faculdade meridional imed escola de administraÇÃo … becker (protegida).pdf · escola de...

123
FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO Alessandro Becker Análise das relações entre empreendedorismo, inovação e sustentabilidade ambiental na percepção de alunos do ensino superior Passo Fundo 2017

Upload: others

Post on 02-Aug-2020

5 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

FACULDADE MERIDIONAL – IMED

ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

Alessandro Becker

Análise das relações entre empreendedorismo, inovação e

sustentabilidade ambiental na percepção de alunos do ensino

superior

Passo Fundo

2017

Page 2: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

Alessandro Becker

Análise das relações entre empreendedorismo, inovação e

sustentabilidade ambiental na percepção de alunos do ensino

superior

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Administração da Escola de

Administração da Faculdade Meridional –

IMED, como requisito para a obtenção do grau

de Mestre em Administração sob a orientação

da Profa. Dra. Eliana Andréa Severo.

Passo Fundo

2017

Page 3: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO
Page 4: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

CIP – Catalogação na Publicação

B395a Becker, Alessandro

Análise das relações entre empreendedorismo, inovação e sustentabilidade

ambiental na percepção de alunos do ensino superior / Alessandro Becker. – 2017.

127 f.: il.; 30 cm.

Dissertação (Mestrado em Administração) – Faculdade IMED, Passo Fundo, 2017.

Orientador: Profa. Dra. Eliana Andréa Severo.

1. Empreendedorismo. 2. Inovação. 3. Meio ambiente – Sustentabilidade. I.

Severo, Eliana Andréa, orientador. II. Título.

CDU: 658.016

Catalogação: Bibliotecária Angela Saadi Machado - CRB 10/1857

Page 5: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

RESUMO

O empreendedorismo é uma das possibilidades para o desenvolvimento de uma região, país e

uma das principais alternativas para geração de empregos e oportunidades. O ensino de

empreendedorismo é crescente como disciplina nas Instituições de Ensino Superior (IES) e

pode oportunizar uma alternativa de carreira para alunos de graduação e pós-graduação. O

ensino de inovação e de sustentabilidade ambiental completam um perfil orientado para

empreender em um negócio próprio, bem como uma nova visão na atuação dentro de empresas

no papel de funcionário. O tema educação empreendedora vem sendo discutido, debatido,

analisado e pesquisado por diversos atores sociais, tais como o Serviço Brasileiro de Apoio às

Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), Endeavor, Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), bem como nas IES. Mais do que preparar alunos para abertura de negócios

é necessário também oportunizar o desenvolvimento de profissionais que possam melhorar o

desempenho das empresas, por meio da implantação de novos modelos de negócios, produtos

e processos, bem como preparar futuras gerações com visão e atuação em termos de

sustentabilidade ambiental. Nesse contexto, essa Dissertação tem como objetivo analisar as

relações entre Empreendedorismo, Ensino de Inovação e Ensino de Sustentabilidade Ambiental

na percepção de alunos do ensino superior. A metodologia utilizada tratou-se de uma pesquisa

de caráter quantitativo e descritivo, por meio de uma survey, em uma amostra de 502 alunos da

graduação e pós-graduação. Para análise e interpretação dos dados utilizou-se a Modelagem de

Equações Estruturais. Os resultados encontrados confirmam que o Ensino de Inovação, bem

como o Ensino de Sustentabilidade Ambiental estão relacionados positivamente com o

Empreendedorismo na percepção dos alunos. Destaca-se que a disciplina de

inovação/empreendedorismo modera a relação entre Ensino de Inovação e Empreendedorismo

e também a relação entre Ensino de Sustentabilidade Ambiental e Empreendedorismo. Além

disso, ficou demonstrado que a disciplina de sustentabilidade ambiental modera a relação entre

Ensino de Inovação e Empreendedorismo. Nesse contexto, os resultados ressaltam a relevância

da temática de empreendedorismo, inovação e sustentabilidade ambiental no currículo do

ensino superior, pois trazem aos alunos a possibilidade de empreenderem na sua carreira, bem

como o desenvolvimento de conhecimentos.

Palavras-chave: Empreendedorismo. Inovação. Sustentabilidade ambiental. Instituição de

ensino superior.

Page 6: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

ABSTRACT

The entrepreneurship is one of the possibilities for the development of a region or country and

it's one of the main alternatives for job creation and opportunities. The teaching of

entrepreneurship is growing as a subject in higher education institutions (Instituições de Ensino

Superior – IES) and it may offer a career alternative for students of both graduation and post-

graduation. The teaching of innovation and environmental sustainability complete a profile

aiming the undertaking of a business of their own, as well as giving the students a new vision

on the operations inside companies when they play the role of the employee. The

entrepreneurial education theme has been discussed, debated, analyzed and researched by many

social actors, such as Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE),

Endeavor, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), and also in the colleges. More

than preparing students for business undertaking, educational institutions also need to make

available the development of professionals that may improve companies' performances through

the implementations of new business models, products and processes, as well as preparing

future generations with vision and action in terms of environmental sustainability. In this

context, this work aims to analyze the relations amongst the teaching of Entrepreneurship,

Innovation and Environmental Sustainability in the perception of college students, both from

graduation and post-graduation studies. The methodology used was a quantitative and

descriptive research, performed by a survey that was applied in a sample of 502 underdraduate

and graduate students. The analysis and interpretation of the data used the Modeling of

Structural Equations. The results found confirm that the teaching of Innovation and

Environmental Sustainability are positively related to the Entrepreneurship teaching in the

students perception. We highlight the fact that the subject of innovation/entrepreneurship

moderates the relation between Innovation Teaching and Entrepreneurship and also the relation

between Environmental Sustainability and Entrepreneurship. Besides that, it was shown that

the subject of Environmental Sustainability moderates the relation between Innovation

Teaching and Entrepreneurship. In this context, the results bounce the relevance of the

entrepreneurship, innovation and environmental sustainability theme in the higher education

curriculum, because they bring to the students the possibility of endeavoring in their careers

and developing their knowledge.

Keywords: Entrepreneurship. Innovation. Environmental sustainability. Higher education

institution.

Page 7: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Processo de metodologia da pesquisa na base de dados Scopus ............................. 24

Figura 2 - Resultados do levantamento na base de dados Scopus ............................................ 24

Figura 3 - Artigos mais citados com a palavra-chave innovation ............................................ 25

Figura 4 - Artigos mais recentes com a palavra-chave innovation .......................................... 26

Figura 5 - Artigos mais citados com a palavra-chave teaching of innovation ......................... 27

Figura 6 - Artigos mais recentes com a palavra-chave teaching of innovation ........................ 28

Figura 7 - Artigos mais citados com a palavra-chave environmental sustainability ................ 29

Figura 8 - Artigos mais recentes com a palavra-chave environmental sustainability .............. 30

Figura 9 - Artigos mais citados com a palavra-chave teaching of environmental sustainability

.................................................................................................................................................. 31

Figura 10 - Artigos mais recentes com a palavra-chave teaching of environmental sustainability

.................................................................................................................................................. 32

Figura 11 - Artigos mais citados com a palavra-chave entrepreneurship................................. 33

Figura 12 - Artigos mais recentes com a palavra-chave entrepreneurship ............................... 34

Figura 13 - Artigos mais citados com a palavra-chave teaching of entrepreneurship .............. 35

Figura 14 - Artigos mais recentes com a palavra-chave teaching of entrepreneurship ............ 36

Figura 15 - Modelo teórico e de hipóteses ............................................................................... 57

Figura 16 - Sequência metodológica da pesquisa ..................................................................... 59

Figura 17 - Modelo de análise das relações entre empreendedorismo, inovação e

sustentabilidade ambiental ........................................................................................................ 59

Figura 18 - Objetivo, variáveis observáveis e construtos ......................................................... 62

Figura 19 - Índices de avaliação e ajuste do modelo ................................................................ 67

Figura 22 - Síntese dos elementos da pesquisa....................................................................... 120

Page 8: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Distribuição das instituições de ensino .................................................................. 69

Gráfico 2 - Distribuição dos níveis de ensino........................................................................... 69

Gráfico 3 - Distribuição dos cursos .......................................................................................... 70

Gráfico 4 - Distribuição da idade ............................................................................................. 71

Gráfico 5 - Distribuição do semestre ........................................................................................ 71

Gráfico 6 - Distribuição da renda familiar................................................................................ 72

Page 9: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Método de extração de componentes principais (AFE) .......................................... 74

Tabela 2 - Método de extração de componentes principais, rotação Varimax com normalização

Kaiser ........................................................................................................................................ 75

Tabela 3 - Resultado do KMO e do Teste de Barlett................................................................ 75

Tabela 4 - Estrutura fatorial ...................................................................................................... 77

Tabela 5 - Comunalidades das variáveis .................................................................................. 78

Tabela 6 - Variância média extraída e variância compartilhada .............................................. 79

Tabela 7 - Confiabilidade composta de todas as variáveis observáveis ................................... 80

Tabela 8 - Correlação de Pearson ............................................................................................. 81

Tabela 9 - Análise fatorial intrabloco – construto Ensino de Inovação ................................... 82

Tabela 10 - Análise fatorial intrabloco – construto Empreendedorismo .................................. 83

Tabela 11 - Análise fatorial intrabloco – construto Ensino de Sustentabilidade Ambiental .... 84

Tabela 12 - Análise descritiva dos cursos ................................................................................ 85

Tabela 13 - ANOVA dos construtos em relação aos cursos ..................................................... 86

Tabela 14 - Análise descritiva do nível de ensino .................................................................... 87

Tabela 15 - ANOVA dos construtos em relação ao nível de ensino ........................................ 87

Tabela 16 - Análise descritiva do tipo de IES .......................................................................... 88

Tabela 17 - ANOVA dos construtos em relação ao tipo de IES .............................................. 88

Tabela 18 - Análise descritiva da renda.................................................................................... 89

Tabela 19 - ANOVA dos construtos em relação à renda ......................................................... 90

Tabela 20 - Análise descritiva da disciplina específica de sustentabilidade ambiental............ 91

Tabela 21 - ANOVA dos construtos em relação a disciplina específica de sustentabilidade

ambiental .................................................................................................................................. 92

Tabela 22 - Análise descritiva da disciplina específica de inovação/empreendedorismo ........ 93

Tabela 23 - ANOVA dos construtos em relação a disciplina específica de

inovação/empreendedorismo .................................................................................................... 94

Tabela 24 - Análise da moderação da disciplina específica de inovação/empreendedorismo . 94

Tabela 25 - Análise da moderação da disciplina específica de sustentabilidade ambiental ..... 94

Tabela 26 - Análise da moderação do curso de Administração ............................................... 95

Tabela 27 - Análise da moderação do curso de Engenharia Civil ............................................ 95

Tabela 28 - Análise da moderação do curso de Sistemas de Informações ............................... 95

Page 10: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

Tabela 29 - Teste de hipótese do modelo integrado com coeficiente não-padronizado ........... 98

Tabela 30 - Teste de hipótese do modelo integrado com coeficiente padronizado .................. 98

Tabela 31 - Índices de ajuste do modelo teórico ...................................................................... 99

Tabela 32 - Hipóteses da pesquisa ............................................................................................ 99

Page 11: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

LISTA DE SIGLAS

AFC - Análise Fatorial Combinatória

AFE - Análise Fatorial Exploratória

ANOVA - Análise de variância

EM - Empreendedorismo

GEM - Global Entrepreneurship Monitor

GL - Graus de Liberdade

GUESSS - Global University Entrepreneurial Spirit Student’s Survey

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IES - Instituições de Ensino Superior

IN - Inovação

KMO - Kaiser, Meyer e Olkin

MBA - Master Business Administration

MEE - Modelagem de Equações Estruturais

MLE - Maximum Likelihood Estimation

P&D - Pesquisa e Desenvolvimento

RH - Recursos Humanos

RS - Rio Grande do Sul

SA - Sustentabilidade Ambiental

SE - Standardized Estimates

SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

SGA - Sistema de Gestão Ambiental

TI - Tecnologia da Informação

TIC - Tecnologia da Informação e Comunicação

UE - Unstandartized Estimates

UTI - Unidade de Terapia Intensiva

VC - Validade Convergente

VD - Validade Discriminante

VME - Variância Média Extraída

Page 12: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 14

1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA ............................................................................................. 16

1.2 PROBLEMATIZAÇÃO ..................................................................................................... 16

1.3 OBJETIVOS DO ESTUDO ............................................................................................... 18

1.3.1 Objetivo geral ................................................................................................................. 18

1.3.2 Objetivos específicos ...................................................................................................... 18

1.3.3 Hipóteses da pesquisa .................................................................................................... 19

1.4 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 20

2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 23

2.1 INOVAÇÃO ....................................................................................................................... 39

2.1.1 Ensino de inovação ........................................................................................................ 42

2.2 SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL ............................................................................ 44

2.2.1 Ensino de sustentabilidade ambiental ......................................................................... 47

2.3 EMPREENDEDORISMO .................................................................................................. 50

2.3.1 Ensino de empreendedorismo ...................................................................................... 53

3 METODOLOGIA DA PESQUISA .................................................................................... 58

3.1 POPULAÇÃO E AMOSTRA ............................................................................................ 60

3.2 COLETA DE DADOS ....................................................................................................... 60

3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS .............................................................. 63

3.3.1 Estágio 1 - Desenvolvimento do modelo teórico .......................................................... 63

3.3.2 Estágio 2 - Construção de diagrama de caminhos de relações causais ..................... 65

3.3.3 Estágio 3 - Conversão do diagrama de caminhos em um conjunto de modelos

estrutural e de mensuração .................................................................................................... 65

3.3.4 Estágio 4 - Escolha do tipo de matriz de entrada e estimação do modelo teórico ... 65

3.3.5 Estágio 5 - Avaliação da identificação do modelo estrutural .................................... 66

3.3.6 Estágio 6 - Avaliação de critérios de qualidade de ajuste .......................................... 66

Page 13: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

3.3.7 Estágio 7 - Interpretação e modificação do modelo ................................................... 66

4 RESULTADOS .................................................................................................................... 68

4.1 ANÁLISE DESCRITIVA DA AMOSTRA ....................................................................... 68

4.2 ANÁLISE DO MODELO INTEGRADO .......................................................................... 73

4.2.1 Análise fatorial entre blocos ......................................................................................... 73

4.2.2 Análise fatorial intrablocos ........................................................................................... 82

4.2.3 Análise de variância e variáveis moderadoras ............................................................ 84

4.2.4 Análise do modelo integrado teórico ............................................................................ 96

5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ................................................................................. 100

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 102

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 105

APÊNDICE A ........................................................................................................................ 119

APÊNDICE B ......................................................................................................................... 121

Page 14: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

14

1 INTRODUÇÃO

O empreendedorismo tem um papel fundamental para organizações e países e influencia

a economia mundial. Coerentemente, movimenta recursos humanos, físicos e financeiros,

apresentando relevância na geração de empregos e, por conseguinte, na movimentação dos

negócios.

O ensino de empreendedorismo, inovação e sustentabilidade ambiental pode contribuir

no processo de formação do perfil empreendedor, influenciando a abertura de empresas e

possibilitando uma melhoria de gestão na atuação organizacional.

Na literatura específica, Schumpeter (1934) aborda questões importantes tanto para o

empreendedorismo quanto para a inovação. Segundo o autor, o empresário inovador é um

agente econômico que leva ao mercado novos produtos, associando eficientemente fatores de

produção ou disponibilizando alguma inovação tecnológica.

Nesse contexto, Leonard-Barton (1992), Teece, Pisano e Schuen (1997) e Venkatesh et

al. (2003) ressaltam a importância da inovação, em um contexto que envolve desde o processo

de identificação de oportunidades até o aproveitamento das capacidades instaladas na empresa

e a probabilidade de sucesso da introdução de novas tecnologias.

A inovação é reconhecida como um componente crucial do ensino de ciência para

renovação (SPYRTOU et al., 2016), e as mudanças pedagógicas e metodológicas relacionadas

ao uso de novas tecnologias nas escolas envolvem métodos de ensino inovadores, seja porque

essas tecnologias modificam os métodos de ensino, seja porque elas os apoiam (VAZQUEZ-

CUPEIRO; LOPEZ-PENEDO, 2016).

O ensino de inovação torna-se relevante para o aproveitamento de oportunidades, e,

segundo Martin-blas e Serrano-Fernandez (2009), as novas tecnologias têm um papel

importante no processo de aprendizagem, aproveitando a evolução dos ambientes virtuais de

aprendizagem e o compartilhamento de informações. Coerentemente, as novas tecnologias da

informação e da comunicação proporcionam a educadores e alunos um ambiente de

aprendizagem inovador para estimular e melhorar o processo de ensino e aprendizagem

(LOPEZ-PEREZ; PEREZ-LOPEZ; RODRIGUEZ-ARIZA, 2011).

O empreendedorismo cresceu significativamente na última década, por meio de novas

formas de economias emergentes e, com isso, torna-se necessário o ensino para o empreendedor

inovar de alguma forma (GARCIA; LELES; ROMANO, 2017). Para Miller (1983) e Shane

(2000), o empreendedorismo envolve o descobrimento de oportunidades e, nesse cenário, os

Page 15: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

15

principais determinantes são o pioneirismo, a inovação e a decisão de correr riscos para explorar

novas tecnologias.

O ensino de empreendedorismo envolve questões de comportamento empreendedor

(FAYOLLE, 2005), percepções dos alunos quanto à profissão e aos efeitos da abordagem

pedagógica (DABBAGH; MENASCE, 2006), atitudes e resultados da educação (DUVAL-

COUETIL; REED-RHOADS; HAGHIGHI, 2012), e a capacidade das escolas no

preenchimento de lacunas de conhecimento limitadas pelas estruturas institucionais (WRIGHT

et al., 2019).

Nesse cenário, a sustentabilidade ambiental deve estar atrelada ao empreendedorismo e

à inovação. A temática ganhou importância em eventos promovidos pela Organização das

Nações Unidas no século XX, ocorrendo mais intensificadamente nas décadas de 1970 e 1980,

quando as empresas sentiram-se afetadas pelos problemas ambientais (SEVERO et al., 2016).

Assim como a inovação, a sustentabilidade ambiental visa à competitividade e à melhoria na

performance organizacional.

O número de Instituições de Ensino Superior (IES) que incorporam o ensino de

sustentabilidade ambiental no currículo dos cursos, vem aumentando, mas ainda são necessárias

reformas curriculares para melhorar esse processo de ensino no que tange às implicações das

atividades profissionais sobre o ambiente, e, então, o caminho pela educação é inevitável

(ZOLLER; SCHOLZ, 2004; WATSON et at., 2013). Alunos que pensam criticamente

questionam, refletem e desenvolvem alternativas, adquirem conhecimentos e habilidades que

visam à sustentabilidade ambiental (GOSSELIN et al., 2016).

Perante o exposto, esta pesquisa tem como objetivo analisar as relações entre o Ensino

de Inovação, o Ensino de Sustentabilidade Ambiental e o Empreendedorismo, na percepção dos

alunos do ensino superior.

Para atingir os objetivos, essa Dissertação está organizada a partir da seguinte estrutura:

inicialmente, apresenta a delimitação do tema e, na sequência, a problematização, o objetivo

geral e os objetivos específicos. Posteriormente, registra as hipóteses da pesquisa. Em seguida,

apresenta-se a justificativa e, após, a fundamentação teórica que baseou o estudo. Por fim, é

apresentada a metodologia da pesquisa, os resultados obtidos, a discussão dos resultados, as

considerações finais e as referências utilizadas.

Page 16: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

16

1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA

O estudo será desenvolvido com base na análise das relações entre empreendedorismo,

inovação e sustentabilidade ambiental na percepção de alunos do ensino superior. Os trabalhos

são realizados com alunos de graduação e pós-graduação da região Norte, Nordeste e Sul do

Rio Grande do Sul (RS), nas cidades de Passo Fundo, Caxias do Sul e Pelotas.

O empreendedorismo é uma das possibilidades de carreira para universitários,

ocasionando geração de empregos e renda para a população. Contudo, o ensino do

empreendedorismo atrelado à inovação e à sustentabilidade ambiental pode gerar oportunidades

para as organizações e benefícios para a sociedade e o meio ambiente.

A inovação é um meio para o desenvolvimento de novas oportunidades de negócios e

ocasiona a ampliação da capacidade competitiva das organizações. Nessa perspectiva, relevante

destacar que o ensino de inovação é uma das formas de potencializar as características

empreendedoras dos estudantes universitários.

A sustentabilidade ambiental elenca a utilização de práticas ambientais no contexto

organizacional, o que remete a uma cuidadosa manutenção dos recursos naturais e a um futuro

sustentável. Nesse sentido, o ensino de sustentabilidade ambiental pode contribuir na formação

de um perfil empreendedor que visualize a importância dos preceitos ambientais. Assim,

incorporar o ensino da sustentabilidade ambiental nos currículos dos cursos de graduação e de

pós-graduação é uma forma de oferecer aos alunos oportunidades de conhecimentos,

habilidades e atitudes para uma ação protagonista na sociedade.

1.2 PROBLEMATIZAÇÃO

Compreender a importância do ensino de inovação e de sustentabilidade ambiental

apresenta-se como um caminho para analisar as relações desses temas e sua influência na

formação do perfil empreendedor. Então, volta-se em especial avaliar qual a percepção dos

alunos de graduação e de pós-graduação a respeito da importância de empreender, inovar e ter

uma preocupação com a sustentabilidade ambiental.

O empreendedorismo é uma das possibilidades de atuação dos alunos após sua formação

na graduação. Nesse contexto profissional, existe, por um lado, uma demanda por

empreendedores por meio da abertura de empresas, e, por outro, se percebe a necessidade de

profissionais com atitude empreendedora nas empresas em que atuam na situação de

funcionários, o que é conhecido como intraempreendedorismo.

Page 17: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

17

Nem toda pessoa consegue desenvolver competências para empreender, o que pode ser

justificado tanto por dificuldades comportamentais quanto por falta de habilidades técnicas.

Algumas pessoas desenvolvem isso diariamente com outros profissionais, no entanto, a melhor

maneira de obter esse conhecimento é por meio do ensino, principalmente em cursos de

graduação e pós-graduação.

Segundo a Endeavor (2013), em pesquisa denominada Empreendedores brasileiros -

perfis e percepções, em torno de 88% dos respondentes informaram acreditar que

empreendedores são geradores de empregos, e 74% entendem que o empreendedorismo é a

base de criação de riqueza, beneficiando a todos. Segundo revela a mesma pesquisa, embora

três em cada quatro brasileiros prefira empreender, apenas 19% compreende que provavelmente

abrirá um negócio novo nos próximos cinco anos. Um dos motivos apontados para essa postura

é o déficit educacional, isso é, a falta de capacitação tanto para iniciar quanto para manter um

negócio. Outro motivo relevante apontado é a dificuldade na gestão de pessoas.

Em pesquisa realizada pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM; 2011) com 54

países, a intenção da população em geral de empreender no Brasil é a mais alta, representando

28,8%. Com relação aos recém formados no ensino superior, o estudo Global University

Entrepreneurial Spirit Students’s Survey (GUESSS; 2014) identificou que 33,5% têm intenção

de abrir uma empresa, mas, por outro lado, falta oportunidade de capacitação, pois 57,9%

informaram não ter feito qualquer disciplina sobre o tema.

Em um estudo realizado por Arruda et al. (2014), sobre as causas da mortalidade de

empresas brasileiras, foi identificado que 25% das empresas nascentes encerram suas atividades

antes de completar um ano, bem como 50% encerra as atividades dentro de quatro anos de

atuação. Os motivos, em sua maioria, são falta de perfil empreendedor, dificuldades no que

tange à gestão empresarial, ineficiência na captação de clientes, falta de capital de giro e

problemas na gestão financeira.

Os mecanismos de tomada de decisão de risco para os negócios são decorrentes da

evolução da percepção do empreendedor e dos gestores, muitas vezes, sido criticados por sua

incapacidade de reconhecer que a qualidade e a inovação tratam-se de uma força motriz para o

desempenho (KEFAL et al., 2011; O’NEILL; SOHAL; TENG, 2016).

Conforme o GEM (2015), aumentou a proporção das pessoas cujo medo impede a

abertura de um novo negócio e alguns dos fatores limitantes ao empreendedorismo no Brasil

são burocracia, complexidade da legislação brasileira, falta de apoio financeiro de agentes

públicos e privados e, principalmente, pouca difusão da educação empreendedora nos diversos

níveis de ensino. A pesquisa indica que possivelmente diminuirá o número de empreendedores,

Page 18: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

18

e isso pode gerar um problema relacionado a um número maior de pessoas que precisarão

buscar emprego, ao invés de gerar novos empregos por meio do empreendedorismo. Por

conseguinte, caso não ocorram mudanças, isso pode se agravar nos próximos anos, gerando

impactos profundos nas economias dos países.

A inovação, de acordo com Huizingh (2017), está respondendo ou antecipando a

mudança, e faz isso por meio da criação de novos valores, pois as empresas enfrentam

constantemente mudanças e percebem um contexto em que se faz necessária a adaptação. Já a

sustentabilidade ambiental é um componente crítico para as empresas, pois os ecossistemas e

as populações estão ameaçados devido ao rápido desenvolvimento e à acirrada competitividade

do mercado, e, por isso, é necessário considerar desde a preservação ambiental até os padrões

de produção e consumo desejáveis (REILLY; MCGRATH; REILLY, 2016).

As IES, conforme destacam Endeavor e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e

Pequenas Empresas (SEBRAE, 2016), não exploram o seu potencial de inspirar e estimular a

ambição e a inovação nos empreendedores universitários. Complementam que o perfil

empreendedor do aluno é, em grande parte, bem similar ao do empreendedor que não frequenta

curso superior, demonstrando que as IES não estão exercendo influência transformadora sobre

o aluno, ou, ainda, que não é o motivo principal para que ele venha a empreender. Esse contexto

os leva a destacar que as universidades poderiam exercer esse papel.

Nesse cenário, apresenta-se a seguinte questão de pesquisa: quais as relações entre

ensino de inovação e de sustentabilidade ambiental com o empreendedorismo?

1.3 OBJETIVOS DO ESTUDO

1.3.1 Objetivo geral

Analisar as relações entre o Ensino de Inovação, o Ensino de Sustentabilidade

Ambiental e o Empreendedorismo, na percepção dos alunos do ensino superior.

1.3.2 Objetivos específicos

a) mensurar a influência do Ensino de Inovação sobre o Empreendedorismo;

b) mensurar a influência do Ensino de Sustentabilidade Ambiental sobre o

Empreendedorismo;

Page 19: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

19

c) avaliar o efeito moderador das disciplinas específicas de

inovação/empreendedorismo e sustentabilidade ambiental, sobre as relações entre os

construtos;

d) avaliar o efeito moderador do curso de graduação nas relações entre os construtos.

1.3.3 Hipóteses da pesquisa

Após a definição da questão de pesquisa e sistematização dos objetivos, são

apresentadas as hipóteses formuladas que foram verificadas de forma empírica na realização da

pesquisa para análise das relações entre os construtos, bem como a existência de efeito

moderador nas relações, elencando-se:

H1: O Ensino de Inovação está positivamente relacionado com o Empreendedorismo.

H2: O Ensino de Sustentabilidade Ambiental está positivamente relacionado com o

Empreendedorismo.

H3: Existe um efeito moderador da disciplina específica de

inovação/empreendedorismo (H3) nas relações do Ensino de Inovação e o Ensino de

Sustentabilidade Ambiental sobre o Empreendedorismo.

H3a – A disciplina específica de inovação/empreendedorismo modera a relação entre o Ensino

de Inovação e o Empreendedorismo.

H3b – A disciplina específica de inovação/empreendedorismo modera a relação entre o Ensino

de Sustentabilidade Ambiental e o Empreendedorismo.

H4: Existe um efeito moderador da disciplina específica de sustentabilidade ambiental

(H4) nas relações do Ensino de Inovação e o Ensino de Sustentabilidade Ambiental sobre o

Empreendedorismo.

H4a – A disciplina específica de sustentabilidade ambiental modera a relação entre o Ensino de

Inovação e o Empreendedorismo.

H4b – A disciplina específica de sustentabilidade ambiental modera a relação entre o Ensino de

Sustentabilidade Ambiental e o Empreendedorismo.

H5: Existe um efeito moderador do curso de graduação (H5) nas relações do Ensino de

Inovação e o Ensino de Sustentabilidade Ambiental sobre o Empreendedorismo.

H5a – O curso de graduação modera a relação entre o Ensino de Inovação e o

Empreendedorismo.

H5b – O curso de graduação modera a relação entre o Ensino de Sustentabilidade Ambiental e

o Empreendedorismo.

Page 20: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

20

No referencial teórico, serão desdobradas as hipóteses supracitadas acima, que visam

elencar as principais temáticas definidas para a realização da pesquisa e o entendimento das

variáveis.

1.4 JUSTIFICATIVA

Essa Dissertação tem como norteador da justificativa a necessidade de analisar as

relações entre empreendedorismo, inovação e sustentabilidade ambiental na percepção dos

alunos do ensino superior. O empreendedorismo oportuniza que as pessoas desenvolvem novas

habilidades e comportamentos, gerando renda para elas e para a comunidade. Além de gerar

empregos, o empreendedorismo movimenta a economia, proporciona desenvolvimento e gera

riqueza para os países.

O ensino de inovação e empreendedorismo é crescente como disciplina nas IES do

Brasil, o que se justifica em razão de que ele pode influenciar os alunos na abertura de empresas

e também em uma nova visão na atuação dentro de organizações na situação de colaboradores.

O tema educação empreendedora vem sendo discutido, debatido, analisado e pesquisado por

diversos atores sociais, tais como SEBRAE, Endeavor e IBGE e as próprias IES. Mais do que

preparar alunos para a abertura de negócios, é necessário também oportunizar o

desenvolvimento de profissionais que possam melhorar o desempenho das empresas em que

atuam, por meio da implantação de novos modelos de negócios, processos e produtos.

Levar inovação para dentro das empresas oportuniza competitividade organizacional e

crescimento para os profissionais. É necessário também preparar futuras gerações com visão e

atuação em termos de sustentabilidade ambiental nos empreendimentos e nos negócios que

estarão envolvidos, pois a velocidade do crescimento das atividades profissionais não poderá

ocorrer mais sem o devido cuidado com as questões ambientais.

Segundo o IBGE (2015), mais da metade das empresas nascentes no Brasil vão à

falência após quatro anos de atividades. Nesse cenário, o ensino de inovação e sustentabilidade

pode contribuir juntamente com o empreendedorismo para uma compreensão e análise de

alternativas viáveis para o enfrentamento desse problema.

Em pesquisa intitulada de Empreendedorismo nas universidades brasileiras (2016),

realizada pela Endeavor e pelo SEBRAE, evidenciou-se que o índice de alunos que pretendiam

empreender no futuro caiu de 60% em 2014 para 21% em 2016. A pesquisa evidencia que as

universidades brasileiras não possuem estrutura que apoia a jornada completa do

empreendedor, estão desconectadas do mercado e não estimulam a inovação e o sonho do aluno.

Page 21: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

21

A pesquisa também aponta que, mundialmente, centenas de universidades já reconheceram o

papel e o poder da educação empreendedora sobre a inovação e o desenvolvimento econômico

dos países, e que torna-se necessário multiplicar o número de estudantes que criam empresas

inovadoras para transformar os setores em que atuam, gerando, com isso, milhares de empregos.

No intuito de contribuir para a difusão da cultura empreendedora no Brasil, 49% dos

especialistas entrevistados pela GEM (2015), ressaltam a ampliação dos esforços em educação

e a capacitação por meio da difusão das disciplinas de empreendedorismo em todos os níveis

de ensino, assim como um número maior de disciplinas como administração de empresas e

gestão de recursos financeiros. Além disso, destacam o fortalecimento do ecossistema

empreendedor por meio de incubadoras, aceleradoras, fablabs e hackerspaces.

Para o SEBRAE (2016), as IES podem estimular o desenvolvimento da cultura

empreendedora para potencializar nos alunos comportamentos de quem faz acontecer, para

buscar oportunidades no mercado de forma proativa, desenvolvendo a autonomia, a autoestima,

a segurança e a ação orientada para resultados desejados, de forma individual ou coletiva, seja

qual for a área de formação e a carreira que se pretende seguir. Coerentemente, o ensino de

empreendedorismo, inovação e sustentabilidade ambiental apresenta-se como uma das

alternativas de proporcionar a qualificação no processo de formação de novos empreendedores,

inovadores e com viés em prol do meio ambiente.

No Brasil, conforme destacam Costa et al. (2006), o empreendedorismo tem sido visto

como uma possibilidade de carreira, o que é justificado pelas dificuldades socioeconômicas e

pela redução das oportunidades no mercado de trabalho. A prática empreendedora, no entanto,

testemunha a falência de várias empresas em decorrência da falta de ensino especializado e

voltado a esse trabalho. Ainda segundo os autores, as instituições de ensino são importantes

para a capacitação dos estudantes com esse viés.

Para Mohammadi, Broström e Franzoni (2016), a diversidade étnica e de formação

superior da força de trabalho está positivamente relacionada ao desempenho superior e,

consequentemente, ao sucesso de uma empresa na introdução de inovações. Dessa forma, caso

desejem inovar, as empresas deveriam buscar políticas de recrutamento inspiradas nessas

questões.

A sustentabilidade ambiental, segundo Garbie (2015), é de extrema relevância entre as

dimensões de sustentabilidade. Com isso, seus aspectos associados e seus indicadores precisam

de mais atenção de acadêmicos e empresas. Segundo Kloeckner (2015), os desafios do século

XXI exigem ação imediata, visto que as mudanças climáticas são críticas demais. Assim, torna-

Page 22: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

22

se necessário dispender uma visão ambiental coerente em busca de uma sociedade com foco na

sustentabilidade ambiental.

Por tudo isso, a educação empreendedora passou a ocupar uma posição estratégica no

campo econômico e social no cenário brasileiro, pois desenvolve empreendedores com

competências múltiplas para enfrentar desafios e promover transformações que possibilitam

ocupar um papel protagonista na sociedade contemporânea, seja pela abertura de empresas, seja

na posição de funcionário (SEBRAE, 2016).

Page 23: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

23

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Com a finalidade de realizar uma revisão da literatura sobre os temas inovação, ensino

de inovação, sustentabilidade ambiental, ensino de sustentabilidade ambiental,

empreendedorismo e ensino de empreendedorismo foi tomada a decisão de utilizar uma base

de dados para realização da pesquisa. Após um levantamento das possibilidades, optou-se por

utilizar a base Scopus, por se tratar da maior base de dados de resumos e citações de literatura

científica. O processo de pesquisa foi realizado entre os dias 11 de janeiro e 14 de fevereiro de

2017. A pesquisa na base de dados foi dividida em duas fases:

Fase 1: consulta dos artigos na base de dados a partir da pesquisa das palavras-chave em

inglês: innovation, teaching of innovation, environmental sustainability, teaching of

environmental sustainability, entrepreneurship, teaching of entrepreneurship. Após a

identificação dos artigos, foram selecionados os 10 artigos mais citados e os 10 artigos mais

recentes de cada palavra-chave.

Fase 2: realização da leitura crítica dos resumos dos artigos mais citados e dos mais

recentes, totalizando 147 resumos científicos. Na leitura dos resumos, observou-se que alguns

artigos não se enquadravam totalmente na temática pesquisada ou pouco agregariam para a

sistematização do presente referencial teórico. Coerentemente, foram excluídos 27 artigos,

totalizando 120 artigos completos para a pesquisa sistemática. A Figura 1 apresenta o processo

de metodologia da pesquisa utilizado na base de dados Scopus.

Page 24: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

24

Figura 1 - Processo de metodologia da pesquisa na base de dados Scopus

Fonte: Elaborado pelo autor (2017).

Os resultados em termos de quantidade referente ao processo de pesquisa para as

palavras-chave estão sistematizados na Figura 2.

Figura 2 - Resultados do levantamento na base de dados Scopus Palavra-chave Documentos

innovation 130.987

teaching of innovation 4.107

environmental sustainability 19.886

teaching of environmental sustainability 165

entrepreneurship 12.743

teaching of entrepreneurship 358

Fonte: Elaborado pelo autor (2017).

As Figuras 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13 e 14 apresentam uma sistematização dos

artigos mais citados e recentes com relação às palavras-chave pesquisadas na base de dados

Scopus.

Page 25: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

25

Figura 3 - Artigos mais citados com a palavra-chave innovation Número

de

citações

Título do artigo Autor (es) Ano Nome do periódico Assunto

9055 Dynamic capabilities and strategic

management Teece, Pisano e Shuen 1997

Strategic Management

Journal

Capacidades dinâmicas em ambientes de

rápida mudança.

7702 User acceptance of information technology:

Toward a unified view Venkatesh et al. 2003

MIS Quarterly:

Management Information

Systems

Aceitação da tecnologia da informação e

modelos proeminentes.

4662 The balanced scorecard--measures that

drive performance Kaplan e Norton 1992 Harvard Business Review Medição de desempenho organizacional.

3252

Development of an instrument to measure

the perceptions of adopting an information

technology innovation

Moore e Benbasat 1991 Information Systems

Research

Desenvolvimento de instrumento para medir

percepções de indivíduos sobre adotar uma

inovação em tecnologia da informação.

2948 Understanding information technology

usage: A test of competing models Taylor e Todd 1995

Information Systems

Research

Comparação entre modelo de aceitação da

tecnologia e variações da teoria do

comportamento planejado quanto ao uso de

tecnologia da informação.

2548

Core capabilities and core rigidities: A

paradox in managing new product

development

Leonard-Barton 1992 Strategic Management

Journal

Natureza das capacidades básicas de uma

empresa com foco na sua interação com novos

projetos de desenvolvimento de produtos e

processos.

2272 The price of innovation: New estimates of

drug development costs

DiMasi, Hansen e

Grabowski 2003

Journal of Health

Economics

Custos de pesquisa e desenvolvimento de

novas drogas farmacêuticas.

2172

Diffusion of innovations in service

organizations: Systematic review and

recommendations

Greenhalgh et al. 2004 Milbank Quarterly Disseminação e manutenção de inovações na

prestação de serviços de saúde.

2075 What's your strategy for managing

knowledge? Hansen, Nohria e Tierney 1999 Harvard business review

Práticas de gestão do conhecimento em

empresas de consultoria de gestão, prestadores

de cuidados de saúde e fabricantes de

computadores.

1946

Explicating dynamic capabilities: The

nature and microfoundations of

(sustainable) enterprise performance

Teece 2007 Strategic Management

Journal

Capacidades necessárias para sustentar o

desempenho empresarial superior em uma

economia aberta com inovação rápida e fontes

globalmente dispersas de invenção, inovação

e capacidade de fabricação.

Fonte: Elaborado pelo autor (2017).

Page 26: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

26

Figura 4 - Artigos mais recentes com a palavra-chave innovation

Título do artigo Autor (es) Ano Nome do periódico Assunto

Graphic design and social networks:

Methodological proposal supported by

the open innovation and co-creation

Hernandez 2017 Advances in Intelligent

Systems and Computing

Metodologia para o processo de design gráfico com

participação pública na tomada de decisões através de

redes sociais.

Open data: Quality over quantity Sadiq e Indulska 2017 International Journal of

Information Management

Desafios em lidar com a qualidade dos dados de conjuntos

de dados abertos.

Understanding determinants and

barriers of mobile shopping adoption

using behavioral reasoning theory

Gupta e Arora 2017 Journal of Retailing and

Consumer Services

Adoção de compras móveis usando uma nova abordagem

da teoria do raciocínio comportamental.

The effects of cultural dimension on

ICT innovation: Empirical analysis of

mobile phone services

Bankole e Bankole 2017 Telematics and Informatics Cultura como determinante crucial das inovações.

The contingent effect of analyst

coverage: how does analyst coverage

affect innovation and Tobin’s Q?

Jung 2017 Asia-Pacific Journal of

Accounting and Economics Relação entre analistas e inovação.

On the estimation of missing values in

AR(1) model with exponential

innovations

Saadatmand, Nematollahi e

Sadooghi-Alvandi 2017

Communications in Statistics

- Theory and Methods

Estimativa de valor faltante para processo autoregressivo

estacionário com inovações exponenciais.

Exploring the relationship between

perceived pace of technology change

and adoption resistance to

convergence products

Park e Koh 2017 Computers in Human

Behavior

Relação entre comportamentos dos consumidores com o

ritmo da inovação tecnológica.

eHealth adoption factors in medical

hospitals: A focus on the Netherlands

Faber, Van Geenhuizen e De

Reuver 2017

International Journal of

Medical Informatics Utilização efetiva de eHealth em hospitais europeus.

Implementing artifacts: An interactive

frame analysis of innovative

educational practices

Vermeir, Kelchtermans e

Marz 2017

Teaching and Teacher

Education Práticas educacionais inovadoras.

Feasibility Evaluation and

Optimization of a Smart

Manufacturing System Based on 3D

Printing: A Review

Chen e Lin 2017 International Journal of

Intelligent Systems

Viabilidade do sistema de fabricação inteligente baseado

em impressão 3D.

Fonte: Elaborado pelo autor (2017).

Page 27: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

27

Figura 5 - Artigos mais citados com a palavra-chave teaching of innovation Número

de

citações

Título do artigo Autor (es) Ano Nome do periódico Assunto

493

The emerging Web 2.0 social software: An

enabling suite of sociable technologies in

health and health care education

Kamel Boulos e Wheeler 2007 Health Information and

Libraries Journal

A Web 2.0 na capacitação e

desenvolvimento na área da saúde.

277

Viewpoint: Competency-based postgraduate

training: Can we bridge the gap between

theory and clinical practice?

Ten Cate, Scheele e Ten

Cate 2007 Academic Medicine

Formação médica de pós-graduação

baseada em competências.

231

Effects of organizational change in the

medical intensive care unit of a teaching

hospital: A comparison of 'open' and 'closed'

formats

Carson et al. 1996 Journal of the American

Medical Association

Efeitos da mudança de um formato de

unidade de terapia intensiva (UTI) aberta

para uma unidade de terapia intensiva

fechada em hospital de ensino.

189

Calls for reform of medical education by the

Carnegie Foundation for the Advancement of

teaching: 1910 and 2010

Irby, Cooke e O'Brien 2010 Academic Medicine

A contribuição da Fundação Carnegie na

inovação educacional e reforma da

educação médica de graduação e pós-

graduação.

149 The role of new technologies in the learning

process: Moodle as a teaching tool in Physics

Martin-Blas e Serrano-

Fernandez 2009 Computers and Education

O papel das novas tecnologias no processo

de aprendizagem.

137

Diffusion of engineering education

innovations: A survey of awareness and

adoption rates in U.S. engineering

departments

Borrego, Froyd e Hall 2010 Journal of Engineering

Education

Adoção de inovações educacionais no

ensino de engenharia.

116

Blended learning in higher education:

Students' perceptions and their relation to

outcomes

Lopez-Perez, Perez-Lopez

e Rodriguez-Ariza 2011 Computers and Education

Ambiente de aprendizagem inovador para

estimular e melhorar o processo de ensino e

aprendizagem.

104 Using clinical simulation to teach patient

safety in an acute/critical care nursing course Henneman e Cunningham 2005 Nurse educator

O ensino de enfermagem por meio da

simulação de alta fidelidade usando

manequins realistas.

89

Difficult conversations in health care:

Cultivating relational learning to address the

hidden curriculum

Browning et al. 2007 Academic Medicine A filosofia e a abordagem pedagógica de um

programa educacional inovador.

85 Reframing the role of Universities in the

development of regional innovation systems Gunasekara 2006

Journal of Technology

Transfer

O papel das universidades em relação ao

desenvolvimento de inovação

Fonte: Elaborado pelo autor (2017).

Page 28: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

28

Figura 6 - Artigos mais recentes com a palavra-chave teaching of innovation

Título do artigo Autor (es) Ano Nome do periódico Assunto

Research performance and teaching quality in the

Spanish higher education system: Evidence from

a medium-sized university

Artes, Pedraja-

Chaparro e Salinas-

Jimenez

2017 Research Policy Relação entre o desempenho da pesquisa e a qualidade do

ensino no contexto do sistema universitário.

Innovation strategy of human resources in

colleges and universities in post-massification

stage: evidence from Anhui province of China

Zhao e Tao 2017

Journal of Discrete

Mathematical Sciences and

Cryptography

Estratégias de inovação para a gestão de recursos

humanos de faculdades e universidades.

Study on practicing, teaching and sharing on

design for sustainability in China Lyu 2017

Advances in Intelligent

Systems and Computing

Viabilidade do design para sustentabilidade na prática e

ensino de inovação social.

CIR: Fostering collective creativity Meza et al. 2017

Lecture Notes of the

Institute for Computer

Sciences, Social-Informatics

and Telecommunications

Engineering

Processo de refinamento e fomento de ideias coletivas.

Multimedia as a modern didactic tool – windows

EDU proof of concept project at czech technical

university in Prague

Andres e Svoboda 2017 Advances in Intelligent

Systems and Computing

A familiarização dos estudantes com as modernas

tecnologias didáticas.

Program entrepreneurship and innovation:

Education as the core of innovation

Garcia, Leles e

Romano 2017

Advances in Intelligent

Systems and Computing

A necessidade de empreendedores e a evolução do ensino

de empreendedorismo e inovação.

Learning technological innovation on mobile

applications by means of a spiral of projects Reverte e Clemente 2017

Advances in Intelligent

Systems and Computing

Os desafios do ensino de tecnologia da informação e

comunicação (TIC).

Transferring a Teaching Learning Sequence

Between Two Different Educational Contexts: the

Case of Greece and Finland

Spyrtou et al. 2016

International Journal of

Science and Mathematics

Education

A inovação como um componente crucial do ensino de

ciência de renovação em países europeus.

Enhancing non-technical skills by a

multidisciplinary engineering summer school Larsen et al. 2016

European Journal of

Engineering Education

A criação de produtos novos e inovadores por meio de

cursos de inovação no período de verão para alunos de

engenharia.

Escuela, TIC e innovación educativa school, ict

and teaching innovation

Vazquez-Cupeiro e

Lopez-Penedo 2016 Digital Education Review

Estudos de caso em escolas que investiram no ensino da

inovação.

Fonte: Elaborado pelo autor (2017).

Page 29: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

29

Figura 7 - Artigos mais citados com a palavra-chave environmental sustainability Número

de

citações

Título do artigo Autor (es) Ano Nome do

periódico Assunto

2858 The path forward for biofuels and biomaterials Ragauskas et al. 2006 Science A biomassa e seu uso sustentável.

1908 Biomass recalcitrance: Engineering plants and

enzymes for biofuels production Himmel et al. 2007 Science

A biomassa lignocelulósica como potencial fonte

sustentável de açúcares mistos para fermentação de

biocombustíveis e outros biomateriais.

1381 Towards sustainability in world fisheries Pauly et al. 2002 Nature A não-sustentabilidade das pescas.

1380

Landscape perspectives on agricultural

intensification and biodiversity - Ecosystem service

management

Tscharntke et al. 2005 Ecology Letters

Efeitos negativos e positivos do uso da terra agrícola

para a conservação da biodiversidade e sua relação com

o ecossistema.

1360 Global change and the ecology of cities Grimm et al. 2008 Science Os desafios de sustentabilidade em busca de um mundo

mais urbanizado.

1359 A general framework for analyzing sustainability of

social-ecological systems Ostrom 2009 Science

Variáveis que afetam a probabilidade de auto-

organização nos esforços para alcançar um sistema

socio-ecológico complexo sustentável.

1224 Solutions for a cultivated planet Foley et a. 2011 Nature

O crescimento da produção de alimentos e as

necessidades futuras de segurança alimentar e

sustentabilidade do mundo.

1202 Agricultural intensification and ecosystem properties Matson et al. 1997 Science

O uso de estratégias de manejo baseadas em ecologia

para melhorar a sustentabilidade da produção agrícola,

e redução das consequências.

1098 From a literature review to a conceptual framework

for sustainable supply chain management Seuring e Muller 2008

Journal of

Cleaner

Production

Gerenciamento sustentável da cadeia de suprimentos.

1072 Biodiversity loss and its impact on humanity Cardinale et al. 2012 Nature

Como a perda de diversidade biológica irá alterar o

funcionamento dos ecossistemas e sua capacidade de

fornecer à sociedade os bens e serviços necessários para

prosperar.

Fonte: Elaborado pelo autor (2017).

Page 30: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

30

Figura 8 - Artigos mais recentes com a palavra-chave environmental sustainability

Título do artigo Autor (es) Ano Nome do periódico Assunto

Indicator system for the sustainability assessment

of the German energy system and its transition Rosch et al. 2017

Energy, Sustainability

and Society

Indicadores necessários para a tomada de decisões políticas para

abordar adequadamente os aspectos de sustentabilidade do

sistema energético e sua transição, bem como para contribuir

para melhorar os sistemas de indicadores existentes.

ICT and environmental sustainability: A global

perspective Higón, Gholami e Shirazi 2017

Telematics and

Informatics

Impactos ambientais positivos e negativos das tecnologias de

informação e comunicação.

Overview of an effective governance policy for

mineral resource sustainability in Malaysia Goh e Effendi 2017 Resources Policy

Principais aspectos e quadro regulamentar da Política Nacional

de Minerais e os desafios enfrentados na sua implementação

para a sustentabilidade dos recursos minerais.

Measuring the marginal effect of pro-

environmental behaviour: Guided learning and

behavioural enhancement

Ting e Cheng 2017

Journal of Hospitality,

Leisure, Sport and

Tourism Education

Comportamento pró-ambiental através da participação dos

alunos e da aprendizagem orientada em um ambiente de estudo

baseado no ecoturismo-educação.

Modelling upper echelons’ behavioural drivers of

Green IT/IS adoption using an integrated

Interpretive Structural Modelling – Analytic

Network Process approach

Dalvi-Esfahani, Ramayah e

Nilashi 2017

Telematics and

Informatics

Drivers psicológicos que motivam os gestores de organizações

a adotar a tecnologia de informação verde dentro de suas

corporações.

Energy-efficient rail guided vehicle routing for

two-sided loading/unloading automated freight

handling system

Hu, Mao e Wei 2017 European Journal of

Operational Research

Transporte automatizado de carga por meio de veículos

ferroviários guiados.

Income Inequality and Carbon Emissions in the

United States: A State-level Analysis, 1997–2012 Jorgenson, Schor e Huang 2017 Ecological Economics

Relação entre as emissões de CO2 e medidas de desigualdade de

renda.

Progressing towards the development of

sustainable energy: A critical review on the

current status, applications, developmental

barriers and prospects of solar photovoltaic

systems in India

Manju e Sagar 2017

Renewable and

Sustainable Energy

Reviews

Igualdade entre o progresso econômico e a sustentabilidade

ambiental para um país em desenvolvimento.

Learning for sustainability through CIDA's

“Community-based pest management in Central

American agriculture” project: a deliberative,

experiential and iterative process

Sims 2017

Journal of

Environmental

Planning and

Management

Atividades de aprendizagem que promovem resultados

relacionados com a sustentabilidade ambiental.

An overview of life cycle assessment (LCA) and

research-based teaching in renewable and

sustainable energy education

Malkki e Alanne 2017

Renewable and

Sustainable Energy

Reviews

Avaliação do ciclo de vida e ensino baseado em pesquisa em

educação energética renovável e sustentável.

Fonte: Elaborado pelo autor (2017).

Page 31: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

31

Figura 9 - Artigos mais citados com a palavra-chave teaching of environmental sustainability Número

de

citações

Título do artigo Autor (es) Ano Nome do periódico Assunto

130

An integrated approach to achieving campus

sustainability: assessment of the current campus

environmental management practices

Alshuwaikhat e

Abubakar 2008

Journal of Cleaner

Production

A promoção da sustentabilidade no ensino e na

pesquisa como um dos fatores para atingir a

sustentabilidade do campus universitário.

66

What do engineering students learn in

sustainability courses? The effect of the

pedagogical approach

Segalas, Ferrer-Balas e

Mulder 2010

Journal of Cleaner

Production

As competências de desenvolvimento sustentável

introduzidas em universidades.

60 Going beyond the rhetoric: system-wide changes

in universities for sustainable societies Ferrer-Balas et al. 2010

Journal of Cleaner

Production

Mudanças em todo o sistema universitário para

sociedades sustentáveis.

41

Teaching sustainability as a contested concept:

capitalizing on variation in engineering

educators' conceptions of environmental, social

and economic sustainability

Carew e Mitchell 2008 Journal of Cleaner

Production As variações do ensino de sustentabilidade.

30 Sustainable chemistry: Starting points and

prospects

Boschen, Lenoir e

Scheringer 2003 Naturwissenschaften O conceito de química sustentável.

25 Classroom active learning complemented by an

online discussion forum to teach sustainability Dengler 2008

Journal of Geography in

Higher Education

Os benefícios pedagógicos do ensino complementar

on-line de sustentabilidade.

22

Assessing curricula contribution to

sustainability more holistically: Experiences

from the integration of curricula assessment and

students' perceptions at the Georgia Institute of

Technology

Watson et al. 2013 Journal of Cleaner

Production

Avaliação da contribuição do ensino de

sustentabilidade em cursos de engenharia.

22 Teaching sustainability in a global MBA:

Insights from the OneMBA Roome 2005

Business Strategy and the

Environment O ensino de sustentabilidade em um MBA global.

17

On teaching and learning resource and

environmental management: Reframing capacity

building in multicultural settings

Suchet-Pearson e

Howitt 2006 Australian Geographer

Recursos de ensino e aprendizagem e a gestão

ambiental.

17

The HOCS paradigm shift from disciplinary

knowledge (LOCS) - To interdisciplinary

evaluate, system thinking (HOCS): What should

it take science-technology-environment-society

oriented courses, curricula and assessment?

Zoller e Scholz 2004 Water Science and

Technology

Aprendizagem interdisciplinar e transdisciplinar na

tecnologia da ciência e na educação em engenharia

ambiental.

Fonte: Elaborado pelo autor (2017).

Page 32: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

32

Figura 10 - Artigos mais recentes com a palavra-chave teaching of environmental sustainability

Título do artigo Autor (es) Ano Nome do periódico Assunto

An overview of life cycle assessment (LCA)

and research-based teaching in renewable

and sustainable energy education

Malkki e Alanne 2017 Renewable and Sustainable

Energy Reviews

Avaliação do ciclo de vida e ensino baseado em pesquisa em

educação energética renovável e sustentável.

Motivations of young people to study

landscape architecture

Lawson, Cushing e

Taborda 2017

Proceedings of the Institution of

Civil Engineers: Urban Design

and Planning

Motivações dos jovens para estudar arquitetura paisagística.

What is the status of food literacy in

Australian high schools? Perceptions of

home economics teachers

Ronto et al. 2017 Appetite

O ensino de adolescentes sobre comportamentos alimentares

saudáveis e aprendizado sobre alimentos por meio da

sustentabilidade ambiental.

Integrating learning and environmental

sustainability in a living, learning

community

Jones et al. 2016 OCEANS 2016 MTS/IEEE

Monterey

A integração da aprendizagem e da sustentabilidade

ambiental.

Improvement of efficiency through an

energy management program as a

sustainable practice in schools

Alfaris, Juaidi e

Manzano-Agugliaro 2016 Journal of Cleaner Production

Programa de gestão de energia como uma estratégia

sustentável para escolas.

The Coriolanus Online project Kanninen, Syrja e

Gorman 2016

AcademicMindtrek 2016 -

Proceedings of the 20th

International Academic

Mindtrek Conference

Projeto de mobilidade virtual entre universidades por meio

de um modelo mais ambientalmente sustentável.

Integrating geoscience into undergraduate

education about environment, society, and

sustainability using place-based learning:

three examples

Gosselin et al. 2016 Journal of Environmental

Studies and Sciences

A integração da geociência na educação sobre meio

ambiente, sociedade e sustentabilidade usando a

aprendizagem baseada em lugares.

Facing global sustainability issues:

teachers’ experiences of their own

practices in environmental and

sustainability education

Sund 2016 Environmental Educacion

Research

O enfrentamento dos problemas de sustentabilidade global

por meio de práticas em educação ambiental e de

sustentabilidade.

Ecological Footprint of Research

University Students: A Pilot Case Study in

Universiti Teknologi Malaysia

See, Wai e Zen 2016 MATEC Web of Conferences

Redução do impacto ambiental em busca de consumo

sustentável incluindo ensino-aprendizagem, pesquisa e

operações.

Vision of Curriculum and teaching from

Ecological Sustainability Huang, Zhong e Deng 2016 MATEC Web of Conferences O currículo e ensino de sustentabilidade ecológica.

Fonte: Elaborado pelo autor (2017).

Page 33: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

33

Figura 11 - Artigos mais citados com a palavra-chave entrepreneurship Número

de

citações

Título do artigo Autor (es) Ano Nome do periódico Assunto

1946

Explicating dynamic capabilities: The nature and

microfoundations of (sustainable) enterprise

performance

Teece 2007 Strategic Management

Journal

Natureza e microfundamentos das capacidades

necessárias para sustentar o desempenho

empresarial superior em uma economia aberta

com inovação rápida e fontes globalmente

dispersas de invenção, inovação e capacidade de

fabricação.

1438 Prior Knowledge and the Discovery of

Entrepreneurial Opportunities Shane 2000 Organization Science

Descoberta de oportunidades em função da

distribuição da informação na sociedade.

1370 Correlates of entrepreneurship in three types of

firms Miller 1983 Management Science

Principais determinantes do empreendedorismo, o

processo pelo qual as organizações se renovam e

seus mercados por meio do pioneirismo, da

inovação e da tomada de riscos.

1189 The role of social and human capital among

nascent entrepreneurs Davidsson e Honig 2003

Journal of Business

Venturing

Comparação entre empreendedorismo nascente

com um grupo controle.

1028

Resource-based View of Strategic Alliance

Formation: Strategic and Social Effects in

Entrepreneurial Firms

Eisenhardt e

Schoonhoven 1996 Organization Science

Explicações sociais e estratégias alternativas para

a formação de alianças estratégicas.

717 Network-based research in entrepreneurship A

critical review Hoang e Antoncic 2003

Journal of Business

Venturing

Redes no empreendedorismo: conteúdo das

relações de rede, governança e estrutura.

706 The internationalization and performance of

SMEs Lu e Beamish 2001

Strategic Management

Journal

Desempenho das pequenas e médias empresas

com estratégia empreendedora de

internacionalização.

695

Internal capabilities, external networks, and

performance: A study on technology-based

ventures

Lee, Lee e

Pennings 2001

Strategic Management

Journal

A influência das capacidades internas e das redes

externas sobre o desempenho das empresas start-

up tecnológicas.

662

Entrepreneurship in the large corporation: A

longitudinal study of how established firms create

breakthrough inventions

Ahuja e Lampert 2001 Strategic Management

Journal

Modelo para explicar como empresas

estabelecidas desenvolvem invenções inovadoras.

545 Cultural entrepreneurship: Stories, legitimacy,

and the acquisition of resources Lounsbury e Glynn 2001

Strategic Management

Journal

O empreendedorismo cultural como o processo de

contar histórias para mediação entre os estoques

existentes de recursos empresariais e subsequente

aquisição de capital e criação de riqueza.

Fonte: Elaborado pelo autor (2017).

Page 34: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

34

Figura 12 - Artigos mais recentes com a palavra-chave entrepreneurship

Título do artigo Autor (es) Ano Nome do periódico Assunto

Towards a social-ecological

understanding of sustainable

venturing

Munoz e Cohen 2017 Journal of Business

Venturing Insights

O avanço da teoria do empreendedorismo sustentável com

sincronia empresarial emergindo de uma abordagem indutiva.

The role of hybrid entrepreneurship

in explaining multiple job holders’

earnings structure

Schulz, Urbig e Procher 2017 Journal of Business

Venturing Insights

A evolução do empreendedorismo híbrido e a exploração múltipla

de empregos.

Misgivings about dismantling the

opportunity construct Wood 2017

Journal of Business

Venturing Insights

O conceito de oportunidade empresarial como fundamental para a

pesquisa em empreendedorismo.

On the simultaneity bias in the

relationship between risk attitudes,

entry into entrepreneurship and

entrepreneurial survival

Brachert, Hyll e Titze 2017 Applied Economics

Letters

Efeito das atitudes de riscos individuais sobre o

empreendedorismo.

Exploring the relationship between

entrepreneurial behavior and

teachers’ job satisfaction

Neto, Picanco e Panzer 2017 Teaching and Teacher

Education

Relação entre o comportamento empreendedor e a satisfação no

trabalho dos professores.

Initiating consensus: stakeholders

define entrepreneurship in

education

Omer e Yemini 2017 Educational Review Contexto e evolução do empreendedorismo educacional.

Regional agency and constitution of

new paths: a study of agency in early

formation of new paths on the west

coast of Norway

Holmen e Fosse 2017 European Planning

Studies

A inter-relação das agências regionais públicas e privadas na

constituição de novos caminhos para empreendedores.

Entrepreneurial development and

the different aspects of reflection Lindh 2017

International Journal of

Management Education Percepções dos alunos sobre o empreendedorismo.

Imagining future success:

Imaginative capacity on the

perceived performance of potential

agrisocio entrepreneurs

Liang et al. 2017 Thinking Skills and

Creativity

Percepção de desempenho dos negócios e fatores que influenciam

os negócios relacionados com o empreendedorismo social.

Follow the Leader or the Pack?

Regulatory Focus and Academic

Entrepreneurial Intentions

Johnson, Monsen e

MacKenzie 2017

Journal of Product

Innovation Management

O envolvimento de universitários pesquisadores com empresas

formais, organizações informais e atividades de negócios.

Fonte: Elaborado pelo autor (2017).

Page 35: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

35

Figura 13 - Artigos mais citados com a palavra-chave teaching of entrepreneurship

Número de

citações Título do artigo Autor (es) Ano Nome do periódico Assunto

84

Becoming an entrepreneurial

university? A case study of

knowledge exchange relationships

and faculty attitudes in a medium-

sized, research-oriented university

Martinelli, Meyer e

Tunzelmann 2008

Journal of Technology

Transfer

As relações de intercâmbio de conhecimentos do

corpo docente para promover o

empreendedorismo.

54

Evaluation of entrepreneurship

education: Behaviour performing or

intention increasing?

Fayolle 2005

International Journal of

Entrepreneurship and

Small Business

Sistema de avaliação da educação para o

empreendedorismo.

46

Student perceptions of engineering

entrepreneurship: An exploratory

study

Dabbagh e Menasce 2006 Journal of Engineering

Education

As percepções dos estudantes de engenharia

sobre empreendedorismo.

46

Introducing engineering and science

students to entrepreneur ship:

Models and influential factors at six

American universities

Standish-Kuon e Rice 2002 Journal of Engineering

Education

Como estudantes de ciências e engenharia estão

sendo ensinados em relação ao

empreendedorismo.

44 Personal views on the future of

entrepreneurship education Fayolle 2013

Entrepreneurship and

Regional Development

Perspectivas sobre o futuro da educação para o

empreendedorismo.

42 Learning entrepreneurship in higher

education Taatila 2010 Education and Training

Aprendizagem do empreendedorismo no ensino

superior.

41

A project-based approach to

entrepreneurial leadership

education

Okudan e Rzasa 2006 Technovation Uma abordagem baseada em projetos para a

educação em liderança empreendedora.

31

Engineering students and

entrepreneurship education:

Involvement, attitudes and outcomes

Duval-Couetil, Reed-Rhoads

e Haghighi 2012

International Journal of

Engineering Education

O ensino de empreendedorismo em escolas de

engenharia.

25 Academic entrepreneurship and

business schools Wright et al. 2009

Journal of Technology

Transfer

O papel atual das escolas de negócios no ensino

de empreendedorismo.

23

A framework for developing

entrepreneurship education in a

university context

Blenker et al. 2008

International Journal of

Entrepreneurship and

Small Business

O desenvolvimento da educação para o

empreendedorismo num contexto universitário.

Fonte: Elaborado pelo autor (2017).

Page 36: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

36

Figura 14 - Artigos mais recentes com a palavra-chave teaching of entrepreneurship

Título do artigo Autor (es) Ano Nome do periódico Assunto

Promoting entrepreneurship among

informatics engineering students:

insights from a case study

Fernandes et al. 2017 European Journal of

Engineering Education O ensino de empreendedorismo para estudantes de tecnologia.

Entrepreneurship in engineering

education: Graz university of

technology as a case study

Holler e Vorbach 2017 Advances in Intelligent

Systems and Computing O ensino de empreendedorismo para alunos de engenharia.

Program entrepreneurship and

innovation: Education as the core of

innovation

Garcia, Leles e Romano 2017 Advances in Intelligent

Systems and Computing

A necessidade de empreendedores e a evolução do ensino de

empreendedorismo e inovação.

Rhetorical work in crowd-based

entrepreneurship: Lessons learned

from teaching crowdfunding as an

emerging site of professional and

technical communication

Vealey e Gerding 2016

IEEE Transactions on

Professional

Communication

Como incorporar novas e emergentes formas de empreendedorismo

na educação.

Lookalike professional English Van Hout e Van Praet 2016

IEEE Transactions on

Professional

Communication

A importância do inglês profissional e sua contribuição para criação

de negócios mais inovadores utilizando a comunicação empresarial.

The role of religion in businesses from

a three-dimensional perspective –

Entrepreneurship, marketing and

organizational management

Agheorghiesei, Copoeru e

Horia 2016

Journal for the Study of

Religions and Ideologies

O papel do ensino de religião nas escolas públicas em uma

perspectiva tridimensional - empreendedorismo, marketing e gestão

organizacional.

Unpacking the impact of engineering

entrepreneurship education that

leverages the Lean LaunchPad

Curriculum

Huang-Saad, Morton e

Libarkin 2016

Proceedings - Frontiers in

Education Conference O papel do ensino de empreendedorismo nos cursos de engenharia.

I-Corps™ for Learning: Sustaining

and scaling STEM education

innovations for impact

Guerra e Smith 2016 Proceedings - Frontiers in

Education Conference Pesquisa de educação e inovação em engenharia.

Implementing lean LaunchPad

methodology into an engineering

professional development course

Davis e Bolen 2016 Proceedings - Frontiers in

Education Conference

O efeito da introdução e utilização do conceito Value Proposition

da Lean Launch Pad (LLP) em um curso de engenharia.

Revisioning academic

entrepreneurship at a public regional

comprehensive university in North

Carolina

Ray, Reilly e Tirrell 2016

IEEE International

Professional

Communication

Conference

O empreendedorismo acadêmico em uma universidade pública

regional.

Fonte: Elaborado pelo autor (2017).

Page 37: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

37

Conforme a Figura 3, em relação à palavra-chave inovação, os artigos mais citados

foram publicados no período entre de 1991 e 2007. Os principais assuntos abordados nesses

artigos tratam de inovação com o viés das capacidades dinâmicas em ambientes de rápidas

mudanças, o papel de tecnologia da informação que está cada vez mais presente nos negócios,

medição de desempenho organizacional, desenvolvimento de novos produtos e serviços, custos

de pesquisa e desenvolvimento, manutenção de inovações e práticas de gestão do conhecimento

nas organizações.

Nesse contexto, na Figura 4, os artigos mais recentes para a mesma temática abordam

design gráfico e redes sociais, desafios da qualidade de dados abertos, compras móveis e

mobilidade, o papel crucial da cultura nas inovações, relacionamento entre analistas com

inovação, relação entre comportamentos dos consumidores com o ritmo das inovações e

práticas educacionais inovadoras.

Na Figura 5, constam os artigos mais citados sobre a palavra-chave ensino de inovação.

Esses artigos foram publicados no período entre 1993 e 2011 e os assuntos mais abordados

foram: uso de tecnologia da informação por meio de registros eletrônicos em hospitais, a web

2.0 e sua utilização na área da saúde, formação médica baseada em competências, programa

educacional de prevenção psicossocial, contribuição da Fundação Carnegie na inovação

educacional, desafios da pesquisa na enfermagem e o papel das novas tecnologias no processo

de aprendizagem.

Conforme a Figura 6, os artigos mais recentes da palavra-chave ensino de inovação

abordam a relação entre o desempenho da pesquisa e a qualidade do ensino no contexto do

sistema universitário, sistema de avaliação de recursos humanos em faculdades e universidades,

desenvolvimento e aprendizagem de conhecimento em uma indústria.

Nesse cenário, também elenca-se o material educacional para apoiar a motivação do

recolhimento de lixos para alunos do ensino fundamental, viabilidade do design para

sustentabilidade e inovação social, processo de refinamento e fomento de ideias coletivas, a

familiarização dos estudantes com as modernas tecnologias didáticas, a necessidade do ensino

de empreendedorismo e inovação, importância da introdução da perspectiva de gênero no

campo da Economia, os desafios do ensino de tecnologia da informação e comunicação (TIC).

Na Figura 7, os artigos mais citados da palavra-chave sustentabilidade ambiental

ocorreram no período compreendido entre 1997 e 2012 e retratam sobre a biomassa, não-

sustentabilidade das pescas, conservação da biodiversidade, desafios da sustentabilidade, auto-

organização do sistema sócio ecológico complexo sustentável, necessidades futuras de

segurança alimentar, sustentabilidade agrícola e funcionamento do ecossistema.

Page 38: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

38

Contudo, a Figura 8 apresenta os artigos mais recentes para a mesma temática e aborda

a sustentabilidade do sistema energético, impactos ambientais das tecnologias da informação e

comunicação, sustentabilidade dos recursos minerais, aprendizagem orientada para ecoturismo,

tecnologia da informação verde, progresso econômico e sustentabilidade ambiental, efeito

estufa e desenvolvimento local com planejamento ambiental.

Na Figura 9, constam os artigos mais citados para a palavra-chave ensino de

sustentabilidade ambiental. Essas publicações ocorreram no período compreendido entre 2003

e 2013. Os assuntos abordados ressaltam a abordagem integrada para alcançar a

sustentabilidade do campus universitário, as competências de desenvolvimento sustentável

introduzidas em universidades e mudanças em todo o sistema universitário para sociedades

sustentáveis. Assim como, as variações do ensino de sustentabilidade, o conceito de química

sustentável, os benefícios pedagógicos do ensino complementar on-line de sustentabilidade,

avaliação da contribuição do ensino de sustentabilidade em cursos de engenharia, o ensino de

sustentabilidade em um MBA global, modelo integrado de avaliação de sustentabilidade para

escolas, recursos de ensino e aprendizagem e a gestão ambiental.

Os artigos mais recentes para a palavra-chave ensino de sustentabilidade ambiental estão

elencados na Figura 10. Os assuntos abordados destacam a avaliação do ciclo de vida e ensino

baseado em pesquisa em educação energética renovável e sustentável, motivações dos jovens

para estudar arquitetura paisagística, o ensino de adolescentes sobre comportamentos

alimentares saudáveis, a integração da aprendizagem e da sustentabilidade ambiental, programa

de gestão de energia como uma estratégia sustentável para escolas, projeto de mobilidade virtual

entre universidades. Nesse cenário, elenca-se a integração da geociência na educação sobre

meio ambiente, sociedade e sustentabilidade usando a aprendizagem baseada em lugares, o

enfrentamento dos problemas de sustentabilidade global por meio de práticas em educação

ambiental e de sustentabilidade, a pegada ecológica de alunos universitários, o currículo e

ensino de sustentabilidade ecológica.

De acordo com a Figura 11, observa-se que os artigos mais citados para a palavra-chave

empreendedorismo foram no período entre 1983 e 2007 e abordam questões de desempenho

empresarial, descoberta de oportunidades, determinantes do empreendedorismo, formação de

alianças estratégicas e redes, capacidades internas e externas, empreendedorismo nascente e

estratégias empreendedora de internacionalização.

A Figura 12 destaca os artigos mais recentes para a mesma temática e abordam

empreendedorismo sustentável, empreendedorismo híbrido, oportunidade empresarial, riscos

Page 39: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

39

individuais, comportamento empreendedor, empreendedorismo educacional, agências públicas

e privadas, percepções dos alunos sobre o empreendedorismo e empreendedorismo social.

Na Figura 13, constam os artigos mais citados sobre a palavra-chave ensino de

empreendedorismo. Esses artigos compreendem o período entre 2002 e 2013. Os assuntos

abordados foram as relações de intercâmbio de conhecimentos do corpo docente para promover

o empreendedorismo, sistema de avaliação da educação para o empreendedorismo, as

percepções dos estudantes de engenharia sobre empreendedorismo, como estudantes de

ciências e engenharia estão sendo ensinados em relação ao empreendedorismo; Os artigos

também apresentam as temáticas de perspectivas sobre o futuro da educação para o

empreendedorismo, aprendizagem do empreendedorismo no ensino superior, abordagem

baseada em projetos para a educação em liderança empresarial, ensino de empreendedorismo

em escolas de Engenharia, o papel atual das escolas de negócios no ensino de empreendimento

e o desenvolvimento da educação para o empreendedorismo num contexto universitário.

Os artigos mais recentes para a palavra-chave ensino de empreendedorismo constam na

Figura 14 e têm como assuntos discutidos o ensino de empreendedorismo para estudantes de

tecnologia e para alunos de engenharia, a necessidade de empreendedores e a evolução do

ensino de empreendedorismo, como incorporar novas e emergentes formas de

empreendedorismo na educação, a importância do inglês profissional, pesquisa de educação e

inovação em engenharia, e, empreendedorismo acadêmico em uma universidade pública

regional.

Cabe ressaltar que, neste capítulo, foram desdobrados os conceitos abordados com a

pesquisa na base de dados Scopus e o complemento de outras fontes, tais como artigos,

dissertações, teses e livros com o intuito de consolidar a presente fundamentação teórica.

2.1 INOVAÇÃO

O termo inovação teve como um dos primeiros autores Schumpeter (1934), que, em sua

obra The theory of economic development, apresentou a figura do empresário inovador,

considerando esse empresário um agente econômico que leva ao mercado novos produtos, seja

pela associação mais eficiente dos fatores de produção, seja pela inserção prática de alguma

invenção ou inovação tecnológica. O autor ainda complementa que uma inovação somente é

completa quando há uma transação comercial envolvendo uma invenção, e, por conseguinte,

gerando riqueza.

Page 40: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

40

As empresas precisam identificar novas oportunidades e organizá-las de forma eficaz e

eficiente para aproveitá-las e isso pode ser mais importante para a geração de riqueza do que a

estratégia em si (TEECE; PISANO; SCHUEN, 1997).

É crescente o uso de tecnologia da informação e a aceitação por parte do usuário vem

sendo pesquisada. Venkatesh et al. (2003) desenvolveram um modelo para gestores avaliarem

a probabilidade de sucesso das introduções de novas tecnologias. A comparação entre modelo

de aceitação e variações do comportamento foi tema de estudo de Taylor e Pidd (1995).

Também estão sendo desenvolvidos instrumentos para medir percepções de indivíduos sobre a

adoção de inovação em tecnologia da informação (MOORE; BENBASAT, 1991).

A inovação é o instrumento específico do empreendedor e tanto um quanto outro são

necessários para a sociedade e para a economia (DRUCKER, 1985). Nesse cenário, os gerentes

de novos projetos de desenvolvimento de produtos e processos vêm enfrentando um paradoxo:

como aproveitar as capacidades essenciais instaladas e lidar com a rigidez dos processos

organizacionais, sendo que os projetos desempenham um papel importante nas estratégias

emergentes, destacando a necessidade de mudança e liderando o caminho? (LEONARD-

BARTON, 1992).

A inovação está cada vez mais presente em empresas de serviços e, para Greenhalgh et

al. (2004), também estão sendo disseminadas e mantidas inovações em serviços,

especificamente os relacionados à saúde. Já DiMasi, Hansen e Grabowski (2003) identificaram

que os custos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) aumentaram a uma taxa anual de 7,4%

acima da inflação, evidenciando um obstáculo para inovar. Kaplan e Norton (1992)

desenvolveram um modelo de medição que busca o equilíbrio entre medidas financeiras e

operacionais e que permite visualizar a empresa de várias perspectivas simultaneamente.

Um outro viés que está recebendo a atenção é referente às práticas de gestão do

conhecimento atrelada à inovação. Nessa direção, para Hansen, Nohria e Tierney (1999), a

escolha da estratégia de gestão de conhecimento da empresa não é arbitrária e deve ser

direcionada pela estratégia competitiva da empresa.

As capacidades dinâmicas são necessárias para sustentar o desempenho empresarial

superior em uma economia aberta com inovação rápida e fontes globalmente dispersas de

invenção, inovação e capacidade de fabricação, bem como os dados abertos ou públicos; Isso

contribui para desbloquear o potencial de inovação de empresas e governos (TEECE, 2007;

SADIQ; INDUSKA, 2017).

Recentemente, a inovação aberta e a cocriação têm recebido ênfase dos pesquisadores.

Nesse cenário, para Hernández (2017), o processo de design gráfico – ferramenta de

Page 41: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

41

comunicação que trabalha com sinais visuais, com a participação pública na tomada de decisões

por meio de redes sociais – é uma alternativa. Assim, a tecnologia vem transformando e

inovando o mundo dos negócios e, na visão de Gupta e Arora (2017), a utilização de plataformas

móveis para compras vem influenciando o raciocínio comportamental dos consumidores.

Em pesquisa realizada por Bankole e Bankole (2017) sobre a influência da cultura na

inovação, os resultados indicaram que a cultura é um conceito apropriado para descrever de que

modo a inovação nas tecnologias de informação e comunicação pode ser influenciada pelo

comportamento humano e, por isso, essa tecnologia é um determinante crucial das inovações.

Os autores complementam que a inovação é uma das principais forças para o desenvolvimento

socioeconômico e, assim, torna-se o elemento chave para estimular o crescimento da economia

de uma nação.

Os comportamentos dos consumidores estão relacionados com o ritmo da inovação

tecnológica, pois conforme Park e Koh (2017), a expectativa de que algo mais novo, melhor e

mais barato esteja disponível no momento inicial de lançamento irá influenciar fortemente a

resistência dos consumidores à adoção dessa tecnologia inicial e mais cara e, nesse contexto,

poderá prevalecer sua vontade de adiar a compra, de modo a esperar mais mudanças e

melhorias.

Em estudo sobre a relação entre a equipe de analistas e o processo de inovação, Jung

(2017) identificou que embora seja caro para as empresas se engajar nas atividades associadas

ao aprimoramento do relacionamento com os analistas, há benefícios em termo de retorno sobre

o investimento para compensar esses custos. Conforme o autor, inicialmente existem custos e

o retorno é baixo, mas, depois, a empresa obtém resultados, ou seja, no médio e longo prazo,

torna-se vantajoso.

A tecnologia e a inovação estão cada vez mais presentes nas organizações mas ainda é

um desafio sua efetiva implantação, conforme apontam Faber, Van Geenhuizen e De Reuver

(2017) e Chen e Lin (2017).

Contudo, a tecnologia e a inovação vem sendo implementadas em algumas práticas

educacionais inovadoras, segundo apontam Vermeir, Kelchtermans e Marz (2017), ocorrendo

por meio de artefatos educacionais que os professores implementam, abrangendo três

configurações: i) uso fiel; ii) uso seletivo; e iii) e uso estendido; o que acrescenta mais evidência

para questionar criticamente a abordagem de fidelidade no estudo de inovações.

Page 42: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

42

2.1.1 Ensino de inovação

Para Martin-blas e Serrano-Fernandez (2009), as novas tecnologias têm um papel

importante no processo de aprendizagem. Os pesquisadores identificaram que, por meio da

plataforma on-line Moodle, houve um melhor desenvolvimento do curso, pois a comunidade de

aprendizagem on-line auxiliou professores e alunos a ter um espaço virtual no qual era possível

compartilhar conhecimento a partir de diferentes tipos de atividades supervisionadas, bate-

papos e fóruns.

Browning et al. (2007) identificaram por meio de um programa educacional inovador

fundamentado em princípios de aprendizagem relacional que conversas desafiadoras criam um

clima seguro para a aprendizagem, apresentando cenários emocionalmente propícios e

integrando às perspectivas dos públicos. Na visão de Ten Cate, Scheele e Ten Cate (2007), a

introdução da formação de pós-graduação baseada em competências é um avanço importante,

mas evoca questões críticas de currículo, e práticas de ensino devem estar atreladas à inoivação.

Para Irbu, Cooke e O’Brien (2010), com a publicação do Relatório Flexner em 1910, a

Fundação Carnegie contribuiu para a inovação educacional e para a reforma da educação de

graduação e pós-graduação. Segundo os autores, aproximadamente uma década após a

publicação do Relatório de Flexner, uma forte forma cientificamente orientada e rigorosa de

educação tornou-se bem estabelecida e, desde então, suas estruturas e processos tiveram poucas

alterações.

Nesse contexto, o ensino de engenharia vem adotando inovações educacionais, mas

ainda tem como foco as habilidades técnicas e, no entanto, em suas carreiras subsequentes, uma

parcela significativa de seu tempo precisa ser dedicada a habilidades não técnicas (BORREGO;

FROYD; HALL, 2010; LARSEN et al., 2016).

Lopez-Perez, Perez-Lopez e Rodriguez-Ariza (2011) identificaram que as novas

tecnologias da informação e da comunicação (TIC) proporcionam aos educadores e alunos um

ambiente de aprendizagem inovador para estimular e melhorar o processo de ensino e

aprendizagem.

A Web 2.0 relaciona-se com capacitação e desenvolvimento por meio dos serviços de

redes sociais, filtragem colaborativa, motores de busca social, compartilhamento de arquivos e

mensagens instantâneas; e representa uma maneira bastante revolucionária e inovadora de

gerenciar e reorientar repositórios de informações e conhecimento on-line, incluindo

informações técnicas e de pesquisa, em comparação com o modelo tradicional da Web 1.0

(BOULOS; WHEELER, 2007).

Page 43: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

43

Artes, Pedraja-Chaparro e Salinas-Jimenez (2017) estudaram a relação entre o

desempenho da pesquisa e a qualidade do ensino no contexto do sistema universitário espanhol.

Os resultados sugerem que, em média, os professores que estão mais envolvidos na pesquisa

obtêm melhores resultados em suas avaliações de ensino.

Conforme Zhao e Tao (2017), os recursos humanos em faculdades e universidades

necessitam de estratégias de inovação, o que pode primar para a qualidade e a eficiência.

Coerentemente, a viabilidade do design para sustentabilidade na prática e no ensino de inovação

social na China foi tema de estudo de Lyu (2017), que ressalta que as formas de prática viável

incluem valorizar a inovação, o que é justificado pelo propósito de descobrir um conjunto de

métodos de práticas eficazes de ensino.

Meza et al. (2017) afirmam que atualmente a sociedade e as organizações enfrentam

uma inovação acelerada que requer o envolvimento de profissionais com novas habilidades e

atitudes, especialmente aquelas relacionadas à criatividade coletiva. Para os pesquisadores, os

ambientes educacionais estão lentamente integrando paradigmas emergentes, limitando a

contribuição para o desenvolvimento de habilidades importantes relacionadas à inovação.

Para Andres e Svoboda (2017), as tecnologias da informação e da comunicação

sofreram, nos últimos anos, um rápido desenvolvimento, com consequências também para a

esfera da educação. Segundo os pesquisadores, a reflexão sobre as tendências didáticas

modernas ocorre nas fronteiras das disciplinas pedagógicas, psicológicas e também

sociológicas, bem como o desenvolvimento tem vindo a acelerar consideravelmente em

consequência das mudanças e inovações tecnológicas em curso, e, assim, é necessário

familiarizar os estudantes com as modernas tecnologias didáticas para o melhor aproveitamento

no processo educacional.

Nesse contexto, o ensino de inovação apresenta um processo de refinamento e fomento

de ideias coletivas, além da familiarização dos estudantes com as modernas tecnologias

didáticas (SPYRTOU et al., 2016; VAZQUEZ-CUPEIRO; LOPEZ-PENEDO, 2016). A

necessidade do ensino de inovação para o empreendedorismo, têm importância em diversos

campos de estudo, tais como Administração, Economia, Engenharia, Saúde e TIC

(HENNEMAN; CUNNINGHAM, 2005; CARSON et al., 1996; GUNASEKARA, 2006;

BORREGO et al., 2010; LARSEN et al., 2016; REVERTE; CLEMENTE, 2017). Nesse

contexto, fica evidenciado que, com o crescimento signiticativo do empreendedorismo por meio

de novas formas de economias emergentes, torna-se necessário o ensino de inovação para o

empreendedor inovar de alguma forma (GARCIA et al., 2017).

Page 44: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

44

Vazquez-Cupeiro e Lopez-Penedo (2016) pesquisaram sobre as mudanças pedagógicas

e metodológicas relacionadas ao uso de novas tecnologias e perceberam que um número cada

vez maior de pesquisas explora as novas tecnologias incorporadas nas escolas e,

particularmente, investiga se esse processo envolve métodos inovadores de ensino, seja porque

essas tecnologias modificam os métodos de ensino, seja porque os apoiam.

O papel das universidades com relação à inovação evoluiu nos últimos 20 anos. Isso

vem ocorrendo pela reformulação e pela transformação das duas funções tradicionais de ensino

e pesquisa. O relacionamento das universidades com empresas e governo vem proporcionando

a inserção mais intensa do tema da inovação no cotidiano, principalmente dos alunos e

professores (GUNASEKARA, 2006).

As novas tecnologias e o ensino baseado em competências, inovações educacionais e

desenvolvimento de habilidades não técnicas proporcionam a educadores e alunos um ambiente

de aprendizagem inovador para estimular e melhorar o processo de ensino e aprendizagem

(TEN CATE; SCHEELE; TEN CATE, 2007; MARTIN-BLAS; SERRANO-FERNANDEZ,

2009; IRBU; COOKE; O’BRIEN, 2010; BORREGO; FROYD; HALL, 2010; LARSEN et al.,

2016).

Nesse contexto, fica evidenciado que, com o crescimento significativo do

empreendedorismo por meio de novas formas de economias emergentes, torna-se necessário o

ensino para o empreendedor inovar de alguma forma (GARCIA; LELES; ROMANO, 2017).

Para tanto, sugere-se a primeira hipótese de pesquisa:

H1: O Ensino de Inovação está positivamente relacionado com o Empreendedorismo.

2.2 SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

A sustentabilidade ambiental está relacionada com a capacidade de suporte, resiliência

e resistência dos ecossistemas (ALVAREZ; MOTA, 2010). Tem relação com o

desenvolvimento sustentável, que, segundo o Relatório Brundtland (1987), é aquele que atende

às necessidades presentes, sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem

às suas próprias necessidades.

Para Severo (2013), a sustentabilidade ambiental, assim como a inovação, pode se tornar

fundamental para a promoção da competitividade das organizações, tanto no contexto regional

quanto no global. Conforme a autora, uma organização sustentável é aquela que

simultaneamente procura ser eficiente em termos econômicos e ambientais.

Page 45: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

45

A biomassa é reconhecida como uma potencial fonte sustentável para fermentação de

biocombustíveis e outros biomateriais, pois é um recurso renovável e sua utilização melhorada

poderia suprir várias necessidades da sociedade, levando a um novo paradigma de fabricação,

como por exemplo a produção de bioenergia (RAGAUSKAS et al., 2006; HIMMEL et al.,

2007). Segundo os autores, o desafio atual para a produção de energia sustentável é superar as

propriedades químicas e estruturais que evoluíram na biomassa para evitar sua decomposição

e também fazer com que o processo de conversão seja competitivo em termos de custos.

Um problema mundial são as pescas, pois raramente têm sido sustentáveis, e isso

ocorreu devido a um esgotamento em série, mascarado por tecnologia aprimorada e pela

expansão geográfica sem precedentes (PAULY et al., 2002; OSTROM, 2009). Tscharntke et

al. (2005) afirmam que existe uma preocupação com os efeitos negativos do uso da terra

agrícola para a conservação da biodiversidade e também sua relação com o ecossistema. Para

eles, a agricultura pode contribuir para a conservação de sistemas de alta diversidade, que

podem proporcionar importantes benefícios, tais como a polinização e o controle biológico.

Existem muitos desafios em termos de sustentabilidade ambiental, para a busca de uma

maior urbanização (GRIMM et al., 2008). Os autores destacam que as áreas urbanas

impulsionam mudanças ambientais em escalas múltiplas, e as exigências materiais da produção

e do consumo humano alteram o uso e a cobertura da terra e a biodiversidade, tanto em nível

local quanto regional, afetando principalmente o clima.

Conforme Foley et al. (2011), o aumento da população e do consumo está colocando

demandas sem precedentes na agricultura e nos recursos naturais, pois os sistemas agrícolas

estão degradando simultaneamente a terra, a água, a biodiversidade e o clima em uma escala

global. Matson (1997) complementa afirmando que a expansão e a intensificação do cultivo

estão entre as mudanças globais predominantes neste século, o que contribui para a busca da

solução em torno de uma intensificação da agricultura através da utilização de variedades de

culturas de alto rendimento, fertilização, irrigação e pesticidas para o aumento da produção de

alimentos.

Para Seuring e Muller (2008), o interesse acadêmico e corporativo na gestão sustentável

da cadeia de suprimentos aumentou consideravelmente nos últimos anos, e isso pode ser

constatado pelo crescente número de artigos publicados na área. Para os autores, a pesquisa

ainda é dominada por questões ambientais, mas os aspectos sociais e também a integração das

três dimensões da sustentabilidade são ainda raros e devem ser pesquisados, tanto por

profissionais quanto alunos, pensando nas consequências para as próximas gerações.

Page 46: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

46

Segundo Higón, Gholami e Shirazi (2017), estudos recentes têm destacado os impactos

ambientais positivos e negativos das tecnologias de informação e comunicação (TICs), as quais

estão entre as fontes que contribuem para o aumento dos níveis de emissões de CO2, em termos

de produção de máquinas e dispositivos de TIC, consumo de energia e reciclagem de resíduos

eletrônicos. Os autores ressaltam que as TICs podem reduzir as emissões de CO2 em escala

global, por meio do desenvolvimento de cidades mais inteligentes, sistemas de transporte, redes

elétricas, processos industriais e ganhos de energia.

Jorgenson, Schor e Huang (2017), ao pesquisarem sobre a relação entre as emissões de

CO2 e medidas de desigualdade de renda, identificaram que quando os rendimentos se tornam

mais equitativamente distribuídos, a classe de baixa renda vai aumentar o seu consumo de

energia e outros produtos intensivos em carbono à medida que passam para a classe média. Já

Manju e Sagar (2017) realizaram um estudo relacionado com igualdade entre o progresso

econômico e a sustentabilidade ambiental. Eles acreditam que, a fim de obter energia

sustentável e estável a longo prazo, é necessário um progresso significativo nos setores das

energias renováveis, e os governos precisam identificar políticas para subsídios, incentivando

a utilização de sistemas solares fotovoltaicos.

Dalvi-Esfahani, Ramayah e Nilashi (2017) pesquisaram sobre os vários drivers

psicológicos que motivam os gestores de organizações a adotar a tecnologia de informação

verde (Green IT) e o sistema de informação verde (Green IS) dentro de suas corporações.

Segundo os autores, é necessário formular políticas para o entendimento e o desenvolvimento

de estratégias para direcionar e selecionar um indivíduo para a posição gerencial com uma

mentalidade mais voltada para a sustentabilidade ambiental.

Em relação aos aspectos de sustentabilidade do sistema enérgico, Rosch et al. (2017)

entendem que são necessários indicadores para a tomada de decisões políticas no intuito de

abordar adequadamente o tema, pois é uma alternativa em resposta às alterações climáticas, à

limitada disponibilidade de combustíveis fósseis e aos riscos associados à energia nuclear,

proporcionando uma transição energética para alcançar um fornecimento sustentável e

ambientalmente sólido de serviços energéticos apoiando o desenvolvimento de estratégias

políticas para uma transição energética bem-sucedida.

Coerentemente, uma indústria de recursos minerais de classe mundial é definida com

excelência em termos de qualidade, desempenho e desenvolvimento dos produtos de rocha

dentro das especificações, bem como uma indústria mineral sustentável precisa satisfazer às

necessidades da geração atual sem comprometer a capacidade das futuras gerações. Desse

modo, os líderes mundiais necessitam trabalhar tendo por base a responsabilidade, a garantia

Page 47: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

47

de qualidade e práticas de trabalho seguras, para uma iniciativa de sustentabilidade bem-

sucedida (GOH; EFFENDI, 2017).

Ting e Cheng (2017) destacam que uma possibilidade de evolução em termos de

sustentabilidade ambiental se efetiva por meio do desenvolvimento do comportamento pró-

ambiental através de estudos com alunos e inclusão de atividades de aprendizagem vivenciais,

como por exemplo, o turismo sustentável. Os autores afirmam que as participações dos alunos,

juntamente com guias profissionais, têm efeitos significativos e positivos sobre o

comportamento pró-ambiental e os resultados têm o potencial de posicionar a aprendizagem

participativa e orientada como soluções eficazes na promoção de resultados de educação

positiva entre os indivíduos.

Uma iniciativa em termos de transporte de cargas é a expansão da utilização de veículos

ferroviários guiados e automatizados, pois isso proporciona a eficiente utilização de energia,

gerando resultados benéficos tanto para a sustentabilidade financeira quanto para a ambiental

(HU; MAO; WEI, 2017).

2.2.1 Ensino de sustentabilidade ambiental

Para Alshuwaikhat e Abubakar (2008), as universidades podem ser consideradas como

pequenas cidades, devido à sua grande dimensão, população e atividades complexas e

consequentemente têm alguns impactos diretos e indiretos sobre o ambiente. Os autores

ressaltam que uma alternativa para remediar as limitações das atuais práticas de gestão

ambiental nas universidades e garantir mais sustentabilidade envolve a integração de três

estratégias: Sistema de Gestão Ambiental (SGA), participação pública e responsabilidade social

e promoção da sustentabilidade no ensino e na pesquisa.

Segundo Segalas, Ferrer-Balas e Mulder (2010), a introdução de cursos de

desenvolvimento sustentável tem sido importante para muitas universidades tecnológicas,

agências de acreditação e redes universitárias nacionais e internacionais. Assim, os alunos

percebem a sustentabilidade como relacionada à tecnologia, para contribuir para resolver os

problemas ambientais do planeta e também preenchem a lacuna dos aspectos sociais e

atitudinais da sustentabilidade não percebidos pelos alunos inicialmente. Ainda conforme os

autores, os cursos que aplicam uma abordagem pedagógica mais orientada para a comunidade

e construtiva com aprendizagem ativa aumentam o conhecimento dos alunos sobre

desenvolvimento sustentável.

Page 48: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

48

De acordo com Ferrer-Balas et al. (2010), é necessário repensar como as IES estão

enfrentando a sustentabilidade, e, a partir disso, analisar como acelerar o ritmo de trabalho,

visando a um modelo de transição para se tornarem sociedades sustentáveis. Para os

pesquisadores, essa questão centra-se em mudanças em valores, atitudes e motivações, bem

como em currículos, interações sociais e avaliações dos impactos da pesquisa. Carew e Mitchell

(2008), por sua vez, pesquisaram sobre a variação em conceitos de sustentabilidade ambiental,

social e econômica no ensino superior, bem como identificaram uma ampla gama de ações que

os acadêmicos participantes associaram com a realização da sustentabilidade, percebendo a

importância dessa temática para a aprendizagem e o ensino de sustentabilidade na graduação.

Boschen, Lenoir e Scheringer (2003) ressaltam a importância so estudo da

sustentabilidade, que tem como elemento a pesquisa visando à otimização de processos e

produtos químicos com respeito ao consumo de energia, material, segurança, toxicidade,

degradação ambiental, entre outros. Os pesquisadores defendem que a química sustentável

deveria também abordar o aspecto social da sustentabilidade, o que, por sua vez, é entendido

como uma contribuição para uma prática científica mais sustentável.

Dengler (2008) identificou benefícios pedagógicos de um curso de aprendizado ativo

complementado por um fórum de discussão on-line para ensinar a sustentabilidade. O autor

sugere o e-learning como complemento à sala de aula, pois pode aumentar as oportunidades de

participação dos alunos, e, com isso, potencializar a participação e as discussões em uma sala

de aula tradicional no que tange a sustentabilidade.

Contudo, ocorreu aumento na quantidade de IES que incorporaram a sustentabilidade

em seu ensino, entretanto, são necessárias reformas curriculares para melhorar o ensino de

implicações que o trabalho tem sobre o meio ambiente e a sociedade, pois a busca pela

sustentabilidade requer mudança de paradigma de crescimento, visando a ciência-tecnologia-

meio-ambiente-sociedade, indicando que o caminho pela educação é inevitável (WATSON et

at., 2013; ZOLLER; SCHOLZ, 2004).

Nesse cenário, Roome (2005) estudou sobre um módulo destinado a proporcionar

educação para a sustentabilidade, no âmbito da nova geração de MBAs (Master in Business

Administration), tendo como ênfase uma abordagem específica do contexto, na implantação de

habilidades de pensamento de sistemas e no engajamento das partes interessadas. O módulo

abordou os paradoxos que surgem entre as partes interessadas das cadeias de suprimentos

globais, tendo a sustentabilidade sido considerada a partir de perspectivas.

Page 49: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

49

Lawson, Cushing e Taborda (2017) afirmam que a arquitetura de paisagem é um campo

de educação interdisciplinar que busca atrair o interesse de alunos e no qual as motivações são

muitas vezes ligadas ao seu afeto pelo ambiente e ao cotidiano de suas vidas. Para Ronto et al.

(2017), embora ocorra a introdução de conceitos mais amplos de alfabetização de alunos de

ensino médio, por meio da sustentabilidade ambiental, a falta de recursos financeiros e

ambientes escolares não favoráveis, são considerados como os principais fatores que impedem

a educação e os comportamentos saudáveis dos adolescentes.

Segundo Jones et al. (2016), a aprendizagem integrativa no ensino superior é uma área

em rápido desenvolvimento e se efetiva por meio da exploração de novas maneiras de conectar

os alunos, dentro e fora da sala de aula. Para os autores, é possível desenvolver e implementar

uma abordagem extracurricular como parte da missão de educar sobre o meio ambiente e a

sustentabilidade ambiental.

Para Alfaris, Juaidi e Manzano-Agugliaro (2016), como resultado do crescimento

populacional, o setor educacional está crescendo rapidamente. Desse modo, as escolas

necessitam grandes quantidades de energia, ocasionando um impacto negativo no ambiente,

aumentando as emissões de carbono, bem como o esgotamento dos recursos energéticos não

renováveis. Os autores sugerem como estratégia sustentável a melhoria da eficiência energética

por meio das melhores práticas de gestão em conjunto com alunos e professores durante as fases

operacionais.

Para Kanninen, Syrja e Gorman (2016), o espaço de ensaio virtual criado em ambos os

locais, por meio da disposição de tecnologia voltada a videoconferências, ao uso de telas de

projeção, a conexões de internet de alta velocidade e a microfones de alto desempenho permite

uma solução educacional sustentável. Conforme Gosselin et al. (2016), a aprendizagem baseada

no local é uma prática educacional útil para interligar conceitos de geociências a questões

sociais, com o objetivo de promover a sustentabilidade ambiental.

Sund (2016) identificou que, nos últimos 20 anos, organizações internacionais e

governos nacionais enfatizaram a necessidade de orientar as políticas de educação para a

mudança social e a sustentabilidade ambiental. Coerentemente, a redução do impacto ambiental

em busca de consumo sustentável inclui ensino-aprendizagem, pesquisa e operações, assim,

estratégias ecológicas são alternativas para a redução do impacto ambiental e a obtenção do

consumo sustentável, incluindo ensino-aprendizagem, pesquisa e operações (SEE; WAI; ZEN,

2016).

O antropocentrismo da sociedade moderna, conforme aduzem Huang, Zhong e Deng

(2016), leva a grandes danos ao meio ambiente, e, a fim de proteger o meio ambiente, a

Page 50: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

50

humanidade enfrenta uma séria crise ecológica. Conforme os autores, a humanidade deve

abandonar as diferenças políticas e religiosas e tomar o caminho para o desenvolvimento

sustentável, com uma educação moderna, prestação de informação ambiental e contribuição

para a proteção do ambiente.

A necessidade de implantar sistemas de gestão ambiental e promoção da

sustentabilidade na pesquisa, bem como a ainserção do ensino de sustentabilidade, contribui

para o futuro das novas gerações, e isto está atrelado a capacidade de se empreender e inovar

nas IES (ZOLLER; SCHOLZ, 2004; ALSHUWAIKHAT; ABUBAKAR, 2008; SEGALAS;

FERRER-BALAS; MULDER, 2010; WATSON et al. 2013; SEE; WAI; ZEN; 2016). Neste

contexto, apresenta-se a segunda hipótese de pesquisa:

H2: O Ensino de Sustentabilidade Ambiental está positivamente relacionado com o

Empreendedorismo.

2.3 EMPREENDEDORISMO

O empreendedorismo tem origem na obra Essay on the nature of commerce in general

de Cantillon (1959), na qual se define empreendedor como recebedor de uma renda não fixa,

isso é, variável devido à demanda desconhecida por seu produto. A obra ainda remete à

compreensão de que o empreendedor trouxe equilíbrio para um mercado ao atender às

preferências do consumidor.

Schumpeter (1934), além do destaque em relação ao tema da inovação, também é

reconhecido pelas contribuições no tema empreendedorismo. O autor destaca o papel do

empreendedor, afirmando que seu sucesso depende da intuição, da capacidade de perceber as

coisas de uma forma que em um momento seguinte possa ser considerada verdadeira, mesmo

que naquele momento isso não possa ser comprovado.

Os empreendedores criam ou identificam oportunidades a partir da organização dos

recursos necessários, com o intuito de desenvolver novos mercados e enfrentar os concorrentes,

bem como de criar energia humana. Segundo Dornelas, Timmons e Spinelli (2014), o

empreendedorismo é a maior força transformadora para uma sociedade.

Para Teece (2007), as empresas com fortes capacidades dinâmicas são intensamente

empreendedoras, e não só se adaptam aos ecossistemas empresariais como também os moldam

através da inovação e da colaboração com outras empresas, entidades e instituições. Isso

Page 51: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

51

permite que essas empresas criem, implementem e protejam os ativos intangíveis que suportam

o desempenho organizacional de longo prazo.

Lee, Lee e Pennings (2001) identificaram que os indicadores de capacidade interna tais

como orientação empresarial, capacidade tecnológica e recursos investidos são preditores

importantes do desempenho de uma start-up. Por outro lado, entre as redes externas, apenas os

vínculos com as empresas de capital de risco contribuíram no desempenho da start-up. Os

autores constataram, ainda, que vários termos de interação entre capacidades internas e vínculos

baseados em parcerias têm uma influência estatisticamente significativa no desempenho.

Shane (2000) acredita que os empreendedores devem descobrir oportunidades para

explorar as novas tecnologias antes que a mudança tecnológica leve a novos processos,

produtos, mercados ou formas de organização. Para a autora, os empresários descobrem

oportunidades relacionadas com as informações que já possuem previamente.

Miller (1983) pesquisou sobre os principais determinantes do empreendedorismo e o

processo pelo qual as organizações se renovam em seus mercados por meio do pioneirismo, da

inovação e da tomada de riscos. Segundo ele, alguns autores argumentam que os fatores de

personalidade do líder são o que determina o empreendedorismo, outros têm destacado o papel

desempenhado pela estrutura da organização, enquanto uma terceira corrente tem apontado para

a importância da tomada de estratégia.

Davidsson e Honig (2003) identificaram que a ligação do capital social e humano foi

um preditor robusto para empreendedores nascentes e que os resultados com os primeiros

negócios é vital. Apontaram, ainda, que ser um membro de uma rede de negócios tem um efeito

positivo significativo. Hoang e Antoncic (2003) identificaram três características importantes

para o desenvolvimento das redes para empresas nascentes: conteúdo das relações de rede,

governança e estrutura.

Para Eisenhardt e Schoonhoven (1996), é importante para o empreendedor formar

alianças estratégicas, e o primeiro motivo para é relacionado aos custos de transação. Além

disso, as alianças se formam quando as empresas estão em posições sociais fortes, de tal forma

que são lideradas por equipes de alto escalão, experientes e bem conectadas.

O impacto positivo da internacionalização sobre o desempenho de novas empresas,

segundo afirmam Lu e Beamish (2001), se estende principalmente a partir da extensão da

atividade de investimento direto estrangeiro de uma empresa.

O empreendedorismo cultural, segundo destacam Lounsbury e Glynn (2001), é o

processo de contar histórias que incluem a acumulação de recursos empresariais e subsequente

criação de riqueza. Os autores destacam que as histórias ajudam a criar vantagem competitiva

Page 52: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

52

para os empreendedores e que isso se efetiva por meio do conteúdo formado por duas formas-

chave de capital empreendedor: o capital de recursos específicos da empresa e o capital

institucional do setor.

Em pesquisas recentes sobre empreendedorismo, vem surgindo o tema do

empreendedorismo sustentável. Para Munoz e Cohen (2017), é importante considerar a noção

de sincronia empresarial, emergindo de uma abordagem indutiva, como um conceito-chave para

o avanço da teoria do empreendedorismo sustentável. Contudo, nos últimos anos, o

empreendedorismo híbrido está atrelado ao elevado crescimento no índice desses

empreendores. Os detentores de mais postos de trabalho frequentemente têm maiores salários

por hora, em seu segundo emprego, em relação ao seu trabalho principal, devido ao alto nível

de engajamento (SCHULZ; URBIG; PROCHER, 2017).

Segundo Wood (2017), o conceito de oportunidade empresarial é fundamental para a

pesquisa em empreendedorismo, entretanto, considera-se que os movimentos são seguidos pela

noção de que concordar o construto é representacionalmente valioso, e aceitar a variação

sistemática na definição da construção do empreendedorismo é um estado de equilíbrio

vantajoso.

Em estudo voltado ao efeito das atitudes de risco individuais sobre o empreendedorismo,

Brachert, Hyll e Titze (2017) consideraram o viés de simultaneidade. Ao examinar o efeito das

atitudes de risco individuais sobre o empreendedorismo, demonstraram que a aceitação por

montar um negócio próprio está relacionada com mudanças nas atitudes de risco. Amorim,

Picanco e Panzer (2017) realizaram estudos visando explorar a relação entre o comportamento

empreendedor e a satisfação no trabalho, destacando que gênero e nível educacional estão

associados ao comportamento empresarial.

Omer e Yemini (2017) consideram que, embora o conceito de empreendedorismo no

campo da educação tenha recebido crescente atenção dos estudiosos nos últimos anos, não

existe uma definição consensual sobre o que exatamente o empreendedorismo educacional

envolve. Para os autores, o empreendedorismo na educação é visto como um processo pelo qual

uma visão do empreendedor baseada na identificação de uma necessidade ou problema dentro

do sistema educativo é percebido juntamente com a oportunidade de resolvê-lo de forma

inovadora e leva a formular metas e trabalhá-las de forma que se agregue valor, influenciando

assim o entorno imediato e o sistema educacional mais amplo.

A inter-relação entre as agências públicas e privadas regionais, conforme destacam

Holmen e Fosse (2017), permite que sejam definidos novos caminhos e novas oportunidades

para os empreendedores. Além disso, os estágios iniciais da constituição do novo caminho para

Page 53: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

53

empreendedores podem ser explicados por fatores estruturais e pela forte presença de agências.

Para Lindh (2017), as percepções dos alunos sobre o empreendedorismo, bem como sua atitude

em relação à educação para o empreendedorismo, são moldadas por suas experiências

anteriores e pelo pertencimento contextual. As práticas reflexivas que fazem parte da educação

para o empreendedorismo trabalham para desafiar, mudar ou reproduzir tais atitudes, e

contribuem para que se defina um caminho diferente de desenvolvimento empreendedor a ser

seguido pelos alunos como resultado (LINDH, 2017; JOHNSON; MONSEN; MACKENZIE,

2017).

As capacidades imaginativas de potenciais empreendedores, segundo Liang et al.

(2017), afetam seu sucesso percebido em empreendimentos, pois embora conceber e

transformar a imaginação esteja positivamente relacionado a todas as dimensões do

desempenho percebido, iniciar a imaginação está negativamente relacionado com as dimensões

das operações comerciais e dos programas de serviços.

2.3.1 Ensino de empreendedorismo

Martinelli, Meyer e Tunzelmann (2008) identificaram que um número considerável de

professores e pesquisadores se envolve em processos de intercâmbio de conhecimentos sobre

empreendedorismo. Evidenciaram, também, que é crescente o número de universidades que

estão promovendo ações em torno dessa temática. Esses processos têm ocorrido com empresas

e outros parceiros não acadêmicos, diferem de uma universidade para outra e envolvem também

transferência de tecnologia.

Fayolle (2005) sugere novas abordagens na avaliação de programas de ensino para o

empreendedorismo. Seu modelo baseia-se na teoria do comportamento planejado, que permite

medir, sob influência de variáveis independentes relacionadas aos programas de ensino de

empreendedorismo, mudanças de atitude em relação ao comportamento empreendedor,

mudanças de atitude em relação a normas subjetivas, mudanças de atitude em relação ao

controle percebido do comportamento empreendedor e, finalmente, mudanças nas intenções

empreendedoras.

As percepções gerais dos alunos sobre a profissão de engenharia, segundo identificaram

Dabbagh e Menasce (2006), melhoraram significativamente ao final das experiências com

empreendedorismo. Percebeu-se que, nesse momento, esses estudantes apresentam percepções

acerca do empreendedorismo – especificamente no que concerne às habilidades profissionais –

significativamente melhores do que as percebidas nos alunos que não participam dessas ações.

Page 54: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

54

O ensino, a criação de novos empreendimentos e, em menor grau, a pesquisa estão no

foco que norteiam as iniciativas de empreendedorismo nas universidades, mas questões

educacionais e didáticas permanecem inalteradas (STANDISH-KUON; RICE, 2002;

FAYOLLE, 2013).

Nesse contexto, há uma necessidade constante para a formação de estudantes de ensino

superior com foco em empreendedorismo (TAATILA, 2010). Conforme o autor, o desafio

pedagógico é voltado ao fato de que as competências empreendedoras são psicologicamente

orientadas e mais holísticas do que as competências tradicionais, pois as habilidades

empreendedoras são aprendidas por meio de projetos pragmáticos de desenvolvimento da vida

real. Okudan e Rzasa (2006) ressaltam que a liderança empreendedora elenca práticas de

aprendizagem baseadas em projetos, o que pode ocasionar maiores benefícios, desencadeados

por um programa específico de empreendedorismo.

As mudanças na economia e, consequentemente, na força de trabalho, conforme

afirmam Duval-Couetil, Reed-Rhoads e Haghighi (2012), levam muitas escolas a ofertar

educação para o empreendedorismo, pois isso poderia ampliar as perspectivas de carreira,

estimulando iniciativas empreendedoras. Já Wright et at. (2009) identificaram que a capacidade

das escolas de negócios para preencher lacunas de conhecimento no desenvolvimento do

empreendedorismo acadêmico é limitada pelas estruturas institucionais das universidades,

sendo necessário desenvolver processos e políticas internas nas universidades.

Nesse cenário, o sistema educacional no nível universitário pode não ser capaz de

desenvolver a motivação, as competências e as habilidades dos estudantes em relação à

inovação e ao empreendedorismo, pois a educação para uma postura empreendedora requer

métodos de aprendizagem, processos pedagógicos e enquadramentos para a educação que as

universidades, de momento, não dominam (BLENKER et al., 2008).

As universidades, segundo Fernandes et al. (2017), procuram promover o

empreendedorismo por intermédio de abordagens educativas eficazes, que precisam estar em

permanente evolução. No entanto, segundo os autores, a literatura em educação para o

empreendedorismo carece de evidências empíricas. Além disso, as dimensões fundamentais

para promoção de competências empresariais são trabalho em equipe, envolvimento no projeto

e contato com o mercado.

Nesse contexto, incentivar o empreendedorismo tornou-se um tema de alta prioridade

na política universitária. As atividades empreendedoras estão sendo consideradas como uma

força motriz da inovação, enquanto a popularidade da educação para o empreendedorismo se

Page 55: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

55

reflete no grande e crescente número de IES que oferecem cursos sobre o tema (HOLLER;

VORBACH, 2017).

O contexto do empreendedorismo do século XXI, afirmam Vealey e Gerding (2016),

mudou rapidamente como resultado de novas abordagens, incluindo o crowdfunding, que se

consolida como uma alternativa à forma como os empresários tradicionalmente criam fundos

iniciais e operacionais para um empreendimento, ocorrendo a necessidade de preparar os alunos

não apenas para lançar ideias de risco para um pequeno público de investidores, mas também

para considerar, identificar e enquadrar problemas, desenvolvendo relações éticas com

stakeholders e investidores.

Em pesquisa sobre o papel do ensino de religião nas escolas públicas em uma

perspectiva tridimensional que envolve o empreendedorismo, marketing e gestão

organizacional, Agheorghiesei, Copoeru e Horia (2016) identificaram que as sinergias

poderiam ser capitalizadas no intuito de obter uma vantagem competitiva em um contexto em

que a diversidade é uma realidade. Isso possibilita que se efetive um contexto de lealdade e

melhoria das relações nas organizações.

O empreendedorismo evoluiu do modelo tradicional da escola de negócio, focalizando

em habilidades e planos de negócio, incluindo o cultivo de uma mentalidade empreendedora e

a incorporação do empreendedorismo no aprendizado formal e informal por meio da integração,

de competições e de mentorias (HUANG-SAAD; MORTON; LIBARKIN, 2016).

A educação e a inovação, para Guerra e Smith (2016), podem utilizar recursos do

processo de criação de empresas no formato enxuto, conhecido como Lean Startup, e podem

gerar modelos de negócios sustentáveis e escaláveis usando o método Business Model Canvas,

também conhecido como quadro do modelo de negócio. Já Davis e Bolen (2016) pesquisaram

sobre o efeito da introdução e utilização do conceito de proposta de valor para criação de

negócios e identificaram que um número crescente de alunos está ganhando valiosos

conhecimentos interdisciplinares e a experiência será benéfica para eles em suas carreiras.

Competências em networking, negociação e trabalho em equipe aprendidas por meio do

contexto de empreendedorismo preparam os alunos para gerenciar carreiras sem fronteiras, que

abrangerão os contextos organizacionais em movimento e alternando identidades profissionais

(RAY; REILLY; TIRRELL, 2016).

Considerando o exposto no referencial teórico, foram elaboradas as seguintes hipóteses

em torno do efeito moderador das disciplinas de inovação, empreendedorismo e

sustentabilidade ambiental sobre o empreendedorismo e também do efeito moderador

relacionado ao curso de graduação:

Page 56: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

56

H3: Existe um efeito moderador da disciplina específica de

inovação/empreendedorismo (H3) nas relações do Ensino de Inovação e o Ensino de

Sustentabilidade Ambiental sobre o Empreendedorismo.

H3a – A disciplina específica de inovação/empreendedorismo modera a relação entre o Ensino

de Inovação e o Empreendedorismo.

H3b – A disciplina específica de inovação/empreendedorismo modera a relação entre o Ensino

de Sustentabilidade Ambiental e o Empreendedorismo.

H4: Existe um efeito moderador da disciplina específica de sustentabilidade ambiental

(H4) nas relações do Ensino de Inovação e o Ensino de Sustentabilidade Ambiental sobre o

Empreendedorismo.

H4a – A disciplina específica de sustentabilidade ambiental modera a relação entre Ensino de

Inovação e o Empreendedorismo.

H4b – A disciplina específica de sustentabilidade ambiental modera a relação entre Ensino de

Sustentabilidade Ambiental e o Empreendedorismo.

H5: Existe um efeito moderador do curso de graduação (H5) nas relações de Ensino de

Inovação e o Ensino de Sustentabilidade Ambiental sobre o Empreendedorismo.

H5a – O curso de graduação modera a relação entre o Ensino de Inovação e o

Empreendedorismo.

H5b – O curso de graduação modera a relação entre o Ensino de Sustentabilidade Ambiental e

o Empreendedorismo.

Para o desenvolvimento dessa Dissertação e aplicação da pesquisa, foi desenvolvido o

modelo teórico e de hipóteses apresentado na Figura 15.

Page 57: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

57

Figura 15 - Modelo teórico e de hipóteses

Fonte: Elaborado pelo autor (2017).

Page 58: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

58

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

A metodologia da pesquisa, para Hair Jr. et al. (1998), resume os passos que foram dados

para se atingir os objetivos da pesquisa. Segundo Marconi e Lakatos (2003), a metodologia

envolve o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e

autonomia, permite alcançar o objetivo por meio do planejamento do caminho a ser seguido.

Considerando a problematização, bem como os objetivos propostos nessa pesquisa, foi

identificada que a natureza mais adequada é de caráter quantitativo e descritivo, por meio de

uma survey, pois se trata de um levantamento de dados primários a partir de indivíduos e

envolve a coleta desses dados de uma quantidade significativa de pessoas (HAIR Jr. et al., 2005;

GIL, 2008; MALHOTRA, 2012). Nesse contexto, a pesquisa descritiva utiliza um conjunto de

métodos e procedimentos científicos, para coletar dados que descrevem as características de

uma população-alvo e engloba dados numéricos no intuito de responder às questões da pesquisa

(HAIR Jr. et al., 2005).

A pesquisa quantitativa trata-se de um meio para testar teorias objetivas e implica uma

mediação de relações entre variáveis que podem ser medidas por instrumentos, para que os

dados numéricos possam ser analisados por procedimentos estatísticos (ROESCH, 1999;

CRESWELL, 2010).

A pesquisa nesse formato possibilitará a quantificação de crenças, opiniões, hábitos e

comportamentos de uma população, partindo de uma amostra significativa, bem como o

estabelecimento de relações entre variáveis (HAIR Jr. et al., 2005; GIL, 2008).

Nesse contexto, elaborou-se um protocolo de pesquisa quantitativa com o intuito de

trazer uma garantia de padronização e execução da mesma. Nesse protocolo de pesquisa,

constam o objetivo geral da pesquisa, as fontes de informação, as atividades e os procedimentos

realizados, bem como um quadro explicativo, com os objetivos específicos e as perguntas

correspondentes (Apêndice A).

A Figura 16 apresenta a sequência metodológica das etapas em que a pesquisa foi

realizada. Inicialmente, foi desenvolvido o referencial teórico que fundamentou este estudo.

Posteriormente, foi definida a natureza da pesquisa. Na sequência, identificou-se a população e

a amostra. Então, foi elaborado e questionário, o qual foi validado juntamente com os

construtos. Na sequência, elaborou-se o protocolo de pesquisa para, a posteriori proceder à

aplicação dos questionários. Neste cenário, subsequentemente ocorreu a análise e interpretação

de dados, e por fim foram apresentados os resultados obtidos.

Page 59: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

59

Figura 16 - Sequência metodológica da pesquisa

Fonte: Elaborado pelo autor (2017).

No momento de análise e interpretação de dados, foi utilizada a Modelagem de

Equações Estruturais (MEE) e para a operacionalização da pesquisa foram aplicados os passos

de Hair Jr. et al. (1998) e Guimarães (2013), os quais são demonstrados na Figura 17.

Figura 17 - Modelo de análise das relações entre empreendedorismo, inovação e

sustentabilidade ambiental

Fonte: Adaptado de Guimarães (2013).

Page 60: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

60

O tratamento estatístico e a análise dos dados foram realizados por meio do software

SPSS® (Statistical Package for Social Scienses), Versão 21 para Windows®, e, para os cálculos

da MEE, foi utilizado o software AMOS®, Versão 21, acoplado ao SPSS®, conforme

recomendações de Byrne (2010).

A seguir, está apresentada a população e amostra do estudo, bem como o desdobramento

dos passos propostos por Hair Jr. et al. (1998) para a análise por meio da MEE.

3.1 POPULAÇÃO E AMOSTRA

A população representa um conjunto de seres que apresentam pelo menos uma

característica em comum (LAKATOS; MARCONI, 2001), e a amostra é uma parte dessa

população, que seja representativa da população estudada (GIL, 2008).

No caso desta pesquisa, a característica é a condição de aluno e então, a população

compreendeu os alunos de graduação e pós-graduação lato sensu e stricto sensu da Faculdade

Meridional - IMED, IES Alfa e IES Beta. Esses alunos estão inseridos nos cursos de

Administração, Ciência da Computação, Sistemas de Informação, Direito, Arquitetura e

Urbanismo, Psicologia, Medicina, Odontologia, Engenharia Civil e Medicina Veterinária,

Engenharia da Produção, Engenharia Industrial Madeireira, Engenharia Agrícola, Processos

Gerenciais, Gestão Financeira, Recursos Humanos, Ciências Contábeis, entre outros.

Para determinar o número mínimo de respondentes, identificados como amostra para

esta pesquisa, foi utilizada a regra de apenas considerar grupos de, no mínimo, 10 respondentes

para cada variável observável (HAIR Jr. et al., 1998), ou no mínimo 200 respondentes (KLINE,

2005).

Nesse contexto, a amostra será não probabilística por conveniência, pois os alunos não

contemplam uma forma aleatória de seleção e sim por facilidade de acesso do pesquisador

(LAKATOS; MARCONI, 2001; GIL, 2008).

3.2 COLETA DE DADOS

Para o desenvolvimento da abordagem quantitativa, foi utilizada coleta de dados por

meio de uma survey, executada a partir da aplicação de um questionário (Apêndice B). As

questões que tratam da inovação foram adaptadas das pesquisas de Paladino (2007), Guimarães,

Severo e Santini (2014), Vazquez-Cupeiro e Lopez-Penedo (2016), Spyrtou et al. (2016), De

Guimarães et al. (2016) e dos pressupostos teóricos do Manual de Oslo (OCDE, 2005) e

Page 61: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

61

PINTEC (2014). As questões que tratam da sustentabilidade ambiental foram adaptadas de

Eckert, Neto e Boff (2015), Severo e Guimarães (2015), Severo et al. (2016), Jones et al. (2016),

Sund (2016), Huang, Zhong e Deng (2016), Severo, Dorion e Guimarães (2017) e dos

pressupostos teóricos da ONU (2015). Já as questões relacionadas com a temática de

empreendedorismo foram adaptadas dos pressupostos teóricos de SEBRAE (2005), Endeavor

(2014), GUESSS (2014), GEM (2015) e dos estudos de Tondolo, Severo e Tondolo (2015),

Vealey e Gerding (2016), Ray, Reilly e Tirrell (2016), Lindh (2017), Omer e Yemini (2017),

Holler e Vorbach (2017).

Ressalta-se que o questionário (Apêndice B) foi elaborado e validado

metodologicamente por três experts1 das áreas de inovação, sustentabilidade e

empreendedorismo, antes de sua aplicação com os alunos.

As variáveis observáveis constam na Figura 18 e foram operacionalizadas mediante as

respostas do questionário (Apêndice B), dentro de um grau de concordância ou discordância, a

partir da escala de Likert de 5 pontos: i) 1 = Discordo totalmente; ii) 2 = Discordo parcialmente;

iii) 3 = Nem discordo, nem concordo; iv) 4 = Concordo parcialmente; e, v) 5 = Concordo

totalmente. Os itens constantes no questionário foram apresentados na forma de uma afirmação.

A escala Likert é a variação mais frequentemente usada de classificação somatória, de

elaboração simples e de caráter ordinal com passos definidos e claros (GIL, 2008; COOPER;

SCHINDLER, 2016).

Vale ressaltar que, no início do questionário, os respondentes informaram alguns dados

complementares, que auxiliaram no entendimento do perfil do aluno, bem como influenciaram

nos resultados das relações entre os construtos pesquisados e constituíram-se como

moderadores.

Nesse contexto, antes da coleta de dados, foi realizado um pré-teste com 2 turmas

totalizando 57 respondentes, para verificar o entendimento das questões, bem como o tempo

necessário para as respostas.

1 Prof. Dr. Julio Cesar Ferro de Guimaraes (Centro de Engenharias da Universidade Federal de Pelotas - UFPel);

Prof. Dr. Claudio Rotta (Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM-Sul); Profa. Dra. Ariane Ferreira

Porto Rosa (Centro de Engenharias da Universidade Federal de Pelotas - UFPel).

Page 62: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

62

Figura 18 - Objetivo, variáveis observáveis e construtos

OBJETIVO VARIÁVEIS OBSERVÁVEIS CONSTRUTO FONTE

Mensurar a influência

do Ensino de Inovação

sobre o

Empreendedorismo

IN1) O ensino de inovação tem

contribuído para o entendimento das

necessidades de mercado.

Ensino de Inovação

Manual de Oslo

(OCDE, 2005),

Paladino (2007),

Guimarães, Severo e

Santini (2014),

PINTEC (2014),

Vazquez-Cupeiro e

Lopez-Penedo (2016),

Spyrtou et al. (2016),

De Guimarães et al.

(2016).

IN2) A inovação tem contribuído para

a criação e desenvolvimento de

produtos e serviços.

IN3) O estudo de inovação tem

contribuído para o desenvolvimento e

implantação de novos métodos

organizacionais nas práticas de

negócios.

IN4) O ensino de

inovação/empreendedorismo tem

possibilitado a compreensão sobre

plano de negócios.

IN5) A inovação tem permitido

entender sobre busca de novas

tecnologias.

IN6) O estudo de inovação tem

contribuído para o entendimento de

liderança.

Mensurar a influência

do Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental sobre o

Empreendedorismo

SA1) As práticas ambientais têm me

levado ao entendimento da

importância de redução na utilização

de energia elétrica.

Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental

ONU (2015), Severo e

Guimarães (2015),

Eckert, Neto e Boff

(2015), Severo et al.

(2016), Jones et al.

(2016), Sund (2016),

Huang, Zhong e Deng

(2016), Severo,

Dorion e Guimarães

(2017).

SA2) O ensino das questões

ambientais tem contribuído para o

meu gerenciamento dos resíduos

residenciais.

SA3) O ensino da problemática

ambiental tem contribuído para que eu

tenha um consumo responsável.

SA4) Considero importante as

iniciativas e campanhas que envolvem

questões ambientais.

SA5) Considero importante me

adequar rapidamente às novas regras

de iniciativas ambientais.

SA6) O ensino das questões

ambientais tem contribuído para a

redução do meu consumo de água.

Mensurar a influência

do Ensino de Inovação

sobre o

Empreendedorismo

Mensurar a influência

do Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental sobre o

Empreendedorismo

EM1) Eu tenho iniciativa, busco

informações e percebo oportunidades.

Empreendedorismo

SEBRAE (2005),

Endeavor (2014),

GUESSS (2014),

GEM (2015),

Tondolo, Severo e

Tondolo (2015),

Vealey e Gerding

(2016), Ray, Reilly e

Tirrell (2016), Holler

e Vorbach (2017),

Lindh (2017), Omer e

Yemini (2017).

EM2) Eu estou propenso a correr

riscos.

EM3) Eu faço planejamento e

monitoramento sistemático em meus

empreendimentos e atividades

profissionais.

EM4) Eu estabeleço metas para

minhas atividades profissionais.

EM5) Eu sou independente e

autoconfiante.

EM6) Eu tenho uma postura de

liderança.

Fonte: Elaborado pelo autor (2017).

Page 63: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

63

A coleta de dados foi operacionalizada por e-mail e também por contato pessoal com os

alunos.

3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

Com a finalidade de realizar a análise e interpretação dos dados, optou-se por utilizar a

MEE. Conforme Hair Jr. et al. (2005), trata-se de um método abrangente, isso é, uma série de

técnicas e procedimentos utilizados em conjunto e não restrito a uma única técnica estatística

específica. A MEE contém um conjunto de procedimentos metodológicos de análise estatística

e oportuniza a análise de uma série de relações de dependência de forma simultânea (HAIR Jr.

et al. 2005; KLINE, 2005).

Segundo Hoyle (1995), a MEE possibilita a análise de uma série de variáveis

dependentes e independentes e essa é uma das diferenças em relação a outras técnicas

multivariadas. Neste cenário, as variáveis podem ser fatoradas, por meio da análise fatorial,

para formar os construtos, os quais permitem uma medição direta por meio das variáveis

observáveis (HAIR Jr. et al., 2005), o que, por meio de um diagrama de caminhos, o modelo

proporciona uma representação gráfica dos relacionamentos a serem analisados

(VENDRAMINI, 2003).

Para realização da análise e interpretação dos dados coletados foram utilizados os 7

estágios definidos por Hair Jr. et al. (1998), os quais são: i) desenvolvimento do modelo teórico;

ii) construção de diagrama de caminhos de relações causais; iii) conversão do diagrama de

caminhos em um conjunto de modelos estrutural e de mensuração; iv) escolha do tipo de matriz

de entrada e estimação do modelo teórico; v) avaliação da identificação do modelo estrutural;

vi) avaliação de critérios de qualidade de ajuste; e vii) interpretação e modificação do modelo.

Para complementar a aplicação do MEE e realizar a construção dos modelos de

equações estruturais, foi utilizado o software AMOS, Versão 21, no intuito de atender à análise

e à modelagem que o método exige.

3.3.1 Estágio 1 - Desenvolvimento do modelo teórico

Com base na literatura especializada, a qual foi consultada na base de dados Scopus e

outras fontes, desenvolveu-se o modelo teórico que compõe o conjunto de variáveis observáveis

Page 64: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

64

e construtos. Inicialmente foi realizada a depuração dos dados seguindo as recomendações de

Mardia (1971), Bentler (1990), Hair Jr. et al. (1998), Kline (2005):

a) retirar os casos de não respostas (missings), mais de 10% de não respostas;

b) eliminar respostas em uma única alternativa da escala Likert de 5 pontos;

c) observar escores extremos, com análise de outliers univariados e multivariados.

Usar o cálculo dos Z scores e identificar casos com valores superiores a 3,3 para

cada variável;

d) averiguar índice de curtose, no qual cada variável observável é avaliada através do

Coeficiente de Mardia e, verificar os coeficientes de assimetria de Pearson.

Posteriormente, a depuração dos dados foi realizada a análise fatorial exploratória

(AFE) seguindo os parâmetros indicados por Hair Jr. et al. (1998), Kline (2005) e Marôco

(2010):

a) verificar a combinação das variáveis observáveis entre si, na formação de

construtos;

b) verificar a carga fatorial de cada variável (= ou > 0,5) e registrar o percentual de

explicação do conjunto de construtos;

c) verificar a Comunalidade (= ou > 0,5);

d) registrar o percentual de explicação de todas as variáveis observáveis;

e) averiguar a confiabilidade simples por meio do Alfa de Cronbach (>0,7);

f) realizar o teste de esfericidade de Bartlett (significativo p<0,001);

g) desenvolver a medida de adequação de Kaiser, Meyer e Olkin (KMO) (>0,7);

h) analisar a confiabilidade composta por meio da análise da Variância Média Extraída

(VME) que explica a variância total de cada variável observável, a qual é utilizada

para avaliar o construto segundo Fornell e Larcker (1982). Verificar a Validade

Convergente (VC), pois deve ser maior que 0,7, e a Validade Discriminante (VD),

que deve ser menor que a VC, segundo Hair Jr. et al. (1998) e Marôco (2010).

Na sequência de análise dos construtos, seriam eliminadas as variáveis observáveis que

estatísticamente não contribuíssem para explicação do construto, dentro dos níveis de

significância e indicadores avaliados na AFE, o que não ocorreu, pois não houve necessidade

de exlusão de variáveis nessa pesquisa. Após a AFE, foi aplicada a Análise Fatorial

Confirmatória (AFC) intrablocos, a qual avaliou:

a) testes de Alfa de Cronbach;

b) KMO;

c) teste de esfericidade de Bartlett;

Page 65: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

65

d) carga fatorial das variáveis;

e) comunalidade;

f) percentual de explicação do construto.

3.3.2 Estágio 2 - Construção de diagrama de caminhos de relações causais

Nesse estágio, foram desenvolvidas as hipóteses apresentadas por meio de equações e

demonstradas no formato de diagrama com os caminhos e relações causais de dependência entre

as variáveis observáveis e os construtos (HAIR Jr. et al., 1998; KLINE, 2005).

Na Figura 15, está representado o diagrama construído com os caminhos de relações

causais indicando as relações entre o Ensino de Inovação, o Ensino de Sustentabilidade

Ambiental e o Empreendedorismo. As setas demonstram a relação direta entre os construtos.

3.3.3 Estágio 3 - Conversão do diagrama de caminhos em um conjunto de modelos

estrutural e de mensuração

Após a definição do modelo teórico e representação por meio de diagrama, foi

convertido esse diagrama em um conjunto de modelos estrutural e de mensuração no intuito de

conectar as definições operacionais dos construtos com a teoria definida e assim permitir o teste

empírico (HAIR Jr. et al., 1998).

3.3.4 Estágio 4 - Escolha do tipo de matriz de entrada e estimação do modelo teórico

Nesse estágio, é importante conforme Hair Jr. et al. (1998), a escolha do tipo de matriz

de entrada, bem como a estimação do modelo teórico pois esses interferem diretamente sobre

os resultados.

Para a interpretação dos resultados por meio do MEE, foi verificada a Correlação de

Pearson entre as variáveis observáveis (HAIR Jr. et al., 1998).

Considerando o objetivo de contribuir para a estimativa de verossimilhança (MLE –

Maximum Likelihood Estimation) a coleta de dados garantiu no mínimo 10 casos para cada

variável (HAIR Jr. et al., 1998). A amostra considerou a previsão de que 10% poderão conter

dados perdidos (missings) e observações atípicas (outliers) (HAIR Jr. et al., 1998; KLINE;

2005; GRAHAM, 2009).

Page 66: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

66

3.3.5 Estágio 5 - Avaliação da identificação do modelo estrutural

Nesse estágio ocorreu a avaliação da identificação do modelo estrutural para a definição

do modelo proposto e com isso, gerou estimativas favoráveis para a análise proposta nos

objetivos da pesquisa.

Foiá verificada a ocorrência de erros significativos nos coeficientes, falta de capacidade

do programa para inverter a matriz de informação, estimativas altas ou impossíveis e também

elevadas correlações entre os coeficientes (HAIR Jr. et al., 1998). Para avaliar o modelo

estrutural, foram realizados os testes de hipóteses de variâncias e covariância, com base nos

parâmetros de Coeficiente Não-Padronizado (Unstandartized Estimates - UE) e o Coeficiente

Padronizado (Standardized Estimates - SE). Estes dados foram obtidos por meio dos cálculos

oriundos do software AMOS, Versão 21, comparando-se a estudos que utilizam a técnica de

MEE e a estudos específicos dos temas abordados na pesquisa.

3.3.6 Estágio 6 - Avaliação de critérios de qualidade de ajuste

Nesse momento, avaliou-se os resultados obtidos e averiguou-se a aceitação das

estimativas do modelo. Isso ocorreu separadamente quanto ao modelo de mensuração e o

modelo estrutural. Os resultados foram examinados quanto aos coeficientes que excedessem

limites aceitáveis, tais como: i) variâncias negativas ou não significantes de erros para os

construtos; ii) coeficientes padronizados excedentes ou muito próximos de 1,0; iii) erros padrão

muito altos associados aos coeficientes estimados. Após o ajuste geral do modelo, a mensuração

de cada construto foi submetida quanto à unidimensionalidade e confiabilidade das variáveis

(HATCHER, 1994; HAIR Jr. et al., 1998).

3.3.7 Estágio 7 - Interpretação e modificação do modelo

No estágio final, foram avaliadas as relações entre os construtos por meio dos testes de

hipóteses com a utilização do coeficiente padronizado e coeficiente não padronizado.

Foram utilizados os índices de avaliação e ajuste do modelo conforme a Figura 19 para

verificar se o modelo estrutural está ajustado ao conjunto de dados mensurados conforme Hair

Jr. et al. (1998) e Kline (2005).

Page 67: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

67

Figura 19 - Índices de avaliação e ajuste do modelo Índices Valor

Valor do Chi-quadrado (X2) do modelo estimado

dividido pelos Graus de Liberdade (GL)

igual ou inferior a 5

Índice de qualidade de ajuste igual ou superior a 0,90

Índice ajustado de qualidade de ajuste igual ou superior a 0,90

Índice de adequação da normalidade igual ou superior a 0,90

Raiz quadrada da média do erro de aproximação entre 0,05 e 0,08, e zero

Raiz média quadrada residual quanto menor o valor encontrado melhor é o

ajustamento do modelo

Índice de validação cruzado esperado quanto menor o valor encontrado melhor é o

ajustamento do modelo

Fonte: Elaborado pelo autor (2017).

Foi realizada também a análise das variâncias (ANOVA) para verificar o efeito

moderador das disciplinas de inovação, empreendedorismo e sustentabilidade ambiental, bem

como do curso de graduação e pós-graduação nas relações entre os construtos e se ocorreram

diferenças entre as percepções dos respondentes entre os grupos (HAIR Jr. et al., 1998).

A ANOVA foi com base no comparativo das médias das respostas dos construtos

Inovação (IN), Sustentabilidade Ambiental (SA) e Empreendedorismo (EM). Como

comparativo foram divididos em grupos distintos os alunos que receberam aulas das disciplinas

específicas e os alunos que não receberam aulas destas disciplinas, conforme está descrito nas

hipóteses H3 (H3a, H3b), H4 (H4a, H4b) e H5 (H5a, H5b).

Page 68: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

68

4 RESULTADOS

A coleta de dados foi realizada no período compreendido entre os dias 17 de junho e 22

de julho do ano de 2017. O questionário foi aplicado em turmas de graduação tanto de forma

presencial quanto por meio de preenchimento eletrônico de um formulário do Google Docs

enviado por e-mail.

Ao todo foram 538 respondentes de diversas IES do Estado do RS (Passo Fundo, Caxias

do Sul e Pelotas), quais sejam, Faculdade Meridional - IMED, IES Alfa e IES Beta. Deles, 327

questionários foram coletados de forma presencial e 211 via e-mail. Foram descartados 35

questionários por serem considerados outliers, e, além disso, um questionário, pelo

enquadramento como missing.

Com o exposto, 502 questionários foram considerados para tratamento e análise de

dados.

4.1 ANÁLISE DESCRITIVA DA AMOSTRA

A pesquisa foi realizada com alunos de três IES do estado do Rio Grande do Sul.

A IMED é uma instituição de ensino superior privada, fundada em 2004 na cidade de

Passo Fundo, que possui 5088 alunos distribuídos em oito cursos de graduação, cinco cursos

de pós-graduação stricto sensu e 36 cursos de pós-graduação lato sensu. Recentemente, no mês

de março de 2017, a instituição inaugurou um campus na cidade de Porto Alegre.

A IES Alfa é uma instituição de ensino superior privada, fundada em 1999. Possui dois

campi, um deles em Caxias do Sul e o outro em Bento Gonçalves. O estabelecimento de ensino

conta com cerca de dez mil alunos distribuídos em 41 curso de graduação e 23 cursos de pós-

graduação lato sensu.

A IES Beta é uma instituição de ensino superior pública, criada em 1969 na cidade de

Pelotas e possui atualmente cerca de 21.800 alunos. Possui quatro campi, dos quais três estão

localizados em Pelotas e um na cidade de Capão do Leão. Em seu portfólio constam 98 cursos

de graduação, 19 cursos de doutorado, 41 cursos de pós-graduação stricto sensu, 17 de pós-

graduação lato sensu, nove programas de residência médica e quatro residências

multiprofissionais.

O Gráfico 1 mostra a distribuição da amostra pesquisada no estudo. Destaca-se que mais

da metade da amostra, 58,2% (292 alunos), é composta por estudantes da IMED, 24,1% da IES

Alfa (121 alunos) e 17,7% (89 alunos) da IES Beta.

Page 69: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

69

Gráfico 1 - Distribuição das instituições de ensino

Fonte: Dados da pesquisa (2017).

O Gráfico 2 apresenta a distribuição da amostra com relação aos níveis de ensino,

demonstrando que a grande maioria dos respondentes, 92,2%, é de alunos de graduação e 8,8%

cursam pós-graduação lato ou stricto sensu. A distribuição deu-se dessa forma porque todas as

instituições possuem mais cursos de graduação que de pós-graduação e, consequentemente,

mais alunos nesse nível de ensino.

Gráfico 2 - Distribuição dos níveis de ensino

Fonte: Dados da pesquisa (2017).

O Gráfico 3 apresenta a distribuição dos cursos em que os respondentes estão

matriculados nas IES. Os grupos de maior quantidade de respondentes vinculam-se aos cursos

58,2%

24,1%

17,7%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

IMED IES Alfa IES Beta

IES

92,2%

6,2%1,6%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

graduação pós-graduação lato sensu pós-graduação stricto sensu

Nível de Ensino

Page 70: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

70

de Administração, Engenharia Civil, Sistemas de Informações e Ciências Contábeis, com,

respectivamente, 32,9%, 25,4%, 14,4% e 12,5%.

Gráfico 3 - Distribuição dos cursos

Fonte: Dados da pesquisa (2017).

A razão pela qual tais cursos estão presentes na pesquisa, bem como sua distribuição

relativa, foi a facilidade de acesso presencial do pesquisador às turmas.

Com relação à distribuição do sexo/gênero, 60% dos respondentes são do sexo

masculino e 40% são do sexo feminino. O Gráfico 4 apresenta a distribuição de idade dos

respondentes e demonstra que a maior quantidade dos respondentes está na faixa etária entre

20 e 24 anos, o que representa 45% da amostra. Na sequência, 23,7% dos participantes da

pesquisa têm entre 25 e 29 anos, 14,7% têm até 19 anos, e os 16,6% restantes têm a partir de

30 anos de idade.

27,6%

21,3%

12,1%10,5%

7,6%6,2% 5,8%

3,6%

1,6% 1,2% 1,0% 0,6% 0,4% 0,2% 0,2%0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

Curso

Page 71: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

71

Gráfico 4 - Distribuição da idade

Fonte: Dados da pesquisa (2017).

O Gráfico 5 apresenta qual semestre os discentes pesquisados cursam. Os maiores

grupos estão no 2º, 3º e 1º semestres e representam, respectivamente, 24,7%, 17,6% e 12,5%

do total da amostra. Além disso, há 10,1% dos alunos a partir do 9º semestre e os 34,9%

restantes estão entre o 4º e o 8º semestres. Estes números mostram que a maioria dos

respondentes está no início de seus cursos.

Gráfico 5 - Distribuição do semestre

Fonte: Dados da pesquisa (2017).

14,7%

45,0%

23,7%

8,8%

5,2% 2,6%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

40,0%

45,0%

50,0%

até 19 anos entre 20 e 24

anos

entre 25 e 29

anos

entre 30 e 34

anos

entre 34 e 39

anos

a partir de 40

anos

Idade

12,5%

24,7%

17,6%

7,8% 8,0%

5,1%

7,1% 6,9%

10,1%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º a partir do

Semestre

Page 72: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

72

O Gráfico 6 apresenta a distribuição da renda familiar da amostra da pesquisa e revela

que 35,6% possuem renda entre R$ 2.000,00 e R$ 4.000,00, 28,9% têm renda entre R$ 4.000,00

e R$ 6.000,00, 19,6% possuem renda a partir de R$ 6.000,00 e os 16% restantes têm renda de

até R$ 2.000,00.

Entre os alunos com renda familiar até R$ 2.000,00 identificou-se que 69% deles são

oriundos de instituição privada e 31% de instituição pública. Já entre os alunos com renda entre

R$ 2.000,01 e R$ 4.000,00, 80% são de instituição privada e 20% de instituição pública. Dentre

os que possuem renda familiar entre R$ 4.000,01 e R$ 6.000,00, 82% são de instituição privada

e 18% de instituição pública. Por fim, com renda familiar a partir de R$ 6.000,00, há 89% que

são de instituição privada e 11% de instituição pública.

É possível observar também que quanto maior a renda familiar, maior o percentual de

alunos estudando em instituição privada em relação à instituição pública.

Gráfico 6 - Distribuição da renda familiar

Fonte: Dados da pesquisa (2017).

Na amostra do estudo, 63,6% dos respondentes cursaram a disciplina específica de

inovação/empreendedorismo enquanto 23,1% cursaram a disciplina específica de

sustentabilidade ambiental. Os dados demonstram que o ensino de inovação/empreendedorismo

está difundido no ensino superior das IES participantes do levantamento da pesquisa em relação

ao de sustentabilidade ambiental. Entretanto, o Ministério da Educação (MEC) preconiza que

a questão ambiental deve ser trabalhada obrigatoriamente de forma transversal no currículo dos

cursos de ensino superior.

16,0%

35,6%

28,9%

19,6%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

40,0%

até R$ 2.000,00 entre R$ 2.000,01 à R$

4.000,00

entre R$ 4.000,01 e R$

6.000,00

a partir de R$ 6.000,01

Renda

Page 73: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

73

4.2 ANÁLISE DO MODELO INTEGRADO

A análise do modelo integrado utilizou como base as etapas definidas por Hair Jr. et al.

(1998) para a MEE, que são a avaliação da identificação do modelo, a avaliação das estimativas

do modelo e qualidade do ajuste, a interpretação do modelo e a modificação do modelo.

4.2.1 Análise fatorial entre blocos

Após a realização da depuração dos dados, procedeu-se ao processo metodológico para

confirmar o modelo teórico (Figura 15), bem como a verificação das relações entre as variáveis

de cada construto. O software SPSS versão 21 foi utilizado para a realização do modelo com o

intuito de gerar a análise fatorial exploratória (AFE) e a análise fatorial confirmatória (AFC).

A Tabela 1, resultante da AFE, demonstra que os três componentes explicam 52,31% da

variabilidade dos dados.

A AFE demonstrou, por meio da rotação Varimax (HAIR Jr. et al., 1998), a composição

dos componentes em três combinações das variáveis observáveis (Tabela 2). Recomenda-se

eliminar da análise as cargas fatoriais menores que 0,4 (HAIR Jr. et al., 1998), o que não foi

necessário neste estudo, pois o menor valor encontrado, na variável observável EM2, foi de

0,452.

Nesse conjunto de dados, encontrou-se um Alfa de Cronbach de 0,857 para todos os

componentes, para um valor mínimo de 0,7 (HAIR Jr. et al., 1998). O teste de esfericidade de

Barlett mostrou-se significativo e a medida de adequação de Kaiser, Meyer e Olkin (KMO)

apresentou o índice 0,868 (Tabela 3), conferindo a viabilidade para a AFE (HAIR Jr. et al.,

1998).

Page 74: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

74

Tabela 1 - Método de extração de componentes principais (AFE)

Componente

Autovalores iniciais

Somas de extração de

carregamentos ao quadrado

Somas de rotação de

carregamentos ao quadrado

Total

% de

variância

%

cumulativa Total

% de

variância

%

cumulativa Total

% de

variância

%

cumulativa

1 5,410 30,054 30,054 5,410 30,054 30,054 3,365 18,694 18,694

2 2,135 11,862 41,916 2,135 11,862 41,916 3,333 18,519 37,213

3 1,872 10,401 52,316 1,872 10,401 52,316 2,719 15,103 52,316

4 0,964 5,354 57,671

5 0,907 5,041 62,712

6 0,773 4,296 67,007

7 0,745 4,137 71,145

8 0,642 3,569 74,714

9 0,623 3,463 78,177

10 0,562 3,123 81,300

11 0,552 3,066 84,365

12 0,515 2,860 87,225

13 0,441 2,448 89,673

14 0,434 2,414 92,087

15 0,404 2,242 94,329

16 0,383 2,127 96,455

17 0,335 1,861 98,316

18 0,303 1,684 100,000

Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).

Page 75: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

75

Tabela 2 - Método de extração de componentes principais, rotação Varimax com normalização

Kaiser

Variáveis observáveis Componente

Inovação Sustentabilidade Ambiental Empreendedorismo

IN1 0,759 0,145

IN2 0,743 0,163 0,121

IN3 0,740 0,130 0,134

IN4 0,724 0,125 0,162

IN5 0,722 0,184

IN6 0,571 0,159 0,169

SA1 0,133 0,712

SA2

0,749 0,126

SA3

0,788

SA4 0,218 0,689

SA5 0,231 0,682

SA6 0,179 0,700 0,161

EM1 0,288 0,203 0,468

EM2 0,219

0,452

EM3 0,109 0,119 0,685

EM4

0,112 0,697

EM5

0,755

EM6

0,779

Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).

Tabela 3 - Resultado do KMO e do Teste de Barlett

Teste Valor Encontrado

Medida Kaiser-Meyer-Olkin de adequação de amostragem. 0,868

Teste de esfericidade de

Bartlett

Aprox. Qui-quadrado 2907,326

Graus de Liberdade 153

Nível de Significância 0,000**

** <0,001

Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).

A Tabela 4 apresenta as variáveis observáveis, agrupadas em fatores, que correspondem

as variáveis latentes, com as respectivas médias, o desvio padrão e o índice Alfa de Cronbach.

Os itens pesquisados (variáveis observáveis) e apresentam baixa variabilidade, com desvio

padrão abaixo de 1, além das médias estarem perto ou acima de 4, o que demonstra que os

respondentes concordam com as afirmativas propostas. Isto implica que inovação,

Page 76: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

76

sustentabilidade ambiental e empreendedorismo são percebidos pelos alunos como importantes

para sua formação no que tange ao perfil empreendor. Ressalta-se que os valores de Alfa de

Cronbach encontram-se acima de 0,7 significando que são aceitos para a análise de dados

(HAIR Jr. et al., 1998).

Page 77: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

77

Tabela 4 - Estrutura fatorial Construto /

variável latente

Média Desvio

Padrão

Alfa de

Cronbach

Variáveis Observáveis Carga

Fatorial

Ensino de Inovação

4,144

0,818

0,832

IN1) O ensino de inovação tem

contribuído para o entendimento das

necessidades de mercado.

0,759

IN2) A inovação tem contribuído para a

criação e desenvolvimento de produtos e

serviços.

0,743

IN3) O estudo de inovação tem

contribuído para o desenvolvimento e

implantação de novos métodos

organizacionais nas práticas de negócios.

0,740

IN4) O ensino de

inovação/empreendedorismo tem

possibilitado a compreensão sobre plano

de negócios.

0,724

IN5) A inovação tem permitido entender

sobre busca de novas tecnologias.

0,722

IN6) O estudo de inovação tem

contribuído para o entendimento de

liderança.

0,571

Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental

4,105

0,885

0,834

SA1) As práticas ambientais têm me

levado ao entendimento da importância

de redução na utilização de energia

elétrica.

0,712

SA2) O ensino das questões ambientais

tem contribuído para o meu

gerenciamento dos resíduos residenciais.

0,749

SA3) O ensino da problemática ambiental

tem contribuído para que eu tenha um

consumo responsável.

0,788

SA4) Considero importante as iniciativas

e campanhas que envolvem questões

ambientais.

0,689

SA5) Considero importante me adequar

rapidamente às novas regras de iniciativas

ambientais.

0,682

SA6) O ensino das questões ambientais

tem contribuído para a redução do meu

consumo de água.

0,700

Empreendedorismo

3,934

0,897

0,749

EM1) Eu tenho iniciativa, busco

informações e percebo oportunidades.

0,468

EM2) Eu estou propenso a correr riscos. 0,452

EM3) Eu faço planejamento e

monitoramento sistemático em meus

empreendimentos e atividades

profissionais.

0,685

EM4) Eu estabeleço metas para minhas

atividades profissionais.

0,697

EM5) Eu sou independente e

autoconfiante.

0,755

EM6) Eu tenho uma postura de liderança. 0,779

Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).

Page 78: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

78

No processo de purificação de escala, observou-se a comunalidade (Tabela 5), que

refere-se à quantidade total de variância que uma variável original compartilha com todas as

outras variáveis da pesquisa. Segundo Hair Jr. et al. (1998), deve-se eliminar valores abaixo de

0,5. Nessa pesquisa, foram identificadas quatro comunalidades baixas, IN6 (0,380), EM1

(0,343), EM2 (0,258) e EM3 (0,496), mas optou-se por mantê-las, pois elas são consideradas

importantes para o entendimento do construto.

Tabela 5 - Comunalidades das variáveis

Variáveis observáveis Extração

IN1 0,604

IN2 0,593

IN3 0,582

IN4 0,566

IN5 0,559

IN6 0,380

SA1 0,524

SA2 0,582

SA3 0,640

SA4 0,527

SA5 0,527

SA6 0,547

EM1 0,343

EM2 0,258

EM3 0,496

EM4 0,502

EM5 0,578

EM6 0,610

Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).

A análise de Variância Média Extraída (VME) consta na Tabela 6 e explica a variância

total de cada variável observável, tornando-se necessária para avaliar o construto. Os valores

de VME encontrados ficaram abaixo do recomendado (0,7), demonstrando que as variáveis

observáveis estão pouco correlacionadas entre si.

Realizou-se também a análise da Variância Compartilhada (VC) (Tabela 6) e observou-

se que, no caso do Ensino de Inovação e do Empreendedorismo, os valores foram inferiores aos

de VME. Já no caso do ensino de sustentabilidade ambiental, obteve-se uma situação com valor

menor (0,344) e outra com valor maior (0,488). Outra importante análise é a Variância Extraída

Page 79: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

79

de todas as variáveis conjuntamente, que apresentou o índice no valor de 0,954 (Tabela 7), o

qual supera o recomendado, uma vez que o índice esperado deve ficar acima 0,7 (HAIR Jr. et

al., 1998).

Tabela 6 - Variância média extraída e variância compartilhada

Ensino de Inovação Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental

Empreendedorismo

Ensino de Inovação 0,590*

Ensino de Sustentabilidade

Ambiental

0,488** 0,392*

Empreendedorismo 0,403** 0,344** 0,597*

* Variância Média Extraída

** Variância Compartilhada

Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).

No processo de validação das variáveis observáveis, realizou-se o teste de

Confiabilidade - o qual compreende a quantidade total da variância do escore verdadeiro em

relação à variância do escore total - considerado como a noção convencional de confiabilidade

na teoria dos testes clássicos (MALHOTRA, 2012). Nesse teste (Tabela 7), todas as variáveis

analisadas conjuntamente apresentaram uma confiabilidade composta de 0,904, superior ao

recomendado, que é acima de 0,7 (MAROCÔ, 2010). Ao analisar os construtos, eles

apresentaram a confiabilidade composta de: i) Ensino de Inovação 0,895; ii)

Empreendedorismo 0,789; e iii) Ensino de Sustentabilidade Ambiental 0,898. A partir desses

índices, considera-se que as variáveis observáveis são consistentes em suas mensurações.

Page 80: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

80

Tabela 7 - Confiabilidade composta de todas as variáveis observáveis

Variável Variável Latente Carga

fatorial

Erro do

fator (1-

carga)

Carga ao

quadrado

Confiabilidade

Composta

Variância

Média

Extraída

IN1 <--- Ensino de Inovação

0,73 0,27 0,5329

0,895

0,59

IN2 <--- Ensino de Inovação

0,736 0,264 0,541696

IN3 <--- Ensino de Inovação

0,704 0,296 0,495616

IN4 <--- Ensino de Inovação

0,677 0,323 0,458329

IN5 <--- Ensino de Inovação

0,685 0,315 0,469225

IN6 <--- Ensino de Inovação

0,533 0,467 0,284089

EM1 <--- Empreendedorismo 0,685 0,315 0,469225

0,895

0,39

EM2 <--- Empreendedorismo 0,533 0,467 0,284089

EM3 <--- Empreendedorismo 0,434 0,566 0,188356

EM4 <--- Empreendedorismo 0,383 0,617 0,146689

EM5 <--- Empreendedorismo 0,593 0,407 0,351649

EM6 <--- Empreendedorismo 0,594 0,406 0,352836

SA1 <--- Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental

0,594 0,406 0,352836

0,898

0,60

SA2 <--- Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental

0,701 0,299 0,491401

SA3 <--- Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental

0,713 0,287 0,508369

SA4 <--- Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental

0,625 0,375 0,390625

SA5 <--- Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental

0,709 0,291 0,502681

SA6 <--- Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental

0,755 0,245 0,570025

Confiabilidade Composta de todas as

variáveis

0,954

Variância Extraída de todas as

variáveis

0,904

Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).

Realizou-se a análise da correlação de Pearson (Tabela 8) e não foram identificadas

correlações acima de 0,8. Com isso, não houve multicolinearidade (KLINE, 1998; HAIR Jr. et

al., 1998) e foram mantidas as variáveis observáveis, visto que elas são importantes para a

compreensão da variável latente pesquisada.

Page 81: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

81

Tabela 8 - Correlação de Pearson

Variáveis

observáveis

IN1 IN2 IN3 IN4 IN5 IN6 SA1 SA2 SA3 SA4 SA5 SA6 EM1 EM2 EM3 EM4 EM5 EM6

IN1 1

IN2 0,591** 1

IN3 0,496** 0,541** 1

IN4 0,477** 0,442** 0,502** 1

IN5 0,482** 0,526** 0,461** 0,457** 1

IN6 0,368** 0,291** 0,361** 0,489** 0,404** 1

SA1 0,180** 0,229** 0,208** 0,162** 0,224** 0,203** 1

SA2 0,230** 0,171** 0,194** 0,214** 0,198** 0,222** 0,492** 1

SA3 0,230** 0,209** 0,215** 0,195** 0,219** 0,195** 0,460** 0,636** 1

SA4 0,271** 0,313** 0,253** 0,230** 0,260** 0,191** 0,409** 0,386** 0,423** 1

SA5 0,292** 0,267** 0,246** 0,248** 0,272** 0,240** 0,375** 0,361** 0,422** 0,606** 1

SA6 0,174** 0,270** 0,234** 0,260** 0,292** 0,238** 0,398** 0,445** 0,512** 0,416** 0,498** 1

EM1 0,258** 0,249** 0,244** 0,273** 0,256** 0,263** 0,166** 0,222** 0,225** 0,170** 0,223** 0,288** 1

EM2 0,210** 0,167** 0,156** 0,207** 0,183** 0,203** 0,138** 0,078 0,115* 0,119** 0,152** 0,216** 0,345** 1

EM3 0,176** 0,210** 0,172** 0,217** 0,150** 0,188** 0,072 0,172** 0,196** 0,170** 0,163** 0,184** 0,311** 0,246** 1

EM4 0,135** 0,198** 0,174** 0,201** 0,145** 0,116** 0,063 0,149** 0,157** 0,226** 0,189** 0,189** 0,243** 0,247** 0,445** 1

EM5 0,109* 0,158** 0,201** 0,155** 0,122** 0,166** 0,110* 0,147** 0,122** 0,111* 0,125** 0,184** 0,266** 0,225** 0,348** 0,407** 1

EM6 0,126** 0,121** 0,154** 0,135** 0,099* 0,193** 0,059 0,159** 0,065 0,066 0,099* 0,089* 0,268** 0,226** 0,405** 0,375** 0,575** 1

** A correlação é significativa no nível 0,01 (bilateral).

* A correlação é significativa no nível 0,05 (bilateral).

Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).

Page 82: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

82

4.2.2 Análise fatorial intrablocos

A ratificação dos construtos por meio da análise intrablocos, com o uso de parâmetros

de unidimensionalidade do conjunto de variáveis dentro de cada construto, foi realizada. Nesse

sentido, são analisados: Comunalidade, Cargas Fatoriais, KMO, Teste de Esfericidade Bartlett

e a Variância Explicada. Utilizou-se o Alfa de Cronbach, que analisa quanto as variáveis

observáveis são capazes de medir o mesmo construto e, dessa forma, ser altamente inter-

relacionadas (HAIR Jr. et al., 1998). O valor aceitável desse construto deve ser acima de 0,7

(HAIR Jr. et al., 1998).

A análise intrablocos considerou os três construtos identificados na AFE: i) Ensino de

Inovação; ii) Empreendedorismo; e iii) Ensino de Sustentabilidade Ambiental.

A Tabela 9 demonstra a análise intrablocos para o construto Ensino de Inovação, que

apresenta valores plenamente favoráveis para validação, pois a Comunalidade satisfatória

apresenta todas variáveis com valores menores que 0,7 e as cargas fatoriais, em sua maioria,

próximas de 0,8. O KMO e a Esfericidade de Barlett estão dentro dos níveis aceitáveis, com

variância explicada de 55,03%. Esse construto e as variáveis apresentam um Alfa de Cronbach

de 0,832, evidenciando-se assim a confiabilidade interna (HAIR Jr. et al.,1998).

Tabela 9 - Análise fatorial intrabloco – construto Ensino de Inovação Construto Variáveis observáveis Comunalidade Cargas

fatoriais

Ensino de Inovação

IN1) O ensino de inovação tem contribuído para

o entendimento das necessidades de mercado.

0,600 0,775

IN2) A inovação tem contribuído para a criação

e desenvolvimento de produtos e serviços.

0,592 0,770

IN3) O estudo de inovação tem contribuído para

o desenvolvimento e implantação de novos

métodos organizacionais nas práticas de

negócios.

0,578 0,760

IN4) O ensino de inovação/empreendedorismo

tem possibilitado a compreensão sobre plano de

negócios.

0,568 0,754

IN5) A inovação tem permitido entender sobre

busca de novas tecnologias.

0,560 0,748

IN6) O estudo de inovação tem contribuído para

o entendimento de liderança.

0,403 0,635

KMO 0,856

Teste de Esfericidade Barlett (*nível de significância p<0,001) 1006,478*

Variância explicada 55,03%

Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).

Page 83: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

83

A Tabela 10 demonstra a análise intrablocos para o construto Empreendedorismo, que

apresenta valores plenamente favoráveis para validação, pois a Comunalidade satisfatória

apresenta todas as variáveis com valores menores que 0,7 e as cargas fatoriais, em sua maioria,

próximas de 0,8. O KMO e a Esfericidade de Barlett estão dentro dos níveis aceitáveis, com

variância explicada de 44,30%. A confiabilidade interna do construto é observada por meio do

Alfa de Cronbach de 0,834, evidenciando-se assim a confiabilidade interna (HAIR Jr. et

al.,1998).

Tabela 10 - Análise fatorial intrabloco – construto Empreendedorismo

Construto Variáveis observáveis Comunalidade Cargas

fatoriais

Empreendedorismo

EM1) Eu tenho iniciativa, busco informações e

percebo oportunidades.

0,333 0,577

EM2) Eu estou propenso a correr riscos. 0,278 0,527

EM3) Eu faço planejamento e monitoramento

sistemático em meus empreendimentos e

atividades profissionais.

0,491 0,701

EM4) Eu estabeleço metas para minhas atividades

profissionais.

0,484 0,696

EM5) Eu sou independente e autoconfiante. 0,540 0,735

EM6) Eu tenho uma postura de liderança. 0,556 0,746

KMO 0,782

Teste de Esfericidade Barlett (*nível de significância p<0,001) 617,57

Variância explicada 44,70%

Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).

A Tabela 11 demonstra a análise intrablocos para o construto Ensino de Sustentabilidade

Ambiental, que apresenta valores plenamente favoráveis para validação, pois a Comunalidade

satisfatória apresenta todas variáveis com valores menores que 0,7 e todas as cargas fatoriais

próximas de 0,8. O KMO e a Esfericidade de Barlett estão dentro dos níveis aceitáveis, com

variância explicada de 54,82%. Esse construto e as variáveis apresentam um Alfa de Cronbach

de 0,749, evidenciando-se assim a confiabilidade interna (HAIR Jr. et al.,1998).

Page 84: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

84

Tabela 11 - Análise fatorial intrabloco – construto Ensino de Sustentabilidade Ambiental

Construto Variáveis observáveis Comunalidade Cargas

fatoriais

Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental

SA1) As práticas ambientais têm me levado ao

entendimento da importância de redução na utilização

de energia elétrica.

0,491 0,701

SA2) O ensino das questões ambientais tem

contribuído para o meu gerenciamento dos resíduos

residenciais.

0,564 0,751

SA3) O ensino da problemática ambiental tem

contribuído para que eu tenha um consumo

responsável.

0,617 0,785

SA4) Considero importante as iniciativas e

campanhas que envolvem questões ambientais.

0,534 0,731

SA5) Considero importante me adequar rapidamente

às novas regras de iniciativas ambientais.

0,537 0,733

SA6) O ensino das questões ambientais tem

contribuído para a redução do meu consumo de água.

0,547 0,740

KMO 0,828

Teste de Esfericidade Barlett (*nível de significância p<0,001) 1034,85

Variância explicada 54,82%

Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).

4.2.3 Análise de variância e variáveis moderadoras

Nesta pesquisa, buscou-se também identificar variáveis que poderiam causar

interferência na análise dos dados, comprometendo os resultados do estudo (MALHOTRA,

2012), tais como a renda familiar dos alunos, IES, entre outras. Nesse intuito, foi realizada uma

análise para verificar se há diferença significativa entre os respondentes. Essas variáveis foram

estimadas por meio do cálculo da ANOVA.

A Tabela 12 apresenta uma baixa variação entre as médias dos alunos, com relação ao

Ensino de Inovação, quando comparados os cursos que estão fazendo. Já quando se trata ao

Ensino de Sustentabilidade Ambiental, verificam-se algumas diferenças, principalmente no

curso de Sistemas de Informações (3,85). No caso de Empreendedorismo, com exceção do

curso de Administração, os demais ficaram com médias abaixo de 4,0.

Page 85: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

85

Tabela 12 - Análise descritiva dos cursos

Curso N Média Desvio

Padrão

Erro

Padrão

Intervalo de confiança

de 95% para média

Limite

inferior

Limite

superior

Ensino de Inovação

Administração 198 4,1175 0,53984 0,03836 4,0419 4,1932

Engenharias 192 4,1043 0,63298 0,04568 4,0142 4,1944

Sistemas de

Informação

91 4,2271 0,66598 0,06981 4,0884 4,3658

Outros 16 4,3542 0,66909 0,16727 3,9976 4,7107

Total 497 4,1401 0,60631 0,02720 4,0867 4,1935

Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental

Administração 198 4,1771 0,62074 0,04411 4,0901 4,2641

Engenharias 192 4,1642 0,65275 0,04711 4,0713 4,2572

Sistemas de

Informação

91 3,8535 0,66659 0,06988 3,7147 3,9923

Outros 16 4,0521 0,73967 0,18492 3,6579 4,4462

Total 497 4,1089 0,65529 0,02939 4,0511 4,1666

Empreendedorismo

Administração 198 4,0056 0,56945 0,04047 3,9257 4,0854

Engenharias 192 3,8613 0,60423 0,04361 3,7753 3,9473

Sistemas de

Informação

91 3,9571 0,61009 0,06395 3,8301 4,0842

Outros 16 3,8854 0,78580 0,19645 3,4667 4,3041

Total 497 3,9371 0,59988 0,02691 3,8842 3,9900

Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).

Os resultados da ANOVA são apresentados na Tabela 13 e demostram que não há

diferença significativa entre os grupos de alunos no que tange à graduação que estão cursando

com relação ao construto Ensino de Inovação e também ao construto Empreendedorismo. Já no

caso do construto Ensino de Sustentabilidade Ambiental, ficou evidenciado que existe diferença

significativa entre os grupos no que se refere ao curso em que estão inseridos.

Page 86: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

86

Tabela 13 - ANOVA dos construtos em relação aos cursos

Curso Soma dos

Quadrados

Graus de

Liberdade

Quadrado

Médio

F Nível de

Significância*

Ensino de Inovação

entre

grupos

1,769 3 0,590 1,610 0,186

nos

grupos

180,570 493 0,366

Total 182,338 496

Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental

entre

grupos

7,497 3 2,499 5,996 0,001

nos

grupos

205,486 493 0,417

Total 212,983 496

Empreendedorismo

entre

grupos

2,111 3 0,704 1,967 0,118

nos

grupos

176,376 493 0,358

Total 178,486 496

*Não significativo (p<0,05)

Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).

Na Tabela 14, são apresentadas as médias relacionadas ao nível de ensino. Percebe-se

que, com relação ao Ensino de Inovação, a média dos alunos da pós-graduação lato sensu ficou

mais alta, somando 4,22 pontos, uma vez que a média da graduação ficou em 4,13 e a da pós-

graduação stricto sensu ficou em 3,68. No caso do Ensino de Sustentabilidade Ambiental, a

graduação obteve a média mais alta (4,11), a pós-graduação lato sensu alcançou 3,97 e a pós-

graduação stricto sensu atingiu 3,79. Com relação ao Empreendedorismo, a pós-graduação

stricto sensu ficou com o maior valor (4,16), seguida pela pós-graduação lato sensu (3,98) e

pela graduação (3,92).

Page 87: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

87

Tabela 14 - Análise descritiva do nível de ensino

Nível de ensino N Média Desvio

Padrão

Erro

Padrão

Intervalo de confiança de

95% para média

Limite

inferior

Limite

superior

Ensino de Inovação

graduação 459 4,1393 0,59985 0,02800 4,0843 4,1943

pós-graduação

lato sensu

31 4,2215 0,62973 0,11310 3,9905 4,4525

pós-graduação

stricto sensu

8 3,6875 0,69258 0,24486 3,1085 4,2665

Total 498 4,1371 0,60497 0,02711 4,0839 4,1904

Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental

graduação 459 4,1178 0,64736 0,03022 4,0584 4,1772

pós-graduação

lato sensu

31 3,9742 0,71278 0,12802 3,7127 4,2356

pós-graduação

stricto sensu

8 3,7917 0,85797 0,30334 3,0744 4,5089

Total 498 4,1036 0,65576 0,02939 4,0459 4,1613

Empreendedorismo

graduação 459 3,9248 0,59910 0,02796 3,8698 3,9797

pós-graduação

lato sensu

31 3,9839 0,61517 0,11049 3,7582 4,2095

pós-graduação

stricto sensu

8 4,1667 0,17817 0,06299 4,0177 4,3156

Total 498 3,9323 0,59594 0,02670 3,8799 3,9848

Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).

A Tabela 15 mostra que não há diferença significativa entre os grupos de alunos no que

se refere ao nível de ensino que estão com relação aos construtos de Ensino de Inovação, Ensino

de Sustentabilidade Ambiental e também Empreendedorismo.

Tabela 15 - ANOVA dos construtos em relação ao nível de ensino Nível

de ensino

Soma dos

Quadrados

Graus de

Liberdade

Quadrado

Médio

F Nível de

Significância*

Ensino de Inovação

entre

grupos

1,840 2 0,920 2,529 0,081

nos

grupos

180,054 495 0,364

Total 181,894 497

Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental

entre

grupos

1,390 2 0,695 1,620 0,199

nos

grupos

212,330 495 0,429

Total 213,720 497

Empreendedorismo

entre

grupos

0,548 2 0,274 0,771 0,463

nos

grupos

175,959 495 0,355

Total 176,507 497

*Não significativo (p<0,05)

Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).

Page 88: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

88

Na Tabela 16, são apresentadas as médias com relação ao tipo de IES, pública ou

privada. A média das instituições privadas foi maior do que as da instituição pública no caso

do Ensino de Inovação e do Empreendedorismo. Já no caso do Ensino de Sustentabilidade

Ambiental, a média da instituição pública ficou acima da média das instituições privadas.

Tabela 16 - Análise descritiva do tipo de IES

Tipo de IES Média Desvio

Padrão

Erro

Padrão

Intervalo de confiança de

95% para média

Limite

inferior

Limite

superior

Ensino de Inovação

Privada 4,1850 0,62256 0,03643 4,1133 4,2567

Pública 4,1067 0,60888 0,06454 3,9785 4,2350

Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental

Privada 4,0424 0,69802 0,04085 3,9620 4,1227

Pública 4,2397 0,58385 0,06189 4,1167 4,3627

Empreendedorismo Privada 3,9668 0,57426 0,03361 3,9006 4,0329

Pública 3,7135 0,66000 0,06996 3,5745 3,8525

Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).

A Tabela 17 mostra que não há diferença significativa entre os grupos de alunos no que

tange ao tipo de IES com relação ao construto Ensino de Inovação, diferentemente do que

ocorre no caso dos construtos Ensino de Sustentabilidade Ambiental e Empreendedorismo.

Tabela 17 - ANOVA dos construtos em relação ao tipo de IES

Tipo

de IES

Soma dos

Quadrados

Graus de

Liberdade

Quadrado

Médio

F Nível de

Significância*

Ensino de Inovação

entre

grupos

1,603 2 0,802 2,199 0,112

nos

grupos

181,851 499 0,364

Total 183,454 501

Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental

entre

grupos

3,187 2 1,594 3,764 0,024

nos

grupos

211,268 499 0,423

Total 214,455 501

Empreendedorismo

entre

grupos

5,777 2 2,889 8,326 0,000

nos

grupos

173,124 499 0,347

Total 178,902 501

*Não significativo (p<0,05)

Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).

Page 89: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

89

Na Tabela 18, são apresentadas as médias com relação à renda familiar dos alunos. No

caso do Ensino de Inovação, as médias ficaram acima de 4,0, com exceção da renda até R$

2.000,00, que ficou com média de 3,94. Percebe-se que quanto maior a renda, maior a percepção

do aluno com relação ao Ensino de Inovação. No que concerne ao Ensino de Sustentabilidade

Ambiental, todas as médias ficaram acima de 4,0. Já no caso do Empreendedorismo, todas as

médias ficaram abaixo de 4,0, com exceção da maior renda, a partir de R$ 6.000,00, que ficou

com média de 4,05.

Tabela 18 - Análise descritiva da renda

Renda N Média Desvio

Padrão

Erro

Padrão

Intervalo de confiança

de 95% para média

Limite

inferior

Limite

superior

Ensino de Inovação

Até R$ 2.000,00 54 3,9432 0,78325 0,10659 3,7294 4,1570

Entre R$ 2.000,01

e R$ 4.000,00

152 4,1520 0,58122 0,04714 4,0588 4,2451

Entre R$ 4.000,01

e R$ 6.000,00

148 4,1619 0,56271 0,04625 4,0705 4,2533

A partir de R$

6.000,01

142 4,1737 0,59047 0,04955 4,0758 4,2717

Total 496 4,1384 0,60566 0,02719 4,0850 4,1919

Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental

Até R$ 2.000,00 54 4,0500 0,70174 0,09550 3,8585 4,2415

Entre R$ 2.000,01

e R$ 4.000,00

152 4,1487 0,57130 0,04634 4,0571 4,2402

Entre R$ 4.000,01

e R$ 6.000,00

148 4,1340 0,67652 0,05561 4,0241 4,2439

A partir de R$

6.000,01

142 4,0573 0,70099 0,05883 3,9410 4,1736

Total 496 4,1074 0,65574 0,02944 4,0495 4,1652

Empreendedorismo

Até R$ 2.000,00 54 3,8636 0,60754 0,08268 3,6978 4,0294

Entre R$ 2.000,01

e R$ 4.000,00

152 3,9090 0,56895 0,04615 3,8178 4,0002

Entre R$ 4.000,01

e R$ 6.000,00

148 3,8892 0,56770 0,04666 3,7970 3,9814

A partir de R$

6.000,01

142 4,0540 0,63659 0,05342 3,9484 4,1596

Total 496 3,9397 0,59569 0,02675 3,8871 3,9922

Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).

A Tabela 19 mostra que não há diferença significativa entre os grupos de alunos quanto

à renda familiar com relação aos construtos Ensino de Inovação, Ensino de Sustentabilidade

Ambiental e Empreendedorismo.

Page 90: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

90

Tabela 19 - ANOVA dos construtos em relação à renda

Renda Soma dos

Quadrados

Graus de

Liberdade

Quadrado

Médio

F Nível de

Significância*

Ensino de Inovação

entre

grupos

2,344 3 0,781 2,145 0,094

nos

grupos

179,232 492 0,364

Total 181,576 495

Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental

entre

grupos

0,899 3 0,300 0,695 0,555

nos

grupos

211,948 492 0,431

Total 212,846 495

Empreendedorismo

entre

grupos

2,689 3 0,896 2,549 0,055

nos

grupos

172,958 492 0,352

Total 175,647 495

*Não significativo (p<0,05)

Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).

A Tabela 20 apresenta as médias dos alunos que cursaram a disciplina específica de

sustentabilidade ambiental, comparando-as com as médias dos alunos que não estudaram a

disciplina. No tocante ao construto Ensino de Inovação, a média dos alunos que cursaram a

disciplina ficou em 4,21, enquanto a dos alunos que não a cursaram ficou em 4,11. Com relação

ao construto Ensino de Sustentabilidade Ambiental, a média dos alunos que estudaram a

disciplina ficou em 4,32 e a dos que não estudaram, 4,03. Nesse caso, a média apresenta uma

diferença significativa. Com relação ao construto Empreendedorismo, a média dos alunos que

cursaram a disciplina específica de Sustentabilidade Ambiental ficou em 4,06 e a dos que não

estudaram, 3,89, o que demonstra uma diferença razoável.

Page 91: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

91

Tabela 20 - Análise descritiva da disciplina específica de sustentabilidade ambiental

Construtos N Média Desvio

Padrão

Erro

Padrão

Intervalo de

confiança de 95%

para média

Limite

inferior

Limite

superior

Ensino de Inovação

Cursaram a

disciplina

específica de

sustentabilidade

ambiental

113 4,2124 0,53741 0,05056 4,1122 4,3126

Não cursaram a

disciplina

específica de

sustentabilidade

ambiental

377 4,1164 0,62673 0,03228 4,0529 4,1798

Total 490 4,1385 0,60812 0,02747 4,0845 4,1925

Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental

Cursaram a

disciplina

específica de

sustentabilidade

ambiental

113 4,3295 0,61224 0,05759 4,2154 4,4436

Não cursaram a

disciplina

específica de

sustentabilidade

ambiental

377 4,0324 0,65528 0,03375 3,9660 4,0987

Total 490 4,1009 0,65705 0,02968 4,0426 4,1592

Empreendedorismo

Cursaram a

disciplina

específica de

sustentabilidade

ambiental

113 4,0646 0,56508 0,05316 3,9593 4,1699

Não cursaram a

disciplina

específica de

sustentabilidade

ambiental

377 3,8964 0,60735 0,03128 3,8349 3,9579

Total 490 3,9352 0,60150 0,02717 3,8818 3,9886

Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).

A Tabela 21 mostra que não há diferença significativa entre os grupos dos alunos que

cursaram a disciplina específica de sustentabilidade ambiental no bloco de Ensino de Inovação

em relação aos alunos que não a cursaram. Entretanto, ficou evidenciado que existe diferença

significativa entre os grupos que cursaram a disciplina, ao comparar com os que não tiveram a

disciplina específica de sustentabilidade ambiental, e o mesmo ocorre com Empreendedorismo.

Page 92: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

92

Tabela 21 - ANOVA dos construtos em relação a disciplina específica de sustentabilidade

ambiental

Soma dos

Quadrados

Graus de

Liberdade

Quadrado

Médio

F Nível de

Significância*

Ensino de Inovação

entre

grupos

0,802 1 0,802 2,173 0,141

nos

grupos

180,036 488 0,369

Total 180,838 489

Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental

entre

grupos

7,676 1 7,676 18,414 0,000

nos

grupos

203,431 488 0,417

Total 211,107 489

Empreendedorismo

entre

grupos

2,460 1 2,460 6,882 0,009

nos

grupos

174,461 488 0,358

Total 176,922 489

*Não significativo (p<0,05)

Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).

A Tabela 22 apresenta as médias comparando alunos que cursaram a disciplina

específica de inovação/empreendedorismo com alunos que não cursaram a disciplina. Com

relação a essa disciplina, a média dos alunos com relação ao construto Ensino de Inovação ficou

em 4,24, e a dos que não cursaram ficou em 3,95, o que demonstrou uma diferença significativa.

Com relação ao construto Ensino de Sustentabilidade Ambiental, a média dos alunos que

cursaram a disciplina específica de inovação/empreendedorismo ficou em 4,07, e a dos que não

cursaram ficou em 4,14. Nesse caso, a média apresenta uma pequena diferença. Com relação

ao construto Empreendedorismo, a média ficou em 3,98 dos alunos que cursaram a disciplina

específica de inovação/empreendedorismo e 3,84 dos que não estudaram. Fica demonstrada

também uma pequena diferença.

Page 93: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

93

Tabela 22 - Análise descritiva da disciplina específica de inovação/empreendedorismo

N Média Desvio

Padrão

Erro

Padrão

Intervalo de

confiança de

95% para

média Limite

inferior

Limite

superior

Ensino de Inovação

Cursaram a disciplina

específica de

inovação/empreendedorismo

311 4,2432 0,56047 0,03178 4,1807 4,3057

Não cursaram a disciplina

específica de

inovação/empreendedorismo

178 3,9554 0,64696 0,04849 3,8597 4,0511

Total 489 4,1384 0,60874 0,02753 4,0844 4,1925

Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental

Cursaram a disciplina

específica de

inovação/empreendedorismo

311 4,0750 0,69536 0,03943 3,9974 4,1526

Não cursaram a disciplina

específica de

inovação/empreendedorismo

178 4,1457 0,58534 0,04387 4,0591 4,2323

Total 489 4,1007 0,65771 0,02974 4,0423 4,1592

Empreendedorismo

Cursaram a disciplina

específica de

inovação/empreendedorismo

311 3,9881 0,59979 0,03401 3,9212 4,0550

Não cursaram a disciplina

específica de

inovação/empreendedorismo

178 3,8423 0,59655 0,04471 3,7541 3,9306

Total 489 3,9350 0,60211 0,02723 3,8815 3,9885

Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).

A Tabela 23 mostra que existe diferença significativa entre os grupos de alunos que

cursaram a disciplina específica de inovação/empreendedorismo em relação aos alunos que não

cursaram com relação aos construtos Ensino de Inovação e Empreendedorismo. Porém, ficou

evidenciado que não existe diferença significativa entre os grupos que cursaram a disciplina de

específica de inovação/empreendedorismo dos que não tiveram esse componente com relação

ao construto Ensino de Sustentabilidade Ambiental.

Page 94: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

94

Tabela 23 - ANOVA dos construtos em relação a disciplina específica de

inovação/empreendedorismo

Soma dos

Quadrados

Graus de

Liberdade

Quadrado

Médio

F Nível de

Significância*

Ensino de Inovação

entre

grupos

9,374 1 9,374 26,626 0,000

nos

grupos

171,463 487 0,352

Total 180,837 488

Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental

entre

grupos

0,565 1 0,565 1,308 0,253

nos

grupos

210,538 487 0,432

Total 211,103 488

Empreendedorismo

entre

grupos

2,406 1 2,406 6,714 0,010

nos

grupos

174,512 487 0,358

Total 176,917 488

*Não significativo (p<0,05)

Fonte: Dados da pesquisa do relatório do SPSS (2017).

As Tabelas 24, 25, 26, 27 e 28 apresentam os valores dos coeficientes para análise da

moderação. Os dados foram processados no software AMOS®, Versão 21.

Tabela 24 - Análise da moderação da disciplina específica de inovação/empreendedorismo

Construto

Coeficiente Padronizado

Não cursou a disciplina

específica de inovação/

empreendedorismo

Coeficiente Padronizado

Cursou a disciplina

específica de inovação/

empreendedorismo

Empreendedorismo <--- Ensino de

Inovação

0,102 0,404

Empreendedorismo <--- Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental

0,257 0,243

Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).

Tabela 25 - Análise da moderação da disciplina específica de sustentabilidade ambiental

Construto

Coeficiente Padronizado

Não cursou a disciplina

específica de

sustentabilidade

ambiental

Coeficiente Padronizado

Cursou a disciplina

específica de

sustentabilidade

ambiental

Empreendedorismo <--- Ensino de

Inovação

0,274 0,501

Empreendedorismo <--- Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental

0,246 -0,015

Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).

Page 95: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

95

Conforme os resultados da Tabela 24 e 25, fica demonstrada a importância das

disciplinas específicas de inovação/empreendedorismo e de sustentabilidade ambiental para a

mudança do comportamento dos alunos na formação do seu perfil empreendedor, pois quando

tais disciplinas são cursadas, fortalece-se o empreendedorismo. Entretanto, necessita-se

fomentar a importância da consciência ambiental nesse processo, visto que a disciplina

específica de Sustentabilidade Ambiental ainda pode ser melhor trabalhada no âmbito das IES,

já que, nessa análise, apenas 23,1% dos alunos cursaram a mesma.

Para fazer a análise da moderação dos cursos, optou-se pelos que apresentaram maior

número de respondentes. São eles: Administração, com 27,6% da amostra (Tabela 26);

Engenharia Civil, com 21,3% da amostra (Tabela 27); e Sistemas de Informações, com 12,1%

da amostra (Tabela 28).

Tabela 26 - Análise da moderação do curso de Administração

Construto

Coeficiente

Padronizado

Empreendedorismo <--- Ensino de

Inovação

0,274

Empreendedorismo <--- Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental

0,246

Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).

Tabela 27 - Análise da moderação do curso de Engenharia Civil

Construto

Coeficiente

Padronizado

Empreendedorismo <--- Ensino de

Inovação

0,388

Empreendedorismo <--- Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental

0,231

Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).

Tabela 28 - Análise da moderação do curso de Sistemas de Informações

Construto

Coeficiente

Padronizado

Empreendedorismo <--- Ensino de

Inovação

0,389

Empreendedorismo <--- Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental

0,290

Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).

Page 96: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

96

Nesse contexto, conforme as Tabelas 26, 27 e 28, o curso que apresentou o maior

percentual do construto Ensino de Inovação para o Empreendedorismo foi o de Sistemas de

Informação (0,389), o que também se confirma para o construto Ensino de Sustentabilidade

Ambiental (0,290). Analisando a grade curricular desse curso, percebeu-se uma ênfase em

disciplinas que envolvem as temáticas de empreendedorismo, inovação, criatividade, gestão

estratégica dos negócios, gestão de projetos, sistemas de informações gerenciais,

desenvolvimento de carreira, entre outras. Isso pode estar contribuindo para os resultados

obtidos nessa pesquisa.

Com base nos resultados das Tabelas 24, 25, 26, 27 e 28, evidencia-se o efeito

moderador das disciplinas e dos cursos, confirmando as hipóteses H3a, H3b, H4a, H4b, H5a e

H5b.

Ao iniciar um curso superior, os alunos buscam uma formação técnica, e o ensino

proporcionado pelas disciplinas analisadas na pesquisa possibilita a formação de um aluno com

uma visão diferenciada, pois o empreendedorismo, além da possibilidade de gerar um negócio

próprio, também possibilita a melhoria de um negócio atual ou ainda novos processos ou

produtos para as empresas.

A inovação e a sustentabilidade ambiental são importantes para o futuro das empresas,

pois a primeira possibilita a identificação de oportunidades (LEONARD-BARTON, 1992;

TEECE; PISANO; SCHUEN, 1997; VENKATES et al., 2003) enquanto a segunda torna-se

fundamental para preservar o meio ambiente (REILLY; MCGRATH; REILLY, 2016) pois a

alta competitividade pode trazer efeitos negativos para a natureza. Com isso, é importante

formar um aluno diferenciado e, assim, o ensino de inovação e sustentabilidade ambiental torna-

se relevante para o modelo que garantirá um futuro melhor para a sociedade.

Salienta-se que AFE e AFC, bem como os testes de normalidade, confiabilidade e

variância utilizados nessa pesquisa, permitem a validação e a confiabilidade dos dados, servindo

como suporte necessário para a análise do modelo integrado, por meio da MEE.

4.2.4 Análise do modelo integrado teórico

Após a validação dos construtos que compõem o modelo, foi realizada a análise do

modelo integrado teórico (Figura 20), o qual agrega o modelo de mensuração e o modelo

estrutural (HAIR Jr. et al., 1998), para avaliar as relações entre o Ensino de Inovação, Ensino

de Sustentabilidade Ambiental e Empreendedorismo, assim como as variáveis propostas no

modelo teórico.

Page 97: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

97

Para aplicação da MEE, utilizou-se o software AMOS®, Versão 21, acoplado ao

SPSS®, como suporte de processamento dos dados, pois eles apresentam as funcionalidades

necessárias para o método (BYRNE, 2010).

Nesse processo de avaliação, considerou-se os índices de ajuste do modelo e de

significância estatística dos coeficientes estimados, como sugere Kline (1998). Na Tabela 29,

estão apresentados os coeficientes padronizados e significância do modelo integrado teórico.

Figura 20 - Modelo integrado teórico

Fonte: Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).

A Tabela 29 apresenta os resultados que indicam relações significativas para o desvio

padrão e o teste Z do modelo integrado com coeficiente não-padronizado. A partir da análise

dos resultados, com relação às proposições desta pesquisa, evidencia-se a confirmação da

relação positiva entre Ensino de Inovação (Hipótese 1) e entre o Ensino de Sustentabilidade

Ambiental (Hipótese 2) com relação ao Empreendedorismo.

Page 98: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

98

Tabela 29 - Teste de hipótese do modelo integrado com coeficiente não-padronizado

Construtos Coeficiente

não-

padronizado

Desvio

padrão

Z p

Empreendedorismo <--- Ensino de Inovação 0,244 0,047 5,137 ***

Empreendedorismo <--- Ensino de Sustentabilidade

Ambiental

0,141 0,036 3,858 ***

***Nível de significância p<0,001

Fonte: Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).

A Tabela 30 apresenta os coeficientes padronizados do modelo integrado.

Tabela 30 - Teste de hipótese do modelo integrado com coeficiente padronizado

Construtos Coeficiente

padronizado

Empreendedorismo <--- Ensino de Inovação 0,326

Empreendedorismo <--- Ensino de Sustentabilidade Ambiental 0,226

Fonte: Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).

Utilizados na análise das medidas de ajuste absoluto, os índices de saída do relatório do

software AMOS, que determinam o grau do modelo de mensuração e compõem a matriz de

covariâncias, estão apresentados na Tabela 31, tendo como base os índices sugeridos por Hair

Jr. et al. (1998). Na análise do índice que calcula o valor do Qui-quadrado do modelo estimado,

dividido pelos graus de liberdade, obteve-se o valor 3,82, que ficou dentro do limite de 5,

sugerido por Tanaka (1993).

A raiz quadrada da média do erro de aproximação (RMSEA) apresenta o valor 0,075,

permanecendo dentro do valor proposto por Hair Jr. el al. (1998) e Kline (2005) que é entre

0,05 e 0,08. Os índices de adequação da normalidade (NFI), que ficou em 0,833, e o CFI, que

resultou em 0,869, ficaram um pouco abaixo dos 0,9 ao se comparar o modelo teórico com o

modelo nulo (HAIR Jr. et al., 1998).

Complementarmente, apresentam-se também na Tabela 31, os indicadores de validade

e confiabilidade das variáveis: i) KMO está em 0,868, dentro dos níveis aceitáveis de 0,5 a 1,0

(MALHOTRA, 2012); a variância média extraída apresenta o valor de 0,904, acima do

recomendado (>0,7) (HAIR Jr. et al., 1998); iii) a confiabilidade composta das variáveis

observáveis resultou no índice de 0,954, também superior ao recomendado (>0,7) (MAROCÔ,

2010); iv) o Alfa de Cronbach de 0,857 evidenciou a confiabilidade interna (HAIR Jr. et al.,

1998), pois o valor aceitável deve estar acima de 0,7 (HAIR Jr. et al., 1998).

Page 99: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

99

Tabela 31 - Índices de ajuste do modelo teórico

Índice Modelo Teórico

Qui-quadrado 508,541

Graus de Liberdade 133

Qui-quadrado dividido pelo Graus de Liberdade 3,82

Nível de Significância 0,000*

CFI - Comparative Fit Index 0,869

NFI - Normed Fit índex 0,833

RMSEA - Root Mean Squared Error of Aproximation 0,075

ECVI - Expected Cross-Validation Index 1,238

KMO - Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy 0,868

Variância Extraída 0,904

Confiabilidade Composta 0,954

Alfa de Cronbach 0,857

*Nível de significância p<0,001

Fonte: Dados da pesquisa do relatório do AMOS (2017).

Tendo como base o estudo do modelo integrado e os índices sugeridos por Hair Jr. et al.

(1998) para analisar as medidas de ajuste absoluto, chegou-se ao resultado da avaliação das

hipóteses sugeridas na pesquisa (Tabela 32).

Tabela 32 - Hipóteses da pesquisa

Hipóteses da pesquisa Resultado do Modelo Teórico

H1: O Ensino de Inovação está positivamente relacionado com o

Empreendedorismo.

Confirmada

H2: O Ensino de Sustentabilidade Ambiental está positivamente

relacionado com o Empreendedorismo.

Confirmada

H3a – A disciplina específica de inovação/empreendedorismo modera a

relação entre o Ensino de Inovação e o Empreendedorismo.

Confirmada

H3b – A disciplina específica de inovação/empreendedorismo modera a

relação entre o Ensino de Sustentabilidade Ambiental e o

Empreendedorismo.

Confirmada

H4a – A disciplina específica de sustentabilidade ambiental modera a

relação entre o Ensino de Inovação e o Empreendedorismo.

Confirmada

H4b – A disciplina específica de sustentabilidade ambiental modera a

relação entre o Ensino de Sustentabilidade Ambiental e o

Empreendedorismo.

Confirmada

H5a – O curso de graduação modera a relação entre Ensino de Inovação e

o Empreendedorismo.

Confirmada

H5b – O curso de graduação modera a relação entre Ensino de

Sustentabilidade Ambiental e o Empreendedorismo.

Confirmada

Fonte: Elaborado pelo autor (2017).

Page 100: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

100

5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A inovação visa ao desenvolvimento econômico, uma vez que Shumpeter (1934)

ressalta sua relação com a figura do empresário inovador e, para Drucker (1985), a inovação

está evidenciada como instrumento do empreendedor. Nesse contexto, torna-se necessário que

as empresas identifiquem novas oportunidades e as aproveitem para geração de riqueza

(TEECE; PISANO; SCHUEN, 1997) e para a introdução de novas tecnologias como

determinante crucial das inovações (VENKATESH et al., 2003, GUPTA; ARORA, 2017,

BANKOLE; BANKOLE, 2017), o que resulta, por sua vez, em benefícios para as empresas e

seus clientes.

Os resultados do estudo demonstram que o Ensino de Inovação está positivamente

relacionado com o Empreendedorismo (H1), conforme demonstra a Tabela 29 (0,244). Tais

dados corroboram com a visão de Martin-blas e Serrano-Fernandez (2009) de que o ensino de

inovação torna-se relevante para o aproveitamento de oportunidades. Para Spyrtou et al. (2016),

ela torna-se um componente crucial do ensino de ciência para renovação. Cabe ressaltar, ainda,

que o comportamento dos consumidores está relacionado com o ritmo da inovação tecnológica

(PARK; KOH, 2017) e o crescimento do empreendedorismo culmina com a necessidade de seu

ensino para que o empreendedor consiga inovar (GARCIA; LELES; ROMANO, 2017).

Também está demonstrado, pelo resultado da Tabela 29 (0,141), que o Ensino de

Sustentabilidade Ambiental está positivamente relacionado com o Empreendedorismo (H2), em

consonância com o pensamento de Sund (2016) sobre a necessidade de orientar as políticas

públicas de educação para a mudança social e a sustentabilidade ambiental do planeta.

Corroborando com esse entendimento, assim como a inovação, a sustentabilidade ambiental

pode se tornar fundamental para a promoção da competitividade das organizações, bem como

uma organização sustentável é aquela que simultaneamente procura ser eficiente em termos

econômicos e ambientais (SEVERO, 2013).

Recentemente surgiu o empreendedorismo sustentável, que considera a noção de

sincronia empresarial, emergindo de uma abordagem indutiva, como um conceito-chave para o

avanço dessa visão de empreender considerando as questões ambientais (MUNOZ; COHEN,

2017).

Na pesquisa, ficou evidenciado que a disciplina específica de

inovação/empreendedorismo modera a relação entre o Ensino de Inovação e o

Empreendedorismo (H3a) e também a relação entre Ensino de Sustentabilidade Ambiental e

Empreendedorismo (H3b) conforme os resultados da Tabela 24. Mesmo assim, Meza et al.

Page 101: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

101

(2017) consideram que os ambientes educacionais limitam a contribuição para o

desenvolvimento de habilidades importantes relacionadas à inovação e, consequentemente,

torna-se necessária a utilização de novas formas de ensino e aprendizagem para incentivar a

criatividade nos indivíduos. Além disso, é necessário familiarizar os estudantes com as

modernas tecnologias didáticas para um melhor aproveitamento no processo educacional

(ANDRES; SVOBODA, 2017).

Conforme demonstrado na Tabela 25, a disciplina específica de sustentabilidade

ambiental modera a relação entre o Ensino de Inovação e Empreendedorismo (H4a) e também

modera a relação entre Ensino de Sustentabilidade Ambiental e Empreendedorismo (H4b).

Nesse sentido, os alunos percebem que a sustentabilidade pode contribuir para a resolução dos

problemas ambientais do planeta, bem como para preencher a lacuna dos aspectos sociais e

atitudinais da sustentabilidade não percebidos pelos alunos anteriormente (SEGALAS;

FERRER-BALAS; MULDER, 2010). Ainda conforme os autores, os cursos que aplicam uma

abordagem pedagógica mais orientada para a comunidade, e mais construtiva com

aprendizagem ativa, aumentam o conhecimento dos alunos sobre desenvolvimento sustentável.

Por conseguinte, também ficou evidenciado que o curso de graduação modera a relação

entre o Ensino de Inovação e o Empreendedorismo (H5a), bem como modera a relação entre

Ensino de Sustentabilidade Ambiental e Empreendedorismo (H5b), conforme os resultados

obtidos e demonstrados nas Tabelas 26, 27 e 28. Embora três a cada quatro brasileiros tenham

vontade de empreender, a Endeavor (2013) identificou que falta capacitação, tanto para iniciar

quanto para manter um negócio. Isso demonstra uma grande oportunidade para o ensino

superior atuar e potencializar a formação de empreendedores, já que a pesquisa realizada pelo

Global Entrepreneurship Monitor (GEM, 2011) sobre a intenção de se empreender identificou

que 57,9% dos pesquisados não cursaram uma disciplina sobre o tema.

Page 102: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

102

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando a proposta da pesquisa de analisar as relações entre o Ensino de Inovação,

o Ensino de Sustentabilidade Ambiental e o Empreendedorismo, na percepção dos alunos do

ensino superior, são apresentadas, agora, algumas considerações no âmbito acadêmico e

gerencial no intuito de atender aos objetivos propostos.

Na pesquisa, ficou evidenciada a influência tanto do Ensino de Inovação quanto do

Ensino de Sustentabilidade Ambiental sobre o Empreendedorismo, o que demonstra a

importância dessas temáticas na formação do perfil empreendedor, no âmbito do ensino

superior. Como o empreendedorismo vem crescendo significativamente na última década, por

meio de novas formas de economias emergentes (GARCIA; LELES; ROMANO, 2017), e,

sendo ele tanto uma das possibilidades para o desenvolvimento de uma região ou país quanto

uma das principais alternativas para geração de empregos e oportunidades, torna-se essencial

desenvolver no ensino superior essa possibilidade de carreira para os alunos.

Atenta-se para o fato de que existem dificuldades na condução de novas empresas, visto

que muitas delas encerram suas atividades nos primeiros anos de existência (ARRUDA et al.,

2014). Dentre os fatores apontados para o fechamento das empresas, os principais motivos são

falta de perfil empreendedor, dificuldade de gestão empresarial e de captação de clientes e falta

de capital de giro e gestão financeira. Isso reforça a necessidade do ensino das temáticas de

inovação e empreendedorismo investigadas por meio desta pesquisa.

A oferta de educação para o empreendedorismo vem aumentando devido às mudanças

na economia e, consequentemente, na força de trabalho, bem como na ampliação das

perspectivas de carreira que estimulem iniciativas empreendedoras (DUVAL-COUETIL;

REED-RHOADS; HAGHIGHI, 2012).

O efeito moderador das disciplinas específicas de inovação/empreendedorismo e

sustentabilidade ambiental foi evidenciado nas relações entre os construtos, em consonância

com o crescimento do número de IES que estão promovendo ações em torno do tema do

empreendedorismo (MARTINELLI; MEYER; TUNZELMANN, 2008).

Também ficou comprovado o efeito moderador do curso de graduação nas relações entre

os construtos, corroborando com os achados de Dabbagh e Menasce (2006), em torno das

percepções gerais dos alunos sobre a profissão, ao final das experiências com

empreendedorismo. Os estudantes apresentaram percepções acerca do empreendedorismo,

especificamente no que se concerne às habilidades profissionais, significativamente melhores

do que as percebidas nos alunos que não participam dessas ações.

Page 103: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

103

É importante também considerar os fatores de liderança como um dos principais

determinantes do empreendedorismo, além do processo pelo qual as organizações se renovam

em seus mercados por meio do pioneirismo, da inovação e da tomada de riscos (MILLER,

1983). Além disso, os primeiros negócios do empreendedor nascente são vitais (DAVIDSSON;

HONIG, 2003), bem como o desenvolvimento de redes entre as empresas (HOANG;

ANTONCIC, 2003) e a formação de alianças estratégicas (EISENHARDT; SCHOONHOVEN,

1996).

A pesquisa também levantou a informação de que quanto maior a renda familiar, maior

o percentual de alunos estudando em IES privadas, quando feito um comparativo com as IES

públicas, o que pode ter influência nos achados da pesquisa, ou seja, a influência do Ensino de

Inovação e do Ensino de Sustentabilidade Ambiental sobre o Empreendedorismo.

Como contribuições acadêmicas, a pesquisa mostrou a relevância da temática de

empreendedorismo, inovação e sustentabilidade ambiental no currículo do ensino superior. Isso

pode trazer aos alunos a possibilidade de empreenderem na sua carreira, bem como o

desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes que contribuirão na vida profissional

durante e após o período nas IES. Assim, percebe-se a importância deste estudo, bem como a

busca de novos achados que venham a contribuir com as temáticas e de formas de conduzir os

estudos para que sejam alcançados melhores resultados no que tange à formação dos alunos em

profissionais para o atual e futuro mercado de trabalho. A realização da pesquisa sistemática

também contribuiu para a construção dos conhecimentos acerca das temáticas abordados no

estudo.

Quanto às contribuições gerenciais, fica evidente a importância das temáticas em estudo

para o desenvolvimento de futuros gestores e empreendedores com uma visão diferenciada,

tanto para atuação como colaborador das empresas, quanto como fundadores de novas

organizações, contribuindo para a geração de renda e empregos, tão necessários para o

desenvolvimento regional e da sociedade.

A pesquisa teve limitações, principalmente no acesso às IES, exceto no caso da IMED,

em que o pesquisador teve acesso facilitado, devido ao fator de conveniência. Outra limitação

esteve relacionada às respostas por meio de formulários eletrônicos, sanada posteriormente via

formulários impressos aplicados presencialmente.

Como sugestões de estudos futuros, considera-se importante realizar comparativos com

outras IES do estado, bem como de outras regiões do país, no sentido de verificar também outras

realidades sociais. Nesse contexto, cabe realizar estudos qualitativos no intuito de verificar se

os empreendedores foram influenciados pelo ensino superior quando abriram seus negócios e

Page 104: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

104

o quanto isso impactou em suas atitudes e decisões, bem como a importância que eles concedem

à sustentabilidade ambiental e à inovação. Além disso, sugere-se a inclusão das temáticas nas

ementas das disciplinas nos cursos de graduação e pós-graduação.

Page 105: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

105

REFERÊNCIAS

AGHEORGHIESEI, D. T.; COPOERU, I.; HORIA, N. The Role of religion in businesses

from a three-dimensional perspective-entrepreneurship, marketing and organizational

management. Journal for the Study of Religions and Ideologies, v. 15, n. 45, p. 283-309,

2016.

AHUJA, G.; MORRIS LAMPERT, C. Entrepreneurship in the large corporation: A

longitudinal study of how established firms create breakthrough inventions. Strategic

management journal, v. 22, n. 6‐7, p. 521-543, 2001.

ALFARIS, F.; JUAIDI, A.; MANZANO-AGUGLIARO, F. Improvement of efficiency

through an energy management program as a sustainable practice in schools. Journal of

Cleaner Production, v. 135, p. 794-805, 2016.

ALSHUWAIKHAT, H. M.; ABUBAKAR, I. An integrated approach to achieving campus

sustainability: assessment of the current campus environmental management practices.

Journal of Cleaner Production, v. 16, n. 16, p. 1777-1785, 2008.

ALVAREZ, A. R.; MOTA, J. A. Sustentabilidade ambiental no Brasil: biodiversidade,

economia e bem-estar humano. Projeto Perspectivas do Desenvolvimento Brasileiro. Instituto

de Pesquisa Econômica Aplicada. Brasília: Ipea, 2010.

ANDRES, P.; SVOBODA, P. Multimedia as a modern didactic tool-windows EDU proof of

concept project at czech technical university in Prague. Advances in Intelligent Systems and

Computing, v. 545, p. 29-40, 2017.

ARRUDA, C.; COSTA, V.; COZZI, A.; NOGUEIRA, V. Causas da mortalidade de

startups brasileiras: o que fazer para aumentar as chances de sobrevivência no

mercado. Núcleo de Inovação e Empreendedorismo: Fundação Dom Cabral, 2014.

ARTES, J.; PEDRAJA-CHAPARRO, F.; SALINAS-JIMÉNEZ, M. D. M. Research

performance and teaching quality in the Spanish higher education system: Evidence from a

medium-sized university. Research Policy, v. 46, n. 1, p. 19-29, 2017.

BANKOLE, F. O.; BANKOLE, O. O. The effects of cultural dimension on ICT innovation:

Empirical analysis of mobile phone services. Telematics and Informatics, v. 34, n. 2, p. 490-

505, 2017.

BENTLER, P. M. Comparative fit indexes in structural equations. Psychological Bulletin.

v.107, n. 2, p. 238-246, 1990.

BLENKER, P.; DREISLER, P.; FÆRGEMANN, H. M.; KJELDSEN, J. A framework for

developing entrepreneurship education in a university context. International Journal of

Entrepreneurship and Small Business, v. 5, n. 1, p. 45-63, 2008.

Page 106: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

106

BORREGO, M.; FROYD, J. E.; HALL, T. S. Diffusion of engineering education innovations:

A survey of awareness and adoption rates in US engineering departments. Journal of

Engineering Education, v. 99, n. 3, p. 185-207, 2010.

BOSCHEN, S.; LENOIR, D.; SCHERINGER, M. Sustainable chemistry: starting points and

prospects. Naturwissenschaften, v. 90, n. 3, p. 93-102, 2003.

BRACHERT, M.; HYLL, W.; TITZE, M. On the simultaneity bias in the relationship

between risk attitudes, entry into entrepreneurship and entrepreneurial survival. Applied

Economics Letters, v. 24, n. 7, p. 477-480, 2017.

BROWNING, D. M.; MEYER, E. C.; TRUOG, R. D.; SOLOMON, M. Z. Difficult

conversations in health care: Cultivating relational learning to address the hidden curriculum.

Academic Medicine, v. 82, n. 9, p. 905-913, 2007.

BRUNDTLAND, G. H. Our common future: from one Earth to one World – the World

Commission on Environment and Development. Oxford: Oxford University Press, 1987.

CANTILLON, R. Essay on the Nature of Commerce in General. London: Transaction

Publishers, 1959.

CARDINALE, B. J.; DUFFY, J. E.; GONZALEZ, A.; HOOPER, D. U.; PERRINGS, C.;

VENAIL, P.; KINZIG, A. P. Biodiversity loss and its impact on humanity. Nature, v. 486, n.

7401, p. 59-67, 2012.

CAREW, A. L.; MITCHELL, C. A. Teaching sustainability as a contested concept:

capitalizing on variation in engineering educators' conceptions of environmental, social and

economic sustainability. Journal of Cleaner Production, v. 16, n. 1, p. 105-115, 2008.

CARSON, S. S.; STOCKING, C.; PODSADECKI, T.; CHRISTENSON, J.; POHLMAN, A.;

MACRAE, S.; HALL, J. Effects of organizational change in the medical intensive care unit of

a teaching hospital: a comparison of'open'and'closed'formats. Jama, v. 276, n. 4, p. 322-328,

1996.

CHEN, T.; LIN, Y. C. Feasibility Evaluation and Optimization of a Smart Manufacturing

System Based on 3D Printing: A Review. International Journal of Intelligent Systems,

2017.

COOPER, D. R.; SCHINDLER, P. S. Métodos de Pesquisa em Administração. 12ª Edição.

McGraw Hill Brasil, 2016.

COSTA, P.; WOLF, S. M.; RIBEIRO, T. V. A. Empreendedorismo e educação

empreendedora: confrontação entre a teoria e prática. Revista de Ciências da

Administração, v. 8, n. 15, p. 09, 2006.

CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa métodos qualitativo, quantitativo e misto. In: Projeto

de pesquisa métodos qualitativo, quantitativo e misto. Artmed, 2010.

DABBAGH, N.; MENASCÉ, D. A. Student perceptions of engineering entrepreneurship: An

exploratory study. Journal of Engineering Education, v. 95, n. 2, p. 153-164, 2006.

Page 107: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

107

DALVI-ESFAHANI, M.; RAMAYAH, T.; NILASHI, M. Modelling upper echelons’

behavioural drivers of Green IT/IS adoption using an integrated Interpretive Structural

Modelling–Analytic Network Process approach. Telematics and Informatics, v. 34, n. 2, p.

583-603, 2017.

DAVIDSSON, P.; HONIG, B. The role of social and human capital among nascent

entrepreneurs. Journal of business venturing, v. 18, n. 3, p. 301-331, 2003.

DAVIS, C. E.; BOLEN, R. E. Implementing Lean LaunchPad methodology into an

engineering professional development course. In: Frontiers in Education Conference (FIE),

2016 IEEE. IEEE, 2016. p. 1-6.

DE GUIMARÃES, J. C. F.; SEVERO, E. A.; DORION, E. C. H.; COALLIER, F.; OLEAS,

P. M. The use of organizational resources for product innovation and organizational

performance: A survey of the brazilian furniture industry. International Journal of

Production Economics, v. 180, p. 135-147, 2016.

DENGLER, M. Classroom active learning complemented by an online discussion forum to

teach sustainability. Journal of Geography in Higher Education, v. 32, n. 3, p. 481-494,

2008.

DIMASI, J. A.; HANSEN, R. W.; GRABOWSKI, H. G. The price of innovation: new

estimates of drug development costs. Journal of health economics, v. 22, n. 2, p. 151-185,

2003.

DORNELAS, J. C. A.; TIMMONS, J. A.; SPINELLI, S. Criação de novos negócios:

empreendedorismo para o século 21. Rio de Janeiro, Campus, 2014.

DRUCKER, P. F. Inovação e espírito empreendedor – Entrepreneurship. 6 ed. São Paulo:

Pioneira, 1985.

DUVAL-COUETIL, N.; REED-RHOADS, T.; HAGHIGHI, S. Engineering students and

entrepreneurship education: Involvement, attitudes and outcomes. International Journal of

Engineering Education, v. 28, n. 2, p. 425, 2012.

ECKERT, A.; NETO, S. L. H. C.; BOFF, D. S. Iniciativas e práticas ambientais das pequenas

e médias empresas do Vale do Caí-RS. Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, v.

4, n. 1, 2015.

EISENHARDT, K. M.; SCHOONHOVEN, C. B. Resource-based view of strategic alliance

formation: Strategic and social effects in entrepreneurial firms. Organization Science, v. 7, n.

2, p. 136-150, 1996.

ENDEAVOR. Empreendedores brasileiros: perfis e percepções. 2013. Disponível em:<

http://info.endeavor.org.br/relatorio-empreendedores-brasileiros-perfis>. Acesso em 15 mar.

2017.

Page 108: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

108

ENDEAVOR. Cultura empreendedora no Brasil. 2014. Disponível em:<

http://info.endeavor.org.br/os-perfis-dos-empreendedores-brasileiros>. Acesso em 15 mar.

2017.

ENDEAVOR. Empreendedorismo nas universidades Brasileiras. 2016. Disponível em:<

http://info.endeavor.org.br/eub2016> Acesso em: 15 de Mar 2017.

FABER, S.; VAN GEENHUIZEN, M.; DE REUVER, M. eHealth adoption factors in medical

hospitals: A focus on the Netherlands. International Journal of Medical Informatics, v.

100, p. 77-89, 2017.

FAYOLLE, A. Evaluation of entrepreneurship education: behaviour performing or intention

increasing?. International Journal of Entrepreneurship and Small Business, v. 2, n. 1, p.

89-98, 2005.

FAYOLLE, A. Personal views on the future of entrepreneurship education.

Entrepreneurship & Regional Development, v. 25, n. 7-8, p. 692-701, 2013.

FERNANDES, J. M.; AFONSO, P.; FONTE, V.; ALVES, V.; RIBEIRO, A. N. Promoting

entrepreneurship among informatics engineering students: insights from a case study.

European Journal of Engineering Education, v. 42, n. 1, p. 91-108, 2017.

FERRER-BALAS, D.; LOZANO, R.; HUISINGH, D.; BUCKLAND, H.; YSERN, P.;

ZILAHY, G. Going beyond the rhetoric: system-wide changes in universities for sustainable

societies. Journal of Cleaner Production, v. 18, n. 7, p. 607-610, 2010.

FOLEY, J. A.; RAMANKUTTY, N.; BRAUMAN, K. A.; CASSIDY, E. S.; GERBER, J. S.;

JOHNSTON, M.; BALZER, C. Solutions for a cultivated planet. Nature, v. 478, n. 7369, p.

337-342, 2011.

FORNELL, C.; LARCKER, D. Evaluating structural equation models with unobservable

variables and measurements error. Journal of Marketing Research, v. 17, n. 1, 39-50, 1982.

GARBIE, I. H. Integrating sustainability assessments in manufacturing enterprises: a

framework approach. International Journal of Industrial and Systems Engineering, v. 20,

n. 3, p. 343-368, 2015.

GARCIA, D. H.; LELES, A. D.; ROMANO, R. R. Program entrepreneurship and innovation:

Education as the core of innovation. Advances in Intelligent Systems and Computing, v.

494, p. 235-244, 2017.

GEM. Relatório Executivo do Global Entrepreneurship Monitor. 2011. Disponível em:

< http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/estudos_pesquisas/gem-2011-brasil-e-o-

terceiro-pais-com-maior-n-de-

empresasdetalhe21,4c0ccd8d48ae3410VgnVCM1000003b74010aRCRD>. Acesso em 15

mar. 2017.

GEM. Relatório Executivo do Global Entrepreneurship Monitor. 2015. Disponível em:

<http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/estudos_pesquisas/pesquisa-gem-

empreendedorismo-no-brasil-e-no-

Page 109: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

109

mundodestaque9,5ed713074c0a3410VgnVCM1000003b74010aRCRD>. Acesso em 15 mar.

2017.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. Editora Atlas SA, 2008.

GOH, E.; EFFENDI, Sr. Overview of an effective governance policy for mineral resource

sustainability in Malaysia. Resources Policy, v. 52, p. 1-6, 2017.

GOSSELIN, D.; BURIAN, S.; LUTZ, T.; MAXSON, J. Integrating geoscience into

undergraduate education about environment, society, and sustainability using place-based

learning: three examples. Journal of Environmental Studies and Sciences, v. 6, n. 3, p.

531-540, 2016.

GRAHAM, J. W. Missing data analysis: Making it work in the real world. Annual Review of

Psychology, v. 60, p. 549-576, 2009.

GREENHALGH, T.; ROBERT, G.; MACFARLANE, F.; BATE, P.; KYRIAKIDOU, O.

Diffusion of innovations in service organizations: systematic review and recommendations.

Milbank Quarterly, v. 82, n. 4, p. 581-629, 2004.

GRIMM, N. B.; FAETH, S. H.; GOLUBIEWSKI, N. E.; REDMAN, C. L.; WU, J., BAI, X.;

BRIGGS, J. M. Global change and the ecology of cities. Science, v. 319, n. 5864, p. 756-760,

2008.

GUERRA, R. C. C.; SMITH, K. A. I-Corps™ for Learning: Sustaining and scaling STEM

education innovations for impact. In: Frontiers in Education Conference (FIE), 2016 IEEE.

IEEE, 2016. p. 1-2.

GESSS. Relatório do Estudo GUESSS Brasil 2013-2014. Disponível em:

<http://www.guesssbrasil.org/relatorios/>. Acesso em 15 mar. 2017.

GUIMARÃES, J. C. F.; SEVERO, E. A.; SANTINI, F. O. Aplicação da modelagem de

equações estruturais para análise da retenção de alunos do ensino superior. Connexio, v. 4, n.

Esp., p. 95-114, 2014.

GUIMARÃES, J. C. F. A relação entre recursos estratégicos e inovação de produto para

a obtenção de vantagem competitiva em empresas da indústria moveleira. Tese

(Doutorado em Administração). Programa de Pós-graduação em Administração, Universidade

de Caxias do Sul – UCS, Caxias do Sul, 2013.

GUNASEKARA, C. Reframing the role of universities in the development of regional

innovation systems. The Journal of Technology Transfer, v. 31, n. 1, p. 101-113, 2006.

GUPTA, A.; ARORA, N. Understanding determinants and barriers of mobile shopping

adoption using behavioral reasoning theory. Journal of Retailing and Consumer Services,

v. 36, p. 1-7, 2017.

HAIR Jr., J. F.; ANDERSON, R. E.; TATHAM, R. L.; BLACK, W. C. Multivariate data

analysis. 5 ed., New Jersey: Prentice Hall, 1998.

Page 110: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

110

HAIR Jr., J. F.; BABIN, B.; MONEY, A.; SAMOUEL, P. Fundamentos de métodos de

pesquisa em administração. Bookman Companhia Ed, 2005.

HANSEN, M. T.; NOHRIA, N.; TIERNEY, T. What’s your strategy for managing

knowledge?. Harvard Business Review, v. 77, n. 3, p. 196-196, 1999.

HATCHER, L. A step-by-step approach to using the SAS system for factor analysis and

structural equation modeling. Cary, NC: SAS Institute, Inc., 1994.

HENNEMAN, E. A.; CUNNINGHAM, H. Using clinical simulation to teach patient safety in

an acute/critical care nursing course. Nurse Educator, v. 30, n. 4, p. 172-177, 2005.

HERNÁNDEZ, B. J. S. Graphic design and social networks: Methodological proposal

supported by the open innovation and co-creation. Advances in Intelligent Systems and

Computing, v. 503, p. 297-302, 2017.

HIGÓN, D. A.; GHOLAMI, R.; SHIRAZI, F. ICT and Environmental Sustainability: A

Global Perspective. Telematics and Informatics, 2017.

HIMMEL, M. E.; DING, S. Y.; JOHNSON, D. K.; ADNEY, W. S.; NIMLOS, M. R.;

BRADY, J. W.; FOUST, T. D. Biomass recalcitrance: engineering plants and enzymes for

biofuels production. Science, v. 315, n. 5813, p. 804-807, 2007.

HOANG, H.; ANTONCIC, B. Network-based research in entrepreneurship: A critical review.

Journal of business venturing, v. 18, n. 2, p. 165-187, 2003.

HÖLLER, H.; VORBACH, S. Entrepreneurship in Engineering Education: Graz university of

technology as a case study. Advances in Intelligent Systems and Computing, v. 545, p.

486-499, 2017.

HOLMEN, A. K. T.; FOSSE, J. K. Regional agency and constitution of new paths: a study of

agency in early formation of new paths on the west coast of Norway. European Planning

Studies, p. 1-18, 2017.

HOYLE, R. H.; PANTER, Writing about structural equation models. In.: HOYLE, R. H.

Structural equation modeling. London: Sage Publications, 1995.

HU, W.; MAO, J.; WEI, K. Energy-efficient rail guided vehicle routing for two-sided

loading/unloading automated freight handling system. European Journal of Operational

Research, v. 258, n. 3, p. 943-957, 2017.

HUANG, N. Z.; ZHONG, J. M.; DENG, S. Vision of Curriculum and teaching from

Ecological Sustainability. In: MATEC Web of Conferences. EDP Sciences, 2016. v. 63, p.

5005.

HUANG-SAAD, A.; MORTON, C.; LIBARKIN, J. Unpacking the impact of engineering

entrepreneurship education that leverages the Lean LaunchPad Curriculum. In: Frontiers In

Education Conference (Fie), 2016 IEEE. IEEE, 2016. p. 1-7.

HUIZINGH, E. K. Moving the innovation horizon in Asia. Technovation, 2017.

Page 111: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

111

IBGE. Demografia das empresas: 2013. Estudos e Pesquisas: Informação Econômica. Rio

de Janeiro, 2015.

IRBY, D. M.; COOKE, M.; O'BRIEN, B. C. Calls for reform of medical education by the

Carnegie Foundation for the Advancement of Teaching: 1910 and 2010. Academic Medicine,

v. 85, n. 2, p. 220-227, 2010.

JOHNSON, M.; MONSEN, Erik W.; MACKENZIE, N. G. Follow the leader or the pack?

Regulatory focus and academic entrepreneurial intentions. Journal of Product Innovation

Management, 2017.

JONES, W.; MAAS, L.; THAKKAR, R.; VAN SCOY, I.; LICHTERMAN, H.; BENITEZ-

NELSON, C.; GEIDEL, G. Integrating learning and environmental sustainability in a living,

learning community. In: OCEANS 2016 MTS/IEEE Monterey. IEEE, 2016. p. 1-5.

JORGENSON, A.; SCHOR, J.; HUANG, X. Income Inequality and Carbon Emissions in the

United States: A State-level Analysis, 1997–2012. Ecological Economics, v. 134, p. 40-48,

2017.

JUNG, S. H. The contingent effect of analyst coverage: how does analyst coverage affect

innovation and Tobin’s Q? Asia-Pacific Journal of Accounting & Economics, v. 24, n. 1-2,

p. 43-67, 2017.

KAMEL BOULOS, M. N.; WHEELER, S. The emerging Web 2.0 social software: an

enabling suite of sociable technologies in health and health care education1. Health

Information & Libraries Journal, v. 24, n. 1, p. 2-23, 2007.

KANNINEN, M.; SYRJÄ, T.; GORMAN, T. The coriolanus online project. In: Proceedings

of the 20th International Academic Mindtrek Conference. ACM, 2016. p. 457-459.

KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. The balanced scorecard: measures that drive performance.

Harvard business review, v. 83, n. 7, p. 172, 1992.

KEFAN, X.; GANG, C.; WU, D. D.; LUO, C.; QIAN, W. Entrepreneurial team's risk-based

decision-making: A dynamic game analysis. International journal of production

economics, v. 134, n. 1, p. 78-86, 2011.

KLOECKNER, J. New possibilities for sustainability, environmental justice and hope for the

commons will soar when Congress acts to create the US Department of the

Environment. Interdisciplinary Environmental Review, v. 16, n. 2-4, p. 217-231, 2015.

KLINE, R. B. Principles and practice of structural equation modeling. 2 ed. New York:

The Guilford Press. 2005.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Metodologia do trabalho científico:

procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos

científicos. Atlas, 2001.

Page 112: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

112

LARSEN, P. G.; KRISTIANSEN, E. L.; BENNEDSEN, J.; BJERGE, K. Enhancing non-

technical skills by a multidisciplinary engineering summer school. European Journal of

Engineering Education, p. 1-21, 2016.

LAWSON, G. M.; CUSHING, D. F.; TABORDA, C. Motivations of young people to study

landscape architecture. Proceedings of the Institution of Civil Engineers-Urban Design

and Planning, v. 170, n. 1, p. 23-30, 2017.

LEE, C.; LEE, K.; PENNINGS, J. M. Internal capabilities, external networks, and

performance: a study on technology‐based ventures. Strategic management journal, v. 22,

n. 6‐7, p. 615-640, 2001.

LEONARD‐BARTON, D. Core capabilities and core rigidities: A paradox in managing new

product development. Strategic management journal, v. 13, n. S1, p. 111-125, 1992.

LIANG, C.; CHANG, C. C.; LIANG, C. T.; LIU, Y. C. Imagining future success: Imaginative

capacity on the perceived performance of potential agrisocio entrepreneurs. Thinking Skills

and Creativity, v. 23, p. 161-174, 2017.

LINDH, I. Entrepreneurial development and the different aspects of reflection. The

International Journal of Management Education, v. 15, n. 1, p. 26-38, 2017.

LOPEZ-PEREZ, M. V.; PEREZ-LOPEZ, M. C.; RODRIGUEZ-ARIZA, L. Blended learning

in higher education: Students’ perceptions and their relation to outcomes. Computers &

Education, v. 56, n. 3, p. 818-826, 2011.

LOUNSBURY, M.; GLYNN, M. A. Cultural entrepreneurship: Stories, legitimacy, and the

acquisition of resources. Strategic management journal, v. 22, n. 6‐7, p. 545-564, 2001.

LU, J. W.; BEAMISH, P. W. The internationalization and performance of SMEs. Strategic

management journal, v. 22, n. 6‐7, p. 565-586, 2001.

LYU, M. Study on Practicing, Teaching and Sharing on Design for Sustainability in China.

Advances in Intelligent Systems and Computing, v. 498, p. 891-899, 2017.

MALHOTRA, N. K. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. Bookman Editora,

2012.

MÄLKKI, H.; ALANNE, K. An overview of life cycle assessment (LCA) and research-based

teaching in renewable and sustainable energy education. Renewable and Sustainable

Energy Reviews, v. 69, p. 218-231, 2017.

MANJU, S.; SAGAR, N. Progressing towards the development of sustainable energy: A

critical review on the current status, applications, developmental barriers and prospects of

solar photovoltaic systems in India. Renewable and Sustainable Energy Reviews, v. 70, p.

298-313, 2017.

MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed.

São Paulo: Atlas, 2003.

Page 113: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

113

MARDIA, K.V. Measures of multivariate skewness and kurtosis with applications.

Biometrika, v. 36, p. 519-530, 1970.

MARÔCO, J. Análise de equações estruturais: Fundamentos teóricos, software &

aplicações. ReportNumber, Lda, 2010.

MARTIN-BLAS, T.; SERRANO-FERNANDEZ, A. The role of new technologies in the

learning process: Moodle as a teaching tool in Physics. Computers & Education, v. 52, n. 1,

p. 35-44, 2009.

MARTINELLI, A.; MEYER, M.; VON TUNZELMANN, N. Becoming an entrepreneurial

university? A case study of knowledge exchange relationships and faculty attitudes in a

medium-sized, research-oriented university. The Journal of Technology Transfer, v. 33, n.

3, p. 259-283, 2008.

MATSON, P. A.; PARTON, W. J.; POWER, A. G.; SWIFT, M. J. Agricultural intensification

and ecosystem properties. Science, v. 277, n. 5325, p. 504-509, 1997.

MEZA, J.; ORTIZ, O.; VACA-CARDENAS, M.; ROMAN, S.; MONGUET, J. M. CIR:

Fostering Collective Creativity. In: E-Learning, E-Education, and Online Training: Third

International Conference, eLEOT 2016, Dublin, Ireland, August 31–September 2, 2016,

Revised Selected Papers. Springer International Publishing, 2017. p. 145-152.

MILLER, D. The correlates of entrepreneurship in three types of firms. Management

science, v. 29, n. 7, p. 770-791, 1983.

MOHAMMADI, A.; BROSTRÖM, A.; FRANZONI, C. Workforce Composition and

Innovation: How Diversity in Employees’ Ethnic and Educational Backgrounds Facilitates

Firm-Level Innovativeness. 2016.

MOORE, G. C.; BENBASAT, I. Development of an instrument to measure the perceptions of

adopting an information technology innovation. Information systems research, v. 2, n. 3, p.

192-222, 1991.

MUNOZ, P.; COHEN, B. Towards a social-ecological understanding of sustainable

venturing. Journal of Business Venturing Insights, v. 7, p. 1-8, 2017.

NETO, R. C.A.; RODRIGUES, V. P.; PANZER, S. Exploring the relationship between

entrepreneurial behavior and teachers' job satisfaction. Teaching and Teacher Education, v.

63, p. 254-262, 2017.

OCDE. Manual de Oslo. The measurement of scientific and technological activities.

Proposed guidelines for collecting and interpreting innovation data, 2005.

O’NEILL, P.; SOHAL, A.; TENG, C. W. Quality management approaches and their impact

on firms׳ financial performance–An Australian study. International Journal of Production

Economics, v. 171, p. 381-393, 2016.

OKUDAN, G. E.; RZASA, S. E. A project-based approach to entrepreneurial leadership

education. Technovation, v. 26, n. 2, p. 195-210, 2006.

Page 114: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

114

OMER, M. A.; YEMINI, M. Initiating consensus: stakeholders define entrepreneurship in

education. Educational Review, v. 69, n. 2, p. 140-157, 2017.

ONU. Transformando nosso mundo: a agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável.

2015.

OSTROM, E. A general framework for analyzing sustainability of social-ecological systems.

Science, v. 325, n. 5939, p. 419-422, 2009.

PALADINO, A. Investigating the drivers of innovation and new product success: a

comparison of strategic orientations. Journal of Product Innovation Management, v. 24, n.

6, p. 534-553, 2007.

PARK, K.; KOH, J. Exploring the relationship between perceived pace of technology change

and adoption resistance to convergence products. Computers in Human Behavior, v. 69, p.

142-150, 2017.

PAULY, D.; CHRISTENSEN, V.; GUÉNETTE, S.; PITCHER, T. J.; SUMAILA, U. R.;

WALTERS; C. J.; ZELLER, D. Towards sustainability in world fisheries. Nature, v. 418, n.

6898, p. 689-695, 2002.

PINTEC – PESQUISA DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Pesquisa de inovação tecnológica

2014. Disponível em:

<http://www.pintec.ibge.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=45&Itemi

d=12. Acesso em 15 mar>. 2017.

RAGAUSKAS, A. J.; WILLIAMS, C. K.; DAVISON, B. H.; BRITOVSEK, G.; CAIRNEY,

J.; ECKERT, C. A.; MIELENZ, J. R. The path forward for biofuels and biomaterials.

Science, v. 311, n. 5760, p. 484-489, 2006.

RAY, A.; REILLY, C. A.; TIRRELL, J. Revisioning academic entrepreneurship at a public

regional comprehensive university in North Carolina. In: PROFESSIONAL

COMMUNICATION CONFERENCE (IPCC), 2016 IEEE International. IEEE, 2016. p. 1-3.

REILLY, H.; MCGRATH, M. A. P.; REILLY, K. Beyond ‘Innocents Abroad’: Reflecting on

Sustainability Issues During International Study Trips. Journal of Technology Management

& Innovation, v. 11, n. 4, p. 29-37, 2016.

REVERTE, O. C.; CLEMENTE, F. J. G. Learning technological innovation on mobile

applications by means of a spiral of projects. Advances in Intelligent Systems and

Computing, v. 545, p. 16-28, 2017.

ROESCH, S. M. A. Projetos de estágio e de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas, v.

2, 1999.

RONTO, R.; BALL, L.; PENDERGAST, D.; HARRIS, N. What is the status of food literacy

in Australian high schools? Perceptions of home economics teachers. Appetite, v. 108, p.

326-334, 2017.

Page 115: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

115

ROOME, N. Teaching sustainability in a global MBA: Insights from the OneMBA. Business

Strategy and the Environment, v. 14, n. 3, p. 160-171, 2005.

ROSCH, C.; BRAUTIGAM, K. R.; KOPFMULLER, J.; STELZER, V.; LICHTNER, P.

Indicator system for the sustainability assessment of the German energy system and its

transition. Energy, Sustainability and Society, v. 7, n. 1, p. 1, 2017.

SAADATMAND, A.; NEMATOLLAHI, A. R.; SADOOGHI-ALVANDI, S. M. On the

estimation of missing values in AR (1) model with exponential innovations.

Communications in Statistics-Theory and Methods, v. 46, n. 7, p. 3393-3400, 2017.

SADIQ, S.; INDULSKA, M. Open data: Quality over quantity. International Journal of

Information Management, v. 37, n. 3, p. 150-154, 2017.

SCHULZ, M.; URBIG, D.; PROCHER, V. The role of hybrid entrepreneurship in explaining

multiple job holders’ earnings structure. Journal of Business Venturing Insights, v. 7, p. 9-

14, 2017.

SCHUMPETER, J. A. The theory of economic development. 1. ed. Cambridge: Harvard

University Press, 1934.

SEBRAE. Edital de chamada pública SEBRAE/RS: educação empreendedora em

instituições de ensino superior. Rio Grande do Sul: SEBRAE, 2016.

SEBRAE. Disciplina de empreendedorismo: capacitação de professores: manual do

facilitador. Brasília: SEBRAE, 2016.

SEBRAE. Manual do Empreendedor – O empreendedor e suas características. 2005.

Disponível em:

<http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/1DD16

27AE411E742032570EB00644EF1/$File/NT00031D7E.pdf>. Acesso em 15 mar. 2017.

SEE, T. A.; WAI, C. W.; ZEN, I. S. Ecological Footprint of Research University Students: A

Pilot Case Study in Universiti Teknologi Malaysia. In: MATEC Web of Conferences. EDP

Sciences, 2016. v. 66, p. 73.

SEGALAS, J.; FERRER-BALAS, D.; MULDER, K. F. What do engineering students learn in

sustainability courses? The effect of the pedagogical approach. Journal of Cleaner

Production, v. 18, n. 3, p. 275-284, 2010.

SEURING, S.; MULLER, M. From a literature review to a conceptual framework for

sustainable supply chain management. Journal of cleaner production, v. 16, n. 15, p. 1699-

1710, 2008.

SEVERO, E. A. Inovação e sustentabilidade ambiental nas empresas do arranjo

produtivo local metalomecânico automotivo da Serra Gaúcha. Tese (Doutorado em

Administração). Programa de Pós-Graduação em Administração, Universidade de Caxias do

Sul – UCS, Caxias do Sul, 2013.

Page 116: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

116

SEVERO, E. A.; DORION, E. C. H.; GUIMARAES, J. C. F. Innovation and environmental

sustainability: analysis in Brazilian metal-mechanic industry. International Journal of

Innovation and Sustainable Development, v. 11, p. 230-248, 2017.

SEVERO, E. A.; GUIMARAES, J. C. F. Corporate environmentalism: an empirical study in

Brazil. International Journal of Business and Globalisation, v. 15, p. 81, 2015.

SEVERO, E. A.; GUIMARAES, J. C. F.; BRITO, L. M. P.; DELLARMELIN, M. L.

Sustentabilidade Ambiental, Práticas Ambientais e Consumo Sustentável: A Percepção das

Gerações Baby Boomers, X e Y. In: ENCONTRO INTERNACIONAL SOBRE GESTÃO

EMPRESARIAL E MEIO AMBIENTE (ENGEMA), 18, 2016, São Paulo. Anais...

SHANE, S. Prior knowledge and the discovery of entrepreneurial opportunities.

Organization science, v. 11, n. 4, p. 448-469, 2000.

SIMS, L. Learning for sustainability through CIDA's “Community-based pest management in

Central American agriculture” project: a deliberative, experiential and iterative process.

Journal of Environmental Planning and Management, v. 60, n. 3, p. 538-557, 2017.

SPYRTOU, A.; LAVONEN, J.; ZOUPIDIS, A.; LOUKOMIES, A.; PNEVMATIKOS, D.;

JUUTI, K.; KARIOTOGLOU, P. Transferring a Teaching Learning Sequence Between Two

Different Educational Contexts: the Case of Greece and Finland. International Journal of

Science and Mathematics Education, 2016, p. 1-21.

STANDISH-KUON, T.; RICE, M. P. Introducing engineering and science students to

entrepreneurship: Models and influential factors at six American universities. Journal of

Engineering Education, v. 91, n. 1, p. 33, 2002.

SUCHET-PEARSON, S.; HOWITT, R. On teaching and learning resource and environmental

management: reframing capacity building in multicultural settings. Australian Geographer,

v. 37, n. 1, p. 117-128, 2006.

SUND, L. Facing global sustainability issues: teachers’ experiences of their own practices in

environmental and sustainability education. Environmental Education Research, v. 22, n. 6,

p. 788-805, 2016.

TAATILA, V. P. Learning entrepreneurship in higher education. Education+ Training, v.

52, n. 1, p. 48-61, 2010.

TAYLOR, S.; TODD, P. A. Understanding information technology usage: A test of

competing models. Information systems research, v. 6, n. 2, p. 144-176, 1995.

TEECE, D. J. Explicating dynamic capabilities: the nature and microfoundations of

(sustainable) enterprise performance. Strategic management journal, v. 28, n. 13, p. 1319-

1350, 2007.

TEECE, D. J.; PISANO, G.; SHUEN, A. Dynamic capabilities and strategic management.

Strategic management journal, p. 509-533, 1997.

Page 117: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

117

TEN CATE, O.; SCHEELE, F. Viewpoint: competency-based postgraduate training: can we

bridge the gap between theory and clinical practice? Academic Medicine, v. 82, n. 6, p. 542-

547, 2007.

TING, D. H.; CHENG, C. F. C. Measuring the marginal effect of pro-environmental

behaviour: Guided learning and behavioural enhancement. Journal of Hospitality, Leisure,

Sport & Tourism Education, v. 20, p. 16-26, 2017.

TSCHARNTKE, T.; KLEIN, A. M.; KRUESS, A.; STEFFAN‐DEWENTER, I.; THIES, C.

Landscape perspectives on agricultural intensification and biodiversity–ecosystem service

management. Ecology letters, v. 8, n. 8, p. 857-874, 2005.

VAN HOUT, T.; VAN PRAET, E. Lookalike Professional English. IEEE Transactions of

Professional Communication, v. 59, p. 9, 2016.

VAZQUEZ-CUPEIRO, S.; LOPEZ-PENEDO, S. Escuela, TIC e innovación educativa

school, ICT and teaching innovation. Digital Educacion Review, p. 248-261, 2016.

VEALEY, K. P.; GERDING, J. M. Rhetorical Work in Crowd-Based Entrepreneurship:

Lessons Learned From Teaching Crowdfunding as an Emerging Site of Professional and

Technical Communication. IEEE Transactions on Professional Communication, v. 59, n.

4, p. 407-427, 2016.

VENDRAMINI, C. M. M. Técnicas contemporâneas de construção de instrumentos -

simpósio. In: VI Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional, 2003, Salvador.

Anais do VI Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional. São Paulo: Casa do

Psicólogo, 2003. v. 1. p. 14-14.

VENKATESH, V.; MORRIS, M. G.; DAVIS, G. B.; DAVIS, F. D. User acceptance of

information technology: Toward a unified view. MIS quarterly, p. 425-478, 2003.

VERMEIR, K.; KELCHTERMANS, G.; MÄRZ, V. Implementing artifacts: An interactive

frame analysis of innovative educational practices. Teaching and Teacher Education, v. 63,

p. 116-125, 2017.

WATSON, M. K.; LOZANO, R; NOYES, C.; RODGERS, M. Assessing curricula

contribution to sustainability more holistically: Experiences from the integration of curricula

assessment and students' perceptions at the Georgia Institute of Technology. Journal of

Cleaner Production, v. 61, p. 106-116, 2013.

WOOD, M. S. Misgivings about dismantling the opportunity construct. Journal of Business

Venturing Insights, v. 7, p. 21-25, 2017.

WRIGHT, M.; PIVA, E.; MOSEY, S.; LOCKETT, A. Academic entrepreneurship and

business schools. The Journal of Technology Transfer, v. 34, n. 6, p. 560-587, 2009.

ZHAO, Y. L.; TAO, Z. Innovation strategy of human resources in colleges and universities in

post-massification stage: evidence from Anhui province of China. Journal of Discrete

Mathematical Sciences and Cryptography, v. 20, n. 1, p. 377-388, 2017.

Page 118: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

118

ZOLLER, U.; SCHOLZ, R. W. The HOCS paradigm shift from disciplinary knowledge

(LOCS)-to interdisciplinary evaluative, system thinking (HOCS): what should it take in

science-technology-environment-society oriented courses, curricula and assessment?. Water

Science and Technology, v. 49, n. 8, p. 27-36, 2004.

Page 119: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

119

APÊNDICE A

PROTOCOLO DE PESQUISA QUANTITATIVA

Etapas da pesquisa:

a) enviar questionários de forma eletrônica (Google forms) aos alunos;

b) aplicar questionários impressos de forma presencial nas turmas;

c) transcrever os dados para planilha em Excel;

d) transferir os dados para o software SPSS para realização das análises estatísticas

descritivas.

Instrumento de coleta de dados:

A Figura 22 apresenta a descrição dos objetivos da pesquisa, construtos, hipóteses,

autores, variáveis observáveis, escalas e técnicas de análise.

Page 120: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

120

Figura 20 - Síntese dos elementos da pesquisa

Fonte: Elaborado pelo autor (2017).

Objetivo geral: Analisar as relações entre o Ensino de Inovação, o Ensino de Sustentabilidade Ambiental e o Empreendedorismo, na percepção dos alunos do ensino superior.

Objetivo específico Construto Hipóteses Autores Variáveis observáveis Escalas Técnica de análise

Mensurar a influência do

Ensino de Inovação sobre

o Empreendedorismo

Ensino de

Inovação H1

Manual de Oslo (OCDE, 2005),

Paladino (2007), Guimarães, Severo e

Santini (2014), PINTEC (2014),

Vazquez-Cupeiro e Lopez-Penedo

(2016), Spyrtou et al. (2016), De

Guimarães et al. (2016)

Questões IN1, IN2, IN3,

IN4, IN5 e IN6

Escala ordinal - Likert de

5 pontos MEE

Mensurar a influência do

Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental sobre o

Empreendedorismo

Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental

H2

ONU (2015), Severo e Guimarães

(2015), Eckert, Neto e Boff (2015),

Severo et al. (2016), Jones et al. (2016),

Sund (2016), Huang, Zhong e Deng

(2016), Severo, Dorion e Guimarães

(2017)

Questões SA1, SA2,

SA3, SA4, SA5 e SA6

Escala ordinal - Likert de

5 pontos MEE

Mensurar a influência do

Ensino de Inovação sobre

o Empreendedorismo

Mensurar a influência do

Ensino de

Sustentabilidade

Ambiental sobre o

Empreendedorismo

Empreendedorismo H1 e H2

SEBRAE (2005), Endeavor (2014),

GUESSS (2014), GEM (2015),

Tondolo, Severo e Tondolo (2015),

Vealey e Gerding (2016), Ray, Reilly e

Tirrell (2016), Holler e Vorbach

(2017), Lindh (2017), Omer e Yemini

(2017)

Questões EM1, EM2,

EM3, EM4, EM5 e EM6

Escala ordinal - Likert de

5 pontos MEE

Avaliar o efeito

moderador das disciplinas

específicas de inovação/

empreendedorismo e

sustentabilidade

ambiental nas relações

entre os construtos

H3a, H3b,

H4a e

H4b

Itens do perfil Escala nominal ANOVA

Avaliar o efeito

moderador do curso de

graduação nas relações

entre os construtos

H5a e

H5b Itens do perfil Escala nominal ANOVA

Page 121: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

121

APÊNDICE B

QUESTIONÁRIO

Prezado (a) aluno (a)!

Este questionário faz parte de uma pesquisa acadêmica e aborda questões de

empreendedorismo, inovação e sustentabilidade ambiental. Peço que responda com sinceridade

e caso não tenha uma resposta com exatidão, responda o mais próximo possível. Todas as

questões precisam ser respondidas.

Obrigado!

Sigla da Instituição de Ensino: _____________

Nível de ensino: ( ) graduação ( ) pós-graduação lato sensu ( ) pós-graduação stricto sensu

Em que curso superior está estudando:

Sexo: ( ) masculino ( ) feminino

Idade: ( ) até 19 anos ( ) entre 20 e 24 anos ( ) entre 25 e 29 anos ( ) entre 30 e 34 anos ( )

entre 34 e 39 anos ( ) a partir de 40 anos

Semestre: ( ) 1º ( ) 2º ( ) 3º ( ) 4º ( ) 5º ( ) 6º ( ) 7º ( ) 8º ( ) a partir do 9º

Renda familiar mensal (somando os salários mensais de todos os membros): ( ) até R$ 2.000,00

( ) entre R$ 2.000,01 e R$ 4.000,00 ( ) entre R$ 4.000,01 e R$ 6.000,00 ( ) a partir de R$

6.000,01

Você já cursou ou está cursando a disciplina de Inovação e/ou Empreendedorismo?

( ) sim ( ) não

Você já cursou ou está cursando a disciplina de Sustentabilidade Ambiental? ( ) sim ( ) não

Pesquisa

Marque em uma escala de 1 à 5, conforme a orientação abaixo:

1 – Discordo totalmente; 2 – Discordo parcialmente; 3 – Nem discordo, nem concordo;

4 – Concordo parcialmente; 5 – Concordo totalmente.

IN1) O ensino de inovação tem contribuído para o entendimento das necessidades de mercado.

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Nem Concordo Nem Discordo

Concordo Parcialmente

Concordo Totalmente

1 2 3 4 5

Page 122: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

122

IN2) A inovação tem contribuído para a criação e desenvolvimento de produtos e serviços.

IN3) O estudo de inovação tem contribuído para o desenvolvimento e implantação de novos

métodos organizacionais nas práticas de negócios.

IN4) O ensino de inovação/empreendedorismo tem possibilitado a compreensão sobre plano de

negócios.

IN5) A inovação tem permitido entender sobre busca de novas tecnologias.

IN6) O estudo de inovação tem contribuído para o entendimento de liderança.

SA1) As práticas ambientais têm me levado ao entendimento da importância de redução na

utilização de energia elétrica.

SA2) O ensino das questões ambientais tem contribuído para o meu gerenciamento dos resíduos

residenciais.

SA3) O ensino da problemática ambiental tem contribuído para que eu tenha um consumo

responsável.

SA4) Considero importante as iniciativas e campanhas que envolvem questões ambientais.

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Nem Concordo Nem Discordo

Concordo Parcialmente

Concordo Totalmente

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Nem Concordo Nem Discordo

Concordo Parcialmente

Concordo Totalmente

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Nem Concordo Nem Discordo

Concordo Parcialmente

Concordo Totalmente

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Nem Concordo Nem Discordo

Concordo Parcialmente

Concordo Totalmente

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Nem Concordo Nem Discordo

Concordo Parcialmente

Concordo Totalmente

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Nem Concordo Nem Discordo

Concordo Parcialmente

Concordo Totalmente

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Nem Concordo Nem Discordo

Concordo Parcialmente

Concordo Totalmente

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Nem Concordo Nem Discordo

Concordo Parcialmente

Concordo Totalmente

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Nem Concordo Nem Discordo

Concordo Parcialmente

Concordo Totalmente

1 2 3 4 5

Page 123: FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO … Becker (protegida).pdf · ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

123

SA5) Considero importante me adequar rapidamente às novas regras de iniciativas ambientais.

SA6) O ensino das questões ambientais tem contribuído para a redução do meu consumo de

água.

EM1) Eu tenho iniciativa, busco informações e percebo oportunidades.

EM2) Eu estou propenso a correr riscos.

EM3) Eu faço planejamento e monitoramento sistemático em meus empreendimentos e

atividades profissionais.

EM4) Eu estabeleço metas para minhas atividades profissionais.

EM5) Eu sou independente e autoconfiante.

EM6) Eu tenho uma postura de liderança.

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Nem Concordo Nem Discordo

Concordo Parcialmente

Concordo Totalmente

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Nem Concordo Nem Discordo

Concordo Parcialmente

Concordo Totalmente

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Nem Concordo Nem Discordo

Concordo Parcialmente

Concordo Totalmente

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Nem Concordo Nem Discordo

Concordo Parcialmente

Concordo Totalmente

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Nem Concordo Nem Discordo

Concordo Parcialmente

Concordo Totalmente

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Nem Concordo Nem Discordo

Concordo Parcialmente

Concordo Totalmente

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Nem Concordo Nem Discordo

Concordo Parcialmente

Concordo Totalmente

1 2 3 4 5

Discordo Totalmente

Discordo Parcialmente

Nem Concordo Nem Discordo

Concordo Parcialmente

Concordo Totalmente

1 2 3 4 5