fantástico encontro com extraterrestres de procyon - wanderley franco ocr
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Wanderley de Souza Franco Nascido no Rio de Janeiro, 1946.
Cursou a Escola Preparatria de Cadetes do Ar em Barbacena, MG, 1963 a 1965. Posteriormente a Escola de Aeronutica da Fora Area Brasileira, de onde se desligou em abril de 1966.
Formou-se em 1973, Bacharel em Direito pela Faculdade de Cincias Jurdicas do Rio de Janeiro.
Desligou-se da Polcia Militar em 1985 no posto de Major PM, para ingressar na Receita Federal, nomeado pelo Presidente Joo Figueiredo, em provimento de concurso pblico, no cargo de Auditor Fiscal do Tesouro Nacional.
Aposentou-se em 2003, aps trabalhar em Manaus/AM, Santos /SP e Juiz de Fora / MG e passou ento a dedicar-se literatura.
Para contato: Wanderley de Souza Franco
E-mail: [email protected]
ISISw w w .editoraisis.com .br
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Fantstico encontro com
EXTRATERRESTRESde Procyon
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Wanderley Franco
Fantstico encontro com
EXTRATERRESTRESde Procyon
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2010, Editora Isis Ltda.
Supervisor geral: Gustavo L. Caballero
Reviso de textos: Luciana Raquel Castro
Capa e diagramao: Dcio Lopes
Proibida a reproduo total ou parcial desta obra, de qualquer forma ou por qualquer meio seja eletrnico ou mecnico, inclusive por meio de processos, incluindo ainda
o uso da internet sem a permisso expressa da Editora Isis, na pessoa de seu editor (Lei n 9.610, de 19.02.1998)
Direitos exclusivos reservados para Editora Isis
ISBN: 978-85-88886-62-9
EDITORA ISIS LTDA www.editoraisis.com.br [email protected]
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"H mais mistrios entre o Cu e a Terra do
possa supor a nossa v filosofia"
W illiam Shakespeare
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Prefcio
Sempre me considerei um amigo, annimo, de todos os escritores.
E como tenho amigos, tantos foram, so, e sero os livros por mim lidos!
Conheci Wanderley Franco em 1963, quando bem jovens ainda,
movidos pelo ideal da aviao, ingressamos juntos, por concurso pbli
co, na Escola Preparatria de Cadetes do Ar, da Fora Area Brasileira.
Desistimos da carreira aeronutica em 1966 e, novamente jun
tos, ingressamos na Escola de Oficias da Policia M ilitar do Estado
do Rio de Janeiro. Seguimos como oficiais por longo tempo, sempre
no fiel cumprimento do dever. Em 1985 nos separamos, pois ele se
desligou da Polcia M ilitar e seguiu pela vida civil, ingressando na
Receita Federal. Agora, depois de muitos anos, ele aposentado civil e
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eu Coronel da reserva, voltamos a nos encontrar nos almoos men-
sais de confraternizao, tanto da turma da Aeronutica quanto da
Policia Militar, onde revemos com alegria os antigos companheiros,
de jornada.
E qual no foi minha surpresa, logo aliada enorme satisfao,
ao ser convidado a prefaciar esta obra! a oportunidade de sair, ao
menos uma vez, do rol dos annimos, visto ser W anderley Franco,
meu amigo real, concreto, presente, h mais de quarenta anos.
Fico, realidade ou im aginao, relato de fatos aconteci
dos, tudo so hipteses que vm nossa mente ao acompanhar
mos as aventuras, os ensinam entos e as idias aqui descritas.
Teria o autor sabido de fato sobre os acontecimentos envolvendo
seres extraterrestres? Ou teria sido tudo obra de sua frtil imaginao?
E quem seria Jota, personagem real ou fictcio?
De leitura fcil, rica de ensinamentos, o livro Fantstico Encontro
com Extraterrestres de Procyon se recomenda por si prprio.
Os exemplos de Filsis e Sinjus aguam o nosso raciocnio, nos
fazem meditar e nos encaminham a concluses positivas.
Estamos testemunhando o nascimento de um grande autor, que
dosa perfeitamente a realidade com a fico, que mistura exemplos
com conselhos, que nos induz a pensar em ns, frgeis seres humanos,
a nos comparar com seres prximos da perfeio, ainda to distante
de nosso alcance.
Parabns, Franco.
Continue, sempre, a nos brindar com muito mais obras deste nvel.
Desejo a todos, uma excelente leitura.
Nelson Barreiro
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Introduo.............................................................................................11
O Encontro Fantstico e Surpreendente .......................................... 21
A Rosa Branca e a Meditao.............................................................. 47
Novo Contato........................................................................................53
Nossos Com entrios............................................................................83
Ordem por Brilho.................................................................................85
Nossa V ia Lctea...................................................................................89
A Estupidez Da Guerra........................................................................95
O Cosm o um Imenso Jardim de V idas........................................... 97
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A Nebulosa Helix................................................................................ 101
A Incrvel Frmula de Deus.............................................................. 103
A Rosa e a Gota D 'gua ............................................................ 107
Os Crculos Ingleses .................................................................... 111
Resposta Mensagem da Nasa......................................................... 117
Nossas Concluses Sobre os Crculos...............................................129
O Acaso................................................................................................135
A Transio Planetria....................................................................... 137
Terceiro Segredo de Ftima............................................................... 139
Profecias de Dom Bosco.................................................................... 141
Allan Kardec........................................................................................143
A B b lia ................................................................................................147
Nossa D espedida................................................................................153
Bibliografia..........................................................................................157
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Introduo
Prezados amigos, com imenso carinho e depois de muito re
fletir, que finalmente resolvi organizar essas folhas soltas, guardadas
h mais de oito anos, e levar esses fatos extraordinrios e surpreen
dentes, atravs de um livro, para o conhecimento do pblico leitor.
Essa histria me foi narrada, de forma extremamente confidencial, em
meados do ano 2001, por um amigo de trabalho, advogado e Auditor
Fiscal da Receita Federal em Santos, So Paulo.
Eu, Wanderley de Souza Franco, hoje funcionrio pblico apo
sentado do Ministrio da Fazenda, bacharel em direito, exerci tambm,
o cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal, onde fiz muitos amigos
em diversos locais do nosso pas. Nasci e trabalhei no Rio de Janeiro
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12 I Fantstico encontro com extraterrestres de Procyon
at os meus trinta e cinco anos, depois fui transferido para Manaus,
capital do Estado do Amazonas, e l fiquei trs anos, a seguir passei
dezoito anos na cidade de Santos, no litoral do Estado de So Paulo e
por ltimo em Juiz de Fora, Minas Gerais, onde me aposentei em 2003.
Quando em Santos, um dia conversava com um colega de servi
o que trabalhava com igo no Prdio da Alfndega. Comentava sobre
a minha inteno de me aposentar, j estava fazendo a contagem do
meu tempo de servio, para totalizar os trinta e cinco anos exigidos
pela legislao em vigor e escapar das incertezas da tal reforma da
previdncia que na ocasio, a todos preocupava.
E ento, esse colega conversou comigo em um dia, ao final do
expediente, quando amos saindo juntos. Fomos caminhando, cal-
mamente em direo ao estacionamento, que fica bem prximo ao
prdio da Alfndega e ele perguntou:
E a, Franco, tudo bem? Est mesmo decidido a se aposentar?
Respondi que sim e que j estava decidido.
E o que pretende fazer, ficar parado? Mesmo passeando bas
tante, depois vai enjoar, ou tem alguma outra coisa em mente para
passar o tempo?
Respondi que tinha vontade de escrever, de me dedicar litera-
tura infantil, juvenil e alguns contos ou romances para todas as idades,
sem preocupao de retorno financeiro, porm o que acontecesse
estaria bom.
Tudo bem - ele disse.
Tomamos uma gua de coco no porto do estacionamento e
seguimos cada um para o seu carro.
N o dia seguinte, lembro bem ainda, era uma sexta-feira, meu
amigo - que passaremos de agora em diante a cham-lo pelo pseu
dnim o de Jota - veio minha mesa, j estava se encerrando o
expediente, e ele me disse:
Vamos embora Franco, j hora, chega de trabalhar por hoje,
pois aqui no se paga por hora extra.
Respondi:
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Ok, vamos!
Samos devagar.
O que voc vai fazer amanh? - perguntou ele.
Olha, sbado sempre dou uma ajuda minha mulher na
feira que tem na porta de casa (morava na Rua Delphin Moreira, no
bairro do Embar, em Santos), e depois do almoo sempre fao uma
caminhada pela areia da praia...
Pois bem - disse ele - ento d uma passada l em casa, l
pelas trs da tarde. Vamos inaugurar meu bar novo que comprei, vou
abrir um licor especial e lhe mostrar minha biblioteca, j que voc
gosta de livros, ok?
Certo, estarei l.
E assim, no sbado, segui para casa do amigo como combinado
e por volta das trs horas da tarde, estava chegando. Sempre gostei
de ser pontual.
Jota me recebeu com alegria, era a primeira vez que ia sua casa,
ao entrar, me apresentou sua esposa que estava na copa cozinha, tro-
camos poucas palavras, e ele, com delicadeza, disse:
Venha conhecer minha biblioteca - e se dirigindo esposa
ressaltou - meu bem, eu e Franco iremos tratar de assuntos de servio.
Confesso que estranhei o tratar de assunto de servio. Mas...
tudo bem, depois de subirmos por uma escada caracol, entramos em
uma confortvel sala. Um bonito tapete azul, quadros de fino gosto
nas paredes, um belo conjunto de sofs estampado, muitos livros em
uma grande estante, uma aparelhagem de som e um bonito bar, em
madeira mogno, com bebidas finas.
Olhei tudo a volta e elogiei:
Est uma j ia sua casa, parabns, muito bom gosto; s no en-
tendi porque disse sua esposa que vamos tratar de assunto de trabalho.
Ele sorriu e completou:
para que ela no venha participar e assim, possamos con-
versar vontade. Portanto, sinta-se com o em sua casa. Quer uma
bebida? Pode escolher.
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14 I Fantstico encontro com extraterrestres de Procyon
Bem, para mim, pode ser um usque.
Ele preparou dois copos com gelo, sentamo-nos confortavelmen-
te no sof e conversamos sobre diversos assuntos internos do nosso
prprio servio. Papo daqui, papo dali, algumas queixas, coment-
rios... Ele se levantou:
Voc quer ouvir alguma msica?
Respondi afirmativamente.
Ok. Pode colocar o seu gosto musical, tenho certeza que bom.
Ele colocou msicas clssicas, valsas, etc.
Achei que ele estava fazendo rodeio, tive uma intuio que abor-
daria algum assunto de servio. N o fundo senti que queria me falar
algo e ainda no se sentia seguro. Restava apenas aguardar...
Ento, ele fo i at a estante e me mostrou algumas colees,
obras de psicologia, outras sobre o antigo Egito, pirmides, hipnose,
diversos outros livros e uma grande quantidade de revistas e livros
sobre ufologia.
Ento me perguntou incisivamente:
Franco - como costumava me chamar - o que voc acha a
respeito desse assunto Ufologia e seres extraterrestres?
Bem, acho que um mistrio ainda no esclarecido. Acho
que um assunto muito interessante e polmico.
Ento, bem diretamente, ele me perguntou:
Franco, em sua opinio, voc acredita na existncia de vida
inteligente fora do planeta Terra?
Olha, Jota, acho que uma afirmao complicada, porque a
nossa cincia diz que no h comprovao cientfica de vida fora da
Terra. Porm, eu acho que muito difcil, tambm afirmar o contr
rio. Pois existindo bilhes e bilhes de estrelas s em nossa galxia,
a Via Lctea, provavelmente bilhes e bilhes de planetas tambm.
Por qual motivo, s existiria vida na nossa pequena Terra? Somos
apenas um gro de areia nesse universo. Acho que contraria a lgica.
E tambm acho que os governos, principalmente os americanos e os
russos, sabem muito mais a esse respeito e sonegam as informaes
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Wanderley Franco 15
importantes ao povo. Alias uma de nossas Ministras disse em certa
ocasio: O povo s um detalhe, lembra disso?
isso a, Franco. Concordo plenamente com voc. Sabia que
voc era um cara coerente e inteligente. A maioria das pessoas foge
desse assunto e nem tem opinio formada. S sabem falar de bana-
lidades. As conversas sempre giram em torno dos mesmos assuntos
corriqueiros, restaurantes do final de semana, comidas, dinheiro,
futebol ou piadas...
Olha, Jota, acompanhei aquela srie da T V americana de fil-
mes do livro azul, acho que nos anos 80, est lembrado? Militares
americanos investigavam os casos de pessoas nos Estados Unidos que
teriam visto algum objeto voador no identificado (vn i). E lembro
que no final as pessoas ficavam ridicularizadas e eram taxadas de
loucas ou de mentirosas. Acho, Jota, que o povo tem m edo disso.
E a, se v algo diferente do normal, no tem coragem de falar e se
comprometer com esse assunto que ningum acredita. Aparece logo
algum que leva na brincadeira e pergunta: Viu um homenzinho ver-
de? Tinha anteninha? E por a vai... Bem, Jota, esse assunto sempre me
despertou interesse, e sempre que surge alguma notcia ou coment
rio a respeito, eu presto ateno e procuro acompanhar o desfecho.
No sei se voc sabe, mas a Fora Area Brasileira tambm fez uma
investigao sobre esses fatos em certa ocasio. Lembro bem, foi no
final dos anos 70, acho que 77 ou 78. A investigao teve o nome de
Operao prato, e ocorreu no estado do Par. Um pequeno povoado
na ilha de Colares prximo a foz do rio Amazonas onde a populao
afirmava que surgiam luzes estranhas no cu e a baixa altura, aterro
rizando as pessoas naquele local. A investigao foi comandada pelo
coronel Holanda. Lembro que o fato me chamou ateno, pois conheci
o coronel Holanda na Escola de Aeronutica, no famoso Campo dos
Afonsos no Rio de Janeiro, ele era meu veterano nos anos de 1965 e
1966, eu sa da FAB em 66 e ele prosseguiu na carreira. Era um cara
srio. Bem, o relatrio dessa investigao no foi divulgado e deve
constar nos arquivos secretos com o de costume. O caro coronel
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16 I Fantstico encontro com extraterrestres de Procyon
Holanda morreu de forma misteriosa com suspeita de suicdio. Eu
particularmente, nunca vi nada, mas gostaria de ver. Tenho ainda
um grande amigo (P. B. C ), que conheo h bastante tempo, e que ,
estvamos sempre juntos conversando e tomando a nossa cervejinha.
Ele, em uma ocasio, me narrou um fato curioso. No teria ne
nhum motivo para inventar. Ele coronel da Polcia M ilitar do Rio de
Janeiro e passou um tempo com estgio ou curso no Estado do Mato
Grosso do Sul, e me garantiu, com toda convico, que numa noite em
uma estrada no Mato Grosso do Sul, prximo cidade de Aquidauana,
quando viajava de carro sozinho, viu bem ntido uma nave, com uma
srie de luzes coloridas, a baixa altura, sem rudo algum e que no se
comparava a nada conhecido. Falou-me disso, h muito tempo, par
ticularmente, apenas por que eu toquei no assunto. Fez comentrios
somente com sua esposa, que tambm no deu grande importncia.
isso a, Jota, tudo fica em segredo ou sem explicao, e ningum d
a m nima bola...
Bem, Franco, eu gostaria de lhe relatar algo muito interessante
que aconteceu com igo dentro desse assunto. Mas tenho que ter a sua
palavra de honra, que no comentar com ningum, principalmente
no nosso ambiente de trabalho, com nossos colegas da Receita, ok?
Permaneci calado e concordando com um gesto de cabea,
aguardando as concluses de Jota, pois parecia que ia me falar algo
importante.
Bem, voc sabe como aquela turma, s vive de gozao e no
final, at por brincadeira a gente fica desmoralizado, queimado, como
se diz na gria, e perde at o respeito. E ai j viu, ningum acredita em
voc, nunca mais assume nenhuma funo de chefia, nem cargo de
projeo, no mesmo?
verdade, Jota, tudo no nosso servio motivo de menos
prezar o companheiro e ridiculariz-lo, ainda mais um tema desses,
um prato feito para os pseudos amigos.
Ento, posso contar com seu sigilo total, sem comentrios
nem por brincadeira. Certo?
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Wanderley Franco 17
Ok, claro que sim. Eu lhe dou a minha palavra Jota, pode
ficar tranqilo.
Franco, quando voc me falou que tinha vontade de escrever,
eu pensei em falar com voc, sobre o que aconteceu com igo h algum
tempo atrs, e a respeito desse assunto de ufologia. Gostaria de rela-
tar tudo, para que fosse escrito e publicado por algum de confiana
e que tivesse coragem.
Mas como? Se voc mesmo me falou que quer sigilo total,
no entendi.
Bem, simples. O meu nome deve ser retirado, no quero
aparecer de jeito nenhum, entendeu? No suportaria a idia de ser
ridicularizado ou tido como pirado no ambiente de trabalho e entre
meus familiares.
Claro, entendo a sua preocupao e concordo com voc.
E ento surgiu a idia do pseudnimo que ele prprio escolheu
Jota, sem nenhuma relao com o seu nome. E assim, concordamos.
Ento, Jota se levantou, abriu uma gaveta, pegou uma pasta, des
sas do tipo 007, com quatro rodinhas dentadas, que giram em torno
de nmeros, fazendo um cdigo, isto , um segredo. Abriu e retirou
um monte de folhas escritas mo e me mostrou.
Aqui est tudo o que aconteceu comigo. Pode levar, tire xrox
e me devolva o original, confio em voc.
Ok, obrigado pela confiana, farei isso na segunda-feira - e a
seguir, sem me conter, perguntei logo - Voc viu alguma nave?
No exatamente. Calma, vou lhe explicar.
Ento, o que houve? Realmente estou curioso.
Tive um contato diretamente com dois seres do espao: Mais
exatamente, um encontro com um casal de extraterrestres do siste
ma de Procyon, que fica na constelao de Co Menor, com o eles
prprios me afirmaram. Conversaram comigo durante longo tempo
numa madrugada. A mulher era lindssima, das mais belas que j vi,
e o homem, posso dizer, muito sereno e simptico, j que no acho
homem bonito.
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18 I Fantstico encontro com extraterrestres de Procyon
Jota, confio em voc, sei que uma pessoa sria e respeitvel,
voc tem certeza absoluta disso, voc no estava com febre, ou tinha
bebido alguma coisa?
No, Franco, eu garanto que estava totalmente consciente e
tranqilo. E tambm no havia ingerido nenhuma bebida alcolica,
alis, nunca bebo sozinho, somente quando na companhia de algum
e sempre muito pouco; nem estava com febre, garanto isso. Vou lhe
contar tudo em detalhes, com todas as palavras que ficaram gravadas
em minha mente, mas por precauo, escrevi tudo nestas folhas, que
guardei at hoje, sem falar com ningum. Apenas fiz um incio de
comentrio com minha esposa, mas ela no levou a srio e eu preferi
no insistir e concordei com ela que deveria ter sido mesmo um so
nho... E, ento, passei a ler tudo sobre esses assuntos, vivo pesquisando,
para ver se acho algum caso parecido. Se soubesse de algum que teve
experincia parecida, com toda certeza iria procur-lo para conversar,
mesmo que, para isso, tivesse que viajar a outro pas.
bem compreensvel, se fosse comigo, no sei como reagiria,
s em voc falar eu gelei e fiquei apreensivo.
Bem, foi assim que tudo comeou...
Jota me narrou calmamente todos os fatos e passou s minhas
mos as diversas folhas de caderno manuscritas, com suas anotaes
detalhadas, que adiante transcreverei.
Retornei no dia seguinte pela manh, era um domingo, samos,
sentamo-nos em um banco no jardim da praia de Santos, e conver
samos longamente sobre todas as palavras anotadas por ele e mais
alguns detalhes do que aconteceu.
Antes de nos despedirmos, Jota apertou a minha mo, olhou
bem para m im e me agradeceu. Lem bro-me bem de suas palavras:
Franco, obrigado por voc ter me ouvido. Eu precisava muito
relatar tudo isso para algum que me levasse a srio.
Jota, no me agradea. Eu que lhe agradeo pela confiana,
e fique certo de uma coisa, acreditei em tudo, e realmente acho que
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isso muito srio. Gostaria de ter essa oportunidade, ou de estar junto
com voc naquele momento.
Jota continuou:
Franco, eu tenho muitos colegas e alguns que considero ami-
gos e tambm os meus parentes. Mas pensei, pensei e cheguei a sondar
algumas pessoas e no sentia segurana em ningum para contar esse
caso. Foi muito bom sentir segurana em voc, pois esse segredo j
estava me torturando. Muitas vezes cheguei a pensar: E se eu morrer
carregando isso comigo... Pode ser um grande desperdcio, no acha?
Faa-me um favor, Franco, pense bem nisso tudo e quando se aposen-
tar, procure tornar pblico esses fatos. Escreva um livro, como voc
disse que gostaria de escrever, ou mande para uma revista publicar. O
importante que tudo isso no fique s entre ns dois, ok?
Pode contar comigo Jota, pensarei seriamente nisso e tenha
certeza, tomarei providncias. Farei todo esforo e manterei sempre
voc a par de tudo.
Despedimo-nos naquele domingo, e seguimos cada um para sua
casa, eu particularmente, com a cabea cheia de pensamentos.
Aumentamos nossa amizade e confiana mtua.
Jota sempre foi uma pessoa coerente, sria, inteligente, respon
svel e de grande senso de companheirismo, porm, um pouco or
gulhoso e ambicioso para as funes de poder ou prestgio. Lgico,
ningum perfeito. Mas tratava muito bem as pessoas.
Confessou-me ainda, que a partir daqueles acontecimentos,
tambm a sua vida mudou e sua maneira de pensar e proceder.
Passou a ser mais simples e mais amoroso, encarava a vida de
uma forma bem melhor que antes. Procurou ser mais sensato, mais
calmo e a considerar o prximo com mais respeito.
Assim foi o que ele me confessou e eu prprio pude observar sua
mudana de comportamento.
Passarei a transcrever agora, a narrativa na ntegra, do amigo
Jota, e sua fantstica experincia com os seres de Procyon.
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O Encontro Fantstico e Surpreendente
Transcorria o meio do ano de 2001. Estava em gozo de frias.
Viajei para uma pequena cidade afastada de Santos, no litoral sul de
So Paulo, onde tenho uma casa de campo no muito grande, porm
aconchegante em um bom stio. L preservo o terreno com boa parte
gramada, com jardins, muitas roseiras, hortnsias e diversas rvores,
formando um recanto muito tranqilo e agradvel.
Segui com a inteno de somente ficar uma semana. Precisava
fazer limpeza no quintal, aparar a grama e providenciar uns reparos no
telhado, pois um galho de rvore quebrado por um forte vento havia
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22 I Fantstico encontro com extraterrestres de Procyon
danificado a ponta do telhado. E, lgico, aproveitaria para relaxar um
pouco do servio.
M inha esposa no poderia ir comigo, por causa de suas ativida
des profissionais.
Cheguei ao meu recanto de tranqilidade, como costumo cha
mar, e nos dois primeiros dias, j havia aparado a grama, o jardineiro
tambm j havia cuidado das plantas e jardins. Dei uma boa limpeza
na casa e tudo corria bem, s faltava consertar a ponta do telhado,
e realmente o dano no era to grande, apenas umas trs ou quatro
telhas para trocar e estaria tudo resolvido.
M inha casa fica bem no meio do terreno e o muro da frente e o
porto ficam, mais ou menos, uns setenta metros l na frente.
A casa tem uma fachada de pedras e uma varanda em toda frente,
m odelo rstico, com colunas de troncos de eucaliptos envernizados
e um telhado com telhas de cermicas, onde eu gosto de passar m o-
mentos descansando, ouvindo minhas msicas prediletas.
Na noite do terceiro dia, foi quando tudo aconteceu.
Estava em minha varanda, sentado na poltroninha de vim e com
almofadas e os ps esticados em um banquinho bem acolchoado.
Eram aproximadamente umas 23 horas, coloquei meu aparelho de
som porttil ao lado e ouvia tranquilamente minhas msicas cls-
sicas preferidas, sinfonias, sonatas, valsas, e algumas M P B (msica
popular brasileira).
O volume estava baixo, como costumo deixar, e assim dava tam-
bm para ouvir os sons dos grilos no jardim do quintal... No estava
dorm indo, embora estivesse bem relaxado...
D e repente, escutei uma voz com o se falasse bem dentro do
meu ouvido:
Posso falar com voc?
No sei bem o que senti. Pensei, ser que cochilei? e tambm me
passou pelo pensamento, no sei por que, mas pensei, ser que aconteceu
alguma coisa com um parente meu, filho, mulher, me.... Levantei, respirei
fundo, fui at a copa, tomei um copo d'gua e voltei para o mesmo lugar.
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Wanderley Franco 23
Novamente, como se estivesse bem perto do meu ouvido, repetiu
a mesma voz:
Posso falar com voc?
Fiquei concentrado e permaneci imvel.
Ouvi novamente a voz bem pausada e suave:
No tenha medo, s quero conversar.
Levantei novamente e fui at a ponta da varanda, fui tambm at
o outro lado, olhei bem para o jardim, olhei at para cima e, na reali-
dade, nunca fui de sentir medo, mas confesso que estava apreensivo.
Sentei no mesmo lugar, diminui o som colocando-o bem baixi-
nho. Pensei: O que ser que est acontecendo?
Novamente, ouvi a voz: Est se sentindo bem? Podem os con-
versar agora? Estamos em paz.
Sempre fui catlico, porm, um daqueles no praticantes, que s
vai a Igreja quando convidado para uma missa especial, casamento ou
batizado, mas enfim, naquele momento, fiz o sinal da cruz e no sei
se falei ou s pensei: Se algum quer falar comigo, estou pronto para
ouvir, que fale, pode falar...
E fiquei concentrado em qualquer som. Nesse momento, desli
guei meu aparelho de som para ficar totalmente atento e em silncio.
Ento, me senti meio entorpecido, meio paralisado e, quase na
minha frente, um pouco para o lado direito, mais ou menos a uns
trs passos de mim, percebi uma nvoa tremula, fazendo com o uma
oscilao ou vibrao, como aquela que a gente v saindo do asfalto
das estradas nos dias quentes de vero, no sei traduzir bem o que
senti e logo pequenos pontos de luz, com o purpurina espalhada
pelo ar, em alguns segundos se formaram ou se materializaram em
minha frente, em um homem. Estatura mdia, mais ou menos 1,75
m, pele clara, normal como qualquer um de ns, cabelos castanhos
bem claros, olhos tambm castanhos claros, aparentando uns 50 anos
de idade, semblante muito tranqilo, com um suave sorriso e a mo
direita espalmada, levantada na altura do peito e aberta em minha
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24 I Fantstico encontro com extraterrestres de Procyon
direo com o uma saudao. Sua roupa parecia um macaco azul
suave, no muito colado ao corpo, os sapatos eram contnuos, tipo
botinas, tambm azuis...
Permaneci imvel sem nenhuma reao, parece que eu estava
m eio hipnotizado, entorpecido ou anestesiado... Mas, aos poucos
senti minha respirao normalizar, percebi que estava bem conscien-
te e estava envolvido em uma enorme sensao de bem-estar, senti
tranqilidade, muita paz e nenhum pouco de medo. Logo raciocinei
e passei a imaginar que talvez fosse um fantasma ou algum esprito
querendo me dizer alguma coisa... Sei l... Estava perplexo. Pensei
ser algo que no era da terra, mas no imaginei a hiptese de um ser
de outro planeta.
E ento, o homem muito calmo e com uma voz pausada se d i-
rigiu a mim:
Esteja em paz, no se preocupe com nada, s queremos o bem
e apenas conversar, se assim for da sua vontade.
Senti-me envolvido em uma atmosfera de amor ou ternura, como
se estivesse na presena de um grande amigo, sem medo ou descon-
fiana. Estava totalmente seguro e tranqilo, disse-lhe:
Seja bem -vindo! Posso saber o que deseja?
Desejo apenas conversar, trocarmos algumas palavras e in-
formaes se assim estiver disposto.
(Obs.: Passaremos, a partir de agora, a numerar as perguntas e
respostas para posterior estudo e anlise.)
1 Sim, tudo bem, mas gostaria que me esclarecesse de onde o senhor veio e com o apareceu aqui, na minha frente. O senhor algum esprito que quer me falar alguma coisa?
Esteja tranqilo. Desejamos paz, no tenha nenhum temor ou
preocupao, sou um ser igual a voc, no sou esprito e tambm no
sou daqui da Terra. Somos de um sistema estelar distante, estamos
em viagem de estudo e pesquisa sobre diversos assuntos relativos ao
seu planeta e outros tambm, por ns visitados.
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Wanderley Franco 25
Bem, agora eu j sabia que no se tratava de esprito ou fantasma,
mas aquilo de ser do espao ou de outro planeta, ainda fazia uma con-
fuso em minha mente. Aos poucos, com o dizem, a ficha ia caindo.
Contudo eu me sentia muito tranqilo, talvez at meio hipnotizado.
Talvez sim, talvez no. Acho mesmo que no tinha outra sada.
2 Sim, acho que j estou me sentindo melhor, mas confesso que estou muito surpreso. O senhor ento um extraterrestre? Eu nunca acreditei nisso. Bem, j que o senhor me pediu para conversar, eu
tenho muitas perguntas a fazer. O senhor poderia me responder, como
a vida no seu planeta e o nome do sistema estelar de onde o senhor vem?
Meu irmo da Terra, fique tranqilo como se estivesse perto
de um amigo ou um irmo. Pode me tratar com simplicidade, sem o
senhor ou qualquer reverncia, pois ns somos todos iguais, todos so-
mos seres csmicos, apenas de mundos diferentes e uns mais antigos
que outros, e por isso mesmo, uns mais adiantados. Pertencemos ao
planeta Zul Gion, fazendo uma aproximao do som para sua lingua-
gem; fica na quinta rbita do Sistema conhecido por vocs pelo nome
de Procyon, na constelao que na Terra denominam de Co Menor. Os
planetas do nosso sistema se interagem perfeitamente e podemos estar
constantemente, nos diversos planetas do sistema, e vice-versa, com o
permanente entrosamento, e assim as civilizaes progridem melhor
e participam, como um todo, dos estudos e das inovaes alcanadas.
Nossas civilizaes esto num nvel de adiantamento csmico muito
alm da vossa imaginao. Nosso conhecimento tecnolgico e cientfico
est bem distante do de vossa civilizao, e o motivo simplesmente
porque somos bem mais antigos. Temos como prioridade o amor a todas
as formas de vida e a busca sempre do conhecimento.
Pode perguntar sobre tudo o que voc desejar e responderemos
dentro de todo o possvel.
Fico feliz que me possa responder, porque realmente tenho
muitas perguntas, e se voc quiser tambm pode me perguntar algo so-
bre a Terra e nossa vida aqui, e tentarei responder o melhor que puder.
-
26 I Fantstico encontro com extraterrestres de Procyon
Na verdade, antes de nos dirigirm os ao vosso lindo planeta
azul, fizemos um estudo detalhado, a fim de entendermos todas as
variantes do vosso mundo, sua histria, seus costumes, a forma atual,
e passada de viver e dos diversos grupos de habitantes da Terra, esse
estudo foi bem abrangente e minucioso, desde o incio de vossa civi-
lizao at o momento atual.
Na realidade estamos fazendo um estudo comparativo da evo-
luo da civilizao do vosso planeta, estamos focalizando, com base
em visitas anteriormente registradas por grupos de estudos, nas datas,
referentes ao perodo do ano 1600,1800,1900 e atualmente 2000, para
possivelmente, outra nova verificao em 2100. E acreditamos com
toda convico, que nessa ltima data, essa visita j ser de carter
oficial, preanunciada com permisso, data, horrio e local definido
pelas prprias autoridades do vosso planeta.
3 Quer dizer que estamos sendo visitados de longa data pelos seres de Procyon e talvez tambm por outros seres extrater- restres? Por favor, fale-me sobre isso. E gostaria de saber tambm,
porque voc sempre me responde dizendo ns?
Compreendo sua indagao. Ns de Procyon fazemos estudos
em diversos planetas, pesquisando as formas de vidas, vegetal, animal
e humana e seu desenvolvimento, alteraes geolgicas e csmicas.
Sempre respeitamos todos os seres e procuramos no causar nenhuma
interferncia, mesmo sem causar aparies de naves ou efeitos. Porm,
outros que tambm por aqui passam, devem respeitar essas medidas.
Mas alguns acham que, ou se descuidam ou propositadamente deixam
vestgios para que os terrestres se acostumem com a ideia de nossa
existncia. Quanto a sua pergunta sobre minha referencia de sempre
ns, esclareo-lhe que na verdade, aqui presente, bem perto, ao meu
lado direito, est minha companheira de estudos, acompanhando
atentamente tudo e, se voc permitir, ela aparecer e compartilhar
de nossa reunio com a forma visvel com o eu.
-
Wanderley Franco 27
Sim, evidente que terei o maior prazer em receb-la, j que
est aqui e sendo ainda, como voc disse, uma representante feminina
de seu planeta, que seja ela bem-vinda.
Nesse momento, ele deu um suave sorriso por meu consenti-
mento, porm, no meu entender, eles poderiam aparecer ou no, sem
que precisasse dar minha permisso, mas achei que era uma forma
de respeito, ou sei l, considerao de me pedir, como uma espcie de
"com licena. E afinal, acho que no teria outra escolha, mas como
no sentia medo e tambm sempre fui curioso, s tinha mesmo, que
seguir em frente.
E assim da mesma form a que ocorreu a prim eira apario,
surgiu uma jovem mulher. Realmente, fiquei admirado, pois ela era
lindssima: loura bem clara com face rosada; altura a pelos 1,70 m;
aparncia de uns 30 anos de idade; roupa azul semelhante dele, com
cinto dourado, com o um uniforme; cabelos at os ombros; olhos da
cor de mel, bem vivos, que refletiam um brilho especial; um porte
ereto e um corpo elegantssimo; tudo isso, com muita simplicidade.
Tambm com o gesto da mo direita, da mesma forma, aberta em
minha direo, pareceu que me saudava.
Ele ento, se dirigiu a ela e em sua linguagem estranha, falou al-
guma coisa, nada eu poderia compreender, pois para m im pareciam
somente alguns sons estranhos, como uns chiados, ou algo parecido
com gorjeios de passarinhos, ou um monte de ssys, zeysz, fiszzinji-
zzins... Mais ou menos assim...
Perguntei sem cerimnia, afinal de contas, estava em minha casa:
4. Posso saber o que disse a ela? Ele me respondeu com um sorriso:
Apenas disse que ela bem-vinda entre ns. E, tambm um
costume nosso, dar as boas-vindas sempre quando algum chega e se
apresenta, embora ela j estivesse aqui e ciente de tudo, porque estava
presente acompanhando desde o incio, e ela se sentiu feliz por sua
aceitao, dando-lhe as boas-vindas.
-
28 I Fantstico encontro com extraterrestres de Procyon
5 Tenho muitas perguntas, estou muito curioso e gostaria de aproveitar esse momento para saber muitas coisas. Inicialmente, o que considero mais importante saber qual o seu nome e o dela,
tambm um costume aqui na Terra se apresentar dizendo o nome e,
afinal, ainda no nos apresentamos direito. E aproveito para lhes dizer
que o meu nome (xxx) Jota.
Sim, certamente que sim, caro amigo da Terra, embora ns
consideremos os nossos nomes de pouca importncia, mas entende-
mos seus costumes e vocs tm preocupaes com os detalhes m e-
nos significantes, o meu nome poderia ser qualquer um, a ou b ou x,
que nada alteraria. O mais importante a essncia, o conhecimento,
o pensamento transmitido ou criado. No importa a aparncia ou
o invlucro, porm, sim, o contedo. O que seria mais importante:
a qualidade da bebida ou o copo que a contm, se de vidro ou de
cristal? Mas, satisfazendo sua curiosidade, compreendida por ns, o
nome dela Filsis e o meu nome Sinjus, fazendo uma aproximao
fontica para sua lngua, e o seu nome, ficamos alegres de conhecer,
porm o mais importante para nos estarmos aqui na sua presena
conversando. E podemos lhe dizer que j sabamos seu nome caro
amigo Jota.
Diante daquela surpresa, em dizer que antes j sabia o meu nome,
no poderia deixar de perguntar:
6 Pode me explicar como sabiam meu nome e porque me esco- lheram para conversar, com tanta gente por a, inclusive gente famosa e importante na mdia ou cientistas mais inteligentes que eu?
Por que eu?
Irmo csmico da Terra (Jota), aqui estvamos perto de voc,
muito antes de voc nos ver, e pudemos verificar todos seus pensa-
mentos e tambm analisar sua urea energtica, onde esto registrados
todos os seus nveis de sentimentos e suas vibraes nas diversas faixas
de frequncias, e por isso, sabamos que voc est em um nvel muito
acima da mdia dos habitantes do seu planeta. Sua urea reflete boa
-
Wanderley Franco 29
predominncia dos bons sentimentos. Uma tima colorao azulada
e violeta, um amarelo suave, com poucos pontos escuros negativos.
Suas linhas geomtricas esto positivas e bem delineadas. Em sua u-
rea energtica consta bem baixo nvel de agressividade, bom equilbrio
com os sentimentos de alta frequncia. Os sentimentos que vibram na
faixa alta, so os sentimentos bons ou nobres: o amor, a humildade, a
simplicidade, a objetividade, o desapego matria, o prazer na prtica
do bem e o sentido de fraternidade. Os sentimentos de baixa frequncia
vibratria so: a agressividade, o dio, o prazer na maldade, o egosmo,
o orgulho, a vaidade, a ganncia e a mentira, estes conduzem infalivel-
mente aos baixos nveis morais e ainda so esses os sentimentos pre-
dominantes no seu planeta. Bem, ento retornando a sua pergunta. A o
analisarmos voc, vimos ento que seria receptivo ao dilogo, isto , o
mais receptivo e em melhores condies entre todos os que verificamos.
E isto raro entre as pessoas da Terra, e assim que resolvemos fazer
o contato e ficamos felizes por isso. O seu equilbrio foi importante.
Irmo da Terra, essas palavras, pelas quais se denominam os senti-
mentos baixos, seus significados no so mais conhecidos ou sentidos
por nossas civilizaes h centenas de milhares de anos terrestres, se
perderam no tempo dos milnios e j se tornaram incompreensveis no
nosso sistema. Teriam l, muita dificuldade de explicar o sentido dessas
expresses por pertencerem a um passado remotssimo. Contudo, sabe-
mos que existem outras civilizaes, que evoluram no conhecimento
cientfico e tecnolgico e infelizmente ainda so agressivos, facilmente
se irritam e por pequenos motivos se acham agredidos e no hesitam
em revidar com agresses, constituem excees regra geral e por isso
so monitorados a todo o momento pelas Legies Universais. Essa Liga
ou Confederao formada pelas mais diversas civilizaes, incluindo
as de maior nvel e altssimo conhecimento cientfico e tecnolgico,
possuindo frotas de naves, as mais poderosas, que s so usadas para
o bem universal e para defesa dos ainda desprotegidos. E para casos
de repelir agresses injustificadas, estabelecendo assim, um ponto de
equilbrio e justia entre os diversos Sistemas.
-
30 I Fantstico encontro com extraterrestres de Procyon
Percebi que durante nossa conversa, eles quase no m ovim en-
tavam os lbios para me transmitirem as palavras, mas eu os ouvia
direta e perfeitamente. E a, fiz a pergunta para esclarecer:
7 Am igos de Procyon, Filsis e Sinjus, ser que pronunciei corre- to? Com o falam perfeitamente a minha lngua e eu quase no percebo seus movimentos labiais?
Filsis colocou as mos, cruzadas sobre a frente do corpo, por sobre
a fivela dourada do seu cinto e com suave sorriso e um pouco da gra-
a feminina, que percebi ser algo realmente universal, me respondeu:
Am igo irmozinho da Terra, na realidade, estudamos algu-
mas linguagens do seu planeta, embora sejam faladas muitas outras
lnguas nos mais diversos locais. Com o desenvolvimento dos seres
na escala csmica, em planos mais elevados se comea a adquirir no-
vos sentidos, que ainda no so conhecidos entre vocs. Temos mais
que o dobro dos seus sentidos, e entre eles, o de captar e transmitir
pensamentos por sintonia mental. Ouvimos as suas palavras, porm
o que processamos o seu pensamento, e mesmo procurando nos
expressar em sua linguagem, a nossa transmisso do pensamento,
mente a mente, mais forte e mais rpida. Por isso talvez, voc sinta
alguma diferena de sintonia. O pensamento igual em qualquer
lngua. A linguagem csmica o pensamento. Um dia voc chegar
l. A vossa Terra ainda como uma criana comeando a caminhada
infinita na evoluo csmica.
8 No entendi esse final, Filsis, gostaria de lhe ouvir mais, como chegarei l, se devo viver no mximo at os 80 ou 90 anos de idade e depois devo morrer, sendo isso, o normal aqui na Terra? E assim,
minha amiga das estrelas, acabam todos os meus sentidos. E, serei en-
terrado em um caixo de madeira. Portanto, esse seu modo de me dizer,
"chegar l, entendo como uma brincadeira, impossvel para mim.
Realmente, irmozinho da Terra, vocs entendem ainda pou-
co da vida e parece que no vem um palmo a frente no futuro. O que
chamais de morte, com sentido de fim da existncia, um terrvel
-
Wanderley Franco 31
engano, fruto do desconhecimento da grande maioria da vossa civi-
lizao. A morte, como vocs chamam, no o final da existncia,
apenas uma mudana de plano vibratrio, ou de estgio, a vida no se
esvai. Quando o corpo perde as condies biolgicas, perde tambm
as condies de reter o fluido vital. Voc, amigo Jota, muito mais
que um corpo apenas, voc na verdade a essncia csmica que vive
no corpo. A sua energia, seus sentimentos e o seu conhecimento no
se perdem jamais. Tudo isso voc retm no fundo do seu ser e levar
sempre consigo na sua caminhada csmica, mesmo depois de se des-
ligar do corpo fsico. A vida uma energia csmica infinita. Tudo no
cosm os energia, e ela se apresenta de diversas formas, muitas ainda
no conhecidas pela cincia da Terra. Somos totalmente energia, seu
corpo fsico uma forma de energia mais densa, ou mais concentrada,
seus msculos, ossos e demais partes, so tomos de matria, que
energia vibrando numa determinada frequncia, e esse corpo interage
com o seu esprito, que outra forma de energia em outra frequncia
vibratria, onde as molculas idnticas a do corpo fsico se encontram
com espaamento maior, ou mais sutil, ficando um pouco mais afas-
tadas ou matria menos densa. Na realidade, o seu corpo fsico deve
estar em perfeitas condies biolgicas ou vitais bem adequadas para
reter o esprito, que na verdade, abriga nele a vida. A essncia da vida
est no esprito e no no corpo que transitrio. O corpo fsico um
envoltrio, uma vestimenta que serve para sua evoluo e aprendizado
sob determinadas condies. E o esprito, na Terra ou em qualquer
outro mundo no universo, o corpo energtico que contm a vida. O
esprito eterno, a energia que no se desfaz. Porm o esprito pre-
cisa da matria para, acoplado nela, superar etapas e evoluir. E assim,
sendo, o corpo fsico temporrio e transitrio. Na escalada csmica
evolutiva, voc irmozinho da Terra, habitar atravs dos tempos por
vrios corpos diferentes. Isso lei csmica, cincia. Um dia sua cincia
entender isso, sem nenhum vnculo com os vossos confusos concei-
tos e preconceitos religiosos. E, a cincia na Terra, tambm caminha
devagar, pelos enormes preconceitos materialistas de seus cientistas.
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32 I Fantstico encontro com extraterrestres de Procyon
Um dia, num futuro prximo, seus descendentes ficaro admirados de
saber que vocs no entendiam assim. Sua cincia h bem pouco tempo
achava que a Terra era o centro do seu sistema solar e do universo. A
ignorncia e arrogncia dos lderes religiosos se sobrepunham a to-
dos com o seu poder. E com ameaa de morte para quem discordasse.
Porm a verdade teria que se sobrepor e se aceitou finalmente que a
Terra girava como terceiro planeta em torno do seu Sol. No se pode
impor, esconder a verdade para sempre, irmozinho. Nem fechar os
olhos para luz por muito tempo. Por enquanto, a cincia na Terra pouco
entende de energia, embora j esteja engatinhando a respeito, pouco
entendem sobre a vida e o universo. No sabem o que esto fazendo
neste planeta. Por que esto aqui e o sentido da vida. Pensam muito
em notoriedade, poder e construo de armas para oprim ir aos outros
irmos mais fracos, que so separados por linhas imaginrias (suas
fronteiras). Pensam somente em imediatismos, sem uma viso global
de amor para com sua linda morada celeste. Contrariam com isso leis
csmicas e recebero de volta conseqncias cada vez mais danosas
e que emperram a evoluo interna e externa do homem no planeta.
Materialistas s acreditam no que podem ver ou provar, mal sabem
que o real justamente o que no se v; a energia, a vida, o amor. O
importante o sentimento e o conhecimento. Irmozinho terrestre!
Vejo que voc est um pouco em dvida, mas lembre-se que, h pouco
eu estava aqui ao seu lado e voc no me via, correto? E eu no deixava
de existir da mesma forma que agora, no mesmo?
Interessante, ao mesmo tempo em que eu recebia aquelas pala-
vras de tanto contedo daquela linda extraterrestre, eu a observava
e percebia em seus olhos um brilho to intenso, que parecia faiscar.
Suas palavras pareciam ter uma ligao direta de mente e corao.
E eu me sentia feliz por estar ali, parecia, para mim, que o tempo
tinha parado e eu procurava assimilar o mximo.
Estava realmente extasiado, perplexo. Tinha que aproveitar aque-
les momentos e no despeda-los. Ento a minha preocupao era
fazer boas perguntas, as que eu achasse mais importantes.
-
Wanderley Franco 33
9 Meus amigos visitantes, o que vocs me dizem realmente uma grande controvrsia para ns aqui da Terra. Mas me faz lembrar que os budistas tm conceitos parecidos. Bem, e com o vocs
podem aparecer na minha frente, sem truques? Aqui, diriam que
truque de mgica ou de bruxaria ou fantasmas. Gostaria de uma ex-
plicao com base cientfica.
Desta vez, Sinjus tomou a iniciativa e preferiu me responder
chamando-me pelo meu nome:
Sim, amigo da Terra, Jota. Realmente como Filsis narrou, o
problema srio, vossa cincia e as diversas religies esto impreg-
nadas de preconceitos, radicalismos, orgulhos e falta de humildade,
isso prejudica uma melhor viso para o futuro. Mas chegar o tempo
em que isso tudo se tornar claro para vocs, posso assegurar, que em
poucas dcadas ainda em meados deste sculo, vocs daro grandes
passos em todos esses temas e as religies e o pensamento humano
se modificaro para um maior sentido de real fraternidade e amor.
Entendero que a guerra a maior expresso da ignorncia entre os
seres, que s a paz e o conhecimento so o caminho a seguir. Em guer-
ras todos perdem, no h vencedores, s perdedores. Provocadores de
guerras so um atraso para o bem e o progresso, em qualquer tempo,
em qualquer lugar. O respeito vida o bem maior. Quem no respeita
a vida de um ser, com o irmo de uma imensa famlia, no respeita a
sua prpria existncia. Os causadores de mortes, misrias e sofrim en-
tos para os seres vivos de qualquer parte, assumiro responsabilidades
srias, com dbitos pesados em seus compromissos futuros. Nada fica
sem registro nas suas prprias ureas magnticas, acreditem ou no,
mas, independe de acreditar, isso lei csmica perfeita e imutvel.
Os dios, as agresses e ganncias, l estaro marcados e registrados
como pontos negros em suas respectivas ureas magnticas espiri-
tuais, como num chip. S o prazer na prtica do bem e o crescimento
no amor e no conhecimento so o caminho para a evoluo do ser
csmico. S ao prprio ser cabe a tarefa de melhorar, corrigindo-se
ao longo das existncias, atravs de esforo, dedicao e aprendizado.
-
34 I Fantstico encontro com extraterrestres de Procyon
Operando a transformao interior, modificando aes, condutas e
pensamentos. Agora, sobre sua pergunta do desaparecer e aparecer.
Um dia, na condio de um esprito bem evoludo, ter muitas vezes
multiplicada a sua acuidade visual, poder ver um micrbio, que hoje
s possvel com poderosas lentes. Tambm cores imaginveis e em
diversas tonalidades atualmente imperceptveis aos seus olhos. No
futuro, com o ampliar dos sentidos, isso acontecer. Existem mundos
impossveis de serem narrados para vossa compreenso, paradisacos
e habitados por seres de fulgurante posio na escalada evolutiva,
muito acima da nossa de Procyon. Temos a faculdade, de por uma
concentrao mental, alterar o espaamento entre nossas estruturas
moleculares, para mais e para menos. E nos tornarmos mais ou m e-
nos densos e adequados ao meio e consequentemente de forma mais
aproximada a sua, assim nos tornarmos visveis aos vossos sentidos,
para sua visualizao. E o inverso tambm, da mesma forma, seria o
que voc chama desaparecer. Poderiam chamar de materializao ou
desmaterializao, no seria bem o caso, e sim, uma pequena mudana
de frequncia vibratria.
Nossa estrutura bem fludica, comparada a vossa, ou seja, nosso
corpo fsico tem densidade aproximada a do seu prprio esprito ou
seus fantasmas, com o chamam aqui na Terra, compreendeu? E foi
assim, que tambm formamos nossa aparncia para voc.
Nesse momento, ele estava respondendo, j captando a minha
prxima pergunta em que eu justamente estava pensando sobre a apa-
rncia deles e iria fazer, com certeza, j havia lido meus pensamentos.
J que era assim, fiquei apenas prestando ateno...
Continuando:10 Nossa aparncia, sinto que a sua indagao, no se assuste, mas totalmente diferente da que estamos, neste momento,
apresentando para voc.
Filsis e eu captamos em seu centro imaginrio, as imagens mais
adequadas e que mais se aproximam do seu julgamento de mais perfeito
-
Wanderley Franco 35
ou bonito, mais receptivo ou aprecivel e nos moldamos a essa sua per-
cepo e a esse modelo. Pois se aparecssemos como somos, em nossa
forma real, totalmente estranha para voc, causaramos sem dvida, um
grande impacto e no seria possvel esse dilogo to importante, para
todos ns e, acredito, tambm para voc.
Caro amigo da Terra Jota, as formas fsicas corporais so adequa-
das, e proporcionais s condies fsico-qumicas dos corpos celestes a
que esto ligados. Portanto, voc pode imaginar o nosso sistema, com
uma estrela como Procyon que possui um brilho muitas vezes maior
que o vosso Sol, vocs da Terra ficariam cegos em poucos segundos. Por
isso, nossos olhos so bem diferentes e com protees naturais adequa-
das ao vosso meio. L no haveria a mnima condio de seus corpos
permanecerem e suportarem as adversas incompatibilidades existentes.
11. Quer dizer, que como vejo, existem muitos outros planetas habitados com seres inteligentes, alm da Terra, espalhados
pe lo universo? Gostaria que me falassem sobre isso.
Desta vez, Filsis preferiu me responder, e parece que a mulher
e mais doce e graciosa, at mesmo nas estrelas... Mexeu suavemente
nos cabelos, alisando-os com a mo para traz da orelha, cruzou as
pernas e colocou as mos com os dedos transados sobre os joelhos,
com charme e elegncia, como uma das nossas mais lindas modelos
e se dirigiu a m im , com aquele olhar penetrante e com uma luz muito
prpria que no tenho palavras para traduzir:
Querido irm ozinho da Terra, quando lhe chamamos de
irmo csmico, porque na realidade, todos ns form am os uma
imensa famlia csmica, embora cada um esteja em um nvel dife-
rente de desenvolvimento e elevao na escala do conhecimento e do
sentimento. Mas pode ter a certeza de que: O Cosmo um imenso
jardim de vidas.
Na infinita diversidade csmica, existem mundos ainda no pe-
rodo de formao planetria, para no futuro abrigarem os seres que
iniciaro cada um, o seu caminho rumo ao desenvolvimento evolutivo
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38 I Fantstico encontro com extraterrestres de Procyon
em corpos adequados s suas necessidades evolutivas e aos seus res-
pectivos mundos.
N o Cosm o tudo obedece lei da eterna evoluo, tudo se movi
menta nessa direo, nada est esttico, nada caminha para trs, tudo
evolui sob uma disciplina irretocvel. a lei da inteligncia mxima
criadora dos universos, caminhando para o aperfeioamento e o co-
nhecimento infinito, sem pressa, porm sempre e sempre.
Existem os mundos primrios ou primitivos, equivalentes a sua
Terra h 50 mil anos e at h um milho de anos passados. Outros,
no estgio semelhante ao seu mundo de hoje e outros 100 m il anos
frente, 200 mil, 500 mil e um milho e muito mais anos frente de sua
civilizao, com desenvolvimentos a vocs inimaginveis... O Cosmo
a nossa casa, somos uma imensa famlia caminhando dentro da lei
da evoluo, cada qual, na sua escolinha planetria e no seu degrau
na escada infinita do crescimento evolutivo.
E assim, muito simples para uns entenderem, e inaceitvel ou
incompreensvel para outros ainda.
Se seguirmos em qualquer direo, para cima, para baixo, para
um lado ou para outro, durante m il anos, ou cem m il ou um milho
de anos-luz ou bilhes de anos com a velocidade da luz, continuare-
mos encontrando estrelas, sois nascendo, se formando, galxias em
formao, sois morrendo se transformando em outras estrelas e assim
por diante, sempre... O universo de uma complexidade imensa e
suas leis perfeitas e imutveis o regem com preciso absoluta e sempre
teremos muito a meditar e aprender.
Meus amigos de Procyon, eu estou perplexo, para mim,
uma oportunidade sem igual, e eu gostaria que vocs se dirigissem s
pessoas importantes, s grandes personalidades, que pudessem che-
gar aos meios de comunicao e relatar essas coisas todas, que julgo,
nos esclareceriam muito e seriam de grande importncia para toda
humanidade do nosso planeta.
Mas vocs vieram a mim, que sou uma pessoa simples, e se eu
contar sobre essa nossa conversa, que na realidade foi uma grande
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Wanderley Franco 37
experincia e a m elhor aula que eu poderia ter, sabe o que diro?
Sem dvida nenhuma, serei taxado de louco, ou vo dizer que estou
querendo aparecer, ou tive uma alucinao e preciso com urgncia
de um mdico. Acho que perderia at meu emprego e talvez tambm
os amigos.
Irm ozinho Jota, tudo acontecer no tempo devido, sua
12.civilizao receber mentes privilegiadas, menos precon-t uosas e menos materialistas, diversos desses valores j esto no
seu planeta com o crianas e logo vocs os reconhecero como gnios
nas reas da cincia, msica, pintura, escultura e de outras artes,
tambm nas lideranas polticas, com melhores posturas morais e
sentimentos mais nobres. Assim o planeta Terra comear elevar seu
nvel para os sentimentos mais nobres e alcanar seu progresso por
seus prprios meios, no devemos interferir em seus caminhos neste
estgio em que esto. Existe uma lei de respeito ao livre-arbtrio das
pessoas e dos mundos... Todos devem caminhar com os prprios ps.
Sempre uma ajuda ser dada de forma imperceptvel. At chegarem
ao ponto dos grandes intercmbios. Quando chegar esse momento
certo, o grande contato ser feito de forma clara e oficial com os seres
da Terra, por outras civilizaes mais adiantadas e mais prximas.
Vocs no conseguiro isoladamente fazer contato, mas esto sendo
observados e o grande contato ser de l para c, no tempo certo e
no momento adequado. Na verdade vocs j deveriam estar bem
mais a frente no desenvolvimento cientfico e tecnolgico, porm, o
atraso interior dos seres da Terra prejudica em muito a vs prprios.
O progresso exterior do conhecimento tem que seguir juntamen-
te equilibrado, com o progresso interior do ser planetrio, pois se
assim no for, ocorrer que o conhecimento, fatalmente ser usado
para o mal. M uito do conhecimento que hoje vocs possuem lhes foi
transmitido de form a invisvel, com o ajuda, e so inmeros. Porm
os seus lderes, entre eles alguns de pases importantes e exercendo
lideranas influentes no planeta, tm grandes afinidades com aqueles
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38 I Fantstico encontro com extraterrestres de Procyon
sentimentos que falamos de baixa frequncia vibratria, ou seja, o
prazer na violncia, na arrogncia, orgulho e muito pouco amor.
Assim, realmente prejudica todo o contexto, todo o planeta. Por
vaidades extremas podem exterminar outro pas e milhes de seres,
apenas por morarem alm de uma linha imaginria, chamada fron-
teira, mas na sua prpria morada planetria. O mau uso da tecnologia
atmica, e a constante pesquisa e fabricao de armas para destruio
muito negativo e sempre uma preocupao. Isso no deixa vocs
caminharem, trava a evoluo e deixa o campo vibracional da Terra
em pssimas condies, por gerar dios entre naes. Os miasmas
magnticos negativos envolvem a atmosfera do planeta Terra, como
um cncer, quando atinge um corpo de um ser vivo.
E por que eles, nessas condies negativas, so lderes no pla-13. neta? Por que as pessoas no percebem isso e os escolhem? Irmozinho, isso acontece, porque um grande nmero dos
habitantes do seu planeta ainda se afina tambm com esses mesmos
sentimentos de baixa vibrao e escolhem esses lideres por afinidades.
Assim as aes agressivas dos lderes so aceitas com o se fossem as
prprias aes daquelas pessoas que os escolhem. Afinam-se e vibram
na mesma frequncia ou prximo faixa vibratria dos lderes escolhi-
dos com predominncia do orgulho, arrogncia e ganncia de poder.
E ento, pelo que vejo, no teremos sada. Vocs podem 14. me mostrar qual ser a nossa soluo? Lgico que sim, irmozinho da Terra, vocs seguiro e passa-
ro adiante, como outros fizeram em mundos que tambm atravessa-
ram fase semelhante, mas antes, ainda resgataro muito sofrimento em
conseqncia de suas prprias aes desatinadas. N ingum progride
ou evolui de braos dados com o mal. S o bem o caminho do pro-
gresso e da evoluo. Isso lei csmica, imutvel, vlida em qualquer
mundo para sempre.
Haver, no entanto, outra lei csmica que favorecer o caminhar
para a evoluo da humanidade terrestre. Ser um fenmeno csmico,
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Wanderley Franco 39
chamado, transio planetria, pelo qual todo planeta passa se preciso
for, e que j se iniciou para Terra h cerca de um quarto de sculo. Sem
isso, vocs mergulhariam no caos e os mais poderosos massacrariam
os mais fracos e naes contra naes poderiam caminhar at mesmo
para uma imensa catstrofe.
Bem, quer dizer, que no chegaremos ento, ao exterm- 15 nio total do planeta, com o muitos pessimistas acreditam? Irmozinho, seu belo planeta azul tem uma funo com o es-
cola de aprendizado para vida, para o amor e o conhecimento, no se
perder pelo m eio do caminho. Porm, caracterizado ainda, como
u m caldeiro de sofrimento, lgico, com o j dissemos, fruto de suas
prprias mentes e atitudes, contudo vocs esto j h algum tempo
na fase de transio planetria para um mundo melhor, essa transio
ainda deve durar, mais ou menos, cerca de sessenta ou setenta anos,
para uma total renovao. No haver extermnio total.
O livre arbtrio dos seres uma lei, porm tem tambm um limite,
na proporo que prejudicaria outra lei que a da evoluo csmica,
para qual, todos fomos criados. Assim sendo, se o caminho de seu pla-
neta fosse o do extermnio total, interferncias invisveis ocorreriam
que afastariam, de forma imperceptvel, o planeta desse rumo. Posso
ainda lhe afirmar o seguinte: A capacidade de destruio do homem
permanece sob o rigoroso controle de um poder superior por ele des-
conhecido. A energia mxima que possa ser produzida pelo homem
em suas reaes nucleares para o mal, no ir alm de um centsimo
da massa total dos reagentes que as anulam. Por isso, o limite para a
autodestruio estar sempre sob controle. Porm o caminho do vos-
so planeta ser de muita dor, como uma mulher que dar a luz e tem
que passar pelo parto para o nascimento de outro ser, ou seja, para
um momento de grande felicidade. A dor de um parto fsico pode ser
comparada dor do parto planetrio, a dor no um castigo, mas um
remdio, uma necessidade s vezes, para a tomada de conscincia e
mudana de postura. O sofrimento desperta a conscincia, que no
-
40 I Fantstico encontro com extraterrestres de Procyon
conseguiu despertar de outra forma para o sentido de fraternidade e
amor. O ser aprende pelo amor ou pela dor, a escolha livre, porm
vocs, em maioria, fizeram a pior opo. Assim ser com a vossa Terra,
muita dor se aproximar ainda, muito sofrimento, agresses, fome,
misria pela pssima distribuio de bens, desatinos ainda sero prati-
cados pela falta de amor aos outros seres e ao prprio planeta. o que
escolheram, at o final do parto planetrio. E da em diante, uma nova
era de paz e progresso se iniciar. A fraternidade ser compreendida e
o respeito natureza ser como meta; o avano em conhecimento ser
rpido e o grande salto em novas etapas da cincia ser dado, principal
mente na robtica e na rea de aproveitamento e controle das energias
das partculas, solar e do eletromagnetismo. O bem comum ser tam-
bm o objetivo principal na terra, surgiro lderes com novas posturas
morais e elevada dedicao ao bem comum. Ento novos olhos vocs
tero para o outro ser. Surgir, mais a diante, a idia de um conselho
de governo central para o planeta. E finalmente a palavra guerra ser
afastada para sempre do vosso convvio. E ento, com o sentimento
mais equilibrado, vocs da Terra, entendero uma mensagem que foi
deixada por um esprito iluminado, do mais alto nvel, que passou por
aqui, h cerca de dois mil anos, e que com extremo sacrifcio, deixou
para o Planeta uma receita perfeita de convivncia pacfica entre os
seres, atravs da fraternidade entre os homens, ressaltando a paz e
amor: Amai-vos uns aos outros, querendo para o prximo, somente
aquilo que tambm para vs mesmos desejais. Voc mesmo conhece
esse ditado. Mas a sua humanidade preferiu tomar caminho diferente
e arcou com pesadas conseqncias... Isso, muitos de vocs, precon-
ceituosamente, pensam que religio, mas somente uma verdadeira
lei csmica a seguir. Se seguissem o conselho desse mestre, no seria
opo religiosa, mas sim uma escolha inteligente.
Bem, queridos amigos csmicos! - assim me referi, por que16. quis lhes retribuir a forma carinhosa com que me estavam tratando. - Gostaria de perguntar o seguinte: J que abordaram esse
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Wanderley Franco 41
assunto, aqui na Terra, existe um enorme conflito de idias sobre re-
religies. O que vocs pensam sobre essa idia da existncia de Deus ?
Desta vez, o ser masculino de Procyon, Sinjus, preferiu responder:
Am igo Jota, o que vocs denominam Deus, ou outro nome
qualquer, em outras lnguas de seu planeta, em nosso Sistema de
Procyon e em outros diversos sistemas tambm com civilizaes em
elevados nveis de evoluo, entendemos ser, a Infinita Inteligncia
Csmica Criadora. uma imensa energia indescritvel, que pode-
ramos chamar ou resumir em uma frmula matemtica universal:
Aproximando para sua linguagem. Designaremos por EM C (Energia
M xima Csmica). Sendo: I (Inteligncia) mais, A (amor), elevado a
potncia infinita. Seria ento: Deus = EM C = (A + I ) 00 Essa energia, que
no teramos palavras para traduzi-la ou defini-la, o principio inteli-
gente supremo, causa inicial de todas as coisas. Cria, equilibra e sustenta
todo o Cosmo, atravs de suas leis perfeitas e imutveis. Sem essa ener-
gia mxima csmica, o Cosmo seria o prprio caos. Ressaltamos enfim,
que para compreender Deus, nos falta ainda a todos ns, o sentido que
no se adquire seno pela completa depurao do esprito. Somente
os espritos que atingiram o alto grau de pureza podero compreen-
dei a natureza dessa Energia. Logo na Terra, em seu estado atual de
desenvolvimento, os homens esto bem distantes do grau de pureza
e de compreender Deus e sua obra, seno com enorme dificuldade e
apenas podero ter uma vaga e tnue noo a respeito. Teremos ainda
muito que caminhar, meu caro amigo Jota... Lembramos do grande
f sico e matemtico da sua Terra, A lbert Einstein que definiu de for-
ma linda o universo, dizendo que: O universo o pensamento divino
materializado. Est perfeito e muito bem colocado. Assim amigo Jota,
entendemos que somos todos energia, e temos em cada um de ns,
uma fragmentao dessa frmula, ou dessa energia, o que nos impul-
siona para a evoluo eterna, atravs do amor, do conhecimento e da
postura moral... Ressaltamos que todo esse caminho de progresso para
evoluo futura, cabe apenas a cada um prprio conseguir, atravs do
esforo individual e perseverana, na procura da renovao interior
-
42 I Fantstico encontro com extraterrestres de Procyon
dos sentimentos para melhor. imensamente maravilhoso saber que
tudo s depende de ns, a nossa vida est assim em nossas prprias
mos e a nossa evoluo, tambm. dessa forma que entendemos ser ...
Am igos de Procyon, nunca poderia imaginar que seres17. extraterrestres ou interplanetrios tambm acreditassem em Deus, ou como denominam, uma mxima energia csmica cria-
dora com inteligncia infinita. Sendo sincero, eu sempre digo que sou
catlico, como a maioria das pessoas aqui da Terra, mas apenas para
no me chamarem de ateu, porm na realidade no acredito em nada,
pois como posso acreditar em algo que nunca vi? E assim acho que
pensa grande parte das pessoas, s que ningum quer dizer a verdade.
Com o posso acreditar nessa energia csmica criadora, semelhante ao
que aqui dizem ser Deus, se no tenho nenhuma comprovao cien-
tfica a respeito dessa existncia? Provem-me e eu acreditarei, com
toda certeza. O que me dizem?
Dessa vez Filsis, tomou a iniciativa, levantou-se suavemente, e
com a doura de sempre se dirigiu a mim:
Irmozinho da Terra, no espere que algum lhe faa com -
provao das suas dvidas interiores, porque no acontecer. No
busque o desejo da prova, pois sem o desejo, h paz e com paz, h
harmonia; e assim encontrar sua prpria verdade no ntimo do seu
ser. Todo conhecimento vem de fora para dentro pelos seus sentidos,
mas a sabedoria nasce no seu interior, ela brota de dentro para fora,
atravs da meditao, da intuio, da sua busca pela razo e pelo seu
entendimento, isso est na intimidade do seu ser. A sua certeza, voc
vai buscar dentro de si, na percepo da evidncia da realidade. No
se preocupe em buscar a prova, mas sim, o que vem antes da prova.
No basta ver para enxergar e no basta ouvir para compreender.
Voc precisa auscultar para descobrir e sentir a plenitude da energia
csmica infinita. Ou voc vai perceber e sentir a presena dessa ener-
gia mxima criadora em tudo que existe a sua volta ou voc no vai
percebe-la em nada e em lugar nenhum...
-
Wanderley Franco 43
Ento, ela me pediu para que eu me levantasse e deu alguns pas-
sos em direo a uma roseira que estava bem encostada no para- peito
da varanda. Apontou para a rosa e me perguntou:
- O que voc est vendo?
Respondi:
- Uma rosa vermelha.
Apontou com delicadeza para uma pequena gota de gua sobre
a ptala da rosa, e perguntou:
E isso, o que isso?
uma gota d'gua sobre a rosa - respondi.
O que voc sentiu olhando para essa flor e a gota d'gua?
Bem, sinto apenas, que a rosa linda e perfumada e o pingo
d'agua... um pingo d'gua, uma gota, sem cheiro e sem cor, um
pingo de chuva que caiu no jardim e na flor.
E ela com os olhos faiscantes de intenso brilho, continuou sua
Interrogao.
Muito bem irmozinho, o que voc acha mais belo, em ordem
decrescente: Eu, essa rosa ou a gota d'gua?
Respondi rapidamente, j pensando num galanteio, como comum
no pensamento masculino.
Lgico que voc a mais bela, depois a rosa a segunda em
beleza e por fim seria o pingo d'gua, que no posso compar-lo a
voc nem a rosa.
Ela me olhou de um jeito perscrutador, em seu olhar percebi um
brilho mais intenso que no sei traduzir. Pressenti que l vinha obser-
vao repreensiva, parecia que com o olhar ela penetrava nas profun-
dezas do meu ser, devassando meu interior, e por um segundo, parecia
uma esttua de uma deusa da beleza. Pensei, l vem puxo de orelha.
Q uerido irm ozinho da Terra preciso olhar com mais
profundidade e perceber a grandeza e a beleza que h em tudo e nas
pequenas coisas. A mesma beleza que h em mim, a mesma beleza
que h na rosa e igual grandeza e beleza existe nessa pequena poro
de gua a qual chamas de pingo.
-
44 | Fantstico encontro com extraterrestres de Procyon
E continuou...
O homem da sua Terra, em grande maioria, olha para essa
gota e v somente um pingo d'gua. No percebe que aqui a natureza,
atravs da infinita fora csmica, uniu em uma reao de imensa be-
leza dois gases, o hidrognio e o oxignio e criou esse elemento gua
que a fonte bsica necessria vida. Essa pequena gota a mesma,
que aos milhes caem como chuva trazendo vida, irrigando toda ve-
getao que servir de alimento aos homens e animais, penetram no
solo e em suas profundezas, formam os lenis d'gua que sob presso
vo procurar as montanhas e explodem em formosas cachoeiras, for
mando os rios que escorrem fornecendo gua para todos e voltando
a evaporar, formando o ciclo perfeito da natureza, sustentando a vida
e o equilbrio do vosso planeta. A li est o seu simples pingo d'gua.
Enquanto voc olhar e ver apenas um pingo d'gua, sem sentir, sem
dimensionar sua real grandeza, voc tambm no entender a mxima
fora csmica e sua inteligncia criadora.
Obrigado, querida amiga das estrelas, por seu lindo ensina-
mento! Realmente, entendo que pelo pensamento que crescemos e
no momento somos ainda superficiais e materialistas, acho que pre-
cisamos repensar e meditar mais.
Am igo da Terra, Jota, estamos com nosso tempo de perma-
nncia na crosta terrestre esgotado, sinto que teremos que nos retirar.
Percebo que sua mente nos pergunta, por qual motivo ou razo.
Realmente, seria essa, a minha pergunta imediata, porm fiquei
em silncio, j que eles percebiam at o que eu perguntaria, pensei,
melhor que seja assim, pois ganharei tempo, que nesse caso, era
por demais precioso. Em cada segundo procurava absorver o mxi-
mo. Minha vontade s vezes, era de beliscar-me, para ver se estava
realmente ali em pessoa, vivenciando tal experincia.
Ento ele continuou:
Com o j lhe dissemos temos uma estrutura muito sutil em
relao a sua e tivemos que passar por um processo de preparao
-
Wanderley Franco 45
muito especial, para que pudssemos suportar as condies de estar
aqui na crosta de seu planeta. Pois a frequncia vibratria da Terra
muito baixa para ns, quanto mais ainda prximo ao solo mais baixa
ainda, enormemente densa e essa vibrao nos afeta por ser incom-
patvel com nossa estrutura molecular. Por isso temos uma limitao de
aproximadamente seis horas para permanncia na crosta terrestre,
Para exemplificar melhor, seria como um peixe de seu planeta, que
nascido para viver em guas frescas e limpas, tivesse que suportar per-
manecer por algum tempo em guas mornas e poludas, com leos e
outros poluentes. Uma comparao simples para que possa assimilar
e sentir nossas condies semelhantes. Desejamos ao amigo csmico
deste lindo planeta azul, muita paz e sabedoria.
De minha parte desejei-lhes igualmente muita paz e felicidades.
E disse-lhes:
Estou muito feliz por ter sido escolhido e ter esse imenso privi-
lgio do contato com vocs, embora tenha me sentido muito pequeno e
atrasado. Eu realmente gostaria que permanecessem mais tempo, pois
teria ainda muitas perguntas para fazer e gostaria de ouvi-los mais e
aprender. Considerando que essa oportunidade, sem palavras, para
traduzir minha alegria.
Por favor, se houver uma nova oportunidade de voltarem Terra,
venham me ver, pois estarei de corao aberto a esse momento de
felicidade e com sinceridade aprendi e desejaria aprender mais. Foi
muito bom conhec-los e receb-los. Obrigado por tudo e por terem
me selecionado para a visita. Vossas presenas estaro sempre em
minha mente e vossas palavras tambm. Que a Fora M xim a do
Universo, o nosso Deus, esteja sempre com vocs.
Nesse momento em que lhes dirigi a minha despedida com toda
minha sinceridade, senti um brilho intenso de seus olhos e me pareceu
que eles tambm estavam envolvidos em emoo.
Eles se aproximaram de mim, espalmaram sua mo direita na
altura de meu peito, e eu vagarosamente e tomado de emoo, encostei
minha mo na deles, um de cada vez.
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46 I Fantstico encontro com extraterrestres de Procyon
Senti uma energia envolvente que no sei traduzir. Senti uma
enorme sensao de paz e de bem-estar.
Em seus olhos um brilho inesquecvel de alegria... Eles deram
as mos e caminharam em direo a sada lateral da minha varanda,
deram uma parada, voltaram-se para m im e em alguns segundos se
desfizeram da mesma forma que tinham aparecido.
Por alguns minutos fiquei perplexo, muito feliz, mas confuso.
Andei at o jardim no quintal e olhei para o cu, na esperana
talvez... sei l... Somente olhei e vi algumas estrelas, pensei, quem sabe,
pudesse ver alguma nave, mas nada vi.
Era plena madrugada, j passava das 02h00min (duas horas da
manh)...
Retirei uma rosa branca do jardim e pensei, vou fazer alguma
coisa para registrar e lembrar que isso realmente aconteceu e no foi
sonho ou imaginao. Entrei em casa e coloquei a rosa branca junto
ao cinzeiro em cima da mesa na sala, coloquei tambm junto, o meu
relgio, meu aparelho de som com os CDs e o chaveiro com as chaves
do carro e da casa. Assim pensei, amanh verei o relgio e a rosa e
terei certeza que no foi sonho e que estava acordado.
Tomei um copo de gua e fui para o quarto dormir.
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A Rosa Branca e a Meditao
Conform e ainda descrio de Jota :
No dia seguinte, acordei em torno das 9 h, aps ir ao banheiro
e fazer a higiene pessoal, com um bom banho frio, escovei os dentes,
coloquei uma bermuda, tnis e uma camiseta, fui copa cozinha,
tomei um suco de laranja e comi um sanduche. Descendo para sala,
olhei em cima da mesa, l estava a rosa branca apoiada no cinzeiro,
peguei meu relgio que estava ao lado.
Aqueles fatos, o dilogo com Filsis e Sinjus, estavam frescos em
minha memria. As imagens voltavam a minha mente a todo instante.
I 47 |
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48 I Fantstico encontro com extraterrestres de Procyon
Peguei um caderno e comecei a transcrever todos os aconteci-
mentos da noite anterior, passo a passo, procurei retratar com mximo
de detalhes possveis e conforme ia me relembrando parece que.
como um filme, os fatos se repassavam em minha mente e pude ali,
tranqilo, preencher vrias folhas, com meus prprios garranchos e
minha caneta esferogrfica.
J prximo da uma hora da tarde, peguei meu carro e fui at
o supermercado fazer algumas compras que precisava. A lm ocei no
restaurante por quilo (self serv ice). Queria somente andar, caminhar
um pouco, aqueles fatos no saam da minha mente. E aquela mulher
Filsis, lindssima... que porte elegante, que palavras sbias e quanta
expresso de doura, sempre me chamando carinhosamente de ir-
mozinho da Terra. Com toda certeza qualquer esposa aqui do nosso
planeta, morreria de cimes e a minha ento, melhor nem pensar...
Sinjus (o ser masculino) poderia dizer que parecia o smbolo da pessoa
equilibrada, transmitia confiana e disfarava um suave sorriso que
nos passava simpatia e prazer no dilogo, parecia um ser iluminado,
sem nenhuma arrogncia, pelo contrrio se mostrava consciente de
sua sabedoria, mas me passava uma humildade imensa de forma a
transform-la em grandeza, deixava apenas se colocar como um irmo
mais velho, com muita simplicidade e ternura.
N o final da tarde, ainda completei melhor os escritos, pois re-
passando, lembrava-me de uma palavra ou outra, tambm alguns
pequenos detalhes que sempre completavam melhor os pensamentos
transmitidos por meus visitantes especiais. Em certo momento, pensei
c comigo, puxa vida, deveria gravar a conversa, assim no teria que
perder tempo para lembrar palavra por palavra..., mas, logo v i a bes-
teira que estava pensando, sou burro mesmo, com um gravador, iria
gravar o qu? Pensamentos? e era mesmo, pois se mal mexiam com
os lbios, eles nem produziam sons, na realidade somente iria gravar
a minha prpria voz. Pensei, , realmente seria um desastre, mais
uma mancada, seria ridicularizado quando mostrasse para algum...
mesmo, e pensar, que eles ainda me elogiaram, dizendo que eu estaria
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Wanderley Franco 49
acima da mdia das pessoas. , acho mesmo, que eles foram bem gentis
comigo, e como... At pensei tambm, que deveria ter feito algumas
fotos... Mas, seria outra bobagem, nada adiantaria, pois pareciam
apenas um casal de amigos como qualquer outro, perfeitamente igual
a um casal daqui da nossa Terra... N ingum acreditaria, no colaria,
de novo cairia no ridculo e seria mais uma piada. Bem, um dia falarei
com algum e quem quiser que acredite ou no. O importante que eu
sei e com toda certeza, fui um privilegiado, agora sei com convico
coisas que a turma toda duvida e faz pouco caso por a.
noitinha, fui caminhar e ver as pessoas passarem, isso j me
fazia bem, queria relaxar a mente, me desligar um pouco, no queria
conversar com ningum, apenas guardava o meu segredo e meditava.
Caminhei mais de uma hora ou quase duas, nem sei ao certo.
Percebi que olhava as pessoas e as aceitava de maneira diferente
que antes, as palavras de Sinjus e Filsis j causavam influencias benfi-
cas em minha personalidade. N o fundo sempre tive um pouco de pre-
conceito, talvez envolvido pelo meu prprio orgulho, de achar que era
superior, talvez por ter uma posio social melhor, ter bom salrio e ter
um pouco de conhecimento, ser advogado, ou sei l mais o qu. Meu
Deus! Que pobreza a minha, comecei a entender que o preconceito e
o orgulho so como uma doena que s traz ferrugem ao esprito hu-
mano, impedindo-o de brilhar, de enxergar mais longe e avanar rumo
a um ser melhor. Na realidade agora tinha pena do preconceituoso e
no mais do discriminado. Comeava a entender que cada um est no
seu caminho de evoluo e agora olhava pessoas negras, brancas e at
os deficientes fsicos, com mais respeito, como irmos de caminhada,
como iguais moradores do mesmo planeta, ou matriculados, como eu,
na mesma escolinha chamada Terra, como eles, meus ilustres visitantes
disseram, nossa morada csmica, nosso lindo planeta azul.
Vaguei meditativo, como bom meditar um pouco e reformular
nossos conceitos atrasados. Quando entendemos a nossa pequenez
porque estamos comeando a dar alguns passos frente na com -
preenso e rum o a nossa melhoria interior. In felizm ente pensava
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50 I Fantstico encontro com extraterrestres de Procyon
como a maioria que s se importa no ter, no possuir dinheiro. Todos
acham que valemos pelo que temos e pelo poder e influncia que
exercemos sobre os outros no nosso meio. Que terrvel engano meu ,
e de nossa sociedade. O ser humano tem valor pelo que realmente .
Agora comeo a perceber que o que vale seu conhecimento, os sen-
timentos nobres e a postura moral. Isso sim , com certeza, a nossa
maior conquista e ningum lhe pode tirar ou roubar, mas os outros
valores materiais so todos perecveis e podem ser perdidos do dia
para a noite. Voc pode estar rico hoje e pobre amanh. Um grande
cargo pode ser perdido. Um ladro ou um herdeiro pode destruir toda
e qualquer fortuna. Mas o seu conhecimento e o seu sentimento so
o seu real patrimnio, ningum lhe tira. E at contraria um concei-
to matemtico. Pois voc pode dar e dividir com todos que ele no
diminui, pelo contrrio, aumenta. Que interessante, s nessa idade e
depois destes fatos me despertarem, que pude pensar assim. Antes
tarde do que nunca, j dizia o filsofo popular...
M inha mente fervilhava.
E assim, caminhei e caminhei meditando... Conversava com i-
go mesmo, com a minha conscincia, reformulava meus conceitos e
forma de pensar e de viver.
Caminhei e parei em frente ao mar, ali permaneci ouvindo o
som das ondas. Sentei na areia e fiquei meditando, pensei no que
Filsis me falou sobre a gua. Repassava aquelas imagens daqueles
seres e suas palavras.
, e ento, eu repassava solitrio. Quanta atitude impensada eu to-
mei em minha vida que poderia ser diferente. Quanta imprudncia fiz...
Bem, o que passou, passou, est feito, e para frente que devo
seguir agora com maior cuidado e mais responsabilidade, com igo
mesmo e com o prximo.
Pensei comigo, vou, de agora em diante, nortear minhas aes,
procurando lembrar os conceitos aprendidos com Filsis e Sinjus.
Mais tarde, j em casa, concentrei-me novamente nas anota-
es, revendo, palavra por palavra, e ainda complementei algumas
-
Wanderley Franco 51
lacunas forando a memria e lembrando mais detalhes e revivendo
as emoes. Consegui completar alguns por menores. Por fim, achei
que estava completo ou quase cem por cento.
Depois relaxei, tomei mais um copo de suco de laranja e liguei a
televiso. Assistia ao jornal e depois no sof, em frente TV, adormeci...
-
Novo Contato
Despertei com a televiso ligada, passava um filme... Desliguei.
Acho que adormeci um pouco mais de uma hora e meia. Fui at a
varanda e caminhei de um lado para o outro, lembrando inevitavel-
mente dos fatos que ali se passaram na noite anterior.
Olhei para o jardim e uma chuva fina caia, deixando a noite fresca
e boa para dorm ir sem precisar ligar o ar condicionado. Uma leve bri-
sa soprava, sentei no mesmo lugar, naquela minha poltrona preferida
e relembrei alguns trechos de minha conversa com meus visitantes
especiais. Repassava para ver se alguma coisa teria deixado de anotar.
Fiquei mais uma meia hora e resolvi entrar, ento levantei e coloquei
uns vasos de planta no parapeito da varanda, ou seja, um murinho
I 53 I
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54 | Fantstico encontro com extraterrestres de Procyon
que dividia a varanda do quintal, para pegar um pouco da chuva, e
a, ento, ouvi novamente aquela voz que j era minha conhecida:
- Irmozinho da Terra, estamos presentes, deseja nos receber ,
mais uma vez?
Reconheci de imediato a chamada com a doce voz de Filsis e
com alegria respondi:
- Sejam bem-vindos - disse pois logo imaginei que Sinjus tam-
bm estaria presente.
Em minha frente, desta vez formaram-se ou materializaram-se,
ao mesmo tempo os dois vultos que comearam a se iluminar das
pequenas partculas prateadas e cintilantes e logo ali estavam, nova-
mente aquelas duas belas criaturas do Sistema Estelar de Procyon, na
constelao de Co Menor. Com as mesmas roupas que realmente me
pareciam uniformes e os seus suaves sorrisos. Com os gestos caracte-
rsticos que eu j conhecia, espalmaram as mos em minha direo.
Correspondi da mesma form a e desta vez mais descontrado, me
sentindo mais vontade, dei um passo na direo deles e os toquei
suavemente em suas mos. Em seguida fiz o nosso cumprimento co-
mum de terrestre e estendi minha mo direita de forma mais baixa,
convidando-os ao nosso tradicional aperto de mos terrestre, o que
eles entenderam e me corresponderam com um aperto bem suave.
Sempre nessa oportunidade de me aproximar ou toc-los no
deixava de sentir uma energia forte, sem palavras para explicar, como
uma emoo de