tarefas, só que para usuários

finais ou usuários que usam o computador apenas para usar a internet, ler um texto,

ouvir uma música, assistir um filme, copiar um arquivo, não seria interessante, só

seria interessante para servidores em redes de computadores, que não necessitam

de uma interface gráfica para funcionar corretamente, ficará até mais rápido abrindo

mão de um ambiente gráfico.

No sistema Operativo Linux, as interfaces gráficas ou gerenciadores de

janelas, consistem em um programa que roda sobre X Windows System, ou sejam

sobre o Kernel do Linux, que é o sistema operacional em si, o que vêm por cima do

núcleo são as distribuições, que são responsáveis pela interação Homem-

Computador, e pelas funções de ajuste de telas, janelas de aplicações,

gerenciadores de arquivos etc.

Gnome Shell e Unity pode ser considerada como as principais interfaces gráficas

para as distribuições, dentre as várias opções disponíveis. O Linux por ser um

sistema Open Source, as distribuições suportam vários ambientes gráficos, isso

implica em dizer que qualquer distribuição, pode usar mais de um ambiente gráfico,

e que a escolha pela melhor ou que vai ser melhor para determinadas atividades, vai

depender do gosto do usuário, pode ser fazer a instalação de ambientes gráficos

através do comando apt-get install {nome do pacote} no terminal do Linux.

A distribuição Ubuntu, as mais utilizada e umas das mais importantes do

sistema operativos Linux, usou durante muito tempo o Gnome como seu ambiente

gráfico, desde seu lançamento que já contavam com o Gnome em meados de 2004,

por ser um projeto que se assemelhavam bastante com o gerenciador do Windows,

simples e fácil de usar, caiu no gosto dos usuários, mas depois com tantas

atualizações e mudanças de paradigmas por partes dos desenvolvedores do projeto

Gnome, a Interface foi quase toda reescrita, o que levou muitas críticas por partes

da comunidade, levando o Ubuntu abandonar o Gnome Shell na versão 10.10 de

sua distribuição.

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A partir da versão 11.04 a Ubuntu aderiu o Unity como seu novo gerenciador

gráfico, ambiente desenvolvido pela própria empresa que gerencia a distribuição, no

início gerou uma série de críticas por partes dos usuários da distribuição, por ser um

gerenciador novo que diferenciavam um pouco do jeito Gnome, o que levaria um

certo tempo para o usuário a se acostumar, e por ser um ambiente que requeria um

pouco mais de desempenho do computador, por usar gráficos 3D.

Tanto o Gnome Shell e o Unity têm suas vantagens e desvantagens, o objetivo do

artigo e apresentar o estudo de usabilidade entres os dois ambientes.

2. USABILIDADE

Usabilidade e facilidade com que um usuário pode aprender, operar e

memorizar componentes de um sistema computacional, interagindo de forma a

captar informações repassadas pela tela de um computador, e que essa interação

seja a mais simples possível proporcionando um ambiente agradável, que não seja

cansativo, e que seja de fácil aprendizagem. Segundo a norma ISO 9241, que trata

da qualidade dos produtos de software, usabilidade é a “capacidade que um sistema

interativo oferece a seu usuário, em um determinado contexto de operação, para a

realização de tarefas de maneira eficaz, eficiente e agradável”.

O conceito de usabilidade está relacionado a simplicidade, rentabilidade,

otimização, rapidez, e o sinônimo de maior flexibilidade e maior interação. É um

atributo de qualidade que uma interface pode oferecer para os usuários, ou seja a

facilidade em aprendizagem que ela pode oferecer, a eficiência, a fácil

memorização, a satisfação que o utilizador tem em usá-la, o tanto que ela pode ser

prazerosa ao olhos do utilizador, não cansando sua vista, e nem confundindo sua

mente com várias caminhos para ser percorrido até chegar ao destino esperado.

A interface tem que eficiente, e flexível, e livre de erros que possa

comprometer o sistema e a interação do usuário com o sistema e seus aplicativos e

tem que proporcionar conforto e bem está para o utilizador.

Segundo Jakob Nielsen (1993) pesquisador reconhecido na área de

usabilidade, visa o desenvolvimento de interfaces com os seguintes

atributos:

Produtividade na realização de atividades: A interface deve permitir bom

desempenho para os usuários na realização de suas tarefas. Não se está

falando de desempenho de software, mas do desempenho do usuário e sua

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interação com o sistema de software.

Facilidade de Aprendizado: deve ser fácil para os usuários aprender a

utilizar o software.

Retenção do aprendizado com uso intermitente: A Interface deve permitir

que o usuário consiga utilizar o software adequadamente mesmo quando

fica sem usa-los por um período relativamente longo de tempo.

Prevenção de erros de usuários: Os sistemas devem prevenir erros dos

usuários quando o utiliza em suas atividades. Cabe observar aqui também

que não está falando de erros no programa, mas sim de erros de usuários

ao utilizar os sistemas.

Satisfação: o usuário deve gostar de utilizar o sistema: Observem que a

satisfação é um aspecto subjetivo, pessoal, mas ainda assim e importante e

que deve ser buscado no desenvolvimento de um produto de software.

No contexto geral, podemos ver a usabilidade enquadrada da seguinte forma:

3. AMBIENTE GRÁFICO GNOME

Gnome Desktop Environment assim como outros gerenciadores de janelas e

um ambiente de trabalho que agrupa uma variedade de cliente X para oferecer

Figura 1: Escopo da usabilidade.

Fonte: http://tableless.com.br/o-que-e-usabilidade/

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elementos de interfaces gráficas, tais como ícones, barra de ferramentas, papeis de

parede, widgets e muito mais, além disso incluem um conjunto de aplicações e

utilitários integrados.

Desde o seu lançamento que o Gnome sempre foi uma boa alternativa para

substituir o Sistemas da Microsoft, seu ambiente de trabalho ganhou forma parecida,

e em pouco tempo ganhou usuários pelo sua simplicidade e facilidade de uso como

demonstravam, seu desktop similar ao do Windows agradou os usuários. Com seu

menu iniciar, barras de ferramentas, ícones propiciou para que o projeto fossem um

grande sucesso no mundo do software livre até a versão 2.0. O projeto Gnome

resolveu reescrever quase por inteiro a sua interface, alterando para a biblioteca

GTK3, atualizando para o Gnome 3 ou Gnome Shell, trazendo várias melhorias,

como melhor desempenho, enfatizando mais a usabilidade em vez da

configurabilidade, só que nem todos gostaram das constantes modificações no

ambiente gráfico, todas essas mudanças de paradigmas geraram muita

desconfiança na comunidade Linux, fazendo com que a Canonical buscasse outra

alternativa de ambiente gráfico.

Gnome Shell é um ambiente gráfico moderno, com ótimo recursos de

visualização, com efeitos gráfico fantástico, que prioriza o máximo de produtividade.

Primeiramente sua área de trabalho e bem limpa, tenta-se utilizar o máximo da tela,

contando apenas com uma barra de ferramenta na parte superior e bem fina, o que

deixa a tela o ambiente bem limpa, sem sujeira visual, nessa barra de ferramentas e

bem dividido, tem-se o menu atividade, onde se pode ter acesso ao programas e

diretórios, clicando no menu atividade surge uma nova janela com acesso aos

aplicativos e caixa de busca e outras configurações, no centro da barra temos a

data, hora e o calendário, e parte esquerda temos acesso a demais configurações

do sistemas, como redes, opção de encerrar sessão e desligar o computador, como

podemos ver na figura 2:

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A primeira impressão que o ambiente dar não é algo fácil, fica meio que

confuso, aonde está o menu iniciar, os aplicativos? O primeiro contato com ambiente

Gnome Shell deixa meio perdidos os usuários, nota-se que na parte superior da tela

tem uma barra de tarefas, bem fina, então se seguir até o nome atividade, abrirá

uma nova janela (Espécie de Menu) onde fica localizado os aplicativos, O campo de

pesquisa para buscar novos aplicativos instalado na máquina, também se tem

acesso as múltiplas áreas de trabalho do Gnome, na parte esquerda da janela.

No Dash que fica localizado o lado esquerdo onde fica localizado os

aplicativos, fica alguns programas por padrão, tem-se a opção de mostrar

aplicativos, onde se mostrar todos os aplicativos instalado no computador, pode ser

feita uma ordenação de aplicativos pela opção frequente, que vai mostrar os

aplicativos abertos recentes ou por todos que vai listar todos os programas, e ainda

tem um campo de buscar, para pesquisar por nome os aplicativos.

Nessa mesma janela, pode-se ver as múltiplas áreas de trabalho, que fica

localizado do lado direito e pode alternar entre elas, que pode ser feita com o clique

no mouse na área selecionada ou com teclas de atalhos, Ctrl + Alt + seta para cima

ou para baixo, no centro da tela tem a visão do ambiente selecionado com foco no

programa aberto, se estiver mais de um programa aberto em uma única área de

trabalho, vai mostrar todos os programas aberto no centro, veja a figura 3:

Figura 2: Menus de aplicativo do Gnome Shell.

Fonte: Rocha, Josuelson, 2015.

Figura 3: Múltiplas áreas de trabalho do Gnome Shell

Fonte: Rocha, Josuelson, 2015.

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A barra de tarefas mostra no centro o dia da semana e a hora, com um clique

mostra calendário e no canto esquerdo mostra as demais configurações do

computador como rede, áudio, brilho da tela, Wi-Fi, configurações de energia,

configuração de usuários, opção para encerrar sessão e desligar computador.

Gnome utiliza o Nautilus como seu gerenciador de arquivos padrão, que é uns

dos mais completo gerenciadores de arquivos gráficos para as distribuições Linux e

com uma GUI excelente permitindo até instalações de extensões e scripts.

Para que a interface Gnome Shell ser mais bem utilizado e produtivo é

necessário usar algumas combinações de teclas para que a produtividade aumente

e a interação seja a melhor possível.

Tecla Super (Windows): Alternar entre visão e desktop.

Alt + F1: Alternar entre visão e desktop.

Alt + F2: diálogo de comando Pop up, para executar algum comando.

Alt + Tab: usado para alternar entre aplicativos abertos.

Alt + Shift + Tab: reverte o sentido do alternador dos aplicativos.

Alt + [tecla acima Tab]: Alternar entre janelas da mesma aplicação no Alt + Tab

Ctrl + Alt + Tab: alterna entre várias interfaces do usuário.

Ctrl + Shift + Alt + R: Iniciar e paralisar a gravação de um screencast.

Ctrl + Alt + Seta para cima/baixo: Alterna entre múltiplas áreas de trabalho.

Ctrl + Enter: Lançar um comando shell em uma janela do novo Terminal.

4. AMBIENTE GRÁFICO UNITY

Unity assim como o Gnome é um ambiente desktop para distribuições Linux

que combina o uso da biblioteca GTK3, com o uso do Compiz, que é utilizado para

renderizar as sombras e efeitos 3D, e outros recursos. O ambiente gráfico Unity foi

desenvolvido no início pensando em Netbook com o objetivo de maximizar o espaço

vertical da tela, assim incorporando a barra de menu dos aplicativos na barra

superior e movendo os ícones do aplicativos para a barra esquerda. A Unity possui

um ambiente amigável e bonito visualmente, mas por outro lado muito pesado e

necessita de uma aceleradora 3D suportada pelo sistema, o que necessita de um

computador com uma boa configuração para rodar bem o Unity.

A proposta do ambiente gráfico Unity, era maximizar os espaços verticais da

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tela, e ter um espaço mais limpo, sem poluição visual explicitas, sem ícones na área

de trabalho que tornaria algo mais bagunçado. Já de início usuários leigos que vem

de outros sistemas como o Windows pode sentir um pouco de dificuldade por causa

da falta de um menu iniciar, uma barra de tarefas inferior, mas a interface tem um

bom aspecto visual, o que facilita a identificação das coisas, e não deixa o usuário

perdido no sistema, já de cara o usuário se depara com um dock de tamanho

adequado do lado esquerdo com atalhos de aplicativos, e com uma barra de tarefas

na parte superior da tela. Veja a figura 4.

No dock tem o lançador, representado pela logomarca do Ubuntu, que

funciona como um menu iniciar, e ali que fazemos as buscas por aplicativos,

configurações do sistemas, pastas, músicas, vídeos e outros arquivos, para fazer a

pesquisa é bem rápido é prático, basta digitar o nome ou parte do nome do

programa ou arquivos e pressionar a tecla ENTER, a pesquisa possui o método de

organização que pode ser feita pela categoria tudo, por aplicativos, por arquivos,

músicas, vídeos. Veja na figura abaixo:

Figura 4: Área de trabalho da Unity

Fonte: Rocha, Josuelson, 2015.

Figura 5: Campo de pesquisa da interface Unity.

Fonte: Rocha, Josuelson, 2015.

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A Unity conta com o recurso de múltiplas áreas de trabalho, o que aumenta

mais a produtividade das tarefas no dia-a-dia e facilita a interação com mais de um

programa aberto não perdendo a rapidez e agilidade na manipulação, esse recurso

permite ter quantas áreas de trabalho que quiser, podendo assim, abrir um programa

em uma, um vídeo em outra, um documento em outra. Para usar as múltiplas áreas

de trabalho no Unity, pode ser feito com um clique do mouse, clicando no ícone

alternador de espaço de trabalho que fica na barra esquerda ou usando a

combinações de teclas Ctrl + Alt + setas, veja a figura 6:

Para que a produtividade aumente utilizando a interface gráfica Unity, precisa-se

memorizar as combinações de algumas teclas:

Super (tecla com o logo do Windows): Chama o Lançador.

Super+ 1 ou 2 ou 3 e até 0: abre ou foca o aplicativo.

Super+Shift + 1 ou 2 ou 3 e até 0: abre uma nova instância do aplicativo.

Super+T: Abre a lixeira.

Alt+F1: Chama o Lançador e dá foco para ser usado pelo teclado

Alt+F2: Chama o Lançador em modo especial para executar comando.

Ctrl+Alt+T: Abre uma janela do Terminal.

Alt + TAB: alterna entre as janelas e programas abertos.

Ctrl + Alt + setas: Alternar entre múltiplas janelas.

Figura 6: Visão das múltiplas áreas de trabalho do Unity

Fonte: Rocha, Josuelson, 2015.

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5. INSPEÇÃO DE USABILIDADE

“Define-se inspeção de usabilidade como um conjunto de métodos baseados

em ser ter avaliadores inspecionando ou examinando aspectos relacionados a

usabilidade de uma interface de usuário” (ROCHA, 2003, p.167).

Existem diferentes métodos para inspecionar interfaces gráficas, e cada um desses

métodos tem um objetivo diferente do outro. A principal razão para-se inspecionar

um uma interface é avaliar a usabilidades dela em relação ao uso do usuário ou

sejam encontrar problemas de usabilidades nas interfaces gráficas, para que com

base nesses problemas encontrados, se pode tirar proveitos e fazer recomendações

de usabilidades para que elimine esses problemas.

Um dos métodos mais utilizado e mais barato economicamente para fazer a

inspeção de usabilidade, podemos destacar a Avaliação Heurística, que propõem a

inspeção da interface tendo como base uma pequena lista de heurística de

usabilidades (Nielsen, 1994). Segundo Nielsen(1993), a avaliação heurística é um

método fácil (pode ser ensinada em 4 hrs); é rápida (cerca de um dia para a maioria

das avaliações); é economicamente barato.

5.1 Análise de usabilidade do Gnome Shell e Unity utilizando o método de

avaliação heurística de Jakob Nielsen.

O estudo de usabilidade irá seguir a avaliação heurística de usabilidade de

Jakob Nielsen(1993), para analisar a usabilidade das interfaces gráficas Gnome

Shell e Unity que são : Visibilidade do status do sistemas; Compatibilidade do

Sistema com o mundo real; Controle do usuário e liberdade; Consistência e padrões;

Prevenção de erros, Reconhecimento ao invés de relembranças; Flexibilidade e

eficiência de uso; Estética e design minimalista; Ajudar os usuários a reconhecer,

diagnosticar e corrigir erros e Help e documentação.

5.1.1 Visibilidade e status do sistema

A interface Unity e Gnome Shell corresponde bem a heurística, informando os

usuários sobre eventuais falhas do sistemas e erros apresentando, orientando como

corrigir certas falhas.

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5.1.2 Compatibilidade do sistema com o mundo real

As interfaces apresentam bem aos usuários informações contextualizadas com

vocabulário que os usuários entendam de maneira clara e simples, apresenta muito

bem essa heurística.

5.1.3 Controle de usuários e liberdade

A interface Unity responde bem a heurística controle de usuários e liberdade,

deixando a área de trabalho disponível para o usuário organizar e personalizar, bem

como colocar ícones, widgets, e pasta de trabalhos, lembrando para que se tenham

um controle de usuário eficiente é necessário lembrar algumas combinações e teclas

para tirar todo proveito da interface, como usar as várias áreas de trabalho que a

interface tem disponível. Um dos pontos negativos para o controle de usuários e que

não consegue mudar a barra superior de lugar e nem a barra lateral, e ainda para o

usuário conseguir minimizar a janela atual tem que passar o mouse em cima para

poder aparecer as opções.

A interface Gnome Shell também corresponde bem ao controle de usuário, a

área de trabalho é bem livre para o usuário personalizar ao seu gosto, contendo

apenas a barra superior fixada, e deixando todo espaço restante disponível para o

usuário, também para se ter uma maior produtividade é um maior controle sobre a

interface é necessário memorizar teclas de atalhos, como a trocas de áreas das

várias áreas de trabalho. O ponto negativo é que a interface Gnome Shell também

não permite mover a barra superior e ainda não é confusa na hora de minimizar e

maximizar janelas.

5.1.4 Consistência e padrões

As interfaces são bem consistentes, permitindo uma boa navegação, peca um pouco

na identificação de alguns ícones e na forma como são tratadas as janelas abertas.

5.1.5 Prevenção de erros

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A interface Unity apresentas alguns erros que pode ocasionar a quebra de

heurística prevenção de erros, como no caso dos programas abertos, que somente

uma seta indica que aquele programa está aberto, e as duas setas indica que o

programa está aberto é em foco no momento. Lembrando também como um ponto

negativo que quando a interface está com programas ativos ou fixados surge uma

espécie de scroll na tela, foi possível perceber que a interface oculta a rede

automaticamente em diversas vezes.

A interface Gnome Shell também ocasiona a quebra da heurística prevenção

de erros, a forma que a interface trata na tela inicial os programas pode deixar o

usuário confuso, quando se minimiza uma janela a princípio o usuário fica perdido,

por que a aquele programa que foi minimizado não fica visível na tela inicial do

sistema, forçando o usuário percorrer mais um caminho para identificar.

As interfaces não informam muito bem aos usuários com mensagens de erros

que o sistema apresenta, ocasionando a quebra da heurística.

5.1.6 Reconhecimento ao invés de relembranças

As duas interfaces necessitam que o usuário memorize as teclas de atalhos

para se ter uma melhor interação e uso eficiente das interfaces, isso pode ocasionar

a quebra da heurística, já que muitos usuários tem dificuldades no início para esta

memorizando essas combinações de teclas.

5.1.7 Flexibilidade e eficiência de uso

Quanto a flexibilidade na interface Unity pode se sentir a falta de mover o

comportamento da barra esquerda e a barra superior, vendo que muitos usuários

que são novos no sistema estão acostumados com essa flexibilidade que o Windows

proporciona.

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A Gnome Shell também não permite a movimentação da barra superior e, e

quando o minimiza um programa, somente o programa que está em uso fica visível

na tela inicial dos sistemas.

5.1.8 Estética e design minimalista

As interfaces atende bem a essa heurística, sendo que a interface e as mensagens

direcionadas aos usuários são simples e claras.

5.1.9 Ajudar os usuários a reconhecer, diagnosticar e corrigir erros

As interfaces respondem bem a erros dos sistemas, informando ao usuário através

de mensagens sobre erro apresentado e o passo que o usuário tem que seguir para

a resolução do erro.

5.1.10 Help e documentação.

As interfaces fornecem ajuda e documentação geral dos sistemas ao usuários, após

manter a tecla Super(Menu Iniciar) pressionado por alguns segundos, uma tela com

todos os atalhos surgir na tela do sistemas.

5.1.11 Produtividade na realização das atividades

As interfaces são bem produtivas, possui combinações de teclas que facilita a

interação e maior rapidez e flexibilidade nas realizações de tarefas, possui a opção

de múltiplas áreas de trabalho, o que facilita a produtividade no dia-a-dia.

5.1.12 Tempo de reposta

Para usuários Unity, usar o sistema perfeitamente precisa ter um computador

razoável, precisam ter uma placa de vídeos razoáveis, pelo menos 2 GB de memória

RAM, já que a interface utiliza quase 1 GB de memória na sua inicialização, nos

teste feitos com a interface Unity em computadores com memória e processadores

modesto, apresentou alguns problemas de lentidão e travamento, demorando um

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pouco para reagir, então para ter uma maior produtividade utilizando a Unity, precisa

ter um computador com uma configuração razoáveis.

Já para usuários Gnome usar a interface perfeitamente, é necessário ter um

computador modesto, 1 GB de RAM, processador com um bom desempenho, já que

também a interfaces possui recurso 3D, e consome 500 MB na sua inicialização, a

interface se saiu bem no teste realizado, sem muito travamento que prejudicassem o

desempenho do computador.

5.1.13 Navegação e Ícones

Os ícones são bem visíveis na Unity, tamanho bom para visualização, acesso

para outros programas fáceis, o que faz falta para usuário que vem do Windows e a

opção de colocar ícones na área de trabalho, o mesmo vale para a interface Gnome

Shell que não se pode colocar ícones na área de trabalho.

5.1.14 Poluição Visual As duas interfaces atende bem esse quesito, a área de trabalho são bem

limpas com ícones e barra de ferramentas bem projetados para que se tenham uma

boa interação com o sistemas.

6. RESULTADO

Embora cada ambiente tem suas próprias diferenças, os dois são muito

semelhantes, tanto em prós e contras, os dois ambientes são amigáveis, sem

poluição visual, ambos migraram longe do menu Drop-Down para um lançador

baseado em ícones, promovem espaços de trabalho virtuais, o que aumenta a

produtividade nas realizações de tarefas e devemos dar créditos para as interfaces

já que são eficientes, produtivas e importante para o Software Livre.

7. ABSTRACT

The article presents an overview of the usability study of graphical interfaces

Gnome Shell and Unity, available for Linux distributions, describing their features,

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advantages and disadvantages, as usability and interaction with users, using the

usability inspection method proposed by Nielsen (1993), heuristic evaluation to

describe and point out problems and solutions found in graphical user interfaces

Gnome and Unity. The usability inspection method are usually the best at detecting

problems is knowing that heuristic evaluation methods and some of the best for this

proposal for analysis and are easy to carry and quick and cheap. The goal is to show

through study possible improvements that could perform each interface to make the

user experience more and more satisfactory in Linux distributions, encouraging

increasing use of the free system and showing that use Linux need not be any Power

Users , needing just want to expand their knowledge and learn new computer

systems, such as the Linux operating system, independent of the distribution that

increasingly grows its use in enterprises, government institutions and home use. The

research aims to describe the features, advantages and disadvantages, and possible

improvements to the usability of the GUI Unity and Gnome Shell and ease of user

interaction with the graphical environments in studies.

Keywords: Usability, Graphic Interface, Gnome Shell, Unity.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

As interfaces analisadas no estudos de usabilidades são importantes para as

distribuições Linux, várias distribuições famosas usam ou já usaram um dos dois

ambientes, com as constantes modificações que os desenvolvedores realizaram

muitas críticas foram feitas as respeitos das interfaces, o que resultou na migração

de muitos usuário para outro ambientes. O estudo realizado nesse artigo foram

inspecionadas pelas heurísticas de usabilidades recomendadas pelo Jakob Nielsen

(1993), com o objetivo de encontrar problemas de usabilidades nas interfaces

gráficas selecionadas, assim contribuindo para usuários que desejam migram para o

sistema operativo Linux e para toda comunidade que faz parte do software livre.

REFERÊNCIAS

CYBIS, W.; BETIOL, A. H.; FAUST, R. Ergonomia e Usabilidade: Conhecimentos,

Page 16: Estudo de Usabilidade Gnome vs Unity / Usability Studies Gnome Shell vs Unity

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