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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO FATORES DA QUALIDADE E SATISFAÇÃO NA COMPRA PELA INTERNET E SUA INFLUÊNCIA NA FIDELIDADE DOS CONSUMIDORES por CHIARA ÂNGELA DE CARVALHO SALES BACHAREL EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS, UFRN, 2004 TESE SUBMETIDA AO PROGRAMA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Dezembro, 2008 © 2008 CHIARA ANGELA DE CARVALHO SALES TODOS OS DIREITOS RESERVADOS A autora aqui designada concede ao Programa de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Rio Grande do Norte permissão para reproduzir, distribuir, comunicar ao público, em papel ou meio eletrônico, esta obra, no todo ou em parte, nos termos da Lei. Assinatura da Autora: _____________________________________________________ APROVADO POR: ______________________________________________________ Prof a . Anatália Saraiva Martins Ramos, D.Sc. – Orientadora _______________________________________________________ Rubens Eugênio Barreto Ramos, D.Sc. – UFRN ____________________________________________________________ Aurélia Altemira Acuña Idrogo, D.Sc. – UFRN

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTECENTRO DE TECNOLOGIA

PROGRAMA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

FATORES DA QUALIDADE E SATISFAÇÃO NA COMPRA PELA INTERNET E SUA INFLUÊNCIA NA FIDELIDADE DOS CONSUMIDORES

por

CHIARA ÂNGELA DE CARVALHO SALESBACHAREL EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS, UFRN, 2004

TESE SUBMETIDA AO PROGRAMA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE COMO PARTE DOS

REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE

MESTRE EM CIÊNCIAS DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

Dezembro, 2008

© 2008 CHIARA ANGELA DE CARVALHO SALESTODOS OS DIREITOS RESERVADOS

A autora aqui designada concede ao Programa de Engenharia de Produção daUniversidade Federal do Rio Grande do Norte permissão para reproduzir, distribuir,comunicar ao público, em papel ou meio eletrônico, esta obra, no todo ou em parte, nostermos da Lei.

Assinatura da Autora:_____________________________________________________

APROVADO POR:

______________________________________________________Profa. Anatália Saraiva Martins Ramos, D.Sc. – Orientadora

_______________________________________________________Rubens Eugênio Barreto Ramos, D.Sc. – UFRN

____________________________________________________________Aurélia Altemira Acuña Idrogo, D.Sc. – UFRN

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Divisão de Serviços Técnicos

Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Central Zila Mamede

Sales, Chiara Ângela de Carvalho.Fatores da qualidade e satisfação na compra pela internet e sua

influência na fidelidade dos consumidores / Chiara Ângela de Carvalho Sales. – Natal, RN, 2008.

92 f.

Orientadora: Anatália Saraiva Martins Ramos.

Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Tecnologia. Programa de Pós-Graduação em Engenhariade Produção.

1. Varejo digital – Tese. 2. Internet – Dissertação. 3. Qualidade –Dissertação. 4. Satisfação – Dissertação. 5. Fidelização dos clientes –Dissertação. I. Ramos, Anatália Saraiva Martins. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

RN/UF/BCZM CDU 658.849(043.2)

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CURRICULUM VITAE RESUMIDO

Chiara Ângela de Carvalho Sales é Bacharel em

Administração de Empresas, formada pela Universidade

Federal do Rio Grande do Norte em 2004. É professora da

UNOPAR (Universidade do Norte do Paraná - Unidade

Natal-RN), do CTEAD (Centro de Tecnologia e Ensino a

Distância -Natal-RN) e professora da Faculdade Católica

Nossa Senhora das Vitórias em Assu-RN. Nas respectivas

unidades de ensino, leciona a disciplina Processo Gerencial,

no curso de Tecnólogo - Modalidade de Ensino à Distância;

as disciplinas Administração de Sistemas de Informação,

Administração da Inovação, Controle Financeiro,

Administração da Produção e Gestão de Serviços, no curso

de Graduação em Administração de empresas. No Curso

Técnico em Segurança do Trabalho, leciona a disciplina

Administração e Gestão do Trabalho.

ARTIGOS PUBLICADOS

RAMOS, A. S. M. ; OLIVEIRA, I. D. ; SALES, C. A. C. Difusão da Linguagem Python

no Desenvolvimento de Sistemas Web: pesquisa exploratória em empresas brasileiras. In:

XIII Simpósio de Engenharia de Produção, 2006, Bauru-SP. Anais do XIII SIMPEP,

2006.

RAMOS, A.S.M; SALES, C. A.C.. Qualidade dos Websites de Agências de viagem e

turismo da cidade do Natal/RN: Pesquisa exploratória e proposta de protocolo de análise.

In: XVIII Encontro Brasileiro de Administração (ENBRA), 2004.

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RAMOS, A.S.M; SALES, C. A.C.. Fatores Influenciadores da adoção da Internet como

inovação organizacional: pesquisa empírica em agências de viagem em Natal-RN. In:

XIV Congresso de Iniciação Científica da UFRN, 2003, Natal-RN.

RAMOS, A.S.M; SALES, C. A.C.. A Internet e sua influência na indústria do turismo:

uma proposta de estudo em agências de viagem da cidade do Natal-RN. In: IX

Seminário de pesquisa do CCSA, 2003, Natal-RN.

RAMOS, A.S.M; SALES, C.A.C. SILVA, S.M.C. Produção científica na área de Internet

na Administração: uma revisão de literatura e classificação de artigos nos Anais do

ENANPAD de 1997 a 2003. In: X Seminário de pesquisa do CCSA, 2004, Natal-RN.

RAMOS, A.S.M; SALES, C. A.C.. Terceirização em Tecnologia da Informação: aspectos

gerenciais em uma agência de viagem de Natal-RN. In: X Seminário de pesquisa do

CCSA, 2004, Natal-RN.

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DEDICATÓRIA

Dedico este estudo: A meu pai, meu irmão e em

memória de minha mãe.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço à Deus pela sabedoria e inteligência a mim concedidas e pela Sua

presença constante no desenvolvimento deste trabalho e em minha vida...

Meus sinceros agradecimentos às pessoas que direta ou indiretamente se

dispuseram a me ajudar, seja com gestos concretos, seja em palavras de apoio.

Agradeço aos coordenadores dos cursos de Especialização da UFRN que

gentilmente concederem-me suas turmas para a aplicação dos questionários: Profa. Edna

Marques (Curso de Análises Clínicas-CCS); Profa. Nísia Brasileira Augusta de P. e Souza

(Curso de Educação Holística-CCSA); Prof. Aldo Aloísio (Curso de Gestão Ambiental

Urbana-CCHLA); Prof. Walter Junior (Curso de Educação de Jovens e Adultos-CCSA);

Profa. Dayse da Mata (Curso Gestão da Qualidade-CT); Profa. Luciana (Curso de Gestão

estratégica de Sistemas de Informação-CCSA).

Agradeço em especial a todos os amigos e amigas que me ajudaram nesta

trajetória, cujo alguns nomes gostaria de citar: Idelmárcia, por sua paciência e ajuda

constante; à Priscila Flávia por sua grandiosa ajuda no processo de Pesquisa; Aldilene

Dantas pela sua ajuda em parte da análise dos dados desta pesquisa, a todos meu muito

obrigada.

À Profa. Anatália, minha orientadora, por todo apoio e confiança concedidos.

À Banca Examinadora, por ter aceito participar da avaliação deste trabalho.

E, especialmente, à minha família, na pessoa de meu pai e meu irmão. A estes,

todo meu amor e respeito...

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“Por mais longa que seja a caminhada o mais importante é dar o primeiro passo”.

Vinícius de Morais

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Resumo da Tese apresentada à UFRN/PEP como parte dos requisitos necessários para a

obtenção do grau de Mestre em Ciências em Engenharia de Produção

QUALIDADE E SATISFAÇÃO NA COMPRA PELA INTERNET E SUA

INFLUÊNCIA NA FIDELIDADE DOS CONSUMIDORES

CHIARA ÂNGELA DE CARVALHO SALES

Dezembro/2008

Orientadora: Profa. Anatália Saraiva Martins Ramos, D.Sc

Curso: Mestrado em Ciências em Engenharia de Produção

A presente pesquisa objetivou estudar as relações entre os fatores intervenientes para a

satisfação no processo de compras baseadas na Internet e sua influência na fidelidade

online (e-loyalty), na visão dos consumidores de varejo virtual. Para tanto, foi utilizado

como instrumento de coleta de dados um questionário baseado em fatores de qualidade e

fidelidade oriundos dos serviços convencionais, que foi adaptado para a realidade dos

serviços digitais. A pesquisa caracteriza-se como exploratória, de natureza quanti-

qualitativa. A análise quantitativa descreveu e testou a relação de variáveis de qualidade

do site e de preço dos produtos do site com as variáveis de satisfação. Neste caso, foram

utilizadas técnicas estatísticas como distribuição de freqüência, médias e desvio-padrão e

correlação de postos de Spearman. Já na abordagem qualitativa, foi empregada a análise

de conteúdo para uma questão aberta relacionada com a identificação dos fatores que

levam a fidelidade digital. A pesquisa de campo foi feita com uma amostra de 44 alunos

de pós-graduação em nível de Especialização da Universidade Federal do Rio Grande do

Norte. Os resultados da análise quantitativa evidenciaram que a qualidade está ligada à

satisfação dos clientes em vários fatores, mas o preço não influencia muito na satisfação.

Na análise qualitativa, a segurança do website e os preços oferecidos são fatores que

potencialmente fidelizam os clientes digitais, segundo a perspectiva dos entrevistados. O

fator segurança e confiança no website foi considerado o mais crítico para a fidelidade

dos clientes que compram pela Internet.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: MODELO ACSI..................................................................................................................................................24FIGURA 2: MODELO ECSI ..................................................................................................................................................25FIGURA 3: MODELO PROPOSTO POR JOHNSON ET AL. (2001)........................................................................................25FIGURA 4: MODELO PROPOSTO DA PESQUISA..................................................................................................................34

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1: COMPARAÇÃO ENTRE ESTRATÉGIAS DE GESTÃO DA QUALIDADE ENTRE AUTORES DA ÁREA.............17QUADRO 2: ERAS DA QUALIDADE.....................................................................................................................................18QUADRO 3: REVISÃO DE TRABALHOS LIGADOS À QUALIDADE, SATISFAÇÃO E FIDELIDADE..................................28QUADRO 4: CONSTRUTOS (FATORES) UTILIZADOS, VARIÁVEIS E IDENTIFICAÇÃO DAS QUESTÕES.........................36QUADRO 5: CATEGORIZAÇÃO DOS FATORES GERADORES DE FIDELIDADE.................................................................56

LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1: FAIXA ETÁRIA DOS PART ICIPANTES DA PESQUISA.....................................................................................40GRÁFICO 2: DISTRIBUIÇÃO DA FAIXA DE RENDA FAMILIAR..........................................................................................40GRÁFICO 3: PESQUISA NA INTERNET ANTES DE COMPRAR X FREQUÊNCIA DE COMPRA ONLINE.............................42GRÁFICO 4: AVALIAÇÃO DO PREÇO PRATICADO NOS WEBSITES...................................................................................45GRÁFICO 5: IMPRESSÃO QUANTO À REPUTAÇÃO EMPRESARIAL...................................................................................45GRÁFICO 6: COMPROMETIMENTO AFETIVO COM O WEBSITE........................................................................................46GRÁFICO 7: SATISFAÇÃO COM NAVEGABILIDADE, SERVIÇOS E SEGURANÇA.............................................................48GRÁFICO 8: OCORRÊNCIA DE RECLAMAÇÃO DO WEBSITE.............................................................................................49GRÁFICO 9: AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO DAS RECLAMAÇÕES..................................................................................49GRÁFICO 10: INTENÇÃO DE RECOMPRA FUTURA............................................................................................................50GRÁFICO 11: RECOMENDAÇÃO DO WEBSIT E...................................................................................................................51GRÁFICO 12: FATORES DA FIDELIZAÇÃO DIGITAL..........................................................................................................57

LISTA DE TABELAS

TABELA 1: HÁBITO DE PESQUISAR NA INTERNET ANTES DE COMPRAR.......................................................................41TABELA 2: PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DA INTERFACE E NAVEGABILIDADE.............................................................43TABELA 3: PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE AJUDA...............................................................................43TABELA 4: PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DE PRODUTOS OFERECIDOS...........................................................................44TABELA 5: AVALIAÇÃO DOS PREÇOS DOS PRODUTOS DO WEBSITE..............................................................................44TABELA 6: AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO COM O WEBSITE.............................................................................................47TABELA 7: CORRELAÇÃO DA QUALIDADE PERCEBIDA DA INTERFACE DO WEBSITE COM AS VARIÁVEIS DE

SATISFAÇÃO ...............................................................................................................................................................52TABELA 8: CORRELAÇÃO DA QUALIDADE PERCEBIDA DOS SERVIÇOS DE AJUDA DO WEBSITE COM AS

VARIÁVEIS DE SATISFAÇÃO......................................................................................................................................53TABELA 9: CORRELAÇÃO DA QUALIDADE PERCEBIDA DOS PRODUTOS DO WEBSITE COM AS VARIÁVEIS DE

SATISFAÇÃO ...............................................................................................................................................................54TABELA 10: CORRELAÇÃO DAS VARIÁVEIS DE PREÇO COM A SATISFAÇÃO................................................................55

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SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 1

1.1 OBJETIVOS DA PESQUISA ................................................................................................................................31.2 JUSTIFICATIVA .....................................................................................................................................................41.3 ESTRUTURA DO TRABALHO ...........................................................................................................................4

CAPÍTULO 2 - REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................................................ 6

2.1 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO, INTERNET E COMÉRCIO ELETRÔNICO.................................62.2 ANÁLISE DE WEBSITES ...................................................................................................................................102.3 VAREJO VIRTUAL.............................................................................................................................................142.4 QUALIDADE..........................................................................................................................................................16

2.4.1 Serviço e Qualidade em serviço.................................................................................................................. 192.5 SATISFAÇÃO E FIDELIDADE DOS CLIENTES ........................................................................................222.6 FATORES EXPLICATIVOS DA SATISFAÇÃO E FIDELIDADE............................................................23

2.6.1 Estudos sobre a relação qualidade, satisfação e fidelidade no Brasil................................................. 262.6.2 Qualidade, satisfação e fidelidade aplicadas ao ambiente virtual....................................................... 29

CAPÍTULO 3 - METODOLOGIA ............................................................................................................................. 32

3.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA ..............................................................................................................................323.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA...............................................................................................................................323.3 MODELO DE PESQUISA E INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ..............................................343.4 MÉTODOS DE ANÁLISE DOS DADOS .........................................................................................................37

CAPÍTULO 4 - ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS ........................................................................ 39

4.1 PERFIL DEMOGRÁFICO ...................................................................................................................................394.2 PERFIL DO USO DA INTERNET E DE COMPRAS ONLINE...................................................................414.3 QUALIDADE PERCEBIDA ................................................................................................................................424.4 PREÇO......................................................................................................................................................................444.5 REPUTAÇÃO DO WEBSITE..............................................................................................................................454.6 COMPROMETIMENTO.......................................................................................................................................464.7 SATISFAÇÃO.........................................................................................................................................................474.5 RECLAMAÇÕES ...................................................................................................................................................484.9 FIDELIDADE E RECOMENDAÇÃO...............................................................................................................494.10 ANÁLISE DE CORRELAÇÃO DA QUALIDADE PERCEBIDA E SATISFAÇÃO ...........................514.11 ANÁLISE QUALITATIVA DOS FATORES QUE INFLUENCIAM A FIDELIDADE DIGITAL DOS CLIENTES............................................................................................................................................................55

CAPÍTULO 5 - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ................................................................................... 58

5.1 LIMITAÇÕES DO ESTUDO.........................................................................................................................................595.2 DIREÇÕES PARA PESQUISAS FUTURAS..................................................................................................................605.3 CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................................................................60

REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................................... 61

APÊNDICE I - QUESTIO NÁRIO DA PESQUISA............................................................................................... 70

APÊNDICE II – HISTOGRAMAS DAS VARIÁVEIS DO MODELO DA PESQUIS A............................. 72

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Capítulo 1 - INTRODUÇÃO

A Internet tornou-se um diferencial para consecução de processos de venda e

prestação de serviços no atual contexto de economia globalizada. A superação de

fronteiras e de tempo passou a ser determinante para ganho ou perda de mercados. A

competição dentro deste cenário é mais sentida no setor de serviços, que pode se

beneficiar positivamente com relação ao comércio eletrônico, no tocante a propiciar aos

clientes todas as características que tornam a Internet um canal de compras ímpar. Um

número cada vez maior e crescente de consumidores tem usado a Internet para obter

informação sobre produtos e serviços e/ou comprá-los (GEISSLER, 2001). Kalakota e

Robinson (2002) salientam que as inovações tecnológicas, como a Web e comércio

eletrônico, vêm acelerando a inovação de valor nas dimensões de velocidade,

conveniência, personalização e preço, mudando substancialmente a proposição de valor

do cliente.

O comércio eletrônico é aqui conceituado como sendo “suporte para qualquer tipo

de transações de negócio que utilize uma infra-estrutura digital, como fornecer instruções

a seus clientes, servir como ferramenta de marketing, como canal de vendas, uma linha

de suporte ou até utilizar a Internet para transações de troca de dados entre instituições

financeiras” (MARTINS et al., 2001).

A indústria varejista poderá se beneficiar de várias formas com o comércio

eletrônico, não apenas para vender propriamente seus produtos, mas também para

otimizar seus serviços de pré-venda e pós-venda (VASSOS, 1997). O comércio varejista

tem um potencial representativo para a economia do país e o uso efetivo de mídias como

a Internet em seus serviços torna-se um meio para a sobrevivência de muitas destas

organizações. O varejo virtual (e-retail) está se tornando cada vez mais popular e

acessível, evidenciando um mercado em potencial. O uso de ferramentas de marketing

eletrônico está a disposição para ser explorado de maneira a otimizar operações e tornar a

venda bem mais atraente para o cliente.

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O comércio eletrônico denominado empresa-a-consumidor (B2C) pode ser um

canal que o varejo virtual pode utilizar para atingir a satisfação das necessidades dos

clientes que desejam realizar suas compras de forma mais rápida e eficiente se

comparado aos meios tradicionais. Principalmente para produtos com determinadas

características de comercialização, o comércio eletrônico pode vir a alcançar um

diferencial competitivo para o varejo.

Entregar serviços ou efetivar compras através dos websites pode propiciar

diferencial competitivo para as organizações, sejam elas de pequeno, médio ou grande

porte, principalmente se conseguirem a fidelidade de seus clientes. Fatores relacionados

com a qualidade em ambientes de compras eletrônicas como: interação com o cliente,

interface, usabilidade, navegabilidade, busca no site, ajuda, eficiência no processo de

compra entre outros são gerenciados com o objetivo de obter algum grau de fidelidade do

cliente online. Estes campos de estudo são denominados e-quality e e-loyalty,

respectivamente.

Apesar de existirem opiniões divergentes, acredita-se mais na existência de uma

relação positiva entre a satisfação e a lealdade mesmo que ela não seja proporcional

(KOCKANNY, 2003). Para Kotler (2000), a satisfação é requisito para se chegar à

lealdade. Para Beber (1999), se o consumidor começar a comprar com uma certa

regularidade os mesmos produtos, ele estará se tornando fiel a estes produtos. Mas,

segundo Hart e Johnson (1999) citados em Taylor e Hunter (2002), a fidelidade é

conseguida consistentemente apenas quando os consumidores são satisfeitos ao longo do

tempo. Desta forma, a continuidade da gestão em satisfazer o consumidor torna-o

potencialmente fiel.

Fornell et al. (1996 apud González, Ramos e Amorim, 2005) afirmam que clientes

fiéis não são necessariamente satisfeitos, mas clientes satisfeitos tendem a ser fiéis. Mas

esta relação satisfação-fidelidade ainda é uma questão de pesquisa relevante, visto que

várias pesquisas têm obtido resultados distintos, o que torna o teste do modelo uma

questão importante. Sendo assim, é necessário não se restringir a programas de gestão da

satisfação, pois a satisfação pode ser conseguida sem que corresponda necessariamente a

fidelização. A fidelidade requer avanços nas políticas organizacionais e uma atenção a

outras variáveis como imagem, marca, compromissos calculado e afetivo. Aplicado no

ambiente virtual, Riel et. al. (2001) exploraram a relação da satisfação com os serviços

oferecidos pela Internet e a percepção de valor e fidelidade do consumidor.

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? A Internet e suas ferramentas de marketing poderão dar condições para as

empresas de varejo adquirirem novos mercados e tornarem-se mais atrativas aos olhos

dos clientes mais exigentes. Para tanto, torna-se necessário investigar como aspectos

ligados à qualidade, satisfação, preço e outras variáveis relacionadas com os serviços de

compra baseados na Internet podem afetar a fidelidade dos clientes online, pois ainda há

poucos estudos desta natureza no contexto do varejo virtual. De acordo com Vieira e

Torres (2008), apesar da relevância da qualidade dos serviços na conjuntura de compras

on-line, há uma escassez de pesquisas sobre qualidade de serviços em varejo eletrônico

no Brasil.

A proposição principal a ser testada nesta pesquisa é a de que quanto maior for a

satisfação e a percepção da qualidade de serviços, maior será a propensão dos clientes

que compram pela Internet de adquirir produtos e serviços do mesmo website novamente.

Face ao exposto, esta pesquisa se propõe a responder as seguintes questões:

Quais os fatores que se relacionam com a satisfação no processo de compra

pela Internet e quais os fatores que influenciam a fidelidade digital?

1.1 OBJETIVOS DA PESQUISA

O objetivo geral desta pesquisa é identificar as relações entre os fatores

intervenientes para a satisfação no processo de compras baseadas na Internet e sua

influência na fidelidade online (e-loyalty), na visão dos consumidores de varejo virtual.

Os objetivos específicos da presente pesquisa são:

� Identificar a percepção de qualidade dos serviços de compra pela Internet, no que

se refere à interface, navegabilidade e serviços de suporte do website, preço,

produtos oferecidos, reclamação e reputação do website;

� Identificar o grau de satisfação dos consumidores online no que se refere à

navegabilidade e interface do website de compras online, a prestação de serviços

e a segurança;

� Identificar o grau de fidelidade dos consumidores online a partir da intenção de

compra futura e a possibilidade de recomendação para amigos;

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� Identificar a associação de fatores da Qualidade e Preço com a Satisfação,

atuantes no processo de compras eletrônicas;

� Descrever os fatores que tornam um cliente fiel a um website.

1.2 JUSTIFICATIVA

Os resultados da pesquisa avançam o conhecimento acadêmico sobre a qualidade

de serviços baseados na Internet, insere-se no campo de estudos sobre o marketing na era

digital, tendo como foco a Internet, mais precisamente o varejo virtual. Assim, a pesquisa

visa preencher uma lacuna em temáticas sobre a fidelidade dos clientes com relação aos

meios digitais do comércio varejista.

Em termos de identificação de temática científica, a pesquisa vincula-se à área

Tecnologia e Inovação, no CNPq e, no PEP/UFRN, vincula-se à área de Mercado e

Produto.

Como aplicação prática, as organizações consideram que focar na satisfação é

importante para a lucratividade a longo prazo e para a fidelidade de seus clientes, o que

também aumenta a lucratividade. Práticas organizacionais visando a qualidade total,

presente de forma intensa no mundo inteiro, têm a satisfação do consumidor como meta,

em última instância.

Visto que os serviços disponibilizados pelos websites podem propiciar diferencial

competitivo para as respectivas organizações, principalmente se estes conseguirem

fidelidade por parte de seus usuários, este estudo pode vir a beneficiar o comércio

varejista virtual, pois os executivos poderão implementar melhorias nos seus serviços de

compra e obter diminuição de custos com seu composto de marketing, a partir dos

achados desta pesquisa.

1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO

A pesquisa está organizada e cinco capítulos. Inicia-se pelo capítulo 1, que é esta

Introdução. No capítulo 2, serão revisados e conceituados os principais assuntos

relacionados com a pesquisa. O capítulo 3 é constituído pela metodologia da Pesquisa,

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incluindo os tópicos Tipologia da pesquisa, População e Amostra, Procedimento de

Coleta dos dados e Análise dos dados. No capítulo 4, são apresentados e discutidos

resultados da pesquisa.

O capítulo 5 abrange as conclusões e recomendações da pesquisa, finalizando com

as limitações e indicações de pesquisas futuras. Por fim, têm-se as referências dos

trabalhos que nortearam a revisão bibliográfica da pesquisa e os apêndices.

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Capítulo 2 - REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo, serão descritos os principais temas que nortearam a pesquisa,

dividindo-se em duas partes: a primeira vai descrever brevemente os conceitos da

tecnologia da informação, Internet, comércio eletrônico, varejo virtual e análises de

websites; a segunda abrange os assuntos qualidade, satisfação e fidelidade dos clientes

relacionados ao varejo na Internet.

2.1 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO, INTERNET E COMÉRCIO

ELETRÔNICO

A tecnologia da informação (TI) é definida como todo e qualquer dispositivo que

tenha capacidade para tratar dados ou informações, tanto de forma sistêmica como

esporádica, quer esteja aplicada no produto, quer esteja aplicada no processo (CRUZ,

2000). Na visão de Laurindo (2002), entretanto, o conceito de tecnologia da informação é

mais abrangente do que o de conjunto de hardware e software, processamento de dados,

sistemas de informação, engenharia de software ou informática, pois também envolve

aspectos humanos, administrativos e organizacionais.

Dependendo do uso que se faça da TI, esta agregará valor a produtos e processos.

As aplicações de processamento de dados, uso de computadores, capacidade de conexão

à distância e possibilidade de usar mecanismos computacionais para simplificar rotinas e

necessidades administrativas devem ser bem utilizadas e estar de acordo com o propósito

do negócio. Há igualmente a necessidade de planejamento e de investimentos adequados

para que os resultados da implantação desta tecnologia sejam realmente consolidados

(LOBIANCO, 2001).

Sendo a tecnologia da informação o meio indispensável para as mudanças de que as

empresas necessitam para adequação ao mercado, o comércio varejista dela tem se

utilizado.

De acordo com Marques (2004), a competição no varejo tem levado as empresas a

uma busca constante por uma maior eficiência em seus processos de negócio, tanto no

âmbito interno como externo, seja no relacionamento com clientes ou fornecedores. Esta

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busca da eficiência através da melhoria dos processos tem feito uso intensivo de

Tecnologia de Informação (TI) nas mais diversas formas.

Uma das tecnologias que mais tem sido empregadas no varejo é a Internet. A

Internet é uma vasta rede de redes interligadas conectando organizações empresariais,

governamentais, científicas e educacionais, assim como indivíduos, através do globo

(LAUDON; LAUDON,1999). Devido a sua facilidade de uso e a sua capacidade de ligar

pessoas a informações do mundo inteiro, a Internet está transformando a fisionomia da

computação, por criar base para novos tipos de produtos, serviços e relações entre

organizações. Para Laudon e Laudon (1999), a Internet está mudando a forma como as

pessoas acessam informação, conduzem negócios, se comunicam, colaboram e mesmo

passam seu tempo livre.

De forma geral, segundo Ramos (1998), a adoção da Internet por parte das

organizações possibilita a integração de informação e a maximização de processos,

possibilita reduzir vastamente as restrições impostas em termos de tempo e espaço em

adquirir, interpretar e agir sobre a informação. A Internet, como mídia de caráter

bilateral, incrementa o caminho estratégico das organizações de maneira a tornar

processos mais eficientes e bem gerenciados em termos de informação (RAMOS, 1998).

Sendo um dos componentes mais importantes da Internet, a World Wide Web

(WWW), ou simplesmente Web, é um sistema de busca e obtenção de informação onde os

caminhos de navegação não são baseados em títulos de documentos e sim estão embutidos

nos próprios documentos, através de hipertexto (ALMEIDA; ROSA, 2000).

Nos primórdios da Internet comercial, Martin (1999) já chamava a atenção para

algumas tendências cibernéticas conduzidas pela Web:

• Exigência dos clientes em obter serviços rapidamente e de modo cômodo,

sendo as transações online predominantes, ocorrendo assim uma interligação

entre aspectos da vivência online e a offline.

• Os trabalhadores passam a trabalhar integralmente através da Intranet, criando

uma comunidade de trabalho virtual na qual a informação corre fluentemente e

igualitariamente.

• Quebra de fronteiras ligadas à relação fornecedor-cliente e corporação-mundo

quando se tem a Internet como mediadora dos processos.

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• O valor real dos produtos/serviços ocasiona mudanças de preço de momento a

momento, sendo comoditizados.

• Necessidade das empresas estarem ligadas aos desejos e necessidades dos

consumidores recebendo dados, processando-os e aplicando feedback dos

mesmos.

• Surgimento de comunidades de experiências que disseminarão o conhecimento

compartilhado em tempo real, gerando um papel amplo no tocante à coleta de

informações e de tomada de decisão.

• Os novos meios de interligação propiciados pela Internet formarão ‘discípulos’

poderosos, exigentes e independentes, os quais acarretarão a necessidade tanto

de auto-motivação quanto de compartilhamento de informações.

A partir da literatura, Veldman e Ramos (2000) resumiram as potencialidades que

caracterizam o uso da Internet nos negócios, através do emprego da Web:

• Interatividade: diz respeito à relação bilateral propiciada pela web, dando ao cliente a

possibilidade de dar e receber feedback em real time. O cliente pode fazer perguntas,

buscar informações, deixar mensagens, participar de debates, dar sugestões. Enfim, o

cliente passa a interagir com a organização obtendo relação ímpar na aquisição de

serviços.

• Caráter pessoal: refere-se à possibilidade de personalizar serviços de acordo com

preferências do cliente, ampliar suas escolhas em cima de quesitos já personalizados

pelos mesmos através da interação com o site.

• Potencialidade informativa: Diz respeito à característica de armazenar grandes

quantidades de informação e disponibilidade de meios poderosos e baratos para

procurar, organizar e disseminar tal informação, aliada à habilidade para prover

informação a pedido, com recursos poderosos de multimídia. Isso torna a web um

meio altamente adequado para o fornecimento de informações. A informação

disponibilizada na web potencializada gera uma gama de serviços de informação

acerca do produto e/ou serviço. O cliente recebe muita informação, como por

exemplo, funcionamento do produto, detalhes de imagem ilimitados, fotografias etc.

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• Caráter instantâneo: Refere-se à interação ao vivo com o consumidor, permitindo a

este fazer modificações pertinentes ao processo com base em informações do cliente,

tudo isso a um custo bem menor do que o adquirido em outras mídias.

• Mensurabilidade: diz respeito à possibilidade de se quantificar as transações

efetuadas na página publicitária, para se ter uma idéia da eficiência de sua publicidade

perante os anunciantes.

• Flexibilidade: funciona como incentivadora da fidelidade do cliente, desde que os

serviços podem ser personalizados e as informações podem ser reorganizadas de

forma a atender expectativas do cliente.

• Interconectividade: possibilita o usuário utilizar-se de links de hipertexto, palavras e

imagens clicáveis que direcionam e usuário para novas páginas. Caso estes links

dêem possibilidade, os usuários poderão adicionar o site em sua lista de favoritos,

dando um caráter bastante variado de interconectividade para o usuário.

• Economia: a web se constitui de uma maneira apropriada de minimizar custos em

potencial, com diminuição de custos operacionais, custos com propaganda etc.

A partir destas potencialidades, observa-se um leque de amplas e variadas

maneiras de se utilizar a Internet nos processos empresariais, dentro do planejamento

estabelecido e consoante ao modelo de negócio. Assim, a Internet, nas funções básicas de

comunicação, reunião de informações e marketing, pode auxiliar as empresas a atingirem

seus objetivos organizacionais de satisfação do cliente, inteligência competitiva e redução

de custos. Este canal pode ser concebido como impulsionador de negócios (RAMOS;

VELDMAN, 2000).

Nesta perspectiva de aplicação da Internet nos negócios, o comércio eletrônico (e-

commerce) é a materialização do manancial de possibilidades que a Internet pode oferecer

para transações de natureza comercial. Conforme Albertin, (1999), o comércio eletrônico

pode ser conceituado como sendo suporte para qualquer tipo de transações de negócio que

utilize uma infra-estrutura digital, como fornecer instruções a seus clientes, servir como

ferramenta de marketing, como canal de vendas, uma linha de suporte ou até utilizar a

Internet para transações de troca de dados entre instituições financeiras.

Numa abordagem mais abrangente, comércio eletrônico pode ser sinônimo de e-

Business, indo ao encontro das definições de Kalakota e Robinson (2002). Esses autores

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afirmam que o comércio eletrônico está mudando de maneira fundamental a proposição de

valor do cliente. Desta forma, o mecanismo de suporte alicerçado pela Internet para os

negócios (e-business) não possui apenas função de venda e compras e nem se reduz a

meras transações de cadeia de valor entre parceiros comerciais: engloba outros processos,

desde propaganda e marketing até vendas, pedidos, manufatura, distribuição, serviço ao

cliente, suporte pós-venda e reposição de estoques, englobando todo o ciclo de vida do

produto e do cliente.

Para Andrade (2001), existem os seguintes tipos de comércio eletrônico:

- Acesso à informação: onde o comércio eletrônico fornece pesquisa de

recuperação de dados de arquivos em domínio público ou a eles relacionados;

- Serviços de comunicação interpessoal: constitui-se em métodos para

organizações, ou mesmo indivíduos, trocarem informações, “discutir” idéias e cooperar

entre si. É o correio eletrônico usado por empresas no dia-a-dia de trabalho;

- Empresas virtuais: são acordos em que empresas associadas, fisicamente

separadas, na geografia e na especialização, conseguem integrar-se em atividades

complexas como se fossem uma única empresa;

- Serviços de compra virtuais: é a forma mais conhecida na qual os clientes

procuram e compram mercadorias ou serviços por meio das redes eletrônicas.

Portanto, o comércio eletrônico, por definição, abrange toda a cadeia produtiva

relacionando-se seus componentes ou atuando nestes de forma individualizada. Para o

contexto desta pesquisa, serão focalizados os serviços de compra virtuais, o B2C,

significando para esta pesquisa como serviços diretos de compra para o consumidor final.

2.2 ANÁLISE DE WEBSITES

Tendo conceituado os elementos constituintes da Internet, como a web e as

aplicações empresariais, como o comércio eletrônico, este tópico apresenta a discussão da

importância de se estudar o site em si, nos seus aspectos voltados para a qualidade e

usabilidade.

Temáticas sobre serviços prestados através da web são bastante exploradas na

literatura de análise de sites de comércio eletrônico. Autores como Soares e Hoppen

(1998), Cano e Becker (1999), Ramos e Veldman (2000), Diniz, Mauro e Souza, (2000),

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Freitas et al. (2001) e Smith, (2001) abordam a questão dos serviços via web, enfatizando

seu caráter de inovação e melhoramento do relacionamento com o usuário/cliente.

Inicia-se esta discussão destacando o trabalho de Webb e Webb (2004), os quais

focalizam a qualidade dos websites em duas dimensões: a primeira está ligada à

qualidade do produto informação, que diz respeito a qualidades intrínsecas, qualidades

contextuais, qualidades representacionais e, qualidades quanto à acessibilidade. A

segunda dimensão relaciona-se à qualidade do serviço, com a presença de pontos como:

tangibilidade, receptividade, confiabilidade, segurança, empatia. Todos estes aspectos

precisam ser bem administrados no ambiente de comércio eletrônico. Os consumidores

estão cada vez mais exigentes, quanto à qualidade dos serviços via web. Uma política

eficiente de marketing virtual visará atrair o cliente, conquistá-lo para que se torne fiel ao

serviço e com ele se surpreenda.

Na visão de Oliveira (2000), os websites constituem-se em um conjunto de

páginas criadas por uma organização ou pessoa que garantem às organizações a sua

presença virtual e oferta de seus produtos e serviços, indicando aos clientes a sua

competência. Estes podem conter uma ou mais páginas, com texto, imagens e som e

tendo como ponto de partida a homepage (página inicial ou principal), onde o visitante

obtém informações sobre a organização e conexões para outras páginas do mesmo

website ou de outros websites relacionados.

Segundo Reedy, Schullo e Zimmerman (2001), Venetianer (1999) e Smith e

Bebak (1998 apud Oliveira, 2000), alguns aspectos devem ser levados em conta quando

da criação de um website, tais como: identificação do público-alvo, estabelecimento dos

objetivos, análise da concorrência, determinação da motivação para o internauta visitá-lo,

definição das metas, detalhamento da estrutura do website; estabelecimento de uma

identidade visual; definição do conteúdo; operacionalização e teste do website;

distribuição de funções (quem será responsável por quais atribuições), e a publicação do

website.

Dentro da temática da análise de websites, outras pesquisas nacionais e

internacionais igualmente observaram a valorização e a necessidade de se evoluir em

termos de qualidade e potencialidade dos sites, para um maior incremento competitivo e

estratégico, como descritos a seguir.

Dragulanescu (2002) aborda a questão do gerenciamento da qualidade total

ligado aos websites. Como dimensão holística do processo de manejo dos websites, o

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autor coloca o tema no intuito de abranger os critérios abordados, dimensionando-os de

forma de atender às expectativas dos usuários/clientes. Os principais critérios colocados

por Dragulanescu (2002) foram:

- Precisão na consecução dos dados gerados;

- Autoridade relacionada com o domínio qualitativo com relação ao assunto a ser

colocado e com o objetivo a que se propõe o site;

- Cobertura que diz respeito ao grau de observação dos sites, sua análise e como

as informações são transmitidas;

- Atualização, relevância e interatividade por parte do site .

Estudos sobre a qualidade dos sites e proposição de modelos para sua medição

foram publicados por Dholakia e Rego (1998), Yang (2001), Dragulanescu (2002),

Santos (2003) e Webb e Webb (2004), que abordam desde a análise da qualidade em

nível de websites até propostas básicas de análises no âmbito do gerenciamento da

qualidade total. Os trabalhos aqui mencionados figuram, portanto, aspectos pertinentes à

efetiva e qualitativa condução de websites.

Oliveira (2000), em particular, agrupou os principais fatores de atração de um

website em cinco categorias: design (aspectos relacionados com a aparência e

navegação); conteúdo (tipos de informação e serviços disponibilizados no website);

interação (relacionamento da empresa com os usuários e entre eles); imagem

(credibilidade associada à organização); e transação (vendas online, focando de produtos

a níveis de segurança).

Quanto à categoria navegação nos websites, Smith (2001) deixa clara a

preocupação com a antecipação das necessidades do cliente quando se navega em um

site. Providências como opções de navegação à vista do cliente de forma distinta e

explícita, link de acesso a homepage em qualquer estágio da navegação, facilitação ao

máximo da navegação com uso de menus e mapas de site, ajuda (help) através de

comando de busca, uso de índices de navegação, campos de busca etc facilitam a

navegabilidade do website.

Wan (2002) aborda a navegabilidade na dimensão de interface com o usuário e

com relação à facilidade de acesso. Informações específicas dentro do site, formato

padronizado, habilidade de acessar informações em múltiplos caminhos e de vários

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pontos no sistema e uma interface que possibilite tanto ajuda quanto orientação são

atributos ligados à navegação.

Cano e Becker (1999) utilizam um protocolo oriundo de seis categorias de

análise: processos virtualizados, atendimento ao cliente, instalações físicas,

confiabilidade, fractalidade e aprendizado organizacional.

Sobre a construção do relacionamento com o consumidor online, Geissler (2001)

analisa o website na perspectiva dos web designers. O estudo propõe um modelo para

projetar e manter um website eficaz e facilitar relacionamentos com o cliente. Este

modelo baseia-se em três vertentes. A primeira é aproximação chave com o cliente, onde

são considerados a segmentação, a escolha de objetivos e posicionamento; o marketing

de relacionamento e a comunicação integrada do marketing. A segunda vertente

relaciona-se com o design do website observando as relações com o cliente; o grau de

paciência dos clientes; informações essenciais e a terceira aborda o processo de

conversão de consumidores on-line, buscando gerar consciência; facilitando a localização

do website e uso de dados sempre atualizados.

Oliveira et al. (2002) apresentam um modelo de competências baseado no

conhecimento e em capacidades de entregar serviços pela Internet (e-services). Dentre os

vários modelos de negócio como: bricks-and-mortar (tradicional), clicks-and-mortar

(convergência entre o virtual e a presença física), digital dot-coms (companhias baseadas

na Internet que podem entregar diretamente pela Internet) e o physical dot-coms

(baseadas inteiramente na Internet, mas que podem vender e distribuir produtos físicos,

como livros, CDs), tem-se o desafio de saber qual a estratégia mais adequada para

satisfazer o cliente e influenciará na performance dos negócios. A preocupação em saber

qual modelo de negócio se encaixará em determinado momento e com determinado

cliente requer empenho ligado ao capital humano e ao capital estrutural. Os negócios do

tipo physical dot-coms (varejo eletrônico, objeto desta pesquisa) devem desenvolver

competências baseadas no conhecimento que, por sua vez, está relacionado a fatores

exógenos como capacidades competitivas: qualidade no serviço, entrega, flexibilidade e

custo baixo.

Em estudo de caso desenvolvido por Henderson et al. (2003) sobre os e-services

em uma companhia elétrica, identificou-se a preocupação em desenvolvimento de

websites aperfeiçoados, com interatividade suficiente para que os clientes sejam

informados e possam articular problemas quanto a fornecimento de energia. Ocorreu

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também a necessidade de construir melhores relacionamentos com os consumidores,

ouvindo-os e introduzindo bases mais flexíveis que sejam eficientes com relação aos

problemas dos clientes.

Por fim, discorre-se sobre a proposta de Santos (2003), a qual analisa a qualidade

de um website a partir de duas dimensões: uma técnica e outra funcional. O modelo de

Santos foi adaptado para o desenvolvimento de um instrumento de coleta de dados

utilizado nesta presente pesquisa. O modelo de Santos (2003) apresenta cinco

componentes para os serviços, são eles: os serviços essenciais, os serviços de facilidade,

os serviços de suporte, os serviços complementares e a relação de usuário, com a qual o

cliente alcança os serviços.

2.3 VAREJO VIRTUAL

Os varejistas são considerados como os intermediários que fazem ligação direta

com o consumidor final. Sendo assim, os mesmos são negociadores que vendem produtos

e/ou serviços de uso pessoal ou familiar aos consumidores (LEVY; WEITZ, 2000). Os

responsáveis pelo varejo necessitam atender aos consumidores, colocando os produtos e

serviços ao alcance dos mesmos na busca de sua satisfação. Neste contexto, o varejo não

é apenas a venda de produtos em loja, mas também a venda de serviços.

De acordo com Levy e Weitz (2000), as funções básicas de um varejista são:

• Fornecer uma variedade de produtos e serviços: processo que permite

que o consumidor escolha marcas, modelos, tamanhos, cores e preços em

um mesmo local;

• Dividir lotes grandes em pequenas quantidades: o varejista adquire

produtos que vem em grandes lotes, comprados de um atacadista ou

fabricante. Como o varejista está interessado em atender aos indivíduos,

passa a oferecer produtos em quantidades que não mais estão vinculadas

ao lote do fornecedor;

• Manter estoques: O estoque passa a ser essencial no varejo, uma vez que

o cliente busca encontrar o que deseja sempre que precisar;

• Fornecer serviços: essa tarefa facilita a compra e o uso dos produtos pelos

clientes. São exemplos de agregação de serviços ao varejo: oferecimento

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de crédito, entregas em domicílio, demonstração de produtos, explicações

técnicas sobre algum produto ou serviço etc. Cada qual dependerá do grau

de importância e conveniência de cada tipo de negócio.

Segundo Bernardino et al. (2004), existem mais três objetivos do varejo:

• Alcançar determinado volume de vendas, ganhando participação de

mercado, estabilidade e crescimento;

• Atingir determinado nível de lucratividade, para a compensação financeira

dos proprietários ou acionistas do empreendimento;

• Criar e manter uma imagem apropriada a seu negócio;

Devido aos avanços e mudanças oriundos da globalização, ocorrem novos

formatos e composições varejistas. Um deles é o varejo digital ou varejo eletrônico. A

Tecnologia da informação coloca o varejo em um patamar mais competitivo e inovador.

O uso de equipamentos de informática e de softwares de gestão possibilita reduzir custos

e melhor atender as necessidades dos clientes. Ferramentas como código de barras,

leitoras óticas, EDI, reposição contínua, planogramas computadorizados e etiquetas

eletrônicas (RFID) etc são realidades nos grandes e médios negócios de varejo

intermediadas pelo uso de tecnologia.

O varejo eletrônico ou digital disseminou-se mais velozmente após o advento da

Internet, consolidando-se como um importante canal de vendas. Os avanços tecnológicos

possibilitam vencer barreiras como “tempo” e “espaço”. Para o consumidor, esse

processo possibilita mais comodidade e conveniência nas transações de compra.

Segundo pesquisas do IBOPE (2004), Cerca de 40% dos brasileiros que utilizam a

Internet pesquisam preços pela rede. A 1ª Pesquisa e-Commerce POP, realizada pelo

IBOPE Mídia, mostra que 38% dos indivíduos que acessam a Internet costumam utilizá-

la para pesquisar preços. Entre os 38% que utilizam a rede para pesquisa de preços, 75%

são da classe AB e 48% declaram que o último item comprado foi adquirido pela Web.

Os CDs de música são preferência e lideram entre os que declaram ter comprado

algum item pela Internet após realizar pesquisas de preço pela rede, com 24% das

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menções. Entre os que utilizam a Internet há mais de dois anos, o percentual de

indivíduos que pesquisam preços pela rede sobe de 38% para 45%.

A 2ª Pesquisa e-Commerce POP, realizada pelo IBOPE Mídia, revela que, entre

os que já compraram alguma vez pela Internet, 47% pretendem fazer alguma compra via

web novamente. Dentre esses, 60% são usuários frequentes de Internet (acessam a rede

mais de uma vez por dia).

A pesquisa também mostrou que a principal vantagem de comprar pela web é

“não ter que ir até a loja”. Esta foi a alternativa mais citada (22% das citações) entre os

internautas que já adquiriram produtos pela web. Tal vantagem foi mencionada

principalmente pelos entrevistados na faixa de 15 a 19 anos (30%).

Na escolha de um site de compras, o peso maior recai sobre a “segurança no

processo de compra” (16% das citações), seguido pela “facilidade de navegação” (12%).

Em algumas regiões metropolitanas há um equilíbrio entre estes dois fatores, ao passo

que em outras o fator "segurança" tem importância mais significativa. A população da

pesquisa foi composta por compradores on line de 10 anos ou mais de ambos os sexos,

das classes econômicas A, B, C, D e E (Critério Brasil de Classificação Econômica).

Nem todas as lojas vendem mercadorias tangíveis. Existe grande número de

estabelecimentos cuja atividade principal ou única consiste na prestação de serviços,

como é o caso de locadoras de vídeo, cinemas, lavadoras, salões de cabeleireiros,

academias etc. Esse varejo de serviços também é presente no varejo eletrônico

(BERNARDINO et al., 2004).

Além do comércio eletrônico, outros canais de varejo têm sido aplicados, tais

como: catálogos, venda porta a porta, TV shopping, televendas e máquinas automáticas

de venda. Vê-se, portanto, que as inovações tecnológicas têm contribuído para uma

mudança acentuada nos estilos de vida e nos hábitos de consumo.

2.4 QUALIDADE

A Gestão pela Qualidade Total (GQT) constitui-se de uma a série de ações que

uma empresa deve realizar a fim de alcançar melhor qualidade possível e ganhar

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diferencial no mercado. O gerenciamento da qualidade prega que deve existir

coordenação de todas as atividades. A formação de um sistema de qualidade bem como

políticas de qualidade são fundamentais para a eficiência do GQT nas organizações.

A definição de GQT pode ainda abranger um sistema estruturado que almeja

satisfazer clientes internos e externos, além de fornecedores, integrando o ambiente de

negócios com melhoria contínua através de ciclos de desenvolvimento, melhoria e

manutenção aliados a uma mudança cultural na organização (MIGUEL, 2001).

Feigenbaum (1994) salienta que a satisfação dos clientes é um ponto chave da

gestão da qualidade total nas organizações. Em suas definições de gestão da qualidade

total, a máxima satisfação dos clientes finais precisa estar em primeiro plano, para assim

se fazer o planejamento e gestão dos processos em sistema de qualidade total.

As visões de Deming, Juran e Crosby guardam várias semelhanças dentro dos

princípios da Qualidade, mas também há diferentes visões, como se nota no Quadro 1.

Sumarizando alguns pontos importantes que devem ser levados em conta quando se trata

de qualidade total nas organizações, vários tópicos foram abordados por autores desta

área, como: Gerenciamento do processo; Liderança; Gestão de fornecedores; Sistemas de

qualidade; Controle estatístico do processo; Políticas de qualidade; Programa zero

defeito; Treinamento; Planejamento; Determinação dos custos da qualidade e

Benchmarking.

Quadro 1: Comparação entre estratégias de gestão da qualidade entre autores da área

Itens DEMING JURAN CROSBYPapel da alta gerência Participação da

liderançaVariado Ênfase em zero

defeitoEscopo Todas as atividades Atividades de

produtoProduto

Motivação do programa Posição competitiva de longo prazo

Redução dos custos da qualidade (CDQ)

Redução dos custos

Meta do programa Melhorar a posição competitiva

Lucro a curto prazo/melhoria da qualidade de vida

Lucro a curto prazo

Estilo Gerencial Participatório Variado AutoritárioUso de incentivos Nenhum Variado Reconhecimento

individualMeta em qualidade Zero defeito Minimiza CDQ Zero defeitoSeleção de projetos Análise de Pareto Análise de custos Análise de custosComo medir a melhoria Medição direta Dados de CDQ CDQ e medição

diretaPapel do controle da qualidade Inicialmente alto,

eventualmente baixoExtremamente alto Moderado

Papel dos funcionários Manutenção e melhoria

Fraco Fraco

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Ênfase em CDQ Baixa Muito alta ModeradaAnálises estatísticas Alto uso por todos Uso pela baixa

gerenciaUso misto

Fonte: Miguel (2001)

Em termos evolutivos, as quatro principais eras da qualidade foram: Inspeção,

Controle estatístico, Garantia e da gestão estratégica, conforme Quadro 2. Na fase de

evolução do conceito de qualidade, vê-se o incremento da participação dos dirigentes

diretamente nos processos ligados à qualidade e a importância de focar na satisfação dos

clientes. Para Shiozawa (1993), a qualidade é a maximização do sucesso do cliente. O

escopo estratégico da qualidade possui a tecnologia da informação como aliada.

Quadro 2: Eras da Qualidade

ERAS DA QUALIDADECARACTERÍSTICAS

INSPEÇÃOCONTROLE

ESTATÍSTICO GARANTIAGESTÃO

ESTRATÉGICAPREOCUPAÇÃO

PRINCIPALDetecção Controle Coordenação Impacto estratégico

VISÃO SOBRE QUALIDADE

Um problema a ser resolvido

Um problema a ser resolvido

Um problema a ser resolvido, porém é

atacado pró-ativamente

Uma oportunidade competitiva

ÊNFASE

Uniformidadenos produtos

Uniformidade nos produtos com

inspeção reduzida

Contribuição de todos os grupos,

desde a concepção do produto até sua

colocação no mercado para

prevenir falhas de qualidade.

O mercado e as necessidades do

consumidor

RESPONSÁVEL

O departamento de inspeção da

qualidade

Departamentos de produção e engenharia

Todos os departamentos. A

alta gerênciaenvolvida apenas

perifericamentenas políticas de

qualidade.

Todos na organização. A alta

administraçãoexercendo liderança

ativa.

MÉTODOS

Aferições e padrões de

medidas

Ferramentastécnicas

estatísticas

Programas e sistemas

Planejamentoestratégico,

estabelecimento de objetivos e

mobilização da organização.

PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE

QUALIDADE

Inspeção,classificação,contagem e qualificação

Resolução de problemas e aplicação de

métodosestatísticos

Mensuração,planejamento e elaboração de programas de

qualidade.

Estabelecimento deobjetivos,

treinamento e educação, interação

com outros departamentos e

elaboração de

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programas de qualidade.

Fonte: Shiozawa (1993)

Ao se conceituar qualidade, é necessário diferenciá-la de satisfação ou mesmo

correlacioná-las para um melhor entendimento. “Satisfação é o resultado da avaliação que

o consumidor faz de qualquer transação ou experiência específica. A qualidade é

conceituada mais geralmente como uma atitude, a avaliação global do cliente de uma

oferta de serviço. A qualidade é criada a partir de uma série de experiências avaliadas e

por isso é muito menos dinâmica do que a satisfação” (BATESON; HOFFMAN, 2001,

p.363).

Apesar de menos dinâmica, a qualidade oscila de acordo com a percepção que

cada indivíduo tem de determinado produto ou serviço. A qualidade como atributo era

outrora restrita ao âmbito organizacional interno quando a produção era tida de qualidade

quando determinados padrões eram rigorosamente seguidos.

Quando uma gama maior de empresas passa a adotar os mesmos padrões,

começou-se a valorizar o que se chamou padrão externo de qualidade que se define como

à interação entre o cliente e a empresa na satisfação das necessidades daquele. Sendo

assim, qualidade hoje não é apenas definida por quem produz mais também e

principalmente pela percepção do cliente em todo o processo, desde a aquisição do

produto passando pelo atendimento até após a venda (TEIXEIRA, 1999).

Cada vez mais a qualidade se volta para a questão da satisfação dos clientes, seja

com seus produtos e/ou serviços, seja com os elementos agregados a eles. Vê-se, assim,

que não importa a natureza das empresas os clientes sempre exigirão qualidade e as

empresas terão de atendê-los para que possam se manter competitivas no mercado.

2.4.1 Serviço e Qualidade em serviço

Semenik e Bamossy (1996) entendem por serviços as atividades, benefícios ou

satisfações colocados à venda não ocorrendo nenhuma troca de bens tangíveis que

envolvam transferência de propriedade. As características mais importantes dos serviços

quando se analisam os pontos em comum entre eles são: intangibilidade, inseparabilidade

de produção e consumo, heterogeneidade e duração. Estas características tornam o

serviço algo muito complexo que necessita de acompanhamento muito singular.

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Segundo Miguel (2001), a satisfação dos clientes com relação aos serviços

determina a qualidade dos mesmos. Este grau de satisfação passa a ser determinante e

depende da percepção que cada cliente possui do serviço prestado. Algumas das

dimensões que caracterizam os serviços são:

� Confiabilidade: habilidade de se prestar o serviço proposto de maneira segura e

precisa;

� Receptividade: disposição em ajudar os clientes, além de fornecer o serviço com

presteza e prontidão.

� Segurança: conhecimento e cortesia dos funcionários e suas habilidades em

determinar confiança.

� Aspectos tangíveis: aspectos físicos que circundam a atividade de prestação de

serviços, tais como instalações, equipamentos e aparência dos funcionários.

Empatia: grau de cuidado e atenção pessoal dispensado aos clientes.

Segundo Bennett (1993), a avaliação dos serviços varia conforme as percepções

individuais. Isto se dá principalmente devido às características da qualidade nos serviços

que são naturalmente subjetivas e sua intangibilidade. Para Bateson e Hoffman (2001),

fatores como a comunicação oral, a propaganda e a experiência passada podem

influenciar as percepções do consumidor com relação aos serviços prestados. Até fatores

antes como a aparência e o comportamento da equipe de contato, o ambiente físico e

outros consumidores terão impacto com relação ao modo que o serviço é percebido.

Lidar com as percepções e com as expectativas dos clientes é desafiador. Além da

percepção e da expectativa, neste processo de avaliar a qualidade do serviço, a

experiência passada do consumidor é um aspecto presente para suas avaliações do

serviço. Entender o cliente é crucial para satisfazê-lo, devendo haver um marketing

diferenciado para cada público alvo, atualização constante e avaliação das várias

estratégias de marketing para que esta satisfação seja atingida. Assim, conforme Bateson

e Hoffman (2001), o marketing constitui-se da função que entende e modifica o

comportamento do consumidor e garante que o consumidor aprenda o novo roteiro de

forma correta.

Segundo Berry, Parasuraman e Zeithaml, existem lições que captam os

componentes básicos que precisam ser criados em qualquer sistema de qualidade de

serviço. São estas as lições:

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21

1- Ouvir: Aqui se coloca a importância de se ouvir o cliente já que a qualidade é

definida por este;

2- Confiabilidade: Esta é o núcleo da qualidade de serviço;

3- Serviço básico: Baseia-se na aquisição de elementos fundamentais e básicos em

lugar de promessas vazias;

4- Projeto de serviço: Oferecer de modo confiável o serviço básico de acordo com os

vários elementos que funcionam juntos em um sistema de serviço;

5- Recuperação: Pesquisas revelam que as empresas recebem as classificações mais

desfavoráveis dos clientes cujos problemas não foram resolvidos

satisfatoriamente;

6- Surpreender clientes: Ir além das expectativas dos clientes exige o elemento

surpresa;

7- Jogo justo: Os clientes esperam que as empresas prestadoras de serviços os tratem

de maneira justa;

8- Trabalho em equipe: A presença de “companheiros” de serviço é uma dinâmica

importante para incrementar a motivação dos funcionários para prestar serviço.

9- Pesquisas com funcionários: Observar e questionar o cliente interno é tão

importante quanto questionar o cliente externo;

10- Liderança de serviços: A transmissão de um serviço excelente requer uma forma

especial de liderança. Esta liderança deve ser inspiradora e facilitadora dos

trabalhos.

As lições colocadas acima se tornam de grande importância para toda e qualquer

empresa de serviços, exigindo a superação de paradigmas organizacionais e

comportamentais. Portanto, a definição de qualidade engloba as noções de: atendimento

as especificações do produto (bem ou serviço), o atendimento às expectativas do cliente e

o atendimento às necessidades de rentabilidade empresarial (TEIXEIRA, 1999).

Na tentativa de competir eficazmente no mercado, muitas organizações precisam

ter vantagens competitivas que possam satisfazer os desejos e necessidades dos clientes

bem como mantê-los, gerando uma potencial fidelidade dos mesmos. É em prol desta

satisfação e manutenção dos clientes que surge o marketing de relacionamento digital.

Todavia, esta ramificação digital do Marketing precisa ser alicerçada em bases ligadas

tanto ao Marketing de serviço quanto ao aspecto da qualidade dos serviços tradicionais.

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O marketing de relacionamento digital concebe o marketing como uma ferramenta

estratégica para aquisição e retenção de consumidores. O marketing de relacionamento

digital apresenta-se como produto de vertentes precursoras como: o marketing de serviço,

qualidade de serviço, satisfação dos clientes, marketing de relacionamento convencional,

marketing eletrônico ou digital.

Na formulação das estratégias, os sistemas de gerenciamento do relacionamento

com o cliente na Internet (e-CRM) são importantes como ferramentas que possibilitam o

conhecimento, contato e gestão de clientes na perspectiva do comércio eletrônico. A idéia

é utilizar as estratégias do marketing para satisfazer o cliente, bem como torná-lo fiel. No

caso do marketing de relacionamento digital, o propósito é ligar o cliente à organização

de forma inovadora com uso do meio eletrônico, o qual precisa também estar embasado

em qualidade.

2.5 SATISFAÇÃO E FIDELIDADE DOS CLIENTES

A realidade dinâmica dos mercados impele cada vez mais mudanças nos

processos de vendas e de manutenção de clientes. Apenas o fato de satisfazer

determinado cliente não garante um desempenho excelente por parte dos negócios.

Segundo Vavra (1993), a conquista de novos clientes é a chave para o crescimento a

longo prazo, todavia, sem a manutenção dos clientes atuais a garantia de sucesso é

inexistente.

Com relação à lógica da economia de custos, Miguel (2001) afirma que manter

clientes é muito mais barato que conseguir clientes novos. Há um custo de cinco a sete

vezes a mais para as empresas atraírem um novo cliente do que manter um já existente. A

manutenção dos clientes atuais com o aumento de sua freqüência de compras torna-se

duas vezes mais importante do que a atração de novos clientes.

A relação os dois atributos Fidelidade e Satisfação deve levar em conta alguns

aspectos como: funções ou aspectos básicos de um produto ou serviço que os clientes

esperam que sejam oferecidos, suporte pós-venda, que proporcione assistência, processos

e mecanismos de recuperação da empresa para contra-atacar problemas de qualidade,

além de serviços de apoio ao cliente que verdadeiramente atendam as preferências

pessoais dos clientes, atinjam seus valores ou resolvam problemas específicos (MIGUEL,

2001).

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A satisfação do consumidor é definida por Mowen (1995, p.419) como a atitude

geral referente a um produto ou serviço depois de sua aquisição e uso. É a avaliação pós-

compra resultante de uma seleção de compra específica. Já Oliver (1997 apud Lopes et

al., 2008) conceitua satisfação como a resposta à realização do consumidor. É o

julgamento de que uma característica do produto/serviço, ou o produto/serviço em si,

ofereceu (ou está oferecendo) um nível prazeroso de realização relativa ao consumo,

incluindo níveis maiores ou menores de realização.

O conceito de fidelidade ou lealdade do consumidor adotado neste trabalho é o de

Oliver (1996 apud MACHADO, 2004), o qual afirma que é um comprometimento

profundo em recomprar um produto ou serviço preferido consistentemente no futuro,

apesar de influências situacionais e esforços de marketing que existam buscando o

comportamento de troca de fornecedor no consumidor.

O atributo Fidelidade é então um produto de vários aspectos e conseqüência de

outros, tais como: satisfação, confiança, qualidade, aspectos tanto tangíveis quanto

intangíveis ligados à consecução de serviços, conforme se apresenta a seguir.

2.6 FATORES EXPLICATIVOS DA SATISFAÇÃO E FIDELIDADE

Os principais modelos teóricos que explicam a satisfação e a fidelidade do cliente

têm origem na experiência sueca nos anos oitenta (FORNELL, 1992). Os mais

conhecidos são o Modelo do Índice de Satisfação do Cliente Norte-Americano (American

Customer Satisfaction Index - ACSI) e o Índice Europeu de Satisfação de Clientes

(European Customer Satisfaction Index - ECSI), aplicados na realidade das economias

americana e européia, respectivamente.

Fornell et al. (1996) propuseram e têm aplicado este modelo ACSI, o qual oferece

uma base de mensuração uniforme e comparável para a satisfação global do cliente, além

de apontar relações de tal construto com seus principais antecedentes e conseqüentes

(Figura 1).

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Fonte: Fornell et al. (1996)Figura 1: Modelo ACSI

A satisfação é tida como conseqüência de três construtos: qualidade percebida,

que é a avaliação de desempenho do produto em uma experiência de consumo; valor

percebido, que é a percepção de qualidade em relação ao preço, incluindo o preço pago

como componente da satisfação global; e expectativas do consumidor, que representam

tanto as expectativas prévias do consumidor em relação à oferta, como uma expectativa

futura do fornecedor ter habilidade de entregar qualidade. Depreende-se que a qualidade

percebida tem um efeito direto e positivo sobre a Satisfação Global.

O relacionamento final do modelo da Figura 1 é entre reclamações do cliente e

sua fidelidade. A direção e o sinal desse relacionamento dependem dos sistemas de

serviço ao cliente e da solução de reclamações dada pelo fornecedor, contribuindo para a

perda da lealdade do cliente ou para sua recuperação da satisfação. Ao final. o

atendimento satisfatório das expectativas do cliente em relação ao produto ou serviço

poderá ser um fator extremamente importante para assegurar a sua lealdade.

O modelo europeu de satisfação (Índice Europeu de Satisfação de Cliente - ECSI)

se diferencia do americano pela inclusão da variável imagem como fator importante da

explicação da satisfação e da fidelidade. Segundo o estudo de Leite e Sundermann

(2005), a EFQM (European Foundation for Quality Management) e a CSI University

Network definiram em 1998 as bases para o lançamento de um projeto piloto do ECSI, ao

qual aderiram outros doze países europeus. Neste modelo são apresentados quatro

antecedentes ou determinantes da satisfação do cliente, conforme Figura 2.

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Figura 2: Modelo ECSI

Johnson et al. (2001 apud Ramos e Espírito Santo Filha, 2007) avançaram o

conhecimento sobre as relações qualidade, satisfação e fidelidade e sugeriram um modelo

que possui duas diferenças principais. A primeira é a ausência do construto expectativa

como antecedente da satisfação. A segunda é a introdução de outras variáveis como

antecedentes da fidelidade do cliente. Os autores sugerem que as dimensões afetivas e

calculadas (racional) que tendem a criar comprometimento do cliente para com a

empresa, sejam incluídas no modelo (Figura 3).

Direcionadorda Qualidade

1

Índice dePreço

Gestão deReclamações

Satisfação

Imagem daEmpresa

Fidelidade

Direcionadorda Qualidade

2

...

Direcionadorda Qualidade

N

CompromissoAfetivo

CompromissoCalculado

Figura 3: Modelo proposto por Johnson et al. (2001)

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2.6.1 Estudos sobre a relação qualidade, satisfação e fidelidade no Brasil

No Brasil, estudos sobre a influência da qualidade na obtenção da satisfação do

cliente, e conseqüentemente de sua fidelidade, receberam atenção de vários

pesquisadores. Tendo como base de análise o modelo de medição da satisfação e

fidelidade dos clientes, proposto por Johnson et al. (2001), foram investigados vários

setores como o mercado turístico estadual, varejo (supermercados), telefonia móvel,

clínica particular, hotelaria, construção civil, postos de combustíveis e setor

automobilístico.

O quadro 3 sintetiza os principais achados no que diz respeito às variáveis que

influenciaram tanto a satisfação quanto a fidelidade do cliente. O primeiro estudo

identificado no Brasil foi o de Urdan e Rodrigues (1998), onde os efeitos da Qualidade

Percebida sobre Satisfação Global e da Satisfação Global sobre a Lealdade ficaram

confirmados no seu estudo no setor automobilístico.

Gonçalves Filho et al. (2003) testaram os modelos de medição de satisfação e a

cadeia nomológica deste construto com lealdade, expectativas, valor e qualidade

percebida em instituições de ensino superior, através da aplicação de equações

estruturais. Foi verificado um grande impacto da satisfação na lealdade nestas

instituições, bem como levantou questões sobre as relações entre expectativa e os

elementos do modelo testado empiricamente.

Segundo Rodrigues e Ramos (2004), o mercado de turismo satisfaz os turistas

quanto à estrutura física, qualidade das informações transmitidas e qualidade geral da

cidade, além da qualidade geral do atendimento. A imagem da cidade foi o fator que

mais influenciou a fidelidade dos turistas e seu retorno à cidade.

A relação entre satisfação e fidelidade dos clientes de uma clínica particular foi

pesquisada por Ramos e Souza (2005). Encontrou-se que cliente satisfeito não é

necessariamente fiel. Outros fatores acabam somando para a fidelidade dos clientes como

o compromisso calculado, ou seja, o prejuízo da paciente se fosse obrigada a mudar de

clínica, bem como o tratamento das reclamações. No tocante ao construto da qualidade, a

pesquisa confirmou a relação entre satisfação e qualidade.

Em pesquisas voltadas à hotelaria, os fatores que influenciam a satisfação dos

clientes são também estiveram ligados à qualidade. Foram identificadas as relações entre:

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Qualidade do Quarto do Hotel, Cordialidade do Pessoal do Hotel, Qualidade do

Restaurante do Hotel relativo à comida e Preço Pago comparado com a Qualidade

Recebida, além do aspecto da Gestão das Reclamações como influenciadores da

satisfação. Quanto à fidelidade dos clientes, a Satisfação Geral com o Hotel, Imagem

geral do Hotel, o Compromisso afetivo e a gestão de reclamações afetaram a fidelidade

dos clientes, além da variável satisfação propriamente dita (GONZÁLEZ et al., 2005).

No setor automobilístico, a Satisfação dos clientes foi influenciada pela Confiança

na empresa e pelo Tratamento das reclamações (mais especificamente o tratamento

profissional da concessionária na resolução do problema), segundo Lira et. al. (2005). O

cliente torna-se fiel pela influência de fatores como Preço, Satisfação com o modelo do

carro, Tratamento profissional e através do Compromisso afetivo, que se liga ao apego à

empresa e seus serviços. O fator Tratamento de reclamações colaborou para obtenção de

maior nível de satisfação quanto para a fidelidade dos clientes.

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Quadro 3: Revisão de trabalhos ligados à Qualidade, Satisfação e Fidelidade

AUTORES SETORESANALISADOS

INFLUENCIADORESDA SATISFAÇÃO

INFLUENCIADORESDA FIDELIDADE

URDAN E RODRIGUES

(1998)

Automobilístico Qualidade percebida Satisfação global

GONÇALVESFILHO, GUERRA E MOURA (2003)

Instituições de ensino superior

Valor percebidoQualidade de serviços percebida

Satisfação

RODRIGUES E RAMOS (2004)

Mercadoturístico

Estrutura físicaQualidade das informações transmitidasQualidade geral da cidade

Imagem como a variável que mais influencia o turista em voltar a visitar a cidade do Natal.

RAMOS E SOUZA (2005)

Clínicaparticular

Qualidade das instalações físicas da clínica quanto ao confortoQualidade do atendimento na recepçãoQualidade referente ao tempo para ser atendido pelo(a) médico(a)Tratamento reclamações -modo como a clínica tratou o problema

Compromisso calculado – prejuízo da paciente se fosse obrigada a mudar de clínicaTratamento reclamações - modo como a clínica tratou o problema.

GONZÁLEZ et al. (2005)

Hotelaria Qualidade do Quarto do HotelCordialidade do Pessoal do HotelQualidade do Restaurante do Hotel relativo à comidaPreço Pago comparado com Qualidade percebidaGestão das Reclamações

Satisfação Geral com o Hotel Imagem Geral do HotelCompromisso AfetivoGestão de reclamações.

LIRA et.al. (2005) Setor automo -bilístico

Confiança na seriedade da empresaTratamento das reclamaçõesTratamento profissional daconcessionária na resolução do problema

PreçoSatisfação do cliente com modelo do carroTratamento profissionalCompromisso afetivo

RAMOS E CÂMARA (2006)

Construçãocivil

Qualidade do produto/serviçoPreço pago pelos serviços

SatisfaçãoGanhos ou prejuízos percebidosCredibilidade da empresa (imagem)

GONZÁLEZ et, al. (2006)

Postos de combustíveis

QualidadeImagemCompromisso calculado

SatisfaçãoCompromisso calculadoCompromisso afetivoImagem

RAMOS E ESPÍRITO

SANTO FILHA (2007)

Rede de supermercados

QualidadeLocalizaçãoVariedade de produtos

MarcaComprometimento afetivo

RAMOS E PEREIRA (2007)

Telefoniamóvel

Qualidade é o principal fator de influência na satisfação

Imagem da operadoraCompromisso afetivo com a operadoraCompromisso calculado do plano

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No que se refere à construção civil, Ramos e Câmara (2006) diagnosticaram

fatores como a Qualidade do produto/serviço e o Preço pago pelo imóvel como

intervenientes na satisfação dos clientes. Quanto à fidelidade dos mesmos, a satisfação

retoma uma posição secundária se comparada aos outros aspectos encontrados como

Ganhos ou Prejuízos percebidos e Credibilidade da empresa (sua imagem).

González et. al. (2006) revelaram que, na análise da satisfação e fidelidade dos

clientes de postos de combustíveis, os fatores que afetaram a satisfação foram: a

qualidade, a imagem da empresa e o comprometimento calculado. Quatro variáveis foram

relacionadas com a fidelidade: a satisfação, o compromisso calculado, o compromisso

afetivo e o fator imagem.

No ramo de supermercados, Ramos e Espírito Santo Filha (2007) encontraram em

suas pesquisas que os fatores intervenientes na satisfação do cliente de supermercados

são: qualidade, localização e variedade dos produtos; já os aspectos mais pertinentes

quanto à fidelidade dos mesmos são a marca dos produtos e o comprometimento afetivo

com o supermercado.

Assim como Ramos e Souza (2005), González et al. (2005) e Ramos e Câmara

(2006), Ramos e Pereira (2007) demonstraram que a qualidade liga-se diretamente à

satisfação dos clientes, desta vez no setor de telefonia móvel. A satisfação não se

configurou como o único fator influenciador da fidelidade dos clientes. No setor de

telefonia celular, a satisfação foi influenciada por fatores como: imagem da operadora,

compromisso afetivo com a operadora e o compromisso calculado do plano. O

gerenciamento das reclamações influenciou a fidelidade dos clientes.

Pode-se inferir, portanto, que a qualidade é respaldada como um fator implicador

da satisfação dos clientes e que a satisfação e fidelidade dos clientes são construtos

multidimensionais. Atrelado à satisfação com os produtos e serviços, fatores afetivos e de

compromisso calculado e de imagem e a percepção quanto ao tratamento das reclamações

estão presentes, ou seja, a ênfase no pós-venda e no atendimento é presente pra tornar o

cliente mais fiel.

2.6.2 Qualidade, satisfação e fidelidade aplicadas ao ambiente virtual

Ao se falar desta gama de requisitos que potencialmente geram fidelidade por

parte dos clientes, as ferramentas de TI tornam-se pertinentes para a otimização deste

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processo. As características que norteiam a Internet garantem a possibilidade de compras

mais cômodas e que geram maior satisfação dos clientes. Todavia, devido a estes serviços

serem uma extensão de serviços convencionais, problemas semelhantes também podem

ocorrer na conquista da fidelidade dos clientes. Srinivasan et. al. (2002) define a e-

Fidelidade ou Fidelidade digital como uma atitude favorável do consumidor com relação

a varejistas virtuais resultando em repetidos comportamentos de compras.

Assim, os serviços prestados através de meios virtuais (e-services) tornam-se, na

maioria das vezes, extensões dos serviços convencionais. Por isso, aspectos de qualidade,

satisfação bem como de fidelidade podem ser adquiridos eficazmente por este veículo de

vendas. Evanschitzkya et. al. (2004), Thirumalai e Sinha (2005), Chiu et. al. (2006) e

Harris et. al. (2006) são alguns dos autores que apontam para a intersecção pertinente

entre satisfação e fidelidade do cliente no âmbito digital, denominado e-fidelidade.

A e-Fidelidade torna-se tão complexa ou até mais complexa que a Fidelidade dos

processos de aquisição de serviços convencionais. Como uma reação em cadeia, aspectos

das ferramentas de TI, como, por exemplo, os websites, são cruciais para a aquisição ou

não da Fidelidade.

Wang (2005) aponta para a relação entre a inovação e o grau de envolvimento de

canais de TI na aquisição da e-Fidelidade. Já Flavián et.al. (2005) destaca a usabilidade

do website como influenciador desta Fidelidade digital.

Taylor e Hunter (2002) e Riel et al (2001) abordam a questão da Fidelidade nos e-

services. Os primeiros estudam o impacto do software de e-CRM e e-services, que ligam

diretamente um usuário final aos recursos de suporte humano e a bases de conhecimento.

Isto ajuda a entender a ligação entre e-service, e-CRM e marketing de relacionamento.

Riel et. al. (2001) exploram como a satisfação com os componentes de e-service

afeta a percepção de valor, satisfação do consumidor e fidelidade. Assim, foi proposto um

estudo da relativa importância dos componentes dos e-services na percepção de valor dos

consumidores, satisfação geral e intenções de continuar usando um portal. Constatou-se a

necessidade da presença de três componentes de serviço: o serviço essencial, o

suplementar, a interface com o usuário, que influenciaram a satisfação geral do usuário

do portal.

Segundo Aberdeen (2001 apud Taylor e Hunter, 2002), as aplicações de software

são os componentes essenciais e críticos de aplicações de e-CRM e ofertas de e-service.

O modelo estudado por Taylor e Hunter (2002) enfatiza a relação entre os

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construtos Disconfirmação subjetiva, Qualidade, Satisfação, Fidelidade, Intenções e

Palavras mencionadas. Disconfirmação Subjetiva pode ser definida como um processo

comparativo por parte dos consumidores quanto à avaliações de performance e algumas

pré-performances padrões. A pesquisa mostrou que a qualidade percebida traz

conseqüências positivas aos negócios, como altos níveis de satisfação do consumidor e,

portanto comportamentos de marketing favoráveis.

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Capítulo 3 - METODOLOGIA

A seguir serão colocados os principais processos metodológicos que irão nortear a

pesquisa, com a descrição da tipologia do estudo, o universo e a amostra da pesquisa, o

processo de coleta de dados adotado e a análise dos dados da pesquisa.

3.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA

A pesquisa se caracteriza como exploratória porque procura levantar

características inéditas e que possibilitem estabelecer prioridades para futuros estudos.

Seu objetivo é “desenvolver as hipóteses e as proposições que irão redundar em pesquisas

complementares” (VARGAS, 2001, p. 12). O fenômeno das relações entre qualidade de

websites e satisfação no contexto de varejo virtual é um assunto novo que merece sua

abordagem exploratória.

A natureza do estudo é quantitativa e qualitativa. A pesquisa possui abordagem

quantitativa, pois há preocupação com a medição objetiva e a quantificação dos

resultados, objetivando a precisão, evitando distorções na etapa de análise e interpretação

dos dados, garantindo margem de segurança em relação às inferências obtidas (GODOY,

1995). Neste caso, foi utilizado um questionário estruturado, o qual deu suporte para

digitação e tabulação dos dados e submissão à análise estatística.

Ao mesmo tempo, incrementou-se a análise quantitativa com uma abordagem

qualitativa. Para Godoy (1995), uma pesquisa é qualitativa quando se liga à obtenção de

dados descritivos acerca de pessoas, lugares ou processos compreendendo-se os

fenômenos segundo a perspectiva dos participantes da situação em questão (GODOY,

1995). No caso desta pesquisa, foi inserida uma questão aberta no questionário, a fim de

se explorar os fatores de fidelidade a partir da visão do próprio respondente de forma

mais subjetiva.

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

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A população-alvo da pesquisa era constituída de estudantes de cursos de pós-

graduação em nível de especialização junto à Universidade Federal do Rio Grande do

Norte, estimada em torno de 600 alunos. A escolha por este público-alvo deveu-se ao fato

de serem clientes em potencial em ambiente de compras online, por terem mais renda,

escolaridade e familiaridade com o uso da Internet comparados com a população em

geral. Estes aspectos estavam coerentes com o objetivo da pesquisa. Outro fator

determinante para a escolha da amostra foi a conveniência para a aplicação dos

questionários e o grau de responsabilidade e comprometimento das respostas, devido os

alunos serem, na sua maioria, pessoas com maior nível de maturidade.

Foram procurados pela pesquisadora os cursos de especialização da UFRN que

atendessem a alguns requisitos: a) que estivessem em andamento no período da pesquisa;

b) que fossem distribuídos em várias áreas do conhecimento; e c) autorização e

disponibilidade de acesso para aplicação da pesquisa.

Os respectivos cursos participantes da pesquisa foram: Curso de Educação de

Jovens e Adultos (Centro de Ciências Sociais Aplicadas), Curso de Análises Clínicas

(Centro de Ciências da Saúde), Curso de Educação Holística (Centro de Ciências Sociais

Aplicadas), Curso de Gestão Ambiental Urbana (Centro de Ciências Humanas, Letras e

Artes), Curso de Gestão da Qualidade (Centro de tecnologia) e Curso de Gestão

Estratégica de Sistemas de Informação (Centro de Ciências Sociais Aplicadas). Ficaram

de fora da pesquisa os cursos de Geoprocessamento e Cartografia digital e de Psicologia

Clínica pela impossibilidade de acesso aos alunos. A listagem dos cursos segue abaixo:

PERÍODO CHT VAGASCURSO INÍCIO FINAL

Análises Clínicas 06/01/2006 27/01/2007 585h 33Educação de Jovens e Adultos 16/01/2006 28/02/2007 360h 350Educação Holística e Qualidade de Vida

02/02/2006 02/03/2007 480h 100

Geoprocessamento e CartografiaDigital

20/02/2006 23/02/2007 450h 35

Gestão Ambiental Urbana 01/03/2006 30/09/2007 610h 33Gestão da Qualidade 07/08/2006 10/08/2007 380h 45Gestão Estratégica de Sist. deInformação

15/09/2006 04/12/2007 360h 44

Psicologia Clínica 06/03/2006 30/10/2007 600h 55Total de vagas 695

Cursos de especialização iniciados na UFRN no ano de 2006

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A pesquisa foi aplicada pela própria pesquisadora. Quando se chegava em sala de

aula para aplicar o questionário, o pré-requisito para seu preenchimento por parte do

estudante é que ele tivesse experiência anterior de compra pela Internet. Foram obtidos

44 questionários, pois estes atendiam a esta restrição. A amostra foi por conveniência,

uma vez que se buscou obter respostas por acessibilidade e facilidade de aplicação dos

respectivos instrumentos de pesquisa.

3.3 MODELO DE PESQUISA E INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Na presente pesquisa, as variáveis foram adaptadas para o contexto do consumo

no varejo virtual (Figura 4), segundo a teoria de Johnson et al. (2001 apud Ramos e

Espírito Santo Filha, 2007) sobre satisfação e fidelidade dos clientes. O modelo

hipotético procura seguir a mesma linha de raciocínio que o modelo original.

Figura 4: Modelo proposto da pesquisa

As principais abordagens de estudo presentes na pesquisa congregam as

características mais pertinentes ao varejo virtual que permitem a compra pela Internet. A

interface e navegabilidade do website, serviços de suporte do website, os produtos

Qualidadeda Interface

Preço

Gestão deReclamações

Satisfaçãocom o website

Fidelidadeao website

Qualidade danavegabilidade

...Qualidade

Serviços deSuporte

CompromissoAfetivo

Qualidade deProdutos eserviços

Reputação

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oferecidos pelo website, o preço oferecido, o tratamento quando a reclamações junto ao

website, o grau de satisfação geral, a reputação e imagem do website, além do grau de

comprometimento afetivo e de potencial fidelidade ao websites foram as abordagens

ligadas aos website tratadas pelo estudo, a partir da literatura existente.

Porém, para efeito de testes inferenciais estatísticos de análise de correlação

múltipla, só foram consideradas as variáveis que afetam a Satisfação com o website, não

sendo analisada a influência das variáveis para a fidelidade. O fator ‘gestão de

reclamações’ também foi retirado devido a baixa incidência de respondentes que tiveram

reclamações.

Para a análise qualitativa, os fatores que afetam a fidelidade foram analisados a

partir da questão aberta que foi endereçada aos compradores online onde se indagava

sobre “o que torna um cliente fiel a um website” e a justificativa da resposta. A seguir,

são descritas a natureza das variáveis e sua operacionalização.

Quanto à qualidade da Interface e Navegabilidade do website, são identificados

a facilidade de uso, acesso a links de informação, a organização do website, a estética e a

aparência da home page, a aparência do website de modo geral, as cores utilizadas no

website, a visualização dos produtos à venda, acesso fácil ao link de conclusão da

compra, a segurança percebida nas transações e a comunicação visual através de mapas.

Com relação aos Serviços de suporte do website, abordam-se a rapidez nas

respostas as dúvidas, as ferramentas de ajuda ao usuário (e-mail, Chat, fale conosco),

precisão e simpatia nas respostas às duvidas ou problemas, a eficiência do pós-venda e a

eficiência da entrega do produto ao cliente.

Os Produtos oferecidos pelo website engloba a variedade de produtos, a

variedade de marcas oferecidas, as informações quanto à preço, informações de entrega e

a apresentação dos produtos no website (a localização visual).

O componente Preço refere-se ao preço do produto em geral e sua avaliação com

relação aos produtos de outros websites.

Quanto ao Tratamento de reclamações junto ao website, busca-se analisar a

percepção do cliente quanto a este fator.

A Satisfação Geral com relação ao website deve ser analisada sob a ótica das

variáveis: navegabilidade, serviços oferecidos e segurança e confiabilidade do website.

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36

A impressão geral do respondente sobre a Reputação da empresa a qual o

website está vinculado foi avaliada sobre os pontos de positividade e negatividade quanto

a esta variável.

O Comprometimento afetivo dos clientes para com o website foi analisado

tendo-se como foco o uso de camiseta com o slogan do website nas circunstâncias (para

caminhar ou fazer exercício e na praia).

Para medir a Fidelidade digital, foram escolhidos os fatores Disposição em fazer

as próximas compras bem como o fato de se Recomendar o website a uma pessoa amiga

foram analisados a fim de se medir o grau de fidelidade do cliente para com o website.

Para testar empiricamente este modelo de pesquisa, foi adotado como

procedimento técnico de coleta de dados um questionário estruturado. Este

questionário seguiu um modelo existente nas pesquisas supervisionadas pelo professor

Rubens Ramos, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, conforme se

referenciou no capítulo 2, permitindo uma análise comparativa de seus resultados para

um contexto diferente dos demais.

Conforme se observa no Apêndice I, as partes constituintes desse questionário

foram: questões sobre os hábitos de compras na Internet e a identificação do site de

compra. Em seguida, são feitas as indagações sobre a interface e a navegabilidade do

website, os serviços de suporte do website, os produtos oferecidos pelo website, o preço

oferecido, o tratamento quando a reclamações junto ao website, o grau de satisfação

geral, a reputação e imagem do website, além do grau de comprometimento afetivo e de

potencial fidelidade ao website. A seguir, o quadro 4 mostra o desdobramento das

variáveis conforme apresentado no questionário do apêndice I.

Quadro 4: Construtos (fatores) utilizados, variáveis e identificação das questões

Construto / Fator Variáve is Identificação no questionário

Uso na análise

quantitativaPerfil demográfico Sexo, Data de Nascimento, Grau de

escolaridade, Renda mensal, M1, M2, M3, M4 Sim

Perfil de uso da Internet

Pesquisa na Internet, Compras pela Internet, Website que compra mais, Freqüência de uso da Internet

Questões de 1 a 3 e M5

Sim

Qualidade da interface e navegabilidade

Facilidade de uso, Acesso a links de informação, Organização do website, Estética e a aparência, Aparência do website de modo geral, Cores utilizadas, Visualização dos produtos, Acesso fácil ao link de conclusão da compra, Segurança percebida nas transações e

A1, A2, A3, A4, A5, A6, A7, A8,

A9, 10, A11

Sim

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37

Comunicação visualQualidade dos serviços de suporte do website

Rapidez nas respostas às dúvidas, Ferramentasde ajuda, Precisão e simpatia nas respostas, Eficiência do pós-venda e Eficiência da entrega do produto ao cliente.

B1, B2, B3, B4, B5, B6

Sim

Qualidade dos produtosoferecidos pelo website

Variedade de produtos, Variedade de marcas, Informações quanto à preço, Informações de entrega e Apresentação dos produtos

C1, C2, C3, C4, C5

Sim

Preço Preço do produto em geral e Preço do site em relação a outros

D1, D2 e E1 Sim

Tratamento de reclamações junto ao website

Efetivação de reclamação e Satisfação com o tratamento da reclamação

F1 e F2 Não

Satisfação Geral com relação ao website

Satisfação com navegabilidade, Serviços oferecidos e Segurança e confiabilidade do website

G1, G2 e G3 Sim

Reputação Impressão geral sobre a reputação H1 NãoComprometimentoafetivo

Uso de camiseta do site para caminhar e Uso da camiseta na praia

I1, I2 Não

Fidelidade digital Disposição em fazer as próximas compras e Recomendar o website

J1, J2, L1 e L2 Não

Todas as perguntas do questionário foram respondidas em escalas de 10 pontos.

Na terceira parte, solicitava-se que o aluno informasse seus dados pessoais, como sexo,

ano de nascimento, grau de escolaridade, renda familiar e uso da Internet. A última parte

do questionário continha uma questão aberta, que indagava sobre o que torna um cliente

fiel a um website.

Foi realizado um pré-teste com pesquisadores do grupo de pesquisa da

orientadora, o qual permitiu fazer alguns ajustes no instrumento. A pesquisa de campo

propriamente dita foi realizada entre os meses de outubro e novembro de 2006. Os

questionários foram aplicados aos estudantes presentes no momento da coleta dos dados,

com acompanhamento e presença da pesquisadora.

3.4 MÉTODOS DE ANÁLISE DOS DADOS

A análise quantitativa dos dados deu-se através de análise estatística descritiva

através do software SPSS e Excel. Os dados foram tabulados e trabalhados

estatísticamente a fim de se obter um resultado numérico e percentual das respostas.

No processo de análise qualitativa, foi utilizada a técnica de análise de conteúdo

com uma de suas abordagens que é a análise lexical. Segundo Minayo (2007), a análise

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de conteúdo se refere a técnicas de pesquisa que permitam tornar replicáveis e válidas

inferências sobre dados de um determinado contexto, se valendo de procedimentos

especializados e científicos.

Para Bardin (1977), existem quatro fases no processo de análise de conteúdo: a

pré-análise, a codificação, a categorização e a análise e interpretação. O processo de

categorização dos elementos consiste em classificar os elementos seguindo determinados

critérios. O critério utilizado na presente pesquisa foi o critério semântico, que consiste

em agrupamentos de elementos afins em categorias.

Para o processo de análise e composição das categorias, utilizou-se a análise

lexical que inicia-se pela contagem de palavras para se chegar na identificação e

dimensão do texto em estudo. Nas entrevistas abertas, as palavras afins são agrupadas,

descartando-se as palavras pouco relevantes , até se conseguir um sentido do texto. Por

fim, as frequências de palavras permitem consolidar a aplicação de um tema ou locução,

tornando possível situar as idéias trazidas pelas palavras no contexto almejado

(MINAYO, 2007).

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39

Capítulo 4 - ANÁLISE E DISCUSSÃO DE

RESULTADOS

Neste capítulo são apresentados os principais resultados da pesquisa em dois

tópicos principais, sendo o primeiro com a análise descritiva quantitativa e o segundo

com a análise qualitativa das questões abertas. Primeiramente analisou-se o perfil dos

usuários dos websites de compras quanto ao sexo, à renda familiar e quanto ao grau de

escolaridade. Buscou-se averiguar também o perfil do uso e compra pela Internet, qual a

freqüência de pesquisa pela Internet antes de se efetuar uma determinada compra de

produto e/ou serviço, bem como se os respondentes já tinham comprado efetivamente

pela Internet e em qual website os mesmos costumavam comprar.

Em seguida, descrevem-se as demais variáveis da cadeia nomológica da

fidelidade, ou seja, os atributos de qualidade, satisfação, reclamação, preço, reputação,

recomendação e fidelidade. No Apêndice III, estão todas as estatísticas detalhadas por

cada variável, representadas em tabelas e histogramas.

4.1 PERFIL DEMOGRÁFICO

Foi feita a distribuição das freqüências variáveis Sexo, Idade, Grau de

Escolaridade e Renda Familiar dos respondentes da pesquisa, a qual representa o perfil

dos consumidores de varejo virtual. Quanto ao gênero dos usuários de website de

compras, a maioria dos entrevistados é constituída de mulheres (54,5%). Todavia, no

teste chi-quadrado verificou-se que não há diferença estatística entre homens e mulheres

nesta amostra da pesquisa (chi=0,36).

No que se refere à idade , conforme o gráfico 1, 34,1% dos respondentes

encontram-se na faixa etária de 23 a 39 anos, o que evidencia um predomínio de pessoas

jovens e adultas na utilização do varejo virtual. Todavia, a faixa entre 30 a 39 anos

também é expressiva, totalizando os mesmos 34,1%. Estes resultados evidenciam que a

grande parte dos respondentes está na faixa mais jovem (até 40 anos), mas a faixa etária

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mais madura também aparece como consumidora dos produtos e serviços do varejo

virtual, com 31,8% da amostra,enfatizando o caráter democrático do uso da Internet.

34,1 34,1

31,8

30,5

31,0

31,5

32,0

32,5

33,0

33,5

34,0

34,5

De 23 a 29 anos De 30 a 39 anos Acima de 40 anos

Gráfico 1: Faixa etária dos participantes da pesquisa

Os resultados do gráfico 2 apontam para um perfil de compradores que possuem

renda familiar entre R$ 3.000,00 e R$ 6.000,00. Esta tendência é seguida dos

compradores com renda familiar entre R$ 1.500,00 e R$ 3.000,00. Isto pode demonstrar

que as compras online estão cada vez mais acessíveis aos consumidores de várias faixas

de renda.

Renda Familiar

Mais de R$ 12.000,00

R$ 6.000,00 a R$ 12.000,00

R$ 3.000,00 a R$ 6.000,00

R$ 1.500,00 a R$ 3.000,00

Até R$ 1.500,00

Perc

entu

al

40

30

20

10

0

4,5%

11,4%

38,6%

34,1%

11,4%

Gráfico 2: Distribuição da faixa de renda familiar

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41

O uso amplo da rede mundial atrai públicos com anseios variados e as compras

online tornam-se uma conseqüência do uso diversificado da Internet, principalmente

nesta amostra.

No que tange ao grau de escolaridade , a maioria está fazendo sua primeira pós-

graduação (61,4%), mas já se nota que 38,6 % já possuem outra pós-graduação.

4.2 PERFIL DO USO DA INTERNET E DE COMPRAS ONLINE

Reportando-se à freqüência de uso da Internet, 95,65% dos respondentes

costumam usá-la freqüentemente. Esta informação respalda a visão crítica que os

respondentes possuem da vivência de navegação em websites. A tabela 1 mostra que o

hábito de se pesquisar na Internet antes de efetuar compras já está bem internalizado

pelas pessoas, embora menos da metade adote sempre este comportamento (45,5%).

Como veículo de informação, o website, num primeiro momento mostra-se como um

potencial detentor de informação e critério de escolha pelos clientes. Uma quantidade

expressiva de clientes comprou mais de uma vez na Internet (84,1%), demonstrando o

caráter de conhecimento dos entrevistados quanto às compras on line.

Tabela 1: Hábito de pesquisar na Internet antes de comprar

n %Pesquisa na Internet antes de comprar Nunca pesquisa 1 2,3%

Sim, dependendo do produto 23 52,3%

Sempre pesquisa 20 45,5%Frequência de compra online Apenas uma vez 7 15,9%

Mais de uma vez 37 84,1%

Fazendo um cruzamento entre a freqüência de compra online com o hábito de

pesquisa na Internet antes de comprar, vê-se no gráfico 3 que aquelas pessoas que sempre

pesquisam antes são as que mais compraram pela Internet.

Ainda sobre a identificação do perfil do respondente quanto ao uso da Internet,

identificou-se que os sites que os usuários mais costumam comprar são o Mercado Livre,

que recebeu o maior número de indicações com 29,5%, seguido do site da

Americanas.com, que representou 20,5% dos acessos.

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Pesquisa na Internet antes de comprarSempre pesquisaSim, dependendo do produtoNunca pesquisa

Perc

ent

100,0%

80,0%

60,0%

40,0%

20,0%

0,0%

54,1%

45,9%

85,7%

14,3%

Mais de uma vezApenas uma vez

Frequência de compra online

Gráfico 3:Pesquisa na Internet antes de comprar x Frequência de compra online

Obtiveram representação de acessos pelos clientes os websites: Submarino e

Livraria Cultura, com 11,4% e 4,5% de frequência, respectivamente. Todos os outros

demais websites citados na amostra ficaram com apenas uma indicação (2,3%):

Bondfaro, Books Internacional, Google, Hiper bompreço, Natura, Ponto frio, Shoptime,

Siciliano, Uol, Vestcon. Finalmente, 11,4% não citaram o site que mais compram.

4.3 QUALIDADE PERCEBIDA

A variável Qualidade percebida engloba a avaliação dos atributos do site quanto à

interface e navegabilidade, serviços de suporte do website e produtos oferecidos no

website. A seguir são apresentados os dados sumarizados.

Quanto à percepção de qualidade da interface e navegabilidade do website que o

respondente mais compra, tem-se que a facilidade de uso e o acesso ao link de conclusão

da compra foram os que mais implicaram na visão de qualidade pelo webusuário, mas

também são os que possuem os maiores desvios-padrão. A tabela 2 demonstra os

resultados de cada fator componente da variável Interface e Navegabilidade do website,

ordenados pela maior média, lembrando que a nota máxima era 10,0 e a menor zero.

Como se comprova na tabela 2, nenhum item obteve nota média alta. A facilidade

de uso do website de compras e o acesso ao link de conclusão de compra obtiveram as

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maiores médias (8,2), enquanto os demais itens ficaram com notas regulares, em torno da

média geral.

O item com menor avaliação da qualidade foi relacionado com a quantidade de

cliques para concluir a transação da venda (nota 7,3). No entanto, se considerada a média

global, não há muita variação na percepção de qualidade dos itens avaliados.

Tabela 2: Percepção da qualidade da interface e navegabilidade

Qualidade da Interface e navegabilidadeNota

médiaDesvio-padrão

Facilidade de uso 8,2 1,5

Acesso ao link de conclusão da compra 8,2 1,4

Acesso para links 7,8 1,5

Organização do site 7,8 1,6

Estética e Aparência 7,8 1,6

Visualização dos produtos 7,8 1,3

Comunicação visual 7,7 1,5

Aparência geral do site 7,6 1,4

Cores do site 7,6 1,5

Cliques para concluir 7,3 1,5

Média geral 7,8 1,5

Sobre a avaliação da qualidade dos serviços de ajuda ou suporte ao cliente por

parte do respondente quanto ao website que ele compra, a tabela 3 sumariza os

resultados. Nota-se que o atributo de qualidade da entrega foi o único que ficou acima da

média. Os demais itens receberam uma nota regular. Em relação à qualidade do site, fica

claro que os serviços de ajuda necessitam ser melhorados, a fim de que os clientes

percebam uma maior qualidade do serviço quanto ao processo de pós-venda, capacidade

de resposta e de ajuda ao consumidor.

Tabela 3: Percepção da qualidade dos serviços de ajuda

Qualidade do serviço de ajudaNota

médiaDesvio-padrão

Eficiência da entrega 8,0 1,8Eficiência do pós-venda 7,4 2,0Precisão e simpatia nas respostas 7,3 1,6Rapidez de resposta 7,2 1,9Ferramenta de ajuda 7,1 1,9Média geral 7,4 1,8

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A tabela 4 apresenta a síntese da avaliação da qualidade relacionado com

produtos oferecidos no website. Em geral, os clientes da amostra avaliaram mais

positivamente os atributos dos produtos dos sites. Os itens mais bem avaliados foram a

variedade de produtos e a informação de preços. O único item que ficou abaixo da média

foi a localização visual do produto, que remete às questões de interface e design do

website.

Tabela 4: Percepção da qualidade de produtos oferecidos

Qualidade dos produtos do siteNota

médiaDesvio-padrão

Variedade de produtos 8,4 1,4Informação de preços 8,3 1,2Variedade de marcas 8,1 1,4Informação de entrega 8,1 1,3Localização visual dos produtos 7,7 1,4Média geral 8,1 1,3

4.4 PREÇO

Quanto à avaliação dos preços dos produtos/serviços oferecidos pelo website, faz-

se um julgamento de quão justos são os preços dos produtos do website que o cliente

mais compra. A média ficou em 6,1, numa escala de 1 (muito caro) a 10 (muito barato),

uma leve tendência a achar mais baratos do que caros os produtos comercializados no

website que ele estava avaliando. De acordo com a tabela 5, apenas 2,6% dos

entrevistados consideram muito caros os produtos comercializados no site, o que denota

um entendimento de que a empresa pratica preços razoáveis. Uma parcela significativa

dos entrevistados acha que os preços são baratos, com aproximadamente 36%.

Tabela 5: Avaliação dos preços dos produtos do website

Preços N %Muito caros 1 2,6Caros 6 15,4Justos 16 41,0Baratos 14 35,9Muito baratos 2 5,1

Para apenas 18% dos entrevistados os produtos são caros ou muito caros. Os que

consideram os preços baratos ou muito baratos correspondem a 41% dos entrevistados,

sendo que o mesmo percentual (41%) acredita que os produtos são justos, não são nem

caros nem baratos, como pode ser comprovado no gráfico 4.

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45

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

Muito caro Caro Justo Barato Muito barato

Gráfico 4: Avaliação do preço praticado nos websites

4.5 REPUTAÇÃO DO WEBSITE

No que diz respeito a variável reputação da organização objetivou-se

analisar quão influente era a imagem e a reputação da organização no que se refere aos

serviços prestados pelo website. Na percepção 58,1% dos clientes a imagem e a

reputação da organização é vista como positiva. 27,9% da percepção é muito positiva, e

apenas 14% dos respondentes tiveram uma opinião negativa quanto à imagem da empresa

de varejo virtual (gráfico 5).

14,0

58,1

27,9

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

Nem negativa, nem positiva Positiva Muito positiva

Gráfico 5: Impressão quanto à reputação empresarial

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4.6 COMPROMETIMENTO

No que diz respeito ao comprometimento por parte dos usuários dos

website, buscou-se averiguar quão comprometidos afetivamente eram os mesmos. Para

tanto, foram analisados as possibilidades de uso de camiseta com o slogan do website de

compras para caminhar e ir a praia, como exemplos ilustrativos de comprometimento

afetivo. Numa escala que vai de 1 (certamente não) a 10 (certamente sim), as médias

foram 6,1% e 5,6%, respectivamente para os entrevistados que disseram que usariam uma

camiseta do site para caminhar e ir à praia.

Conforme se visualiza no gráfico 6, cerca de 43% dos respondentes disseram que

‘provavelmente’ usariam uma camiseta com o slogan do website para caminhar e apenas

19% do total ‘certamente’ usariam. Este fato demonstra a predominância de um relativo

comprometimento afetivo para com o website.

23,1

12,8

12,8

35,9

15,4

2,4

4,8

11,9

42,9

19,0

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0

Certamente não

Provavelmentenão

Indeciso

Provavelmentesim

Certamente sim

Camiseta para caminharCamiseta para ir à praia

Gráfico 6: Comprometimento afetivo com o website

Por outro lado, quando analisada a possibilidade de usar uma camiseta com o

slogan do website para ir a praia, a representatividade de respondentes é menor, pois

35,9% do total de respondentes ‘provavelmente’ usariam e apenas 15,4% dos

respondentes ‘certamente’ usariam a camiseta pra ir à praia. Isso revela um

comprometimento afetivo menor que o indicador anterior, principalmente se levando em

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conta a disparidade de rejeição (certamente não usaria) para o uso de camiseta para ir à

praia.

4.7 SATISFAÇÃO

Na percepção do respondente quanto à satisfação dos clientes com relação ao

website, buscou-se averiguar o grau de satisfação dos usuários quanto à navegabilidade,

aos serviços oferecidos e com relação à segurança do website.

É visto, na tabela 6, que os entrevistados pontuam a satisfação com o website com

a média geral é 7,6, um nível apenas regular. Isso denota que as empresas de varejo

virtual devem se dedicar mais a satisfazer seus clientes.

Tabela 6: Avaliação da satisfação com o website

Satisfação com o siteNotamédia

Desvio-padrão

Satisfação com a navegabilidade 7,6 1,1Satisfação com o serviço 7,8 1,1Satisfação com a segurança 7,4 1,7Média geral 7,6 1,3

O gráfico 7 mostra que, com relação à mensuração do grau de satisfação dos

usuários quanto à navegabilidade do website, 77,3% dos usuários encontram-se

satisfeitos ou muito satisfeitos (13,6%) com serviços proporcionados pelo website, o que

denota a satisfação por parte dos usuários.

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48

0

9,1

77,3

13,6

0,06,8

72,7

20,5

6,8

18,2

50

25

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Insatisfeito Indeciso Satisfeito Muito satisfeito

Satisfação com a navegabilidade Satisfação com o serviço Satisfação com a segurança

Gráfico 7: Satisfação com navegabilidade, serviços e segurança

Os respondentes sentem-se satisfeitos com os serviços oferecidos no site, onde

apenas 6,8% encontram-se indecisos e não tem ocorrência de insatisfação. Quanto aos

aspectos de segurança do website, metade dos respondentes estão satisfeitos, o menor

nível obtido em termos de satisfação. Encontram-se insatisfeitos 6,8% de insatisfação, o

que respalda a ausência de uma satisfação plena dos serviços do website em geral para as

questões de segurança.

4.5 RECLAMAÇÕES

Com relação à variável reclamações ao website, buscou-se averiguar como os

serviços de atendimento do website lidam com as reclamações dos clientes e qual o grau

de tratamento das reclamações por parte dos clientes dos websites. No gráfico 8, são

expostos os principais resultados desta aferição. Constatou-se que apenas 27% dos

respondentes da pesquisa fez reclamação ao website. Este dado é condizente com outras

pesquisas de satisfação.

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49

73%

27%

Nunca reclamou Já reclamou do website

Gráfico 8: Ocorrência de reclamação do website

Os 12 entrevistados que já fizeram alguma reclamação no website avaliaram o

modo como o pessoal do site tratou o problema, conforme os dados do gráfico 9. Metade

da amostra opinou como sendo bom ou muito bom o tratamento dado à reclamação feita

junto ao website.

1 1

4

3 3

0

1

1

2

2

3

3

4

4

5

Muito ruim Ruim Razoável Bom Muito bom

Gráfico 9: Avaliação do tratamento das reclamações

4.9 FIDELIDADE E RECOMENDAÇÃO

No que tange à potencial fidelidade do usuário ao website, objetivou-se averiguar

a possibilidade de se efetivarem novas compras no website, ou seja, analisou-se o

provável retorno às compras apenas neste website, bem como analisou-se a

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50

disponibilidade dos clientes fazerem suas compras em grande parte em outro website

(Gráfico 10). Quanto à possibilidade de se comprar novamente apenas neste website

de costume, grande parte dos respondentes (70,7%) tem a intenção de voltar a comprar,

sendo que 51,2% ‘provavelmente’ e 19,5% ‘certamente’ voltariam a comprar.

2,4

4,9

22,0

51,2

19,5

0,0

8,6

62,9

20,0

8,6

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0

Certamente não

Provavelmente não

Indeciso

Provavelmente sim

Certamente sim

Intenção de recompra apenas neste site Intenção de comprar em outro site

Gráfico 10: Intenção de recompra futura

Quando perguntados sobre a disponibilidade em fazer compras em sua maior

parte em outro website, dois terços dos respondentes ficaram indecisos. Como

mencionado na literatura, a fidelidade do cliente ao website está calcada em fatores

múltiplos, os mesmos precisam estar plenamente satisfeitos em todos os âmbitos dos

serviços para que comprem apenas em um website. Os usuários vêem-se ainda indecisos

em comprar apenas em um único website, todavia, persistem em fazer a maior parte das

compras em um único website, ou seja, não descartam totalmente o website, mesmo que

este não obtenha exclusividade de compras.

Quanto à análise de recomendação, averiguou-se o grau de recomendação do

website a uma pessoa amiga. A recomendação é analisada no sentido de se recomendar a

comprar neste website e comprar apenas neste website. O gráfico 11 revela que 45,3%

dos respondentes ‘certamente’ recomendariam a uma pessoa amiga comprar neste

website. Esta tendência foi seguida por 42,9% do total de respondentes que afirmaram

‘provavelmente’ recomendam o website para compras a uma pessoa amiga.

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51

2,4

9,6

42,9

45,3

5,7

25,7

34,3

22,9

11,4

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0 50,0

Certamente não

Provavelmente não

Talvez sim, talvez não

Provavelmente sim

Certamente sim

Recomendação desse site Recomendação desse site apenas

Gráfico 11: Recomendação do website

Quanto à efetivação das compras apenas neste website, 34,39% dos respondentes

ficaram em dúvida, dizendo que ‘talvez sim, talvez não’ recomendariam a pessoas amigas

apenas este site.

Um percentual significativo (31,4%) dos respondentes afirmam que

provavelmente ou certamente não recomendariam comprar apenas neste website. No

âmbito da recomendação do website, a exclusividade também não se destaca. Os usuários

recomendariam a amigos o website, mas não apenas este website.

4.10 ANÁLISE DE CORRELAÇÃO DA QUALIDADE PERCEBIDA E

SATISFAÇÃO

Nesta seção, serão testadas as associações entre os fatores relacionados com a

qualidade do website e preço com o grau de satisfação dos clientes para com seu website

que mais compra. Os itens que estão em branco nas tabelas a seguir significam que são

houve significância suficiente para haver correlação estatística. Os asteriscos marcam as

variáveis que se correlacionaram a um nível de confiança de 95% a 99%.

Na tabela 7, conforme se esperava, todas as variáveis de qualidade relacionadas

com a interface e navegabilidade se associam positivamente com a satisfação com os

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aspectos de navegabilidade (G1). A variável de maior correlação (r=0,53) é a avaliação

que o internauta da amostra teve para com a organização do site, em seguida vem a

percepção que ele tem da segurança do site e da sua aparência geral.

Tabela 7: Correlação da qualidade percebida da interface do website com as variáveis de satisfação

QUALIDADE EM TERMOS DE INTERFACE

G1-Satisfação sobre navegabilidade

G2-Satisfação do serviço

G3-Satisfação relativa à segurança

A1-Facilidade de uso ,40(**)A2-Acesso para links ,34(*)A3-Organização do site ,53(**) ,31(*) ,47(**)A4-Estética e Aparência ,45(**) ,36(**) ,39(**)A5-Aparência geral do site ,48(**) ,29(*)A6-Cores do site ,26(*) ,39(**) ,48(**)A7-Visualização dos produtos ,40(**) ,29(*) ,40(**)A8-Acesso ao link de conclusão da compra ,41(**) ,38(**) ,48(**)

A9-Cliques para concluir ,37(**) ,26(*)A10-Segurança percebida ,48(**) ,51(**) ,83(**)A11-Comunicação visual ,45(**) ,50(**) ,57(**)

** Correlation is significant at the 0.01 level (1-tailed).* Correlation is significant at the 0.05 level (1-tailed).

Desta forma, as empresas que investirem na qualidade de seus websites vão ter

mais chance de que seus clientes se sintam satisfeitos com a navegabilidade,

principalmente se a arquitetura informacional, usabilidade e o design e estética forem

contemplados neste esforço para agradar o consumidor online.

Quando se analisa o cruzamento da qualidade do serviço com as variáveis da

satisfação com o serviço (G2), verifica-se que a maior parte das variáveis se relacionam

positivamente. Dois atributos de qualidade tiveram r = 50, indicativos de maior

correlação, que foram a segurança percebida e a comunicação visual. Os demais não se

relacionam tão fortemente.

A terceira análise refere-se à satisfação com a segurança. Identifica-se que

também a maior parte dos atributos de qualidade relativo à interface do website vão se

associar positivamente a um maior nível de satisfação. Coerente com a natureza da

variável, a segurança percebida tem uma ligação direta com a satisfação com a

segurança e confiabilidade do site. Também destaca-se a correlação (r=0,57) da

comunicação visual com a segurança e confiabilidade do site, aos olhos do cliente. A

Aparência geral e o número de cliques, apesar de ter havido uma significância estatística

na correlação (p<0,05), seus coeficientes de correlação são baixos (r = 0,30).

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Pode-se notar que a percepção de segurança é um forte indicativo de uma maior

satisfação por parte do cliente dos aspectos de navegabilidade e design do site, pelo

menos no contexto desta amostra. Isso denota uma necessidade de incrementar tanto a

segurança real quanto a percebida pelo cliente, a fim de atingir um nível satisfatório por

parte de seus clientes.

Testando a relação das variáveis de satisfação com os aspectos de qualidade com

os serviços de ajuda e suporte oferecidos pelo website, os resultados para esta pesquisa

são apresentados na tabela 8.

A satisfação com a navegabilidade não obteve muita correlação com as variáveis

de qualidade de serviços de ajuda ao cliente online. No contexto desta amostra, os

clientes que se sentiram satisfeitos com o serviço foram os que avaliaram melhor as

ferramentas de ajuda e precisão e simpatia no atendimento as respostas dos clientes.

Este fator da qualidade de serviços mostra que deve-se desenhar um site de forma a trazer

mais ajuda nas transações que o cliente precisará fazer quando interagir com o website,

tendo em vista que é um auto-serviço baseado em tecnologia.

No que se refere ao teste de correlação com a variável de satisfação com o

serviço, todos os atributos de qualidade do serviço foram associados positivamente,

segundo a percepção dos respondentes. Os de maior relevância foram a eficiência na

entrega (r=0,44), ferramentas de ajuda (r=43) e eficiência no processo de pós-venda.

Um investimento na logística e no aspecto funcional do site irá trazer potencialmente

maior satisfação para os clientes.

As medidas de associação da qualidade do serviços de ajuda e a satisfação com a

segurança foram positivas. Este grupo foi o que demonstrou mais fortemente a relação

qualidade com satisfação, conforme esperado. Neste caso, todas as variáveis de qualidade

vão influenciar a forma com que o cliente vai avaliar sua satisfação. Quanto mais ele

perceber que há qualidade nos serviços de suporte, mais este cliente tenderá a se sentir

satisfeito com a segurança oferecida para o ambiente de compra no varejo pela Internet. É

necessário, mais uma vez, focar no treinamento do pessoal de linha de frente, responsável

por maior nível de satisfação no varejo virtual e investir na logística de entrega dos

produtos e serviços do website.

Tabela 8: Correlação da qualidade percebida dos serviços de ajuda do website com as variáveis de satisfação

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QUALIDADE DE SERVIÇOS DE SUPORTE

G1-Satisfação sobre navegabilidade

G2-Satisfaçãodo serviço

G3-Satisfação relativa à segurança

B1-Rapidez de resposta ,30(*) ,48(**)B2-Ferramenta de ajuda ,37(**) ,43(**) ,62(**)B3-Precisão e simpatia nas respostas ,39(**) ,28(*) ,53(**)B4-Eficiência do pós-venda ,40(**) ,63(**)B5-Eficiência da entrega ,44(**) ,60(**)** Correlation is significant at the 0.01 level (1-tailed).* Correlation is significant at the 0.05 level (1-tailed).

A tabela 9 identifica as correlações existentes entre qualidade percebida dos

produtos do website com as variáveis de satisfação. Em geral, neste item sobre percepção

da qualidade de produtos, a variedade de marcas e de produtos parecem não ter muita

relação com a satisfação.

No caso desta pesquisa, quanto mais o cliente se sentiu satisfeito com a

navegabilidade/interface do site, mais ele avaliou positivamente a qualidade dos websites

quanto ao sortimento das marcas e de produtos, a disposição de informações e a

localização dos produtos no site. A informação de preços foi a variável que respondeu

pelo resultado de maior correlação (r=0,50). Este achado revela que os webdesigners

devem investir no aspecto ergonômico do site, de forma a que as pessoas identifiquem

mais facilmente os preços, pois isso denota uma maior satisfação para com a

navegabilidade do website.

Do ponto de vista da satisfação com os serviços oferecidos, um aspecto da

qualidade funcional se destaca: é a informação de entrega, com correlação de moderada

a forte (r=0,49), mas em segundo lugar também foi visto com alto nível de significância

(p<0,01) a correlação entre a satisfação do serviço com a localização visual dos produtos.

O cliente se sente mais satisfeito à medida que ele encontra no site a informação da

entrega do produto comprado. Logo, o website deverá ter serviço de rastreamento, já que

é valorizado pelo cliente de compras pela Internet.

Neste bloco de avaliação da qualidade dos produtos, o cliente avaliou seu grau de

satisfação com a segurança e confiabilidade do site de acordo com uma maior localização

visual dos produtos (r=0,57) e, mais uma vez, com a informação de entrega (r=0,56).

Tabela 9: Correlação da qualidade percebida dos produtos do website com as variáveis de satisfação

QUALIDADE DOS PRODUTOS

G1-Satisfação sobre navegabilidade

G2-Satisfação do serviço

G3-Satisfação relativa à segurança

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C1-Variedade de produtos ,29(*)C2-Variedade de marcas ,41(**) ,31(*)C3-Informação de preços ,50(**) ,28(*) ,48(**)C4-Informação de entrega ,38(**) ,49(**) ,56(**)C5-Localização visual dos produtos ,31(*) ,39(**) ,57(**)** Correlation is significant at the 0.01 level (1-tailed).* Correlation is significant at the 0.05 level (1-tailed).

Por fim, foram testadas as variáveis relativas a preço. Como se apresenta na tabela

10, apenas um item se relacionou com a satisfação. Todas as outras variáveis não tiveram

qualquer associação com a satisfação. Pelo resultado, o cliente da web que acha que o

preço está mais caro, mas ele tende a estar satisfeito com serviço. Este item merece uma

atenção na sua interpretação. Observando a escala desta questão no questionário (questão

D1, D2 e E1), percebe-se que ela está invertida, ou seja, foge da lógica das outras escalas.

Assim, pode ser que o respondente tenha se equivocado, achando que o que ele estava

avaliado como ‘barato’, na verdade a escala estava marcando como ‘caro’. No entanto,

não se pode saber quem de fato marcou sem estar equivocado e quem marcou sabendo o

que de fato estava respondendo.

Tabela 10: Correlação das variáveis de preço com a satisfação

PREÇOG1-Satisfação sobre

navegabilidadeG2-Satisfação do

serviçoG3-Satisfação relativa

à segurançaD1-Preços em geral -,42(**)D2-Preços em promoçãoE3-Preços comparados** Correlation is significant at the 0.01 level (1-tailed).

4.11 ANÁLISE QUALITATIVA DOS FATORES QUE INFLUENCIAM A

FIDELIDADE DIGITAL DOS CLIENTES

A análise qualitativa dos fatores preditores da fidelidade foi realizada a partir da

indagação sobre o que leva o cliente a ser fiel a um website. Para tanto, a pesquisa

utilizou a metodologia de análise de conteúdo e uma de suas abordagens que foi a análise

lexical. No quadro 5, apresenta-se o resultado na análise de conteúdo dos fatores mais

pertinentes da fidelidade. A segurança gerada pelo website aparece como principal

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determinante da fidelidade do cliente, seguido pelo fator preço. A qualidade apareceu em

terceiro, como fator influenciador da fidelidade.

Quando o assunto é fidelidade ao varejo on line, ainda existe muito receio por

parte dos clientes com relação às compras on line. Os mesmos não confiam plenamente e

tem medo de maus serviços ou problemas nas transações financeiras. Por isso, foi

coerente com as respostas dos entrevistados. Pelo fato da compra ser realizada no

ambiente digital, a questão da segurança passa a ser um aspecto fundamental para o

comprador. Esse achado corrobora com estudos anteriores. A segurança e a facilidade

gerada pelo website, inclusive segurança dos dados nas transações de pagamento, geram

fidelidade do cliente na visão dos entrevistados. Quando se associa segurança, preço,

vantagens e qualidade, existe uma tendência a ocorrer novas compras devido à

comodidade oferecida pela Internet.

O preço foi importante preditivo da fidelidade. No entanto, várias pesquisas

mostraram que o preço não fideliza o cliente.

A qualidade, dentro da visão dos entrevistados, faz com que o cliente tenha boas

referências e se sinta navegando em um website seguro, passando mais confiança ao

usuário. Uma compra bem sucedida passa a ser sinônimo de retorno e uma boa imagem

passa a influenciar o potencial retorno. Além disso, as operações e a logística do website,

quando boas, geram novas compras e denotam a fidelidade dos clientes, devido à

comodidade e a confiança sentida pelo cliente.

A questão do atendimento proporcionado pelo website foi outro atributo

relevante na visão do cliente. O website precisa ser competente em seus serviços de pós-

venda e prezar pela qualidade para que os clientes possam comprar várias vezes. O

mesmo coloca o atendimento como sinônimo de potenciais novas compras, mas foi

menos citado que os outros fatores.

Quadro 5: Categorização dos fatores geradores de fidelidade

SEGURANÇA PREÇO QUALIDADE ATENDIMENTOSegurança Preço Apresentação Serviço de pós-vendaConfiança Vantagens Estética do website Pesquisa e buscaSeriedade Promoções Aparência dos

produtosInteração com o cliente

Comodidade Bons produtos Acesso às comprasCompra bem sucedida Logística

OperaçõesCompetência nos serviços

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Observa-se, assim, que através da análise da freqüência de palavras (léxico), os

usuários elegem como fatores influenciadores da fidelidade digital: a segurança do

website, o fator preço, a qualidade e o atendimento, que está apresentado no gráfico 12.

Pode-se inferir através do processo de categorização da análise de conteúdo que

os fatores: segurança, preço, qualidade e atendimento compõem-se de aspectos relevantes

para o processo de fidelidade.

Através da análise qualitativa, demonstrou-se que a satisfação ao website

percebida pelo cliente é complexa de ser analisada e que muitas vezes a mesma é

suplantada por outros fatores como segurança e preço na potencial fidelidade dos

clientes.

Em resumo, a segurança e confiança nos serviços prestados, a percepção de

vantagens em termos de preço e as operações bem como as compras bem sucedidas

revelam uma potencial fidelidade por parte dos clientes. Vê-se, portanto que para

influenciar a fidelidade dos clientes, a confiança nas operações e as vantagens e

promoções são mais eficientes que aspectos estéticos e o atendimento.

Fatores influenciadores da Fidelização digital

33

25

18

12

0

5

10

15

20

25

30

35

Segurança Preço Qualidade Atendimento

%

Gráfico 12: Fatores da fidelização digital

O fator satisfação, como já diagnosticado em pesquisas anteriores (ver quadro 3),

não é o mais relevante para a fidelidade dos clientes no que tange ao varejo virtual, ou

pelo menos não é o fator predominantes nesta relação. Estudos com outras amostras

poderão corroborar o achado desta pesquisa.

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Capítulo 5 - CONCLUSÕES E

RECOMENDAÇÕES

O presente estudo teve como objetivo identificar as relações entre as variáveis

intervenientes para a satisfação no processo de compras baseadas na Internet e sua

influência na fidelidade online (e-loyalty), na visão dos consumidores de varejo virtual. A

presente pesquisa conseguiu atender a esses objetivos no tocante à proposição de uma

metodologia de análise da satisfação no varejo virtual adaptada de estudos voltados para

o varejo convencional e um instrumento de medição dos fatores que afetam a satisfação e

a fidelidade digital. A metodologia aplicada ao estudo condiz com os objetivos da

mesma, sendo aplicada a análise descritiva dos dados.

Efetivou-se a relação entre a percepção dos clientes no que tange aos fatores de

qualidade e os aspectos de satisfação com o website e discutiu-se o que pode levar um

cliente a ser fiel a um website do ponto de vista de uma análise de conteúdo das respostas

dos entrevistados na pesquisa de campo.

Conclui-se, nas análises descritivas, que houve uma boa aceitação dos atributos de

qualidade de um website. No entanto, uma quantidade maior de cliques necessários para

concluir a compra não está agradando os clientes, apesar de a facilidade de uso e

navegabilidade serem vistas de modo positivo pelos mesmos. Quando analisados os

serviços de suporte, torna-se evidente necessidade de ser incrementada a eficiência dos

serviços do website. Os clientes encontram-se satisfeitos com a entrega dos produtos, mas

no que tange as ferramentas de ajuda ao usuário, fator este que se liga à qualidade dos

serviços intermediários do website, os clientes encontram-se insatisfeitos.

Com os serviços de pós-venda, igualmente se mostra que há um grau de exigência

maior por parte dos clientes. Não basta, portanto, disponibilizar respostas rápidas ou

simpatia no atendimento, se não há uma permanência destes fatores no momento

posterior a venda.

O website precisa ser cada vez mais visto como uma vitrine da organização. No

que tange a análise dos produtos oferecidos pelos websites, apesar de haver uma boa

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aceitação quanto à variedade de marcas oferecidas e quanto à informação sobre os preços,

o website deixou a desejar quanto à apresentação ou venda visual dos produtos no

website.

Os clientes da amostra que compram pela Internet encontram-se relativamente

satisfeitos com os serviços, mas a segurança percebida no website deve ser objeto de

atenção por parte das empresas que vendem pela Internet. Houve poucas ocorrências de

reclamações aos websites por parte dos clientes. Isto acaba influenciando na satisfação

geral dos clientes quanto aos produtos oferecidos pelo website.

Fatores ligados à navegabilidade e a interface do website não são sinônimos de

comprometimento afetivo por parte do cliente. Todavia, a fidelidade do cliente para com

o website é influenciada por fatores como a estética e a aparência da home page, as cores

contidas no website, a visualização dos produtos no website, a segurança percebida pelos

clientes, bem como por sua comunicação visual.

Tanto as análises quantitativas como a análise qualitativa demonstram a

necessidade de uma visão mais holística do website, bem como um acompanhamento

mais apurado de todas as suas fases de entrega de serviço. O grau de exigência por parte

dos clientes aumenta consideravelmente e o olhar sistêmico para o funcionamento dos

serviços do website passa a agregar bastante para a excelência dos serviços prestados

pelo mesmo e posterior fidelidade dos clientes.

5.1 Limitações do estudo

O presente trabalho possui como principais limitações o tamanho da amostra e a

análise não-probabilística por conveniência, visto que a sua amostra limita-se à população

de estudantes de pós-graduação (especialização da UFRN) questionados no momento da

pesquisa. Houve dificuldade de acesso a todos os cursos, o que poderia ter aumentado o

número de participantes na pesquisa.

Também pode ser considerado um fator limitante o fato de que as análises

estatísticas utilizadas não foram aplicadas a todas as variáveis da pesquisa, uma vez que

se necessita correlacionar um maior número de fatores que compõem as mesmas. Mas,

por tratar-se de uma pesquisa exploratória, analisou de forma eficaz os principais

aspectos ligados à satisfação dos clientes aos atributos do website, serviços e segurança

no meio digital.

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Como o estudo se baseou em fatores qualitativos relacionados com a percepção

subjetiva de cada respondente, pode haver algum viés na resposta. O corte transversal da

análise, que é temporário, também pode ser considerada uma limitação.

5.2 Direções para pesquisas Futuras

Recomendam-se pesquisas que identifiquem a relação da eficiência do ciclo de

serviços, desde de a abertura do website pelo cliente até a entrega do produto e/ou serviço

ao mesmo com o nível de satisfação do consumidor.

Também se recomenda um acompanhamento longitudinal, com aplicações

sucessivas e regulares do instrumento de pesquisa em um determinado website, o qual

permita descrever melhor os fatores que influenciam a fidelidade em ambientes de

compras por meio eletrônico.

5.3 Considerações finais

A qualidade dos serviços virtuais remete a uma mudança de perspectiva por parte

dos gestores. Os clientes, cada vez mais exigentes, buscam excelência também nos

serviços digitais. A qualidade dos meios convencionais em sintonia com os meios digitais

pode representar um começo de fidelidade e crescimento de potencias clientes.

Entender os serviços digitais como um reflexo dos serviços convencionais é

condição de satisfação e potencial fidelidade por parte dos clientes. O ciclo dos serviços

de entrega, a navegabilidade e também aspectos práticos como segurança e presença de

preços adequados são sintonizados com os meios e práticas das respectivas organizações

convencionais.

Apesar das peculiaridades dos meios digitais de venda, a concepção de processo

de venda e de produto, em um primeiro momento, ainda busca uma similaridade com a

eficiência e eficácia dos veículos convencionais.

Identificar quais as peculiaridades dos serviços virtuais que são sinônimos de

retenção de clientes, transforma-se, assim, em um desafio para os gestores atuais. Sendo

assim, propostas de análise como a efetivada pela presente pesquisa torna-se

esclarecedora de nuances muito peculiares de satisfação e percepção de qualidade por

parte dos clientes, objetivando sua potencial fidelidade também no meio digital.

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69

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70

APÊNDICE I - Questionário da pesquisa

1. Você pesquisa na Internet antes de comprar algum produto ou serviço? [ ] Não, nunca [ ] Sim, dependendo do produto [ ] Sim, sempre pesquiso 2. Você já fez compras pela Internet? [ ] Não [ ] Sim, apenas uma vez [ ] Sim, mais de uma vezSe você respondeu “Não” na questão 2, por favor desconsidere este questionário.3. Em qual website de varejo online ou digital você costuma comprar mais? ____________________________Baseando-se neste website que você mencionou, por favor, responda às questões a seguir.

A – SOBRE A INTERFACE E NAVEGABILIDADE DO WEBSITE (o modo como ele aparece para você e como você se movimenta dentro deleA1-Tendo em vista este website em que você tem comprado, avalie os aspectos:

Muitoruim Ruim Razoável Bom Muito

BomSem

opiniãoA2-Facilidade de uso 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99A3-Acesso para os links de informação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99A4-Organização do website 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99A5-Estética e aparência da Homepage apenas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99A6-Aparência do website de modo geral 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99A7-Cores utilizadas no website 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99A8-Visualização dos produtos à venda 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99A9-Acesso fácil ao link de conclusão da compra 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99

A10-Quantidade de cliques para concluir a compra 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99

A11-Segurança percebida nas transações 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99

A12-Comunicação Visual (mapas/animações/design) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99

B – SOBRE OS SERVIÇOS DE SUPORTE DO WEBSITE (serviços de ajuda ao cliente)B1-Tendo em vista este website em que você tem comprado, avalie os aspectos:

Muitoruim Ruim Razoável Bom Muito Bom Sem

opiniãoB2-Rapidez nas respostas às dúvidas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99B3-Ferramentas de ajuda ao usuário (e-mail, chat, fale conosco) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99

B4-Precisão e simpatia nas respostas às dúvidas ou problemas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99

B5-Eficiência do pós-venda 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99B5-Eficiência da entrega do produto ao cliente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99

C – SOBRE OS PRODUTOS OFERECIDOS NO WEBSITETendo em vista este website em que você tem comprado, avalie os aspectos:

Muitoruim Ruim Razoável Bom Muito Bom Sem

opiniãoC1-Variedade de produtos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99C2-Variedade de marcas oferecidas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99C3-Informação sobre os preços 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99C4-nformação de entrega 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99C5-Apresentação dos produtos no website 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99

D – CONSIDERANDO O PREÇO DOS PRODUTOS DESTE WEBSITE, COMO VOCÊ AVALIA...Por favor, selecione Muito caro Caro Justo Barato Muito

baratoSem

opiniãoD1-O preço dos produtos em geral 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99

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71D2-O preço dos produtos em promoção 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99

E – CONSIDERANDO O PREÇO DOS PRODUTOS EM GERAL COM OUTROS WEBSITESPor favor, selecione como você avalia os preços em geral deste website...

Muito mais caro Mais caro Similar Mais Barato Muito mais

baratoSem

opiniãoE1-...comparado com os outros... 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99

F – VOCÊ JÁ FEZ ALGUMA RECLAMAÇÃO DE ALGUM PROBLEMA NESTE WEBSITE? F1-[ ] Não, por favor vá para o item“G”[ ] Sim, por favor avalie o modo como.. Muito ruim Ruim Razoável Bom Muito bom Sem

opiniãoF2-O pessoal tratou sua reclamação

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99

G – DIGA-NOS SOBRE SEU GRAU DE SATISFAÇÃO GERALPor favor, qual seu grau de satisfaç ão:

Muitoinsatisfeito Insatisfeito Nem insatisfeito,

nem satisfeito Satisfeito Muitosatisfeito

Semopinião

G1-Sobre a navegabilidade 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99

G2-Sobre os serviços oferecidos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99

G3-Sobre a segurança e confiabilidade do site 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99

H – SOBRE SUA IMPRESSÃO GERAL SOBRE A REPUTAÇÃOPor favor, avalie

Muito negativa Negativa Nem negativa, nem positiva Positiva Muito

positivaSem

opinião

H1-Reputação da empresa 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99

I – VOCÊ USARIA uma camiseta com nome ou slogan deste website para...Por favor, avalie Certamente

nãoProvavelmente

nãoTalvez sim, talvez não

Provavelmentesim Certamente sim Sem

opiniãoI1-Caminhar (exercício)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99

I2-Ir à praia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99

J – COMO VOCÊ AVALIA SUA DISPOSIÇÃO EM FAZER SUAS PRÓXIMAS COMPRAS...Por favor, assinale Certamente

nãoÉ provável

que nãoTalvez sim, talvez não

É provável que sim Certamente sim Sem

opiniãoJ1-apenas neste website 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99J2-A maior parte em outro website

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99

L – VOCÊ RECOMENDARIA A UMA PESSOA AMIGA....Por favor, assinale Certamente

nãoÉ provável

que nãoTalvez sim, talvez não

É provável que sim Certamente sim Sem

opiniãoL1-Comprar neste website 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99L2-Comprar apenas neste website 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 99

M – SOBRE VOCÊ Informações opcionais, mas importantes para compararmos suas respostas com as de outras pessoasM1-Sexo: [ ] Masculino [ ] Feminino M2-Ano de nascimento: ____________M3-Grau de escolaridade: [ ] Superior completo [ ] Possui outra Pós-GraduaçãoM4-Renda familiar mensal (soma dos ganhos das pessoas que moram na mesma casa que você por mês): [ ]Até R$ 1.500,00 [ ]R$ 1.500,00 a R$ 3 mil [ ]R$ 3 mil a 6 mil [ ]R$ 6 mil a 12 mil [ ] + de R$ 12milM5-Quantas vezes costuma utilizar a Internet? [ ] Freqüentemente [ ] Ocasionalmente [ ] Raramente

QUESTÃO ABERTA - Para você, o que torna um cliente fiel a um website? Justifique.

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72

APÊNDICE II – Histogramas das variáveis do modelo da pesquisa

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

A1-FacUso = 44*1*normal(x; 8,1818; 1,4828)

2%0% 0%

2% 2%

16%

34%

27%

16%

2 3 4 5 6 7 8 9 1 0

A1-FacUso

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

1 6

No

of o

bs

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

A2-Acesso = 44*1*normal(x; 7,7955; 1,5338)

2%0% 0%

5%

9%

14%

43%

16%

11%

2 3 4 5 6 7 8 9 1 0

A2-Acesso

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

1 6

1 8

2 0

No

of o

bs

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73

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

A3-Organ = 44*1*normal(x; 7,6364; 1,9659)

2%0%

2%0% 0%

5%

9%

16%

36%

16%14%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0

A3-Organ

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

1 6

1 8

No

of o

bs

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

A4-EstetApar = 44*1*normal(x; 7,6364; 1,9659)

2%0% 0% 0%

2%

11%

5%

11%

39%

14%16%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0

A4-EstetApar

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

1 6

1 8

No

of o

bs

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

A5-AparGer = 44*1*normal(x; 7,5909; 1,3694)

9%11%

23%

34%

14%

9%

5 6 7 8 9 1 0

A5-AparGer

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

1 6

No

of o

bs

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74

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

A6-Cores = 44*1*normal(x; 7,6364; 1,5264)

2%0%

7%

11%

18%

36%

14%11%

3 4 5 6 7 8 9 1 0

A6-Cores

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

1 6

1 8

No

of o

bs

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

A7-VisuProd = 44*1*normal(x; 7,8409; 1,3285)

5%

14%

18%

30%

25%

9%

5 6 7 8 9 1 0

A7-VisuProd

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

No

of o

bs

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

A8-LinConc = 44*1*normal(x; 8,1591; 1,363)

5%

7%

18%

27%

25%

18%

5 6 7 8 9 1 0

A8-LinConc

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

No

of o

bs

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75

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

A9-Qcliques = 44*1*normal(x; 7,1136; 1,82)

2%

0% 0% 0%

5%

9% 9%

30% 30%

9%

7%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0

A9-Qcl iques

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

No

of o

bs

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

A10-SegPerc = 44*1*normal(x; 7,5227; 2,0402)

2%

0% 0%

2%

0%

7%

16% 16%

25%

14%

18%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0

A10-SegPerc

0

2

4

6

8

1 0

1 2

No

of o

bs

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

A11-ComVisu = 44*1*normal(x; 7,6591; 1,4618)

11%9%

18%

39%

9%

14%

5 6 7 8 9 1 0

A11-ComVisu

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

1 6

1 8

No

of o

bs

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76

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

B1-RapResp = 44*1*normal(x; 6,3864; 2,9032)

11%

0%

5%

2%

0%

5%

7%

27%

30%

5%

9%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0

B1-RapResp

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

No

of o

bs

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

B2-FerrAjuda = 44*1*normal(x; 6,7955; 2,3485)

5%

0%

5%

2%0%

5%

18% 18%

34%

5%

9%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0

B2-FerrAjuda

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

1 6

No

of o

bs

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

B3-PrecSimp = 44*1*normal(x; 6,2955; 2,9221)

14%

0%

2%

0% 0%

7%

14%

20%

30%

7% 7%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0

B3-PrecSimp

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

No

of o

bs

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77

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

B4-EficPosV = 44*1*normal(x; 6,9091; 2,6834)

7%

0%

2%

5%

2%

5%

11% 11%

27%

20%

9%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0

B4-EficPosV

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

No

of o

bs

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

B5-EficEnt = 44*1*normal(x; 7,7955; 2,1195)

2%

0%

2%

0% 0%

5%

11%

16%

25%

14%

25%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0

B5-EficEnt

0

2

4

6

8

1 0

1 2

No

of o

bs

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

C1-VarProd = 44*1*normal(x; 8,4318; 1,3537)

5%

2%

16%

27%

23%

27%

5 6 7 8 9 1 0

C1-VarProd

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

No

of o

bs

Page 88: FATORES DA QUALIDADE E SATISFAÇÃO NA COMPRA … · Natal-RN), do CTEAD (Centro de Tecnologia e Ensino a Distância -Natal-RN) e professora da Faculdade Católica Nossa Senhora das

78

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

C2-VarMarc = 44*1*normal(x; 7,9091; 1,8655)

2%0% 0%

2%0%

2%5%

16%

36%

20%

16%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0

C2-VarMarc

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

1 6

1 8

No

of o

bs

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

C3-InfPrec = 44*1*normal(x; 8,3409; 1,2189)

5%

0%

16%

34%

27%

18%

5 6 7 8 9 1 0

C3-InfPrec

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

1 6

No

of o

bs

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

C4-InfEnt = 44*1*normal(x; 8,1136; 1,2615)

2%0% 0%

5%

14%

45%

23%

11%

3 4 5 6 7 8 9 1 0

C4-InfEnt

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

1 6

1 8

2 0

2 2

No

of o

bs

Page 89: FATORES DA QUALIDADE E SATISFAÇÃO NA COMPRA … · Natal-RN), do CTEAD (Centro de Tecnologia e Ensino a Distância -Natal-RN) e professora da Faculdade Católica Nossa Senhora das

79

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

C5-ApresProd = 44*1*normal(x; 7,6591; 1,4458)

2%0%

9%

2%

20%

45%

11%9%

3 4 5 6 7 8 9 1 0

C5-ApresProd

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

1 6

1 8

2 0

2 2

No

of o

bs

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

D1-PrecProdG = 44*1*normal(x; 5,3636; 2,5343)

11%

2%

0%

7% 7% 7%

30%

20%

11%

5%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

D1-PrecProdG

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

No

of o

bs

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

D2-PreProdP = 44*1*normal(x; 6,0682; 2,2762)

5%

0%

2%

7% 7%

14%

18%

16%

23%

7%

2%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0

D2-PreProdP

0

2

4

6

8

1 0

1 2

No

of o

bs

Page 90: FATORES DA QUALIDADE E SATISFAÇÃO NA COMPRA … · Natal-RN), do CTEAD (Centro de Tecnologia e Ensino a Distância -Natal-RN) e professora da Faculdade Católica Nossa Senhora das

80

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

D3-CompaOutr = 44*1*normal(x; 5,8409; 1,9523)

7%

0% 0% 0%

5%

16%

43%

11%

16%

2%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

D3-CompaOutr

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

1 6

1 8

2 0

No

of o

bs

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

F1-FezAlgReclam = 44*1*normal(x; 1,2727; 0,4505)

73%

27%

1 2

F1-FezAlgReclam

0

5

1 0

1 5

2 0

2 5

3 0

3 5

No

of o

bs

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

F2-TratReclam = 44*1*normal(x; 1,7955; 3,2961)

73%

2% 0% 2% 0%5% 5%

2%5%

0%

7%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0

F2-TratReclam

0

5

1 0

1 5

2 0

2 5

3 0

3 5

No

of o

bs

Page 91: FATORES DA QUALIDADE E SATISFAÇÃO NA COMPRA … · Natal-RN), do CTEAD (Centro de Tecnologia e Ensino a Distância -Natal-RN) e professora da Faculdade Católica Nossa Senhora das

81

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

G1-Naveg = 44*1*normal(x; 7,5682; 1,0869)

2%

7%

45%

32%

5%

9%

5 6 7 8 9 1 0

G1-Naveg

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

1 6

1 8

2 0

2 2

No

of o

bs

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

G2-ServOfer = 44*1*normal(x; 7,7955; 1,1326)

2%5%

36% 36%

9%11%

5 6 7 8 9 1 0

G2-ServOfer

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

1 6

1 8

No

of o

bs

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

G3-SegConfi = 44*1*normal(x; 7,4091; 1,675)

7% 7%

11%

27%

23%

11%

14%

4 5 6 7 8 9 1 0

G3-SegConfi

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

No

of o

bs

Page 92: FATORES DA QUALIDADE E SATISFAÇÃO NA COMPRA … · Natal-RN), do CTEAD (Centro de Tecnologia e Ensino a Distância -Natal-RN) e professora da Faculdade Católica Nossa Senhora das

82

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

H1-ReputImag = 44*1*normal(x; 7,7273; 1,8091)

2%0% 0% 0% 0%

5%

9%

23%

34%

9%

18%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0

H1-ReputImag

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

1 6

No

of o

bs

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

I1-Caminh = 44*1*normal(x; 5,8409; 3,2202)

5%

18%

2%

0%

5% 5%

7%

23%

18%

7%

11%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0

I1-Caminh

0

2

4

6

8

1 0

1 2

No

of o

bs

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

I2-IrPraia = 43*1*normal(x; 5,0698; 3,3551)

9%

19%

2%

5%

7% 7%

5%

16% 16%

5%

9%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0

I2-IrPraia

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

No

of o

bs

Page 93: FATORES DA QUALIDADE E SATISFAÇÃO NA COMPRA … · Natal-RN), do CTEAD (Centro de Tecnologia e Ensino a Distância -Natal-RN) e professora da Faculdade Católica Nossa Senhora das

83

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

J1-ApenasNeste = 44*1*normal(x; 6,5682; 2,5735)

7%

2%

0%

5%

0%

11%

9%

20%

27%

14%

5%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0

J1-ApenasNeste

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

No

of o

bs

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

J2-MaiorPartOut = 44*1*normal(x; 4,8864; 2,8302)

20%

0% 0% 0%

7%

23%

27%

7%

9%

5%

2%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0

J2-MaiorPartOut

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

No

of o

bs

Page 94: FATORES DA QUALIDADE E SATISFAÇÃO NA COMPRA … · Natal-RN), do CTEAD (Centro de Tecnologia e Ensino a Distância -Natal-RN) e professora da Faculdade Católica Nossa Senhora das

84

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

L1-RecComp = 44*1*normal(x; 7,6591; 2,3718)

5%

2%

0% 0% 0%

5% 5%

16%

25%

30%

14%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0

L1-RecComp

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

No

of o

bs

Histogram (Chiara.sta 44v*44c)

L2-RecApenas = 44*1*normal(x; 4,5; 3,0308)

20%

5%

0%

7%

14%

11%

16%

14%

5% 5% 5%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0

L2-RecApenas

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

1 0

No

of o

bs