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FACULDADES INTEGRADAS DO BRASIL - UNIBRASIL ESCOLA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL CURSO DE JORNALISMO LOUIZE RIBEIRO FISCHER NELMA SUZAN ZANOLLI ARQUITETURA URBANA PARANAENSE: UMA VISÃO DOCUMENTAL E EXPERIMENTAL CURITIBA 2012

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FACULDADES INTEGRADAS DO BRASIL - UNIBRASIL ESCOLA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

CURSO DE JORNALISMO

LOUIZE RIBEIRO FISCHER NELMA SUZAN ZANOLLI

ARQUITETURA URBANA PARANAENSE: UMA VISÃO DOCUMENTAL E EXPERIMENTAL

CURITIBA 2012

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LOUIZE RIBEIRO FISCHER NELMA SUZAN ZANOLLI

ARQUITETURA URBANA PARANAENSE: UMA VISÃO DOCUMENTAL E EXPERIMENTAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Jornalismo pela Escola de Comunicação Social das Faculdades Integradas do Brasil – UniBrasil. Orientadora: Profª. Suzana Rozendo.

CURITIBA 2012

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LOUIZE RIBEIRO FISCHER

NELMA SUZAN ZANOLLI

ARQUITETURA URBANA PARANAENSE:

UMA VISÃO DOCUMENTAL E EXPERIMENTAL

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do título de Bacharel em Jornalismo pela Escola de Comunicação Social das Faculdades Integradas do Brasil – UniBrasil e aprovado em sua forma final pelo Programa de Graduação em Comunicação Social - Jornalismo. Curitiba, 10 de outubro de 2012.

________________________ Profª. Maura Martins

Coordenador do Curso Banca Examinadora:

________________________ Profª. Suzana Rozendo

Orientadora UniBrasil

________________________ ___________________

Prof. Valter Fernandes da Cunha Filho UniBrasil

________________________ __________________ Prof. Rodolfo Stancki

UniBrasil

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RESUMO

O presente projeto de pesquisa teve como base fundamental a relação entre mídia e

memória, elegendo como objetivo principal o resgate da história da arquitetura

pública paranaense. Nesse contexto, a televisão foi o meio usado para articular e

poder desenvolver os objetivos propostos. Com o foco nos autores das construções,

a série “Reconstruindo o Paraná” busca identificar e trazer à tona o contexto ao qual

elas se inserem. No programa piloto desse trabalho, foram selecionadas as obras

projetadas pelo arquiteto Domingos Henrique Bongestabs.

Palavras-chave: arquitetura paranaense, espaços públicos, mídia e memória,

resgate de memória, série sobre arquitetura.

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ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Homem Vitruviano - Leonardo Da Vinci ................................................................ 60

Figura 2 - San Carlo Alle Quattro Fontane – Roma (vista interna) ........................................ 61

Figura 3 - San Carlo Alle Quattro Fontane - Roma (vista externa) ........................................ 61

Figura 4 - Salão dos Espelhos - Munique (estilo rococó) ...................................................... 62

Figura 5 - La Madeleine – Paris (vista interna) ...................................................................... 62

Figura 6 - La Madeleine - Paris (vista externa) ...................................................................... 63

Figura 7 - Palácio de Cristal .................................................................................................. 63

Figura 8 - Bosque João Paulo II ............................................................................................ 64

Figura 9 - Palácio Hyogo ....................................................................................................... 64

Figura 10 - Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário ............................................................ 65

Figura 11 - Colégio dos Jesuítas ........................................................................................... 65

Figura 12 - Castelo do Batel .................................................................................................. 66

Figura 13 - Paço da Liberdade .............................................................................................. 66

Figura 14 - Palácio Iguaçu ..................................................................................................... 67

Figura 15 - Ópera de Arame .................................................................................................. 67

Figura 16 - Espaço das Américas (Foz do Iguaçu) ............................................................... 68

Figura 17 - Passeio Público ................................................................................................... 68

Figura 18 - Teatro Guaíra ...................................................................................................... 69

Figura 19 - Jardim Botânico ................................................................................................... 69

Figura 20 - Universidade Livre do Meio Ambiente (Unilivre) ................................................. 70

Figura 21 - Estádio Willie Davis (Maringá) ............................................................................ 70

Figura 22 - Bosque Gutierrez ................................................................................................ 71

Figura 23 - Torre Telepar ....................................................................................................... 71

Figura 24 - Praça 29 de Março (Curitiba) .............................................................................. 72 

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6 

1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA ................................................................................. 7 

1.1.1 As primeiras construções arquitetônicas ............................................... 8 1.1.2 Idade Média, Idade Moderna, Arquitetura Neoclássica e Contemporânea .................................................................................................. 9 1.1.3 Arquitetura no Brasil ............................................................................... 11 1.1.4 Arquitetura no Paraná ............................................................................. 14 1.1.5 Arquitetos Paranaenses .......................................................................... 16 1.1.6 Arquitetura na mídia paranaense ........................................................... 18 

1.2 PROBLEMA ..................................................................................................... 19 

1.3 OBJETIVO ....................................................................................................... 19 

1.3.1 Objetivos específicos .............................................................................. 19 1.4 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 20 

2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 24 2.1 MÍDIA, MEMÓRIA E HISTÓRIA ....................................................................... 24 

2.2 NARRATIVA E LINGUAGENS TELEVISIVAS ................................................. 27 

2.3 GÊNEROS E FORMATOS TELEVISIVOS ...................................................... 30 

3 METODOLOGIA .................................................................................................... 35 4 DELINEAMENTO DO PRODUTO ......................................................................... 37 

4.1 DESCRIÇÃO .................................................................................................... 37 

4.2 TEMPO, ESTRUTURA E CENÁRIOS ............................................................. 37 

4.3 LINHA EDITORIAL E FORMATO .................................................................... 38 

4.4 PÚBLICO-ALVO E LOCAIS DE EXIBIÇÃO ..................................................... 38 

4.5 LINGUAGEM VISUAL E PROJETO GRÁFICO ............................................... 39 

4.6 ORÇAMENTO .................................................................................................. 39 

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 41 

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 42 ANEXOS ................................................................................................................... 47 

 

 

 

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1 INTRODUÇÃO

Existe, ante todo, la imposibilidad material de transportar edificios a un lugar dado y hacer allí una exposición como se hace con los cuadros. Es necesario poseer un interés por el tema y estar provisto de una gran buena voluntad para ver la arquitectura con cierto orden e inteligencia1 (ZEVI, 1951).

Tendo como embasamento fundamental o pensar de Zevi (1951) sobre a

importância de se “saber ver a arquitetura”, especialmente no que se refere ao

conhecimento de seu entorno imediato, o presente trabalho de pesquisa se propõe a

apresentar a arquitetura constitutiva, histórica e contemporânea do Paraná, em seus

aspectos de maior relevância. Firma-se, para tal, na mostra dos espaços públicos de

maior destaque no âmbito da arquitetura. Uma breve história da arquitetura urbana

do mundo e também do Brasil é relatada, a fim de ilustrar e apoiar-se em uma base

teórica sobre o tema.

A proposta baseia-se, para tanto, num programa de TV com uma abordagem

focada na arquitetura paranaense. Pretende-se, assim, explorar as obras presentes

no meio urbano, apresentando também os autores de tais projetos, para levar este

conhecimento ao público que, muitas vezes, utiliza-se desses espaços apenas como

transeuntes vendo um quadro, sem apreciá-los em sua totalidade. Outro ponto a ser

alcançado no presente trabalho é o resgate da memória local. De acordo com

Pollak:

[...] a memória é um elemento constituinte do sentimento de identidade, tanto individual como coletiva, na medida em que ela é também um fator extremamente importante do sentimento de continuidade e de coerência de uma pessoa ou de um grupo em sua reconstrução de si (POLLAK, 1992, p. 204).

A arquitetura é um tema que se pode encontrar em diversos meios de

comunicação, principalmente periódicos, como revistas e jornais. A relevância do

                                                            1 Existe, antes de tudo, a impossibilidade de transportar os edifícios para um dado lugar e fazer ali uma exposição como se faz com os quadros. É necessário ter interesse sobre o tema e estar disposto de uma grande boa vontade para ver a arquitetura com certa ordem e inteligência. (tradução nossa).

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trabalho está, portanto, na abordagem do tema no âmbito público e regional, já que

comumente considera-se a arquitetura residencial e decorativa como referencial

teórico-construtivo. A arquitetura urbana, quando abordada, confere importância à

linha do planejamento urbano enquanto paisagem e, não necessariamente, à

história ou resgate de memória dos espaços públicos do Estado. Isso pode ser

constatado por meio de pesquisa quantitativa feita no site da Gazeta do Povo com a

inserção de palavras-chave pré-determinadas, no período de maio de 2011 a abril

de 2012.

A produção audiovisual - proposta do produto deste trabalho - voltou-se a

uma série de programas de TV sobre arquitetura paranaense urbana, caracterizados

pelo estilo informativo. Sem se constituir de um único formato, os programas se

apropriaram das peculiaridades do estilo documentário, do estilo série e docu-série,

dos gêneros revista em televisão e educativo, além do entretenimento.

Com o intuito de focar na região paranaense, o produto final é composto por

um programa piloto, centralizado nas obras urbanas de Curitiba, com destaque para

o arquiteto paranaense Domingos Henrique Bongestabs, autor de projetos como

Ópera de Arame, Universidade Livre do Meio Ambiente (UNILIVRE) e da Torre da

Telepar. O arquiteto atuou também na Prefeitura de Curitiba, Universidade Federal

do Paraná (UFPR), Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC). Atualmente,

ele colabora como arquiteto-sênior, em projetos de urbanismo no escritório Jaime

Lerner e desenvolve projetos diversos em seu escritório particular.

1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA

A arquitetura se difere da construção civil, segundo Carvalho (1961),

principalmente pelo preceito de se criar o belo em vez de apenas seguir as normas

técnicas. Moreux (1948) resume essa afirmação quando diz que “A arquitetura é a

arte de construir sob o signo da beleza”. Costa (1940) complementa a definição de arquitetura quando diz que se trata

de uma construção idealizada, que visa organizar a concepção do espaço, em

função de determinadas épocas, meios e técnicas. Sendo assim, podemos observar

que a arquitetura se desenvolve juntamente com a sociedade e está presente em

todos os espaços que a constituem. Nas palavras de Morris:

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A arquitetura abrange o exame de todo o ambiente físico que circunda a vida humana; não podemos subtrair-nos a ela, até que façamos parte da sociedade urbana, porque a arquitetura é o conjunto das modificações e alterações introduzidas sobre a superfície terrestre, em vista das necessidades humanas (MORRIS, 1947, p. 245).

A arquitetura já pode ser imaginada desde os primórdios, quando lembramos

que os homens se refugiavam, principalmente nas cavernas, onde se protegiam dos

predadores e das adversidades da natureza. Joseph Rykwert (2002) fala do “mito da

cabana primitiva”, segundo o qual o homem teria recebido dos deuses a sabedoria

para a construção de seu abrigo.

1.1.1 As primeiras construções arquitetônicas

No período neolítico, também conhecido como a Idade da Pedra Polida,

surgiram as primeiras construções feitas de pedra. Eram templos e câmaras

mortuárias, muito mais do que moradias. No final do período, o homem começou

também a desenvolver a habilidade de construir armas e utensílios criados a partir

do cobre, bronze e ferro. Benevolo discorre sobre como a sociedade neolítica se

organizava:

O ambiente das sociedades neolíticas não é apenas um abrigo na natureza, mas um fragmento de natureza transformado segundo um projeto humano: compreende os terrenos cultivados para produzir, e não apenas para apropriar do alimento; os abrigos dos homens e dos animais domésticos; os depósitos de alimento produzido para uma estação inteira ou para um período mais longo; os utensílios para o cultivo, a criação, a defesa, a ornamentação e o culto (BENEVOLO, 1999, p.16).

No Egito, a religiosidade era evidente nas obras. A arquitetura era voltada

basicamente às construções mortuárias e aos templos, verdadeiros monumentos

artísticos criados pelos egípcios.

Na antiguidade, os gregos foram responsáveis pelo desenvolvimento de

grandes templos onde contemplavam os diversos deuses de sua cultura, além de

espaços criados para a manifestação da cidadania, como a ágora grega. Esta pode

ser definida como um grande espaço livre, público, destinado à realização de

assembleias, onde se discutia a democracia. Ela se tornou um símbolo da nova

visão de mundo que incluía o respeito aos interesses comuns e incentivava o debate

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entre cidadãos. Em Roma, a arquitetura leva elementos da arte grega e etrusca2 e é

marcada pelas construções de templos, tribunais, além de teatros e anfiteatros.

1.1.2 Idade Média, Idade Moderna, Arquitetura Neoclássica e Contemporânea

Na Idade Média, a figura do arquiteto não existia. As catedrais eram

construídas por mestres-obreiros com ajuda da população3.

O final do século XVI é mais complexo, pois acontecia a dissidência da

burguesia, o que formou uma nova hierarquia dividida entre artesãos das atividades

mecânicas (manuais) e liberais (princípios filosóficos e conhecimento histórico). Os

arquitetos passaram a conviver com a corte. Eles eram respeitados e participavam

das definições do poder da cidade e dos projetos determinados pelo príncipe. Foi

nesse período que surgiram os primeiros tratados de arquitetura e as concepções do

urbanismo.

Período de transição entre a Idade Média e a Idade Moderna, o

Renascimento, conforme indica Gympel (1996), rejeitou a estética e culturas

medievais, propondo uma nova posição do homem diante do Universo. O culto ao

conhecimento e à razão é a prioridade do renascentista e isso foi determinante para

o desenvolvimento da arquitetura. A obra de Leonardo da Vinci – O Homem

Vitruviano – mostra o interesse do autor pela ciência e arte4 e sintetiza o espírito

clássico e humanista renascentista. Entre os principais arquitetos da Renascença

incluem-se: Leon Battisti Alberti, Giacomo Barozzi da Vignola, Brunelleschi e

Michelangelo. Em meados da década de 1630 surge o barroco que, em outras palavras,

significa deformado. Para Glancey (2001), nesse estilo a arquitetura é um tanto

curiosa, mistura o cenográfico e o geométrico, o sensual e o seguro. Com paredes

desenhadas com formas que davam impressão de movimento e ondulação, o

                                                            2 Referente à Etrúria, região central da Itália, entre os séc. VIII a.C. e II a.C. Disponível em: <http://www.trilhas.iar.unicamp.br/tumbaetrusca>. Acesso em: 14 abr. 2012.

3 História da arquitetura. Disponível em: <http://www.ecivilnet.com/artigos/historia_da_arquitetura _4.htm>. Acesso em: 19 mar. 2012. 4 Vide Figura 1 nos Anexos deste TCC: Homem Vitruviano – Leonardo da Vinci.

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barroco5 tinha a intenção de provocar o observador, mexer com seus sentidos. Em

contrapartida, o rococó – termo que deriva da palavra rocaille6 – teria surgido na

França por volta da década de 1690, na corte de Luís XIV. Usado para a decoração

de interiores, o estilo baseava-se em recursos decorativos, tais como conchas e

montes de gesso, espelhos, entre outras peças em tom dourado7.

Na visão de Glancey (2001), a arquitetura neoclássica, presente nos séculos

XVIII e XIX, pode ser definida como uma reformulação da arquitetura clássica, grega

e romana. A influência palladiana, que se baseava na obra de Andrea Palladio8,

gerava um estilo discreto e com grande adaptabilidade. O neoclassicismo influenciou

também projetos de paisagismo e jardinagem, que tinham um toque romântico,

diferente dos jardins formais do barroco. O estilo foi muito utilizado em casas

(principalmente as casas de campo), prefeituras e estações ferroviárias9.

A chegada da Revolução Industrial e a energia a vapor impulsionaram a

utilização de novos materiais e maneiras novas de se projetar. O ferro era o material

da vez10. Entre as principais construções, estão pontes, ferrovias, edifícios e cidades

industriais (GLANCEY, 2001). As primeiras obras foram concebidas, principalmente

por engenheiros, com materiais cada vez mais baratos. Os arquitetos demoraram a

acostumarem-se com o fato de que esses profissionais também pudessem produzir

obras belas, coerentes. Surgiram, a partir daí, questionamentos sobre a importância

da arquitetura, o que acaba por gerar uma crise na produção arquitetônica.

                                                            5 Vide Figuras 2 e 3 nos Anexos deste TCC: San Carlo Alle Quattro Fontane – Roma , 1634 – 1682. A igreja de Borromini é uma obra-prima na arquitetura barroca romana. 6 Palavra de origem francesa que se baseia em um tipo comum de decoração de jardins do século XVIII, com conchas e cascalhos. Disponível em: <http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/ enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=65>. Acesso em: 16 set. 2012. 7 Vide Figura 4 nos Anexos deste TCC: Salão dos Espelhos – Munique. A sala coberta por espelhos aumenta a sensação de movimento. 8 Palladio (1508-1580) foi um importante arquiteto italiano e suas obras eram influenciadas pela arquitetura clássica. Disponível em: <http://www.eesc.usp.br/babel/Palladio_biografia.htm>. Acesso em: 20 mai. 2012. 9 Vide Figuras 5 e 6 nos Anexos deste TCC: La Madeleine – Paris. Em 1837 quase se torna estação ferroviária e em 1842 foi consagrada como igreja. 10 Vide Figura 7 nos Anexos deste TCC: Palácio de Cristal, 1850 – 1851.

 

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1.1.3 Arquitetura no Brasil

Carvalho (1961) defende a ideia de que o Brasil foi marcado por “duas

arquiteturas”, o barroco e a arquitetura contemporânea. O autor enfatiza que os

monumentos de Minas Gerais são a maior expressão da arquitetura barroca no

Brasil. Já a arquitetura contemporânea ainda se encontra em desenvolvimento.

Ao caminhar na contramão dessa ideia, Reis Filho (1973) defende que a

história da arquitetura no Brasil é marcada por duas fases distintas: antes e depois

da década de 1930. No período anterior a este a arquitetura era toda baseada em

outros lugares e épocas. As residências, geralmente, eram inspiradas no estilo

espanhol ou no inglês. Em contrapartida, nos prédios públicos o estilo mais utilizado

era o clássico. Próximo ao período da abolição da escravatura – e já com a

existência de trabalhadores imigrantes assalariados – surgem as casas de tijolos,

cobertas com madeira serrada, também usada para acabamentos de portas e

janelas, os chamados lambrequins.

Alguns arquitetos tentavam atualizar as obras, fazendo uma mistura de estilos:

Da mesma forma, não é difícil reconhecer que na metade do século, com a instalação das estradas de ferro e o desenvolvimento das cidades, ocorreu uma crescente influência do ecletismo, estilo que aproveitava todas as formas arquitetônicas de todas as épocas e de todos os países, que passou a predominar a partir da proclamação da República (REIS FILHO, 1973 apud SOUSA, 1978).

O ecletismo foi utilizado nas construções da cidade de São Paulo, que adotou

um estilo mais europeu. O início da urbanização nesse município foi marcado pelas

construções da Rua Florêncio de Abreu (original Rua Nossa Senhora da Luz), que

“retratam as formas orgânicas do art noveau11, o rico detalhamento renascentista,

traços rebuscados do barroco, a suntuosidade gótica e, ainda, os elementos da

arquitetura clássica grega”. A construção que mais preserva essa arquitetura

                                                            11 Estilo artístico que se desenvolve entre 1890 e a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) na Europa e nos Estados Unidos, espalhando-se para o resto do mundo. O termo tem origem na galeria parisiense L'Art Nouveau, aberta em 1895 pelo comerciante de arte e colecionador Siegfried Bing. A fonte de inspiração primeira dos artistas é a natureza, as linhas sinuosas e assimétricas das flores e animais. Disponível em: <http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction= termos_texto&cd_verbete=909>. Acesso em: 3 set. 2012.

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eclética é a Casa da Bóia, finalizada em 1909. A partir de 1940 começaram a ser

construídos os prédios e arranha-céus (ORAGGIO, 1999, p. 14-16).

De acordo com Oraggio (1999), em Minas Gerais, entre os séculos XVI e

XVIII, também era seguido um modelo de organização europeu. As moradias eram

feitas de pau-a-pique e a argila decorava portas e janelas. A casa do padre Carlos

de Toledo foi a maior construção da época e é onde hoje funciona um Museu. As

residências de dois andares predominavam na paisagem. Chamava a atenção

também a Igreja Matriz de Santo Antônio, construída nos anos de 1702 e 1736, cuja

decoração baseava-se no estilo barroco europeu.

Em Salvador, na Bahia, os edifícios construídos seguiam sempre o mesmo

estilo, o colonial. Este não agradava as autoridades, que visavam à aparência

neoclássica (usada em outras várias capitais do país). Braund lembra que “a

arquitetura colonial era desprezada, era considerada indigna de abrigar os poderes

locais”. Devido a esse pensamento, foram demolidos a Prefeitura e o Palácio dos

Governadores, o que acabou por transformar uma das praças mais típicas da cidade

(BRUAND, 2003, p. 41, 42).

A cidade Rio de Janeiro foi marcada por um estilo neoclássico influenciado

pelos franceses, o que pode ser observado no edifício da Escola Imperial de Belas

Artes. Durante o século XIX, as casas do centro conservaram o caráter português.

Os prédios públicos, por sua vez, seguiram a prática francesa, que predominou

durante todo o início do século XX. O ecletismo estava tão presente nas obras

brasileiras que “um mesmo arquiteto mudava de estilo de um projeto para o outro,

sem o menor constrangimento” (BRUAND, 2003, p. 35). Dentro desse panorama, os

estilos clássicos eram, ainda, divididos conforme a função do imóvel:

O Francisco I era utilizado para quartéis e postos policiais, o Luís XIV e principalmente o Luís XVI e o neogrego eram quase obrigatórios para os demais edifícios públicos (hospitais, clubes, correios, prefeituras, bibliotecas, sedes de assembleias legislativas, palácios de justiça), e o Luís XV convinha às residências particulares de alto luxo12 (BRUAND, 2003, p.35).

                                                            12 A distinção entre os estilos Luís XIV, Luís XV e Luís XVI devia-se, antes de tudo, a algumas características genéricas: coroamento do edifício com mansardas para o primeiro, corpos avançados ligeiramente salientes e decoração mais ou menos rococó para o segundo, fachadas retilíneas em planta e retangulares em elevação, tetos planos mascarados por balaustradas para o último. Fazia-se

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Entre os anos de 1948 a 1954, Oraggio (1999) cita a criação do projeto

Parque Guinlé, um conjunto de apartamentos para a classe média carioca, obra de

um grande nome da arquitetura brasileira, Lúcio Costa. Nascido na França, Lúcio

Costa estudou na Inglaterra e na Suíça. Em 1936, ergueu o primeiro prédio

moderno, que abrigava a sede do Ministério da Educação e Saúde. Em 1956

ganhou um concurso para projetar Brasília. Costa não queria copiar nem imitar, por

isso, inovou ao se opor ao ecletismo, já que para ele, aquilo não era fazer

arquitetura.

Segundo Sousa (1978), foi o uso da linha curva e o concreto armado que

marcaram o início da arquitetura moderna no Brasil. Assim, quando passamos a

falar das formas essencialmente brasileiras chegamos à Brasília. O então presidente

da República, Juscelino Kubitschek (1956-1961), idealizou a capital como símbolo

de desenvolvimento do país. O projeto da cidade foi de Lúcio Costa. Coube, então, a

Oscar Niemeyer13 criar os palácios, edifícios residenciais e as sedes dos três

poderes da República: Palácio do Planalto (Executivo), Congresso Nacional

(Legislativo) e Supremo Tribunal Federal (Judiciário). Essas obras compõem parte

das 83 criadas por ele em Brasília. Na capital brasileira foi a vez do concreto, além

da fuga às linhas retas e a utilização do vidro, na procura por desenvolver algo mais

“futurista”. As colunas pontiagudas foram destaque no Palácio da Alvorada já que,

como salienta Oraggio, “o impacto coletivo dessas novas formas, contraste brutal

com a frieza cúbica da arquitetura da época, foi tão forte que as colunas do Palácio

da Alvorada transformaram-se em logotipo do Brasil”. Oscar Niemeyer também

surpreendeu com a construção do complexo da Pampulha, em Minas Gerais, devido

a sua característica baseada na sinuosidade (ORAGGIO, 1999, p. 46, 47).

Na busca dos elementos históricos, observamos que é a partir de nomes

como Oscar Niemayer, Lúcio Costa, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge

Moreira e Ernani Vasconcelos que a arquitetura brasileira passa a ganhar sua forma,

com características próprias, cada vez mais em busca de obras modernas e

inovadoras.                                                                                                                                                                                           uma distinção cuidadosa entre o Luís XVI e o chamado neogrego, mais austero, sem decorações em relevo (BRUAND, 2003, p. 37). 13 Oscar Niemeyer nasceu em 15 de dezembro de 1907, no Rio de Janeiro. Entre os projetos importantes de sua autoria estão a sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, e o complexo da Pampulha, em Belo Horizonte, este último encomendado por Juscelino Kubitschek, então prefeito da capital mineira. 

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1.1.4 Arquitetura no Paraná

No Paraná, assim como em todo o Brasil, a mistura de estilos arquitetônicos

se fez presente. Pode-se, então, caracterizar a arquitetura paranaense por sua

corrente histórica e contemporânea. A corrente histórica trata da multiplicidade

cultural e regional. Abrange a influência dos mais variados povos, desde os

ucranianos e poloneses – exemplos observados nas casas do Bosque João Paulo

II14 e, principalmente, igrejas – até a influência oriental, trazida pelos imigrantes

japoneses – por exemplo, o Palácio Hyogo15 - que também tem forte influência na

capital e no norte paranaense. Nas cidades de Castro, Lapa e Antonina pode-se

encontrar um dos maiores conjuntos arquitetônicos do estado, com construções das

mais diversas – religiosas, culturais, residenciais. Muito influenciadas pelos tropeiros,

as criações utilizam-se de técnicas antigas de construção, como a taipa de pilão e o

pau-a-pique, utilizadas em todo o país, principalmente no período colonial. Exemplos

podem ser encontrados em Paranaguá, que também conserva obras deste modelo,

como a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário16 (1578), o Colégio dos

Jesuítas17 e a Rua da Praia. 18

Os imigrantes que ocuparam o Paraná – ucranianos, poloneses e italianos –

vieram em busca de trabalho. A economia precisava crescer, diversificar-se, e o

território precisava ser ocupado. No século XVIII, na formação das cidades

litorâneas como Paranaguá, Guaratuba e Antonina houve mais desenvolvimento

econômico do que na formação daquelas as localizadas no planalto, como Curitiba.

“Dentre os relatos antigos, destaca-se o de Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853), no

qual descreve que a cidade, em 1820, contava com 220 casas e com uma

população de pele clara” (HILAIRE, 1978 apud GNOATO, 2009).

Os primeiros planos de urbanismo para Curitiba se resumiam aos projetos de

arruamento. Gnoato (2009) lembra que até 1940 não havia nenhum tipo de

planejamento para o desenvolvimento da cidade. O então prefeito, Rozaldo de Mello

                                                            14 Vide Figura 8 nos Anexos deste TCC. 15 Vide Figura 9 nos Anexos deste TCC. 16 Vide Figura 10 nos Anexos deste TCC. 17 Vide Figura 11 nos Anexos deste TCC. 18 Arquitetura do Paraná. Disponível em: <http://www.sppert.com.br/Artigos/Brasil/Paran%C3%A1/ Cultura/Arquitetura/Arquitetura_do_Paran%C3%A1/>. Acesso em: 17 abr. 2012.

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Leitão, em 1941, contratou a empresa Coimbra Bueno & Cia Ltda., do Rio de Janeiro

para elaborar um plano de urbanização local. O responsável por isso foi o consultor

técnico e urbanista francês Alfred Agache.

É na capital paranaense que se encontra a grande expressão da arquitetura

regional, com os exemplares mais variados, não só por suas alterações climáticas,

mas também pela tentativa de releitura dos padrões europeus em voga até meados

de 1900. A cidade comporta construções de diversas tipologias, tais como a taipa de

mão, taipa de pilão, casa de troncos, de madeira e alvenaria. Como exemplos temos

os edifícios do Castelo do Batel19 (1924-1928), com sua arquitetura clássica, ou o

Paço da Liberdade20 (1916), eclético que mistura os estilos clássico e art nouveau.

Nos anos 50, Curitiba contava com aproximadamente 180 mil habitantes.

Nessa época, foi iniciada a construção do Centro Cívico, do Palácio Iguaçu21 e da

Avenida Cândido de Abreu. Dez anos depois a população cresceu para cerca de

470 mil habitantes, um crescimento demográfico desorganizado no que diz respeito

às questões urbanas. Entre as décadas de 1970 e 1980, a cidade ficou conhecida

em todo Brasil por projetos arrojados como a criação do primeiro calçadão do país, a

Rua XV de Novembro. A implementação das estações tubos de ônibus aconteceu

em 1991, quando começaram a circular os biarticulados. No início do ano 2000, a

população passava de 1,5 milhão de habitantes e surgia a necessidade de aprimorar

os projetos urbanísticos para acompanhar o crescimento da cidade (GAZETA DO

POVO, 2011) 22.

A segunda das correntes citadas anteriormente é a contemporânea, que

abrange as edificações após a construção de Brasília (1956-1960). A partir deste

período este arquétipo se impôs, especialmente, às capitais, onde arquitetos

experimentam o novo modelo, discutindo e procurando soluções mais modernas às

cidades. Esses padrões, modernista e contemporâneo, verificaram-se nas novas

cidades interioranas, tais como Maringá, Cianorte, Londrina, Umuarama e Cascavel.

Quanto aos arquitetos paranaenses ou aqui radicados, alguns são

reconhecidos mundialmente por suas obras. Na presente pesquisa, foram citados                                                             19 Vide Figura 12 nos Anexos deste TCC. 20 Vide Figura 13 nos Anexos deste TCC. 21 Vide Figura 14 nos Anexos deste TCC. 22 GAZETA DO POVO, 2011. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/ aniversariodecuritiba/conteudo.phtml?id=1110436>. Acesso em: 16 mai. 2012. 

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cinco autores e algumas de suas obras. Entre eles, destaque para o arquiteto

Domingos Bongestabs, escolhido para o programa piloto da série proposta por esse

trabalho.

1.1.5 Arquitetos Paranaenses

Entre os vários arquitetos do Paraná, mensuramos alguns para representar a

classe no âmbito estadual.

Domingos Henrique Bongestabs (1941), nascido em Castro (PR), graduou-se

pelo Curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola de Engenharia da Universidade

Federal do Paraná (UFPR) em 1964. Foi professor titular do Departamento de

Arquitetura da UFPR e da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR).

Bongestabs trabalhou como arquiteto da Prefeitura Municipal de Curitiba de 1965 a

1999 e participou de vários trabalhos de Planejamento Urbano no Paraná. Entre os

projetos realizados pelo Brasil estão a Sede do Departamento de Polícia Federal em

Brasília (1967), a Universidade Estadual de Maringá, (1970), o Fórum de Curitiba

(1981), o Teatro da Ópera de Arame23, em Curitiba (1991), o Espaço das

Américas24, em Foz do Iguaçu (1996), a Rodoviária de Ponta Grossa (1999/2000). O

arquiteto também teve destaque em diversos trabalhos de paisagismo, entre eles o

Parque Passeio Público25 (1965/68) e o Horto Municipal de Barreirinha (1966/68),

ambos em Curitiba, o Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa (1975), o

Zoológico de Curitiba (1982) e o Plano de Revitalização do Parque Nacional do

Iguaçu, em Foz do Iguaçu (1998), entre outros (ARQUITETURA E URBANISMO,

2012). Atualmente, Domingos Bongestabs colabora como arquiteto-sênior, em

projetos de urbanismo no escritório Jaime Lerner e desenvolve projetos diversos em

escritório particular.

Elgson Ribeiro Gomes (1922) nasceu em Florianópolis (SC), mas mudou-se

para Curitiba ainda criança. Formado pela UFPR, onde foi professor, escreveu

diversos livros sobre arquitetura, entre eles “Arquitetura – Temários Curitiba Século

XX – Paraná Século XX”, publicado em Edição Comemorativa aos 95 anos da

                                                            23 Vide Figura 15 nos Anexos deste TCC. 24 Vide Figura 16 nos Anexos deste TCC. 25 Vide Figura 17 nos Anexos deste TCC.

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UFPR. O edifício Souza Naves (Instituto de Pensões e Aposentadoria dos

Servidores do Estado), em Curitiba e o Parque Balneário MAPI, em Caiobá, foram

trabalhos realizados em conjunto com Franz Heep26.

Rubens Meister (1922-2009) nasceu em Botucatu (SP), mas criou-se em

Curitiba. Formou-se em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Paraná

(UFPR) e em 1956 presidiu uma comissão encarregada de criar o curso de

Arquitetura e Urbanismo na mesma universidade. Participou do concurso para

projetar o Teatro Guaíra27 e ficou em terceiro lugar. Ainda assim, seu projeto foi

escolhido pelo então governador Bento Munhoz da Rocha. Enfrentou diversos

problemas na execução da obra, principalmente na falta de assessoria para as

soluções de acústica e visibilidade. Entre seus trabalhos, o primeiro de grande porte

foi o Centro Politécnico da UFPR, inspirado no Illinois Institute of Technology (IIT),

em Chicago, de Mies (1939-1958). A FIEP (Federação das Indústrias do Estado do

Paraná), a Celepar (Centro de Processamento de Dados do Paraná) e o Auditório da

Reitoria, também estão entre suas obras.

João Batista Vilanova Artigas (1915-1985) nasceu em Curitiba, depois,

mudou-se para São Paulo, onde é considerado um dos principais nomes da

arquitetura paulista. Formou-se engenheiro-arquiteto pela Escola Politécnica da

Universidade de São Paulo (Poli/USP). Foi responsável pelo projeto do Cinema

Ouro Verde (1948) e Rodoviária de Londrina (1950). Em Curitiba, projetou o Hospital

São Lucas (1946). Artigas foi convidado por Rubens Meister para lecionar no curso

de Arquitetura e Urbanismo da UFPR, mas não aceitou o convite. Entretanto,

exerceu atividade de docente na Universidade de São Paulo (USP).

Jaime Lerner (1937), nascido na capital paranaense, graduou-se pela UFPR

em 1964. Foi um dos criadores do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de

Curitiba (IPPUC), prefeito da cidade em três mandatos e Governador do Estado do

Paraná por duas vezes (GNOATTO, 2009). Como arquiteto desenvolveu projetos

para várias cidades brasileiras: Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Salvador,

Aracaju, Natal, Goiânia, Campo Grande e Niterói, entre outras. Também trabalhou

em Caracas (Venezuela), San Juan (Porto Rico), Xangai (China), Havana (Cuba),

                                                            26 Adolf Franz Heep (1902-1978), de Fachbach, República Tcheca, formou-se em Arquitetura pela Escola de Artes Aplicadas Frankfurt-am- Mein, Alemanha (Gnoato, 2009).

27 Vide Figura 18 nos Anexos deste TCC. 

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Seoul (Coréia do Sul); e foi consultor das Nações Unidas para assuntos urbanos. A

revista norte-americana Time (2010) listou-o entre os 25 pensadores mais influentes

do mundo (GONÇALVES, 2010).

1.1.6 Arquitetura na mídia paranaense

Arquitetura decorativa e residencial, ou, ainda, paisagismo, são temas que

podem ser encontrados em meios de comunicação com mais facilidade, já que

podem ser aplicados em diversos casos. Porém, assuntos referentes à arquitetura

urbana do Paraná, no que diz respeito principalmente às obras e espaços públicos,

não são tratados com frequência nos meios de comunicação locais. O tema foi

buscado na mídia por meio de uma pesquisa de campo que se baseou numa

amostragem aleatória simples. O site escolhido para o desenvolvimento da pesquisa

e coleta de dados foi o da Gazeta do Povo, porque, segundo dados do Instituto

Verificador de Circulação (IVC), de dezembro de 2011, esse é o jornal de maior

circulação do Paraná, com uma média diária de 43,5 mil exemplares por dia. Depois

desse, os jornais com grande tiragem são a Folha de Londrina, com 33,1 mil

exemplares e a Tribuna do Paraná, com 15,1 mil exemplares. A pesquisa orienta-se

pela definição de duas sequências de palavras-chave no buscador do portal online

da Gazeta do Povo que tiveram analisados os resultados compreendidos no período

de maio de 2011 a abril de 2012, conforme a seguir.

Ao pesquisar as palavras-chave “arquitetura e memória cidade”, foram

encontrados, dentro do período estipulado, 63 resultados, dos quais apenas 11

fazem referência direta ao tema proposto. Em uma análise percentual, isso significa

que apenas 17,46% se encaixam na resposta esperada, enquanto 82,54% giram em

torno de outros assuntos – que variam desde agenda cultural, colunas e opiniões,

obras comerciais e residenciais, e assuntos relacionados a outros estados. Aqui,

pode-se perceber que os poucos resultados encontrados sobre arquitetura

paranaense foram em maior número em março de 2012. Como esse é o mês da

comemoração do aniversário da cidade de Curitiba, fala-se dos pontos turísticos e,

às vezes, sobre preservar a memória da cidade.

Outras palavras-chave pesquisadas foram “obras arquitetura urbana”, que

geraram 118 respostas. Dessas, 18 referem-se ao tema. Ao colocar em percentuais,

chegamos a um total de 84,75% de tópicos dispersos do tema esperado contra

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apenas 15,25% ligados ao objeto de estudo. Entre os diversos sem alusão ao tema,

encontramos assuntos que se referem à arquitetura e design de interiores,

urbanismo e planejamento da cidade, matérias sobre ciclovias e transporte urbano,

colunas, editoriais, opinião, notícias de outros estados (como os desabamentos de

prédios no Rio de Janeiro), questões relacionadas às obras para a Copa do Mundo

de 2014, além de matérias sem nenhuma ligação com as palavras-chave – a não ser

o fato de o entrevistado ser um arquiteto.

Possibilitou-se, com a pesquisa, concluir que os resultados encontrados

apresentam uma média baixa de aparição do objeto proposto na mídia, pois giram

em torno de 15%, principalmente por se tratar de uma mídia local. Dessa forma, a

proposta desse trabalho fez-se importante por contribuir com a propagação do tema

nos meios de comunicação. Almejamos colocar esse assunto em pauta e chamar a

atenção para a importância de documentar a história das cidades. Mostrar a

importância da arquitetura e também dos autores das obras para a construção da

identidade local.

1.2 PROBLEMA

Como produzir um programa de TV informativo que preserve e resgate a

memória da arquitetura pública no Paraná por meio dos arquitetos responsáveis por

essas obras, com o uso dos gêneros e formatos documentário, docu-série, revista

eletrônica e gênero educativo?

1.3 OBJETIVO

Utilizar-se de um programa televisivo para preservar e resgatar a memória da

arquitetura paranaense por meio dos arquitetos responsáveis por essas obras,

especialmente no que concerne aos espaços públicos e, principalmente, por meio

das construções espalhadas pelo estado.

1.3.1 Objetivos específicos

Discutir as obras paranaenses, bem como seus autores, não só no que diz

respeito à memória patrimonial ou à estética, mas também ao uso que os

cidadãos fazem dos espaços que lhe são projetados;

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Mostrar ao público peculiaridades das obras, bem como o contexto ao qual

estão inseridas, utilizando-se dos autores e profissionais relacionados a elas;

Propor um programa piloto jornalístico com nova abordagem conceitual sobre

o tema, já que o assunto não é tratado na mídia com muita frequência;

Experimentar um estilo de programa que se utiliza de diferentes recursos,

formatos e gêneros televisivos, tendo como base o estilo documentário, a

série e docu-série, os gêneros revista eletrônica e educativo.

1.4 JUSTIFICATIVA

É importante resgatar a memória da arquitetura contemporânea paranaense,

focada nos espaços públicos urbanos e em seus autores, pois além de fazer parte

da história, são essas obras que constituem e caracterizam o lugar onde estão. É

por meio delas que o local é conhecido ou lembrado, e os arquitetos que assinam

esses projetos fazem parte da história desses locais também. É difícil falar de

Curitiba, por exemplo, sem nos lembrar do Jardim Botânico,28 da Ópera de Arame,

dos diversos parques. Pollak atenta para o fato de que:

[...] a memória é um elemento constituinte do sentimento de identidade, tanto individual como coletiva, na medida em que ela é também um fator extremamente importante do sentimento de continuidade e de coerência de uma pessoa ou de um grupo em sua reconstrução de si. (POLLAK, 1992, p. 204 apud BATISTA, 2012).

Para tanto, o resgate dessa memória é de suma importância:

“A constituição das memórias estabelece importante função social, na medida em

que reproduz informações mesmo ante a ausência de dados escritos” (GUZZO,

2012, p. 4). Esses espaços são de domínio coletivo, ou seja, pertencem à população

que, por meio de impostos, pagou por eles. A qualidade desses espaços é projetada

com o objetivo de trazer benefícios aos moradores, empresas e visitantes. É

necessário destacar também, que alguns profissionais da área de arquitetura

buscam, entre outros objetivos, a valorização da paisagem natural.

No Paraná, destacamos o trabalho do arquiteto e urbanista que figurou o

programa piloto proposto por esta pesquisa, Domingos Henrique Bongestabs. Muitos

                                                            28 Vide Figura 19 nos Anexos deste TCC.

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de seus desenhos demonstram a sua preocupação com a sustentabilidade.

Bongestabs projetou a Ópera de Arame e venceu vários concursos, inclusive sendo

convidado para expor esse seu projeto na Bienal de Veneza em 2004. Entre outras

obras deste profissional podemos destacar a Universidade Livre do Meio Ambiente29

(Unilivre), Estádio Willie Davis30, em Maringá, Bosque Gutierrez31, Torre da

Telepar32, Praça 29 de Março33. Jaime Lerner também merece destaque entre os

arquitetos que contribuíram de forma eficaz para o desenvolvimento urbano,

especialmente na cidade de Curitiba. Lerner, ao longo de 40 anos, deixou suas

marcas ao encontrar, juntamente com sua equipe, soluções inovadoras para a

capital do Paraná.

As pessoas usufruem das diversas obras arquitetônicas espalhadas pela área

urbana, mas poucos sabem quem as projetou e com qual intuito. E trazer isso à tona

é uma proposta que, além de ter um tom de curiosidade, agrega conhecimento,

divulga o trabalho e o nome do próprio arquiteto, além de ser uma concepção que

também tem o objetivo de entreter. Ou seja, sua relevância firma-se tanto no campo

cultural e informativo quanto no do entretenimento, já que, dentro desse formato de

programa, o público pode se tornar personagem atuante, elaborando questões,

propondo novos temas relacionados ao assunto em questão e expressando

opiniões.

Para tanto, optou-se, dentre os meios de comunicação, pela televisão, por ser

ela o veículo de maior abrangência e importância. Mesmo com a internet, “nenhum

outro meio de comunicação tem ocupado tantas horas da vida cotidiana dos

cidadãos, com o mesmo poder de fascinação e de penetração” (GUIMARÃES;

BARRETO, 2007, p. 42). É, ainda, um facilitador no que diz respeito ao espectador,

já que contribui de maneira enfática – visual e auditiva – ao entendimento de

assuntos ligados à ciência e tecnologia – objetos estes de pouco apelo junto aos

cidadãos que ocupam esses espaços. A TV chega a todos os municípios brasileiros

e está em 90% das residências, segundo dados do IBGE. É a principal fonte de                                                             29 Vide Figura 20 nos Anexos deste TCC. 30 Vide Figura 21 nos Anexos deste TCC. 31 Vide Figura 22 nos Anexos deste TCC. 32 Vide Figura 23 nos Anexos deste TCC. 33 Vide Figura 24 nos Anexos deste TCC.

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informação e diversão da maioria dos brasileiros (BISTANE; BACELLAR, 2005).

Segundo dados do Ibope Media,34 “a média de permanência do brasileiro em frente

à TV aumentou progressivamente nos últimos tempos”. No ano de 2011 foram nove

minutos a mais de permanência na frente da TV em comparação com 2010, e vinte

minutos a mais em comparação com 2009 (ABERT, 2012). E o aumento se deu em

todos os segmentos etários e econômicos de programas televisivos. Aqui se pode

inserir também, com sucesso, a questão imagética, que exerce maior força que

outros meios de comunicação. Na visão de Weller e Bassalo, “mais do que as

palavras, as imagens produzem sentimentos, identificação, favorecem lembranças,

disparam a imaginação, a introspecção, entendimentos, anunciam ou denunciam

uma realidade, evocam memórias pessoais e visões de mundo” (WELLER;

BASSALO, 2011, p. 285). Percorrendo o mesmo caminho, Bohnsack destaca as

possíveis formas de compreensão da imagem:

A constituição do mundo através de imagens pode ser compreendida de dois modos distintos: uma dessas compreensões pressupõe que somente a interpretação do mundo é realizada, sobretudo pela via iconográfica; para além dessa compreensão, a constituição do mundo através da mídia imagética pode ser ampliada se levarmos em consideração o fato de que a imagem também possui a qualidade de dirigir a ação (BOHNSACK, 2006, p. 289).

Isso posto, é importante evidenciar que a arquitetura, quando relacionada aos

conceitos residencial, de interiores ou paisagismo, por exemplo, é um tema que

podemos encontrar nas mídias com maior facilidade, já que se faz presente no

cotidiano das pessoas. É o caso das Revistas Casa & Construção (Editora Escala) e

Arquitetura & Construção (Editora Abril), ambas voltadas à construção,

planejamento, projeto e design de obras residenciais e comerciais. Já o programa

Casa Brasileira do canal GNT tem a seguinte definição: “uma série sobre arquitetura

e sobre o jeito brasileiro de morar na visão dos mais importantes arquitetos do país.

Em cada programa as ideias do arquiteto são exemplificadas nas casas de seus

clientes famosos”.35 Essa ideia faz uma mescla de explicações e entrevistas. O

                                                            34 Os dados podem ser encontrados na matéria disponível em: <http://www.abert.org.br/site/index .php?/noticias/todas-noticias/brasileiro-tem-assistido-mais-tv-aponta-ibope-media.html>. Acesso em: 5 mai. 2012.  35 Nota sobre o programa. Disponível em: <http://gnt.globo.com/casabrasileira/sobre/>. Acesso em: 12 abr. 2012.

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artista (dono da residência) mostra a casa, diz o que pensa do resultado, o que

achou do arquiteto e do projeto que ele desenvolveu. Por outro lado, o profissional

procura demonstrar como ele planejou a obra.

A proposta do programa sobre arquitetura paranaense pode vir a consolidar

estratégias balizadoras a futuros programas de entrevista, por abordar assuntos de

alto nível cultural a pessoas comuns. Tornou-se condizente com a atual demanda

social e cultural do povo paranaense, o que qualificou o projeto piloto e o fez seleto e

distinto dos demais existentes. Com uma duração de 20 minutos por programa, a

série buscou inovação e é voltada especificamente ao Paraná. Não há ainda nada

sob essa ótica em TV local, algo que busque mostrar a fundo as obras urbanas, de

modo que evidencie seu planejador, como pensou a criação, de onde surgiram as

inspirações, como foi a escolha para o desenvolvimento do projeto, entre outras

curiosidades.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 MÍDIA, MEMÓRIA E HISTÓRIA

Os meios de comunicação podem contribuir de diversas formas na construção

da história de um determinado lugar. Sendo assim, torna-se um fator importante

para a preservação da memória de sociedades, culturas, povos e lugares.

Segundo Pell (1984) é no presente que a construção do passado é disputada

como recurso para a construção de um futuro que responda às aspirações desse

presente. Nesse sentido, parece necessário pensar as estratégias de

armazenamento do passado. O que se guarda e armazena é o que se quer lembrar,

pois o não mais visto tende ao esquecimento.

As formas de narrar histórias podem ser as mais variadas: escrita, teatro,

cinema, TV, dança, entre outras manifestações artísticas. É próprio do homem o

hábito de escrever e contar histórias, de procurar saber sobre seus antepassados. E

contar a história das cidades, especialmente seus espaços públicos, faz-se

necessário para guardar esses registros para as futuras gerações.

Canclini (2008) aponta para a necessidade de criar mitos e monumentos de

preservação do passado como marcos fundamental de construção de identidades,

incluindo nesse processo os documentos escritos. A mídia é um meio importante

nesse processo. Nas palavras do autor:

Os meios de comunicação captam o descontentamento dos habitantes das cidades que não se resignam a viver entre redes difusas e inapreensíveis. Então o rádio, a televisão e Internet — que são redes parcialmente deslocalizadas — constroem relatos de localização. Enquanto a expansão territorial das megacidades debilita a conexão entre suas partes, as redes comunicacionais levam a informação e o entretenimento a todos os lares (CANCLINI, 2008, p. 20, 21).

Pensar a construção da memória só é possível quando relacionada

diretamente ao tema da identidade. Pollak (1992) explica que, na construção dessa

identidade, é preciso levar-se em conta três elementos essenciais: a unidade física

(remetemos à ideia de lugar, ou seja, à concepção espacial); a continuidade dentro

do tempo (não só no sentido físico, mas moral e psicológico, como frisa o autor); e,

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finalmente, “o sentimento de coerência, ou seja, de que os diferentes elementos que

formam um indivíduo são efetivamente unificados” (POLLAK, 1992, p. 204).

Para Maurice Halbwachs (1968) não existe memória puramente individual,

visto que todo indivíduo está interagindo e sofrendo a ação da sociedade, por meio

de suas diversas agências e instituições sociais. O autor destaca a força de

diferentes pontos de referência que estruturam nossas recordações e que as

inserem na memória da coletividade a que pertencemos. Dentre eles, o patrimônio

arquitetônico, analisado por Pierre Nora (1985), e seu estilo, que nos acompanha

por toda a nossa vida, as paisagens, as datas e personagens históricos cuja

importância somos incessantemente relembrados, as tradições e costumes, certas

regras de interação, o folclore e a música, e, por que não, as tradições culinárias. A

memória está constantemente presente na vida cotidiana, conforme explica a autora:

Os lugares de memória nascem e vivem do sentimento que não há memória espontânea, que é preciso criar arquivos, que é preciso manter aniversários, organizar celebrações, pronunciar elogios fúnebres, notariar atas, porque essas operações não são naturais (NORA, 1985, p. 6-8 apud FERREIRA, 2012).

Dessa maneira, o jornalismo se torna um meio, uma ferramenta para se criar

programas de TV que abordem a memória da cidade. Isso, portanto, faz-se

importante, uma vez que “não há como não assinalar, nas sociedades

contemporâneas, a intrínseca relação entre os discursos midiáticos e a produção da

memória” (NORA, 1985 apud ENNE, 2004, p. 20). Mostrar as obras arquitetônicas e

os seus autores é uma forma de criar um arquivo que será disponibilizado para

todos os que se interessam pelo tema.

O pensador Maurice Halbwachs é visto como um ícone nas pesquisas sobre

memória. Ele deu aos estudos um viés sociológico, que autores como Pollak,

Lowentall e Wickham aprofundaram. Os quatro foram capazes de enxergar a

existência de aspectos ligados ao âmbito pessoal. Então, o entendimento de

Halbwachs e outros autores aponta que a memória, pessoal ou coletiva, está ligada

às relações que se dão no espaço social.

As recordações das cidades onde se viveu não fazem parte só da

reminiscência pessoal. Existem lugares da memória particularmente ligados a uma

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lembrança e também da história desse local. Através dessa memória podemos

relembrar a história cultural daquele tempo, como mostra Le Goff (1997):

A identidade cultural de um país, estado, cidade ou comunidade se faz com memória individual e coletiva. Somente a partir do momento em que a sociedade resolve preservar e divulgar os seus bens culturais é que se inicia o processo de construção de ethos cultural e de sua cidadania. [...] É a memória dos habitantes que faz com que eles percebam, na fisionomia da cidade, sua própria história de vida, suas experiências sociais e lutas cotidianas. A memória é, pois, imprescindível na medida em que esclarece sobre o vínculo entre a sucessão de gerações e o tempo histórico que as acompanha. Sem isso, a população urbana não tem condições de compreender a história de sua cidade, como seu espaço urbano foi produzido pelos homens através dos tempos, nem a origem do processo que a caracterizou. Enfim, sem a memória não se pode situar na própria cidade, pois se perde o elo afetivo que propicia a relação habitante-cidade, impossibilitando ao morador de se reconhecer enquanto cidadão de direitos e deveres e sujeito da história (LE GOFF, 1997, p. 138-139).

Já Barbosa (2011) persegue um caminho pelo viés comunicacional, explícito

principalmente quando diz que a história é um fragmento ou o segmento de um

“mundo da comunicação”. Eternizar um dado momento por meio da escrita ou outro

meio comunicacional é, por determinado aspecto, "domesticar e selecionar a

memória". Essa linha de pesquisa seguida pela autora pode ser explicada da

seguinte maneira:

São os atos comunicacionais dos homens do passado o que se pretende recuperar como verdade absoluta ou como algo capaz de ser acreditada como verídico. É nesse sentido que estamos dizendo que a história é sempre um ato comunicacional (BARBOSA; 2011, p. 17).

Abarcando a mesma trajetória de raciocínio, Nora (1979) aponta que o papel

do jornalista é informar, através dos meios de comunicação disponíveis, o que

acontece no mundo. Antes da mídia, era dos historiadores a função de dar a uma

ocorrência o status de acontecimento (notícia). Então, os jornalistas passaram a

disputar com eles a função de selecionar os fatos merecedores de se tornarem

notícia.

Pode até haver um conflito entre jornalistas e historiadores, mas Goulart

(2011) defende que a mídia se transformou no principal lugar de memória das

sociedades contemporâneas, e passou a ser a maior testemunha da história.

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2.2 NARRATIVA E LINGUAGENS TELEVISIVAS

Os estudos realizados sobre a televisão brasileira apontam duas vertentes: o

“generalismo”, que não entenderia os detalhes e o “particularismo”, que não

consideraria o contexto maior. As pesquisas na área são parcas devido à dificuldade

em classificar uma mídia de caráter tão multifacetado, ou seja, que possui grande

diversidade de aspectos, tipos e gêneros. Independente disso, é inegável o fato de

ela ser o meio de maior impacto na sociedade brasileira:

Ela é a principal opção de entretenimento e de informação da grande maioria da população do país. Para muitos, é a única. Suas imagens pontuam – e mobilizam em muitas formas – a vida e as ações de milhares de pessoas. A televisão faz parte, enfim, da vida nacional. Ela está presente na estruturação da política, da economia e da cultura brasileiras (RIBEIRO; SACRAMENTO; ROXO, 2010, p. 7).

Logo que surge a televisão no Brasil, na década de 1950, vários anúncios que

expunham as possibilidades do novo meio apontavam para um diferencial, a

comodidade. Além disso, mostravam também que se poderiam ver duas ordens de

assuntos, os de natureza coletiva - como jogos de futebol - e os de ordem individual

- visões de um mundo que antes só era possível na imaginação, como lugares

desconhecidos. O novo aparelho foi um “artefato de uma era que trazia para dentro

de casa imagens de um mundo de desejo e possibilidade, de possuir objetos que,

antes, só eram vistos no mundo lá fora” (BARBOSA, 2010, p. 21-27).

Bergamo (2010) lembra que um “período-chave” para a televisão brasileira foi

os anos de 1960, marcado pela quebra de laços com o rádio, o cinema e o teatro.

Surgiu, assim, uma nova gama de produtores artísticos e culturais que passaram a

criar programas específicos para a televisão. Nessa década, então, foram definidas

novas formas de “como fazer televisão”.

Um marco de inovação lembrado por Ribeiro e Sacramento (2010) foi a

criação do Jornal Nacional, em setembro de 1969. Diferente dos telejornais

existentes na televisão brasileira, este adotou um novo conceito. “O Jornal Nacional

surgiu perfeitamente integrado ao processo de modernização da linguagem da

televisão brasileira” (RIBEIRO; SACRAMENTO, 2010, p. 115). O uso de uma

linguagem mais direta e coloquial, manchetes curtas e rápidas e formato com dois

apresentadores, além de uso de matérias mais testemunhais, ou seja, com a voz

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dos entrevistados foram inovações na época. Nos anos de 1970 os programas da

televisão brasileira passaram por uma série de transformações, principalmente

estéticas. Exigia-se um “padrão de qualidade”, com um cuidado maior nas

produções e na técnica com as imagens, que agora passariam a ser exibidas em

cores. A partir daí, os conceitos dos programas, tanto de entretenimento como de

informação, também mudaram:

De modo retrospectivo, visualizam-se como fases da televisão brasileira: a elitista, de 1950 a 1964; a populista, de 1964 a 1975; a do desenvolvimento tecnológico, de 1975 a 1985; a da transição e da expansão internacional, de 1985 a 1990; e a da globalização e da TV paga, de 1990 a 2000. A partir de 2010 adentra-se em outra, a fase da qualidade digital, em transcurso. Dessa forma, nestes sessenta anos, a TV brasileira passou por grandes transformações, incluindo a introdução do videoteipe e do processo de produção e transmissão em cores, com o acúmulo de inovações e direcionando-se a novos padrões de desenvolvimento tecnológico, abrindo possibilidades de negócios (BRITTOS; SIMÕES, 2010, p. 221).

Por volta dos anos de 1990, o cinema e a televisão voltaram a se aproximar,

conforme lembram Fechine e Figueirôa (2010). Em 2000, dois acontecimentos

importantes marcam a TV Brasileira, a expansão da Globo Filmes e, principalmente,

o lançamento do Programa de Fomento à Produção e Teledifusão do Documentário

Brasileiro (DOC TV) pelo Ministério da Cultura. O DOC TV foi uma tentativa de

aproximação entre Estado e o documentário audiovisual, “cujas matrizes estéticas

acompanham a tendência de construção de uma imagem documental de tendência

nacionalista e ancorada na intenção de retratar nessas obras a identidade cultural do

país e a imagem do homem brasileiro comum” (FECHINE; FIGUEIRÔA, 2010, p.

302). Os autores lembram ainda que a primeira série do projeto se chamou “Brasil

Imaginário” e apoiou 26 documentários sobre cultura regional. Entre os objetivos do

programa estava a valorização das manifestações culturais regionais e o incentivo

da parceria da produção independente com as TVs públicas.

Passando da parte histórica para a parte técnica, Gordillo (2009) distribui as

categorias narrativas da televisão entre os personagens e ambientes, ações e

transformações, espaço e tempo. O espaço é um componente essencial em

qualquer produção audiovisual e está fortemente ligado às outras categorias, como

os personagens, o tempo, a ação. Entretanto, não se deve confundir espaço com

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lugar: o espaço, num discurso, é pensado e desenvolvido baseado em pontos de

vista e utilizando-se de técnicas. Sobre isso, a autora explica, ainda, que:

[...] dentro de um discurso visual existem diversos parâmetros em que se desenvolve a dimensão espacial: a escala, o tamanho, o contorno, textura e densidade, a posição, a classe, a cor e grau de iluminação refletida, assim como a claridade ou qualidade de resolução óptica (GORDILLO, 2009, p. 71).

Mas além da imagem, o espaço na narrativa televisiva se constitui também

dos sons, elementos de igual importância, sejam eles ruídos, músicas, efeitos

sonoros, ou ainda a voz em off de um narrador.

Em comparação com outros meios, o “espaço televisivo” possui certas

particularidades, dentre elas a visibilidade (é um espaço visível), o caráter analógico

(facilita a visão da realidade, o caráter descritivo e a visão de profundidade), a

fragmentação (por meio de enquadramentos) e a presença do “fora de campo”

(elementos fora do enquadramento como sons, sombras; se classificam como fora

de campo concreto, se anteriormente esteve enquadrado, ou fora de campo

imaginário, se nunca foi visto). Encontramos em Gordillo, ainda, a caracterização

conforme algumas modalidades: espaço cenográfico, formado pelo conjunto de

elementos que fazem parte da cenografia, como objetos, iluminação e outros

componentes; espaço ficcional, já que a televisão possui características parecidas

com as do cinema; espaço não ficcional, presente no discurso informativo, é o

próprio lugar dos acontecimentos; espaço de apresentação, onde se situa o

apresentador de um programa ou o lugar onde o um repórter faz sua entrada;

espaço híbrido, que mistura diferentes modalidades.

Por outro lado, a categoria tempo também mostra sua importância em

qualquer narrativa, seja informativa, ficcional, publicitária, documental. Sendo assim,

é importante destacar que esse elemento possui duplo sentido, ou seja, o tempo do

tema narrado e o que se refere ao ato narrativo em si mesmo. Pode-se então

classificá-lo de duas maneiras: o tempo da história, que faz alusão ao tempo em que

se dão os acontecimentos e o tempo do discurso, que reporta à duração do discurso

televisivo. Já em relação à ordem do tempo, a linguagem audiovisual permite que o

tempo seja explorado de diversas maneiras. Pode-se ter uma ordem normal,

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cronológica, mas pode-se também romper com o tempo linear e apresentar o futuro

antes do passado, por exemplo.

2.3 GÊNEROS E FORMATOS TELEVISIVOS

As mensagens na televisão envolvem diversas linguagens e processos

sígnicos e são uma combinação de três códigos, verbal, imagético e sonoro:

A rigor, todas as mídias, desde o jornal até as mídias mais recentes, são formas híbridas de linguagem, isto é, nascem na conjunção simultânea de diversas linguagens. Suas mensagens são compostas na mistura de códigos e processos sígnicos com estatutos semióticos diferenciais (SANTAELLA, 2003 apud THOMAZ, 2006, p. 3).

Segundo trecho da obra de Watts (1990 apud SOUZA, 2004, p. 38-39), os

programas de TV devem seguir os objetivos de entreter e informar, conjuntamente.

“O entretenimento é necessário para toda e qualquer ideia de produção, sem

exceções. Todo programa deve entreter senão não haverá audiência”. Contudo, os

programas também devem informar mesmo quando são dirigidos, diretamente, ao

entretenimento. “Informar significa que a pessoa, no final da exibição, saiba um

pouco mais do que sabia no começo do programa a respeito de determinado

assunto” (SOUZA, 2004, p. 38-39). Na televisão encontramos três categorias,

entretenimento, informação e educação, que abrangem diversos gêneros. Numa

quarta categoria, denominada “especiais”, estariam incluídas outras produções

diferenciadas como programas infantis, de religião e agrícolas.

Dentre as categorias televisivas, o presente trabalho vai tomar como base a

que abrange os produtos informativos, porém, vai utilizar também recursos de outros

gêneros e formatos para chegar à sua proposta. Certas características dos

documentários, da docu-série, das séries e também do estilo revista estão

presentes.

Os discursos dos formatos informativos, como se supõe, referem-se a

acontecimentos, atuais ou não, mas que de fato ocorreram, muitas vezes ajustados

a diferentes contextos. Por isso, uma das peculiaridades do conjunto informativo é

sua capacidade narrativa, tanto no discurso como na relação com a história contada.

Nesse sentido, existe certa similaridade com o discurso ficcional, já que no

informativo também há construção de situações e personagens situados em certo

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tempo e espaço. Uma das categorias constante no gênero informativo é o

documentário televisivo.

O termo documentário não possui uma definição exata, mas, depende da

relação e da comparação com outros gêneros, a exemplo os filmes de ficção. Trata-

se, portanto de uma representação da realidade sob determinado ponto de vista.

Encontramos em Nichols (2005) algumas características pertencentes à busca pela

definição desse formato: “os documentários não adotam um conjunto fixo de

técnicas, não tratam de apenas um conjunto de questões, não apresentam apenas

um conjunto de formas ou estilos” (NICHOLS, 2005, p. 48). Ou seja, tudo é variável,

ou, tudo pode ser variável.

Um aspecto comumente encontrado em documentários é o voice over, ou

seja, voz ou som que são ouvidos, sem que se perceba a imagem de quem os

produziu. Nesse sentido, a proposta desse trabalho tem um ponto em discordância

com uma das características desse gênero, já que não se utilizou dessa

característica e, pelo contrário, deixou apenas a voz dos personagens.

Se, para Nichols, o documentário não tem uma definição, visualizamos em

Curran (2008) algumas explicações que nos levam a pensar e entender o gênero:

“os documentários conduzem seus espectadores a novos mundos e experiências

por meio da apresentação de informação factual sobre pessoas, lugares e

acontecimentos reais, geralmente retratados por meio do uso de imagens reais e

artefatos” (CURRAN, 2008, p. 2). Na mesma linha de raciocínio, Nichols aponta que

nesse formato, mais do que uma narrativa baseada em um protagonista, os

personagens ou lugares não precisam ser estáticos e nem seguir uma ordem

concreta, eles podem ser dispostos de maneira a construir uma lógica que sustente

o ponto de vista do seu criador. Complementa essa tese a explicação de Curran

sobre os objetivos do documentário:

“Em sua melhor forma e realização, os documentários devem ser mais do

que um passatempo para o espectador; devem demandar seu engajamento

ativo, desafiá-lo a pensar sobre o que sabe, como sabe e sobre o que mais

pode querer saber. Um bom documentário confunde nossas expectativas,

impele fronteiras para mais além e nos leva a mundos que até então não

imaginávamos. Para fazê-lo, em primeiro lugar eles precisam nos arrebatar

em nossa ânsia primordial de que uma boa história seja contada”

(CURRAN, , p. 4)

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Para Gordillo, entre suas características está a análise de um assunto com

maior profundidade, utilizando diferentes abordagens e possibilidades. “Há o

predomínio absoluto da função referencial, em detrimento das diferentes funções do

processo comunicativo” (GORDILLO, 2009, p. 135). Além disso, outra característica

é o fator tempo, o documentário se concentra em temas atemporais, sem

preocupação com o imediato, a atualidade em constante mudança e dinâmica. Há

uma composição narrativa em que a realidade se divide com o intuito de progredir,

por partes. “Inclui o papel de certos personagens que estão executando uma série

de ações dentro de um determinado tempo e espaço” (GORDILLO, 2009, p. 136). O

documentário possui ainda um cuidado maior com os espaços e composições e

permite o uso de um mecanismo para complementar e/ou explicar imagens e

assuntos, a “voz em off”, neutra e impessoal. Os diferentes documentários são

classificados segundo alguns critérios complementares, como o conteúdo. Os

etnográficos referem-se a culturas, tradições, sociedades; os históricos, à recriação

de períodos, a casos e feitos da história; os biográficos falam sobre personagens,

vivos ou mortos; entre outros. Os temas podem aprofundar assuntos do cotidiano e,

no geral, apresentam alguma importância histórica, política, social. O documentário

teve suas raízes no cinema. “A seriedade do gênero permaneceu, a fim de levar ao

telespectador uma visão do mundo, da realidade de outros países e de outras

culturas” (SOUZA, 2004, p. 145-146).

Outro aspecto considerado por esse projeto é a docu-série que, segundo

Gordillo (2009), se caracteriza por organizar um material assim como em uma série

de ficção.

Assim, os conteúdos semânticos da docu-série se assemelham aos próprios da reportagem informativa, por sua abordagem em protagonistas reais e por centralizar a informação em como são, como vivem, o que pensam ou sentem, quais são seus valores, suas relações familiares e seus modos de viver (GORDILLO, 2009, p.196).

Os argumentos aqui podem se entrecruzarem, interrompendo-se e

retomando-se em diferentes momentos. Essas características se encaixaram na

proposta deste trabalho no sentido de ser um tema com a intenção de ser tratado

em uma série de programas, além de poder ser, inclusive, educativo. Desse gênero,

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então, a característica que pode ser aproveitada é o fato de, segundo Souza (2004),

as docu-séries poderem sobreviver anos e serem exibidas em diferentes locais, além

de servirem a todos os públicos e seus conteúdos variarem. Um exemplo dessas

séries são os documentários produzidos pela BBC de Londres, sobre história.

Encontramos também em Gordillo (2009) a definição do outro gênero

abordado: a revista faz parte da categoria de entretenimento e tem um caráter mais

flexível, com alternância de temas e assuntos. Dentro desse estilo, entre outras

coisas, há seções fixas sobre determinadas especialidades. No programa proposto

por este trabalho essa característica entra em forma de box - um pequeno texto,

destacado por linhas horizontais, adicionado em matérias extensas - com

informações adicionais e/ou curiosidades (por exemplo quando mostra plantas das

obras). Assim como no impresso, nesse gênero há possibilidade de abrangência de

diversos formatos, reportagens, entrevistas, músicas e, apesar de pertencer à

categoria de entretenimento, o comprometimento maior é com a informação. “Nesse

aspecto, o infortenimento – a informação unida ao entretenimento – passa a ser a

linguagem utilizada para atrair a audiência” (SOUZA, 2004, p. 130). E a audiência

também foi um dos propósitos da proposta série.

Com relação à videorreportagem, várias características desse tipo de

narrativa fizeram sentido e puderam ser inseridas neste trabalho. Sua principal

particularidade é a inserção de conceitos técnicos não tão utilizados anteriormente e

novas formas de abordagem de forma e conteúdo. “Nenhum recurso visual deve ser

entendido como gratuito: cada movimento de câmera ou enquadramento terá uma

função na narrativa visual” (THOMAZ, 2006, p. 3-5). Os enquadramentos, aliás,

possuem certas diferenças em comparação com reportagens tradicionais, em que a

principal é o uso de closes – fotografia em primeiro plano, abrangendo detalhes - ou

o primeiro plano – aquele que releva apenas um detalhe da cena ou pessoa. E em

relação aos cenários, na videorreportagem o repórter, muitas vezes, não aparece na

cena. Outros elementos também de importância nesse tipo de narrativa são os sons:

ambiente, fundo musical e efeitos sonoros.

O som de uma porta se abrindo ou de um automóvel partindo, deixando limpo sem narração, pode dar ritmo e forma para um filme/vídeo com tanta eficácia quanto pontos e vírgulas dão ritmo e moldam palavras [...] Algumas tomadas – trens passando em alta velocidade, armas disparando, edifícios desabando – são fortes demais para aceitar narração; as imagens abafarão

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as palavras e o espectador perderá qualquer coisa que você esteja querendo dizer (WATTS, 1999, p. 60 apud THOMAZ, 2006, p. 6).

Ou seja, os sons são de fundamental importância na videorreportagem, pois,

como discorre Thomaz, “complementam a informação da imagem e agem como

efeito de realidade”. Em suma, tal narrativa busca linguagens alternativas,

experimentando novos enquadramentos, um texto menos formal, maior aproximação

com o entrevistado. Assim sendo, “apesar de poder comprometer a qualidade

técnica” há maior liberdade na sua criação e possibilidade de inclusão de novos

formatos (THOMAZ, 2006, p. 6-7).

O programa considerou, também, detalhes da categoria educação, já que um

de seus propósitos foi dar vez à aprendizagem. Destinada a diversas faixas etárias,

seu objetivo é educar, instruir, ou aumentar o conhecimento do telespectador sobre

certo assunto, “compreendendo um objetivo mais nobre de entretenimento

educativo” (SOUZA, 2004, p. 154).

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3 METODOLOGIA O presente trabalho, desenvolvido por meio de uma pesquisa aplicada,

baseou-se num estudo de ordem exploratória, ou seja, partiu da intenção de ter-se

uma visão geral e mais próxima do objeto de estudo. Para tanto, foram utilizados

autores de livros especializados em arquitetura, para se entender o tema e ter-se

uma base do que foi abordado nesse trabalho. Além disso, autores que escrevem

sobre história, resgate de memória e também da área da Comunicação foram

dispostos no texto de maneira a dar um suporte, principalmente, para se demonstrar

de que maneira o assunto foi explorado e abordado na mídia escolhida, a televisão.

Para se justificar a escolha do tema e dos meios utilizados no projeto, autores

que defendem o resgate de memória e dados do Ibope e IBGE foram de suma

importância. Nesse sentido, este trabalho tem como delineamento uma pesquisa de

base bibliográfica, já que se desenvolve, essencialmente, por meio de livros e

artigos científicos. Aborda fenômenos, principalmente quando o “problema de

pesquisa requer dados muito dispersos pelo espaço” (GIL, 1999). Sendo assim,

esse método teve muita importância na fundamentação teórica no que diz respeito,

principalmente, ao formato que se pretende desenvolver com esse projeto, já que o

utilizado não se baseia em apenas um gênero ou categoria televisiva, mas sim em

vários.

Um estudo de campo (que tende a utilizar mais técnicas de observação, de

um grupo ou comunidade determinada para demonstrar a interação de seus

componentes) também foi realizado tendo como base o portal online da Gazeta do

Povo e foi demonstrado no item 2.5 da delimitação do tema. A escolha por essa

mídia se deu porque segundo dados do Instituto Verificador de Circulação (IVC), de

dezembro de 2011, a Gazeta do Povo é o jornal de maior circulação do Paraná, com

uma média diária de 43,5 mil exemplares por dia. Fez-se necessário o uso de uma

amostragem aleatória simples, aquela que seleciona uma parte de determinado

grupo e espera que ele represente o todo. Aqui, a busca do tema em um

determinado período, nesse portal de notícias, serviu de amostragem para

determinar com que frequência o tema aparece na mídia. A coleta de dados foi

realizada no período compreendido entre maio de 2011 a abril de 2012, colocando

duas determinadas palavras-chave no diretório de busca desse site de notícias para

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análise dos resultados, a saber: “arquitetura e memória cidade” e “obras arquitetura

urbana”. O estudo foi realizado para demonstrar quanto a temática “Arquitetura

Urbana no Paraná” aparece na mídia local e pode-se concluir que a abordagem do

assunto em âmbito regional não é de larga proporção, o que demonstrou a

relevância deste trabalho.

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4 DELINEAMENTO DO PRODUTO

Uma série composta por, inicialmente, cinco programas de TV sobre a

arquitetura paranaense focada nas obras públicas urbanas, bem como em seus

autores.

4.1 DESCRIÇÃO

O programa de TV “Reconstruindo o Paraná” tem como objetivo mostrar, a

cada programa, alguns dos espaços públicos do Paraná, por meio, principalmente,

do depoimento dos arquitetos responsáveis por essas obras. Com isso pretendeu-se

mostrar como ocorreu a transformação desses locais através do planejamento

urbano e o que eles representam para a identidade local. A ideia é se utilizar das

obras da arquitetura paranaense para trazer partes da história, como forma de

preservação da identidade e da memória local. Para isso, a pessoa responsável pela

idealização e elaboração do projeto daquele lugar, é de suma importância nesse

processo.

As gravações das entrevistas com os personagens do programa misturam

cenários, sendo nos locais das obras e também na residência ou escritório dos

entrevistados. Ao optar por esses locais, buscou-se uma qualidade melhor no áudio,

não excluindo as entrevistas nos espaços citados, o que se fez necessário.

4.2 TEMPO, ESTRUTURA E CENÁRIOS

O tempo de programa foi de aproximadamente vinte minutos, divididos em

dois blocos. O primeiro foi constituído por um tempo menor em relação ao segundo.

Durante o primeiro bloco, exibimos a Ópera de Arame, por ser o projeto de

maior relevância do arquiteto apresentado. Por meio do autor dela, Domingos

Henrique Bongestabs, falou-se um pouco sobre a história do lugar, pontos positivos

e negativos. Uma enquete foi feita com visitantes do local, na qual foram registradas

suas opiniões ou impressões sobre a Ópera de Arame. Para complementar,

depoimentos de colegas de profissão.

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No segundo bloco, foram mencionados outros projetos desse arquiteto no

estado do Paraná. São obras escolhidas por relevância e preferência do autor.

Jaime Lerner e Mônica Gomara também deixaram seus depoimentos.

Durante os blocos, fotos são apresentadas para representar ou marcar o local

sobre o qual se falou.

4.3 LINHA EDITORIAL E FORMATO

O programa previu uma abordagem cultural e educativa, levando, sobretudo,

informação, mas com essências de entretenimento, visando certo equilíbrio. Para

isso, não há um formato único que possa caracterizar seu estilo. A pretensão foi

fazer uma mescla de diferentes formatos e gêneros. Tendo como base um caráter

informativo, leva grandes características do gênero documentário, mas também, em

menores doses, da revista, da série e docu-série, da videorreportagem e dos

programas educativos.

4.4 PÚBLICO-ALVO E LOCAIS DE EXIBIÇÃO

O público-alvo da série de programas vai desde leigos, até especialistas no

assunto, ou seja, a intenção é abranger diversas faixas etárias, sociais e intelectuais.

Moradores da cidade, estudantes, professores, pessoas de outros lugares que

tenham vontade de saber sobre a paisagem da cidade e seus pontos turísticos.

Quanto à ideia de exibição, o foco inicial compreende as TVs locais (canal

aberto ou fechado) e educativas. Dependendo da abrangência, audiência e sucesso

do programa, pode-se expandir a ideia para outros locais do país e emissoras

maiores. Uma proposta a ser pensada são as parcerias municipal e estadual, tendo

em vista que a série propõe abordar obras públicas urbanas do estado e, no

programa piloto, os monumentos retratados foram, essencialmente, de Curitiba. A

periodicidade prevista é a exibição uma vez por semana, preferencialmente aos

sábados. Quanto ao horário da veiculação as sugestões são às 10h, às 14h ou às

16h.

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4.5 LINGUAGEM VISUAL E PROJETO GRÁFICO

O conceito de programa se baseou num estilo mais despojado, ou seja, com

uma linguagem menos formal. Os quadros misturaram depoimentos, imagens dos

locais referenciados, informações adicionais acrescentadas em forma de box, para

dar mais dinâmica e não se tornar enfadonho. Os enquadramentos foram

diversificados, passando do plano geral ao close e primeiro plano, plano americano,

sem necessariamente seguir uma ordem.

Em relação aos efeitos sonoros, buscou-se inserir trilhas ao programa, com a

intenção de dar dinamismo às cenas. Uma vinheta-padrão foi usada para a abertura

e para o fechamento, utilizando efeitos gráficos e sonoros, assim como a vinheta

para ida e volta do intervalo. Outras, ainda, foram feitas para serem inseridas

quando os personagens falam dos projetos, como a Ópera de Arame, no começo do

programa. Foram utilizadas inserções gráficas em forma de box com curiosidades,

para acrescentar informações quando se falou das obras nos dois blocos. 4.6 ORÇAMENTO

Para que o projeto seja exequível, pensou-se na utilização de produtos e

serviços especializados. Vale lembrar que a projeção de valores considerou os

gastos levando-se em conta que se trata de uma produção nova, sem posse prévia

de qualquer desses elementos. Os orçamentos foram feitos com base em

profissionais free-lancers (cinegrafista, editor de vídeo e jornalistas) e equipamentos

de alta qualidade técnica. Além disso, foram computados outros recursos que são

necessários para a realização da série televisiva “Reconstruindo o Paraná”,

conforme descrito abaixo:

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DESCRIÇÃO QTDE MEDIDA VALOR UNIT VALOR TOTAL

Câmera de vídeo profissional 1 Unid. 3.600,00 3.600,00

Câmera de vídeo profissional High Definition

1 Unid. 5.400,00 5.400,00

Tripé para câmera 1 Unid. 70,00 70,00

Microfone profissional 1 Unid. 119,90 119,90

Canopla para microfone 1 Unid. 40,00 40,00

Microfone de lapela 1 Unid. 140,00 140,00

Fone de ouvido 1 Unid. 89,90 89,90

Fita para câmera 3 Unid. 18,00 54,00

Notebook 1 Unid. 2.699,00 2.699,00

HD externo 1 Unid. 249,00 249,00

Gasolina 60 Litro 2,50 150,00

Carro para transporte 6 Dia 90,00 540,00

Cinegrafista 4 Hora 87,50 350,00

Editor de vídeo 8 Hora 87,50 700,00

Jornalista 2 Mês 2.350,00 4.700,00

TOTAL 18.901,80

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A arquitetura urbana paranaense não é um tema muito explorado pela mídia

local. Isso pode ser observado por meio da pesquisa apresentada nesse estudo, a

qual buscou a temática na mídia curitibana. Sendo assim, o principal objetivo

proposto nesse trabalho foi a oportunidade de resgatar a memória dessa arquitetura

tão diversificada e apreciada por visitantes e turistas.

O programa piloto teve como foco o arquiteto Domingos Henrique

Bongestabs, autor de obras que foram projetadas, em sua maioria, para trazer

benefícios para a população do Paraná. É o caso, por exemplo, da Universidade

Livre do Meio Ambiente (Unilivre), local destinado ao estudo e também ao

entretenimento dos visitantes.

Essa experiência serviu para o conhecimento de algumas das construções

que ajudam a contar a história do Estado, por meio dos relatos de seu autor e de

alguns colegas de profissão do arquiteto. Dessa forma, podemos, mais uma vez,

pensar a importância da recuperação da história regional e constatar que isso é

possível através de um produto jornalístico.

A série de programas de TV “Reconstruindo o Paraná” utilizou-se do

hibridismo de gêneros, mesclando os formatos documentário, educativo, docu-série

e revista eletrônica, por isso, concluímos que ela pode ser inserida dentro da lógica

televisiva, já que as características desses estilos puderam se trabalhadas de forma

coesa.

Acreditamos, portanto, que a série apresentada neste trabalho pode ser

levada adiante, tendo em vista que o primeiro experimento cumpriu com seus

objetivos. Além de preservar a evolução local, esse resgate ajuda a fortalecer a

identidade paranaense.

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ANEXOS

ANEXO A - ROTEIRO

ROTEIRO RECONSTRUINDO O PARANÁ A01

VINHETA “RECONSTRUINDO O PARANÁ” APRESENTAÇÃO – LOUIZE FISCHER DOMINGOS HENRIQUE BONGESTABS – ABRE A PORTA SOBE SOM BAIXA SOM – ENQUADRAMENTO DOMINGOS SOBE SOM VINHETA “ÓPERA DE ARAME” BAIXA SOM – ENQUADRAMENTO DOMINGOS INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - DOMINGOS IMAGEM ENTRADA ÓPERA DE ARAME IMAGEM PASSARELA ÓPERA

ABERTURA D.I. OLÁ! APARTIR DE HOJE D.F. VAMOS ACOMPANHAR D.I. BOA TARDE, EU SOU DOMINGOS D.F. FIQUEM A VONTADE DOMINGOS ENTRA E SENTA NO SOFÁ D.I. EU SOU O DOMINGOS D.F. TENHO TRABALHADO COM ARQUITETURA E PLANEJAMENTO URBANO. D.I. ERA UM ESPAÇO QUE ESTAVA D.F. AO LADO DA PEDREIRA. D.I. PAULO LEMINSKI D.F. ONDE SE FAZIAM D.I. MUITOS SHOWS D.F. MEIO ESCONDIDO POR CAUSA DA VEGETAÇÃO. D.I. QUE TINHA NA FRENTE DA RUA D.F. PORQUE ESTAVA ABANDONADA.

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ROTEIRO RECONSTRUINDO O PARANÁ A02

ENQUADRAMENTO DOMINGOS INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - DOMINGOS ENQUADRAMENTO DOMINGOS INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - DOMINGOS ENQUADRAMENTO DOMINGOS INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - DOMINGOS ENQUADRAMENTO DOMINGOS IMAGEM CACHOEIRA ÓPERA 1 IMAGEM PAREDÃO E CACHOEIRA SOBE SOM INSERÇÃO BOX 1 - ÓPERA INSERÇÃO BOX 2 - ÓPERA DESCE SOM

D.I. A MAIS DE VINTE ANOS D.F. ENTÃO D.I. OS ASSESSORES... D.F. NÃO SEI COMO D.I. DESCOBRIU AQUELA ÁREA... D.F. IDEIA DE SE CONSTRUIR D.I. UM OUTRO TEATRO D.F. PORQUE... PRIMEIRO D.I. O GUAIRA ERA D.F. NÃO TINHA ACESSO AO GUAIRA. D.I. EM SEGUNDO LUGAR D.F. HAVIA A POSSIBILIDADE DE D.I. SE TER UM ESPAÇO D.F. DO NOSSO MARAVILHOSO CLIMA D.I. ENTÃO ERA UM ESPAÇO ALTERNATIVO D.F. AO LADO DIREITO DA ENTRADA D.I. VOCÊ TINHA UM BOSQUE D.F. RESOLVEU FAZER UM NOVO TEATRO “BONGESTABS FOI CONVIDADO PARA EXPOR O PROJETO DA ÓPERA DE ARAME NA BIENAL DE VENEZA, EM 2004.” “A PRIMEIRA PEÇA APRESENTADA FOI ‘SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO’, DE SHAKESPEARE.”

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ROTEIRO RECONSTRUINDO O PARANÁ A03

ENQUADRAMENTO DOMINGOS INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - DOMINGOS ENQUADRAMENTO DOMINGOS ENQUADRAMENTO JAIME LERNER INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - JAIME ENQUADRAMENTO JAIME INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - JAIME ENQUADRAMENTO JAIME INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - JAIME ENQUADRAMENTO JAIME ENQUADRAMENTO DOMINGOS IMAGEM ÓPERA ESTRUTURA E PAREDÃO

D.I. EU ERA FUNCIONÁRIO D.F. UMA SÉRIE DE PROJETOS ALI D.I. E O JAIME ME ESCOLHEU D.F. TRABALHAVA COM ACÚSTICA D.I. E, POSSIVELMENTE, TAMBÉM D.F. UM BOM TRABALHO ALI D.I. FALAR DO DOMINGOS D.F. É TALENTO D.I. O DOMINGOS D.F. FORMAMOS JUNTOS D.I. O... ELE É UM POUCO MAIS NOVO D.F. TALENTO QUE VEM DE UMA D.I. VISÃO CULTURAL D.F. TODO ESSE TEMPO D.I. E DEPOIS, JÁ COMO PREFEITO D.F. DAVA POUCO PALPITE E... D.I. EU SABIA, PELO FATO D.F. DE TER TRABALHADO D.I. COM GRANDES ARQUITETOS D.F. ENTREGAR CADA PROJETO D.I. A ÓPERA FOI UM GRANDE SUCESSO D.F. REPERCUSSÃO NACIONAL D.I. E TAMBÉM FOI PUBLICADA D.F. É UM PARQUE

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 ROTEIRO RECONSTRUINDO O PARANÁ A04

IMAGEM ÓPERA PASSARELA COM VISITANTES ENQUADRAMENTO DOMINGOS INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - DOMINGOS ENQUADRAMENTO DOMINGOS ENQUETE 1 – RODRIGO SILVA ENQUETE 2 – SIMONE BUENO DE MIRANDA TRENTO SOBE SOM INSERÇÃO BOX 3 - ÓPERA INSERÇÃO BOX 4 - ÓPERA ENQUADRAMENTO DOMINGOS INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - DOMINGOS

D.I. MUITO FREQUENTADO D.F. PELA IMAGEM DA ÓPERA D.I. ENTÃO ELA D.F. REALMENTE TEM D.I. UM VALOR CULTURAL D.F. MUITO SIGNIFICATIVO D.I. DENTRO DA CIDADE D.F. HOJE “EM 2012 A ÓPERA DE ARAME COMPLETOU 20 ANOS”. “OS MATERIAS UTILIZADOS PARA SUA CONSTRUÇÃO FORAM: VIDROS, TUBOS DE AÇO, POLICARBONATO E BLOCOS DE FUNDAÇÃO APOIADOS NA ROCHA”. D.I. NA REALIDADE D.F. ELE PROCURA D.I. EXECUTAR UMA OBRA D.F. UMA SÉRIE DE CIRCUNSTANCIAS

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 ROTEIRO RECONSTRUINDO O PARANÁ A05

ENQUADRAMENTO DOMINGOS INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - DOMINGOS ENQUADRAMENTO DOMINGOS IMAGEM ÓPERA PASSARELA VISTA ÓPERA IMAGEM ÓPERA ESTRUTURA SUPERIOR IMAGEM ÓPERA INTERIOR MAGEM ÓPERA LAGO ENQUADRAMENTO DOMINGOS INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - DOMINGOS ENQUADRAMENTO DOMINGOS INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - DOMINGOS

D.I. QUE VÃO DESDE D.F. A NECESSIDADE DO CLIENTE D.I. LEGISLAÇÃO, O ESPAÇO D.F. VOCÊ DISPÕE E A D.I. MENSAGEM QUE SE PRETENDE D.F. ÚLTIMA ANÁLISE E ACHO QUE D.I. É VOCÊ TER D.F. AMBIENTE AGRADÁVEL D.I. DIVERTIDO, BONITO D.F. USO DAS PESSOAS “E EU ACREDITO QUE NÃO MUDOU MUITO” “ATÉ, TALVEZ, TENHA ATÉ PREJUDICADO” D.I. EM PARTE PORQUE D.F. ME TORNEI FAMOSO D.I. TODO MUNDO PASSOU D.F. QUE EU COBRAVA MUITO CARO D.I. E COMO EU FIZ O PROJETO D.F. PELA PREFEITURA D.I. ENTÃO, O PREÇO D.F. O SALÁRIO DAQUELE MÊS

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 ROTEIRO RECONSTRUINDO O PARANÁ A06

ENQUADRAMENTO DOMINGOS SOBE SOM IMAGEM ÓPERA ESTRUTURA DE PERTO ENQUADRAMENTO MÔNICA GOMARA IMAGEM ÓPERA CACHOEIRA LONGE E APROXIMA ESTRUTURA

IMAGEM ÓPERA ESTRUTURA SUPERIOR APROXIMA

ENQUADRAMENTO MÔNICA SOBE SOM VINHETA “RECONSTRUINDO O PARANÁ” DESCE SOM SOBE SOM VINHETA “RECONSTRUINDO O PARANÁ” DESCE SOM SOBE SOM VINHETA “OUTRAS OBRAS DE DOMINGOS BONGESTABS” ENQUADRAMENTO DOMINGOS IMAGEM UNILIVRE RAMPA LONGE IMAGEM UNILIVRE RAMPA PERTO

D.I. AGORA, EM CONTRAPARTIDA D.F. MUITO PRESTÍGIO D.I. E A ARQUITETURA DA ÓPERA D.F. AMPLIAR AQUELE ESPAÇO D.I. RENOVAR O ESPAÇO D.F. MAIS UTILIZAÇÃO D.I. VOCÊ LEMBRA QUANDO ERA D.F. POR ONDE VOCÊ PASSAVA D.I. E UMA CIDADE, UM LUGAR D.F. A GENTE NÃO VÊ ESSE EXEMPLO “ESTAMOS APRESENTANDO” “VOLTAMOS A APRESENTAR” D.I. AS OBRAS MAIS MARCANTES D.F. PROJETO BASTANTE PRESTIGIADO D.I. TANTO A ÓPERA D.F. A UNILIVRE, ESTÃO D.I. ENTRE AS 30 OBRAS D.F. ARQUITETURA BRASILEIRA

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 ROTEIRO RECONSTRUINDO O PARANÁ A07

IMAGEM UNILIVRE ESTRUTURA MIOLO IMAGEM UNILIVRE PALCO IMAGEM UNILIVRE BANCOS IMAGEM UNILIVRE ESTRUTURA MIOLO 2 IMAGEM ESTRUTURA REDONDA SOBE SOM INSERÇÃO BOX 5 - UNILIVRE INSERÇÃO BOX 6 - UNILIVRE INSERÇÃO BOX 7 - UNILIVRE ENQUADRAMENTO DOMINGOS IMAGEM PRAÇA 29 GERAL IMAGEM PRAÇA 29 LATERAL PERTO SOBE SOM IMAGEM PRAÇA 29 PERTO IMAGEM PRAÇA 29 DESENHOS IMAGEM PRAÇA 29 CASCATA IMAGEM PRAÇA 29 CROQUI DESCE SOM ENQUADRAMENTO DOMINGOS

D.I. NO SÉCULO PASSADO D.F. E URBANISMO D.I. TAMBÉM TEM ALGUMAS D.F. LISTAS NA INTERNET D.I. QUE INCLUEM D.F. SEMPRE INCLUEM D.I. A UNILIVRE D.F. E A ÓPERA D.I. COMO OBRAS D.F. SIGNIFICATIVAS “A UNILIVRE FOI INAUGURADA EM 1992.” “POSSUI 874m² E FOI CONSTRUÍDA COM TRONCOS DE EUCALIPTO E FECHAMENTO EM VIDRO”. “A OBRA FOI CRIADA PARE SER UM LOCAL DE ESTUDO”.

D.I. PARA MIM TEM UMA IMPORTÂNCIA D.F. MUITO GRANDE TAMBÉM D.I. A PRAÇA 29 DE MARÇO D.F. QUE EU FIZ PRATICAMENTE D.I. RECÉM FORMADO D.F. TRABALHAR NA PREFEITURA

“ E TEM”

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 ROTEIRO RECONSTRUINDO O PARANÁ A08

INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - DOMINGOS ENQUADRAMENTO DOMINGOS IMAGEM MUSEL COPEL CONSTRUÇÃO 1 IMAGEM MUSEL COPEL CONSRUÇÃO 2 IMAGEM MUSEU COPEL GERAL POR-DO-SOL IMAGEM MUSEU COPEL GERAL LATERAL IMAGEM MUSEU COPEL AÉREA IMAGEM MUSEU COPEL INTERNA TETO ENQUADRAMENTO DOMINGOS INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - DOMINGOS ENQUADRAMENTO DOMINGOS

INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - DOMINGOS IMAGEM AMÉRICAS GERAL LATERAL SOBE SOM IMAGEM AMERICAS GERAL IMAGEM AMERICAS ENCONTRO TRONCOS IMAGEM DOMINGOS NO PC – TRONCOS DESCE SOM ENQUADRAMENTO DOMINGOS

IMAGEM CHAPÉU PENSADOR FRENTE

D.I. DOIS PROJETOS D.F. QUE É O PROJETO DA D.I. COPEL D.F. EM SALTO SEGREDO D.I. QUE É UM D.F. MUSEU ANTROPOLÓGICO D.I. QUE, A MEDIDA QUE A COPEL FAZIA... D.F. RECOLHIAM O MATERIAL INDÍGENA D.I. DE CABOCLOS, ETC D.F. MATERIAL, INCLUSIVE D.I. OSSADAS ANTIGAS D.F. ISSO TUDO NO MUSEU D.I. E OUTRO PROJETO TAMBÉM D.F. TEVE BASTANTE “REPERCUSSÃO” D.I. FOI O ESPAÇO DAS AMÉRICAS D.F. EM FOZ DO IGUAÇU

D.I. NA SEQUÊNCIA EU GOSTO D.F UM AMBIENTE ECOLÓGICO D.I. O CHAPÉU PENSADOR É O SEGUINTE D.F. AINDA ERA PREFEITO

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 ROTEIRO RECONSTRUINDO O PARANÁ A09

IMAGEM CHAPÉU PENSADOR LATERAL IMAGEM CHAPÉU PENSADOR GERAL TOTAL ENQUADRAMENTO DOMINGOS INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - DOMINGOS ENQUADRAMENTO DOMINGOS INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - DOMINGOS IMAGEM CHAPÉU PENSADOR INTERNA IMAGEM CHAPÉU PENSADOR AÉREA IMAGEM CHAPÉU PENSADOR ESTRUTURA ENQUADRAMENTO DOMINGOS INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - DOMINGOS ENQUADRAMENTO DOMINGOS INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - DOMINGOS EQUADRAMENTO DOMINGOS INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - DOMINGOS ENQUADRAMENTO DOMINGOS ENQUADRAMENTO JAIME

D.I. O PARQUE BARIGUI TINHA SIDO D.F. UM PAVILHÃO D.I. MUITO DIFÍCIL D.F. ECOLOGICAMENTE D.I. CONSTRUÍDO PARA QUE D.F. O JAIME D.I. PARA UM LOCAL DE TRABALHO D.F. PESSOAS MAIS IMPORTANTES D.I. FUGIU UM POUCO DA QUESTÃO D.F. DA PREFEITURA D.I. TRABALHAVA JUNTO COM ELE D.F. OS ARQUITETOS D.I. DIRETAMENTE COM ELE, E QUANDO ELE FOI... D.F. ESPAÇO NO BOSQUE DA COPEL D.I. QUE JÁ EXISTIA ALI UM D.F. PRA FAZER UM PROJETO D.I. UMA RÉPLICA D.F. TINHA NA PREFEITURA D.I. E AI FOI FEITO, A JUSTIFICATIVA D.F. UM ESPAÇO PARA D.I. O USO DA COPEL D.F. DE PESQUISAS DA COPEL D.I. QUE FOI OCUPADO D.F. POR ELE COMO D.I. UM GABINETE D.F. VAMOS DIZER ASSIM D.I. HOJE D.F. UMA SECRETARIA DE ESTADO D.I. MUITOS PROJETOS IMPORTANTES D.F. NASCERAM ALI

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 ROTEIRO RECONSTRUINDO O PARANÁ A10

INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - JAIME ENQUADRAMENTO JAIME INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - JAIME ENQUADRAMENTO JAIME SOBE SOM INSERÇÃO BOX 8 – CHAPÉU PENSADOR VINETA “SEDE DA POLICIA FEDERAL EM BRASÍLIA” DESCE SOM ENQUADRAMENTO DOMINGOS IMAGEM SEDE PF CONSTRUÇÃO IMAGEM SEDE PF MAQUETE IMAGEM SEDE PG GERAL IMAGEM SEDE PF PERTO ENQUADRAMENTO DOMINGOS SOBE SOM INSERÇÃO BOX 9 – SEDE PF INSERÇÃO BOX 10 – SEDE PF

VINHETA “BOSQUE GUTIERREZ”

D.I. E NAQUELE CHAPÉU D.F. ACONTECERAM HISTÓRIAS D.I. INCRÍVEIS, NÉ D.F. NO MEIO DA REUNIÃO D.I. POUSOU UM COLIBRI D.F. EM CIMA DA MESA D.I. AI QUEM É QUE PODIA D.F. SOBRE OS PARQUES DE CURITIBA “CONSTRUÍDO EM 1994, NÃO É ABERTO À VISITAÇÃO”. D.I. EM 1967, DOIS ANOS DEPOIS D.F. DE FORMATO D.I. QUE É O PROJETO DE D.F. ERA EU, O JEIME LERNER E D.I. O ARQUITETO MARCOS PRATES D.F. FOI ESCOLHIDO PARA SER CONSTRUÍDO “FOI INAUGURADO EM 1967. HAVIAM CONDIÇÕES ESPECÍFICAS JÁ ESTABELECIDAS, COMO ALTURA, LARGURA E COMRIMENTO”. “A DIVISÃO EM DOIS BLOCOS FOI UM DIFERENCIAL, O QUE LEVOU O PROJETO A GANHAR EM 1º LUGAR”. D.I. GUTIERREZ, ELE FOI D.F. TAMBÉM UM PROJETO

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 ROTEIRO RECONSTRUINDO O PARANÁ A11

INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - DOMINGOS IMAGEM BOSQUE GUTIERREZ LONGE IMAGEM BOSQUE GUTIERREZ FRENTE IMAGEM BOSQUE GUTIERREZ ESCADA IMAGEM BOSQUE GUTIERREZ ARVORE IMAGEM BOSQUE GUTIERREZ GERAL SOBE SOM INSERÇÃO BOX 11 - GUTIERREZ INSERÇÃO BOX 12 – GUTIERREZ VINHETA “POSTES DE EUCALIPTO” DESCE SOM ENQUADRAMENTO DOMINGOS INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - DOMINGOS ENQUADRAMENTO DOMINGOS IMAGEM POSTES DE EUCALIPTO 1 IMAGEM POSTES DE EUCALIPTO 2 IMAGENS TRONCOS EUCALIPTO INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - DOMINGOS ENQUADRAMENTO DOMINGOS ENQUADRAMENTO MÔNICA IMAGEM UNILIVRE CONSTRUÇÃO IMAGEM UNILIVRE TRONCOS IMAGEM UNILIVRE FASE INICIAL IMAGEM UNILIVRE INICIAL LONGE

ENQUADRAMENTO MÔNICA

D.I. QUE EU GOSTO MUITO D.F. PRIMEIROS QUE EU FIZ COM D.I. TRONCOS DE EUCALIPTO D.F. E ELE ESTÁ UM POUCO ABANDONADO “POSSUI UMA ÁREA DE 35.586M²”. “NO PROJETO FORAM UTILIZADOS BANCOS, ESCADARIAS E FONTES”. D.I. SE COMEÇOU A USAR POSTES D.F. COPEL COMEÇOU A DESATIVAR “A ELETRIFICAÇÃO RURAL” D.I. SUBSTITUINDO POSTES DE EUCALIPTO D.F. OU COMPRADOS PELA PREFEITURA D.I. TENHO CERTEZA E OS D.F. ARQUITETOS DA PREFEITURA D.I. COMEÇARAM ENTÃO D.F. COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO D.I. O MEU PROJETO PREFERIDO D.F. APRECIO TAMBÉM A UNILIVRE D.I. A ESTRUTURA TODA DE EUCALIPTO D.F. FOI CONSTRUÍDA EM 92 D.I. EU ACHO Q EU O CHAPÉU D.F. 1º PROJETOS BRASILEIROS

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 ROTEIRO RECONSTRUINDO O PARANÁ A12

IMAGEM UNILIVRE INICIAL CIMA IMAGEM UNILIVRE REMONTADA IMAGEM UNILIVRE GUARDASSOL IMAGEM UNILIVRE DE BAIXO ENQUADRAMENTO MÔNICA IMAGEM UNILIVRE BEM DE BAIXO IMAGEM UNILIVRE AÉREA IMAGEM UNILIVRE ESTRUTURA LADO ENQUADRAMENTO JAIME INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - JAIME ENQUADRAMENTO JAIME INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - JAIME ENQUADRAMENTO JAIME SOBE SOM VINHETA “MUDANÇAS NA ARQUITETURA” DESCE SOM ENQUADRAMENTO DOMINGOS INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - DOMINGOS ENQUADRAMENTO DOMINGOS IMAGEM DOMINGOS PC MUSEU IMAGEM DOMINGOS TINTEIRO ENQUADRAMENTO DOMINGOS INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B - DOMINGOS

D.I. DA ESTRUTURA DE EUCALIPTO D.F. ENTÃO, FOI UMA PROPOSTA D.I. BASTANTE INTERESSANTE, PORQUE D.F. TAMBÉM DESATIVADA D.I. TAMBÉM COMO A ÓPERA D.F. ERA O TRONCO DE EUCALIPTO D.I. A MELHOR DE TODAS D.F. É A UNILIVRE D.I. ALI REALMENTE, TAMBÉM FOI D.F. OBRA REALIZADA COM POUCO D.I. TEMPO, 3 MESES D.F. 2 A 3 MESES D.I. E O DOMINGOS FEZ D.F. UM PROJETO MAGNÍFICO D.I. TÃO BONITO QUE EU ME LEMBRO D.F. UMA PALAVRA: “SUPERB” D.I. MUDOU MUITO A MANEIRA D.F. UM PROCESSO MAIS TÉCNICO D.I. QUE VOCÊ DEVIA D.F. MUITO PRECISAS D.I. VOCÊ NÃO TINHA, ERA QUASE D.F. A PARTIR DE 1965, 70 D.I. NOVAS IDEIAS SURGIRAM D.F. E VEIO OUTROS PROCESSOS

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 ROTEIRO RECONSTRUINDO O PARANÁ A13

ENQUADRAMENTO DOMINGOS IMAGEM DOMINGOS PC MUSEU 2 IMAGEM DESENHO DOMINGOS IMAGEM DOMINGOS SALTO SEGREDO ENQUADRAMENTO DOMINGOS INSERÇÃO IMAGEM CLOSE P&B – DOMINGOS ENQUADRAMENTO MÔNICA ENQUADRAMENTO JAIME ENQUADRAMENTO MÔNICA SOBE SOM IMAGEM UNILIVRE MOVIMENTO IMAGEM CISNE NEGRO IMAGEM PEIXES IMAGEM ÓPERA GERAL MOVIMENTO ENCERRAMENTO – LOUIZE FISCHER FICHA TÉCNICA VINHETA “RECONSTRUINDO O PARANÁ”

D.I. QUE DE CERTA FORMA D.F. LIBERDADE AO ARQUITETO D.I. NÃO SE INCOMODAVAM TANTO D.F. A BUSCAR REFERÊNCIAS HISTÓRICAS D.I. O DOMINGOS ME LEMBRA D.F. DA ARQUITETURA QUE ERA A PRANCHETA D.I. MUITOS ARQUITETOS FAMOSOS D.F. DO ESPAÇO PÚBLICO É BOA D.I. ENTÃO, EU ACREDITO QUE NÃO SÓ A ÓPERA D.F. TIVER UTILIZAÇÃO PARA A SOCIEDADE

D.I. ESPERO QUE TENHAM GOSTADO D.F. ATÉ LÁ!

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ANENO B - IMAGENS

Figura 1 - Homem Vitruviano - Leonardo Da Vinci

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Figura 2 - San Carlo Alle Quattro Fontane – Roma (vista interna)

Figura 3 - San Carlo Alle Quattro Fontane - Roma (vista externa)

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Figura 4 - Salão dos Espelhos - Munique (estilo rococó)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Figura 5 - La Madeleine – Paris (vista interna)

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Figura 6 - La Madeleine - Paris (vista externa)

Figura 7 - Palácio de Cristal

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  Figura 8 - Bosque João Paulo II

 

Figura 9 - Palácio Hyogo

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Figura 10 - Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário  

 

Figura 11 - Colégio dos Jesuítas

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Figura 12 - Castelo do Batel

  Figura 13 - Paço da Liberdade

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  Figura 14 - Palácio Iguaçu

  Figura 15 - Ópera de Arame

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  Figura 16 - Espaço das Américas (Foz do Iguaçu)

  Figura 17 - Passeio Público

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  Figura 18 - Teatro Guaíra

  Figura 19 - Jardim Botânico

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  Figura 20 - Universidade Livre do Meio Ambiente (Unilivre)

  Figura 21 - Estádio Willie Davis (Maringá)

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  Figura 22 - Bosque Gutierrez  

  Figura 23 - Torre Telepar

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  Figura 24 - Praça 29 de Março (Curitiba)