exame de suficiencia - contabilidade - apostila econet

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Sumário AUDITORIA INTERNA - PERÍCIA CONTÁBIL - ÉTICA PROFISSIONAL...........70 QUESTÕES AVALIADAS POR ÁREA DE CONHECIMENTO.........................84 Contabilidade Geral - Português - Matemática........................96

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Page 1: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

Sumário

AUDITORIA INTERNA - PERÍCIA CONTÁBIL - ÉTICA PROFISSIONAL........................................70

QUESTÕES AVALIADAS POR ÁREA DE CONHECIMENTO.......................................................84

Contabilidade Geral - Português - Matemática............................................................................................96

Page 2: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

MÓDULO IEXAME DE SUFICIÊNCIA - OBRIGATORIEDADE

Obrigatoriedade da Avaliação Para Obtenção do Registro de Contador

                    ROTEIRO

1. INTRODUÇÃO2. CONCEITO E OBJETIVO DO EXAME DE SUFICIÊNCIA3. PERIODICIDADE, APLICABILIDADE E APROVAÇÃO NO EXAME DE SUFICIÊNCIA4. PROVAS E CONTEÚDO PROGRAMÁTICO5. REALIZAÇÃO E APLICAÇÃO DO EXAME DE SUFICIÊNCIA6. RECURSOS DAS PROVAS DO EXAME DE SUFICIÊNCIA7. PRAZO PARA REQUERIMENTO DO REGISTRO8. REGISTRO PROVISÓRIO OBTIDO ATÉ 29.10.20109. CONSIDERAÇÕES GERAIS

 

1. INTRODUÇÃO

Criado em 1999, o Exame de Suficiência teve sua primeira edição no ano 2000. Não bastasse sua importância, o Exame de Suficiência produziu em seu período de vigência resultado imediato na formação de profissionais aptos a atuar no mercado de trabalho.

Durante os anos em que fora aplicado (de 2000 a 2004), o Exame de Suficiência mostrou-se um eficaz instrumento de capacitação técnica para com os egressos dos cursos de ciências contábeis de todo o Brasil. O Exame de Suficiência, indiretamente auxiliava a boa formação do estudante, uma vez que incentivava a aprimoração do ensino da Contabilidade nas faculdades e universidades, as quais eram exigidas pelo próprio mercado a obter um expressivo percentual de aprovação dentre seus alunos, e, conseqüentemente, ajudava a melhorar a qualidade dos serviços prestados pelos contabilistas à sociedade.

O Exame de Suficiência foi suspenso em todo o território nacional a partir de abril de 2005. A suspensão do Exame decorreu do ajuizamento de uma AÇÃO POPULAR contra o CFC, com pedido de liminar, na Seção Judiciária do Distrito Federal. O fundamento da ação baseou-se no fato de que o referido Exame foi instituído por Resolução do CFC, de nº. 853/99, argüindo o requerente de que somente lei poderia criar tal obrigatoriedade.

O Juiz da 14ª Vara Federal - DF deferiu o pedido de liminar, determinando a suspensão do Exame. No intuito de proteger a instituição do Exame, o CFC interpôs agravo contra a liminar da Ação Popular, a qual, todavia, foi mantida no TRF do DF.

Esta suspensão, devido à falta de norma legal que obrigava a realização de exame para o registro de profissional, caiu por terra, a partir da publicação da Lei Federal nº. 12.249/2010, que disciplinou o exame de suficiência.

A partir de 1º de agosto de 2010 os registros profissionais só serão concedidos mediante a aprovação do exame. Com a aprovação da nova Lei de Regência da Contabilidade (Lei nº. 12.249 de 11 de junho de 2010), os profissionais contábeis somente poderão exercer a profissão após a regular conclusão do curso de Bacharelado em Ciências Contábeis, reconhecido pelo Ministério da Educação, aprovação em Exame de Suficiência e registro no Conselho Regional de Contabilidade a que estiverem sujeitos.

2. CONCEITO E OBJETIVO DO EXAME DE SUFICIÊNCIA

Exame de Suficiência é a prova de equalização destinada a comprovar a obtenção de conhecimentos médios, consoante os conteúdos programáticos desenvolvidos no curso de Bacharelado em Ciências Contábeis e no curso de Técnico em Contabilidade.

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 A aprovação em Exame de Suficiência constitui um dos requisitos para a obtenção ou restabelecimento de registro profissional em Conselho Regional de Contabilidade.

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) desenvolverá campanha publicitária no sentido de esclarecer e divulgar o Exame de Suficiência, sendo de competência dos Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs) o reforço dessa divulgação nas suas jurisdições. Observando que o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e os Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs), seus conselheiros efetivos e suplentes, seus empregados, seus delegados e os integrantes das Comissões Estratégica, Operacional e de Aplicação de Provas não poderão oferecer, participar ou apoiar, a qualquer título, cursos preparatórios para os candidatos ao Exame de Suficiência, sob pena de aplicação das penalidades cabíveis.

3. PERIODICIDADE, APLICABILIDADE E APROVAÇÃO NO EXAME DE SUFICIÊNCIA

O Exame será aplicado 2 (duas) vezes ao ano, em todo o território nacional, sendo uma edição a cada semestre, em data e hora a serem fixadas em edital, por deliberação do Plenário do Conselho Federal de Contabilidade, com antecedência mínima de 90 (noventa) dias da data da sua realização.

O candidato será aprovado se obtiver, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) dos pontos possíveis.

A aprovação em Exame de Suficiência, como um dos requisitos para obtenção ou restabelecimento de registro em CRC, será exigida do:

I - Bacharel em Ciências Contábeis e do Técnico em Contabilidade;

II - Portador de registro provisório vencido;

III - Profissional com registro baixado há mais de 2 (dois) anos o qual deverá ser contato a partir da data de concessão da baixa;

IV - Técnico em Contabilidade em caso de alteração de categoria para Contador.

4. PROVAS E CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

É de competência  do Conselho Federal de Contabilidade elaborar e divulgar, de forma obrigatória no Edital, os conteúdos programáticos das respectivas áreas que serão exigidos nas provas para Técnicos em Contabilidade e Bacharéis em Ciências Contábeis.

As provas devem ser elaboradas com questões objetivas, múltipla escolha, podendo-se a critério do CFC, incluir questões para respostas dissertativas.

O Exame de Suficiência será composto de uma prova para os Técnicos em Contabilidade e uma para os Bacharéis em Ciências Contábeis, obedecidas às seguintes condições e áreas de conhecimentos:

I - Técnicos em Contabilidade:

a) Contabilidade Geral;

b) Contabilidade de Custos;

c) Noções de Direito;

d) Matemática Financeira;

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e) Legislação e Ética Profissional;

f) Princípios de Contabilidade e Normas Brasileiras de Contabilidade;

g) Língua Portuguesa.

II - Bacharéis em Ciências Contábeis:

a) Contabilidade Geral;

b) Contabilidade de Custos;

c) Contabilidade Aplicada ao Setor Público;

d) Contabilidade Gerencial;

e) Controladoria;

f) Teoria da Contabilidade;

g) Legislação e Ética Profissional;

h) Princípios de Contabilidade e Normas Brasileiras de Contabilidade;

i) Auditoria Contábil;

j) Perícia Contábil;

k) Noções de Direito;

l) Matemática Financeira e Estatística;

m) Língua Portuguesa.

5. REALIZAÇÃO E APLICAÇÃO DO EXAME DE SUFICIÊNCIA

Para a realização do Exame, o Conselho Federal de Contabilidade constituirá 2 (duas) Comissões:

a) Comissão Estratégica; e

b) Comissão Operacional.

A Comissão Estratégica será formada por, no máximo, 6 (seis) conselheiros do CFC, com mandato de 2 (dois) anos, não podendo ultrapassar o término do mandato como conselheiro, e deve ser presidida pelo(a) vice-presidente de Desenvolvimento de Desenvolvimento Profissional e Institucional, que coordenará a realização do Exame e aprovará o conteúdo das provas organizadas pela Comissão Operacional.

A Comissão Operacional será integrada por, no máximo, 7 (sete) profissionais da Contabilidade, conselheiros ou não, de reconhecida capacidade e experiência profissional, aprovados pelo Plenário do Conselho Federal de Contabilidade, com mandato de 2 (dois) anos, permitida a recondução, que terá por finalidade a elaboração das provas e a apreciação de recursos em primeira instância.

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A aplicação das provas poderá ser realizada por instituição contratada pelo Conselho Federal de Contabilidade, cabendo aos CRCs colaborar, naquilo que lhe couber, na realização do Exame.

O processo de aplicação das provas de Exame de Suficiência será supervisionado, em âmbito nacional, pela Comissão Estratégica.

6. RECURSOS DAS PROVAS DO EXAME DE SUFICIÊNCIA

O candidato poderá interpor recurso contra os gabaritos das provas e do resultado final dentro dos prazos e instâncias definidos previamente em edital.

7. PRAZO PARA REQUERIMENTO DO REGISTRO

Ocorrendo a aprovação no Exame de Suficiência, o Conselho Regional de Contabilidade disponibilizará ao candidato a Certidão de Aprovação, devendo o candidato, num prazo de até 2 (dois) anos, a contar da data da publicação do resultado oficial do Exame no Diário Oficial da União (DOU), requerer, no CRC, o Registro Profissional na categoria para a qual tenha sido aprovado.

8. REGISTRO PROVISÓRIO OBTIDO ATÉ 29.10.2010

O portador de registro provisório ativo, obtido até 29 de outubro de 2010, terá seus direitos garantidos conforme a norma vigente no ato do registro.

O profissional apto para requerer o registro e aquele com registro baixado poderá efetuar ou restabelecer seu registro sem se submeter ao Exame de Suficiência, até a data limite de 29 de outubro de 2010.

9. CONSIDERAÇÕES GERAIS

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e os Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs), seus conselheiros efetivos e suplentes, seus empregados, seus delegados e os integrantes das Comissões Estratégica, Operacional e de Aplicação de Provas não poderão oferecer, participar ou apoiar, a qualquer título, os cursos preparatórios para os candidatos ao Exame de Suficiência, sob pena de aplicação das penalidades cabíveis.

Fundamento legal: Resolução CFC nº. 1.301 de 17 de setembro de 2010.

MÓDULO IIQUESTÕES AVALIADAS POR ÁREA DE CONHECIMENTO

Fundamentos da Contabilidade - Atos e Fatos - Princípios - Teoria - Contabilidade Pública

ROTEIRO

            1. FUNDAMENTOS DA CONTABILIDADE                1.1. Contas do Ativo                1.2. Contas do Passivo de Contas do Patrimônio Líquido                1.3. Contas de Custos e Contas de Despesas                1.4. Contas de Receitas                1.5. Organograma das funções de Débito e Crédito                1.5.1. Débito                1.5.2. Crédito            2. ATOS ADMINISTRATIVOS E FATOS CONTÁBEIS                2.1. Atos Administrativos                2.2. Fatos Contábeis

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                2.2.1.  Fatos Permutativos                2.2.2. Fatos Modificativos Aumentativos                2.2.3. Fatos Modificativos Diminutivos                2.2.4. Fatos Mistos ou Compostos Aumentativos                2.2.5. Fatos Mistos ou Compostos Diminutivos            3.PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE                3.1. Princípio da Entidade                3.2. Princípio da Continuidade                3.3. Princípio da Oportunidade                3.4. Princípio do Registro Pelo Valor Original                3.5. Princípio da Competência                3.6. Princípio da Prudência            4. TEORIA DA CONTABILIDADE                4.1. Goodwill                4.2. Classificação do Goodwill                4.3. Fatores que geram o Goodwill                4.4. Mensuração do Goodwill                4.5. Amortização do Goodwill            5. CONTABILIDADE PÚBLICA

1. FUNDAMENTOS DA CONTABILIDADE

1.1. Contas do Ativo

Os elementos do Ativo ficam do lado esquerdo do Balanço Patrimonial. Por isso, todas as contas do Ativo (Bens e Direitos) sempre devem apresentar saldos devedores, isto é, no lado esquerdo.

Observe que uma empresa pode possuir ou não bens e direitos. Não existem bens negativos e tampouco direitos negativos. Assim, as contas do Ativo devem possuir saldo devedor ou nulo.  Para que uma conta do Ativo - Bens e Direitos - tenha saldo devedor, é necessário que as variações (aumentos e diminuições) nela ocorridas sejam registrados da seguinte forma:

1.2. Contas do Passivo de Contas do Patrimônio Líquido

Contas do Passivo: As contas do Passivo aparecem sempre no lado direito do Balanço. Neste caso, com elas, ocorre o inverso do que acontece com o Ativo.  Com este efeito, os aumentos e as diminuições do Passivo que representas as obrigações, devem ser registrados da seguinte forma:

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Contas do Patrimônio Líquido: O Patrimônio Líquido, também chamado  PL, fica do lado direito do Balanço, e o critério dos lançamentos contábeis é o mesmo aplicado ao Passivo, sendo:

Nota: O Balanço Patrimonial é constituído pelo Ativo, pelo Passivo e pelo Patrimônio Líquido.

O Ativo compreende os bens, os direitos e as demais aplicações de recursos controlados pela entidade, capazes de gerar benefícios econômicos futuros, originados de eventos ocorridos.

O Passivo compreende as origens de recursos representados pelas obrigações para com terceiros, resultantes de eventos ocorridos que exigirão ativos para a sua liquidação.

O Patrimônio Líquido compreende os recursos próprios da entidade, e seu valor é a diferença positiva entre o valor do Ativo e o valor do Passivo.

Quando o valor do Passivo for maior que o valor do Ativo, o resultado é denominado Passivo a Descoberto. Nesse caso, no Balanço Patrimonial, a expressão Patrimônio Líquido deve ser substituída por Passivo a Descoberto.

1.3. Contas de Custos e Contas de Despesas

As contas de Custos e Despesas estarão representadas no Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE). Tem natureza de lançamento a débitos. Com efeito, os aumentos e as diminuições dos Custos e Despesas devem ser registrados da seguinte forma:

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1.4. Contas de Receitas

As contas das Receitas aparecem sempre no lado direito dos Razonetes, que estarão representados Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE). Com efeito, os aumentos e as diminuições das Receitas devem ser registrados da seguinte forma:

O Lançamento Contábil que é feito nas contas Patrimoniais, pertencentes ao grupo do ATIVO, PASSIVO EXIGÍVEL e PATRIMÔNIO LÍQUIDO, e nas contas de Resultado, representadas pelas RECEITAS, e DESPESAS, terão efeitos de aumentos ou diminuições nas respectivas contas.

As contas de ATIVO, por terem saldo devedor, são aumentadas de valor por lançamentos a DÉBITO e diminuídas por lançamentos a CRÉDITO. As contas de PASSIVO EXIGÍVEL e de PATRIMÔNIO LÍQUIDO, por apresentarem saldo credor, são aumentadas de valor por lançamentos CRÉDITO e diminuídas por lançamentos a DÉBITO. As contas relativas às RECEITAS e DESPESAS, por afetarem diretamente o Patrimônio Liquido, são, CREDITADAS em relação as Receitas - porque aumentam o PL - e DEBITADAS em relação as Despesas - porque diminuem o PL.

O Lançamento Contábil que é feito nas contas Patrimoniais, pertencentes ao grupo do ATIVO, PASSIVO EXIGÍVEL e PATRIMÔNIO LÍQUIDO, e nas contas de Resultado, representadas pelas RECEITAS, e DESPESAS, terão efeitos de aumentos ou de diminuições nas respectivas contas.

As contas de ATIVO, por terem saldo devedor, são aumentadas de valor por lançamentos a DÉBITO e diminuídas por lançamentos a CRÉDITO. As contas de PASSIVO e de PATRIMÔNIO LÍQUIDO, por apresentarem saldo credor, são aumentadas de valor por lançamentos CRÉDITO e diminuídas por lançamentos a DÉBITO. As contas relativas às RECEITAS e DESPESAS, por afetarem diretamente o Patrimônio Liquido, são CREDITADAS em relação as Receitas porque aumentam o PL e DEBITADAS em relação as Despesas porque diminuem o PL.

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TABELA DE DISTRIBUIÇÃO DAS FUNÇÕES DO DÉBITO E CRÉDITO

 

NATUREZA PARA O SALDO

DAS CONTAS DO SALDO AUMENTAR DIMINUIR

Ativo = Bens e Direitos Devedor Debita Credita

Passivo = Obrigações Credor Credita Debita

Patrimônio Líquido Credor Credita Debita

Receitas Credor Credita Debita

Despesas Devedor Debita Credita

Contas Retificadoras do Ativo Credor Credita Debita

Contas Retificadoras do Passivo Devedor Debita Credita

 

1.5. Organograma das funções de Débito e Crédito

1.5.1. Débito

1.5.2. Crédito

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2. ATOS ADMINISTRATIVOS E FATOS CONTÁBEIS

2.1. Atos Administrativos

O entendimento comum de Ato Contábil, está em função de acontecimentos que não alteram o patrimônio, por isso, não são registrados nos livros contábeis.

Por exemplo: contratos, avais, fianças, orçamentos, etc.

Nota: e muito comum encontrar a denominação Ato Contábil para os eventos acima descritos.

2.2. Fatos Contábeis

Já os Fatos Contábeis, são aqueles que provocam modificações no Patrimônio da entidade, sendo, por isso, objeto de contabilização através das contas patrimoniais ou das contas de resultado, podendo ou não alterar o Patrimônio Líquido.

Estes acontecimentos provocam alterações qualitativas e quantitativas ou ambas, no Patrimônio da entidade.

Por exemplo: compras de mercadorias, vendas de mercadorias ou serviços , direitos adquiridos, obrigações assumidas com terceiros, receitas e despesas reconhecidas.

Classificação dos Fatos Contábeis:

Os fatos contábeis são classificados de acordo com a forma que atuará sobre o patrimônio da entidade.

- Fatos Contábeis Permutativos

- Fatos Contábeis Modificativos Aumentativos

- Fatos Contábeis Modificativos Diminutivos

- Fatos Contábeis Mistos Aumentativos

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- Fatos Contábeis Mistos Diminutivos

2.2.1.  Fatos Permutativos

São acontecimentos que não alteram o valor do Patrimônio Líquido da empresa.São meras permutas entre as contas patrimoniais.

Compra de mercadorias a vista + Ativo - AtivoCompra de mercadorias a prazo + Ativo + PassivoPagamento de duplicata - Passivo - AtivoTransferência de valores do longo prazo para o curto prazo

- Passivo + Passivo

Transferência de lucros para aumento de capital

- Patrimônio Líquido

+ Patrimônio Líquido

2.2.2. Fatos Modificativos Aumentativos

São acontecimentos que aumentam o Patrimônio Líquido da empresa.

Recebimento de receita + Ativo + Patrimônio LíquidoPerdão de uma dívida - Passivo + Patrimônio Líquido

2.2.3. Fatos Modificativos Diminutivos

São acontecimentos que diminuem o Patrimônio Líquido da empresa.

Pagamento de salários - Patrimônio Líquido - AtivoProvisão de Férias - Patrimônio Líquido + Passivo

2.2.4. Fatos Mistos ou Compostos Aumentativos

São acontecimentos em que há:

- permuta entre os elementos patrimoniais; e- aumento do Patrimônio Líquido.

Recebimento de Duplicatas Receber com juros + Ativo- Ativo+ Patrimônio Líquido

Pagamento de Duplicatas a Pagar com desconto - Passivo- Ativo+ Patrimônio Líquido

Renovação de dívida com desconto - Passivo+ Passivo+ Patrimônio Líquido

Emissão de Debêntures com ágio  + Ativo+ Passivo+ Patrimônio Líquido

2.2.5. Fatos Mistos ou Compostos Diminutivos

São acontecimentos em que há:

- permuta de elementos patrimoniais;- diminuição do Patrimônio Líquido.

Recebimento de Duplicatas a Receber com desconto+ Ativo

- Patrimônio Líquido- Ativo

Pagamento de Duplicatas a Pagar com juros - Patrimônio Líquido - Ativo

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- Passivo

Renovação de dívida com juros- Patrimônio Líquido

- Passivo+ Passivo

Emissão de Debêntures com deságio+ Ativo

- Patrimônio Líquido+ Passivo

3.PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE

Os princípios fundamentais de contabilidade que trata a Resolução CFC nº. 750 de 1993, sofreu algumas alterações pela Resolução CFC nº. 1.282 de 28.05.2010, publicada no Diário Oficial de 02.06.2010 que Atualiza e consolida dispositivos da Resolução CFC nº. 750/93, que dispõe sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade.

Os Princípios de Contabilidade são os preceitos resultantes do desenvolvimento da aplicação prática dos princípios técnicos emanados da Contabilidade, de uso predominante no meio em que se aplicam, proporcionando interpretação uniforme das demonstrações financeiras.

Em relação à observância dos princípios, constituem Princípios de Contabilidade (PC) os princípios enunciados pela Resolução CFC nº. 750 de 1993, sendo que a observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão contábil e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC)

Para aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade a situações concretas, a essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais.

Conforme o CFC, a conceituação, amplitude e enumeração dos princípios, podemos entender que os Princípios Fundamentais de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência socil, cujo objeto é o Patrimônio das Entidades.

São Princípios Fundamentais de Contabilidade:

I - o da ENTIDADE;

II - o da CONTINUIDADE;

III - o da OPORTUNIDADE;

IV - o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;

V - Revogado pela Resolução CFC nº 1.282 (02.06.2010) vigência a partir de 02.06.2010

VI - o da COMPETÊNCIA e

VII - o da PRUDÊNCIA.

Nota: No item V deste princípio, constava o princípio da Atualização Monetária.

3.1. Princípio da Entidade

O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins

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lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

3.2. Princípio da Continuidade

O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.

3.3. Princípio da Oportunidade

O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.

A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação.

3.4. Princípio do Registro Pelo Valor Original

O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.

As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:

I - Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e

II - Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores:

a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis;

b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade;

c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade;

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d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e

e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.

São resultantes da adoção da atualização monetária:

I - a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;

II - para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e

III - a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período.

3.5. Princípio da Competência

O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.

O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.

3.6. Princípio da Prudência

O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais.

A inobservância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade constitui infração às alíneas "c", "d" e "e" do art. 27 do Decreto-Lei n° 9.295, de 27 de maio de 1946 e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista.

(...)

DECRETO LEI Nº 9.295, DE 27 DE MAIO DE 1946.

Cria o Conselho Federal de Contabilidade, dejine as atribuições do Contador e do Guarda-livros, e dá outras providências

O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição,

DECRETA:

Page 15: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

(...)

Fundamentação Legal: Resolução CFC nº. 750 de 1993, Resolução CFC nº. 1.282 de 28.05.2010.

4. TEORIA DA CONTABILIDADE

4.1. Goodwill

O termo goodwill é considerado por especialistas um termo técnico sem correspondente versão

adequada em português, embora a Lei 6404/76 tenha considerado o termo Fundo de Comércio

como equivalente.

Alguns autores entendem que goodwill são os super-lucros, isto é, o incremento de lucratividade sobre o investimento acima da media apresentada por outras empresas. Outros consideram o confronto entre valores de mercado ou de utilização com os ativos subavaliados. Existem os que entendem como goodwill o incremento de valor dos ativos pelo resultado da sinergia do conjunto organizacional sobre a soma dos ativos individuais.Um ativo sem substância corpórea, que representa a diferença entre o valor econômico global

da empresa e os valores econômicos individuais de seus ativos.

Pode também ser entendido como um valor residual atribuível entre outros fatores à existência de administração eficiente, processos industriais e patentes próprios, localização ótima, recursos humanos excelentes, efetividade da propaganda e condições financeiras privilegiadas e do grau de sinergia, fatores importantes para a empresa, mas não contemplados pela contabilidade, em função da dificuldade de sua mensuração. Acabam todos incorporados ao goodwill quando a empresa é vendida.

 Quanto ao seu valor,  numa conceituação moderna, o goodwill corresponde à diferença entre o valor atual de toda a empresa, ou seja, sua capacidade de geração de lucros futuros, e o valor econômico de seus ativos apresentando, portanto, uma característica residual. O caráter residual de seu valor decorre da forma de sua apuração. No caso de goodwill relacionado com super-lucros, seu valor resultava da diferença entre os super-lucros e os lucros normais e no caso da diferença do valor da empresa como um todo, em termos de capacidade potencial de produzir lucros futuros, e o valor dos ativos identificados e contabilizados enfatiza o resíduo dos ativos não contemplados pela contabilidade”. Segundo o The Chartered Institute of Management Accountants (CIMA), o mais importante instituto de contadores gerenciais do Reino Unido, em sua Terminologia Oficial de Contabilidade Gerencial (1996, p.87) “goodwill é definido como a diferença entre o valor de um negócio em sua totalidade e a soma dos ativos individuais avaliados por seu valor justo”. Outros autores têm se posicionado quanto a sinergia que se forma no todo da empresa que cria um valor maior da empresa como um todo, em relação a soma dos seus ativos individuais, formando o goodwill, inclusive que as empresas ao escolherem ativos o fazem buscando aqueles que terão o maior valor subjetivo, isto é, o ativo individual no mercado tem um valor, mas para a empresa, na composição com outros ativos, tem um valor superior.

 Quando a empresa busca maximizar lucros, está claro que ela deve selecionar a composição de ativos que, aos olhos do administrador, tenha o maior valor subjetivo.O goodwill pode assim ser considerado, sob três prismas:

 a) como o excesso de preço pago pela compra de um empreendimento ou patrimônio sobre o valor de mercado de seus ativos líquidos; 

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b) nas consolidações, como o excesso de valor pago pela companhia-mãe por sua participação sobre os ativos líquidos da subsidiária; e c) como o valor atual dos lucros futuros esperados, descontados por seus custos de oportunidade.

 Não podemos deixar de entender goodwill com um ativo intangível diferente dos demais ativos identificáveis e que o mesmo tem sua existência ligada a continuidade da entidade e está sempre ligado a capacidade de geração de lucros da empresa. Caso o valor dos lucros futuros sejam menores que o valor econômico dos ativos da empresa, estamos diante de um goodwill negativo ou Badwill.

 É sabido que a Contabilidade Financeira reconhece e contabiliza o goodwill apenas quando ocorre a compra de uma empresa, pois nesta situação impera o princípio contábil do custo como base de valor,além de fatores como o reconhecimento pelo mercado do valor do goodwill.

 A contabilização do goodwill formado internamente não tem sido aceita pela sua subjetividade.4.2. Classificação do Goodwill

O goodwill pode ser classificado conforme a seguinte divisão:

goodwill comercial: criado em função, exclusivamente, de toda a empresa, independentemente das pessoas proprietárias ou administradoras; é um valor decorrente de serviços colaterais, como equipe cortês de vendedores, entregas convenientes, facilidade de crédito, de pendências apropriadas para serviço de manutenção, qualidade do produto em relação ao preço, atitude e hábito do consumidor como fruto de nome comercial e marca tornados proeminentes em função de propaganda persistente, localização da firma; goodwill pessoal: decorrente de uma ou várias pessoas que integram a empresa, sendo proprietária(s) ou administradora(s); goodwill profissional: desenvolvido por uma classe profissional que cria uma imagem que a distingue dentro da sociedade, propiciando condições de alta remuneração, como no caso dos médicos, advogados e contadores em alguns países; goodwill de nome ou marca comercial: ocasionado pela imagem do nome da empresa que produz o produto ou da marca sob a qual é comercializado. goodwill industrial: decorrente de altos salários, baixo turnover de empregados, oportunidades internas satisfatórias para acesso a posições hierárquicas superiores, serviço médico, sistema de segurança adequa¬do, desde que tais fatores contribuam para a boa imagem da empresa e também para a redução do custo unitário de produção em virtude da eficiência de uma força de trabalho operando nessas condições; goodwill financeiro: derivado da atitude de investidores e de fontes de financiamento e de crédito em virtude de a empresa possuir sólida situação para cumprir suas obrigações e manter sua imagem ou, ainda, obter recursos financeiros que lhe permitam aquisições de matéria-prima ou mercadorias em melhores termos e preços; goodwill político: em decorrência de boas relações com o Governo. 4.3. Fatores que geram o Goodwill

O goodwill decorre basicamente de alguns fatores tais como:

a) recursos humanos bem preparados;

b) produtos de qualidade reconhecida;

c) boas parcerias com fornecedores;

d) outros fatores que favoreçam a entidade.

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administração superior;

organização ou gerente de vendas proeminentes;

fraqueza na administração do competidor;

propaganda eficaz;

processos secretos de fabricação;

boas relações com os empregados;

crédito proeminente como resultado de uma sólida reputação;

excelente treinamento para os empregados;

alta posição perante a comunidade, conseguida por meio de ações filantrópicas e participação

em atividades cívicas por parte dos adminis¬tradores da empresa;

desenvolvimento desfavorável nas operações do competidor;

associações favoráveis com outra empresa;

localização estratégica;

descoberta de talentos ou recursos;

condições favoráveis com relação aos impostos;

legislação favorável.

Torna-se relevante observar que existe uma impossibilidade de listar todos os fatores e

condições em virtude da própria natureza do goodwill.

Reconhecimento do Goodwill

O goodwill normalmente é reconhecido como ágio ou deságio quando de aquisição de outras

empresas, ou seja de participações societárias.

Em geral pode-se dizer que na prática o goodwill é reconhecido como:

a) goodwill adquirido:

Ágio ou deságio na aquisição de investimentos.

do excesso de preço pago pela compra de um empreendimento ou patrimônio sobre o valor de

mercado de seus ativos líquidos;

nas consolidações, como o excesso de valor pago pela companhia-mãe por sua participação

sobre os ativos líquidos da subsidiária

b) goodwill subjetivo:

Page 18: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

O goodwill subjetivo pode ser definido  “como o valor atual dos lucros futuros esperados,

descontados por seus custos de oportunidade”.

Sob outro aspecto, o goodwill subjetivo é a valorização extra de ativos decorrente de:

investimentos em seu pessoal: Treinamento de pessoal ou outras formas de valorização

profissional;

gastos com propaganda e marketing, valorização do ponto de localização.

Ao fazer considerações sobre a classificação do goodwill, também relata sobre o tratamento

que a contabilidade vem dispensando ao mesmo, afirmando que a contabilidade tem registrado

o goodwill adquirido, mas que o goodwill subjetivo, aquele que se origina como o valor atual

dos lucros futuros esperados, descontados por seus custos de oportunidade, são usualmente

debitados a despesa, devido a problemas de objetividade.

4.4. Mensuração do Goodwill

O goodwill normalmente é reconhecido quando da aquisição de empresas e, nestes casos, é

considerado como ágio ou deságio sobre investimentos.

A tendência é o crescimento gradativo da importância do goodwill, na medida em que os ativos não identificados e/ou contabilizados vão aumentando proporcionalmente aos demais ativos, com a sofisticação dos negócios. Como o goodwill é basicamente a diferença entre o valor da empresa em termos de

capacidade de geração de lucros, comparada com o valor dos seus ativos, alguns dados são

necessários para encontrá-lo:

a. estimativa dos lucros futuros esperados pela empresa;

b. identificação e mensuração do valor econômico dos seus ativos e,

c. taxa de descontos ideal a utilizar para a apuração do valor atual

O goodwill formado internamente não registrado pelas empresas segundo, seria apurado pela diferença entre o lucro projetado para os períodos, menos o valor do patrimônio líquido expresso a valores de realização no início de cada período, multiplicado pela taxa de custo de oportunidade (investimento de risco zero); cada diferença é dividida pela taxa desejada de retorno (ou custo de capital).4.5. Amortização do Goodwill

Alguns autores entendem que o goodwill adquirido deve ser baixado diretamente contra o

patrimônio líquido.

Outros entendem que o mesmo deva permanecer como um ativo pois pode ter vida indefinida,

a menos que desapareça o seu valor, e que o goodwill interno pode continuar sendo gerado.

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Uma outra corrente entende que o goodwill como potencial de serviços pode desaparecer e

portanto o mesmo deve ser amortizado pela sua vida útil.

“tanto o goodwill adquirido como o gerado internamente deveriam ser mantidos como ativos, ... e que, face a subjetividade presente, faz-se necessário incluir notas explicativas nos demonstrativos contábeis, .... sendo seu valor ajustado, a cada exercício, ..., em função de novas expectativas de geração de resultados”.5. CONTABILIDADE PÚBLICA

Podemos definir como Contabilidade Pública  o ramo da contabilidade que registra, controla e demonstra a execução dos orçamentos, dos atos e fatos da fazenda pública e o patrimônio público e suas variações.

 Portanto, seu escopo relaciona-se ao controle e gestão dos recursos públicos. Com o advento da Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF (Lei Complementar 101/2000), a contabilidade pública passou a ter maior importância e valorização. A contabilidade pública é regulada pela Lei 4.320/1964, que é a Lei das Finanças Públicas.

 Na contabilidade pública, o fator mais relevante é o balanço de resultados, que trata da despesa e da receita, ou seja, de que forma foi arrecadado o dinheiro e como foi aplicado, tendo como fico a visão de gestão.

 A Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF deu uma forma ao Relatório Resumido da Execução Orçamentária e definiu o que compõe o relatório e como se publica essa informação. Também trouxe como inovação o relatório de gestão fiscal, que visa demonstrar se foram atingidas as metas e os limites estabelecidos na lei de responsabilidade fiscal. Outra inovação é que a lei exigiu que as receitas vinculadas tenham a contabilização de onde está evidenciado o que já foi aplicado e qual é o saldo.

 Esta Lei também passou a dar uma maior importância e visibilidade à contabilidade.

 A Contabilidade Pública – em qualquer das na áreas Federal, Estadual, Municipal ou no Distrito Federal - tem como base a Lei 4.320, de 17 de março de 1964, que instituiu normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Comparativamente, a Lei 4.320/64 está para a Contabilidade Aplicada à Administração Pública assim como a Lei das Sociedade por Ações , Lei 6.404/76, está para a Contabilidade aplicada à atividade empresarial. A Contabilidade Pública registra a previsão da receita e a fixação da despesa, que são estabelecidas no Orçamento Público aprovado para o exercício. Escritura a execução orçamentária da receita e da despesa, fazendo a comparação entre a previsão e a realização das receitas e despesas, efetua o controle das operações de crédito, a dívida ativa, os valores, os créditos e obrigações, revelando as variações patrimoniais e mostra o valor do patrimônio.

 Está interessada também em todos os atos praticados pelo administrador, sejam de natureza orçamentária (previsão da receita, fixação da despesa, empenho, descentralização de créditos etc.) ou sejam meramente administrativos (contratos, convênios, acordos, ajustes, avais, fianças, valores sob responsabilidade, comodatos de bens, etc.) representativos de valores potenciais que poderão afetar o patrimônio no futuro.

 Comumente o objeto contabilidade é o patrimônio. Porém, a contabilidade pública não está interessada somente no patrimônio e suas variações, mas, também, no orçamento e sua execução, que é a previsão e arrecadação da receita e a fixação e a execução da despesa.

 

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A contabilidade pública, além de registrar todos os fatos contábeis - modificativos permutativos e mistos - registra também os atos potenciais praticados pelo administrador, que poderão alterar qualitativa e quantitativamente o patrimônio. O objetivo da Contabilidade Pública é o de fornecer aos gestores informações atualizadas e exatas para subsidiar as tomadas de decisões, aos órgãos de controle interno e externo para o cumprimento da legislação e às instituições governamentais e particulares informações estatísticas e outras de interesse dessas instituições.

6. EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) Uma determinada empresa de manutenção de veículos em seu Balancete de Verificação, de 31.12.2010 apresentava os seguintes saldos das contas:

CONTAS SALDOS

Adiantamento de Clientes R$ 5.000,00

Bancos conta Movimento R$ 4.000,00

Caixa R$ 800,00

Capital a Integralizar R$ 8.000,00

Capital Social R$ 12.000,00

Clientes R$ 800,00

Custo de Serviços Vendidos R$ 3.500,00

Despesas com Aluguel R$ 500,00

Despesas com Energia Elétrica R$ 200,00

Despesas com Pró-Labore R$ 3.200,00

Despesas com Propaganda R$ 1.500,00

Despesas com Salários R$ 3.400,00

Despesas com Seguros R$ 300,00

Despesas com Telefone R$ 200,00

Duplicatas a Pagar R$ 3.500,00

Equipamentos R$ 4.000,00

Estoques de Peças de Reparos R$ 5.000,00

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Imóveis R$ 12.000,00

Lucros Acumulados R$ 2.200,00

Receita com Venda de Serviços R$ 28.000,00

Seguros a Vencer R$ 3.300,00

Após o encerramento das contas de resultado, o Balanço Patrimonial apresentou o Ativo Total e o Patrimônio Líquido, respectivamente, de:

a) R$ 26.600,00 e R$ 21.400,00.

b) R$ 29.900,00 e R$ 21.400,00.

c) R$ 31.600,00 e R$ 29.400,00.

d) R$ 34.900,00 e R$ 29.400,00.

2) Uma empresa possuía um imóvel, utilizado no desempenho de suas atividades, adquirido por R$ 30.000,00 e depreciado em 20% do seu valor. Vendeu-o por R$ 25.000,00, em 30.09.2010concedendo prazo ao comprador para pagamento até o final de fevereiro de 2011 com juros simples de 5% ao mês, recebidos no ato da venda. A empresa encerra seu exercício social em 31 de dezembro de cada ano. A operação proporcionou à empresa vendedora:

a) Aumento do Ativo Circulante no valor de R$ 4.750,00.

b) Aumento do Patrimônio Líquido no exercício de 2010 no valor de R$ 7.250,00.

c) Um Ativo Imobilizado reduzido no valor de R$ 25.000,00.

d) Uma Receita Financeira, no exercício de 2010no valor de R$ 3.750,00.

3) A alternativa INCORRETA em relação à Contabilidade enquanto conhecimento é:

a) A Contabilidade deve permitir ao usuário, como partícipe do mundo econômico, observar e avaliar o comportamento; comparar seus resultados com os de outros períodos ou Entidades; avaliar seus resultados à luz dos objetivos estabelecidos.

b) A Contabilidade possui objeto próprio, que é o Patrimônio das Entidades, e consiste em conhecimentos obtidos por metodologia racional, com as condições de generalidade, incerteza e falta de causas, em nível qualitativo diferente das demais ciências sociais.

c) Na Contabilidade, o objeto é sempre o Patrimônio de uma Entidade, definido como um conjunto de bens, direitos e obrigações para informais, ou a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza, independente da sua finalidade, que pode, ou não, incluir o lucro.

d) Os usuários tanto podem ser internos e externos e, mais ainda, com interesses diversificados, razão pela qual as informações geradas pela Entidade devem ser amplas e fidedignas e, pelo menos, suficientes para a avaliação da sua situação patrimonial e das

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mutações sofridas pelo seu patrimônio, permitindo a realização de inferências sobre o seu futuro.

4) Considere as afirmativas a seguir a respeito das formalidades da escrituração contábil:

I. Não se admite o uso de códigos e/ou abreviaturas nos históricos dos lançamentos.

II.A escrituração contábil e a emissão de relatórios, peças, análises e mapas demonstrativos e demonstrações contábeis são de atribuição e responsabilidade exclusivas de Contabilista legalmente habilitado.

III.O Balanço e demais Demonstrações Contábeis de encerramento de exercício serão transcritos no “Razão”, completando-se com as assinaturas do Contabilista e do titular ou do representante legal da Entidade.

IV.

No caso de a Entidade adotar para sua escrituração contábil o processo eletrônico, os formulários contínuos, numerados mecânica ou tipograficamente, serão destacados e encadernados em forma de livro.

Estão CORRETAS as afirmativas:

a) I e III.

b) I e IV.

c) II e III.

d) II e IV.

5) Considerando uma empresa que tenha um valor total de seus ativos de R$ 139.180,00, um Valor Econômico Adicionado (VEA) de R$ 12.730,00 e um custo médio ponderado de capital de 13,98%. O valor do goodwill e o valor de mercado desta empresa serão, respectivamente, de:

a) R$ 14.509,65 e R$ 153.689,65.

b) R$ 19.457,36 e R$ 58.637,36.

c) R$ 91.058,65 e R$ 230.238,65.

d) R$ 177.965,40 e R$ 317.145,40.

6) Em 20.03.2010, foi apropriada a folha de pagamento, referente ao mês de março, para pagamento até o quinto dia útil do mês seguinte, conforme quadro abaixo:

Salários R$ 10.000,00

Page 23: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

Gratificações R$ 25.000,00

Salário-Família (estatutário) R$ 500,00

INSS R$ 4.000,00

IRRF R$ 5.000,00

Outros Consignatários R$ 1.000,00

Líquido R$ 25.500,00

Empenhando e liquidando as despesas, têm-se os seguintes valores de Crédito Disponível, Crédito Empenhado e Crédito Liquidado:

a) R$ 25.500,00, R$ 35.500,00 e R$ 10.000,00.

b) R$ 29.500,00, R$ 35.500,00 e R$ 30.500,00.

c) R$ 30.500,00, R$ 29.500,00 e R$ 35.500,00.

d) R$ 35.500,00, R$ 25.500,00 e R$ 30.500,00.

7) O balanço orçamentário elaborado por um ente da federação era:

RECEITA    

Receitas Correntes R$ 150.000,00

     Tributária R$ 125.000,00

     Outras Receitas Correntes R$ 25.000,00

Receitas de Capital R$ 200.00,00

     Operações de Crédito R$ 90.000,00

     Outras Receitas de Capital R$ 110.000,00

TOTAL R$ 350.000,00

DESPESA    

Despesas Correntes R$ 150.000,00

     Pessoal e Encargos Sociais R$ 100.000,00

Page 24: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

    Juros e Encargos da Dívida R$ 50.000,00

Despesas de Capital R$ 100.000,00

     Investimentos R$ 25.000,00

     Amortização da Dívida R$ 75.000,00

TOTAL R$ 250.000,00

Analisando o quadro acima, a resposta CORRETA é:

a) O resultado de capital foi um déficit de R$ 200.000,00.

b) Houve um superávit de R$ 100.000,00.

c) Houve uma capitalização de R$ 200.000,00.

d) O resultado corrente foi de R$ 100.000,00.

8) De acordo com o regime contábil adotado pela Contabilidade Pública no Brasil:

a) As despesas compreendem os desembolsos, os compromissos e os encargos, quando imputados no resultado.

b) As receitas e despesas extra-orçamentárias integram o resultado patrimonial do exercício.

c) O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.

d) O reconhecimento da receita ocorre somente com o lançamento, que permite a identificação do devedor.

9) Assinale a alternativa que conceitue corretamente CONTABILIDADE:

a) Ciência que trata dos fenômenos relativos à produção, distribuição, acumulação e consumo dos bens materiais

b) Técnica que registra as ocorrências que afetam o patrimônio de uma entidade

c) Ciência que estuda e pratica as funções de orientação, controle e registro dos atos e fatos de uma administração econômica

d) Técnica que consiste na decomposição, comparação e interpretação dos demonstrativos do estado patrimonial e do resultado econômico de uma entidade

e) Conjunto de princípios, normas e funções que tem por fim ordenar os fatores de produção e controlar a sua produtividade e eficiência, para se obter determinado resultado 

10) Uma empresa, que adota o regime da competência em sua escrituração, encerrou exercício social em 31.12.96. Nos primeiros dias de 1997 escriturou os seguintes eventos:

1. pagamento de salários dos empregados relativos ao mês de dezembro de 1996;

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2. recebimento da diferença de imposto recolhido a maior  em dezembro de 1996 e já reclamada naquele mês à autoridade competente;

3. venda de um bem do ativo permanente pelo preço de custo.

A escrituração refere-se, respectivamente, a fatos contábeis:

a) permutativo - permutativo - permutativo

b) modificativo diminutivo - modificativo aumentativo - permutativo

c) permutativo - modificativo aumentativo - modificativo diminutivo

d) modificativo diminutivo - misto aumentativo - permutativo

e) misto diminutivo - misto aumentativo - misto diminutivo

11) Caracteriza fato contábil misto diminutivo a operação representada pelo lançamento:

a)DCC

FornecedoresBanco - Conta MovimentoAbatimentos sobre Compras

b)DCC

CaixaDuplicatas a ReceberReceitas Financeiras

c)

DCCC

Veículos - novosCaixaTítulos a PagarVeículos - antigos

d)DC

Empréstimos de SóciosCapital a Integralizar

e)DDC

Empréstimos BancáriosEncargos Financeiros sobre Dívidas RepactuadasTítulos a Pagar

Elaborado em 16.11.2010

MÓDULO IIIQUESTÕES AVALIADAS POR ÁREA DE CONHECIMENTO

Contabilidade Geral - Teoria - Publica - Custos - Perícia - AuditoriaROTEIRO1.CONTABILIDADE GERAL2.TEORIA DA CONTABILIDADE3. CONTABILIDADE PÚBLICA4.CONTABILIDADE DE CUSTOS5. CONTABILIDADE GERENCIAL

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6.AUDITORIA CONTÁBIL7. PERÍCIA CONTÁBILTREINAMENTO1.CONTABILIDADE GERAL

1.1. Contas de Resultado

As contas de Resultado dividem-se em contas de Despesas e Receitas. Aparecem durante o exercício social, encerrando-se ao final do mesmo. Estas contas não fazem parte do Balanço Patrimonial, mas permitem apurar o Resultado de Exercício (Lucro ou Prejuízo).

1.2. Receitas

É o recebimento de numerários (dinheiro) pela venda de um produto ou serviço, relacionado ou não as atividades fins da sociedade e/ou entidade (empresas), podendo ser classificadas em receitas operacionais ou não operacionais e receitas financeiras.

Estes valores Correspondem geralmente às vendas de mercadorias, produtos ou prestações de serviços. É refletida no balanço através da entrada de dinheiro no Caixa (vendas a vista) ou entrada em forma de direitos a receber (vendas a prazo) que são as Duplicatas a Receber.

A receita sempre aumenta o ATIVO, embora nem todo aumento de ativo signifique receita.  Por exemplo, empréstimos bancários e financiamentos também aumentam o ATIVO, mas não são receitas.

Receitas Operacionais: São aquelas resultantes das operações relacionadas com as atividades fins da sociedade e/ou entidade como a venda de produtos (de fabricação própria ou de terceiros) e/ou da Prestação de Serviços. Exemplo: A venda de armário de cozinha, a montagem de um armário de cozinha, etc.

As receitas operacionais podem ser:

a) Receita Bruta - Compreende o total das receitas auferidas na venda de produtos ou serviços prestados;

b) Receita Líquida - Compreende o total das receitas auferidas na venda de produtos ou da prestação de serviços, diminuídos as devoluções, abatimentos e os impostos incidentes sobre as mesmas.

Compreendem ainda as receitas operacionais, as receitas financeiras advindas de operações que resultam no recebimento de um crédito em compensação por um atraso em recebimento de juros sobre duplicatas quitadas em atraso, descontos recebidos, aplicações financeiras, etc.

Demais Receitas Operacionais: São aquelas resultantes das operações não relacionadas com as atividades fins da sociedade. Exemplo: A venda de um veículo ou de uma máquina da sociedade. Esta nomenclatura passou a ser utilizada a partir das alterações da lei 11.638/07, sendo anteriormente mencionadas como Receitas Não Operacionais.

1.3. Custos e Despesas

Custo: é o preço pelo qual se obtém um bem, direito, ou serviço e, podem ser classificados em Direto ou Indireto, Fixo ou Variável. Custos são as medidas monetárias dos sacrifícios financeiros com os quais uma determinada organização, pessoa ou governo, têm de arcar a fim de atingir seus objetivos. Considera-se objetivo, a utilização de um produto ou serviço qualquer, utilizados na obtenção de outros bens ou serviços que devem ser vinculados à atividade fim da empresa.

Page 27: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

a) Custo Direto: É aquele utilizado na produção ou fabricação de um produto, como por exemplo, o papel utilizado na fabricação de embalagens, os pigmentos de cores, as tintas, etc.

b) Custo Indireto: É aquele que mesmo utilizado indiretamente na produção, ou seja, não participam fisicamente do produto, mas serão incorporados na formação do custo final do produto, como por exemplo: o transporte de matéria prima, a manutenção dos equipamentos da linha de produção, etc.

c) Custo Fixo: São os gastos que se operam sempre dentro das mesmas medidas. Exemplo: Seguros, aluguéis, etc.

d) Custo Variável: São os gastos que se alteram de acordo com o volume de produção. Exemplo matéria prima utilizada

Despesas: É o encargo necessário para comercializar os bens ou serviços objetos das atividades, bem como para a manutenção da estrutura empresarial independentemente de sua freqüência. Decorrem do consumo de bens e da utilização de serviços, visando direta ou indiretamente a obtenção de Receitas.  As despesas são itens que reduzem o Patrimônio Líquido e que têm essa característica de representar sacrifícios no processo de obtenção de receitas.

As despesas podem ser:

Operacionais: São as despesas que não são computadas nos custos, mas são necessárias à atividade da empresa e à manutenção da respectiva fonte produtora, e podem ser:

a) Comerciais: São as despesas relacionadas diretamente com a comercialização de nossos produtos ou serviços. Exemplo: Anúncios, propagandas, transportes, etc.

b) Financeiras: São as despesas ou encargos, já deduzidos as receitas, necessários a realização das atividades fins da sociedade. Exemplo: Tarifas bancárias, juros, multas, encargos na antecipação de créditos, etc.

c) Despesas Gerais e Administrativas: São as despesas não relacionadas à atividade principal da sociedade, porém são necessárias na formação do resultado. Exemplo: Revistas e Periódicos, Despesas com internet, etc.

Não Operacionais: São as despesas não relacionadas com a atividade da sociedade e necessário para que se obtenha uma receita não operacional.  Exemplo: Venda de um bem do ativo permanente.

Antecipadas: São as despesas não incorridas, mas pagas antecipadamente, que devem ser registradas no Ativo Circulante, devendo ser apropriadas no momento do usufruto da mesma. Exemplo: Seguros, Aluguéis, Energia Elétrica, etc.

Pré-Operacionais: São despesas já usufruídas, mas que somente proporcionaram receitas nos exercícios futuros. Exemplo: gastos com a implantação de uma fábrica, etc.

Receitas e Despesas

RECEITAS DESPESAS

Page 28: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

de Vendas de Mercadoria

de Venda de Produtos Fabricados

de prestação de Serviços

de Comissões

de Contribuições de Associados

de Doações

de Juros

de Aluguéis

de Mensalidades

de Ganhos diversos, etc.

de Aluguéis

de Salários e Encargos

de Juros

de Tributos (impostos, taxas e contribuições).

de Comissões

de Propaganda

de Consumo de materiais de escritório

de Manutenção e Limpeza

de Água, Luz, Telefone, Correio

de Perdas diversas, etc.

1.4. Encerramento das contas de Resultado

As empresas devem levantar um Balanço por ocasião do término do seu exercício social no intuito de apurar a sua situação patrimonial, bem como o resultado do período (lucro ou prejuízo). As contas de resultado, despesas e receitas, serão encerradas e seus valores levados, por lançamentos contábeis, para a conta de resultado do exercício, que também faz parte das contas de resultado. Por sua vez essa conta levará para o Patrimônio Líquido, o valor do resultado do exercício, ficando consequentemente com saldo zero na data de encerramento do exercício social. Portanto na data de encerramento do exercício social todas as contas de resultado terão os seus saldos zerados para a apuração do lucro ou prejuízo contábil.

A cada exercício social a empresa deve apurar o resultado dos seus negócios, para saber se obteve lucro ou prejuízo.

A contabilidade confronta as receitas (vendas) com as despesas. Se a receita for maior que a despesa, a empresa obteve lucro, se a receita for menor que a despesa a empresa teve prejuízo.

A apuração do resultado é realizada de forma destacada na Demonstração do Resultado do Exercício. Nesse demonstrativo se apresenta um resumo ordenado das despesas e receitas do período, facilitando-se a tomada de decisões.

 

2.TEORIA DA CONTABILIDADE

A contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades, representando  os valores de forma sistemática para servir de instrumento básico para a tomada de decisões de todos os seus potenciais usuários.

DRE

 

Receitas    90.000

Despesas        (65.000)

Lucro          25.000

 

DRE

 

Receitas     75.000

Despesas (83.000)

Prejuízo      (8.000)

 

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Dentro deste contexto, estuda-se a teoria da contabilidade com a finalidade de obter subsídios suficientes para a aplicação do conhecimento prático no processo contábil.

Sem um embasamento teórico, a contabilidade perderia o foco em relação ao patrimônio, principalmente porque as demonstrações contábeis não atenderiam aos padrões obrigatórios, tanto dos usuários quanto das normas contábeis.

No Brasil, a estrutura da teoria contábil é definida por órgãos regulamentadores, como o CFC (Conselho Federal de Contabilidade) e o CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis.

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) é o órgão responsável por buscar a convergência da contabilidade brasileira às normas internacionais. Foi criado pela Resolução CFC 1.055/05, sendo que fazem parte deste comitê várias entidades brasileiras como: Bovespa, Ibracon e Fipecafi, além do próprio Conselho Federal de Contabilidade.

As Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC´s) têm como principal objetivo estabelecer regras de conduta profissional e procedimentos técnicos, em consonância com os Princípios Fundamentais de Contabilidade.

2.1. Postulados, Princípios e Convenções Contábeis

Postulados:

Os postulados são comumente chamados de "Pilares da Contabilidade", por serem a base de toda a teoria contábil.

O Postulado da Entidade estabelece o Patrimônio como sendo o objeto da Contabilidade, e afirma a necessidade de diferenciação do patrimônio próprio com o patrimônio da entidade jurídica, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. É imprescindível distinguir corretamente a pessoa física da pessoa jurídica.

O Postulado da Continuidade prevê que o processo contábil deve ser desenvolvido supondo-se que a entidade nunca terá um fim. Este postulado entende que a sociedade não tem prazo estimado de duração. A suspensão das suas atividades pode provocar efeitos na utilidade de determinados ativos, com a perda, até mesmo integral, de seu valor. A queda no nível de ocupação pode também provocar efeitos semelhantes.

Princípios Contábeis:

São a padronização das técnicas contábeis adotadas pela maioria dos profissionais, no intuito de normalizar os lançamentos e relatórios, para um melhor controle e compreensão do patrimônio da entidade.

São princípios de contabilidade:

 - Oportunidade

 - Registro pelo valor original

 - Atualização monetária

 - Competência

 - Prudência

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No Brasil, os princípios contábeis são os estabelecidos pela Resolução CFC 750/93, posteriormente alterado pela Resolução CFC nº. 1.282 de 28.05.2010. Tais princípios servem como padrões a serem seguidos na contabilização dos fatos contábeis.

Convenções Contábeis

São conceitos para servirem como um guia para o profissional da área contábil, normatizando padrões de conduta na hora de escriturar os fatos contábeis, tais como:

 - Objetividade

 - Conservadorismo

 - Materialidade

 - Evidenciação

3. CONTABILIDADE PÚBLICA

A  Contabilidade Pública é definida como sendo o ramo da contabilidade que registra, controla e demonstra a execução dos orçamentos, dos atos e fatos da fazenda pública e o patrimônio público e suas variações. Seja na área Federal, Estadual, Municipal ou no Distrito Federal, está área da contabilidade  tem como base a Lei 4.320, de 17 de março de 1964, que instituiu normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.

A Contabilidade Societária, relacionada com a atividade privada, rege-se pela Lei das Sociedades Anônimas e pelo Código Civil, que estabelecem regras de procedimentos contábeis. A contabilidade pública é regulada pela Lei 4.320/1964, que é a Lei das Finanças Públicas.

O foco principal da contabilidade societária é o patrimônio e as suas avaliações, de tal forma que a principal peça é o balanço patrimonial. Na contabilidade pública, o mais relevante é o balanço de resultados, que trata da despesa e da receita, ou seja, de que forma foi arrecadado o dinheiro e como foi aplicado.

Outra diferença relevante é que a contabilidade societária tem como visão o patrimônio e o lucro da entidade e a Contabilidade pública tem a visão direcionada para a gestão.

A Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF deu forma ao Relatório Resumido da Execução Orçamentária, definindo o que compõe o relatório e como se publica essa informação. Também trouxe como inovação outro relatório, chamado de relatório de gestão fiscal, que visa demonstrar se foram atingidas as metas e os limites estabelecidos na lei de responsabilidade fiscal. Outra inovação é que a lei exigiu que as receitas vinculadas tenham a contabilização de onde está evidenciado o que já foi aplicado e qual é o saldo.

A Lei de Responsabilidade Fiscal também passou a dar uma maior importância e visibilidade à contabilidade.

A Contabilidade Pública registra a previsão da receita e a fixação da despesa, estabelecidas no Orçamento Público que foi  aprovado para o exercício, escritura a execução orçamentária da receita e da despesa, faz a comparação entre a previsão e a realização das receitas e despesas, controla as operações de crédito, a dívida ativa, os valores, os créditos e obrigações, revela as variações patrimoniais e mostra o valor do patrimônio.

O objeto de qualquer contabilidade é o patrimônio da entidade. A contabilidade pública não está interessada somente no patrimônio da entidade e em suas variações, tem com foco,

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também o orçamento e sua execução, sendo a previsão e arrecadação da receita e a fixação e a execução da despesa.

A contabilidade pública, além de registrar todos os fatos contábeis (modificativos, permutativos e mistos), registra os atos potenciais praticados pelo administrador, que poderão alterar qualitativa e quantitativamente o patrimônio da unidade federativa ou órgão envolvido .

4.CONTABILIDADE DE CUSTOS

A contabilidade de custos é o ramo da contabilidade que se destina a produzir informações para diversos níveis gerenciais de uma entidade, como auxílio às funções de determinação de desempenho, e de planejamento e controle das operações e de tomada de decisões, bem como tornar possível a alocação mais criteriosamente possível dos custos de produção aos produtos.

A contabilidade de custos coleta, classifica e registra os dados operacionais das diversas atividades da entidade, denominados de dados internos, bem como, algumas vezes, coleta e organiza dados externos. Os dados coletados podem ser tanto monetários como físicos. Exemplos de dados físicos operacionais: unidade produzidas, horas trabalhadas, quantidade de requisições de materiais e de ordens de produção, entre outros.

A contabilidade de custos requer a existência de métodos de custeio para que, ao final do processo, seja possível obter-se o valor a ser atribuído ao objeto de estudo.

Os principais métodos de custeio são:

Custeio por absorção

O Custeio por absorção é aquele que faz debitar ao custo dos produtos todos os custos da área de fabricação, sejam esses custos definidos como custos diretos ou indiretos, fixos ou variáveis, de estrutura ou operacionais. O próprio nome do critério é revelador dessa particularidade, ou seja, o procedimento é fazer com que cada produto ou produção (ou serviço)absorva parcela dos custos diretos e indiretos, relacionados à fabricação.

Esse método foi derivado do sistema desenvolvido na Alemanha no início do século XX conhecido por RKW (Reichskuratorium für Wirtschaftlichkeit).

Todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos (rateados) para todos os produtos feitos.

A principal distinção existente no uso do custeio por absorção é entre custos e despesas. A separação é importante porque as despesas são jogadas imediatamente contra o resultado do período, enquanto que apenas os custos relativos aos produtos vendidos terão o mesmo tratamento. Já os custos relativos aos produtos em elaboração e aos produtos acabados que não tenham sido vendidos são ativados nos estoques destes produtos.

Na legislação tributária brasileira do imposto de renda, esse método é o recomendado, sendo vetado o chamado método direto ou variável (vide contabilidade tributária). Nessa especialização, contudo, deve-se fazer sempre ressalvas: apesar do nome, muitos gastos potenciais não fazem parte do Custo de Absorção para fins tributários, simplesmente porque não são reconhecidos tributariamente como encargos: o imposto de renda do exercício, por exemplo, é um gasto em potencial que não será rateado pelo CIF, nem classificado como despesa operacional.

Custeio variável ou direto

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O custeio direto, ou custeio variável, é um tipo de custeio que consiste em considerar como custo de produção do período apenas os custos variáveis incorridos. Os custos fixos, pelo fato de existirem mesmo que não haja produção, não são considerados como custo de produção e sim como despesas, sendo encerrados diretamente contra o resultado do período. Desse modo, o custo dos produtos vendidos e os estoques finais de produtos em elaboração e produtos acabados só conterão custos variáveis. Os métodos de Custeio atribuem para cada custo uma classificação específica, na forma de custos fixos ou custos variáveis.

O sistema de custeio variável fundamenta-se na separação dos gastos em gastos variáveis e fixos, isto é, em gastos que oscilam proporcionalmente ao volume da produção/venda e gastos que se mantêm estáveis perante volumes de produção/venda oscilantes dentro de certos limites. Esse sistema produz informações importantíssimas como a margem de contribuição (contribuição marginal) e é o sistema que proporciona os subsídios necessários para a tomada de decisões nas empresas.

Porém esse método de custeio não é aceito para demonstrativos externos, pois fere um os princípios contábeis aceito no Brasil e também não é aceito perante a legislação do imposto de renda.

Separação do custeio direto na contabilidade

Em tese, há possibilidade de efetuar separação do custeio direto na contabilidade, segregando-se todos os custos em categorias específicas, como, por exemplo:

Mão-de-obra de produção

Mão-de-obra de produção – variável

Mão-de-obra de produção – fixa

Gastos gerais de fabricação

Energia elétrica – variável

Energia elétrica – demanda fixa

Contabilmente, desde que o sistema de acumulação se faça somando-se custos fixos e variáveis, não há que se opor a esta sistemática de separar os valores, para utilização gerencial.

Porém, na prática, devido ao aumento da complexidade e cuidados especiais na contabilização, as empresas desenvolvem sistemas próprios, que extraem da contabilidade dados específicos para análise de custos variáveis. A contabilidade segue seu padrão normal (utilizando o custo por absorção) e os sistemas de análise extraem, das contas de custos, os valores classificados como diretos (como por exemplo, as matérias-primas, os materiais de embalagem, a mão-de-obra direta, gastos com terceirização da produção, etc.).

O importante é que se preserve os dados, de forma integral e para atender a legislação contábil e fiscal, nada impedindo que se utilize tais dados em sistemas de informação específicos.

Características

Algumas características essenciais do método de custeio variável são:

Divisão dos custos em dois grupos principais: fixos e variáveis (eventualmente podem ser necessários criar as categorias intermediárias de semi-fixos ou semi-variáveis);

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Atribuir ao custo final dos produtos somente os custos variáveis, obtendo-se, assim, um custo final variável dos produtos. A diferença do custo variável com a receita de vendas é a chamada margem de contribuição.

Gerencialmente, os custos fixos são considerados integralmente como redutores do resultado, não se ativando os mesmos em estoques.

Desta forma, no custeio direto ou variável, o cálculo dos custos finais por produto são computados somente os custos variáveis. Os custos fixos são considerados como despesas, levadas integralmente ao resultado do período, por não serem considerados como elementos componentes do custo dos produtos. Obtém-se assim, o custo final variável dos produtos, ainda que sobrecarregados.

Porém, este tipo de custeio, custeio direto, não demonstra os custos com desperdícios, setup, gargalos, lay-out, etc. Estes deverão ser computados através de planilhas para cada tipo de empresa.

Métodos de apuramento do custo de produção

No cálculo dos custos da produção podem ser utilizados dois métodos diferentes (método direto ou método indireto), correspondentes a situações diferentes. Numa dada empresa podem ser utilizados simultaneamente os dois métodos, um para uns produtos e outro para outros. O mais normal é a utilização em cada empresa de um só dos métodos.

O método direto, também chamado de método de custeio por ordens de fabrico ou por encomenda é utilizado nas situações em que cada “produto” é um caso específico diferente dos outros. Isto acontece no sector da construção civil, no sector das obras públicas, nas empresas que produzem por encomenda e nas empresas que produzem por ordens de fabrico, nestes casos, cada prédio, cada obra, cada encomenda, cada ordem de fabrico é um caso individual, de que queremos conhecer o respectivo custo.

Na contabilidade analítica, abrimos uma conta para cada prédio, obra, encomenda, etc. Essas contas serão debitadas enquanto decorrer a produção, pelo consumo das matérias-primas e outros materiais, pelo custo da mão-de-obra utilizada e pelos gastos gerais de fabrico, imputáveis a cada um dos produtos. O valor acumulado a débito da conta de cada produto (conta de fabricação ou produção, indicará em cada momento o custo respectivo). Quando o “produto” estiver concluído, o valor a débito indicará o seu custo. Nessa altura, a sua conta de produção será creditada por débito da conta de produtos acabados ou custo dos produtos vendidos.

O método indireto ou de custeio por processos é utilizado nas chamadas indústrias de processo, ou seja indústrias de fabrico continuamente o mesmo produto ou produtos durante todo o ano. Nestes casos, como por exemplo, indústria das cervejas, indústria cimenteira, indústria química, indústria de material elétrico, indústria alimentar (a maioria das empresas utiliza o método indireto).

A produção repete-se sistematicamente ao longo do ano, torna-se necessário definir um período de custeio (geralmente um mês). Para esse período teremos que quantificar a produção realizada (produção efetiva, produção terminada, produção em curso de fabrico), tendo em conta os coeficientes de acabamento respectivos. Igualmente será necessário calcular o custo da produção efetiva, tendo em conta os coeficientes de homogeneização, o custo da produção terminada, tendo em conta um método de custeio das saídas (FIFO, LIFO, custo médio) e o custo dos produtos em curso de fabrico no fim do período, tendo em conta o seu grau de acabamento. Este processo repetir-se-á em cada período de custeio.

Contabilisticamente na classe 9 será aberta uma conta de fabricação para cada fase de fabrico, essas contas serão debitadas durante o mês pelo consumo das matérias-primas em cada fase, pela mão-de-obra utilizada e pelos restantes gastos fabris. Depois de calculado o custo da

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produção terminada em cada fase, a conta de fabricação respectiva, será creditada por débito da conta de fabricação da fase seguinte ou da conta de produtos acabados e intermédios, se a produção terminada for transferida para armazém, refletindo a contabilidade, deste modo, o trajeto físico do processo produtivo.

Custeio ABC - Activity Based Costing

O sistema de custeio baseado em atividades (ABC – Activity Based Costing) procura, igualmente, amenizar as distorções provocadas pelo uso do rateio, necessários aos sistemas tratados anteriormente, principalmente no que tange ao sistema de custeio por absorção. Poderia ser tratado como uma evolução dos sistemas já discutidos, mas sua relação direta com as atividades envolvidas no processo configura mero aprofundamento do sistema de custeio por absorção.

Martins (2003, p. 87), informa que o Custeio Baseado em Atividades "é uma metodologia de custeio que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos". Este sistema tem como fundamento básico a busca do princípio da causa, ou seja, procura identificar de forma clara, por meio de rastreamento, o agente causador do custo, para lhe imputar o valor.

A idéia básica é atribuir primeiramente os custos às atividades e posteriormente atribuir custos das atividades aos produtos. Sendo assim, primeiramente faz-se o rastreamento dos custos que cada atividade causou, atribuindo-lhes estes custos, e posteriormente verificam-se como os portadores finais de custos consumiram serviços das atividades, atribuindo-lhes os custos definidos. Conforme Eller (2000, p. 82), "o Custeio Baseado em Atividades parte da premissa de que as diversas atividades desenvolvidas geram custos e que os produtos consomem essas atividades". Segundo Martins (2003, p. 96) para atribuir custos às atividades e aos produtos utilizam-se de direcionadores. Martins (2003, p. 96) ensina ainda que "há que se distinguir dois tipos de direcionador: … direcionador de custos de recursos, e os …direcionadores de custos de atividades". O citado autor continua afirmando que "o primeiro identifica a maneira como as atividades consomem recursos e serve para custear as atividades". Afirma ainda que "o segundo identifica a maneira como os produtos consomem atividades e serve para custear produtos". Nakagawa (2001, p. 42), conceitua atividade "como um processo que combina, de forma adequada, pessoas, tecnologias, materiais, métodos e seu ambiente, tendo como objetivo a produção de produtos". Assim para o estudo do método ABC deve-se ponderar sobre as atividades envolvidas em cada processo de produção, seja de uma mercadoria ou um serviço.

Importância e utilização do ABC

A importância que se dá à utilização do sistema de custeio ABC é em virtude do mesmo não ser apenas um sistema que dá valor aos estoques, mas também proporciona informações gerenciais que auxiliam os tomadores de decisão, como por exemplo, os custos das atividades, que proporcionam aos gestores atribuírem responsabilidades. Um diferencial do sistema de custeio ABC, é que a sua utilização, por exigir controles pormenorizados, proporciona o acompanhamento e correções devidas nos processos internos da empresa, ao mesmo tempo em que possibilita a implantação e/ou aperfeiçoamento dos controles internos da entidade.

Implementação do ABC

A implementação do ABC requer uma cuidadosa análise do sistema de controle interno da entidade. Sem este procedimento que contemple funções bem definidas e fluxo dos processos, torna-se inviável a aplicação do ABC de forma eficiente e eficaz. O ABC, por ser também um sistema de gestão de custos, pode ser implantado com maior ou menor grau de detalhamento, dependendo das necessidades de informações gerenciais para o gestor, o que está intimamente ligado ao ramo de atividade e porte da empresa.

Na construção de um modelo ABC é necessário:

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1) Estabelecer o organograma da empresa e os centros homogêneos onde se desenvolvem e definem as atividades que conduzem ao produto final;

2) Identificação das diferentes atividades; Nesta fase pretende-se identificar e classificar cada uma das diferentes atividades dos diferentes centros homogêneos. Para esta fase necessita-se de informação própria da empresa, que pode ser o manual de procedimentos, questionário aos empregados, avaliação do tempo de trabalho de cada trabalhador, valoração de recursos, identificando ao mesmo tempo a participação de cada centro homogêneo em cada uma das atividades.

3) Identificação dos custos suportados no exercício, nos diferentes centros referidos na 1.ª fase. Nesta fase de localização apenas se identificam os custos indiretos, pois os custos diretos afetam-se ao produto final;

4) Construção do modelo ABC seria determinar os Cost Drivers ou geradores de custos, podendo utilizar-se como medida de atividade um input, um output, ou qualquer outro indicador físico. A característica fundamental que se deve cumprir na determinação dos Cost Drivers é que se produza uma relação direta entre a medida e o produto final;

5) Distribuir os custos dos diferentes centros ou departamentos pelas atividades, ou seja, uma vez localizados os custos indiretos e as distintas secções, a empresa estabelecerá critérios para classificar estes custos e as atividades, podendo encontrar duas situações: - Na primeira, as atividades desenvolvem-se por um único centro; - No segundo caso, numa atividade podem participar vários centros de custo, pelo que será necessário valorar a participação de cada centro nas atividades.

6) Nesta fase do modelo reclassificam-se as atividades, isto é, depois de identificadas todas as atividades estas passam a ser reclassificadas atendendo a critérios específicos do ponto de vista operativo. As atividades principais, também designadas por primárias, não se classificam dado que tendem a obter o produto final têm uma relação direta com o produto final. As ⇒atividades auxiliares ou secundárias caracterizam-se por ser comuns às atividades principais e não têm uma relação direta com o produto final. O custo destas atividades auxiliares deverá repartir-se pelas atividades principais.

7) Determinação do custo unitário do gerador de custo ou Cost Driver. Este custo é dado pelo quociente entre o custo total da atividade e o número de Cost Drivers definidos.

8) Nesta fase são definidos os Cost Drivers necessários para obter o produto final. Requer um estudo detalhado do mapa das atividades da empresa e das características do processo produtivo para diferenciar as atividades necessárias para obter cada tipo de produtos.

9) Finalmente, determinar-se-á o custo total do produto, sendo composto pelos custos direto que se afetam diretamente ao produto final e custos indiretos que se imputam em função das atividades necessárias ou utilizadas. Segundo este modelo, atividade é o conjunto de tarefas que são necessárias para obter um produto final e que têm como objetivo incrementar o valor acrescentado da empresa. Enquanto as atividades geram custos, as tarefas são um passo intermédio para conseguir uma atividade. O objetivo de todas as atividades definido no modelo é gerar valor acrescentado ao produto final, tendo as mesmas três características específicas: - Têm um objetivo concreto que é gerar custos; - Devem consumir um conjunto de inputs ou fatores; - Devem poder relacionar-se com o produto final por meio de Cost Drivers. Quando uma empresa define o seu mapa de atividades deve considerar, em primeiro lugar, que as tarefas que compõem esta atividade sejam homogêneas e que, ao mesmo tempo, todas as tarefas da mesma atividade possam ser quantificadas atendendo à mesma unidade de medida, ou seja, o mesmo Cost Driver.

Gestão Econômica ou GECON

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GECON ou modelo Gestão Econômica é um modelo de mensuração de custos baseado em gestão por resultados econômicos. Também conhecido por Grid Economics and Business Models Works[1].

Idealizado pelo Prof. Armando Catelli[2] no final dos anos setenta vislumbrando a necessidade de adequação dos modelos da administração da organizações à realidade empresarial e também a ineficácia dos sistemas de contabilidade e de custos para o apoio do processo decisório.

Para implantação do Modelo de mensuração de custos GECON é necessário o uso de um aplicativo para controlar e mensurar os custos econômicos e financeiros da empresa. Basicamente a apuração do resultado econômico de cada setor da empresa é comparado com o resultado de outros setores onde a análise de custos x resultados são fundamentais para busca de uma constante eficiência x eficácia nos processos.

Sua estrutura básica pode ser descrita como:

Medida da Eficácia da Empresa

Processo de Geração do Lucro

Responsabilidade pela Geração do Lucro

Papel dos Gestores

Informação para Gestão

Aspectos Operacionais, Financeiros e Econômicos das Atividades

O desenvolvimento da Contabilidade de Custos recebeu seu maior impulso quando da Revolução Industrial, a ponto de gerar um novo campo de aplicação conhecido como Contabilidade Industrial. A partir desse evento, a contabilidade passou de seu foco principal que era a avaliação de estoques, para as diferentes técnicas de custeio. No século XX começaram a surgir as teorias e técnicas de gestão contábil na Europa e posteriormente nos Estados Unidos. Passou-se a questionar o que muitos autores chamavam de contabilidade tradicional de custos, basicamente as técnicas centradas na realocação de custos indiretos (rateios do CIF). As novas propostas formariam a maior parte do escopo atribuído a vertente da Contabilidade Gerencial, Controladoria Contábil (integração de Orçamento e Contabilidade) e Contabilidade Estratégica (integração de orçamentos plurianuais e contabilidade, havendo também propostas múltiplas que buscam identificar e sistematizar tendências gerenciais de longo prazo).

5. CONTABILIDADE GERENCIAL

A Contabilidade Gerencial é o processo de produzir informações financeiras e operacionais para os administradores das organizações. Tal processo deve ser dirigido pelas necessidades de informações de indivíduos internos à organização, e deve guiar suas decisões operacionais e de investimentos.

A contabilidade é uma ferramenta indispensável para a gestão de negócios. De longa data, contadores, administradores e responsáveis pela gestão de empresas se convenceram que amplitude das informações contábeis vai além do simples cálculo de impostos e atendimento de legislações comerciais, previdenciárias e legais.

Contabilidade Gerencial, em síntese, é a utilização dos registros e controles contábeis com o objetivo de gerir uma entidade.

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A gestão de entidades é um processo complexo e amplo, que necessita de uma adequada estrutura de informações - e a contabilidade é a principal delas.

Vale lembrar que o custo de manter uma contabilidade completa (livros diário, razão, inventário, conciliações, etc.) não é justificável para atender somente o fisco. Informações relevantes podem estar sendo desperdiçadas, quando a contabilidade é encarada como mera burocracia para atendimento governamental. 

A contabilidade gerencial não “inventa” dados, mas lastreia-se na escrituração regular dos documentos, contas e outros fatos que influenciam o patrimônio empresarial.

6.AUDITORIA CONTÁBIL

A auditoria contábil compreende o exame de documentos, livros contábeis, registros, além de realização de inspeções e obtenção de informações de fontes internas e externas, tudo relacionado com o controle do patrimônio da entidade auditada.

A auditoria tem por objetivo averiguar a exatidão dos registros contábeis e das demonstrações contábeis no que se refere aos eventos que alteram o patrimônio e a representação desse patrimônio.

Além de ser uma técnica contábil, a auditoria também pode ser entendida como um ramo da Contabilidade.

O objeto da auditoria se resume no conjunto dos elementos de controle do patrimônio, quais sejam os registros contábeis, documentos que comprovem esses registros e os atos administrativos. Fatos não registrados documentalmente também são objeto da auditoria uma vez que tais fatos podem ser relatados por indivíduos que executam atividades relacionadas ao patrimônio auditado.

A auditoria surgiu como conseqüência da necessidade de confirmação dos registros contábeis, em virtude do aparecimento das grandes empresas e da taxação do imposto de renda, baseado no lucro expresso nas demonstrações contábeis. Sua evolução ocorreu em paralelo ao desenvolvimento econômico e com as grandes empresas formadas por capital de muitas pessoas.

A auditoria contábil surgiu primeiramente na Inglaterra, primeira nação a possuir grandes empresas de comércio e primeira a instituir imposto sobre a renda.

Além disso, na Inglaterra já se praticava desde 1314 a auditoria nas contas públicas.

Reflexos da auditoria contábil sobre o patrimônio da entidade

- sob o aspecto administrativo: contribui para a redução da ineficiência, negligência, incapacidade e improbidade.

- sob o aspecto patrimonial: possibilita melhor controle de bens, direitos e obrigações.

- sob o aspecto fiscal: auxilia no rigoroso cumprimento das obrigações fiscais, resguardando o patrimônio contra possíveis penalidades.

- sob o aspecto técnico: contribui para a eficiência dos serviços contábeis.

- sob o aspecto financeiro: resguarda créditos de terceiros contra fraudes e dilapidações.

- sob o aspecto econômico: possibilita maior exatidão no resultado.

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- sob o aspecto ético: examina a moralidade do ato praticado.

- sob o aspecto social: examina a correta aplicação dos recursos para fins sociais e ambientais e certifica a confiabilidade destes dados.

Vantagens da auditoria contábil para a administração da empresa:

Fiscaliza a eficiência dos controles internos;

Assegura maior correção dos registros contábeis;

Opina sobre a adequação das demonstrações contábeis;

Dificulta desvios de bens patrimoniais e pagamentos indevidos de despesas;

Possibilita a apuração de omissões no registro das receitas, na realização oportuna de créditos ou na liquidação oportuna de débitos;

Contribui para obtenção de melhores informações sobre a real situação econômica, patrimonial e financeira da empresa auditada;

Aponta falhas na organização administrativa da empresa e nos controles internos.

Vantagens da auditoria contábil para os investidores e titulares do capital (sócios):

Contribui para maior exatidão das demonstrações contábeis;

Possibilita melhores informações sobre a real situação econômica, patrimonial e financeira da empresa auditada;

Assegura maior exatidão dos resultados apurados.

Vantagens da auditoria contábil para o fisco:

Permite maior exatidão das demonstrações contábeis;

Assegura maior exatidão dos resultados apurados;

Contribui para maior observância das leis fiscais.

Vantagens da auditoria contábil para a sociedade (trabalhadores, população, etc) como um todo:

Maior credibilidade das demonstrações contábeis da entidade auditada;

Assegura a veracidade das informações, das quais dependerá a tranqüilidade quanto à sanidade das empresas e garantias de empregos;

Informa o grau de solidez e a evolução da economia nacional (através das demonstrações contábeis).

Limitações da auditoria contábil

Embora a auditoria contábil seja um instrumento indispensável para o controle organizacional, esta não deve ser considerada como imune a imperfeições ou a falhas.

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A auditoria contábil encontra suas limitações no momento em que as inconsistências detectadas assumem um caráter não contábil, ou seja, abrangem, além dos controles patrimoniais, outros aspectos, tais como engenharia de produção ou pesquisa operacional. Assim, a auditoria na área de custos pode detectar anomalias através do confronto dos custos-padrão com os custos reais, porém, ela não é capaz de detectar se essa anomalia é fruto de um desenho de projeto de baixa qualidade ou de regulagem das máquinas deficiente. Tais investigações escapam da auditoria contábil e partem para a auditoria operacional, para a auditoria administrativa e ainda para a auditoria de projetos.

Também seria ingenuidade supor que a auditoria contábil impeça por completo fraudes e erros nos registros e transações envolvendo o patrimônio, vez que o auditor contábil, em muitos casos não executa a verificação em todos os registros de determinada área ou natureza face a enormidade de averiguações que seriam necessárias para tal, o que inviabilizaria a auditoria pelo seu custo. Em vez de um exame em todos os registros, o auditor utiliza técnicas estatísticas e sua experiência para analisar amostras que representem a população e os registros mais relevantes, tudo em função da relação custo-benefício.

Essas limitações não significam que a auditoria contábil é falha ou pouco confiável. Pelo contrário, quando realizada de acordo com os princípios que a regem e os princípios contábeis ela se torna um instrumento eficiente de avaliação dos controles internos e de controle da situação patrimonial da entidade auditada.

7. PERÍCIA CONTÁBIL

Perícia (do latim peritia) é o conhecimento proveniente da experiência; habilidade, talento; espécie de prova consistente no parecer técnico de pessoa habilitada a formulá-lo.

A perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos técnicos e científicos destinado a levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar à justa solução do litígio, mediante laudo pericial contábil, e ou parecer pericial contábil, em conformidade com as normas jurídicas e profissionais, e a legislação específica no que for pertinente. (Item 2 da NBC TP 01 – Normas Brasileiras de Contabilidade).

Portanto, a perícia contábil tem sua amplitude relacionada à causa que a deu origem. Assim, uma perícia que envolva questões tributárias levará em conta não somente a contabilidade em si, como também a legislação fiscal que rege a matéria relacionada aos exames.

Objetivos

Podemos resumir que a perícia contábil tem dois objetivos primordiais:

Levantar elementos de prova.

Subsidiar a emissão de laudo ou parecer

Prova pericial

Prova é o elemento material para demonstração de uma verdade. Desta forma, prova pericial corresponde a prova (seja na forma de laudo ou parecer) oriunda de uma perícia.

Laudo pericial

Laudo é o documento, elaborado por um ou mais peritos, onde se apresentam conclusões do exame pericial. No laudo, responde-se aos quesitos (perguntas) que foram propostos pelo juiz ou pelas partes interessadas.

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Laudo Pericial Contábil (LPC) é uma peça escrita, na qual o perito-contador deve visualizar, de forma abrangente, o conteúdo da perícia e particularizar os aspectos e as minudências que envolvam a demanda.

O LPC efetuado em matéria contábil somente seja executado por contador habilitado e devidamente registrado em Conselho Regional de Contabilidade.

As normas para o LPC foram determinadas pela NBC TP 01.

TREINAMENTO

1) O procedimento de segregar o patrimônio da em¬presa avaliada do patrimônio de seus sócios está fundamentado no conceito da:

a) Entidade

b) Identidade

c) Prudência

d) Materialidade

e) Relatividade

2) Trapalhão é comerciante (revenda de produtos veterinários) e fazendeiro. Apesar de a fazenda não estar incorporada ao patrimônio da firma comercial, ele não faz distinção dos fatos decorrentes de sua dupla atividade, na escrituração do estabelecimento comercial, em que pese utilizar normalmente empregados e produtos de um em outro estabelecimento.

O procedimento de Jorge Trapalhão, analisado sob o aspecto contábil, está:

a) correto, porque Jorge Trapalhão é pessoa física, uma vez que, de acordo com o Código Civil, a pessoa jurídica não pode ser formada de um único indivíduo

b) incorreto, porque contraria o princípio contábil da Competência

c) correto, porque, qualquer que seja o seu sistema de escrituração, o resultado de suas atividades reverter-se-á totalmente em seu benefício

d) incorreto, porque contraria o princípio contábil da Entidade

e) correto, porque, apesar de os misturar, ele não omite nem adultera os fatos contábeis decorrentes de sua dupla atividade

3) A autonomia patrimonial, fulcro do Princípio da Entidade, objetiva especificamente estabelecer que:

a) não seja confundido o patrimônio da entidade com o de seus sócios.

b) a contabilidade deve individualizar um patrimônio particular no universo dos patrimônios.

c) o patrimônio se caracteriza como o objeto da contabilidade.

d) o patrimônio pertence a uma pessoa, a um conjunto de pessoas, a uma sociedade, ou a uma instituição de qualquer natureza.

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e) a soma de patrimônios autônomos não resulta em nova entidade.

4) O Princípio da Continuidade objetiva afirmar que a Entidade

a) é susceptível de descontinuidade.

b) tem a composição de seu patrimônio afetada, na descontinuidade de suas atividades.

c) tem seu patrimônio afetado, segundo as condições prováveis em que se possam desenvolver suas operações.

d) pode ter a utilidade de alguns de seus ativos afetada, na suspensão de suas atividades.

e) na sua aplicação, tem como situação-limite, a completa cessação de suas atividades.

5) Com relação aos princípios fundamentais de Contabilidade, assinale a alternativa incorreta.

a)  Pelo princípio da oportunidade deve-se contabilizar de imediato e de forma integral os fatos que estejam tecnicamente estimados, mesmo que exista somente razoável certeza de sua ocorrência.

b)  Os registros contábeis, pelo princípio da oportunidade, compreendem os elementos quantitativos e qualitativos, contemplando os aspectos físicos e monetários.

c)  A observância do princípio da oportunidade é indispensável à correta aplicação do princípio da competência.

d)  A continuidade influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a entidade tem prazo determinado, previsto ou previsível ou em decorrência de passivo a descoberto.

e)  A análise de balanço, quando utilizados mais de um período, deve ter os efeitos externos (inflação por exemplo) eliminados, presenciando-se neste momento o princípio da atualização monetária.

6) No levantamento de Balanço para apuração do resultado do período base, as contas de:

a) custos e despesas são debitadas em contrapartida de uma conta transitória de resultado;

b) receitas são creditadas em contrapartida de uma conta transitória de resultado;

c) custos e despesas são creditadas em contrapartida de uma conta transitória de resultado;

d) receitas são creditadas em contrapartida de conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados;

e) receitas são creditadas e as de despesas e custos são debitadas em contrapartida de uma conta transitória de resultado.

7) As técnicas de que a Contabilidade se utiliza para alcançar os seus objetivos são:

a) escrituração, planejamento, coordenação e controle

b) escrituração, balanços, inventários e orçamentos

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c) contabilização, auditoria, controle e análise de balanços

d) auditoria, análise de balanços, planejamento e controle

e) auditoria, escrituração, análise de balanços e demonstração

8. CORREÇÃO DE EXERCÍCIOS DO MÓDULO ANTERIOR

1) Uma determinada empresa de manutenção de veículos em seu Balancete de Verificação, de 31.12.2010 apresentava os seguintes saldos das contas:

CONTAS SALDOS

Adiantamento de Clientes R$ 5.000,00

Bancos conta Movimento R$ 4.000,00

Caixa R$ 800,00

Capital a Integralizar R$ 8.000,00

Capital Social

R$ 12.000,00

Clientes R$ 800,00

Custo de Serviços Vendidos R$ 3.500,00

Despesas com Aluguel R$ 500,00

Despesas com Energia Elétrica R$ 200,00

Despesas com Pró-Labore R$ 3.200,00

Despesas com Propaganda R$ 1.500,00

Despesas com Salários R$ 3.400,00

Despesas com Seguros R$ 300,00

Despesas com Telefone R$ 200,00

Duplicatas a Pagar R$ 3.500,00

Equipamentos R$ 4.000,00

Estoques de Peças de Reparos R$ 5.000,00

Imóveis R$ 12.000,00

Lucros Acumulados R$ 2.200,00

Receita com Venda de Serviços R$ 28.000,00

Seguros a Vencer R$ 3.300,00

Após o encerramento das contas de resultado, o Balanço Patrimonial apresentou o Ativo Total e o Patrimônio Líquido, respectivamente, de:

a)   R$ 26.600,00 eR$ 21.400,00.

b)   R$ 29.900,00 eR$ 21.400,00.

c)   R$ 31.600,00 eR$ 29.400,00.

d)   R$ 34.900,00 eR$ 29.400,00.

2) Uma empresa possuía um imóvel, utilizado no desempenho de suas atividades, adquirido por R$ 30.000,00 e depreciado em 20% do seu valor. Vendeu-o por R$ 25.000,00, em 30.09.2010concedendo prazo ao comprador para pagamento até o final de

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fevereiro de 2011 com juros simples de 5% ao mês, recebidos no ato da venda. A empresa encerra seu exercício social em 31 de dezembro de cada ano. A operação proporcionou à empresa vendedora:

a) Aumento do Ativo Circulante no valor de R$ 4.750,00.

b) Aumento do Patrimônio Líquido no exercício de 2010 no valor de R$ 7.250,00.

c) Um Ativo Imobilizado reduzido no valor de R$ 25.000,00.

d) Uma Receita Financeira, no exercício de 2010no valor de R$ 3.750,00.

3) A alternativa INCORRETA em relação à Contabilidade enquanto conhecimento é:

a) A Contabilidade deve permitir ao usuário, como partícipe do mundo econômico, observar e avaliar o comportamento; comparar seus resultados com os de outros períodos ou Entidades; avaliar seus resultados à luz dos objetivos estabelecidos.

b) A Contabilidade possui objeto próprio, que é o Patrimônio das Entidades, e consiste em conhecimentos obtidos por metodologia racional, com as condições de generalidade, incerteza e falta de causas, em nível qualitativo diferente das demais ciências sociais.

c) Na Contabilidade, o objeto é sempre o Patrimônio de uma Entidade, definido como um conjunto de bens, direitos e obrigações para informais, ou a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza, independente da sua finalidade, que pode, ou não, incluir o lucro.

d) Os usuários tanto podem ser internos e externos e, mais ainda, com interesses diversificados, razão pela qual as informações geradas pela Entidade devem ser amplas e fidedignas e, pelo menos, suficientes para a avaliação da sua situação patrimonial e das mutações sofridas pelo seu patrimônio, permitindo a realização de inferências sobre o seu futuro.

4) Considere as afirmativas a seguir a respeito das formalidades da escrituração contábil:

I. Não se admite o uso de códigos e/ou abreviaturas nos históricos dos lançamentos.

II. A escrituração contábil e a emissão de relatórios, peças, análises e mapas demonstrativos e demonstrações contábeis são de atribuição e responsabilidade exclusivas de Contabilista legalmente habilitado.

III. O Balanço e demais Demonstrações Contábeis de encerramento de exercício serão transcritos no “Razão”, completando-se com as assinaturas do Contabilista e do titular ou do representante legal da Entidade.

IV.

No caso de a Entidade adotar para sua escrituração contábil o processo eletrônico, os formulários contínuos, numerados mecânica ou tipograficamente, serão destacados e encadernados em forma de livro.

Estão CORRETAS as afirmativas:

a)

I e III.

b)

I e IV.

c)

II e III.

Page 44: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

d)

II e IV.

5) Considerando uma empresa que tenha um valor total de seus ativos de R$ 139.180,00, um Valor Econômico Adicionado (VEA) de R$ 12.730,00 e um custo médio ponderado de capital de 13,98%. O valor do goodwill e o valor de mercado desta empresa serão, respectivamente, de:

a)

R$ 14.509,65 e R$ 153.689,65.

b)

R$ 19.457,36 e R$ 58.637,36.

c)

R$ 91.058,65 e R$ 230.238,65.

d)

R$ 177.965,40 e R$ 317.145,40.

6) Em 20.03.2010, foi apropriada a folha de pagamento, referente ao mês de março, para pagamento até o quinto dia útil do mês seguinte, conforme quadro abaixo:

Salários R$ 10.000,00

Gratificações R$ 25.000,00

Salário-Família (estatutário) R$ 500,00

INSS R$ 4.000,00

IRRF R$ 5.000,00

Outros Consignatários R$ 1.000,00

Líquido R$ 25.500,00

Empenhando e liquidando as despesas, têm-se os seguintes valores de Crédito Disponível, Crédito Empenhado e Crédito Liquidado:

a) R$ 25.500,00 R$ 35.500,00 e R$ 10.000,00.

b) R$ 29.500,00 R$ 35.500,00 e R$ 30.500,00.

c) R$ 30.500,00 R$ 29.500,00 e R$ 35.500,00.

d) R$ 35.500,00 R$ 25.500,00 e R$ 30.500,00.

7) O balanço orçamentário elaborado por um ente da federação era:

RECEITA    

Receitas Correntes R$ 150.000,00

     Tributária R$ 125.000,00

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     Outras Receitas Correntes R$ 25.000,00

Receitas de Capital R$ 200.00,00

     Operações de Crédito R$ 90.000,00

     Outras Receitas de Capital R$ 110.000,00

TOTAL R$ 350.000,00

DESPESA    

Despesas Correntes R$ 150.000,00

     Pessoal e Encargos Sociais R$ 100.000,00

    Juros e Encargos da Dívida R$ 50.000,00

Despesas de Capital R$ 100.000,00

     Investimentos R$ 25.000,00

     Amortização da Dívida R$ 75.000,00

TOTAL R$ 250.000,00

Analisando o quadro acima, a resposta CORRETA é:

a) O resultado de capital foi um déficit de R$ 200.000,00.

b) Houve um superávit de R$ 100.000,00.

c) Houve uma capitalização de R$ 200.000,00.

d) O resultado corrente foi de R$ 100.000,00.

8) De acordo com o regime contábil adotado pela Contabilidade Pública no Brasil:

a) As despesas compreendem os desembolsos, os compromissos e os encargos, quando imputados no resultado.

b) As receitas e despesas extra-orçamentárias integram o resultado patrimonial do exercício.

c) O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.

d) O reconhecimento da receita ocorre somente com o lançamento, que permite a identificação do devedor.

9) Assinale a alternativa que conceitue corretamente CONTABILIDADE:

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a) Ciência que trata dos fenômenos relativos à produção, distribuição, acumulação e consumo dos bens materiais

b) Técnica que registra as ocorrências que afetam o patrimônio de uma entidade

c) Ciência que estuda e pratica as funções de orientação, controle e registro dos atos e fatos de uma administração econômica

d) Técnica que consiste na decomposição, comparação e interpretação dos demonstrativos do estado patrimonial e do resultado econômico de uma entidade

e) Conjunto de princípios, normas e funções que tem por fim ordenar os fatores de produção e controlar a sua produtividade e eficiência, para se obter determinado resultado

10) Uma empresa, que adota o regime da competência em sua escrituração, encerrou exercício social em 31.12.96. Nos primeiros dias de 1997 escriturou os seguintes eventos:

1. pagamento de salários dos empregados relativos ao mês de dezembro de 1996;

2. recebimento da diferença de imposto recolhido a maior  em dezembro de 1996 e já reclamada naquele mês à autoridade competente;

3. venda de um bem do ativo permanente pelo preço de custo.

A escrituração refere-se, respectivamente, a fatos contábeis:

a)permutativo - permutativo - permutativo

b)modificativo diminutivo - modificativo aumentativo - permutativo

c)permutativo - modificativo aumentativo - modificativo diminutivo

d)modificativo diminutivo - misto aumentativo - permutativo

e)misto diminutivo - misto aumentativo - misto diminutivo

11) Caracteriza fato contábil misto diminutivo a operação representada pelo lançamento:

a)DCC

FornecedoresBanco - Conta MovimentoAbatimentos sobre Compras

b)DCC

CaixaDuplicatas a ReceberReceitas Financeiras

c)

DCCC

Veículos - novosCaixaTítulos a PagarVeículos - antigos

d)DC

Empréstimos de SóciosCapital a Integralizar

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e)DDC

Empréstimos BancáriosEncargos Financeiros sobre Dívidas RepactuadasTítulos a Pagar

Elaborado em 27.12.2010

MÓDULO IVQUESTÕES AVALIADAS POR ÁREA DE CONHECIMENTO

Contabilidade Geral - Auditoria - Perícia - Ética - Direito

ROTEIRO

            1. CONTABILIDADE GERENCIAL            2. AUDITORIA CONTÁBIL            3. PERÍCIA CONTÁBIL            4. LEGISLAÇÃO E ÉTICA PROFISSIONAL            5. NOÇÕES DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO            6. EXERCÍCIOS PROPOSTOS            7. CORREÇÃO DE EXERCÍCIOS DO MÓDULO ANTERIOR

1. CONTABILIDADE GERENCIAL

Avaliação de Estoques

Existem duas formas de controlar contabilmente o valor dos estoques e, conseqüentemente, o custo das mercadorias vendidas. São eles:

Inventário Periódico

Por esse método as entradas de mercadorias são registradas na conta COMPRAS e, no fim de cada exercício ou período contábil, o custo da mercadoria vendida é registrado em conta separada. O montante dos estoques é determinado, periodicamente, pela contagem física das mercadorias disponíveis.

O custo das vendas é apurado pela equação:

              EI         +          C          -           EF        =          CMV    

Em que:

EI = estoque inicial

C = compras do período / exercício (apurado pelo razão de compras)

EF = estoque final (apurado por inventário físico)

CMV = custo das mercadorias vendidas

Inventário Permanente

Ao contrário do anterior, a característica básica do método dos inventários perpétuos é que ele proporciona um registro permanente dos estoques disponíveis. Alterações nos estoques são registradas conforme elas ocorram, por créditos e débitos à conta de ESTOQUES. Assim, as entradas de mercadorias são registradas por débitos à conta de Estoques; a conta Compras

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não é utilizada como no método dos inventários periódicos. Quando se vendem as mercadorias, são necessários dois tipos de lançamentos:

1. Pela venda – registradas pelo preço de venda;

2. Pela diminuição dos estoques – registradas pelo custo.

Para ilustrar as características dos dois procedimentos contábeis em relação aos estoques, suponhamos estar fazendo a contabilidade de uma empresa revendedora de aparelhos de ar condicionado, adquiridos de um atacadista por $ 300 e vendidos, no varejo, por $ 400. Suponhamos também que:

Descrição Quantidade Valor $Estoque inicial

Compras durante o período

Vendas durante o período:

   preço de venda

   custo das mercadorias vendidas

Estoque final

  4 unidades

10 unidades

  9 unidades

 

 

  5 unidades

1.200

3.000

 

3.600

2.700

1.500

Caso fosse adotado o critério de controle de estoques de acordo com o sistema periódico, teríamos:

Descrição Valor $Estoque inicial

Compras

Estoque final (apurado pelo inventário físico por ocasião do encerramento do exercício)

Custo das Mercadorias Vendidas

 

O lucro da empresa seria de:

Venda

Custo dos produtos vendidos

Lucro do exercício

1.200

3.000

 

(1.500)

2.700

 

 

3.600

2.700

900

Nesse caso, o resultado do exercício somente é conhecido quando do encerramento do exercício, por ocasião das contagens físicas de estoque.

Caso seja adotado o sistema permanente de avaliação dos estoques é necessária a adoção de controle analítico.

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Em muitos casos, nos quais o método de inventário perpétuo está em uso, um registro subsidiário em termos de quantidades é mantido para cada um dos vários tipos de produtos disponíveis para venda. Informações sobre custo também podem ser incluídas. Tal registro suplementar é ilustrado a seguir, com base no caso que acabamos de apresentar.

  ENTRADA SAÍDA SALDOSDATA QUANT VALOR QUANT. VALOR QUANT. VALOR200X                  01/04 04 300 1.200       04 300 1.200

  10 300 3.000       14 300 4.200        09 300 2.700 05 300 1.500  14   4.200 09   2.700 05   1.500

Como se pode constatar, a qualquer momento é possível a apuração do custo dos produtos vendidos e, conseqüentemente, do resultado do exercício.

Esse método de avaliação é utilizado na maioria das empresas, já que possibilita a apuração do custo dos produtos vendidos a qualquer momento, além do conhecimento das quantidades físicas existentes em qualquer data do mês.

Como um teste sobre a precisão desses registros subsidiários e detalhados, é usual e recomendável proceder-se a contagens dos estoques periodicamente. Muitas empresas fazem contagem de parte dos estoques durante o ano e obtêm um inventário anual completo.

Para elaboração de balanços e apuração de resultados são necessários o levantamento e a avaliação dos estoques de mercadorias para revenda, matérias-primas, materiais de embalagem, produtos acabados e produtos em elaboração da pessoa jurídica.

De acordo com o item II do artigo 183 da Lei das S/A, "os direitos que tiverem por objeto mercadoria e produtos do comércio da companhia, assim como matéria-prima, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, serão avaliados pelo custo de aquisição ou produção, deduzido da provisão para ajustá-lo ao valor de mercado quando este for inferior".

A apuração e determinação dos custos dos estoques é um dos aspectos mais complexos da área contábil, não só pelo fato de ser um ativo significativo mas pelo reflexo que produz na apuração dos resultados.

2. AUDITORIA CONTÁBIL

Evidencias  e Riscos de Auditoria

Evidências de Auditoria:

São as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar as conclusões em que se baseia a sua opinião. As evidências de auditoria incluem informações contidas nos registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e em outras informações. Para fins das NBC TA:

A suficiência das evidências de auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria. A quantidade necessária desta é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também pela qualidade de tal evidência;

A adequação da evidência de auditoria é a medida de sua qualidade; isto é, de sua relevância e confiabilidade no fornecimento de suporte às conclusões em que se baseia a opinião do auditor;

Risco de Auditoria:

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É o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção;

Auditor:

É usado em referência a pessoa ou pessoas que conduzem a auditoria, geralmente o sócio do trabalho ou outros integrantes da equipe de trabalho, ou ainda, conforme aplicável, em referência à firma. Quando uma NBC TA pretende expressamente que uma exigência ou responsabilidade seja cumprida pelo sócio do trabalho, usa-se o termo "sócio do trabalho" ao invés de "auditor". Devem-se considerar, no setor público, "sócio do trabalho" e "firma" como seus equivalentes, quando relevante;

Risco de Detecção:

É o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções;

Demonstrações Contábeis:

São a representação estruturada de informações contábeis históricas, incluindo notas explicativas relacionadas, com a finalidade de informar os recursos econômicos ou obrigações da entidade em determinada data no tempo ou as mutações deles durante um período de tempo, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro. As notas explicativas relacionadas geralmente compreendem um resumo das políticas contábeis significativas e outras informações. O termo "demonstrações contábeis" geralmente se refere a um conjunto completo de demonstrações contábeis, como determinado pela estrutura de relatório financeiro aplicável, mas também pode se referir a uma única demonstração contábil, que seria um quadro isolado;

Distorção:

É a diferença entre o valor, a classificação, a apresentação ou a divulgação de uma demonstração contábil relatada e o valor, a classificação, a apresentação ou a divulgação que é exigida para que o item esteja de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. As distorções podem originar-se de erro ou fraude. Quando o auditor expressa uma opinião quanto às demonstrações contábeis terem sido apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes, as distorções também incluem os ajustes de valor, classificação, apresentação ou divulgação que, no julgamento do auditor, são necessários para que as demonstrações contábeis estejam apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes;

Risco de Distorção Relevante:

É o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção relevante antes da auditoria. Consiste em 2 componentes, descritos a seguir no nível das afirmações:

Risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo contábil ou divulgação a uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, antes de se considerar quaisquer controles relacionados

Risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação sobre uma classe de transação, saldo contábil ou divulgação e que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, não seja prevenida, detectada e corrigida tempestivamente pelo controle interno da entidade.

3. PERÍCIA CONTÁBIL

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Conceituação e Objetivos de Perícia

A perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos técnicos e científicos destinado a levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar à justa solução do litígio, mediante laudo pericial contábil e/ou parecer pericial contábil, em conformidade com as normas jurídicas e profissionais, e a legislação específica no que for pertinente.

O objetivo da perícia constitui-se na elaboração de laudo pericial. O laudo pericial contábil e ou parecer pericial contábil têm por limite os próprios objetivos da perícia deferida ou contratada.

A perícia contábil, tanto a judicial como a extrajudicial e a arbitral, é de competência exclusiva de contador registrado em Conselho Regional de Contabilidade.

O perito-contador nomeado em Juízo, ao contratado pelas partes para a perícia extrajudicial ou ao escolhido na arbitragem; e, ainda, ao perito-contador assistente indicado ou contratado pelas partes, devem respeitar o disposto na NBC T 13.

Execução dos Serviços de Perícia Contábil

O perito-contador assistente pode, tão logo tenha conhecimento da perícia, manter contato com o perito-contador, pondo-se à disposição para o planejamento e a execução conjunta da perícia. Uma vez aceita a participação, o perito-contador deve permitir o seu acesso aos trabalhos, sendo que este perito-contador ou perito-contador assistente, enquanto estiverem de posse do processo ou de documentos, devem zelar pela guarda e segurança dos documentos à eles confiados.

Para a execução da perícia contábil, o perito-contador e o perito-contador assistente devem ater-se ao objeto do trabalho a ser realizado.

Diligências

Nas diligências, o perito-contador e o perito-contador assistente devem relacionar os livros, os documentos e os dados de que necessitem, solicitando-os, por escrito, em termo de diligência. Observe que nas diligências, o perito-contador e o perito-contador assistente devem relacionar os livros, os documentos e os dados de que necessitem, solicitando-os, por escrito, em termo de diligência.

Definição e Aplicabilidade do Termo de Diligência

Termo de diligência é o instrumento mediante o qual o perito solicita os elementos necessários à elaboração do seu trabalho. O termo de diligência pode ser apresentado diretamente à parte ou ao diligenciado, por qualquer meio pelo qual se possa documentar a sua entrega. O diligenciado é qualquer pessoa ou entidade que possua os elementos e as informações necessárias para subsidiar o laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil.

O perito-contador e o perito-contador assistente devem, no momento que entenderem oportuno, nas diligências periciais, solicitar os elementos de que necessitem para o desenvolvimento do seu trabalho, por meio do termo de diligência, previamente elaborado.

O termo de diligência deve conter os seguintes elementos:

a) identificação do diligenciado;

b) identificação das partes ou dos interessados, e, em se tratando de perícia judicial ou arbitral, o número do processo, o tipo e o juízo em que tramita;

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c) identificação do perito-contador ou perito-contador assistente, com indicação do número do registro profissional no Conselho Regional de Contabilidade;

d) indicação de que está sendo elaborado nos termos da NBC T 13 - Da Perícia Contábil e da legislação específica;

e) indicação detalhada dos livros, documentos e demais dados a serem periciados, consignando as datas e/ou períodos abrangidos, podendo identificar o quesito a que se refere;

f) indicação do prazo e do local para a exibição dos livros, documentos e dados necessários à elaboração da perícia, devendo o prazo ser compatível com aquele concedido pelo juízo, ou ser convencionado pelas partes, considerada a quantidade de documentos, as informações necessárias, a estrutura organizacional do diligenciado e o local de guarda dos documentos;

g) após atendidos os requisitos da letra e, quando o exame dos livros, documentos e dados tiver de ser realizado junto à parte que os detém, indicação da data e hora para sua efetivação; e

h) local, data e assinatura.

4. LEGISLAÇÃO E ÉTICA PROFISSIONAL

O zelo, a dedicação, a honestidade e, a integridade são princípios a serem seguidos pelos contadores,pois, agindo assim, vamos acabar com o suborno que tanto permeia a classe contábil. Portanto,para acabar com isso, o Conselho Federal de Contabilidade aprovou a lei 803/96 que regulamenta o Exercício do Profissional da Contabilidade. Na resolução do CFC, Art. 1º diz categoricamente:“Este Código de Ética Profissional tem por objetivo fixar a forma pela qual se devem conduzir os contabilistas, quando no exercício profissional.”

Partindo desse pressuposto, o código de ética propôs ao contabilista o procedimento correto do exercício da profissão, afim de garantir a idoneidade do profissional e, também do patrimônio do cliente. Na lei citada acima existe dois pilares fundamentais da ética,entre eles são: os princípios e as regras. O primeiro diz respeito à idoneidade do profissional, já o segundo diz respeito à disciplina que o contador deve ter perante o cliente (empresário) e, também para a sociedade em geral.

O Código de Ética Profissional do Contabilista não se dirige apenas para o profissional liberal e autônomo que antes constituía a maioria da classe, mas também, aos contadores empregados, vinculados tanto à iniciativa privada como aos órgãos públicos. Compete hoje ao Contador moderno não apenas aprimorar sua técnica para atuar com qualidade profissional, como, igualmente, agir com lealdade, honestidade, imparcialidade, independência profissional e com total responsabilidade, observando o sigilo profissional e evitando o cometimento de infrações e de condutas antiéticas.

DEVERES E OBRIGAÇÕES DO CONTABILISTA - Segundo o código de ética, são deveres e obrigações do contabilista,entretanto,neles podemos destacar o mais importante. O artigo Art. 2º diz:

I - exercer a profissão com zelo, diligência e honestidade, observada a legislação vigente e resguardados os interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais;

“O aumento do erro premeditado vem fazendo com que a sociedade solicite cada vez mais profissionais com boa índole, que encaram a profissão com serenidade e sinceridade. Na maioria dos casos, o problema principal é a falta de ética que na essência do que traduz a palavra, é a idéia de compromisso, dentro de um contexto que define a integração social de direitos e deveres”.

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DOS DEVERES EM RELAÇÃO AOS COLEGAS E À CLASSE - Ética também deve ser praticada com os colegas de profissão. Segundo o mestre da contabilidade, Lopes de Sá, afirma categoricamente que: “É nosso dever contribuir para o progresso de nossos colegas, sem ver em cada um deles um «concorrente», mas, sim, um verdadeiro irmão que merece nosso respeito e consideração, exigindo de nossa parte tanto a intenção permanente em ajudar, como, também, a permanente em praticar a ajuda”.

Vale ressaltar, conforme afirma o capítulo IV do Código de Ética Profissional do Contabilista:

Art. 9º - A conduta do Profissional da Contabilidade com relação aos colegas deve ser pautada nos princípios de consideração, respeito, apreço e solidariedade, em consonância com os postulados de harmonia da classe.

Normas que Devem ser observadas em relação aos Colegas da Profissão Contábil

O Profissional da Contabilidade deve, em relação aos colegas, observar as seguintes normas de conduta:

I - abster-se de fazer referências prejudiciais ou de qualquer modo desabonadoras;

II - abster-se da aceitação de encargo profissional em substituição a colega que dele tenha desistido para preservar a dignidade ou os interesses da profissão ou da classe, desde que permaneçam as mesmas condições que ditaram o referido procedimento;

III - jamais apropriar-se de trabalhos, iniciativas ou de soluções encontradas por colegas, que deles não tenha participado, apresentando-os como próprios;

IV - evitar desentendimentos com o colega a que vier a substituir no exercício profissional.

5. NOÇÕES DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

Direito Público e Privado Com relação a distinção entre Direito Público e Privado, a concepção dominante diz tratar-se de uma repartição das relações jurídicas. O Direito Privado representa uma relação entre sujeitos em posição de igualdade e o Direito Público uma relação entre um sujeito supra-ordenado e um sujeito subordinado. Cria-se a idéia de que o domínio propriamente do Direito seria o Direito Privado enquanto que a esfera pública, representada pelo poder Estatal, poderia agir em desconformidade com o Direito, quando necessário para garantir o interesse público. Contudo, para Kelsen, não podemos fazer distinção significativa entre Direito Público e Privado na medida em que os atos do Estado são regidos estritamente pelo Direito positivo e os negócios jurídicos atribuídos à esfera do Direito Privado, notadamente o Contrato, são regulados também por normas gerais que emanam do Estado, sujeitos assim a dominação política. Kelsen revela aqui duas ideologias: aquela que justifica o Estado agir em desconformidade com a Lei, e outra que acredita que os negócios privados estariam a salvo da influência política.

Direito Público

É um conjunto de normas que regulam as relações entre os Estados membros da comunidade internacional e organismos análogos.

Exemplo1: ONU (Organização das Nações Unidas), OIT (Organização Internacional do Trabalho).

Exemplo2: Tratado de Kyoto, Declaração Universal dos Direitos Humanos, etc.

-A sociedade internacional caracteriza-se por ser universal, igualitária, aberta, sem organização rígida e com Direito originário.

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- Universal porque abrange todos os entes do Globo terrestre.

- Igualitária porque supõe igualdade formal entre os seus membros.

- Aberta porque todos os entes, ao reunirem certas condições, dela se tornam membros sem necessidade de aprovação dos demais.

-A cooperação internacional é a regra que motiva o relacionamento entre os membros, portanto, não há hierarquia entre as normas internacionais e as normas internas de um país.

Direito Privado

É um conjunto de normas internas de cada país, elaboradas e instituídas especialmente para definir se em determinados casos se aplicará a lei interna ou a lei de outro país. Pelo Direito Internacional Privado regula-se:

Conflito de leis no espaço

O comércio entre empresas privadas, com sede em países diferentes

A situação do estrangeiro

A nacionalidade

A validade ou não de sentenças estrangeiras

Bens referentes à legitima de estrangeiro, etc..

6. EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) A Empresa Comercial Alfa Ltda. Adota o critério de inventário permanente. Num determinado dia ela comprou mercadoria à vista no valor de CR$ 200.000,00. A alíquota do ICMS era de 17%. Os lançamentos referentes a esta transação são:

A)  Compras

    a Caixa                              200.000,00

    ICMS a Recuperar

    a ICMS                                34.000,00

B)  Diversos

    a Caixa

    Mercadorias (Estoques)    166.000,00

    ICMS a Recuperar               34.000,00     200.000,00

C)   Mercadorias (Estoques)

     a Caixa                             200.000,00

     ICMS a Recuperar

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     a ICMS a Recolher             34.000,00

D)  Mercadorias (Estoques)

    a Diversos

    a Caixa                              166.000,00

    a ICMS a Recolher             34.000,00      200.000,00

2) Utilizando corretamente os critérios técnicos e legais de avaliação patrimonial, a empresa que não mantiver sistema de custo integrado e coordenado com o restante da escrituração, o chamado "controle permanente", deverá avaliar o custo de seus estoques de bens de vendas utilizando uma das opções abaixo. Assinale-a

a) Ao custo das primeiras entradas.

b) Ao custo das últimas entradas.

c) Ao preço de custo médio ponderado.

d) Ao preço de custo médio ponderado ou a PEPS, opcionalmente.

e) Ao preço de custo médio ponderado, ou a PEPS, ou a UEPS, opcionalmente.

3) Em 31.12.X1 a Cia PRA apresentava os seguintes dados relativos aos estoques finais de matéria-prima:

Matéria-PRIMA QUANTIDADE CUSTO TOTAL (EM $)

VALOR DE MERCADO (EM $)

A 1.000 2.000, 1.800,00B 1.500 6.000, 7.500,00C 2.000 8.000, 7.000,00

Com base nestes dados, o valor total do estoque de matéria-prima que deve ser evidenciado no Balanço Patrimonial é:

a) $ 14.800,00

b) $ 16.000,00

c) $ 16.500,00

d) $ 15.000,00

e) $ 15.800,00

4) Numa situação de economia inflacionária, uma empresa que utilizou o critério de avaliação de estoques denominado de PEPS no início e o UEPS no encerramento do exercício social, se não fizer os ajustes necessários, provocará:

a) aumento do CMV (Custo das Mercadorias Vendidas)

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b) aumento do valor do estoque final de mercadorias

c) aumento do RCM (Resultado com Mercadorias)

d) redução do valor do estoque inicial de mercadorias

e) redução do valor das vendas efetuadas durante o exercício social

5) Assinale “V” para Verdadeiro e “F” para Falso nas assertivas abaixo: 

(    ) Para fins de auditoria as evidências de auditoria incluem informações contidas nos registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e em outras informações.

(    ) A adequação da evidência de auditoria é a medida de sua qualidade; sem neste caso, preocupar-se com a  relevância e confiabilidade no fornecimento de suporte às conclusões em que se baseia a opinião do auditor.

(    ) em auditoria, podemos dizer que Distorção é a diferença entre o valor, a classificação, a apresentação ou a divulgação de uma demonstração contábil relatada e o valor.

(    ) O objetivo da perícia constitui-se na elaboração de laudo pericial. O laudo pericial contábil e ou parecer pericial contábil têm por limite os próprios objetivos da perícia deferida ou contratada.

(    ) Para a execução da perícia contábil, o perito-contador e o perito-contador assistente devem impor suas vontades, independente da posição de que está fornecendo os dados.

(    ) O perito-contador e o perito-contador assistente devem, no momento que entenderem oportuno, nas diligências periciais, solicitar os elementos de que necessitem para o desenvolvimento do seu trabalho, por meio do termo de diligência, previamente elaborado.

(    ) O Código de Ética Profissional do Contabilista não se dirige apenas para o profissional liberal e autônomo que antes constituía a maioria da classe, mas também, aos contadores empregados, vinculados tanto à iniciativa privada como aos órgãos públicos.

(    )  A conduta do Profissional da Contabilidade com relação aos colegas deve ser pautada nos princípios de consideração, respeito, apreço e solidariedade, em consonância com os postulados de harmonia da classe contábil.

 7. CORREÇÃO DE EXERCÍCIOS DO MÓDULO ANTERIOR

1) O procedimento de segregar o patrimônio da empresa avaliada do patrimônio de seus sócios está fundamentado no conceito da:

a) entidade

b) identidade

c) prudência

d) materialidade

e) relatividade

2) Trapalhão é comerciante (revenda de produtos veterinários) e fazendeiro. Apesar de a fazenda não estar incorporada ao patrimônio da firma comercial, ele não faz distinção

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dos fatos decorrentes de sua dupla atividade, na escrituração do estabelecimento comercial, em que pese utilizar normalmente empregados e produtos de um em outro estabelecimento.

O procedimento de Jorge Trapalhão, analisado sob o aspecto contábil, está:

a) correto, porque Jorge Trapalhão é pessoa física, uma vez que, de acordo com o Código Civil, a pessoa jurídica não pode ser formada de um único indivíduo

b) incorreto, porque contraria o princípio contábil da Competência

c) correto, porque, qualquer que seja o seu sistema de escrituração, o resultado de suas atividades reverter-se-á totalmente em seu benefício

d) incorreto, porque contraria o princípio contábil da Entidade

e) correto, porque, apesar de os misturar, ele não omite nem adultera os fatos contábeis decorrentes de sua dupla atividade

3) A autonomia patrimonial, fulcro do Princípio da Entidade, objetiva especificamente estabelecer que:

a) não seja confundido o patrimônio da entidade com o de seus sócios.

b) a contabilidade deve individualizar um patrimônio particular no universo dos patrimônios.

c) o patrimônio se caracteriza como o objeto da contabilidade.

d) o patrimônio pertence a uma pessoa, a um conjunto de pessoas, a uma sociedade, ou a uma instituição de qualquer natureza.

e) a soma de patrimônios autônomos não resulta em nova entidade.

4) O Princípio da Continuidade objetiva afirmar que a Entidade

a) é susceptível de descontinuidade.

b) tem a composição de seu patrimônio afetada, na descontinuidade de suas atividades.

c) tem seu patrimônio afetado, segundo as condições prováveis em que se possam desenvolver suas operações.

d) pode ter a utilidade de alguns de seus ativos afetada, na suspensão de suas atividades.

e) na sua aplicação, tem como situação-limite, a completa cessação de suas atividades.

5) Com relação aos princípios fundamentais de Contabilidade, assinale a alternativa incorreta.

a) Pelo princípio da oportunidade deve-se contabilizar de imediato e de forma integral os fatos que estejam tecnicamente estimados, mesmo que exista somente razoável certeza de sua ocorrência.

b) Os registros contábeis, pelo princípio da oportunidade, compreendem os elementos quantitativos e qualitativos, contemplando os aspectos físicos e monetários.

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c) A observância do princípio da oportunidade é indispensável à correta aplicação do princípio da competência.

d) A continuidade influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a entidade tem prazo determinado, previsto ou previsível ou em decorrência de passivo a descoberto.

e) A análise de balanço, quando utilizados mais de um período, deve ter os efeitos externos (inflação por exemplo) eliminados, presenciando-se neste momento o princípio da atualização monetária.

6) No levantamento de Balanço para apuração do resultado do período base, as contas de:

a) custos e despesas são debitadas em contrapartida de uma conta transitória de resultado;

b) receitas são creditadas em contrapartida de uma conta transitória de resultado;

c) custos e despesas são creditadas em contrapartida de uma conta transitória de resultado;

d) receitas são creditadas em contrapartida de conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados;

e) receitas são creditadas e as de despesas e custos são debitadas em contrapartida de uma conta transitória de resultado.

7) As técnicas de que a Contabilidade se utiliza para alcançar os seus objetivos são:

a) escrituração, planejamento, coordenação e controle

b) escrituração, balanços, inventários e orçamentos

c) contabilização, auditoria, controle e análise de balanços

d) auditoria, análise de balanços, planejamento e controle

e) auditoria, escrituração, análise de balanços e demonstração

MÓDULO VQUESTÕES AVALIADAS POR ÁREA DE CONHECIMENTO

Contabilidade Geral - Princípios - Conhecimentos Sociais - Português - Matemática

    ROTEIRO

            1. CONTABILIDADE GERAL                1.1. Arrendamento Mercantil                1.2. Norma Contábil a Partir da Lei 11.638/2007                1.3. Diferença Entre Leasing Financeiro e Leasing Operacional                1.3.1. Considerações sobre Leasing Financeiro                 1.3.2. Considerações sobre Leasing Operacional             2. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE E NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE            3. CONHECIMENTOS SOCIAIS, ECONÔMICOS E POLÍTICOS DO PAÍS            4. PORTUGUÊS                4.1. Uso da Crase

Page 59: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

                4.2. Uso do Por que / Por quê / Porque ou Porquê?            5. MATEMÁTICA                5.1. Divisão

1. CONTABILIDADE GERAL

1.1. Arrendamento Mercantil

O contrato de arrendamento mercantil, também denominado "leasing", é regulado pela Lei 6.099/1974, que posteriormente foi alterada pela Lei 7.132/1983. Com as novas formalidades propostas pela Lei nº. 11.638 de 2008 e MP 449 de 2007 que posteriormente foi convertida na lei 11.941 de 2009, os contratos de leasing financeiro, passaram a ser tratados como contratos de financiamento e não como despesas de arrendamento.

Arrendamento mercantil ou leasing é um contrato segundo o qual uma pessoa jurídica arrenda a uma pessoa física ou jurídica, por tempo determinado, um bem comprado pela primeira de acordo com certas indicações da segunda. Cabe ao arrendatário a opção de adquirir o bem arrendado findo o contrato, mediante um preço residual previamente fixado.

Considerando os termos legais, a definição de arrendamento, encontra-se no art. 1º, parágrafo único, da Lei nº. 6.099/74, sendo: "Considera-se arrendamento mercantil, para os efeitos dessa Lei, o negócio jurídico realizado entre pessoa jurídica, na qualidade de arrendadora, e pessoa física ou jurídica, na qualidade de arrendatária, e que tenha por objeto o arrendamento de bens adquiridos pela arrendadora, segundo especificações da arrendatária e para uso próprio desta".

Arrendamento mercantil é negócio jurídico realizado entre partes, através de contrato de arrendamento. Em uma das partes a arrendadora que é pessoa jurídica autorizada a realizar negociações através de contrato de arrendamento, conforme disposto na Resolução BACEN nº. 2.309 de 1996 entrega o bem objeto de arrendamento à arrendatária, podendo este contrato ser na modalidade de arrendamento financeiro ou operacional. Em outra parte, uma pessoa física ou jurídica, na qualidade de arrendatária de determinado bem, tendo por objeto o arrendamento de bens adquiridos pela arrendadora, segundo especificações da arrendatária para uso próprio desta, respeitando as previsões contratuais.

Pode ser objeto de arrendamento bens móveis ou imóveis de fabricação nacional, bem como aqueles produzidos no exterior e autorizados pelo Conselho Monetário Nacional (art. 10 da Lei nº. 6.099/74). O arrendamento tem característica de contrato bilateral, oneroso, comutativo e por tempo determinado. Para classificar um contrato como arrendamento mercantil, deve ser encontrado os seguintes elementos jurídicos:

1º) Três empresas são necessárias à operação: a que vende os bens (fabricante), a que as compra, pagando o preço, e a que obtém, sem ter comprado (arrendatária), os referidos bens de produção.

2º) Uma empresa (ou arrendatária) indica à outra (instituição financeira – Resolução nº. 2.309/96, art. 13, § 2º) os bens que ela deverá adquirir, com todas as suas especificações técnicas, estipulando preço e nome do fornecedor, e dando outros esclarecimentos, como condições de reembolso do arrendador, montante de prestações, prazo de vigência do contrato de leasing etc. (Lei nº. 6.099/74, art. 5º).

3º) A instituição financeira compra a longo prazo equipamentos e máquinas para arrendá-los à empresa que pediu a aquisição. O Contrato de Compra e Venda será celebrado entre arrendador e vendedor, sem qualquer participação do arrendatário.

4º) Há a concessão do uso desses bens ou equipamentos durante certo prazo, em geral de dois a cinco anos, conforme disposto na Res. nº. 2.309/96, art. 8º, I, mediante o pagamento de uma renda, superior ao valor do uso, porque ela poderá ser parcela do preço pelo qual serão

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comprados tais bens. Leva-se em consideração o tempo que o bem pode ser útil, pois há hipótese em que, com o passar dos anos, torna-se obsoleto, pelo aparecimento de outro mais moderno, ante o progresso tecnológico.

5º) Findo o prazo do arrendamento o arrendatário tem a tríplice opção de:

a) adquirir os bens, no todo ou em parte, por preço menor do que o de sua aquisição primitiva, convencionado no próprio contrato, levando-se em conta os pagamentos feitos a título de aluguel;

b) devolvê-los ao arrendador; ou

c) prorrogar o contrato, mediante o pagamento de renda muito menor do que a do primeiro arrendamento, porque neste as prestações foram fixadas tendo em vista o valor de utilização do bem em estado de novo.

1.2. Norma Contábil a Partir da Lei 11.638/2007

A resolução CFC nº. 1.159 de 2009, dispõe em seus arts. 37 a 39, sobre a forma de contabilização deste arrendamento, devido às mudanças da Lei nº. 11.638/2007.

Com a edição da Lei nº. 11.638/07, as entidades devem registrar no ativo imobilizado os bens objeto de contratos de arrendamento mercantil financeiro (leasing).

Nas operações de arrendamento mercantil, deve prevalecer a essência sobre a forma. Assim, os contratos de leasing financeiro, que na sua essência é um efetivo financiamento de ativos, devem ser contabilizados como imobilizado na entidade arrendatária, independentemente da propriedade jurídica do bem, além do passivo respectivo. Da mesma forma, na entidade arrendadora o referido bem (objeto de contrato de arrendamento mercantil) deve ser tratado como um bem vendido de forma financiada, com o reconhecimento contábil do recebível correspondente.

É válido ressaltar que o leasing operacional continua sendo contabilizado como despesa.

O item 19 da NBC T 19.18 - Adoção Inicial da Lei nº. 11.638/07 e da Medida Provisória nº. 449/08 e os itens 62 a 68 do Comunicado Técnico nº. 03 (Resolução CFC nº. 1.157/09), bem como a NBC T 10.2 - Operações de Arrendamento Mercantil tratam de operações de arrendamento mercantil.

A nova Lei incorporou ao ativo imobilizado os direitos que tenham por objeto bens destinados à manutenção das atividades da entidade, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à entidade os benefícios, os riscos e o controle desses bens. Dessa forma, passou a abranger inclusive os bens que não são de propriedade da entidade, mas cujos controles, riscos e benefícios são por ela exercidos. Sendo assim, para os contratos vigentes na data de transição e que apresentarem as características de arrendamento mercantil financeiro, em sua forma legal ou em sua essência econômica, considerados os fatos e as circunstâncias existentes nessa data, a entidade arrendatária, para fins de elaboração de suas demonstrações contábeis, deve:

(a) registrar no ativo imobilizado, em conta específica, o bem arrendado pelo valor justo ou, se inferior, pelo valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil, na data inicial do contrato, ajustado pela depreciação acumulada calculada desde a data do contrato até a data da transição;

(b) registrar, em conta específica, a obrigação por arrendamento mercantil financeiro pelo valor presente das contraprestações em aberto na data da transição; e

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(c) registrar a diferença apurada em (a) e (b) acima, líquida dos efeitos fiscais, os eventuais efeitos tributários da aplicação, pela primeira vez, da Lei nº 11.638/07 e Medida Provisória nº 449/08, que devem ser registrados conforme as normas existentes, mais precisamente a que trata da Contabilização do Imposto de Renda e da Contribuição Social, contra lucros ou prejuízos acumulados na data da transição;

(d) quaisquer custos diretos iniciais do arrendatário anteriormente reconhecidos no resultado do período não podem ser incorporados ao valor do ativo no balanço patrimonial na data de transição.

A entidade arrendadora, por outro lado, para fins de elaboração de suas demonstrações contábeis, deve 

(a) efetuar a baixa do custo do ativo imobilizado e da correspondente depreciação acumulada, contra lucros ou prejuízos acumulados na data da transição; e

(b) registrar o instrumento financeiro decorrente do arrendamento financeiro como ativo realizável (contas a receber), contra lucros ou prejuízos acumulados, pelo valor presente das contraprestações em aberto na data de transição.

1.3. Diferença Entre Leasing Financeiro e Leasing Operacional

É considerado como leasing financeiro a operação de arrendamento mercantil que transfere ao arrendatário substancialmente todos os riscos inerentes ao uso do bem arrendado, como obsolescência tecnológica, desgastes, etc.

1.3.1. Considerações sobre Leasing Financeiro

Considera-se arrendamento mercantil financeiro a modalidade em que:

I - as contraprestações e demais pagamentos previstos no contrato, devidos pela arrendatária, sejam normalmente suficientes para que a arrendadora recupere o custo do bem arrendado durante o prazo contratual da operação e, adicionalmente, obtenha um retorno sobre os recursos investidos;

II - as despesas de manutenção, assistência técnica e serviços correlatos a operacionalidade do bem arrendado sejam de responsabilidade da arrendatária;

III - o preço para o exercício da opção de compra seja livremente pactuado, podendo ser, inclusive, o valor de mercado do bem arrendado.

Regulamento anexo à Resolução BACEN nº. 2.309/1996, artigos 5º e 6º, alterado pela Resolução 2.465/1998.

1.3.2. Considerações sobre Leasing Operacional

Considera-se arrendamento mercantil operacional a modalidade em que:

I - as contraprestações a serem pagas pela arrendatária contemplam o custo de arrendamento do bem e os serviços inerentes à sua colocação a disposição da arrendatária, não podendo o valor presente dos pagamentos ultrapassar 90% (noventa por cento) do custo do bem;

II - o prazo contratual seja inferior a 75% (setenta e cinco por cento) do prazo de vida útil econômica do bem;

III - o preço para o exercício da opção de compra seja o valor de mercado do bem arrendado.

Page 62: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

IV - não haja previsão de pagamento de valor residual garantido.

2. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE E NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE

Os princípios fundamentais de contabilidade que trata a Resolução CFC nº. 750 de 1993, sofreu algumas alterações pela Resolução CFC nº. 1.282 de 28.05.2010, publicada no Diário Oficial de 02.06.2010 que Atualiza e consolida dispositivos da Resolução CFC nº. 750/93, que dispõe sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade.

Os Princípios de Contabilidade são os preceitos resultantes do desenvolvimento da aplicação prática dos princípios técnicos emanados da Contabilidade, de uso predominante no meio em que se aplicam, proporcionando interpretação uniforme das demonstrações financeiras.

Em relação à observância dos princípios, constituem Princípios de Contabilidade (PC) os princípios enunciados pela Resolução CFC nº. 750 de 1993, sendo que a observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão contábil e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC)

Para aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade a situações concretas, a essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais.

Conforme o CFC, a conceituação, amplitude e enumeração dos princípios, podemos entender que os Princípios Fundamentais de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência socil, cujo objeto é o Patrimônio das Entidades. Resolução CFC nº. 750 de 1993, Resolução CFC nº. 1.282 de 28.05.2010.

São Princípios Fundamentais de Contabilidade:

I - o da ENTIDADE;

II - o da CONTINUIDADE;

III - o da OPORTUNIDADE;

IV - o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;

V - Revogado pela Resolução CFC nº 1.282 (02.06.2010) vigência a partir de 02.06.2010

VI - o da COMPETÊNCIA e

VII - o da PRUDÊNCIA.

Nota: No item V deste princípio, constava o princípio da Atualização Monetária.

PRINCÍPIO DA ENTIDADE

O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

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O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE

O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.

PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE

O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.

A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação.

PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL

O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.

As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:

I - Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e

II - Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores:

a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis;

b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade;

c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade;

d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e

Page 64: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.

São resultantes da adoção da atualização monetária:

I - a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;

II - para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e

III - a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período.

PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA

O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.

O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.

PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA

O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais.

A inobservância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade constitui infração às alíneas "c", "d" e "e" do art. 27 do Decreto-Lei n° 9.295, de 27 de maio de 1946 e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista.

(...)

DECRETO LEI Nº 9.295, DE 27 DE MAIO DE 1946.

Cria o Conselho Federal de Contabilidade, dejine as atribuições do Contador e do Guarda-livros, e dá outras providências

O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição,

DECRETA:

(...)

Page 65: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

3. CONHECIMENTOS SOCIAIS, ECONÔMICOS E POLÍTICOS DO PAÍS

De acordo com o Índice de Democracia, compilado pela revista britânica The Economist, o Brasil possui desempenho elevado nos quesitos pluralismo no processo eleitoral (nota 9,5) e liberdades civis (nota 9,1). O país possui nota acima da média em funcionalidade do governo (nota 7,5). No entanto, possui desempenho inferior nos quesitos participação política (nota 5,0) e cultura política (nota 4,3). O desempenho do Brasil em participação política é comparável ao de Malauí e Uganda, considerados "regimes híbridos", enquanto o desempenho em cultura política é comparável ao de Cuba, considerado um regimes autoritários. No entanto, a média geral do país (nota 7,1) é inferior somente à do Uruguai (nota 8,1) e do Chile (nota 7,6) na América do Sul. Dentre os BRIC, apenas a Índia (nota 7,2) possui desempenho melhor. De fato, em relação aos BRIC, a revista já havia elogiado a democracia do país anteriormente, afirmando que "em alguns aspectos, o Brasil é o mais estável dos BRIC. Diferentemente da China e da Rússia, é uma democracia genuína; diferentemente da Índia, não possui nenhum conflito sério com seus vizinhos".

O Brasil é o 75º país menos corrupto do mundo, perdendo para Romênia, Grécia, Macedônia e Bulgária por apenas um décimo. O país está empatado com os países sul-americanos da Colômbia, do Peru e do Suriname, e ganha da Argentina (106°), da Bolívia (120°), da Guiana (126°), do Equador (146°), do Paraguai (154°) e da Venezuela (162°) na região. O Brasil ainda está em situação melhor que todos os outros países do BRIC. A China se encontra 80º lugar, a Índia em 84° e a Rússia em 146°.

O Estado brasileiro é dividido primordialmente em três esferas de poder: o Poder Executivo, o Legislativo e o Judiciário. O chefe do Poder Executivo é o presidente da República, eleito pelo voto direto para um mandato de quatro anos, renovável por mais quatro. Na esfera estadual o Executivo é exercido pelos governadores dos estados; e na esfera municipal pelos prefeitos. O Poder Legislativo é composto, em âmbito federal, pelo parlamento, sendo este bicameral: dividido entre a Câmara e o Senado. Para a Câmara, são eleitos os deputados federais para dividirem as cadeiras em uma razão de modo a respeitar ao máximo as diferenças entre as vinte e sete Unidades da Federação, para um período de quatro anos. Já no Senado, cada estado é representado por 3 senadores para um mandato de oito anos cada. Em âmbito estadual, o Legislativo é exercido pelas Assembléias Legislativas Estaduais; e em âmbito municipal, pelas Câmaras Municipais.

4. PORTUGUÊS

4.1. Uso da Crase

Temos vários tipos de contração ou combinação na Língua Portuguesa. A contração se dá na junção de uma preposição com outra palavra.

Na combinação, as palavras não perdem nenhuma letra quando feita a união. Observe:

• Aonde (preposição a + advérbio onde)

• Ao (preposição a + artigo o)

Na contração, as palavras perdem alguma letra no momento da junção. Veja:

• da ( preposição de + artigo a)

• na (preposição em + artigo a)

Agora, há um caso de contração que gera muitas dúvidas quanto ao uso nas orações: a crase.

Page 66: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

Crase é a junção da preposição “a” com o artigo definido “a(s)”, ou ainda da preposição “a” com as iniciais dos pronomes demonstrativos aquela(s), aquele(s), aquilo ou com o pronome relativo a qual (as quais). Graficamente, a fusão das vogais “a” é representada por um acento grave, assinalado no sentido contrário ao acento agudo: à.

Como saber se devo empregar a crase? Uma dica é substituir a crase por “ao”, caso essa preposição seja aceita sem prejuízo de sentido, então com certeza há crase.

Veja alguns exemplos: Fui à farmácia, substituindo o “à” por “ao” ficaria Fui ao supermercado. Logo, o uso da crase está correto.

Outro exemplo: Assisti à peça que está em cartaz, substituindo o “à” por “ao” ficaria Assisti ao jogo de vôlei da seleção brasileira.

É importante lembrar dos casos em que a crase é empregada, obrigatoriamente: nas expressões que indicam horas ou nas locuções à medida que, às vezes, à noite, dentre outras, e ainda na expressão “à moda”.Veja:

Exemplos: Sairei às duas horas da tarde.

À medida que o tempo passa, fico mais feliz por você estar no Brasil.

Quero uma pizza à moda italiana.  

Importante: A crase não ocorre: antes de palavras masculinas; antes de verbos, de pronomes pessoais, de nomes de cidade que não utilizam o artigo feminino, da palavra casa quando tem significado do próprio lar, da palavra terra quando tem sentido de solo e de expressões com palavras repetidas (dia a dia).

4.2. Uso do Por que / Por quê / Porque ou Porquê?

O uso dos porquês é um assunto muito discutido e traz muitas dúvidas. Com a análise a seguir, pretendemos esclarecer o emprego dos porquês para que não haja mais imprecisão a respeito desse assunto.

Por que

O por que tem dois empregos diferenciados:

Quando for a junção da preposição por + pronome interrogativo ou indefinido que, possuirá o significado de “por qual razão” ou “por qual motivo”:

Exemplos: Por que você não vai ao cinema? (por qual razão)

Não sei por que não quero ir. (por qual motivo)

Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o significado de “pelo qual” e poderá ter as flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais.

Exemplo: Sei bem por que motivo permaneci neste lugar. (pelo qual)

Por quê

Quando vier antes de um ponto, seja final, interrogativo, exclamação, o por quê deverá vir acentuado e continuará com o significado de “por qual motivo”, “por qual razão”.

Page 67: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

Exemplos: Vocês não comeram tudo? Por quê?

Andar cinco quilômetros, por quê? Vamos de carro.

Porque

É conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma vez que”, “para que”.

Exemplos: Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova. (pois)

Não vá fazer intrigas porque prejudicará você mesmo. (uma vez que)

Porquê

É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem acompanhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.

Exemplos: O porquê de não estar conversando é porque quero estar concentrada. (motivo)

Diga-me um porquê para não fazer o que devo. (uma razão)

5. MATEMÁTICA

5.1. Divisão

Maria corta o pão em fatias para o jantar. Ela calcula: "Somos cinco - eu, meu marido e meus três filhos; seis fatias para cada um é o suficiente. 6 x 5 = 30 fatias".

Na mesa, cada um faz o pensamento inverso ao da mãe: "Uma, duas, três ... são trinta fatias; somos cinco; trinta fatias divididas para cinco pessoas... quer dizer que cada um poderá comer seis fatias".

A sentença matemática que expressa o corte do pão é: 6 x 5 = 30

Na mesa ocorre a inversão: as 30 fatias são divididas (:) entre 5 pessoas resultando ( = ) 6 para cada um.

O verbo dividir em matemática é representado pelo sinal : (lê-se dividido por) e o resultado (o quociente) pelo sinal = (lê-se igual). Temos assim a sentença matemática:

30 : 5 = 6

A mãe da família pensou o contrário: 30 fatias foram cortadas para que cada pessoa pudesse comer 6.

30 : 5 = 6 

Partes da divisão

O número que representa o total que vai ser dividido (ou repartido igualmente) chama-se dividendo;

O número que representa a quantidade de partes em que o total vai ser repartido chama-se divisor;

Page 68: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

E o seu resultado é chamado de quociente.

30 : 5 = 6

Onde 30 = Dividendo

Onde 5 = Divisor

Onde 6 = Quociente

Quando usar a divisão?

Veja em que situações você pode usar essa operação. Você precisa saber isso para resolver os probleminhas de matemática:

•Repartição igualitária:

Quatro agricultores formaram uma pequena cooperativa, conseguindo arrecadar R$ 2.540,00 na colheita de milho. Quanto cada um vai receber?

Esse é um problema típico de divisão: ao dividir 2.540 reais para 4 pessoas, pensa-se sempre em quantias iguais para cada um dos agricultores. A divisão é uma inversão: ela desmancha a operação multiplicação.

Queremos saber qual parte cada um deve receber para que ao juntar as 4 partes (multiplicarmos por 4), obtenha-se o total arrecadado pela venda da colheita (2540).

? X 4 = 2.540

Essa pergunta é resolvida pela divisão 2540 : 4 = ?

•Previsão:

Um remédio é vendido em cartelas com 48 comprimidos. O médico receitou a José 3 comprimidos ao dia. Quantos dias de tratamento José conseguirá comprando 1 só cartela?

Novamente, queremos saber quantas vezes (quantos dias) ele pode tomar 3 comprimidos até completar os 48 comprimidos de uma cartela.

3 X ? = 48

Esta pergunta é resolvida através de uma divisão 48 : 3 = ?

6. EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) O Princípio da Continuidade objetiva afirmar que a Entidade

a) é susceptível de descontinuidade.

b) tem a composição de seu patrimônio afetada, na descontinuidade de suas atividades.

c) tem seu patrimônio afetado, segundo as condições prováveis em que se possam desenvolver suas operações.

d) pode ter a utilidade de alguns de seus ativos afetada, na suspensão de suas atividades.

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e) na sua aplicação, tem como situação-limite, a completa cessação de suas atividades.

2) O Código Civil conceitua as pessoas em naturais ou físicas e jurídicas. Estas são uma criação abstrata da lei. Com relação ao assunto, marque a assertiva correta, com relação a Contabilidade.

a) Por ser a pessoa jurídica uma criação abstrata da lei, não há nenhuma implicação, antes o contrário, de se misturar as contas particulares com as da pessoa jurídica.

b) Do princípio da entidade, que é um dos princípios fundamentais da Contabilidade, infere-se que os bens particulares não se confundem com os bens da entidade que é formada pelo conjunto de bens dos particulares, mas a recíproca não é verdadeira.

c) O administrador deve ter soberania, em função do princípio da autonomia da entidade, sobre seu patrimônio, não importando a forma como gere seus negócios.

d) A entidade, que é dos sócios, rege-se pelo contrato social ou estatuto, conforme o caso, e este pode, expressamente, autorizar os administradores (diretores e gerentes) a usar recursos da sociedade (como por exemplo veículos) em atividades particulares.

e) Eventuais saldos de balanço podem ser rateados entre os diretores da área financeira e contábil, se assim os estatutos, expressamente, permitirem.

3) Quanto aos bens de uma empresa, assinale a incorreta.

a) Devem ser relacionados de forma distinta dos de seus sócios.

b) Constituem uma entidade autônoma de seus titulares.

c) A azienda não deve ser confundida com o patrimônio dos particulares, visto a gestão ser dos particulares e estes devem, sempre que a empresa necessitar e pelo princípio da continuidade, socorrê-la economicamente ou com bens.

d) A Contabilidade tem como objetivo o controle, o planejamento e o rédito, para salvaguardar bens e direitos, entre outros.

e) A tributação envolve a transferência de patrimônio dos particulares (bens numerários) aos cofres públicos, decorrendo daí, entre outras, uma necessidade do conhecimento de Contabilidade dos servidores de órgãos arrecadadores, ou seja, envolve patrimônio, que é o objeto da Contabilidade.

4) Os princípios fundamentais de Contabilidade estão consubstanciados na Resolução n.º 750, de 1993, do Conselho Federal de Contabilidade, que, posteriormente, editou um apêndice destinado a um maior esclarecimento de seu conteúdo e abrangência. Com base no exposto, julgue os itens a seguir.

(1) Os princípios, ao contrário das normas, devido à diversidade das entidades e à evolução contínua do ambiente econômico, são adotados segundo as concepções teórico-doutrinárias dos profissionais da Contabilidade.

(2) A existência de duas entidades sob controle comum, ainda que consolidem suas demonstrações contábeis, não afeta o princípio da entidade, mantendo-se as respectivas autonomias patrimoniais.

5) Os princípios fundamentais de contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à ciência da contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional brasileiros. Concernem, pois, à contabilidade no seu

Page 70: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades. Com base nesse assunto, julgue os itens a seguir.

(1) O patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova entidade, mas em uma unidade de natureza econômico-contábil.

6) A Resolução CFC n.0 750, de 29 de dezembro de 1993, estabeleceu os princípios fundamentais de contabilidade aplicáveis ás sociedades brasileiras. A respeito desse assunto, julgue os itens seguintes.

(1) Na aplicação dos princípios fundamentais de contabilidade a situações concretas, a essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais.

7) O procedimento de segregar o patrimônio da em¬presa avaliada do patrimônio de seus sócios está fundamentado no conceito da

a) entidade

b) identidade

c) prudência

d) materialidade

e) relatividade

8) Ao analisar a formação e a estrutura patrimonial, é correto afirmar que

a) o Ativo representa "Bens e Direitos" que são elementos negativos na estrutura do patrimônio

b) o complexo de bens, materiais ou não, direitos, ações, posse e tudo o mais que pertence a uma pessoa ou empresa e seja suscetível de apreciação econômica, denomina-se Patrimônio

c) a pessoa jurídica é a unidade jurídica resultante de um agrupamento humano organizado, estável, objetivando fins de utilidade pública ou privada, inteiramente distinta dos indivíduos que a compõem, capaz de possuir, exercitar direitos e contrair obrigações

d) a conta que representa o investimento dos sócios é a conta Caixa

e) no Ativo registramos somente os bens tangíveis que são representados, por exemplo, por Marcas e Patentes

9) Jorge Trapalhão é comerciante (revenda de produtos veterinários) e fazendeiro. Apesar de a fazenda não estar incorporada ao patrimônio da firma comercial, ele não faz distinção dos fatos decorrentes de sua dupla atividade, na escrituração do estabelecimento comercial, em que pese utilizar normalmente empregados e produtos de um em outro estabelecimento.

O procedimento de Jorge Trapalhão, analisado sob o aspecto contábil, está

a) correto, porque Jorge Trapalhão é pessoa física, uma vez que, de acordo com o Código Civil, a pessoa jurídica não pode ser formada de um único indivíduo

b) incorreto, porque contraria o princípio contábil da Competência

Page 71: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

c) correto, porque, qualquer que seja o seu sistema de escrituração, o resultado de suas atividades reverter-se-á totalmente em seu benefício

d) incorreto, porque contraria o princípio contábil da Entidade

e) correto, porque, apesar de os misturar, ele não omite nem adultera os fatos contábeis decorrentes de sua dupla atividade

10) A autonomia patrimonial, fulcro do Princípio da Entidade, objetiva especificamente estabelecer que

a) não seja confundido o patrimônio da entidade com o de seus sócios.

b) a contabilidade deve individualizar um patrimônio particular no universo dos patrimônios.

c) o patrimônio se caracteriza como o objeto da contabilidade.

d) o patrimônio pertence a uma pessoa, a um conjunto de pessoas, a uma sociedade, ou a uma instituição de qualquer natureza.

e) a soma de patrimônios autônomos não resulta em nova entidade.

7. CORREÇÃO DE EXERCÍCIOS DO MÓDULO ANTERIOR

1) A Empresa Comercial Alfa Ltda. Adota o critério de inventário permanente. Num determinado dia ela comprou mercadoria à vista no valor de CR$ 200.000,00. A alíquota do ICMS era de 17%. Os lançamentos referentes a esta transação são:

Resposta:

A)  Compras

a Caixa                              200.000,00

ICMS a Recuperar

a ICMS                                34.000,00

B)  Diversos

a Caixa

Mercadorias (Estoques)    166.000,00

ICMS a Recuperar               34.000,00     200.000,00

C)   Mercadorias (Estoques)

a Caixa                             200.000,00

ICMS a Recuperar

a ICMS a Recolher             34.000,00

D)  Mercadorias (Estoques)

Page 72: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

a Diversos

a Caixa                              166.000,00

a ICMS a Recolher             34.000,00      200.000,00

2) Utilizando corretamente os critérios técnicos e legais de avaliação patrimonial, a empresa que não mantiver sistema de custo integrado e coordenado com o restante da escrituração, o chamado "controle permanente", deverá avaliar o custo de seus estoques de bens de vendas utilizando uma das opções abaixo. Assinale-a.

Resposta:

a) Ao custo das primeiras entradas.

b) Ao custo das últimas entradas.

c) Ao preço de custo médio ponderado.

d) Ao preço de custo médio ponderado ou a PEPS, opcionalmente.

e) Ao preço de custo médio ponderado, ou a PEPS, ou a UEPS, opcionalmente.

3) Em 31.12.X1 a Cia PRA apresentava os seguintes dados relativos aos estoques finais de matéria-prima:

Resposta:

Matéria-PRIMA

QUANTIDADE

CUSTO TOTAL  (EM $)

VALOR DE MERCADO (EM $)

A 1.000 2.000, 1.800,00B 1.500 6.000, 7.500,00C 2.000 8.000, 7.000,00

Com base nestes dados, o valor total do estoque de matéria-prima que deve ser evidenciado no Balanço Patrimonial é:

a) $ 14.800,00

b) $ 16.000,00

c) $ 16.500,00

d) $ 15.000,00

e) $ 15.800,00

4) Numa situação de economia inflacionária, uma empresa que utilizou o critério de avaliação de estoques denominado de PEPS no início e o UEPS no encerramento do exercício social, se não fizer os ajustes necessários, provocará:

Resposta:

a) aumento do CMV (Custo das Mercadorias Vendidas)

b) aumento do valor do estoque final de mercadorias

c) aumento do RCM (Resultado com Mercadorias)

Page 73: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

d) redução do valor do estoque inicial de mercadorias

e) redução do valor das vendas efetuadas durante o exercício social

5) Assinale “V” para Verdadeiro e “F” para Falso nas assertivas abaixo:

Resposta:

( V ) Para fins de auditoria as evidências de auditoria incluem informações contidas nos registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e em outras informações.

( F ) A adequação da evidência de auditoria é a medida de sua qualidade; sem neste caso, preocupar-se com a  relevância e confiabilidade no fornecimento de suporte às conclusões em que se baseia a opinião do auditor.

( V ) em auditoria, podemos dizer que Distorção é a diferença entre o valor, a classificação, a apresentação ou a divulgação de uma demonstração contábil relatada e o valor.

( V ) O objetivo da perícia constitui-se na elaboração de laudo pericial. O laudo pericial contábil e ou parecer pericial contábil têm por limite os próprios objetivos da perícia deferida ou contratada.

( F ) Para a execução da perícia contábil, o perito-contador e o perito-contador assistente devem impor suas vontades, independente da posição de que está fornecendo os dados.

( V ) O perito-contador e o perito-contador assistente devem, no momento que entenderem oportuno, nas diligências periciais, solicitar os elementos de que necessitem para o desenvolvimento do seu trabalho, por meio do termo de diligência, previamente elaborado.

( V ) O Código de Ética Profissional do Contabilista não se dirige apenas para o profissional liberal e autônomo que antes constituía a maioria da classe, mas também, aos contadores empregados, vinculados tanto à iniciativa privada como aos órgãos públicos.

( V )  A conduta do Profissional da Contabilidade com relação aos colegas deve ser pautada nos princípios de consideração, respeito, apreço e solidariedade, em consonância com os postulados de harmonia da classe contábil.

Elaborado em 22.02.2011

MODULO VIQUESTÕES AVALIADAS POR ÁREA DE CONHECIMENTO

Auditoria Interna - Perícia Contábil - Ética Profissional

 

ROTEIRO 1. AUDITORIA INTERNA1.1. Conceituação e Objetivos da Auditoria Interna1.2 Estruturação da Atividade1.3. Papéis de Trabalho1.4. Fraude e Erro2. NORMAS DE EXECUÇÃO DOS TRABALHOS2.1. Planejamento da Auditoria Interna2.2. Riscos da Auditoria Interna2.3. Procedimentos de Auditoria Interna

Page 74: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

2.4. Amostragem2.5. Processamento Eletrônico de Dados - PED3. NORMAS RELATIVAS AO RELATÓRIO DA AUDITORIA INTERNA4. PROCEDIMENTOS PARA PERÍCIA CONTABIL4.1. Exame - Vistoria - Indagação - mensuração - diligencia5. ÉTICA PROFISSIONAL5.1. deveres do Profissional da Contabilidade6. VALOR DOS SERVIÇOS PROFISSIONAIS7. DEVERES EM RELAÇÃO AOS COLEGAS E À CLASSE8. PENALIDADESTREINAMENTO

1. AUDITORIA INTERNA

1.1. Conceituação e Objetivos da Auditoria Interna

A NBC T 12, trata da atividade e dos procedimentos de Auditoria Interna Contábil, doravante denominada Auditoria Interna, profissão que é exercida nas pessoas jurídicas de direito público, interno ou externo, e de direito privado.

A Auditoria Interna compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.

1.2 Estruturação da Atividade

A atividade de Auditoria Interna está estruturada em procedimentos, com enfoque técnico, objetivo sistemático e disciplinado, e tem por finalidade agregar valor ao resultado da organização, apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos, por meio da recomendação de soluções para as não-conformidades apontadas nos relatórios.

1.3. Papéis de Trabalho

A Auditoria Interna deve ser documentada por meio de papéis de trabalho, elaborados em meio físico ou eletrônico, que devem ser organizados e arquivados de forma sistemática e racional. Os papéis de trabalho constituem documentos e registros dos fatos, informações e provas obtidas no curso da auditoria, a fim de evidenciar os exames realizados e dar suporte à sua opinião, críticas, sugestões e recomendações.

Os papéis de trabalho devem ter abrangência e grau de detalhe suficientes para propiciarem a compreensão do planejamento, da natureza, da oportunidade e da extensão dos procedimentos de Auditoria Interna aplicados, bem como do julgamento exercido e do suporte das conclusões alcançadas.

Análises, demonstrações ou quaisquer outros documentos devem ter sua integridade verificada sempre que forem anexados aos papéis de trabalho.

1.4. Fraude e Erro

A Auditoria Interna deve assessorar a administração da entidade no trabalho de prevenção de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la, sempre por escrito, de maneira reservada, sobre quaisquer indícios ou confirmações de irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho.

Page 75: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

O termo “fraude” aplica-se a ato intencional de omissão e/ou manipulação de transações e operações, adulteração de documentos, registros, relatórios, informações e demonstrações contábeis, tanto em termos físicos quanto monetários.

O termo “erro” aplica-se a ato não-intencional de omissão, desatenção, desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de registros, informações e demonstrações contábeis, bem como de transações e operações da entidade, tanto em termos físicos quanto monetários.

2. NORMAS DE EXECUÇÃO DOS TRABALHOS

2.1. Planejamento da Auditoria Interna

O planejamento do trabalho de Auditoria Interna compreende os exames preliminares das áreas, atividades, produtos e processos, para definir a amplitude e a época do trabalho a ser realizado de acordo com as diretrizes estabelecidas pela administração da entidade.

O planejamento deve considerar os fatores relevantes na execução dos trabalhos, especialmente os seguintes:

a) conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestão de riscos da entidade;

b) o conhecimento detalhado das atividades operacionais e dos sistemas contábil e de controles internos e seu grau de confiabilidade da entidade;

c) a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria interna a serem aplicados, alinhados com a política de gestão de riscos da entidade;

d) a existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas que estejam no âmbito dos trabalhos da Auditoria Interna;

e) o uso do trabalho de especialistas;

f) os riscos de auditoria, quer pelo volume ou complexidade das transações e operações;

g) o conhecimento do resultado e das providências tomadas em relação a trabalhos anteriores, semelhantes ou relacionados;

h) as orientações e expectativas externadas pela administração aos auditores internos; e

i) conhecimento da Missão e Objetivos Estratégicos da entidade.

O planejamento deve ser documentado e os programas de trabalho, formalmente preparados, detalhando-se o que for necessário à compreensão dos procedimentos que serão aplicados, em termos de natureza, oportunidade, extensão, equipe técnica e uso de especialistas.

Os programas de trabalho devem ser estruturados de forma a servir como guia e meio de controle de execução do trabalho, devendo ser revisados e atualizados sempre que as circunstâncias exigirem.

2.2. Riscos da Auditoria Interna

A análise dos riscos de Auditoria Interna deve ser feita na fase de planejamento dos trabalhos e estão relacionados à possibilidade de não se atingir, de forma satisfatória, o objetivo dos trabalhos. Nesse sentido, devem ser considerados, principalmente, os seguintes aspectos:

Page 76: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

a) a verificação e a comunicação de eventuais limitações ao alcance dos procedimentos de Auditoria Interna a serem aplicados, considerando o volume ou complexidade das transações e das operações;

b) a extensão da responsabilidade do auditor interno no uso dos trabalhos de especialistas.

2.3. Procedimentos de Auditoria Interna

Os procedimentos de Auditoria Interna constituem exames e investigações, incluindo testes de observância e testes substantivos, que permitem ao auditor interno obter subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da entidade.

Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na sua aplicação, devem ser considerados os seguintes procedimentos:

a) inspeção - verificação de registros, documentos e ativos tangíveis;

b) observação - acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; e

c) investigação e confirmação - obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade.

Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informações da entidade.

As informações que fundamentam os resultados da Auditoria Interna são denominadas de “evidências”, que devem ser suficientes, fidedignas, relevantes e úteis, de modo a fornecerem base sólida para as conclusões e recomendações à administração da entidade. O processo de obtenção e avaliação das informações compreende:

I - a obtenção de informações sobre os assuntos relacionados com os objetivos e o alcance da Auditoria Interna, devendo ser observado que:

a) a informação suficiente é aquela que é factual e convincente, de tal forma que uma pessoa prudente e informada possa entendê-la da mesma forma que o auditor interno;

b) a informação adequada é aquela que, sendo confiável, propicia a melhor evidência alcançável, por meio do uso apropriado das técnicas de Auditoria Interna;

c) a informação relevante é a que dá suporte às conclusões e às recomendações da Auditoria Interna;

d) a informação útil é a que auxilia a entidade a atingir suas metas.

II - a avaliação da efetividade das informações obtidas, mediante a aplicação de procedimentos de Auditoria Interna, incluindo testes substantivos, se as circunstâncias assim o exigirem.O processo deve ser supervisionado para alcançar razoável segurança de que o objetivo do trabalho da Auditoria Interna está sendo atingido.

Devem ser adotados procedimentos adequados para assegurar que as contingências ativas e passivas relevantes decorrentes de processos judiciais e extrajudiciais, reivindicações e reclamações, bem como de lançamentos de tributos e de contribuições em disputa, foram identificadas e são do conhecimento da administração da entidade.

Page 77: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

No trabalho de Auditoria Interna, quando aplicável, deve ser examinada a observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade, das Normas Brasileiras de Contabilidade e da legislação tributária, trabalhista e societária, bem como o cumprimento das normas reguladoras a que estiver sujeita a entidade.

2.4. Amostragem

Ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou método de seleção de itens a serem testados, podem ser empregadas técnicas de amostragem.

Ao usar método de amostragem, estatística ou não, deve ser projetada e selecionada uma amostra que possa proporcionar evidência de auditoria suficiente e apropriada.

2.5. Processamento Eletrônico de Dados - PED

A utilização de processamento eletrônico de dados pela entidade requer que exista, na equipe de Auditoria Interna, profissional com conhecimento suficiente sobre a tecnologia da informação e os sistemas de informação utilizados.

O uso de técnicas de Auditoria Interna que demandem o emprego de recursos tecnológicos de processamento de informações requer que exista na equipe de Auditoria Interna profissional com conhecimento suficiente de forma a implementar os próprios procedimentos ou, se for o caso, orientar, supervisionar e revisar os trabalhos de especialistas.

3. NORMAS RELATIVAS AO RELATÓRIO DA AUDITORIA INTERNA

O relatório é o documento pelo qual a Auditoria Interna apresenta o resultado dos seus trabalhos, devendo ser redigido com objetividade e imparcialidade, de forma a expressar, claramente, suas conclusões, recomendações e providências a serem tomadas pela administração da entidade.

O relatório da Auditoria Interna deve abordar, no mínimo, os seguintes aspectos:

a) o objetivo e a extensão dos trabalhos;

b) a metodologia adotada;

c) os principais procedimentos de auditoria aplicados e sua extensão;

d) eventuais limitações ao alcance dos procedimentos de auditoria;

e) a descrição dos fatos constatados e as evidências encontradas;

f) os riscos associados aos fatos constatados; e

g) as conclusões e recomendações resultantes dos fatos constatados.

O relatório de Auditoria Interna deve ser apresentado a quem tenha solicitado o trabalho ou a quem este autorizar, devendo ser preservada a confidencialidade do seu conteúdo.

A Auditoria Interna deve avaliar a necessidade de emissão de relatório parcial na hipótese de constatar impropriedades/ irregularidades/ ilegalidades que necessitem providências imediatas da administração da entidade que não possam aguardar o final dos exames, considerando o disposto no item 12.1.4.1.

4. PROCEDIMENTOS PARA PERÍCIA CONTABIL

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Os procedimentos de perícia contábil visam fundamentar as conclusões que serão levadas ao laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil, e abrangem, total ou parcialmente, segundo a natureza e a complexidade da matéria, exame, vistoria, indagação, investigação, arbitramento, mensuração, avaliação e certificação.

4.1. Exame - Vistoria - Indagação - mensuração - diligencia

O exame é a análise de livros, registros das transações e documentos.

A vistoria é a diligência que objetiva a verificação e a constatação de situação, coisa ou fato, de forma circunstancial.

A indagação é a busca de informações mediante entrevista com conhecedores do objeto da perícia.

A investigação é a pesquisa que busca trazer ao laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil o que está oculto por quaisquer circunstâncias.

O arbitramento é a determinação de valores ou a solução de controvérsia por critério técnico.

A mensuração é o ato de quantificação física de coisas, bens, direitos e obrigações.

A avaliação é o ato de estabelecer o valor de coisas, bens, direitos, obrigações, despesas e receitas.

A certificação é o ato de atestar a informação trazida ao laudo pericial contábil pelo perito-contador, conferindo-lhe caráter de autenticidade pela fé pública atribuída a este profissional.

Concluídas as diligências, o perito-contador apresentará laudo pericial contábil, e os peritos-contadores assistentes seus pareceres periciais contábeis, obedecendo aos respectivos prazos.

Ocorrendo diligências em conjunto com o perito-contador assistente, o perito-contador o informará por escrito quando do término do laudo pericial contábil, comunicando-lhe a data da entrega do documento.

O perito-contador assistente não pode firmar em laudo ou emitir parecer sobre este, quando o documento tiver sido elaborado por leigo ou profissional de outra área, devendo, neste caso, apresentar um parecer contábil da perícia. 

5. ÉTICA PROFISSIONAL

O Código de Ética Profissional se aplica aos Contadores e Técnicos em Contabilidade regidos pelo Decreto-Lei nº. 9.295/46, alterado pela Lei nº. 12.249/10.

5.1. deveres do Profissional da Contabilidade

I - exercer a profissão com zelo, diligência, honestidade e capacidade técnica, observada toda a legislação vigente, em especial aos Princípios de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade, e resguardados os interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais;

II - guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito, inclusive no âmbito do serviço público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por autoridades competentes, entre estas os Conselhos Regionais de Contabilidade;

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III - zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica dos serviços a seu cargo;

IV - comunicar, desde logo, ao cliente ou empregador, em documento reservado, eventual circunstância adversa que possa influir na decisão daquele que lhe formular consulta ou lhe confiar trabalho, estendendo-se a obrigação a sócios e executores;

V - inteirar-se de todas as circunstâncias, antes de emitir opinião sobre qualquer caso;

VI - renunciar às funções que exerce, logo que se positive falta de confiança por parte do cliente ou empregador, a quem deverá notificar com trinta dias de antecedência, zelando, contudo, para que os interesse dos mesmos não sejam prejudicados, evitando declarações públicas sobre os motivos da renúncia;

VII - se substituído em suas funções, informar ao substituto sobre fatos que devam chegar ao conhecimento desse, a fim de habilitá-lo para o bom desempenho das funções a serem exercidas;

VIII - manifestar, a qualquer tempo, a existência de impedimento para o exercício da profissão;

IX - ser solidário com os movimentos de defesa da dignidade profissional, seja propugnando por remuneração condigna, seja zelando por condições de trabalho compatíveis com o exercício ético-profissional da Contabilidade e seu aprimoramento técnico.

X - cumprir os Programas Obrigatórios de Educação Continuada estabelecidos pelo CFC;

XI - comunicar, ao CRC, a mudança de seu domicílio ou endereço e da organização contábil de sua responsabilidade, bem como a ocorrência de outros fatos necessários ao controle e fiscalização profissional.

XII - auxiliar a fiscalização do exercício profissional.

No desempenho de suas funções, é vedado ao Profissional da Contabilidade:

I - anunciar, em qualquer modalidade ou veículo de comunicação, conteúdo que resulte na diminuição do colega, da Organização Contábil ou da classe, em detrimento aos demais, sendo sempre admitida a indicação de títulos, especializações, serviços oferecidos, trabalhos realizados e relação de clientes;

II - assumir, direta ou indiretamente, serviços de qualquer natureza, com prejuízo moral ou desprestígio para a classe;

III - auferir qualquer provento em função do exercício profissional que não decorra exclusivamente de sua prática lícita;

IV - assinar documentos ou peças contábeis elaborados por outrem, alheio à sua orientação, supervisão e fiscalização;

V - exercer a profissão, quando impedido, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não habilitados ou impedidos;

VI - manter Organização Contábil sob forma não autorizada pela legislação pertinente;

VII - valer-se de agenciador de serviços, mediante participação desse nos honorários a receber;

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VIII - concorrer para a realização de ato contrário à legislação ou destinado a fraudá-la ou praticar, no exercício da profissão, ato definido como crime ou contravenção;

IX - solicitar ou receber do cliente ou empregador qualquer vantagem que saiba para aplicação ilícita;

X - prejudicar, culposa ou dolosamente, interesse confiado a sua responsabilidade profissional;

XI - recusar-se a prestar contas de quantias que lhe forem, comprovadamente, confiadas;

XII - reter abusivamente livros, papéis ou documentos, comprovadamente confiados à sua guarda;

XIII - aconselhar o cliente ou o empregador contra disposições expressas em lei ou contra os Princípios de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade;

XIV - exercer atividade ou ligar o seu nome a empreendimentos com finalidades ilícitas;

XV - revelar negociação confidenciada pelo cliente ou empregador para acordo ou transação que, comprovadamente, tenha tido conhecimento;

XVI - emitir referência que identifique o cliente ou empregador, com quebra de sigilo profissional, em publicação em que haja menção a trabalho que tenha realizado ou orientado, salvo quando autorizado por eles;

XVII - iludir ou tentar iludir a boa-fé de cliente, empregador ou de terceiros, alterando ou deturpando o exato teor de documentos, bem como fornecendo falsas informações ou elaborando peças contábeis inidôneas;

XVIII - não cumprir, no prazo estabelecido, determinação dos Conselhos Regionais de Contabilidade, depois de regularmente notificado;

XIX - intitular-se com categoria profissional que não possua, na profissão contábil;

XX - executar trabalhos técnicos contábeis sem observância dos Princípios de Contabilidade e das Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade;

XXI - renunciar à liberdade profissional, devendo evitar quaisquer restrições ou imposições que possam prejudicar a eficácia e correção de seu trabalho;

XXII - publicar ou distribuir, em seu nome, trabalho científico ou técnico do qual não tenha participado;

XXIII - Apropriar-se indevidamente de valores confiados a sua guarda;

XXIV - Exercer a profissão demonstrando comprovada incapacidade técnica.

XXV - Deixar de apresentar documentos e informações quando solicitado pela fiscalização dos Conselhos Regionais.

O Profissional da Contabilidade poderá publicar relatório, parecer ou trabalho técnico-profissional, assinado e sob sua responsabilidade.

O Contador, quando perito, assistente técnico, auditor ou árbitro, deverá;

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I - recusar sua indicação quando reconheça não se achar capacitado em face da especialização requerida;

II - abster-se de interpretações tendenciosas sobre a matéria que constitui objeto de perícia, mantendo absoluta independência moral e técnica na elaboração do respectivo laudo;

III - abster-se de expender argumentos ou dar a conhecer sua convicção pessoal sobre os direitos de quaisquer das partes interessadas, ou da justiça da causa em que estiver servindo, mantendo seu laudo no âmbito técnico e limitado aos quesitos propostos;

IV - considerar com imparcialidade o pensamento exposto em laudo submetido à sua apreciação;

V - mencionar obrigatoriamente fatos que conheça e repute em condições de exercer efeito sobre peças contábeis objeto de seu trabalho, respeitado o disposto no inciso II do art. 2º;

VI - abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar suficientemente informado e munido de documentos;

VII - assinalar equívocos ou divergências que encontrar no que concerne à aplicação dos Princípios de Contabilidade e Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo CFC;

VIII - considerar-se impedido para emitir parecer ou elaborar laudos sobre peças contábeis, observando as restrições contidas nas Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade;

IX - atender à Fiscalização dos Conselhos Regionais de Contabilidade e Conselho Federal de Contabilidade no sentido de colocar à disposição desses, sempre que solicitado, papéis de trabalho, relatórios e outros documentos que deram origem e orientaram a execução do seu trabalho. 

6. VALOR DOS SERVIÇOS PROFISSIONAIS

O Profissional da Contabilidade deve fixar previamente o valor dos serviços, por contrato escrito, considerados os elementos seguintes:

I - a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade do serviço a executar;

II - o tempo que será consumido para a realização do trabalho;

III - a possibilidade de ficar impedido da realização de outros serviços;

IV - o resultado lícito favorável que para o contratante advirá com o serviço prestado;

V - a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual, habitual ou permanente;

VI - o local em que o serviço será prestado.

O Profissional da Contabilidade poderá transferir o contrato de serviços a seu cargo a outro profissional, com a anuência do cliente, sempre por escrito, de acordo com as normas expedidas pelo Conselho Federal de Contabilidade.

O Profissional da Contabilidade poderá transferir parcialmente a execução dos serviços a seu cargo a outro profissional, mantendo sempre como sua a responsabilidade técnica.

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É vedado ao Profissional da Contabilidade oferecer ou disputar serviços profissionais mediante aviltamento de honorários ou em concorrência desleal.  

7. DEVERES EM RELAÇÃO AOS COLEGAS E À CLASSE

A conduta do Profissional da Contabilidade com relação aos colegas deve ser pautada nos princípios de consideração, respeito, apreço e solidariedade, em consonância com os postulados de harmonia da classe.

O espírito de solidariedade, mesmo na condição de empregado, não induz nem justifica a participação ou conivência com o erro ou com os atos infringentes de normas éticas ou legais que regem o exercício da profissão.

O Profissional da Contabilidade deve, em relação aos colegas, observar as seguintes normas de conduta:

I - abster-se de fazer referências prejudiciais ou de qualquer modo desabonadoras;

II - abster-se da aceitação de encargo profissional em substituição a colega que dele tenha desistido para preservar a dignidade ou os interesses da profissão ou da classe, desde que permaneçam as mesmas condições que ditaram o referido procedimento;

III - jamais apropriar-se de trabalhos, iniciativas ou de soluções encontradas por colegas, que deles não tenha participado, apresentando-os como próprios;

IV - evitar desentendimentos com o colega a que vier a substituir no exercício profissional.

O Profissional da Contabilidade deve, com relação à classe, observar as seguintes normas de conduta:"

I - prestar seu concurso moral, intelectual e material, salvo circunstâncias especiais que justifiquem a sua recusa;

II - zelar pelo prestígio da classe, pela dignidade profissional e pelo aperfeiçoamento de suas instituições;

III - aceitar o desempenho de cargo de dirigente nas entidades de classe, admitindo-se a justa recusa;

IV - acatar as resoluções votadas pela classe contábil, inclusive quanto a honorários profissionais;

V - zelar pelo cumprimento deste Código;

VI - não formular juízos depreciativos sobre a classe contábil;

VII - representar perante os órgãos competentes sobre irregularidades comprovadamente ocorridas na administração de entidade da classe contábil;

VIII - jamais utilizar-se de posição ocupada na direção de entidades de classe em benefício próprio ou para proveito pessoal.

8. PENALIDADES 

A transgressão de preceito deste Código constitui infração ética, sancionada, segundo a gravidade, com a aplicação de uma das seguintes penalidades:

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I - advertência reservada;

II - censura reservada;

III - censura pública.

 Na aplicação das sanções éticas, podem ser consideradas como atenuantes:

I - ação desenvolvida em defesa de prerrogativa profissional;

II - ausência de punição ética anterior;

III - prestação de relevantes serviços à Contabilidade.

Na aplicação das sanções éticas, podem ser consideradas como agravantes:

I - Ação cometida que resulte em ato que denigra publicamente a imagem do Profissional da Contabilidade;

II - punição ética anterior transitada em julgado.

O julgamento das questões relacionadas à transgressão de preceitos do Código de Ética incumbe, originariamente, aos Conselhos Regionais de Contabilidade, que funcionarão como Tribunais Regionais de Ética e Disciplina, facultado recurso dotado de efeito suspensivo, interposto no prazo de quinze dias para o Conselho Federal de Contabilidade em sua condição de Tribunal Superior de Ética e Disciplina.

O recurso voluntário somente será encaminhado ao Tribunal Superior de Ética e Disciplina se o Tribunal Regional de Ética e Disciplina respectivo mantiver ou reformar parcialmente a decisão.

Na hipótese do inciso III do art. 12, o Tribunal Regional de Ética e Disciplina deverá recorrer ex officio de sua própria decisão (aplicação de pena de Censura Pública).

Quando se tratar de denúncia, o Conselho Regional de Contabilidade comunicará ao denunciante a instauração do processo até trinta dias após esgotado o prazo de defesa.

O Profissional da Contabilidade poderá requerer desagravo público ao Conselho Regional de Contabilidade, quando atingido, pública e injustamente, no exercício de sua profissão. 

TREINAMENTO

Assinale "V" para Verdadeiro e "F"para Falso na assertivas abaixo:

(    ) Auditoria Interna compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.

(    ) A Auditoria Interna deve ser documentada por meio de folhas timbradas, elaborados em meio físico ou eletrônico, que devem ser organizados e arquivados de forma sistemática e racional. Estas folhas constituem documentos e registros dos fatos, informações e provas obtidas no curso da auditoria, a fim de evidenciar os exames realizados e dar suporte à sua opinião, críticas, sugestões e recomendações.

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(    ) Quando do planejamento de auditoria, deve considerar os fatores relevantes na execução dos trabalhos, especialmente os que se referem ao  conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestão de riscos da entidade;

(    ) Referente ao relatório da Auditoria Interna ;e correto afirmar que deve abordar, no mínimo, dentre outros aspectos, o objetivo e a extensão dos trabalhos e a metodologia adotada;

(    ) Não está previsto no Código de Ética do Contador a guardar de sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito, inclusive no âmbito do serviço público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por autoridades competentes, entre estas os Conselhos Regionais de Contabilidade

(    ) A conduta do Profissional da Contabilidade com relação aos colegas deve ser pautada nos princípios de consideração, respeito, apreço e solidariedade, em consonância com os postulados de harmonia da classe.  

CORREÇÃO DE EXERCÍCIOS DO MODULO V

1) O Princípio da Continuidade objetiva afirmar que a Entidade

Resposta:

a) é susceptível de descontinuidade.

b) tem a composição de seu patrimônio afetada, na descontinuidade de suas atividades.

c) tem seu patrimônio afetado, segundo as condições prováveis em que se possam desenvolver suas operações.

d) pode ter a utilidade de alguns de seus ativos afetada, na suspensão de suas atividades.

e) na sua aplicação, tem como situação-limite, a completa cessação de suas atividades.

2) O Código Civil conceitua as pessoas em naturais ou físicas e jurídicas. Estas são uma criação abstrata da lei. Com relação ao assunto, marque a assertiva correta, com relação a Contabilidade.

Resposta:

a) Por ser a pessoa jurídica uma criação abstrata da lei, não há nenhuma implicação, antes o contrário, de se misturar as contas particulares com as da pessoa jurídica.

b) Do princípio da entidade, que é um dos princípios fundamentais da Contabilidade, infere-se que os bens particulares não se confundem com os bens da entidade que é formada pelo conjunto de bens dos particulares, mas a recíproca não é verdadeira.

c) O administrador deve ter soberania, em função do princípio da autonomia da entidade, sobre seu patrimônio, não importando a forma como gere seus negócios.

d) A entidade, que é dos sócios, rege-se pelo contrato social ou estatuto, conforme o caso, e este pode, expressamente, autorizar os administradores (diretores e gerentes) a usar recursos da sociedade (como por exemplo veículos) em atividades particulares. e) Eventuais saldos de balanço podem ser rateados entre os diretores da área financeira e contábil, se assim os estatutos, expressamente, permitirem.

3) Quanto aos bens de uma empresa, assinale a incorreta.

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Resposta:

a) Devem ser relacionados de forma distinta dos de seus sócios.

b) Constituem uma entidade autônoma de seus titulares.

c) A azienda não deve ser confundida com o patrimônio dos particulares, visto a gestão ser dos particulares e estes devem, sempre que a empresa necessitar e pelo princípio da continuidade, socorrê-la economicamente ou com bens.

d) A Contabilidade tem como objetivo o controle, o planejamento e o rédito, para salvaguardar bens e direitos, entre outros.

e) A tributação envolve a transferência de patrimônio dos particulares (bens numerários) aos cofres públicos, decorrendo daí, entre outras, uma necessidade do conhecimento de Contabilidade dos servidores de órgãos arrecadadores, ou seja, envolve patrimônio, que é o objeto da Contabilidade. 

4) Os princípios fundamentais de Contabilidade estão consubstanciados na Resolução n.º 750, de 1993, do Conselho Federal de Contabilidade, que, posteriormente, editou um apêndice destinado a um maior esclarecimento de seu conteúdo e abrangência. Com base no exposto, julgue os itens a seguir.

Resposta

(1) Os princípios, ao contrário das normas, devido à diversidade das entidades e à evolução contínua do ambiente econômico, são adotados segundo as concepções teórico-doutrinárias dos profissionais da Contabilidade. 

(2) A existência de duas entidades sob controle comum, ainda que consolidem suas demonstrações contábeis, não afeta o princípio da entidade, mantendo-se as respectivas autonomias patrimoniais. 

5) Os princípios fundamentais de contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à ciência da contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional brasileiros. Concernem, pois, à contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades. Com base nesse assunto, julgue os itens a seguir.

Resposta:

(1) O patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova entidade, mas em uma unidade de natureza econômico-contábil. 

6) A Resolução CFC n.0 750, de 29 de dezembro de 1993, estabeleceu os princípios fundamentais de contabilidade aplicáveis ás sociedades brasileiras. A respeito desse assunto, julgue os itens seguintes. 

Resposta:

(1) Na aplicação dos princípios fundamentais de contabilidade a situações concretas, a essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. 

7) O procedimento de segregar o patrimônio da em¬presa avaliada do patrimônio de seus sócios está fundamentado no conceito da:

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Resposta:

a) entidade

b) identidade

c) prudência

d) materialidade

e) relatividade 

8) Ao analisar a formação e a estrutura patrimonial, é correto afirmar que:

Resposta:

a) o Ativo representa "Bens e Direitos" que são elementos negativos na estrutura do patrimônio

b) o complexo de bens, materiais ou não, direitos, ações, posse e tudo o mais que pertence a uma pessoa ou empresa e seja suscetível de apreciação econômica, denomina-se Patrimônio

c) a pessoa jurídica é a unidade jurídica resultante de um agrupamento humano organizado, estável, objetivando fins de utilidade pública ou privada, inteiramente distinta dos indivíduos que a compõem, capaz de possuir, exercitar direitos e contrair obrigações

d) a conta que representa o investimento dos sócios é a conta Caixa

e) no Ativo registramos somente os bens tangíveis que são representados, por exemplo, por Marcas e Patentes 

9) Jorge Trapalhão é comerciante (revenda de produtos veterinários) e fazendeiro. Apesar de a fazenda não estar incorporada ao patrimônio da firma comercial, ele não faz distinção dos fatos decorrentes de sua dupla atividade, na escrituração do estabelecimento comercial, em que pese utilizar normalmente empregados e produtos de um em outro estabelecimento.

Resposta:

O procedimento de Jorge Trapalhão, analisado sob o aspecto contábil, está:

a) correto, porque Jorge Trapalhão é pessoa física, uma vez que, de acordo com o Código Civil, a pessoa jurídica não pode ser formada de um único indivíduo

b) incorreto, porque contraria o princípio contábil da Competência

c) correto, porque, qualquer que seja o seu sistema de escrituração, o resultado de suas atividades reverter-se-á totalmente em seu benefício

d) incorreto, porque contraria o princípio contábil da Entidade

e) correto, porque, apesar de os misturar, ele não omite nem adultera os fatos contábeis decorrentes de sua dupla atividade 

10) A autonomia patrimonial, fulcro do Princípio da Entidade, objetiva especificamente estabelecer que:

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Resposta:

a) não seja confundido o patrimônio da entidade com o de seus sócios.

b) a contabilidade deve individualizar um patrimônio particular no universo dos patrimônios.

c) o patrimônio se caracteriza como o objeto da contabilidade.

d) o patrimônio pertence a uma pessoa, a um conjunto de pessoas, a uma sociedade, ou a uma instituição de qualquer natureza.

e) a soma de patrimônios autônomos não resulta em nova entidade. 

1- C 2- B 3- C 4-EC 5- C 6- C 7- A 8- C 9- D  10- B

                   

                   

                 

MODULO VII

QUESTÕES AVALIADAS POR ÁREA DE CONHECIMENTO

ROTEIRO

1. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS2. CONTABILIZAÇÃO GERAL3. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO4. ATIVO CIRCULANTE5. FLUXOS DE CAIXA6. RESULTADO COMO MERCADORIAS7. ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS8. CONTABILIDADE PÚBLICA9. CONTABILIDADE DE CUSTOS10. CORREÇÃO DE EXERCÍCIOS DO MÓDULO ANTERIOR

 

Este módulo apresenta exemplos de exercícios na forma de simulação do prova realizada para avaliação da capacidade do contabilista. Os exercícios devem ser realizados sem a utilização de calculadora, conforme é a exigência do CFC, quando do Exame de Suficiência.

1. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

1. Uma sociedade empresária adquiriu mercadorias para revenda por R$5.000,00, neste valor incluído ICMS de R$1.000,00. No mesmo período, revendeu toda a mercadoria adquirida por R$9.000,00, neste valor incluído ICMS de R$1.800,00. A sociedade empresária registrou, no período, despesas com representação comercial no montante de R$1.200,00 e depreciação de veículos de R$200,00.  

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Na Demonstração do Valor Adicionado - DVA, elaborada a partir dos dados fornecidos, o valor adicionado a distribuir é igual a:

a) R$1.800,00.

b) R$2.600,00.

c) R$3.200,00.

d) R$4.000,00.

2. CONTABILIZAÇÃO GERAL

2. Uma companhia efetuou, em dezembro de 2010, a venda de mercadorias para recebimento com prazo de 13 meses, considerando uma taxa de juros de 10% no período. O valor da nota fiscal foi de R$110.000,00.

O registro contábil CORRETO no ato da transação é:

 

a)  Débito: Contas a Receber (Ativo Não Circulante) R$110.000,00   Crédito: Receita Bruta de Vendas           R$110.000,00

 

b)  Débito: Contas a Receber (Ativo Não Circulante) R$110.000,00   Crédito: Receita Bruta de Vendas           R$100.000,00   Crédito: Receita Financeira  R$10.000,00

 

c)  Débito: Contas a Receber (Ativo Não Circulante) R$100.000,00   Crédito: Receita Bruta de Vendas           R$100.000,00

 

d)  Débito: Contas a Receber (Ativo Não Circulante) R$110.000,00   Crédito: Receita Bruta de Vendas           R$100.000,00   Crédito: Receita Financeira a Apropriar (Ativo Não Circulante) R$10.000,00

 

3. Uma sociedade empresária realizou as seguintes aquisições de produtos no primeiro bimestre de 2011:

03.01.2011 40 unidades a R$30,00 24.01.2011 50 unidades a R$24,00 01.02.2011 50 unidades a R$20,00 15.02.2011 60 unidades a R$20,00

Sabe-se que:

A empresa não apresentava estoque inicial.

No dia 10.2.2011, foram vendidas 120 unidades de produtos ao preço de R$40,00 cada uma.

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Não será considerada a incidência de ICMS nas operações de compra e venda.

O critério de avaliação adotado para as mercadorias vendidas é o PEPS.  

O Lucro Bruto com Mercadorias, a quantidade final de unidades em estoque e o valor unitário de custo em estoques de produtos, no dia 28.2.2011, são de:

a) R$1.800,00 e 80 unidades a R$20,00 cada.

b) R$1.885,71 e 80 unidades a R$24,29 cada.

c) R$1.980,00 e 80 unidades a R$23,50 cada.

d) R$2.040,00 e 80 unidades a R$23,00 cada.

3. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

4. Uma determinada sociedade empresária, em 31.12.2010, apresentou os seguintes saldos:

 

Caixa R$ 6.500,00 Bancos Conta Movimento R$ 14.000,00 Capital Social R$ 20.000,00 Custo das Mercadorias Vendidas R$ 56.000,00 Depreciação Acumulada R$ 1.500,00 Despesas Gerais R$ 23.600,00 Fornecedores R$ 9.300,00 Duplicatas a Receber em 60 dias R$ 20.900,00 Equipamentos  R$ 10.000,00 Reserva de Lucros R$ 3.000,00  Estoque de Mercadorias R$ 4.000,00 Receitas de Vendas R$ 97.700,00  Salários a Pagar R$ 3.500,00

Após a apuração do Resultado do Período e antes da sua destinação, o total do Patrimônio Líquido e o total do Ativo Circulante são, respectivamente:

a) R$37.100,00 e R$41.400,00.

b) R$37.100,00 e R$46.100,00.

c) R$41.100,00 e R$45.400,00.

d) R$41.100,00 e R$50.400,00.

5. A movimentação ocorrida nas contas de Reservas de Lucros em um determinado período é evidenciada na seguinte demonstração contábil:

a) Balanço Patrimonial

b) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

c) Demonstração dos Fluxos de Caixa

d) Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados

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6. Uma determinada sociedade empresária apresentou os seguintes dados extraídos da folha de pagamento:

Empregados Salário mensal Empregado A R$1.500,00 Empregado B R$1.200,00

 

Foi solicitado que a empresa elaborasse as demonstrações contábeis para  janeiro  de 2011.

Considerando os dados da folha de pagamento e a premissa de que o percentual total dos Encargos Sociais é de 20%, em janeiro de 2011, a empresa deverá registrar um gasto total com o  13º Salário e Encargos Sociais no montante de: 

a) R$112,50.

b) R$225,00.

c) R$270,00.

d) R$540,00.

7. Uma determinada sociedade empresária vendeu mercadorias para sua controladora por R$300.000,00, auferindo um lucro de R$50.000,00. No final do exercício, remanescia no estoque da controladora 50% das mercadorias adquiridas da controlada. O valor do ajuste referente ao lucro não realizado, para fins de cálculo da equivalência patrimonial, é de:

a) R$25.000,00.

b) R$50.000,00.

c) R$150.000,00.

d) R$300.000,00.

 

8. Uma empresa adquiriu um ativo em 1º de janeiro de 2009, o qual foi registrado contabilmente por R$15.000,00. A vida útil do ativo foi estimada em cinco anos.   Espera-se que o ativo, ao final dos cinco anos, possa ser vendido por R$3.000,00. Utilizando-se o método linear para cálculo da depreciação e supondo-se que não houve modificação na vida útil estimada e nem no valor residual, ao final do ano de 2010, o valor contábil do ativo líquido será de:

a) R$7.200,00.

b) R$9.000,00.

c) R$10.200,00.

d) R$12.000,00.

4. ATIVO CIRCULANTE

9. Uma entidade apresenta, em 31.12.2010, os seguintes saldos de contas:

Page 91: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

 

CONTAS SaldosR$

Ações de Outras Empresas - Para Negociação Imediata 400,00

Ações em Tesouraria 300,00

Ajustes de Avaliação Patrimonial (saldo devedor) 900,00

Aplicações em Fundos de Investimento com Liquidez Diária 2.600,00

Bancos Conta Movimento 6.000,00

Caixa 700,00

Capital Social 40.000,00

Clientes - Vencimento em março/2011 12.000,00

Clientes - Vencimento em março/2012 6.600,00

Clientes - Vencimento em março/2013 4.000,00

Depreciação Acumulada 8.800,00

Despesas Pagas Antecipadamente (prêmio de seguro com vigência até dezembro/2011)

300,00

Estoque de Matéria-Prima 5.000,00

Financiamento Bancário (a ser pago em 12 parcelas mensais de igual valor, vencendo a primeira em janeiro de 2011)

30.000,00

Fornecedores 19.000,00 

ICMS a Recuperar 600,00

Imóveis de Uso 26.000,00

Impostos a Pagar (Vencimento em janeiro/2011) 6.400,00

Máquinas 18.000,00

Obras de Arte 4.000,00

Participação Societária em Empresas Controladas 14.000,00

Participações Permanentes no Capital de Outras Empresas 1.000,00

Reserva Legal 4.000,00

Reservas de Capital 2.200,00

Veículos 8.000,00

No Balanço Patrimonial, o saldo do Ativo Circulante é igual a:

a) R$24.300,00. 

b) R$25.000,00. 

c) R$27.200,00.

d) R$27.600,00. 

5. FLUXOS DE CAIXA

10. Uma sociedade empresária apresentou, no exercício de 2010, uma variação positiva no saldo de caixa e equivalentes de caixa no valor de R$18.000,00. Sabendo-se que o caixa gerado pelas atividades operacionais foi de R$28.000,00 e o caixa consumido pelas atividades de investimento foi de R$25.000,00, as atividades de financiamento:

Page 92: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

a) geraram um caixa de R$21.0000,00.

b) consumiram um caixa de R$15.000,00.

c) consumiram um caixa de R$21.000,00.

d) geraram um caixa de R$15.000,00.

11. Uma empresa pagou, em janeiro de 2010, o aluguel do galpão destinado à área de produção, relativo ao mês de dezembro de 2009. O lançamento correspondente ao pagamento do aluguel irá provocar:

a) um aumento nas Despesas e uma redução de igual valor no Ativo.

b) um aumento nos Custos e uma redução de igual valor no Ativo.

c) uma redução no Ativo e uma redução de igual valor no Passivo.

d) uma redução no Ativo e uma redução de igual valor no Patrimônio Líquido.

6. RESULTADO COMO MERCADORIAS

12. De acordo com os dados abaixo e sabendo-se que o Estoque Final de Mercadorias totaliza R$350.000,00, em 31.12.2010, o Resultado Líquido é de:

Contas   Valor Caixa R$ 80.000,00 Capital Social R$ 50.000,00 Compras de Mercadorias R$ 800.000,00 Depreciação Acumulada R$ 65.000,00 Despesas com Juros R$ 110.000,00 Despesas Gerais R$ 150.000,00 Duplicatas a Pagar R$ 355.000,00 Duplicatas a Receber   R$ 140.000,00 Estoque Inicial de Mercadorias   R$ 200.000,00 Móveis e Utensílios R$ 70.000,00 Receita com Juros R$ 80.000,00 Receitas com Vendas  R$ 1.000.000,00

a) R$170.000,00.

b) R$240.000,00.

c) R$350.000,00.

d) R$390.000,00.

13. Uma indústria apresenta os seguintes dados:

Aluguel de setor administrativo R$ 80.000,00 Aluguel do setor de produção R$ 56.000,00 Depreciação da área de produção R$ 38.000,00 Mão de Obra Direta de produção R$ 100.000,00 Mão de Obra Direta de vendas R$ 26.000,00 Material requisitado: diretos R$ 82.000,00 Material requisitado: indiretos R$ 70.000,00 Salários da diretoria de vendas R$ 34.000,00

Page 93: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

Seguro da área de produção R$ 38.000,00

Analisando-se os dados acima, assinale a opção CORRETA.

a) O custo de transformação da indústria totalizou R$302.000,00, pois o custo de transformação é a soma da mão de obra direta e custos Indiretos de fabricação.

b) O custo do período da indústria totalizou R$444.000,00, pois o custo da empresa é a soma de todos os itens de sua atividade.

c) O custo do período da indústria totalizou R$524.000,00, pois o custo da empresa é a soma de todos os itens apresentados.

d) O custo primário da indústria totalizou R$208.000,00, pois o custo primário leva em consideração a soma da mão de obra e do material direto. 

14. No mês de setembro de 2010, foi iniciada a produção de 1.500 unidades de um determinado produto. Ao final do mês, 1.200 unidades estavam totalmente concluídas e restaram 300 unidades em processo. O percentual de conclusão das unidades em processo é de 65%. O custo total de produção do período foi de R$558.000,00. O Custo de Produção dos Produtos Acabados e o Custo de Produção dos Produtos em Processo são, respectivamente:

a) R$446.400,00 e R$111.600,00.

b) R$480.000,00 e R$78.000,00.

c) R$558.000,00 e R$0,00.

d) R$558.000,00 e R$64.194,00.

15. Uma matéria-prima foi adquirida por R$3.000,00, incluídos nesse valor R$150,00 referentes a IPI e R$342,00 relativos a ICMS. O frete de R$306,00 foi pago pelo vendedor, que enviou o material via aérea, mas a empresa compradora teve que arcar com o transporte entre o aeroporto e a fábrica, que custou R$204,00. Considerando-se que os impostos são recuperáveis, o valor registrado em estoques será:

a) R$2.508,00.

b) R$2.712,00.

c) R$3.018,00.

d) R$3.204,00.

16. O comprador de uma indústria tem a opção de compra de 5.000kg de matéria-prima por R$2,00 o quilo, à vista, ou R$2,20 o quilo, para pagamento em dois meses. Em ambos os casos, incidirá IPI à alíquota de 10% e ICMS à alíquota de 12%, recuperáveis em 1 (um) mês. Considerando uma taxa de juros de 10% ao mês, a melhor opção de compra para a empresa é:

a) à vista, pois resulta em valor presente de R$9.000,00, enquanto a compra a prazo resulta em valor presente de R$9.900,00.

b) à vista, pois resulta em valor presente de R$8.800,00, enquanto a compra a prazo resulta em valor presente de R$9.680,00.

Page 94: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

c) a prazo, pois resulta em valor presente de R$8.000,00, enquanto a compra à vista resulta em valor presente de R$9.000,00.

d) a prazo, pois resulta em valor presente de R$7.800,00, enquanto a compra à vista resulta em valor presente de R$9.000,00.

17. Uma determinada empresa apresentou os seguintes dados referentes ao ano de 2010:

- Estoque inicial igual a zero.

- Produção anual de 500 unidades com venda de 400 unidades.

- Custo Variável unitário de R$15,00.

- Preço de Venda unitário de R$20,00.

- Custo Fixo anual de R$2.000,00.

- Despesas Fixas anuais de R$350,00.

- Despesa Variável unitária de R$1,50 para cada unidade vendida.

Sabendo-se que a empresa utiliza o Custeio por Absorção, seu Lucro Bruto e o Resultado Líquido em 2010, são, respectivamente:

a) Lucro Bruto de R$2.000,00 e Lucro Líquido de R$1.050,00.

b) Lucro Bruto de R$2.000,00 e Prejuízo de R$950,00.

c) Lucro Bruto de R$400,00 e Lucro Líquido de R$50,00.

d) Lucro Bruto de R$400,00 e Prejuízo de R$550,00.

18. Uma determinada empresa, no mês de agosto de 2010, apresentou custos com materiais diretos no valor de R$30,00 por unidade e custos com mão de obra direta no valor de R$28,00 por unidade. Os custos fixos totais do período foram de R$160.000,00. Sabendo-se que a empresa produziu no mês 10.000 unidades totalmente acabadas, o custo unitário de produção pelo Método do Custeio por Absorção e Custeio Variável é, respectivamente:

a) R$46,00 e R$44,00.

b) R$58,00 e R$46,00.

c) R$74,00 e R$58,00.

d) R$74,00 e R$74,00.

19. Uma empresa industrial aplicou no processo produtivo, no mês de agosto de 2010, R$50.000,00 de matéria-prima, R$40.000,00 de mão de obra direta e R$30.000,00 de gastos gerais de fabricação. O saldo dos Estoques de Produtos em Elaboração, em 31.7.2010, era no valor de R$15.000,00 e, em 31.8.2010, de R$20.000,00.

O Custo dos Produtos Vendidos, no mês de agosto, foi de R$80.000,00 e não havia Estoque de Produtos Acabados em 31.7.2010. Com base nas informações, assinale a opção que apresenta o saldo final, em 31.8.2010, dos Estoques de Produtos Acabados.

Page 95: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

a) R$35.000,00.

b) R$55.000,00.

c) R$120.000,00.

d) R$135.000,00.

7. ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS

20. Uma instituição social recebe recursos públicos e, portanto, está dentro do campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, devendo seguir o Princípio da Competência. A referida instituição tem ainda como fonte de receita a contribuição mensal de seus associados, que se reuniram e resolveram pagar de uma só vez o valor de R$30.000,00 correspondente a três exercícios, com o objetivo de formar um fundo financeiro. Nos três exercícios, essa organização tem custos de impressão de folhetos informativos da ordem de R$5.000,00 em cada ano e, no segundo ano, resolveu fazer um seguro cujo prêmio foi pago em dinheiro no valor de R$3.000,00 com cobertura para o segundo e o terceiro anos. Com base nos valores informados e nos conceitos relativos ao Princípio de Competência, é CORRETO afirmar que a instituição irá apurar:

a) déficit de R$8.000,00 em todos os exercícios.

b) déficit de R$8.000,00 no segundo e de R$5.000,00 no terceiro ano; superávit  de R$25.000,00 no primeiro ano.

c) superávit de R$5.000,00 no primeiro ano e de R$3.500,00 no segundo e no terceiro anos.

d) superávit de R$8.000,00 em todos os exercícios.

8. CONTABILIDADE PÚBLICA

21. Indique o registro contábil CORRETO, considerando as informações disponíveis, para registrar a Previsão Inicial da Receita Orçamentária:

 

                        a) 

 

Débito: Previsão Inicial da Receita Orçamentária

  Crédito: Receita Orçamentária a Realizar

 

 

                        b) 

 

Débito: Receita a Realizar

  Crédito: Receita Fixada

 

  Débito: Variação Patrimonial Diminutiva

Page 96: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

                        c) 

   Crédito: Variação Patrimonial Aumentativa

 

 

                        d) 

 

Débito: Receita a Realizar

  Crédito: Variação Patrimonial Aumentativa

 

22. Em 31 de dezembro de 2010, uma determinada companhia publicou a seguinte demonstração contábil:

Balanço Patrimonial (em R$)

  2009 2010   2009 2010 ATIVO 88.400,00 107.000,00 PASSIVO E PL 88.400,00 107.000,00 Ativo Circulante 57.400,00 61.800,00 Passivo Circulante 36.600,00 43.400,00 Disponível 1.400,00 6.600,00 Fornecedores 22.000,00 28.000,00 Clientes 24.000,00 27.200,00 Contas a Pagar 

Empréstimos

5.600,00

9.000,00

9.400,00

6.000,00 Estoques 32.000,00 28.000,00      Ativo Não Circulante 31.000,00 45.200,00 Passivo Não

Circulante 21.800,00 30.000,00

Realizável a Longo Prazo

Imobilizado

12.000,00

19.000,00

18.000,00

27.200,00

Empréstimos

Patrimônio Líquido

21.800,00

30.000,00

30.000,00

33.600,00

      Capital 30.000,00 33.600,00

Com relação ao Balanço Patrimonial acima, assinale a opção CORRETA:

a) O Capital Circulante Líquido foi ampliado em R$2.400,00 e o Quociente de Liquidez Corrente foi reduzido em 0,15.

b) O Capital Circulante Líquido foi ampliado em R$4.600,00 e o Quociente de Liquidez Corrente foi reduzido em 0,10.

c) O Capital Circulante Líquido foi reduzido em R$2.400,00 e o Quociente de Liquidez Corrente foi reduzido em 0,15.

d) O Capital Circulante Líquido foi reduzido em R$4.600,00 e o Quociente de Liquidez Corrente foi reduzido em 0,10.

9. CONTABILIDADE DE CUSTOS

Page 97: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

23. Uma empresa de treinamento está planejando um curso de especialização. Os custos previstos são: Custos Variáveis de R$1.200,00 por aluno e Custos Fixos de R$72.000,00, dos quais R$4.800,00 referem-se à depreciação de equipamentos a serem utilizados. O curso será vendido a R$6.000,00 por aluno. O Ponto de Equilíbrio Contábil se dá com:

a) 10 alunos.

b) 12 alunos.

c) 14 alunos.

d) 15 alunos.

24. Uma fábrica de camisetas produz e vende, mensalmente, 3.500 camisetas ao preço de R$5,00 cada. As despesas variáveis representam 20% do preço de venda e os custos variáveis são de R$1,20 por unidade. A fábrica tem capacidade para produzir 5.000 camisetas por mês, sem alterações no custo fixo atual de R$6.000,00.  Uma pesquisa de mercado revelou que ao preço de R$4,00 a unidade, haveria demanda no mercado para 6.000 unidades por mês.

Caso a empresa adote a redução de preço para aproveitar o aumento de demanda, mantendo a estrutura atual de custos fixos e capacidade produtiva, o resultado final da empresa:

a) aumentará em R$2.200,00.

b) aumentará em R$200,00.

c) reduzirá em R$3.500,00.

d) reduzirá em R$800,00.

25. Um analista de custos resolveu aplicar as técnicas de análise do Ponto de Equilíbrio Contábil para verificar o desempenho de uma determinada empresa. Sabia que a empresa vinha vendendo, nos últimos meses, 30.000 pacotes de produtos/mês, à base de R$35,00 por pacote. Seus custos e despesas fixas têm sido de R$472.500,00 ao mês e os custos e despesas variáveis, de R$15,00 por pacote.

A margem de segurança é de:

a) R$223.125,00.

b) R$270.000,00.

c) R$826.875,00.

d) R$1.050.000,00.

26. Uma empresa incorreu nas seguintes operações em determinado mês:

- O Departamento de Compras comprou matéria-prima no valor de R$25,00 e incorreu em gastos próprios no valor de R$5,00.

- O Departamento de Produção recebeu a matéria-prima do Departamento de Compras e incorreu em gastos próprios no valor de R$50,00 para produzir o produto.

- O Departamento de Vendas recebeu o produto produzido pelo Departamento de Produção e incorreu em gastos próprios no valor de R$20,00.

Page 98: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

- O preço de venda para o consumidor final foi de R$120,00.

Considerando que a transferência entre os departamentos ocorreu pelo custo total realizado, é INCORRETO afirmar que:

a) o custo total do Departamento de Produção é de R$80,00.

b) o custo total do Departamento de Vendas é de R$100,00, dos quais R$80,00 transferidos de outros departamentos.

c) o Departamento de Compras apurou um prejuízo de R$30,00.

d) os Departamentos de Compras e de Produção somaram no período receitas com vendas internas no montante de R$110,00.

27. A Lei nº. X, publicada no dia 30 de agosto de 2010, majorou a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, sendo omissa quanto à sua entrada em vigor.

Com relação à situação hipotética apresentada e à vigência das leis tributárias, assinale a opção CORRETA.

a) A referida majoração somente poderá ser cobrada nos casos em que os fatos geradores tenham ocorrido a partir de 1°.01.2011, devido aos Princípios da Legalidade, da Anualidade e da Tipicidade Cerrada.

b) De acordo com o Princípio da Anterioridade Nonagesimal, a referida majoração somente poderá ser cobrada em face dos fatos geradores ocorridos após noventa dias da sua publicação.

c) Os valores provenientes dessa majoração podem ser cobrados em face dos fatos geradores ocorridos a partir de sua publicação, já que o IPI não se submete ao Princípio da Anterioridade.

d) Poderá ser cobrada a referida majoração em face dos fatos geradores ocorridos após quarenta e cinco dias da publicação na Lei no. X, devido à regra contida na Lei de Introdução ao Código Civil, já que aquela Lei foi omissa quanto a sua entrada em vigor.

28. De acordo com a legislação trabalhista, julgue os itens abaixo como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

I. Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiver sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.

II. Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador e o executado no domicílio do empregado, desde que esteja caracterizada a relação de emprego.

III. Considera-se como “de serviço efetivo” o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.

A sequência CORRETA é:

a) F, F, F.

b) F, F, V.

Page 99: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

c) V, F, F.

d) V, V, V.

10. CORREÇÃO DE EXERCÍCIOS DO MÓDULO ANTERIOR

Assinale "V" para Verdadeiro e "F"para Falso na assertivas abaixo:

( V ) Auditoria Interna compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.

( F  ) A Auditoria Interna deve ser documentada por meio de folhas timbradas, elaborados em meio físico ou eletrônico, que devem ser organizados e arquivados de forma sistemática e racional. Estas folhas constituem documentos e registros dos fatos, informações e provas obtidas no curso da auditoria, a fim de evidenciar os exames realizados e dar suporte à sua opinião, críticas, sugestões e recomendações.

(  V  ) Quando do planejamento de auditoria, deve considerar os fatores relevantes na execução dos trabalhos, especialmente os que se referem ao  conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestão de riscos da entidade;

(  V   ) Referente ao relatório da Auditoria Interna ;e correto afirmar que deve abordar, no mínimo, dentre outros aspectos, o objetivo e a extensão dos trabalhos e a metodologia adotada;

(  F  ) Não está previsto no Código de Ética do Contador a guardar de sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito, inclusive no âmbito do serviço público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por autoridades competentes, entre estas os Conselhos Regionais de Contabilidade

(  V  ) A conduta do Profissional da Contabilidade com relação aos colegas deve ser pautada nos princípios de consideração, respeito, apreço e solidariedade, em consonância com os postulados de harmonia da classe.

Elaborado em 23.05.2011

MODULO VIIIQUESTÕES AVALIADAS POR ÁREA DE CONHECIMENTO

Contabilidade Geral - Português - Matemática

 ROTEIRO

1. CONTABILIDADE GERAL1.1. Contabilização de Compra de Mercadorias

2. PORTUGUÊS2.1. Uso da Vírgula

3. MATEMÁTICA 3.1. Regra de Três Simples 

4. TREINAMENTO

1. CONTABILIDADE GERAL

1.1. Contabilização de Compra de Mercadorias

Page 100: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

Conforme disposto no artigo 289 do RIR/99, o valor dos impostos recuperáveis não se incluem no custo das mercadorias. Neste caso, o ICMS destacado na aquisição de mercadoria para revenda deve ser excluído do custo de aquisição, lançando na contabilidade o valor correspondente em conta própria do ativo circulante. Esse procedimento faz com que a mercadoria adquirida ingresse no estoque da empresa pelo seu valor líquido, ou seja, sem o ICMS incluso no valor da Nota Fiscal.

No caso do IPI, se a empresa não tiver direito a crédito desse imposto, o valor correspondente integrará o custo de aquisição das mercadorias.

O valor do frete pago pelo transporte de mercadorias será registrado como parcela integrante do custo de aquisição.

Na empresa que não mantém controle de estoques, usualmente as compras são registradas pelo custo líquido (Custo de aquisição diminuídos do valor dos impostos recuperáveis) em uma conta auxiliar específica (compra de mercadorias) e nela permanecem até a data de apuração dos resultados.

Supondo um valor hipotético de relativos a IPI e ICMS, uma vez que para o seu cálculo é necessária a observância de legislação específica, temos os seguintes exemplos.

Exemplo:

Considerando-se que uma empresa comercial tenha adquirido mercadoria para revenda cuja Nota Fiscal de Compra apresentou os seguintes dados:

Preço da mercadoria  R$ 60.000,00

ICMS destacado (18%) R$ 10.800,00

Frete pago  R$ 2.500,00 

O lançamento contábil poderá ser feito do seguinte modo:

D - MERCADORIAS EM ESTOQUE

(Ativo Circulante)  R$ 51.700,00

D - ICMS A RECUPERAR

(Ativo Circulante)  R$ 10.800,00

C - FORNECEDORES

(Passivo Circulante)  R$ 60.000,00

C - CONTAS A PAGAR

(Passivo Circulante)  R$ 2.500,00

A empresa comercial, quando adquire mercadoria de indústria, deve considerar o IPI destacado na Nota Fiscal como custo de aquisição, uma vez que, pela sua natureza, não poderá exercer o direito ao crédito desse imposto.

Exemplo:

Page 101: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

Considerando-se que uma empresa comercial tenha adquirido mercadoria para revenda cuja Nota Fiscal de Compra apresentou os seguintes dados:

Preço da mercadoria  R$ 60.000,00

IPI destacado (10%)  R$ 6.000,00

ICMS destacado (18%) R$ 10.800,00

O lançamento contábil poderá ser feito do seguinte modo, considerando-se o valor do IPI, como integrante do custo de aquisição:

D - MERCADORIAS EM ESTOQUE

(Ativo Circulante)  R$ 55.200,00

D - ICMS A RECUPERAR

(Ativo Circulante)  R$ 10.800,00

C - FORNECEDORES

(Passivo Circulante)  R$ 66.000,00

Nota: Custo da mercadoria: R$ 60.000,00 + R$ 6.000,00-R$ 10.00,00 = R$ 55.200,00.

Por outro lado, se for uma empresa industrial que está adquirindo as mercadorias, tendo direito ao crédito relativo ao valor do IPI, teremos:

D - MERCADORIAS EM ESTOQUE

(Ativo Circulante)  R$ 49.200,00

D - ICMS A RECUPERAR

(Ativo Circulante)  R$ 10.800,00

D - IPI A RECUPERAR

(Ativo Circulante) R$ 6.000,00

C - FORNECEDORES

(Passivo Circulante)  R$ 66.000,00  

2. PORTUGUÊS

2.1. Uso da Vírgula 

Estando a oração em ordem direta (seus termos se sucedem na seguinte progressão: sujeito → verbo → complementos do verbo (objetos) → adjunto adverbial), isto é, sem inversões ou intercalações, o uso da vírgula é, de modo geral, desnecessário. Assim:  

1. Não se usa vírgula:

Page 102: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

Não se usa vírgula separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se diretamente entre si: 

a) entre sujeito e predicado. 

Todos os alunos da sala    foram advertidos.

             Sujeito                            predicado 

b) entre o verbo e seus objetos. 

O trabalho custou            sacrifício             aos realizadores.

                   V.T.D.I.              O.D.                             O.I. 

Entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto adnominal. 

2. Usa-se a vírgula:  

Para marcar intercalação: 

a) do adjunto adverbial:  

O café, devido à sua abundância, vem caindo de preço.  

b) da conjunção:  

Os cerrados são secos e áridos. Estão produzindo, todavia, quantidades de alimentos.  

c) das expressões explicativas ou corretivas:  

Os comerciantes não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir mão dos lucros altos.  

Para marcar inversão: 

a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.  

b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.  

c) do nome de lugar anteposto às datas: Curitiba, 15 de junho de 2011.  

Usa-se vírgula para separar entre si elementos coordenados (dispostos em enumeração):  

Era um garoto de 15 anos, alto, magro.  

A ventania levou árvores, e casas, e pontes, e animais.  

Usa-se a vírgula para marcar elipse (omissão) do verbo:  

Nós queremos comer sopa; e vocês, churrasco.  

Usa-se a vírgula para isolar:  

Page 103: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

- o aposto:  

São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um trânsito caótico.  

- o vocativo:  

Ora, Jorge, não diga bobagem. 

3. MATEMÁTICA 

3.1. Regra de Três Simples 

Regra de três simples é um processo prático para resolver problemas que envolvam quatro valores dos quais conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos três já conhecidos. 

Passos utilizados numa regra de três simples: 

1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma espécie em colunas e mantendo na mesma linha as grandezas de espécies diferentes em correspondência. 

2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais. 

3º) Montar a proporção e resolver a equação. 

Exemplos: 

1) Com uma área  de absorção de raios solares de 1,2m2, uma lancha com motor movido a energia solar consegue produzir 400 watts por hora de energia. Aumentando-se essa área para 1,5m2, qual será a energia produzida? 

        Solução: montando a tabela: 

Área (m2) Energia (Wh)

1,2 400

1,5 x

 Identificação do tipo de relação:

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).

Observe que: Aumentando a área de absorção, a energia solar aumenta.

Como as palavras correspondem (aumentando - aumenta), podemos afirmar que as grandezas são diretamente proporcionais. Assim sendo, colocamos uma outra seta no mesmo sentido (para baixo) na 1ª coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Page 104: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

         

Logo, a energia produzida será de 500 watts por hora. 

2) Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de 400Km/h, faz um determinado percurso em 3 horas. Em quanto tempo faria esse mesmo percurso, se a velocidade utilizada fosse de 480km/h? 

        Solução: montando a tabela: 

Velocidade (Km/h) Tempo (h)

400 3

480 x

  identificação do tipo de relação: 

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).

Observe que: Aumentando a velocidade, o tempo do percurso diminui.

Como as palavras são contrárias (aumentando - diminui), podemos afirmar que as grandezas são inversamente proporcionais. Assim sendo, colocamos uma outra seta no sentido contrário (para cima) na 1ª coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos: 

    

 Logo, o tempo desse percurso seria de 2,5 horas ou 2 horas e 30 minutos. 

TREINAMENTO

1) Contabilização dos eventos de compra de mercadorias 

Considerando-se que uma empresa comercial tenha adquirido mercadoria para revenda cuja Nota Fiscal de Compra apresentou os seguintes dados:

Page 105: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

Preço da mercadoria  R$ 120.000,00

ICMS destacado (18%) R$ 21.600,00

Frete pago  R$ 5.000,00 

Demonstre a contabilização destes valores

2) Indique V para verdadeiro e F para falso nas assertivas abaixo  

(  ) O chá devido às sua propriedades, vem sendo muito consumido.  

(  ) Os rios, devido às cheias. Estão produzindo, todavia, enormes quantidades de peixes.  

(  ) Os industriais não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir mão dos lucros altos.  

(  )  Depois das onze horas, todos os menores deve estar em casa .  

(  ) Aos vencedores, as batatas.  

 CORREÇÃO DE EXERCÍCIOS DO MÓDULO ANTERIOR 

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

A C C D C B A B D C B A A A C B C C C A B B D C C

 

26 27 28                                            

B A A

Elaborado em: 21.06.2011

MODULO IXQUESTÕES AVALIADAS POR ÁREA DE CONHECIMENTOS - Exercícios Práticos

ROTEIRO

1. QUESTÕES AVALIADAS POR ÁREAS DE CONHECIMENTO2. CORREÇÃO DE EXERCÍCIOS DE MÓDULO ANTERIOR

1. QUESTÕES AVALIADAS POR ÁREAS DE CONHECIMENTO

01. No que diz respeito ao parcelamento disposto no Código Tributário Nacional, assinale a opção CORRETA.

a) O parcelamento afasta o cumprimento da obrigação acessória.

b) O parcelamento constitui uma das modalidades de extinção dos créditos tributários prescritas pelo Código Tributário Nacional.

c) O parcelamento é uma modalidade de suspensão da exigibilidade do crédito tributário.

Page 106: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

d) O parcelamento extingue o crédito tributário de forma fracionada e continuada, quando a legislação tributária não dispuser a respeito.

02. Um investidor fez uma aplicação financeira a juros compostos com capitalização mensal a uma taxa de juros nominal de 8,7% ao semestre. Ao fim de dois anos e meio, o aumento percentual de seu capital inicial foi de:

a) 43,50%.

b) 49,34%.

c) 51,76%.

d) 54,01%.

03. Um gestor de empresa tem três cotações de preços de fornecedores diferentes, da mesma quantidade de uma determinada matéria-prima, nas seguintes condições de pagamento:

Fornecedor A R$3.180,00 para pagamento à vista

Fornecedor B R$3.200,00 para pagamento em 1 (um) mês

Fornecedor C R$3.300,00 para pagamento em 2 meses

Considerando as condições de pagamento e um custo de oportunidade de 1% (um) ao mês, é mais vantajoso adquirir a matéria-prima:

a) do Fornecedor A.

b) do Fornecedor B.

c) dos Fornecedores A ou C.

d) dos Fornecedores B ou C.

04. A quantidade diária de unidades vendidas do produto X em uma determinada indústria segue uma distribuição normal, com média de 1.000 unidades e desvio padrão de 200 unidades. O gráfico abaixo representa a distribuição normal padrão com média igual a 0 (zero) e desvio-padrão igual a 1 (um), cujas percentagens representam as probabilidades entre os valores de desvio-padrão.

Com base nas informações fornecidas, é CORRETO afirmar que:

a) a probabilidade de a quantidade vendida ficar abaixo de 800 unidades é de 34,13%.

b) a probabilidade de a quantidade vendida ficar acima de 1.200 unidades é de 13,6%.

c) a probabilidade de a quantidade vendida ficar entre 800 e 1.200 unidades é de 68,26%.

d) a probabilidade de a quantidade vendida ficar entre 800 e 1.200 unidades é de 31,74%.

05. Os preços em reais (R$) para uma amostra de equipamentos de som estão indicados na tabela abaixo.

Equipamento. 1 2 3 4 5 6 7

Preço (R$) 500,00 834,00 470,00 480,00 420,00 440,00 440,00

Page 107: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

Com base na amostra, o valor CORRETO da mediana é igual a:

1. a) R$440,00.

2. b) R$470,00.

3. c) R$512,00.

4. d) R$627,00.

06. Classifique os métodos de avaliação do Ativo a seguir enumerados, como valor de entrada ou saída:

- Custo Histórico

- Valor de Liquidação

- Valor Realizável Líquido

- Custo Corrente de Reposição

A sequência CORRETA é:

a) entrada, saída, entrada, entrada.

b) entrada, saída, saída, entrada.

c) saída, entrada, saída, entrada.

d) saída, saída, saída, entrada.

07. Presume-se que a entidade não tem a intenção nem a necessidade de entrar em liquidação, nem reduzir materialmente a escala das suas operações; se tal intenção ou necessidade existir, as demonstrações contábeis têm que ser preparadas numa base diferente e, nesse caso, tal base deverá ser divulgada.

A afirmação acima tem por base o Princípio da:

a) Continuidade.

b) Oportunidade.

c) Prudência.

d) Relevância.

08. Em relação ao Passivo, julgue os itens abaixo e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

I. Passivos podem decorrer de obrigações formais ou legalmente exigíveis.

II. Existem obrigações que atendem ao conceito de passivo, mas não são reconhecidas por não ser possível mensurá-las de forma confiável.

Page 108: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

III. A extinção de um passivo pode ocorrer mediante a prestação de serviços.

Está(ão) CERTO(S) o(s) item(ns):

a) I, II e III.

b) I e II, apenas.

c) II e III, apenas.

d) III, apenas.

09. Conforme a legislação vigente que regula o exercício profissional, o contabilista poderá ser penalizado por infração legal ao exercício da profissão. Assinale a opção que NÃO corresponde à penalidade ético-disciplinar aplicável.

a) Advertência pública.

b) Advertência reservada.

c) Cassação do exercício profissional.

d) Suspensão temporária do exercício da profissão.

10. Um contabilista, em razão do enquadramento de empresa cliente em regime de tributação simplificado, resolve elaborar a escrituração contábil em regime de caixa. A atitude do contabilista:

a) está em desacordo com os Princípios de Contabilidade e consiste em infração ao disposto no Código de Ética Profissional do Contabilista, qualquer que seja o porte da empresa.

b) está em desacordo com os Princípios de Contabilidade, mas não consiste em infração ao disposto no Código de Ética Profissional do Contabilista, qualquer que seja o porte da empresa.

c) não consiste em infração ao disposto no Código de Ética Profissional do Contabilista e está em conformidade com os Princípios de Contabilidade, caso a empresa em questão seja uma microempresa.

d) não consiste em infração ao disposto no Código de Ética Profissional do Contabilista, mas está em desacordo com os Princípios de Contabilidade, caso a empresa em questão seja uma microempresa.

11. Com relação ao comportamento dos profissionais da Contabilidade, analise as situações hipotéticas apresentadas nos itens abaixo e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

I. Um contabilista iniciante contratou um agenciador de serviços para atuar na captação de clientes. Para cada cliente captado, o agenciador irá receber 1% dos honorários acertados.

II. Em razão de sua aposentadoria, o contabilista transferiu seus contratos de serviço para seu genro, também contabilista. Os clientes foram contatados um a um, por telefone, e se manifestaram de acordo com a mudança.

III. Um perito-contador, indicado pelo juiz para atuar em uma questão relativa a uma dissolução de sociedade, recusou-se a assumir o trabalho por não se achar capacitado.

Page 109: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

De acordo com as três situações acima descritas, o comportamento do profissional da Contabilidade está em DESACORDO com os deveres descritos no Código de Ética Profissional do Contabilista nos itens:

a) I, II e III.

b) I e II, apenas.

c) I, apenas.

d) II e III, apenas.

12. A respeito dos Princípios de Contabilidade, julgue os itens abaixo e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

I. A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade.

II. Os ativos avaliados pelo seu valor de liquidação baseiam-se no Princípio da Continuidade, pressupondo que a Entidade continuará em operação no futuro.

III. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação.

Está(ao) CERTO(S) apenas o(s) item(ns):

a) I e II.

b) I e III.

c) II.

d) III.

13. Relacione a situação descrita na primeira coluna com o procedimento a ser adotado na segunda coluna e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

(1) Há obrigação presente que, provavelmente, requer uma saída de recursos.

(2) Há obrigação possível ou obrigação presente que pode requerer, mas provavelmente não irá requerer uma saída de recursos.

(3) Há obrigação possível ou obrigação presente cuja probabilidade de uma saída de recursos é remota.

(  ) Nenhuma provisão é reconhecida, mas é exigida divulgação para o passivo contingente.

(  ) Nenhuma provisão é reconhecida e nenhuma divulgação é exigida.

(  ) A provisão é reconhecida e é exigida divulgação para a provisão.

A sequência CORRETA é:

a) 2, 3, 1.

Page 110: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

b) 1, 3, 2.

c) 2, 1, 3.

d) 1, 2, 3.

14. A Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis estabelece os conceitos que fundamentam a preparação e a apresentação de demonstrações contábeis destinadas a usuários externos.

Com base nessa observação, julgue os itens a seguir como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

(  ) Estão fora do alcance da Estrutura Conceitual informações financeiras elaboradas para fins exclusivamente fiscais.

(  ) Uma qualidade essencial das informações apresentadas nas demonstrações contábeis é que elas sejam prontamente entendidas pelos usuários. Por esta razão, informações sobre assuntos complexos devem ser excluídas por serem de difícil entendimento para usuários que não conheçam as particularidades do negócio.

(  ) Regime de Competência e Continuidade são apresentados na Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis como pressupostos básicos.

(  ) Compreensibilidade, relevância, confiabilidade e comparabilidade são apresentadas na Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis como pressupostos básicos.

A sequência CORRETA é:

a) F, F, F, F.

b) F, F, V, F.

c) V, F, V, F.

d) V, V, V, F.

15. De acordo com a NBC TA 240 – Responsabilidade do Auditor em Relação a Fraude no Contexto da Auditoria de Demonstrações Contábeis, a fraude é considerada o ato intencional de um ou mais indivíduos da administração, dos responsáveis pela governança, empregados ou terceiros que envolva:

a) a obtenção de vantagem justa ou legal.

b) culpa para obtenção de vantagens.

c) dolo ou culpa para obtenção de vantagem injusta ou ilegal.

d) dolo para obtenção de vantagem injusta ou ilegal.

16. De acordo com as Normas Brasileiras de Auditoria convergentes com as Normas Internacionais de Auditoria, o risco de que uma distorção relevante possa ocorrer e não ser evitada, ou detectada e corrigida em tempo hábil por controles internos relacionados é considerado um risco:

Page 111: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

a) de controle.

b) de detecção.

c) inerente.

d) inevitável.

17. Uma empresa apresentava um quadro societário de cinco sócios, com as seguintes participações: sócio A: 20%; sócio B: 20%; sócio C: 20%; sócio D: 20%; e sócio E: 20%. O sócio D foi excluído da sociedade pelos demais sócios, os quais arquivaram uma Alteração Contratual na Junta Comercial, na qual constou em uma das cláusulas que os haveres do sócio excluído estariam a sua disposição, cuja apuração de haveres teria sido realizada com base em Balanço Patrimonial Especial. O sócio D ajuizou uma ação de apuração de haveres na qual pediu a avaliação dos bens da sociedade, com base em valores de mercado. O juiz nomeou dois peritos. Para a avaliação dos bens imóveis, foi nomeado um perito engenheiro e para a apuração dos haveres foi nomeado o perito-contador. O trabalho do perito-contador utilizou os dados apresentados pela perícia de engenharia e os valores do Balanço Patrimonial Especial juntados aos autos, para, por fim, elaborar um novo Balanço Patrimonial Ajustado.

O Balanço Patrimonial Especial era assim representado:

Balanço Patrimonial Especial em 31.1.2011

ATIVO

Ativo Circulante R$ 742.465,53

Caixa R$ 3.466,40

Bancos Conta Movimento R$ 19.360,36

Aplicações R$ 51.656,48

Estoques R$ 124.019,03

Duplicatas a Receber R$ 214.734,00

Adiantamentos R$ 8.728,57

Impostos a Recuperar R$ 35.834,51

Despesas Pagas Antecipadamente R$ 284.666,18

Ativo Não Circulante R$ 1.899.933,61

Investimentos R$ 14.814,87

Imobilizado R$ 1.884.292,23

Intangível R$ 826,51

Total do Ativo R$ 2.642.399,14

Passivo a Descoberto R$ 389.219,93

Capital Social Realizado (R$ 121.260,00)

Prejuízos Acumulados R$ 510.479,93

Total do Ativo + Passivo a Descoberto R$ 3.031.619,07

PASSIVO

Passivo Circulante R$ 2.366.717,69

Fornecedores R$ 1.332.217,17

Empréstimos Bancários R$ 20.000,00

Obrigações Sociais a Recolher R$ 234.200,21

Impostos e Taxas a Recolher R$ 678.683,18

Obrigações Trabalhistas R$ 52.086,21

Provisões R$ 37.324,65

Adiantamento de Clientes R$ 12.206,27

Page 112: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

Passivo Não Circulante R$ 664.901,38

Empréstimos de Longo Prazo R$ 451.765,96

Impostos Federais Parcelados R$ 213.135,42

Total do Passivo R$ 3.031.619,07

Os bens imóveis avaliados pela perícia de engenharia foram agrupados conforme a seguir:

DESCRIÇÃO Valor antes da avaliação Valor após a avaliação

Ativo Não Circulante R$ 1.899.933,61 R$ 2.456.701,90

Investimentos R$ 14.814,87 R$ 714.944,89

Propriedades para Investimento R$ 13.769,98 R$ 713.900,00

Participações em Sociedade de Crédito R$ 1.044,89 R$ 1.044,89

Imobilizado R$ 1.884.292,23 R$ 1.740.930,50

Máquinas e Equipamentos R$ 1.884.292,23 R$ 1.740.930,50

Intangível R$ 826,51 R$ 826,51

Marcas e Patentes R$ 826,51 R$ 826,51

O perito-contador realizou os ajustes necessários a um novo Balanço Patrimonial, no qual os haveres do sócio excluído ficaram apurados em:

a) R$33.509,67.

b) R$167.548.36.

c) R$491.340,38.

d) R$639.833,49.

18. De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicáveis aos trabalhos de Perícia Contábil, o Laudo Pericial Contábil é:

a) a indagação e a busca de informações, mediante conhecimento do objeto da perícia solicitada nos autos.

b) a investigação e a pesquisa sobre o que está oculto por quaisquer circunstâncias nos autos.

c) a peça escrita elaborada pelo perito assistente, na qual ele deve registrar, de forma abrangente, o conteúdo da perícia e particularizar os aspectos e as minudências que envolvam o seu objeto e as buscas de elementos de prova necessários para a conclusão do seu trabalho.

d) o documento escrito no qual o perito deve registrar, de forma abrangente, o conteúdo da perícia e particularizar os aspectos e as minudências que envolvam o seu objeto e as buscas de elementos de prova necessários para a conclusão do seu trabalho.

19. O auditor realizou uma contagem física no caixa da empresa auditada. Considerando que nessa data o saldo anterior existente era de R$100.000,00 e, levando em consideração os eventos após a contagem, o CORRETO valor do saldo final do caixa da empresa é de:

Eventos:

- Pagamento de duplicata de um determinado fornecedor, efetuado por meio de cheque no valor de R$57.000,00.

Page 113: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

- Recebimento de duplicatas em carteira no valor de R$72.000,00, acrescido de juros por atraso de 2%.

- Pagamento em dinheiro de despesas diversas no valor de R$21.900,00.

- Pagamento em dinheiro de serviços terceirizados no valor de R$51.000,00.

a) R$27.100,00.

b) R$43.540,00.

c) R$100.540,00.

d) R$173.440,00.

Leia o texto a seguir para responder às questões 20, 21 e 22.

As Ciências Contábeis inseridas na sustentabilidade

Rosangela Beckman e Dandara Lima;

Colaboraram Fabrício Santos e Maria do Carmo Nóbrega.

Em decorrência do progresso crescente, diversos segmentos da sociedade voltaram suas preocupações para uma esfera de que até bem pouco tempo não se falava muito: a preservação ambiental e o ônus decorrente dessa expansão mundial. Em vista disso, determinados setores da sociedade partiram em busca de estratégias controladoras com a finalidade de que fossem produzidas soluções eficazes para o desenvolvimento sustentável.

A Contabilidade, que é uma ciência que tem como objeto de estudo o patrimônio das entidades, enveredou nessa linha social e recoloca-se como uma ferramenta gerencial fundamental com vistas a conferir os encargos decorrentes dos impactos ambientais deflagrados pelas atuais atividades econômicas.

Com o objetivo de tornar evidente esse relacionamento entre empresa e meio ambiente, a Contabilidade Socioambiental, autenticada como mais um segmento das Ciências Contábeis, que vem ganhando espaço privilegiado atualmente na sociedade, foi concebida para fornecer informações e interpretações pontuais a empresas, governos e demais usuários a respeito de seu patrimônio ambiental e os respectivos efeitos ocasionados pelos danos ao meio ambiente, os quais podem ser mensurados em moeda.

(Revista Brasileira de Contabilidade. Maio / junho de 2007 – nº 183, p. 20. Com adaptações.)

20. Segundo o texto, é INCORRETO afirmar que

a) a Contabilidade Socioambiental tem como objeto o relacionamento entre entidade e meio ambiente.

b) encargos relativos ao impacto ambiental são mensuráveis em moeda.

c) estratégias de controle ambiental levam ao desenvolvimento sustentável.

d) o progresso mundial implica degradação ambiental.

21. No texto, é CORRETA a substituição, sem mudança de sentido, de

Page 114: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

a) "até bem pouco tempo" (linha 2) por a bem pouco tempo atrás.

b) "de que fossem produzidas" (linha 5) por de que se produza.

c) "eficazes" (linha 6) por eficientes.

d) "Em decorrência" (linha 1) por Como resultado.

22. De acordo com o texto, assinale a descrição gramatical INCORRETA.

a) O uso de dois pontos, na linha 3, anuncia a identificação sumária do tema pouco discutido.

b) Para evitar a repetição do pronome relativo, reescreve-se o enunciado das linhas 7 a 8 da seguinte maneira, sem mudança de sentido: A Contabilidade, ciência que o objeto de estudo é o patrimônio das entidades, enveredou nessa linha social.

c) A próclise pronominal em "não se falava muito" (linhas 2 e 3) é o resultado da regra de colocação do pronome átono precedido de palavra de sentido negativo.

d) A justificativa para o emprego obrigatório da vírgula, em "danos ao meio ambiente, os quais podem ser mensurados em moeda" (linhas 16 e 17), é a natureza explicativa da oração adjetiva.

2. CORREÇÃO DE EXERCÍCIOS DE MÓDULO ANTERIOR

1) Contabilização dos eventos de compra de mercadorias

Considerando-se que uma empresa comercial tenha adquirido mercadoria para revenda cuja Nota Fiscal de Compra apresentou os seguintes dados:

Preço da mercadoria  R$ 120.000,00

ICMS destacado (18%) R$ 21.600,00

Frete pago  R$ 5.000,00 

Demonstre a contabilização destes valores:

Preço da mercadoria  R$ 120.000,00

ICMS destacado (18%) R$ 21.600,00

Frete pago  R$ 5.000,00 

O lançamento contábil poderá ser feito do seguinte modo:

D - MERCADORIAS EM ESTOQUE (Ativo Circulante)        R$ 93.400,00

D - ICMS A RECUPERAR (Ativo Circulante)                       R$ 21.600,00

C - FORNECEDORES (Passivo Circulante)                        R$ 120.000,00

C - CONTAS A PAGAR  (Passivo Circulante)                     R$ 5.000,00

2) Indique V para verdadeiro e F para falso nas assertivas abaixo 

Page 115: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

( F ) O chá devido às sua propriedades, vem sendo muito consumido.

( V ) Os rios, devido às cheias. Estão produzindo, todavia, enormes quantidades de peixes.

( F ) Os industriais não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir mão dos lucros altos.

( F )  Depois das onze horas, todos os menores deve estar em casa .

( V ) Aos vencedores, as batatas.

MODULO XQUESTÕES AVALIADAS POR ÁREA DE CONHECIMENTOS

Análise de Balanço

ROTEIRO

1. INTRODUÇÃO 2. ANÁLISE ATRAVÉS DE ÍNDICES3. ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL    3.1. Participação de Capital de Terceiros (PCT)    3.2. Composição do Endividamento (CE)    3.3. Imobilização do Patrimônio Liquido (IPL)    3.4. Imobilização de Recursos Não Correntes (IRNC)4. ÍNDICES DE LIQUIDEZ    4.1. Liquidez Geral (LG)    4.2. Liquidez Corrente (LC)    4.3. Liquidez Seca (LS)5. ÍNDICES DE RENTABILIDADE    5.1. Giro do Ativo (GA)    5.2. Margem Liquida (ML)    5.3. Rentabilidade do Ativo (RA)    5.4. Rentabilidade do Patrimônio Líquido (RPL)6. PATRIMÔNIO DA EMPRESA7. EXERCÍCIOS PROPOSTOS8. CORREÇÃO DE EXERCÍCIOS DO MÓDULO ANTERIOR

1. INTRODUÇÃO

Denomina-se análise de balanço a atividade que busca identificar fatores positivos ou negativos sobre a saúde financeira e administrativa das empresas em relação aos números divulgados em seus balanços patrimoniais.

As empresas que possuem políticas administrativas mais transparentes costuma divulgar estes demonstrativos previamente, durante os trimestres os ao final do exercício social, de seus balanços anuais de forma a possibilitar que resultados parciais possam ser avaliados, para a correta tomada de decisão.

A metodologia de análise consiste em comparar valores como receita, lucro ou patrimônio líquido com o mesmo período do exercício anterior para determinar sua evolução. Também são calculados diversos indicadores de balanço, que podemos chamar de indicadores fundamentalistas que têm por objetivo identificar as características não visíveis nos números puros que aparecem nos balanços.

A análise de balanços é uma ferramenta importante para que os administradores encontrem mais informações sobre a sua empresa para a tomada de decisão mais adequada, sendo uma aliada importante neste processo decisório.

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As demonstrações financeiras, de caráter obrigatório ou opcional, oferecem uma série de dados que são usados para verificação e avaliação do controle de capital das entidades. Porém, estes demonstrativos agregam também informações que podem ser bastante úteis no processo de avaliação da entidade e também na tomada de decisão.

O processo de transformar estes valores presentes nas demonstrações em informações para tomada de decisão é chamado análise.

Funcionamento do processo de geração de informações do processo analítico:

Fatos ou Eventos Econômico-Financeiros -> Processo Contábil -> Demonstração Financeira -> Técnicas de Análise -> Informações Financeiras para Tomadas de Decisões

2. ANÁLISE ATRAVÉS DE ÍNDICES

Índice é a relação entre contas ou entre grupos de contas das demonstrações. A relação visa evidenciar algum aspecto da situação econômica ou financeira apresentada pela entidade.

A análise com base em índices é a abordagem mais aplicada. os índices da situação financeira são divididos em índices de estrutura de capitais e de liquidez.

Situação FinanceiraEstrutura

Líquidez

Situação Econômica = Rentabilidade

3. ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL

Estes índices relacionam a composição de capitais que medem os patamares de imobilização de recursos e que buscam demonstrar várias relações na estrutura de dívidas da empresa. Os índices desse grupo estão voltados às decisões financeiras com relação à obtenção e aplicação de investimentos.

3.1. Participação de Capital de Terceiros (PCT)

Este índice demonstra quanto capital a empresa obteve junto a fontes externas para cada unidade de capital próprio investido.

PCT =PC + PNC

PL

Legendas:

PC = Passivo Circulante

PNC = Passivo Não Circulante

PL = Patrimônio Líquido

3.2. Composição do Endividamento (CE)

Este índice indica qual percentual de obrigações é em curto prazo em comparação com as obrigações totais com terceiros.

CE = PC  CT  

Page 117: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

Legendas:

PC = Passivo Circulante

CT = Capital de Terceiros

3.3. Imobilização do Patrimônio Liquido (IPL)

Este índice indica quanto a empresa aplicou em Ativo Imobilizado para cada cem unidades monetárias de Patrimônio Líquido.

IPL =AI  PL  

Legendas:

AI = Ativo Imobilizado

PL = Patrimônio Líquido

Quando a empresa possui um montante no PL superior ao valor presente no AI, verifica-se que ela possui parte de seu capital próprio investido no Ativo Circulante.

A parcela de capital dos sócios investida no circulante é conhecida como Capital Circulante Próprio (CCP) e é determinada pela seguinte fórmula.

CCP = PL - AI  

Quanto mais a empresa investir no Imobilizado, menor a quantidade de recurso próprio destinado ao Ativo Circulante, e com isto, maior será a dependência da entidade por capitais de terceiros para o financiamento do Ativo Circulante.

O ideal é que a empresa disponha de capital próprio suficiente para cobrir o Ativo Imobilizado e que ainda sobre uma fatia desta fonte para financiar parte do Ativo Circulante.

3.4. Imobilização de Recursos Não Correntes (IRNC)

Representa qual percentual de Recursos não Correntes aplicado no Ativo Imobilizado. Quanto menor for este índice, melhor, pois é mais interessante que a empresa tenha capital não corrente investido no Ativo Circulante do que possuir fontes externas de curto prazo investidas em imobilizado.

IRNC =AI  

PL + PNC  

Legendas:

AI = Ativo Imobilizado

PL = Patrimônio Líquido

PNC = Passivo Não Circulante

Page 118: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

Quando a empresa possui recursos não correntes suficientes para cobrir o ativo permanente e ainda restam fundos para investimento no ativo circulante, diz-se que esta possui capital circulante líquido (CCL). Este índice representa a folga financeira que a empresa possui, a curto prazo, ou seja, financiamentos que a entidade dispõe para seu giro mas que não serão cobrados a curto prazo.

CCL = PL + PNC - AI

Legendas:

AI = Ativo Imobilizado

PL = Patrimônio Líquido

PNC = Passivo Não Circulante

4. ÍNDICES DE LIQUIDEZ

Os índices de liquidez são aplicados para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, ou seja, um estudo para verificar se a empresa tem capacidade de saldar seus compromissos. A aplicação destes índices é feita com o intuito de medir as condições de pagamento da empresa. Eles servem para avaliar se a empresa possui um quadro favorável ou não, para saldar suas dívidas.

Estes índices não devem ser confundidos com capacidade de pagamento, pois não são índices extraídos do fluxo de caixa que comparam as entradas e saídas de dinheiro. São índices obtidos a partir do confronto do Ativo Circulante com as dívidas da empresa, visando medir o quanto é sólida a base financeira da empresa.

4.1. Liquidez Geral (LG)

O índice de liquidez geral Indica quanto a empresa possui no Ativo Circulante para cada unidade de valor que deve a terceiros. Este quociente indica a liquidez, tanto a curto como a longo prazo. Verifica, para cada unidade monetária, quanto a empresa tem de dívida, o quanto existe de direitos e haveres no ativo circulante.

LG =AC  

PC + PNC  

Legendas:

AC = Ativo Circulante

PC = Passivo Circulante

PNC = Passivo Não Circulante

4.2. Liquidez Corrente (LC)

Indica quanto a empresa possui no Ativo Circulante para cada unidade de valor a ser saldada, registrado no Passivo Circulante. Este índice mede a capacidade da empresa em atender suas pendências de curto prazo. A liquidez corrente mostra quantos reais a empresa dispõe, que podem ser transformados em dinheiro a curto prazo, com relação às dívidas de curto prazo. É um índice muito divulgado no processo de análise e geralmente considerado o melhor indicador da situação de liquidez da empresa.

Page 119: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

LC =AC  PC  

Legendas:

AC = Ativo Circulante

PC = Passivo Circulante

4.3. Liquidez Seca (LS)

A liquidez seca é um teste de força aplicado à empresa, com o objetivo de medir o grau de excelência da sua situação financeira. A liquidez seca demonstra quanto a entidade possui de Ativo Líquido para cada unidade monetária de dívida de curto prazo (PC). Indica quanto a empresa possui em espécie, somado às aplicações financeiras de curto prazo mais as duplicatas a receber (curto prazo) em comparação com as suas dívidas registradas no Passivo Circulante.

LC =AC - Estoques  

PC  

Legendas:

AC = Ativo Circulante

PC = Passivo Circulante

5. ÍNDICES DE RENTABILIDADE

Índices de rentabilidade medem quanto uma determinada empresa está sendo lucrativa ou não, através do capital investido, do rendimento dos investimentos e do resultado econômico. Normalmente, quanto maiores os índices de rentabilidade, melhor para a entidade.

Estes índices são importantes pois evidenciam o sucesso ou insucesso empresarial, mostrando a rentabilidade do capital investido, ou seja, quanto renderam os investimentos e, dessa forma, qual o grau de êxito econômico da empresa.

5.1. Giro do Ativo (GA)

O giro do ativo demonstra quanto a empresa vendeu para cada unidade de valor investida. Assim, a empresa depende diretamente do volume de vendas realizado.

GA =Vendas  

AT  

Legendas:

AT = Ativo Total (Circulante + Não Circulante)

5.2. Margem Liquida (ML)

Indica quanto a empresa obtém de lucro para cada cem unidades monetárias vendidas, ou seja, para cada cem reais provenientes de venda, quanto a empresa recebe como lucro. Demonstra o lucro puro adquirido em cada unidade monetária provinda de venda, considerando para tal, somente os lucros aferidos pela empresa, desconsiderando despesas financeiras ou obrigações.

Page 120: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

ML =Lucro Líquido  

Vendas  

Legendas:

Quanto maior o valor da margem, maior o percentual de lucro da empresa. Dessa forma, quanto maior o índice obtido melhor. Porém, geralmente se sacrifica a margem diminuindo o preço de venda do produto, devido a ambientes de concorrência.

5.3. Rentabilidade do Ativo (RA)

O retorno (ou giro) do ativo evidencia qual foi o retorno que a entidade obteve frente ao que conseguiu gerar de receitas, ou seja, quanto sobrou para a empresa representado sobre o valor faturado. Demonstra quanto a empresa obteve de lucro em relação ao Ativo. Assim, quanto maior seu valor, melhor, pois representa que a empresa está obtendo um desempenho econômico favorável.

RA =Lucro Líquido  

AT  

Legendas:

AT = Ativo Total (Circulante + Não Circulante)

5.4. Rentabilidade do Patrimônio Líquido (RPL)

A rentabilidade do Patrimônio Líquido mostra qual a taxa de rendimento do Capital Próprio. Indica quanto os sócios estão recebendo de lucro proporcionalmente ao seu investimento. Dessa forma, quanto maior for a rentabilidade, melhor.

Este índice é bastante utilizado para captação de recursos, mostrando quanto a empresa retorna aos sócios, pode-se obter mais recursos próprios pois a rentabilidade do Patrimônio Líquido indica quanto a empresa teve de lucro para cada unidade monetária de Capital Próprio investido, mostrando qual a taxa de rentabilidade do Capital Próprio.

RPL =Lucro Líquido  

PL  

Legendas:

PL = Patrimônio Líquido

Com o valor da rentabilidade do PL, pode-se descobrir em quanto tempo os investidores obterão retorno de 100% do capital investido, ou seja, em quantos anos ele dobra o montante investido. O tempo necessário para a duplicação do capital investido é chamado Payback. Quanto maior for a rentabilidade do PL, menor será o tempo de retorno e conseqüentemente, menor o Payback.

PayBack =1  

RPL  

Legendas:

RPL = Rentabilidade Patrimônio Líquido

6. PATRIMÔNIO DA EMPRESA

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O patrimônio é como se fosse um organismo, todo dinâmico, que possui um fluxo circulatório, cuja velocidade transmite solvência, resultados positivos e equilíbrio para a empresa. Portanto, a velocidade de renovação dos elementos da massa circulante é uma condição essencial para que exista a sobrevivência da célula social.

Com uma contabilidade é possível realizar uma análise do balanço conforme apresentado nas fórmulas apresentadas e estudar a vitalidade do capital das empresas, estado que só é produzido pela dinâmica dos meios patrimoniais, onde podemos destacar a agilidade de renovação dos elementos circulantes, que chamamos de capital de giro.

7. EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) Indique "V" para verdadeiro e "F" para falso nas assertivas abaixo:

( ) A análise de balanço é a técnica e/ou especialização da Contabilidade que consiste na transformação dos dados para obter informações estatísticas acerca do patrimônio analisado.

( ) A metodologia de análise consiste em comparar valores como receita, lucro ou patrimônio líquido com o mesmo período do exercício anterior para determinar sua evolução. Também são calculados diversos indicadores de balanço, que podemos chamar de indicadores fundamentalistas que têm por objetivo identificar as características não visíveis nos números puros que aparecem nos balanços.

( ) Os indicadores de estrutura de capitais relacionam a composição de capitais que medem os patamares de imobilização de recursos e que buscam demonstrar várias relações na estrutura de dívidas da empresa. Os índices desse grupo estão voltados às decisões financeiras com relação à obtenção e aplicação de investimentos.

( ) O retorno (ou giro) do ativo evidencia qual foi o retorno que a entidade obteve frente ao que conseguiu gerar de receitas, ou seja, quanto sobrou para a empresa representado sobre o valor faturado. Demonstra quanto a empresa obteve de lucro em relação ao Ativo. Assim, quanto maior seu valor, melhor, pois representa que a empresa está obtendo um desempenho econômico favorável.

( ) A rentabilidade do Patrimônio Líquido mostra qual a taxa de rendimento do Capital Próprio. Indica quanto os sócios estão recebendo de lucro proporcionalmente ao seu investimento. Dessa forma, quanto maior for a rentabilidade, melhor.,

( ) A liquidez seca é um teste de força aplicado à empresa, com o objetivo de medir o grau de excelência da sua situação financeira. A liquidez seca demonstra quanto a entidade possui de Ativo Líquido para cada unidade monetária de dívida de curto prazo (PC). Indica quanto a empresa possui em espécie, somado às aplicações financeiras de curto prazo mais as duplicatas a receber (curto prazo) em comparação com as suas dívidas registradas no Passivo Circulante.

2) Assinale a alternativa correta:

Ao promover a análise de balanços da Cia. Argentum, o Contador-analista apurou a “Margem de Garantia” de 2,30. Quando essa empresa comprou equipamentos a prazo por R$ 400,00, vendeu mercadorias a prazo por R$ 500,00, ganhando R$ 200,00 e pagou R$ 100,00 de despesas administrativas, esse quociente foi drasticamente alterado.

Referida alteração ocorreu com o aumento de:

a) R$ 900,00 no numerador e de R$ 500,00 no denominador

Page 122: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

b) R$ 500,00 no numerador e de R$ 400,00 no denominador

c) R$ 500,00 no numerador e de R$ 300,00 no denominador

d) R$ 200,00 no numerador e de R$ 100,00 no denominador

e) R$ 100,00 no numerador e de R$ 400,00 no denominador

8. CORREÇÃO DE EXERCÍCIOS DO MÓDULO ANTERIOR

QUESTÃO RESPOSTA

01 C

02 D

03 B

04 C

05 B

06 B

07 A

08 A

09 A

10 A

11 B

12 B

13 A

14 C

15 D

16 A

17 A

18 D

19 C

20 D

21 D

22 B

MODULO XIFORMAÇÃO DE PREÇO

Aspectos Gerais

ROTEIRO

1. INTRODUÇÃO2. CUSTO VARIÁVEL3. CUSTO FIXO4. DESPESAS VARIÁVEIS5. DESPESAS FIXAS6. MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO7. PONTO DE EQUILÍBRIO8. MARGEM DE LUCRO9. MARKUP10. PREÇO DE VENDA11. PREÇO IDEAL PARA VENDA

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12. EXERCÍCIOS PROPOSTOS13. CORREÇÃO DE EXERCÍCIOS DO MÓDULO ANTERIOR

1. INTRODUÇÃO

A formação de preços é mais do que o simples processo de acumular custos e acrescentar  à estes uma margem de lucro. Frequentemente, a formação de preços é tratada de forma simplista, sendo o maior cuidado não deixar escapar nenhum item do custo. Para que o preço calculado produza consequências satisfatórias no curto, médio e longo prazo, alguns princípios devem ser observados, sendo de total importância lembrar que erros no processo de formação de preços podem não ter efeitos negativos sobre a empresa apenas no curto prazo

Empresas, com fim lucrativo ou não, enfrentam dificuldades para determinar o preço de seus produtos ou serviços, visto que o preço sofre grande influência do mercado, não esquecendo da lei da oferta e da procura e o poder aquisitivo da população e qualidade.

O preço ideal de venda é aquele que cobre os custos do produto ou serviço e ainda proporciona o retorno desejado pela empresa. Num mercado competitivo, os preços são formados pela lei da oferta e procura. Então, dado um determinado nível de preço no mercado para seu produto ou serviço, a empresa avalia se seu preço ideal de venda é compatível com aquele vigente no mercado.

Em alguns casos, imperfeições temporárias do mercado permitem que uma empresa pratique seu preço ideal de venda que com grande freqüência é calculado incorretamente.

Bruni e Famá (2003) apresentam como principais objetivos na formação de preços: proporcionar, em longo prazo, o maior lucro possível; permitir a maximização lucrativa da participação de mercado; maximizar as capacidades produtivas, evitando ociosidade e desperdício operacional; e maximizar o capital empregado para perpetuar os negócios de modo auto-sustentado.

Para chegarmos no preço final de um produto, deve-se conhecer alguns conceitos.

2. CUSTO VARIÁVEL (CV)

Custo variável, refere-se às soma dos fatores variáveis de produção. São Custos que mudam de acordo com a produção ou a quantidade de trabalho, tais como o custo de materiais, dos suprimentos e salários da equipe de trabalho.

São os custos que mudam conforme a produção ou a quantidade de trabalho. São exemplos de custos variáveis: matéria prima, insumos diretos, embalagens, impostos diretos de vendas como ICMS, IPI, SIMPLES NACIONAL, PIS, COFINS, IRPJ, CONTRIBUIÇÃO SOCIAL; frete sobre vendas, mão de obra industrial, mão de obra terceirizada, comissão sobre vendas.

3. CUSTO FIXO (CF)

Custos fixos referem-se à soma de todos os fatores fixos de produção. Independente do nível de atividade da empresa, ou seja , produzindo-se ou vendendo-se em qualquer quantidade , os custos fixos existirão e serão os mesmos. Eles se diferenciam dos custos variáveis que são aqueles que variam proporcionalmente às vendas realizadas ou nível de produção industrial efetuados pela empresa.

É um termo bastante controverso, pois estes valores ocorrem mesmo que não tenha produção. A partir dos custos fixos, quando aliados à margem de contribuição como objetivo da empresa determina-se o ponto de equilíbrio contábil e econômico. Este último o empresário estabelece objetivos de retorno sobre o investimento.

Page 124: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

Exemplos de custos fixos: salários e encargos da produção e da administração, despesa com energia elétrica, aluguel, tarifa de água, telefone, IPTU, manutenção, seguros.

4. DESPESAS VARIÁVEIS (DV)

São aquelas realizadas em função das vendas. Exemplo: comissão sobre vendas, impostos sobre vendas, desconto com cartão de crédito.

5. DESPESAS FIXAS (DF)

Esta expressão Despesas Fixas comumente é utilizada no mercado de seguros para designar a cobertura que visa reembolsar as despesas fixas do estabelecimento segurado em caso de interrupção das atividades devido a um evento coberto por uma outra garantia contratada pela apólice, e que tenha gerado queda no faturamento, devidamente comprovada através de registros contábeis.

São aquelas despesas que independem da empresa ou entidade estar funcionando ou não. São entendidas como Despesas Fixas, por exemplo, os honorários, salários, encargos sociais e trabalhistas, aluguéis, impostos, contas de água, gás, luz, telefone e condomínio, mesmo que não haja produção, a despesa vai existir.

6. MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO (MC)

Com a alta competitividade do mercado precisamos cada vez mais saber qual produto é mais rentável para obtermos lucro com mais facilidade. Para isso precisamos saber qual a margem de contribuição da empresa. Essa parcela é que irá garantir a cobertura do custo fixo e proporcionar o lucro..

Margem de Contribuição é a resultante da dedução dos custos variáveis da receitas operacionais obtidas pela empresa. Sua fórmula é a seguinte:

Margem de Contribuição = Valor das Vendas - (custos variáveis + despesas variáveis).

Para ter esse resultado pleno é necessário um controle perfeito dos custos e despesas que podem ser obtidos através dos Controles Financeiros.

7. PONTO DE EQUILÍBRIO (PE)

Ponto de equilíbrio é o ponto em que o total das receitas auferidas por uma empresa é igual ao total dos custos e despesas fixas e variáveis.

Para sabermos como se acha o ponto de equilíbrio basta dividir os custos e despesas fixas da empresa pelo percentual da Margem de Contribuição.

PE = CF + DF

            MC

8. MARGEM DE LUCRO

É a diferença entre o preço de compra e o preço de venda. A resultante será a margem de lucro da empresa.

9. MARKUP

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É o percentual do preço de venda que paga todas as contas que só existe quando ocorre uma venda de serviço ou produto. São quatro tipos de markup:

Total: Todos os custos de fabricação de um produto mais as despesas de vendas e administrativas são incluídas no custo total. A composição do custo total é obtida somando os custos e despesas fixas mais o custo e despesas variáveis. O markup iguala-se ao lucro desejado.

Markup % = Lucro desejado

Custo total

Produto: Somente os custos de fabricação de um produto são incluídas no custo. As despesas de vendas e administrativas mais os lucros.

Markup % = Lucro desejado + despesas administrativas e de vendas

Custo de fabricação

Variável: Somente custos fixos e despesas fixas mais os lucros são incluídas no markup. Os custos variáveis e despesas variáveis, estão incluídas no montante do custo

Markup % = Lucro desejado + custos despesas fixas

Custo e despesas variáveis

Markup divisor: Fator de formação do preço de venda. O markup divisor é calculado da seguinte forma:

100% - % despesas variáveis - % despesas fixas - % lucro líquido

10. PREÇO DE VENDA

Modelo básico para formação de preço

O método de formação de preços mais tradicional consiste em calcular o custo total  unitário do  produto e acrescentar uma margem de lucro,  também  chamada markup. Como mostrado na seção anterior, o percentual de markup deve ser calculado de forma a gerar a taxa de retorno desejada sobre o investimento próprio da empresa.

Uma vez que sobre o preço de venda incidem diversos encargos, tais como impostos, comissões, etc., isto precisa ser levado em conta no processo de  cálculo do preço que por este motivo  não será a simples aplicação do markup sobre o custo.

Em um processo de formação de preços mais rigoroso, outros ajustes se fazem necessários para encontrar o preço ideal. Entre estes ajustes, podemos citar: prazo de pagamento concedido pelos fornecedores,  prazo de pagamento concedido aos clientes, prazo de recolhimento de impostos incidentes sobre o preço, dentre outros.

Modelo de Formação de Preço de Venda

ELEMENTO FORMADOR SÍMBOLO

   

Page 126: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

custo total unitário C

   

% de encargos sobre vendas E

   

% markup sobre o custo M

   

preço de venda P

 

ELEMENTO FORMADOR

SÍMBOLO

   

custo total unitário C

   

% de encargos sobre vendas E

   

% markup sobre o custo M

   

preço de venda P

Neste  modelo básico, o preço de venda é calculado a partir do seguinte raciocínio: o preço de venda menos os encargos sobre vendas deve ser igual ao custo de produção/operação mais a margem de lucro desejada. A representação dessa  igualdade a partir dos elementos e respectivos símbolos apresentados antes  é a seguinte:

P  - P.E  = C + C.M

Colocando P e C  em evidência, teremos:

P(1- E) = C(1 + M)

O valor de P será:

P = C (1 + M) ÷  (1-E)

Exemplo prático:

Page 127: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

O custo unitário de um produto é R$ 2.000,00. O percentual de encargos incidentes sobre o preço de venda é de 27%. Digamos que a  empresa precise aplicar  um percentual de  32,40% sobre o custo (markup) de modo a obter sua meta de retorno de  16% ao ano sobre o investimento. O preço de venda será:

C = R$ 2.000,00

E = 0,27

M = 0,324

P = ?

P = C (1 + M) ÷  (1- E)

P = 2.000,00(1 + 0,324) ÷ (1 - 0,27)

P = R$ 3627,40

11. PREÇO IDEAL PARA VENDAS

O preço ideal de venda é aquele que cobre todos os custos e despesa do produto e venda e ainda proporciona um retorno desejado pela empresa. Saliente-se que este retorno desejado deve ser prudente. De nada adianta a empresa querer um lucratividade de 20% sobre as vendas se o mercado no absorve o produto em questão naquele preço que será praticado ou as concorrências tem um produto de valor mais baixo. Neste ponto a empresa deverá mexer na composição dos custos, cortando certos gastos desnecessários.

Exemplo de cálculo do preço de venda:

- Custo Variável: R$ 300,00;

- Despesas Variáveis: 7%;

- Despesas Fixas: 30%;

- Lucro Líquido: 8%;

- Preço de Venda = R$ 300,00/ (100% - 7 % - 30% - 8%)

R$ 30,00/55%

R$ 545,45

Demonstrativo do Resultado:

- Preço de Venda: R$ 545,45 (100%)

- Custo Direto Variável: R$ 300,00 (55%)

- Despesas Variáveis: R$ 38,18 (7%)

- Despesas Fixas: R$ 163,64 (30%)

= Lucro Líquido: R$ 43,63 (8%).

Page 128: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

Deve-se sempre verificar o preço praticado no mercado (concorrência), pois se o preço de mercado for menor, a empresa deverá desenvolver um plano de ação para diminuir seus custos ou despesas ou ainda trabalhar com um lucro menor.

12. EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) Encontre o preço de venda, considerando os seguintes valores:

O custo unitário de um produto é R$ 7.200,00. O percentual de encargos incidentes sobre o preço de venda é de 23%. Digamos que a  empresa precise aplicar  um percentual de  28,50% sobre o custo (markup) de modo a obter sua meta de retorno de  12% ao ano sobre o investimento. O preço de venda será:

Pede-se demonstração do cálculo

2) Demonstre o lucro obtido em uma empresa, considerando os seguintes itens:

Lucro desejado no Preço de Venda:

- Custo Variável: R$ 550,00;

- Despesas Variáveis: 6%;

- Despesas Fixas: 25%;

- Lucro Líquido: 9%;

13. CORREÇÃO DE EXERCÍCIOS DO MÓDULO ANTERIOR

1) Indique "V" para verdadeiro e "F" para falso nas assertivas abaixo:

(  V  )  A análise de balanço é a técnica e/ou especialização da Contabilidade que consiste na transformação dos dados para obter informações estatísticas acerca do patrimônio analisado.

(  V  ) A metodologia de análise consiste em comparar valores como receita, lucro ou patrimônio líquido com o mesmo período do exercício anterior para determinar sua evolução. Também são calculados diversos indicadores de balanço, que podemos chamar de indicadores fundamentalistas que têm por objetivo identificar as características não visíveis nos números puros que aparecem nos balanços.

( V  ) Os indicadores de estrutura de capitais relacionam a composição de capitais que medem os patamares de imobilização de recursos e que buscam demonstrar várias relações na estrutura de dívidas da empresa. Os índices desse grupo estão voltados às decisões financeiras com relação à obtenção e aplicação de investimentos.

(  V  ) O retorno (ou giro) do ativo evidencia qual foi o retorno que a entidade obteve frente ao que conseguiu gerar de receitas, ou seja, quanto sobrou para a empresa representado sobre o valor faturado. Demonstra quanto a empresa obteve de lucro em relação ao Ativo. Assim, quanto maior seu valor, melhor, pois representa que a empresa está obtendo um desempenho econômico favorável.

(  V  ) A rentabilidade do Patrimônio Líquido mostra qual a taxa de rendimento do Capital Próprio. Indica quanto os sócios estão recebendo de lucro proporcionalmente ao seu investimento. Dessa forma, quanto maior for a rentabilidade, melhor.,

Page 129: Exame de Suficiencia - Contabilidade - Apostila Econet

(  V  ) A liquidez seca é um teste de força aplicado à empresa, com o objetivo de medir o grau de excelência da sua situação financeira. A liquidez seca demonstra quanto a entidade possui de Ativo Líquido para cada unidade monetária de dívida de curto prazo (PC). Indica quanto a empresa possui em espécie, somado às aplicações financeiras de curto prazo mais as duplicatas a receber (curto prazo) em comparação com as suas dívidas registradas no Passivo Circulante.

2) Assinale a alternativa correta:

Ao promover a análise de balanços da Cia. Argentum, o Contador-analista apurou a “Margem de Garantia” de 2,30. Quando essa empresa comprou equipamentos a prazo  por R$ 400,00, vendeu mercadorias a prazo por R$ 500,00, ganhando R$ 200,00 e pagou R$ 100,00 de despesas administrativas, esse quociente foi drasticamente alterado.

Referida alteração ocorreu com o aumento de:

a) R$ 900,00 no numerador e de R$ 500,00 no denominadorb) R$ 500,00 no numerador e de R$ 400,00 no denominadorc) R$ 500,00 no numerador e de R$ 300,00 no denominadord) R$ 200,00 no numerador e de R$ 100,00 no denominadore) R$ 100,00 no numerador e de R$ 400,00 no denominador

MODULO XIIESTOQUES

Procedimentos Segundo as Normas da NBC TG 16

ROTEIRO

1. CONCEITO2. ABRANGÊNCIA3. DEFINIÇÕES UTILIZADAS4. DETERMINAÇÃO DO VALOR DO ESTOQUE5. CLASSIFICAÇÃO DOS ESTOQUES 6. EXERCÍCIOS PROPOSTOS7. CORREÇÃO DE EXERCÍCIOS DO MÓDULO ANTERIOR

1. CONCEITO

A conta estoque registra o custo das mercadorias e produtos adquiridos, reconhecidos como ativo e mantidos nos registros até que as respectivas receitas sejam reconhecidas, conforme previsto na Resolução CFC nº 1.170/2009 (Aprova a NBC T 19.20 - Estoques). Ocorrendo a receita, o custo dos estoques é reconhecido como despesa em resultado, incluindo qualquer redução ao valor realizável líquido.

2. ABRANGÊNCIA

A abrangência da conta estoque é o valor de todos os produtos utilizados no objeto social da empresa que irão gerar a receita, com exceção de:

- produção em andamento proveniente de contratos de construção, incluindo contratos de serviços diretamente relacionados;

- instrumentos financeiros;

- ativos biológicos relacionados com a atividade agrícola e o produto agrícola no ponto da colheita;

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- produtores de produtos agrícolas e florestais, de produtos agrícolas após a colheita, de minerais e produtos minerais, na medida em que eles sejam mensurados pelo valor realizável líquido de acordo com as práticas já estabelecidas nesses setores;

- comerciantes de commodities que mensurem seus estoques pelo valor justo  deduzido dos custos de venda.

Os produtos agrícolas e florestais devem ser mensurados pelo valor realizável líquido em determinadas fases de produção, pois a venda está assegurada pelos termos de um contrato futuro ou por garantia governamental ou quando exista um mercado ativo e haja um risco baixo de fracasso de venda.

3. DEFINIÇÕES UTILIZADAS

Termos usados na conta estoque:

Estoque - são os ativos da empresa mantidos para venda no curso normal dos negócios; em processo de produção para venda; ou na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no processo de produção ou na prestação de serviços.

Valor Realizável Líquido - é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda.

Valor Justo - é aquele pelo qual um ativo pode ser trocado ou um passivo liquidado entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória.

Os estoques compreendem:

- bens adquiridos e destinados à venda, incluindo, mercadorias compradas por um varejista para revenda ou terrenos e outros imóveis para revenda;

- produtos acabados e  produtos em processo de produção pela entidade e

- incluem matérias-primas e materiais aguardando utilização no processo de produção (componentes, embalagens e material de consumo).

No caso de prestador de serviços, os estoques devem incluir os custos do serviço, para o qual a entidade ainda não tenha reconhecido a respectiva receita.

4. DETERMINAÇÃO DO VALOR DO ESTOQUE

O valor registrado no estoque será pelo valor do custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais.

O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis perante o fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição.

Os custos de transformação de estoques incluem os custos diretamente relacionados com as unidades produzidas ou com as linhas de produção, como pode ser o caso da mão-de-obra

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direta; incluem a alocação sistemática de custos indiretos de produção, fixos e variáveis, que sejam incorridos para transformar os materiais em produtos acabados.

Os custos indiretos de produção fixos são aqueles que permanecem relativamente constantes independentemente do volume de produção, tais como a depreciação e a manutenção de edifícios e instalações fabris, máquinas e equipamentos e os custos de administração da fábrica.

Os custos indiretos de produção variáveis são aqueles que variam diretamente, ou quase diretamente, com o volume de produção, tais como materiais indiretos e certos tipos de mão-de-obra indireta.

Outros custos que não são de aquisição nem de transformação devem ser incluídos nos custos dos estoques somente na medida em que sejam incorridos para colocar os estoques no seu local e na sua condição atuais. Por exemplo, pode ser apropriado incluir no custo dos estoques gastos gerais que não sejam de produção ou os custos de desenho de produtos para clientes específicos.

Valores que devem ser reconhecidos como despesa do período em que são incorridos:

- valor anormal de desperdício de materiais, mão-de-obra ou outros insumos de produção;

- gastos com armazenamento, a menos que sejam necessários ao processo produtivo entre uma e outra fase de produção;

- despesas administrativas que não contribuem para trazer o estoque ao seu local e condição atuais; e

- despesas de comercialização, incluindo a venda e a entrega dos bens e serviços aos clientes.

Nas compras a prazo em que existe diferença entre o preço de aquisição em condição normal de pagamento e o valor pago deve ser reconhecida como despesa de juros durante o período do financiamento.

Os prestadores de serviços que possuem estoques de serviços em andamento, devem registrá-los pelos custos da sua produção. Esses custos são constituídos principalmente em mão-de-obra e outros custos com o pessoal diretamente envolvido na prestação dos serviços, incluindo o pessoal de supervisão, o material utilizado e os custos indiretos atribuíveis. Os salários e os outros gastos relacionados com as vendas e com o pessoal geral administrativo não devem ser incluídos no custo, mas reconhecidos como despesa do período em que são incorridos. O custo dos estoques de prestador de serviços não inclui as margens de lucro nem os gastos gerais não-atribuíveis que são freqüentemente incluídos nos preços cobrados pelos prestadores de serviços.

O custo do estoque que não são normalmente intercambiáveis e de bens ou serviços produzidos e segregados para projetos específicos deve ser atribuído pelo uso da identificação específica dos seus custos individuais.

Pode ser adotado o critério Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair (PEPS) ou  pelo critério do custo médio ponderado.

O critério PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair) pressupõe que os itens de estoque que foram comprados ou produzidos primeiro sejam vendidos em primeiro lugar e, conseqüentemente, os itens que permanecerem em estoque no fim do período sejam os mais recentemente comprados ou produzidos.

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Pelo critério do custo médio ponderado, o custo de cada item é determinado a partir da média ponderada do custo de itens semelhantes no começo de um período e do custo dos mesmos itens comprados ou produzidos durante o período. A média pode ser determinada em base periódica ou à medida que cada lote seja recebido, dependendo das circunstâncias da entidade.

O custo dos estoques pode não ser recuperável se esses estoques estiverem danificados, se se tornarem total ou parcialmente obsoletos ou se os seus preços de venda tiverem diminuído.

A prática de reduzir o valor de custo dos estoques (write down) para o valor realizável líquido é consistente com o ponto de vista de que os ativos não devem ser escriturados por quantias superiores àquelas que se espera que sejam realizadas com a sua venda ou uso.

Quando os estoques são vendidos, o custo escriturado desses itens deve ser reconhecido como despesa do período em que a respectiva receita é reconhecida.

Alguns itens de estoques podem ser transferidos para outras contas do ativo, como, por exemplo, estoques usados como componentes de ativos imobilizados de construção própria. Os estoques alocados ao custo de outro ativo devem ser reconhecidos como despesa durante a vida útil e na proporção da baixa desse ativo.

As demonstrações contábeis devem divulgar:

- as políticas contábeis adotadas na mensuração dos estoques, incluindo formas e critérios de valoração utilizados;

- o valor total escriturado em estoques e o valor registrado em outras contas apropriadas para a entidade;

- o valor de estoques escriturados pelo valor justo menos os custos de venda;

- o valor de estoques reconhecido como despesa durante o período;

- o valor de qualquer redução de estoques reconhecida no resultado do período;

- o valor de toda reversão de qualquer redução do valor dos estoques reconhecida no resultado do período;

- as circunstâncias ou os acontecimentos que conduziram à reversão de redução de estoques; e

- o montante escriturado de estoques dados como penhor de garantia a passivos.

5. CLASSIFICAÇÃO DOS ESTOQUES

Existem diversas classificações dos estoques. De acordo com a natureza dos produtos fabricados, das atividades da empresa, os estoques recebem diferentes classificações.

Do ponto de vista do processo produtivo numa empresa industrial, podemos ter:

Estoque de produtos em processo:

Este tipo de estoques baseia-se essencialmente em todos os artigos solicitados necessários à fabricação ou montagem do produto final, que se encontram nas várias fases de produção.

Estoque de matéria-prima e materiais auxiliares:

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Nestes estoques encontramos materiais secundários, como componentes que irão integrar o produto final. São usualmente compostos por materiais brutos destinados à transformação.

Estoque operacional:

É um tipo de estoque destinado a evitar possíveis interrupções na produção por defeito ou quebra de algum equipamento. É constituído por lubrificantes ou quaisquer materiais destinados à manutenção, substituição ou reparos tais como componentes ou peças sobressalentes.

Estoque de produtos acabados:

É o estoque composto pelo produto que teve seu processo de fabricação finalizado. Em empresas comerciais é chamado de estoque de mercadorias.

Usualmente são materiais que se encontram em depósitos próprios para expedição. São formados por materiais ou produtos em condições de serem vendidos.

Estoque de materiais administrativos:

É formado de materiais destinados ao desenvolvimento das atividades da empresa e utilizados nas áreas administrativas das mesmas, tais como, impressos, papel, formulários, etc.

Do ponto de vista administrativo, podemos ainda destacar com grande importância para a administração a figura do estoque de segurança ou estoque mínimo:

São as quantidades guardadas para garantir o andamento do processo produtivo caso ocorram aumento na demanda do item por parte do processo ou atraso no abastecimento futuro. Os estoques de segurança impedem que ocorram problemas inesperados em alguma fase produtiva interrompendo as atividades sucessivas de atendimento da demanda. A existência de estoques de segurança em uma unidade fabril, evita que o processo produtivo pare em caso de uma avaria, alimentando as máquinas subsequentes durante a reparação. São ainda utilizados para salvaguardar uma empresa de incertezas nas suas operações logísticas. Lead-times (tempo entre colocar e receber um pedido), procura dos clientes, e quantidades recebidas são exemplos de fatores que podem apresentar variações não esperadas.

6. EXERCÍCIOS PROPOSTOS

Assinale "V" para Verdadeiro e "F" para Falso nas assertivas abaixo

(    ) A abrangência da conta estoque é o valor de todos os produtos utilizados no objeto social da empresa que irão gerar a receita, com exceção, dentre outros, de produção em andamento proveniente de contratos de construção, incluindo contratos de serviços diretamente relacionados e dos instrumentos financeiros.

(    ) Os produtos agrícolas e florestais devem ser mensurados pelo valor de aquisição em determinadas fases de produção, pois a venda está assegurada pelos termos de um contrato futuro ou por garantia governamental ou quando exista um mercado ativo e haja um risco baixo de fracasso de venda.

(    ) Estoques são os ativos da empresa mantidos para venda no curso normal dos negócios; em  processo de produção para venda; ou na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no processo de produção ou na prestação de serviços.

(    ) O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis perante o fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos

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acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição.

(    ) Em relação ao critério de avaliação de estoque, o critério PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair) pressupõe que os itens de estoque que foram comprados ou produzidos primeiro sejam vendidos em primeiro lugar e, conseqüentemente, os itens que permanecerem em estoque no fim do período sejam os mais recentemente comprados ou produzidos.

7. CORREÇÃO DE EXERCÍCIOS DO MÓDULO ANTERIOR

1) Encontre o preço de venda, considerando os seguintes valores:

O custo unitário de um produto é R$ 7.200,00. O percentual de encargos incidentes sobre o preço de venda é de 23%. Digamos que a  empresa precise aplicar  um percentual de  28,50% sobre o custo (markup) de modo a obter sua meta de retorno de  12% ao ano sobre o investimento. O preço de venda será:

Pede-se demonstração do cálculo

R:

P  - P.E  = C + C.M

Colocando P e C  em evidência, teremos:

P(1- E) = C(1 + M)

O valor de P será:

 

 

C = R$ 7.200,00

E = 0,23

M = 0,12

P = ? R$ 10.181,82

 

P = C (1 + M) ÷  (1- E)

P = 7.200,00(1 + 0,12) ÷ (1 - 0,23)

P = R$ 10.181,82

 

2) Demonstre o lucro obtido em uma empresa, considerando os seguintes itens:

P = C (1 + M) ÷  (1-E)

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Lucro desejado no Preço de Venda:

- Custo Variável: R$ 550,00;

- Despesas Variáveis: 6%;

- Despesas Fixas: 25%;

- Lucro Líquido: 9%;

 

- Preço de Venda = R$ 550,00/ (100% - 6 % - 25% - 9%)

R$ 550,00/60%

Preço Ideal: R$ 916,67

Demonstrativo do Resultado:

- Preço de Venda: R$ 916,67 (100%)

- Custo Direto Variável: R$ 229,17 (55%)

- Despesas Variáveis: R$ 55,00 (6%)

= Lucro Líquido: R$ 82,50 (9%).

Elaborado em 25.11.2011