faculdade de ciências médicas - unicamp

175
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS UNICAMP Faculdade de Ciências Médicas ALFONSO EDUARDO ALVAREZ BRAGUNDE AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS, ETIOLÓGICAS E GENÉTICAS ASSOCIADAS À BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA GRAVE CAMPINAS 2016

Upload: others

Post on 05-Oct-2021

4 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS UNICAMP

Faculdade de Ciências Médicas

ALFONSO EDUARDO ALVAREZ BRAGUNDE

AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS, ETIOLÓGICAS

E GENÉTICAS ASSOCIADAS À BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA GRAVE

CAMPINAS

2016

Page 2: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

ALFONSO EDUARDO ALVAREZ BRAGUNDE

AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS, ETIOLÓGICAS

E GENÉTICAS ASSOCIADAS À BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA GRAVE

Tese apresentada à Faculdade de

Ciências Médicas da Universidade

Estadual de Campinas como parte dos

requisitos exigidos para a obtenção do

título de Doutor em Ciências, na área

de concentração em Saúde da Criança

e do Adolescente.

ORIENTADOR: PROF. DR. JOSÉ DIRCEU RIBEIRO

ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À VERSÃO

FINAL DA TESE DEFENDIDA PELO ALUNO

ALFONSO EDUARDO ALVAREZ BRAGUNDE, E

ORIENTADA PELO PROF. DR. JOSÉ DIRCEU

RIBEIRO.

CAMPINAS

2016

Page 3: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Agência(s) de fomento e nº(s) de processo(s): FAPESP, 2012/05458-2

Ficha catalográfica

Universidade Estadual de Campinas

Biblioteca da Faculdade de Ciências Médicas

Maristella Soares dos Santos - CRB 8/8402

Alvarez, Alfonso Eduardo, 1970-

AL86a AlvAvaliação das características epidemiológicas, etiológicas e genéticas

associadas à bronquiolite viral aguda grave / Alfonso Eduardo Alvarez

Bragunde. – Campinas, SP : [s.n.], 2016.

AlvOrientador: José Dirceu Ribeiro.

AlvTese (doutorado) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de

Ciências Médicas.

Alv1. Bronquiolite. 2. Lactentes. 3. Fatores de risco. 4. Vírus sinciciais

respiratórios. 5. Receptores Toll-like. I. Ribeiro, José Dirceu,1952-. II.

Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. III.

Título.

Informações para Biblioteca Digital

Título em outro idioma: Evaluation of epidemiological, aetiological and genetic features

associated with severe acute viral bronchiolitis

Palavras-chave em inglês:Bronchiolitis

Infants

Risk factors

Respiratory syncytial viruses

Toll-like receptors

Área de concentração: Saúde da Criança e do Adolescente

Titulação: Doutor em Ciências

Banca examinadora:José Dirceu Ribeiro [Orientador]

Marcus Herbert Jones

João Paulo Becker Lotufo

José Luiz Proença Módena

Rodrigo Nogueira Angerami

Data de defesa: 31-08-2016

Programa de Pós-Graduação: Saúde da Criança e do Adolescente

Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)

Page 4: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

BANCA EXAMINADORA DA DEFESA DE DOUTORADO

ALFONSO EDUARDO ALVAREZ BRAGUNDE

Orientador (a) PROF(A) DR(A) JOSÉ DIRCEU RIBEIRO

MEMBROS:

1. PROF(A). DR(A). JOSÉ DIRCEU RIBEIRO

2. PROF(A). DR(A). MARCUS HERBERT JONES

3. PROF(A). DR(A). JOÃO PAULO BECKER LOTUFO

4. PROF(A).DR(A). JOSÉ LUIZ PROENÇA MÓDENA

5. PROF(A).DR(A). RODRIGO NOGUEIRA ANGERAMI

Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente da Faculdade de

Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas

A ata de defesa com as respectivas assinaturas dos membros da banca examinadora

encontra-se no processo de vida acadêmica do aluno.

Data: 31 de agosto de 2016

Page 5: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

DEDICATÓRIA

À minha esposa Vanessa e às minhas filhas Giovana e Marina, por deixarem

meus dias repletos de amor e felicidade, pelo apoio incondicional aos meus

sonhos e por me inspirarem a tentar ser a cada dia uma pessoa melhor...

Page 6: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Aos meus pais, Jorge e Betty, e ao meu irmão Julio, pelo amor incondicional,

por terem me dado a oportunidade de crescer num ambiente familiar repleto de

carinho e pelos valores preciosos que sempre me transmitiram...

Page 7: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

AGRADECIMENTOS

Ao Prof. Dr. José Dirceu Ribeiro, meu amigo e orientador, exemplo de

competência e capacidade, por todo o tempo que me dedicou, pelo inestimável

apoio em todas as fases do projeto, pelo constante incentivo nos momentos

difíceis e pelas sugestões, conselhos e excelência na orientação da pesquisa.

Muito obrigado por sua amizade e por constantemente me contagiar com seu

entusiasmo. Todo meu respeito, gratidão e admiração...

Ao grande amigo Prof. Dr. Fernando Augusto de Lima Marson, pelo seu

inestimável apoio em todas as fases da pesquisa, pela realização da análise

estatística, pela confecção das tabelas e gráficos e pelo imenso trabalho na

identificação dos polimorfismos. Agradeço por ser um exemplo de ser humano

e de altruísmo, sempre disposto a ajudar os colegas e dividir seu

conhecimento. Todo meu respeito e gratidão pela enorme ajuda recebida neste

projeto...

À Prof. Dra. Clarice Weis Arns, por ter me recebido com tanto entusiasmo e

alegria desde a primeira vez que a procurei para falar do projeto, pelo

constante incentivo, pelas sugestões e por disponibilizar o laboratório de

virologia para a realização da identificação viral.

À Juliana Cristina Santiago Bastos, pela enorme competência e pelo tempo e

esforço dedicados à realização da identificação viral.

À Prof. Dra. Carmem Sílvia Bertuzzo, pelo incentivo, pelas sugestões e por

disponibilizar o laboratório de genética médica para a identificação dos

polimorfismos.

Page 8: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

À Dra. Antônia Teresinha Tresoldi por disponibilizar a enfermaria de pediatria e

a UTI pediátrica do Hospital das Clínicas da UNICAMP para a coleta dos

dados.

Ao Prof. Dr. Emilio Carlos Elias Baracat por disponibilizar a enfermaria de

pediatria e a UTI Pediátrica do Hospital Estadual de Sumaré e o pronto socorro

de pediatria do Hospital das Clínicas da UNICAMP para a coleta dos dados.

Ao Dr. Geraldo Roberto Cogo por disponibilizar a enfermaria de pediatria e a

UTI pediátrica do Hospital Vera Cruz para a coleta dos dados.

Às fisioterapeutas Celize Cruz Bresciani Almeida e Therezinha de Oliveira e à

Dra. Mariana Tresoldi das Neves Romaneli pelo apoio nas coletas dos dados

dos pacientes internados no Hospital das Clínicas da UNICAMP.

Aos Drs. Marcelo Barciela Brandão, Marcelo Conrado dos Reis e Maria Luisa

Ferreira de Miranda pelo apoio nas coletas dos dados dos pacientes internados

no Hospital Estadual de Sumaré.

Às fisioterapeutas Patricia Godano Schlodtmann e Ester Corrêa e ao Dr. José

Vicente De Pieri pelo apoio nas coletas dos dados dos pacientes internados no

Hospital Vera Cruz.

À Fundação Roberto Rocha Brito do Hospital Vera Cruz pelo apoio financeiro à

realização do projeto.

À Marcia de Britto, secretaria da pós-graduação em saúde da criança e do

adolescente da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP pela

competência e prontidão sempre que precisei de sua ajuda.

Page 9: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Ao Milton Cesar de Souza e à Rosa Maria Genesio do CIPED (Centro de

Investigações em Pediatria) por toda a ajuda recebida nas diversas fases do

projeto.

À toda a equipe do audiovisual da Faculdade de Ciências Médicas da

UNICAMP pela eficiência em preparar os materiais sempre que solicitado.

Às equipes de enfermagem dos 3 Hospitais envolvidos no estudo, pelo apoio e

dedicação em viabilizar o projeto.

Por último, e como homenagem, agradeço aos pacientes e seus pais, pela

colaboração neste estudo e pela coragem em enfrentar momentos difíceis,

lembrando-me constantemente de colocar os diversos aspectos da vida em

uma perspectiva correta.

Page 10: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

AGRADECIMENTOS AS AGÊNCIAS DE FOMENTO À PESQUISA

À FAPESP pelo auxílio à pesquisa recebido para a realização deste projeto

(2012/05458-2).

Ao CNPQ pela Bolsa Produtividade em Pesquisa ao Prof. Dr. José Dirceu

Ribeiro recebida para a realização deste projeto (300711/2013-1).

Page 11: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

RESUMO

A bronquiolite viral aguda (BVA) é a principal causa de hospitalização em

crianças durante o primeiro ano de vida. Nos Estados Unidos ocorrem 100.000

hospitalizações por ano por BVA, com um custo estimado em U$ 1,73 bilhão. O

Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é o principal agente causador dessa doença

e praticamente 100% das crianças são infectadas por esse vírus nos 2

primeiros anos de vida. As manifestações clínicas da infecção pelo VSR tem

grande variabilidade e vão desde sintomas leves de infecção em vias aéreas

superiores até quadros graves com necessidade de internação em unidade de

terapia intensiva (UTI), ventilação mecânica e óbito. Estima-se que esse vírus

seja responsável por 66.000 a 199.000 mortes por ano em menores de 5 anos

no mundo.

Existem vários fatores de risco que tem sido associados na literatura com a

gravidade da BVA, como prematuridade, tabagismo passivo, baixa idade,

ausência de aleitamento materno, doença pulmonar crônica e cardiopatia

congênita. Apesar do conhecimento desses fatores de risco, a maior parte dos

lactentes internados por BVA não apresenta nenhuma dessas condições. Isto

levou os pesquisadores a acreditar que os fatores epidemiológicos não seriam

os únicos responsáveis pela determinação da gravidade do quadro e a estudar

se características genéticas estariam associados à evolução mais grave da

doença.

Realizamos um trabalho prospectivo, multicêntrico, em três hospitais, em um

período de 2 anos (2013-2014), avaliando todos os pacientes menores de 2

anos com quadro de BVA grave que necessitaram internação para realizar

oxigenoterapia. Foram excluídos os pacientes que tinham apresentado quadro

anterior de sibilância. O grupo controle foi composto por 536 adultos saudáveis

(19 a 25 anos de idade) sem história pessoal ou familiar de doença respiratória

por 2 gerações.

Os pacientes foram avaliados para variáveis epidemiológicas através de um

questionário respondido pelos os pais ou responsáveis, realizaram aspirado

Page 12: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

nasofaríngeo para detecção de vírus por multiplex-PCR e coleta de sangue

para a identificação de polimorfismos (SNPs) nos genes da resposta imune. Foi

verificada a evolução dos pacientes até o momento da alta.

Foram avaliados 181 pacientes, 69,9% apresentavam VSR. A mediana de

internação foi 6,5 dias e a de oxigenoterapia foi 5 dias; 34% dos pacientes

necessitaram internação em UTI e 21% necessitaram ventilação mecânica; 5

pacientes (2,8%) evoluíram a óbito. Observou-se associação entre o SNP

rs2107538 (RANTES) e bronquiolite causada pelo VSR e VSR subtipo A, e

entre o rs1060826 (NOS2) e bronquiolite causada por Rinovírus. Os SNPs

rs4986790 (TLR4), rs898830 (TLR2) e rs2228570 (VDR) foram associados com

evolução à óbito. O SNP rs7656411 (TLR2) foi associado com o tempo de

oxigenoterapia; os SNPs rs352162 (TLR9), rs187084 (TLR9) e rs2280788

(RANTES) foram associados com necessidade de internação em UTI e os

SNPs rs1927911 (TLR4), rs352162 (TLR9) e rs2107538 (RANTES) foram

associados com necessidade de ventilação mecânica. Os pacientes com

infecções por VSR subtipo B apresentaram menor tempo de internação e

oxigenoterapia do que aqueles infectados com outros vírus.

Nossos resultados indicam que a variabilidade genética nos genes da resposta

imune contribui para a gravidade da BVA.

PALAVRAS CHAVES: Bronquiolite; Lactentes; Genética; Fatores de Risco;

Vírus Sincicial Respiratório; Receptores Toll-Like

Page 13: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

ABSTRACT

Acute viral bronchiolitis (AVB) is the leading cause of hospitalization in children

during the first year of life. Approximately 100,000 bronchiolitis admissions

occur annually in the United States, at an estimated cost of $1.73 billion.

Respiratory syncytial virus (RSV) is the major causative agent of bronchiolitis

cases, and nearly all children become infected with this virus during the first 2

years of life. RSV infection ranges from a mild upper respiratory illness to

severe bronchiolitis, which may require admission to the intensive care unit

(ICU), mechanical ventilation, and possibly lead to death. Globally, RSV is

estimated to cause 66,000 to 199,000 deaths per year among children younger

than 5 years of age.

There are several risk factors that have been associated in the literature with

the severity of AVB, such as prematurity, passive smoking, young age, lack of

breastfeeding, chronic lung disease and congenital heart disease. Despite the

knowledge of the risk factors, most infants hospitalized with AVB present with

no risk factors and are otherwise healthy. This led researchers to believe that

epidemiological factors would not be solely responsible for determining the

severity of the condition and to study whether genetic characteristics were

associated with more severe disease progression.

We performed a prospective, multicenter study in three hospitals in a period of

two years (2013-2014), evaluating all patients younger than 2 years with severe

BVA who required oxygen therapy. Patients with previous wheezing were

excluded. The control group consisted of 536 healthy controls (aged 19 to 25

years) with no personal or family history of lung or other chronic disease for two

generations.

Patients were evaluated for epidemiological variables through a questionnaire

answered by parents or guardians, and underwent nasopharyngeal aspirate for

the detection of viruses by multiplex-PCR, and blood collection for the

identification of polymorphisms (SNPs) in genes of the immune response. A

Page 14: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

longitudinal follow-up was carried out of these patients until the time of

discharge.

We evaluated 181 patients, 69.9% had RSV. The median length of hospital stay

was 6.5 days, and the median length of oxygen use was 5 days; 34% of

patients required ICU admission and 21% required mechanical ventilation; 5

patients (2.8%) died. There was an association between SNP rs2107538

(RANTES) and bronchiolitis caused by RSV and RSV subtype A, and between

rs1060826 (NOS2) and bronchiolitis caused by rhinovirus. SNPs rs4986790

(TLR4), rs898830 (TLR2), and rs2228570 (VDR) were associated with

progression to death. SNP rs7656411 (TLR2) was associated with length of

oxygen use; SNPs rs352162 (TLR9), rs187084 (TLR9), and rs2280788

(RANTES) were associated with requirement for ICU admission; while SNPs

rs1927911 (TLR4), rs352162 (TLR9), and rs2107538 (RANTES) were

associated with the need for mechanical ventilation. Patients with RSV subtype

B infections had shorter lengths of hospital stay and oxygen use than those

infected with other viruses.

Our findings indicate that genetic variability in immune response genes

contributes to outcomes of severe BVA.

KEY-WORDS: Bronchiolitis; Infants; Genetics; Risk factors; Respiratory

Syncytial Virus, Toll-like receptors

Page 15: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS

BVA - Bronquiolite Viral Aguda

VSR - Vírus Sincicial Respiratório

UTI - Unidade de Terapia Intensiva

TLR – Toll Like Receptor

SNP – Single Nucleotide Polymorphism (Polimorfismo de Nucleotídeo Único)

RANTES - Regulated on Activation, normal T cell Expressed and Secreted

VDR – Vitamin D Receptor (Receptor de Vitamina D)

NOS - Nitric Oxide Synthase

IFN – Interferon

NETs - Neutrophil Extracellular Traps

PCR – Polimerase Chain Reaction (Reação em Cadeia da Polimerase)

Page 16: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...................................................................................................18

Fatores de risco.......................................................................................20 Prematuridade.........................................................................................20 Tabagismo passivo.................................................................................21 Baixa idade...............................................................................................22 Aleitamento materno...............................................................................23 Doença pulmonar crônica......................................................................24 Cardiopatia congênita.............................................................................24 Gênero......................................................................................................25 Etnia..........................................................................................................25 Etiologia e codetecção viral...................................................................25 Outros fatores de risco...........................................................................26 Fatores genéticos....................................................................................27

JUSTIFICATIVA................................................................................................29 OBJETIVOS......................................................................................................30 MÉTODOS.........................................................................................................32

Pacientes..................................................................................................32 Identificação Viral....................................................................................34 Identificação dos Polimorfismos...........................................................36 Análise estatística...................................................................................61

Page 17: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Aspectos Éticos.......................................................................................62 RESULTADOS..................................................................................................63 DISCUSSÃO....................................................................................................110

Receptores Toll-Like.............................................................................110

Toll-Like 4...............................................................................................111 Toll-Like 2...............................................................................................112 Toll-Like 9...............................................................................................113 RANTES..................................................................................................113 Receptor de Vitamina D........................................................................114 Etiologia.................................................................................................116 Codetecção Viral ..................................................................................117 Considerações Finais ..........................................................................118

CONCLUSÃO..................................................................................................120 REFERÊNCIAS...............................................................................................121 ANEXOS..........................................................................................................142

Anexo 1 - Questionário para grupo controle......................................142

Anexo 2 - Questionário para coleta dos dados dos pacientes internados..............................................................................................145 Anexo 3 - Aprovação do projeto pela comissão nacional de ética em pesquisa ................................................................................................150 Anexo 4 - Termo de consentimento livre e esclarecido....................157 Anexo 5 - Aprovação pelo jornal de pediatria para inclusão na tese do artigo publicado...............................................................................162 Anexo 6 - Atividades acadêmicas realizadas durante o doutorado.164

Page 18: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

INTRODUÇÃO

A Bronquiolite Viral Aguda (BVA) é a principal causa de internação em

criança menores de um ano de idade no mundo. Nos Estados Unidos ocorrem

100.000 hospitalizações por ano por BVA, com um custo estimado em U$ 1,73

bilhão (Meissner, 2016; Ralston et al., 2014; Hall et al., 2009).

O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é o agente responsável por 41,7

(Sung et al., 2011) a 83,6% dos casos (García et al., 2001). No Brasil, o VSR é

responsável por 31,9 (Riccetto et al., 2009) a 64% dos pacientes internados

com BVA (Salomão Junior et al., 2011). Praticamente 100% das crianças são

infectadas por esse vírus nos 2 primeiros anos de vida (Meissner, 2016; Hall et

al., 2009). Stockman e colaboradores (2012) estimaram que a incidência de

hospitalização por VSR nos Estados Unidos é de 48,9 para 1.000 em menores

de 3 meses, 26 para 1.000 em menores de 1 ano e 1,8 para 1.000 em crianças

de 1 a 5 anos (Stockman et al., 2012).

Em outras regiões, a taxa de hospitalização para cada 1.000 lactentes

com VSR varia de 8,7 na Austrália (Ranmuthugala et al., 2011) a 60 no Japão

(Simões et al., 2003). Na Austrália, a incidência de BVA por VSR é de 110,0 a

226,5 para cada 1.000 lactentes, e o custo anual estimado é de 50 milhões de

dólares, sendo mais significativo que os custos com influenza e rotavírus.

(Ranmuthugala et al., 2011). Na Europa, o VSR é responsável por 45% das

hospitalizações por infecção das vias aéreas inferiores em menores de dois

anos. (Simões et al., 2003). No Brasil, estudo com 5.304 crianças menores de

um ano demonstrou que 113 (2,1%) foram internadas por BVA. (Albernaz et al.,

2003).

Em estudo grego o VSR foi responsável por 38% do total de dias de

hospitalização em crianças menores de 2 anos com infecção respiratória e 77%

dos dias de hospitalização por VSR foram em crianças menores que 6 meses

(Constantopoulos et al., 2002).

Estima-se que o VSR seja responsável por 66.000 a 199.000 mortes por

ano em menores de 5 anos no mundo (Meissner, 2016).

18

Page 19: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

A infecção pelo VSR tem grande variabilidade em relação à gravidade

de sua apresentação, suas manifestações clínicas vão desde sintomas leves

de infecção em vias aéreas superiores até bronquiolite e pneumonia, podendo

evoluir de forma grave, com necessidade de internação em unidade de terapia

intensiva (UTI), ventilação mecânica e levar a óbito, o tratamento é de suporte

(Meissner, 2016; Ralston et al., 2014; National Collaborating Centre for

Women's and Children's Health, 2015).

Fryzek e colaboradores (2011) analisando os dados de 1,1 milhão de

crianças menores de 2 anos internadas nos Estados Unidos por VSR em um

período de 8 anos concluíram que a maior porcentagem das internações ocorre

entre 3 e 6 meses de idade (Fryzek et al., 2011). As primeiras infecções são

geralmente sintomáticas e frequentemente atingem as vias aéreas inferiores,

as infecções subsequentes são geralmente mais leves (Meissner, 2016;

Ralston et al., 2014; National Collaborating Centre for Women's and Children's

Health, 2015).

Para crianças de alto risco deve ser indicada a realização de imunização

passiva com anticorpo monoclonal anti VSR (Palimizumabe) o qual promove

proteção contra quadros graves. Groothuis e colaboradores (2011)

demonstraram que após a introdução do Palimizumabe houve redução de 48%

nas internações de lactentes com doença pulmonar crônica da prematuridade

(Groothuis et al., 2011). Harris e colaboradores (2011) em estudo no Canadá

demonstraram que após a introdução do Palimizumabe houve uma redução de

42% nas internações e de 83% nos dias de permanência hospitalar para

pacientes com cardiopatias congênitas (Harris et al., 2011). Ainda não foi

possível o desenvolvimento de uma vacina que seja eficaz na prevenção da

BVA por VSR, apesar de esforços nesse sentido ocorrerem desde a década de

1960 (Higgins et al., 2016; Farrag et al., 2016; Esposito et al., 2016; Jorquera et

al., 2016, Graham et al., 2016, Heikkinen, 2016; Arruvito et al., 2015).

O segundo vírus mais frequente na BVA é o Rinovírus, o qual tem sido

implicado em aproximadamente 18% dos casos (Azkur, 2014 et al.; Miller et al.,

2011, Richard et al., 2008). Um estudo em nosso meio detectou o Rinovírus em

39% dos casos (Nascimento et al., 2010).

19

Page 20: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Vários outros vírus tem sido detectados na BVA, como Influenza,

Parainfluenza, Metapneumovírus, Bocavírus, enterovírus (Sung et al., 2011;

Wong-Chew et al., 2011, Garcia et al., 2001; Nascimento 2010 et al., Calvo et

al., 2010)

FATORES DE RISCO

Devido a possibilidade da doença evoluir de forma grave é importante

tentar identificar os fatores de risco que contribuem para uma evolução

desfavorável. Diversos trabalhos na literatura têm tentado demonstrar quais

são esses fatores de risco, sendo que alguns fatores já foram bem elucidados,

como prematuridade, tabagismo passivo, baixa idade, ausência de aleitamento

materno, doença pulmonar crônica e cardiopatia congênita.

PREMATURIDADE

Um estudo com 296.618 crianças das quais 7.189 foram internadas por

BVA demonstrou que a prematuridade era um fator de risco para internação

por essa doença (Murray et al., 2014). Esses achados foram confirmados em

um estudo prospectivo durante um ano com 2.210 crianças das quais 120

foram internadas por BVA (Lanari et al., 2015-May). Outro estudo,

retrospectivo, com 599.535 lactentes dos quais 7.597 foram internados por

BVA, demonstrou que os lactentes prematuros tardios (Idade gestacional entre

33 semanas e 36 semanas e 6 dias) apresentavam maior risco de internação e

maior tempo de internação por essa doença quando comparados a lactentes

nascidos a termo (Helfrich et al., 2015). Um estudo em nosso meio

acompanhou uma corte de 5.301 crianças por um ano das quais 113 foram

hospitalizadas por BVA, e observou que o risco de hospitalização foi 80% maior

nas crianças prematuras (Albernaz et al., 2003). Outros estudos também

demonstram a associação entre prematuridade e risco de internação por BVA

(Grimwood et al., 2008; Ruiz-Charles et al., 2002).

20

Page 21: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Um estudo retrospectivo com dados de 122.832 pacientes internados

com BVA entre 2004 e 2012 na Espanha demonstrou que a prematuridade foi

um fator de risco para mortalidade (Sanches-Luna et al., 2016). Outro estudo

recente com crianças internadas por VSR demonstrou que as prematuras

apresentavam maior risco de internação em UTI, maior tempo de internação e

de oxigenoterapia e maior risco de evoluir a óbito (Van de Steen et al., 2016).

Chan e colaboradores (2002) avaliando 216 crianças internadas com BVA por

VSR demonstraram que os prematuros tiveram maior risco de hipoxemia e de

falência respiratória com necessidade de ventilação mecânica (Chan et al.,

2002). Ricart e colaboradores (2013), em um estudo prospectivo com 484

internadas por BVA, confirmaram a associação da prematuridade com maior

gravidade da doença (Ricart et al., 2013). Outros estudos também demonstram

a associação da prematuridade com a gravidade da BVA e risco de internação

em UTI (Vizcarra-Ugalde et al., 2016; Gurgel et al., 2016; Rodriguez et al.,

2014; Garcia et al., 2010; Fodha et al., 2007; López Guinea et al., 2007; Flores

et al., 2004; Bonillo Perales et al., 2002), incluindo um estudo em nosso meio

(Nascimento et al., 2010). Em outra pesquisa foi verificado que a

prematuridade, sem presença de Displasia Borncopulmonar, leva a um risco 7

vezes maior de BVA por VSR, concluindo que a prematuridade por si só é um

fator de risco, e não a Displasia Broncopulmonar eventualmente a ela

associada (Gouyon et al., 2012).

TABAGISMO PASSIVO

Lanari e colaboradores (2015) acompanharam 2.210 crianças desde o

nascimento e observaram que o tabagismo materno era um fator de risco para

internação por BVA (Lanari et al., 2015). Esses achados foram confirmados por

Green e colaboradores (2016) em um trabalho retrospectivo com 468.138

lactentes com BVA (Gree et al., 2016). Stevenson e colaboradores (2016)

demonstraram que o tabagismo passivo aumentava a chance de admissão em

UTI para crianças internadas por BVA (Stevenson et al., 2016). Semple e

colaboradores (2011) em um estudo avaliando 378 pacientes internados com

21

Page 22: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

BVA demonstraram que o tabagismo passivo foi fator de risco para

necessidade de oxigênio suplementar e de ventilação mecânica (Semple et al.,

2011). Outro estudo verificou que o tabagismo passivo estava associado com

maior gravidade do quadro e maior tempo de hospitalização em pacientes

internados por BVA (Chatzmichael et al., 2007). Bradley e colaboradores

(2005) em estudo prospectivo com 206 pacientes internados por BVA por VSR

verificaram que as crianças expostas a tabagismo materno pós-natal tinham

menores níveis de saturação da hemoglobina pelo oxigênio que os não

expostos (Bradley et al., 2005). Em nosso meio um estudo evidenciou que o

risco de hospitalização por BVA foi 57% maior nas crianças expostas a

tabagismo materno do que naquelas não expostas (Albernaz et al., 2003).

Jones e colaboradores (2011) realizaram uma metanálise, avaliando 60

estudos, e demonstraram que o tabagismo passivo era importante fator de

risco para BVA (Jones et al., 2011).

BAIXA IDADE

Um estudo prospectivo com 12.555 crianças internadas por infecções

respiratórias agudas demonstrou que idade menor que 3 meses era um fator

de risco para infecção por VSR (Lucion et al., 2014). Um estudo recente

demonstrou que crianças menores de 6 meses internadas por BVA apresentam

um risco maior de necessitarem de UTI quando comparadas às maiores de 6

meses (Vizcarra-Ugalde et al., 2016). Damore e colaboradores (2008) em

estudo prospectivo com 1.456 pacientes com BVA verificaram que a idade

menor que 2 meses era fator de risco para internação em UTI (Damore et al.,

2008). Em nosso meio, Nascimento e colaboradores (2010), verificaram que a

idade apresentava um OR de 0,838 (95% IC 0,718–0,979, p=0,026) em relação

à internação hospitalar, indicando que idade maior levava a diminuição da

incidência de internação (Nascimento et al., 2010). Oñoro e colaboradores

(2011) avaliando 229 pacientes internados em UTI por BVA verificaram que a

idade era inversamente proporcional ao tempo necessário de UTI e ao tempo

necessário de suporte ventilatório (Oñoro et al., 2011). Um estudo avaliando

22

Page 23: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

284 pacientes internados em UTI por BVA verificou que a idade menor que 6

semanas foi o principal fator de risco, correspondendo a 45% dos pacientes

(López Guinea et al., 2007). Bradley e colaboradores (2005) em estudo

prospectivo com 206 pacientes internados por BVA por VSR verificaram que

quanto menor a idade da criança menor eram os níveis de saturação da

hemoglobina pelo oxigênio, sendo que cada mês a menos que a criança tinha

correspondia a uma diminuição de 0,41% da saturação de oxigênio (Bradley et

al., 2005). Outros estudos confirmam que quanto menor a idade da criança

maior é a gravidade da BVA (Gurgel et al., 2016; Rodriguez et al., 2014; Papoff

et al., 2011; Vidaurreta et al., 2011; Jeena et al., 2003; Bonillo Perales et al.,

2002).

ALEITAMENTO MATERNO

O aleitamento materno tem sido descrito como fator protetor contra BVA

grave. Um estudo prospectivo durante um ano com 2.210 crianças das quais

120 foram internadas por BVA demonstrou que a ausência de aleitamento

materno era um fator de risco para a internação (Lanari et al., 2015-May).

Koehoorn e colaboradores (2008) em um estudo avaliando 12.474 crianças

com BVA, das quais 1.588 necessitaram internação, concluíram que as

crianças que não iniciaram aleitamento materno na maternidade tinham maior

risco de serem internadas (Koehoorn et al., 2008). Chatzimichael e

colaboradores (2007) acompanhando 240 crianças internadas por BVA

concluíram que aleitamento materno inferior a 4 meses foi fator de risco para

evolução mais grave e maior tempo de internação (Chatzmichael et al., 2007).

O aleitamento materno como proteção para BVA foi também demonstrado em

estudo que comparou 110 crianças avaliadas na emergência com BVA com

controles saudáveis (Ruiz-Charles et al., 2002).

Em nosso meio Dornelles e colaboradores (2007) realizaram um estudo

prospectivo com 175 crianças internadas com BVA e verificaram que a duração

do aleitamento materno exclusivo foi inversamente relacionada ao tempo de

utilização de oxigênio e duração da internação, evidenciando que para cada

23

Page 24: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

mês de aleitamento materno exclusivo havia uma redução de 11 hs no tempo

de utilização de oxigênio (Dornelles et al., 2007). Outro estudo em nosso meio

demonstrou que as crianças desmamadas antes de completar um mês de vida

apresentaram risco 7,7 vezes maior de serem hospitalizadas por BVA

(Albernaz et al., 2003).

DOENÇA PULMONAR CRÔNICA

A presença de doença pulmonar crônica tem sido relacionada à maior

gravidade de BVA em diversos estudos (Vizcarra-Ugalde et al., 2016; Paes et

al., 2011; Ochoa Sangrador et al., 2010; Al-Shehri et al., 2005; Bonillo Perales

et al., 2000). Na Espanha, um estudo retrospectivo com dados de 122.832

pacientes internados com BVA entre 2004 e 2012 demonstrou que doença

pulmonar crônica foi um fator de risco para mortalidade (Sanches-Luna et al.,

2016). Em outro estudo lactentes com Displasia Broncopulmonar

apresentavam um risco 6,7 maior de evoluir a óbito por BVA quando

comparados a lactentes sem essa condição (Che et al., 2012).

CARDIOPATIA CONGÊNITA

A presença de cardiopatia congênita tem sido relacionada à maior

gravidade de BVA (Vizcarra-Ugalde et al., 2016; Chu et al., 2016; Resch et al.,

2016; Granbom et al., 2016; Rodriguez et al., 2014; Ricart et al., 2013; Jung,

2011; Paes et al., 2011; Ochoa Sangrador et al., 2010; Bonillo Perales et al.,

2000). O estudo retrospectivo com dados de 122.832 pacientes internados com

BVA entre 2004 e 2012 na Espanha, citado anteriormente, demonstrou também

que cardiopatia congênita foi um fator de risco para mortalidade (Sanches-Luna

et al., 2016). Uma pesquisa verificou que o tempo de internação por BVA foi

maior nas crianças que apresentavam cardiopatia congênita (Hervás et al.,

2012). Fjaerli e colaboradores (2004) em estudo retrospectivo com 764

pacientes internados com BVA evidenciaram que a presença de cardiopatia

24

Page 25: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

congênita estava associada com tempo de internação 50% maior do que em

crianças sem cardiopatias (Fjarrli et al., 2004).

GÊNERO

Um estudo prospectivo durante um ano com 2.210 crianças demonstrou

que ser do sexo masculino estava associado a um risco maior de internação

por BVA (Lanari et al., 2015-May). Uma pesquisa demonstrou que pacientes do

sexo masculino com BVA apresentam risco maior de necessitar suplementação

de oxigênio e ventilação mecânica quando comparado aos pacientes do sexo

feminino (Semple et al., 2011). Outros estudos confirmam esse achado

(Pezzotti et al., 2009; Koehoorn et al., 2008).

ETNIA

Ainda não está claro o papel da etnia como fator de risco para BVA. Um

estudo relata que os pacientes de raça negra tem uma evolução melhor

comparada com os da etnia branca (Bradley et al., 2005), enquanto outro

estudo refere o oposto (Leader et al., 2003). Um estudo na Nova Zelândia

demonstrou que os pacientes de origem Maori apresentam evolução pior

(Grimwood et al., 2008). Meissner (2003) demonstrou que os americanos

nativos e os que têm origem no Alasca apresentam maior gravidade quando

comparados aos da etnia branca (Meissner, 2003).

ETIOLOGIA E PRESENÇA DE CO-INFECÇÃO VIRAL

Existe controvérsia na literatura sobre a influência do tipo de vírus

causador da BVA com a evolução mais grave da mesma. Alguns estudos

sugerem que o VSR é um fator de gravidade para a BVA quando comparado a

outros vírus (Sanches-Luna et al., 2016; Bamberger et al., 2012; Hervás et al.,

2012; Papoff et al., 2011; Garcia et al., 2010; Calvo et al., 2010; Al-Shawwa et

al., 2007). Outros estudos porém, demonstraram que o VSR não leva a uma

25

Page 26: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

maior gravidade do quadro quando comparado a outros vírus (Ricart et al.,

2013; D’elia et al., 2005; Weigl et al., 2004).

Existe também controvérsia em relação ao aumento da gravidade do

quadro nos casos em que ocorre coinfecção viral. Alguns estudos sugerem que

a coinfecção leva a um quadro mais grave (Rodriguez et al., 2014; da Silva et

al., 2013; Richard et al., 2008; Semple et al., 2005) enquanto outros estudos

demonstram que pacientes com coinfecção viral não apresentam um quadro

mais grave do que os pacientes infectados por um único vírus (Ricart et al.,

2013; Brand et al., 2012; De Paulis et al., 2011; Nascimento et al., 2010).

OUTROS FATORES DE RISCO

Outros fatores relacionados com a gravidade da BVA são:

• Baixo peso na admissão (Semple et al., 2011).

• Baixo peso ao nascimento (Green et al., 2016; Hasegawa et al., 2015).

• Baixa idade materna (Haerskjold et al., 2016; Green et al., 2016).

• Tabagismo materno na gestação (Lanari et al., 2015-dec; Stevenson et

al., 2016; Koehoorn et al., 2008; Carroll et al., 2007).

• Apresentar quadro de Dermatite Atópica (Balekian et al., 2016; Al-Shehri

et al., 2005).

• Ter sido submetido a ventilação mecânica no período neonatal (Lanari et

al., 2015-May; Ochoa Sangrador et al., 2010).

• Antecedente materno de Atopia (Haerskjold et al., 2016; Miller et al.,

2011).

• Antecedente materno de Asma na gestação (Carroll et al., 2012; Carroll

et al., 2007).

• Época do ano em que nasceram (Reeves, et al., 2016; Lanari et al.,

2015-May; Grimwood et al., 2008).

• Baixo nível socioeconômico (Green et al., 2016; Ochoa Sangrador et al.,

2010; Pezzotti et al., 2009; Albernaz et al., 2003; Jansson et al., 2002).

• Baixo nível educacional dos pais (Gurgel et al., 2016).

26

Page 27: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

• Ser portador de Síndrome de Down (Sanches-Luna et al., 2016; Murray

et al., 2014; Bloemers et al., 2007; Fjaerli et al., 2004).

• Morar em área com elevada poluição ambiental (Lanari et al., 2015-Set;

Karr et al., 2007).

• Morar em regiões com elevada altitude (Wang et al., 2012; Choudhuri et

al., 2006).

• Ter nascido através de parto cesárea (Haerskjold et al., 2016; Shang et

al., 2014; Moore et al., 2012).

• Ter irmãos mais velhos (Haerskjold et al., 2016; Lanari et al., 2015-May).

• Morar em casas com muitas pessoas (Lanari et al., 2015-May).

• Frequentar creche (Haerskjold et al., 2016; Gurgel et al., 2016).

FATORES GENÉTICOS

Apesar do conhecimento dos fatores de risco acima citados, cabe

lembrar que a maior parte dos lactentes internados por BVA não apresenta

nenhuma dessas condições, como demonstrado num estudo retrospectivo com

122.832 pacientes internados com BVA, no qual 98,3% destes não

apresentavam nenhum fator de risco (Sanches-Luna et al., 2016). Isto levou os

pesquisadores a acreditar que os fatores epidemiológicos não seriam os únicos

responsáveis pela determinação da gravidade do quadro. Alguns

pesquisadores começaram então a estudar se características genéticas

estariam associadas à evolução mais grave da doença.

Um estudo avaliou 12.346 pares de gêmeos nascidos na Dinamarca em

um período de 10 anos e verificou a concordância entre os gêmeos em relação

a hospitalização por VSR. A concordância foi de 0,66 nos gêmeos

homozigóticos e 0,53 nos gêmeos dizigóticos, estimando-se uma contribuição

genética de 16 a 20% para a gravidade da doença (Thomsen et al., 2008).

Calcula-se que existam mais de 10 milhões de variações no genoma

humano e a forma mais frequente de variação são os polimorfismos de

nucleotídeo único ou Single Nucleotide Polymorphism (SNP), que consistem na

substituição de uma base por outra diferente.

27

Page 28: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Na BVA a infecção restringe-se às células superficiais do epitélio

respiratório, principalmente às células ciliadas dos bronquíolos e dos

pneumócitos tipo 1 nos alvéolos, e é combatida através da resposta imune

inata e adaptativa. O VSR é reconhecido por estas células epiteliais através de

receptores especializados de reconhecimento de padrões moleculares

associados a patógenos, conhecidos como Pattern recognition receptors, em

forma de moléculas transmembrana denominados receptores tipo Toll ou Tool

Like Receptors (TLR) presente em macrófagos e células dendítricas, e ocorre a

produção de citocinas pro-inflamatórias (Interleucinas 6, 8, 10 e 13, fator de

necrose tumoral, RANTES, CX3CK1) e proteínas do surfactante. Alguns

desses fatores apresentam propriedades antivirais diretas, enquanto outros

estimulam a ativação de células natural killer, granulócitos, monócitos e

macrófagos, dando início à resposta imune adaptativa.

O principal receptor Toll-like responsável pelo reconhecimento do VSR é

o Toll-like 4 (TLR4). Variações genéticas do TLR4 foram associadas com o

risco de BVA grave por VSR, mas os resultados tem variado entre os estudos

(Tal et al., 2004; Puthothu et al.,2006; Douville et al., 2010; Löfgren et al., 2010;

Mandelberg et al., 2006; Goutaki et al., 2014; Zhu et al., 2015; Zhou et al.,

2016).

Polimorfismos no Toll-like 9 e Toll-like 10 também foram associados ao

risco de BVA por VSR (Mailaparambil et al., 2008). Outros genes que

apresentam polimorfismos relacionados à gravidade da BVA são regulated on

activation, normal T cell expressed and secreted (RANTES) (Amantidou, 2008;

Schlender et al., 2005; Hattori et al., 2011), Receptor de Vitamina D (VDR)

(Kresfelder et al., 2011; Janssen et al., 2007; Roth et al., 2008; McNally et al.,

2014), inducible nitric oxide synthase 2 (NOS2), interferon 5 (IFNA5), e JUN

(Janssen et al., 2007).

O melhor entendimento da influência de polimorfismos nos genes da

resposta imune é importante para tentar identificar de maneira mais eficiente os

lactentes que apresentam risco para evolução mais grave da BVA (Rämet et

al., 2011).

28

Page 29: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

JUSTIFICATIVA

A BVA é uma doença com alta incidência, responsável por grande

número de internações, acarretando em custo elevado. Pode evoluir de forma

grave e levar a óbito, sendo então responsável também por um enorme

sofrimento para os pais e pacientes. É importante tentar identificar quais são os

fatores de risco que contribuem para a maior gravidade da doença. No Brasil

existem poucos estudos epidemiológicos com BVA. A contribuição genética na

prevalência e gravidade da BVA ainda não está esclarecida. Genes

relacionados a resposta imunológica têm sido relatados como fatores

associados a presença e maior gravidade da BVA em diferentes populações.

Esses estudos são escassos na literatura cientifica e não existe nenhum estudo

com a população brasileira. Os estudos também demonstram controvérsia

quanto aos resultados obtidos para um mesmo polimorfismo. O conhecimento

de polimorfismo em genes da resposta imunológica associados à presença e

gravidade da BVA poderá auxiliar na identificação de populações de risco, e

levará a um maior entendimento dos mecanismos que levam a doença,

podendo contribuir para novas terapias e para o desenvolvimento de uma

vacina para o VSR.

29

Page 30: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

OBJETIVO

O objetivo do estudo é determinar quais são as características

epidemiológicas, etiológicas e genéticas associadas à gravidade da evolução

da BVA.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Descrição da população de pacientes incluídos no estudo pela

caracterização das seguintes variáveis epidemiológicas: Gênero, etnia,

presença de prematuridade, tipo de parto, peso ao nascimento, época

do ano em que nasceram, duração do aleitamento materno, idade no

momento da internação, tabagismo materno na gestação, presença de

tabagismo passivo, presença de doença pulmonar crônica, presença de

cardiopatia congênita, número de irmãos, número de pessoas vivendo

na mesma casa, antecedente materno, paterno e dos irmãos para

atopia, escolaridade materna e frequência à escola.

2. Determinação da presença dos seguintes vírus nos pacientes incluídos

no estudo: VSR subtipo A, VSR subtipo B, Rhinovírus A/B/C,

Parainfluenza 1/2/3/4, Adenovírus, Coronavírus 229E/NL63/OC43,

Influenza A, Influenza B, Bocavírus 1/2/3/4, Metapneumovírus e

Enterovírus.

3. Determinação da presença dos seguintes polimorfismos nos pacientes

incluídos no estudo: rs4986790 (TLR4), rs4986791 (TLR4), rs1927911

(TLR4), rs898830 (TLR2), rs7656411 (TLR2), rs352162 (TLR9),

rs187084 (TLR9), rs1065341 (RANTES), rs2107538 (RANTES),

rs2280788 (RANTES), rs2280789 (RANTES), rs10735810 (VDR),

rs2228570 (VDR), rs1060826 (NOS2), rs10757212 (IFNA5), rs11688

(JUN).

4. Descrever a evolução do quadro em relação à: tempo de internação,

tempo de utilização de oxigenoterapia, necessidade e tempo de

30

Page 31: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

internação em UTI, necessidade e tempo de ventilação mecânica e

evolução a óbito.

5. Verificar a associação da gravidade da evolução do quadro conforme os

parâmetros descritos no item 4, com as características epidemiológicas

descritas no item 1, com a presença dos vírus descritos no item 2 e com

a presença dos polimorfismos descritos no item 3.

31

Page 32: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

MÉTODOS

PACIENTES

Foram avaliados prospectivamente todos os pacientes menores de 2

anos de idade com quadro de BVA grave internados com necessidade de

oxigenoterapia no Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP), Hospital Estadual de Sumaré (UNICAMP), e Hospital Vera Cruz

entre janeiro de 2013 e dezembro de 2014.

O diagnóstico da BVA foi baseado em dados clínicos. Para o diagnostico

clinico da BVA foi utilizada a definição mais aceita na literatura, a qual

considera bronquiolite o primeiro episódio agudo de dificuldade respiratória

com sibilos, precedido por um quadro catarral de vias aéreas superiores (rinite,

tosse, com ou sem febre) em menores de 2 anos de idade (McConnochie,

1983; Ralston, 2014). Foram excluídos os pacientes que tinham apresentado

quadro anterior de sibilância.

O critério para BVA grave foi uma saturação de oxigênio < 92% em ar

ambiente, os pacientes nessa condição foram internados para oxigenoterapia.

Os pacientes foram internados na UTI quando a saturação de oxigênio

mantinha-se < 92% mesmo com o paciente recebendo uma fração inspirada de

oxigênio > 60%. A indicação de ventilação mecânica ocorreu quando o

paciente apresentava uma pressão parcial arterial de oxigênio < 60 mmHg ou

pressão parcial arterial de dióxido de carbono > 50 mmHg na gasometria

arterial. A suspensão da oxigenoterapia ocorreu quando o paciente mantinha

uma saturação de oxigênio > 92% em ar ambiente. A alta hospitalar ocorreu 24

hs após a suspensão da oxigenoterapia.

O grupo controle foi composto por 536 adultos saudáveis (19 a 25 anos

de idade) sem história pessoal ou familiar de doença respiratória por duas

gerações. A utilização de grupo controle com adultos saudáveis é uma

ferramenta útil e aceita que tem sido utilizada em um grande número de

estudos de associação genética (Tal, 2004, Mailaparambi, 2008; Amanatidou,

32

Page 33: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

2008; Janssen, 2007; Puthothu, 2006; McNally 2014). O questionário aplicado

no grupo controle está no ANEXO 1.

Os pacientes foram avaliados em relação a variáveis epidemiológicas,

evolução do quadro, presença de vírus e presença de polimorfismos gênicos,

conforme descrição a seguir.

Ø Variáveis epidemiológicas que foram avaliadas:

• Gênero: masculino ou feminino.

• Etnia: caucasóide, negróide ou mongolóide.

• Prematuridade: nascimento com menos que 37 semanas de idade

gestacional.

• Tipo de parto.

• Peso ao nascimento.

• Época do ano em que nasceram.

• Duração do aleitamento materno (em meses).

• Idade no momento da internação.

• Tabagismo materno na gestação.

• Tabagismo passivo: presença ou ausência de fumante morando na casa

da criança.

• Doença pulmonar crônica: presente ou ausente.

• Cardiopatia congênita: presente ou ausente.

• Número de irmãos.

• Número de pessoas que vivem na mesma casa.

• Antecedente materno para atopia: presente ou ausente.

• Antecedente paterno para atopia: presente ou ausente.

• Antecedente de irmãos com atopia: presente ou ausente.

• Escolaridade materna.

• Frequência à escola: presente ou ausente.

33

Page 34: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Estes dados foram coletados com os responsáveis pelos pacientes através

do questionário apresentado no ANEXO 2.

Ø Evolução do quadro:

Foi realizado um acompanhamento prospectivo dos pacientes até o

momento da alta. Os parâmetros avaliados foram:

• Duração da internação.

• Duração da oxigenoterapia.

• Necessidade e duração da internação na UTI.

• Necessidade e duração de ventilação mecânica.

• Evolução à óbito.

IDENTIFICAÇÃO VIRAL

Os pacientes foram submetidos a coleta de aspirado nasofaríngeo para

posterior identificação viral.

A identificação viral foi realizada no Departamento de Genética,

Evolução e Bioagentes do Instituto de Biologia da UNICAMP, pela Profa.

Juliana Cristina Santiago Bastos com supervisão da Profa. Dra. Clarice Weis

Arns.

Ø Processamento das amostras:

Antes de iniciar a extração, cada amostra foi centrifugada e o

sobrenadante removido, conforme protocolo do RNAprotect® Cell

Reagent.

Ø Extração de DNA e RNA:

Para realizar a extração de DNA e RNA viral foi utilizado o Allprep DNA

RNA kit (Qiagen®) conforme recomendações do fabricante. As amostras

34

Page 35: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

foram primeiro lisadas e homogeneizadas em um tampão contendo

guanidina-isocianato, que inativam imediatamente DNAses e RNAses

para assegurar o isolamento do DNA e do RNA. O material passou,

então, através de uma coluna que, em combinação com o tampão de

alto teor salino, permitiu a ligação seletiva do DNA genômico. O DNA foi

então isolado. Em seguida, foi adicionado etanol ao fluxo da coluna para

proporcionar condições adequadas ao isolamento do RNA, e a amostra

foi adicionada. Desse modo, o RNA total se ligou à membrana e o RNA

foi isolado. O procedimento foi realizado para todas as amostras

coletadas.

Ø Síntese de cDNA:

A partir do RNA extraído, o cDNA foi transcrito utilizando-se o kit High

Capacity cDNA Reverse Transcription (AppliedBiosystems®). Foram

utilizados 10µL de RNA total ao qual foi adicionado 4,2µL de água DEPC

(Dietilpirocarbonato – Sigma), 2,0µL de buffer (10XRT), 2,0µL de

randomprimers (10X), 0,8µL dNTP (25X – concentração 100 mM) e

1,0µL da enzima transcriptase reversa multiscribe (concentração 50 U/

µL). Em seguida, o material foi levado ao termociclador nos seguintes

ciclos: a 25ºC por dez minutos, seguido de 37ºC por duas horas, 85ºC

por 5 minutos e manutenção a 4ºC por curto intervalo de tempo.

Ø PCR Multiplex:

As reações de PCR foram realizadas utilizando-se o kit Seeplex® RV15

ACE Detection, que é um teste qualitativo in vitro para a detecção de 15

patógenos respiratórios em aspirados nasofaríngeos. Para isso, foi

preparado mix contendo RV15 ACE PM, 8-Mop Solution e 2X Multiplex

Master Mix. Foram, então, preparados tubos contendo alíquotas de 17 µl

desse mix e 3 µl de cada amostra de DNA + cDNA. Os tubos foram

colocados em termociclador pré-aquecido (94 °C) e a reação foi

35

Page 36: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

realizada com a seguinte programação: 1 ciclo de 15 min a 94 °C, 40

ciclos sendo 0,5 min a 94 °C, 1,5 min a 60 °C e 1,5 min a 72 °C. Por fim,

1 ciclo de 10 min a 72 °C. A detecção foi realizada em gel de agarose 2

% contendo GelRed (Biotium®). A visualização deu-se por meio de luz

UV, e a identificação foi baseada no peso molecular de cada banda

amplificada e conforme controle positivo.

Ø Os vírus pesquisados foram:

• VSR subtipo A

• VSR subtipo B

• Rhinovírus A/B/C

• Parainfluenza 1

• Parainfluenza 2

• Parainfluenza 3

• Parainfluenza 4

• Adenovírus

• Coronavírus 229E/NL63

• Coronavírus OC43

• Influenza A

• Influenza B

• Bocavírus 1/2/3/4

• Metapneumovírus

• Enterovírus

IDENTIFICAÇÃO DOS POLIMORFISMOS

A identificação dos polimorfismos foi realizada no Departamento de

Genética Médica da UNICAMP pelo Prof. Dr. Fernando Augusto de Lima

Marson. Profa. Dra. Carmen Sílvia Bertuzzo.

36

Page 37: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Ø Extração do DNA genômico:

• Extração de DNA genômico pela técnica do cloreto de lítio

A técnica de cloreto de lítio para a extração de DNA genômico foi

realizada na amostra de indivíduos controles. A técnica foi selecionada por ser

de rápida realização, baixo custo e possibilitar a extração de 36 amostras ao

mesmo tempo.

Como protocolo, após a coleta do sangue em tudo com EDTA, foi

realizada a centrifugação da amostra em 4500 r.p.m. com posterior retirada do

plasma. Após o procedimento inicial, a amostra foi vertida no próprio tubo de

coleta para a ressuspensão dos leucócitos. Em um tubo de propileno (C3H6)

com fundo cônico foram adicionados 500 µL de sangue (sem o plasma) e 800

µL de tampão de lise celular [para cada 100 mL – 10,96 g de sacarose, 500 µL

de Tris-HCl pH 7,5 (2 M), 500 µL de MgCl2, um mL de Triton X-100

(C14H22O(C2H4O)n (correspondendo a 1% do volume da solução),

completando-se o volume para 100 mL de água, e armazenada a -4°C. A

mistura foi agitada em vórtex por 15 segundos e centrifugada a 8000 r.p.m. por

dez minutos para a formação de precipitado. O sobrenadante foi descartado, e

o processo anteriormente citado foi realizado outras duas vezes com a adição

de um mL ao sobrenadante do tampão de lise celular.

Após a etapa de lise celular, foi realizado o descarte final do

sobrenadante e no precipitado adicionado 395 µL de tampão de digestão [100

µL de Tris-Hcl pH 7,5 (2M), 400 µL de EDTA (0,5 M), 40 µL de NaCl (5M) e 500

µL de SDS 20%, com a adição final de água até o valor total de 20 mL para a

solução, armazenada à temperatura ambiente] e cinco µL de Proteinase K

(Sigma-Aldrich®, 3050 Spruce St. St. Louis, MO 63103, USA).

A mistura ficou incubada por duas horas, em banho úmido, a 55°C. Após

uma hora de banho, foi realizado o vórtex por 15 segundos para quebra de

eventual resíduo do precipitado.

Após o período de incubação, 200 µL de LiCl 7,5 N foram adicionados,

com posterior incubação a -4°C por 15 minutos. Após a incubação, o tubo foi

centrifugado por dez minutos a 13.000 r.p.m. O sobrenadante livre de proteínas

37

Page 38: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

e outros contaminantes foi transferido para outro tubo de propileno, onde foi

adicionado um mL de álcool etílico (CH3CH2OH) absoluto. O tubo foi invertido

manualmente até a formação do precipitado (DNA) e centrifugado a 13 r.p.m.

por oito minutos. O sobrenadante foi descartado, e posteriormente, foi

adicionado ao tubo um mL de álcool etílico [70%]. O tubo foi agitado

novamente com posterior centrifugação a 13.000 r.p.m. por oito minutos. Após

o procedimento, o sobrenadante foi descartado e o tubo foi deixado em estufa

(37°C) até total evaporação do álcool residual. Ao precipitado, foi adicionado 60

µL de água. Após 12 horas de eluição, o DNA foi quantificado como descrito a

seguir.

• Extração pelo QIAamp® DNA Blood Mini kit (Código do catálogo:

51106) (Qiagen®, 27220 Tumberry Lane, Valencia CA 91355, USA)

O kit de extração foi utilizado para amostras dos pacientes com

bronquiolite viral aguda. A escolha do kit foi baseada no grau de pureza da

amostra de DNA obtida e na facilidade de extração de múltiplas amostras de

sangue periférico armazenadas em EDTA ao mesmo tempo. Todo o protocolo

seguido foi proposto pelo fabricante com algumas adaptações (Qiagen®, 27220

Tumberry Lane, Valencia CA 91355, USA)

Para a extração foi seguido o protocolo, passo a passo, como descrito a

seguir:

1. Foram pipetados 20 µL da proteinase K fornecida no kit de extração no fundo

de um tubo de propileno (1,5 mL de volume máximo) para microcentrífuga e,

posteriormente, adicionado 200 µL de sangue total.

2. Foram adicionados a mistura quatro µL da solução RNase A, fornecida junto

ao kit antes da adição das outras soluções. Após a adição da RNase A, a

mistura foi agitada para a homogeneização.

3. Foi adicionado 200 µL do tampão AL (características químicas não descritas

pelo fabricante) na amostra, sendo realizada a homogeneização em agitador.

Para fornecer melhor rendimento ao processo de extração do DNA, a mistura

foi homogeneizada o máximo de tempo possível.

38

Page 39: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

4. A mistura foi incubada a 56°C por dez minutos. Para a lise proteica, a

amplitude máxima é alcançada em dez minutos de incubação e períodos

superiores de incubação não afetam a qualidade e quantidade da amostra

obtida após o procedimento de extração do DNA da amostra.

5. Após o período de incubação, o microtubo foi centrifugado brevemente para

remover bolhas e eliminar resíduos nas bordas e paredes do mesmo.

6. Na mistura, foi adicionada 200 µL de álcool etílico absoluto (100%), e

posteriormente homogeneização em vórtex foi realizada por 15 segundos,

seguida por breve centrifugação (passo 5).

7. A mistura foi transferida em seu volume total para uma mini coluna do tipo

“spin” (alocada dentro de um tubo de coleta com volume máximo de dois mL)

sem que a borda da coluna fosse umedecida pela mistura, com o intuito de

evitar contaminação entre as amostras de sangue periférico. Após o

fechamento do microtubo, a centrifugação foi realizada em 8.000 r.p.m. por um

minuto. A centrifugação em maiores rotações não altera o valor de [DNA]

obtido no final do procedimento, e caso ocorresse sobra de amostra dentro da

coluna, a mesma era novamente centrifugada.

8. A mini coluna foi transferida para um novo tubo de coleta e foi adicionado

500 µL do tampão AW1 (características químicas não descritas pelo fabricante)

sem umedecer as bordas do microtubo. Após a adição do tampão, o microtubo

foi centrifugado a 8.000 r.p.m. por um minuto. Após o processo a coluna foi

transferida para um novo microtubo de coleta.

9. Após a transferência da coluna, foi adicionado 500 µL do tampão AW2

(características químicas não descritas pelo fabricante) sem que a borda do

microtubo fosse umedecida. Após a adição do tampão, o microtubo foi

centrifugado a 14.000 r.p.m. por três minutos.

10. Após a centrifugação, a coluna foi transferida para novo microtubo de

propileno com tampa. Na coluna foi adicionado 200 µL do tampão AE

(características químicas não descritas pelo fabricante). Após a adição do

tampão, a amostra foi mantida em temperatura ambiente (15 a 25 °C) por cinco

minuto, seguido da centrifugação em 8.000 r.p.m. por um minuto.

11. Após a extração a amostra foi mantida a -20°C.

39

Page 40: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

O passo a passo do processo de extração vinculado a coluna de sílica

está apresentando na Figura 1.

Figura 1. Passo a passo no processo de extração de DNA pelo QIAamp® DNA

Blood Mini kit, adaptado do manual do fabricante.

• Extração pelo PureLink® Genomic DNA Mini Kit (Número de catálogo

K1820-02) (3175 Staley Road, Grand Island, NY 14072, USA)

40

Page 41: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Para a extração do DNA utilizado o kit da Life Technologies® o mesmo

protocolo foi adotado, seguindo normas do fabricante, com pequenas

alterações, que se seguem:

1. Temperatura do banho úmido foi de 55°C ao invés de 56°C.

2. Foram adicionados 40 µL de RNase A ao invés de quatro µL de RNase A.

3. No lugar do tampão AL foi adicionado o tampão para lise genômica com a

denominação PureLink®.

4. No lugar do tampão de lavagem AW1 e do AW2, foram utilizados,

respectivamente, os tampões de lavagem 1 e 2, sem denominação específica.

5. A eluição foi realizada pelo reagente PureLink® Genomic Elution Buffer.

Os volumes dos reagentes e a centrifugação da amostra nos diferentes

procedimentos são os mesmos descritos no item anterior.

Ø Quantificação do DNA:

A quantificação do DNA na amostra obtida pela extração foi realizada no

espectrofotômetro Epoch® (Highland Park, 100 Tigan Street, Winooski, VT

05404, USA) compatível com 16 amostras. Para cada análise realizada foram

corridas 15 amostras de DNA e um controle negativo. Como parâmetro

negativo foi utilizado o fator de eluição do DNA (água ou TE). Para todas as

amostras foi aplicada na placa dois µL. Para as amostras de DNA foram

anotados os parâmetros: A260/230 (foram apenas utilizadas amostras com

valores entre 1,7 a 1,9 de absorbância – valores menores indicam possível

contaminação com sais ou solventes, como o fenol), A260/280 (foram apenas

utilizadas amostras com valores entre 1,7 a 1,9 de absorbância – valores

menores indicam contaminação com proteína) e a concentração (50 ng/mL).

Todas as amostras extraídas com kit foram quantificadas diretamente.

As amostras com extração realizada por outro método foram purificadas em

colunas de sílica antes da quantificação do DNA, para que inibidores de

amplificação fossem retirados da amostra. Para cada extração realizada, um

gel de agarose a 0,8% corado com SYBR® Green (Life Technologies®, 3175

Staley Road, Grand Island, NY 14072, USA) foi aplicado e submetido à

41

Page 42: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

eletroforese para averiguar a presença de degradação do DNA extraído.

Nenhuma amostra foi aquecida em temperatura acima de 60°C, para evitar que

ocorresse degradação do material.

Ø Genotipagem dos polimorfismos pelo sistema TaqMan® OpenArray®

Genotyping (Life Technologies®, 3175 Staley Road, Grand Island,

NY 14072, USA):

• Características gerais da plataforma OpenArray®

O sistema OpenArray® usa a reação em cadeia da polimerase (PCR)

com base em fluorescência para fornecer detecção qualitativa de alvos

específicos por meio de análise de pós-PCR (endpoint). O sistema de

OpenArray® foi utilizado por realizar experimentos de genotipagem para

identificar pequenas variações em genes dentro de uma população. O sistema

OpenArray®, em resumo: (i) fornece análise de endpoint baseado em PCR de

dezenas a centenas de SNPs em poucas a dezenas de milhares de amostras;

(ii) permite que um único pesquisador possa aplicar, amplificar e digitalizar 16

placas do sistema de genotipagem TaqMan® OpenArray® em uma única

jornada de oito horas, sendo cada placa de genotipagem pré-carregada com 16

a 256 ensaios TaqMan®; (iii) finalmente, fornece dados com aproximadamente

99,7% de concordância com os dados gerados com ensaios em um TaqMan

Real-Time PCR System da Applied Biosystems®.

Para a análise dos dados, como componentes da plataforma, temos:

1. Auto Loader OpenArray® (Figura 2A) - aparelho responsável em aplicar as

amostras na placa de genotipagem do sistema TaqMan® OpenArray®.

2. Estação de selagem do case da placa do OpenArray® (Figura 2B) - veda o

case para a genotipagem no sistema TaqMan® OpenArray®.

3. Instrumento OpenArray® (Figura 2D) - executa a imagem das placas de

genotipagem. A detecção da imagem pode ser feita após a corrida da PCR em

termociclador (Dual Flat Block Gene Amp® PCR System 9700) próprio (Figura

2C) para o chip de genotipagem ou diretamente no equipamento. Caso a

corrida seja realizada no aparelho de detecção de imagem, apenas três chips

42

Page 43: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

podem ser amplificados ao mesmo tempo, se o termociclador for utilizado, oito

lâminas podem ser amplificadas ao mesmo tempo, para posterior detecção da

fluorescência.

4. Sistema computacional para a análise inicial dos dados - o computador deve

conectado diretamente no sistema OpenArray®, sendo necessário o software

OpenArray® SNP Genotyper para a execução dos dados e identificação dos

polimorfismos mediante a presença de fluorescência.

Figura 2. Equipamentos utilizados para a realização da genotipagem no

sistema OpenArray®. A. Auto Loader OpenArray®. B. Estação de selagem do

case da placa do OpenArray®. C. Dual Flat Block GeneAmp® PCR System

9700. D. Instrumento OpenArray®.

O instrumento OpenArray® coleta dados de fluorescência sem correções

após ciclos térmicos (amplificação por PCR) realizados. Um ponto de coleta de

dados (data point) no instrumento OpenArray® consiste em três fases:

1. Excitação - O instrumento ilumina todos os orifícios de passagem da placa

de genotipagem, excitando os fluoróforos (FAM e VIC) em cada reação.

43

Page 44: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

2. Emissão – As unidades ópticas do aparelho reconhecem a fluorescência

residual emitida a partir dos orifícios pela placa de genotipagem. A imagem

resultante consiste somente de luz correspondente a gama de comprimentos

de onda de emissão.

3. Coleta do dado – O instrumento reúne uma representação digital da

fluorescência residual recolhida durante um intervalo de tempo fixo, em

seguida, armazena a imagem de fluorescência em dado bruto para análise.

Após o período de aquisição de imagem, o software do OpenArray®

utiliza regiões de interesse (ROI), dado óptico, valores do fluoróforo, e os dados

de calibração do fundo da imagem para determinar a localização e a

intensidade dos sinais de fluorescência em cada leitura, o corante associado

com cada sinal de fluorescência, e a importância do sinal para a genotipagem.

Na Figura 3 temos um exemplo da imagem adquirida pelo software para os

comprimentos de onda do tipo FAM e VIC.

Figura 3. Visualização do resultado de uma lâmina para a corrida no

OpenArray® para o fluoróforo FAM (A) e para o fluoróforo VIC (B). No total são

aplicadas 12 amostras por lâminas, sendo uma amostra por linha, aplicada

quatro vezes.

FAM VIC

A B AMOST

RASA 1

12

44

Page 45: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

• Placa para a distribuição da amostra

A placa do sistema OpenArray® contém orifícios (Figura 4) para o total

de 384 reações. Na placa de amostragem foram aplicados o DNA diluído para

a concentração de 50 ng/µL e o mesmo volume do master mix para

genotipagem do sistema TaqMan® OpenArray® (Número de catálogo 4404846).

Após a aplicação da amostra e do master mix, a placa foi encaminhada para o

sistema OpenArray® AutoLoader para transferir a mistura para a placa de

genotipagem (lâmina/chip) contendo os assays.

Figura 4. Representação esquemática da placa de amostra utilizada pelo

sistema OpenArray®. A. Apresentação de uma região relacionada a 12

amostras, que representa a análise de um chip. B. Placa com a distribuição das

amostras para a análise de oito chips.

• Placa de genotipagem (chip) do sistema TaqMan® OpenArray®

A placa de genotipagem do sistema TaqMan® OpenArray® é uma placa

de reação com 63 mm × 19 mm de densidade. Existem 3.072 poços de reação

em cada placa. Cada orifício é pré-carregados com um ensaio TaqMan e pode

1

2

3

4

5

6

7

8

Repetição da

amostra A - D

Poço para

aplicação do DNA

e do master mix

Amostras à 1

a 12

A

B

45

Page 46: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

acomodar um volume de reação de 33 nL. A placa de genotipagem é dividida

em 48 subarrays; cada sub disposição consiste em 64 orifícios (Figura 5). A

placa é revestida com reagentes hidrofílicos e hidrofóbicos para permitir que a

amostra seja corretamente disposta em seu interior.

Figura 5. Placa de genotipagem para o sistema TaqMan® OpenArray®

contendo 64 orifícios por subarray e um total de 256 ensaios por amostra

(modelo completo de análise).

Em cada orifício a descriminação alélica foi realizada pela determinação

da fluorescência observada, sendo três possibilidades de resultando

pertinentes:

(i) alelo 1 homozigotos (amostras com apenas alelo 1) – FAM/FAM

(ii) alelo 2 homozigotos (amostras com apenas alelo 2) – VIC/VIC

(iii) heterozigotos (amostras com ambas alelo 1 e alelo 2) – FAM/VIC

Para o experimento foram utilizados além das amostras com a variação

genética desconhecida: (i) réplicas de amostras para validar a acuracidade dos

resultados do equipamento; (ii) amostra sem DNA contendo apenas água ou o

mix de reação em volume dobrado (padrão de qualidade NTC – no template

controls). Como os polimorfismos não foram anteriormente analisados na

amostra e o sequenciamento não foi realizado para nenhum indivíduo incluído

Cada subarray contém 64

orifícios com um ensaio

Por exemplo, temos o orifício

G7

46

Page 47: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

no estudo, a adição de controles positivos (com o genótipo conhecido para o

polimorfismo não foi realizada), sendo opcional para o método selecionado.

• Processo para a identificação dos alelos pelo sistema TaqMan®

OpenArray®:

O sistema para identificação alélica dos polimorfismos é baseado em

fluorescência simples e pelo método da PCR, com o uso de sondas específicas

para cada alelo analisado, considerando a particularidade de cada SNP. Cada

sonda contém um fluoróforo como repórter para a genotipagem. Cada ensaio

selecionado na plataforma da LifeTechnologies® é pré-carregado em um orifício

da placa de genotipagem. Cada ensaio contém:

(i) um marcador na extremidade 5 'de cada sonda, sendo:

a. fluoróforo VIC® ligado à extremidade 5' da sonda do alelo 1

b. fluoróforo FAM™ ligado à extremidade 5 ' da sonda do alelo 2

c. primer forward

d. primer reverse

(ii) um ligante para pareamento de menor extensão (minor groove binder –

MGB): esta modificação aumenta a temperatura de fusão (Tf) das sondas sem

o aumento do comprimento da sonda (Afonina et al., 1997; Kutyavin et al.,

1997), assim, possibilita a construção de sonda mais curtas, e favorece maior

diferença na Tf entre sondas com pareamento completo e não pareadas,

possibilitando maior acuracidade para a genotipagem.

(iii) um inibidor não fluorescente (QNQ) na extremidade 3' da sonda: devido

ausência de fluorescência na extremidade 3´, a detecção da fluorescência na

extremidade oposta apresenta melhor padrão de detecção.

Durante a realização da PCR, cada sonda hibridiza especificamente com

a sua sequência complementar entre a sequência forward e reverse dos

primers. A DNA polimerase apenas irá clivar sondas que hibridizam com seu

alelo SNP específico (pareado). A clivagem separa o fluoróforo do MGB –

fragmento completo da sonda – aumentando a detecção da fluorescência para

o fluoróforo. Dessa forma, os sinais de fluorescência gerados durante a

amplificação por PCR indicam os alelos que estão na amostra analisada.

47

Page 48: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Para entendimento do pareamento das sondas, a Figura 6 apresenta os

detalhes do processo e da liberação do fluoróforo da sonda pela DNA

polimerase. A não ocorrência de pareamento reduz a eficiência da hibridização

da sonda e pode acarretar no deslocamento da sonda pela DNA polimerase,

sem que ocorra a clivagem e a liberação do fluoróforo, não havendo sinal de

fluorescência e detecção alélica, favorecendo a maior sensibilidade e

especificidade da técnica.

Figura 6. Pareamento das sondas para o alelo 1 e para o alelo 2. Setas em

vermelho indicam a emissão de sinal para a fluorescência mediante a

amplificação pela DNA polimerase (AmpliTaq Gold DNA polimerase). Adaptado

de Livak, KJ, Marmaro, J, Todd JA. Towards fully automated genome-wide

polymorphism screening. Nat Genet. 1995;9:341-2.

Ø Procedimento, passo a passo, para a identificação dos

polimorfismos no sistema TaqMan® OpenArray® (WorkFlow)

Após a extração do DNA e quantificação, foram feitas alíquotas das

amostras contendo 50 µL na concentração de 50 ng/µL. Antes de executar o

procedimento para a genotipagem, os dados de corrida foram carregados no

sistema TaqMan® OpenArray®, inicialmente no OpenArray® AutoLoader

(Código de catálogo: 4409360). Para o carregamento da amostra dois dados

devem ser executados: (i) informação da placa de genotipagem (será

denominada de lâmina para facilitar o entendimento da técnica) pelo código de

48

Page 49: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

barras fornecido pela empresa; (ii) fluxo de amostra a ser analisado com

extensão .csv, contendo a amostra e a localização dos subarrays (Figura 7).

Dados para a corrida no sistema OpenArray®

Amostra Subarray Identificação da amostra*

1 A1 1/2014

2 A2 2/2014

3 A3 3/2014

4 A4 4/2014

5 A5 5/2014

6 A6 6/2014

7 A6 7/2014

8 A8 8/2014

9 A9 9/2014

10 A10 10/2014

11 A11 11/2014

12 A12 12/2014

1 B1 1/2014

2 B2 2/2014

3 B3 3/2014

...

...

...

10 D10 10/2014

11 D11 11/2014

12 D12 12/2014

Figura 7. Dados para a codificação de amostras no sistema do Open Array®.

Para o sistema com 16 ensaios, cada lâmina comporta 192 amostras diferentes

(Um a 192). Cada amostra necessita ser distribuída na placa de amostra quatro

vezes, considerando que temos quatro subarrays por lâmina (A, B, C e D). *A

identificação da amostra é critério pessoal do pesquisador.

49

Page 50: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Com os dados de corrida incluídos no sistema, o passo a passo

realizado, seguindo normatização do protocolo foi:

1. Distribuir a amostra (dois µL) e o mix de reação (dois µL) (TaqMan®

Universal PCR Master Mix, No AmpErase® UNG; número de catálogo:

4324018) na placa de amostragem. Como cada placa contém oito quadrantes e

a possibilidade de 96 amostras (cada uma aplicada quatro vezes) (OpenArray®

384-Well Sample Plates, código de catálogo 4406947), sendo um quadrante

para cada lâmina, após a aplicação em cada quadrante, foi protegida com selo

de alumínio as amostras para evitar evaporação. Foi utilizado o selo específico

para a placa de amostra (Corning Life Sciences, número de catálogo 6570).

2. Ligar o sistema OpenArray® AutoLoader, alocar a placa contendo as

amostras protegidas pelo selo (Figura 8A), alocar as ponteiras (OpenArray®

Loader Tips, número de catálogo 4404571) (Figura 8B, 9A e B, 10B) para

transferir o conteúdo da placa de amostras para a lâmina de 16 ensaios (16

TaqMan® OpenArray® Genotyping Plate, número de catálogo 4413554) (Figura

8C). No sistema, o carregamento das lâminas é realizado por pipetador

automático multicanal (FinnPipette Multichannel Digital Pipettor, cinco a 50 µL,

número de catálogo 4452470) (Figura 9A e B, 10A e 10B), a placa de amostra

é alocada no suporte fixo (OpenArray® Plate Guide Set, número de catálogo

20292) (Figura 8A, e 9A), as ponteiras fixadas no suporte com a possibilidade

de duas caixas de ponteiras ao mesmo tempo (OpenArray® AutoLoader Tip

Block, número de catálogo 20322) (Figura 9A) e quatro lâminas podem ser

alocadas ao mesmo tempo no suporte (OpenArray® AutoLoader Plate Holder,

número de catálogo 20384) (Figura 9B e 10C).

50

Page 51: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Figura 8. Placa de amostra, caixa de ponteiras e lâmina de genotipagem do

sistema OpenArray®. A. OpenArray® 384-Well Sample Plates no suporte

(OpenArray® Plate Guide Set). B. OpenArray® Loader Tips no suporte

(OpenArray® AutoLoader Tip Block). C. Lâmina com a proteção e na case para

a corrida da PCR (16 TaqMan® OpenArray® Genotyping Plate).

51

Page 52: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Figura 9. Visão geral do equipamento OpenArray®. A. Visão esquerda do

equipamento OpenArray® AutoLoader. B. Visão direita do equipamento

OpenArray® AutoLoader. 1, Descarte de ponteiras; 2, FinnPipette Multichannel

Digital Pipettor, cinco a 50 µL; 3, OpenArray® AutoLoader Tip Block; 4,

OpenArray® AutoLoader Plate Holder; 5, OpenArray® Plate Guide Set.

52

Page 53: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Figura 10. Visão geral do equipamento OpenArray®, e suporte para as lâminas

de genotipagem. A. Visão geral do equipamento OpenArray® AutoLoader. B.

Detalhe do FinnPipette Multichannel Digital Pipettor, cinco a 50 µL. C. Detalhe

do OpenArray® AutoLoader Plate Holder.

3. Após a organização do equipamento, foi realizado a transferência das

amostras da placa de genotipagem para as lâminas. Apenas uma lâmina é

53

Page 54: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

aplicada por vez, sendo assim, cada caixa de ponteira é suficiente para

transferir a amostra de uma placa de amostra, para oito lâminas. O processo

de transferência de amostra levou aproximadamente cinco minutos por lâmina.

Um total de 33 nL foram transferidos para cada orifício na lâmina. A distribuição

da placa de amostra, para a caixa de ponteiras, e posterior transferência para a

lâmina, pode ser visualizada na Figura 11.

Figura 11. Distribuição da placa de amostragem e das lâminas no OpenArray®

AutoLoader.

4. Após a transferência das amostras para cada lâmina, a lâmina era retirada

cuidadosamente do equipamento e inserida no case (TaqMan® OpenArray®

Genotyping Case) de vidro para proteção. Antes da transferência o case era

preenchido com solução de imersão (OpenArray® Immersion Fluid), que serve

para manter a qualidade da amostra e viabilizar a reação de PCR no

termociclador. A lâmina foi alocada dentro do case com o código de barras

direcionado para a abertura da case (Figura 12A, 12B, 12C).

54

Page 55: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Figura 12. Transferência da lâmina para a case. A. Case vazio (TaqMan®

OpenArray® Genotyping Case). B. Imersão da Lâmina na case contendo o

fluido de imersão (OpenArray® Immersion Fluid). C. Lâmina inserida na case. 1.

Destaque para o fluído de imersão dentro das cases sem as lâminas.

5. Após a inserção da lâmina na case, foi realizada a selagem da lâmina para

posterior reação da PCR. A selagem foi dividida em dois passos: (i) aplicação

da cola (OpenArray® Sealing Glue) na porção superior da case, acima do

código de barras sem que houvesse vazamento para o lado externo da lâmina

(Figura 13A e 13B); (ii) secagem da cola em ultravioleta na estação de

selagem (OpenArray® Case Sealing Station, número de catálogo 4409361) por

dois minutos. Os reagentes para a selagem, o fluido de imersão e a case foram

obtidos com o mesmo kit (TaqMan® OpenArray® Genotyping Acessories Kit,

número de catálogo 4404572) (Figura 13C e 13D).

55

Page 56: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Figura 13. Aplicação da cola e selagem da lâmina dentro da case. A. Cola

(OpenArray® Sealing Glue). B. Aplicação da cola na case. C. Selagem da

lâmina na estação de selagem (OpenArray® Case Sealing Station). D. Case e

lâmina após o procedimento.

6. Após a selagem, oito lâminas foram carregadas no termociclador (Dual Flat

Block Gene Amp PCR System 9700, número de catálogo 4428234) (Figura 14)

para a amplificação dos polimorfismos. O protocolo para a termociclagem está

descrito na Tabela 1.

56

Page 57: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Figura 14. Lâminas de genotipagem preparadas para a corrida e termociclador

utilizado para a amplificação do DNA. A. Lâminas prontas para serem

carregadas no termociclador (Dual Flat Block Gene Amp PCR System 9700). B

e C. Visão geral do termociclador e disposição de lâminas para a corrida da

termociclagem.

57

Page 58: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Tabela 1. Descrição dos passos da termociclagem para a lâmina do

sistema OpenArray®

Passo Temperatura e tempo

1 0,8°C/segundo até 95,5°C

2 91°C por 10 minutos

3 0,5°C/segundo até 51,0°C

4 51,0°C por 23 segundos

5 0,8°C/segundo até 53,5°C

6 53,5°C por 30 segundos

7 0,8°C/segundo até 54,5°C

8 54,5°C por 13 segundos

9 0,8°C/segundo até 97°C

10 97°C por 22 segundos

11 0,8°C/segundo até 92°C

12 92°C por 7 segundos

13 Repita a partir do passo 3 por 49 vezes

14 20°C por 5 minutos

15 4°C até a retirada da lâmina

16 Fim

°C, celsius.

7. Após a termociclagem as lâminas foram carregadas no sistema OpenArray®

para a detecção da fluorescência. Inicialmente no software do OpenArray®

foram carregadas as informações das lâminas que seriam lidas e a codificação

das amostras. No equipamento, foram alocadas três lâminas, e essas foram

lidas ao mesmo tempo, sendo gerado um dado de saída bruto. O equipamento

apenas permite a leitura se a temperatura da câmera de detecção estiver em

temperatura inferior a 1°C e o bloco com as lâminas a temperatura de 25°C

(Figura 15).

58

Page 59: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Figura 15. Visão geral e interna do OpenArray® NT cycler. A. Plataforma

OpenArray® NT cycler. B e C. Bloco de corrida e disposição das lâminas no

sistema para a aquisição de imagem e identificação dos polimorfismos. D. Dato

bruto do software de análise inicial (SNP Genotyping Analysis Software versão

1.0.5).

Para verificar se as corridas das lâminas foram efetivas, o software padrão foi

utilizado (SNP Genotyping Analysis Software Version 1.0.5). O software

apresenta os valores brutos de corrida sem ajustes de imagem, dessa forma,

após a corrida, os dados foram carregados em outro software (TaqMan

Genotyper Software versão 1.3) com disponibilidade de ferramentas de ajuste

dos dados e imagem. No software foram incluídas as informações referentes

aos genes analisados, denominação dos polimorfismos pelo código “rs” e para

os fluoróforo foi atribuído o real significado dos alelos e a fluorescência FAM e

59

Page 60: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

VIC, ou seja, para cada polimorfismo foi identificado a base correspondente.

Como demonstrativo da análise do software consulte a Figura 16.

Para cada polimorfismo, o ajuste manual do dado foi realizado, lâmina a

lâmina, sendo um total de 16 polimorfismos analisados para 146 amostras.

Figura 16. Análise do resultado da corrida no sistema OpenArray® pelo

OpenArray® SNP Genotyping Analysis Software versão 1.0.5. Na janela de

visualização dos dados, temos o resultado a fluorescência, e na listagem de

amostras dos polimorfismos, o resultado como descrição do alelo.

Ø Os polimorfismos pesquisados foram:

• rs4986790 (TLR4)

• rs4986791 (TLR4)

• rs1927911 (TLR4)

• rs898830 (TLR2)

• rs7656411 (TLR2)

• rs352162 (TLR9)

• rs187084 (TLR9)

• rs1065341 (RANTES)

• rs2107538 (RANTES)

60

Page 61: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

• rs2280788 (RANTES)

• rs2280789 (RANTES)

• rs10735810 (VDR)

• rs2228570 (VDR)

• rs1060826 (NOS2)

• rs10757212 (IFNA5)

• rs11688 (JUN)

ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os dados epidemiológicos e laboratoriais foram descritos por frequência

(porcentagem) para variáveis categóricas, e médias ± desvio padrão e mediana

(mínimo e máximo) para dados numéricos.

Os dados e a evolução da doença foram comparados entre os pacientes

e as frequências dos polimorfismos foi comparada entre os pacientes e os

controles.

Foram também analisadas as frequências dos polimorfismos em

pacientes e controles para cada tipo de vírus (VSR, VSR subtipo A, VSR

subtipo B, Rinovírus e codetecção viral).

Os polimorfismos foram comparados com dados epidemiológicos e

laboratoriais, incluindo o tipo de vírus identificado.

Uma segunda análise foi realizada em 131 pacientes sem comorbidades

(parto prematuro, doença respiratória crônica e doença cardíaca congênita)

para todas as comparações citadas anteriormente.

O teste exato de Fisher e o teste χ2 foram aplicados para comparar os

dados categóricos. Os testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis foram usados

para comparar os dados numéricos. Foram descritos os valores de razão de

prevalência (odds ratio – OR) e intervalos de confiança de 95%. Em todas as

análises foi considerado o valor de alpha igual a 0,05. Os dados foram

analisados usando o software SPSS 21.0 (SPSS Inc., Chicago, IL).

Foram avaliados minor allele frequency (MAF) e o equilíbrio de Hardy-

Weinberg (HWE) pelo software OEGE (Online Encyclopedia for Genetic

61

Page 62: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Epidemiology studies, 2008). A fim de avaliar a interação genética entre os

polimorfismos e dados clínicos em nossa amostra, foi utilizado o teste

Multifactor Dimensionality Reduction Model (MDR), que é uma análise de

dados de modelo-livre, não-paramétrica, que considera os dados genéticos e

ambientais para identificação não-linear de interação entre esses fatores

(genéticos e ambientais) (Gola, 2016). Para ajustar os resultados para

comparações múltiplas foi realizado o ajuste pelo teste MDRPT (MDR

permutation test) em nossa amostra, totalizando 100.000 permutações.

O cálculo do poder estatístico para a amostra, levando em consideração

os múltiplos testes, foi realizado pelo software GPOWER 3.1 e demonstrou

poder estatístico acima de 80% para análise pelo χ2, sendo necessário 143

pacientes para a principal análise realizada que considera a comparação para

o risco de BVA grave em relação aos controles e presença dos diferentes

genótipos para os polimorfismos.

ASPECTOS ÉTICOS

A pesquisa foi aprovada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa

(CAAE: 00869612.7.0000.5404), conforme ANEXO 3.

Os representantes legais dos pacientes receberam todas as explicações

sobre o projeto de pesquisa e assinaram o “Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido”, conforme ANEXO 4.

62

Page 63: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

RESULTADOS

Esta tese foi escrita de acordo com o formato alternativo proposto pelo

curso de pós-graduação em saúde da criança e do adolescente da Faculdade

de Ciências Médicas da UNICAMP, desta forma os resultados são

apresentados através de artigos científicos.

63

Page 64: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

ARTIGO 1: ARTIGO DE REVISÃO

Epidemiological and genetic characteristics

associated with the severity of acute viral

bronchiolitis by respiratory syncytial vírus

64

Page 65: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

J Pediatr (Rio J). 2013;89(6):531−543

© 2013 Sociedade Brasileira de Pediatria. Publicado por Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados.

www.jped.com.br

DOI se refere ao artigo: http://dx.doi.org/10.1016/j.jped.2013.02.022☆Como citar este artigo: Alvarez AE, Marson FA, Bertuzzo CS, Arns CW, Ribeiro JD. Epidemiological and genetic characteristics associa-

ted with the severity of acute viral bronchiolitis by respiratory syncytial virus. J Pediatr (Rio J). 2013;89:531-43. * Autor para correspondência.E-mail: [email protected] (F.A.L. Marson).

ARTIGO DE REVISÃO

Epidemiological and genetic characteristics associated with the

severity of acute viral bronchiolitis by respiratory syncytial virus☆

Alfonso E. Alvareza, Fernando A.L. Marsona,*, Carmen S. Bertuzzob, Clarice W. Arnsc

e José D. Ribeiroa

a Departamento de Pediatria, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasilb Departamento de Genética Médica, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP,Brasilc Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil

Recebido em 22 de janeiro de 2013; aceito em 6 de fevereiro de 2013

KEYWORDS

Bronchiolitis;Risk factors;Respiratory syncytialvirus;Genetics

Abstract

Objective: to assess the epidemiological and genetic factors associated with severity of acute viral bronchiolitis (AVB) by respiratory syncytial virus (RSV).Data source: the key words ‘‘bronchiolitis’’, ‘‘risk factor’’, ‘‘genetics’’ and ‘‘respiratorysyn-cytial virus’’, and all combinations among them were used to perform a search inthe PubMed,SciELO, and Lilacs databases, of articles published after the year 2000 thatincluded individualsyounger than 2 years of age.Data synthesis: a total of 1,259 articles were found, and their respective summaries wereread. Of these, 81 were selected, which assessed risk factors for the severity of AVB, andwere read in full; the 60 most relevant studies were included. The epidemiologic factorsassociated with AVB severity by RSV were prematurity, passive smoking, young age, lack of breastfeeding, chronic lung disease, congenital heart disease, male gender, ethnicity,viral coinfection, low weight at admission, maternal smoking during pregnancy, atopicdermatitis, mechanical ventilation in the neonatal period, maternal history of atopyand/or asthma during pregnancy, season of birth, low socioeconomic status, Downsyndrome, environmental pollution, living at an altitude > 2,500 meters above sea level,and cesarean section birth. Conversely, some children with severe AVB did not presentany of these risk factors. In this regard, recent studies have verified the influence of genetic factors on the severity of AVB by RSV. Polymorphisms of the TLRs, RANTES, JUN, IFNA5, NOS2, CX3CR1, ILs, and VDR genes have been shown to be associated with moresevere evolution of AVB by RSV.Conclusion: the severity of AVB by RSV is a phenomenon that depends on the varyingdegrees of interaction among epidemiological, environmental, and genetic variables.© 2013 Sociedade Brasileira de Pediatria. Published by Elsevier Editora Ltda. All rightsreserved.

http://dx.doi.org/10.1016/j.jpedp.2013.02.008

2255-5536/$ - see front matter © 2013 Sociedade Brasileira de Pediatria. Publicado por Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados.

Documento descarregado de http://jped.elsevier.es el 01/05/2014. Cópia para uso pessoal, está totalmente proibida a transmissão deste documento por qualquer meio ou forma.

65

Page 66: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

532 Alvarez AE et al.

PALAVRAS-CHAVE

Bronquiolite;Fatores de risco;Vírus sincicial respiratório;Genética

Características epidemiológicas e genéticas associadas à gravidade da bronquiolite

viral aguda pelo vírus sincicial respiratório

Resumo

Objetivo: avaliar os fatores epidemiológicos e genéticos associados à gravidade da Bronquiolite Viral Aguda (BVA) pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Fonte dos dados: foram utilizados descritores “bronchiolitis”, “risk factor”, “genetics” e “respiratory syncytial virus” e todas as combinações entre eles, nas bases de dados PubMed, SciELO e Lilacs publicados após o ano de 2000 e que incluíram indivíduos meno-res de dois anos de idade.Síntese dos dados: foram encontrados 1.259 artigos e lidos seus respectivos resumos. Destes foram selecionados 81 que avaliaram fatores de risco para a gravidade da BVA para leitura na íntegra, e foram incluídos os 60 estudos mais relevantes. Os fatores epidemiológicos associados com a gravidade da BVA pelo VSR foram: prematuridade, tabagismo passivo, baixa idade, ausência de aleitamento materno, doença pulmonar crônica, cardiopatia congênita, sexo masculino, etnia, coinfecção viral, baixo peso na admissão hospitalar, tabagismo mater-no na gestação, dermatite atópica, ventilação mecânica no período neonatal, antecedente materno de atopia e/ou asma na gestação, estação do nascimento, baixo nível socioeconô-mico, síndrome de Down, poluição ambiental, morar em altitude acima de 2.500 metros do nível do mar e parto cesariana. Em contrapartida, algumas crianças com BVA grave não apresentam nenhum desses fatores de risco. Neste sentido, estudos recentes têm verificado a influência de fatores genéticos relacionados à gravidade da BVA pelo VSR. Polimorfismos dos genes TLRs, RANTES, JUN, IFNA5, NOS2, CX3CR1, ILs e VDR têm-se mostrado associados com a evolução mais grave da BVA pelo VSR.Conclusão: a gravidade da BVA pelo VSR é um fenômeno dependente da interação entre variáveis epidemiológicas, ambientais e genéticas em seus diferentes graus de interação.© 2013 Sociedade Brasileira de Pediatria. Publicado por Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados.

Introdução

A bronquiolite viral aguda (BVA) causada por vírus sincicial respiratório (VSR) é a principal infecção das vias aéreas inferiores em crianças menores de dois anos de idade em todo o mundo, e é a principal causa de internação nessa faixa etária em países desenvolvidos.1 Apesar de todas as crianças serem infectadas pelo VSR até os três anos de idade, a maioria dos casos é leve e não produz sequelas. Os mecanismos envolvidos com a gravidade da BVA pelo VSR ainda não foram completamente esclarecidos. Por que a infecção pelo VSR pode se manifestar com evolução tão variável em diferentes pacientes? Por que uma criança com VSR se apresenta assintomática e outra evolui a óbito? Na avaliação da gravidade da BVA pelo VSR, que fatores podem estar mais associados: genéticos e/ou epidemiológicos/ambientais? Estas são questões que intrigam pesquisadores e permanecem sem resposta definitiva.

Nos Estados Unidos ocorrem de 3.000 a 4.000 mortes anuais devido a BVA pelo VSR.2 A prevalência de hospitali-zação por VSR nos Estados Unidos é de 48,9 para 1.000 em menores de três meses; 26 para 1.000 em menores de um ano; e 1,8 para 1.000 em crianças de um a cinco anos, oco-rrendo entre 132.000 e 172.000 hospitalizações/ano por VSR em menores de cinco anos.3 Nos Estados Unidos, ocorrem, em média, 22,8 visitas a emergência por VSR para cada 1.000 lactentes, sendo que 29% são hospitalizados, o que representa gasto anual com visitas à emergência de 50,5 milhões de dólares e com internações de 650 milhões de

dólares.4 Em outras regiões, a taxa de hospitalização para cada 1.000 lactentes com VSR varia de 8,7 na Austrália5 a 60 no Japão.6 Na Austrália, a incidência de VSR é de 110,0 a 226,5 para cada 1.000 lactentes, e o custo anual estimado é de 50 milhões de dólares, sendo mais significativo que os custos com influenza e rotavírus.5 Na Europa, o VSR é responsável por 45% das hospitalizações por infecção das vias aéreas inferiores em menores de dois anos.6 No Brasil, estudo com 5.304 crianças menores de um ano demonstrou que 113 (2,1%) foram internadas por BVA.7

Entre as crianças internadas por VSR, 2,7% foram admiti-das na unidade de terapia intensiva (UTI), 1,5% necessita-ram ventilação assistida e 0,2% foram a óbito.8

A infecção pelo VSR tem gravidade variável, com mani-festações clínicas de sintomas leves em vias aéreas supe-riores até bronquiolite e pneumonia, podendo evoluir de forma grave, com necessidade de internação em UTI, ventilação mecânica e chegando a óbito. Até o presente momento, o tratamento da BVA pelo VSR é de suporte. Nos Estados Unidos, foi apontado que de 1,1 milhão de crianças menores de dois anos internadas por VSR em um período de oito anos, a maior porcentagem das internações ocor-reu entre três e seis meses de idade, atingindo assim uma faixa populacional de risco ao óbito.9 As primeiras infecções são, geralmente, sintomáticas, e frequentemente atingem as vias aéreas inferiores, sendo as infecções subsequentes geralmente mais leves.

O VSR é o agente responsável pela BVA de 41,710 a 83,6% dos casos.11 No Brasil, o VSR foi responsável por 31,912 a 64% dos

Documento descarregado de http://jped.elsevier.es el 01/05/2014. Cópia para uso pessoal, está totalmente proibida a transmissão deste documento por qualquer meio ou forma.

66

Page 67: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Acute viral bronchiolitis: epidemiology and genetics 533

pacientes internados com BVA.13 Apesar de outros vírus serem detectados em pacientes com BVA, tais como adenovírus, bocavírus, influenza A, influenza B, parainfluenza 1, parain-fluenza 2, parainfluenza 3, rinovírus e metapneumovírus,10,11 o estabelecimento de codetecção ou coinfecção tem sido um aspecto crítico a ser considerado.14 O segundo vírus mais fre-quente na BVA é o rinovírus, correspondendo a aproximada-mente 18% dos casos.15 No Brasil, foi verificado que em 40% das BVA ocorre coinfecção viral, e que o vírus mais frequente após o VSR é o rinovírus, ocorrendo em 40% dos casos.16

Fatores epidemiológicos associados com a gravidade da BVA pelo VSR são conhecidos e relatados na literatura. Em contrapartida, algumas crianças com BVA grave não apre-sentam quaisquer desses fatores de risco (tabela 1). Neste sentido, estudos recentes têm verificado a influência de fatores genéticos relacionados à gravidade (tabela 2).

Devido à possibilidade de a BVA evoluir de forma grave, torna-se importante identificar fatores de risco genéticos e ambientais que contribuem para sua maior gravidade.

Recentemente, vários estudos permitiram a elaboração de guidelines em todo o mundo, mostrando que crianças de alto risco para adquirir infecção grave pelo VSR devem receber imunização passiva com anticorpo monoclonal con-tra o VSR (Palivizumab), a qual promove proteção contra quadros graves. Após a introdução do Palivizumab, houve redução de 48% nas internações de lactentes com doença pulmonar crônica da prematuridade.17 Ainda não foi possí-vel o desenvolvimento de uma vacina que seja eficaz na prevenção da BVA por VSR, apesar de esforços nesse sentido ocorrerem desde a década de 1960.1

Assim, o objetivo desta revisão foi avaliar que fatores epidemiológicos e genéticos contribuem para a gravidade da BVA pelo VSR, possibilitando melhor manejo do pacien-te e predição sobre grupos de risco associados à doença, amenizando custos ao sistema de saúde e possibilitando redução do número de internações e de óbitos.

Métodos

Foram utilizados os descritores Bronchiolitis, Risk Factor, Genetics e Sincitial Respiratory Virus e todas as combi-nações entre eles, nas bases de dados PubMed (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed), SciELO (http://www.scielo.org/php/index.php) e Lilacs (http://lilacs.bvsalud.org/en/) publicados após o ano de 2000, e que incluíram indivíduos menores de dois anos de idade. A última busca foi realizada em outubro de 2012.

Foram encontrados 1.259 artigos, dos quais foram lidos todos os resumos. Destes, foram selecionados 81 que avalia-ram fatores de risco para a gravidade da BVA para leitura na íntegra e incluíram-se os 60 estudos mais relevantes (fig. 1).

Resultado e discussão

Fatores de risco

Na literatura, é relatada a associação de fatores genéticos e epidemiológicos/ambientais como percussores para a BVA grave pelo VSR. Alguns fatores de risco são mais conheci-

dos e apresentam associação com a gravidade da doença, dentre eles: prematuridade,18 tabagismo passivo,19 baixa idade,16 ausência de aleitamento materno,20 doença pul-monar crônica e cardiopatia congênita.21 Entretanto, outros fatores, como os aspectos genéticos e outros dados epi-demiológicos, não apresentam associações confirmatórias evidentes e necessitam de mais estudos, como marcadores de gravidade na BVA causada pelo VSR (fig. 2).

Prematuridade

A prematuridade, sem presença de displasia broncopulmo-nar, é fator de risco sete vezes maior de BVA por VSR.18 Um estudo brasileiro demonstrou, em 77 pacientes com BVA, que a prematuridade estava associada a maior proba-bilidade de internação em UTI, com OR de 24,51 (IC 95% 3,21-186,92).16 Em 230 lactentes menores de 24 meses, a prematuridade (idade gestacional < 37 semanas) foi fator de risco para internação.22 Entre 284 pacientes internados em UTI por BVA, 30% apresentavam prematuridade.23 Outro estudo brasileiro com coorte de 5.301 crianças acompanha-das por um ano mostrou que 113 foram hospitalizadas por BVA, e o risco de hospitalização foi 80% maior nas crianças cujas mães tiveram gestações com duração inferior a 37 semanas.7 A prematuridade em pacientes com BVA por VSR também foi relacionada com maior risco de hipoxemia e de falência respiratória com necessidade de ventilação mecânica.24 Na análise retrospectiva de 4.800 lactentes internados por BVA, concluiu-se que a prematuridade e a positividade para VSR representavam fatores de risco para a gravidade da doença.25

Tabagismo passivo

Na avaliação de 378 pacientes internados com BVA, o taba-gismo passivo foi fator de risco para necessidade de oxi-gênio suplementar e de ventilação mecânica19; em outra amostra, com 240 crianças internadas com BVA, verificou-se que o tabagismo passivo estava associado com maior gravi-dade clínica e maior tempo de hospitalização.26 Por estudo de meta-análise com 60 estudos incluídos, o tabagismo pas-sivo foi importante fator de risco para a BVA.27 Na análise prospectiva com 206 pacientes internados por BVA por VSR, verificou-se que as crianças expostas ao tabagismo materno pós-natal tinham menores níveis de saturação da hemoglo-bina pelo oxigênio que os não expostos (89,8% vs 92,2%, p = 0,01).28 No Brasil, o risco de hospitalização por BVA foi 57% maior nas crianças expostas ao tabagismo materno do que naquelas não expostas.7

Baixa idade

Na literatura, está bem estabelecido que quanto menor a idade da criança, maior é a gravidade clínica da BVA pelo VSR. Em um estudo brasileiro, verificou-se que a idade apresentava OR de 0,838 (IC 95% 0,718-0,979) em relação à internação hospitalar, indicando que idade maior está associada a menor incidência de internação.16 Os pacien-tes menores de dois meses apresentavam maior tempo de internação (6 vs 5 dias, p < 0,00001) e maior risco de inter-nação em UTI (OR 3,4; IC 95% 2,5-4,6).29 Na avaliação de 229 pacientes internados em UTI por BVA, foi constatado que a idade era inversamente proporcional ao tempo necessário de UTI e ao tempo necessário de suporte ventilatório,30

Documento descarregado de http://jped.elsevier.es el 01/05/2014. Cópia para uso pessoal, está totalmente proibida a transmissão deste documento por qualquer meio ou forma.

67

Page 68: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

534 Alvarez AE et al.

Tabela 1 Estudos com variáveis epidemiológicas associadas com a bronquiolite viral aguda, relacionada ao vírus sincicial respiratório, incluídos na revisão bibliográfica

Variável Autor Ano N Principais achados

Prematuridade Gouyon et al.18 2012 498 lactentes menores Fator de risco sete vezes maior de BVA por VSR de 6 meses internados com BVA Nascimento et al.16 2010 77 pacientes com BVA Maior probabilidade de internação em UTI-OR de 24,51 (IC 95% 3,21-186,92) Grimwood et al.22 2008 230 lactentes Maior probabilidade de internação López Guinea et al.23 2007 284 pacientes internados 30% apresentavam prematuridade em UTI por BVA Albernaz et al.7 2003 5.301 crianças acompanhadas Risco de hospitalização 80% maior nas crianças por um ano - de gestações com duração inferior 113 hospitalizadas por BVA a 37 semanas Chan et al.24 2002 216 lactentes internados Maior risco de hipoxemia e de falência com BVA por VSR respiratória com necessidade de ventilação mecânica Garcia et al.25 2010 4.800 lactentes internados Prematuridade e a positividade para VSR - por BVA fatores de risco para a gravidade da doençaTabagismo Semple et al.19 2011 378 pacientes internados Fator de risco para necessidade de oxigênio passivo com BVA suplementar e de ventilação mecânica Chatzimichael et al.26 2007 240 crianças internadas Maior gravidade clínica e maior tempo com BVA de hospitalização Jones et al.27 2011 Metanálise com 60 estudos Fator de risco para a BVA incluídos Bradley et al.28 2005 206 pacientes internados Crianças expostas ao tabagismo materno por BVA por VSR pós-natal tinham menores níveis de saturação da hemoglobina pelo oxigênio que os não expostos (89,8% versus 92,2%, p = 0,01) Albernaz et al.7 2003 5.301 crianças acompanhadas Risco de hospitalização por BVA - 57% maior por um ano - nas crianças expostas ao tabagismo materno 113 hospitalizadas por BVA do que nas não expostasBaixa idade Nascimento et al.16 2010 77 lactentes atendidos na OR de 0,838 (IC 95% 0,718-0,979) em relação emergência por BVA à internação hospitalar - idade maior associada a menor incidência de internação Hervás et al.29 2012 2384 lactentes internados Pacientes menores de dois meses apresentam por BVA maior tempo de internação (6 versus 5 dias, p < 0,00001) e maior risco de internação em UTI (OR 3,4; IC 95% 2,5-4,6) Oñoro et al.30 2011 229 pacientes internados Idade é inversamente proporcional ao tempo em UTI por BVA necessário de UTI e de suporte ventilatório Damore et al.31 2008 1.456 pacientes com BVA Idade menor que dois meses - fator de risco para internação em UTI (26% versus 53%; OR = 4,1; IC 95% 2,1-8,3) Papoff et al.32 2011 310 pacientes menores Idade menor = principal fator associado de 12 meses com BVA com a gravidade clínica López Guinea et al.23 2007 284 pacientes internados Idade menor que seis semanas = em UTI por BVA principal fator de risco, correspondendo a 45% dos pacientes Bradley et al.28 2005 206 pacientes internados Níveis de saturação da hemoglobina pelo por BVA por VSR oxigênio são menores quanto menor a idade da criança. A cada mês a menos que a criança apresenta, uma redução de 0,41% na saturação de oxigênio foi observada Vidaurreta et al.33 2011 347 pacientes com infecção Idade dos pacientes hospitalizados era menor respiratória aguda, (8 versus 19 meses, p < 0,001) 234 hospitalizados e 112 não hospitalizados

Continua na página seguinte

Documento descarregado de http://jped.elsevier.es el 01/05/2014. Cópia para uso pessoal, está totalmente proibida a transmissão deste documento por qualquer meio ou forma.

68

Page 69: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Acute viral bronchiolitis: epidemiology and genetics 535

Tabela 1 (Continuação) Estudos com variáveis epidemiológicas associadas com a bronquiolite viral aguda, relacionada ao vírus sincicial respiratório, incluídos na revisão bibliográfica

Variável Autor Ano N Principais achados

Aleitamento Koehoorn et al.20 2008 12.474 crianças com O não inicio do aleitamento materno na materno bronquiolite - maternidade era fator de maior risco a 1.588 internadas internação por BVA Dornelles et al.34 2007 175 crianças internadas Duração do aleitamento materno exclusivo é com BVA inversamente proporcional ao tempo de utilização de oxigênio e duração da internação - para cada mês de aleitamento materno exclusivo houve redução de 11 horas no tempo de utilização de oxigênio Albernaz et al.7 2003 5.301 crianças acompanhadas Crianças desmamadas antes de completar um por um ano - mês de vida - risco 7,7 vezes maior de serem 113 hospitalizadas por BVA hospitalizadas por BVA Chatzimichael et al.26 2007 240 crianças internadas Aleitamento materno inferior a quatro meses - por BVA fator de risco para evolução grave e maior tempo de internaçãoDoença Ochoa Sangrador 2010 Estudo de revisão com Doença pulmonar crônica, principalmente pulmonar et al.21 127 artigos displasia broncopulmonar - maior gravidade crônica de BVA Al-Shehri et al.35 2005 166 crianças menores Doença pulmonar crônica, principalmente de 5 anos diagnosticadas displasia broncopulmonar - maior gravidade com BVA, 51 hospitalizadas de BVA e 115 não Che et al.36 2012 27.500 lactentes menores Lactentes com displasia broncopulmonar de 1 ano internados por BVA apresentam risco 6,7 maior de vir a óbito por BVACardiopatia Ochoa Sangrador 2010 Estudo de revisão com Maior gravidade de BVA congênita et al.21 127 artigos Hervás et al.29 2012 2.384 lactentes internados Tempo de internação maior (6 versus 5 dias, por BVA p < 0,0001) Fjaerli et al.37 2004 764 pacientes internados Presença de cardiopatia congênita associada com BVA com tempo de internação 50% maior do que em crianças sem cardiopatiasGênero Semple et al.19 2011 378 lactentes internados Sexo masculino com BVA - risco maior de por BVA suplementação de oxigênio e ventilação mecânica Koehoorn et al.20 2008 12.474 crianças com Sexo masculino – maior risco de internação bronquiolite - 1.588 internadas Etnia Bradley et al.28 2005 206 pacientes internados Pacientes de etnia negróide tem evolução por BVA por VSR melhor quando comparada aos caucasóides Leader et al.4 2003 330.284 lactentes atendidos Pacientes de etnia negróide tem maior risco de na emergência por BVA óbito quando comparados aos caucasóides Grimwood et al.22 2008 141 pacientes internados Nova Zelândia - pacientes de origem por BVA por VSR Maori apresentam evolução pior Meissner et al.38 2003 Estudo de revisão com Americanos nativos e os que têm origem 31 artigos no Alasca apresentam maior gravidade que da etnia caucasóide38

Etiologia e Garcia et al.11 2010 4.800 lactentes internados Alguns estudos sugerem que o VSR é fator de presença de por BVA gravidade para a BVA quando comparado a coinfecção viral outros vírus11,32

Papoff et al.32 2011 310 pacientes menores Alguns estudos sugerem que o VSR é fator de 12 meses com BVA de gravidade para a BVA quando comparado outros vírus11,32

Continua na página seguinte

Documento descarregado de http://jped.elsevier.es el 01/05/2014. Cópia para uso pessoal, está totalmente proibida a transmissão deste documento por qualquer meio ou forma.

69

Page 70: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

536 Alvarez AE et al.

Tabela 1 (Continuação) Estudos com variáveis epidemiológicas associadas com a bronquiolite viral aguda, relacionada ao vírus sincicial respiratório, incluídos na revisão bibliográfica

Variável Autor Ano N Principais achados

Hervás et al.29 2012 2.384 lactentes internados BVA grave por VSR leva a internação por BVA prolongada (6 versus 5 dias, p < 0,0001), maior risco de internação em UTI (OR 2,7; IC 95% 1,87-3,9) e maior necessidade de oxigenoterapia (OR 2,2; IC 95% 1,8-2,6) Riccetto et al.39 2006 152 lactentes internados por Oximetria de pulso menor que 90% na admissão infecção aguda das vias hospitalar por infecção de vias aéreas inferiores aéreas inferiores estava associada à infecção por VSR D’Elia et al.40 2005 89 pacientes internados Não houve diferença na gravidade entre os pacientes que apresentaram VSR e os que não apresentaram Ochoa Sangrador 2010 Estudo de revisão Coinfecção viral é responsável por maior et al.21 com 127 artigos gravidade da BVA Brand et al.42 2011 142 lactentes com BVA Coinfecção viral não aumenta a gravidade da BVA De Paulis et al.43 2011 176 pacientes Gravidade clínica da BVA por VSR não aumenta em função da existência de coinfecção viralBaixo peso Semple et al.19 2011 378 pacientes internados Baixo peso na admissão está associado com na admissão com BVA maior risco de necessitar ventilação mecânicaTabagismo Koehoorn et al.20 2008 12.474 crianças com O tabagismo materno na gestação aumenta materno bronquiolite o risco de internação por BVA na gestação - 1.588 internadas Carroll et al.45 2007 101.245 lactentes, dos quais O tabagismo materno na gestação aumenta o 20.249 apresentaram BVA risco de BVADermatite Al-Shehri et al.35 2005 166 crianças menores de Antecedente de Dermatite Atópica aumenta atópica 5 anos diagnosticadas o risco de internação por BVA com BVA, 51 hospitalizadas e 115 não Ventilação Ochoa Sangrador 2010 Estudo de revisão Antecedente de ventilação mecânica neonatal mecânica no et al.21 com 127 artigos aumenta o tempo de internação período e a possibilidade de internação em UTI nos neonatal pacientes com BVAAntecedente Miller et al.15 630 lactentes com BVA Antecedente materno de atopia aumenta materno a gravidade da BVA de atopia Antecedente Carroll et al.45 2007 101.245 lactentes, dos quais Antecedente de Asma materno na gestação materno de 20.249 apresentaram BVA aumenta o risco de BVA asma na gestação Estação Grimwood et al.22 2008 230 lactentes internados Nascimento entre os meses de Fevereiro do nascimento por BVA e Julho aumenta o risco de internação por BVA na Nova ZelândiaBaixo nível Koehoorn et al.20 2008 12.474 crianças com O baixo nível sócio econômico aumenta o risco socioeconômico bronquiolite - 1.588 internadas de internação por BVASíndrome Fjaerli et al.37 2004 764 pacientes internados Síndrome de Down aumenta a gravidade de Down por BVA da BVA Bloemers et al.46 2007 395 pacientes com Síndrome Síndrome de Down aumenta o risco de Down de internação por BVAPoluição Karr et al.47 2007 18.595 lactentes menores Poluição ambiental aumenta o risco ambiental de 1 ano internados por BVA de internação por BVA e 169.472 controles Morar em Choudhuri et al.48 2006 4.847 lactentes internados Morar em altitude maior que 2.500 metros altitude maior por BVA por VSR aumenta o risco de internação por BVA que 2.500 metros Parto cesariana Moore et al.49 2012 212.068 lactentes dos quais Parto cesariana aumenta o risco de internação 7.062 foram internados por BVA por BVA

BVA, bronquiolite viral aguda; IC, intervalo de confiança; OR, odds ratio; UTI, unidade de terapia intensiva; VSR, vírus sincicial respiratório.

Documento descarregado de http://jped.elsevier.es el 01/05/2014. Cópia para uso pessoal, está totalmente proibida a transmissão deste documento por qualquer meio ou forma.

70

Page 71: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Acute viral bronchiolitis: epidemiology and genetics 537

e o mesmo foi verificado em um estudo prospectivo com 1.456 pacientes com BVA, que, comparando internação na enfermaria com internação na UTI, teve a idade menor que dois meses como fator de risco para internação em UTI (26% vs 53%; OR = 4,1; IC 95% 2,1-8,3).31 Na avaliação de 310 pacientes menores de 12 meses com BVA, foi apontado que a idade menor era o principal fator associado com a gravi-dade do quadro clínico,32 o que pode ser ressaltado na ava-

liação de 284 pacientes internados em UTI por BVA, onde a idade menor que seis semanas foi o principal fator de risco, correspondendo a 45% dos pacientes.23 Os níveis de saturação da hemoglobina pelo oxigênio em 206 pacientes internados por BVA por VSR são menos significativos quanto menor a idade da criança, sendo que foi apontado que, a cada mês a menos que a criança possuía, uma redução de 0,41% na saturação de oxigênio era observada.28 A idade em

Tabela 2 Genes associados com a gravidade da bronquiolite viral aguda, relacionada ao vírus sincicial respiratório, incluídos na revisão bibliográfica

Autor Ano N Gene Polimorfismo Principais achados

Tal et al.51 2004 99 lactentes internados TLR4 Asp299Gly (rs4986790) A presença destes por BVA por VSA e e Thr399Ile (rs4986791) polimorfismos está associada 172 controles a maior gravidade da BVADouville et al.52 2010 Avaliação da resposta TLR4 Asp299Gly (rs4986790) A presença destes imunológica em e Thr399Ile (rs4986791) polimorfismos não influencia 200 pacientes de 7 a 9 anos a resposta imunológicaLöfgren et al.53 2010 312 pacientes com BVA TLR4 Asp299Gly (rs4986790) Não existe relação entre a por VSR e 356 controles presença deste polimorfismo e a gravidade da BVAMandelberg et al.54 2006 52 pacientes com BVA TLR4 Asp299Gly (rs4986790) A presença destes por VSR e Thr399Ile (rs4986791) polimorfismos está associada a maior gravidade da BVAPuthothu et al.55 2006 131 lactentes com BVA TLR4 D259G e T359I A presença de um haplótipo por VSR e 270 controles gênico com os 2 polimorfismos está associada a maior gravidade da BVAMailaparambil et al.56 2008 TLR 1, 2, Avaliados Polimorfismos nos TLR 9 e

3, 5, 6, 19 polimorfismos 10 estão associados com

9 e 10 a gravidade da BVAAmanatidou et al.57 2008 106 crianças internadas RANTES -28C/G, -403G/A e A presença de um haplótipo por BVA por VSR In1.1T/C gênico com os 3 polimorfismos e 120 controles está associada a maior gravidade da BVAKresfelder et al.58 2011 296 pacientes com BVA Receptor Thr1Meth O alelo T “minor” tem maior por VSR e 113 controles da (rs10735810) propensão a BVA vitamina D Janssen et al.59 2007 470 crianças internadas Avaliados Avaliados 384 Os polimorfismos nos genes por BVA por VSR 220 genes polimorfismos da resposta imune inata no e 1008 controles receptor da Vitamina D (rs10735810), JUN (rs11688), IFNA5 (rs10757212) e NOS2 (rs1060826) apresentam forte associação com BVAAmanatidou et al.60 2006 82 crianças internadas por Receptor V249I e T280M O polimorfismo T280 está BVA por VSR e 120 controles CX3CR1 associado a maior gravidade da BVAAmpuero et al.61 2011 118 lactentes menores Proteínas Avaliados A presença de haplótipos de 6 meses com infecção do 11 gênicos está associada a por VSR e 104 controles surfactante polimorfismos gravidade da infecção SP-A1, SP-A2 pelo VSR e SP-D Mulet et al.62 2010 Artigo de revisão IL-4, IL-8, Avaliados Associação entre diferentes avaliando 16 artigos IL-10, IL-13 diversos polimorfismos e haplótipos e IL-18 polimorfismos nesses genes com maior gravidade da infecção pelo VSR

BVA, bronquiolite viral aguda; VSR, vírus sincicial respiratório.

Documento descarregado de http://jped.elsevier.es el 01/05/2014. Cópia para uso pessoal, está totalmente proibida a transmissão deste documento por qualquer meio ou forma.

71

Page 72: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

538 Alvarez AE et al.

relação à presença de hospitalização por infecção respira-tória pode ser observada na avaliação de 347 pacientes com infecção respiratória aguda, 234 hospitalizados e 112 não hospitalizados, onde se verificou que a idade dos pacientes hospitalizados era menor (8 vs 19 meses, p < 0,001).33

Aleitamento materno

O aleitamento materno é fator protetor contra BVA grave. Uma avaliação de 12.474 crianças com bronquiolite, das quais 1.588 necessitaram de internação, demonstrou que o não início do aleitamento materno na maternidade era fator de maior risco para internação por BVA.20 Um estudo brasileiro realizado com 175 crianças internadas com BVA mostrou que a duração do aleitamento materno exclusivo foi inversamente relacionada ao tempo de utilização de oxigênio e duração da internação, evidenciando que para cada mês de aleitamento materno exclusivo havia redução de 11 horas no tempo de utilização de oxigênio.34 Crianças desmamadas antes de completar um mês de vida apre-sentaram risco 7,7 vezes maior de serem hospitalizadas por BVA.7 A importância do aleitamento materno pode ser ainda evidenciada no estudo com 240 crianças internadas por BVA, que concluiu que aleitamento materno inferior a

quatro meses foi fator de risco para evolução grave e maior tempo de internação.26

Doença pulmonar crônica

A presença de doença pulmonar crônica, principalmente a displasia broncopulmonar, está relacionada com a maior gravidade de BVA.21,35 Lactentes com displasia broncopul-monar apresentam risco 6,7 maior de vir a óbito por BVA quando comparado a lactentes sem essa condição.36

Cardiopatia congênita

A presença de cardiopatia congênita está relacionada com a maior gravidade de BVA.21 Estudo recente verificou que o tempo de internação foi maior nas crianças que apresen-tavam cardiopatia congênita (6 vs 5 dias, p < 0,0001),29 e em estudo retrospectivo com 764 pacientes internados com BVA foi evidenciado que a presença de cardiopatia congê-nita estava associada com tempo de internação 50% maior do que em crianças sem cardiopatias.37

Gênero

Pacientes do sexo masculino com BVA apresentam risco maior de necessitar suplementação de oxigênio e venti-

Pubmed, Scielo e Lilacs Bases dedados consultadas

DescritoresBronchiolitis, Risk Factor, Genetics e Sincitial

Respiratory Virus

Critérios de inclusão

Entre janeiro de 2000 a dezembro de 2012Prazo de inclusão

1.259 artigos

1.198 artigos

Seleccionados

Nao preencheramcritérios de inclusão

61 artigosPreencheram critérios

de inclusão

Pacientesz com idade inferior a dois anos

Figura 1 Caraterização do processo de análise, para a inclusão dos artigos no estudo sobre fatores epidemiológicos e genéticos associados à bronquiolite viral aguda causada pelo vírus sincicial respiratório.

Documento descarregado de http://jped.elsevier.es el 01/05/2014. Cópia para uso pessoal, está totalmente proibida a transmissão deste documento por qualquer meio ou forma.

72

Page 73: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Acute viral bronchiolitis: epidemiology and genetics 539

lação mecânica quando comparados aos pacientes do sexo feminino.19 Estudo com 12.474 lactentes com BVA, dos quais 1.588 foram internados, demonstrou que o risco de inter-nação era maior nos pacientes do sexo masculino.20

Etnia

Não está claro o papel da etnia como fator de risco, com controvérsias na literatura. Um estudo relata que os pacien-tes de etnia negroide têm evolução melhor quando com-parada aos caucasoides,28 enquanto outro estudo refere o oposto.4 Em populações mais isoladas, algumas observações são encontradas: na Nova Zelândia pacientes de origem Maori apresentam evolução pior22 e americanos nativos e os que têm origem no Alasca apresentam maior gravidade quando comparados aos da etnia caucasoide.38

Etiologia e presença de coinfecção viral

Há controvérsia na literatura sobre a influência do tipo de vírus causador da doença com a evolução mais grave da mesma.14 Alguns estudos sugerem que o VSR é fator de gra-vidade para a BVA quando comparado a outros vírus.11,32 Em estudo recente, foi demonstrado que a BVA grave por VSR leva à internação prolongada (6 vs 5 dias, p < 0,0001), maior risco de internação em UTI (OR 2,7; IC 95% 1,87-3,9) e maior necessidade de oxigenoterapia (OR 2,2; IC 95% 1,8-2,6).29 Em estudo brasileiro, foi demonstrado que oximetria de pulso menor que 90% na admissão hospitalar por infecção de vias aéreas inferiores estava associada à infecção por VSR.39 Contudo, outros estudos demonstraram

que o VSR não leva a maior gravidade clínica quando com-parado a outros vírus, como em um estudo brasileiro com 89 pacientes internados em que não houve diferença na gravidade entre os pacientes que apresentaram VSR e os que não apresentaram esse vírus,40 e outro que demonstrou que o fato de ser VSR positivo não teve influência no tempo de hospitalização.41 Em relação à presença de coinfecção viral, um estudo demonstrou que esta é responsável por maior gravidade da BVA.21 Outros sugerem que a coinfecção viral não aumenta a gravidade da BVA,42 incluindo um estu-do em nosso meio, que avaliou 176 pacientes e concluiu que a gravidade clínica da BVA por VSR não aumenta em função da existência de coinfecção viral.43

Atualmente, através do desenvolvimento de métodos quantitativos de PCR, tem sido estudada a importância da carga viral na gravidade da BVA, bem como a diferenciação entre coinfecção e codetecção viral, aspectos que até agora eram pouco conhecidos e considerados na literatura.44

Outros fatores de risco associados à gravidade

da bronquiolite viral aguda

(i) baixo peso na admissão19; (ii) tabagismo materno na ges-tação20,45; (iii) dermatite atópica35; (iv) ventilação mecânica no período neonatal21; (v) antecedente materno de ato-pia15; (vi) antecedente materno de asma na gestação45; (vii) estação do nascimento22; (viii) baixo nível socioeconômi-co7,20; (ix) síndrome de Down37,46; (x) poluição ambiental47; (xi) morar em altitude maior que 2.500 metros48; e (xii) parto cesariana.49

Virus

BVA-Leve

BVA-Grave

Variabilidade

Ambiente

Genética

Intereção gênica

Fatores epidemiológicos associados poucoestudadosBaixo peso na admissãoTabagismo materno na gestaçãoDermatite atópicaVentilação mecânica no período neonatalAntecedente materno de atopiaAntecedente materno de asma na gestaçãoEstação do nascimentoBaixo nivel socioeconomicoSindrome de DownPoluição ambientalMorar em altitude maior que 2.500 metrosParto cesariana

Fatores epidemiológicos associados:PrematuridadeTabagismo passivoBaixa idadeAleitamento maternoDoença pulmonar crônicaCardopatia congênitaGêneroEtniaEtiologia e presença de coinfecçâo viral

Genes associados com a BVA:TLR4, TLR9, TLR10RANTESVDRJUNIFNASNOS-2CX3CR1Codificantes das proteínas do surfactanteInterleucinas 4, 8, 10, 13 e 18

Figura 2 Fatores epidemiológicos e genéticos associados à bronquiolite viral aguda causada pelo vírus sincicial respiratório.

Documento descarregado de http://jped.elsevier.es el 01/05/2014. Cópia para uso pessoal, está totalmente proibida a transmissão deste documento por qualquer meio ou forma.

73

Page 74: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

540 Alvarez AE et al.

Fatores genéticos

Apesar do conhecimento dos fatores de risco citados, a maior parte dos lactentes internados por BVA não apresenta quaisquer dessas condições. Isto levou os pesquisadores a acreditar que os fatores epidemiológicos não seriam os úni-cos responsáveis pela determinação da gravidade clínica da BVA pelo VSR. Assim, as características genéticas têm sido estudadas como fator de risco atuante na gravidade da BVA. Estima-se que existam mais de 10 milhões de variações no genoma humano (polimorfismos), e essas podem ser asso-ciadas com a variabilidade clínica em doenças como a BVA, sendo, recentemente, motivo de estudos populacionais. Nesse contexto, alguns estudos abordando variações em genes associados à reposta imune foram realizados na BVA grave por VSR.

Estudo recente avaliou 12.346 gêmeos nascidos na Dinamarca em um período de 10 anos, e verificou a con-cordância entre os mesmos em relação à hospitalização por VSR. A concordância foi de 0,66 nos gêmeos homozigóticos, e 0,53 nos dizigóticos, estimando uma contribuição genética de 16 a 20% para a gravidade da doença,50 o que contribui com a hipótese da atuação gênica na gravidade da BVA.

Na BVA, a infecção restringe-se às células superficiais do epitélio respiratório, principalmente as ciliadas dos bron-quíolos e dos pneumócitos tipo 1 nos alvéolos, e é com-batida pela resposta imune inata e adaptativa. O VSR é reconhecido pelas células epiteliais por receptores espe-cializados de reconhecimento de padrões moleculares asso-ciados a patógenos, conhecidos como Pattern recognition receptors (PRRs), possuindo forma de moléculas trans-membrana, e denominados receptores tipo Toll (Toll like receptor ou TLR), presentes em macrófagos e células den-dítricas, e ocorrem na produção de citocinas proinflama-tórias (Interleucinas 6, 8, 10 e 13, fator de necrose tumo-ral, RANTES, CX3CK1) e proteínas do surfactante. Alguns dos fatores apresentam propriedades antivirais diretas, enquanto outros estimulam a ativação de células natural killer, granulócitos, monócitos e macrófagos, dando início à resposta imune adaptativa.

O principal TLR responsável pelo reconhecimento do VSR é o Toll like 4 (TLR4). Polimorfismos do TLR4 foram asso-ciados com o risco de BVA grave por VSR, mas os resultados têm sido controversos. O melhor entendimento dessa ques-tão é importante para tentar identificar de maneira mais eficiente os lactentes que apresentam risco para evolução mais grave da BVA. Foi verificada a presença de polimor-fismos no gene TLR4 Asp299Gly (rs4986790) e Thr399Ile (rs4986791) em 99 lactentes internados por BVA grave por VSR, 82 pacientes tratados ambulatorialmente para esta doença e 90 adultos saudáveis. Os polimorfismos no TLR4 foram mais frequentes no grupo com BVA grave quando com-parado aos dois outros grupos, levando os autores a concluí-rem que a presença de polimorfismos no TLR4 está associa-da com maior gravidade da doença.51 Outro estudo avaliou a influência dos polimorfismos no gene TLR4 Asp299Gly e Thr399Ile sobre a produção de citocinas, demonstrando não existir qualquer influência nesse sentido e concluindo, assim, que a determinação dos polimorfismos do gene TLR4 não apresenta benefício na prática clínica.52 Outro estu-do, realizado com 312 pacientes e 356 controles, avaliou a

influência do polimorfismo Asp299Gly do gene TLR4 na sus-cetibilidade para BVA grave por VSR, e demonstrou que esse polimorfismo não influencia na gravidade da doença. Os autores concluem que a gravidade da BVA por VSR parece estar associada a fatores constitucionais e ambientais.53 Um estudo analisou 52 crianças com BVA por VSR (26 com trata-mento ambulatorial, 21 internadas em enfermaria e cinco internadas em unidade de terapia intensiva), e verificou que a presença dos polimorfismos Asp299Gly e Thr399Ile no gene TLR4 e uma disfunção de células mononucleares peri-féricas estimuladas por fito-hemaglutininas, manifestada por hiper-responsividade em resposta a lipopolissacarídeos, estavam associadas a maior gravidade da BVA por VSR.54 Já na avaliação dos polimorfismos D259G e T359I do TLR4 em 131 lactentes com BVA grave por VSR, quando comparados com 270 controles, os polimorfismos, isoladamente, não apresentaram associação com a gravidade da doença, mas a presença de um haplótipo gênico com os dois polimorfis-mos demonstrou associação significativa com a gravidade (p < 0,001).55

Um estudo verificou se polimorfismo em outros recepto-res Toll like, além do TLR4, poderiam estar relacionados à susceptibilidade a BVA por VSR, desta forma foram avalia-dos 19 polimorfismos nos receptores Toll like 1, 2, 3, 5, 6, 9 e 10 e foi encontrado associação entre polimorfismos nos receptores 9 e 10.56

Na avaliação de 106 crianças hospitalizadas com BVA por VSR e 120 controles (adultos saudáveis sem histórico de infecção respiratória grave), para verificar a associação de três polimorfismos -28C/G, -403G/A e In1.1T/C no gene RANTES com a gravidade da doença, não houve associação entre a gravidade da doença e os polimorfismos isolada-mente, mas os três polimorfismos combinados, formando haplótipo gênico, eram mais comuns nos casos que nos con-troles. Assim sendo, os autores concluíram que existe asso-ciação entre polimorfismos no gene RANTES e a gravidade da BVA por VSR.57

Um estudo verificou que o polimorfismo Thr1Meth (rs10735810) no receptor da vitamina D estava associado com a BVA, sendo que o alelo T “minor” tinha maior pro-pensão à BVA.58

Um estudo analisou 384 polimorfismos de nucleotídeos únicos em 470 crianças hospitalizadas com BVA por VSR e 1.008 controles, e verificou que os polimorfismos nos genes no receptor da vitamina D (rs10735810), JUN (rs11688), IFNA5 (rs10757212) e NOS-2 (rs1060826) demonstraram associação com BVA. Os autores concluíram que polimor-fismos nos genes da resposta imune inata são importantes para determinar a susceptibilidade para a BVA.59

Pesquisadores avaliaram se a presença de polimorfismos no receptor CX3CR1 presente nos leucócitos, e que se liga à proteína G do VSR, poderia apresentar relação com a gravidade da BVA. Foram avaliadas 82 crianças hospitaliza-das com BVA por VSR, e comparadas com 120 adultos sem histórico de infecção respiratória grave, e concluiu-se que o polimorfismo T280M foi mais frequente nos casos que nos controles (37,8% vs 20,8% OR 2,03; IC 95% 1,1-3,9), demonstrando associação do polimorfismo com a gravidade da infecção.60

As proteínas do surfactante SP-A, B, C e D, além de man-terem a tensão superficial alveolar, participam de meca-

Documento descarregado de http://jped.elsevier.es el 01/05/2014. Cópia para uso pessoal, está totalmente proibida a transmissão deste documento por qualquer meio ou forma.

74

Page 75: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Acute viral bronchiolitis: epidemiology and genetics 541

Conflitos de interesse

Os autores declaram não haver conflitos de interesse.

Agradecimentos

Ao grupo de pesquisa em doenças pulmonares obstrutivas crônicas da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. Ao laboratório de função pulmonar do Centro de Investigação em Pediatria. Ao laboratório multiusuário do departamento de Genética Médica – http://laboratoriomultiusuario.com.br.

Referências

1. Chávez-Bueno S, Mejías A, Welliver RC. Respiratory syncytial virus bronchiolitis: current and future strategies for treatment and prophylaxis. Treat Respir Med. 2006;5:483-94.

2. Ogra PL. Respiratory syncytial virus: the virus, the disease and the immune response. Paediatr Respir Rev. 2004;5:S119-26.

3. Stockman LJ, Curns AT, Anderson LJ, Fischer-Langley G. Respiratory Syncytial Virus-associated Hospitalizations Among Infants and Young Children in the United States, 1997-2006. Pediatr Infect Dis J. 2012;31:5-9.

4. Leader S, Kohlhase K. Recent trends in severe respiratory syncytial virus (RSV) among US infants, 1997 to 2000. J Pediatr. 2003;143:S127-32.

5. Ranmuthugala G, Brown L, Lidbury BA. Respiratory syncytial virus – the unrecognised cause of health and economic burden among young children in Australia. Commun Dis Intell. 2011;35:177-84.

6. Simões EA, Carbonell-Estrany X. Impact of severe disease caused by respiratory syncytial virus in children living in developed countries. Pediatr Infect Dis J. 2003;22:S13-8; discussion S18-20.

7. Albernaz EP, Menezes AM, César JA, Victora CG, Barros FC, Halpern R. Risk factors associated with hospitalization for bronchiolitis in the post-neonatal period. Rev Saude Publica. 2003;37:485-93.

8. Deshpande SA, Northern V. The clinical and health economic burden of respiratory syncytial virus disease among children under 2 years of age in a defined geographical area. Arch Dis Child. 2003;88:1065-9

9. Fryzek JP, Martone WJ, Groothuis JR. Trends in chronologic age and infant respiratory syncytial virus hospitalization: an 8-year cohort study. Adv Ther. 2011;28:195-201.

10. Sung CC, Chi H, Chiu NC, Huang DT, Weng LC, Wang NY, et al. Viral etiology of acute lower respiratory tract infections in hospitalized young children in Northern Taiwan. J Microbiol Immunol Infect. 2011;44:184-90.

11. García ML, Ordobás Gabin M, Calvo Reya C, González Alvarez M, Aguilar Ruiz J, Arregui Sierra A, et al. Viral infection of the lower respiratory tract in hospitalized infants: etiology, clinical features and risk factors. An Esp Pediatr. 2001;55:101-7.

12. Riccetto AG, Ribeiro JD, Silva MT, Almeida RS, Arns CW, Baracat EC. Respiratory syncytial virus (RSV) in infants hospitalized for acute lower respiratory tract disease: incidence and associated risks. Braz J Infect Dis. 2006;10:357-61.

13. Salomão Junior JB, Gardinassi LG, Simas PV, Bittar CO, Souza FP, Rahal P, et al. Human respiratory syncytial virus in children hospitalized for acute lower respiratory infection. J Pediatr (Rio J). 2011;87:219-24.

nismos imunológicos regulando a liberação de citocinas pró-inflamatórias, e participam da quimiotaxia e reparação tecidual. Estudo recente investigou se polimorfismos nos genes das proteínas SP-A1, SP-A2 e SP-D estavam associa-dos com a gravidade da infecção por VSR. Foi realizado estudo prospectivo com 118 crianças menores de seis meses com infecção por VSR, e com 104 controles sem histórico de infecção respiratória grave. Foram encontradas diferenças significativas em relação a alguns polimorfismos, e quando analisada a presença de haplótipo gênico, houve associação significativa entre a sua ocorrência e a gravidade da evo-lução da infecção pelo VSR (p < 0,001).61

As Interleucinas (IL) têm papel importante na respos-ta imunológica, e tem sido encontrada associação entre diferentes polimorfismos e haplótipo gênico dos genes da IL-4, IL-8, IL-10, IL-13 e IL-18 e a maior gravidade da infec-ção pelo VSR. Os estudos são controversos, pois a asso-ciação geralmente apresenta OR baixo e alguns deles não demonstraram qualquer associação. Às vezes, a associação só é significativa nos pacientes maiores de seis meses para IL-4, ou menores de seis meses para IL-10, sugerindo efeito dependente da idade no equilíbrio Th1/Th2.62

Como polimorfismos em genes relacionados à presença e maior gravidade da BVA estão associados à resposta imuno-lógica, sua identificação possibilitará um melhor entendi-mento de quais são as vias imunológicas implicadas na res-posta aos vírus e, dessa forma, colaborar com um parecer mais completo da doença. O conhecimento dos polimor-fismos implicados na evolução mais grave abrirá a possibi-lidade da introdução de novas terapias condicionadas por farmacogenética.

Conclusão

A BVA grave é a complicação mais frequente da infecção pelo VSR, sendo responsável por grande número de inter-nações, apresentando custo elevado podendo levar, inclu-sive, a óbito.

Nos últimos anos, têm ocorrido avanços em relação ao entendimento da variabilidade da gravidade da BVA pelo VSR. Os principais fatores epidemiológicos incluem pre-maturidade, tabagismo passivo, baixa idade, ausência de aleitamento materno, doença pulmonar crônica e cardio-patia congênita. Outros fatores permanecem controversos, como gênero e etnia, vírus causador da doença e presença de coinfecção viral. Existem relatos de outros fatores que também podem atuar na gravidade, mas que necessitam de mais estudos, tais como: baixo peso na admissão, taba-gismo materno na gestação, dermatite atópica, ventilação mecânica no período neonatal, antecedente materno de atopia, antecedente materno de asma na gestação, estação de nascimento, baixo nível socioeconômico, sín-drome de Down, poluição ambiental, morar em altitude maior que 2.500 metros e parto cesáreo. Em relação aos fatores genéticos, alguns polimorfismos parecem estar associados à evolução mais grave, sendo os mais estu-dados os polimorfismos dos genes do TLR4, TLR9, TLR10, RANTES, VDR, JUN, IFNA5, NOS-2, CX3CR1, codificantes das proteínas do surfactante e interleucinas 4, 8, 10, 13 e 18.

Documento descarregado de http://jped.elsevier.es el 01/05/2014. Cópia para uso pessoal, está totalmente proibida a transmissão deste documento por qualquer meio ou forma.

75

Page 76: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

542 Alvarez AE et al.

14. Sly PD, Jones CM. Viral co-detection in infants hospitalized with respiratory disease: is it important to detect? J Pediatr (Rio J). 2011;87:277-80.

15. Miller EK, Williams JV, Gebretsadik T, Carroll KN, Dupont WD, Mohamed YA, et al. Host and viral factors associated with severity of human rhinovirus-associated infant respiratory tract illness. J Allergy Clin Immunol. 2011;127:883-91.

16. Nascimento MS, Souza AV, Ferreira AV, Rodrigues JC, Abramovici S, Silva Filho LV. High rate of viral identification and coinfections in infants with acute bronchiolitis. Clinics (São Paulo). 2010;65:1133-7.

17. Groothuis JR, Fryzek JP, Makari D, Steffey D, Martone WJ. Respiratory syncytial virus hospitalization trends in infants with chronic lung disease of infancy, 1998-2008. Clin Epidemiol. 2011;3:245-50.

18. Gouyon JB, Rozé JC, Guillermet-Fromentin C, Glorieux I, Adamon L, DI Maio M, et al. Hospitalizations for respiratory syncytial virus bronchiolitis in preterm infants at <33 weeks gestation without bronchopulmonary dysplasia: the CASTOR study. Epidemiol Infect. 2012 15:1-11.

19. Semple MG, Taylor-Robinson DC, Lane S, Smyth RL. Household tobacco smoke and admission weight predict severe bronchiolitis in infants independent of deprivation: prospective cohort study. PLoS One. 2011;6:e22425.

20. Koehoorn M, Karr CJ, Demers PA, Lencar C, Tamburic L, Brauer M. Descriptive epidemiological features of bronchiolitis in a population-based cohort. Pediatrics. 2008;122:1196-203.

21. Ochoa Sangrador C, González de Dios J; Grupo de Revisión del Proyecto aBREVIADo (BRonquiolitis-Estudio de Variabilidad, Idoneidad y Adecuación). [Consensus conference on acute bronchiolitis (VI): prognosis of acute bronchiolitis. Review of scientific evidence]. An Pediatr (Barc). 2010;72:354.e1-34.

22. Grimwood K, Cohet C, Rich FJ, Cheng S, Wood C, Redshaw N, et al. Risk factors for respiratory syncytial virus bronchiolitis hospital admission in New Zealand. Epidemiol Infect. 2008;136: 1333-41.

23. López Guinea A, Casado Flores J, Martín Sobrino MA, Espínola Docio B, de la Calle Cabrera T, Serrano A, García Teresa MA. Severe bronchiolitis. Epidemiology and clinical course of 284 patients. An Pediatr (Barc). 2007;67:116-22.

24. Chan PW, Lok FY, Khatijah SB. Risk factors for hypoxemia and respiratory failure in respiratory syncytial virus bronchiolitis. Southeast Asian J Trop Med Public Health. 2002;33:806-10.

25. Garcia CG, Bhore R, Soriano-Fallas A, Trost M, Chason R, Ramilo O, Mejias A. Risk factors in children hospitalized with RSV bronchiolitis versus non-RSV bronchiolitis. Pediatrics. 2010;126: e1453-60.

26. Chatzimichael A, Tsalkidis A, Cassimos D, Gardikis S, Tripsianis G, Deftereos S, et al. The role of breastfeeding and passive smoking on the development of severe bronchiolitis in infants. Minerva Pediatr. 2007;59:199-206.

27. Jones LL, Hashim A, McKeever T, Cook DG, Britton J, Leonardi-Bee J. Parental and household smoking and the increased risk of bronchitis, bronchiolitis and other lower respiratory infections in infancy: systematic review and meta-analysis. Respir Res. 2011;12:5.

28. Bradley JP, Bacharier LB, Bonfiglio J, Schechtman KB, Strunk R, Storch G, et al. Severity of respiratory syncytial virus bronchiolitis is affected by cigarette smoke exposure and atopy. Pediatrics. 2005;115:e7-14.

29. Hervás D, Reina J, Yañez A, Del Valle JM, Figuerola J, Hervás JA. Epidemiology of hospitalization for acute bronchiolitis in children: differences between RSV and non-RSV bronchiolitis. Eur J Clin Microbiol Infect Dis. 2012;31:1975-81.

30. Oñoro G, Pérez Suárez E, Iglesias Bouzas MI, Serrano A, Martínez De Azagra A, et al. Severe bronchiolitis. Changes in epidemiology and respiratory support. An Pediatr (Barc). 2011;74:371-6.

31. Damore D, Mansbach JM, Clark S, Ramundo M, Camargo CA Jr. Prospective multicenter bronchiolitis study: predicting intensive care unit admissions. Acad Emerg Med. 2008;15: 887-94.

32. Papoff P, Moretti C, Cangiano G, Bonci E, Roggini M, Pierangeli A, et al. Incidence and predisposing factors for severe disease in previously healthy term infants experiencing their first episode of bronchiolitis. Acta Paediatr. 2011;100:e17-23.

33. Vidaurreta SM, Marcone DN, Ellis A, Ekstrom J, Cukier D, Videla C. Acute viral respiratory infection in children under 5 years: Epidemiological study in two centers in Buenos Aires, Argentina. Arch Argent Pediatr. 2011;109:296-304.

34. Dornelles CT, Piva JP, Marostica PJ. Nutritional status, breastfeeding, and evolution of Infants with acute viral bronchiolitis. J Health Popul Nutr. 2007;25:336-43.

35. Al-Shehri MA, Sadeq A, Quli K. Bronchiolitis in Abha, Southwest Saudi Arabia: viral etiology and predictors for hospital admission. West Afr J Med. 2005;24:299-304.

36. Che D, Nicolau J, Bergounioux J, Perez T, Bitar D. Bronchiolitis among infants under 1 year of age in France: Epidemiology and factors associated with mortality. Arch Pediatr. 2012;19: 700-6.

37. Fjaerli HO, Farstad T, Bratlid D. Hospitalisations for respiratory syncytial virus bronchiolitis in Akershus, Norway, 1993-2000: a population-based retrospective study. BMC Pediatr. 2004;4:25.

38. Meissner HC. Selected populations at increased risk from respiratory syncytial virus infection. Pediatr Infect Dis J. 2003; 22:S40-5.

39. Riccetto AG, Silva LH, Spilki FR, Morcillo AM, Arns CW, Baracat EC. Genotypes and clinical data of respiratory syncytial virus and metapneumovirus in brazilian infants: a new perspective. Braz J Infect Dis. 2009;13:35-9.

40. D’Elia C, Siqueira MM, Portes SA, Sant’Anna CC. Respiratory syncytial virus – associated lower respiratory tract infections in hospitalized infants. Rev Soc Bras Med Trop. 2005;38:7-10.

41. Weigl JA, Puppe W, Schmitt HJ. Variables explaining the duration of hospitalization in children under two years of age admitted with acute airway infections: does respiratory syncytial virus have a direct impact? Klin Padiatr. 2004;216:7-15.

42. Brand HK, de Groot R, Galama JM, Brouwer ML, Teuwen K, Hermans PW, et al. Infection with multiple viruses is not associated with increased disease severity in children with bronchiolitis. Pediatr Pulmonol. 2012;47:393-400

43. De Paulis M, Gilio AE, Ferraro AA, Ferronato AE, do Sacramento PR, Botosso VF, et al,. Severity of viral coinfection in hospitalized infants with respiratory syncytial virus infection. J Pediatr (Rio J). 2011;87:307-13.

44. Jartti T, Söderlund-Venermo M, Hedman K, Ruuskanen O, Mäkelä MJ. New molecular virus detection methods and their clinical value in lower respiratory tract infections in children. Paediatr Respir Rev. 2013;14:38-45.

45. Carroll KN, Gebretsadik T, Griffin MR, Dupont WD, Mitchel EF, Wu P, et al. Maternal asthma and maternal smoking are associated with increased risk of bronchiolitis during infancy. Pediatrics. 2007;119:1104-12.

46. Bloemers BL, van Furth AM, Weijerman ME, Gemke RJ, Broers CJ, van den Ende K, et al. Down syndrome: a novel risk factor for respiratory syncytial virus bronchiolitis – a prospective birth-cohort study. Pediatrics. 2007;120:e1076-81.

47. Karr C, Lumley T, Schreuder A, Davis R, Larson T, Ritz B, et al. Effects of subchronic and chronic exposure to ambient air pollutants on infant bronchiolitis. Am J Epidemiol. 2007;165: 553-60.

48. Choudhuri JA, Ogden LG, Ruttenber AJ, Thomas DS, Todd JK, Simoes EA. Effect of altitude on hospitalizations for respiratory syncytial virus infection. Pediatrics. 2006;117:349-56.

Documento descarregado de http://jped.elsevier.es el 01/05/2014. Cópia para uso pessoal, está totalmente proibida a transmissão deste documento por qualquer meio ou forma.

76

Page 77: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Acute viral bronchiolitis: epidemiology and genetics 543

56. Mailaparambil B, Krueger M, Heinze J, Forster J, Heinzmann A. Polymorphisms of toll like receptors in the genetics of severe RSV associated diseases. Dis Markers. 2008;25:59-65.

57. Amanatidou V, Sourvinos G, Apostolakis S, Neonaki P, Tsilimigaki A, Krambovitis E, et al. RANTES promoter gene polymorphisms and susceptibility to severe respiratory syncytial virus-induced bronchiolitis. Pediatr Infect Dis J. 2008;27:38-42.

58. Kresfelder TL, Janssen R, Bont L, Venter M. Confirmation of an association between single nucleotide polymorphisms in the VDR gene with respiratory syncytial virus related disease in South African children. J Med Virol. 2011;83:1834-40.

59. Janssen R, Bont L, Siezen CL, Hodemaekers HM, Ermers MJ, Doornbos G, et al. Genetic susceptibility to respiratory syncytial virus bronchiolitis is predominantly associated with innate immune genes. J Infect Dis. 2007;196:826-34.

60. Amanatidou V, Sourvinos G, Apostolakis S, Tsilimigaki A, Spandidos DA. T280M variation of the CX3C receptor gene is associated with increased risk for severe respiratory syncytial virus bronchiolitis. Pediatr Infect Dis J. 2006;25:410-4.

61. Ampuero S, Luchsinger V, Tapia L, Palomino MA, Larrañaga CE. SP-A1, SP-A2 and SP-D gene polymorphisms in severe acute respiratory syncytial infection in Chilean infants. Infect Genet Evol. 2011;11:1368-77.

62. Mulet JF, Rodríguez de Torres BO. Viral induced bronchiolitis and genetics. An Pediatr (Barc). 2010;73:159-61.

49. Moore HC, de Klerk N, Holt P, Richmond PC, Lehmann D. Hospitalisation for bronchiolitis in infants is more common after elective caesarean delivery. Arch Dis Child. 2012;97:410-4.

50. Thomsen SF, Stensballe LG, Skytthe A, Kyvic KO, Backer V, Bisgaard H. Increased concordance of severe respiratory syncytial virus infection in identical twins. Pediatrics. 2008; 121:493-6.

51. Tal G, Mandelberg A, Dalal I, Cesar K, Somekh E, Tal A, et al. Association between common Toll-like receptor 4 mutations and severe respiratory syncytial virus disease. J Infect Dis. 2004;189:2057-63.

52. Douville RN, Lissitsyn Y, Hirschfeld AF, Becker AB, Kozyrskyj AL, Liem J, et al. TLR4 Asp299Gly and Thr399Ile polymorphisms: no impact on human immune responsiveness to LPS or respiratory syncytial virus. PLoS One. 2010;5:e12087.

53. Löfgren J, Marttila R, Renko M, Rämet M, Hallman M. Toll-like receptor 4 Asp299Gly polymorphism in respiratory syncytial virus epidemics. Pediatr Pulmonol. 2010;45:687-92.

54. Mandelberg A, Tal G, Naugolny L, Cesar K, Oron A, Houri S, et al. Lipopolysaccharide hyporesponsiveness as a risk factor for intensive care unit hospitalization in infants with respiratory syncitial virus bronchiolitis. Clin Exp Immunol. 2006;144:48-52.

55. Puthothu B, Forster J, Heinzmann A, Krueger M. TLR-4 and CD14 polymorphisms in respiratory syncytial virus associated disease. Dis Markers. 2006;22:303-8.

Documento descarregado de http://jped.elsevier.es el 01/05/2014. Cópia para uso pessoal, está totalmente proibida a transmissão deste documento por qualquer meio ou forma.

77

Page 78: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

ARTIGO 2: ARTIGO ORIGINAL

Genetic influence on the severity of Acute

Viral Bronchiolitis

78

Page 79: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Genetic influence on the severity of Acute Viral

Bronchiolitis

Alfonso Eduardo Alvarez1,*, M.D., M.S., Fernando Augusto de Lima Marson1,2,

PhD., Carmen Sílvia Bertuzzo2, PhD., Juliana Cristina Santiago Bastos3, M.S.,

Emilio Carlos Elias Baracat1,4, M.D., Ph.D., Marcelo Barciela Brandão1,4, M.D.,

Ph.D., Antonia Teresinha Tresoldi1, M.D., Ph.D., Mariana Tresoldi das Neves

Romaneli1, M.D., M.S., Celize Cruz Bresciani Almeida1, Ph.D., Therezinha de

Oliveira1, B.S., Patricia Godano Schlodtmann5, B.S., Ester Corrêa5, B.S., Maria

Luisa Ferreira de Miranda4, M.D., Marcelo Conrado dos Reis4, M.D., M.S., José

Vicente De Pieri5, M.D., Clarice Weis Arns3, Ph.D., and José Dirceu Ribeiro1,

M.D., Ph.D.

1. Department of Pediatrics, Faculty of Medical Sciences, State University of

Campinas. Rua Tessália Vieira de Camargo, 126, Cidade Universitária Zeferino

Vaz, Campinas – São Paulo, Brasil, CEP 13083-887.

2. Department of Medical Genetics, Faculty of Medical Sciences, State

University of Campinas. Rua Tessália Vieira de Camargo, 126, Cidade

Universitária Zeferino Vaz, Campinas – São Paulo, Brasil, CEP 13083-887.

3. Biological Institute, State University of Campinas, Department of Genetics,

Evolution and Bioagents. Rua Monteiro Lobato, 255, Cidade Universitária

Zeferino Vaz, Campinas - SP - Brasil - CEP 13083-862.

4. Clinical Hospital of Sumare, State University of Campinas. Av. da Amizade,

2.400, Jd Bela Vista, Sumaré – SP – Brasil – CEP 13175-49.

5. Vera Cruz Hospital. Av. Andrade Neves, 402 , Centro, Campinas – SP –

Brasil – CEP 13013-160.

* Corresponding author: AEA: [email protected]. Department of

Pediatrics, Faculty of Medical Sciences, State University of Campinas

(Unicamp), Rua Tessália Vieira de Camargo, 126 Cidade Universitária Zeferino

79

Page 80: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Vaz, Campinas, SP, Brasil 13083-887. Tel: + 551935218983 / 35218959; Fax:

+55 19 35218970.

Financial disclosure: The authors report no financial relationships relevant to

the subject of this article.

Funding source: AEA: São Paulo Research Foundation (FAPESP) grant

#2012/05458-2 and Roberto Rocha Brito Foundation of Vera Cruz Hospital

grant. FALM: FAPESP grants #2011/12939-4. JDR: FAPESP grants

#2011/18845-1 and #2012/05458-2.

Potential conflicts of interest: The authors declare that they have no conflicts

of interest.

Keywords: Infants; Genetics; Risk factors; Respiratory Syncytial Virus, Toll-like

receptors

Running head: Genetic influence on Acute Viral Bronchiolitis

80

Page 81: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Abstract

Background and objectives: Acute viral bronchiolitis is the leading cause of

hospitalization among infants during the first year of life. Most infants

hospitalized for bronchiolitis do not present with risk factors and are otherwise

healthy. The objective of this study was to determine the genetic features

associated with a severe course and prevalence of bronchiolitis. Secondarily,

we analyzed the influence of epidemiologic and etiologic features associated

with bronchiolitis severity.

Methods: We prospectively evaluated 181 severe bronchiolitis infants admitted

at three hospitals over a 2-year period (2013-2014) who required oxygen

therapy. The control group consisted of 536 healthy adults. Patients were

evaluated for epidemiological variables, and underwent nasopharyngeal

aspirate testing for virus detection by multiplex-PCR, and blood collection for

the SNPs identification in immune response genes. Patient outcomes were

assessed.

Results: We observed association between SNP rs2107538 (RANTES) and

bronchiolitis caused by respiratory syncytial virus(RSV) and RSV-subtype-A,

and between rs1060826 (NOS2) and bronchiolitis caused by rhinovirus. SNPs

rs4986790 (TLR4), rs898830 (TLR2), and rs2228570 (VDR) were associated

with progression to death. SNP rs7656411 (TLR2) was associated with length

of oxygen use; SNPs rs352162 (TLR9), rs187084 (TLR9), and rs2280788

(RANTES) were associated with requirement for intensive care unit admission;

while SNPs rs1927911 (TLR4), rs352162(TLR9), and rs2107538(RANTES)

were associated with the need for mechanical ventilation. Patients with RSV

subtype-B infections had shorter lengths of hospital stay and oxygen use than

those infected with other viruses.

Conclusions: Our findings indicate that genetic variability in immune response

genes contributes to outcomes of severe bronchiolitis.

81

Page 82: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Introduction

Acute viral bronchiolitis is the leading cause of hospitalization among

infants aged < 12 months. Approximately 100,000 bronchiolitis admissions

occur annually in the United States, at an estimated cost of $1.73 billion1-3.

Respiratory syncytial virus (RSV) is the causative agent in approximately

70% of bronchiolitis cases, and nearly all children become infected with this

virus during the first 2 years of life. RSV infection ranges from a mild upper

respiratory illness to severe bronchiolitis, which may require admission to the

intensive care unit (ICU), mechanical ventilation, and possibly lead to death.

Treatment is supportive1,2,4. Globally, RSV is estimated to cause 66,000–

199,000 deaths per year among children younger than 5 years of age1.

Because of the possibility of bronchiolitis changing to a more severe form,

it is important to identify its risk factors. We recently published a review of these,

which include prematurity, passive smoking, young age, absence of

breastfeeding, chronic lung disease, and congenital heart disease; some of

these risk factors are controversial in the literature5. Some controversy also

exists regarding the influence of the type of virus and the presence of

codetection in the severity of bronchiolitis6-9.

Most infants hospitalized with bronchiolitis present with no risk factors and

are otherwise healthy. This led researchers to believe that epidemiological

factors are not solely responsible for determining the prevalence and severity of

bronchiolitis, and that these might be influenced by genetic variability. Indeed,

one study found a correlation between 12,346 pairs of twins and hospitalization

for RSV of 0.66 in homozygous twins and 0.53 in dizygotic twins, estimating a

genetic contribution from 16% to 20% for RSV severity10.

Toll-like receptor (TLR)4 plays a role in RSV recognition, and genetic

variations of TLR4 have been studied as risk factors of RSV infection11-13. TLR9

and TLR10 also carry polymorphisms that have been associated with

bronchiolitis14, as well as other genes such as regulated on activation, normal T

cell expressed and secreted (RANTES)15, vitamin D receptor (VDR)16,17,

inducible nitric oxide synthase (NOS2), interferon (IFNA5), and JUN17.

82

Page 83: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

The aim of this study was to determine the genetic features associated

with a severe course and prevalence of bronchiolitis. Secondarily, we analyzed

the influence of epidemiologic and etiologic features associated with

bronchiolitis severity.

Patients and Methods

Patients

We prospectively evaluated all severe acute viral bronchiolitis patients

aged < 2 years admitted at three hospitals in a 2-year period (2013-2014), who

required oxygen therapy. The diagnosis of bronchiolitis was based on clinical

data, using the most widely accepted definition, which considers it to be the first

episode of acute respiratory distress with wheezing, preceded by upper airway

symptoms such as rhinorrhea and cough, with or without fever, in children

under 2 years of age2. The severe bronchiolitis criterion was oxygen saturation

< 92%. Patients with this condition were admitted for oxygen therapy2. Patients

with previous wheezing were excluded. Patients were admitted in ICU when

oxygen saturation remains < 92% even with the patient getting inspired oxygen

fraction > 60%. Patients were submitted to mechanical ventilation if arterial

partial pressure of oxygen were < 60 mmHg or arterial partial pressure of

carbon dioxide were > 50 mmHg in arterial blood gas analysis. The oxygen

therapy was suspended when oxygen saturation remains > 92% in room air.

The patient was discharged 24 hours after suspending the oxygen therapy. The

control group consisted of 536 healthy controls (aged 19 to 25 years) with no

personal or family history of lung or other chronic disease for two generations.

Control group with healthy adults is a useful and accepted tool that has been

applied in a large number of genetic association studies11,14,15,17,24,36.

Patients were evaluated for epidemiological variables, outcome of

disease, type of virus, and genetic polymorphisms. Parents or guardians

answered a questionnaire about epidemiological factors. A longitudinal follow-

up was carried out of these patients until the time of discharge, evaluating the

length of hospital stay, length of oxygen use, need and length of ICU stay, need

83

Page 84: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

and length of mechanical ventilation, and progression to death. Patients

underwent nasopharyngeal aspirate for the detection of viruses, and blood

collection for the identification of polymorphisms.

Virus identification

RNAprotect® Cell Reagent (Qiagen, Valencia, CA) was added to

nasopharyngeal aspirates in a 1:5 ratio, and stored at -80°C. Stored material

was centrifuged and the supernatant discarded. The cell pellet was then

resuspended in buffer RLT Plus and DNA and RNA isolation was performed

using the AllPrep DNA/RNA Mini kit (Qiagen) according to the manufacturer’s

protocol.

cDNA was synthesized using the High Capacity cDNA Reverse

Transcription kit (Applied Biosystems/Thermo Fisher Scientific, São Paulo,

Brazil) according to the manufacturer’s protocol. Samples were then tested

using the Seeplex® RV15 ACE detection kit (Seegene, Concord, CA) for 13

types of RNA viruses and two types of DNA viruses according to the

manufacturer’s instructions. PCR was conducted in a thermocycler based on

the manufacturer’s protocol in a final volume of 20 µL containing 3 µL of cDNA

(or 1.5 µL cDNA and 1.5 µL DNA), 4 µL of 5× RV15 ACE primer (A, B, or C), 3

µL of 8-MOP solution, and 10 µL of 2× master mix. Amplified PCR products

were analyzed in 2% agarose gels stained with GelRed (Biotium Inc., Hayward,

CA). The viruses tested for were: RSV subtypes A and B; rhinovirus A/B/C;

parainfluenza virus 1, 2, 3, and 4; adenovirus; coronaviruses 229E/NL63 and

OC43; influenza A virus and influenza B virus; bocavirus 1/2/3/4;

metapneumovirus; and enterovirus.

Polymorphism screening

Genomic DNA was extracted from blood samples using the QIAamp®

DNA Blood Mini kit (Qiagen) according to the manufacturer’s protocol. The

OpenArray® Real-Time PCR Platform and AccuFill™ System (Thermo Fisher

Scientific) were used to screen the following 16 polymorphisms with TaqMan®

OpenArray® Genotyping Plates, format 16 (PN: 4413546): rs4986790 (TLR4),

84

Page 85: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

rs4986791 (TLR4), rs1927911 (TLR4), rs898830 (TLR2), rs7656411 (TLR2),

rs352162 (TLR9), rs187084 (TLR9), rs1065341 (RANTES), rs2107538

(RANTES), rs2280788 (RANTES), rs2280789 (RANTES), rs10735810 (VDR),

rs2228570 (VDR), rs1060826 (NOS2), rs10757212 (IFNA5), and rs11688

(JUN).

Statistical analysis

Epidemiological and laboratory data were described by frequency

(percentage) for categorical variables, and means ± standard deviation or

medians (minimum and maximum) for numerical data. Data and disease

outcomes were compared between patients, and polymorphism frequency was

compared between patients and controls. We also analyzed polymorphism

frequencies in patients and controls for each type of virus (RSV, specific RSV

subtype A or RSV subtype B, rhinovirus, and virus codetection). Polymorphisms

were compared with epidemiological and laboratory data, including the type of

virus identified. A second analysis was performed in 131 patients without

comorbidities (premature birth, chronic respiratory disease, and congenital heart

disease) for all previously mentioned comparisons.

Fisher’s exact test and the χ2 test were applied to compare categorical

data, and the Kruskal-Wallis and Mann-Whitney tests were used to compare

numerical data. We reported odds ratios and 95% confidence intervals; two-

sided P<0.05 was considered statistically significant. Data were analyzed using

SPSS 21.0 software (SPSS Inc., Chicago, IL).

We evaluated minor allele frequency (MAF) and Hardy-Weinberg

equilibrium (HWE) using OEGE software (Online Encyclopedia for Genetic

Epidemiology studies, 2008). In order to evaluate genetic interaction among the

polymorphisms and clinical data in our sample, we used the Multifactor

Dimensionality Reduction (MDR) model, which is a nonparametric, genetic, and

environmental model-free data mining for nonlinear interaction identification

among genetic and environmental attributes18. To adjust results for multiple

comparisons, we performed a MDR permutation test in our sample, totalizing

100,000 permutations.

85

Page 86: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Ethics statement

This study was approved by the National Research Ethics Commission.

Legal representatives of patients received explanations about the research and

gave written informed consent.

Results

Table 1 shows patient demographics, clinical characteristics, and details

of the viruses identified. One hundred and eighty-one patients were included in

the study, of whom 173 underwent nasopharyngeal aspirate. Viral identification

was positive in 87.3% of cases.

Association between polymorphisms and bronchiolitis presence and

severity

Table 2 shows SNPs description including minor allele frequency and

Hardy-Weinberg equilibrium.

Figure 1 and supplemental online table 1 show association between

polymorphisms and the presence of bronchiolitis for different types of virus. The

evaluation of the presence of bronchiolitis for different types of virus revealed an

association between SNP rs2107538 (RANTES) and bronchiolitis caused by

RSV and RSV-A specifically, and between SNP rs1060826 (NOS2) and

bronchiolitis caused by rhinovirus. In patients without comorbidities, we

observed an association between SNP rs1060826 (NOS2) and bronchiolitis

caused by rhinovirus.

Figure 2 and supplemental online table 2 show association between

polymorphisms and bronchiolitis severity. SNPs rs4986790 (TLR4) and

rs2228570 (VDR) were associated with progression to death, rs352162 (TLR9),

and rs187084 (TLR9) with ICU admission, and rs352162 (TLR9) and rs2107538

(RANTES) with need for mechanical ventilation.

In patients without comorbidities, SNP rs898830 (TLR2) was associated

with progression to death because the four patients who died during the study

were heterozygous for this SNP (P=0.036). Additionally, rs1927911 (TLR4) and

86

Page 87: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

rs2107538 (RANTES) were associated with need for mechanical ventilation,

rs7656411 (TLR2) with length of oxygen use, and rs352162 (TLR9) and

rs2280788 (RANTES) with ICU admission. The rs2280788 heterozygous

genotype was only present in patients who required ICU admission (P=0.036).

Association between epidemiological parameters and bronchiolitis

severity

Figure 3A and supplemental online table 3 show association between

epidemiological parameters and bronchiolitis severity. The worst outcomes

correlated with the presence of atopy in parents and siblings, lower maternal

education, and a greater number of siblings and people in the house. Clinical

features associated with bronchiolitis have already been reported in the

literature5, so we instead focused on genetic variability in genes involved in the

immune system.

Association between virus infection and bronchiolitis severity

Figure 3B and supplemental online table 3 also show association

between viral infection and bronchiolitis severity. Patients with RSV-B infections

had a shorter length of stay and length of oxygen use than those with other

infections. This was also observed for patients without comorbidities regarding

the length of oxygen use. Codetection was associated with patient age,

frequency of nursery attendance, and a father with allergic rhinitis.

Interaction analysis

The MDR analysis showed no evidence of interaction of genetic variants

enrolled between severe acute viral bronchiolitis and health control subjects.

For patient’s outcomes, no positive interaction was observed among the clinical

data.

Discussion

To the best of our knowledge, this is the first study into the association of

SNPs in genes involved in the immune response with the severity of

87

Page 88: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

bronchiolitis that compared patient outcomes. Until now, studies analyzing the

prevalence of bronchiolitis have compared patients with controls, while those

examining the severity of bronchiolitis have compared inpatients with patients

seen in the emergency room and then discharged.

The human Toll-like family of proteins consists of at least 10 members of

pattern recognition receptors present in macrophages and dendritic cells that

represent a critical link between immune stimulants produced by

microorganisms and the initiation of host defense. The interaction between

TLR4 and the RSV fusion protein leads to the production of pro-inflammatory

cytokines (interleukins 6, 8, 10, and 13, tumor necrosis factor, RANTES, and

CX3CK1) and surfactant proteins. Some of these factors have direct antiviral

properties, while others stimulate the activation of natural killer cells,

granulocytes, monocytes, and macrophages, thus initiating the adaptive

immune response19-22. A TLR deficiency may lead to the absence of Th1

polarizing signals, and change T cell responses from protective Th1 and

cytotoxic T cell immunity toward dysregulated Th2 and Th17 polarization,

causing bronchiolitis in susceptible infants19, 20. A recent study demonstrated

that the RSV fusion protein was capable of inducing the formation of neutrophil

extracellular traps (NETs), which immobilize and kill pathogens, through TLR4

activation. The excessive production of NETs contributes to the pathology of

respiratory viral infections23.

Previous studies found that severe RSV bronchiolitis is associated with

SNPs in TLR4 (rs4986790 and rs4986791)11,24. Moreover, peripheral blood

mononuclear cells from children expressing exonic TLR4 variants were shown

to have blunted responses to RSV21. However, other studies found no

association between these SNPs and bronchiolitis12,13. The present study found

that death from bronchiolitis is associated with SNP rs4986790 (TLR4), but no

association was detected between bronchiolitis severity and SNP rs1927911

(TLR4). SNP rs1927911 was recently associated with an increased risk of

asthma development in children with a history of bronchiolitis25, so we are

following up our patients to verify any association between bronchiolitis severity,

the virus type, genetic polymorphisms, and asthma development.

88

Page 89: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Environmental factors have also been shown to interact with the TLR4 genotype

to modulate the RSV infection severity26.

TLR2 is expressed on the surface of immune cells and tissues as a

heterodimer complex with either TLR1 or TLR6. Using knockout mice, TLR2

and TLR6 signaling in leukocytes was shown to activate innate immunity

against RSV by promoting tumor necrosis factor alpha, interleukin-6, chemokine

(C-C motif) ligand (CCL)2, and RANTES, and was important for controlling viral

replication and promoting neutrophil migration and dendritic cell activation in

vivo27. Additionally, TLR4 signaling was reported to influence TLR2 expression

following certain stimuli, suggesting a role for both TLR4 and TLR2 in the

response to RSV28. We found that death in bronchiolitis is associated with SNP

rs898830 (TLR2) in patients without comorbidities. A recent study, however,

found no association between TLR1, TLR2, and TLR6 polymorphisms and the

bronchiolitis severity29.

TLR9 has previously been associated with different diseases, such as

bronchial asthma30. Additionally, RSV was shown to inhibit the production of

interferon-γ in human plasmacytoid dendritic cells by TLR9 signaling31, and TH2

response upregulation, which is characteristically seen in severe RSV-

associated diseases. Thus, an involvement of TLR9 in the genetics of

bronchiolitis seems reasonable. An association of SNP rs5743836 (TLR9) with

RSV infection was documented in an earlier study14, and we found that SNPs

rs352162 (TLR9) and rs187084 (TLR9) were associated with a requirement for

ICU admission, and that rs352162 was also associated with the need for

mechanical ventilation.

In the course of RSV infection, enhanced chemokine activity modulates

cell recruitment and infiltration to the inflammation site. RANTES is a chemokine

produced by CD8+ T-lymphocytes, macrophages, platelets, and epithelial cells

that attracts monocytes, eosinophils, basophils, and memory T-lymphocytes to

the area of infection. It is highly expressed in respiratory epithelial cell lines,

nasal secretions, and broncho-alveolar lavages of RSV-infected subjects.

Moreover, evidence supports an association between RANTES activity and

RSV infection32.

89

Page 90: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

A previous study reported an association between SNPs rs2107538 and

rs2280788 in the promoter region and rs2280789 in intron 1 of RANTES with

RSV bronchiolitis31. However, another study found no association between RSV

bronchiolitis and these SNPs when tested separately, but observed a

significantly more common combined SNP genotype in patients than in

controls15. We found that SNP rs2107538 (RANTES) was associated with the

need for mechanical ventilation in bronchiolitis patients.

Vitamin D modulates white blood cell proliferation, maturation, and

cytokine expression through the VDR on lymphocytes and macrophages. VDR

signaling also contributes to the expression of antimicrobial peptides, which are

important for the innate defense against viruses and bacteria33. Lower vitamin D

levels have been postulated as a risk factor for respiratory illness based on the

well-established seasonality of respiratory infections that occur during winter

when UV-B production of vitamin D is low. Subsequent bronchiolitis research in

developed countries investigating subclinical vitamin D deficiency supports this

hypothesis34. Additionally, a prospective newborn cohort study identified low

cord blood vitamin D levels as an independent predictor of RSV infection during

the first year of life35.

Genetic alterations of VDR have the potential to affect vitamin D signaling

through impaired gene transcription, mRNA stability and translation, protein

activity, and protein stability. A common VDR SNP, rs2228570, has previously

been associated with moderately lower VDR transcriptional activity and a recent

meta-analysis concluded that presence of the rs2228570 minor allele

significantly increased the risk of RSV bronchiolitis36. Similarly, we found that

rs2228570 was associated with death from bronchiolitis in the current study.

In airway epithelial cells, vitamin D controls the expression of signal

transducer and activator of transcription (STAT)1. A recent study demonstrated

that the predisposition of SNP rs2228570 (VDR) to severe RSV bronchiolitis

may involve the impaired ability of vitamin D to restrain antiviral signaling in

airway epithelia, and that vitamin D fails to regulate STAT1 phosphorylation and

downstream gene expression in cells expressing this VDR variant. Strong

activation of the STAT1 pathway in RSV-infected cells may therefore contribute

90

Page 91: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

to RSV immunopathogenesis37. Two studies found that another VDR SNP,

rs10735810, was associated with an increased likelihood of bronchiolitis and

that carriers of the minor T allele were more likely to develop this disease16,17.

A recent study analyzed 60 infants hospitalized with bronchiolitis and

found no significant differences in demographic factors, clinical characteristics,

or clinical severity between infants with RSV-A and RSV-B infections38. Another

study found no difference in the duration of hospitalization or need for ICU in

children infected with RSV-A compared with those infected with RSV-B, but

RSV-A-infected infants had a significantly higher clinical score, supporting the

notion that RSV-A-induced bronchiolitis is more severe than RSV-B-induced

disease39. We showed that RSV-B infection was associated with a reduced

length of stay and length of oxygen utilization compared with the presence of

other viral infections, indicating a lower level of disease severity for this viral

subtype. Development of an RSV vaccine is a high priority for public health, but

attempts to date have been frustrated. Resolving the mechanism by which RSV

induces pathogenesis is essential for developing new effective vaccines19,20,40.

In conclusion, our findings indicate that genetic variability in immune

response genes contributes to outcomes of severe bronchiolitis. The

determination of polymorphisms in immune response genes could be used in

future work to help predict high-risk infants who might benefit from preventive

measures. A knowledge of SNPs associated with severe bronchiolitis will also

contribute to an understanding of disease pathogenesis and the innate immune

response to its infection. This will be useful in guiding efforts to develop more

effective treatment for this potentially fatal infection.

Acknowledgments

We thank Luciana Montes Rezende and Tania Kawazaki de Araújo from

the Department of Medical Genetics, Faculty of Medical Sciences, State

University of Campinas, for performing DNA extraction, polymorphism

screening, and the collection of control subjects.

91

Page 92: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

References

1. Meissner HC. Viral Bronchiolitis in Children. N Engl J Med 2016;374:62-72.

2. Ralston SL, Lieberthal AS, Meissner HC, Alverson BK, Baley JE, Gadomski

AM, Johnson DW, Light MJ, Maraqa NF, Mendonca EA, Phelan KJ, Zorc JJ,

Stanko-Lopp D, Brown MA, Nathanson I, Rosenblum E, Sayles S 3rd,

Hernandez-Cancio S; American Academy of Pediatrics. Clinical practice

guideline: the diagnosis, management, and prevention of bronchiolitis.

Pediatrics 2014;134(5):e1474-1502.

3. Hall CB, Weinberg GA, Iwane MK, Blumkin AK, Edwards KM, Staat MA,

Auinger P, Griffin MR, Poehling KA, Erdman D, Grijalva CG, Zhu Y, Szilagyi P.

The burden of respiratory syncytial virus infection in young children. N Engl J

Med 2009;360:588-598.

4. National Collaborating Centre for Women's and Children's Health (UK).

Bronchiolitis: Diagnosis and Management of Bronchiolitis in Children. London:

National Institute for Health and Clinical Excellence, 2015.

5. Alvarez AE, Marson FA, Bertuzzo CS, Arns CW, Ribeiro JD. Epidemiological

and genetic characteristics associated with the severity of acute viral

bronchiolitis by respiratory syncytial virus. J Pediatr (Rio J) 2013;89:531-543.

6. Hervás D, Reina J, Yañez A, Del Valle JM, Figuerola J, Hervás JA.

Epidemiology of hospitalization for acute bronchiolitis in children: differences

between RSV and non-RSV bronchiolitis. Eur J Clin Microbiol Infect Dis

2012;31:1975-1981.

7. Weigl JA, Puppe W, Schmitt HJ. Variables explaining the duration of

hospitalization in children under two years of age admitted with acute airway

infections: does respiratory syncytial virus have a direct impact? Klin Padiatr

2004;216:7-15.

8. da Silva ER, Pitrez MC, Arruda E, Mattiello R, Sarria EE, de Paula FE,

Proença-Modena JL, Delcaro LS, Cintra O, Jones MH, Ribeiro JD, Stein RT.

Severe lower respiratory tract infection in infants and toddlers from a non-

92

Page 93: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

affluent population: viral etiology and co-detection as risk factors. BMC Infect

Dis 2013;13:41.

9. Brand HK, de Groot R, Galama JM, Brouwer ML, Teuwen K, Hermans PW,

Melchers WJ, Warris A. Infection with multiple viruses is not associated with

increased disease severity in children with bronchiolitis. Pediatr Pulmonol

2012;47:393-400.

10. Thomsen SF, Stensballe LG, Skytthe A, Kyvic KO, Backer V, Bisgaard H.

Increased concordance of severe respiratory syncytial virus infection in identical

twins. Pediatrics 2008;121:493-496.

11. Tal G, Mandelberg A, Dalal I, Cesar K, Somekh E, Tal A, Oron A, Itskovich

S, Ballin A, Houri S, Beigelman A, Lider O, Rechavi G, Amariglio N. Association

between common Toll-like receptor 4 mutations and severe respiratory syncytial

virus disease. J Infect Dis 2004;189:2057-2063.

12. Löfgren J, Marttila R, Renko M, Rämet M, Hallman M. Toll-like receptor 4

Asp299Gly polymorphism in respiratory syncytial virus epidemics. Pediatr

Pulmonol 2010;45:687-692.

13. Goutaki M, Haidopoulou K, Pappa S, Tsakiridis P, Frydas E, Eboriadou M,

Hatzistylianou M. The role of TLR4 and CD14 polymorphisms in the

pathogenesis of respiratory syncytial virus bronchiolitis in greek infants. Int J

Immunopathol Pharmacol 2014;27:563-572.

14. Mailaparambil B, Krueger M, Heinze J, Forster J, Heinzmann A.

Polymorphisms of toll like receptors in the genetics of severe RSV associated

diseases. Dis Markers 2008;25:59-65.

15. Amanatidou V, Sourvinos G, Apostolakis S, Neonaki P, Tsilimigaki A,

Krambovitis E, Spandidos DA. RANTES promoter gene polymorphisms and

susceptibility to severe respiratory syncytial virus-induced bronchiolitis. Pediatr

Infect Dis J 2008;27:38-42.

16. Kresfelder TL, Janssen R, Bont L, Venter M. Confirmation of an association

between single nucleotide polymorphisms in the VDR gene with respiratory

93

Page 94: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

syncytial virus related disease in South African children. J Med Virol

2011;83:1834-1840.

17. Janssen R, Bont L, Siezen CL, Hodemaekers HM, Ermers MJ, Doornbos G,

van 't Slot R, Wijmenga C, Goeman JJ, Kimpen JL, van Houwelingen HC,

Kimman TG, Hoebee B. Genetic susceptibility to respiratory syncytial virus

bronchiolitis is predominantly associated with innate immune genes. J Infect Dis

2007;196:826-834.

18. Gola D, Mahachie John JM, van Steen K, König IR. A roadmap to

multifactor dimensionality reduction methods. Brief Bioinform 2016;17:293-308.

19. Farrag MA, Almajhdi FN. Human Respiratory Syncytial Virus: Role of Innate

Immunity in Clearance and Disease Progression. Viral Immunol 2016;29:11-26.

20. Arruvito L, Raiden S, Geffner J. Host response to respiratory syncytial virus

infection. Curr Opin Infect Dis 2015;28:259-266.

21. Lambert L, Sagfors AM, Openshaw PJ, Culley FJ. Immunity to RSV in

Early-Life. Front Immunol 2014;5:466.

22. Choi EH, Lee HJ, Chanock SJ. Human genetics and respiratory syncytial

virus disease: current findings and future approaches. Curr Top Microbiol

Immunol 2013;372:121-137.

23. Funchal GA, Jaeger N, Czepielewski RS, Machado MS, Muraro SP, Stein

RT, Bonorino CB, Porto BN. Respiratory syncytial virus fusion protein promotes

TLR-4-dependent neutrophil extracellular trap formation by human neutrophils.

PLoS One 2015;10(4):e0124082.

24. Puthothu B, Forster J, Heinzmann A, Krueger M. TLR-4 and CD14

polymorphisms in respiratory syncytial virus associated disease. Dis Markers

2006;22:303-308.

25. Lee E, Kwon JW, Kim HB, Yu HS, Kang MJ, Hong K, Yang SI, Jung YH,

Lee SH, Choi KY, Shin HL, Hong SA, Kim HY, Seo JH, Kim BJ, Lee SY, Song

DJ, Kim WK, Jang GC, Shim JY, Hong SJ. Association Between Antibiotic

94

Page 95: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Exposure, Bronchiolitis, and TLR4 (rs1927911) Polymorphisms in Childhood

Asthma. Allergy Asthma Immunol Res 2015;7:167-174.

26. Caballero MT, Serra ME, Acosta PL, Marzec J, Gibbons L, Salim M,

Rodriguez A, Reynaldi A, Garcia A, Bado D, Buchholz UJ, Hijano DR, Coviello

S, Newcomb D, Bellabarba M, Ferolla FM, Libster R, Berenstein A, Siniawaski

S, Blumetti V, Echavarria M, Pinto L, Lawrence A, Ossorio MF, Grosman A,

Mateu CG, Bayle C, Dericco A, Pellegrini M, Igarza I, Repetto HA, Grimaldi LA,

Gudapati P, Polack NR, Althabe F, Shi M, Ferrero F, Bergel E, Stein RT,

Peebles RS, Boothby M, Kleeberger SR, Polack FP. TLR4 genotype and

environmental LPS mediate RSV bronchiolitis through Th2 polarization. J Clin

Invest 2015;125:571-582.

27. Murawski MR, Bowen GN, Cerny AM, Anderson LJ, Haynes LM, Tripp RA,

Kurt-Jones EA, Finberg RW. Respiratory syncytial virus activates innate

immunity through Toll-like receptor 2. J Virol 2009;83:1492-1500.

28. Fan J., R. S. Frey, A. B. Malik. TLR4 signaling induces TLR2 expression in

endothelial cells via neutrophil NADPH oxidase. J Clin Investig 2003;112:1234-

1243.

29. Nuolivirta K, Vuononvirta J, Peltola V, Koponen P, Helminen M, He Q,

Korppi M. Toll-like receptor 2 subfamily genotypes are not associated with

severity of bronchiolitis or postbronchiolitis wheezing in infants. Acta Paediatr

2013;102:1160-1164.

30. Lazarus R, Klimecki WT, Raby BA, Vercelli D, Palmer LJ, Kwiatkowski DJ,

Silverman EK, Martinez F, Weiss ST. Single-nucleotide polymorphisms in the

Toll-like receptor 9 gene (TLR9): frequencies, pairwise linkage disequilibrium,

and haplotypes in three US ethnic groups and exploratory case-control disease

association studies. Genomics 2003;81:85-91.

31. Schlender J, Hornung V, Finke S, Günthner-Biller M, Marozin S, Brzózka K,

Moghim S, Endres S, Hartmann G, Conzelmann KK. Inhibition of toll-like

receptor 7- and 9-mediated alpha/beta interferon production in human

95

Page 96: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

plasmacytoid dendritic cells by respiratory syncytial virus and measles virus. J

Virol 2005;79:5507-5515.

32. Hattori S, Shimojo N, Mashimo T, Inoue Y, Ono Y, Kohno Y, Okamoto Y,

Hata A, Suzuki Y. Relationship between RANTES polymorphisms and

respiratory syncytial virus bronchiolitis in a Japanese infant population. Jpn J

Infect Dis 2011;64:242-245.

33. Liu PT, Stenger S, Tang DH, Modlin RL. Cutting edge: vitamin D mediated

human antimicrobial activity against myocbacterium tuberculosis is dependent

on the induction of cathelicidin. J Immunol 2007;179:2060.

34. Roth DE, Shah R, Black RE, Baqui AH. Vitamin D status and acute lower

respiratory infection in early childhood in Sylhet, Bangladesh. Acta Paediatr

2010;99:389-393.

35. Belderbos ME, Houben ML, Wilbrink B, Lentjes E, Bloemen EM, Kimpen JL,

Rovers M, Bont L. Cord blood vitamin D deficiency is associated with

respiratory syncytial virus bronchiolitis. Pediatrics 2011;127:e1513-e1520.

36. McNally JD, Sampson M, Matheson LA, Hutton B, Little J. Vitamin D

receptor (VDR) polymorphisms and severe RSV bronchiolitis: a systematic

review and meta-analysis. Pediatr Pulmonol 2014;49:790-799.

37. Stoppelenburg AJ, von Hegedus JH, Huis in't Veld R, Bont L, Boes M.

Defective control of vitamin D receptor-mediated epithelial STAT1 signalling

predisposes to severe respiratory syncytial virus bronchiolitis. J Pathol

2014;232:57-64.

38. Zhou L, Xiao Q, Zhao Y, Huang A, Ren L, Liu E. The impact of viral

dynamics on the clinical severity of infants with respiratory syncytial virus

bronchiolitis. J Med Virol 2015;87:1276-1284.

39. Papadopoulos NG, Gourgiotis D, Javadyan A, Bossios A, Kallergi K,

Psarras S, Tsolia MN, Kafetzis D. Does respiratory syncytial virus subtype

influences the severity of acute bronchiolitis in hospitalized infants? Respir Med

2004;98:879-882.

96

Page 97: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

40. Jorquera PA, Anderson L, Tripp RA. Understanding respiratory syncytial

virus (RSV) vaccine development and aspects of disease pathogenesis. Expert

Rev Vaccines 2016;15:173-187.

97

Page 98: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Table 1. Demographic and clinical characteristics of 181 infants, and viral type

identified in nasopharyngeal aspirate of 173 infants hospitalized with bronchiolitis.

Item Value

Birth weight (gr) 3102 (565 to 4850)

Male gender 105 (58%)

White ethnicity 130 (73.9%)

Black ethnicity 42 (23.9%)

Cesarean delivery 103 (58.2%)

Gestational age (weeks) 38 (28 to 42)

Premature birth (< 37 weeks) 38 (21%)

Age (days) 104 (14 to 622)

Infants breastfed since birth 64 (36.6%)

Infants not breastfed 64 (36.2%)

Maternal smoking during pregnancy 18 (10.2%)

Passive smoke exposure 50 (28.4%)

Mother with asthma 22 (12.4%)

Father with asthma 21 (11.9%)

Siblings with asthma 38 (21.5%)

Mother with allergic rhinitis 45 (25.6%)

Father with allergic rhinitis 27 (15.3%)

Siblings with allergic rhinitis 33 (18.6%)

Mother with atopic dermatitis 8 (4.5%)

Father with atopic dermatitis 3 (1.7%)

Siblings with atopic dermatitis 17 (9.6%)

98

Page 99: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Number of siblings 1 (0 to 7)

Numbers of persons in the house 4 (2 to 13)

Mold exposure 37 (21%)

Pets in the house 79 (44.9%)

Chronic respiratory disease 3 (1.7%)

Congenital heart disease 13 (7.3%)

Down syndrome 4 (2.2%)

Day care attendance 25 (14.1%)

Mothers with ≤ 9 years of education 83 (48%)

Mothers with 10 to 16 years of education 62 (35.8%)

Mothers with ≥ 17 years of education 28 (16.2%)

Length of hospital stay (days) 6.5 (1 to 64)

Length of oxygen therapy (days) 5 (1 to 63)

Intensive care unit (ICU) admission 61 (34%)

Length of ICU stay (days) 9 (2 to 37)

Need of mechanical ventilation 38 (21%)

Length of mechanical ventilation 8.5 (2 to 37)

Death 5 (2.8%)

Respiratory syncytial virus 121 (69.9)

Respiratory syncytial virus-a 91 (52.6)

Respiratory syncytial virus-b 31 (17.9)

Rhinovirus 46 (26.6)

Parainfluenza virus 6 (3.5)

Adenovirus 8 (4.6)

99

Page 100: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Coronavirus 3 (1.7)

Influenza virus 2 (1.2)

Bocavirus 1 (0.6)

Metapneumovirus 3 (1.7)

Enterovirus 2 (1.2)

Negative 22 (12.7)

Codetection 37 (21.4)

Data are expressed as medians (range) or frequencies (percentage)

100

Page 101: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Ta

ble

2.

SN

Ps

des

crip

tio

n i

ncl

ud

ing

min

or

alle

le f

req

uen

cy a

nd

Har

dy

-Wei

nb

erg

eq

uil

ibri

um

.

Gen

e

SN

Ps

An

cest

ra

l a

llele

(A

A)

Ra

re a

llele

(RA

) F

un

cti

on

al

co

nse

qu

en

ce

Am

ino

acid

AA

A

min

o a

cid

RA

G

ro

up

M

AF

H

W

TL

R4

rs

49

86

79

0

A

G

Mis

sen

se

Asp

G

ly

SA

VB

0

.09

(G

) >

0.0

5

C

on

tro

l 0

.07

(G

) >

0.0

5

rs

49

86

79

1

C

T

Mis

sen

se

Th

r Il

e S

AV

B

0.0

2 (

T)

> 0

.05

C

on

tro

l 0

.05

(T

) >

0.0

5

rs

19

27

91

1

T

C

Intr

on

var

ian

t

S

AV

B

0.3

4 (

T)

> 0

.05

C

on

tro

l 0

.33

(T

) >

0.0

5

TL

R2

rs

89

88

30

C

A

In

tro

n v

aria

nt

SA

VB

0

.34

(C

) >

0.0

5

C

on

tro

l 0

.34

(C

) >

0.0

5

rs

76

56

41

1

G

T

Do

wn

stre

am v

aria

nt

50

0B

S

AV

B

0.3

4 (

G)

> 0

.05

Co

ntr

ol

0.3

7 (

G)

> 0

.05

TL

R9

rs

35

21

62

C

T

SA

VB

0

.47

(T

) >

0.0

5

C

on

tro

l 0

.46

(T

) >

0.0

5

rs

18

70

84

C

T

U

pst

ream

var

ian

t 2

KB

S

AV

B

0.3

9 (

C)

> 0

.05

Co

ntr

ol

0.4

2 (

C)

> 0

.05

RA

NT

ES

rs

10

65

34

1

A

G

Intr

on

var

ian

t, U

TR

3 p

rim

e

S

AV

B

0.4

9 (

G)

< 0

.05

Co

ntr

ol

0.4

8 (

G)

< 0

.05

rs

21

07

53

8

T

C

Up

stre

am v

aria

nt

2K

B

SA

VB

0

.28

(T

) >

0.0

5

Co

ntr

ol

0.2

7 (

T)

> 0

.05

rs

22

80

78

8

C

G

Intr

on

var

ian

t, U

pst

ream

var

ian

t 2

KB

SA

VB

0

.43

(G

) <

0.0

5

Co

ntr

ol

0.3

8 (

G)

< 0

.05

rs

22

80

78

9

C

T

Intr

on

var

ian

t

S

AV

B

0.2

0 (

C)

> 0

.05

C

on

tro

l 0

.18

(C

) >

0.0

5

VD

R

rs1

07

35

81

0

A

G

Mis

sen

se

Met

T

hr

SA

VB

-

-

C

on

tro

l -

-

rs

22

28

57

0

A

G

Mis

sen

se

Met

T

hr

SA

VB

0

.33

(A

) >

0.0

5

C

on

tro

l 0

.33

(A

) <

0.0

5

NO

S2

rs

10

60

82

6

G

A

Sy

no

ny

mo

us

cod

on

T

hr

Th

r S

AV

B

0.3

3 (

T)

> 0

.05

C

on

tro

l 0

.35

(T

) >

0.0

5

IFN

A5

rs

10

75

72

12

A

G

S

yn

on

ym

ou

s co

do

n

Th

r T

hr

SA

VB

0

.30

(A

) >

0.0

5

C

on

tro

l 0

.30

(A

) >

0.0

5

JU

N

rs1

16

88

G

A

S

yn

on

ym

ou

s co

do

n

Gln

G

ln

SA

VB

-

-

C

on

tro

l -

-

AA

, an

cest

ral

alle

le;

RA

, ra

re a

llel

e; S

NP

, si

ngle

nucl

eoti

de

poly

morp

his

m;

MA

F,

min

or

alle

le f

requen

cy;

HW

, H

ardy

-Wei

nber

g E

quil

ibri

um

; S

AV

B,

sever

e

acute

vir

al b

ronch

ioli

tis.

101

Page 102: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Figure 1. Association between polymorphisms and presence of bronchiolitis for

different types of virus. RSV, respiratory syncytial virus; OR, odds ratio; CI,

confidence interval. All parameters show significant differences between or

among groups (P<0.05). Fisher’s exact test and the χ2 test were applied

considering data distribution. The MDR analysis showed no evidence of

interaction of genetic data with acute severe viral bronchiolitis for the positive

association.

All acute severe viral bronchiolitis (ASVB) patients (n= 181)ASVB patients without

comorbidities (n= 131)

Od

ds

rati

o(9

5%

CI)

102

Page 103: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Figure 2. Association between polymorphisms and bronchiolitis severity. OR,

odds ratio; CI, confidence interval; ICU, intensive care unit. All parameters show

significant differences between or among groups (P<0.05). Fisher’s exact test

and the χ2 test were applied considering data distribution. The MDR analysis

showed no evidence of interaction of clinical and genetic data with acute severe

viral bronchiolitis for the positive association. The OR axis is out of scale.

DeathICU admission

ASVB without comorbidities (n= 131)All acute severe viral bronchiolitis (ASVB) patients (n= 181)

Mechanical ventilationMechanical

ventilationICU

admissionLength of

oxygen use

Od

ds

rati

o(9

5%

CI)

103

Page 104: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Figure 3. Association between epidemiological parameters, virus type, and

bronchiolitis severity. (A) Epidemiological parameters and bronchiolitis severity.

(B) Virus infection and bronchiolitis severity. RSV, respiratory syncytial virus;

OR, odds ratio; CI, Confidence Interval; ICU, intensive care unit; 1, Mother with

atopic dermatitis; 2; Siblings with asthma; 3, Maternal education 10 to 16 years;

4, Maternal education > (or equal) 17 years; LOS, length of stay; LOU, length of

oxygen use; FN, frequency to nursery; FWAR, father with allergic rhinitis. All

parameters show significant differences between or among groups (P<0.05).

Fisher’s exact test and the χ2 test were applied considering data distribution.

The MDR analysis showed no evidence of interaction of clinical data with acute

severe viral bronchiolitis for the positive association. The OR axis is out of

scale.

ICU admission Lenght of stay Lenght of oxygen use

A

All acute severe viral bronchiolitis (ASVB) patients (n= 181)ASVB without

comorbidities (n= 131)

B

Od

ds

rati

o(9

5%

CI)

Od

ds

rati

o(9

5%

CI)

104

Page 105: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Supplementary table 1. Associations between polymorphisms and presence of bronchiolitis for

different types of virus.

All Patients

Polymorphism RSV

Total OR 95%CI Yes Control group

rs2107538 (CCL5) CT 48 170 218 1.646 1.054 to 2.57

CC +TT 47 274 321 1 -

Polymorphism RSV-A

Total OR 95%CI Yes Control group

rs2107538 (CCL5) CT 37 170 207 1.754 1.06 to 2.902

CC +TT 34 274 308 1 -

Polymorphism Rhinovirus

Total OR 95%CI Yes Control group

rs1060826 (NOS2) CC 23 185 208 2.649 1.309 to 5.362

CT + TT 13 277 290 1 -

Polymorphism Rhinovirus

Total OR 95%CI Yes Control group

rs1060826 (NOS2) CC + TT 28 234 262 3.410 1.522 to 7.640

CT 8 228 236 1 -

Patients without comorbidities

Polymorphism Rhinovirus

Total OR 95%CI Yes Control group

rs1060826 (NOS2)

CC 18 185 203 3.369 1.435 to 7.908

CT 5 228 233 0.244 0.091 to 0.659

TT 3 49 52 1.099 0.318 to 3.795

RSV, respiratory syncytial virus; OR, odds ratio; CI, confidence interval. All parameters show significant

differences between or among groups (P<0.05). Fisher’s exact test and the χ2 test were applied considering

the data distribution. The MDR analysis showed no evidence of interaction of genetic and viral data with

acute severe viral bronchiolitis for the positive association (data not showed).

105

Page 106: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Supplementary table 2. Association between polymorphisms and bronchiolitis severity.

All Patients

Polymorphism Death

Total OR 95%CI Yes No

rs4986790 (TLR4) AG 3 20 23 8.025 1.26 to 51.12

AA 2 107 109 1 -

Polymorphism ICU admission

Total OR 95%CI Yes No

rs352162 (TLR9)

CC 9 27 36 0.467 0.198 to 1.099

CT 21 47 68 0.575 0.282 to 1.172

TT 19 9 28 5.207 2.118 to 12.8

Polymorphism Mechanical ventilation

Total OR 95%CI Yes No

rs352162 (TLR9) CC + CT 11 17 28 2.718 1.103 to 6.695

TT 20 84 104 1 -

Polymorphism ICU admission

Total OR 95%CI Yes No

rs187084 (TLR9) TC 20 50 70 0.455 0.222 to 0.935

TT+CC 29 33 62 1 -

Polymorphism Mechanical ventilation

Total OR 95%CI Yes No

rs2107538 (CCL5)

CC 18 45 63 1.833 0.799 to 4.204

CT 8 52 60 0.336 0.137 to 0.825

TT 4 3 7 4.974 1.047 to 23.63

Polymorphism Death

Total OR 95%CI Yes No

rs2228570 (VDR)

CC 2 9 11 8.889 1.312 to 60.21

CT 3 63 66 1.571 0.254 to 9.719

TT 0 57 57 - -

Patients without comorbidities

Polymorphism Mechanical ventilation

Total OR 95%CI Yes No

rs1927911 (TLR4)

TT 1 12 13 0.281 0.034 to 2.299

TC 5 34 39 0.412 0.136 to 1.248

CC 14 30 44 3.578 1.238 to 10.34

Polymorphism Length of oxygen use

Total OR 95%CI > median < median

rs7656411 (TLR2)

GG 1 6 36 0.195 0.022 to 1.688

GT 25 20 68 2.5 1.093 to 5.718

TT 16 28 28 0.571 0.252 to 1.298

Polymorphism ICU admission

Total OR 95%CI Yes No

rs352162 (TLR9)

CC 6 21 27 0.473 0.169 to 1.323

CT 14 36 50 0.605 0.257 to 1.423

TT 12 7 19 4.886 1.689 to 14.13

Polymorphism Mechanical ventilation

Total OR 95%CI Yes No

rs2107538 (CCL5)

CC 10 35 45 1.143 0.426 to 3.066

CT 6 37 43 0.440 0.153 to 1.268

TT 4 3 7 6 1.221 to 29.48

106

Page 107: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

OR, odds ratio; CI, confidence interval; ICU, intensive care unit. All parameters show significant differences

between or among groups (P<0.05). Fisher’s exact test and the χ2 test were applied considering the data

distribution. The MDR analysis showed no evidence of interaction of genetic and clinical data with acute

severe viral bronchiolitis for the positive previous association.

107

Page 108: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Supplementary table 3. Association between epidemiological parameters, virus type, and bronchiolitis

severity.

Epidemiological parameters – All Patients

Parameter ICU admission

Total OR 95%CI Yes No

Mother with

atopic dermatitis

Yes 5 2 7 5.529 1.039 to 29.43

No 52 115 167 1 -

Parameter Length of stay

Total OR 95%CI > median < median

Siblings with

asthma

Yes 28 9 37 4.366 1.915 to 9.956

No 57 80 137 1 -

Maternal

education

≤ 9 years 46 36 82 1.761 0.959 to 3.234

10-16 years 31 29 60 3.92 1.392 to 11.03

≥ 17 years 6 22 28 0.230 0.088 to 0.602

Parameter Length of oxygen use

Total OR 95%CI > median < median

Siblings with

asthma

Yes 26 11 37 3.818 1.741 to 8.372

No 52 84 136 1 -

Maternal

education

≤ 9 years 42 40 82 1.637 0.889 to 3.014

10-16 years 28 31 59 3.312 1.174 to 9.344

≥ 17 years 6 22 28 0.277 0.106 to 0.723

Parameter Father with allergic

rhinitis N Mean ± SD Median Min to max

Length of stay Yes 37 6.81 ± 5.10 5 1 to 25

No 147 8.99 ± 7.59 7 1 to 64

Parameter Maternal Education N Mean ± SD Median Min to max

Length of stay

≤ 9 years 82 9.62 ± 8.51 7 1 to 64

10-16 years 60 8.63 ± 6.52 7 1 to 45

≥ 17 years 28 6.11 ± 4.27 5 2 to 20

Length of oxygen use

≤ 9 years 82 8.13 ± 8.18 6 1 to 63

10-16 years 59 6.95 ± 6.09 5 1 to 41

≥ 17 years 28 4.36 ± 4.23 3 1 to 19

Parameter Length of stay N Mean ± SD Median Min to max

Number of siblings

< median 88 0.98 ± 1.05 1 0 to 5

> median 85 1.69 ± 1.45 1 0 to 7

No 171 7.17 ± 7.01 5 1 to 63

Parameter Sibling with asthma N Mean ± SD Median Min to max

Length of stay Yes 37 11.84 ± 8.17 10 1 to 45

No 137 7.80 ± 6.81 6 1 to 64

Length of oxygen use Yes 37 10.27 ± 7.67 8 1 to 41

No 136 6.20 ± 6.56 5 1 to 63

Length of ICU stay Yes 37 4.92 ± 6.54 0 0 to 24

No 137 2.39 ± 4.62 0 0 to 23

Parameter Length of stay N Mean ± SD Median Min to max

Number of people in the

house

< median 89 4.29 ± 1.51 4 2 to 13

> median 84 4.75 ± 1.31 4 3 to 10

Parameter Length of oxygen use N Mean ± SD Median Min to max

Number of siblings in the

house

< median 94 1.02 ± 1.10 1 0 to 5

> median 78 1.72 ± 1.44 1 0 to 7

Number of people in the

house

< median 95 4.27 ± 1.48 4 2 to 13

> median 77 4.82 ± 1.33 5 3 to 10

Virus – All Patients

Parameter Length of stay Total OR 95%CI

108

Page 109: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

> median < median

RSV-B Yes 10 20 30 0.421 0.184 to 0.964

No 76 64 140 1 -

Parameter Length of oxygen use

Total OR 95%CI > median < median

RSV-B Yes 7 23 30 0.282 0.114 to 0.703

No 72 67 139 1 -

Parameter Age

Total OR 95%CI > median < median

Codetection Yes 25 12 37 2.493 1.157 to 5.372

No 61 73 134 1 -

Parameter Father with allergic rhinitis

Total OR 95%CI Yes No

Codetection Yes 11 26 37 3.067 1.275 to 7.377

No 16 116 132 1 -

Parameter Frequency to nursery

Total OR 95%CI Yes No

Codetection Yes 11 26 37 4.654 1.824 to 11.88

No 11 121 132 1 -

Parameter Codetection N Mean ± SD Median Min to max

Age (months) Yes 37 155.05 ± 85.90 144 31 to 413

No 134 133.04 ± 106.5 96.50 16 to 621

Virus - Patients without comorbidities

Parameter Length of oxygen use

Total OR 95%CI > median < median

RSV-B Yes 5 19 24 0.291 0.101 to 0.841

No 47 52 99 1 -

RSV, respiratory syncytial virus; OR, odds ratio; CI, Confidence Interval; ICU, intensive care unit; N,

number of patients, SD, standard deviation; min to max, minimum to maximum. All parameters show

significant differences between or among groups (P<0.05). Fisher’s exact test and the χ2 test were applied

considering the categorical data and Kruskal-Wallis and Mann-Whitney tests were used to compare

numerical data. The MDR analysis showed no evidence of interaction of clinical data with acute severe viral

bronchiolitis for the positive previous association.

109

Page 110: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

DISCUSSÃO

Acreditamos que um grande diferencial desta pesquisa é o fato de ser o

primeiro estudo sobre a associação de polimorfismos em genes envolvidos na

resposta imune com a gravidade da bronquiolite que comparou a evolução dos

pacientes. Até agora, os estudos que analisaram a prevalência de bronquiolite

compararam pacientes com controles, e os que analisaram a gravidade da

bronquiolite compararam pacientes internados com pacientes atendidos na sala

de emergência e dispensados.

Os fatores epidemiológicos relacionados à gravidade da BVA foram

amplamente discutidos na literatura, conforme visto na introdução e em nosso

artigo de revisão (Alvarez et al., 2013). Desta forma, iremos focar a discussão

na associação entre os fatores genéticos e a prevalência e gravidade da BVA.

RECEPTORES TOLL-LIKE

A família de proteínas Toll-Like é constituída por pelo menos 10

membros de receptores de reconhecimento de padrões presentes em

macrófagos e células dendríticas, e representa uma ligação importante entre

estímulos imunes produzidos por microorganismos e o início da resposta

imunológica do hospedeiro. A interação entre o TLR4 e a proteína de fusão do

VSR leva à produção de citocinas pró-inflamatórias (interleucina 6, 8, 10, e 13,

fator de necrose tumoral, RANTES, e CX3CK1) e proteínas surfactantes.

Alguns destes fatores têm propriedades antivirais diretas, enquanto outros

estimulam a ativação de células Natural Killer, granulócitos, monócitos e

macrófagos, iniciando assim a resposta imune adaptativa (Farrag 2016 et al.;

Arruvito et al., 2015; Lambert et al., 2014; Choi et al., 2013). Uma deficiência

nos TLR pode resultar na ausência de sinais para polarização para resposta

Th1, e mudar a resposta das células T da proteção fornecida pela resposta

TH1 e pelas células T citotóxicas para uma resposta TH2 e TH17, muito menos

110

Page 111: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

efetivas, levando a bronquiolite em lactentes suscetíveis (Farrag et al., 2016;

Arruvito et al., 2015).

Um estudo recente demonstrou que a proteína de fusão do VSR foi

capaz de induzir a formação de Neutrophil Extracellular Traps (NETs), que

imobilizam e matam agentes patogénicos, através da ativação do TLR4. A

produção excessiva de NETs contribui para a patogênese de infecções virais

respiratórias (Funchal et al., 2015).

TOLL-LIKE 4

Tal e colaboradores (2004) estudaram a presença de SNPs no gene

TLR4 rs4986790 e rs4986791 em 99 lactentes internados por BVA grave por

VSR, 82 pacientes tratados ambulatorialmente para esta doença e 90 adultos

saudáveis. Os polimorfismos no TLR4 foram mais frequentes no grupo com

BVA grave comparado aos 2 outros grupos (Tal et al., 2004). Esses achados

foram posteriormente confirmados por outro estudo (Puthothu et al.,2006). Um

estudo demonstrou que células epiteliais brônquicas humanas com os SNP

rs4986790 e rs4986791 (TLR4) não conseguiam realizar a translocação do

receptor para a superfície da célula e que células mononucleares periféricas de

crianças com esses polimorfismos apresentavam resposta diminuída ao VSR

(Tulic et al., 2007). Mandelberg e colaboradores (2006) analisando 52 crianças

com BVA por VSR (26 com tratamento ambulatorial, 21 internadas em

enfermaria e 5 internadas em unidade de terapia intensiva) verificaram que a

presença dos polimorfismos rs4986790 e rs4986791 e uma disfunção de

células mononucleares periféricas estimuladas por fitohemaglutininas,

manifestada por hiperresponsividade em resposta a lipossacárides, estava

associada a maior gravidade da doença (Mandelberg et al., 2006).

Por outro lado, Douville e colaboradores (2010) avaliaram a influência

desses mesmos polimorfismos sobre a produção de citocinas e demonstraram

que não existe nenhuma influência nesse sentido, concluindo que a

determinação dos polimorfismos do gene TLR4 não apresenta nenhum

benefício na prática clínica (Douville et al., 2010). Löfgren e colaboradores

111

Page 112: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

(2010) estudaram 312 casos e 356 controles para avaliar a influência do SNP

rs4986790 na suscetibilidade para BVA grave por VSR e demonstraram que

esse polimorfismo não influencia a gravidade da doença (Löfgren et al., 2010).

Os autores concluem que a gravidade da BVA por VSR parece estar associada

a fatores constitucionais e ambientais. Um estudo avaliando 50 crianças

internadas com BVA também não encontrou associação (Goutaki et al., 2014).

Zhou e colaboradores (2016) em recente metanálise avaliando 6 estudos com

rs4986790 (TLR4) e 3 estudos com rs4986791 (TLR4) concluíram que não

existe associação desses polimorfismos com a gravidade da BVA; os autores

concluem porém, que são necessários novos estudos multicêntricos para

avaliar essas possíveis associações (Zhou et al., 2016). Em um estudo recente

na China foi demonstrado uma associação de outro polimorfismo, rs41426344

(TLR4), com infecção pelo VSR (Zhu et al., 2015).

Um estudo recente demonstrou que fatores ambientais interagem com o

genótipo do TLR4 para modular a gravidade da infecção pelo VSR (Caballero

et al., 2015).

Nosso estudo encontrou que a evolução a óbito por BVA está associada

ao SNP rs4986790 (TLR4), mas nenhuma associação foi observada entre a

gravidade da bronquiolite e o SNP rs1927911 (TLR4). O SNP rs1927911 foi

recentemente associado ao aumento do risco de desenvolvimento de asma em

crianças com história de bronquiolite (Lee et al., 2015). Atualmente estamos

acompanhando ambulatorialmente nossos pacientes para verificar associações

entre a gravidade da bronquiolite, o tipo de vírus e os polimorfismos com o

desenvolvimento de asma.

TOLL-LIKE 2

O TLR2 é expresso na superfície das células imunes e de tecidos, como

um complexo com o TLR1 ou com o TLR6. Em um estudo com camundongos,

demonstrou-se que o TLR2 e TLR6 em leucócitos ativavam a resposta imune

contra o VSR estimulando o Fator de Necrose Tumoral Alpha, Interleucina 6,

RANTES e outras quimiocinas, sendo importante para controlar a replicação

112

Page 113: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

viral e promover a migração de neutrófilos e a ativação de células dendríticas in

vivo (Murawski et al., 2009). Além disso, demonstrou-se que a sinalização

através do TLR4 influencia a expressão do TLR2 a certos estímulos, sugerindo

um papel para ambos, TLR4 e TLR2, na resposta ao VSR (Fan et al., 2003).

Por outro lado, Nuolivirta e colaboradores (2013) estudando 129 crianças

internadas com BVA não encontrou associação entre polimorfismos no TLR2 e

a gravidade da BVA (Nuolivirta et al., 2013).

Em nosso estudo a evolução a óbito por bronquiolite demonstrou

associação com o SNPs rs898830 (TLR2) em pacientes sem comorbidades.

TOLL-LIKE 9

O TLR9 foi previamente associado com diferentes doenças, entre elas

asma (Lazarus et al., 2003). Adicionalmente, demonstrou-se que o VSR inibe a

produção de interferon-γ em células dendríticas plasmocíticas humanas por

sinalização através do TLR9 (Schlender et al., 2005), e aumento da resposta

Th2, o que é característico das doenças graves associadas ao VSR. Desta

forma, um envolvimento do TLR9 na genética da bronquiolite parece razoável.

Mailaparambil e colaboradores (2008) avaliaram se polimorfismos em outros

receptores Toll-like, além do TLR4, poderiam estar relacionados a

susceptibilidade a BVA por VSR, desta forma avaliaram 19 polimorfismos nos

receptores Toll-like 1, 2, 3, 5, 6, 9 e 10. Houve associação entre o SNP

rs5743836 (TLR9) e infecção pelo VSR (Mailaparambil et al., 2008).

No presente estudo os SNPs rs352162 (TLR9) e rs187084 (TLR9) foram

associados à necessidade de admissão na UTI, e o SNP rs352162 também foi

associado à necessidade de ventilação mecânica.

RANTES

Durante a infecção pelo VSR o aumento da atividade das quimiocinas

estimula o recrutamento e a infiltração de células para o local da inflamação.

RANTES é uma quimioquina produzida por linfócitos T CD8, macrófagos,

plaquetas e células epiteliais que atrai monócitos, eosinófilos, basófilos e

113

Page 114: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

linfócitos T de memória para a área da infecção. É altamente expresso em

células epiteliais respiratórias, secreções nasais, e lavado bronco-alveolar de

indivíduos infectados com VSR.

Um estudo relatou uma associação entre SNPs rs2107538 e rs2280788

na região promotora e rs2280789 no intron 1 do RANTES com bronquiolite por

VSR (Hattori et al., 2011). Amanatidou e colaboradores (2008) avaliaram 106

crianças hospitalizadas por BVA por VSR e 120 controles (adultos saudáveis

sem histórico de infeção respiratória grave) para verificar a associação desses

3 polimorfismos com a gravidade da doença. Não houve associação entre a

gravidade da doença e os polimorfismos isoladamente, mas os 3 polimorfismos

combinados, formando haplótipo gênico, eram mais comuns nos casos que

nos controles, desta forma os autores concluem que existe associação entre

polimorfismos no gene RANTES e a gravidade da BVA por VSR (Amantidou et

al., 2008).

No presente estudo o SNP rs2107538 (RANTES) foi associado com a

necessidade de ventilação mecânica.

RECEPTOR DE VITAMINA D

A vitamina D modula a proliferação de leucócitos e a maturação e

expressão de citocinas através do receptor de vitamina D (VDR) em linfócitos e

macrófagos. A sinalização através do VDR também contribui para a expressão

de peptídeos anti-microbianos, que são importantes para a defesa inata contra

vírus e bactérias (Liu et al., 2007). Níveis baixos de vitamina D têm sido

descritos como fator de risco para doenças respiratórias baseado na

sazonalidade bem estabelecida de infecções respiratórias que ocorrem durante

o inverno, quando a produção de vitamina D pelos raios ultravioletas B é baixa.

Pesquisa com bronquiolite em países desenvolvidos que investigaram a

deficiência subclínica de vitamina D confirmam essa hipótese (Roth et al.,

2010). Além disso, três estudos de coorte prospectivos com recém-nascidos

identificaram que níveis baixos de vitamina D no sangue de cordão umbilical

representam um fator preditivo independente de infecção por VSR durante o

114

Page 115: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

primeiro ano de vida (Mohamed et al., 2013; Belderbos et al., 2011; Camargo et

al., 2011).

As alterações genéticas do VDR têm o potencial de afetar a sinalização

da vitamina D através da transcrição genética deficiente, a estabilidade e a

transcrição do RNA mensageiro, e a atividade e estabilidade da proteína. O

SNP rs2228570 (VDR), foi previamente associado com baixa atividade de

transcrição do VDR, e uma metanálise recente concluiu que a presença do

alelo minor rs2228570 aumentou significativamente o risco de bronquiolite por

VSR (McNally et al., 2014).

Nas células epiteliais das vias respiratórias, a vitamina D controla a

expressão do transdutor de sinal e ativador de transcrição (STAT) 1. Um

estudo demonstrou que a predisposição de pacientes com SNP rs2228570

(VDR) para bronquiolite grave por VSR pode envolver a diminuição da

capacidade da vitamina D conter sinalização antiviral no epitélio das vias

aéreas, e que a vitamina D não consegue regular a fosforilação de STAT1 e

diminuir a expressão gênica nas células que expressam esta variante do VDR.

Ativação intensa da via de STAT1 em células infectadas com VSR pode,

portanto, contribuir para a imunopatogenese da infecção pelo VSR

(Stoppelenburg et al., 2014). Dois estudos verificaram que o SNP no receptor

da Vitamina D (rs10735810) estava associado com a propensão a ter BVA,

sendo que os portadores do polimorfismo do alelo T minor tinham maior

propensão a desenvolver essa doença (Kresfelder et al., 2011; Roth et al.,

2008). Janssen e colaboradores (2007) analisaram 384 polimorfismos de

nucleotídeos únicos em 470 crianças hospitalizadas por BVA por VSR e 1008

controles e verificaram que os polimorfismos nos genes da resposta imune

inata no receptor da Vitamina D (rs10735810), JUN (rs11688), IFNA5

(rs10757212) e NOS2 (rs1060826) demonstraram forte associação com BVA,

os autores concluíram que SNPs nos genes da resposta imune inata são

importantes em determinar a susceptibilidade para essa doença (Janssen et

al., 2007).

O presente estudo demonstrou que o SNP rs2228570 foi associado à

evolução à óbito nos pacientes com bronquiolite.

115

Page 116: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

ETIOLOGIA

Sanches-Luna e colaboradores (2016) em um estudo retrospectivo com

122.832 pacientes internados com BVA demonstraram que a mortalidade foi

maior nos pacientes com VSR quando comparados a pacientes com outras

etiologias (Sanches-Luna et al., 2016). Um estudo multicêntrico prospectivo

demonstrou que o escore de gravidade da BVA e o tempo de internação foi

maior nos pacientes com VSR do que naqueles com outros vírus (Bamberger

et al., 2012). Outros estudos tem demonstrado que na BVA o VSR leva a maior

risco de internação (Al-Shawwa et al., 2007), maior tempo de internação e de

oxigenoterapia (Hervás et al., 2012; Garcia et al., 2010), maior risco de

admissão em UTI (Hervás et al., 2012; Calvo et al., 2010; Garcia et al., 2010) e

maior risco de necessitar de ventilação mecânica (Papoff et al., 2011; Garcia et

al., 2010) quando comparado a outros vírus. Um estudo em nosso meio

demonstrou que uma oximetria de pulso menor que 90% na admissão

hospitalar por infecção de vias aéreas inferiores estava associada a infecção

por VSR (Riccetto et al., 2006).

Algumas pesquisas porém, demonstraram que o VSR não leva a maior

gravidade do quadro se comparado a outros vírus, como o estudo prospectivo

com 484 internadas por BVA de Ricart e colaboradores (2013), onde foi

demonstrado que o tipo de vírus não influenciava na gravidade. O estudo de

Weigl e colaboradores (2004) chegou às mesmas conclusões (Weigl et al.,

2004). Em nosso meio um estudo com 89 pacientes internados demonstrou

que não houve diferença na gravidade entre os pacientes que apresentaram

VSR e os que não apresentaram esse vírus (D’elia et al., 2005).

Em relação a diferença da gravidade da BVA causada pelo VSR subtipo

A quando comparada ao VSR subtipo B um estudo recente analisou 60

crianças hospitalizadas com bronquiolite e não encontrou diferenças

significativas nos fatores demográficos, características clínicas, ou gravidade

da doença entre crianças com esses 2 subtipos (Zhou et al., 2015). Outro

estudo avaliou 81 pacientes internados por BVA por VSR e não encontrou

diferença entre o VSR subtipo A e subtipo B em relação à frequência

116

Page 117: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

respiratória, duração da internação, necessidade de admissão na UTI e

necessidade de ventilação mecânica (Fodha et al., 2007). Por outro lado, um

estudo em nosso meio com 128 pacientes com BVA demonstrou que os

pacientes com VSR subtipo A tinham maior risco de necessitar de internação

do que os pacientes com VSR subtipo B (Oliveira et al., 2008). Outro estudo

não encontrou diferença na duração da hospitalização ou necessidade de UTI

em crianças infectadas com VSR subtipo A comparadas aos infectados com

VSR subtipo B, mas crianças com VSR subtipo A tinham um escore clínico

significativamente maior, apoiando a noção de que a bronquiolite causada pelo

VSR subtipo A é mais grave do que a causada pelo VSR subtipo B

(Papadopoulos et al., 2004).

Nosso estudo demonstrou que a infecção causada pelo VSR subtipo B,

quando comparada a outros vírus, foi associada a uma menor duração da

internação e menor duração da oxigenoterapia, indicando uma menor

gravidade da doença para este subtipo de vírus.

CODETECÇÃO VIRAL

Existe controvérsia na literatura em relação à codetecção viral

representar um fator de risco para a gravidade da BVA. Um estudo

retrospectivo com 2.147 crianças internadas por BVA por VSR demonstrou que

a presença de coinfecção viral por VSR e Adenovírus estava associada a maior

gravidade (Rodriguez et al., 2014). Outro estudo avaliou 180 pacientes

internados por BVA e verificou que o risco de ser admitido na UTI era maior

para os pacientes que apresentavam coinfecção viral (Richard et al., 2008). Em

nosso meio, um estudo com 260 pacientes com BVA encontrou codeteccão em

65% dos casos e os pacientes que apresentavam codetecção do VSR e

Rinovírus tiveram maior tempo de internação e de oxigenoterapia (da Silva et

al., 2013). Uma pesquisa demonstrou que o risco de ser admitido em UTI e

necessitar ventilação mecânica era maior nos pacientes que apresentavam

coinfecção por VSR e Metapneumovírus (Semple et al., 2005).

117

Page 118: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Por outro lado, Ricart e colaboradores (2013) em um estudo prospectivo

com 484 internadas por BVA demonstraram que a coinfecção viral não estava

associada a maior gravidade (Ricart et al., 2013). Um estudo em nosso meio

avaliou 176 pacientes com infecção por VSR, dos quais 121 apresentavam

infecção única por VSR e 55 apresentavam coinfecção do VSR com algum

outro vírus, os desfechos avaliados foram tempo total de internação, duração

da oxigenoterapia, admissão em UTI e uso de ventilação mecânica. Os quatro

desfechos de gravidade avaliados foram semelhantes entre o grupo com

infecção única por VSR e os grupos com coinfecções, independente do tipo de

vírus associado com o VSR, os autores concluem que as coinfecções virais

não parecem alterar o prognóstico de lactentes hospitalizados com infecção

aguda por VSR (De Paulis et al., 2011). Outro estudo avaliou 142 pacientes

com diagnóstico de BVA, em 41% dos casos houve identificação de mais de

um vírus no aspirado nasofaríngeo, não houve porém, associação entre a

identificação de múltiplos vírus e a gravidade da doença (Brand et al., 2012).

Da mesma forma, outro estudo em nosso meio, com 77 lactentes com BVA,

dos quais 40% apresentaram coinfecção, demonstrou que a presença de mais

de um vírus não estava relacionada a um desfecho pior (Nascimento et al.,

2010).

Nosso estudo demonstrou que a codetecção viral não foi associada a

uma evolução mais grave da BVA.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Compreender a influência dos polimorfismos dos genes da resposta

imune na patogênese da BVA causada pelo VSR poderá trazer diversas

contribuições. Entre elas podemos destacar a possibilidade de identificar de

maneira mais eficiente os lactentes que apresentam risco para evolução mais

grave da BVA e de desenvolver formas mais eficientes de tratamento (Rämet et

al., 2011). Além disso, esse conhecimento é essencial para o desenvolvimento

de novas vacinas contra o VSR, o que é uma alta prioridade para a saúde

pública, mas cujas tentativas até agora tem sido frustrantes (Higgins et al.,

118

Page 119: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

2016; Farrag et al., 2016; Esposito et al., 2016; Jorquera et al., 2016, Graham

et al., 2016, Heikkinen, 2016; Arruvito et al., 2015). Por último, o conhecimento

das características genéticas que estão relacionadas a gravidade das infecções

por VSR pode contribuir no entendimento dos motivos pelos quais essas

infecções aumentam o risco de desenvolvimento de Asma, e ajudar a

esclarecer se as infecções pelo VSR e a Asma apresentam uma etiologia

genética comum (Larkin et al., 2015).

119

Page 120: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

CONCLUSÃO

Nossos achados indicam que a variabilidade nos genes da resposta

imune contribui para a gravidade da BVA. A determinação dos polimorfismos

nos genes da resposta imune poderá ser utilizada em pesquisas futuras para

ajudar a determinar quais são os lactentes de maior risco e que poderiam se

beneficiar de medidas preventivas. O conhecimento dos polimorfismos

associados à gravidade da BVA vai contribuir para entender melhor a

patogênese da doença e da resposta imune a essa infecção, o que poderá ser

útil em guiar esforços para desenvolver terapias mais efetivas para essa

infecção potencialmente fatal e vacinas eficazes contra o VSR.

120

Page 121: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

REFERÊNCIAS

Albernaz EP, Menezes AM, César JA, Victora CG, Barros FC, Halpern R. Risk

factors associated with hospitalization for bronchiolitis in the post-neonatal

period. Rev Saude Publica. 2003;37(4):485-93.

Al-Shawwa B, Al-Huniti N, Weinberger M, Abu-Hasan M. Clinical and

therapeutic variables influencing hospitalisation for bronchiolitis in a community-

based paediatric group practice. Prim Care Respir J. 2007;16(2):93-7.

Al-Shehri MA, Sadeq A, Quli K. Bronchiolitis in Abha, Southwest Saudi Arabia:

viral etiology and predictors for hospital admission. West Afr J Med.

2005;24(4):299-304.

Alvarez AE, Marson FA, Bertuzzo CS, Arns CW, Ribeiro JD. Epidemiological

and genetic characteristics associated with the severity of acute viral

bronchiolitis by respiratory syncytial virus. J Pediatr (Rio J) 2013;89:531-543.

Amanatidou V, Sourvinos G, Apostolakis S, Neonaki P, Tsilimigaki A,

Krambovitis E, Spandidos DA. RANTES promoter gene polymorphisms and

susceptibility to severe respiratory syncytial virus-induced bronchiolitis. Pediatr

Infect Dis J. 2008;27(1):38-42.

Arruvito L, Raiden S, Geffner J. Host response to respiratory syncytial virus

infection. Curr Opin Infect Dis 2015;28:259-266.

Azkur D, Özaydın E, Dibek-Mısırlıoğlu E, Vezir E, Tombuloğlu D, Köse G,

Kocabaş CN. Viral etiology in infants hospitalized for acute bronchiolitis. Turk J

Pediatr. 2014;56(6):592-6.

121

Page 122: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Balekian DS, Linnemann RW, Castro VM, Perlis R, Thadhani R, Camargo CA

Jr . Pre-birth cohort study of atopic dermatitis and severe bronchiolitis. Pediatr

Allergy Immunol. 2016;27(4):413-8.

Bamberger E, Srugo I, Abu Raya B, Segal E, Chaim B, Kassis I, Kugelman A,

Miron D. What is the clinical relevance of respiratory syncytial virus

bronchiolitis?: findings from a multi-center, prospective study. Eur J Clin

Microbiol Infect Dis. 2012;31:3323–3330.

Belderbos ME, Houben ML, Wilbrink B, Lentjes E, Bloemen EM, Kimpen JL,

Rovers M, Bont L. Cord blood vitamin D deficiency is associated with

respiratory syncytial virus bronchiolitis. Pediatrics 2011;127: e1513-e1520.

Bloemers BL, van Furth AM, Weijerman ME, Gemke RJ, Broers CJ, van den

Ende K, Kimpen JL, Strengers JL, Bont LJ. Down syndrome: a novel risk factor

for respiratory syncytial virus bronchiolitis--a prospective birth-cohort study.

Pediatrics. 2007;120(4):e1076-81.

Bonillo Perales A, DíezDelgado Rubio J, Ortega Montes A, Infante Márquez P,

Jiménez Liria M, Batlles Garrido J, López Muñoz J. [Perinatal history and

hospitalization for bronchiolitis. A comparison with the impact-RSV Study

Group]. An Esp Pediatr. 2000;53(6):527-32.

Bradley JP, Bacharier LB, Bonfiglio J, Schechtman KB, Strunk R, Storch G,

Castro M. Severity of respiratory syncytial virus bronchiolitis is affected by

cigarette smoke exposure and atopy. Pediatrics. 2005;115(1):e7-14.

Brand HK, de Groot R, Galama JM, Brouwer ML, Teuwen K, Hermans PW,

Melchers WJ, Warris A. Infection with multiple viruses is not associated with

increased disease severity in children with bronchiolitis. Pediatr Pulmonol.

2012;47(4):393-400.

122

Page 123: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Caballero MT, Serra ME, Acosta PL, Marzec J, Gibbons L, Salim M, Rodriguez

A, Reynaldi A, Garcia A, Bado D, Buchholz UJ, Hijano DR, Coviello S,

Newcomb D, Bellabarba M, Ferolla FM, Libster R, Berenstein A, Siniawaski S,

Blumetti V, Echavarria M, Pinto L, Lawrence A, Ossorio MF, Grosman A, Mateu

CG, Bayle C, Dericco A, Pellegrini M, Igarza I, Repetto HA, Grimaldi LA,

Gudapati P, Polack NR, Althabe F, Shi M, Ferrero F, Bergel E, Stein RT,

Peebles RS, Boothby M, Kleeberger SR, Polack FP. TLR4 genotype and

environmental LPS mediate RSV bronchiolitis through Th2 polarization. J Clin

Invest 2015;125:571-582.

Calvo C, Pozo F, García-García ML, Sanchez M, Lopez-Valero M, Pérez-Breña

P, Casas I. Detection of new respiratory viruses in hospitalized infants with

bronchiolitis: a three-year prospective study. Acta Paediatr. 2010;99(6):883-7.

Camargo CA, Ingham T, Wickens K, et al. Cord-blood 25-hydroxyvitamin D

levels and risk of respiratory infection, wheezing, and asthma. Pediatrics

2011;127:e180–e187.

Carroll KN, Gebretsadik T, Griffin MR, Dupont WD, Mitchel EF, Wu P, Enriquez

R, Hartert TV. Maternal asthma and maternal smoking are associated with

increased risk of bronchiolitis during infancy. Pediatrics. 2007;119(6):1104-12.

Carroll KN, Gebretsadik T, Griffin MR, Wu P, Dupont WD, Mitchel EF, Enriquez

R, Hartert TV. Increasing burden and risk factors for bronchiolitis-related

medical visits in infants enrolled in a state health care insurance plan.

Pediatrics. 2008;122(1):58-64.

Carroll KN , Gebretsadik T, Minton P, Woodward K, Liu Z, Miller EK, Williams

JV, Dupont WD, Hartert TV. Influence of maternal asthma on the cause and

severity of infant acute respiratory tract infections. J Allergy Clin Immunol.

2012;129(5):1236-42.

123

Page 124: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Chan PW, Lok FY, Khatijah SB. Risk factors for hypoxemia and respiratory

failure in respiratory syncytial virus bronchiolitis. Southeast Asian J Trop Med

Public Health. 2002;33(4):806-10.

Chatzimichael A, Tsalkidis A, Cassimos D, Gardikis S, Tripsianis G, Deftereos

S, Ktenidou-Kartali S, Tsanakas I. The role of breastfeeding and passive

smoking on the development of severe bronchiolitis in infants. Minerva Pediatr.

2007;59(3):199-206.

Che D, Nicolau J, Bergounioux J, Perez T, Bitar D. Bronchiolitis among infants

under 1 year of age in France: Epidemiology and factors associated with

mortality. Arch Pediatr. 2012;19(7):700-6.

Choi EH, Lee HJ, Chanock SJ. Human genetics and respiratory syncytial virus

disease: current findings and future approaches. Curr Top Microbiol Immunol

2013;372:121-137.

Choudhuri JA, Ogden LG, Ruttenber AJ, Thomas DS, Todd JK, Simoes EA.

Effect of altitude on hospitalizations for respiratory syncytial virus infection.

Pediatrics. 2006;117(2):349-56.

Chu PY, Hornik CP, Li JS, Campbell MJ, Hill KD . Respiratory syncytial virus

hospitalisation trends in children with haemodynamically significant heart

disease, 1997-2012. Cardiol Young. 2016;10:1-10.

Constantopoulos AG, Kafetzis DA, Syrogiannopoulos GA, Roilides EJ, Malaka-

Zafiriu EE, Sbyrakis SS, Marcopoulos ML. Burden of respiratory syncytial viral

infections on paediatric hospitals: a two-year prospective epidemiological study.

Eur J Clin Microbiol Infect Dis. 2002;21(2):102-7.

da Silva ER, Pitrez MC, Arruda E, Mattiello R, Sarria EE, de Paula FE,

Proença-Modena JL, Delcaro LS, Cintra O, Jones MH, Ribeiro JD, Stein RT.

124

Page 125: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Severe lower respiratory tract infection in infants and toddlers from a non-

affluent population: viral etiology and co-detection as risk factors. BMC Infect

Dis. 2013;13:41.

Damore D, Mansbach JM, Clark S, Ramundo M, Camargo CA Jr. Prospective

multicenter bronchiolitis study: predicting intensive care unit admissions. Acad

Emerg Med. 2008;15(10):887-94.

D'Elia C, Siqueira MM, Portes SA, Sant'Anna CC. [Respiratory syncytial virus --

associated lower respiratory tract infections in hospitalized infants]. Rev Soc

Bras Med Trop. 2005;38(1):7-10.

De Paulis M, Gilio AE, Ferraro AA, Ferronato AE, do Sacramento PR, Botosso

VF, de Oliveira DB, Marinheiro JC, Hársi CM, Durigon EL, Vieira SE. Severity of

viral coinfection in hospitalized infants with respiratory syncytial virus infection. J

Pediatr (Rio J). 2011;87(4):307-13.

Dornelles CT, Piva JP, Marostica PJ. Nutritional status, breastfeeding, and

evolution of Infants with acute viral bronchiolitis. J Health Popul Nutr.

2007;25(3):336-43.

Douville RN, Lissitsyn Y, Hirschfeld AF, Becker AB, Kozyrskyj AL, Liem J,

Bastien N, Li Y, Victor RE, Sekhon M, Turvey SE, HayGlass KT. TLR4

Asp299Gly and Thr399Ile polymorphisms: no impact on human immune

responsiveness to LPS or respiratory syncytial virus. PLoS One.

2010;5(8):e12087.

Esposito S, Scarselli E, Lelii M, Scala A, Vitelli A, Capone S, Fornili M, Biganzoli

E, Orenti A, Nicosia A, Cortese R, Principi N. Antibody response to respiratory

syncytial virus infection in children <18 months old. Hum Vaccin Immunother.

2016;22:1-7.

125

Page 126: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Fan J., R. S. Frey, A. B. Malik. TLR4 signaling induces TLR2 expression in

endothelial cells via neutrophil NADPH oxidase. J. Clin. Investig

2003;112:1234-1243.

Farrag MA, Almajhdi FN. Human Respiratory Syncytial Virus: Role of Innate

Immunity in Clearance and Disease Progression. Viral Immunol 2016;29:11-26.

Fjaerli HO, Farstad T, Bratlid D. Hospitalisations for respiratory syncytial virus

bronchiolitis in Akershus, Norway, 1993-2000: a population-based retrospective

study. BMC Pediatr. 2004;4(1):25.

Flores P, Rebelo-de-Andrade H, Gonçalves P, Guiomar R, Carvalho C, Sousa

EN, Noronha FT, Palminha JM. Bronchiolitis caused by respiratory syncytial

virus in an area of portugal: epidemiology, clinical features, and risk factors. Eur

J Clin Microbiol Infect Dis. 2004;23(1):39-45.

Fodha I, Vabret A, Ghedira L, Seboui H, Chouchane S, Dewar J, Gueddiche N,

Trabelsi A, Boujaafar N, Freymuth F. Respiratory syncytial virus infections in

hospitalized infants: association between viral load, virus subgroup, and

disease severity. J Med Virol. 2007;79(12):1951-8.

Fryzek JP, Martone WJ, Groothuis JR. Trends in chronologic age and infant

respiratory syncytial virus hospitalization: an 8-year cohort study. Adv Ther.

2011;28(3):195-201.

Funchal GA, Jaeger N, Czepielewski RS, Machado MS, Muraro SP, Stein RT,

Bonorino CB, Porto BN. Respiratory syncytial virus fusion protein promotes

TLR-4-dependent neutrophil extracellular trap formation by human neutrophils.

PLoS One 2015;10(4):e0124082.

126

Page 127: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Garcia CG, Bhore R, Soriano-Fallas A, Trost M, Chason R, Ramilo O, Mejias A.

Risk factors in children hospitalized with RSV bronchiolitis versus non-RSV

bronchiolitis. Pediatrics. 2010;126(6):e1453-60.

García ML, Ordobás Gabin M, Calvo Reya C, González Alvarez M, Aguilar Ruiz

J, Arregui Sierra A, Pérez Breña P. [Viral infection of the lower respiratory tract

in hospitalized infants: etiology, clinical features and risk factors]. An Esp

Pediatr. 2001;55(2):101-7.

Gola D, Mahachie John JM, van Steen K, König IR. A roadmap to multifactor

dimensionality reduction methods. Brief Bioinform. 2016;17:293-308.

Goutaki M, Haidopoulou K, Pappa S, Tsakiridis P, Frydas E, Eboriadou M,

Hatzistylianou M. The role of TLR4 and CD14 polymorphisms in the

pathogenesis of respiratory syncytial virus bronchiolitis in greek infants. Int J

Immunopathol Pharmacol 2014;27:563-572.

Gouyon JB, Rozé JC, Guillermet-Fromentin C, Glorieux I, Adamon L, DI Maio

M, Miloradovich T, Anghelescu D, Pinquier D, Escande B, Elleau C.

Hospitalizations for respiratory syncytial virus bronchiolitis in preterm infants at

<33 weeks gestation without bronchopulmonary dysplasia: the CASTOR study.

Epidemiol Infect. 2012;15:1-11.

Graham BS. Vaccines against respiratory syncytial virus: The time has finally

come. Vaccine. 2016;34(30):3535-41.

Granbom E, Fernlund E, Sunnegårdh J, Lundell B, Naumburg E. Respiratory

Tract Infection and Risk of Hospitalization in Children with Congenital Heart

Defects During Season and Off-Season: A Swedish National Study. Pediatr

Cardiol. 2016 Apr 19. [Epub ahead of print]

127

Page 128: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Green CA, Yeates D, Goldacre A, Sande C, Parslow RC, McShane P, Pollard

AJ, Goldacre MJ. Admission to hospital for bronchiolitis in England: trends over

five decades, geographical variation and association with perinatal

characteristics and subsequent asthma. Arch Dis Child. 2016;101(2):140-6.

Grimwood K, Cohet C, Rich FJ, Cheng S, Wood C, Redshaw N, Cunningham

CW, Pearce N, Kirman JR. Risk factors for respiratory syncytial virus

bronchiolitis hospital admission in New Zealand. Epidemiol Infect.

2008;136(10):1333-41.

Groothuis JR, Fryzek JP, Makari D, Steffey D, Martone WJ. Respiratory

syncytial virus hospitalization trends in infants with chronic lung disease of

infancy, 1998-2008. Clin Epidemiol. 2011;3:245-50.

Gurgel RQ , Bezerra PG, Duarte Mdo C, Moura AÁ, Souza EL, Silva LS, Suzuki

CE, Peixoto RB. Relative frequency, Possible Risk Factors, Viral Codetection

Rates, and Seasonality of Respiratory Syncytial Virus Among Children With

Lower Respiratory Tract Infection in Northeastern Brazil. Medicine (Baltimore).

2016;95(15):e3090.

Haerskjold A, Kristensen K, Kamper-Jørgensen M, Nybo Andersen AM, Ravn

H, Graff Stensballe L. Risk Factors for Hospitalization for Respiratory Syncytial

Virus. Pediatr Infect Dis J. 2016;35(1):61-5.

Hall CB, Weinberg GA, Iwane MK, Blumkin AK, Edwards KM, Staat MA,

Auinger P, Griffin MR, Poehling KA, Erdman D, Grijalva CG, Zhu Y, Szilagyi P.

The burden of respiratory syncytial virus infection in young children. N Engl J

Med 2009;360:588-598.

Harris KC, Anis AH, Crosby MC, Cender LM, Potts JE, Human DG. Economic

evaluation of palivizumab in children with congenital heart disease: a Canadian

perspective. Can J Cardiol. 2011;27(4):523.e11-5.

128

Page 129: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Hasegawa K, Pate BM, Mansbach JM, Macias CG, Fisher ES, Piedra PA,

Espinola JA, Sullivan AF, Camargo CA Jr. Risk factors for requiring intensive

care among children admitted to ward with bronchiolitis. Acad Pediatr.

2015;15(1):77-81.

Hattori S, Shimojo N, Mashimo T, Inoue Y, Ono Y, Kohno Y, Okamoto Y, Hata

A, Suzuki Y. Relationship between RANTES polymorphisms and respiratory

syncytial virus bronchiolitis in a Japanese infant population. Jpn J Infect Dis

2011;64:242-245.

Heikkinen T. Respiratory viruses and children. J Infect. 2016;72 Suppl:S29-33

Helfrich AM, Nylund CM, Eberly MD, Eide MB, Stagliano DR . Healthy Late-

preterm infants born 33-36+6 weeks gestational age have higher risk for

respiratory syncytial virus hospitalization. Early Hum Dev. 2015;91(9):541-6.

Hervás D, Reina J, Yañez A, Del Valle JM, Figuerola J, Hervás JA.

Epidemiology of hospitalization for acute bronchiolitis in children: differences

between RSV and non-RSV bronchiolitis. Eur J Clin Microbiol Infect Dis.

2012;31(8):1975-81.

Higgins D, Trujillo C, Keech C. Advances in RSV vaccine research and

development - A global agenda. Vaccine. 2016;34(26):2870-5.

Janssen R, Bont L, Siezen CL, Hodemaekers HM, Ermers MJ, Doornbos G,

van 't Slot R, Wijmenga C, Goeman JJ, Kimpen JL, van Houwelingen HC,

Kimman TG, Hoebee B. Genetic susceptibility to respiratory syncytial virus

bronchiolitis is predominantly associated with innate immune genes. J Infect

Dis. 2007;196(6):826-34.

129

Page 130: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Jansson L, Nilsson P, Olsson M. Socioeconomic environmental factors and

hospitalization for acute bronchiolitis during infancy. Acta Paediatr.

2002;91(3):335-8.

Jeena PM, Ayannusi OE, Annamalai K, Naidoo P, Coovadia HM, Guldner P.

Risk factors for admission and the role of respiratory syncytial virus-specific

cytotoxic T-lymphocyte responses in children with acute bronchiolitis. S Afr Med

J. 2003;93(4):291-4.

Jones LL, Hashim A, McKeever T, Cook DG, Britton J, Leonardi-Bee J. Parental

and household smoking and the increased risk of bronchitis, bronchiolitis and

other lower respiratory infections in infancy: systematic review and meta-

analysis. Respir Res. 2011;12:5.

Jorquera PA, Anderson L, Tripp RA. Understanding respiratory syncytial virus

(RSV) vaccine development and aspects of disease pathogenesis. Expert Rev

Vaccines 2016;15:173-187.

Jung JW. Respiratory syncytial virus infection in children with congenital heart

disease: global data and interim results of Korean RSV-CHD survey. Korean J

Pediatr. 2011;54(5):192-6.

Karr C, Lumley T, Schreuder A, Davis R, Larson T, Ritz B, Kaufman J. Effects

of subchronic and chronic exposure to ambient air pollutants on infant

bronchiolitis. Am J Epidemiol. 2007;165(5):553-60.

Koehoorn M, Karr CJ, Demers PA, Lencar C, Tamburic L, Brauer M. Descriptive

epidemiological features of bronchiolitis in a population-based cohort.

Pediatrics. 2008;122(6):1196-203.

Kresfelder TL, Janssen R, Bont L, Venter M. Confirmation of an association

between single nucleotide polymorphisms in the VDR gene with respiratory

130

Page 131: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

syncytial virus related disease in South African children. J Med Virol.

2011;83(10):1834-40.

Lambert L, Sagfors AM, Openshaw PJ, Culley FJ. Immunity to RSV in Early-

Life. Front Immunol 2014;5:466.

Lanari M, Prinelli F, Adorni F, Di Santo S, Vandini S, Silvestri M, Musicco M;

Study Group of Italian Society of Neonatology on Risk Factors for RSV

Hospitalization. Risk factors for bronchiolitis hospitalization during the first year

of life in a multicenter Italian birth cohort. Ital J Pediatr. 2015 May;41:40.

Lanari M, Vandini S, Prinelli F, Adorni F, Di Santo S, Silvestri M, Musicco M.

Exposure to vehicular traffic is associated to a higher risk of hospitalization for

bronchiolitis during the first year of life. Minerva Pediatr. 2015 Sep 18. [Epub

ahead of print]

Lanari M, Vandini S, Adorni F, Prinelli F, Di Santo S, Silvestri M, Musicco M;

Study Group of Italian Society of Neonatology on Risk Factors for RSV

Hospitalization. Prenatal tobacco smoke exposure increases hospitalizations for

bronchiolitis in infants. Respir Res. 2015 Dec;16:152.

Larkin EK, Hartert TV. Genes associated with RSV lower respiratory tract

infection and asthma: the application of genetic epidemiological methods to

understand causality. Future Virol. 2015;10(7):883-897.

Lazarus R, Klimecki WT, Raby BA, Vercelli D, Palmer LJ, Kwiatkowski DJ,

Silverman EK, Martinez F, Weiss ST. Single-nucleotide polymorphisms in the

Toll-like receptor 9 gene (TLR9): frequencies, pairwise linkage disequilibrium,

and haplotypes in three US ethnic groups and exploratory case-control disease

association studies. Genomics 2003;81:85-91.

131

Page 132: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Leader S, Kohlhase K. Recent trends in severe respiratory syncytial virus (RSV)

among US infants, 1997 to 2000. J Pediatr. 2003;143(5 Suppl):S127-32.

Lee E, Kwon JW, Kim HB, Yu HS, Kang MJ, Hong K, Yang SI, Jung YH, Lee

SH, Choi KY, Shin HL, Hong SA, Kim HY, Seo JH, Kim BJ, Lee SY, Song DJ,

Kim WK, Jang GC, Shim JY, Hong SJ. Association Between Antibiotic

Exposure, Bronchiolitis, and TLR4 (rs1927911) Polymorphisms in Childhood

Asthma. Allergy Asthma Immunol Res 2015;7:167-174.

Liu PT, Stenger S, Tang DH, Modlin RL. Cutting edge: vitamin D mediated

human antimicrobial activity against myocbacterium tuberculosis is dependent

on the induction of cathelicidin. J Immunol 2007;179:2060.

Löfgren J, Marttila R, Renko M, Rämet M, Hallman M. Toll-like receptor 4

Asp299Gly polymorphism in respiratory syncytial virus epidemics. Pediatr

Pulmonol. 2010;45(7):687-92.

López Guinea A, Casado Flores J, Martín Sobrino MA, Espínola Docio B, de la

Calle Cabrera T, Serrano A, García Teresa MA. [Severe bronchiolitis.

Epidemiology and clinical course of 284 patients]. An Pediatr (Barc).

2007;67(2):116-22.

Lucion MF, Juarez Mdel V, Viegas M, Castellano V, Romanin VS, Grobaporto

M, Bakir J, Mistchenko AS, Gentile A . Respiratory syncytial virus: clinical and

epidemiological pattern in pediatric patients admitted to a children's hospital

between 2000 and 2013. Arch Argent Pediatr. 2014;112(5):397-404.

Mailaparambil B, Krueger M, Heinze J, Forster J, Heinzmann A. Polymorphisms

of toll like receptors in the genetics of severe RSV associated diseases. Dis

Markers. 2008;25(1):59-65.

132

Page 133: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Mandelberg A, Tal G, Naugolny L, Cesar K, Oron A, Houri S, Gilad E, Somekh

E. Lipopolysaccharide hyporesponsiveness as a risk factor for intensive care

unit hospitalization in infants with respiratory syncitial virus bronchiolitis. Clin

Exp Immunol. 2006;144(1):48-52.

McConnochie K.M. Bronchiolitis. What's in the name?. Am J Dis Child.

1983;137:11-3.

McNally JD, Sampson M, Matheson LA, Hutton B, Little J. Vitamin D receptor

(VDR) polymorphisms and severe RSV bronchiolitis: a systematic review and

meta-analysis. Pediatr Pulmonol 2014;49:790-799.

Meissner HC. Selected populations at increased risk from respiratory syncytial

virus infection. Pediatr Infect Dis J. 2003;22(2 Suppl):S40-4; discussion S44-5.

Meissner HC. Viral Bronchiolitis in Children. N Engl J Med 2016;374:62-72.

Midulla F, Scagnolari C, Bonci E, Pierangeli A, Antonelli G, De Angelis D,

Berardi R, Moretti C. Respiratory syncytial virus, human bocavirus and

rhinovirus bronchiolitis in infants. Arch Dis Child. 2010;95:35-41.

Miller EK, Williams JV, Gebretsadik T, Carroll KN, Dupont WD, Mohamed YA,

Morin LL, Heil L, Minton PA, Woodward K, Liu Z, Hartert TV. Host and viral

factors associated with severity of human rhinovirus-associated infant

respiratory tract illness. J Allergy Clin Immunol. 2011;127(4):883-91.

Mohamed WA, Al-Shehri MA. Cord blood 25-hydroxyvitamin D levels and the

risk of acute lower respiratory tract infection in early childhood. J Trop Pediatr.

2013;59(1):29-35.

133

Page 134: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Moore HC, de Klerk N, Holt P, Richmond PC, Lehmann D. Hospitalisation for

bronchiolitis in infants is more common after elective caesarean delivery. Arch

Dis Child. 2012;97(5):410-4.

Murawski MR, Bowen GN, Cerny AM, Anderson LJ, Haynes LM, Tripp RA,

Kurt-Jones EA, Finberg RW. Respiratory syncytial virus activates innate

immunity through Toll-like receptor 2. J Virol 2009;83:1492-1500.

Murray J, Bottle A, Sharland M, Modi N, Aylin P, Majeed A, Saxena S;

Medicines for Neonates Investigator Group. Risk factors for hospital admission

with RSV bronchiolitis in England: a population-based birth cohort study. PLoS

One. 2014;9(2):e89186.

National Collaborating Centre for Women's and Children's Health (UK).

Bronchiolitis: Diagnosis and Management of Bronchiolitis in Children. London:

National Institute for Health and Clinical Excellence, 2015.

Nascimento MS, Souza AV, Ferreira AV, Rodrigues JC, Abramovici S, Silva

Filho LV. High rate of viral identification and coinfections in infants with acute

bronchiolitis. Clinics (Sao Paulo). 2010;65(11):1133-7.

Nuolivirta K, Vuononvirta J, Peltola V, Koponen P, Helminen M, He Q, Korppi

M. Toll-like receptor 2 subfamily genotypes are not associated with severity of

bronchiolitis or postbronchiolitis wheezing in infants. Acta Paediatr

2013;102:1160-1164.

Ochoa Sangrador C, González de Dios J; Grupo de Revisión del Proyecto

aBREVIADo (BRonquiolitis-Estudio de Variabilidad, Idoneidad y ADecuación).

[Consensus conference on acute bronchiolitis (II): epidemiology of acute

bronchiolitis. Review of the scientific evidence]. An Pediatr (Barc).

2010;72(3):222.e1-222.e26.

134

Page 135: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Oliveira TF, Freitas GR, Ribeiro LZ, Yokosawa J, Siqueira MM, Portes SA,

Silveira HL, Calegari T, Costa L, Mantese OC, Queiróz DA. Prevalence and

clinical aspects of respiratory syncytial virus A and B groups in children seen at

Hospital de Clínicas of Uberlândia, MG, Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz.

2008;103(5):417-22.

Oñoro G, Pérez Suárez E, Iglesias Bouzas MI, Serrano A, Martínez De Azagra

A, García-Teresa MA, Casado Flores J. Severe bronchiolitis. Changes in

epidemiology and respiratory support. An Pediatr (Barc). 2011;74(6):371-6.

Paes BA, Mitchell I, Banerji A, Lanctot KL, Langley JM. A decade of respiratory

syncytial virus epidemiology and prophylaxis: Translating evidence into

everyday clinical practice. Can Respir J. 2011;18(2):e10-9.

Papadopoulos NG, Gourgiotis D, Javadyan A, Bossios A, Kallergi K, Psarras S,

Tsolia MN, Kafetzis D. Does respiratory syncytial virus subtype influences the

severity of acute bronchiolitis in hospitalized infants? Respir Med 2004;98:879-

882.

Papoff P, Moretti C, Cangiano G, Bonci E, Roggini M, Pierangeli A, Scagnolari

C, Antonelli G, Midulla F. Incidence and predisposing factors for severe disease

in previously healthy term infants experiencing their first episode of bronchiolitis.

Acta Paediatr. 2011;100(7):e17-23.

Pezzotti P, Mantovani J, Benincori N, Mucchino E, Di Lallo D. Incidence and

risk factors of hospitalization for bronchiolitis in preterm children: a retrospective

longitudinal study in Italy. BMC Pediatr. 2009;9:56.

Pilger DA, Cantarelli VV, Amantea SL, Leistner-Segal S. Detection of human

bocavirus and human metapneumovirus by real-time PCR from patients with

respiratory symptoms in Southern Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz.

2011;106(1):56-60.

135

Page 136: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Puthothu B, Forster J, Heinzmann A, Krueger M. TLR-4 and CD14

polymorphisms in respiratory syncytial virus associated disease. Dis Markers

2006;22:303-308.

Ralston SL, Lieberthal AS, Meissner HC, Alverson BK, Baley JE, Gadomski

AM, Johnson DW, Light MJ, Maraqa NF, Mendonca EA, Phelan KJ, Zorc JJ,

Stanko-Lopp D, Brown MA, Nathanson I, Rosenblum E, Sayles S 3rd,

Hernandez-Cancio S; American Academy of Pediatrics. Clinical practice

guideline: the diagnosis, management, and prevention of bronchiolitis.

Pediatrics 2014;134(5):e1474-1502.

Rämet M, Korppi M, Hallman M. Pattern recognition receptors and genetic risk

for rsv infection: value for clinical decision-making? Pediatr Pulmonol.

2011;46(2):101-10.

Ranmuthugala G, Brown L, Lidbury BA. Respiratory syncytial virus--the

unrecognised cause of health and economic burden among young children in

Australia. Commun Dis Intell. 2011;35(2):177-84.

Reeves RM, Hardelid P, Gilbert R, Ellis J, Zhao H, Donati M, Pebody R.

Epidemiology of laboratory-confirmed respiratory syncytial virus infection in

young children in England, 2010-2014: the importance of birth month. Epidemiol

Infect. 2016;144(10):2049-56.

Resch B, Kurath-Koller S, Hahn J, Raith W, Köstenberger M, Gamillscheg A .

Respiratory syncytial virus-associated hospitalizations over three consecutive

seasons in children with congenital heart disease. Eur J Clin Microbiol Infect

Dis. 2016;35(7):1165-9.

136

Page 137: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Ricart S, Marcos MA, Sarda M, Anton A, Muñoz-Almagro C, Pumarola T, Pons

M, Garcia-Garcia JJ. Clinical risk factors are more relevant than respiratory

viruses in predicting bronchiolitis severity. Pediatr Pulmonol. 2013;48(5):456-63.

Riccetto AG, Ribeiro JD, Silva MT, Almeida RS, Arns CW, Baracat EC.

Respiratory syncytial virus (RSV) in infants hospitalized for acute lower

respiratory tract disease: incidence and associated risks. Braz J Infect Dis.

2006;10(5):357-61.

Riccetto AG, Silva LH, Spilki FR, Morcillo AM, Arns CW, Baracat EC.

Genotypes and clinical data of respiratory syncytial virus and metapneumovirus

in brazilian infants: a new perspective. Braz J Infect Dis. 2009;13(1):35-9.

Richard N, Komurian-Pradel F, Javouhey E, Perret M, Rajoharison A, Bagnaud

A, Billaud G, Vernet G, Lina B, Floret D, Paranhos-Baccalà G. The impact of

dual viral infection in infants admitted to a pediatric intensive care unit

associated with severe bronchiolitis. Pediatr Infect Dis J. 2008;27(3):213-7.

Rodríguez DA, Rodríguez-Martínez CE, Cárdenas AC, Quilaguy IE, Mayorga

LY, Falla LM, Nino G. Predictors of severity and mortality in children

hospitalized with respiratory syncytial virus infection in a tropical region. Pediatr

Pulmonol. 2014;49(3):269-76.

Roth DE, Jones AB, Prosser C, Robinson JL, Vohra S. Vitamin D receptor

polymorphisms and the risk of acute lower respiratory tract infection in early

childhood. J Infect Dis. 2008;197(5):676-80.

Roth DE, Shah R, Black RE, Baqui AH. Vitamin D status and acute lower

respiratory infection in early childhood in Sylhet, Bangladesh. Acta Paediatr

2010;99:389-393.

137

Page 138: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Ruiz-Charles MG, Castillo-Rendón R, Bermúdez-Felizardo F. [Risk factors

associated with bronchiolitis in children under 2 years of age]. Rev Invest Clin.

2002;54(2):125-32.

Salomão Junior JB, Gardinassi LG, Simas PV, Bittar CO, Souza FP, Rahal P,

Zanetta DM. Human respiratory syncytial virus in children hospitalized for acute

lower respiratory infection. J Pediatr (Rio J). 2011;87(3):219-24.

Sanchez-Luna M, Elola FJ, Fernandez-Perez C, Bernal JL, Lopez-Pineda A.

Trends in respiratory syncytial virus bronchiolitis hospitalizations in children less

than 1 year: 2004-2012. Curr Med Res Opin. 2016;32(4):693-8.

Sanghavi SK, Bullotta A, Husain Shahid, Rinaldo CR. Clinical evaluation of

multiplex real-time PCR panels for rapid detection of respiratory viral infections.

Journal of Medical Virology. 2012;84(1):162-169.

Schlender J, Hornung V, Finke S, Günthner-Biller M, Marozin S, Brzózka K,

Moghim S, Endres S, Hartmann G, Conzelmann KK. Inhibition of toll-like

receptor 7- and 9-mediated alpha/beta interferon production in human

plasmacytoid dendritic cells by respiratory syncytial virus and measles virus. J

Virol 2005;79:5507-5515.

Semple MG, Cowell A, Dove W, Greensill J, McNamara PS, Halfhide C, Shears

P, Smyth RL, Hart CA. Dual infection of infants by human metapneumovirus

and human respiratory syncytial virus is strongly associated with severe

bronchiolitis. J Infect Dis. 2005;191(3):382-6.

Semple MG, Taylor-Robinson DC, Lane S, Smyth RL. Household tobacco

smoke and admission weight predict severe bronchiolitis in infants independent

of deprivation: prospective cohort study. PLoS One. 2011;6(7):e22425.

138

Page 139: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Shang X, Liabsuetrakul T, Sangsupawanich P, Xia X, He P, Cao H. Elective

cesarean delivery as a predisposing factor of respiratory syncytial virus

bronchiolitis in children. J Med Assoc Thai. 2014;97(8):827-34.

Simões EA, Carbonell-Estrany X. Impact of severe disease caused by

respiratory syncytial virus in children living in developed countries. Pediatr Infect

Dis J. 2003;22(2 Suppl):S13-8; discussion S18-20.

Stevenson MD, Mansbach JM, Mowad E, Dunn M, Clark S, Piedra PA, Sullivan

AF, Camargo CA Jr. Prenatal Versus Postnatal Tobacco Smoke Exposure and

Intensive Care Use in Children Hospitalized With Bronchiolitis. Acad Pediatr.

2016;16(5):446-52.

Stockman LJ, Curns AT, Anderson LJ, Fischer-Langley G. Respiratory Syncytial

Virus-associated Hospitalizations Among Infants and Young Children in the

United States, 1997-2006. Pediatr Infect Dis J. 2012;31(1):5-9.

Stoppelenburg AJ, von Hegedus JH, Huis in't Veld R, Bont L, Boes M. Defective

control of vitamin D receptor-mediated epithelial STAT1 signalling predisposes

to severe respiratory syncytial virus bronchiolitis. J Pathol 2014;232:57-64.

Sung CC, Chi H, Chiu NC, Huang DT, Weng LC, Wang NY, Huang FY. Viral

etiology of acute lower respiratory tract infections in hospitalized young children

in Northern Taiwan. J Microbiol Immunol Infect. 2011;44(3):184-90.

Tal G, Mandelberg A, Dalal I, Cesar K, Somekh E, Tal A, Oron A, Itskovich S,

Ballin A, Houri S, Beigelman A, Lider O, Rechavi G, Amariglio N. Association

between common Toll-like receptor 4 mutations and severe respiratory syncytial

virus disease. J Infect Dis. 2004;189(11):2057-63.

139

Page 140: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Thomsen SF, Stensballe LG, Skytthe A, Kyvic KO, Backer V, Bisgaard H.

Increased concordance of severe respiratory syncytial virus infection in identical

twins. Pediatrics. 2008;121:493–6.

Tulic MK, Hurrelbrink RJ, Prêle CM, Laing IA, Upham JW, Le Souef P, Sly PD,

Holt PG. TLR4 polymorphisms mediate impaired responses to respiratory

syncytial virus and lipopolysaccharide. J Immunol. 2007;179(1):132-40.

Van de Steen O, Miri F, Gunjaca M, Klepac V, Gross B, Notario G, Wegzyn CM.

The Burden of Severe Respiratory Syncytial Virus Disease Among Children

Younger than 1 Year in Central and Eastern Europe. Infect Dis Ther.

2016;5(2):125-37.

Vidaurreta SM, Marcone DN, Ellis A, Ekstrom J, Cukier D, Videla C, Carballal

G, Echavarría M. Acute viral respiratory infection in children under 5 years:

Epidemiological study in two centers in Buenos Aires, Argentina. Arch Argent

Pediatr. 2011;109(4):296-304.

Vizcarra-Ugalde S, Rico-Hernández M, Monjarás-Ávila C, Bernal-Silva S,

Garrocho-Rangel ME, Ochoa-Pérez UR, Noyola DE. Intensive Care Unit

Admission and Death Rates of Infants Admitted with Respiratory Syncytial Virus

Lower Respiratory Tract Infection in Mexico. Pediatr Infect Dis J. 2016 Jun 7.

[Epub ahead of print]

Wang VJ, Cavagnaro CS, Clark S, Camargo CA Jr, Mansbach JM. Altitude and

environmental climate effects on bronchiolitis severity among children

presenting to the emergency department. J Environ Health. 2012;75(3):8-15;

quiz 54.

Weigl JA, Puppe W, Schmitt HJ. Variables explaining the duration of

hospitalization in children under two years of age admitted with acute airway

140

Page 141: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

infections: does respiratory syncytial virus have a direct impact? Klin Padiatr.

2004;216(1):7-15.

Wong-Chew RM, Farfán-Quiroz R, Sánchez-Huerta JL, Nava-Frías M,

Casasola-Flores J, Santos-Preciado JI. Frequency of respiratory viruses and

clinical characteristics in children attending a care center in Mexico City. Salud

Publica Mex. 2010;52(6):528-32.

Zhou L, Xiao Q, Zhao Y, Huang A, Ren L, Liu E. The impact of viral dynamics

on the clinical severity of infants with respiratory syncytial virus bronchiolitis. J

Med Virol 2015;87:1276-1284.

Zhou J, Zhang X, Liu S, Wang Z, Chen Q, Wu Y, He Z, Huang Z. Genetic

association of TLR4 Asp299Gly, TLR4 Thr399Ile, and CD14 C-159T

polymorphisms with the risk of severe RSV infection: a metaanalysis. Influenza

Other Respir Viruses. 2016;10(3):224-33.

Zhu H, Fu Z, Gao L, Wang L, Liu E, Tian D. Genetic Polymorphisms of Toll-like

Receptor 4 are Associated with Respiratory Syncytial Virus Infection in a

Chinese Infant Population. Clin Lab. 2015;61(10):1391-9.

141

Page 142: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

ANEXO 1

QUESTIONÁRIO PARA GRUPO CONTROLE

Nome:__________________________________________________________

Data de Nascimento:____/____/____

Sexo: (___) Feminino (___) Masculino

Etnia: (___) Branca (___) Negra (mulato, pardo) (___) Asiática (japonês e

chinês,etc...)

Endereço:_______________________________________________________

_______________________________________________________________

Telefone:________________________________________________________

Data de hoje:____/____/____

1. Alguma vez você teve chiado no peito ou bronquite ou sibilâncias:

(___) SIM (___) NÃO

2. Você alguma vez recebeu tratamento com medicamentos inalados por

nebulizadores ou sprays inalatórios (bombinhas), por exemplo: Salbutamol,

Aerolin®, Berotec®, Atrovent®, Brycanil®?

(___) SIM (___) NÃO (___) NÃO SEI

3. Você alguma vez recebeu tratamento com corticóides (cortisonas) em sprays

inalatórios (bombinhas) , por exemplo, Symbicort®, Flixotide®, Seretide®,

Clenil®, Beclosol®, Budesonida, Busonid®, Pulmicort®, Beclometasona,

Fluticasona ?

142

Page 143: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

(___) SIM (___) NÃO (___) NÃO SEI

4. Você alguma vez recebeu tratamento com: Antileucotrienos (Singulair® ou

Montelair®)?

(___) SIM (___) NÃO (___) NÃO SEI

5. Você alguma vez recebeu tratamento com corticóides orais (Predsim®,

Prelone®, Decadron®)?

(___) SIM (___) NÃO (___) NÃO SEI

6. Você alguma vez acordou durante a noite devido à tosse?

(___) Nunca

(___) Raras vezes (menos de uma vez ao mês)

(___) Algumas vezes (algumas semanas em alguns meses)

(___) Freqüentemente (duas ou mais noites por semana, quase todos os

meses)

7. Algum médico lhe disse alguma vez que você tem asma ou bronquite?

(___) SIM (___) NÃO

8. Você tem familiares com asma ou bronquite?

(___) SIM (___) mãe (___) pai (___) Irmãos � NÃO

9. Você tem alergia no nariz ou rinite alérgica?

(___) SIM (___) NÃO

10. Você tem alergia de pele (dermatite alérgica)?

(___) SIM (___) NÃO

11. Marque qual o seu grau de escolaridade:

(___) Educação básica, primária ou nenhuma (8 anos ou menos).

(___) Educação média ou secundária incompleta (nove a 11 anos).

143

Page 144: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

(___) Educação média ou secundária completa e nível superior (doze ou mais

anos)

144

Page 145: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

ANEXO 2

QUESTIONÁRIO PARA COLETA DOS DADOS DOS PACIENTES

INTERNADOS

Nome:__________________________________________________________

Data de Nascimento:____/____/____

Idade (em meses):_______________________________________________

Sexo: (___) Feminino (___) Masculino

Etnia: (___) Branca (___) Negra (mulato, pardo) (___) Asiática (japonês e

chinês,etc...)

Endereço:_______________________________________________________

_______________________________________________________________

____________

Nome da Mãe:___________________________________________________

Nome do Pai: ____________________________________________________

Telefones para Contato: Fixo: ______________ Celular: __________________

Data de hoje:____/____/____

Alguma vez seu bebê teve chiado no peito ou bronquite ou sibilâncias:

(___) SIM (___) NÃO

145

Page 146: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Seu bebê alguma vez recebeu tratamento com medicamentos inalados por

nebulizadores ou sprays inalatórios (bombinhas), por exemplo: Salbutamol,

Aerolin®, Berotec®, Atrovent®, Brycanil®?

(___) SIM (___) NÃO (___) NÃO SEI

Seu bebê alguma vez recebeu tratamento com corticóides (cortisonas) em

sprays inalatórios (bombinhas) , por exemplo, Symbicort®, Flixotide®,

Seretide®, Clenil®, Beclosol®, Budesonida, Busonid®, Pulmicort®,

Beclometasona, Fluticasona ?

(___) SIM (___) NÃO (___) NÃO SEI

Seu bebê alguma vez recebeu tratamento com: Antileucotrienos (Singulair® ou

Montelair®)?

(___) SIM (___) NÃO (___) NÃO SEI

Seu bebê alguma vez recebeu tratamento com corticóides orais (Predsim®,

Prelone®, Decadron®)?

(___) SIM (___) NÃO (___) NÃO SEI

Seu bebê alguma vez acordou durante a noite devido à tosse?

(___) Nunca

(___) Raras vezes (menos de uma vez ao mês)

(___) Algumas vezes (algumas semanas em alguns meses)

(___) Freqüentemente (duas ou mais noites por semana, quase todos os

meses)

Algum médico lhe disse alguma vez que Seu bebê tem asma ou bronquite?

(___) SIM (___) NÃO

Seu bebê já teve pneumonia? (___) SIM (___) NÃO

Seu bebê já foi hospitalizado por pneumonia? (___) SIM (___) NÃO

146

Page 147: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Mês do ano em que nasceu: __________

Idade Gestacional pelo método de Capurro:

(___) Menos que 32 semanas gestacionais

(___) Entre 32 e 36 semanas e 6 dias de idade gestacional

(___) 37 ou mais semanas de idade gestacional

Seu bebê nasceu por cesariana (parto cesárea)? (___) SIM (___) NÃO

Peso ao nascer (exemplo 3 kg 100 gramas): __________

Estatura ao nascer em cm: __________

Peso agora: __________

Estatura agora em cm: __________

Duração do aleitamento materno exclusivo (em meses): __________

Duração do aleitamento materno total (em meses): __________

Alguma pessoa fuma dentro da sua casa (pai, mãe, avós, tios)? (___) SIM

(___) NÃO

A mãe do bebê fumou durante a gravidez? (___) SIM (___) NÃO

Seu bebê tem familiares com asma? (___) SIM (___) mãe (___) pai (___)

Irmãos (___) NÃO

Seu bebê tem familiares com alergia no nariz ou rinite alérgica (___) SIM (___)

mãe (___) pai (___) Irmãos (___) NÃO

147

Page 148: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

Seu bebê tem familiares com alergia de pele (dermatite alérgica)? (___) SIM

(___) mãe (___) pai (___) Irmãos (___) NÃO

Seu bebê tem ou teve alguma alergia de pele durante o primeiro ano de vida?

(manchas vermelhas na pele com coceira, alergia à fralda, alergia à picada de

mosquito, comida, metais, etc.). (___) SIM (___) NÃO

Existe mofo (bolor) ou manchas de umidade em sua casa? (___) SIM (___)

NÃO

Você tem ar condicionado em sua casa? (___) SIM (___) NÃO

Você tem algum bicho de estimação na sua casa atualmente? (cachorro, gato,

passarinho, coelho)?

(___) SIM (___) cachorro (___) gato (___) passarinho (___) coelho (___)

NÃO

Você tem carpete na sua casa? (___) SIM (___) NÃO

Existem bichos de pelúcia no quarto de seu bebê? (___) SIM (___) NÃO

Seu bebê vai à escola ou creche?

(___) Sim – Desde qual idade:___________________________

(___) Não

Seu bebê tem alguma Doença Pulmonar Crônica:

(___) SIM – Qual doença?

_____________________________________________

(___) NÃO

Seu bebê tem alguma Cardiopatia Congênita:

148

Page 149: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

(___) SIM – Qual cardiopatia congênita?

__________________________________

(___) NÃO

Número de irmãos: __________

Número de pessoas que vivem na mesma casa: __________

Escolaridade materna:

(___) Ensino Fundamental incompleto

(___) Ensino Fundamental

(___) Ensino Médio

(___) Terceiro grau

(___) Pós-graduação

EVOLUÇÃO DA INTERNAÇÃO:

Duração da internação: __________

Duração da oxigenoterapia: __________

Necessitou de Ventilação mecânica:

(___) Sim – Quantos dias:____________________________________

(___) Não

Evoluiu à óbito:

(___) Sim

(___) Não

149

Page 150: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

ANEXO 3

APROVAÇÃO DO PROJETO PELA COMISSÃO NACIONAL DE ÉTICA EM

PESQUISA (CAAE: 00869612.7.0000.5404)

150

Page 151: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

COMISSÃO NACIONAL DEÉTICA EM PESQUISA

Pesquisador:

Título:

Instituição:

Versão:

CAAE:

PARECER CONSUBSTANCIADO DA CONEP

Número do Parecer:

Data da Relatoria:

AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS E GENÉTICAS ASSOCIADASÀ BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA GRAVE

Alfonso Eduardo Alvarez Bragunde

Faculdade de Ciências Medicas - UNICAMP(Campus Campinas)

3

00869612.7.0000.5404

113.819

29/08/2012

PROJETO DE PESQUISA

Área Temática:

Área 1. Genética Humana.

Introdução: A Bronquiolite Viral Aguda (BVA) pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é a principal infecção dasvias aéreas inferiores em crianças menores de 2 anos de idade no mundo e a principal causa de internaçãonessa faixa etária em países desenvolvidos. O VSR é o principal agente causador da BVA e suacorrespondendo a 41,7 a 83,6% dos caso. Devido a possibilidade da doença evoluir de forma grave éimportante tentar identificar os fatores de risco que contribuem para uma evolução desfavorável. Diversostrabalhos na literatura têm tentado demonstrar quais são esses fatores de risco, sendo que alguns fatores jáforam bem elucidados, como prematuridade, tabagismo passivo, baixa idade, ausência de aleitamento materno,doença pulmonar crônica e cardiopatia congênita.Outros fatores relacionados com a gravidade da BVA são baixo peso na admissão, ter irmãos mais velhos,morar em casa com muitas pessoas, tabagismo materno na gestação, ser do sexo masculino, época do ano emque nasceram, frequentar escola, baixa idade materna, baixa escolaridade materna e baixo nívelsocioeconômico.A evolução da BVA apresenta gravidade tão variável que os pesquisadores começaram a suspeitar que osfatores epidemiológicos não seriam os únicos responsáveis pela determinação da gravidade do quadro. Destaforma alguns estudos avaliaram se características genéticas estariam associados a evolução mais grave para aenfermidade. Pattern recognition receptors (PRRs) são os mediadores chave da resposta imune inata contra oVSR. No trato respiratório inferior o VSR é reconhecido pelo receptor transmembrana Toll-like 4 (TLR4)presente em macrófagos e células dendítricas, e ocorre a produção de citocinas pro-inflamatórias e asubsequente ativação da resposta imune adaptativa. Variações genéticas do TLR4 foram associadas com orisco de BVA grave por VSR.Hipótese: A gravidade da Bronquiolite Viral Aguda está associada a fatores epidemiológicos e a ocorrência depolimorfismos genéticos.Metodologia: Delineamento do estudo: Serão avaliados os pacientes internados com quadro de BVA quenecessitarem de oxigenoterapia, com ou sem necessidade de ventilação mecânica. O grupo controle serácomposto por pacientes com diagnóstico de BVA que forem atendidos na emergência e que não necessitareminternação. Os pacientes serão avaliados em relação a variáveis epidemiológicas, presença de vírus epresença de polimorfismos gênicos, conforme descrição a seguir.Variáveis epidemiológicas que serão avaliadas: Gênero: masculino ou feminino. Etnia: caucasóide, negróide oumongolóide. Idade (em meses). Prematuridade: nascimento com menos que 32 semanas gestacionais, entre32 e 36 semanas e 6 dias de idade gestacional ou com 37 ou mais semanas de idade gestacional. Época doano em que nasceram. Duração do aleitamento materno (em meses). Tabagismo passivo: presença ouausência de fumante morando na casa da criança. Doença pulmonar crônica: presente ou ausente. Cardiopatiacongênita: presente ou ausente. Número de irmãos. Número de pessoas que vivem na mesma casa.Escolaridade

Apresentação do Projeto:

E-mail:

Endereço:Bairro: CEP:

Telefone:UF: Município:

151

Page 152: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

COMISSÃO NACIONAL DEÉTICA EM PESQUISA

materna. Antecedente materno para atopia: presente ou ausente. Antecedente paterno para atopia: presente ouausente. Frequência à escola: presente ou ausente. Presença dos vírus: VSR Adenovírus, Bocavírus, InfluenzaA, Influenza B, Parainfluenza 1, Parainfluenza 2,Parainfluenza 3, Rinovírus e Metapneumovírus. A determinação dos vírus será realizada com material obtidoatravés de lavado de nasofaringe e a técnica para detecção viral será PCR-Real Time, conforme técnicapadrão. Presença dos polimorfismos gênicos: Toll-Like Receptor 4 (polimorfismos Asp299Gly - rs4986790,Thr399Ile - rs4986791, +896A/G, rs1927911) Toll-Like Receptor 2 (polimorfismos rs1898830, rs7656411) Toll-Like Receptor 9 (polimorfismos rs352162, rs187084) Rantes (polimorfismos -403 G/A, -28C/G, In1.1T/C)Receptor da vitamina D (polimorfismo Thr1Meth - rs10735810) JUN (polimorfismo -rs11688) IFNA5(polimorfismo - rs10757212) NOS2 (polimorfismo - rs1060826). A análise genética será realizada pela técnicado open array, seguindo os passos propostos pelo fabricante (Applied Biosystems by Life Technologies®).Critérios de Inclusão/ Exclusão: Critério de Inclusão: Serão incluídos os pacientes que apresentarem quadro deBronquiolite Viral Aguda e necessitarem de internação e utilização de oxigenoterapia. O grupo controle seráconstituído de pacientes que apresentarem Bronquiolite Viral Aguda atendidos na emergência e que nãonecessitarem internação.

O objetivo do projeto é determinar quais são as características epidemiológicas e genéticas associadas àevolução grave da BVA.Objetivos Secundários:1. Descrição da população de pacientes incluídos no estudo pela caracterização das seguintes variáveisepidemiológicas: Gênero, etnia, idade, presença de prematuridade, época do ano em que nasceram, duraçãodo aleitamento materno, presença de tabagismo passivo, presença de doença pulmonar crônica, presença decardiopatia congênita, número de irmãos, número de pessoas que vivem na mesma casa, escolaridadematerna, antecedente materno e paterno para atopia, frequência à escola.2. Determinação da presença dos seguintes vírus nos pacientes incluídos no estudo: VSR, Adenovírus,Bocavírus, Influenza A, Influenza B, Parainfluenza 1, Parainfluenza 2, Parainfluenza 3, Rinovírus eMetapneumovírus.3. Verificar a presença nos pacientes incluídos no estudo dos polimorfismos nos seguintes genes: Toll-LikeReceptor 4 (polimorfismos Asp299Gly - rs4986790, Thr399Ile - rs4986791, +896A/G, rs1927911), Toll-LikeReceptor 2 (polimorfismos rs1898830, rs7656411), Toll-Like Receptor 9 (polimorfismos rs352162, rs187084),Rantes (polimorfismos -403G/A, -28C/G, In1.1T/C), receptor da vitamina D (polimorfismo Thr1Meth -rs10735810), JUN (polimorfismo - rs11688), IFNA5 (polimorfismo - rs10757212) e NOS2 (polimorfismo -rs1060826).4. Verificar a associação da gravidade da BVA com as características epidemiológicas descritas no item 1, coma presença dos vírus descritos no item 2 e com a presença dos polimorfismos descritos no item 3.

Objetivo da Pesquisa:

Benefícios: A BVA é uma doença com alta incidência, responsável por grande número de internações,acarretando em custo elevado. Pode evoluir de forma grave e levar a óbito, sendo então responsável tambémpor um enorme sofrimento para os pais e pacientes. É importante tentar identificar quais são os fatoresepidemiológicos que contribuem para a maior gravidade da doença. No Brasil, estudos epidemiológicos com aBVA são escassos e pouco se sabe sobre quais fatores interagem para sua maior gravidade e para suaincidência. A causa genética da BVA ainda não é esclarecida. Múltiplos genes em vias metabólicas distintas,têm sido relatados como fatores associados a presença e maior gravidade da BVA em diferentes populações.Porém, esses estudos são escassos na literatura cientifica, e não existem relatados descritos para a populaçãobrasileira na literatura referenciada. Os estudos também demonstram controvérsia quanto aos resultadosobtidospara um mesmo polimorfismo em relação à doença, além de dificuldade metodológica envolvendo tamanhoamostral e caracterização dos pacientes incluídos. O conhecimento de polimorfismo em genes associados àpresença e maior gravidade na BVA poderá possibilitar maior entendimento da doença e identificação depopulações de risco. Novas terapias condicionadas por farmacogenética poderão ser introduzidas por meio denovos estudos realizados a partir dos dados obtidos neste

Avaliação dos Riscos e Benefícios:

E-mail:

Endereço:Bairro: CEP:

Telefone:UF: Município:

152

Page 153: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

COMISSÃO NACIONAL DEÉTICA EM PESQUISA

projeto.

Serão avaliados os pacientes internados com quadro de BVA que necessitarem de oxigenoterapia, com ou semnecessidade de ventilação mecânica. O grupo controle será composto por pacientes com diagnóstico de BVAque forem atendidos na emergência e que não necessitarem internação. Os pacientes serão avaliados emrelação a variáveis epidemiológicas, presença de vírus e presença de polimorfismos gênicos. O estudo épatrocinado pela Fundação de Amparo a Pesquisa de São Paulo (FAPESP).

Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:

Os documentos de apresentação obrigatória foram incluídos.

Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:

Incluídas no item "Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações".

Recomendações:

1. O projeto de pesquisa tem como instituição proponente a Universidade Estadual de Campinas, através daFaculdade de Ciências Médicas. Solicita-se esclarecer a vinculação do pesquisador responsável com ainstituição e qual a equipe que integrará o referido projeto de pesquisa.Resposta: O pesquisador é aluno de doutorado da instituição, sendo que o projeto em questão é o projeto dedoutorado do pesquisador e será orientado pelo Prof. Dr. José Dirceu Ribeiro. A equipe que integrará o projetoe as atribuições de cada pesquisador estão descritas no projeto, sendo que estas informações foramacrescentadas ao Delineamento do Estudo.Análise: Pendência atendida.

2. No projeto de pesquisa não foram apresentados critérios de exclusão do estudo. De acordo com o itemVI.3.d da Resolução CNS 196/96, todo protocolo de pesquisa deve descrever os planos para recrutamento deindivíduos e os procedimentos a serem seguidos e fornecer critérios de inclusão e exclusão. Solicita-se,portanto, que sejam descritos os planos para recrutamentos de indivíduos, os profissionais responsáveis eque sejam apresentados os critérios de exclusão.Resposta: Foram acrescentados no projeto a descrição de como serão recrutados os indivíduos, os critérios deinclusão e os critérios de exclusão. O recrutamento dos indivíduos e a coleta de dados serão realizadas pelopróprio pesquisador. O texto do projeto ficou desta forma: Serão avaliados os pacientes internados no Hospitalde Clínicas da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) comquadro de BVA que necessitarem de oxigenoterapia, com ou sem necessidade de ventilação mecânica.O grupo controle será composto por pacientes com diagnóstico de BVA que forem atendidos na emergência doHospital de Clínicas da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) eque não necessitarem internação. O diagnóstico da BVA será baseado em dados clínicos. Serão excluídos ospacientes que tiverem apresentado quadro anterior de sibilância. Também serão excluídos os pacientes cujospais ou responsáveis solicitarem a revogação do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.Análise: Pendência atendida.

3. Com relação aos riscos de participação do estudo, é informado que "Não há riscos previsíveis na realizaçãodo exame genético e do exame para detecção de vírus." (grifo nosso). Cabe ressaltar que, de acordo com oitem V da Resolução CNS 196/96, "considera-se que toda pesquisa envolvendo seres humanos envolve risco.O dano eventual poderá ser imediato ou tardio, comprometendo o indivíduo ou a coletividade". Ressalte-seainda o item II.8 da mesma resolução que define como "Risco da pesquisa - possibilidade de danos à dimensãofísica, psíquica, moral, intelectual, social, cultural ou espiritual do ser humano, em qualquer fase de umapesquisa e dela decorrente". Solicita-se adequação.Resposta: Foi retirada a frase ¿Não há riscos previsíveis para a realização deste exame¿ e

Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:

E-mail:

Endereço:Bairro: CEP:

Telefone:UF: Município:

153

Page 154: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

COMISSÃO NACIONAL DEÉTICA EM PESQUISA

acrescentada a frase¿Os riscos associados à coleta de sangue são edema local, hematoma porextravasamento de sangue e infecções no local da punção¿Análise: Pendência atendida.

4. O orçamento do projeto deve ser apresentado conforme item VI.2.j da Resolução CNS 196/96, esclarecendoos recursos, fontes e destinação (o que será pago à instituição e ao pesquisador). Não é suficiente aapresentação de uma tabela informando que o estudo terá um custo de R$ 230.000,00, para "Material deConsumo para exames". Ademais, na primeira versão submetida para análise, foi informado que o estudo teriaum custo de R$ 0,00. Solicitam-se esclarecimentos e adequação.Resposta: Comunicamos ao revisor que na versão inicial o relato de custo R$ 0,00 se deveu ao fato dapossibilidade de realizarmos o projeto com verba interna. Após a constatação da impossibilidade de realizaçãodo projeto com verba interna, foi previamente calculado um montante de R$ 230.000,00. Agora, após reuniãode toda a equipe, realizamos e obtivemos um novo orçamento e o montante para a realização da pesquisa foiestipulado em 107.000,00. Este montante foi adequado à sugestão da Fapesp após adequação dosprocedimentos necessários junto a equipe de pesquisa. Os pesquisadores não receberão nenhumaremuneração pela pesquisa, sendo que os recursos serão destinados para a realização da detecção dos víruse da análise genética. Conforme solicitado, o orçamento foi detalhado no projeto seguindo a resolução 196/96.Análise: Pendência atendida.

5. O protocolo de pesquisa não informa o laboratório responsável pela identificação viral e nem o laboratórioque realizará a técnica de open array para os polimorfismos gênicos. Solicita-se esclarecimento e adequação,com apresentação dos custos conforme citado no item 3.Resposta: Foi acrescentado no protocolo de pesquisa os laboratórios responsáveis pela realização dosexames. A identificação viral será realizada no Laboratório de Virologia do Instituto de Biologia da UNICAMP,pela Prof. Dra. Clarice Weis Arns, a qual faz parte desta pesquisa. A análise dos polimorfismos gênicos serárealizada no Laboratório de Genética Médica da UNICAMP, pela Prof. Dra. Carmen Sílvia Bertuzzo e porFernando Augusto de Lima Marson, os quais fazem parte desta pesquisa.Análise: Pendência atendida.

6. Com relação ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE):a. O TCLE não está apresentado em forma de convite e com linguagem clara e acessível, conforme expressona Resolução CNS 196/96. Solicita-se adequação.Resposta: O TCLE foi adequado para a forma de convite e com linguagem clara e acessível. Foi incluída aseguinte frase: "Gostaríamos de convidá-los a participar de uma pesquisa médica, na qual pretendemosinvestigar quais são os fatores que levam a maior gravidade da Bronquiolite Viral Aguda.".Análise: Pendência atendida.

b. No TCLE, quando se refere ao procedimento de coleta de sangue, é informado que "3. Exame de sangue:trata-se de um exame do sangue da criança onde serão avaliados se existem características genéticas quepossam contribuir com a incidência e gravidade da bronquiolite. Cabe lembrar que esse exame será colhido namesma punção realizada no momento da coleta de outros exames que fazem parte da rotina no atendimentoaos pacientes com bronquiolite, não sendo necessário então uma punção diferente da que normalmente seriarealizada. São necessários 2ml de sangue. Não há riscos previsíveis na realização deste exame."(grifo nosso).O procedimento de coleta de sangue tem diversos riscos previsíveis já conhecidos, especialmente seconsiderarmos edemas e infecções. Solicita-se que o texto do TCLE seja alterado de forma a apresentar todosos riscos relacionados à coleta de sangue.Resposta: Foi retirada a frase "Não há riscos previsíveis na realização deste exame" e acrescentada a seguintefrase: "Os riscos associados à coleta de sangue são edema (inchaço) local, hematoma por extravasamento desangue e infecções no local da punção.".Análise: Pendência atendida.

c. De acordo com a Carta Circular N°. 003/2011/CONEP/CNS, tendo em vista sua vulnerabilidade no

E-mail:

Endereço:Bairro: CEP:

Telefone:UF: Município:

154

Page 155: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

COMISSÃO NACIONAL DEÉTICA EM PESQUISA

momento de adesão a um protocolo de pesquisa, o sujeito de pesquisa ou seu representante, quando for ocaso, bem como o pesquisador responsável, deverão rubricar todas as folhas do Termo de ConsentimentoLivre e Esclarecido - TCLE, apondo suas assinaturas na última página do referido Termo. Ratifica-se que deveser informado que o mesmo será elaborado em duas vias, sendo uma retida com o pesquisador responsável eoutracom o sujeito de pesquisa (Resolução CNS 196/96 item IV.2.d, VI.2.g). Solicitam-se adequações.Resposta: Foi realizada a adequação sendo colocada a seguinte frase: O responsável pelo paciente e opesquisador deverão rubricar todas as folhas do ¿Termo de Consentimento Livre e Esclarecido¿ e assinar aúltima página. O documento será elaborado em duas vias, sendo que uma ficará com o responsável pelopaciente e a outra com o pesquisador.Análise: Pendência atendida.

d. Não há garantia de indenização em caso de danos relacionados ao estudo. De acordo com o preconizadopelos itens III.3.q, IV.1.d e V.6 da Resolução CNS 196/96, os sujeitos de pesquisa têm o direito de assistênciaintegral e indenização e exige-se que no TCLE constem as formas de acompanhamento e assistência, assimcomo seus responsáveis. É necessário que seja expresso de modo claro e afirmativo o direito de assistênciaintegral gratuita, sob responsabilidade do patrocinador, ao sujeito de pesquisa, pelo temponecessário, em caso de danos decorrentes de sua participação no projeto de pesquisa. Solicita-se adequação.Resposta: Foi realizada a adequação sendo colocada a seguinte frase: Os pacientes que participarem dapesquisa terão direito a assistência integral gratuita pelo tempo necessário em casos de danos decorrentes dosprocedimentos realizados para a pesquisa. Este acompanhamento será realizado pelo responsável pelapesquisa e inclui o tratamento clínico e eventuais exames ou medicamentos que forem necessários.Análise: Pendência atendida.

e. O estudo prevê a realização de testes genéticos, no entanto, no TCLE não constam tais informações. Deacordo com o item V.1 da Resolução CNS 340/2004, o TCLE de estudos pertencentes à área temática especial"Genética humana" devem apresentar:i) explicitação clara dos exames e testes que serão realizados, indicando genes/segmentos do DNA ou do RNAou produtos gênicos que serão estudados e sua relação com eventual condição do sujeito da pesquisa. Deacordo com a Carta Circular N°. 011/2012/CONEP/CNS/GB/MS, deve-se elencar as famílias dos genes aserem investigados, citando os genes e/ou loci específicos que efetivamente serão analisados, devendoconstar o compromisso de, se outros genes vierem a ser estudados, pertencerem à mesma família;ii) garantia de sigilo, privacidade e, quando for o caso, anonimato;iii) plano de aconselhamento genético e acompanhamento clínico, com a indicação dos responsáveis, semcustos para os sujeitos da pesquisa;iv) tipo e grau de acesso aos resultados por parte do sujeito, com opção de tomar ou não conhecimento dessasinformações;v) informação quanto a medidas de proteção de dados individuais, resultados de exames e testes, bem comodo prontuário, que somente serão acessíveis aos pesquisadores envolvidos e que não será permitido o acessoa terceiros (seguradoras, empregadores, supervisores hierárquicos. etc.);vi) informação quando a medidas de proteção individual contra qualquer tipo de discriminação e/ouestigmatização, individual ou coletiva. Solicitam-se adequações.Resposta: Foi realizada a adequação sendo colocada o seguinte texto: Será realizado um exame genético paraavaliar a presença de polimorfismos (alterações genéticas) que contribuam com a gravidade do quadro deBronquiolite. Serão estudados os dos polimorfismos nos seguintes genes: Toll-Like Receptor 4 (polimorfismosAsp299Gly - rs4986790, Thr399Ile - rs4986791, +896A/G, rs1927911), Toll-Like Receptor 2 (polimorfismosrs1898830, rs7656411), Toll-Like Receptor 9 (polimorfismos rs352162, rs187084), Rantes (polimorfismos -403G/A, -28C/G, In1.1T/C), receptor da vitamin D (polimorfismo Thr1Meth - rs10735810), JUN (polimorfismo -rs11688), IFNA5 (polimorfismo - rs10757212) e NOS2 (polimorfismo - rs1060826). Os dados serão tratados deforma sigilosa, com privacidade e apenas o pesquisador responsável terá acesso ao nome dos participantes.Os resultados dos exames serão acessíveis apenas aos pesquisadores envolvidos, e não será

E-mail:

Endereço:Bairro: CEP:

Telefone:UF: Município:

155

Page 156: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

COMISSÃO NACIONAL DEÉTICA EM PESQUISA

permitido o acesso desses resultados a terceiros (seguradoras, empregadores, supervisores hierárquicos. etc.).Não será divulgado em nenhum momento o nome das crianças que participaram do estudo. Não haveráqualquer tipo de discriminação e/ou estigmatização, individual ou coletiva, em relação aos participantes dapesquisa. O pesquisador responsável, quando for o caso, fará o aconselhamento genético e acompanhamentoclínico, sem custo para o paciente participante da pesquisa. Os responsáveis pelo paciente terão acesso aosresultados dos exames, e poderão optar por tomar ou não conhecimento dessas informações.Análise: Pendência atendida.

Aprovado

Situação do Parecer:

Diante do exposto, a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa - CONEP, de acordo com as atribuiçõesdefinidas na Resolução CNS 196/96, manifesta-se pela aprovação do projeto de pesquisa proposto.

Situação: Protocolo aprovado.

Considerações Finais a critério da CONEP:

03 de Outubro de 2012

Assinado por:

Aníbal Gil Lopes

(Coordenador)

E-mail:

Endereço:Bairro: CEP:

Telefone:UF: Município:

156

Page 157: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

ANEXO 4

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Título da pesquisa: Avaliação das características epidemiológicas e genéticas

associadas à bronquiolite viral aguda grave

Responsável pela pesquisa: Alfonso Eduardo Alvarez – CRM: 80599

Instituição: Faculdade de Ciências Médicas - UNICAMP

Gostaríamos de convidá-los a participar de uma pesquisa médica, na qual

pretendemos investigar quais são os fatores que levam a maior gravidade da

Bronquiolite Viral Aguda. A importância desta pesquisa e os objetivos estão

descritos a seguir:

Justificativa: A Bronquiolite é uma doença com alta incidência que pode

evoluir de forma variável, desde leve até grave. Não se sabe ainda quais são

as características relacionadas ao paciente que determinam a gravidade da

doença. Algumas características clínicas e da história do paciente, bem como

do ambiente em que ela vive podem determinar a gravidade. Por outro lado,

tenta-se descobrir se alguma característica genética do paciente pode

contribuir para a gravidade do quadro. No Brasil são poucos os estudos que

determinaram as características clínicas, de história e do ambiente que

determinam a evolução da doença e não existe nenhum estudo avaliando as

características genéticas desses pacientes.

Por outro lado é importante o conhecimento de quais são os vírus responsáveis

pela Bronquiolite. Atualmente existem poucos estudos no Brasil que

determinaram quais são os vírus que acometem nossos pacientes.

Objetivos da pesquisa: O objetivo desta pesquisa é avaliar quais são as

características clínicas, da história, do ambiente e genéticas dos pacientes que

157

Page 158: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

contribuem para a gravidade da Bronquiolite, bem como determinar quais são

os vírus responsáveis por essa doença em nosso país.

Procedimentos que serão utilizados para a realização da pesquisa:

1. Entrevista com os pais: consiste de uma entrevista com os pais sobre

a história do paciente, avaliando dados sobre o nascimento, tempo de

amamentação, quantidade de irmãos, doença que eventualmente a

criança apresente, presença de fumantes na casa, etc...

2. Exame da secreção de vias aéreas superiores: consiste em exame

onde é aplicado soro fisiológico na narina da criança e depois aspirado

esse material, para determinar quais os vírus que estão causando a

Bronquiolite. Cabe lembrar que esse é um exame de rotina nos

pacientes que apresentam Bronquiolite, sendo que o que muda é que

será realizado um exame mais completo e que determina com maior

precisão quais os vírus implicados, bem como avalia um maior numero

de vírus quando comparado ao exame tradicional. Não há riscos

previsíveis na realização deste exame.

3. Exame de sangue: trata-se de um exame do sangue da criança onde

serão avaliados se existem características genéticas que possam

contribuir com a incidência e gravidade da bronquiolite. Cabe lembrar

que esse exame será colhido na mesma punção realizada no momento

da coleta de outros exames que fazem parte da rotina no atendimento

aos pacientes com bronquiolite, não sendo necessário uma punção

diferente da que normalmente seria realizada. São necessários 2 ml de

sangue. Os riscos associados à coleta de sangue são edema (inchaço)

local, hematoma por extravasamento de sangue e infecções no local da

punção.

Benefícios esperados: o benefício esperado dessa pesquisa é o

conhecimento de quais são as características clínicas, de história, do ambiente

e genéticas dos pacientes que contribuem para a incidência e gravidade da

Bronquiolite. Com o conhecimento desses dados será possível determinar

158

Page 159: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

quais são as crianças com maior risco de apresentar Bronquiolite bem como de

evoluir de forma grave. Outro benefício esperado é a determinação de quais

são os vírus responsáveis pela Bronquiolite em nosso meio.

Métodos alternativos para a obtenção das informações desejadas: não

existem outras maneiras de se obter as informações descritas acima que não

sejam através do exame da secreção das vias aéreas superiores e do exame

de sangue.

A não participação na pesquisa não acarretará em nenhuma mudança no

tratamento que a criança irá receber e no acompanhamento que será

realizado.

Os pacientes que participarem da pesquisa terão direito a assistência

integral gratuita pelo tempo necessário em casos de danos decorrentes

dos procedimentos realizados para a pesquisa. Este acompanhamento

será realizado pelo responsável pela pesquisa e inclui o tratamento

clínico e eventuais exames ou medicamentos que forem necessários.

Será realizado um exame genético para avaliar a presença de

polimorfismos (alterações genéticas) que contribuam com a gravidade do

quadro de Bronquiolite. Serão estudados os dos polimorfismos nos

seguintes genes: Toll-Like Receptor 4 (polimorfismos Asp299Gly -

rs4986790, Thr399Ile - rs4986791, +896A/G, rs1927911), Toll-Like Receptor

2 (polimorfismos rs1898830, rs7656411), Toll-Like Receptor 9

(polimorfismos rs352162, rs187084), Rantes (polimorfismos -403G/A, -

28C/G, In1.1T/C), receptor da vitamin D (polimorfismo Thr1Meth -

rs10735810), JUN (polimorfismo - rs11688), IFNA5 (polimorfismo -

rs10757212) e NOS2 (polimorfismo - rs1060826).

Os dados serão tratados de forma sigilosa, com privacidade e apenas o

pesquisador responsável terá acesso ao nome dos participantes. Os

resultados dos exames serão acessíveis apenas aos pesquisadores

159

Page 160: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

envolvidos, e não será permitido o acesso desses resultados a terceiros

(seguradoras, empregadores, supervisores hierárquicos. etc.). Não será

divulgado em nenhum momento o nome das crianças que participaram do

estudo. Não haverá qualquer tipo de discriminação e/ou estigmatização,

individual ou coletiva, em relação aos participantes da pesquisa.

O pesquisador responsável, quando for o caso, fará o aconselhamento

genético e acompanhamento clínico, sem custo para o paciente

participante da pesquisa.

Os responsáveis pelo paciente terão acesso aos resultados dos exames,

e poderão optar por tomar ou não conhecimento dessas informações.

A participação na pesquisa não acarretará nenhum custo para o paciente,

não havendo portanto necessidade de reembolso.

O responsável pelo paciente e o pesquisador deverão rubricar todas as

folhas do “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido” e assinar a

última página. O documento será elaborado em duas vias, sendo que uma

ficará com o responsável pelo paciente e a outra com o pesquisador.

Dados do Pesquisador:

Nome: Alfonso Eduardo Alvarez

Endereço: Av. Brasil, 1702 – Guanabara – CEP: 13070-178 – Campinas – SP

Telefone: (19) 32437227

E-mail: [email protected]

Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas da

UNICAMP (para sugestões ou reclamações):

Endereço: Rua: Tessália Vieira de Camargo, 126 – CEP 13083-887 –

Campinas – SP

Telefone: (019) 3521-8936 ou 3521-7187

160

Page 161: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

E-mail: [email protected]

Nome do paciente:_______________________________________________

Nome do responsável:____________________________________________

_____________________________ __________________________

Assinatura do responsável Assinatura do responsável

pelo paciente pela pesquisa

161

Page 162: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

ANEXO 5

APROVAÇÃO PELO JORNAL DE PEDIATRIA PARA INCLUSÃO NA TESE

DO ARTIGO PUBLICADO

162

Page 163: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

163

Page 164: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

ANEXO 6

ATIVIDADES ACADÊMICAS REALIZADAS DURANTE O DOUTORADO

I) CARGOS EXERCIDOS

II) ARTIGOS COMPLETOS PUBLICADOS EM PERIÓDICOS

III) CAPÍTULOS DE LIVROS PUBLICADOS

IV) APRESENTAÇÕES DE TRABALHO EM CONGRESSOS

V) APRESENTAÇÃO DE PALESTRAS

VI) PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS CIENTÍFICOS

VII) ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS CIENTÍFICOS

164

Page 165: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

I) CARGOS EXERCIDOS

1) Presidente do Departamento de Pediatria da Sociedade de Medicina e Cirurgia de

Campinas (gestão 2011-2014).

2) Vice presidente do Comitê de Pneumologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo

(gestão 2016-2019).

165

Page 166: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

II) ARTIGOS COMPLETOS PUBLICADOS EM PERIÓDICOS

1) MARSON FAL; HORTENCIO TD; AGUIAR KT; RIBEIRO JD; CYFIUC Group.

Demographic, clinical, and laboratory parameters of cystic fibrosis during the last two

decades: a comparative analysis. BMC Pulm Med. 2015;15:3.

2) ADDE FV; ALVAREZ AE; BARBISAN BN; GUIMARAES BR. Recommendations

for long-term home oxygen therapy in children and adolescents. J Pediatr (Rio J).

2013;89(1):6-17.

3) ALVAREZ AE; MARSON FALM; BERTUZZO CS; ARNS CW; RIBEIRO JD.

Epidemiological and genetic characteristics associated with the severity of acute viral

bronchiolitis by respiratory syncytial virus. J Pediatr (Rio J). 2013;89(6):531-43.

166

Page 167: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

III) CAPÍTULOS DE LIVROS PUBLICADOS

1) ALVAREZ AE; BARBISAN BN; GUIMARAES BR; ADDE FV. Oxigenoterapia

Domiciliar Prolongada. In: Adyléia A. Dalbo C. Toro; Lucia Harumi Muramato; Ana

Maria Cocozza. (Org.). Doenças Pulmonares em Pediatria. 2ed. São Paulo: Atheneu,

2014, p. 23-36.

2) ALVAREZ AE; SILVA FILHO LVRF. Asma: tratamento da crise. In: Adyléia A.

Dalbo C. Toro; Lucia Harumi Muramato; Ana Maria Cocozza. (Org.). Doenças

Pulmonares em Pediatria. 2ed. São Paulo: Atheneu, 2014, p. 119-130.

3) ALVAREZ AE; TORO ADC; RIBEIRO JD; GUGLIELMI AAG. Terapêutica

Corticosteroide na Patologia Pulmonar. In: Tatiana Rozov. (Org.). Doenças Pulmonares

em Pediatria. 2ed. São Paulo: Atheneu, 2012, p. 947-973.

4) ALVAREZ AE; TORO ADC; RIBEIRO JD; GUGLIELMI AAG. Oxigenoterapia e

Ventilação Não Invasiva Domiciliar Prolongada. In: Tatiana Rozov. (Org.). Doenças

Pulmonares em Pediatria. 2ed. São Paulo: Atheneu, 2012, p. 975-987.

167

Page 168: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

IV) APRESENTAÇÕES DE TRABALHO EM CONGRESSOS

1) WOLLMEISTER E; BASTOS JCS; SILVA LHA; MARSON FAL; ALVAREZ AE;

BARACAT CE; RIBEIRO JD; ARNS CW; RICCETTO AGL. Vírus Sincicial

Respiratório em Lactentes Brasileiros – Dez anos, Duas Cootes / Dados

Epidemiológicos. IX Semana de Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas da

UNICAMP – Maio de 2016.

2) WOLLMEISTER E; BASTOS JCS; SILVA LHA; MARSON FAL; ALVAREZ AE;

BARACAT CE; RIBEIRO JD; ARNS CW; RICCETTO AGL. Vírus Sincicial

Respiratório em Lactentes Brasileiros – Dez anos, Duas Cootes / Dados Clínicos. IX

Semana de Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP – Maio de 2016.

3) ALVAREZ AE; MARSON FAL; BASTOS JCS; BERTUZZO CS; ARNS CW;

RIBEIRO JD. Influence of Single Nucleotide Polymorphisms in Wheezing after Acute

Viral Bronchiolitis. XI Congreso de la Sociedad Latinoamericana de Neumologia

Pediátrica / XV Congresso Brasileiro de Pneumologia Pediátrica – Abril de 2016.

4) ALVAREZ AE; MARSON FAL; BASTOS JCS; BERTUZZO CS; ARNS CW;

RIBEIRO JD. Severe Acute Viral Bronchiolitis: A Genetic Entity. XI Congreso de la

Sociedad Latinoamericana de Neumologia Pediátrica / XV Congresso Brasileiro de

Pneumologia Pediátrica – Abril de 2016.

5) ALVAREZ AE; MARSON FAL; BASTOS JCS; BERTUZZO CS; ARNS CW;

RIBEIRO JD. One-Year follow-up of Infants hospitalized for Severe Acute Viral

Bronchiolitis. XI Congreso de la Sociedad Latinoamericana de Neumologia Pediátrica /

XV Congresso Brasileiro de Pneumologia Pediátrica – Abril de 2016.

6) ALVAREZ AE; MARSON FAL; BASTOS JCS; BERTUZZO CS; ARNS CW;

RIBEIRO JD. Severe Acute Viral Bronchiolitis in Infants: Clinical Features, Etiology

and Outcomes. XI Congreso de la Sociedad Latinoamericana de Neumologia Pediátrica

/ XV Congresso Brasileiro de Pneumologia Pediátrica – Abril de 2016.

168

Page 169: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

7) MARSON FAL; BERTUZZO CS; ALVAREZ AE; RIBEIRO JD. Severe Acute

Viral Bronchiolitis and Allergic Asthma: a possible genetic response common. XI

Congreso de la Sociedad Latinoamericana de Neumologia Pediátrica / XV Congresso

Brasileiro de Pneumologia Pediátrica – Abril de 2016.

8) MARSON FAL; BERTUZZO CS; ALVAREZ AE; RIBEIRO JD. Severe Acute

Viral Bronchiolitis: a Genetic Profile. XI Congreso de la Sociedad Latinoamericana de

Neumologia Pediátrica / XV Congresso Brasileiro de Pneumologia Pediátrica – Abril de

2016.

9) ALVAREZ AE; MARSON FAL; ARNS CW; BERTUZZO CS; RIBEIRO JD.

Bronquiloite Viral Aguda Grave em Lactentes: Características Clínicas, Etiológicas e

Evolutivas. 37 Congresso Brasileiro de Pediatria - Outubro 2015.

10) ALVAREZ AE; MARSON FAL; BERTUZZO CS; ARNS CW; RIBEIRO JD.

Bronquiloite Viral Aguda Grave associada com a variabilidade em genes da resposta

inflamatória. 37 Congresso Brasileiro de Pediatria - Outubro 2015.

11) MARSON FAL; BERTUZZO CS; ALVAREZ AE; RIBEIRO JD. Uma possível

resposta genética para o risco de Asma em pacientes que tiveram Bronquiolite Viral

Aguda Grave. 37 Congresso Brasileiro de Pediatria - Outubro 2015.

12) MARSON FAL; ALVAREZ AE; BERTUZZO CS; RIBEIRO JD. The Genetics

Profile in the Allergic Asthma and Severe Acute Viral Bronchiolitis: Multiples

Phenotypes, the same Genes?. 61 Congresso Brasileiro de Genética – Setembro de

2015.

13) MARSON FAL; ALVAREZ AE; RIBEIRO JD. A Bronquiolite Viral Aguda Grave

é uma 'abertura' para a Asma Alérgica: uma possível resposta genética. X Congresso

Brasileiro de Asma / XVI Congresso Paulista de Pneumologia e Tisiologia - Agosto de

2015.

169

Page 170: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

14) MARSON FAL; ALVAREZ AE; RIBEIRO JD. A Bronquiolite Viral Aguda Grave

e os fatores de risco e gravidade genética associados a resposta inflamatória. X

Congresso Brasileiro de Asma / XVI Congresso Paulista de Pneumologia e Tisiologia -

Agosto de 2015.

TRABALHOS ACEITOS QUE AINDA SERÃO APRESENTADOS EM

CONGRESSOS

15) ALVAREZ AE; MARSON FAL; BASTOS JCS; BERTUZZO CS; ARNS CW;

RIBEIRO JD. Influence of single nucleotide polymorphisms in post-bronchiolitis

wheezings. European Respiratory Society International Congress – Setembro de 2016.

16) ALVAREZ AE; MARSON FAL; BASTOS JCS; BERTUZZO CS; ARNS CW;

RIBEIRO JD. Severe Acute Viral Bronchiolitis: A Genetic Entity. European

Respiratory Society International Congress – Setembro de 2016.

170

Page 171: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

V) APRESENTAÇÃO DE PALESTRAS

1) Lactente sibilante: Evolução a longo prazo dos lactentes internados com Bronquiolite

Viral Aguda Grave: até quando vão chiar?. 14 Congresso Paulista de Pediatria - Março

2016.

2) Utilização Correta dos Dispositivos Inalatórios: Teoria e Prática. Reunião Geral do

Departamento de Pediatria da UNICAMP – Novembro de 2015.

3) Atualização em asma em Pediatria – Vitória. 2015.

4) Atualização em asma em Pediatria - Campinas. 2015.

5) Atualização em asma em Pediatria – São Carlos. 2015.

6) Atualização em asma em Pediatria – Rio Claro. 2015.

7) Atualização em asma em Pediatria – Americana. 2015.

8) Atualização em asma em Pediatria – Lorena. 2015.

9) Caso Clínico em Pneumologia. III Jornada de Alergia e Imunologia no Consultório.

III Jornada de Alergia e Imunologia em Consultório - Abril de 2015.

10) Prática de Dispositivos Inalatórios. III Jornada de Alergia e Imunologia no

Consultório. III Jornada de Alergia e Imunologia em Consultório - Abril de 2015.

11) Dispositivos Inalatórios: Teoria e Prática. Reunião Geral do Departamento de

Pediatria do Hospital Vera Cruz – 2015.

12) Atualização em Pneumologia Pediátrica. Curso de Atualização em Pediatria da

Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas – Maio de 2014.

171

Page 172: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

13) Protocolo diagnóstico-terapêutico em sibilantes persistentes na idade pré-escolar –

Barretos. Jornada de Pneumologia de Barretos – Agosto de 2013.

14) Bronquiloite Viral Aguda – APM de Piracicaba – Julho de 2013.

15) Atualização em asma em Pediatria - Campinas. 2013.

16) Atualização em asma em Pediatria - Piracicaba. 2013.

17) Febre sem sinais localizatórios e antitérmicos em Pediatria - Sorocaba. 2013.

18) Febre sem sinais localizatórios e antitérmicos em Pediatria - Ribeirão Preto. 2013.

19) Febre sem sinais localizatórios e antitérmicos em Pediatria - Campinas. 2013.

20) Atualização em asma em Pediatria - Campinas. 2012.

21) Atualização em asma em Pediatria - Jundiaí. 2012.

22) Atualização em asma em Pediatria - Indaiatuba. 2012.

172

Page 173: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

VII) PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS CIENTÍFICOS

1) XI Congreso de la Sociedad Latinoamericana de Neumologia Pediátrica / XV

Congresso Brasileiro de Pneumologia Pediátrica. Abril de 2016.

2) 14 Congresso Paulista de Pediatria - Março 2016.

3) 37 Congresso Brasileiro de Pediatria - Outubro 2015.

4) Acompanhamento da Síndrome de Down - Curso de Atualização em Pediatria da

Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas – Setembro de 2015.

5) Doença do Refluxo X Regurgitação - Curso de Atualização em Pediatria da

Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas – Agosto de 2015.

6) III Jornada de Alergia e Imunologia no Consultório. III Jornada de Alergia e

Imunologia em Consultório - Abril de 2015.

7) X Congresso Brasileiro de Asma / XVI Congresso Paulista de Pneumologia e

Tisiologia - Agosto de 2015.

8) Curso de Atualização em Pediatria da Sociedade de Medicina e Cirurgia de

Campinas - 2014.

9) Curso de Atualização em Gastroenterologia Pediátrica – Novembro de 2013.

10) Curso de Atualização em Gastroenterologia Pediátrica. Presidente de mesa:

Diagnóstico diferencial da icterícia no primeiro mês de vida – Novembro de 2013.

11) Curso de Atualização em Gastroenterologia Pediátrica. Secretario de mesa: Desafios

frequentes na prática pediátrica – Novembro de 2013.

173

Page 174: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

12) Curso de Atualização em Pediatria da Sociedade de Medicina e Cirurgia de

Campinas - 2013.

13) Intergastro 2013 - Projeto Interdisciplinar de Atualização em Aparelho Digestivo e

Trauma. Vômitos no Lactente. Moderador da Palestra: Vômitos no Lactente – Maio de

2013.

14) Intergastro 2013 - Projeto Interdisciplinar de Atualização em Aparelho Digestivo e

Trauma – Maio de 2013.

15) IV Encontro de Atualização em Vírus Respiratórios – Abril de 2013.

16) Jornada de Pneumologia de Barretos – Agosto de 2013.

17) Curso de Atualização em Pediatria da Sociedade de Medicina e Cirurgia de

Campinas - 2012.

18) II Curso de Atualização em Pediatria do Hospital Vera Cruz - 2012.

19) XXXVI Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia – Dezembro de 2012.

174

Page 175: Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp

VII) ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS CIENTÍFICOS

1) Curso de Atualização em Pediatria da Sociedade de Medicina e Cirurgia de

Campinas - 2014.

2) Curso de Atualização em Pediatria da Sociedade de Medicina e Cirurgia de

Campinas - 2013.

3) Curso de Atualização em Pediatria da Sociedade de Medicina e Cirurgia de

Campinas - 2012.

175