falando de axé - setembro de 2011 - 4ª edição

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A Revista Virtual que fala de tudo o que você gostaria de saber sobre Umbanda, Candomblé e Cultos Africanos. Sobre a Cultura e a Religiosidade Negra em geral...

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Falando de AxTUDO SOBRE UMBANDA, CANDOMBL E CULTOS AFRICANOS CULTURA E RELIGIOSIDADE NEGRA. ANO 1 Edio 04RS DO MS: bej A Divinizao dos Gmeos em terras Iorubs SANTO DO MS: So Cosme e So Damio Os Santos Gmeos ERS A Alegria que contagia a Umbanda FALANDO DE AX com Bb Olj ps (Rasaki Slm Slwu)

Setembro de 2011

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EDITORIALDepois de nossa ultima edio, o Especial sobre ymi, c estamos ns de novo, com mais uma edio, repleta de novidades e mais uma vez trabalhando em prol da divulgao cultural e religiosa afro e afro-brasileira. Nesta edio falaremos de bej, de So Cosme e So Damio, nossos alegres Ers e muito mais, esperamos estar indo de agrado aos nossos leitores e ficamos ns, no aguardo de sugestes. Nosso intuito publicar o que vocs leitores desejam ler, por isso entrem em contato conosco e dem sua sugestes. Pedimos desculpas por alguma coisa. At breve e uma tima Leitura... Wre fn o (Boa sorte para voc)!!!

No mundo, sempre existiro pessoas que vo te amar pelo que voc e outras, que vo te odiar pelo mesmo motivo, por isso, seja sempre voc mesmo!!!

Hrick Lechinski - O Editor

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Edies Anteriores

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b Oldmar Eld mi - Saudaes a Oldmar, O meu Criador. Il gr b - Terra, cujo poder se espalha por todo o Universo, Saudaes. Mo jb s Algbra Irnmal - Eu respeitosamente sado s, o Poderoso Venervel. b gbogbo - Saudaes a Todos!!!

NDICEbej A Divinizao dos Gmeos em terras Iorubs Pg. 04 Santo do Ms: So Cosme e So Damio Os Santos Gmeos Pg. 08 Ers A Alegria que contagia a Umbanda Pg. 11 Folha do Ms: dndn O Pai que espalha calma sobre a Terra Pg. 15 A msica Africana e sua influncia Pg. 17 Entrevista do Ms: Falando de Ax com o Bb Olj ps Pg. 19 Personalidades Negras: Wangari Maathai Pg. 22 Histria da Capoeira won Od Os signos de If Pg. 24 Pg. 27

Livro do Ms: Exu e a ordem do Universo Pg. 293

bej A Divinizao dos Gmeos em terras Iorubs

bej (Ibed), termo que em yorb (dialeto africano falado na Nigria) literalmente quer dizer Nascimento Duplo, como so chamados os gmeos em terras iorub (Nigria). Grande confuso existe em relao a este tema no Brasil. E com a ajuda do sincretismo religioso afro-catlico, mais confuso se tornou... O que so bej? Quem so os bej? Divindade protetora das crianas? Divindade protetora dos Gmeos? bej e Er (espritos infantis cultuados na Umbanda) so as mesmas coisas? Essas e inmeras outras perguntas so feitas pelos adeptos de religies africanas, como o sn Yorb ou religies afro-brasileiras, como o Candombl e o Batuque, ou at mesmo dentro da Umbanda, por adeptos que ainda no conhecem com mais profundidade este culto. Comeamos dizendo que, bej no um rs (divindade primordial), no so os espritos (Ers) infantis que incorporam e so cultuados na Umbanda, muito menos o estado de transe infantil, pelo qual passam alguns adeptos do Candombl. No so santos... bej a Divinizao dos Gmeos em terras iorubs. No um orix (divindade) que entra em transe, no possui filhos (omors) e nem raspado na cabea de ningum, ou seja, no h Igbr (iniciao) em bej. bej so seres espirituais que vivem em uma sociedade espiritual no Cu e tambm em alguns bosques na Terra. Nos primrdios da Terra, tambm se reuniam em sociedades, assim como as ymi Eley (feiticeiras), os Abk (espritos natimortos) e outras sociedades nigerianas... 4

Acredita-se que a origem do Culto a bej, seja skn, cidade que hoje est agrupada a cidade de y Estado de y na Nigria. Foi nessa cidade, que bej veio a Terra (iy) pela primeira vez, uns dizem que foi atravs da mulher de um fazendeiro pobre de skn, outros dizem que foi atravs da mulher de um Rei de skn. O Iorubs acreditam que cada pessoa que nasce na Terra, deixa um duplo no Cu Enikj, que fica na espera daquele que veio a Terra voltar. E por este motivo, que por muito tempo acreditaram que o nascimento de gmeos no era algo bom, j que, os dois (a pessoa e o duplo) vinham do Cu para a Terra. Era algo negativo, desequilibrado, etc. E por esse motivo, os gmeos passaram a serem sacrificados, inicialmente os dois, depois apenas um, com a crena de que mandariam

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de volta para o run (Cu) assim nasce o CULTO A aquele que veio pra iy BEJ/EJRE (Gmeos), em (Terra), mas deveria ter fica- terras iorubs. do por l. Acreditando que uma Conta um tn pessoa que nasce duplamen(Histria Sagrada do Corpo te, dona de grande fora Oral de If), que na poca ax, os bej passaram a ser em que os bej (gmeos) e- considerados pelos iorubas ram sacrificados, em skn, como DIVINDADES VIum casal d a luz a gmeos VAS, que merecem todo cul(bej), mas por amarem to e respeito. muito suas crianas e no desejarem sacrific-las, busMas deixamos claro cam ento If (orculo sa- que, bej no uma divingrado), para darem um me- dade que re-encarna, ou seja, lhor caminho aos seus filhos, que teve (tem) passagens na que no a morte, o sacrifcio. Terra como Obtl, sun, O Sbio rnml, Divinda- Sng, s, etc. E sim, espde que a Testemunha de ritos que habitam em dois todos os Destinos, declara corpos e se completam, posque as crianas no deveri- suindo pleno equilbrio. Emam ser sacrificadas, nem elas bora, h pessoas que acredie mais nem um outro bej tam que so dois espritos que viesse a nascer no Mun- que vivem juntos no cu do, declarando ento, que o (run) e vem para a terra duplo nascimento, ou seja, o (iy), outros, acreditam nascimento de gmeos, no que a vinda da pessoa e de deveria ser um motivo de seu enikj (seu duplo) para tristeza e de m sorte, pelo a Terra. contrrio, deveria ser um orgulho, uma honra e uma eMas o importante norme alegria para os pais mesmo a famlia que ados gmeos e para seus fa- benoada com o nascimento miliares, pois, significava a de gmeos buscarem a mavinda de seres de muita sor- neira correta de cultu-los, te, bom ax Ejre (Duas alegrias, alegria dupla) para o mbito familiar. E determinou que os pais dos gmeos devessem festejar o nascimento deles por toda a cidade, trat-los muito bem, com muito amor, carinho e mimos e toda pessoa que cruzasse com os bej (gmeos) deveriam presentear-lhes. E

para que possam receber todas as ddivas costume ioruba, quando no decorque esses espritos so capazes de propor- rer da Vida um dos gmeos vem a falecer cionar a famlia que escolhem nascer. vai ao mercado, o gmeo sobrevivente e at mesmo a famlia deste, continuar cultuando-o atravs de uma estatueta re bej, dando parte do que recebe ao mesmo.

No Brasil, nas casas de Candombl, bej passou a ser considerado uma Divindade, assim como as outras, filho de Sng com Oya, outras vezes filho de Sng com sun. Tendo seu sincretismo afro-catlico (por necessidade, na poca da escravatura) com os Santos Cosme e Damio e tambm passou a ser sincretizado com o Nkisi Wunje (Divindade bem distinta dos Gmeos). Na Umbanda, bej passou a ser sinnimo de Er (esprito infantil, ou que assume essa forma). No Batuque tornou-se uma qualidade de Sng = Xang Ibeje. At pessoas iniciadas (raspadas, feitas) de bej podemos encontrar no Brasil, mesmo respeitando as tradies de cada casa, digo que isso algo errado, j que, o Culto a bej no tem Igbr Iniciaes. O culto a bej realizado atravs de pactos (imul) com s (dw) e com a Egb run bej (a Comunidade Espiritual dos Gmeos), montamos Ojbo (altar) aos mesmos, com representaes feitas atravs de estatuetas de madeira e outros smbolos.

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Os iorubas tambm possuem o hbito de dar nomes especficos aos gmeos, por exemplo: - Tw para o primeiro dos gmeos a nascer, que literalmente quer dizer Vai experimentar a Vida, considerado o esprito mais novo, que chega primeiro a Terra, para abrir caminho para seu irmo mais velho, que nasce como o caula dos gmeos. Tw saudado com a expresso Ty Ll Ejre. - Khnd para o segundo dos gmeos ao nascer, que literalmente quer dizer O ultimo a chegar, considerado o esprito mais velho. Ter filhos gmeos algo to maravilhoso para os iorubas, que eles utilizam-se da expresso Ejre kn, referindo-se que a beleza de possuir gmeos to qual a de um Pavo (kn) Mas no podemos falar de bej sem falar de dw, o to conhecido DOUM, que muitos vem entre So Cosme e So Damio, mas nem sabe quem . dw como os iorubas chamam a criana que nasce logo aps os gmeos (bej), que literalmente quer dizer Aquele que equilibra os gmeos, dw nada mais do que um aspecto de s, que cultuado para que as bnos de bej recaiam sobre aquela famlia. No tem como cultuar bej, sem cultuar dw (s). Na poca da escravatura no Brasil, com o sincretismo afro-catlico, os nigerianos escravos que cultuavam bej, cultuavam tambm dw, como o passar do tempo, surgiu ento Doum (dw) e ficou So Cosme, So Damio e Doum, podemos ver claramente, que Doum menor que Cosme e Damio, ou seja, representa a criana que nasce aps os gmeos. Sabemos tambm que, a Igreja Catlica e a Histria no conhece Doum e assim podemos ter total certeza que Doum o Sincretismo Catlico de dw. O mesmo no e nunca foi irmo de Cosme e Damio. E para finalizar esta matria, falarei um pouco sobre os Edun Orkun (Colobo polykomos), o Colobo Real, macacos africanos de pelagem preta com detalhes brancos, animais associados aos bej, j que, foram os primeiros animais a gerar gmeos (bej). Seres completamente admirveis, pelo hbito que possuem de ao amanhecer ficarem em silncio na copa das rvores em oraes. So considerados mensageiros dos Deuses e escutados por Eles. A fmea Colobo, ao parir afasta-se do bando, retornando no dia seguinte com sua cria. Cria esta, considerada re-encarnao de espritos bej que ficam vagando pelas florestas. So animais sagrados dentro do Culto bej. Caros leitores, espero ter contribudo com algo para o entendimento de vocs sobre o Culto a bej. Gostaria de aproveitar e render minhas homenagens ao bej Tw Alysol, Omors (filho de santo) da Grande ylrs Beata de Ymoja, um grande divulgador do culto a bej e uma das pessoas que posso considerar como fonte deste artigo. Wre fn wa Boa Sorte para ns.

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Por Hrick Lechinski (Ejtol Tsmr)

SANTO DO MS So Cosme e So Damio Os Santos Gmeos

Nigeriana). Pelo ano 303 d.C. na cidade de Egia, na Arbia, nasceram os gmeos Cosme e Damio, filhos de nobres rabes; Dona Teodata, mulher piedosa e de grandes virtudes, transmite aos filhos os vivos sentimentos de f, esperana e caridade. O nome Cosme vem de Cosmos no grego: Puro, e Damio Damianus: Mo do Senhor segundo a tradio. Nossos gmeos foram educados e instrudos pelos grandes mestres da Sria e l especializaram-se nas cincias e na medicina. Os ensinamentos cristos de sua Me, aliados a arte de curar e de aliviar os sofrimentos alheios, fizeram de nossos jovens mdicos, um testemunho de amor e dedicao aos irmos. Os gmeos mdicos eram muito requisitados pelas pessoas, que neles encontravam um sopro de esperana e um alento nos sofrimentos. Cosme e Damio no perdiam a oportunidade de falar de Jesus Cristo, o Mdico dos Mdicos, e de seu evangelho, assim aliavam a cura do corpo e da alma.

A admirao das pessoas crescia ainda mais, vendo que os mdicos Cristos, no aceitavam a mnima gratificao, eram outras No ms de Setembro comemoramos os as riquezas que atraiam: Almas para Deus. Santos Catlicos - So Cosme e So Damio. Dia 26 de setembro da Igreja Catlica, dia 27 de I n co n t ve i s c o n ve r s e s foram setembro nos Templos de Religies Afro- testemunhadas, graas ao empenho e a brasileiras (Candombl e Batuque) e dedicao de Cosme e Damio. As curas Umbandistas e no dia 1 de novembro das aconteciam de vrias formas sendo at mesmo Igrejas Crists Ortodoxas. de formas extraordinrias, era o poder de Jesus Protetores dos Mdicos e sendo manifestado atravs de seus servos Farmacuticos, Santos Gmeos que so fiis. sincretizados dentro das religies afrobrasileiras com os rs bej (a Divinizao dos Gmeos). E na Umbanda (Religio Brasileira com grande influncia Afro) so cultuados a atravs da Legio de So Cosme e So Damio, uma das sete legies da Linha de Oxal, composta por espritos infantis ou que assumem essa forma espiritual. Ao contrrio do que muitos pensam, no so Santos Crianas e sim, protetores das crianas e tambm no possuem nenhuma 8 ligao com Doum (dw, de origem iorub,

Durante muitos anos viveram os mdicos como missionrios na Cilcia. O empenho e a fama dos dois chamaram a ateno de autoridades, e uma das primeiras medidas do governador Lgias, quando chegou a Cilcia, foi ordenar a priso dos gmeos, que lhe foram indicados como inimigos das divindades cultuadas na poca. O ento governador Lgias dizia cumprir ordens do imperador Diocleciano que nutria um dio mortal contra os Cristos. Citados perante o tribunal de Lgas, este os interpelou sobre o exerccio da profisso e sobre algumas denncias maldosas de prtica de feitiaria. Cosme e Damio estavam sendo acusados de exercer a medicina gratuitamente, e isto, estava causando incmodo a alguns mercenrios da medicina. Responderam as acusaes dizendo: - Curamos as doenas mais em nome do Senhor Jesus Cristo, do que pelo valor de nossos conhecimentos e cincia. Lgias respondeu furioso: - preciso que adoreis aos Deuses, sob pena de cruel tortura! Novamente responderam eles: - Teus deuses no tem poder nenhum; ns adoramos o criador do cu e da terra, e nele depositamos nossa confiana. Ento, eles foram submetidos aos cruis tormentos para faz-los negar a f e renegar a Jesus Cristo. Vendo o governador que nada os fazia mudar de idia, ordenou que fossem decapitados, e assim martirizados os mdicos da gratuidade, os gmeos da bondade e da caridade. Os corpos Cosme e Damio, foram carregados por uma centena de amigos, pacientes e admiradores que por eles nutriam grande respeito e venerao. Depois de algum tempo, os restos mortais foram levados para a Sria, numa cidade chamada Cyra, e l construram uma Igreja em homenagem aos dois. Em Constantinopla foi construda outra Igreja em honra aos mrtires, por determinao do Imperador Justiniano I, que por eles foi favorecido em grave doena. Parte das relquias de dos santos encontram-se em Roma e parte em Munique, no altar da Igreja de So Miguel. O culto aos dois irmos muito antigo, havendo registros sobre eles desde o sculo 5, que relatam a existncia, em certas igrejas, de um leo santo, que lhes levava o nome, que tinha o poder de curar doenas e dar filhos s mulheres estreis. Aqui no Brasil, a devoo trazida pelos portugueses misturou-se com o culto aos orixsgmos (Ibejis) da tradio africana iorub. So Cosme e So Damio, os santos mabaas ou gmeos, so to populares quanto Santo Antnio e So Joo. So amplamente festejados na Bahia e no Rio de Janeiro, onde sua festa ganha a rua e adentra aos barraces de candombl e terreiros de umbanda, no dia 27. No dia 27 as crianas saem s ruas para pedir doces e esmolas em nome dos santos e, as famlias aproveitam para fazer um grande almoo, servindo a comida tpica da data: o chamado caruru dos meninos. Mas deixamos claro que, mesmo com o famoso sincretismo afro-catlico existente no Brasil, So Cosme e So Damio so santos Catlicos cultuados em Igrejas Crists, Templos de Umbanda e em algumas Casas (Il se) de Candombl e bej, so os gmeos considerados divindades vivas dentro da tradio africana iorub, cultuados tambm em casas de Camdombl Ktu no Brasil.

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Texto readaptado por Hrick Lechinski (Ejtol Tsmr)

Orao a So Cosme e So DamioAmados So Cosme e So Damio, Em nome do Todo-Poderoso, Eu busco em vs a bno e o amor. Com a capacidade de renovar e regenerar, Com o poder de aniquilar qualquer efeito negativo, De causas decorrentes, Do passado e presente, Imploro pela perfeita reparao, Do meu corpo e Dos meus filhos (...............................................) nome dos filhos E de minha famlia.

Agora e sempre, Desejando que a luz dos santos gmeos, Esteja em meu corao! Vitalize meu lar, A cada dia, Trazendo-me paz, sade e tranqilidade. Amados So Cosme e Damio, Eu prometo que, Alcanando a graa, No os esquecerei jamais! Assim seja, Salve So Cosme e Damio, Amm! *Ao alcanar a graa, fazer um bolo ou oferecer uma festa s crianas de rua, orfanatos ou creches.

Por Mnica Buonfiglio10

Ers - A Alegria que contagia a Umbanda

Consoante ensinamento de guias e protetores, elevados na escala espiritual, a alma, ao desencarnar, conserva os traos caractersticos que possua na Terra. Alis,vo mais longe at. Afirmam que os espritos libertos do corpo fsico, podem, por sua vontade, materializarem-se segundo a forma desejada. Suponhamos que um casal haja tido um filho morto, digamos, com a idade de 10 anos. Ao se invocar o seu esprito, comparecer ele materializado ou incorporado no mdium, sob a forma de um menino, tal qual o era quando ele faleceu. Esta faculdade de apresentar-se e agir como criana, no quer dizer seja um esprito-criana. Pode ser, talvez, at mais velho que seus pais. Ele vem com aspecto ou forma infantil, porque lhe conveniente vir assim, pois, do contrrio, dificilmente seria reconhecido. A infncia do esprito um estado de desenvolvimento psquico, de cujo estgio raramente se recorda. O ente humano, ou melhor, sua condio de humanidade adquirida somente aps passar pelas formas mineral, vegetal e animal, nas quais vai-lhe desabrochando a conscincia individual, at ingressar na fase humana, j com certo entendimento e conhecimento de si mesmo. O cachorro, por exemplo, um dos animais que se encontram mais prximo do perodo humano. Eis que j possui princpios rudimentares de inteligncia e acentuado sentimento de humanidade: fiel, amoroso, fraterno, sentimental, chegando a chorar e a sentir a falta e a morte de seu dono, como se percebe desta passagem verdica: ...Contam os bigrafos de Mozart, que o compositor morreu sozinho com a esposa, que estava doente. Ao seu enterro no foi um s dos amigos. Chovia. Quatro gatos pingados seguram por desencargo de conscincia e ala do caixo. O seu co o acompanhou longe. Depois que os coveiros se afastaram, deitou-se sobre a sepultura e ali ficou sem comer, uivando e uivando, at que morreu. Dias depois, a viva de Mozart procurou a sepultura do marido e ningum soube informar onde era. 11

Havia um co morto sobre ela, disseram. Mas o co tinha sido atirado ao lixo, ou enterrado, ningum sabia. Desse modo, no se soube jamais onde havia sido enterrado o grande msico. Tudo porque, comentou um dos seus bigrafos, um co mostrou sensibilidade humana, quando cada amigo procedeu como um co... Mas, voltemos aos ers. Ora, como esprito toma a forma que deseja, deduz-se da, no ser er (criana) uma alma em desenvolvimento, uma criana espiritual no sentido restrito da palavra, mas um esprito evoludo, que se apresenta como tal nos terreiros, mantendo o psiquismo infantil e portando-se dessa maneira, porque gosta e essa situao ser-lhe agradvel e conforme o temperamento. Vindo nesse estado, naturalmente, conserva os mesmo gostos da criana: adora balas, doces, refrigerantes, brinquedos, moedas, flores, bonecas, carrinhos, que lhes satisfaam prazerosamente a condio prpria da personalidade temporariamente modelada. Como querem e gostam de brincar, quais crianas, devemos respeitar-lhes a vontade, tratando-os como tais. um estado passageiro. H crianas brancas, ndias, negras e orientais, de acordo com a inclinao de cada um. Quando vm aos terreiros, fazem traquinices, comem doces, chupam balas, bebem refrigerantes, lambuzam-se, rolam pelo cho, brincam com carrinhos ou bonecas, tratam os adultos de tios, pedindo-lhes moedas e brinquedos. Seus trabalhos todavia, so srios. Querem um exemplo? Pois a vai: Por ocasio das festas de Cosme e Damio, um casal foi a uma tenda de Umbanda, a convite, a fim de assistir s festividades em louvor aos ers. Durante a sesso, na qual as crianas brincavam, rolavam pelo cho e faziam traquinices, comendo doces e chupando balas, Joozinho, um dos ers, aproximou-se do marido e pediu: - Tio, me d bolinhas de gude. - No tenho - disse o homem eu no trouxe. - Ah tio, que pena! Lamentou a criana. - Espere confidenciou o marido se voc me solucionar um negcio complicado que no consigo resolver, trar-lhe-ei bastante bolinhas de vidro. Voc capaz de resolvlo? - T tio afianou o er eu vou resolver dentro de trs dias. Mas, o senhor promete que traz minhas bolinhas? - Oh! Sim, na outra festa que houver eu trago. Certo? - T, tio, beno! pediu a mo do homem e a beijou. Terminada a festa, o casal se retirou. No caminho, o marido comentou com a esposa: - Que achou da festa? Palhaada, no? - verdade concordou a mulher homens e mulheres j velhos, rolando pelo cho, lambuzando-se, chupando os dedos e bancando crianas... Onde j se viu isso! A festa foi esquecida e os ers tambm. Trs dias depois, o homem resolveu o negcio encrencado, que h muito lhe constitua problema. Resolvido o caso, comeou a prosperar na vida e nem se lembrava das festas de Come e Damio e a elas no mais voltou. 12

Certo dia, ao calar o sapato, sentiu uma dor aguda no calcanhar. Percebeu que no podia andar. Tirou o sapato, examinou-o e nada viu que o impedisse de andar ou pisar no solo. Calou outro par. A mesma dor. Experimentou outros, a mesma coisa. Comprou sapatos novos e macios, no podia cal-los. Admirado, chamou o mdico. Este examinou-lhe o p. Aperta aqui, aperta ali e nada constatou. - O senhor no tem nada.. S di quando cala os sapatos? - Sim explicou inclusive chinelos e somente no calcneo. - Esquisito. O p est bom. Mas, vamos tirar radiografias. Feitos os exames de raios x, nada se constatou de anormal. Mas a dor persistia. Fez outros exames, todos negativos. Ao calar o sapato a dor continuava. Consultou vrios especialistas e nada! Nenhuma causa patolgica foi encontrada. Passou a usar chinelos; contudo, a dor teimava em lhe no deixar andar. Gastou rios de dinheiro com mdicos e benzedeiras sem qualquer resultado. Despedido do emprego, que lhe dava boa remunerao, por impossibilidade de andar calado, no conseguiu outro, pois tinha de andar descalo. Assim caiu na pobreza total. Desanimado e abatido, jogou-se no monte humano dos inteis. Entretanto, por coincidncia ou capricho do destino, quis a sorte que fosse convidado por um amigo para assistir a festa de Cosme e Damio, na mesma tenda onde estivera h dois anos atrs. Como no tinha nada a fazer neste dia, foi. L chegando, p no cho, tristonho e desalento, ficou a um canto do terreiro at baixar a linha de criana. Em meio a algazarras e brincadeiras das entidades, ouviu uma voz infantil que lhe era dirigida, reclamando: - Tio! O senhor trouxe as minhas bolinhas? Olhou. Era o Joozinho, o mesmo da vez anterior, do qual no recordava. Sorriu: - No. Eu no trouxe. Mas... que bolinhas? - Ah tio, o senhor me prometeu! Lembra? O homem ficou pensativo, com os olhos fixos nos do menino, procurou lembrar. - Puxa, tio! Lamentou Joozinho, tristonho e magoado o senhor disse que se eu resolvesse aquele negcio, o tio me trazia bolinhas de gude... Lembra? E eu resolvi... 13

O sujeito acordou. Lembrou-se do fato. Desajeitadamente justificou: - Ah sim, agora me lembro. Mas esqueci de traz-las. - Esqueceu?! Mas, como?! zangou-se o menino e aborrecido acrescentou Puxa! E eu todo dia lembrava o tio, colocando uma bolinha de vidro no sapato que o senhor calava...

Fonte: Livro Conhea a Umbanda De: J. Edson Orphanake

Papai me mande um balo, com todas as crianas que tm l no cu. Papai me mande um balo, com todas as crianas que tm l no cu. Tem doce Papai, tem doce papai, tem doce l no Jardim...*Ponto Cantado de Ers na Umbanda e algumas das fotos, so pinturas de Donal Zolan.14

FOLHA DO MS

dndn O Pai que espalha calma sobre a TerraNome Yorb: dndn, Elt. Nome Popular: Folha da costa, saio, folha grossa, paratudo, erva grossa. Nome Cientfico: Kalanchoe brasilienses. dndn uma folha de origem brasileira, encontrada praticamente em todo o territrio nacional. Mas hoje, tambm j encontramos dndn (Folha da costa) em diversas reas tropicais de outros continentes. Muito confundida com bmod (Folha da fortuna), o dndn uma folha (ew) r (de apaziguamento), feminina, ligada ao elemento gua e a todas as divindades da Criao rs funfun. utilizada tanto no Brasil, quanto na frica (Nigria), onde conhecida pelo nome yorb de Elt, em iniciaes (Igbr) e em medicinas (Ogn). No Brasil, nas Casas de Candombl da Nao Ktu, a mesma uma das principais folhas utilizadas no gbo (composio de elementos vegetais, animais e minerais, utilizado para a sacralizao do corpo do iniciado e seus pertences ritualsticos). tambm utilizada em oferendas Obtl ( sl ) e no sacrifcio de animais como o Pombo (Eyel), a Galinha de angola (Et) e o Caramujo (gbn). Utiliza-se tambm o dndn, junto a outras ervas, para lavar as vistas e os bzios (Ow eyo), dos sacerdotes que utilizam-se do orculo Mrndnlgn15

If (Jogo de Bzios).

Na Nigria, o dndn uma das folhas que compe um omir utilizado pelos Bblawo e Iniciados em If (Awo f) para lavarem suas vistas antes de abrirem Igbd (a Cabaa da Deusa d), para que assim possam cultuar a mesma, sem maiores danos para suas vistas e vidas. Tambm utilizada juntamente a outras folhas, em um gbo especfico para serem lavados os smbolos ritualsticos de Obtl e sua esposa Ymow, aps os sacrifcios. Na Medicina e na Fitoterapia, o Saio (dndn) utilizado no combate a doenas pulmonares, porm, seu consumo excessivo gera pleurisia (inflamao das pleuras pulmonares - Empiema). O saio cicatrizante, alivia a dor e ajuda a desinchar reas magoadas, machucadas. Aquecida em azeite de oliva, ajuda furnculos virem a furo. Seu sumo quando ingerido, ajuda no combate a lceras e distrbios estomacais. dndn uma folha que acalma, apazigua, traz sade, paz e vida longa lfaaaaaa. Assim como diz uma de suas cantigas:

dndn Bb Trl dndn Bb Trl Bb Trl Imal Trl dndn Bb Trl dndn, Pai, espalhe a calma sobre a terra. dndn, Pai, espalhe a calma sobre a terra. Pai espalhe a calma sobre a terra. Divindade espalhe a calma sobre a terra. dndn, Pai, espalhe a calma sobre a terra.

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Por Hrick Lechinski (Ejtol Tsmr)

A Msica Africana e sua InflunciaA msica africana exerceu grande influncia sobre outras manifestaes musicais no mundo. Toda a gente conhece os espirituais negros, cantados pelos escravos africanos levados para a Amrica. E s s e s c nt i c o s manifestavam a realidade quotidiana que eles viviam e era uma habilidade para a s s e g u r a r e m a sobrevivncia cultural. Constitua uma fonte de conselhos e de valores comportamentais; uma afirmao da prpria identidade tnica e cultural para quem vivia uma profunda tenso entre a esperana e a resignao, entre a alegria e a dor. A idia-base dos espirituais

que a escravido uma the blues, que significa afronta a Deus, a negao estar dominado pela da Sua vontade. melancolia, pelo desespero. Foram Tambm os calls c o n h e c i d o s como a (chamamentos) e os cries msica do Diabo, porque (gritos) do Sul dos Estados os cantores manifestavam o Unidos so uma herana seu mal-estar, atribuindo-o africana. H canes de ao Diabo ou m sorte. O protesto, de crtica social, cantor fala sempre daquilo outras que recordam que no tem e nunca vir a episdios da v i d a ter. No se nota neles uma quotidiana e f e i t o s atitude de revolta nem de histricos. H cantigas desafio. O autor lamenta-se tristes e alegres, amargas e e procura unicamente sofrer plenas de humor. Todas o menos possvel. elas se encontram relacionadas com o ritmo do Tambm o jazz um trabalho. Os calls que tipo de msica que contm ressoavam nas plantaes uma saudade da frica. No de algodo e de cana-de- msica africana, mas no acar, nos portos e nos existiria sem a frica. locais de labor serviam para resultado do encontro entre comunicar mensagens ou o branco e o negro no manifestar uma emoo. Sul dos Estados Unidos. No incio, foi criado por Os blues eram os msicos negros e era cnticos dos Negros do c ons i de ra do c om o a Norte estadunidense. Para expresso de uma minoria. os Brancos, os escravos Este gnero de msica negros eram apenas um c a r a c t e r i z a - s e pela nadinha, superiores aos improvisao e ritmo animais. Nos cnticos deles sincopado. uma derivao descobre-se a influncia dos espirituais e dos blues. das canes do Sul. Os Hoje, o jazz inspira muito da blues, cnticos trgicos da msica moderna. dor humana, provavelmente retiraram o nome da expresso inglesa to have

A msica africana exerceu grande influncia sobre outras manifestaes musicais no mundo.

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O famigerado banjo a verso norte-americana de um tradicional instrumento africano de trs cordas chamado akonting (ou ekonting, como conhecido no Senegal). um instrumento tradicional do povo jola (ou diola, de acordo com a grafia em francs), utilizado pelos griots (classe de msicos itinerantes do Norte da frica, algo semelhante ao trovador europeu), e de acordo com a tradio oral do mesmo povo, o instrumento teria surgido na vila de Kanjanka, onde hoje a regio de Casamana, no Sul do Senegal. Alis, o nome dado afinao mais comum do instrumento relembra tal tradio, pois recebe o nome de kan (como chamado o som da corda de acompanhamento), jan (o som da segunda corda) e ka (o da terceira), ao invs do convencional rs o l - f , n a t r a d i o o c i d e n t a l . A partir de Casamana, o instrumento tornou-se parte da tradio musical da Guin-Bissau e tambm da Gmbia (mesmo porque os Jola esto distribudos entre os trs pases, como convm arbitrria e exploratria partilha da frica feita pelos colonizadores europeus no final do sculo XIX). bem semelhante ao banjo moderno, s que de dimenses maiores. O corpo feito de uma grande cabaa recoberta com pele animal, sendo que o brao do instrumento consiste de uma larga vara que atravessa a cabaa. Possui trs cordas, como j foi dito, dando uma o acompanhamento (assim como no banjo comum, de cinco cordas) e as outras duas, a melodia. Onde est a ligao com o banjo? s observar o formato do instrumento, o modo como construdo, a tcnica usada para toc-lo (a tcnica designada oteck assemelha-se bastante mais antiga forma de se tocar banjo), o sistema de cordas de acompanhamento e coisas do gnero. A ligao com a lusofonia? Casamana fez parte da Guin-Bissau at 1886, quando foi incorporada no Senegal francs. At hoje, a influncia portuguesa grande na rea, havendo muitos Cmaras, Oliveiras, (o Kamarr e o Oliverr, ambos jogadores da seleo francesa, so n a t u r a i s d e l ) . H ainda o dialeto crioulo, o mesmo da Guin-Bissau, que l tambm se usa como lngua franca, alm de tradies europias e da religio catlica, bem como nomes de localidades (Ziguinchor, a capital de Casamana e maior cidade, alegadamente deve o seu nome expresso em portugus cheguei e choram, fazendo referncia aos africanos temerosos de estarem presenciando a sua vez de serem atirados para os t e m v e i s n a v i o s n e g r e i r o s p o r t u g u e s e s . Em acrscimo, o akonting deu origem a instrumentos similares em toda a regio da populao jola (na Guin-Bissau e na Gmbia, onde boa parte da populao fala crioulo); h o buchundu, instrumento do povo manjaco (Guin-Bissau e Gmbia), o busunde (do povo papel, da Guin-Bissau), e ainda o kisinta, dos Balantas, tambm da GuinBissau. Na verdade, todos estes instrumentos so creditados como ancestrais do banjo, aparecendo o akonting como o instrumento que mais se assemelha aos primeiros banjos norte-americanos, sendo por isso uma espcie de elo perdido na histria musical dos Estados Unidos. Apesar de o banjo ter surgido na parte norte da frica Ocidental, certo que os colonizadores portugueses, semelhana dos donos de escravos norteamericanos, comearam a apelidar o instrumento de banjo, designao proveniente da palavra mbanza, que em quimbundo (a lngua do segundo maior grupo tnico de Angola) significa lar, cidade, como provvel referncia ao banzo que os escravos negros deviam sentir ao apoiar os seus lamentos nas cordas do instrumento18

Texto de Maria Bijias e Foto por Vikki Gregory's Flickr

ENTREVISTA DO MS

Falando de Ax com Bb Olj ps (Rasaki Slm Slwu)Bb Rasaki Africano, de origem Egb, nasceu em Abkta, Estado de gn-Nigria. Filho espiritual da Saudosa y Obmonure sb. Sacerdote de rs, principalmente das Divindades gn, Egngn, sayn e gbni. Residindo no Brasil j alguns anos, mais precisamente em So Paulo, Capital. Sacerdote principal do Templo de Culto a rs Il se ps Olj - So Paulo-SP. Falando de Ax Com alguns anos j no Brasil, o que o senhor acha da forma como os Orixs so cultuados aqui no Brasil? Bb Rasaki Eu tenho certeza, maravilhoso, brasileiro ama orix e acredita muito em orix, assim como ns Nigerianos. Pessoas que no respeitam os rs e a Religio existe em todos os lugares, mas tambm existem muitos brasileiros que levam a srio, que respeitam e no brincam com o Culto! Todo mundo tem seu conhecimento, ningum sabe tudo, quem sabe tudo rs e Deus, por isso, cada pessoa deve ser respeitada pelo aprendizado que possui e o h muitos brasileiros que conhecem muito de rs! Falando de Ax Qual seu sonho dentro da religio? Bb Rasaki Meu sonho bom, maravilhoso! transmitir o conhecimento que possuo dentro de minha tradio (Abkta gn State), para aqueles que desejarem aprender um pouco mais, contribuindo assim para que os Orixs sejam cada vez mais e melhor cultuados!

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Falando de Ax Sabemos que o senhor de gn, o que essa maravilhosa Divindade representa em sua vida? Bb Rasaki Eu acredito muito em gn, ele me ajudou muito em minha vida, me d caminhos, me proporciona novas buscas de crescimento! Falando de Ax O que o Senhor pode nos falar de gn? Bb Rasaki gn abre os caminhos, gn bom, mas como todos os orixs, gn melindroso e no gosta de ser enganado, tanto que na minha terra quando juramos, juramos por gn, com uma faca na boca, e se a pessoa mentir poder ter srios problemas! Falando de Ax Bb, Egngn uma das Divindades (Ancestrais) mais mal interpretada pelos brasileiros, o senhor como Olj (Sacerdote de Egngn), poderia nos falar um pouco sobre esta Divindade? Por exemplo, Egngn pode abraar as pessoas? Bb Rasaki Pode abraar sim. Egngn um orix, como os demais, o tratamento diferenciado, como cada orix tem seu tratamento. E no momento do abrao pode pedir tudo o que quiser, e Egngn dar, pode pedir filhos, sade e vida longa! Talvez, um dos motivos pelo qual foi criado este mito de no poder abraar o ancestral, seja pela iluso que alguns querem manter viva, de que no h uma pessoa em baixo da roupa. Mas, de fato h, e o importante a energia e o ax que a roupa possui. Assim como o ferro importante para gn, a gua para sun e Ymoja, e etc... Falando de Ax Sabemos que um dos projetos do seu Templo, o de levar pessoas para a Nigria, qual seria o motivo Bb?

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Bb Rasaki Cada orix tem sua cidade de origem, por exemplo; sun de sogbo; If e Oddw de Il If; Sng de y; gn de r, etc., o objetivo que cada pessoa conhea a terra de seu orix, conhea como os orixs so cultuados l. Pois assim como Jerusalm est para os Judeus, como o Vaticano est para os Catlicos, a Nigria e o Benin com suas cidades sagradas, bero de determinados orixs, est para os devotos de orix. Todos os devotos de orix deveriam conhecer as cidades Iorubanas, na Nigria e no Benin. Falando de Ax Bb, gostaramos que o senhor deixa-se uma mensagem para os devotos e cultuadores de orix: Bb Rasaki Respeitar as diferenas de culto, seja no Brasil ou na Nigria, dever do ser humano (cultuador). Buscar conhecimentos e adequ-los a sua realidade. Devem evoluir e adquirir sabedoria, sem deixar de respeitar os outros. Todas as pessoas de orix so meus irmos, so de minha famlia e desejo que os orixs abenoe todos! Bb ps (Rasaki) e Bb slsn (Zarcel) trabalham juntos com um mesmo objetivo, ajudar as pessoas a se aproximarem da tradio yorb, pois ela no to complicada como alguns querem demonstrar e nem to simples quanto outros fazem. Respeitando as diversas tradies j existentes no Brasil queremos apenas contribuir para o desenvolvimento cultural e espiritual dos devotos de orix no Brasil. Ire fun gbogbo wa! (Felicidades para todos ns)!

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AX

PERSONALINADES NEGRAS

sem muita tecnologia ou financeiros, disse Wangari.

recursos

O Movimento do Cinto Verde lutou (luta) tambm pela educao, contra a fome e outros assuntos importantes para as mulheres e para a sociedade no geral. No final da dcada de 80, tornou-se uma opositora famosa da construo de um arranha-cus planeado para ser erguido no meio do principal parque da capital do Qunia. Wangari tornou-se uma vil para o governo queniano da poca, mas a campanha foi bem-sucedida e o projeto, abandonado. Em 1991, foi presa tendo sido libertada com a ajuda da Anistia Internacional. Posteriormente foi novamente presa por diversas vezes pelo governo do presidente queniano Daniel Moi. Em 1997, concorreu s presidenciais do Qunia, apesar do seu partido ter retirado a sua candidatura alguns dias antes das eleies, sem o seu conhecimento. Em Dezembro de 2002, Mwai Kibaki, o principal candidato da oposio, ganhou as presidenciais no Qunia, pondo fim a 24 anos de liderana do presidente Daniel Arap Moi, permitindo a entrada de Maathai no Parlamento. Em Dezembro de 2003, Kibaki nomeou -a assistente do ministro do Ambiente. Maathai permaneceu corajosamente contra o antigo regime opressivo no Qunia e serviu de inspirao a muitas pessoas na luta pelos direitos democrticos.

Wangari MaathaiWangari Muta Maathai nasceu em 1 de Abril de 1940 em Nyeri, no Qunia. Licenciou-se em Biologia no Kansas, um feito raro para as raparigas oriundas das reas rurais do Qunia. De regresso ao seu pas trabalhou em investigao na medicina veterinria na Universidade de Nairobi. Apesar de todo o cepticismo e oposio alcanou a direo da faculdade de veterinria. Em 1970, o seu marido concorreu ao Parlamento e Maathai envolveu-se num projeto de apoio aos pobres, tornando-se mais tarde numa organizao de apoio ao ambiente. Este projeto tornou-se num significante avano contra a des-florestao no Qunia. Em 1989, fundou o Movimento Cinto Verde, com o qual mobilizou mulheres pobres a plantar 30 milhes de rvores. Esta campanha viria a ser copiada por outros pases, tais como a Tanznia, Uganda, Malawi, Lesoto, Etipia, Zimbabwe, etc. O objetivo de Wangari era produzir, de forma sustentvel, madeira para combustvel e combater a eroso do solo. Em entrevista BBC, a queniana disse que a campanha no contou com apoio popular quando foi lanada. Levei muitos dias e noites para convencer as pessoas de que as mulheres poderiam melhorar o meio ambiente, mesmo22

Em 2004 o Comit Nobel da Noruega decidiu atribuir o Prmio Nobel da Paz a Wangari Maathai pelo seu contributo para o desenvolvimento sustentvel, a democracia e a paz. A paz na terra depende da nossa habilidade em defender o nosso ambiente vivo. Maathai ergue-se na frente da luta para promover o desenvolvimento social, econmico e cultural ecologicamente viveis no Qunia e na frica. Ela fez uma abordagem ao desenvolvimento sustentvel que abraa a democracia, os direitos do homem e os direitos da mulher em particular. Pensa globalmente e age localmente, l-se na deciso do Comit Nobel da Noruega. Maathai causou controvrsia na comunicao social internacional, quando numa conferncia de imprensa, aps o anncio da conquista do Prmio Nobel da Paz, disse que o " vrus HIV era um produto criado pelo homem atravs de bio-engenharia, e foi introduzido em frica por cientistas ocidentais no-identificados como uma arma de destruio em massa para punir os negros. Desde ento tem fugido a tomar uma posio definitiva, alegando que Eu no sei qual a origem do vrus da SIDA, mas espero que um dia saibamos, porque isso algo que obviamente todos queremos saber, de onde vem a doena. Wangari Maathai foi a primeira mulher africana a ser laureada com um Prmio Nobel.

Fonte: http://grandefabrica.blogspot.com/2006/04/wangarimaathai.html23

Histria da Capoeira

O Brasil a partir do sculo XVI foi palco de uma das maiores violncias contra um povo. Mais de dois milhes de negros foram trazidos da frica, pelos colonizadores portugueses, para se tornarem escravos nas lavouras da cana-de-acar. Tribos inteiras foram subjugadas e obrigadas a cruzar os oceanos como animais, em grandes galeotas chamadas de navios negreiros. Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro foram os portos finais da maior parte desse trfico. Ao contrrio do que muitos pensam, os negros no aceitaram pacificamente o cativeiro; a histria brasileira est cheia de episdios onde os escravos se rebelaram contra a humilhante situao em que se encontravam. Uma das formas dessa resistncia foi o quilombo; comunidades organizadas pelos negros fugitivos, em locais de difcil acesso. Geralmente em pontos altos das matas. O maior desses quilombos estabeleceu -se em Pernambuco no sculo XVII, numa regio conhecida como Palmares. Uma espcie de Estado africano foi formado. Distribudo em pequenas povoaes chamadas mocambos e com uma hierarquia onde no pice encontrava-se o rei Ganga-Zumbi, Palmares pode ter sido o bero das primeiras manifestaes da Capoeira. Desenvolvida para ser uma defesa, a Capoeira foi sendo ensinada aos negros ainda cativos, por aqueles que eram capturados e voltavam aos engenhos. Para no levantar suspeitas, os movimentos da luta foram sendo adaptados s cantorias e msicas africanas para que parecessem uma dana. Assim, como no Candombl, cercada de segredos, a Capoeira pode se desenvolver como forma de resistncia. Do campo para a cidade a Capoeira ganhou a malcia dos escravos de 'ganho' e dos freqentadores da zona porturia. Na cidade de Salvador, capoeiristas organizados em bandos provocavam arruaas nas festas populares e reforavam o carter marginal da luta. Durante dcadas a Capoeira foi proibida no Brasil. A liberao da sua prtica deu-se apenas na dcada de 30, quando uma variao da Capoeira (mais para o esporte do que manifestao cultural) foi apresentada ao ento presidente, Getlio Vargas. De l para c a Capoeira Angola aperfeioou-se na Bahia mantendo fidelidade s tradies, graas principalmente ao seu grande guru, Mestre Pastinha, que jogou Capoeira at os 79 anos, formando geraes de angoleiros.24

Elementos da Capoeira AngolaJ dizia o Mestre Pastinha, "Capoeira Angola , antes de tudo, luta e luta violenta." Mas atualmente a Capoeira normalmente praticada como um esporte ou simplesmente folclore para preservar as tradies.

claro que entre os praticantes srios, em seus treinos, os golpes so apenas simulados e a Capoeira torna-se um exerccio fsico e mental. A violncia dos seus golpes, no entanto, no deixa espao para meio termo; ou joga-se Capoeira 'para valer', com as suas srias conseqncias ou apenas simula-se um jogo. A possibilidade de enquadrla em regras esportivas inexistente; quem assim o O Berimbau, um insfaz est sendo leviano ou trumento usado inicialmente no conhece de fato a Capo- por vendedores ambulantes eira. para atrair fregueses, tornou -se instrumento smbolo da Os Golpes Capoeira, conduzindo o jogo com o seu timbre peculiA Capoeira Angola ar. Os ritmos so em comtem um nmero relativa- passo binrio e os andamente pequeno de golpes mentos - lento, moderado e que podem, no entanto, a- rpido so indicados pelos tingir uma harmoniosa com- toques do Berimbau. Entre plexidade atravs de suas os mais conhecidos esto o variaes. Assim como a So Bento Grande, o So msica tem apenas sete no- Bento Pequeno (mais rpitas. do), Angola, Santa Maria, o Os seus principais golpes toque de Cavalaria (que serso: Cabeada, Rasteira, via para avisar a chegada da Rabo de Arraia, Chapa de polcia), o Amazonas e o IuFrente, Chapa de Costas, na. Meia Lua e Cutilada de Mo. Numa roda de angoleiros o conjunto rtmico A Msica completo composto por: A Capoeira a nica trs berimbaus (um grave modalidade de luta marcial Gunga; um mdio e um aguque se faz acompanhada do - Viola); dois pandeiros; 25

por instrumentos musicais. Isso deve-se basicamente s suas origens entre os escravos, que dessa forma disfaravam a prtica da luta numa espcie de dana, enganando os senhores de engenho e os capites-domato. No incio esse acompanhamento era feito apenas com palmas e toques de tambores. Posteriormente foi introduzido o Berimbau, instrumento composto de uma haste tensionada por um arame, tendo por caixa de ressonncia uma cabaa cortada. O som obtido percutindo-se uma haste no arame; pode-se variar o som abafando-se o som da cabaa e (ou) encostando uma moeda de cobre no arame; complementa o instrumento o caxixi, uma cestinha de vime com sementes secas no seu interior.

um reco-reco; um agog e um atabaque. A parte musical tem ainda ladainhas que so cantadas e repetidas em coro por todos na roda. Um bom capoeirista tem obrigao de saber tocar e cantar os temas da Capoeira.

O Jogo"Capoeira um dilogo de corpos, eu veno quando o meu parceiro no tem mais respostas para as minhas perguntas" - Mestre Moraes. O jogo da Capoeira na forma amistosa, ou seja, na roda verdadeiramente um dilogo de corpos. Dois capoeiristas se benzem ao p do Berimbau e iniciam um lento bal de perguntas e respostas corporais, at que um terceiro 'compre o jogo' e assim desenvolve-se sucessivamente at que todos entrem na roda.

A MalciaElemento bsico da Capoeira Angola, a malcia ou mandinga a torna ainda mais perigosa. Essa malandragem que faz que vai e no vai, retira-se e volta rapidamente; essa ginga de corpo que engana o adversrio, faz o diferencial da Capoeira em relao s outras artes marciais. Essa uma caracterstica que no se aprende apenas treinando.

Mestres

de livros de fico. Numa viajou para frica, Europa e poca em que o Pelourinho Amrica do Norte, onde enno tinha o glamour de hoje. sina atualmente, em sua academia na cidade de New York.

Vicente Ferreira Pastinha (1889-1982) - Mestre Pastinha, "mestre da Capoeira de Angola e da cordialidade baiana, ser de alta civilizao, homem do povo com toda a sua picardia, um dos seus ilustres, um de seus obs, de seus chefes. o primeiro em sua arte; senhor da agilidade e da coragem..." Jorge Amado. Baiano de Salvador, do Pelourinho, Pastinha foi o grande mestre da Capoeira Angola, aperfeioando a arte centenria dos escravos. Ele organizou uma escola, estabeleceu um mtodo de ensino com base nas antigas tradies e ainda escreveu o primeiro livro do gnero, onde expe a sua concepo filosfica. Foi com o Mestre Pastinha que foram institudas as cores amarelo e preto para o uniforme dos angoleiros e a constituio da bateria composta por trs berimbaus, dois pandeiros, um atabaque, um reco-reco e um agog. "Capoeira tudo o que a boca come", dizia ele na sua singular filosofia. Formou capoeiristas como Joo Grande, Joo Pequeno, Curi e tantos outros. Antnio Carlos Moraes - Mestre Caiara. Uma das lendas da Capoeira; sua histria mais parece tirada 26

Mestre Caiara ditava as regras num territrio de prostitutas e cafetes; de traficantes e malandros. Todos tinham que pedir a sua beno. Gravou um dos principais discos da Capoeira Angola onde exemplifica os diversos toques de berimbau, alm de cantar ladainhas e sambas de roda. Faleceu em agosto de 1997. Joo Pereira dos Santos - Mestre Joo Pequeno. Aluno do Mestre Pastinha e um dos mais antigos e importantes mestres da Capoeira Angola em atividade. Pela academia do Mestre Joo Pequeno, no Centro Histrico de Salvador, passaram alguns dos principais angoleiros da nova gerao. possvel v-lo quase todas as noites jogando e ensinando a tradicional arte da Capoeira. Academia de Capoeira Angola de Mestre Joo Pequeno Centro de Cultura Popular Forte de Santo Antnio - Santo Antnio alm do Carmo Salvador Bahia. Joo Oliveira dos Santos - Mestre Joo Grande. Phd Honoris Causa. Um dos principais discpulos do mestre Pastinha. Por mais de 40 anos o Mestre Joo Grande tem praticado e ensinado Capoeira Angola. Ele

De l ele continua mantendo o intercmbio com a Bahia e acompanhando a movimentao da Associao Brasileira de Capoeira Angola.

Fonte : http:// www.abrasoffa.org.b r/folclore/danfesfol/ capoeira.htm

won Od Os Signos de IfNos dias de hoje, muita confuso ainda existe em relao aos Ods. Para melhor esclarecimento dos leitores, a Falando de Ax cria esta coluna mensal won Od, e em cada ms apresentar um resumo sobre cada um dos 256 Od, para que assim, nossos leitores possam aprender mais sobre esses sagrados signos universais. Mas o que Od??? Ods no so Orixs, embora sejam considerados divindades por alguns, mas no so assentados e nem cultuados, como muitos pensam e fazem. Ods so signos orculares e tambm Captulos do Corpus Oral de If, detentores de todos os segredos da Cultura e Religiosidade Iorub Nigeriana. baseando-se nos Ods, que os Iorubs (povos nigerianos) seguem sua vida, cultura, sociedade, moral e religio e sobre esses Ods, que mensalmente iremos falar. _____________________________________________________________________________

j ogb/Ogb mj/Ogb wyn/j onl O Od da Vida

o principio masculino no Universo (run) e na Terra (iy). Rege a vida dos seres humanos, animais e vegetais. A conservao do Planeta, a renovao e a evoluo do mesmo. j onl fala sobre o fluxo dos rios, o fluxo das chuvas, sobre o Mar, as Montanhas e a terra firme. Rege o dia, as horas diurnas e a abbada celeste. Rege tambm a cabea dos seres humanos e animais.

Governa o Ern (Elefante), o Aj (Cachorro), o Lkelke (Gara Vaqueij ogb o primeiro (1) Od na ra), o Eyel (Pombo domstico), o Ign ordem de If, fala no Mrndnlgn If (Abutre) e o gbn (Caramujo). (Jogo de Bzios) com oito (8) bzios abertos e oito (8) bzios fechados. um Esto tambm sobre a regncia od de natureza masculina, ligado ao edeste Od os brancos, albinos e sarars. lemento ar e regente do Leste. Od que rege o chumbo, o estaj ogb (j onl) o respeitvel nho, a prata e todos os metais brancos. pai e tambm chefe de todos os Od gTambm o efun (argila branca), o marb (Ods antigos, primrios). Rege o fim, o diamante e todas as pedras branSol, a Luz, a Vida, o Oriente. Representa cas. 27

- won rs que falam neste Od = lia, que conduz a famlia, deve cuidar da Obtl, rnml, l, Or, Oddw, famlia sempre, direcionar os familiares. slfn, sgiyn (Aknjol), Olk. Os familiares dependem da pessoa. *Religiosidade = Pessoa espiritualizada, - Suas cores = Rege o branco, mas por com grande caminho sacerdotal, deve culsua qualidade de pai e chefe de todos os tuar Or e escutar a intuio. Possui granOds, rege tambm todas as outras cores. de proteo espiritual e muito evoluda espiritualmente. Deve vestir-se de branco - Suas folhas = As principais folhas regi- sempre e cultuar Obtl. das por j ogb so o dndn *Inimigos = Vitrias sobre os inimigos (Kalanchoe brasiliensis = Folha da costa, com a ajuda de amigos e Obtl. O bom saio, folha grossa, paratudo, erva gros- carter deve imperar sempre. No deve sa), Tt (Amarunthus viridis = Caruru, subestimar os inimigos. bredo, caruru de mancha, caruru de porco, caruru de soldado) e ronje. - Od em Ibi Negativo - Corpo Humano = Rege a cabea, o maxilar inferior, a coluna vertebral, os ossos (sustentculo do corpo), os vasos sanguneos (excluindo o sangue) e a respirao. - Os filhos deste Od = As pessoas nascidas sob a regncia deste od (signo) so pessoas valentes, decididas, trabalhadoras, sbias e intelectuais. So de pouca conversa, porm so curiosos e gostam muito de viajar. Seu principal defeito a teimosia e o hbito de muitas vezes no cumprir determinaes. - ws (interditos) deste Od = As pessoas deste od (signo) no podem comer ks (ko enrolado em folha de bananeira), carne de kko (galo), no podem matar ratos, no podem usar roupas pretas, vermelhas e escuras, no podem beber mu (vinho de palma) e viverem embriagadas. - Od em Ire Positivo *Pessoal = Fala de uma pessoa inteligente, sbia, intuitiva, espiritualizada e honesta. *Sade = Sade boa, vida longa e cura de doenas. *Financeiro = Caminhos abertos, vitrias e conquistas no ambiente profissional, acmulo de fortunas. Profisses ideais, sacerdote, padre, professor, militar. Profisses em que exera chefia. *Amoroso = Unio ou futura unio espirituosa. *Famlia = Pessoa que a base da fam*Pessoal = Pessoa estpida, teimosa, irracional, confusa, agressiva. E que deve evitar vcios como bebidas, drogas e jogos. *Sade = Mostra problemas na rea neurolgica Cabea (interna e externa). Loucura, esquizofrenia, dores de cabea. Cuidar da arcaria dentria inferior, problemas de ossos (osteoporose), coluna vrtebra e fraturas. Problemas respiratrios. *Financeiro = Problemas financeiros, pessoas que perdem dinheiro com vcios e jogos. Aes impensadas dentro do ambiente de trabalho que podem gerar confuses, demisso do trabalho. *Amoroso = Relacionamento terminado por motivos de cimes, possesso, agresso. Aventura extra-conjugal que ter um final desastroso. Adultrio. *Famlia = Mostra problemas em casa, problemas com pai, doenas em casa. *Religiosidade = Pessoa desequilibrada mentalmente, por necessidade de dar Ebor. Pessoa com problemas de sade, por necessidade de cultuar Obtl. Pessoa fantica, que mesmo tendo uma forte religiosidade, est padecendo por fanatismo. Se a pessoa for de Obtl, deve evitar usar roupas pretas, vermelhas, beber at se embriagar, sujar-se de carvo e azeite de dend. *Inimigos = Inimigos poderosos que podem vencer por teimosia e irracionalidade da pessoa.

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Por Hrick Lechinski (Ejtol Tsmr)

Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei . 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educao nacional, para incluir no currculo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temtica Histria e Cultura AfroBrasileira e Indgena.

Livro do MsAps um longo tempo de espera, cerca de duas dcadas, Dr. Skr Slm (King) e a Dr ykmi Ribeiro entregam ao pblico leitor, para serem compartilhados, alguns conhecimentos sobre o Orix Ex, a Primeira Estrela a ser Criada. O livro trata sobre a Divindade Ex e no sobre os Exs, espritos cultuados na Umbanda. Falam, sim, da Divindade primordial, a partir de conhecimentos preservados no mbito da tradio oral ioruba, mais precisamente, no corpus literrio de If: em odus, oriks, cantigas, rezas, saudaes e evocaes. A coleta de informaes junto a Babalas nigerianos e outras fontes fidedignas, demandou muitas viagens ao territrio ioruba, viagens essas realizadas pelo autor principal desta obra, Skr Slm (King), doutor em Sociologia pela Universidade de So Paulo, fundador e lder espiritual do Oduduwa Templo dos Orixs, espao de ensinamentos e prticas da Religio Tradicional Iorub, em Monagagu-SP, Brasil. 1 livro brasileiro, que fala desta Majestosa Divindade, com coerncia e atravs de fontes fidedignas, verdadeiras, livro completo e que o leitor pode confiar... Adquira voc tambm o seu e uma tima Leitura...

E a ordem do UniversoDr. Prof Skr Slm (Bblrs King) Dr ykmi Ribeiro29

Exu

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