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FACULDADE CESMAC DO SERTÃO
LIANA NELLI DOS SANTOS
LENILCE GOMES DA SILVA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PARTURIENTE
PALMEIRA DOS ÍNDIOS/AL
2019/02
0
LIANA NELLI DOS SANTOS LENILCE GOMES DA SILVA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PARTURIENTE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito final, para conclusão do curso de Enfermagem a Faculdade CESMAC do Sertão, sob a orientação da professora Ms. Mosabelle Rodrigues Brasileiro Monteiro
PALMEIRA DOS ÍNDIOS/AL
2019/02
1
3
AGRADECIMENTOS
A Deus em primeiro lugar, ao meu esposo que foi a primeira pessoa a
acreditar em mim e me incentivar junto com minha mãe, quando eu já queria
desistir, aos meus avós, minha irmã que contribuíram indiretamente com minha
formação.
A minhas filhas, por tamanha compreensão, paciência e disposição. Meus
colegas de classe, nos quais dividimos conhecimentos e experiências nesses cinco
anos de formação.
Agradeço de todo coração a minha orientadora Mosabelly, por toda
disponibilidade e empenho. E aos demais docentes da universidade que me
proporcionaram todo o saber até aqui.
Dessa maneira deixo aqui, todo meu reconhecimento a todos vocês que me
ajudaram de uma forma direta ou indiretamente e que fizeram com que eu chegasse
até a reta final.
Obrigada!!! Liana Nelli dos Santos Cavalcante
4
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao meu filho, esposo e irmãos que sempre me incetivaram para a
minha melhora de vida, em especial ao meu filho. Quero agradecer a minha
orientadora Mestra Mosabelle Brasileiro
Aos professores, Evânio e Jaqueline pelas dúvidas tiradas.
Meus colegas de turma, nos quais dividimos conhecimentos e experiências
nesses quatros anos de formação.
Dessa maneira deixo aqui, todo meu reconhecimento a todos vocês que me
ajudaram de uma forma direta ou indiretamente e que fizeram com que eu chegasse
até a reta final.
Obrigada! Lenilce Gomes da Silva
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PARTURIENTE PARTURIENT NURSING
CARE
Liana Nelli dos Santos¹ [email protected] Lenilce Gomes da Silva² [email protected]
Graduandas do Curso de Enfermagem1, 2
RESUMO
A assistência ao parto vem passando por alterações, com relação ao método dos enfermeiros que a realizam como na percepção do indivíduo sobre o tema e a forma como são explicados os casos em que são impróprias intervenções. A mulher, que antes era personagem principal da assistência, atualmente é parte o parto deixou de ser avaliado um método fisiológico, o que muda a ideia acerca da humanização. Este estudo teve como objetivo analisar assistência de enfermagem a parturiente. Trata-se de revisão integrativa da literatura. Para organização e conclusão deste estudo foi concretizada uma busca nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, como: Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Os critérios de inclusão definidos para escolha dos artigos foram: artigos divulgados em português, artigos na íntegra e que retratassem o tema indicativo a revisão e artigos publicados e indexados nos bancos de dados no período abrangido entre 2010 e 2019. Elaborou-se como critérios de exclusão: Artigos que não faziam relação ao tema, àqueles publicados em outras línguas e os que não se compreendiam dentro da conclusão de tempo constituído. Conclui-se que, para alcançar um atendimento qualificado e humanizado, é imprescindível que aconteçam as mais variadas alterações. Essas alterações incidem em realizar uma reorganização dos cuidados, promover uma educação continuada dos trabalhadores de saúde, adequar um mecanismo físico apropriado e agrupar procedimentos não intervencionistas.
PALAVRA-CHAVES: Parto humanizado. Assistência de enfermagem.
Humanização da assistência. Parturiente.
ABSTRACT
Childbirth care has been undergoing alterations, with respect to the method of nurses who perform it as
in the perception of the individual on the subject and the way in which are explained the cases in which
improper interventions are. The woman, who was once the main character of the care, is currently part
of the childbirth is no longer evaluated a physiological method, which changes the idea about
humanization. This study aimed to analyze nursing care to parturient. It is an integrative literature review.
For the organization and conclusion of this study, a search was carried out in the databases of the
Virtual Health Library, such as: Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS)
and Scientific Electronic Library Online (SciELO).The inclusion criteria defined for the choice of articles
were: articles published in Portuguese, articles in full and depicting the indicative theme of the review
and articles published and indexed in the databases in the period from 2010 to 2019. It was drawn up
as exclusion criteria: Articles that did not relate to the subject, those published in other languages and
those that did not understand each other within the conclusion of the constituted time. We conclude that,
in order to achieve a qualified and humanized service, it is essential that the most varied changes take
place. These changes focus on carrying out a reorganisation of care, promoting continued education of
health workers, adapting an appropriate physical mechanism and grouping non-interventional
procedures.
KEY-WORDS: Humanized birth. Nursing care. Humanization of care. Parturient.
6
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO…………………………………………………………... 7
2 METODOLOGIA……………………………………………………….. 9
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO……………………………………….. 11
4 CONCLUSÃO………………………………………………………….. 17
REFERÊNCIAS…………………………………………………………. 18
7
1 INTRODUÇÃO
O processo de nascimento é de acordo com a história através de
acontecimentos natural, caráter familiar e privado, sendo uma experiência dividida
entre as mulheres e seus familiares. As primeiras civilizações juntaram numerosos
significados culturais a este fato, que ao longo dos tempos e em distintos ambientes,
foram sendo repensados e reformulados, sobretudo devido às alterações expressivas
na área da medicina (VERA 2018).
As parteiras durante muito tempo, curandeiras ou comadres eram quem
desempenhavam a atividade de partejar, por serem mulheres reconhecidas na
sociedade ou de confiança das parturientes. Familiarizadas com as manobras
externas para facilitar o parto, conheciam a gravidez e o puerpério como experiência
própria e tinham a função de confortar as mulheres com alimentos, bebidas e palavras
agradáveis; tendo a preferência das parturientes por causas psicológicas,
humanitárias e devido ao preconceito de mostrar os órgãos.
No final do século XVI, com o aparecimento do uso do forceps pelo cirurgião
inglês Peter Chamberlain e aceitação da obstetrícia como disciplina técnica, científica
e dominada pelo homem; acontece o declínio da profissão de parteira. Tem começo
a chance de comandar o nascimento, intervenção masculina e a troca do modelo não
intervencionista; parir passa a ser avaliado como um acontecimento crítico sendo
indispensável à presença de um médico.
A partir desta preeminência, o discurso médico da metade do século XIX em
relação à obstetrícia, diferenciou-se pela alegação da hospitalização do parto e da
criação de maternidades, no qual as mulheres foram despidas de sua individualidade,
autonomia e sexualidade. Foram atribuídos hábitos de internação como a separação
da família, retirada de roupas e objetos pessoais, impossibilidade de deambulação e
rituais de limpeza e jejum. Organiza-se a assistência obstétrica como uma linha de
produção, em que a mulher se transformou em propriedade institucional.
“O parto logo deixa de ser particular familiar e feminino, e passa a ser público,
com o acompanhamento de outros protagonistas comunicativos” (CAMPOS 2016).
Assim, a mulher/parturiente que necessitaria ser a protagonista do parto,
distancia-se gradualmente e tem problema em participar da decisão do tipo de parto.
Sente-se insegura, submete-se frequentemente por não sentir-se habilitada para
8
optar e fazer valer seus desejos frente aos assuntos técnicas levantadas pelos
profissionais que atendem o parto (FREITAS; SANTOS, 2019).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem desenvolvido diversos estudos
relacionados ao parto normal e prescreve que o objetivo desta assistência é promover
o mínimo de intervenções com segurança, para alcançar uma mãe e uma criança
saudáveis, isto é, deve existir uma razão adequada para interferir acerca do método
fisiológico (SILVA et. al., 2015).
As sugestões da OMS para o atendimento ao parto normal incentivam a
liberação do reconhecimento à fisiologia do parto, o incentivo de uma relação de
acordo entre os progressos tecnológicos e a capacidade das relações humanas, além
da evidência ao respeito dos direitos de cidadania. Estabelece que, 70 a 80% de toda
a gravidez podem ser analisadas de baixo risco, no começo do trabalho de parto.
Assegura que a enfermeira exerce o papel mais apropriado e com melhor custo-
efetividade para prestar assistência à gestação e ao parto normal, avaliando riscos e
distinguindo complicações (LIMA, 2015).
Para o Ministério da Saúde a assistência hospitalar ao parto deve ser segura,
assegurando para cada mulher os melhoramentos dos progressos científicos, mas
basicamente, deve consentir e incentivar o desempenho dos direitos e deveres
feminino, recuperando a soberania da mulher no parto (PORTO, 2015).
Indispensável recomendar que no Brasil, a concretização da profissão de
enfermagem, aconteceu com a Lei no 7.498/86, regulamentada pelo Decreto
94.406/87, que dispõe acerca do exercício da enfermagem e dá outras providências.
O artigo 6º assevera que Enfermeiro é o titular do diploma de Enfermeiro atribuído por
instituição de ensino, nos termos da lei (inciso I); obstetriz ou enfermeira obstétrica é
o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obstétrica, atribuído
nos termos da lei (inciso II). Dentre as atividades de enfermagem descritas no artigo
1º, das capacidades do profissional enfermeiro, compete aos profissionais aludidos
no inciso II, a obrigação de: assistir à parturiente e ao parto normal; identificar
distocias obstétricas e tomar providências até a chegada do médico; realizar
episiotomia e episiorrafia e aplicar anestesia local, no momento que imprescindível
(VELHO et. al., 2010).
A Portaria nº 2.815 de 29 de maio de 1998 do Ministério da Saúde (MS),
compreende a classificação do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema
9
Único de Saúde (SUS) o método “parto normal sem mudança concretizada por
enfermeiro e tem como desígnio fundamental reconhecer a assistência prestada, no
contexto de humanização do parto. Ademais, o MS fomentou técnica e
financeiramente cursos de especialização em enfermagem por abranger o pequeno
número de profissionais atuantes no começo deste século, também que se estime
que o número de partos realizados por este profissional seja superior ao registrado
no SUS (GARCIA et al., 2010).
Os princípios e diretrizes gerais para a atenção obstétrica e neonatal do MS
apresentam que a atenção humanizada e de qualidade precisa do estabelecimento
de métodos favoráveis, a não efetivação de intervenções inúteis, respeito aos
preceitos decentes, garantia de privacidade e autonomia das mulheres e sua
participação nas decisões e procedimentos a serem adotadas (VELHO et al., 2010).
A partir dessas considerações, este trabalho se justifica, pela obrigação de
procurar o que tem de publicação acerca da assistência desenvolvida pelo
enfermeiro. Acreditamos que analisar as informações sobre este tema, poderá
colaborar para dar uma maior visibilidade à assistência do enfermeiro a parturiente.
Este estudo teve como objetivo analisar assistência de enfermagem a
parturiente. E responder a seguinte questão norteadora: O que a enfermagem vem
fazendo para concretizar o seu trabalho e sua função frente à mulher e recémnascido
no processo do nascimento.
2 METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Para elaboração deste estudo
foi concretizada uma busca nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde,
como: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e
Scientific Electronic Library Online (SciELO), empregando os descritores e suas
combinações na língua portuguesa adequadas a base DECS(Descritores em
Ciências da Saúde): parto humanizado, assistência de enfermagem” e humanização.
Os critérios de inclusão definidos para escolha dos artigos foram: artigos
divulgados em português, artigos na íntegra e que retratassem o tema indicativo a
revisão e artigos publicados e indexados nos bancos de dados no período abrangido
entre 2010 e 2019. Elaborou-se como critérios de exclusão: Artigos que não faziam
10
relação ao tema, àqueles publicados em outros línguas e os que não se
compreendiam dentro da conclusão de tempo constituído.
Partindo da combinação dos descritores empregando o operador boleano AND
na busca escolhida foram achados 299 artigos, todavia foram excluídos 250 artigos
tendo em vista os critérios de exclusão. Exclusivamente 49 se condiziam nos critérios
sugerido de inclusão, destes foram escolhidos 20 artigos para a leitura criteriosa e
eliminados 11 artigos que não eram relacionados ao assunto.
Figura 1 – Fluxograma percorrido na escolha dos artigos
Escolha de somente artigos para 20 leitura
Leitura ponderada dos artigos escolhidos
Artigos achados no BVS 299
Artigos que englobam nos
critérios: 49
Exclusão de 11 artigos com poucas informações
indicativas ao tema
Eliminação segundo os critérios de inclusão
sugeridos
Artigos excluídos 250
Apresentação final de 09 artigos
Descritores: “ parto humanizado, assistência de
enfermagem” e humanização” .
11
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os 20 artigos escolhidos foram diferenciados depois de sua leitura total
(Quadro 1).
Titulo/ano Periódico Objetivo
Reflexões sobre a assistência de enfermagem
prestada à
parturiente/2010
Rev. bras. enferm
Identificar estado da arte da produção publicada sobre
atuação da enfermeira obstétrica
no processo do
nascimento, contribuir para futuras
investigações e
auxiliar nas reflexões
sobre esta temática.
Humanização da atenção ao parto e nascimento no
Brasil: pressupostos
para uma nova
ética na gestão no
cuidado/2010
Rev Tempus ActasSaude
Colet.
Propõe reflexões sobre o modelo de
atenção e gestão ao parto e
nascimento no Sistema Único
de Saúde, considerando
contribuições da Política
Nacional de Humanização
(HumanizaSUS).
Vivenciando o cuidado no
contexto de uma
casa de parto: o olhar das
usuárias/2011
Rev. esc. enferm.
Conhecer a vivência da mulher, durante o trabalho de parto e
parto, no contexto de uma Casa de Parto e
os motivos que a levaram a optar por
esta instituição.
12
Ações educativas durante a
assistência pré
natal: percepção
de gestantes
Rev.
Eletrônicaenferm.
Conhecer a percepção das
gestantes usuárias da
rede básica de saúde
do município de
atendidas na
rede básica de
Maringá-PR/2011
Maringá/PR sobre a educação em saúde
recebida e como esta ocorre durante a
assistência pré-natal.
Apoio institucional como método de
análise intervenção no
âmbito das
políticas públicas de saúde: a
experiência em
um hospital
geral/2011
Ciênc. Saúde
Colet
Aborda a construção de um método de
análise/intervenção no âmbito das
políticas públicas de saúde, que se
delineia de forma
articulada aos
princípios da Política
Nacional de
Humanização do
SUS em um hospital
geral
Vivências de
mulheres sobre a
assistência/2012
Physis Revista de
Saúde Coletiva
Compreender as vivências de
puérperas sobre a atenção recebida
durante o processo parturitivo em uma
maternidade pública
de Feira de Santana-
Bahia
13
Percepção de puérperas
adolescentes sobre a
assistência da equipe de
enfermagem no
processo
parturitivo/2013
Revista Eletrônica
Gestão & Saúde.
Compreender a percepção de
puérperas adolescentes sobre
a assistência da equipe de
enfermagem durante
o trabalho de parto, em uma
maternidade
pública de Feira de Santana
-
BA, Brasi
Percepção de enfermeiros
obstetras na
assistência à
parturiente/2016
Rev enferm UFPE Conhecer a percepção do
enfermeiro obstetra
na assistência à
parturiente
Reflexões sobre a assistência de
enfermagem
prestada à
parturiente/2016
Rev. bras. enferm Identificar estado da arte da produção
publicada sobre atuação da
enfermeira obstétrica no processo do
nascimento, contribuir para futuras
investigações e
auxiliar nas reflexões
Assistência de enfermagem ao
parto normal e as principais
dificuldades
encontradas pelo enfermeiro
obstetra em uma maternidade referência de
Campina Grande, PB. [monografia].
Campina Grande:
Universidade
Estadual da
Paraíba, 2016.
Surg. Clin. Res. retratar a atuação do enfermeiro obstetra na humanização do parto.
14
Velho (2010) afirma que a entrada do profissional de enfermagem no atendimento
ao trabalho de parto e parto, em instituições hospitalares, mais exatamente nos
centros obstétricos, foi identificada em três citações pesquisadas.
Gonçalves (2011) fala que o MS proporciona uma base de atuação do
profissional de enfermagem, para o atendimento ao parto normal nos CPN, por meio
da Portaria nº 985 de 5 de agosto de 1999.
Santos (2012) observaram que com a entrada de recursos tecnológicos,
ocasionou um compromisso do profissional e o relacionamento com a mulher na
assistência ao parto foram perdendo-se ao longo dos anos. O profissional de
enfermagem aparece como profissional que está continuamente presente no
acompanhamento do trabalho de parto, sendo valorizado pelas mulheres. Esta
presença diária proporciona segurança, além de ser essencial na detecção precoce
de intercorrências que possam aparecer.
Gramacho; Silva (2014) expõe que o desafio é a ação efetiva do profissional
de enfermagem na assistência ao parto, porque pesquisas já apontam que esses
profissionais intervêm positivamente na diminuição de intervenções inúteis, como a
prática exagerada do parto cesárea e com consequente redução da morbimortalidade
materna e perinatal.
Assim sendo, a Enfermagem pode fazer uma ampla diferença na assistência
atual que se vincula desde o início do século XX, onde o parto foi institucionalizado,
porque conforme a Organização Mundial da Saúde e reafirmado pelo Ministério da
Saúde através de seu programa atual de humanização da Rede Cegonha, é a
categoria profissional mais preparada para a transformação deste histórico brasileiro
e concretização de uma assistência segura ao processo de parto e nascimento
(BRASIL, 2011).
De acordo com Pasche et. al., (2010) os profissionais de enfermagem que
acompanham as parturientes durante o processo de parto devem perceber a
relevância da comunicação em sua prática, sabendo ouvir as parturientes e suas
necessidades, valorizando sua história de vida, abrangendo seus aspectos sociais,
psicológicos e emocionais, que podem influenciar de modo expressivo sua vivência
no parto, promovendo, portanto o vínculo entre a equipe multiprofissional e a
parturiente.
Para Oliveira (2016) Daí a relevância desses profissionais se atualizarem
através de cursos de aprimoramento, aperfeiçoando o seu crescimento profissional,
15
confirmando que o enfermeiro obstetra é um profissional empenhado e qualificado
que adequa dignidade, segurança e autonomia, desempenhando o parto como um
acontecimento fisiológico.
Conforme Santos (2013) a perspectiva da educação em saúde é alcançada
como uma prática social, um método que colabora para o desenvolvimento e
crescimento da consciência crítica das parturientes, a respeito de seu parto, e
estimulando a procura de resultados.
Segundo Santos (2013) resgatando, portanto, o empoderamento das
parturientes como um processo educativo, com a finalidade de ajudá-las a
desenvolver os conhecimentos, atitudes, capacidades e autoconhecimento
imprescindível para que possam assumir de fato a responsabilidade com as decisões
a serem tomadas com relação à sua saúde, neste caso ao trabalho de parto. Para
isto, a educação em saúde deve ser mudada em uma tomada de consciência crítica
e com autonomia, por meio da comunicação, por meio do diálogo aberto e da escuta
ativa.
Conforme defendido por Barros (2011) a motivação da direção da Instituição
para com os profissionais apresenta-se como uma relação de confiança entre os
componentes da equipe e destes com os usuários, sugerindo alterações para
expandir a efetividade das técnicas de saúde e produzir enfermeiros mais confiantes
na efetivação de partos.
Para Oliveira (2016) o apoio da direção institucional no desempenho do
enfermeiro obstetra fortalece com o que vem sendo exercitado na Política Nacional
de Humanização (PNH) como dispositivo de intervenção em técnicas de produção de
saúde pública e tem sido componente de diversas pesquisas atualizadas.
Conforme Souza (2011) em relação à ausência de informação da parturiente
acerca das fases do trabalho de parto, o período pré-natal compõe uma época de
preparação física e psicológica para o parto e para a maternidade, por isso os
profissionais de enfermagem devem criar momentos de intenso aprendizado e uma
chance de desenvolverem a educação em saúde, assumindo a postura de
educadores que dividem saberes e informação procurando devolver à parturiente sua
autonomia e autoconfiança para viver a gestação, o parto e o puerpério.
As dificuldades vivenciadas pelos profissionais de enfermagem estão ainda
pautadas às questões relativas à prática profissional e aos entraves lógicos ao
16
desconhecimento acerca da regulamentação do exercício profissional, segundo
retratado por Dantas (2016).
17
4 CONCLUSÃO
Hoje, a prática da gestação de maneira integral e natural é uma busca das
próprias mulheres, frente ao significado cultural do processo de nascimento. O papel
exercido pelos profissionais de enfermagem neste processo é um assunto que vem
sendo largamente debatido ultimamente. A organização deste artigo permitiu
abranger como os profissionais são vistos e pela clientela, como esta profissional
diferencia o trabalho que ela exerce frente às mulheres, recém-nascidos e suas
famílias.
As pesquisas mostram que o profissional de enfermagem comprometido e
qualificado, que desempenha o parto normal como acontecimento fisiológico e adapta
dignidade, segurança e autonomia. Um profissional que reconhece os pontos de vista
sociais e culturais abrangidos no procedimento de gestar e parir, que não realiza
intervenções inúteis e garante os direitos de cidadania da mulher e sua família.
Segundo as pesquisas expostas, o profissional de enfermagem que assiste ao
trabalho de parto e parto, fundamentado em um modelo humanístico e holístico de
cuidar. A assistência humanizada, conforme os autores destas pesquisas versam na
atenção voltada para a mulher e família, analisando a parturiente como protagonista
do evento, dando liberdade de opção, beneficiando um espaço acolhedor,
oportunizando a presença do acompanhante e promovendo suporte físico e
emocional. O modelo holístico de cuidado assegura o empoderamento da mulher, ao
compreendê-la vinculada com a mente e o ambiente.
Conclui-se que, as ações educativas e as atividades administrativas são
largamente enumeradas nas pesquisas, comprovando a função realizada pelos
profissionais de enfermagem, frente a estas atividades. Abrangemos que embora a
atuação da enfermeira obstétrica seja reconhecida como indispensável e configure-
se como uma modificação paradigmática no cuidado às mulheres, recém-nascidos e
famílias, também têm espaços de informações sobre o tema, determinando novas
debates, reflexões e publicações que venham corroborar e dar maior visão ao trabalho
elaborado por estes profissionais de enfermagem.
18
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