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FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF
Curso de Licenciatura Plena em Química
O Ensino de Química e o Cotidiano: Tendências Atuai s
Marciano Rocha Ribeiro Filho
Igaporã - Bahia
2008
Marciano Rocha Ribeiro Filho
O Ensino de Química e o Cotidiano: Tendências Atuai s
Monografia apresentada ao Curso de Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes na Área de Licenciatura em Química, da Faculdade Integrada da Grande Fortaleza - FGF, ponto de Presença de Porteirinha-MG, sob a orientação da Profª. Ana Cristina Facundo de Brito.
Igaporã - Bahia
2008
Monografia apresentada como requisito necessário para a
obtenção do grau de Licenciado, do Curso de Programa
Especial de Formação Pedagógica de Docentes na Área de
Licenciatura em Química, da Faculdade Integrada da Grande
Fortaleza - FGF.
_________________________________________ Marciano Rocha Ribeiro Filho
Monografia aprovada em ............/.........../.................
_________________________________________ Profª. Ana Cristina Facundo de Brito Orientadora
_________________________________________ Profª. Célia Diógenes Coordenadora do Curso
DEDICATÓRIA
A Deus, centro inefável para quem se direcionam e se fundem todas as
ciências, artes e verdades superiores.
Aos meus queridos filhos e esposa por aceitar a privação de muitas coisas
em função da necessidade de dedicação a esse curso.
À minha mãe e, especialmente ao meu pai que sempre se preocupou com
as minhas caminhadas e estudos, e teve a oportunidade de me ver começar este
curso, mas que não mais está entre nós para presenciar a conclusão do mesmo.
Um grande abraço pai. Sei que onde estiver continuará olhando sempre por todos
nós.
AGRADECIMENTOS
Esta monografia resultou de uma somatória de eventos aos quais sou
bastante grato.
Agradeço a toda equipe da Faculdade Integrada da Grande Fortaleza que,
mesmo à distância, sempre souberam transmitir grandes oportunidades de avanços
e novos conhecimentos.
Agradeço à minha família, que durante todo este tempo sempre me
incentivou a prosseguir para a conclusão deste curso.
E, finalmente, agradeço a Deus, fonte inesgotável de apoio para superação
dos mais variados obstáculos.
“Nosso conhecimento nasce da dúvida e se alimenta da incerteza. Precisamos
aprender a viver no repouso do movimento e na segurança da incerteza”.
Hilton Japiassú
RESUMO
Este trabalho surge da necessidade de se estudar o papel da química, como
contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do
educando. Desta forma, o objetivo deste estudo é apontar uma proposta pedagógica
para o ensino de química, a partir de dois tipos de métodos: o dialógico sob o
enfoque de Luckesi e o método freireano para que o educando possa desenvolver
os conhecimentos práticos na disciplina química. Pretende-se demonstrar que é
possível despertar um maior interesse nesta disciplina por parte do aluno. A
metodologia do estudo pautou-se na visão de ensino, métodos e técnicas de Luckesi
e Freire. Trata-se de um estudo descritivo para a proposição pedagógica de um
estudo de química mais voltada à realidade do aluno. Justifica-se a realização desse
estudo com base no pressuposto de que a química e seus conteúdos são
conhecimentos práticos e convivem no cotidiano das pessoas que muitas vezes
desconhecem ou não se questionam sobre o seu papel na sociedade atual. Os
resultados elencados demonstraram que o docente tem um leque de opções
metodológicas, de possibilidades de organizar sua comunicação com os alunos, de
introduzir um tema político, de cunho social e cultural e encontrar sua forma mais
adequada de integrar muitos procedimentos metodológicos que poderão ser
possíveis a partir da criatividade do docente. Mas também é importante que as aulas
sejam voltadas à realidade social do educando.
PALAVRAS-CHAVE: Química, Proposta Pedagógica, Conhe cimentos, Métodos, Técnicas, Realidade Social
ABSTRACT
This work appears of the necessity of if studying the paper of chemistry, as
contribution in the educational process, daily or the practical reality of educating. Of
this form, the objective of this study is to point a proposal pedagogical with respect to
the chemistry education, from two types of methods: the dialógico under the
approach of Luckesi and the freireano method so that educating can develop the
practical knowledge in disciplines chemistry. It is intended to demonstrate that it is
possible to awake a bigger interest in this disciplines on the part of the pupil. The
methodology of the study was pautou in the vision of education, methods and
techniques of Luckesi and Freire. One is about a descriptive study for the
pedagogical proposal of a study of chemistry more directed to the reality of the pupil.
It is justified on the basis of accomplishment of this study the estimated one of that
chemistry and its contents are practical knowledge and coexist in the daily one of the
people who many times are unaware of or they are not questioned on its paper in the
current society. The elencados results had demonstrated that the professor has a fan
of metodológicas options, of possibilities to organize its communication with the
pupils, to introduce a subject politician, of social and cultural matrix and to find its
form more adequate to integrate many metodológicos procedures that could be
possible from the creativity of the professor. But also it is important that the lessons
are come back to the social reality of educating.
PALAVRAS-CHAVE: Pedagogical Chemistry, Proposal, Kn owledge, Methods, Techniques, Social Reality
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10
CAPÍTULO I - O CONHECIMENTO DE QUÍMICA NO COTIDIANO ESCOLAR
ASSOCIADO A REALIDADE DO ALUNO ............................................................ 13
1.1 Aspectos da formação do leitor crítico ............................................... 13
1.2. Aspectos da vivência prática no Ensino de Química ......................... 13
1.3. A leitura como descoberta e consciência do mundo ........................... 14
1.4. A formação do Educador em Química ............................................... 16
CAPÍTULO II - O ENFOQUE HISTÓRICO-CRÍTICO NO ENSINO-APRENDIZAGEM
DE QUÍMICA .......................................................................................................... 21
2.1 A importância de um enfoque crítico .................................................... 21
CAPÍTULO III - ANÁLISE DO LIVRO DIDÁTICO DA DISCIPL INA QUÍMICA
NO ENSINO MÉDIO ............................................................................................. 26
3.1 Uma reflexão....................................................................................... 26
CAPÍTULO IV - PROPOSTA METODOLÓGICA PARA O ENSINO DE
QUÍMICA ................................................................................................................ 32
4.1 Proposta Pedagógica .......................................................................... 32
4.2 Diagnóstico das dificuldades de interpretação do texto de química .... 37
4.3 Métodos Luckesi e Paulo Freire em Química...................................... 38
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 52
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 54
ANEXOS ................................................................................................................ 58
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Nível de escolaridade dos Professores de química............................... 33
Figura 2 - Dificuldade dos professores em relação aos conteúdos de química..... 34
Figura 3 - Dificuldade dos professores para realização de aulas práticas............. 34
Figura 4 - Você gosta de estudar química?........................................................... 35
Figura 5 - Grau de influência de alguns fatores no ensino de química.................. 35
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INTRODUÇÃO
Um estudo realizado por Silva e Del Pino (2003) demonstrou que os alunos de
ensino médio têm dificuldades de compreensão dos fenômenos que constituem a
ciência química. As suas dificuldades repousam nas limitações do ensino-aprendizagem
em estimular a curiosidade do educando para compreender a dimensão da disciplina na
prática e vivência de sua realidade no cotidiano. No âmbito da escola básica, os
educadores utilizam poucas metodologias aplicadas na prática que dimensionem
experiências ou que correlacionem tais conhecimentos com a bagagem cultural do
aluno.
Este trabalho surge da necessidade de se estudar o papel da química, como
contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando.
Desta forma, o objetivo deste estudo é apontar uma proposta pedagógica para o ensino
de química, a partir de dois tipos de métodos: o dialógico sob o enfoque de Luckesi e o
método freireano1 (Paulo Freire) para que o educando possa desenvolver habilidades e
conhecimentos práticos na disciplina química. Pretende-se demonstrar que é possível
utilizar alguns conhecimentos de química no cotidiano do aluno, despertando deste
modo um maior interesse nesta disciplina.
Justifica-se a realização desse estudo com base no pressuposto de que a
química e seus conteúdos são conhecimentos práticos e convivem no cotidiano das
pessoas que muitas vezes desconhecem ou não se questionam sobre o seu papel na
sociedade atual.
Percebemos que o ensino de química tem se reduzido à transmissão de
informações, definições e leis isoladas, sem qualquer relação com a vida do aluno,
exigindo deste quase sempre a pura memorização restrita a baixos níveis cognitivos.
Transforma-se muitas vezes a linguagem química, uma ferramenta, no fim último do
conhecimento.
Constata-se que através dos livros didáticos que os termos científicos têm seu
conteúdo semântico ou sua estrutura sintática modificada (por supressão, generalização
1 Paulo Freire criou um método de ensino baseado em duas as categorias: conscientização e diálogo se constituem nas bases sobre o qual se aporta o Método Freireano que defendia consciência política e o uso de materiais e textos extraídos da vida cotidiana dos alunos.
11
ou reconstrução), podendo, inclusive ser esvaziados de seu contexto e muitas vezes o
professor utiliza o livro didático como instrumento de forma a dar ênfase somente aos
aspectos teóricos, sem nortear a curiosidade do educando para os conhecimentos
práticos que a química poderá proporcionar em seu cotidiano.
Nesse sentido, parece interessante refletir sobre algumas relações entre
conhecimento e prática educacional para se discutir a necessidade de um método de
ensino e de comunicação presentes no processo de formação de professores. A união
entre conhecimento e prática exige formação por parte do educador, não apenas
conhecer a química, mas outros saberes possíveis que permitam articular novas
metodologias de ensino.
A motivação para a escolha do tema centrou-se no pressuposto de que os
textos científicos no ensino de química no ambiente escolar, a partir do uso de
processos de ensino teórico-práticos favorece uma aprendizagem que possa ser útil na
vida cotidiana. A preocupação é tornar essa disciplina mais próxima da realidade e
auxiliar o educando a explorar os conteúdos de forma a serem úteis na vida social e
profissional.
A realização deste estudo aponta a problemática de que tanto o educador em
início de formação como o aluno tem dificuldades de aproximar a leitura de um contexto
social, histórico e cultural, quando se trata de texto com conteúdos de química.
O primeiro capítulo enfoca a necessidade de se colocar o ensino-aprendizagem
integrado com a prática cotidiana, mencionando aspectos da vivência prática, bem como
a importância da leitura como ferramenta de descobertas. Enfoque especial é dado
também no que diz respeito à formação continuada dos educadores em química, com
utilização de técnicas e métodos que estimulem a inovação.
O segundo capítulo apresenta um enfoque histórico-crítico no ensino-
aprendizagem de química, fazendo uma análise do saber produzido historicamente e a
sua relação com as atuais tendências de transformação.
O terceiro capítulo explora o livro didático na disciplina química, relacionando os
mesmos com as tendências atuais, discutindo seus conteúdos e, para tal, utiliza-se da
análise de algumas coleções comumente utilizadas no ensino médio das nossas
escolas.
12
O quarto capítulo faz uma reflexão acerca de algumas propostas metodológicas
para o ensino de química e a importância da busca por mecanismos de interpretação de
textos com a finalidade de facilitar o trabalho do educador e do processo ensino-
aprendizagem.
As conclusões refletem sobre o ensino de química e a necessidade do uso de
métodos e técnicas de ensino para facilitar a compreensão dos textos didáticos
utilizados no cotidiano escolar do Ensino Médio.
13
CAPÍTULO I
O CONHECIMENTO DE QUÍMICA NO COTIDIANO ESCOLAR ASSO CIADO Á
REALIDADE DO ALUNO
1.1 Aspectos da formação do leitor crítico
Os professores do Ensino Médio necessitam colocar o ato de ensino-
aprendizagem em consonância com a prática cotidiana, como um comprometimento no
processo de formação para a dinamização do conhecimento e as formas de atuar
criticamente sobre o conhecimento.
Os livros, de modo geral, expressam a forma pela qual seus autores vêem o
mundo; para entendê-los é indispensável não só penetrar em seu conteúdo básico, mas
também ter sensibilidade e espírito de busca, para identificar, em cada texto lido, os
diversos níveis de significação e de interpretações das idéias expostas por seus autores.
Já se tomou antológica e obrigatória, quando se trata de leitura, a concepção de
Freire (1984), para quem “a leitura do mundo precede a leitura da palavra”; contudo,
torna-se necessário ir mais além, refiro-me que a leitura do mundo precede sempre a
leitura da palavra e desta implicam a continuidade da leitura daquele. De alguma maneira,
porém, podemos ir mais longe e dizer que a leitura da palavra não é apenas precedida
pela leitura do mundo, mas por uma certa forma de ‘escrevê-lo’ ou de ‘reescrevê-lo’, quer
dizer, de transformá-lo através de nossa prática consciente”.
O processo de ler implica vencer as etapas da decodificação, da intelecção, para
se chegar à interpretação e, posteriormente, à aplicação. A decodificação é uma
necessidade óbvia, tarefa que qualquer pessoa alfabetizada pode empreender; pois
consiste apenas na “tradução” dos sinais gráficos em palavras.
Na visão de Candau (1983) “cabe ao educador refletir sobre a realidade teoria-
prática e teoria não isoladamente, e encontrar nas técnicas de leitura em sua totalidade,
complexidade e problemática, na perspectiva concreta da experiência de aprendizado”.
1.2 Aspectos da vivência prática no Ensino de Quími ca
14
A proposta de Educação dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs procura
valorizar a realidade social e a vivência prática com a finalidade de utilizar alguns
conhecimentos de química com base em conhecimentos que possam se converter em
prática. O conhecimento se refaz na medida em que é repassado e transformado.
(Souza e Oliveira; 2005)
Nesse sentido o ensino de química não poderia ser diferente, pois muitas vezes
fica-se exposto aos conteúdos que pouco tem a ver com a realidade do aluno, apesar de
termos à nossa disposição meios que poderiam facilitar a compreensão e contribuir nas
atividades cotidianas.
É necessária a mediação do conhecimento pelo professor, cuja principal função
é trabalhar as concepções prévias dos alunos, adotando estratégias de ensino, onde
haja maior interatividade entre professor e aluno, dando voz aos alunos. A utilização de
inúmeros recursos didáticos possibilita uma mudança na transmissão de conteúdos
onde o aluno passa a participar efetivamente. O grande desafio dos educadores é uma
docência comprometida com a prática, a partir do ensino da química como disciplina que
pode se transformar em conhecimento. (Romanelli e Justi, 1998)
O ensino de química através do educador deverá ser aplicada de forma a
contribuir para a compreensão da realidade e utilizar a bagagem cultural do educando.
1.3 A leitura como descoberta e consciência do mund o
Como base teórica fundamental ao discente, a contribuição da leitura como forma
inerente à comunicação nas relações dialógicas no conjunto de manifestações exteriores
ao indivíduo, se concretiza na forma de vivências e experiências cotidianas no universo da
leitura.
Neste contexto Freire (1997) reflete que “linguagem e realidade se prendem
dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a
percepção das relações entre o texto e o contexto”.
Tomando como foco o ato de ler enquanto experiência individual, este não deixa
de constituir, ao mesmo tempo, uma experiência social, uma vez que envolve
pensamento e linguagem, cuja gênese é marcadamente social.
15
O conhecimento dessas teorias, sem dúvida, pode levar o professor a repensar a
situação sobre as implicações sociais na formação da mente e as conseqüências desse
processo ativo na subjetividade característica do envolvimento com o ato de ler.
O movimento dinâmico da leitura do mundo é um dos aspectos centrais
carregados de significação e, portanto, de experiência existencial e não da experiência
do educador. Na concepção de Freire (1997), a representação do significado da leitura é
um ato particular entre o sujeito e o conhecimento e só depois, o sujeito realiza a
internalização da leitura e do mundo, correlacionando-as com sua vivência.
Por isso, a importância do ato de ler evoca um profundo papel político da ação
educativa e, como tal, exige posturas conscientes e coerentes dos educadores e da
escola. Neste contexto, parte-se do princípio de que, na perspectiva discursiva dos
textos, os sentidos sempre podem ser outros em que se disfarçam as ideologias
dominantes. Há, entretanto, em todo discurso, uma relação tensa, considerando-se que
as ações educativas neste contexto representam uma função política, o que
necessariamente submete o profissional a um constante exercício de reflexão e de
consciência de seu papel social.
A leitura também se constitui numa completa relação com o mundo, do ponto de
vista da realidade e sua natureza política. A relação entre a educação enquanto
subsistema e o sistema maior são relações dinâmicas contraditórias. As contradições
que caracterizam a sociedade como está sendo, penetram a intimidade das instituições
pedagógicas em que a educação sistemática se dá alterando o seu papel ou o seu
esforço reprodutor da ideologia dominante.
Assim, o papel social da escola é assumir uma postura política, e ser coerente
com a prática. A opção de educadores críticos pode alavancar as mudanças sociais, na
ação transformadora do real. Ao mesmo tempo o educador deve estar estimulando e
desafiando, com a capacidade de fazer, de pensar, de saber e de criar problemas.
O docente necessita estar preparado para dispor de atitudes pedagógicas e
habilidades tecnológicas a fim de intervir com base em conhecimentos atualizados,
favorecendo ao aluno uma relação mais concreta entre o curso e os conteúdos
aplicados. Desta forma seu conhecimento será dimensionado para a realidade do
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mercado e o exercício profissional em um determinado campo de atuação, conseguindo
assim atender à demanda de um mercado flexível e ágil.
1.4 A formação do Educador em Química
O ensino da disciplina química no ambiente escolar reflete a necessidade de
propostas para o Ensino Médio que dimensionem a renovação pela qual passa essa
área do conhecimento. Ao mesmo tempo, partindo-se de uma concepção de que a
química é um conhecimento dinâmico e tem uma intensa relação com o cotidiano, os
cursos de formação continuada deverão apresentar técnicas e métodos que estimulem a
inovação, além de novas competências teórico-práticas.
Ferretti (1997) considera que “a noção de competência representa a atualização
do conceito de qualificação, tendo em vista a adequação às novas tendências no quadro
de mudanças educacionais”. As competências representam as novas exigências
educativas que configuram na conjuntura da formação de professores e educação
continuada.
Assim, entende-se que a dimensão conceitual da qualificação é o que se refere
justamente, à formação e ao diploma, portanto, ao nível de domínio dos conceitos e do
conhecimento. Contudo, o diploma não é garantia de competência. Mas o conceito de
competência é mais abrangente e envolve outras dimensões que se caracterizam pelo
domínio de táticas, experiências pessoais, comportamentos sociais e interpessoais que
possam produzir resultados positivos no cotidiano escolar.
Neste contexto, Ramos (2001) analisa que as competências não se deduzem
automaticamente aos saberes, a profissionalização de educador requer a construção de
competências que coloca em causa os conteúdos da formação.
Conforme Ferreira (2003), a perspectiva do ensino de química exige mudanças
que estimulem o pensar prático em face de uma realidade em permanente mudança que
exige uma constante formação do educador em serviço.
Nesse sentido, a pesquisa é relevante por que terá como centro e fenômeno de
estudo “a formação continuada do educador” mantendo-se a idéia predominante de uma
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pesquisa, em especial direcionada aos professores de química em ações de formação
continuada que acontecem em situações e espaços específicos institucionalizados.
As mudanças no processo educacional trouxeram novos desafios aos
educadores químicos no contexto da construção de novas competências e uma
constante dinâmica de relações e experiências mútuas na construção do conhecimento
no cotidiano escolar que gera a necessidade de um trabalho mais qualitativo.
Nesse contexto, a finalidade da pesquisa se constitui na busca de respostas aos
questionamentos de análise prática que se referem a real conjuntura da transformação
identificada pelo educador nos cursos de formação continuada e sua importância na
reconstrução de sua profissionalidade, diante dos novos desafios que requerem a
constituição de uma identidade no fortalecimento das perspectivas no campo
educacional.
O estudo a ser realizado é relevante na busca de um contexto prático e vivencial
dos educadores que passaram pela formação continuada e na avaliação dos benefícios
da formação quanto às experiências vividas e sua correlação com o cotidiano escolar.
A concepção do ensino de química nos PCNs representa a idealização de um
tipo de proposta educativa que deve envolver uma boa formação do educador para
contextualizar os procedimentos pedagógicos com base em um amplo caminho pelas
demais disciplinas.
Considerando-se que conforme Martônio (2001), “a química deve ser vista como
uma disciplina com base histórica que permitiu o desenvolvimento das civilizações,
determinando maneiras diferenciadas no modo de viver”. Nesse contexto, o educador
não pode negar essa conjuntura que transpõe claramente o ensino científico de química
para a noção de tempo, cultura e evolução social.
Assim, na base do estudo, é fundamental que o educador possa estar
estabelecendo essa correlação que existe de forma a permitir ao educando identificar a
inter-relação entre a história e outras disciplinas e o surgimento da química no universo
educacional.
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Partindo-se de uma análise social e histórica do contexto educativo, a química é
uma disciplina fundamental por que se insere diretamente nas ações e nos recursos
utilizados nas diversas atividades diárias das pessoas.
Segundo Bizzo (2002), “o domínio dos fundamentos científicos hoje em dia é
indispensável para que se possa realizar tarefas tão triviais como ler um jornal ou
assistir à televisão. Da mesma forma, decisões a respeito de questões ambientais, por
exemplo, não podem prescindir da informação científica, que deve estar ao alcance de
todos”.
Os educandos devem conhecer os conteúdos didáticos de cunho científico e
suas várias faces que a disciplina envolve, nos aspectos ambientais, econômicos,
sociais, políticos, culturais e éticos que são realizados através da leitura de textos e
aulas expositivas.
Um dos aspectos preocupantes no ensino da química é a forma de lidar com o
texto científico nos mecanismos de leitura. Assim, constata-se que esse tipo de leitura é
mais complexo e exige do educador uma atuação mais sistemática.
Nesse processo, exigem a leitura e a interpretação do texto com base nas
estratégias para a compreensão mais profunda ou globalizante de sua mensagem,
assim como a discussão da problemática que envolve a mensagem textual.
Conforme Kleiman (2000) esse processo de interpretação envolve “múltiplos
processos cognitivos em um conjunto de processos, atividades, recursos e estratégias
mentais próprios do ato de compreender”. Ainda Andrade (2003), expõe:
O processo de transmissão/aquisição de cultura, apesar de todo o avanço tecnológico observado na área de comunicações, ainda é fundamentalmente realizado através da leitura (...). Há, contudo, os alunos que não gostam de leitura. O fato é que os estudantes não estão habituados a encarar a leitura como um processo mais abrangente, que envolva o leitor com o autor, não conseguindo prestar atenção, entender e analisar o que lêem.
Assim, a importância da leitura é fundamental para o aluno conhecer o mundo,
através das mudanças tecnológicas e científicas. O ensino de leitura nesse caso
envolve, a necessidade do educador incorporar uma técnica ou procedimento que possa
facilitar a compreensão dos textos (significância, delimitação de suas dimensões,
análise da materialização lingüística, as intenções e objetivos do autor) para a
19
formulação de pressupostos sobre a temática que envolve a apreensão do texto em
estudo.
A predominância de um modelo de teoria adjacente ao ensino da química deve
também estar voltada para a experiência obtida através da leitura. Assim no processo
textual, o educador precisa incentivar o educando a questionar o texto, o problema da
validade de enunciados universais, as definições e conceitos apresentados.
No contexto educacional, a prática social comum a professores e alunos pode
apresentar diferentes níveis de conhecimento e experiência desta prática social que é
muito enriquecedora para ambos. A partir da prática política, é fundamental a inserção
da problematização para identificar que questões precisam ser resolvidas dentro da
prática social e que conhecimentos é preciso dominar para resolver estes problemas.
Neste processo, a instrumentalização se constitui da apropriação dos
instrumentos teóricos e práticos necessários à solução dos problemas identificados, que
depende da transmissão dos conhecimentos do professor para que essa apropriação
aconteça, já que esses instrumentos são produzidos socialmente e preservados
historicamente.
A catarse2 do conteúdo, a partir das experiências vivenciadas e dos
instrumentos culturais, como forma elaborada de entender a transformação social, tendo
como ponto de partida à prática social e a mediação da ação pedagógica.
A química é uma ciência que está inserida no processo produtivo através dos
procedimentos tecnológicos e por serem comumente fruto de experimentação está
sempre trazendo novos usos e melhorando a qualidade de vida na sociedade.
O conhecimento químico é evolutivo e precisa ser identificado pelo aluno como
integrado diretamente a vários processos de trabalho envolvendo o uso de matéria-
prima como os recursos naturais.
2 Esta é a fase em que o educando mostra que de uma síncrese inicial sobre a realidade social do conteúdo que foi trabalhado, chega agora à síntese, que é o momento em que ele estrutura, em nova forma, seu pensamento sobre as questões que o conduziram a construção do conhecimento. Segundo Saviani (1999 p.80-81), “o momento cartático pode ser considerado como o ponto culminante do processo educativo, já que é ai que se realiza pela mediação da análise levada a cabo no processo de ensino, a passagem da síncrese à síntese”. É o momento que se assemelha a um grito de gol. É a conclusão de todo um trabalho, mas que deverá continuar sempre em construção, através dos tempos e de novos conhecimentos.
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Nesse contexto, apresenta uma correlação direta com áreas como a geografia,
a história, a ecologia e o meio ambiente, dentre outras, como temas transversais. Assim,
o estudo de textos de química exige planejamento para que o educador possa explorar
as várias nuances que o texto poderá produzir em correlação com outras disciplinas
para enriquecer o ensino.
O enfoque crítico aponta para a necessidade de tratar de aspectos gerais que
envolvem a presença e a importância da química na vida moderna, seus benefícios e as
limitações de seu uso.
21
CAPÍTULO II
O ENFOQUE HISTÓRICO-CRÍTICO NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE QUÍMICA
2.1 A importância do enfoque crítico
Compreende-se que a pedagogia histórico-crítica em relação à educação
escolar, exige implicações como a identificação das formas mais desenvolvidas em que
se expressa o saber objetivo produzido historicamente, reconhecendo as condições de
sua produção e compreendendo as suas principais manifestações, bem como as
tendências atuais de transformação; a conversão do saber objetivo em saber escolar de
modo a torná-lo assimilável pelos alunos no espaço e tempo escolares, a partir da
identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos docentes e
educandos, o que se constitui numa visão de mundo crítica e engajada na
transformação da escola em espaço de reflexão, desvelamento de uma realidade e sua
correlação com a concretude cotidiana.
Assim, cabe aos docentes utilizar forma específica e metódica: a comunicação
como linguagem crítica em sala de aula, de preferência que ela esteja inserida em um
projeto didático-pedagógico maior, com um grau intensivo de regulação a fim de obter
os objetivos esperados no processo de aprendizagem.
Cabe ao docente superar a tentativa normal na sala de aula de homogeneizar
as formas de transmissão de conhecimento, esperando que todos tenham exatamente o
mesmo grau de intensidade de prazer de aprender, de facilidade de apreensão, de grau
de interação com o tema abordado, sendo que os comportamentos de nossos alunos
são tão diferentes, assim como o conjunto de conhecimentos adquiridos de forma
empírica nos relações sociais extra-classe.
As estratégias que podem dar excelentes resultados partem da escolha de
como abordar um tema que seja de importância central, como é o caso das disciplinas
que possuem uma forte influência histórico-sociológica, no sentido de sensibilizar o
educando a perceber a realidade em sua volta, como as desigualdades sociais dentro
da própria instituição.
O sistema capitalista e a cultura ocidental buscam ultrapassar a particularidade
na construção de uma mesma célula ideológica, da qual a escola está inserida como
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instrumento de reprodução do sistema vigente. Assim, caberá ao docente avaliar as
formas de superar a premissa maior que vincula a objetividade à neutralidade.
A proposta da pedagogia histórico-crítica, sob o enfoque de uma política
socialista, pode superar o ensino de química fragmentário e desvinculado da realidade,
existentes na escola, que impedem a participação e a democratização em todos os
pontos e paradigmas que devem ser superados para a reformulação de novas ações.
Desta forma, o professor deve se indagar de que forma está contribuindo para
ultrapassar os entraves que são percebidos pela resistência de mudanças frente às
situações emergentes na escola.
Uma das alternativas é a superação do acentuado caráter técnico do texto e sua
substituição pela análise centrada em vários enfoques (objetivos, delimitação, bases de
fundamentação, etc.).
Nesse aspecto, compreende-se que não é apenas no cotidiano escolar que a
realidade deve perpassar para o ensino fazer sentido, mas o ensino deve inserir os
movimentos características da convivência histórico-social que são determinados por
fatores econômicos, sociais e políticos.
A proposta da superação dos paradigmas tradicionais é uma forma de evitar os
aspectos corporativistas que impedem a escola de pensar coletivamente os propósitos
educativos, das diferentes realidades presentes no contexto escolar. Daí, porque a
importância da construção coletiva do projeto político pedagógico interdisciplinar para
tornar as disciplinas mais conectadas e o estudo mais globalizado.
É possível a construção de um trabalho educativo integrado e coletivo na
possibilidade de gerar educandos críticos e conscientes, a partir de um ensino que
permita a expressão de todas as falas, nas formas democráticas e mais transparentes
na condução da escola.
A nova proposta pedagógica com base histórico-crítica pode ajudar a
implementar a melhoria do ensino de química, a partir do uso de textos científicos. Para
Candau (1983), uma atuação conjunta dos atores educativos na escola poderá
favorecer uma ação educativa que permita ao educando apreender os mecanismos da
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leitura e da interpretação. Acredita-se que somente através da construção de um projeto
político-pedagógico, buscando superar as relações de isolamento das disciplinas, a
partir da organização do trabalho escolar no ponto de vista ético e político, o ensino de
química se tornará efetivamente qualitativo.
Levando-se em consideração que a escola historicamente herdou todas as
conjunturas de poder, hierarquia e privilégios, a pedagogia histórico-crítica tem grande
fundamento em relação à educação escolar implicando a identificação das formas mais
desenvolvidas de técnicas de ensino que explorem as potencialidades dos alunos.
Nos dias atuais, quando o contexto educativo exige tanto do docente, não se
pode deixar de repensar as práticas sociais, no âmbito da escola, que sejam
comprometidas com uma abordagem educativa valorizadora da formação política.
Atualmente, a conjuntura social e política impõem verdadeiros desafios educativos em
relação ao papel do professor como mediador do conhecimento e da formação de
consciências.
Nesse contexto, Gramsci (1995) afirma que a ação do educador, como prática
educativa, tem um caráter intelectual, na prática efetiva das mudanças positivas em
relação à função social em uma sociedade de classes.
O aspecto mais relevante para uma mudança qualitativa na escola, é o
educador ter firmeza e coragem para empreender debates e discussões político-sociais,
organizar e estimular o comprometimento com os aspectos sociais em relação ao
caráter formativo para um âmbito pedagógico que incorpore o caráter político da prática
pedagógica.
A visão do processo histórico deve ser amplamente inserida no contexto
escolar, por que a educação requer do educador uma postura comprometida com a
formação da consciência de que para centrar-se no conteúdo e na prática da formação
política deve haver engajamento e predisposição para lutar contra o sistema de
produção que contribui para as desigualdades e exclusões sociais.
Para Saviani (2000), na realização de uma reflexão para a mudança, o docente
deve antes de tudo compreender as diferentes modalidades de educação e, em
contrapartida, um profundo conhecimento da escola.
24
A análise do papel de educador, sob o ponto de vista da dialética e das
mistificações ideológicas pode ser a condição fundamental para que sejam analisadas
as correntes ideológicas que se mesclam no cotidiano escolar e que necessitam de uma
certa consciência social.
O caráter ambíguo da educação e a forma como o erro e a verdade se
confundem face aos múltiplos aspectos ideológicos que perpassam as relações internas
da escola, estão profundamente arraigadas no processo histórico e cultural da
sociedade.
Para Giroux (1997), a questão essencial é o desenvolvimento de uma
linguagem, através da qual os educadores e outros possam desvelar e compreender o
relacionamento entre ensino escolar, as relações sociais mais amplas que o informam e
as necessidades e competências historicamente construídas que os estudantes trazem
para a escola.
No ensino de química, a ação docente deverá buscar constituir o entendimento
de que o processo de produção do conhecimento da disciplina envolve também outros
aspectos relevantes como a tecnologia e a atividade humana.
Assim, é importante que o ensino desenvolvido na disciplina de química,
possibilite ao educando, a partir de seus conhecimentos prévios, a construção do
conhecimento científico, por meio da análise, reflexão e ação, para que possa
argumentar e se posicionar criticamente.
Uma compreensão crítica deste relacionamento torna-se necessária para que os
educadores reconheçam como a cultura escolar dominante está implicada nas práticas
hegemônicas que muitas vezes silenciam os grupos subordinados de estudantes.
É fundamental aos educadores, uma linguagem crítica para ajudar os
educandos a compreender o ensino como uma forma de política cultural, isto é, como
um empreendimento pedagógico que considera com seriedade as relações de raça,
classe, gênero e poder na produção e legitimação do significado e experiência.
Como podem os educadores construir um projeto pedagógico que legitime uma
forma crítica de prática pedagógica no ensino de química? De que forma os professores
25
podem trabalhar para apoiar uma pedagogia responsável pela formação crítica do
aluno?
A pedagogia crítica se incorpora também nos pressupostos teóricos de Saviani
(1991), no que concerne a uma visão de pedagogia histórico-crítica que reconheça e
combata a exclusão social, o poder dominante e a ideologia que operam como aparatos
de dominação nos conteúdos, trazendo uma compreensão da realidade do discurso.
Nesse contexto, é necessária a leitura de textos e a utilização de mecanismos que
permitam a análise da realidade social.
Matui (1996) considera que o educador deve ter uma postura afetiva e estar em
constante diálogo com seus alunos. Entende-se que esse diálogo perpassa
necessariamente pela reflexão sobre seus objetivos a partir de correlações com a
vivência diária em sala de aula. Para que as relações construídas na escola sejam
enriquecedoras é essencial o diálogo aberto para criar um ambiente, no qual os
questionamentos, debates e discussões tornem-se uma constante, acabando com a
passividade e apatia, possibilitando assim, a formação de um indivíduo crítico e
consciente.
A pedagogia libertadora e humanizadora inserida no método dialógico se
manifesta nas teorias que contribuem para o senso crítico e uma visão mais abrangente
dos aspectos políticos que envolvem a educação, a partir de características que
permitem enfoques que contribuem para alargar o campo do conhecimento.
26
CAPÍTULO III
ANÁLISE DO LIVRO DIDÁTICO DA DISCIPLINA QUÍMICA NO ENSINO MÉDIO
3.1 Uma reflexão
Os livros didáticos têm sido, ao longo de nossa tradição cultural, um poderoso
instrumento de seleção e organização de conteúdos e métodos de ensino. Em muitos
casos, os livros didáticos se constituem no único material de apoio didático disponível
para alunos e professores.
A análise realizou-se em três diferentes coleções de Química para o Ensino
Médio, conhecidas como: Química/Ricardo Feltre, da Editora Moderna; Série Novo
Ensino Médio, da Editora Ática e Química e Sociedade, da Editora Nova Geração.
Analisando os sumários (anexo I) dos livros das três coleções, é possível
perceber que não existe uma diferença muito significativa quanto à seqüência de
abordagem dos assuntos. A análise mostra que os conteúdos aparecem numa
seqüência logicamente organizada e que se repete na maioria dos livros desta
disciplina.
A diferença básica recai sobre a forma de abordagem desses conteúdos:
- A Série Novo Ensino Médio da Editora Ática trabalha os conteúdos de forma
direta sem a preocupação de relacionar os mesmos com a vivência prática do aluno.
- A coleção Química / Ricardo Feltre da Editora Moderna trabalha os conteúdos
de forma mais detalhada, com um grande número de tópicos vinculados aos temas em
discussão, além de atividades práticas e de pesquisa.
- A coleção Química e Sociedade da Editora Nova Geração se diferencia na
forma de apresentação dos conteúdos pelo fato de utilizar, na abordagem da cada
unidade, um tema social. Utiliza também algumas atividades práticas.
A coleção Química/Ricardo Feltre é apresentada em três volumes divididos em
capítulos. Cada capítulo, por sua vez, aparece divido em tópicos. No final de cada tópico
são feitas revisões das idéias principais seguidas de exercícios. Nos capítulos são
27
colocados também boxes com curiosidades e aplicações da química, pequenas
biografias de cientistas e sugestões de atividades práticas e leituras.
A Série Novo Ensino Médio é uma versão em volume único. Os assuntos são
divididos em três partes e estas subdivididas em módulos com apresentação da teoria
seguida de exercícios resolvidos e exercícios propostos. O livro trás ainda algumas
questões de provas do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio).
A coleção Química e Sociedade, apresentada em volume único, é dividida em
nove unidades que se aglutinam em torno de um tema social central. Os conteúdos são
trabalhados em tópicos que envolvem notícias da atualidade, além de exercícios,
sugestões de atividades e leituras complementares.
A coleção Química/Ricardo Feltre engloba a introdução de conteúdos buscando
a simplificação da teoria através da articulação dos fatos do cotidiano. Os boxes tratam
de temas relativos ao cotidiano pessoal e profissional, relacionando o conhecimento
científico e tecnológico com o conhecimento químico e com o contexto social mais
amplo. Também são sugeridas atividades práticas e de pesquisa além de exercícios,
leitura e questões sobre a leitura. A coleção não traz uma tabela periódica para
consultas.
A Série Novo Ensino Médio é bastante compacta, apresenta uma organização
seqüencial de conteúdos, sendo pouco contextualizada, levando o aluno à memorização
de fórmulas e conceitos e repetição de exercícios. Não traz o gabarito com as respostas
dos exercícios propostos e nem as referências bibliográficas.
Na coleção Química e Sociedade, os conteúdos são apresentados em módulos
editorados e diagramados sob a forma de revistas. A organização dos módulos dessa
coleção, diferentemente dos demais, é em torno de um tema central. Por exemplo, o
primeiro módulo é baseado no tema Lixo e o segundo, no tema Poluição Atmosférica.
Cada módulo é organizado em capítulos que introduzem os conteúdos químicos a partir
de textos amplos relacionados ao assunto central intitulado Tema em Foco. Ao longo
dos capítulos são propostos exercícios com perguntas para reflexão sobre o texto ou
sobre as imagens, nos quais questões são levantadas e relacionadas com outros
conhecimentos disciplinares, além de atividades práticas relacionadas ao conteúdo
estudado, denominadas Química na Escola. A estrutura em módulos em si aponta para
28
a flexibilização das unidades de conteúdos, pois os professores são mais estimulados a
utilizar os módulos na ordem que julgarem conveniente. O livro não traz uma tabela
periódica para consultas.
O livro de Ciências deve propiciar ao aluno uma compreensão científica,
filosófica e estética de sua realidade (Vasconcellos, 1993).
Na perspectiva citada por Vasconcellos, o livro didático tem uma função
importante. Mas para que ele propicie uma compreensão científica, filosófica e estética
da realidade deve ser muito bem elaborado – e não é o que se percebe nos livros
didáticos de química. Divulgados no ano 2000, os Parâmetros Curriculares Nacionais
para o Ensino Médio (PCNEM) trazem uma proposta de trabalho para tornar o ensino
efetivo, focando principalmente a formação do cidadão. Um dos objetivos é desenvolver
competências que possibilitem uma visão de mundo atualizada, capacidade de
compreensão das problemáticas abordadas pelos meios de comunicação e a ação e
relação do ser humano com seu meio social e suas tecnologias. Os PCNs não são
regras impostas para dizer o que os professores devem ou não fazer. Muito menos
podem ser chamados de proposta curricular ou programa curricular. São, isto sim,
parâmetros que podem proporcionar subsídios para melhorar a educação, apontando e
sugerindo possibilidades de trabalho, levando os profissionais da educação, professores
e comunidade escolar a refletir sobre por que e para que ensinar. (Brasil, 1999).
Os PCNs são resultado de muita pesquisa realizada nas escolas brasileiras sobre
o desempenho dos alunos e as práticas pedagógicas dos professores. Esses
documentos (Brasil, 1998) definem Ciência como uma elaboração humana para a
compreensão do mundo. Seus procedimentos visam estimular uma postura reflexiva e
investigativa sobre os fenômenos da natureza e de como a sociedade nela intervém,
utilizando seus recursos e criando uma nova realidade social e tecnológica.
Um dos eixos norteadores da Proposta Curricular para o Ensino de Química
presente nos PCNs é a contextualização, que se refere à abordagem dos conteúdos
químicos a partir de temas cotidianos. A contextualização deve dar significado aos
conteúdos e facilitar o estabelecimento de ligações com outras áreas de conhecimento,
possibilitando, juntamente com os temas transversais – que servem para ampliar o
conhecimento do aluno fazendo com que as discussões de sala de aula ultrapassem os
limites da disciplina e se ampliem para um universo cada vez maior – incluir questões e
29
temas da realidade local ou regional, como ética, meio ambiente, saúde, orientação
sexual etc. em aulas de Ciências, tornando o ensino de maior significação para o
educando, pois faz uma ponte entre teoria e prática, o que é previsto na Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional - LDB e nos PCNs (Brasil, 1998).
Contextualizar o conteúdo que se quer aprendido significa, em primeiro lugar,
assumir que todo conhecimento envolve uma relação entre sujeito e objeto. (...) O
tratamento contextualizado do conhecimento é o recurso que a escola tem para retirar o
aluno da condição de espectador passivo (Brasil, 1998).
Essa citação leva à reflexão sobre a importância da contextualização na
motivação dos educandos. Desse modo, com a implantação do programa de distribuição
gratuita de livros didáticos nas escolas públicas pelo Ministério da Educação, e mais,
com a implantação do critério avaliativo para seleção de tais obras, houve uma série de
esforços por parte de autores e editoras para enquadrar as coleções dentro das
exigências do Ministério da Educação e Cultura - MEC.
Entretanto, um dos problemas originados dessa busca por enquadrar as coleções
aos critérios sugeridos pelo MEC diz respeito a como os livros didáticos entendem a
“contextualização”. Os atuais materiais didáticos, como livros didáticos e apostilas, com
conteúdos selecionados pelos autores e que parecem, na maioria das vezes, copias de
outros livros no que se refere à seleção de conteúdos, freqüentemente não estão em
acordo com as novas tendências educacionais tais como interdisciplinaridade,
contextualização, tecnologia etc. Nos livros didáticos, muitos autores entendem a
contextualização como mera exemplificação de situações cotidianas que ilustrem
aplicações do conhecimento químico. Muitas vezes citam acontecimentos do dia-a-dia
para “ilustrar” algum tópico do conteúdo estudado em sala de aula, como se isso
bastasse para ser considerado “ensino contextualizado”.
A exploração de novidades científicas pelos meios de comunicação acaba por
criar uma demanda no contexto escolar para que professores e materiais didáticos
estejam sempre atualizados.
O mundo contemporâneo é altamente tecnológico; para compreendê-lo, é função
da escola, principalmente dos programas de Ciências Naturais e Sociais e de Física,
Química e Biologia, incluir no seu currículo os assuntos relevantes para a formação de
um cidadão esclarecido sobre o que o cerca.
30
Na busca por um material contextualizado e atualizado, os livros didáticos de
Ciências vêm inserindo de maneira crescente textos e imagens originalmente publicados
em revistas e jornais de divulgação científica, incorporando temas de discussão da
sociedade como clonagem, transgênicos e outros apontados por Auler, Strieder &
Cunha (1997), quando citam temas como efeito estufa, destruição da camada de ozônio,
poluição ambiental generalizada, chuva ácida, água potável e a questão energética.
O efeito estufa, por exemplo, presente em alguns livros didáticos é em geral
apresentado de maneira pouco criativa como “leitura complementar” ou “caixas de
texto”. Em grande parte, os textos utilizados com a principal função de promover a
atualização de conteúdos acabam por não estabelecer conexões com as demais partes
do livro. Os textos de divulgação científica “possuem características que ilustram um tipo
de texto cujos objetivos e composição são distintos daqueles que materializam o
discurso científico escolar, particularmente os livros didáticos de Ciências” (Auler;
Strieder & Cunha, 1997). Portanto, é necessária a adaptação desses textos sem alterar
significantemente sua estrutura e sem causar fragmentação das idéias.
Dessa forma, percebe-se que é necessária uma discussão ampla e conceitual
sobre conceitos como contextualização, interdisciplinaridade, tecnologia etc. É
fundamental uma formação que permita ao professor diferenciar contextualização de
exemplificação, por exemplo, para que esse professor possa analisar criticamente os
materiais didáticos que utiliza, pois o livro didático é ainda a fonte de acesso ao ‘saber
institucionalizado’ de que dispõem professores e alunos e constitui o centro do processo
de ensino-aprendizagem em todos os graus de ensino no cenário atual da educação
brasileira.
Para os professores que trabalham no ensino fundamental e médio ou pesquisam
a realidade desses níveis educacionais, é evidente a influência que o livro didático
exerce no ambiente escolar. Por essas e outras razões, analisar a qualidade do livro
didático passou a ser o foco de muitos educadores. Mas que qualidade é essa que se
avalia nos livros didáticos? Vários níveis de respostas podem ser dados para essa
questão. Num primeiro nível, pode-se pensar em qualidade do livro didático enquanto
objeto material. Outro nível de análise é aquele que focaliza o livro didático enquanto
meio de comunicação. Há um bom tempo o livro didático brasileiro vem deixando de ser
livro-texto para incluir figuras, imagens e outros recursos que o tornam mais bonito e
colorido. Praticamente desapareceram os livros que tratam de determinado assunto com
amplitude e surgiram aqueles que reduzem o conhecimento a pequenas partes. Por fim,
31
resta ainda outro nível de livro didático, que o analisa como instrumento capaz de levar
o aluno à aprendizagem.
As estratégias e táticas que podem dar excelentes resultados partem da escolha
de como abordar um tema para interagir na sala de aula. Assim, uma das competências
do professor deve ser o domínio de uma grande quantidade de estratégias e táticas para
empregá-las para uma instrução eficiente. Para isto, o professor depende de uma
formação e do uso direto do diálogo como ponte para a mediação pedagógica.
Mesmo num âmbito maior, se estivermos pensando em uma perspectiva de
inovações no ensino de Ciências que envolva elementos de uma discussão sobre as
relações Ciência, Tecnologia e Sociedade, a análise de materiais didáticos poderá ser
extremamente útil.
32
CAPÍTULO IV
PROPOSTA METODOLÓGICA PARA O ENSINO DE QUÍMICA
4.1 Propostas metodológicas
Os textos escolares são instrumentos fundamentais para ensinar e estudar
Ciências. Entende-se que não são escritos para apresentar o conhecimento científico,
mas sim adaptados para guiar os alunos na aquisição do conhecimento escolar.
Convertem-se para o docente num referencial direto dos conteúdos que desenvolve, dos
exemplos que utiliza, dos problemas que resolve e dos que propõe aos alunos.
A proposta metodológica apresentada neste estudo tem a finalidade de facilitar
o trabalho pedagógico do educador e a estimular o aluno a desenvolver suas
capacidades de leitura e interpretação. Compreende-se que o método é eficaz para
atingir esse objetivo na medida em que se buscam os mecanismos de interpretação dos
textos escolares no estudo de química.
O método se aplica para estabelecer as diretrizes gerais de domínio dos
conteúdos, sendo utilizado como recurso quando se impõe o interesse pela
compreensão da leitura que se reveste de uma importância maior porque se trata de um
componente da formação do educando que compete ao professor atender.
A compreensão deste processo envolve, entre outros, a codificação semântica,
aquisição de vocabulário, compreensão das idéias do texto, criação de modelos mentais
do texto e a compreensão do texto com base no contexto.
O objetivo da apresentação de uma proposta pedagógica no ensino de química
representa uma forma de contribuir para a melhoria do ensino. A escolha do método e a
técnica partiram da concepção de dialogicidade na concepção de Luckesi e o uso do
método Paulo Freire, a partir dos recursos sugeridos como o uso de palavras geradoras.
A visão Freireana de educação também está concentrada na visão de
dialogicidade e de reconhecer o espaço social e vivencial do educando sendo, portanto,
uma contribuição fundamental.
33
A metodologia do estudo orientou-se pela pesquisa bibliográfica e exploratória
centrada nas contribuições teóricas de vários autores que realizaram artigos e livros
sobre os mecanismos de leitura e interpretação de texto, métodos e técnicas de ensino
para facilitar o pleno entendimento da mensagem textual. O método aplicado
compreendeu ainda a elaboração de questionários (Anexo II) aplicados a professores e
alunos do Ensino Médio do Colégio Estadual José Rocha, localizado em Igaporã,
Estado da Bahia, com perguntas discursivas envolvendo a prática docente e aspectos
sociais e escolares. Portanto, o estudo tem a finalidade de conhecer as contribuições
científicas sobre o tema, tendo como objetivo analisar e interpretar as contribuições
teóricas existentes sobre o fenômeno pesquisado, com base descritiva das
características apresentadas pelos vários autores que fundamentaram a pesquisa.
Com os resultados obtidos no questionário apresentado na Figura 1 ficou
evidente que a maioria dos professores de química do Colégio Estadual José Rocha em
Igaporã-BA, não tem formação específica na área para ministrar aulas de química
(83,3%) e, mesmo os que têm (16,7%), não se reciclam e nem têm tempo para
proporcionar aos alunos aulas mais significativas, fazendo com que a aprendizagem
seja limitada, lenta e restrita a objetivos de baixo nível cognitivo.
16,7
66,6
16,7
Licenciado em química
Pós-graduado em outras áreas
Não-especializado
Figura 1 - Nível de escolaridade dos Professores de Química
Os professores têm consciência da importância deles na formação de cidadãos,
mas infelizmente a maioria não consegue romper com o sistema e optam por um ensino
tradicional, pautado pela utilização dos modelos oferecidos pelos livros didáticos mais
conservadores.
Os professores de química (66,7%) apresentaram alguma dificuldade com
relação ao conteúdo abordado em sala de aula como mostrado na Figura 2. Verifica-se
que um dos grandes problemas com relação ao ensino de ciências e em particular o
34
ensino de química e suas tecnologias tem sido o baixo índice de professores habilitados
nas áreas específicas de atuação e, mesmo aqueles com formação específica estão
carentes de oportunidades de atualização de seus conhecimentos e de serem postos
em contato com tendências inovadoras para o ensino de química e suas tecnologias,
pois ao longo dos anos estes profissionais têm adotado metodologias que privilegiam a
aprendizagem por aquisição conceitual (aprendizagem mecânica), dificultando
consequentemente a assimilação e domínio dos conteúdos por parte dos alunos.
66,7
33,3Domínio dos conteúdos porfalta de conhecimentos prévios
Repasse aos alunos
Figura 2 - Dificuldade dos professores em relação aos conteúdos de química.
A dificuldade em abordar certos conteúdos de química poderia ser minimizada
com a utilização de aulas práticas, entretanto a grande maioria dos professores tem
dificuldades neste tipo de aula, provocada pela falta de conhecimentos específicos para
o trabalho de laboratório, infraestrutura e tempo para preparação das aulas. Os
resultados podem ser visualizados na Figura 3.
50
33,3
16,7Falta de conhecimentosespecíf icos para o trabalhode laboratório
Falta de roteiros
Falta de tempo para preparara aula
Figura 3 - Dificuldade dos professores para realização de aulas práticas.
Já no estudo realizado com os alunos da mesma escola, verificou-se que estes,
em sua grande maioria (70%), demonstram gostar de estudar química.
35
70%
30%
Sim
Não
Figura 4 - Você gosta de estudar Química?
Estes consideram o estudo da química importante devido à marcante presença
desta disciplina em suas vidas, possibilitando um melhor conhecimento do mundo, e
pela necessidade na futura profissão. A existência de uma "prática comprovando a
teoria" e a facilidade de assimilação dos conceitos também os motiva. Em contrapartida,
alguns alunos consideram a disciplina desinteressante ou sem utilidade em sua vida
cotidiana. A forma como a matéria é apresentada e a dificuldade em sua assimilação,
desestimulam e contribuem para a falta de motivação. Observa-se que as justificativas,
tanto para a motivação quanto para a desmotivação demonstrada no ensino de química,
estão associadas a alguns fatores, como: necessidade/não necessidade;
facilidade/dificuldade e teoria/prática (forma como é apresentada).
55%
23%
22%
Professor
Interesse pela matéria
Forma como a matéria é apresentada
Figura 5 - Grau de influência de alguns fatores no ensino de química.
Consideramos que a presença destes opostos valida a análise do questionário,
sugerindo que a necessidade, a facilidade e a forma como o conteúdo é apresentado
são fatores que estimulam e motivam o aluno a estudar química, além da figura do
professor como elemento de grande significado no processo ensino-aprendizagem.
A dificuldade em relacionar a química escolar com a química do cotidiano, indica
que esta relação não é estabelecida de forma clara e sistemática. As observações
36
realizadas levam ao questionamento acerca da validade dos fatores que motivam o
estudo da química. Consideramos que estes fatores são válidos, pois mostram aspectos
da disciplina ou de seu ensino, que agradam aos alunos e estão entre algumas das
sugestões fornecidas para a melhoria do ensino da química e que podem ser
alcançados na prática. Estes fatores, aliados à utilização das concepções prévias dos
alunos oriundas das relações sociais, podem levar a uma melhoria no ensino da
química. Entendemos esta melhoria como a possibilidade de nosso estudante, ao final
de seu curso, ter a capacidade de perceber e relacionar, de forma mais efetiva, os
conhecimentos químicos adquiridos na escola a aspectos de sua vida social e
profissional, rompendo a barreira existente entre o conhecimento escolar e o social.
Diante das observações realizadas é possível enumerar tópicos voltados para
minimizar a problemática em questão:
● Instituir no ensino de química uma docência aplicada com base na prática,
visando minimizar as dificuldades que limitam esses conhecimentos. Portanto, uma
forma de intervenção pedagógica pode ser um dos meios para facilitar o ensino de
química, enquanto ciências com a aplicação de conceitos, métodos e linguagens
próprias, relacionando os conhecimentos teóricos aos práticos;
● Possibilitar ao docente melhores condições de trabalho, com remuneração
digna e possibilidade de capacitação continuada;
● Definir um tipo de intervenção pedagógica com base em métodos e técnicas
para que os educandos possam ter um ensino-aprendizagem mais direcionado à sua
realidade social;
● Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação individual e coletiva do
ser humano com o meio ambiente. A química tem papel no sistema produtivo, industrial
e rural e muitos desses eixos deverão ser levados ao educandos em forma de exemplos
diretos que estabeleçam conexão com sua realidade;
● Reconhecer as relações entre o desenvolvimento científico e tecnológico da
química e os aspectos sociopolítico-culturais.
37
● Favorecer um ensino de química que poderá ser apresentado de forma
significativa de modo que o aluno reconheça e compreenda as transformações químicas
que ocorrem nos processos tecnológicos nos diferentes aspectos em diferentes
contextos e suas aplicações ambientais, sociais, políticas e econômicas;
● Desenvolver dinâmicas de grupo, além de experiências e aulas práticas com
base nos conteúdos;
● Apresentar os experimentos e oficinas através dos questionamentos e das
pesquisas realizadas;
O uso de diferentes recursos didáticos e estratégias de ensino contribuem para
um maior engajamento, participação e interesse dos alunos nas aulas, questionando,
opinando e agindo em situações problemas.
4.2 Diagnóstico das dificuldades de interpretação d o texto de Química
Conforme Kleiman (2001) é necessário ao educador identificar as dificuldades
dos alunos e analisar as formas de intervenção. Existem meios de diagnósticos práticos
que definem as dificuldades a partir da leitura de textos, desde os problemas de
vocabulário, semânticos e lingüísticos que exigem o desenvolvimento de habilidades
quantitativas, como efetuação de cálculos e resolução de problemas, desenvolvimento
de habilidades qualitativas, que devem ter estratégias de ensino relacionadas ao
aperfeiçoamento da linguagem.
Os meios de diagnóstico com os alunos podem ser realizados através de
interpretação de textos e de criação escrita. Essas estratégias permitem ao professor
identificar as dificuldades de compreensão na leitura e a capacidade vocabular do
educando. O diagnóstico é importante por que se constitui em um instrumento para a
descoberta de limitações a serem sanadas no cotidiano escolar.
A identificação de níveis de compreensão de leitura em textos que utilizem
linguagem científica e na sua relação com o rendimento escolar do aluno nesta área
específica do conhecimento depende basicamente das características do texto,
atendendo aos diferentes níveis lingüísticos, do seu conteúdo e da sua estrutura. Assim,
38
a seleção de textos pelo professor abrangerá todas as tipologias textuais que a
disciplina envolve desde tabelas, gráficos e textos didáticos.
Através da análise dos textos, da observação e do diálogo é possível ao
educador identificar as dificuldades do aluno na interpretação de textos.
4.3 Métodos Luckesi e Paulo Freire em Química
Os métodos se caracterizam pelo uso de ações direcionadas na busca de um
determinado conhecimento. Metodologia é o conjunto de métodos ou caminhos que são
percorridos na busca do conhecimento. Nesse sentido, a pesquisa voltada para as
ciências se situa em ciências da natureza e ciências sociais. (Martins; 2000)
Conforme Andrade (2003), em relação ao método científico, há as correntes que
consideram que existe mais exatidão e rigor nas ciências experimentais que nas
ciências humanas. Embora as ciências humanas sejam mais flexíveis, estudam
fenômenos reais, ainda que diferentes dos métodos experimentais usados nas ciências
formais, pois tratam de fatos humanos, em processos que exigem análises qualitativas.
Na visão de Cervo & Bervian (1983):
Em seu sentido mais geral, o método é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um fim dado ou um resultado desejado. Nas ciências, entende-se por método o conjunto de processos que o espírito humano deve empregar na investigação e demonstração da verdade.
O método é, portanto, um conjunto de procedimentos utilizados na investigação
de fenômenos.
Serra Negra & Serra Negra (2003), consideram que “método é o conjunto de
processos pelos quais se torna possível conhecer determinada realidade para produzir
determinado objeto ou desenvolver certos procedimentos”. Entende-se que método é
um conjunto de processos racionais postos em prática para determinar a busca da
verdade e de conhecimentos.
O método de leitura e interpretação basicamente se apresenta através do
método dialógico. Conforme Luckesi (2003), o “método dialógico abrange estudos
teóricos e analíticos de documentos e textos, através de procedimentos que tem como
39
base o diálogo compartilhado entre os grupos ou comunidades que fazem parte do
fenômeno de estudo”.
Do ponto de vista etimológico, o termo “diálogo” se origina da fusão das
palavras gregas dia e logos. Dia significa “por meio de” e logos traduz-se para o latim
ratio (razão), mas tem vários outros significados, como “palavra”, “expressão”, “fala”,
“verbo”. Neste contexto, a definição de metodologia dialógica está expressamente
definindo um modelo, seu sentido e seu significado.
O método dialógico permite direcionar uma série de técnicas de ensino para
complementar as atividades do professor no processo de ensino-aprendizagem, com
ênfase a métodos críticos e de natureza voltadas ao aluno como sujeito do processo de
ensino, com propostas de processos de elaboração contínua, sistemática, científica e
integral nas bases de identificação de objetivos educacionais que poderão ser
alcançados pelo professor no produto final como resultado do processo interativo com
os alunos.
O processo de administração das aprendizagens permite ao professor trabalhar
os erros e obstáculos de aprendizagem. O método dialógico se processa como
instrumento formativo que, dependendo da ação prática do docente, poderá ser
adaptado à gestão das situações de aprendizagem e regulagem dos resultados.
O processo de contextualização dos conteúdos aplicados deve apoiar-se em um
julgamento especializado, envolvendo o educando e seu ponto de vista. A dialocidade
só se completa quando há uma mediação em que ambos se encontram interados,
envolvendo-se no processo de aprendizagem. Essa construção se faz mutuamente.
Neste processo de mediação na aula de química, o docente deverá manter a
linha da continuidade e dos aspectos formativos, enfocando os aspectos cognitivos,
somando-os aos domínios do conhecimento, com criticidade e reflexão.
O método dialógico permite superar a assimetria na relação professor-aluno e o
professor deixa de ser a única fonte de conhecimento na relação de aprendizagem.
Assim, supera-se a idéia falsa de que o aluno é pressupostamente vazio de experiência
e de conhecimento evitando, portanto, a noção de autoridade, submissão e obediência.
40
A relação de construção do conhecimento de forma mútua e participativa
favorece ao educando certos comportamentos ou habilidades consideradas como
requisitos prévios para o êxito no ensino-aprendizagem, a partir das condições para a
autonomia intelectual. Conforme Luckesi (2003):
Os resultados dos estudos práticos e teóricos do método dialógico se fazem na inserção de uma prática pedagógica dinâmica com base na assimilação ativa dos conteúdos socioculturais, do desenvolvimento das capacidades cognoscitivas do educando e da construção de um ensino mais justo e democrático que coloca o aluno como sujeito do conhecimento.
Assim, constata-se que Luckesi (2003), ao realizar algumas conclusões sobre o
método dialógico, avalia que a sua conduta procedimental fornece condições propícias
para o dimensionamento da aprendizagem.
A proposta de método dialógico em Freire (1996) se enquadra em uma síntese
cultural como forma sistematizada e deliberada de ação que incide sobre a estrutura
social, no sentido de transformá-la, ao mesmo tempo buscando a superação da invasão
cultural e de ações não-dialógicas.
Neste enfoque o direcionamento favorece a articulação do aprender, do
analisar, do discutir o texto de química, com base em opções existentes à execução, em
situações concretas em que o vivido se aproxima cada vez mais.
Desta forma, a questão da qualidade do ensino de química passa
necessariamente por uma reavaliação destes aspectos que envolvem a coerência do
professor para que possam superar a dicotomia, entre teoria e prática, entre o real e o
abstrato, superação da fragmentação a partir de mudanças qualitativas e do uso de
outras disciplinas como a história, geografia, ciências e artes para demonstrar a
correlação entre os conhecimentos.
Freire (1997) externaliza que “somente quando professor e aluno criam e
constroem um conhecimento mutuamente, o aprendizado se realiza de forma biunívoca,
ambos aprendem, ambos se sentem parte constitutiva da produção”.
Neste contexto, o professor poderá estar refletindo sobre as formas de utilização
da informação, buscando verificar as possibilidades de sua aplicação de maneira mais
41
inventiva ou criativa de modo a colocar o educando em contato com o saber já
elaborado de forma reflexiva ou ativa.
Entende-se que na medida em que o educando precisa usar de seus
mecanismos de assimilação receptiva inteligível terá condições de reelaborar uma nova
análise sobre o conhecimento e relacioná-lo com a experiência vivida, como primeiro
elemento fundamental da aprendizagem ativa.
A perspectiva do método utilizado na aprendizagem da disciplina química é um
fator que poderá contribuir para o professor direcionar sua aula, a um método reflexivo e
crítico, na concepção segundo a qual a realidade será abordada na forma de conteúdos
em suas visões valorativas do mundo e da realidade, assimilados pelos educandos.
Daí, a importância de uma valoração crítica do professor acerca da visão
ideológica a perpetrar os caminhos pedagógicos, ao trabalhar com os educandos no
processo de ensino, para que eles não assumam posições ingênuas e alienantes que
possam limitar suas formas de compreender a realidade.
Portanto, Luckesi (2003) enfoca especialmente a questão do método dialógico
para o desenvolvimento interno das capacidades cognoscitivas no exercício do pensar
crítico do educando. O método dialógico favorece as capacidades cognitivas para o
estímulo à participação ativa em situações-problema que juntamente com o uso de
recursos metodológicos são muito importantes para o professor atingir os objetivos
almejados no ensino.
As técnicas possíveis de se utilizar no ensino de química podem demonstrar as
matérias primas sendo transformadas. Para isso são necessários recursos didáticos de
diversas modalidades: exposição oral, demonstração, exemplificação, apresentação por
meio de um filme, de um vídeo, de um texto a ser lido, etc.
Assim, compreende-se que são necessárias ao professor a competência teórica
e a consciência crítica para aplicar de forma dinâmica os conteúdos de química dentro
dos limites de complexidade e dificuldade em relação aos alunos, como a busca de
novos conhecimentos, se necessários, para a produção de um novo. Para a adaptação
do professor ao uso do método dialógico em sala de aula dependerá o planejamento
42
específico, para evitar procedimentos aleatórios. O planejamento é parte integrante do
modo de conduzir a ação. Como afirma Luckesi (1998):
O planejamento não é um ato de preencher formulários, como vem ocorrendo na prática docente, mas sim um ato de preparação para a contextualização dos conteúdos e técnicas a serem utilizadas. A execução do planejamento, portanto, é importante na prática cotidiana do professor por que favorece a constituição de compromissos e princípios para o planejamento que permitam ao educador criar as condições favoráveis ao ensino-aprendizagem.
Assim compreende-se que o método dialógico garante também um ensino
heterogêneo e individualizado que permite a formação das competências e habilidades
dos alunos, mas depende também das competências do professor para lidar com
práticas educativas mais complexas como os textos de química que possuem teor
científico e que exigem o desenvolvimento do espírito de conscientização e autocrítica
nos mecanismos de leitura de textos.
A aprendizagem pode ser mais significativa a partir de posturas mais abertas,
formação pedagógica atualizada e formação teórica baseada em concepções
humanísticas e de formação libertadora. Conforme Freire (1997):
É necessário que o educador se conduza à definição do significado primordial de sua prática educativa, porém não apenas de modo superficial, mas levando em conta os problemas desvelando em profundidade as questões que são colocadas sobre a realidade social em um processo concebido como um processo de libertação.
É fundamental ao professor, buscar rumos novos no sentido de construir uma
relação agradável, uma relação mútua e que desenvolve aquilo que é de competência
dele, quer dizer, de trabalhar com o conhecimento, de encaminhar o aluno ao
desenvolvimento de um pensar crítico e criativo.
Devem-se avaliar novos processos de humanização na relação pedagógica
entre professor-aluno para que seja possível, ao educando uma educação mais
democrática e autônoma. Certamente, o caminho da autonomia na relação pedagógica,
depende de mudanças nas posturas e atitudes mais tradicionalistas, cujas
transformações dependem fundamentalmente de ações objetivas e claras.
O aspecto da competência pedagógica envolve muito mais do que o domínio de
métodos e técnicas, envolve uma postura fundamentada no ato pedagógico que
demanda segurança, generosidade e ética para com aquele que está aprendendo.
43
Certamente, este ato pedagógico está diretamente vinculado ao desempenho do
docente, em usar seus conhecimentos fundamentados numa concepção filosófica e
numa política de educação humanizadora na sua ação educativa.
O professor deve respeitar os saberes dos educandos, sobretudo as classes
populares, no que concerne aos saberes construídos na prática comunitária e deve ter a
consciência de discutir com o educando, formas de relacionar conteúdo e prática
cotidiana, discutindo com os alunos a realidade concreta associada aos conteúdos de
química.
A formação contínua dos profissionais que atuam no mercado de trabalho se
tornou uma questão fundamental. E quanto ao professor, a responsabilidade parece ser
dobrada, quando ainda existe a manutenção da ideologia de que a educação é a saída
para as crises do país. A especialização, o pensamento e as competências do professor
são objetivos ainda a alcançar com certa dificuldade.
A instrumentalização de competências não se constrói em um período curto de
tempo, e requer certo grau de autonomia do docente e conhecimento para adotar
medidas didático-pedagógicas.
Os avanços tecnológicos trouxeram a informática para o âmbito da vida
cotidiana nas escolas o que exige do professor competência e segurança no uso de
tecnologias e das formas de utilizá-las com os alunos. Essa mudança tecnológica,
principalmente na escola, gerou uma reflexão sobre os métodos educativos e a
necessidade de formação continuada do professor para enriquecer as experiências do
processo educativo.
O papel do professor amplia-se significativamente. Do informador, que dita
conteúdo, pode transformar-se em orientador de aprendizagem, em gerenciador de
pesquisa e comunicação, dentro e fora da sala de aula.
Nesse contexto, o docente poderá ajudar a contextualizar o ensino de química,
a ampliar o universo alcançado pelos alunos, a problematizar, a descobrir novos
significados no conjunto das informações trazidas. Esse caminho de ida e volta, no qual
todos podem se envolver e participar na sala de aula é fascinante, criativo, cheio de
44
novidades e de avanços. O conhecimento que é elaborado a partir da própria
experiência torna-se muito mais forte e definitivo.
Certamente a utilização de recursos didático-pedagógicos não é suficiente para
organizar e dirigir situações de aprendizagem, portanto, é indispensável que o docente
domine os saberes e, mais que isso, saiba como torná-lo significativo frente à realidade,
confrontando-o com a prática. (Candau; 1993)
Não basta apenas o domínio dos conteúdos de química, mas é essencial que a
construção do conhecimento possa se realizar em condições abertas que envolvem
situações complexas.
O recurso didático é importante porque estimula a criatividade e tornam os
momentos educativos menos extenuantes, mas por si só, os recursos não garantem a
qualidade do ensino. (Bizzo; 2002)
O desempenho didático-pedagógico envolve um aspecto relacional entre prática
e teoria, entre transmissão de conhecimentos e transformação desses conhecimentos
em um aprendizado significativo dentro da realidade vivenciada no momento histórico e
sócio-cultural.
As três etapas do Método Paulo Freire (Tabela 1) se enquadram efetivamente
no método dialógico que tem por base os seguintes pressupostos: Na primeira etapa, o
docente deve conhecer a realidade social do educando para que possa estabelecer com
ele um diálogo mediativo, ou seja, o conhecimento de sua conjuntura social e cultural
permitirá ao educador entender seu universo, visão de mundo e conhecimentos
experienciais.
O método dialógico favorece também elaboração e desenvolvimento de uma
metodologia alternativa a partir de observações concretas, utilizando-se para isso da
experimentação (com material convencional ou alternativo) necessária como suporte
para o aprendizado dos conceitos ministrados. Nesse sentido, cabe ao docente motivar
os educandos a usarem o laboratório para experiências.
Certamente as posturas de melhoria na qualidade do ensino dependem
diretamente da formação do professor e sua motivação para propiciar as atividades
45
interativas. Nesta etapa o professor também se torna um educando, à medida que
pesquisa e explora o universo educativo para com seus alunos construírem um novo
conhecimento.
Com a pesquisa, o docente terá a oportunidade de confrontar-se com as
dúvidas e as incertezas de um determinado campo de conhecimento, de se tornar
também um docente-discente e de ser iniciado nos métodos e na epistemologia da
investigação, estimulando a apropriação ativa dos conhecimentos científicos. Isto
porque em uma pesquisa é necessário lidar com conceitos, variáveis e hipóteses, e
trabalhar de forma mais sistemática com o conhecimento teórico do que nas atividades
práticas.
A eleição de temas se constitui em um importante processo do método
dialógico, por que é o momento da escolha dos temas geradores ou palavras
significativas no universo do conteúdo aplicado. A escolha se efetiva na explicitação do
relato dos participantes a respeito de suas experiências de vida, suas dificuldades e
problemas.
Assim, Freire (1997) partiu do universo vivencial de cada educando, para que a
partir da discussão com os alunos, houvesse espaço para uma ação dialógica, marcada
pela experiência de cada um e intensificada pelos novos conhecimentos adquiridos.
Portanto, os temas geradores nos conteúdos de química poderão fornecer uma
importante ação desencadeadora de elementos culturais novos e estimuladores da
participação do educando. Ao iniciar a aula, o professor poderá apontar o tema gerador
e a “problematização” para ser discutida e analisada pelos grupos de alunos, a partir de
conhecimentos mútuos e mediatizados pelas experiências e pressupostos teóricos em
um esforço pelo qual os educadores e educandos, se apropriam de novos
conhecimentos que permita-lhes perceber criticamente a realidade.
Na educação, a comunicação é essencial para garantir o nível de interação que
condiciona o aprendizado em consonância com o meio, que suscita um mundo novo de
experiências e significações. Portanto a linguagem representa uma fonte de incursão no
mundo da comunicação e das novas experiências.
46
Tabela 1 – Etapas do Método Paulo Freire
AS TRÊS ETAPAS DO MÉTODO PAULO FREIRE (MÉTODO DIALÓ GICO)
Vivência e pesquisa
Momento em que o educador vive, realmente na comunidade do
educando, participando de sua listagem e de seus problemas.
Neste passo, Paulo Freire quer que a dicotomia educador-
educando desapareça, dando lugar ao educando-educador-
educador-educando. É neste momento em que o educador
começa recolher o que serão os “temas geradores” ou “palavras
geradoras”.
Eleição dos temas
geradores
A partir da vivência, o educador recolhe temas e palavras no
contexto da aula e passa a organizar junto com os educandos os
“círculos de cultura”, o grupo onde aconteceria o “diálogo
amoroso”, humilde, horizontal entre educando-educador e
educador-educando. O “método diálogo” aqui empregado
consistiria na explicitação do relato dos participantes a respeito de
suas experiências de vida, suas dificuldades e problemas. O
“animador” do “centro de cultura”, uma vez tendo vivido na
comunidade, estaria apto a resgatar, nesse momento, os “temas
geradores” e as “palavras geradoras”, já previamente “sentidos”
por ele próprio na comunidade, como que espelhando
dificuldades.
“Problematização”
através do diálogo
A “problematização” implicaria a idéia de que “ninguém educa
ninguém”, e também de que “ninguém se educa a si mesmo”, mas
“os homens se educam em comunhão”, “mediatizados pelo
mundo”. Como escreveu Paulo Freire: a problematização se faria,
assim, através do esforço pelo qual educadores e educandos
iriam percebendo, criticamente, como “estão sendo no mundo
com que e em que se acham”.
Assim, compreender que a prática de educar para a autonomia e criticidade,
depende de ações conscientes que não sejam voltadas apenas para a transmissão de
conteúdos particulares de conhecimento, reduzir o ensino a determinadas matérias, nem
restringir o saber exclusivamente a assuntos de natureza técnica. É muito mais do que
isto, é despertar no educando um novo modo de pensar e de sentir a existência, em
face dos desafios que o mundo impõe.
47
Considera-se que o método de ensino e suas estratégias devem ser
predominantemente críticos em relação ao contexto social e às necessidades do
desenvolvimento educativo do aluno. A escolha metodológica é fundamental porque tem
efeitos na formação do acadêmico, na sua cosmovisão no seu modo de viver.
Neste contexto, o diálogo entre educador e educando e o objeto do
conhecimento é uma ponte de mediação entre as possibilidades de transformação de
uma educação baseada em contextos não-críticos e alienantes para uma nova
construção do saber.
Segundo Freire (1997), “o diálogo estabelecido na relação educativa possibilita
a construção de um ambiente favorável à produção do conhecimento, onde o medo do
professor e o mito que se cria em torno dele sejam quebrados estabelecendo desta
forma uma relação de respeito e confiança entre as peças fundamentais do espaço
pedagógico”.
Assim, compreende-se que cabe ao professor formular competências como
hospitalidade, responsabilidade e bondade. Hospitalidade entendida como capacidade
de abertura, de escuta e de relação, como disposição para acolher a diferença
misteriosa testemunhada por outro ser humano e a partir da qual se desenvolve uma
responsabilidade profissional ativa. Uma responsabilidade que, investida pelo poder da
bondade, deve ser vivida num contexto de sensibilidade, diálogo, atenção e cuidado.
A ação dialógica do professor em sala de aula ajuda o aluno manter uma
reflexão crítica contra a desmotivação e passividade no desenvolvimento das atividades
propostas. As atitudes de aproximação e diálogo eliminam o distanciamento entre
educador e aluno no processo de ensino-aprendizagem estabelecendo na sala de aula
um ambiente agradável de troca de conhecimentos.
Portanto, conforme Silva (2005) “é primordial que o professor e o educando
estabeleçam, em sala de aula, postura dialógica, aberta, curiosa, indagadora, onde o
principal objetivo é favorecer a constante aquisição de conhecimentos”. Essas ações no
processo educacional são importantes por que o educador não pode ficar reduzido
apenas a suas capacidades didáticas e científicas, mas deve estar preparado para
demonstrar sua capacidade comunicativa.
48
Compreende-se que a educação escolar deve assumir, através do diálogo, as
condições para a construção do conhecimento, com a responsabilidade de dar ao
educando o instrumental para que ele exerça uma cidadania mais consciente, crítica e
participante necessárias para uma prática social viva e transformadora.
Segundo Saviani (1991), “os métodos estimulam a atividade e iniciativa dos
alunos, mas o professor não deve abrir mão da iniciativa que favorecerão o diálogo dos
alunos entre si e com o professor, mas sem deixar de valorizar o diálogo com a cultura
acumulada historicamente”.
O modelo de educação que se pretende transformador tem como base a
consciência histórica e a reflexão crítica sobre os conceitos, as idéias e as ações
educativas de nossa época, que possibilitam nossa contribuição efetiva na construção
de práticas e teorias de educação escolar com sensibilidade às necessidades e
interesses dos alunos.
Neste contexto, o educador terá de entrelaçar a sua prática-teoria e a
dialogicidade consistente nas propostas pedagógicas que perpetuam uma perspectiva
de desenvolver competências para a compreensão da importância do diálogo em sala
de aula.
A interpretação de textos depende de técnicas de debate dialógico, a partir de
reflexões críticas acerca dos seus fundamentos, de sua semântica própria, e do
conhecimento de seu vocabulário. Nesse sentido, a base para facilitar o trabalho do
educador serão as análises epistemológicas ou metodológicas que articulam os
procedimentos e os critérios de interpretação de textos, com o uso de simulações de
textos, imagens, gráficos e tabelas.
O método dialógico permite direcionar uma série de técnicas de discussões de
grupo com propostas de processos de elaboração contínua, sistemática, científica e
integral nas bases de identificação de objetivos. Portanto, a técnica se pauta em
situações analíticas de problemáticas que envolvem opiniões, autocríticas e reforço de
idéias e soluções criadas pelo próprio grupo. (Luckesi, 2003)
O processo de administração das aprendizagens deverá ser estimulado pelo
educador que busca trabalhar os obstáculos na apreensão dos conteúdos dos textos. O
49
método dialógico se processa como instrumento formativo que, dependendo da ação
prática do educador, poderá ser adaptado à gestão das situações de aprendizagem em
grupo, ativando um clima de motivação e regulagem dos resultados.
O processo de contextualização dos conteúdos aplicados aos trabalhos
realizados em grupos deve apoiar-se em um julgamento especializado, envolvendo cada
membro da equipe e seu ponto de vista. A dialocidade se completa quando todos os
grupos colocam suas conclusões e ocorrem processos de mediação em que todos
interagem envolvendo-se no processo de aprendizagem. Essa construção se faz
mutuamente. (Gasparin, 2002)
Neste processo de mediação, o professor precisa manter o enfoque da
continuidade e dos aspectos formativos, trabalhando os aspectos cognitivos, somando-
os aos domínios do conhecimento lingüístico do vocabulário e da interpretação baseada
na criticidade e reflexão.
Conforme Luckesi (2003), “os resultados dos estudos práticos e teóricos do
método dialógico se fazem na inserção de uma prática pedagógica dinâmica com base
na assimilação ativa dos conteúdos e do desenvolvimento das capacidades
cognoscitivas do aprendente”.
Avalia-se que em um grupo de aprendizagem mútua que dialoga, as palavras
circulam entre os integrantes e passam através destes, circulando através de análises,
avaliações e inferências gerais ou juízos de valores, tal como se apresentam os
fenômenos diante da experiência imediata dos participantes nas análises de
interpretação do texto.
Portanto, a interação dialógica é um instrumento que permite a formação de
redes, voltadas para as experiências de reflexão conjunta. De acordo com Luckesi
(2003), o método dialógico permite direcionar uma série de técnicas de discussões de
grupo com propostas de processos de identificação dos aspectos semânticos,
lingüísticos, vocabulares e científicos.
Assim, constata-se que Luckesi (2003), ao realizar algumas conclusões sobre o
método dialógico, avalia a sua conduta procedimental como as condições propícias para
o dimensionamento da leitura interpretativa de textos. O método dialógico se apresenta
50
como ferramenta metodológica de reflexão conjunta, favorecendo a observação
compartilhada das experiências realizadas entre esses e as orientações do educador.
O método dialógico seria uma definição adequada para a preparação para os
mecanismos metacognitivos da interpretação, em um dinamismo que permite a
interação verbal, através da técnica de discussão/debate, aplicação dos problemas
reais, solução compartilhada e individual e a elaboração da síntese dos resultados. O
diálogo se caracteriza por uma metodologia que estimula a conversação na busca de
resultados.
É importante incorporar também o estudo de palavras e termos no linguajar dos
conteúdos de química através do dicionário. Essa técnica é fundamental. Conforme
Serra Negra & Serra Negra (2003), o sentido geral do termo “técnica” compreende um
conjunto de regras aptas a dirigir eficazmente uma atividade. Assim, compreende que a
técnica é um processo regulado por normas e munido de certa eficiência.
A riqueza vocabular se adquire com a leitura e o uso de dicionário durante a
interpretação dos textos. A técnica de análise de gráficos e tabelas no conteúdo de
química se pauta em situações analíticas de problemáticas que envolvem opiniões,
reforço de idéias e soluções encontradas através da dinâmica da conversação. O
objetivo da técnica de discussão/debate se constitui na busca de melhoraria da
comunicação e o compartilhamento de significados através da experiência de cada um
dos membros do grupo.
Os procedimentos esperados pelo educador se desencadeiam na seguinte
lógica: assimilação do conteúdo, a comunicação entre o grupo para as colocações de
suas soluções através da discussão/debate e as reflexões para o encaminhamento de
uma síntese do processo, ou seja, o encaminhamento da melhor solução para
determinados problemas e a apreensão dos conteúdos reconhecendo as idéias
primárias e secundárias. (Kleiman; 2000)
A tabela 2 tem por finalidade demonstrar de forma sintética, o roteiro utilizado
para facilitar os mecanismos de interpretação de textos nos conteúdos de química,
através do uso de técnicas específicas.
51
Tabela 2 – Mecanismos de interpretação de textos
RESULTADOS ESPERADOS
RESULTADOS ESPERADOS
1- Apresentação do conteúdo através de textos para serem lidos e trabalhados em diversos enfoques;
1.1 Apresentar ao grupo os conceitos, fundamentos, perspectivas e históricos do conteúdo em aula expositiva;
2- Disposição dos grupos para discussão/debate dos pontos principais e secundários apontados nos textos;
2.1 Envolver os grupos em análises e soluções dos problemas colocados pelo texto, buscar vocábulos e discutir as projeções do texto;
3- Elaboração individual e conjunta das soluções de problemáticas encontradas no texto, apontando a saída do autor;
3.1 Oportunizar as relações dialógicas e as experiências comuns entre os alunos;
4- Finalização dos conteúdos aplicados com a criação da síntese de resultados interpretativos.
4.1 Dinamizar o processo de negociação de opiniões para a elaboração de um quadro geral de interpretações do texto.
Neste sentido, a estratégia surge de ações planejadas de forma intencional e
particularmente direcionada, como instrumento para favorecer a implantação de uma
ação que tem um objetivo específico. Nessa concepção a estratégia permite definir um
plano traçado para atingir determinado fim, ao mesmo tempo em que permite concentrar
esforços e recursos dos educadores em prol da melhoria dos alunos no processo de
apreensão dos conteúdos.
52
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo permitiu avaliar a importância da metodologia como base para o
desenvolvimento do ensino-aprendizagem, levando-se em consideração os mecanismos
de leitura e interpretação de textos em livros didáticos de química. O objetivo da
pesquisa foi alcançado na medida em que se abordaram de forma clara os métodos que
poderão favorecer o trabalho docente e a apreensão de conhecimentos por parte do
educando.
O educador poderá utilizar vários métodos e técnicas de ensino que tenham
como finalidade desenvolver no educando a capacidade metacognitiva para a
interpretação e leitura significativa, bastando para isso, buscar teorias que possam dar
suporte à elaboração do planejamento das ações pedagógicas. Nesse estudo
demonstrou-se a proposta de Paulo Freire e a proposta de método dialógico de Luckesi
que são complementares por que se tratam de métodos dialéticos e dialógicos.
Assim, pensar uma educação transformadora requer um redimensionamento
das práticas de ensino-aprendizagem no cotidiano do espaço escolar, desvelando as
relações entre professores, alunos e escola. É no espaço específico da escola que se
pode pensar os valores que a educação transforma ou perpetua.
Nesse sentido, é preciso buscar a origem sócio-cultural dos alunos, seus
anseios profissionais, sua compreensão do papel da escola, sua história escolar. Ao
professor é preciso clareza de objetivos, conhecimento dos processos didático-
pedagógicos, criatividade, postura metodológica, domínio dos conteúdos e ética para se
aplicar métodos e técnicas de ensino.
A escola deve ser pensada desde sua localização e inserção na comunidade e
sociedade, sua organização interna, sua infra-estrutura, enfim, às relações sociais dos
atores que constroem e reconstroem o processo de ensino-aprendizagem. Dito de outra
forma se é no espaço escolar que se produz e reproduz o conhecimento é, através da
mediação pedagógica, nesse espaço, que podem surgir às transformações no processo
de ensino-aprendizagem.
O ensino de química como disciplina escolar requer uma pedagogia crítica
pautada nos conteúdos e nas ações políticas que inserem no processo educacional as
53
problemáticas concernentes à realidade histórico-social e aos determinantes que se
impõe na conjuntura educacional. Assim, verificou-se no estudo a importância que o
ensino de química representa para os alunos que vivem inseridos no mercado de
trabalho, portanto, a disciplina envolve a necessidade do educador direcionar as
atividades de leitura e interpretação de textos para uma globalidade do ensino, a partir
do enfoque interdisciplinar.
O sistema educativo não pode limitar-se a usar a linguagem audiovisual como
simples repasse de informações, mas pode ser utilizado com ênfase ao caminho da
crítica analítica, da construção do pensamento fundamentado e na análise do discurso
que perpassa a construção dos programas: desenhos, novelas, reportagens, etc. É
nessa perspectiva que este estudo se insere, considerando fundamentalmente que,
além do que se poderia chamar de pedagogia com imagens, é preciso trabalhar também
a pedagogia da mediação entre docente-aluno.
O docente tem um grande leque de opções metodológicas, de possibilidades de
organizar sua comunicação com os alunos, de introduzir um tema político, de cunho
social e cultural. Cada docente pode encontrar sua forma mais adequada de integrar a
tecnologia de informática nas aulas de química e os muitos procedimentos
metodológicos que poderão ser possíveis a partir da criatividade do docente. Mas
também é importante que amplie, que aprenda a dominar as formas de comunicação
interpessoal e grupal e as de comunicação audiovisual no ensino de química.
54
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ANEXOS
59
ANEXO I
SUMÁRIOS DOS LIVROS DIDÁTICOS ANALISADOS Sumário do Livro Didático: FELTRE, R. Química / Ricardo Feltre . São Paulo: Moderna, 2004.
VOLUME 1 Capítulo 1 PRIMEIRA VISÃO DA QUÍMICA
1. Observando a natureza .................................................................................... 2
2. As transformações da matéria .......................................................................... 3
3. A energia que acompanha as transformações da matéria ............................... 5
4. Conceito de Química ........................................................................................ 7
5. A Química em nosso cotidiano ......................................................................... 7
Capítulo 2 CONHECENDO A MATÉRIA E SUAS TRANSFORMAÇÕES
1. Como a matéria se apresenta: Homogênea? Heterogênea? ........................... 12
2. Fases de um sistema ........................................................................................ 12
3. Como a matéria se apresenta: Pura? Misturada? ............................................ 13
4. Transformações da água .................................................................................. 15
5. As observações e as experiências na ciência .................................................. 20
6. Substância pura (ou espécie química) ............................................................. 29
7. Processos de separação de misturas ............................................................... 31
8. Apresentando mais sobre o laboratório de Química ........................................ 37
9. A segurança nos laboratórios de Química ........................................................ 39
Capítulo 3 EXPLICANDO A MATÉRIA E SUAS TRANSFORMAÇÕES
1. Vale a pena explicar (entender) os fatos do cotidiano (e da ciência)? ............. 49
2. As tentativas de explicar a matéria e suas transformações .............................. 49
3. O nascimento da Química ................................................................................ 50
4. A hipótese de Dalton ......................................................................................... 53
5. Os elementos químicos e seus símbolos .......................................................... 54
6. Explicando a matéria – As substâncias químicas ............................................. 55
7. Explicando a matéria – As misturas .................................................................. 58
8. Explicando as transformações dos materiais ................................................... 61
9. As propriedades das substâncias ..................................................................... 64
10. Explicando as variações de energia que acompanham as transformações ..... 66
11. Segunda visão da Química ............................................................................... 66
12. Como a ciência progride ................................................................................... 67
Capítulo 4 A EVOLUÇÃO DOS MODELOS ATÔMICOS
1. O modelo atômico de Thomson ....................................................................... 75
2. A descoberta da radioatividade ........................................................................ 77
60
3. O modelo atômico de Rutherford ...................................................................... 78
4. A identificação dos átomos ............................................................................... 81
5. O modelo atômico de Rutherford-Bohr ............................................................ 86
6. O modelo dos orbitais atômicos ........................................................................ 94
7 Os estados energéticos dos elétrons ................................................................ 96
8. A distribuição eletrônica .................................................................................... 101
Capítulo 5 A CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS
1. Histórico ............................................................................................................ 111
2. A classificação periódica moderna ................................................................... 113
3. Configurações eletrônicas dos elementos ........................................................ 119
4. Propriedades periódicas e aperiódicas dos elementos químicos ..................... 123
Capítulo 6 AS LIGAÇÕES QUÍMICAS
1. Introdução.......................................................................................................... 136
2. Ligação iônica, eletrovalente ou heteropolar .................................................... 137
3. Ligação covalente, molecular ou homopolar ..................................................... 143
4. Ligação Metálica ............................................................................................... 151
Capítulo 7 A GEOMETRIA MOLECULAR
1. A estrutura espacial das moléculas .................................................................. 157
2. Eletronegatividade/polaridade das ligações e das moléculas .......................... 164
3. Oxidação e redução .......................................................................................... 171
4. Força (ou ligações) intermoleculares ................................................................ 176
Capítulo 8 ÁCIDOS, BASES E SAIS INORGÂNICOS
1. Introdução ......................................................................................................... 188
2. Ácidos ............................................................................................................... 191
3. Bases ou hidróxidos .......................................................................................... 198
4. Comparação entre ácidos e bases ................................................................... 202
5. Sais ................................................................................................................... 206
Capítulo 9 ÁCIDOS, BASES E SAIS INORGÂNICOS
1. Definição de óxido ............................................................................................ 219
2. Fórmula geral dos óxidos .................................................................................. 219
3. Óxidos básicos .................................................................................................. 220
4. Óxidos ácidos ou anidridos ............................................................................... 221
5. Óxidos anfóteros ............................................................................................... 222
6. Óxidos indiferentes ou neutros ......................................................................... 223
7. Óxidos duplos, mistos ou salinos ...................................................................... 223
8. Peróxidos........................................................................................................... 224
9. Óxidos importantes ........................................................................................... 225
10. As funções inorgânicas e a classificação periódica .......................................... 228
Capítulo 10 AS REAÇÕES QUÍMICAS
61
1. Introdução ......................................................................................................... 238
2. Balanceamento das equações químicas .......................................................... 240
3. Classificação das reações químicas ................................................................. 242
4. Quando ocorre uma reação química? .............................................................. 246
5. Resumo das principais reações envolvendo as funções inorgânicas ............... 252
Capítulo 11 MASSA ATÔMICA E MASSA MOLECULAR
1. Unidade de massa atômica (u) ......................................................................... 263
2. Massa atômica .................................................................................................. 263
3. Massa molecular ............................................................................................... 266
4. Conceito de mol ................................................................................................ 268
5. Massa molar (M) ............................................................................................... 269
Capítulo 12 ESTUDO DOS GASES
1. Introdução ......................................................................................................... 278
2. O estado gasoso ............................................................................................... 278
3. O volume dos gases .......................................................................................... 278
4. A pressão dos gases ......................................................................................... 279
5. A temperatura dos gases .................................................................................. 280
6. As leis físicas dos gases ................................................................................... 282
7. Equação geral dos gases................................................................................... 286
8. Condições normais de pressão e temperatura (CNPT) .................................... 286
9. Teoria cinética dos gases .................................................................................. 286
10. Gás perfeito e gás real ...................................................................................... 287
11. Leis volumétricas das reações químicas (leis químicas dos gases) ................. 291
12. Volume molar .................................................................................................... 294
13. Equação de Clapeyron ...................................................................................... 295
14. Misturas Gasosas .............................................................................................. 301
15. Densidade dos gases ........................................................................................ 311
16. Difusão e efusão dos gases .............................................................................. 316
Capítulo 13 CÁLCULO DE FÓRMULAS
1. As fórmulas na Química .................................................................................... 323
2. Cálculo da fórmula centesimal .......................................................................... 323
3. Cálculo da fórmula mínima ................................................................................ 326
4. Cálculo da fórmula molecular ............................................................................ 328
Capítulo 14 CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO
1. Introdução ......................................................................................................... 337
2. Casos gerais de cálculo estequiométrico .......................................................... 339
3. Casos particulares de cálculo estequiométrico ................................................. 347
Respostas ......................................................................................................... 369
Lista de siglas .................................................................................................... 376
62
Tabelas auxiliares ............................................................................................. 378
Sugestões de leitura para os alunos ................................................................. 381
Museus brasileiros ligados à Ciência ................................................................ 382
Referências bibliográficas ................................................................................. 384
VOLUME 2 Capítulo 1 SOLUÇÕES
1. Dispersões ........................................................................................................ 2
2. Soluções ............................................................................................................ 4
3. Concentração das soluções .............................................................................. 16
4. Diluição das soluções ........................................................................................ 33
5. Misturas de soluções ......................................................................................... 39
6. Análise volumétrica ou volumetria ..................................................................... 46
Capítulo 2 PROPRIEDADES COLIGATIVAS
1. A evaporação dos líquidos puros ...................................................................... 59
2. A ebulição dos líquidos puros ........................................................................... 62
3. O congelamento dos líquidos puros .................................................................. 66
4. Soluções de solutos não-voláteis e não-iônicos ............................................... 70
5. A Lei de Raoult .................................................................................................. 72
6. Osmometria ....................................................................................................... 77
7. As propriedades coligativas nas soluções iônicas ............................................ 85
Capítulo 3 TERMOQUÍMICA
1. A energia e as transformações da matéria ....................................................... 95
2. Por que as reações químicas liberam ou absorvem calor? .............................. 101
3. Fatores que influem nas entalpias (ou calores) das reações ............................ 107
4. Equação termoquímica ..................................................................................... 111
5. Casos particulares das entalpias (ou calores) das rações ................................ 115
6. Lei de Hess ....................................................................................................... 128
Capítulo 4 CINÉTICA QUÍMICA
1. Velocidade das reações químicas .................................................................... 144
2. Como as reações ocorrem? .............................................................................. 150
3. O efeito das várias formas de energia sobre a velocidade das reações .......... 153
4. O efeito da concentração dos reagentes na velocidade das reações .............. 160
5. O efeito dos catalisadores nas velocidades das reações químicas .................. 169
Capítulo 5 EQUILÍBRIOS QUÍMICOS HOMOGÊNEOS
1. Estudo geral dos equilíbrios químicos .............................................................. 181
2. Deslocamento do equilíbrio ............................................................................... 201
Capítulo 6 EQUILÍBRIOS IÔNICOS EM SOLUÇÕES AQUOSAS
1. Equilíbrios iônicos em geral .............................................................................. 219
63
2. Equilíbrio iônico na água/pH e pOH .................................................................. 225
3. Hidrólise de sais ................................................................................................ 244
Capítulo 7 EQUILÍBRIOS HETEROGÊNEOS
1. Introdução ......................................................................................................... 259
2. Aplicação da lei da ação das massas aos equilíbrios heterogêneos ................ 259
3. Deslocamento do equilíbrio heterogêneo ......................................................... 262
4. Produto de solubilidade (Kps) .......................................................................... 267
Capítulo 8 ELETROQUÍMICA – OXI-REDUÇÃO E PILHAS ELÉTRICAS
1. Introdução ......................................................................................................... 282
2. Reações de oxi-redução ................................................................................... 283
3. O acerto dos coeficientes ou balanceamento das equações de oxi-redução ... 287
4. A pilha de Daniell .............................................................................................. 294
5. A força eletromotriz (fem) das pilhas ................................................................. 302
6. Eletrodo-padrão de hidrogênio .......................................................................... 303
7. Tabela dos potenciais-padrão de eletrodo ........................................................ 305
8. Cálculo da força eletromotriz (fem) das pilhas .................................................. 306
9. Previsão da espontaneidade das reações de oxi-redução ............................... 311
10. As pilhas em nosso cotidiano ............................................................................ 315
11. Corrosão ........................................................................................................... 324
12. As reações de oxi-redução e os fenômenos biológicos .................................... 326
Capítulo 9 ELETROQUÍMICA - ELETRÓLISE
1. Introdução ......................................................................................................... 334
2. Eletrólise ígnea .................................................................................................. 335
3. Eletrólise em solução aquosa com eletrodos inertes ........................................ 337
4. Prioridade de descarga dos íons ...................................................................... 338
5. Eletrólise em solução aquosa com eletrodos ativos (ou reativos) .................... 342
6. Comparando o funcionamento das pilhas com a eletrólise .............................. 346
7. Aplicações da eletrólise ..................................................................................... 351
8. A estequiometria das pilhas e da eletrólise ....................................................... 352
Capítulo 10 REAÇÕES NUCLEARES
1. O início da era nuclear/A descoberta da radioatividade ................................... 365
2. Os efeitos das emissões radioativas ................................................................ 366
3. Recordando alguns conceitos sobre a estrutura atômica ................................. 368
4. A natureza das radiações e suas leis ............................................................... 369
5. Cinética das desintegrações radioativas ........................................................... 374
6. Famílias radioativas naturais ............................................................................. 378
7. Reações artificiais de transmutação ................................................................. 378
8. Fissão nuclear ................................................................................................... 383
9. Fusão nuclear .................................................................................................... 390
10. Aplicações das reações nucleares .................................................................... 392
64
11. Perigos e acidentes nucleares .......................................................................... 394
Respostas ......................................................................................................... 401
Lista de siglas .................................................................................................... 410
Sugestões de leitura para os alunos ................................................................. 413
Museus brasileiros ligados à Ciência ................................................................ 414
Bibliografia ......................................................................................................... 417
VOLUME 3 Capítulo 1 INTRODUÇÃO À QUÍMICA ORGÂNICA
1. A presença da Química Orgânica em nossa vida ............................................. 2
2. O nascimento da Química Orgânica ................................................................. 4
3. A evolução da Química Orgânica ..................................................................... 5
4. A Química Orgânica nos dias atuais ................................................................. 7
5. Algumas considerações sobre a análise orgânica ............................................ 8
6. Características do átomo de carbono ............................................................... 12
7. Classificação dos átomos de carbono em uma cadeia ..................................... 15
8. Tipos de cadeia orgânica .................................................................................. 17
9. Fórmula estrutural ............................................................................................. 22
Capítulo 2 HIDROCARBONETOS
1. Introdução ......................................................................................................... 27
2. Alcanos .............................................................................................................. 27
3. Alcenos .............................................................................................................. 45
4. Alcadienos (dienos) ........................................................................................... 50
5. Alcinos ............................................................................................................... 54
6. Ciclanos ............................................................................................................. 57
7. Hidrocarbonetos aromáticos ............................................................................. 59
Capítulo 3 FUNÇÕES ORGÂNICAS OXIGENADAS
1. Introdução ......................................................................................................... 70
2. Álcoois ............................................................................................................... 70
3. Fenóis ............................................................................................................... 82
4. Éteres ................................................................................................................ 85
5. Aldeídos e cetonas ............................................................................................ 87
6. Ácidos carboxílicos............................................................................................. 92
7. Derivados dos ácidos carboxílicos .................................................................... 98
8. Resumo das funções oxigenadas ..................................................................... 102
Capítulo 4 FUNÇÕES ORGÂNICAS NITROGENADAS
1. Introdução ......................................................................................................... 108
2. Aminas .............................................................................................................. 108
3. Amidas .............................................................................................................. 113
65
4. Nitrilas ............................................................................................................... 118
5. Isonitrilas ........................................................................................................... 119
6. Nitrocomostos ................................................................................................... 119
7. Resumo das funções nitrogenadas ................................................................... 120
Capítulo 5 OUTRAS FUNÇÕES ORGÂNICAS
1. Haletos orgânicos .............................................................................................. 126
2. Compostos sulfurados ....................................................................................... 130
3. Compostos heterociclicos ................................................................................. 133
4. Compostos organometálicos ............................................................................. 133
5. Compostos com funções múltiplas .................................................................... 133
6. Compostos com funções mistas........................................................................ 135
7. Esquema geral da nomenclatura orgânica ....................................................... 136
8. Série orgânicas ................................................................................................. 137
Capítulo 6 ESTRUTURA E PROPRIEDADES FÍSICAS DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS
1. Estrutura das moléculas orgânicas ................................................................... 143
2. Estrutura da ligação simples C - C .................................................................... 149
3. Estrutura da ligação dupla C = C ...................................................................... 151
4. Estrutura dos dienos ......................................................................................... 153
5. Estrutura da ligação tripla ................ ................................................................. 155
6. Estrutura dos anéis saturados .......................................................................... 157
7. Estrutura do anel benzênico ............................................................................. 159
8. Ponto de fusão, ponto de ebulição e estado físico dos compostos orgânicos .. 162
9. Solubilidade dos compostos orgânicos ............................................................. 166
10. Densidade dos compostos orgânicos ............................................................... 168
Capítulo 7 ISOMERIA EM QUÍMICA ORGÂNICA
1. Introdução ......................................................................................................... 176
2. Isomeria plana .................................................................................................. 177
3. Isomeria espacial .............................................................................................. 182
4. Isomeria óptica ................................................................................................. 186
Capítulo 8 REAÇÕES DE SUBSTITUIÇÃO
1. Introdução ......................................................................................................... 203
2. Conceito geral de reações de substituição ....................................................... 204
3. Reações de substituição nos alcanos ............................................................... 205
4. Reações de substituição nos hidrocarbonetos aromáticos ............................... 208
5. Reações de substituição nos haletos orgânicos ............................................... 217
Capítulo 9 REAÇÕES DE ADIÇÃO
1. Introdução ......................................................................................................... 224
2. Adições à ligação dupla .................................................................................... 224
3. Adições a ligações duplas conjugadas ............................................................. 229
66
4. Adições à ligação tripla ..................................................................................... 230
5. Reações nos ciclanos ....................................................................................... 231
6. Adições à carbonila ........................................................................................... 234
Capítulo 10 REAÇÕES DE ELIMINAÇÃO
1. Introdução ......................................................................................................... 241
2. Eliminação de átomos ou grupos vizinhos ........................................................ 241
3. Eliminações múltiplas ........................................................................................ 244
4. Eliminação de átomos ou grupos afastados ..................................................... 244
Capítulo 11 O CARÁTER ÁCIDO-BÁSICO NA QUÍMICA ORGÂNICA
1. Introdução ......................................................................................................... 251
2. Ácidos e bases de Arrhenius ............................................................................ 251
3. Ácidos e bases de Bronsted-Lowry ................................................................... 252
4. O caráter ácido na Química Orgânica ............................................................... 254
5. O caráter básico na Química Orgânica ................ ............................................ 263
6. Ácidos e bases de Lewis ................................................................................... 269
Capítulo 12 A OXI-REDUÇÃO NA QUÍMICA ORGÂNICA
1. Introdução ......................................................................................................... 276
2. Oxi-redução em ligações duplas ....................................................................... 279
3. Oxi-redução em ligações triplas ........................................................................ 282
4. Oxidação dos ciclanos ...................................................................................... 283
5. Oxidação dos hidrocarbonetos aromáticos ....................................................... 283
6. Oxi-redução dos álcoois .................................................................................... 284
7. Oxi-redução dos fenóis ..................................................................................... 285
8. Oxidação dos éteres ......................................................................................... 286
9. Oxi-redução dos aldeídos e cetonas ................................................................. 289
10. Oxi-redução dos ácidos carboxílicos ................................................................. 292
11. Oxi-redução dos compostos nitrogenados ........................................................ 294
12. Oxidação extrema - combustão ........................................................................ 294
Capítulo 13 OUTRAS REAÇÕES NA QUÍMICA ORGÂNICA
1. Introdução ......................................................................................................... 301
2. Esterificação e hidrólise de ésteres .................................................................. 301
3. Diminuição e aumento da cadeia carbônica ..................................................... 306
4. Reações dos compostos de Grignard ............................................................... 310
5. Alquilação da amônia ................ ....................................................................... 311
6. Reações de compostos nitrogenados com ácido nitroso .................................. 312
Capítulo 14 GLICÍDIOS
1. Introdução ......................................................................................................... 320
2. Definição dos glicídios ....................................................................................... 320
3. Classificação dos glicídios ................................................................................ 321
67
4. Estrutura das oses ............................................................................................ 322
5. Reações dos glicídios ................ ...................................................................... 323
6. Principais glícidios ............................................................................................. 324
7. Ácidos nucléicos ................................................................................................ 329
Capítulo 15 LIPÍDIOS
1. Introdução ......................................................................................................... 338
2. Glicerídios ......................................................................................................... 339
3. Cerídios ............................................................................................................. 343
4. Química da limpeza. Sabões e detergentes ..................................................... 346
5. Lipídios complexos ............................................................................................ 351
Capítulo 16 AMINOÁCIDOS E PROTEINAS
1. Definição de aminoácidos ................................................................................. 360
2. Classificações dos aminoácidos ....................................................................... 360
3. Reações dos aminoácidos ................................................................................ 361
4. Definição de proteína ........................................................................................ 365
5. Classificação das proteínas .............................................................................. 366
6. Estrutura das proteínas ..................................................................................... 367
7. Hidrólise das proteínas ...................................................................................... 369
8. Ensimas ............................................................................................................. 369
9. Alimentação humana ......................................................................................... 371
Capítulo 17 POLÍMEROS SINTÉTICOS
1. Introdução ......................................................................................................... 378
2. Polímeros de adição .......................................................................................... 379
3. Copolímeros ...................................................................................................... 382
4. Polímeros de condensação ............................................................................... 382
5. Estrutura dos polímeros .................................................................................... 385
6. Os polímeros sintéticos e o cotidiano ............................................................... 390
Respostas ......................................................................................................... 404
Lista de siglas .................................................................................................... 421
Sugestões de leitura para os alunos ................................................................. 424
Museus brasileiros ligados à Ciência ................................................................ 425
Bibliografia ......................................................................................................... 427
68
Sumário do Livro Didático: SARDELLA, A. Química: Série Novo Ensino Médio . São Paulo: Ática, 2003.
VOLUME ÚNICO Parte I Química geral
Módulo 1 Introdução ao estudo da Química ..................................................................... 6
Módulo 2 Propriedades da matéria ................................................................................... 10
Módulo 3 Substâncias e misturas...................................................................................... 14
Módulo 4 Métodos de separação ...................................................................................... 18
Módulo 5 Fenômeno e reação química ............................................................................ 22
Módulo 6 A matéria ........................................................................................................... 26
Módulo 7 Estrutura Atômica .............................................................................................. 30
Módulo 8 Um novo modelo atômico .................................................................................. 34
Módulo 9 Configuração eletrônica .................................................................................... 38
Módulo 10 Classificação Periódica dos elementos ............................................................. 42
Módulo 11 Propriedades dos elementos (I) ........................................................................ 46
Módulo 12 Propriedades dos elementos (II) ....................................................................... 50
Módulo 13 Ligações químicas (I) ........................................................................................ 54
Módulo 14 Ligações químicas (II) ....................................................................................... 58
Módulo 15 Ligações químicas (III) ...................................................................................... 62
Módulo 16 Funções químicas ............................................................................................. 66
Módulo 17 Ácido e base ...................................................................................................... 70
Módulo 18 Sal e óxido ......................................................................................................... 74
Módulo 19 Reações químicas (I) ........................................................................................ 78
Módulo 20 Reações químicas (II) ....................................................................................... 82
Módulo 21 Balanceamento.................................................................................................. 86
Módulo 22 Ocorrência de reações ...................................................................................... 90
Módulo 23 Quantidades e medidas (I) ................................................................................ 94
Módulo 24 Quantidades e medidas (II) ............................................................................... 98
Módulo 25 Estado gasoso (I) ............................................................................................. 102
Módulo 26 Estado gasoso (II) ............................................................................................. 108
Módulo 27 Estado gasoso (III) ........................................................................................... 112
Módulo 28 Cálculos químicos (I) ......................................................................................... 116
Módulo 29 Cálculos químicos (II) ........................................................................................ 120
Módulo 30 Cálculos químicos (III) ....................................................................................... 124
Parte II Físico-química
Módulo 31 Soluções (I) ....................................................................................................... 128
Módulo 32 Soluções (II) ...................................................................................................... 132
Módulo 33 Soluções (III) ..................................................................................................... 136
Módulo 34 Propriedades coligativas (I) ............................................................................... 140
Módulo 35 Propriedades coligativas (II) .............................................................................. 144
Módulo 36 Propriedades coligativas (III) ............................................................................. 148
Módulo 37 Termoquímica (I) ............................................................................................... 152
69
Módulo 38 Termoquímica (II) .............................................................................................. 156
Módulo 39 Termoquímica (III) ............................................................................................. 160
Módulo 40 Termoquímica (IV) ............................................................................................. 164
Módulo 41 Cinética química (I) ........................................................................................... 168
Módulo 42 Cinética química (II) .......................................................................................... 172
Módulo 43 Cinética química (III) ......................................................................................... 176
Módulo 44 Cinética química (IV) ......................................................................................... 180
Módulo 45 Equilíbrio químico (I) ......................................................................................... 184
Módulo 46 Equilíbrio químico (II) ........................................................................................ 188
Módulo 47 Equilíbrio químico (III) ....................................................................................... 192
Módulo 48 Equilíbrio químico (IV) ....................................................................................... 196
Módulo 49 Equilíbrio químico (V) ........................................................................................ 200
Módulo 50 Eletroquímica (I) ................................................................................................ 204
Módulo 51 Eletroquímica (II) ............................................................................................... 208
Módulo 52 Eletroquímica (III) .............................................................................................. 212
Módulo 53 Eletroquímica (IV) .............................................................................................. 216
Parte III Radiatividade e Química orgânica
Módulo 54 Radiatividade (I) ................................................................................................ 220
Módulo 55 Radiatividade (II) ............................................................................................... 224
Módulo 56 Radiatividade (III) .............................................................................................. 228
Módulo 57 Introdução à Química orgânica (I) ..................................................................... 232
Módulo 58 Introdução à Química orgânica (II) .................................................................... 236
Módulo 59 Introdução à Química orgânica (III) ................................................................... 240
Módulo 60 Funções Orgânicas (I) ....................................................................................... 244
Módulo 61 Funções Orgânicas (II) ...................................................................................... 248
Módulo 62 Funções Orgânicas (III) ..................................................................................... 252
Módulo 63 Funções Orgânicas (IV) .................................................................................... 256
Módulo 64 Funções Orgânicas (V) ..................................................................................... 260
Módulo 65 Funções Orgânicas (VI) .................................................................................... 264
Módulo 66 Funções Orgânicas (VII) ................................................................................... 268
Módulo 67 Isomeria I ........................................................................................................... 272
Módulo 68 Isomeria II .......................................................................................................... 276
Módulo 69 Reações Orgânicas (I) ...................................................................................... 280
Módulo 70 Reações Orgânicas (I) ...................................................................................... 284
Módulo 71 Reações Orgânicas (III) .................................................................................... 288
Módulo 72 Reações Orgânicas (IV) .................................................................................... 292
Módulo 73 Reações Orgânicas (V) ..................................................................................... 296
Módulo 74 Compostos orgânicos naturais (I) ..................................................................... 300
Módulo 75 Compostos orgânicos naturais (II) .................................................................... 304
Módulo 76 Compostos orgânicos naturais (III) ................................................................... 310
Módulo 77 Polímeros .......................................................................................................... 314
Prova do ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio 2002 ............................. 318
70
Sumário do Livro Didático: SANTOS, W. L. P. dos & MÓL, G. de S. (coord.). Química & Sociedade . São Paulo: Nova Geração, 2005.
VOLUME ÚNICO Unidade 1 A CIENCIA, OS MATERIAIS E O LIXO
Capítulo 1 Química, tecnologia e sociedade 9
Lixo: material que se joga fora? ........................................................................ 9
Da alquimia à Química ...................................................................................... 14
Conhecimento científico .................................................................................... 17
Ciência, tecnologia e sociedade ....................................................................... 21
A química na sociedade .................................................................................... 23
Transformações química .................................................................................. 25
Capítulo 2 IDENTIFICAÇÃO DE MATERIAIS E SUBSTÂNCIAS
Propriedades das substâncias .......................................................................... 30
Densidade ........................................................................................................ 32
Um bebê = 25 toneladas de lixo ....................................................................... 35
Temperatura de fusão e de ebulição ................................................................ 36
Solubilidade ...................................................................................................... 43
Identificação das substâncias ........................................................................... 45
Lixo de todo tipo ................................................................................................ 48
Materiais e substâncias ..................................................................................... 49
Capítulo 3 MATERIAIS E SUBSTÂNCIAS: SEPARAÇÃO, CONSTITUIÇÃO E SIMBOLOGIA
Tratamento do lixo ............................................................................................. 25
Separação de misturas ..................................................................................... 55
Métodos de separação ..................................................................................... 56
Constituição das substâncias ............................................................................ 64
Discutindo possíveis soluções para o problema do lixo .................................... 74
Sugestões para implantação de programas de coleta seletiva em escolas ..... 78
Exercícios de revisão ........................................................................................ 80
Unidade 2 MODELOS DE PARTÍCULAS E POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
Capítulo 4 O QUÍMICO E SUAS ATIVIDADES
Poluição e desenvolvimento ............................................................................. 87
A química, o químico e suas atividades ............................................................ 91
Medidas ............................................................................................................. 94
Sujeira no ar ...................................................................................................... 97
Capítulo 5 ESTUDO DOS GASES
Visibilidade zero ................................................................................................ 104
As grandezas do estado gasoso ....................................................................... 107
71
Propriedades dos gases ................................................................................... 112
Efeito estufa e aquecimento global ................................................................... 120
Lei dos gases .................................................................................................... 123
Lei geral dos gases ........................................................................................... 127
Gases reais e ideais .......................................................................................... 128
Teoria cinética dos gases .................................................................................. 129
Capítulo 6 MODELOS ATÔMICOS
Camada de ozônio: quem a protegerá? ............................................................ 132
Modelos e teorias .............................................................................................. 136
Teorias filosóficas sobre a natureza da matéria ............................................... 138
Modelo atômico de Dalton ................................................................................. 139
Modelo atômico de Thomson ............................................................................ 140
Radioatividade e o átomo ................................................................................. 142
Modelo atômico de Rutherford .......................................................................... 143
UV: a radiação que vem do sol ......................................................................... 148
O átomo e suas partículas ................................................................................ 150
O universo eletrônico dos átomos ..................................................................... 153
Exercícios de revisão ........................................................................................ 160
Unidade 3 ELEMENTOS, INTERAÇÕES E AGRICULTURA
Capítulo 7 CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS QUÍMICOS
Química e agricultura ........................................................................................ 169
Elementos químicos .......................................................................................... 172
Breve histórico da classificação dos elementos ................................................ 176
A classificação moderna dos elementos químicos ........................................... 179
Os elementos químicos e os vegetais .............................................................. 184
A lei periódica ................................................................................................... 186
Capítulo 8 SUBSTÂNCIAS IÔNICAS
O chão que nos alimenta .................................................................................. 190
A combinação dos átomos ................................................................................ 192
Íons e a condução de eletricidade .................................................................... 194
Formação de íon ............................................................................................... 197
Regra do octeto ................................................................................................. 198
Sais ................................................................................................................... 199
Representação das substâncias iônicas ........................................................... 202
Propriedades dos sais ....................................................................................... 204
Óxidos iônicos ................................................................................................... 206
Capítulo 9 SUBSTÂNCIS MOLECULARES
Agrotóxico ......................................................................................................... 208
Ligação covalente ............................................................................................. 212
72
Tipos de ligação covalente ................................................................................ 213
Molécula ............................................................................................................ 216
A polêmica dos transgênicos ............................................................................ 222
Substâncias orgânicas ...................................................................................... 224
Modelos geométricos ........................................................................................ 226
Polaridade das moléculas ................................................................................. 230
Forças intermoleculares .................................................................................... 236
Agricultura e desenvolvimento sustentável ....................................................... 241
Exercícios de fixação ........................................................................................ 244
Unidade 4 CÁLCULOS, SOLUÇÕES E ESTÉTICA
Capítulo 10 UNIDADES UTILIZADAS PELO QUÍMICO
O eterno ideal de beleza ................................................................................... 251
Grandezas físicas .............................................................................................. 253
Numerosidade ................................................................................................... 254
Quantidade de energia ...................................................................................... 257
A obesidade e a imagem do espelho ................................................................ 259
Constante de Avogadro .................................................................................... 262
Massa atômica, molecular e molar .................................................................... 265
Anabolizantes: beleza e força enganosas ........................................................ 270
Conversões no cálculo estequiométrico ........................................................... 272
Capítulo 11 CÁLCULOS QUÍMICOS
Limpeza na medida certa .................................................................................. 274
As leis das reações químicas ............................................................................ 276
Balanceamento de equação química ................................................................ 280
A química dos sabões e detergentes ................................................................ 285
Estequiometria .................................................................................................. 290
Cosméticos enganadores ................................................................................. 299
Rendimento das reações .................................................................................. 300
Capítulo 12 MATERIAIS: CLASSIFICAÇÃO, CONCENTRAÇÃO E COMPOSIÇÃO
Cuidados com os produtos químicos domésticos ............................................. 304
Soluções, colóides e agregados ....................................................................... 306
A química da pele .............................................................................................. 311
Concentração .................................................................................................... 313
Composição ...................................................................................................... 314
Diluição de soluções ......................................................................................... 320
A ética da beleza ............................................................................................... 323
Exercícios de revisão ........................................................................................ 326
Unidade 5 TERMOQUÍMICA, CINÉTICA E RECURSOS ENERGÉTICOS
73
Capítulo 13 PETRÓLEO E HIDROCARBONETOS
O petróleo como combustível ............................................................................ 333
Petróleo e química orgânica ............................................................................. 336
Propriedades dos átomos de carbono .............................................................. 340
Cadeias carbônicas ........................................................................................... 341
Petróleo e suas aplicações ............................................................................... 344
Hidrocarbonetos ................................................................................................ 347
Nomenclatura dos hidrocarbonetos .................................................................. 348
Benzeno ............................................................................................................ 353
Capítulo 14 REAÇÕES DE COMBUSTÃO E TERMOQUÍMICA
Combustíveis e energia ..................................................................................... 358
Equilíbrio térmico ............................................................................................... 360
Variação de energia em reações químicas ....................................................... 368
Entalpia ............................................................................................................. 370
Energia de ligação ............................................................................................. 373
Lei de Hess ....................................................................................................... 376
Leis da Termodinâmica ..................................................................................... 378
Entropia ............................................................................................................. 384
Energia livre ...................................................................................................... 386
Capítulo 15 CINÉTICA QUÍMICA
Combustão ........................................................................................................ 388
Cinética química ................................................................................................ 391
Teoria das colisões ........................................................................................... 392
Combustíveis e ambiente .................................................................................. 399
Mecanismos de reação ..................................................................................... 401
Energia alternativa ............................................................................................ 407
Exercícios de revisão ........................................................................................ 412
Unidade 6 EQUILÍBRIO QUÍMICO E ÁGUA
Capítulo 16 PROPRIEDADES DA ÁGUA E PROPRIEDADES COLIGATIVAS
Planeta Terra ou Planeta Água? ....................................................................... 419
Propriedades da água ....................................................................................... 422
Água e solubilidade dos materiais .................................................................... 425
Propriedades coligativas ................................................................................... 431
Capítulo 17 ÁCIDOS E BASES
Poluição das águas ........................................................................................... 442
Ácidos e bases .................................................................................................. 446
Os rios sem vida ................................................................................................ 453
As teorias de ácidos e bases ............................................................................ 455
74
Chuva ácida ...................................................................................................... 458
A neutralização de ácidos e bases ................................................................... 461
Nomenclatura de ácidos, bases e sais ............................................................. 463
Capítulo 18 EQUILÍBRIO QUÍMICO
Saneamento básico ........................................................................................... 468
Reações químicas e reversibilidade ................................................................. 470
Sistemas químicos reversíveis .......................................................................... 471
Equilíbrio químico .............................................................................................. 472
Alterações do estado de equilíbrio .................................................................... 477
Princípio de Lê Chatelier ................................................................................... 482
Aspectos quantitativos de equilíbrios químicos ................................................ 486
Água para todos ................................................................................................ 495
Exercícios de revisão ........................................................................................ 498
Unidade 7 A QUÍMICA EM NOSSAS VIDAS
Capítulo 19 ALIMENTOS E FUNÇÕES ORGÂNICAS
Alimentos ........................................................................................................... 505
A química e os alimentos .................................................................................. 508
Classificação química de substâncias orgânicas .............................................. 509
Carboidratos ...................................................................................................... 512
Álcoois ............................................................................................................... 513
Fenóis ................................................................................................................ 514
Aldeídos e cetonas ............................................................................................ 515
Éteres ................................................................................................................ 516
Isomeria ............................................................................................................. 518
Lipídios .............................................................................................................. 519
Ácidos carboxílicos ............................................................................................ 521
Ésteres .............................................................................................................. 522
Proteínas ........................................................................................................... 523
Aminas e amidas ............................................................................................... 525
A informação e a dieta nossa de cada dia ........................................................ 528
Processos de conservação de alimentos .......................................................... 532
Aditivos químicos .............................................................................................. 534
Capítulo 20 SAÚDE E NOMENCLATURA ORGÂNICA
A química ainda busca o elixir da longa vida? .................................................. 538
Os fármacos ...................................................................................................... 540
Nomenclatura de substâncias orgânicas: regra gerais ..................................... 544
Saúde: riscos e alternativas .............................................................................. 548
A ação dos fármacos em nosso organismo ...................................................... 552
Medicamento genérico: questão de economia! ................................................ 555
75
Nomenclatura de substâncias orgânicas .......................................................... 556
As drogas que matam ....................................................................................... 559
Venenos: o risco está ao nosso lado! ............................................................... 561
Capítulo 21 POLÍMEROS E PROPRIEDADES DAS SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS
Os plásticos e o ambiente ................................................................................. 564
Plásticos e polímeros ........................................................................................ 566
Propriedades dos polímeros ............................................................................. 568
Propriedades das substâncias orgânicas ......................................................... 572
Acidez e basicidade de substâncias orgânicas ................................................ 577
Reações de polimerização................................................................................. 579
Uso de plásticos ................................................................................................ 582
O mundo dos plásticos ...................................................................................... 584
A revolução das fibras ....................................................................................... 586
Borrachas .......................................................................................................... 587
Capítulo 22 INDÚSTRIA QUÍMICA E SÍNTES ORGÂNICA
Indústria química e desenvolvimento social....................................................... 590
Instalação de uma indústria química ................................................................. 594
Síntese orgânica: alterando as estruturas das moléculas ................................ 595
O químico e as indústrias químicas .................................................................. 602
Síntese orgânica: alterando os grupos funcionais das moléculas .................... 603
Indústrias químicas, ambiente e cidadania ....................................................... 610
Exercícios de revisão ........................................................................................ 614
Unidade 8 METAIS, PILHAS E BATERIAS
Capítulo 23 LIGAÇÃO METÁLICA E ÓXIDO-REDUÇÃO
Metais: materiais do nosso dia-a-dia ................................................................. 623
Propriedades dos metais ................................................................................... 626
Ligação metálica ............................................................................................... 631
Ligas metálicas .................................................................................................. 634
Óxido-redução ................................................................................................... 636
Número de oxidação ......................................................................................... 637
Metalurgia e siderurgia ...................................................................................... 641
Balanceamento de equações de reações de óxido-redução ............................ 645
Capítulo 24 PILHAS E ELETRÓLISE
Óxido-redução entre metais .............................................................................. 648
A pilha de Daniell .............................................................................................. 651
Potencial-padrão de redução ............................................................................ 653
Potencial elétrico de pilhas ............................................................................... 654
Descarte de pilhas e baterias ............................................................................ 658
Tipos de pilhas e baterias ................................................................................. 662
76
Eletrólise ............................................................................................................ 666
Aspectos quantitativos da eletrólise .................................................................. 671
Metais, sociedade e ambiente .......................................................................... 675
Exercícios de revisão ........................................................................................ 678
Unidade 9 ÁTOMO, RADIOATIVIDADE E ENERGIA NUCLEAR
Capítulo 25 ESTRUTURA ELETRÔNICA DO ÁTOMO
Radioatividade e quântica ................................................................................. 683
A visão clássica do mundo físico ...................................................................... 686
Modelo quântico para o átomo.......................................................................... 691
A configuração eletrônica e tabela periódica .................................................... 698
As ligações químicas e o modelo quântico ....................................................... 698
O desastre da desinformação radioativa .......................................................... 700
Capítulo 26 ESTABILIDADE NUCLEAR, RADIOATIVIDADE E ENERGIA NUCLEAR
Radioatividade e energia nuclear 702
A descoberta da radioatividade 705
Emissões nucleares 706
Radioatividade e estrutura do átomo 709
Transformações nucleares – radioatividade 709
Cinética da desintegração radioativa 711
Efeitos da radiação no corpo humano 712
Aplicações de materiais radioativos 712
Transformações nucleares – transmutações dos elementos 718
Fissão nuclear 719
Fusão nuclear 719
Usinas nucleares 720
Bombas atômicas 722
Lixo nuclear 723
Radioatividade: mocinha ou vilâ? 726
Exercícios de revisão 728
Gabarito 732
É bom ler 737
Para navegar na internet 738
Glossário 739
Bibliografia básica consultada 742
Tabela periódica 743
Segurança no laboratório 744
77
ANEXO II Questionários aplicados a professores e alunos do Ensino Médio do Colégio Estadual José Rocha, localizado em Igaporã, Estado da Bahia. Foi preparado um questionário respondido por 6 professores que ministram aulas de química e que continham questões sobre a prática docente, dificuldades pedagógicas e opiniões pessoais sobre o ensino de química. Foi preparado também um outro questionário respondido por 60 alunos do Ensino Médio, contendo perguntas discursivas envolvendo aspectos sociais e escolares, sendo o questionário aplicado pelo próprio professor de química. Questionário aplicado ao Professor: 1ª questão: Qual o seu nível de escolaridade? 2ª questão: Como professor, qual a sua carga horária? 3ª questão: Como é a disponibilidade do seu tempo para preparação de aulas e material de apoio? 4ª questão: A escola possui laboratório de química? E você realiza aulas práticas? 5ª questão: Quais as dificuldades encontradas com o conteúdo da disciplina? 6ª questão: Que materiais normalmente utiliza durante a aula? 7ª questão: Quais as estratégias de avaliação utilizadas? Questionário aplicado ao Aluno: 1ª questão: "Você gosta de estudar química? Por quê?" 2ª questão: "Você conhece alguém que trabalhe com química? Quem? O que faz esta pessoa?" 3ª questão: "Você vai precisar de química na sua futura profissão? Em que área você pretende trabalhar?" 4ª questão: "Na sua opinião, o que o químico faz?" 5ª questão: "Você acha que a química é importante na sua vida pessoal? Dê três exemplos onde a química está presente no seu cotidiano." 6ª questão: "O que os seus amigos da escola comentam sobre as aulas de química? Você concorda com a opinião deles?"
78
7ª questão: "Qual o grau de influência dos fatores a seguir no ensino de química: professor, matemática, seu interesse pela matéria, forma como a matéria é apresentada." 8ª questão: "Você acha que é importante que as pessoas estudem química?" 9ª questão: "Você tem alguma sugestão para melhorar o ensino de química?"