extração oleuropeína

1
Obtenção de Oleuropeína a partir de folhas de Oliveira orgânicas utilizando solventes alcoólicos Cintia Bernardo Gonçalves, Pâmela Ferreira Neves, Bruna Estella Perri, Cosmo F. Pacetta Faculdade de Zootecnia e Engenharia de alimentos Universidade de São Paulo [email protected] Objetivos Este projeto teve como objetivo a extração de oleuropeína a partir de folhas de oliveira orgânicas secas, utilizando solventes polares próticos, como o etanol e o solvente universal, água. Pretendeu-se ainda, otimizar uma proporção entre os solventes etanol e água com o intuito de obter-se um maior rendimento de oleuropeína. Métodos Foram realizados experimentos adicionando-se ácido cítrico ou ácido acético (como sugerido por Walter et al., 1973) com os seguintes solventes: etanol alimentício puro, etanol alimentício 80%, etanol alimentício 70% e etanol alimentício 50%, os quais foram deixados em contato com folhas de oliveira orgânica. Os solventes permaneceram por 24 minutos em um banho de ultrassom, logo após o sistema foi centrifugado e o conteúdo líquido foi concentrado em parte no rotaevaporador e depois levado para realizar a liofilização. Após a liofilização, foram obtidas as amostras, as quais foram analisadas para quantificar a oleuropeína presente através de cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC), com relação a um padrão externo (Oleuropeína, Chengdu Biopurify Phytochemicals Ltda). .Resultados Verificou-se através dos resultados apresentados na Tabela 1, que as extrações nas quais foi utilizado o ácido acético, os teores de oleuropeína foram maiores se comparadas as que se utilizaram ácido cítrico. Observa-se ainda que o melhor resultado de extração encontrada foi para o solvente etanol alimentício 70% utilizando-se ácido acético (2,17% da amostra final) e a extração menos eficiente a com 70% de etanol adicionado de ácido cítrico. Vale ressaltar que o teor de oleuropeína obtido neste trabalho é semelhante aos de muitos trabalhos encontrados na literatura (ao redor de 2,3%). Tabela 1: Quantificação do teor de Oleuropeína presente nas amostras extraídas com diferentes solventes. Amostra Oleuropeina g/100g (% p/p) 100% etanol e ac. acético 1,47 100% etanol e ac. cítrico 0,21 80% etanol e ac. acético 1,52 80% etanol e ac. cítrico 0,29 70% etanol e ac. acético 2,17 70% etanol e ac. cítrico 0,09 50% etanol e ac. acético 1,55 50% etanol e ac. cítrico 0,63 Conclusões A partir dos resultados obtidos, pode-se concluir que a melhor combinação de solventes encontrada para a extração de Oleuropeína de folhas de oliveira orgânicas foi com o solvente etanol 70% adicionado de ácido acético. Desta forma, pode-se verificar que o objetivo do trabalho foi cumprido, conseguindo-se extrair oleuropeína através de solventes próticos Referências Bibliográficas WALTER, W. M; JR, FLEMING, H. P.; ETCHELLS J. L. Preparation of Antimicrobial Compunds by Hydrolysis of Oleuropein from Green Olives. Appl. Microbiol. Raleigh v.26 p.773-776; 1973

Upload: anderson-cagliari

Post on 05-Jan-2016

16 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Materia sobre extração de oleoropeina

TRANSCRIPT

Page 1: extração oleuropeína

Obtenção de Oleuropeína a partir de folhas de Oliveira orgânicas utilizando solventes alcoólicos

Cintia Bernardo Gonçalves, Pâmela Ferreira Neves, Bruna Estella Perri, Cosmo F. Pacetta

Faculdade de Zootecnia e Engenharia de alimentos – Universidade de São Paulo [email protected]

Objetivos

Este projeto teve como objetivo a extração de oleuropeína a partir de folhas de oliveira orgânicas secas, utilizando solventes polares próticos, como o etanol e o solvente universal, água. Pretendeu-se ainda, otimizar uma proporção entre os solventes etanol e água com o intuito de obter-se um maior rendimento de oleuropeína.

Métodos

Foram realizados experimentos adicionando-se ácido cítrico ou ácido acético (como sugerido por Walter et al., 1973) com os seguintes solventes: etanol alimentício puro, etanol alimentício 80%, etanol alimentício 70% e etanol alimentício 50%, os quais foram deixados em contato com folhas de oliveira orgânica. Os solventes permaneceram por 24 minutos em um banho de ultrassom, logo após o sistema foi centrifugado e o conteúdo líquido foi concentrado em parte no rotaevaporador e depois levado para realizar a liofilização. Após a liofilização, foram obtidas as amostras, as quais foram analisadas para quantificar a oleuropeína presente através de cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC), com relação a um padrão externo (Oleuropeína, Chengdu Biopurify Phytochemicals Ltda).

.Resultados

Verificou-se através dos resultados apresentados na Tabela 1, que as extrações nas quais foi utilizado o ácido acético, os teores de oleuropeína foram maiores se comparadas as que se utilizaram ácido cítrico. Observa-se ainda que o melhor resultado de extração encontrada foi para o solvente etanol alimentício

70% utilizando-se ácido acético (2,17% da amostra final) e a extração menos eficiente a com 70% de etanol adicionado de ácido cítrico. Vale ressaltar que o teor de oleuropeína obtido neste trabalho é semelhante aos de muitos trabalhos encontrados na literatura (ao redor de 2,3%).

Tabela 1: Quantificação do teor de Oleuropeína presente nas amostras extraídas com diferentes

solventes.

Amostra Oleuropeina

g/100g (% p/p)

100% etanol e ac. acético 1,47

100% etanol e ac. cítrico 0,21

80% etanol e ac. acético 1,52

80% etanol e ac. cítrico 0,29

70% etanol e ac. acético 2,17

70% etanol e ac. cítrico 0,09

50% etanol e ac. acético 1,55

50% etanol e ac. cítrico 0,63

Conclusões

A partir dos resultados obtidos, pode-se concluir que a melhor combinação de solventes encontrada para a extração de Oleuropeína de folhas de oliveira orgânicas foi com o solvente etanol 70% adicionado de ácido acético. Desta forma, pode-se verificar que o objetivo do trabalho foi cumprido, conseguindo-se extrair oleuropeína através de solventes próticos

Referências Bibliográficas

WALTER, W. M; JR, FLEMING, H. P.; ETCHELLS J. L. Preparation of Antimicrobial Compunds by Hydrolysis of Oleuropein from Green Olives. Appl. Microbiol. Raleigh v.26 p.773-776; 1973