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The 4 th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5 th through 7 th , 2012 ISBN 978-85-62326-96-7 FATORES DE RISCO AO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA : DA VISÃO BIOMÉDICA À VISÃO PSICOSSOCIAL . Heloisa V. Santos (UNITAU)[email protected] Marcia Maria D. R. Pacheco ([email protected] Curso de Pós Graduação Mestrado em Desenvolvimento Humano da Universidade de Taubaté (UNITAU)-Rua Visconde do Rio Branco ,210-Taubaté SP ,Brasil Resumo. O presente artigo se constitui num ensaio teórico construído a partir de uma revisão de literatura e tem como objetivo analisar os avanços teóricos sobre fatores de riscos ao desenvolvimento da criança, através de uma revisão da literatura nas bases de dados Google Acadêmico, Scielo, Banco de Teses da Capes, livros da especialidade, recorrendo-se às palavras- chave “fatores de riscos” e “desenvolvimento”. O conceito de fatores de riscos recorrentes na literatura revisada é de “eventos negativos”,” variáveis ambientais”, “eventos estressores” que aumentam a probabilidade da criança apresentar problemas físicos e emocionais que acentuam sua condição de vulnerabilidade e problemas de comportamento que trazem consequências psicossociais de longo prazo a interferirem no seu desenvolvimento.. Concluiu-se que nas últimas décadas foi ampliado o entendimento acerca do desenvolvimento infantil, permitindo o reconhecimento das situações potencialmente danosas ao processo de desenvolvimento da criança que extrapolam a dimensão biomédica e guardam estreita relação com a epidemiologia social. Palavras Chave: fatores de riscos; desenvolvimento; criança. Summary. This article is a theoretical essay constructed from a literature review and aims to analyze the theoretical advances on risk factors for the development of the child through a literature review on Google Scholar databases, Scielo Bank the CAPES, specialty books, resorting to the keywords "risk factors" and "development." The concept of risk factors in recurrent reviewed literature is "negative events", "environmental variables", "stressors" that increase the likelihood of the child has physical and emotional problems that accentuate their vulnerability condition and demonstrate behavior problems that bring psychosocial consequences .Concluded that in recent decades has expanded the understanding of child development, situations potentially harmful to the process of child development that go beyond the biomedical dimension and are closely related

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The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012 ISBN 978-85-62326-96-7

FATORES DE RISCO AO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA : DA VISÃO BIOMÉDICA À

VISÃO PSICOSSOCIAL .

Heloisa V. Santos (UNITAU)[email protected]

Marcia Maria D. R. Pacheco ([email protected]

Curso de Pós Graduação –Mestrado em Desenvolvimento Humano da Universidade de Taubaté

(UNITAU)-Rua Visconde do Rio Branco ,210-Taubaté –SP ,Brasil

Resumo. O presente artigo se constitui num ensaio teórico construído a partir de uma revisão de

literatura e tem como objetivo analisar os avanços teóricos sobre fatores de riscos ao

desenvolvimento da criança, através de uma revisão da literatura nas bases de dados Google

Acadêmico, Scielo, Banco de Teses da Capes, livros da especialidade, recorrendo-se às palavras-

chave “fatores de riscos” e “desenvolvimento”. O conceito de fatores de riscos recorrentes na

literatura revisada é de “eventos negativos”,” variáveis ambientais”, “eventos estressores” que

aumentam a probabilidade da criança apresentar problemas físicos e emocionais que acentuam

sua condição de vulnerabilidade e problemas de comportamento que trazem consequências

psicossociais de longo prazo a interferirem no seu desenvolvimento.. Concluiu-se que nas últimas

décadas foi ampliado o entendimento acerca do desenvolvimento infantil, permitindo o

reconhecimento das situações potencialmente danosas ao processo de desenvolvimento da

criança que extrapolam a dimensão biomédica e guardam estreita relação com a epidemiologia

social.

Palavras Chave: fatores de riscos; desenvolvimento; criança.

Summary. This article is a theoretical essay constructed from a literature review and aims to

analyze the theoretical advances on risk factors for the development of the child through a

literature review on Google Scholar databases, Scielo Bank the CAPES, specialty books, resorting

to the keywords "risk factors" and "development." The concept of risk factors in recurrent reviewed

literature is "negative events", "environmental variables", "stressors" that increase the likelihood of

the child has physical and emotional problems that accentuate their vulnerability condition and

demonstrate behavior problems that bring psychosocial consequences .Concluded that in recent

decades has expanded the understanding of child development, situations potentially harmful to

the process of child development that go beyond the biomedical dimension and are closely related

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to social epidemiology.

Keywords: risk factors; development; children.

1-INTRODUÇÃO

Ao estudar a infância , Aries (1981) apresenta a evolução da concepção de infância na história da

família ao afirmar que o sentimento de infância veio se modificando desde o final do século

passado e o reconhecimento da infância em seus primeiros anos de vida tem proporcionado

discussões na sociedade civil e no meio político.

Os direitos de viver, pensar e agir como criança numa sociedade que tem anulado a sua

identidade e fomentado novos comportamentos através da mídia ,comprova-se pela ausência de

sólida estrutura familiar e estabelecimentos de vínculos afetivos sólidos , portanto, os estudos

empreendidos nessa área, envolvem de forma interdisciplinar ,as áreas da saúde ,da psicologia a

fim de compreender os fatores que interferem no desenvolvimento das crianças nos primeiros

anos de vida.

Presencia-se mudanças de paradigmas na sociedade contemporânea, que tornam cada vez mais

complexas as interações, requerendo ,por sua vez, a identificação dos riscos de ordem

biológica, ambiental, e psicossocial que interferem no processo de desenvolvimento da criança.

Observa-se a influência direta da dinâmica das alteração dos padrões de organização da família e

na forma de cuidar e de educar as crianças.

Os avanços na ciência e na legislação educacional mostram que a infância é uma etapa da vida e

a criança é sujeito ativo que constrói conhecimentos em interação com os seus pares, sejam

adultos ou crianças em contextos ou ambientes diversos e proporcionou consideráveis avanços

na legislação da área da saúde e da educação que impulsionou a realização de pesquisas

voltadas para identificação da concepção de desenvolvimento humano e bem-estar .

Segundo o UNICEF (2001) as exigências e situações presentes na sociedade contemporânea ,

levam as crianças a lidarem constantemente com os problemas dos adultos, devido a

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proximidade com os conflitos geradores de desagregação familiar, de violência física e de

ausência da figura materna e paterna na condução das crianças , merecendo destaque, aquelas

oriundas das classes populares com baixo poder aquisitivo.

As pesquisas realizadas entre 1995 a 2005 destacam indicadores de natureza econômica,

biomédica e incorporam uma visão holística que toma como indicador maior o ser humano

integral, como a razão de ser do desenvolvimento (UNICEF 2001), portanto, as condições

psicossociais ganharam relevo nos estudos realizados a partir da década de 80,quando as

exigências ficaram mais visíveis para as famílias.

Sarmento e Pinto (1997) destacam que as crianças sempre estiveram presentes no mundo,

porém, as condições de vida dos tempos atuais, produziram relações para essa categoria, o que,

consequentemente, tem gerado novas discussões e preocupações com o seu desenvolvimento.

A pesquisa realizada no âmbito do desenvolvimento humano tem pontuado o papel do ambiente

em que a criança se desenvolve e as interações que estabelece, como incentivadores ou

limitadores do processo de aquisição das habilidades básicas, necessárias ao seu

desenvolvimento.,.

Atualmente a criança é vista como “um agente ativo” na construção das relações e do ambiente,

onde os significados simbólicos são modificados e simultaneamente ,compartilhados, portanto,

vê-se na teoria bioecológica do desenvolvimento um aspecto marcante que é o meio ambiente,

na maneira como é percebido pelo indivíduo, e não como ele existe na realidade objetiva. Para

Bronfenbrenner (1979/1996), "os aspectos do meio ambiente mais importantes no curso do

crescimento psicológico são, de forma esmagadora, aqueles que têm significado para a pessoa

numa dada situação.

O microssistema funciona como um cenário de atividades coletivas e individuais, ora

compartilhadas, ora individualizadas, em que os papéis exercido pela família, escola,

vizinhança, no cotidiano das interações criança-criança, adulto-criança e das atividades

desenvolvidas, interferem no desenvolvimento da pessoa em formação..

Com o objetivo de ampliar a análise dos problemas sociais extrapolando a referência feita à

renda ou posse de bens materiais , Abramovay (2002) passou a discutir a concepção de

vulnerabilidade social relacionada à concepção de bem-estar social e a concepção de risco social

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tem se modificado ao longo dos anos ,passando a ser interpretada, como um problema de

relacionamento e disfunções familiares .

Nessa visão, a situação começou a ser analisada sob o prisma da interação social de modo que

a intervenção ocorre através da limitação de poder do adulto sobre a criança .

Em revisão de documentos do Ministério da Saúde -Departamento de Gestão de Políticas

Estratégicas da Área Técnica de Saúde da Mulher( MS, 2002), percebe-se aspectos que

concorrem para acentuar os fatores de risco no desenvolvimento infantil, citando aqueles

referentes a família e a ,por conta da distribuição desigual de autoridade e poder na família, e do

apagamento dos limites entre os membros da família ,ou mesmo, o nível de tensão permanente

na família ,que gera a falta de diálogo e descontrole da agressividade, devido a ausência ou

pouca manifestação positiva de afeto entre pai-mãe-filhos, além das perdas, separação e

desemprego.

Isso posto ,denota a preocupação do Ministério da Saúde ,sem esquecer as pesquisas na área da

Psicologia que têm sinalizado de maneira veemente para os fatores de risco que sozinhos não

constituem uma causa específica, mas indicam um processo complexo que pode justificar a

consequência de uma psicopatologia na criança

Barnett (1997) afirma que nenhum outro fator de risco tem uma associação mais forte com a

psicopatologia do desenvolvimento do que uma criança maltratada, ou seja, os efeitos perversos

decorrentes do abuso e da negligência, influenciam no curso de vida da criança, visto que as

sequelas deixadas atingem os domínios do desenvolvimento, sobretudo nas áreas da cognição,

linguagem, desempenho escolar e desenvolvimento sócio emocional.

Para analisar a evolução do conceito de fatores de riscos ao desenvolvimento urge que se

verifiquem os avanços teóricos sobre fatores de riscos , identificando o conceito e suas variações .

A revisão da literatura nas bases de dados Google Acadêmico, Scielo, Banco de Teses da Capes,

livros da especialidade, recorrendo-se às palavras-chave “fatores de riscos” e “desenvolvimento”

apresentados na análise dos resultados ,com vistas a servir de base teórica para a pesquisa sobre

as representações sociais dos professores de Creches públicas de São Luís –MA acerca dos

fatores de risco ao desenvolvimento, uma vez que os fatores endógenos ou genéticos e os

psicossociais que interferem no desenvolvimento da criança e no processo de aprendizagem

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devem ser compreendidos ,tendo em vistas a busca de alternativas de intervenções nos diversos

contextos e condicionamentos de natureza biológica, psicossocial, afetiva e ambiental que

potencializam o desenvolvimento infantil .

2-Método

Na revisão da literatura, recorreu-se às bases de dados do Google Acadêmico, Scielo, Banco de

Teses da Capes, livros da especialidade, publicados entre 1995 a 2005 utilizando as palavras

chave “fatores de riscos “ e “ desenvolvimento”. Foram selecionados artigos ,teses de Mestrado e

capítulo de livros sobre o tema , dada especial atenção aos contributos de investigadores de

referência nacional como Reppold (2002), Garmezy e Rutter (2000), Hutz (2002), Koller e Xavier

(2006), Yunes e Szymanski (2000) .Esse contato com diferentes autores e enfoques envolveu

diversas áreas do conhecimento a fim de ampliar a compreensão acerca dos fatores de riscos ,

como “eventos negativos” ,” variáveis ambientais”, “eventos estressores” que aumentam a

probabilidade da criança apresentar problemas de comportamento .

3-Resultados e discussão

3.1- O conceito de fatores de riscos :da área biomédica a psicossocial

Em meio à complexidade do mundo contemporâneo, cada vez mais a criança em

desenvolvimento é exposta a fatores biológicos, cognitivos e psicossociais que as tornam

vulneráveis . O ambiente escolar também é palco onde os diversos comportamentos se

manifestam, e são percebidos pelos profissionais que ali atuam.

No intuito de contribuir com os estudos na área do desenvolvimento infantil, o Fundo das Nações

Unidas para a Infância (UNICEF) vem construindo o Índice de Desenvolvimento Infantil-(IDI) para

o Brasil, procurando incorporar algumas dimensões do conceito do desenvolvimento infantil e

elementos do enfoque de direitos humanos contidos na doutrina da proteção integral da

Convenção sobre os Direitos da Criança, e do Estatuto da Criança e do Adolescente. A

concepção de desenvolvimento humano e bem-estar nos últimos anos, deixou de destacar

apenas os indicadores de natureza econômica, como a renda pessoal e incorporou uma visão

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holística que toma como indicador maior “o-ser humano integral “como a razão de ser do

desenvolvimento (UNICEF 2001).

Apresenta-se de forma resumida os conceitos que estão presentes no olhar de pesquisadores

brasileiros acerca dos fatores de riscos a fim de verificar os aspectos recorrentes como a ideia de

“eventos negativos de vida “ , “eventos estressores “ de natureza física e emocional , que

interferem no comportamento ,portanto, a exposição a esses fatores de risco pode exacerbar a

condição de vulnerabilidade e impossibilitar que as crianças respondam satisfatoriamente ao

estresse.

Ao proceder a revisão de literatura, observou-se que o conceito de fatores de risco ao longo dos

anos, aborda aspectos marcantes em relação à causa e efeito das doenças cardiovasculares, da

obesidade, da diabetes, da hipertensão e quando se reporta a infância aborda aspectos ligados

aos riscos da prematuridade , da gravidez na adolescência , do uso de drogas durante a gravidez

e dos distúrbios nutricionais , carências vitamínicas ou mesmo o atraso mental , as psicoses

infantis que apontam as variáveis pré e peri-natais no desenvolvimento dos transtornos

psiquiátricos com vistas à identificação de fatores etiológicos para as psicoses infantis.

O termo “fatores de risco” está presente nas pesquisas da área da Saúde na área da

Neonatologia , Pediatria ,Fisiologia , Patologia ,Psicologia e também na área da Educação ,

sendo compreendidos ,como aspectos que causam distúrbios à saúde e ao desenvolvimento.

A psicologia do desenvolvimento evidencia alguns fatores de natureza biológica que tornam um

indivíduo vulnerável, tais como: a prematuridade, desnutrição, baixo peso, lesões cerebrais, atraso

no desenvolvimento. Mostra também, fatores de natureza psicossocial, como a família

desestruturada, o desemprego, a pobreza, a dificuldade de acesso à saúde e educação e ressalta

ainda os fatores de risco de natureza genética: pais com desordens afetivas, esquizofrenia,

desordens antissociais, hiperatividade, déficit de atenção e isolamento, que tornam as crianças

potencialmente vulneráveis aos eventos estressores, consideradas, portanto, crianças em

situação de risco que acarretam problemas ao desenvolvimento.

Mostra também, que alguns indivíduos são mais suscetíveis ou vulneráveis a esses eventos,

quando comparados a outros na mesma situação de risco, por diferenças fisiológicas ou

psicológicas.

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Na década de 80 Garmezy (1985) já mostrou em estudos realizados com crianças ,onde afirmava

que os fatores de risco aumentavam a probabilidade de a criança desenvolver uma desordem

emocional ou comportamental , gerada por atributos biológicos e genéticos .Essa ideia foi

confirmado nos estudos realizados por outros pesquisadores que consideraram os fatores de risco

como “processos complexos que podem justificar a consequência de uma psicopatologia” .

Na mesma direção Eisenstein & Sousa(1993) conceituam riscos como “ variáveis ambientais ou

contextuais “ que aumentam a probabilidade da ocorrência de algum efeito indesejável ao

desenvolvimento mental.

Os estudos realizados por Yunes e Szymanski (2000) Reppold (2002), Garmezy e Rutter (2000),

Hutz (2002), Koller e Xavier (2006), abordam os fatores de riscos ao desenvolvimento da criança

,trazendo aspectos convergentes e complementares acerca do conceito de fatores de risco , pois

concebem fatores de riscos como “variáveis ambientais”, “eventos estressantes da vida”,“

condições ou situações “associadas à alta probabilidade de ocorrência, negativa ou indesejável,

que podem comprometer a saúde, o bem-estar ou o desempenho social do indivíduo, inibindo de

certa forma as possibilidades de desenvolvimento integral.

O conceito de fator de risco esteve inicialmente relacionado ao termo mortalidade segundo

(Grünspun (2003) foi somente a partir da década de 1980, com a publicação de diversas

pesquisas, que o termo veio sendo associado aos estudos sobre desenvolvimento humano.

(Hagerty &Cols,2000).

O termo “fator de risco” foi associado aos estudos sobre desenvolvimento

humano e sua identificação passou a ser investigada a fim de avaliar sua

influência no desenvolvimento de crianças, com vistas a organizar

intervenções nos espaços de interações.

Uma pesquisa realizada por Pedromônico ( 2003) aponta indícios de que as crianças nascidas

prematuras ou com autismo são mais propensas ao retardo mental , o que é ampliado nos casos

citados por Horowitz (1992) ao apontar a dimensão motora do desenvolvimento como

determinação genética que recebe pouca influência do ambiente externo ,no entanto, a linguagem

enquanto dimensão cognitiva, tem os componentes genéticos esculpidos e moldados pelo

ambiente, daí perceber-se que as famílias com baixo nível de escolarização tem também ,baixa

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qualidade de estimulação doméstica e por extensão, a criança apresenta baixo vocabulário e

desenvolvimento cognitivo.

O Ministério da Saúde aponta os riscos à saúde elencando a ausência de um

trabalho de prevenção e acesso ao atendimento médico e hospitalar , além da falta de vínculo

parental, distúrbios evolutivos, crianças separadas da mãe ao nascer. Todas essas situações vão

se apresentando como “variáveis ambientais que tem a probabilidade de interferir no atraso do

desenvolvimento”, quando comparadas com crianças que não sofreram efeitos de tais variáveis .

O termo risco tem sido utilizado no campo da saúde mental,também, com o significado de

estressor ou fator que predispõe a um resultado negativo ou indesejado segundo Cowan, &

Schulz(1996).

A legislação pertinente à proteção à infância - Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) que

resguarda os direitos conquistados democraticamente e concebe a criança como cidadã de

direitos ,veio ampliar o interesse pelas pesquisas na área dos riscos sociais e os fatores de risco

passaram a serem vistos numa dimensão psicossocial e interdisciplinar , visto que as várias

ciências se preocupam com os fatores de riscos o que demonstra os pesquisadores Graziela

Sapienza & M. Pedromônio (2003) desde a década de 80 quando associaram fatores de risco à

diversidade em qualquer etapa do ciclo vital ,mudando a direção do desenvolvimento

Nesse sentido Ramey(1998) complementa com a ideia de fatores de risco como “variáveis

ambientais” que repercutem nas crianças portadoras de determinados atributos biológicos, com

maior probabilidade de apresentar distúrbios ou atraso no desenvolvimento.

Conger e Cols (1994) consideram os fatores de risco como “estímulos aversivos” que afetam o

comportamento e a qualidade das relações familiares, ao mesmo tempo em que criam condições

inadequadas ao desenvolvimento.

Melo, M H S da S.(1999) afirma que os fatores de risco psicossociais tendem a modelar o

repertório infantil ,tanto no desenvolvimento de problemas comportamentais e emocionais quanto

na aquisição de comportamentos inadequados.

Desse modo os autores formularam conceitos pertinentes aos fatores de risco como “eventos

negativos de vida” que aumentam a probabilidade do individuo apresentar problemas físicos e

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emocionais que interferem no comportamento e acentuam a condição de vulnerabilidade ,além de

e impossibilitar respostas satisfatórias aos eventos estressores .

A evolução do conceito de fatores de riscos desde a década de 80 deixa patente a dimensão

psicossocial e no período de 1995 a 2005 percebe-se nos estudos realizados por Hutz

(1996;2007) Haggerty & cool (2000) que a denominação recorrente de fatores de risco é de

“eventos estressantes da vida”, considerados como quaisquer mudanças no ambiente que

induzem a um alto grau de tensão e interferem nos padrões normais de resposta do indivíduo,

associados a uma grande variedade de distúrbios físicos e mentais .

As pesquisas na área da Saúde, da Psicologia e da Terapia Ocupacional mostram que a

prontidão da criança durante os primeiros anos de vida, num período denominado sensível ou

crítico do desenvolvimento é crucial para a aquisição de informações sociais, afetivas e cognitivas

e levam a uma estabilização e maior proliferação de determinadas sinapses em detrimento de

outras. Se a mãe falha em prover ao bebê a proteção e estímulo adequados, as chances de

prejuízo dos processos do desenvolvimento neurobiológico e psicológico aumentam

significativamente, tendo repercussão no processo desenvolvi mental a médio e longo prazo.

Fica claro a consideração feita acerca da qualidade da interação mãe-criança ou a qualidade da

maternagem como contribuintes importantes para o padrão de desenvolvimento neurológico,

neuroendócrino e psicológico do indivíduo.

Haggerty & cols. (2000) conceitua fatores de risco como “predisposição para a vulnerabilidade!

expressa no comportamento. Um conceito atribuído por Hughes(2001) destaca os fatores de risco

como “variáveis de relacionamento” que podem aumentar a probabilidade de abuso na própria

convivência familiar onde se faz presente eventos de violência presenciados ou vividos pelas

crianças” .

O Ministério da saúde menciona as crianças com falta de vínculo parental nos primeiros anos de

vida, como alguém propenso aos distúrbios evolutivos, pois as crianças separadas da mãe ao

nascer por doença ou prematuridade, as crianças nascidas com malformações congênitas ou

doenças crônicas (retardo mental, anormalidades físicas, hiperatividade),demonstrarão baixo

desempenho escolar e evasão escolar (Ministério da Saúde, 2002).

Segundo Ferreira (2000, p.156 ) o :

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“[...] risco significa perigo ou possibilidade de perigo, ou de

prenúncio de um mal ou aquilo que provoca tal circunstância ou

mesmo aquilo que inspira cuidados”.

Para esse autor, o risco decorre de eventos estressantes e causa doenças, problemas de

comportamento, variando seus efeitos de acordo com as condições de vida e o apoio social

recebido no âmbito da família e da escola, uma vez que “aquilo” que se apresenta como risco,

pode servir de superação e fortaleza, já que é recorrente a ideia de que há indivíduos mais

suscetíveis ou vulneráveis a esses eventos estressantes, quando comparados a outros na mesma

situação de risco, por diferenças fisiológicas ou psicológicas .denotam comportamentos diversos .

Ferreira & Marturano, 2002; Horowitz, 1992; Melo 1999) afirmam que a exposição aos fatores de

risco afeta negativamente o desenvolvimento da criança trazendo problemas, principalmente de

comportamento .Explicam ainda ,que os riscos psicossociais, principalmente quando combinados,

tendem a modelar “o repertório” infantil tanto no desenvolvimento de problemas comportamentais

e emocionais quanto na aquisição de comportamentos adequados..

O significado atribuído a “eventos” é sinônimo de acontecimento ou de ação,, tem característica

de algo passageiro, inconstante, que pode voltar a ocorrer ou não e pode ocorrer em diferentes

momentos da vida, sendo confirmado pelos estudos de Eisentem &Sousa (1993 p.18) uma vez

que se apresentam como “variáveis ”’ambientais e contextuais que concorrem para acumular a

probabilidade da ocorrência de efeitos indesejados no desenvolvimento mental .

Reppold (2002) define fatores de risco como :

[...] eventos estressantes da vida, considerados como quaisquer

mudanças no ambiente que induzem a um alto grau de tensão e

Interferem nos padrões normais de resposta do indivíduo, têm ido

asociados a uma grande variedade de distúrbios físicos e

mentais. (REPPOLD, 2002,p.56).

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Tal afirmativa permite entender que os fatores de risco presentes aumentam a probabilidade de a

criança desenvolver uma desordem emocional ou comportamental e esses fatores, por incluir

atributos biológicos e genéticos da criança e/ou da família, ou mesmo , atributos da comunidade a

exercerem influência no ambiente em que vive.

Na concepção de Koller & Xavier (2006), o risco está associado às características ou aos eventos

que podem levar a resultados ineficazes, enfraquecendo a pessoa diante da situação de estresse

,sendo confirmada por Hutz (2007p.35), que assim se expressa “[...] os fatores de risco são

eventos negativos de vida que, quando presentes, aumentam a probabilidade do indivíduo

apresentar problemas físicos e emocionais”.

Segundo Haggerty (2000) os fatores de risco tornam a pessoa potencialmente vulnerável e sujeita

aos estressores de natureza biológica e psicossocial, que são assim classificados: riscos

psicossociais (desvantagens socioeconômicas, famílias desorganizadas); riscos genéticos

(esquizofrenia, hiperatividade, déficit de atenção, desordem afetiva).

Horowitz (1992) apud Sapienza,( 2005) aponta a dimensão motora do desenvolvimento como

determinação genética a receber pouca influência do ambiente externo , no entanto, a linguagem

enquanto dimensão cognitiva ,tem os componentes genéticos esculpidos e moldados pelo

ambiente, daí perceber-se que as famílias com baixo nível de escolarização tem, também, baixa

qualidade de estimulação doméstica e por extensão, a criança apresenta baixo vocabulário e

desenvolvimento cognitivo. As crianças expostas aos fatores de risco tem modelado o seu

comportamento e podem ser negativamente afetadas principalmente, no seu comportamento, pois

os riscos psicossociais, estão presentes no dia –a –dia das crianças e podem modelar o repertório

infantil.).

Dessa forma, o conceito de risco assumiu um caráter flexível e dinâmico, na medida em que

situações que se configuram para alguns sujeitos como risco, no sentido de promover

consequências negativas sobre o seu desenvolvimento, para outros, tais situações não impactam

negativamente sobre seu desenvolvimento, podendo, ao contrário, configurar-se como indicador

de proteção.

As condições de pobreza da família se configuram em pesquisas realizadas por Sapienza (2005)

como aversivos que afetam o comportamento e a qualidade das relações familiares, criando,

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assim, condições inadequadas ao desenvolvimento, concorrendo para o aumento dos problemas

de comportamento, especialmente na adolescência.

Os conflitos Inter parentais frequentes provocam uma mistura complexa de adversidades crônicas,

eventos estressantes e acúmulo de riscos, além de outros aspectos que dão origem aos

estressores advindos de mudanças de escola, de professor, convivência com situações novas e

novas figuras que exercem autoridade na escola.

3.3-Fatores de riscos associados ao estresse da criança e suas consequências

As pesquisas na área do risco realizadas por (Garmezy; Rutter, 1983) apontam os tipos de

estressores que têm na infância e na vida das pessoas em geral, classificando-os em fatores de

natureza biológica que tornam um indivíduo vulnerável, como: a prematuridade, desnutrição, baixo

peso, lesões cerebrais, atraso no desenvolvimento. Mostram, também, fatores /de natureza

psicossocial como a família desestruturada, o desemprego, a pobreza, a dificuldade de acesso à

saúde e educação .Ressalta ,portanto, os fatores de risco de natureza genética: pais com

desordens afetivas, esquizofrenia, desordens antissociais, hiperatividade, déficit de atenção e

isolamento, que tornam as crianças potencialmente vulneráveis aos eventos estressores e

consideradas, em situação de risco para no seu desenvolvimento.

Para identificar esses eventos estressantes recorreu-se a Lipp(2001) que traz o conceito de

“estresse” como :

Uma resposta complexa do organismo, que envolve reações.

físicas, psicológicas, mentais e hormonais frente a qualquer.

evento que seja interpretado pela pessoa como desafiante

. Lipp(2001).

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A palavra estresse pode ser substituída por medo, raiva ou ansiedade e a definição permanecerá

igualmente válida, ou seja, não se discriminou estados emocionais complexos de uma reação

primária do organismo. Segundo Lipp (2003) as principais fontes do estresse infantil são as

mudanças significativas e constantes, o excesso de responsabilidade , o excesso de atividades ,

as brigas familiares, a morte e as exigências excessivas ou a rejeição por seus pares .

Há um crescente volume de estudos científicos que segundo Myers(2003) e Morais Souza e

Baptista (2004) tratam da influência do sistema nervoso e endócrino no sistema imunológico

,sendo assim os estressores ,em conjunto com uma série de variáveis biológicas e genéticas

estariam diretamente relacionadas com o aumento da probabilidade do desenvolvimento de

algumas doenças ,tais como herpes, lúpus, doenças do coração ,entre outras.

No âmbito social e psíquico vê-se que há experiências estressoras no desenvolvimento infantil,

tais como: divórcio dos pais; Habigzang, Koller (2006) Abuso sexual/físico contra a criança;

Lisboa et al. (2002), Pobreza e empobrecimento .

Além dos estressores citados, as pesquisas realizadas por Kuczynski (2011) afirmam que as

constantes mudanças de residência, insatisfação com a quantidade de tempo que os pais passam

com os filhos, mudança de cuidadores, medo da separação dos pais e mudança nos padrões

econômicos e a angústia e solidão ficam acentuadas como eventos estressores também.

O enfoque está na resposta do organismo a um estímulo mediado pela interpretação que lhe é

dado. Esse estímulo, interpretado como desafiador, provoca um quebra na homeostase do

funcionamento interno que, por sua vez, cria uma necessidade de adaptação para preservar o

bem-estar e a vida. A necessidade de adaptação exige a emissão de várias estratégias

adequadas ou não de enfrentamento e (Lipp (2001) atribui ao mau comportamento adaptativo que

se constituem na forma como a pessoa lida com o estresse.

Diversos autores têm trabalhado os fatores desencadeadores e mantenedores da violência

intrafamiliar através de pesquisas bibliográficas realizadas na década de 90 em revistas

brasileiras Gomes (2002) e apontou que os principais fatores de risco observados foram a

reprodução de experiências de violência familiar vividas na infância se perpetuando nos maus

tratos em diferentes gerações e a presença de desajustes familiares ,psíquicos e do alcoolismo

levam aos aspectos sociais ,econômicos e culturais acentuados pela desigualdade , dominação

de gênero e a relação intergeracional .

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Ainda ser refere a outro aspecto destacado que são as práticas parentais e valores na vida adulta,

pertinentes às relações entre experiências de criação no ambiente familiar e o estilo parental que

focalizam a relação fraterna , pois são mediadas pela calorosidade ou pela restritividade .

A exposição a múltiplos e contínuos eventos adversos podem colocar em risco a trajetória do

desenvolvimento típico da criança. Considera-se como fator de risco toda a sorte de eventos

negativos da vida, e que, quando presentes, aumentam a probabilidade dos indivíduos a

apresentar problemas físicos, sociais e emocionais (Yunes&szymanski, 2001).

Dentre os riscos assinalados por Szymanski (2001) há aqueles que não são susceptíveis às

intervenções, pois estão relacionados aos aspectos culturais já cristalizados e aos eventos

estressantes como ansiedade materna e qualidade da interação mãe e filho, e podem melhorar ou

reverter com as intervenções psicológicas.

Sabendo dos impactos dos estressores na vida de uma criança e das dificuldades de

aprendizagem decorrentes da falta de atenção, pouca concentração, isolamento, agressividade,

transtornos psiquiátricos e psicológicos, que podem acarretar consequências psicossociais de

longo prazo, há que se buscar mecanismos ou estratégias de intervenção no espaço escolar para

auxiliar os profissionais a desenvolverem repertório, estratégias de enfrentamento na tentativa de

minimizar as consequências desastrosas para o desenvolvimento físico, mental e social.

4-Considerações Finais

Os estudos realizados na área médica apontam riscos genéticos e biológicos mas a partir da

década de 1980 o termo “risco” foi sendo associado a riscos psicossociais de forma relacionada

ao contexto social, político ,socioeconômico, ambiental e cultural, o que levou aos pesquisadores

da área do desenvolvimento humano perceber os riscos como fatores que podem estar presentes

em qualquer etapa do ciclo vital e portanto, atuar mudando a direção do desenvolvimento .O

termo fator de risco foi associado aos estudos sobre desenvolvimento humano e sua identificação

passou a ser investigada a fim de avaliar sua influência no desenvolvimento de crianças, com

vistas a organizar intervenções e ação.

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Se, inicialmente, a visão sobre os fatores de riscos estava associada ao modelo biomédico, nos

últimos dez anos , já não se associa apenas às doenças e à mortalidade biológica, mas, sim, à

morbidade mental e emocional, estando configurada nas pesquisas como variáveis, eventos,

condições ou situações, associadas à alta probabilidade de ocorrência negativa ou indesejável,

daí encontrar-se entre tais fatores, os comportamentos que podem comprometer a saúde e o

bem-estar .

Ao analisar os diversos conceitos percebe-se os fatores de risco citado pelos pesquisadores até a

década de 80 trazem como prevalecente os aspectos biológicos, pautados numa visão

biomédica, deixando evidenciado as causas de sofrimento, a doença, todas relacionadas as

patologia do comportamento, pois devido à tendência desenvolvimentista os fatores biológicos se

sobressaem quando se busca explicar os problemas pertinentes a vulnerabilidade das crianças.

Os avanços percebidos decorrem dos estudos realizados na área da Psicologia e Pediatria na

década de 80 quando evidencia os fatores de ordem psicossocial e psicopatológicas.

Sabendo da vulnerabilidade das crianças frente a situações de risco a escola como um dos

espaços de cuidado e educação deve ficar atenta aos transtornos alimentares, de personalidade

e as psicopatologias relacionadas às diversas formas de abusos físicos e psicológicos que

interferem no desenvolvimento da criança a fim de buscar alternativa de apoio e proteção à

criança.

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