ferraz. catalogos história
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história dos catalogosTRANSCRIPT
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90 Trans-in-fonnaio3 (11213),janeiro/dezembro.1991
USO DO CATLOGO DE BIBLIOTECA:umaabordagemhistrica
IraneudaMariaCardinalliFerrazPUCCAMP/COPERSUCAR
RESUMO:
FERRAZ,IraneudaM.C.Usodocatlogode biblioteca:umaaborgagemhistrica.Trans-in-formaio, 3(1,2,3):-,1991.
A introduodocatlogonahistriadahumanidadepassoua carac-terizara bibliotecanocomomerodepsitode livros.O catlogo,ento,representou,representae representaro instrumentopara localizarumdeterminadoitem bibliogrficona biblioteca,com a funo de agruparinformaesparaseususurios.Os primeiroscatlogossurgiramcomasprimeirasbibliotecas,como simples relaesou inventriosdas obrasexistentesem seus acervos.Com o avanodo sculoXX, a estruturadacatalogaomodernafoiformada,sendodemaiorinteresseparaa atuali-dade.
Unltermos:Uso decatlogo,Histriadacatalogao.
INTRODUO:
Os catlogosso necessriosquandoumacoleo crescepara ser lembradaitem por item.Numa bibliotecade pequeno porteou numa biblioteca particular haver menor necessidade de umcatlogoformal: o usuriopodelocalizar cada livro porautor,ttuloou
assunto.Quandoa coleo setomamaior,umarranjoinformal,comoagrupamentode livros por categorias de assunto, fornece acesso a
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eles.Masquandoacoleosetornamuitomaiorparatalbusca,umregistroformal necessrio.
Comumente,umacoleodelivrosserlistadaporautor;seoautordesconhecido,listar-se-pelottuloouporqualqueroutrainformaoqueforneaumaidentificaopositiva.Talinformaochamadadeentrada.Entende-seporentradasegundoZAMBEL(21;p.32)MOregistrodeumaobranocatlogo,oconjuntodecabealhos,modificao,pginaoupginasqueindicamondesepodeencontraraquelainformaonotexto..Numabiblioteca,cadaentradanocatlogo a representaodeumregistrobibliogrfico(1)paraumpontonocatlogo.Umregistrobibliogrfico umatranscriodainformaocompletaparaqualqueritem.O objetivodeumregistrobibliogrfico,segundoWYNAR(20;p.2):
10Mfomecertodaainformaonecessriaparadescreverumitemfsicocomointelectualmenteafimdedistingui-Iodequalqueroutro;e
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20fornecersualocalizaonacoleo..
Quandotalregistroentrounocatlogo,paracadaumdosdiversospontosdeacesso(autor,ttulo,assunto),estasentradassetomamumndiceparaacoleo.
Ento,no catlogo,o usuriopodeencontrarduasimportantespeasde informao:se a bibliotecapossuio itemdesejadoe,setem,ondeeleestlocalizadonacoleo.
Demaneirageral,ocatlogoumalistaorganizadacomqualquerordempermitindoaquemoconsultateridiadomaterialaqueserefere,semnecessidadedeacessofsicoaessematerial.
Para a composiodo catlogoso utilizadososprocessamentostcnicos,quepodemserdefinidoscomoaquelasatividadesdabibliotecaondesodesempenhadasaorganizaodomaterialbibliogrfico,permitindooseuacesso.
certe1mounoIa
(1)Consistemem descreveras caracteristicasde umiteme determinar-lhepontosde acesso,permitindosuaidentifica~opelousurio.
A abordagemdequeocatlogocomoguiadestinadoamostraraousurion;losomentesea bibliotecapossuiummaterialespecificomastambmquemateriaisrelacionadosexisteme queservir;loparasuprira necessidadedousurio,implicaemqueosmateriaisdeumabibliotecatmaspectossignificativosparamerecerema aten;lodapessoaquebuscaa informa;lo,estabelecendoumainter-rela~oentreeles(catlogo/usurio).
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Geralmente,oprocessamentotcnicoabrangeoperaesde armazenamentoe recuperaode informaes,entre elas acatalogao.
Aqui, face ao tema,serenfocadoapenaso serviodecatalogao.
A catalogaooprocessodeprepararumcatlogooudeprepararregistrosbibliogrficosquesetomamentradasnumcatlogo.
A fimdeseteracessoaessesmateriaisdeumabiblioteca,umndiceouumalistademateriaisinacoleodevesermantida.Embibliotecas,o ndiceoulistademateriaisdisponveis chamadodecatlogo.Um catlogo umalista,arranjadaporordemalfabtica,por nmeroou por assunto,de livros,mapas,moedas,selos oumateriaisde quaisqueroutrositensque constituamuma coleo.CuttercitadoporFIUZA(5;p.48-9)apresentacomoobjeto(entendidocomoobjetivo)docatlogouminstrumentopara"1)permitira umapessoaencontrarumlivroondese conhece:a)o autor;b)ottulo;c)oassunto;2)mostraroqueabibliotecapossui;d)deumdeterminadoautor;e)de umassuntodeterminado;f) de umdeterminadotipodeliteratura;e 3)ajudarnaescolhadeumlivro;g)deacordocomsuaedio;h)deacordocomseucarterliterriooutpico".
FASE HISTRICA
Sabe-sequenaliteraturagregahrefernciasacoleesde livros em bibliotecas,atravsde listagens,mas no se sabeexatamentese estas listagenseramcatlogosou bibliografiasdeliteraturagrega.SegundoFIUZA(5)foramos gregosquem[muitocontriburamparaacatalogaobibliogrfica,atravsderefernciasde suasobraspelonomedo autor.
Os primeiros catlogos surgiram com as primeirasbibliotecas,queacimadetudofuncionaramcomomuseusde livrospor cerca de 2000 anos. Seus catlogoseram, ento,simplesrelaesou inventriosdasobrasexistentesemseusacervos.
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Um catlogoantigo,aquelede uma coleode livrosdoadosporGeorge,o Grande,paraa Igrejade So Clemente,em
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Roma, no sculoVIII foi escritoem formade orao.Um outrocatlogomtricodeAlcuim,produzidoparaaBibliotecaMonsticadeYork,consideradonicoescritoemformadeversos.Infelizmente,o catlogo de Alcuim no obteve maior credibilidadeporqueapresentavalivros que no constavamda coleo que deviarepresentar,conformeenfatizaramHUNTER & BACKWELL (9).
A IdadeMdia apresentoupoucodesenvolvimentonarea da catalogao,a no ser tentativasde listas inventariaisdesorganizadas.Oscatlogosdasbibliotecasuniversitriaseuropiascontinuarama se constituirde inventriosde colees.
NosculoXIII,acatalogaosedesenvolveunosmosteirosingleses,coma tentativade se fazerumcatlogocoletivode seusacervos;nosculoXIV apareceua idiadesmbolosde localizaodoslivrosnasestantes,bemcomoumaindicaomaiscompletadeediesea preocupaodese identificaremasobraspublicadasouencadernadasjuntas.
Os catlogosantigosevidenciamo esforo de seuscompiladorestateandorumoaumsistema.A necessidadedelocalizarlivrosnoeraapreciadaato sculoXIV quandosurgiua idiadesmbolosparalocalizaodoslivrosnasestantes,sendoquecomoadventoda imprensa,no sculoXV, os acervosdas bibliotecasnecessitaramde ter umaorganizaomaiscuidadosa,e o usodaordemalfabticaporautornose tornoucomumato sculoXVI.Compiladoresde catlogosantigos(como algunscatalogadoresmodernos)noestavamsegurosdecomoprocedernasrepresentaesdeproblemastaiscomocolees,trabalhosannimos,pseudnimose tradues.
Nos sculospassados,eramos mosteiros,catedrais,emaistardeas universidades,quetinhamgrandescoleesde livrose, por estarazo,os catlogosde suasbibliotecasconstituamdeinventriosdascolees.As entradascatalogrficaseramresumosdasobraseoassuntoprincipaldoscatlogoserafornecerinventriosdacoleomelhordoquelistasoubibliografias.Entretanto,ocorreramalgumastentativasparasistematizaodemtodosdecatalogao,tais como as normasde catalogaode ConradGesner (1548),FlorianusTrefleurs(1560),AndrewMaunsell(1595)e John Durie
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(1650).Maunsell.um livreirolondrino.apresentouentradapelosobrenome,entradadetrabalhosannimossobottuloouassunto.ouambos.eentradadetraduesdeautororiginal.quandoconhecidosobtradutore assunto(9).
Normalmente,oshistoriadoresdaBiblioteconomia.entreelesTHOMPSON(18)emseulivroA historyof theprincipiesoflibrarianship.arrolamprincpiosondeuns reconhecemque asbibliotecasso o centrode poderestatale em outrosque asbibliotecastomam-sepopulares.emtodasaspocas.
O primeiroprincpioda Biblioteconomia,na visodeTHOMPSON(18),dizqueasbibliotecassocriadaspelasociedadeeexplicaqueAssurbanipaleseussucessoresfizeramdaBibliotecadeAlexandriaa maisfamosaporvriossculos.deslumbrandoomundoesendosmbolodacidadedeAlexandria.O autorcitaaindaqueas bibliotecasdaRomaantigaresumiamsuacivilizaoe asbibliotecasnaIdadeMdiaeramcriaodaIgreja.Comoadventodademocracia.asbibliotecasnoserviamsaumaeliteeadisseminaodaeducaorequeriaoapoiodasbibliotecas.ConcluiTHOMPSON(18;p.205)queahistriacompletadainterrelaoentrebibliotecasesociedadeilustradafisicamentenodesenvolvimentodosprdiosdasbibliotecas.uNoincio.asbibliotecaseramabrigadasempalciosetemplos;depois,nosmosteirosecatedrais.Logoaps,refletiamoorgulhoe aspiraesnacionais.tornando-semonumentaisegrandiosas.Agora,como adventoda democracia.o prdiodabibliotecaest-setomandoumaespciedepalciodopovo".
As bibliotecassempreforamconstrudasao ladodetemplos.palcios,mosteirose, nostemposmodernos.ao ladodoCongressoNacional,comoadoCongressoAmericano.
O segundoprincpioda Biblioteconomia,resultadodoprimeiro,:UAsbibliotecassoconservadaspelasociedade"(18;p.205),ondea histriamostraqueasbibliotecassopoupadasdedesatresexternos,normalmenteprovenientesdelutassociais,quersejampoltica.civisoureligiosasapesardoperecimentocausadopelascondiesmateriaisdeuso.O autorarrolaexemplosdefogoe
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).1991Trans-in-1ormaIo3 (11213),janeiro/dezembro.1991 95
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destruiodebibliotecaschinesasanterioreseraCrist;em48a.Ceoutraem64a.C.,quandoosrabesconsideraramaproduogregadesnecessria humanidadeporsercontrriaaoAlcooro.
Haindaasbibliotecasromanas,queforamdesativadasedestrudaspelosinvasoresdaAntiguidade,porvoltadosculoV etambmodadestruiodabibliotecadeConstantinopla,em477.Porvoltade1500,oautorcitaexemplosdelutasentrecristosepagos,comrespectivasqueimasdebibliotecas,chegandoatoexemplodeHitler,ondecercade20milhesdelivrosforamqueimados.
Podemoslembraraqui,tambm,quefatossimilaressucederam-seno Brasil,comopor exemplo,no perodode1964-1968,coma opressocultural,devido RevoluoMilitar,expressanacensura.Fatostambmrecentesapontammalesnarea,ondeo ex-prefeitodeSo Paulo,Jnio Quadros,durantesuagesto,proibiu BibliotecaMriodeAndrade,umadasmaioresdoPas, a aquisiodojornalFolhade So PauloedaRevistaVeja,porquecriticavam.
H,tambm,ooutrolado,odaconversodasbibliotecas,comonapocadaRevoluoFrancesanosculoXVIIIedaRevoluoRussanosculoIX,ondeos acervosreaistomaram-sepblicos(1).O autorconcluiqueos bibliotecriosnosoos responsveispelosdesastresecomoasociedadecriabibliotecas,entoelasasconserva.
O terceiro princpio da Biblioteconomia, segundoTHOMPSON (18), queas bibliotecasarmazename disseminamconhecimento,mostrandoque quandoAssurbanipalfundousuabibliotecaemNnive,eleestavaconscientedequeo contedodosacervos,os trabalhosde traduoe outrasanlises,a intenodadisseminaoestavapresente.
O mesmose deu em Alexandria,ondea bibliotecafoicriadaparareunirtodoo conhecimentoexistenteatento.
Acumulardocumentosficousendotoimportantequantoacumularriquezasoupropriedades.
O princpiode armazenageme disseminaocontinuouatnostemposmodernos.A BibliotecadoMuseuBritnico,nosculoXVIII, abriuseuacervoparao mundo,beneficiandoposteriormente
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nomesfamososcomoDickens,WalterScoU, Karl Marx, BernardShaw,entreoutros.
bemsabidoo fatodequeduranteossculosXVII eXIXa polticade aquisiode bibliotecasvisava exclusivamentecoleodecertostrabalhos.Ediesdiferentesdo mesmotrabalhoeramgeralmenteconsideradasduplicatasedescartadasdabiblioteca.Ainda no final do sculoXVIII, Kaysercitado por VERONA(19)opinavaque,entreasvriasediesdeumcertotrabalho,somenteamelhordeveriasermantidanabiblioteca;almdisso,recomendavaque trabalhosespecificos de um mesmo autor deveriam serdescartadosse seustrabalhosj existissemnabiblioteca.
Os principiosseguintesnosoaquienfocadospornoestaremenvolvidoscomotemadesteartigo.Todavia,valemencion-los:4)asbibliotecassocentrodopoder;5)as bibliotecassoparatodos;6)asbibliotecasprecisamcrescer;7)umabibliotecanacionaldevecontertodaaliteraturanacional,comalgumarepresentaodeoutrasliteraturasinternacionais;8)cadalivro paraserusado;9)obibliotecrioprecisaser uma pessoaeducada;10)o papel dobibliotecrios poderserrelevantese estivertotalmenteintegradonosistemascio-poltico;120)obibliotecrionecessitadetreinamentoelouaprendizagem;13)funodobibliotecriopreservaroacervode suabiblioteca.
No dcimoquartoprincipioda Biblioteconomia,aindasegundoo mesmoescrito:Mumabibliotecadeve ser ordenadasegundoalgumprincipioe proverumalistade contedo..Assim,desdea IdadeMdiaathojefoi cuidadoo desenvolvimentodoscatlogos,passandodetabJetesdeargilasistematicamenteagrupadosdeacordocomumplanocomonassalasdopalciodeAssurbanipal,emNiniveeaBibliotecadeAlexandriaquefoidivididaemnumerosassalasespeciais,ondefoipreparadoumcatlogoclassificado,emquecadaUtulocorrespondiaexatamentecomaetiquetadorolodepapiro.Os catlogosdasbibliotecasmedievaisforamelaboradosa partirdosculoVIII eos catlogosatuaismostramodesenvolvimentodesdeocatlogoimpressodaBibliotecadeBoleianem1605atossistemascomputadorizados.
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o dcimoquintoprincipiodaBiblioteconomia assimenunciado:"jqueasbibliotecassoarmaznsdoconhecimento,deveriamserarranjadasdeacordocomoassunto.,toma-seevidentesuavalidade.Todosossistemasmodemosdeclassificao,taiscomoDewey,CDU,LC,sodestinadosaoarranjoporassunto.DesdeaAntiguidade,oarranjoporassuntotambmnorma,aindaquedeformamenossofisticada,poisabibliotecadopalciodeAssurbanipaltinhaumasalaparacadagrupoespecfico:umasalaparatbuasrelacionadascomHistriaseGovemo,outraparaLendaseMitologiae assimpordiante.Cadaumadasdez salasda bibliotecadeAlexandriafoidesignadaparaumdepartamentodeensino.NaIdadeMdia,os trabalhosda poca,porexemplo,eramarranjadosdeacordocomGramtica,Lgicae Retricae,maistarde,Aritmtica,Geometria,MsicaeAstronomia.
O princpioda Biblioteconomiade nO16 diz que aconvivnciaprticadeveriaorientaro arranjoemumabiblioteca,ondeo autorcitaquetantoa bibliotecadeAlexandriacomoa deAssurbanipaleramarranjadasparaumaconveninciaprticaaoinvsdequalquerclassificaofilosficadoconhecimento.TambmvlidoparaesquemasmodemostaiscomoosdeKonradGesner(18)queforambaseadosnanumeraomedievaldosestudos(otriviumeoquadrivium)eporessarazonumaformaprticaseguiuaordememqueosestudossucessivosnumauniversidadeerampropostos.
AsituaodoprincipioidnticoatravsdaclassificaodaBibliotecadeBodleianque,quandofoiabertapelaprimeiravezem1602,foidivididadentrodequatrograndesgruposdeassuntosoufaculdades:Teologia,Legislao,Medicinae Arte.Maistarde,nomesmosculo,quandoGabrielNaudpublicouseu"BibliothecaeCordesianeCatalogus.,eledescreveua classificaoqueusoucomoa maisprtica,desdequeseguiuasfaculdadesdeTeologia,Fsica,Jurisprudncia,Matemtica,Humanidadese outrosnessearranjo.
XIXe Ilho~ca,[19)mteavaser
notn-taramalIde,0)odo
ado!ntorvo
,daIda
Atualmente,o aranjodasbibliotecastemsidodominadopordoisesquemasemespecfico-a ClassificaoDecimaldeDewey,que derivadadaClassificaoDecimalUniversal,e odaBibliotecadoCongressodosEstadosUnidos.
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A caractersticaemcomumdestesesquemasquecadaumdeutilidadepblica.O prprioDeweydescreveuseusistemacomoumasriedepombaisondeo materialpoderiaserajustadoesuasnoveclassesprincipaiscomosonarealidadenoveclassificaesespeciais.OesquemadacitadaBibliotecadoCongressoconstitudosobreo mesmomodelo-umasriede classificaesespeciaispraticamenteunidas.Osesquemasquecontamcomumaclassificaofilosficadoconhecimentonotmencontradoumaadoomaisampla,masaoinvsdisso,comoaqueladeJamesBrown,tmsidoabandonados.
O dcimostimoprincpiodaBiblioteconomia,e ltimo,dizqueabibliotecadeveterumcatlogodeassunto.Essesprincpiosanterioresrevelamondeabibliotecaumarmazmdoconhecimentoarranjadaporassunto.Novamenteahistriadasbibliotecasapoiandoaproposio.Oscatlogosdasbibliotecasmaisantigaseramcatlogosdeassunto.Oscatlogosmedievaiseramdosttulosarranjadosporassunto.
Noperodode1200a 1300como aparecimentodalistaMTabulaeSeptenCustodiarumsuperBibliam"(18)foiintroduzidooarranjoalfabticoporautor.
Emborao catlogodeautortenhasefundamentadonossculosXVIIIe XIX,atmesmoumsculomaistarde,umComitParlamentar,de1849(quefoidesignadoparainvestigarbibliotecaspblicas),concluiuque,na medidaemque elesinvestigavam,pareceuparaseucomitqueumcatlogo,classificadoporassuntos,comumalistadeautoresemordemalfabtica,seriao melhor(18).
Defato,operodode1800a1850,naInglaterra,produziuumamultiplicidadedecatlogosclassificados,masosarranjosporassuntoeramto artificiaise a ordemdentreeles no erasuficientementesistemtica.Consequentemente,umareaocontrriaataiscatlogosseguiu-senametadedosculo,umareaoquefoisatisfeitapelaintroduodocatlogodicionrio.O catlogofndicedeAndreaCretadorofoiumaformagrosseiradisto,masfoiCharlesAmiCutter,naAmrica,quemproduziuocdigopadrodenormasparacompilaode catlogosdiconrios.Nestecdigo,Cutterdefiniuosprimeirosprincpiosdecatalogaoemregrasque
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listaIoo
constituam-nodeformacompleta,ondemuitasregrascontinuamafazerpartedoscdigosatuais.
Os catlogosimpressospermaneceramata viradadosculo,quandoos catlogosdefichastomaram-semaiscomuns;edesdea formade fichas,a maioriadas bibliotecasdestesculooutilizamparaoregistrodesuascolees.Gradativamente,oscatlogoseletrnicosvmsubstituindooscatlogosdefichas,principalmenteempasesdo 1e 2mundo.
NossculosXVII eXVIII houveumaforteinclinaoparaagruparostrabalhosdeumautor,enaprimeirametadedosculoXIXuma mudanamais ou menosgeral para a prefernciaao livroespecfico,tambmcomrespeitoformadonomedeseuautoresobo ttuloencontradonafolhade rosto,ouemoutrapartedo livro,emconjuntocom smbolopara indicarsua localizaonas estantes.permitiamencontrarrapidamenteumlivro.
Obviamente,a prticaacimamencionadae as primeirasinstruesde catalogaonoforambaseadasem consideraestericasmaisprofundasacercadafunodocatlogo.Nodevemosesquecerque.napocaemqueasbibliotecasusavama entradadeautor,aindanoexistiaqualquerteoriadecatalogao.Ento,comopode a proposioacimaser explicada?Em conjuntocom estaquestocertamentetemsuarespostaenvolvendoaspectospolticos,sociaise cientficos.
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FASE ATUAL
oavanodosculoXXquandoaestruturadacatalogaomodernafoiformada.quedemaiorinteresseparaaatualidade.Esteperodo pode ser visto por diferentespontosde vista: h osbibliotecriosquetmcontribudoparaaperfeioarmtodospelosseus exemplose trabalhospublicados;h a influnciacontroladapelasgrandesinstituies,taiscomoa BibliotecadoCongressoe aBibliotecadoMuseuBritnico,hojeincorporadaBibliotecaBritnica;h as organizaesque tm reunido bibliotecriose eventos(congressos, simpsios, conferncias) que tm permitido
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catalogadoresseencontraremparadiscutiremproblemasemudarempontosdevista;hoscdigosproduzidosnatentativadenormalizara prticada catalogaoe h muitosexemplosde projetosdecatlogosnessarea.
Em 1831,o MuseuBritnicocontratouAntonioPanizzicomobibliotecrioassistente,a fimdecoordenarostrabalhosderevisodocatlogodaquelaInstituio.Depoisdequatroanosdediscussoperanteumacomissoencarregadadeaprovaro novocdigo,Panizziconseguiuaaceitaodesuapropostaeapresentouas famosas91regras,ondeestocontidasa suaideologiasobrecatalogao,sendoqueocatlogodeveservistocomoumtodo.Olivroprocuradoporumapessoano realmente,namaioriadasvezes,oobjetodeseuinteresse,masaobranelecontida;estaobrapodeserencontradaemoutrasedies,tradueseversespublicadassobdiferentesnomesdoautorediferentesttulose,consequentemente,paraservirbemao usurio,o catlogodeveserplanejadopara[evelartodasasedies,verses,etc.dasobras,bemcomoobrasinter-relacionadasqueexistemnabiblioteca.
Os aspectosprincipaisabordadosnas 91 regrasdecatalogaoso:
1. um livrodeveser consideradoe representadonocatlogonocomoumaentidadeseparada,mascomoumaediodedeterminadoautor;
2.todasasobrasdeumautoresuasediesdevemserentradassobumnomedefinido,usualmenteonomeoriginaldoautor,independentementedos diferentesnomesque aparecemnasdiferentesedieseobras;
3. todas as edies e traduesde uma obra,independentementedeseusttulosindividuais,devemserentradassob seu ttulo original, numa ordem prescrita (ediescronologicamente,traduesporidioma,etc.)de maneiraqueousurio,embuscadeumlivroespecfico,encontre-ojuntocomasoutrasedies,dandoensejoa umaescolhadaedioquemelhorserviriaaseusobjetivos;
4.refernciasapropriadasdevemserfeitasparaauxiliarousurioa encontrara obradesejada.
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As modificaesdeChar1esCoftimJewettsobreconduode catlogosem 1852,no RelatrioSmithsonian,da SmithsonianInstitute,ondetrabalhavacomobibliotecrio,referem-se revisodasregrasdePanizzi,adaptando-asparaaprticanorte-americana.Publicouumcdigode catalogaoparaa biblioteca,idealizouumsistemade reproduodefichaspormeiodeplacasestereotipadasdecobreparadarmaiorflexibilidadeaocatlogo,bemcomopermitirmaiorintegraoentreasbibliotecas.Suasidiassobreumcatlogocoletivonacionalconstituramasbasesparaosserviosdecatalogaocooperativae centralizadae, posteriormente,foramexpostasnaConfernciadosBibliotecriosAmericanos,em1853(16).
Mas a contribuiomaisimportanteparao quese temdenominadodeteoriada catalogaoforammesmoas normasdeChar1esA. Cutterpublicadasem1876,consideradoo primeirojogocompletode normaspara um catlogodicionrio.Essas normasapresentavamumainovaofundamental:juntocoma reuniAodetodosostrabalhosporumautorsobumcabealhosimples,revises,tradues,resumosdequalquertrabalhodoentradasoboautorousob o ttulo do texto original, respectivamente,e arquivadoimediatamenteapsele(19).
Mas Cutterpermitiaumavariaonocasodetraduesque poderiamentrarsob seus ttulos,caso o texto originalnAoexistissenabiblioteca.
Este trabalhofoi concludoemquatroediesantesdamortede Cutter,em 1903.Essas normasforamdesenvolvidas,revisadase mudadaspelasnormasdecatalogaodaBibliotecadoCongressoAmericanosobrefichasimpressaseditadasentre1903emeadosdosanos30sobreseparatadefichasimpressas,referindo-seaoprogressodaindstriatipogrficaquepermitiuodesenvolvimentodesseservio.Em 1908,aprimeiraediodasnormasdaAmericanLibraryAssociationfoieditadacomoumaoutrarevisodeCutter.ElafoiseguidapelasegundaediopreliminardasnormasdaAmericanLibraryAssociation,em1941;vindodepoisas normasdaAmericanLibraryAssociationparaautoreentradadettulo,em1949;asnormasdaBibliotecadoCongressoparacatalogaodescritivade1949;easnovasnormasdecatalogaoAnglo-Americana,em 1967(10).
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Igualmenteccligosdesenvolvidosemoutrospasespodemserobservadosa seguir.
Foi M. Schrettinger,citado por VERONA(19), quemapresentouo primeirolevantamentosistemticoe maisdetalhadodosprincipaisproblemasa respeitoda compilaode umcatlogoalfabticoparaentradasde autore ttuloescritosem alemo.Deacordocom sua proposta,parao cabealhoseria escolhidaumapalavrado ttulo,devendoser este procedimentouma normadecatalogao.Todavia, este procedimentoapresentoualgumasdificuldadese inconsistncias.
Todasasediesdeumcertotrabalhosoagrupadaseostrabalhosso arquivadoscronologicamente.Mas em seu manual,Schrettinger mais consistente,nos sub-arranjos:as traduesseguemumasequnciaseparadaapstodosostextosoriginais;emambasas sequncias,osttulossoarquivadosalfabeticamente.
Muitosmanuaisdebibliotecasalemspublicadosdurantea primeirametadeou na metadedo sculoXIX concordamcomSchrettinger.Almdisso,algunsautorespropemumamudananaposiogeralparaos objetivosdo catlogo,conformesalientaramainda mais as normasde C. Dziatzko,a respeitode trabalhosannimos.No sub-arranjosob cabealhosde autor, Dziatzkoreconheceuunidadeliterriacomoumanorma,comcertasexcees.
O acmulode todosos trabalhosporumdadoautorfoirealizadopelasinstruesprussianas,quesonormasdecatalogaoadotadasna Alemanhae em muitospaseseuropeus,comidiassobretrabalhosde autorcorporativoe trabalhosannimos.Essasinstruesso adotadasemtodasas normas,emboraem algunscdigos alemesdiscordemem detalhes;por exemplo,certastraduesdecabealhodeautorsoarquivadasdeacordocomseusprpriosttulosse o textooriginalnoexistirnabiblioteca.
O cdigoparaa BibliotecaNacionalSua traz o entochamadocabealhoprprio,ondeabasedainformaodadapeloprpriolivro.Almdisso,humcabealhoplanejadoparabibliografiaretrospectiva.
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lem MaisinteressanteaindaocdigodaBibliotecaNacionalAustracaadotadosomenteparalivrospublicadosantesde 1930.ondeostrabalhosdeummesmoautorsoarquivadosdeacordocomcabealhouniforme.tendoa prticadasvriasediese traduesde catalogaode acordocom seus prpriosttulosser um traocaractersticoda maisantigaprticade catalogaoaustracaemgeral.Aindahoje,muitasbibliotecasaustracasadotamtal cdigoparalivrospublicadosantesde 1930(19).
Umdosprimeirosbibliotecriositalianosamencionaralgosobrecompilaode catlogosalfabticosparaentradasdeautorettulofoiG.B.Audifreddi.Noprefcioparaseucatlogo,eledescreveseuprpriomtodo:a entradadetodosostrabalhosparaumautor,sob um cabealhosimples.procurandoagruparvriasediesetraduesdo mesmotrabalho.SegundoVERONA(19)nose sabenadasobreodesenvolvimentoemcdigositalianosdossculosXVIIIeXIXalmdesse.Masumacentenadeanosmaistarde,G.FumagalliredigiunormasbaseadasemAudifreddi.
O primeirocdigoitalianooficialpublicadoem 1922menosconsistente:traduesde Slanovicou trabalhosorientaisannimosdevementrarsob ttulosespecficos;no sub-arranjodetraduesdecabealhosdeautorsoarquivadosemgruposespeciaisapstodosostextosoriginais.A novaediopropequese useosnomesdosautoresqueestavamemusonapocaquandootrabalhoespecficofoipublicado.
As normasdo Vaticanoadotamem gerala prticadecatalogaoamericanaemostraamesmadiscordnciacomrespeitoa traduesdetrabalhosannimos.
Deveremosexaminaralgunsregulamentosdacatalogaofrancesa.Paraisso.levamosemconsideraotambmasinstruesdelineadaspelobiblifilodinamarqusF. Rostgaard.masescritoemfrancse publicadoem Paris. Essas instruesforamplanejadasparaumcatlogoclassificadoeacompanhadoporumndicealfabtico.H.todavia.quesermencionadoaquiaconsideraodedoistraoscaractersticosqueaparecemnele:trabalhosannimosentramsob
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autoridentificadoe traduessoarquivadas,apso textooriginal,indiferentedofatodaordemcronolgicarecomendadaporRostgaardser interrompida.
O cdigo francs de 1791, resultadoda RevoluoFrancesa,trouxeregulamentosparacatalogaode livrosque setomarampropriedadedo Estado,fez entradade autorobrigatria,especificouaformadocatlogo,emfichas,etambmincluiunomesparaacessoeguia.EstecdigodiferefundamentalmentedapropostadeRostgaard:nadafeitosobrea identificaodeautores;sempreo livroespecficoqueforneceainformaoparaaentrada.Talatitudepareceser maisou menoscaractersticada teoriade catalogaofrancesado sculoXIX. Destemodo,diversosoutrosmanuaisdebibliotecasfrancesas,comodeCoustine Rouveyere,simplesmentereproduziramasrecomendaessemquaisquermudanas.Algumaposiodiferente encontradano manualde A. Maire,como ostrabalhosde um autorso arquivadosjuntos,e o sub-arranjosobcabealhosdeautor,textosoriginaisetraduessoarquivadosemdoisgruposseparados.
HadiferenaentreasopiniesexpostasteoricamentenosculoXIX e asnormasdecatalogaofrancesassurgemnosculoXX, representandoa prticadas mais importantesbibliotecasparisienses.Mas h umaexceono cdigode catalogaomaisnovoque,juntamentecomaprticafrancesa,mencionatambmqueanormadoVaticanoparatraduesdetrabalhosannimossobseusttulos.
AproximadamentenosculoXIX, umamudanamaisoumenosgeraltomoulugare,duranteaprimeirametadedestesculo,a prefernciafoi dadaparao livroespecfico,frequentementecomrespeito formado nomedoseuautor.
Foi nosculoXIXquesequebroudefinitivamenteavelhatradio.Estesculofoi significativoparaa histriadasbibliotecasem geral. Introduziuo grandedesenvolvimentodas bibliotecasnacionaisadeterminaodefinitivadesuaprpriafunocomoseracoleocompletadeproduoimpressanacional,direitosautoraisnovoseaperfeioados,bemcomooinciodasbibliografiasnacionais.
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Parecenaturalqueessesfatosnopoderiamocorrersemmanifestarumainflunciaprofundasobrepolticadeaquisiodabibliotecaemgeral.Almdisso,decidiu-seo papelda unidadebibliogrfica.Estamudanacaractersticainfluiuemdiversosmanuaisdo sculoXIXsendoquecomeouhaverpressoparaqueediesdiferentesdomesmotrabalhonofossemconsideradascomoduplicatas.
No podemosdeclararumaconexodefinitivaentreamudanaantesmencionadaqueocorreucomapolticadeaquisioe a mudanasemelhantena posiodo catlogopara unidadebibliogrfica.Entretanto,parecesignificativoque ambostenhamlugarmaisou menosao mesmotemponodecorrerda histriadaBiblioteconomia.
Juntocomo desenvolvimentodateoriadacatalogaoeo surgimentodos cdigosde catalogaona segundametadedosculoXIX e inciodosculoXX, umanovamudananaposiodecatlogosocorreu:a opiniogeralcomeoua virargradualmenteparao reconhecimentoda unidadeliterria,conformeafirmaVE-RONA(19).
A unidadeliterria,em catalogao, a entradadepublicaosobummesmottulouniforme,geralmenteottulooriginaldo trabalho,enquantoquena unidadebibliogrfica,o ttulousadoparaobjetivodeentradanocatlogoaquelequeaparecenapginada publicao.
Entretanto,a posiodocatlogoparaunidadeliterriaebibliogrficano era formuladaclaramentecomo um problemafundamentaldocatlogo.Mesmoaquelescdigosquerevelavamumentedimentocompletodaimportnciadesteproblema,porexemplo,as instruesprussianas,no definiamsuas posiescomo umprincpiodominante.Regulamentosa respeitodessa posiosoomitidossobregrasespecficasepodemserdetectadossomenteporumestudomaisintensivodocatlogo.
Grandes empreendimentosno campoda catalogaoforamlevadosaefeitodesdeasprimeirasdcadasdosculoXX.Masmesmoesta afirmaose aplica somentea um nmeromuitopequenodecdigos.Muitosdelesnoparecemenfrentaroproblema
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comoumtodoe, consequentemente,noadotamumaposioestvelparaele.
EmrevisofeitaporHUNTER&BACKWELL(9)foiJewett,nosEstadosUnidos,quempreviuodesejodecatlogoscooperativos,mesmoocorrendonaInglaterra,atravsdemanifestaofeitapeloComitKenyon.Tantoacatalogaocooperativacomoacentralizadavisavamatenders necessidadesde informaode umpasouregiAo,e catlogosdesse tipo no se mostraramprticos,especialmenteemescalaintemacional,ato desenvolvimentodemtodosautomatizados,istodeacordocomoRelatrioKing,citadopelosmesmosautores.
Facea esseproblemadenecessidadedeuniformizaodoscatlogose listassimilaresdelivros,foirealizadaemParisomaioreventocatalogrficodosculoXX-aConfernciaInternacionalsobrePrincipiosde Catalogao,em1961,sobos auspciosdaUNESCO,comsubvenodo Councilon LibraryResourcesdosEstadosUnidos(2).EmcumprimentosresoluesdestaConferncia,resultoua InternacionalStandardBibliographicDescription(ISBD),que serviucomoinstrumentode comunicaointernacionaldainformaAobibliogrfica.
De acordocomMILCETICH(14; p.179)as trscaractersticasprincipaisdaISBDso:81)suaabrangncia;2)suaordemfixadeelementosdosdados;3)seuusodapontuaocomodelimitadosouplanejadosentreosdiferenteselementosbibliogrficos.CadaISBD planejadaparaincluirtodaa informaodescritivanecessriaidentificaodeumapublicaoquepossaserrequeridaparadiferentesatividadesbibliogrficas..
A DescrioBibliogrficaInternacionalNormalizada(ISBD)vemsendoutilizadaemsistemasdeprocessamentoautomatizadodedadosbibliogrficos,comooMachine-ReadableCataloguing(MARC),ondetaismtodosdecatalogaocooperativanoteriamsidoaceitveissemumcdigopadrodenormasdecatalogao,oqueseconcretizoucomoCdigodeCatalogaoAnglo-Americano(AACR).
A primeiraediodo Cdigode CatalogaoAnglo-Americanoocorreuem1967e incluiutextosamericanose ingleses,
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foiprodutodeeditoraodeSeymourLubetzkyeC.SummerSpalding,juntamentecomgrandenmerodepessoasqueacreditaramnaquelaedio.A segundaedio, em 1978,apesardas mudanasnaapresentaoe contedo,temos mesmosprincpiose objetivosdaprimeiraedio.
O pontoinicialparaa novaediofoio sucessodeseustextosde 1967embibliotecasdediferentestipose tamanhos,almdodesenvolvimentodeprocessodecatlogos,serviosdabibliotecanacional,nosomentenostrspasesanglo-americanosparaondefoi estabelecidoo cdigo,masatravsdo mundo.
O Cdigo de CatalogaoAnglo-Americanotem sidoadotadoemmuitospasesde lnguainglesae temtidoconsidervelinfluncianaformaoourevisodenormasdecatalogaonacionale deoutrospases.Por dezanostemsidoassuntoparatestecrticode aplicaode prticaprofissionalnomundo(3).
UmacordoentreaAmericanLibraryAssociationeaBritishLibraryAssociation,em 1966,deu continuidadede revisodoscontextosde1967apsa publicao.Problemasimportantesforamidentificadose entreas parteshouveconsolidaoda propostadeconclusopelaLibraryofCongressdapolticade"superimposio.queadotouo CdigodeCatalogaoAnglo-Americanoe tambmoestabelecimentodepolticasdetrabalhodaLibraryofCongress,daNationalofCanadaeoutrasbibliotecas.Umoutrofatorquecontribuiufoi a necessidadede umprograma:o InternationalStandardBiblio-graphicDescription(ISBD)sobosauspciosda InternationalFedera-tionof LibraryAssociationsand Institutions(IFLA). Este programacomeou com umanormalizaoparamonografias-o ISBD (M) -quefoi incorporadonosdois textosdo cdigode CatalogaoAnglo-Americanode1974,pormeioderevisespublicadasseparadamentedo Captulo6.
Por estasrazes,e por iniciativada AmericanLibraryAssociation(ALA)edaBritishLibrary,tevelugarnoprdiodaALA emChicago,emmarode1974,umencontrotripartidrio,constitudodeum delegado de cada um dos trs pases anglo-americanos,
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representandoemcadacasotantoa associaocomoa biblioteca,pararedigirumnovoprojetoparaumasegundaediodoCdigodeCatalogaoAnglo-Americano(8).
Emjaneirode1977,umrascunhodetextodaParteI foidistribudoaoscomitsnacionaisparareviso,omesmoacontecendocomaParteli,emabrilde1977,enumencontrofinal,emWashing-ton,emagostode 1977,todasas propostase comentriosdasrevises,visandoa aprovaodotextotodoparaautorizaodepublicao.
UmperododedezanossepassouentreapublicaodasegundaediodoCdigodeCatalogaoAnglo-Americanoesuarevisofoimarcadapelaadoodessasregrasgeraisemmuitospasesde lnguainglesa.Nesseperodo,houveumaaceitaocrescenteetmsidofeitastraduesouelasestoemprocessos,nosidiomasrabe,chins,francs,italiano,japons,noruegus,portugus,espanhol,turco,etc.
Asnormasdecatalogaonopodemserestticas;elasdevempermitirmudanasnecessrias,almdecorrigirerros,modificarpalavras,corrigirnormasinadequadase acrescentarnormaseexemplosparanovoscasos.A segundaediodo CdigodeCatalogaoAnglo-Americanono umanovaedio,poisnoapresentamudananosconceitose princpiosbsicos,ondeSHINEBOURNE (17;p.231)a criticaporconsiderarqueUnocdigoideal,regrasespecficasdeveriamclaramentelevaraosprincpiossobreosquaissebaseiam-oEntende-secomissoqueumcdigodecatalogaopoderiaserconsideradobemsucedidosequalquercatalogador,emqualquerlugar,pudessepegarumdocumentoeelaborarumadescrioquefossea mesmadequalqueroutrocatalogador,emqualquerlugar,trabalhandocomomesmoconjuntodeprincpioseconceitos.
Asmudanastecnolgicasrecentestm-serefletidonasrevisesdasnormasdoCdigodeCatalogaoAnglo-Amel;canoe,paramanteroscatalogadoresinformados,quatrorevisesforampublicadas:em1982,1983,1985e 1988,devidoaosregistrosdascoleesdebibliotecasestarememmicrocomputadores,vdeo-discos,etc.
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NoBrasil,segundoFALDINI(3),atraduodoCdigodeCatalogaoAnglo-AmericanoemsuasegundaediofoirealizadapeloGrupodeBibliotecriosemInfomllaoe DocumentaoemProcessosTcnicosdaAssociaoPaulistadeBibliotecrios.Almdisso,a citadaautoraelaborouummanualdeexemplosdevriasregras,de grandeutilidadeparaos profissionais.Na traduo,procurou-semanter,quasequeintegralmente,osexemplosdaedioanglo-americana,paranoinfringiras diretrizesestipuladasnumcontratorgido,apresentado,svezes,nummesmocaso,soluescomregrasdiferentes,paramostraramaleabilidadedoCdigo.
Omanualestdivididoem13captulosquesoexatamenteoscaptulosemquesedividea ParteI doAACR-2,ondecadaumcorrespondedescriodeumtipoespecficodematerialbibliogrfico,comumapequenaintroduo,apresentandoospontosprincipaisdomaterialdescrito.
OscaptulosdaParteIdoAACR-2so:cap.1- materiaisbibiogrficosvariados;capo2 - livrosmodemose antigos;capo3 -mapas;cap.4- manuscritos;capo5- partiturasimpressas;capo6 -gravaesdesom(discosefitas);capo7- filmescinematogrficosegravaesdevdeo;capo8 - materiaisiconogrficos(diapositivos,fotografias,radiografias,cartazes,originaise reproduesdearte);capo9- arquivosdedadoslegveispormquinas;capo10- objetosfabricadospelamodo homem(artefatostridimensionais)e deobjetosencontradosnanatureza(realia);capo11- microfomllas;capo12- publicaesseriadas;capo13- analticas.
Nessemanualhumindicanumrico,queremetedonmerodaregraparaonmerodeexemplocitado,eumndicealfabticodeassunto,queremetedoassuntoparaonmerodoexemplo.
NoBrasil,vriastentativasforamfeitasparaacriaodeumcdigobrasileirodecatalogao,porm,infrutferas.Noentanto,esforosforamfeitos,comocitaBARBOSA(1;p.57-63), "emboraconcentrado-seemnOmllasparacabealhosdeentradaparanomespessoaisbrasileiroseentidadescoletivasbrasileiras".
Aprimeiradelas,quesetemregistro,foiem1934,quandoRIBEIRO(15)publicouumtrabalhointituladoRegrasbibliogrficas:
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umensaiodeconsolidao,~nde,porsuaspalavras,nosetratavapropriamentedeumcdigo,masdeumatentativadeestabeleceremregrasparaentradasdenomespessoais.
No Brasil,a uniformizaodasentradass6 serpossvelquando pudermoscontarcom um sistema centralizadopara oestabelecimentodoscabealhos,comoocorreem vriospasesecomxito.
Comentrios sobre desenvolvimento, objetivos eproblemaspararealizaodeestudosdeusodecatlogostmsidoelaboradospelosbibliotecriosbrasileiros,entreelesostrabalhosdeFIGUEIREDO(4), FIUZA(6), MEY(13) abordandolevantamentodaliteraturaexistente,ondea funodocatlogo predominante.
A literaturanacionalapresentapoucostextossobreo usodo catlogoem bibliotecas,e muitosdessesestudosse dirigemaocatlogodeautorecatalogaodescritiva,geralmenteembibliotecasescolares,pblicase universitrias,levantandosuposiessobreasfunes do catlogo.Entre estes estudos,encontram-seos deFIUZA(6) e os de FIGUEIREDO(4) que comentam sobre odesenvolvimento,objetivose levantamentoda literaturaexistente,salientando-serevisessobreo assunto.
O fatodehojeemdiatera informaoumpapelrelevanteemnossomeio,sejanasuaadministraoounoseuacessodiretoaosdocumentos,requerumtratamentoparaa apresentaodessainformaoprocuradapelousurio.
Cabe ao bibliotecrio,que o agentede cada usurio,prepararecontrolaroacessoaessasinformaesdemodoordenadoe aperfeioadodosserviosdeprocessamentotcnico.
UmdosserviosdeprocessamentotcnicoedefinidoporZAMBEL (21;p.13)denomina-secatalogao,que o "registroe adescriodeumaobraparaacomposiodecatlogosebibliografias".
A catalogao,que o atode elaborarcatlogos, umaprticabiblioteconmicaquesignificaregistrare descreverumiteme suas caractersticasatravsde cdigosespecficos,adotadosinternacionalmente.
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Para tal, fontede informaosobreo que existededeterminadoautor,sobredeterminadoassuntoese hdetermin'adaobra, utilizadoo termocatlogo., ento,umelode ligao,umcanalde comunicaoentreumainformaoe o usurio; umaformadese exploraro contedodosacervosde umabiblioteca.
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ConformeLANCASTER (12;p.19)"ocatlogo a maisimportantechaveparaa coleodabibliotecaesuafunomaiorsaberse a bibliotecapossuium itembibliogrficoespecficocujoautorelouttuloso conhecidos(itensconhecidos)e se assimfor,onde est localizado..O catlogotambmrevela as coleesexistentesem reasespecficasde assuntoe indicaondeelasselocalizam.Finalmente,ocatlogoforneceinformaesbibliogrficassobreas obrasquearrola.
Apesarde ter sua origemcomo simplesinventrioderelaode contedode determinadacoleoe arranjofsico doacervo,na organizaobibliogrficade colees,hoje o catlogoexerce um papel fundamentalcomo meio de recuperaodainformao.
A recuperaodedadosou localizaodedeterminadositens , sem dvida, a funo mais importantedo catlogodebiblioteca,restringindo-seao materialbibliogrficodisponvelemdeterminadacoleoparaa qualfoipreparado.
SegundoKRIKELAS(11), Randallpreconizaque paraoaperfeioamentodo catlogoeranecessrioumestudointeligentedosprpriosusurios;suavivncia,suaexperinciaouconhecimento,suas necessidades.Ele afirmouque nenhumaperfeioamentodocatlogopoderiaserfeitosemumestudodasregrase semo examefsicodo materialcatalogado.
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CONCLUSO
A biblioteca,ento,tema responsabilidadede avaliare
interpretara informaocientficaemseucampoespecializado
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havendonecessidadenosdecompreenderoprocessodeavaliaoemsi,comotambmdeverificareanalisarafinalidadeparaaqualseusao catlogo,concordandocomo citadoporFIUZA(7).
Asquestesenvolvendoacatalogaonoselimitamaombitodasgrandesbibliotecas.Elasestosubjacentestambmspequenas;alcanamas universitriase as de pequenasescolasprimrias,as pblicase as particulares,as generalistase asespecializadas.
SUMMARY
FERRAZ, I.M.C. Librarycataloguse:a historicalview.
Trans-In-formao,3(1,2,3):-, 1991.
Thecatalogintroductioninthehumanityhistorystampedthelibrarynot
as a simpie book room. The catalog,then, showedand will show the
instrumentto localizean specificbibliographicitemin thelibrary,withthe
functionofgroupinformationstoitsusers.Thefirstcatalogemergedwiththe
firstlibraries,as simpiereportsor inventoriesof theworksexistentin their
collections.With the advanceof the XX Century,the modemcatalogingstructurewas shaped,thatit is themajorinterestto thepresenttime.
Key words: cataloguse,historyof catalogation
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