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DDIISSSSEERRTTAAÇÇÃÃOO DDEE MMEESSTTRRAADDOO PPRROOFFIISSSSIIOONNAALLIIZZAANNTTEE
EEMM AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO
RRIISSCCOO SSEETTOORRIIAALL EE AA MMEETTOODDOOLLOOGGIIAA DDEE
RRAATTIINNGG DDOO BBNNDDEESS:: UUMM EENNFFOOQQUUEE
AALLTTEERRNNAATTIIVVOO PPEELLOO MMÉÉTTOODDOO
EELLEECCTTRREE TTRRII
JJOOÃÃOO AANNTTOONNIIOO DDEE MMOOUURRAA EE CCUUNNHHAA NNEETTOO
Orientador: Prof. Dr. Luiz Flávio Autran Monteiro Gomes
Rio de Janeiro, dezembro de 2004
FFFAAACCCUUULLLDDDAAADDDEEESSS IIIBBBMMMEEECCC PPPRRROOOGGGRRRAAAMMMAAA DDDEEE PPPÓÓÓSSS---GGGRRRAAADDDUUUAAAÇÇÇÃÃÃOOO EEE PPPEEESSSQQQUUUIIISSSAAA EEEMMM
AAADDDMMMIIINNNIIISSSTTTRRRAAAÇÇÇÃÃÃOOO EEE EEECCCOOONNNOOOMMMIIIAAA
RRIISSCCOO SSEETTOORRIIAALL EE AA MMEETTOODDOOLLOOGGIIAA DDEE
RRAATTIINNGG DDOO BBNNDDEESS:: UUMM EENNFFOOQQUUEE
AALLTTEERRNNAATTIIVVOO PPEELLOO MMÉÉTTOODDOO
EELLEECCTTRREE TTRRII
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado
Profissional em Administração das Faculdades Ibmec
como parte dos requisitos para obtenção do título de
Mestre em Administração
Área de Concentração: Sistemas de
Informação e Apoio à Decisão
JJOOÃÃOO AANNTTOONNIIOO DDEE MMOOUURRAA EE CCUUNNHHAA NNEETTOO
Orientador: Prof. Dr. Luiz Flávio Autran Monteiro Gomes
Rio de Janeiro, dezembro de 2004.
FFFAAACCCUUULLLDDDAAADDDEEESSS IIIBBBMMMEEECCC
PPPRRROOOGGGRRRAAAMMMAAA DDDEEE PPPÓÓÓSSS---GGGRRRAAADDDUUUAAAÇÇÇÃÃÃOOO EEE PPPEEESSSQQQUUUIIISSSAAA EEEMMM
AAADDDMMMIIINNNIIISSSTTTRRRAAAÇÇÇÃÃÃOOO EEE EEECCCOOONNNOOOMMMIIIAAA
JOÃO ANTONIO DE MOURA E CUNHA NETO
RISCO SETORIAL E A METODOLOGIA DE RATING DO BNDES:
UM ENFOQUE ALTERNATIVO PELO MÉTODO
ELECTRE TRI
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado
Profissional em Administração das Faculdades Ibmec
como parte dos requisitos para obtenção do título de
Mestre em Administração
Área de Concentração: Sistemas de
Informação e Apoio à Decisão
Aprovada em: 28 de dezembro de 2004
BANCA EXAMINADORA:
Prof. Dr. Luiz Flávio Autran Monteiro Gomes
Prof. Dr. Eduardo Ferreira da Silva
Profa. Dra. Maria Augusta Soares Machado
Rio de Janeiro, dezembro de 2004
FFFAAACCCUUULLLDDDAAADDDEEESSS IIIBBBMMMEEECCC PPPRRROOOGGGRRRAAAMMMAAA DDDEEE PPPÓÓÓSSS---GGGRRRAAADDDUUUAAAÇÇÇÃÃÃOOO EEE PPPEEESSSQQQUUUIIISSSAAA EEEMMM
AAADDDMMMIIINNNIIISSSTTTRRRAAAÇÇÇÃÃÃOOO EEE EEECCCOOONNNOOOMMMIIIAAA
iii
DEDICATÓRIA
À Marta, fonte de permanente incentivo e instigação.
Ao meu pai, pelo exemplo dado.
À Rodrigo, João Marcelo, José Carlos e Pedro, pelo
exemplo que, espero, lhes esteja prestando.
iv
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos os profissionais do BNDES que, conhecedores do assunto
pertinente ao presente trabalho, nele foram por mim envolvidos, tendo contribuído
de forma significativa para o seu desenvolvimento. Em especial, aos colegas Gil
Bernardo Borges Leal e Kurt Janos Toth, sem cujo apoio e incentivo não teria
sido possível a conclusão desse trabalho.
v
"Chamo de grandes ocasiões os momentos em que
estamos cheios de dor ou de vaidade, em que sofremos a
tentação de achar que fracassamos ou triunfamos, em que
nos sentimos uma droga ou muito bacanas.
Cuidado com as grandes ocasiões”
(Paulo Mendes Campos)
vi
SUMÁRIO
11.. IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 1166
1.1. O PROBLEMA -------------------------------------------------------------------------------- 16
1.2. OBJETIVO ------------------------------------------------------------------------------------- 17
1.3. METODOLOGIA ----------------------------------------------------------------------------- 18
1.4. REVISÃO DA LITERATURA ------------------------------------------------------------- 22
1.5. RESULTADOS ESPERADOS -------------------------------------------------------------- 29
22.. RREEFFEERREENNCCIIAALL TTEEÓÓRRIICCOO SSOOBBRREE AAMMDD--AAPPOOIIOO MMUULLTTIICCRRIITTÉÉRRIIOO ÀÀ
DDEECCIISSÃÃOO.. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 3322
2.1. O PROCESSO DECISÓRIO E O AMD. -------------------------------------------------- 32
2.2. OS COMPONENTES DE UM MODELO DE DECISÃO MULTICRITÉRIO. ---- 35
2.2.1. PROBLEMA E TIPOS DE PROBLEMÁTICA. ---------------------------------------------- 35
2.2.2. AS ALTERNATIVAS. ---------------------------------------------------------------------- 37
2.2.3. OS ATORES DE UM PROCESSO DECISÓRIO. ------------------------------------------- 37
2.2.4. ATRIBUTOS / CRITÉRIOS. ---------------------------------------------------------------- 38
2.2.4.1. Tipos de Critérios (Quantitativos x Qualitativos). --------------------------- 39
2.2.4.2. Mensuração dos Critérios. ------------------------------------------------------- 39
2.2.4.2.1 Escala. ............................................................................................... 39
2.2.4.2.2 Normalização. .................................................................................... 40
2.2.4.3. Pesos dos Critérios. --------------------------------------------------------------- 40
2.2.4.4. Técnicas para Atribuição de Pesos.--------------------------------------------- 41
2.2.4.5. Axiomas de uma Família de Critérios. ----------------------------------------- 41
2.2.4.6. Independência entre os Critérios. ----------------------------------------------- 43
vii
2.3. A COMPARAÇÃO ENTRE AS ALTERNATIVAS DE UM MODELO.----------- 44
2.3.1. RELAÇÕES BINÁRIAS.-------------------------------------------------------------------- 44
2.3.2. A RELAÇÃO BINÁRIA DE SUPERAÇÃO. ------------------------------------------------ 46
2.3.3. OS SISTEMAS RELACIONAIS DE PREFERÊNCIAS: ESCOLA AMERICANA X
ESCOLA FRANCESA. ---------------------------------------------------------------------- 47
2.3.4. ESTRUTURAS DE PREFERÊNCIAS: O LIMITE DE PREFERÊNCIA ( P ) E O LIMITE
DE INDIFERENÇA ( Q ) . ------------------------------------------------------------------- 49
2.3.5. CARACTERÍSTICAS DOS PRINCIPAIS MÉTODOS DO TIPO ELECTRE. ---------------- 51
2.3.5.1. Limite de Veto --------------------------------------------------------------------- 52
2.3.5.2. Matriz de Performance. ----------------------------------------------------------- 52
2.3.6. O CONCEITO DE DOMINÂNCIA. --------------------------------------------------------- 53
2.3.7. ÍNDICE DE CONCORDÂNCIA. ------------------------------------------------------------ 53
2.3.8. ÍNDICE DE DISCORDÂNCIA. ------------------------------------------------------------- 53
2.4. MODELOS DE DECISÃO MULTICRITÉRIO. ----------------------------------------- 54
2.5. PAMC - PROCEDIMENTOS DE AGREGAÇÃO MULTI-CRITÉRIO:
ESCOLA AMERICANA X ESCOLA FRANCESA.------------------------------------ 56
2.6. FATORES A SEREM CONSIDERADOS NA ESCOLHA DE UM
MÉTODO. -------------------------------------------------------------------------------------- 59
2.7. ANÁLISE DE SENSIBILIDADE E ANÁLISE DE ROBUSTEZ. ------------------- 60
33.. RREEFFEERREENNCCIIAALL TTEEÓÓRRIICCOO SSOOBBRREE OOSS MMÉÉTTOODDOOSS EELLEECCTTRREE.. ------------------------------------------------ 6622
44.. RREEFFEERREENNCCIIAALL TTEEÓÓRRIICCOO SSOOBBRREE OO EELLEECCTTRREE TTRRII.. -------------------------------------------------------------------------- 6655
4.1. A PROBLEMÁTICA DE CLASSIFICAÇÃO. ------------------------------------------- 65
4.2. A MODELAGEM DE PREFERÊNCIAS. ------------------------------------------------ 67
4.3. OS LIMITES DE PREFERÊNCIA, INDIFERENÇA E VETO. ---------------------- 69
4.4. O PROCEDIMENTO DE AGREGAÇÃO. ----------------------------------------------- 69
4.5. PROCEDIMENTOS E CONDIÇÕES A SEREM OBSERVADOS. ----------------- 71
viii
4.6. NÍVEL DE CORTE (). ---------------------------------------------------------------------- 73
4.7. ÍNDICE DE CONCORDÂNCIA PARCIAL.--------------------------------------------- 73
4.8. ÍNDICE DE CONCORDÂNCIA GLOBAL. --------------------------------------------- 73
4.9. ÍNDICE DE DISCORDÂNCIA PARCIAL. ---------------------------------------------- 74
4.10. ÍNDICE DE CREDIBILIDADE.------------------------------------------------------------ 74
4.11. CÁLCULO DOS ÍNDICES NO ELECTRE TRI. ---------------------------------------- 75
4.11.1. CÁLCULO DOS ÍNDICES DE CONCORDÂNCIA PARCIAIS. ----------------------------- 76
4.11.2. CÁLCULO DO ÍNDICE DE CONCORDÂNCIA GLOBAL.--------------------------------- 77
4.11.3. CÁLCULO DOS ÍNDICES DE DISCORDÂNCIA PARCIAIS. ------------------------------ 77
4.11.4. CÁLCULO DO ÍNDICE DE CREDIBILIDADE. -------------------------------------------- 78
4.12. AS RELAÇÕES DE PREFERÊNCIA NO ELECTRE TRI. --------------------------- 80
4.13. PROCEDIMENTOS DE ALOCAÇÃO NO ELECTRE TRI.-------------------------- 81
55.. AA AATTUUAALL MMEETTOODDOOLLOOGGIIAA DDEE CCLLAASSSSIIFFIICCAAÇÇÃÃOO DDEE RRIISSCCOO DDOO BBNNDDEESS.. ---------------- 8899
66.. OOSS CCOONNCCEEIITTOOSS DDEE PPOORRTTEERR PPAARRAA AA AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO DDEE UUMM SSEETTOORR.. ---------------------------- 9966
77.. AA MMEETTOODDOOLLOOGGIIAA DDEE ““RRAATTIINNGG”” DDAASS AAGGÊÊNNCCIIAASS CCLLAASSSSIIFFIICCAADDOORRAASS.. ------------ 110011
88.. AA PPRROOPPOOSSTTAA PPAARRAA DDEEFFIINNIIÇÇÃÃOO DDOO RRIISSCCOO SSEETTOORRIIAALL.. -------------------------------------------------------- 110088
8.1. A METODOLOGIA UTILIZADA. ------------------------------------------------------ 108
8.2. AS QUESTÕES COLOCADAS PARA DEFINIÇÃO. ------------------------------- 109
8.3. AS DEFINIÇÕES E RECOMENDAÇÕES EFETUADAS. ------------------------- 110
8.4. APRESENTAÇÃO E DESCRIÇÃO DO MODELO CONCEBIDO. -------------- 113
8.5. APRESENTAÇÃO E DESCRIÇÃO DO QUESTIONÁRIO. ----------------------- 116
8.6. OS CRITÉRIOS UTILIZADOS PARA A MENSURAÇÃO DO NÍVEL DE
RISCO DE UM SETOR.------------------------------------------------------------------- 118
8.7. O EFEITO DO RISCO SETORIAL NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
FINAL DE UMA EMPRESA. ------------------------------------------------------------ 122
ix
8.8. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DO TESTE REALIZADO. ------------------ 128
8.9. CONCLUSÕES. ----------------------------------------------------------------------------- 133
RREEFFEERRÊÊNNCCIIAASS BBIIBBLLIIOOGGRRÁÁFFIICCAASS ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 113377
AANNEEXXOO 11 -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 114411
AANNEEXXOO 22 -- QQUUEESSTTIIOONNÁÁRRIIOO ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 114422
AANNEEXXOO 33 -- CCOONNSSOOLLIIDDAAÇÇÃÃOO DDAASS EENNTTRREEVVIISSTTAASS ------------------------------------------------------------------------------------ 117788
AANNEEXXOO 44 -- DDEETTEERRMMIINNAAÇÇÕÕEESS,, FFÓÓRRMMUULLAASS DDEE CCÁÁLLCCUULLOO EE PPRROOCCEEDDIIMMEENNTTOOSS
DDEE AALLOOCCAAÇÇÃÃOO UUTTIILLIIZZAADDOOSS NNOO MMOODDEELLOO PPRROOPPOOSSTTOO CCOOMM BBAASSEE
NNOO EELLEECCTTRREE--TTRRII -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 221144
AANNEEXXOO 55 -- MMAATTRRIIZZ DDEE PPEERRFFOORRMMAANNCCEE-------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 223344
AANNEEXXOO 66 -- DDEETTEERRMMIINNAAÇÇÃÃOO FFIINNAALL ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 223355
x
LISTA DE FIGURAS
Figura 4.12 - Definição das Relações Binárias de Preferência------------------------------------- 80
Figura A4.1 - As Categorias Estabelecidas para o Modelo Proposto. -------------------------- 227
Figura A4.2: Procedimento Otimista ----------------------------------------------------------------- 232
Figura A4.3: Procedimento Pessimista --------------------------------------------------------------- 233
xi
LISTA DE TABELAS
Tabela 3.1 - Versões dos Métodos da Família Electre ---------------------------------------------- 64
Tabela 7.1 - Rating Associado a um Indicador, conforme o Nível de Risco Setorial ( % ) 107
Tabela 8.7.1 - Proposta de Efeito do Risco Setorial para uma Análise Simplificada. ------- 124
Tabela 8.7.2 - Proposta de Efeito do Risco Setorial para Análises Sumária e Abrangente.- 125
Tabela 8.8.1 - Níveis de Risco Associados pelos Entrevistados para o Setor de Papel e
Celulose -------------------------------------------------------------------------------- 129
Tabela 8.8.2 - Electre Tri: Categorias de Risco Associadas ao Setor de Papel e Celulose
segundo os Procedimentos de Alocação Otimista e Pessimista ---------------- 130
Tabela 8.8.3 - Níveis de Risco Associados ao Setor de Papel e Celulose pelos Entrevistados,
Grupo Decisor e Método Electre Tri --------------------------------------------- 131
Tabela 8.8.4 - Análise de Sensibilidade do Modelo no teste realizado com o Setor de
Papel e Celulose ---------------------------------------------------------------------- 132
Tabela A4.1 - Electre Tri: As Alocações das Alternativas segundo os Procedimentos
Otimista e Pessimista ----------------------------------------------------------------- 229
xii
LISTA DE SÍMBOLOS
SÍMBOLO SIGNIFICADO
P. - P. - P. - P. Tipos de Problemáticas
A Conjunto de Alternativas
a,b Alternativas (ações)
I Relação de Indiferença
P Relação de Preferência Estrita
Q Relação de Preferência Fraca
R Relação de Incomparabilidade
Relação de Preferência no sentido amplo
S Relação de Superação (Sobreclassificação)
gj Função de Avaliação do critério j
kj Peso do Critério j
qj Limite de Indiferença definido para o critério j
pj Limite de Preferência definido para o critério j
vj Limite de Veto definido para o critério j
bh Alternativas (Ações) de Referência
cj (a, bh) Índice de Concordância Parcial da Alternativa a em comparação
com a Alternativa de Referência bh
dj (a, bh) Índice de Discordância da Alternativa a em comparação com a
Alternativa de Referência bh
(a, bh)
Índice de Credibilidade (ou Nível de Pertinência da Relação de
Superação nebulosa) da Alternativa a em relação à Alternativa de
referência bh
Nível de Corte
hC
Categorias de Risco consideradas no Método Electre Tri, limitada inferiormente pela Alternativa de Referência bh-1 e superiormente
pela Alternativa de Referência bh
Cj (a, bh) Índice de Concordância Global da Alternativa a em comparação
com a Alternativa de Referência bh
R0, R1, R2, R3 Alternativas (ações) de Referência
~ Relação de Não Preferência
gj (a) Performance da alternativa a considerando-se o critério j
F Família de todos os Critérios considerados
xiii
LISTA DE SIGLAS
SIGLA DESCRIÇÃO
AHP Analytic Hierarchy Process
AMD Apoio Multicritério à Decisão
ELECTRE Élimination et Choix Traduisant la Réalité
BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
IBMEC Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais
LAMSADE Laboratoire d'Analyse et Modélisation de Systèmes pour l'Aide à la décision
MAUT Multi-attribute Utility Technique
PAMC Procedimento de Agregação Multicritério
SMART Simple Multi-attribute Rating Technique
SRP Sistema Relacional de Preferências
xiv
RISCO SETORIAL E A METODOLOGIA DE RATING DO BNDES: UM
ENFOQUE ALTERNATIVO PELO MÉTODO ELECTRE TRI
RESUMO
Utilizando-se do Método Electre Tri, o presente trabalho apresenta uma sugestão de modelo
especificamente desenvolvido para o BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social com vistas à determinação do risco de um setor da economia.
O modelo proposto, ao sugerir aos decisores um nível de risco para ser associado a um
determinado setor, pretende vir a subsidiar a instituição em suas atividades de determinação
do “rating” de empresas não financeiras e, em instância final, na de concessão de créditos de
longo prazo.
Para a determinação do risco de um setor, o modelo sugerido se baseia no conhecimento
setorial detido por especialistas, bem como procura integrar um método de apoio à decisão
teoricamente mais sofisticado – como, no caso, o Electre Tri – com técnicas mais simples e
intuitivas de mensuração de risco.
Foi realizado um teste do modelo concebido com o setor de Papel e Celulose, e sua avaliação
permitiu, então, configurar sua robustez e sua viabilidade para efeito de aplicação futura.
Em termos práticos, entende-se que a eventual adoção do modelo no âmbito do BNDES possa
significar uma melhoria na qualidade da avaliação de risco atualmente efetuada pela
instituição, com os benefícios daí decorrentes em termos de resultados financeiros e de
promoção do desenvolvimento econômico
Palavras-chave: Electre Tri, Rating, Risco Setorial
xv
SECTORIAL RISK AND BNDES's RATING METHODOLOGY: AN
ALTERNATIVE FOCUS BY THE ELECTRE TRI METHOD
ABSTRACT
The present paper – using the Electre Tri Method – offers a suggestion of a model specifically
developed for the BNDES –Nacional Bank of Economic and Social Development regarding
the determination of the risk of a sector of the economy.
The proposed model, when suggesting to the decision makers a level of risk to be related to a
certain sector, intends to subsidize the institution in its activities of rating determination of
non-financial companies and, in final instance, in the concession of long term credits.
To determine a sector’s risk, the suggested model bases it self on the sectorial knowledgment
held by specialists, as well as integrating a theoretically more sofisticated decision aid method
– as, in the case, the Electre Tri – with more simple and intuitive risk measurements
techniques.
A test with the conceived model was realized with the Paper and Celulose sector, and its
evatuation permited configure its strength and its practicability for effect of future application.
In practical terms, it is understood that an eventual adoption of the model in BNDES’s scope
can lead to an upgrade on the quality of the risk evaluation which is currently made by the
institution, with the decurrent benefits in terms of financial results and economic development
promotion.
Key-words: Electre Tri, Rating, Sectorial Risk
16
11.. IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO
1.1. O PROBLEMA
Há mais de dez anos, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES
concebeu e desde então vem adotando uma metodologia para classificação de risco das
empresas não financeiras que lhe vem solicitar colaboração financeira, tendo em vista
subsidiar a atividade básica da instituição referente à concessão de crédito de longo prazo.
A classificação de risco definida pelo BNDES para uma empresa vem a constituir, então,
uma das informações que a instituição leva em conta para decidir se irá ou não avaliar uma
determinada solicitação de colaboração financeira. Além disso, a classificação de risco pode
ser utilizada, no âmbito do BNDES, para: (i) a fixação da taxa de risco de cada operação; (ii)
a flexibilização ou não das garantias exigidas; (iii) o estabelecimento do nível máximo de
envolvimento financeiro com seus mutuários; e (iv) a concessão de limites de crédito para
clientes de menor risco.
A metodologia atualmente adotada pelo BNDES para a determinação do “rating” leva em
conta apenas duas das três variáveis que geralmente são consideradas pelas agências de
classificação de risco independentes: o “rating” definido pelo BNDES considera apenas a
situação financeira de uma empresa e a qualidade de sua gestão administrativo-financeira
frente ao ambiente econômico em que atua.
Não se considera, pois, no atual modelo de classificação de risco do BNDES, o risco
específico decorrente exclusivamente das características do setor em que atua a empresa
solicitante, desprezados, aqui, o efeito mais geral representado por variáveis
macroeconômicas, bem como o efeito decorrente do poderio econômico exercido pelas
empresas de maior porte.
A não consideração, pelo BNDES, da variável risco setorial na avaliação do “rating” de uma
empresa constitui, evidentemente, uma limitação da metodologia atualmente adotada pela
instituição, o que, aliás, tem sido objeto de reiteradas ponderações, efetuadas tanto pelo Banco
17
Central do Brasil – BACEN como por algumas Áreas do próprio BNDES: seria importante,
pois, introduzir a variável risco setorial na metodologia de classificação de risco atualmente
adotada pelo BNDES. A concepção de uma proposta que tenha em vista tal objetivo deverá
necessariamente levar em conta aspectos tais como simplicidade, tempo admitido como
razoável, no âmbito da instituição, para ser despendido na atividade de definição da
classificação de risco, e a necessidade de não descontinuidade das atividades atualmente
efetuadas.
Passar a considerar a variável risco setorial no atual modelo de classificação de risco do
BNDES permitiria, pois, no mínimo, uma melhoria da qualidade da classificação de risco hoje
efetuada, o que, em termos práticos, no final das contas, poderá representar para a instituição
menores níveis de inadimplência e, conseqüentemente, maior retorno financeiro maior
disponibilidade de recursos para investimento no futuro.
1.2. OBJETIVO
Os objetivos da presente dissertação de mestrado se circunscrevem, então, a dois pontos
essencialmente.
Em primeiro lugar, se pretende conceber e propor ao BNDES uma metodologia para a
avaliação do risco de um setor. Considera-se, aqui, que a metodologia a ser proposta e
desenvolvida deverá atender a alguns princípios, tais como os de simplicidade e perfeita
compatibilidade com o atual modelo de avaliação de risco do BNDES.
Além disso, o resultado a que se chegar na avaliação de risco de um setor deve ser expresso
de uma forma que permita sua fácil integração e consideração no atual modelo de
classificação de risco do BNDES.
O objetivo do presente estudo, pois, é o de – olhando a atual metodologia de classificação de
risco do BNDES e os critérios geralmente utilizados no mercado e no mundo acadêmico para
uma avaliação de risco setorial – propor uma metodologia para avaliação de risco setorial e,
18
complementarmente, sugerir a forma como um risco setorial já estabelecido deve vir a
influenciar o “rating” final de uma empresa.
Em suma, as proposições a serem efetuadas devem vir a constituir um modelo simples, que
tenha um compromisso de ordem prática com a sua implementação.
Em segundo lugar, se pretende, no âmbito da metodologia de avaliação de risco setorial a ser
formulada, disponibilizar, para os tomadores de decisão, uma informação adicional,
decorrente da utilização de um método de AMD – Apoio Multicritério à Decisão apropriado.
O alcance do presente estudo - considerando-se o problema existente e os objetivos a serem
perseguidos - está circunscrito, pois, ao âmbito do BNDES, ou seja, à classificação de risco de
empresas para efeito da concessão de colaborações financeiras de longo prazo.
A relevância do estudo está, pois, relacionada com a possibilidade de melhoria da qualidade
da classificação de risco efetuada pelo BNDES, a qual é possível de vir a ser obtida a partir do
momento em que a variável risco setorial passe a ser considerada: um menor nível de
inadimplência e um maior retorno são, como já mencionado anteriormente, as expressões
meramente financeiras representativas dessa “melhor” classificação de risco.
1.3. METODOLOGIA
Considerando o compromisso de ordem prática inerente a essa dissertação de mestrado,
procurou-se desenvolver a pesquisa considerando o envolvimento de todos aqueles que, no
âmbito do BNDES, têm algum conhecimento e/ou poder de decisão sobre o assunto. A
consulta aos chamados “donos do processo”, através da realização de sucessivas entrevistas
com os mesmos acabou por permitir, além da obtenção de conhecimento, a definição de
caminhos alternativos para a condução do próprio estudo.
Por um mero exercício de lógica, a avaliação do risco de um setor só pode e deve ocorrer
tendo por base um conhecimento setorial previamente existente sobre o mesmo.
19
Como o número de setores que está em jogo é razoavelmente elevado – o BNDES apóia
empresas em mais de trinta setores da economia – só há condições de se obter esse
conhecimento, e mantê-lo atualizado ao longo do tempo, através da realização de consultas
junto a especialistas setoriais.
Entendeu-se, então, que a melhor forma de se obter esse conhecimento setorial junto a
especialistas seria através da formulação e aplicação de um Questionário, cujas perguntas
viessem a refletir os critérios a serem adotados para a avaliação de risco de um determinado
setor. Neste sentido, os critérios desenvolvidos por Porter (PORTER, 1986) para a elaboração
de um diagnóstico sobre uma “industria” serviram, então, de base para a formulação de cada
uma das perguntas de tal Questionário.
Quando consultados, os envolvidos com o assunto no âmbito da instituição optaram pela
concepção de um modelo de informação que viabilizasse tanto a obtenção de conhecimento
setorial como uma mensuração do risco de cada Setor.
Isto levou, em conseqüência, à necessidade de uma validação dos critérios e das regras de
mensuração a serem adotados no modelo a ser concebido.
Dentro do objetivo de se primar pela simplicidade, optou-se, então, pelo desenvolvimento de
um sistema em planilha Excel, no qual as regras lógicas e os critérios de mensuração adotados
procuraram refletir as expressões condicionais típicas de sistemas de informação concebidos
para aquisição de conhecimento.
Na elaboração do Questionário, procurou-se contemplar adicionalmente a concepção prévia
de alternativas de respostas que permitissem viabilizar a mensuração do risco de um setor: ou
seja, para cada alternativa de resposta, o especialista setorial consultado será instado a
determinar uma pontuação que reflita mais adequadamente o nível de risco – alto, médio ou
baixo – previamente associado pelo modelo à alternativa de resposta por ele escolhida.
A definição do texto referente a cada uma das perguntas do Questionário (entendidas estas, na
verdade, como os critérios a serem considerados para a avaliação do risco setorial), as suas
20
respectivas alternativas de resposta, e as suas correspondentes pontuações e pesos foram
objeto de validação junto aos agentes decisores, entendidos estes como o conjunto de
executivos que, no âmbito do BNDES, têm a responsabilidade e o poder de decisão sobre o
assunto em questão.
Entende-se como razoável e viável que o Questionário concebido possa ser aplicado, para
cada setor a ser avaliado, junto a, no máximo, cinco especialistas setoriais.
Considerando-se o conjunto de entrevistas realizadas para um determinado setor, a pontuação
média e o resumo das informações então obtidas para cada uma das perguntas do
Questionário, bem como o total de pontos que vier a ser obtido pelo setor e, até mesmo, o
respectivo nível de risco associado, devem ser entendidos como meras sugestões, a serem
consideradas, por um grupo de decisores, para a definição, em instância final, do risco de um
setor.
Para efeito da definição do risco de um setor, esse grupo de decisores terá, pois, à sua
disposição um conjunto de informações, obtido a partir da aplicação do Questionário junto
aos especialistas setoriais.
Considerando, para cada uma das perguntas do Questionário, a média de pontos e o
correspondente resumo das informações obtidas, esse grupo decisor deverá, então, dar a
palavra final, também para cada uma das perguntas do Questionário, sobre o nível de pontos a
ser considerado.
O total de pontos assim obtido pelo setor, pela palavra final desse grupo decisor, o situará,
então, em uma das categorias de risco previamente delimitadas: setor de risco alto, médio ou
baixo.
De forma análoga às informações diretamente obtidas através da aplicação do Questionário,
se pretende também disponibilizar para esse grupo decisor uma informação adicional, que
venha a refletir a utilização de um método de Apoio Multicritério à Decisão (AMD).
21
Neste sentido, a informação gerada – setor de risco alto, médio ou baixo, por exemplo – pela
utilização de um método de AMD seria também encarada como uma mera sugestão, cabendo,
sempre, ao grupo decisor a palavra final para efeito da determinação do risco setorial.
As ferramentas de AMD se mostram perfeitamente adequadas para o problema objeto da
presente dissertação, na medida em que estamos nos defrontando com um número discreto de
alternativas – aqui representadas pelos diferentes setores da economia apoiados pelo BNDES
– as quais deverão ser avaliadas com base na influência de vários critérios, correspondentes,
no caminho aqui proposto, às perguntas que compõem o Questionário a ser aplicado junto aos
especialistas setoriais.
Os métodos AHP – Analytic Hierarchy Process, MAUT – Multi-attribute Utility Technique e
SMART – Simple Multi-attribute Rating Technique constituem os modelos de AMD mais
representativos da chamada Escola Americana. Tais métodos pressupõem que o peso e a
avaliação de cada critério podem ser expressos quantitativamente, representando as
preferências dos agentes decisores e viabilizando, assim, um processo de agregação com
critério único de síntese: à maior expressão quantitativa, considerando-se todos os critérios
envolvidos, deverá necessariamente corresponder a melhor alternativa.
Os métodos da família ELECTRE caracterizam, por outro lado, a chamada Escola Francesa
de AMD. Em tais métodos, é sempre efetuada uma comparação entre duas alternativas,
considerando-se, para tanto, a noção de superação (“surclassement”). Em contraposição com
os métodos da Escola Americana, nos métodos da família ELECTRE o modo de agregação
multicritério não possui critério único de síntese.
Na família ELECTRE, existem diferentes métodos, conforme o tipo de problema que se está
pretendendo abordar:
(i) métodos ELECTRE I e ELECTRE IS: problemática de seleção (problemática
P.α);
(ii) método ELECTRE TRI: problemática de classificação (problemática P.β);
22
(iii) métodos ELECTRE II, PROMÉTHÉE, ELECTRE III, ELECTRE IV:
problemática de ordenação (problemática P.γ ).
Considerando os objetivos da presente dissertação de mestrado, qual seja o de determinar o
risco – alto/ médio/ baixo – de um determinado setor, é bastante intuitiva a opção pelos
métodos da Escola Francesa e, em particular, pelo ELECTRE TRI.
Para se efetuar a “alocação” de um setor em uma das três categorias de risco a que se quer
chegar - categorias de risco alto, médio e baixo - basta definir a pontuação global referente a
apenas dois “setores de referência”. A comparação de cada uma das alternativas (setores a
serem avaliados) com tais “setores de referência” permite então classificá-las como
correspondendo a setores de risco alto, médio ou baixo.
Conforme já mencionado, a aplicação do método ELECTRE TRI, tendo por base as
informações coletadas nas entrevistas realizadas junto a especialistas setoriais, apenas viria
subsidiar - com a sua “particular” e automática avaliação de risco setorial - os agentes
decisores, para efeito de uma definição final.
1.4. REVISÃO DA LITERATURA
Os assuntos listados a seguir, diretamente relacionados com a presente dissertação de
mestrado, foram objeto de pesquisa bibliográfica (ver as Referências Bibliográficas, em
anexo) e, conforme seu nível de importância para a condução dos trabalhos, mereceram da
parte do autor uma leitura prévia mais ou menos aprofundada:
(i) a metodologia de classificação de risco atualmente adotada pelo BNDES;
(ii) a metodologia de classificação de risco adotada pelas agências internacionais
independentes de classificação de risco;
(iii) o problema referente à aquisição de conhecimento junto a especialistas;
(iv) os métodos de Apoio Multicritério à Decisão (Escolas Americana e Francesa); e
23
(v) as questões referentes à elaboração de um diagnóstico setorial e à conseqüente
estratégia empresarial a ser seguida.
A Atual Metodologia de Classificação de Risco do BNDES
No texto mais importante (BERGAMINI, 1997) existente sobre o modelo de classificação de
risco do BNDES, é efetuada uma detalhada descrição da metodologia atualmente adotada na
instituição.
A primeira das variáveis consideradas pelo BNDES corresponde ao risco financeiro,
representativo da situação financeira apresentada nos últimos três exercícios pela empresa
solicitante de colaboração financeira (avaliação quantitativa). Como exceção, quando se
mostra necessária a realização de avaliações quantitativas mais aprofundadas, é também
efetuada uma análise financeira prospectiva.
A segunda variável considerada - qualidade da gestão administrativo-financeira da empresa
solicitante – faz parte, no âmbito do modelo de classificação de risco do BNDES, do que se
denomina avaliação qualitativa.
Fica, então, claro o privilégio conferido na atual metodologia de classificação de risco do
BNDES às variáveis referentes à situação financeira da empresa e à qualidade de sua gestão
administrativo-financeira. Na verdade, o atual modelo de classificação de risco do BNDES
não leva em conta o risco específico relativo ao setor em que atua a empresa objeto de
avaliação.
A Metodologia de Classificação de Risco das Agências Classificadoras
Dentre as agências de “rating” independentes mais conhecidas internacionalmente, a Standard
& Poor’s é a que disponibiliza publicamente os textos de melhor qualidade sobre metodologia
de classificação de risco.
24
Para a Standard & Poor’s, “... a avaliação da qualidade de crédito corporativo segue uma
metodologia padrão de ‘rating’: o risco do setor ao qual a empresa pertence e sua posição
competitiva são avaliados em conjunto com seu perfil financeiro e suas políticas” (KATZ,
2002).
A metodologia utilizada pelas agências de classificação de risco internacionais para a
determinação do “rating” de um emissor não se limita, pois, a uma avaliação de seu risco
financeiro, a partir da apuração e exame de várias medidas financeiras. Ela requer,
adicionalmente, uma revisão detalhada dos fundamentos do negócio, com a formação de uma
opinião sobre a posição competitiva da empresa e uma avaliação de seu corpo administrativo
e de suas estratégias.
Por outro lado, respeitando as características do país onde se localiza seu cliente, as agências
de “rating” procuram também efetuar uma avaliação distinta dos riscos relacionados ao país,
no que diz respeito à capacidade de pagamento em moeda local e em moeda forte.
De acordo com a metodologia adotada pelas agências de classificação de risco internacionais
e, em particular, pela S&P, a avaliação do risco de um setor deve ter um grande peso para a
atribuição de um “rating” máximo. Entende a S&P que deva ser “... particularmente difícil
para uma empresa receber um ‘rating’ muito alto, caso (esta empresa) esteja inserida em um
setor cujo nível de risco seja avaliado acima da média, independente de quão conservadora
seja sua postura financeira” (KATZ, 2002). Neste sentido, “... para o mesmo nível de ‘rating’,
uma empresa com um perfil de negócio fraco terá de mostrar uma estrutura financeira mais
conservadora, enquanto a empresa com uma posição de risco de negócio mais conservadora
poderá manter uma postura financeira mais agressiva” (KATZ, 2002).
O problema da aquisição de conhecimento junto a especialistas
O problema da aquisição de conhecimento junto a especialistas é assunto objeto de ampla
bibliografia, na medida em que é considerado como um gargalo no processo de
desenvolvimento dos chamados sistemas especialistas, entendidos estes como os sistemas
informatizados que imitam a habilidade de um especialista humano na tomada de decisões.
25
“O termo imitar significa que o sistema especialista tem por objetivo atuar em todos os
aspectos como um especialista humano” (GIARRATANO & RILEY, 1998).
Em CHEN & OCCENA (1999), é descrito um processo de organização do conhecimento que
tem em vista facilitar a aquisição do conhecimento necessário para a definição das regras
lógicas referentes a um sistema especialista. O processo proposto consiste em três estágios:
identificação das fontes de conhecimento (especialistas, registros, dados experimentais ou de
testes, literatura relacionada, etc...); organização geral (obtenção dos termos usados para o
problema; organização dos termos segundo um determinado critério; geração das árvores
taxonômicas); e organização do conhecimento adquirido.
Na abordagem do tema referente à aquisição de conhecimento, WAGNER et al. (2001)
discorrem sobre as cinco técnicas de aquisição de conhecimento que, no seu entendimento, se
mostram empiricamente como as mais eficientes, procurando associá-las com as
características dos diferentes domínios dos problemas que elas pretendem resolver.
Dessa forma, uma determinada técnica de aquisição de conhecimento pode então vir a ser
associada com um determinado domínio de problema.
A opção feita, no âmbito da presente dissertação de mestrado, pela formulação e aplicação de
um Questionário junto a especialistas setoriais para a obtenção de conhecimento sobre um
setor corresponde, de certa forma, à associação de uma dessas técnicas de extração de
conhecimento – as chamadas técnicas de entrevista estruturadas, aqui entendidas como as
entrevistas cujas questões são previamente planejadas e ordenadas – com um domínio de
problema específico – no caso, o conhecimento sobre um determinado setor.
No âmbito da presente dissertação de mestrado, podem ser considerados como especialistas
tanto os conhecedores setoriais a serem entrevistados como os agentes decisórios, que, no
BNDES, serão os responsáveis pela definição do risco a ser atribuído a um determinado setor
da economia.
26
Quanto maior for a interação e participação dos agentes decisórios na concepção do modelo a
ser proposto para a avaliação do risco de um setor, menor será sua resistência à transferência
de conhecimento e maior o seu nível de comprometimento na fase de implementação da
proposta.
“As conclusões de um sistema especialista, com sua correspondente
capacidade explanativa, são apresentadas ao especialista para avaliação.
O especialista pode concordar ou discordar dos resultados apresentados.
Se ele concorda, a sessão com o sistema acaba e a conclusão é estocada em
um banco de dados. Se ele não concorda, ele oferece o seu próprio
diagnóstico. O especialista pode discordar tanto das conclusões do sistema
especialista como das correspondentes justificativas, ou com ambos”
(DIAMANTIDIS & GIAKOUMAKIS, 1999).
Neste sentido, a transparência e a capacidade de explanação de um sistema especialista ou de
um modelo para determinação do risco de um setor são fundamentais. “Por causa do seu
grande potencial de dano, um sistema especialista deve ser perfeitamente capaz de justificar
suas conclusões, da mesma forma que um especialista humano poderia explicar como chegou
a uma determinada conclusão” (GIARRATANO & RILEY, 1998).
Os Métodos de Apoio Multicritério à Decisão.
Tendo em vista a elaboração da presente dissertação de mestrado e para efeito da obtenção do
conhecimento necessário relativo a métodos de apoio multicritério à decisão, foram objeto de
pesquisa e leitura textos de diferente natureza.
Alguns textos, mais gerais, dizem respeito à questão do processo de decisão em si, definindo
os conceitos e agentes nele envolvidos e descrevendo, então, em um nível mais superficial, os
diferentes métodos e escolas existentes para a tomada de decisão referente a um problema que
envolve várias alternativas e critérios.
A leitura de tal tipo de textos permite, por exemplo, identificar se um determinado método de
apoio multicritério à decisão pertence à chamada Escola Americana ou à Escola Francesa,
27
considerando-se para tanto, por exemplo, a base teórica nele utilizada, os conceitos
envolvidos e a existência ou não de um critério único de síntese.
Os métodos mais conhecidos – AHP, MAUT e SMART, na Escola Americana, e ELECTRE,
na Escola Francesa – são objeto de textos específicos e, na maioria dos casos, já contam,
inclusive, com “softwares” desenvolvidos.
O conhecimento detalhado de tais métodos só tem sentido para aquele método que tiver sido
previamente escolhido para o desenvolvimento da dissertação de mestrado. No caso, a opção
feita pelo ELECTRE TRI demandou tanto a leitura de textos mais gerais, referentes aos
conceitos adotados nos diferentes métodos ELECTRE, como também de textos mais
detalhados e específicos sobre o método ELECTRE TRI, inclusive o tutorial disponível sobre
o seu respectivo aplicativo.
Por ocasião de uma comparação entre duas alternativas, cabe registrar que, nos métodos
ELECTRE, em contraposição aos métodos da Escola Americana, se faz uso de um sistema de
relações preferenciais mais amplo, onde, além das noções de indiferença e de preferência
estrita – já contempladas na Teoria da Decisão Clássica – se adicionam as de
incomparabilidade e preferência fraca.
O sistema de relações preferenciais assim constituído dá, então, suporte, nos métodos
ELECTRE, à noção de superação (“surclassement”) de uma alternativa em relação à outra,
podendo-se, então, afirmar que uma determinada alternativa supera uma outra, quando “...
existem razões claras e positivas que justificam seja uma preferência seja uma presunção de
preferência a favor de uma (bem identificada) das duas alternativas, mas sem que haja
nenhuma separação significativa entre elas” (GOMES, 2004).
Os métodos ELECTRE, diferentemente daqueles da Escola Americana, procuram comparar
as alternativas duas a duas, de forma a verificar se uma delas supera ou não a outra e, ao assim
proceder para todas as alternativas, poder, então, ordená-las, classificá-las ou selecioná-las.
Por outro lado, “... os métodos ELECTRE consideram os pesos como uma medida da
importância que cada critério tem para o decisor e não como uma taxa marginal de
28
substituição, visto que as avaliações de cada alternativa nos diferentes critérios não se reúnem
em uma avaliação global” (GOMES, 2004): não está presente, pois, nos métodos ELECTRE,
o critério único de síntese, característico dos métodos da Escola Americana.
A opção feita no âmbito da presente dissertação de mestrado pelo método ELECTRE TRI
considerou essas características mais gerais dos métodos ELECTRE, que se entende sejam
mais apropriadas para uma adequada avaliação do problema em foco.
A noção de superação (“surclassement”) sempre presente no método ELECTRE por ocasião
da comparação entre duas alternativas constitui a base para a escolha do ELECTRE TRI,
quando se considera a problemática de classificação de um setor em uma determinada
categoria de risco.
A comparação de uma determinada alternativa (setor a ser avaliado) com duas outras
previamente determinadas (setores de referência), que reflitam as “fronteiras” entre as
Categorias de setores de riscos alto, médio e baixo, permite, no âmbito do método ELECTRE
TRI, associar um determinado setor como sendo de risco alto, médio ou baixo. Neste sentido,
a “alocação”, no método ELECTRE TRI, de uma determinada alternativa em uma das
Categorias previamente estabelecidas levará em conta basicamente – a partir das definições
dos agentes decisores referentes aos níveis mais adequados para o nível de corte e para os
limites de indiferença, de preferência e de veto – o cálculo dos seguintes índices:
(i) Índices de concordância e índices de discordância referentes a cada um dos
critérios;
(ii) Índice de concordância global referente a cada uma das comparações de
alternativas efetuadas; e
(iii) Índices de credibilidade referentes a cada uma das comparações de alternativas
efetuadas.
29
Diagnóstico Setorial e Estratégia Empresarial
Os conceitos desenvolvidos por Porter (PORTER, 1986) para a análise de um setor
influenciaram sobremaneira as metodologias de classificação de risco atualmente utilizadas
tanto pelas agências classificadoras independentes como pelo próprio BNDES.
A metodologia proposta por Porter para se efetuar uma análise setorial – baseada na
observação do comportamento das cinco forças competitivas que, segundo ele, estão sempre
presentes em um setor – serviu então de base para a definição dos critérios a serem levados
em conta em uma avaliação de risco setorial e, conseqüentemente, para a formulação das
perguntas componentes do Questionário a ser aplicado junto a um especialista setorial.
Segundo Porter, “... as cinco forças competitivas – entrada, ameaça de substituição, poder de
negociação dos compradores, poder de negociação dos fornecedores e rivalidade entre os
atuais concorrentes – refletem o fato de que a concorrência em uma industria não está limitada
aos participantes estabelecidos. Clientes, fornecedores, substitutos e os entrantes potenciais
são todos ‘concorrentes’ para as empresas na industria, podendo ter maior ou menor
importância, dependendo das circunstâncias particulares” (PORTER, 1986)
1.5. RESULTADOS ESPERADOS
A expectativa existente com a presente dissertação de mestrado é a de se conceber uma
metodologia de avaliação de risco setorial que possa ser facilmente utilizada pelo BNDES
para efeito das avaliações de risco de empresas que realiza.
Na concepção de tal metodologia, dever-se-á considerar que sua adoção pelo BNDES não
poderá implicar em nenhum problema de solução de continuidade nas atividades atualmente
desenvolvidas na instituição com relação à avaliação de risco de empresas.
Entende-se que a consideração pelo BNDES da variável risco setorial, para efeito da
avaliação de risco de uma empresa, venha a representar para a instituição um ganho de
30
qualidade, que, no final das contas, se materializará na obtenção de um maior nível de retorno
financeiro.
A utilização pelo BNDES de um método de apoio multicritério – ELECTRE TRI, no caso –
como fornecedor de uma informação adicional, a ser ou não levada em conta pelos agentes
decisores, é correta do ponto de vista científico e pode vir a se constituir em um embrião para
futuras utilizações pela instituição dos métodos de AMD, em outros tipos de atividades.
De alguma forma, procurou-se incorporar, na presente dissertação, a importância concedida
por Belton (BELTON & STEWART, 2002) à integração de métodos mais simples com
métodos teoricamente mais sofisticados.
“A despeito de sua simplicidade, no entanto, muitas dessas abordagens
contêm esclarecimentos que podem não emergir diretamente da prática
padrão da Análise Multicritério à Decisão, de tal forma que, para os
praticantes da Análise Multicritério à Decisão, há muito a aprender com
essas outras escolas de pensamento” (BELTON & STEWART, 2002).
“Nós acreditamos que a integração, em muitas diferentes formas, é
essencial para o crescimento e sucesso da Análise de Decisão
Multicritério” (BELTON & STEWART, 2002).
“… uma abordagem integrada deve reconhecer a tensão entre estes
aspectos práticos, por um lado, e o desejo por metodologias teoricamente
sofisticadas, por outro lado” (BELTON & STEWART, 2002).
“... uma abordagem integrada proverá uma base para pesquisa que
beneficia diretamente o campo como um todo, proverá uma linguagem
comum para facilitar a comunicação entre pesquisadores e praticantes no
campo, e proverá os praticantes do futuro com uma bagagem de
ferramentas mais ampla e mais poderosa” (BELTON & STEWART, 2002).
Espera-se, pois, poder-se vir a propor ao BNDES a adoção de um modelo bastante flexível,
em que, como ponto de partida, sempre deverá prevalecer a posição final de um grupo
31
decisor, observados o resumo das informações conseguidas com as entrevistas realizadas, a
pontuação global então obtida pelo setor e o resultado decorrente da utilização do ELECTRE
TRI. A expectativa, então, é de que, com a continuidade das atividades ao longo do tempo,
esse grupo decisor possa vir a se convencer da pertinência de uma utilização automática do
método de AMD proposto, como contraponto à forma concebida, pelo próprio grupo, para sua
tomada de decisão final.
32
22.. RREEFFEERREENNCCIIAALL TTEEÓÓRRIICCOO SSOOBBRREE AAMMDD--AAPPOOIIOO MMUULLTTIICCRRIITTÉÉRRIIOO ÀÀ
DDEECCIISSÃÃOO
2.1. O PROCESSO DECISÓRIO E O AMD
“Uma decisão precisa ser tomada sempre que estamos diante de um
problema que possui mais de uma alternativa para sua solução. Mesmo
quando, para solucionar um problema, possuímos uma única ação a tomar,
temos as alternativas de tomar ou não essa ação” (GOMES et al, 2002).
“Em sua dimensão mais básica, um processo de tomada de decisão pode
conceber-se como a eleição por parte de um centro decisor (um indivíduo
ou um grupo de indivíduos) da melhor alternativa entre as possíveis”
(GOMES et al, 2002).
“A teoria da decisão é uma teoria que trata de escolhas entre alternativas”
(GOMES et al, 2002).
O estudo do problema de decisões a partir dos chamados métodos de apoio multicritério à
decisão “... não procura apresentar ao decisor ou decisores uma solução para o problema,
elegendo uma única verdade representada pela alternativa escolhida. Pretende, conforme seu
nome sugere, apoiar o processo de decisão ao recomendar ações ou cursos de ação a quem vai
tomar decisão“ (GOMES et al, 2004).
“… é um mito que a Análise Multicritério de Decisão pode dar a resposta
‘certa’, simplesmente porque tal coisa não existe; ao invés disso, o objetivo
de uma boa Análise Multicritério de Decisão é facilitar o aprendizado do
tomador de decisão a respeito das muitas facetas de um problema, de forma
a ajudá-lo a identificar o melhor caminho a ser seguido” (BELTON &
STEWART, 2002).
33
O Apoio Multicritério à Decisão, através de seus vários métodos, é o meio pelo qual se
procura efetuar uma adequada simbiose entre a qualidade da informação disponível e a
qualidade do apoio para uma tomada de decisão (GOMES et al, 2002).
“Nas decisões em grupo, as preferências individuais podem ser
combinadas, de modo a resultar em uma decisão do grupo” (GOMES et al,
2002).
“A decisão do grupo é, assim, conseqüência de um intercâmbio de decisões
entre os membros do grupo, do qual emana a negociação de propostas
aceitáveis. Se o compromisso é obtido, elas são automaticamente
acordadas” (Gomes e Moreira, 1998 in GOMES et al, 2002).
“A metodologia multi-objetivo ou multicritério possui dois grandes ramos:
o ramo contínuo da decisão multicritério, conhecido como programação
multi-objetivo ou otimização vetorial, que se ocupa de problemas com
objetivos múltiplos, nos quais as alternativas podem adquirir um número
infinito de valores;
o ramo discreto ou decisão multicritério discreta (DMD), que analisa
problemas nos quais o conjunto de alternativas de decisão é formado por
um número finito e geralmente pequeno de variáveis” (GOMES et al, 2004).
“Os Métodos de Apoio Multicritério procuram esclarecer o processo de
decisão, tentando incorporar os julgamentos de valores dos agentes, na
intenção de acompanhar a maneira como se desenvolvem as preferências, e
entendendo o processo como aprendizagem” (GOMES et al, 2002).
“O trabalho de estruturação visa à construção de um modelo mais ou
menos formalizado, capaz de ser aceito pelos decisores como um esquema
de representação e organização dos elementos primários de avaliação, que
possa servir de base à aprendizagem, à investigação, à comunicação e à
discussão interativa com e entre os decisores” (GOMES et al, 2002).
34
“Os métodos e metodologias do AMD auxiliam os decisores a compreender
e a explicitar suas preferências junto às alternativas” (EARLEY et al, 2002
in GOMES et al, 2002).
“Os sistemas de suporte (ou apoio) à decisão agilizam sugestões com base
em algoritimos implementados via programação em computadores, porém
toda essa tecnologia seria de pouca validade se se esquecesse a
subjetividade inerente ao processo humano de tomada de decisão, ... objeto
de estudo do AMD” (GOMES et al, 2002).
“... a eficiência na tomada de decisão consiste na escolha da alternativa
que, tanto quanto possível, ofereça o(s) melhor(es) resultado(s); na
impossibilidade de escolher-se a melhor alternativa, devemos buscar o
conjunto de alternativas não dominadas (Ótimo de Pareto)... “
(GOMES et al, 2002).
“O AMD é um enfoque utilizado como elemento central da análise de
decisões. Como tal lança mão de informação sobre o problema, tendo como
característica principal a análise de várias alternativas ou ações, sob
vários pontos de vista ou critérios. Para fazer essa análise, os decisores
freqüentemente têm de comparar as alternativas presentes no processo
decisório.
Assim, com o AMD propõe-se a clarificação do problema e a tentativa de fornecer respostas
para as questões levantadas em um processo decisório, segundo modelos definidos e claros. À
medida que a complexidade dos problemas vai aumentando, a análise do ponto de vista de um
único critério de julgamento das alternativas – também chamada ‘análise monocritério’ – não
tem sentido e faz-se a abordagem de problemas envolvendo vários pontos de vista pela
abordagem mais rica que constitui o AMD” (GOMES et al, 2002).
Uma metodologia de apoio à decisão “... deve ser baseada, acima de tudo, no bom senso, na
experiência e em técnicas de cálculo práticas e elementares, de forma a que retrate situações
complexas pelo uso de modelos que permitam melhor compreensão da realidade” (GOMES et
al, 2002).
35
“O AMD – Apoio Multicritério à Decisão não busca, portanto, uma solução
ótima para determinado problema, como acontece na Pesquisa Operacional
tradicional, mas uma solução de compromisso, em que deve prevalecer o
consenso entre as partes envolvidas” (GOMES et al, 2002).
“Os problemas complexos da tomada de decisões são comuns em uma
infinidade de áreas, tanto públicas quanto privada e desde tempos remotos
o homem tenta resolvê-los, apoiando em abstrações, heurísticas e
raciocínios dedutivos, a fim de guiar e validar suas escolhas. Tais
problemas podem se caracterizar por possuir, isoladamente ou em
conjunto, as seguintes características principais:
o os critérios definidos para a resolução do problema são, no mínimo,
dois, que conflitam entre si;
o a solução do problema depende de um conjunto de pessoas, cada uma
com seu próprio ponto de vista, muitas vezes conflitante com as demais
pessoas;
o alguns dos critérios são quantificáveis, enquanto outros somente o são
por meio de juízos de valor efetuados sobre uma escala;
o a escala para um determinado critério pode ser cardinal, verbal ou
ordinal, dependendo dos dados disponíveis e da própria natureza dos
critérios”. (GOMES et al, 2004).
2.2. OS COMPONENTES DE UM MODELO DE DECISÃO MULTICRITÉRIO
2.2.1. PROBLEMA E TIPOS DE PROBLEMÁTICA
“Quando a escolha de uma determinada alternativa depende da análise de
diferentes pontos de vista ou ‘desejos’, denominados critérios, o problema
de decisão é considerado um problema multicritério” (GOMES et al, 2002).
36
Quando o conjunto de alternativas de um problema é finito, o problema de decisão é
denominado discreto. Caso contrário, ele é dito contínuo (GOMES et al, 2002).
“No contexto do apoio à decisão, o resultado pretendido em determinado problema pode ser
identificado entre quatro tipos de problemática de referência, descritas a seguir:
a. Problemática .P : tem como objetivo esclarecer a decisão pela escolha de um
subconjunto tão restrito quanto possível, tendo em vista a escolha final de uma única
ação.Esse conjunto conterá as ‘melhores ações’ ou as ações ‘satisfatórias’. O
resultado pretendido é, portanto, uma escolha ou um procedimento de seleção;
b. Problemática .P : tem como objetivo esclarecer a decisão por uma triagem
resultante da alocação de cada ação a uma categoria (ou classe). As diferentes
categorias são definidas a priori com base em normas aplicáveis ao conjunto de
ações. O resultado pretendido é, portanto, uma triagem ou um procedimento de
classificação;
c. Problemática .P : tem como objetivo esclarecer a decisão por um arranjo obtido
pelo reagrupamento de todas ou parte (as mais satisfatórias) das ações em classes de
equivalência. Essas classes são ordenadas de modo completo ou parcial, conforme as
preferências. O resultado pretendido é, portanto, um arranjo ou um procedimento de
ordenação;
d. Problemática .P : tem como objetivo esclarecer a decisão por uma descrição, em
linguagem apropriada, das ações e de suas conseqüências. O resultado pretendido é,
portanto, uma descrição ou um procedimento cognitivo” ( GOMES et al, 2002).
Em suma, “... dado um problema de decisão, uma das seguintes problemáticas é abordada pela
DMD – Decisão Multicritério Discreta:
Problema tipo (P): selecionar a ‘melhor’ alternativa ou as ‘melhores’ alternativas;
Problema tipo (P): aceitar alternativas que parecem ‘boas’ e descartar as que
parecem ‘ruins’, ou seja, realizar uma classificação das alternativas;
37
Problema tipo (P): gerar uma ordenação das alternativas;
Problema tipo (P): realizar uma descrição das alternativas."
(GOMES et al, 2004).
"Estas problemáticas não são independentes entre si, pois parece lógico
pensar que a ordenação das alternativas (P) pode servir de base para
resolver problemas de seleção de melhor alternativa (P)”
(GOMES et al,2004).
2.2.2. AS ALTERNATIVAS
No processo de decisão, o decisor irá se deparar com um conjunto de alternativas, as quais se
presume sejam diferentes, exaustivas e excludentes. “A exaustividade das Alternativas supõe
que, se o decisor introduz uma nova alternativa ao conjunto de escolha, em princípio, deverá
reformular o modelo com o novo conjunto...” (GOMES et al, 2004).
“... a alternativa selecionada dependerá, em última instância, da
informação introduzida pelo decisor no processo. Essa informação, em
forma de juízos de valor, é fundamentalmente subjetiva e obedece à
estrutura interna de preferências do decisor” (GOMES et al, 2004).
2.2.3. OS ATORES DE UM PROCESSO DECISÓRIO
O Decisor corresponde a um “... indivíduo ou grupo de indivíduos que, direta ou
indiretamente, proporciona o juízo de valor final que poderá ser usado no momento de avaliar
as alternativas disponíveis, com o objetivo de identificar a melhor escolha” (GOMES et al, 2004).
“(O Decisor)... pode envolver indivíduos encarregados de analisar uma
decisão, ainda que esta seja tomada posteriormente, segundo
procedimentos que estes indivíduos desconhecem ou, inclusive,
desaprovam” (GOMES et al,2004).
38
O(s) Facilitador(es) “... é (são) um (os) líder(es) experiente(s) que deve(m) focalizar a(s)
sua(s) atenção(ões) na resolução do(s) problema(s), coordenando os pontos de vista do(s)
decisor(es), mantendo o(s) decisor(es) motivado(s) e destacando o aprendizado no processo
de decisão. Tem como papel esclarecer e modular o processo de avaliação e/ou negociação
conducente à tomada de decisão” (GOMES et al, 2002).
O Analista é uma pessoa (ou conjunto de pessoas ou equipe de trabalho) que, ao ser
encarregada de modelar o problema, “... desempenha um papel fundamentalmente objetivo,
auscultando as opiniões do decisor, tratando-as da maneira mais objetiva possível e
transferindo-as ao modelo para posterior utilização” (GOMES et al, 2004).
“Muito freqüentemente, o analista será um único indivíduo, que irá tanto
guiar e facilitar a exploração e o pensamento scobre os problemas
(estruturação e análise), como implementar os métodos de Análise
Multicritério de Decisão usando um ‘software’ pertinente”
(BELTON & STEWART, 2002).
2.2.4. ATRIBUTOS / CRITÉRIOS
As características que devem ser levadas em conta pelo agente decisor para efetuar uma
escolha sobre um conjunto de alternativas potenciais são denominadas Atributos. Quando a
esses Atributos acrescenta-se um mínimo de informação relativa às preferências desse agente
decisor, eles se convertem em Critérios (GOMES et al, 2002).
Quando se acrescenta a um Atributo (por exemplo, o “preço”, na decisão referente à compra
de um carro) uma informação referente às preferências do decisor ("ser a menor possível", por
exemplo), diz-se que esse Atributo passou a corresponder a um Critério. “Assim, de alguma
maneira, um Critério torna explicitas e operativas as preferências de um decisor quanto às
alternativas para um determinado Atributo” (GOMES et al, 2004).
39
“Formalmente, um critério g é uma função com valores reais definida sobre
um conjunto de ações potenciais A, de tal sorte que é possível se pensar ou
descrever o resultado da comparação entre duas ações a e b, segundo este
critério, a partir da comparação de dois números g(a) e g(b). Ao critério g
é associada, portanto, uma escala Eg, constituída de um conjunto ordenado
de valores reais, possíveis de serem assumidos por esta função. Desta
forma, um critério g pode ser visto como um modelo, a partir do qual é
possível, por exemplo, fundamentar uma proposição do tipo:
g(b) > g(a) b Pg a,
onde Pg é uma relação binária com o conteúdo semântico ‘é preferível a,
relativamente às dimensões levadas em conta na definição de g’ ”
(SANTOS, 2004).
2.2.4.1. Tipos de Critérios (Quantitativos x Qualitativos)
“Os critérios de decisão podem ser quantitativos, quando correspondem a
atributos como preço, velocidade, área e outros, que são avaliados segundo
escalas numéricas bem definidas, ou qualitativos, como conforto,
qualidade, impacto ambiental e outros, para os quais não existem unidades
de medida definidas. A depender das pré-ordens estabelecidas a partir das
preferências do agente de decisão, os critérios podem ter, em um dado
problema, um sentido de maximização ou de minimização”
(GOMES et al, 2002).
2.2.4.2. Mensuração dos Critérios
2.2.4.2.1 Escala
É possível pensar ou descrever o resultado da comparação entre duas alternativas com base na
comparação de dois números. A um critério pode ser associada, portanto, uma Escala
40
constituída de um conjunto ordenado de valores reais, possíveis de serem assumidos
(GOMES et al, 2002).
“A Escala de avaliação é usada para quantificar critérios ou atributos, ou
quaisquer fatores que possam ser ordenados de forma subjetiva
(qualitativa) ou quantitativa. Uma vez escalonado o julgamento, uma
medida quantitativa pode (ou deve) ser incorporada na análise”
(GOMES et al, 2002).
2.2.4.2.2 Normalização
Quando “... as escalas utilizadas na avaliação das alternativas são bastante heterogêneas, é
necessário que esses valores sejam normalizados, critério a critério, para que possam ser
comparados” (GOMES et al, 2002).
2.2.4.3. Pesos dos Critérios
“As medidas que expressam a importância relativa entre os critérios são
denominadas pesos dos critérios” (GOMES et al, 2002).
“A matriz de decisão, juntamente com o vetor de pesos, constitui toda a
informação necessária, em princípio, para a resolução dos problemas
multicritérios discretos” (GOMES et al, 2002).
“Para o decisor, em geral e em razão de suas preferências, alguns atributos
terão maior importância que outros. A medida da importância relativa dos
atributos para o decisor denomina-se peso ou ponderação”
(GOMES et al, 2004).
41
2.2.4.4. Técnicas para Atribuição de Pesos
“... a atribuição de valores aos pesos dos critérios deve ser bastante
cuidadosa, tendo em vista sobretudo o caráter subjetivo desta tarefa. Afinal,
os pesos devem refletir, o mais fielmente possível, as preferências do agente
de decisão” (SANTOS, 2004).
“Existem diversa técnicas para atribuição de pesos aos critérios, algumas
diretas e outras envolvendo métodos mais sofistificados. Como exemplo de
técnicas diretas, podem ser citadas:
a. ordenação simples: o agente de decisão deve priorizar os critérios na
ordem de sua preferência. Ao critério menos importante associa-se o
valor 1, ao penúltimo, o valor 2, e assim sucessivamente. Ao critério
mais importante, deve-se então associar o valor n. Posteriormente, os
valores devem ser normalizados para que a soma seja igual a 1;
b. taxação simples: o agente de decisão deve valorar cada peso, utilizando
uma escala de medida previamente escolhida (0 a 5, 0 a 10, 0 a 100, por
exemplo). Posteriormente, os valores devem ser normalizados”
(GOMES et al, 2002).
“Entre as técnicas mais sofistificadas, podemos citar, como exemplo, o
método que utiliza o conceito de auto vetor dominante de uma matriz de
comparações binárias entre os critérios. Esta técnica é utilizada no método
AHP (Saaty, 1994)” (GOMES et al, 2002).
2.2.4.5. Axiomas de uma Família de Critérios
“Para que uma Família de Critérios F possa desempenhar adequadamente
sua função de apoiar um processo decisório, estabelecendo preferências
sobre um conjunto de ações potenciais, três axiomas básicos de coerência
precisam ser respeitados. São eles os axiomas de exaustividade, da coesão e
da não redundância...” (GOMES et al, 2002).
42
Os Axiomas de Exaustividade, Coesão e Não Redundância podem ser assim conceituados:
Axioma de Exaustividade: uma Família de Critérios atende ao axioma da exaustividade “... se
os critérios escolhidos estão representando todos os atributos que devem realmente ser
considerados no problema” (SANTOS, 2004).
Axioma da Coesão: “... sejam a e b ações potenciais ligadas por uma relação segundo a qual
a é pelo menos tão boa quanto b (a P b, a Q b ou a I b). Se, por um motivo qualquer, ocorrer
aumento na performance de a, segundo um critério gk, permanecendo inalteradas as demais
performances gj(a), j k, então a ação a* assim obtida é tal que a sua relação com b se
processa pelo menos no mesmo nível de intensidade anteriormente existente, ocorrendo ou
não depreciação de alguma performance de b” (SANTOS, 2004).
Axioma da Não Redundância: “... considere-se um critério gk de F e a família F\{gk}
deduzida de F retirando-se este critério. Admita-se que os n-1 critérios de F\{gk} sejam
suficientes para prover a esta nova família o papel inicial de F. Diz-se então que gk é um
critério redundante, isto é, a sua retirada define uma família F\{gk} que satisfaz as duas
exigências de exaustividade e coesão. Ou seja, gk é fortemente dependente dos n-1 critérios
que constituem F\{gk}” (SANTOS, 2004).
Assim, uma Família de Critérios deve:
“... ( i ) verificar os axiomas de exaustividade, coesão e não redundância;
( ii ) possuir todos os pontos de vista julgados importantes, ou seja a
quantidade de critérios deve ser completa e exaustiva e deve conter
todos os critérios julgados relevantes para a decisão final
(exaustividade);
( iii ) ser operacional: a classificação das alternativas nesses critérios deve
permitir seu manuseio por algoritimos (exaustividade);
43
( iv ) ter as preferências parciais modeladas em cada critério, e cada
preferência deve estar de acordo com as preferências globais,
segundo Bouyssou (1996) (coesão);
( v ) ser coesa: estar de acordo com o objetivo (coesão);
( vi ) ser legítima e consistente: deve representar de forma clara e correta o
juízo de valores do(s) decisor(es) (coesão);
( vii ) excluir redundância, ou seja, um aspecto abordado por um critério
não poderá aparecer em outro critério; os critérios devem apresentar
independência para evitar a contagem dupla, segundo Bouyssou
(1996) (não redundância)”(GOMES et al, 2002).
2.2.4.6. Independência entre os Critérios
É desejável que uma Família de Critérios seja constituída de critérios independentes. A noção
de independência dos critérios está relacionada com três aspectos distintos: o primeiro diz
respeito à isolabilidade de cada critério, o segundo diz respeito à separabilidade de cada
subconjunto de critérios e o terceiro diz respeito à ausência de fatores que influenciam
conjuntamente vários critérios (independência de ordem estrutural).
No que diz respeito à isolabilidade de cada critério, a comparação entre duas alternativas
quaisquer, segundo um determinado critério, deve ser feita considerando-se apenas suas
respectivas performances segundo esse critério. Isto é, nenhum outro fator que não tenha sido
incluído no critério em que está sendo feita a comparação deve vir a influenciar o resultado
dessa comparação.
Um subconjunto de uma família de critérios é dito preferencialmente independente se as
preferências entre as alternativas que não diferem a não ser por suas performances segundo os
critérios desse subconjunto independem das performances segundo os critérios do
subconjunto complementar.
44
Numa Família de Critérios, podem existir dois ou mais critérios que apresentam uma ligação
de ordem estrutural. Esta ligação pode ser devida à presença de fatores (explícitos e/ou
implícitos) suscetíveis de influenciar conjuntamente as performances desse dois ou mais
critérios, ocasionando certa redundância. (GOMES et al, 2002).
“... quando os critérios são bem definidos e não redundantes, a hipótese de
independência entre os atributos é aceitável para alguns autores. Os
critérios devem preferencialmente ser independentes para que o decisor
expresse realmente preferências em um, sem referir-se a outros.
Informalmente, podemos dizer que a independência em preferências implica
a avaliação das ações de acordo com um critério sem a necessidade de se
referir a outro. A maioria dos métodos assume a hipótese de independência
em preferência” (GOMES et al, 2002).
2.3. A COMPARAÇÃO ENTRE AS ALTERNATIVAS DE UM MODELO
2.3.1. RELAÇÕES BINÁRIAS
“Com o objetivo de apoiar o processo decisório torna-se necessário
estabelecer certas condições que possam expressar as preferências do
agente de decisão quando da comparação entre duas ações potenciais.
Estas condições são definidas por relações binárias” (SANTOS, 2004).
Diante de duas alternativas, o tomador de decisão deve ser capaz de declarar qual delas
prefere, se ambas lhe resultam indiferentes ou se não consegue compará-las. “A expressão das
preferências do decisor, quando realiza comparações, é feita por Relações Binárias”
(GOMES et al, 2004).
Relações Binárias são as condições que permitem “... expressar as preferências do agente de
decisão quando da comparação entre duas ações potenciais” (GOMES et al, 2002).
As propriedades clássicas de uma Relação Binária são: reflexividade, irreflexividade,
simetria, assimetria e transitividade (GOMES et al, 2002).
45
“Para uma representação realista das preferências de um agente de
decisão, quando na comparação entre duas alternativas, há quatro
Relações Binárias Fundamentais:
Indiferença (I): existem razões claras e positivas que justificam uma equivalência entre as
duas alternativas. A relação binária I é simétrica e reflexiva;
Preferência Estrita (P): existem razões claras e positivas que justificam uma preferência
significativa em favor de uma das duas alternativas. A Relação Binária P é assimétrica e
irreflexiva;
Preferência Fraca (Q): existem razões claras e positivas que não implicam uma preferência
estrita em favor de uma das alternativas, mas essas razões são insuficientes para se deduzir
seja uma preferência estrita em favor da outra, seja uma indiferença entre essas duas
alternativas (essas razões não permitem isolar uma das duas situações precedentes –
Indiferença e Preferência Estrita – como sendo a única apropriada). A Relação Binária Q é
assimétrica e irreflexiva;
Incomparabilidade (R): não existem razões claras e positivas que justifiquem uma das três
situações precedentes. A Relação Binária R é simétrica e irreflexiva “(GOMES et al, 2002).
“... a relação aRb, incomparabilidade entre a e b, significa que o agente de
decisão não teve informações suficientes para que pudesse definir os
valores das alternativas a e b, o que não pode ser encarado como
indiferença (aIb)” (GOMES et al, 2002).
“Já a noção de preferência fraca, aQb, significa que o agente de decisão
tem a convicção de que a alternativa b é não preferível à alternativa a, não
bPa, mas se encontra relutante entre aPb e aIb” (GOMES et al, 2002).
Nos métodos Electre I e Electre II, as relações de preferência não são necessariamente
transitivas. Poderia, por exemplo, ocorrer aPb, bPc e aRc, o “... que seria justificado pelo fato
de as alternativas a e c terem muito em comum com a alternativa b, para justificar a
preferência, mas pouco em comum entre si, de tal modo que o agente de decisão se reserve
46
quanto à sua preferência. Quanto à incomparabilidade, podemos também supor que não há
nenhuma razão para que ela seja considerada transitiva” (GOMES et al, 2002).
As quatro Relações Binárias Fundamentais anteriormente citadas podem ser combinadas,
gerando algumas outras, dentre as quais cabe destacar a de Superação (S), na qual “... existem
razões claras e positivas que justificam uma preferência ou uma preferência fraca ou uma
indiferença entre as duas alternativas comparadas, mas sem que nenhuma separação
significativa seja estabelecida entre as situações de Preferência Estrita, de Preferência Fraca e
de Indiferença “ (GOMES et al, 2002). A Relação de Superação “... combina as situações de
preferência estrita, de preferência fraca e de indiferença, sem a possibilidade de distingui-las”
(GOMES et al, 2004).
2.3.2. A RELAÇÃO BINÁRIA DE SUPERAÇÃO
“Uma alternativa a é dita superar outra alternativa b, se, levando em conta
a informação disponível sobre o problema e as preferências dos tomadores
de decisão, há um argumento suficientemente forte para sustentar a
conclusão de que a é pelo menos tão boa quanto b e nenhum argumento em
contrário suficientemente forte” (BELTON & STEWART, 2002).
“… nós podemos dizer que a supera a alternativa b se há evidência
‘suficiente’ que justifique uma conclusão de que a é pelo menos tão boa
quanto b, levando-se em conta todos os critérios” (BELTON &
STEWART, 2002).
Pode-se dizer que uma alternativa a supera uma alternativa b ( aSb ) quando essa alternativa a
é pelo menos tão boa quanto a alternativa b, ou seja:
aSb ( aPb ou aQb ou aIb ) (GOMES et al, 2002).
“Se é possível demonstrar que a é tão boa quanto, ou melhor, que b,
levando-se em conta um conjunto suficientemente grande de critérios, então
47
isto é considerado ser uma evidência em favor da afirmativa de que a
supera b (o ‘princípio da concordância’)” (BELTON & STEWART, 2002).
“Se b é fortemente preferível à a em um ou mais critérios, então isto é
considerado ser uma evidência contra a afirmativa de que a supera b (o
‘princípio da discordância’)” (BELTON & STEWART, 2002).
O Princípio da Concordância: “para uma relação aSbh (or bhSa) ser aceita, deve existir uma
maioria ‘suficiente’ de critérios em favor dessa afirmativa...” (MOUSSEAU et al, 2002).
O Princípio da Não Concordância: “quando as condições de concordância prevalecem,
nenhum dos critérios em minoria deve se opor à afirmativa aSbh (or bhSa) de um ‘modo muito
forte’ ” (MOUSSEAU et al, 2002).
As relações de superação são construídas com base nos princípios de concordância e de
discordância. Neste sentido, pode-se dizer que uma alternativa supera uma outra alternativa
quando:
a. uma maioria considerada suficiente de critérios apóia essa proposição
(princípio da concordância); e
b. a oposição da minoria de critérios não é considerada forte demais
(princípio da não discordância) (GOMES et al, 2002).
2.3.3. OS SISTEMAS RELACIONAIS DE PREFERÊNCIAS: ESCOLA AMERICANA X ESCOLA
FRANCESA
Segundo GOMES (2004), pode-se dizer que existe um Sistema de Relações de Preferências
de um decisor em relação a um conjunto de Alternativas se as Relações Binárias definidas
entre as Alternativas:
(i) podem ser consideradas como representações das preferências do decisor sobre as
alternativas;
48
(ii) são exaustivas, isto é, para qualquer par de alternativas verifica-se, pelo menos,
uma das Relações Binárias definidas;
(iii) são mutuamente excludentes, ou seja, para um par de alternativas nunca se
verificam duas relações distintas.
“A Teoria da Decisão Clássica fornece basicamente duas situações de
preferência, supostamente transitivas, designadas por preferência estrita (
P ) e por indiferença ( I ). Em outras palavras, a Teoria da Decisão
Clássica baseia-se no axioma da comparabilidade completa e transitividade
entre as alternativas” (GOMES et al, 2004).
Nos métodos da Escola Francesa, o sistema de preferências da Teoria da Decisão Clássica (P
e I) é incrementado com mais duas situações: incomparabilidade e preferência fraca,
compondo, dessa forma, o Sistema Fundamental de Relações de Preferência (SFRP)
(GOMES et al, 2004).
“Na Teoria da Decisão Clássica, é comum considerar transitivas as relações P e I, isto é, aIb e
bIc aIc e aPb e bPc aPc ” (GOMES et al, 2004).
É muito arriscado aceitar “... conforme se verifica na Teoria da Decisão Clássica que uma
diferença positiva entre as avaliações das alternativas a e b, g(a) – g(b), fosse
automaticamente traduzida como uma preferência de a em relação à b” (GOMES et al, 2004).
“Uma forma de delimitar com maior precisão as situações de preferência
consiste em estabelecer alguns parâmetros que funcionam como limites de
tolerância para a transição de uma situação de preferência a outra, quando
duas alternativas são comparáveis ” (GOMES et al, 2004).
Nos Métodos da Escola Francesa, “... o axioma clássico da comparabilidade completa e
transitividade cede lugar ao da comparabilidade parcial, que define as relações entre duas
alternativas (ou uma combinação de duas ou três) como uma das quatro relações descritas no
Sistema Fundamental de Relações de Preferência...” (GOMES et al, 2004).
49
“Em alguns casos, pode ser útil a combinação de duas ou três das situações
fundamentais... Os métodos Electre utilizam a combinação de superação”
(GOMES et al, 2004).
“... a superação significa uma combinação de três relações do Sistema
Fundamental de Relações de Preferência: Indiferença, Preferência Fraca e
Preferência Estrita” (GOMES et al, 2004).
…”Há dois aspectos chave na definição de uma relação de superação que a
distingue das relações de preferência correspondentes a funções de valor.
São eles:
A ênfase está na força da evidência (ou credibilidade) da afirmativa de que ‘a é pelo menos
tão boa quanto b’, ao invés de na força da preferência per si...
Segue-se do ponto imediatamente anterior que, mesmo quando nem a nem b superam uma à
outra, uma situação de indiferença não é necessariamente implicada. Ao se compararem
duas alternativas, então, quatro situações podem aparecer (em oposição às três implicadas
pela estrita aderência à função de valor): uma preferência definida por uma das alternativas
sobre a outra, indiferença, ou ‘incomparabilidade’ ”
(BELTON & STEWART, 2002).
2.3.4. ESTRUTURAS DE PREFERÊNCIAS: O LIMITE DE PREFERÊNCIA ( P ) E O LIMITE DE
INDIFERENÇA ( Q )
As principais Estruturas de Preferências sobre um conjunto de Alternativas são as seguintes:
Estrutura de Pré-ordem completa: “... corresponde à noção intuitiva de classificação com
possibilidade de empate” (GOMES et al, 2004). “A estrutura de pré-ordem completa supõe as
propriedades a seguir:
ausência de incomparabilidade;
transitividade de P (ou >) e de I (ou ~)” (GOMES et al,2004).
50
Estrutura de Pré-ordem parcial: “Uma estrutura de pré-ordem parcial generaliza a estrutura
de pré-ordem completa, já que admite a incomparabilidade na classificação, conservando a
transitividade” (GOMES et al, 2004).
Estrutura de Pseudo-ordem: “ Um sistema de relações de preferência do tipo ( I, Q, P )
possui uma estrutura de pseudo-ordem” (GOMES et al, 2004).
“No Modelo Verdadeiro-Critério se supõe que, a, b A:
a Pg b g(a) > g(b) e
a Ig b g(a) = g(b),
onde Pg é uma relação binária com o conteúdo semântico ‘é estritamente preferível a, segundo
o critério g’ e Ig é uma relação binária com o conteúdo semântico ’é indiferente a, segundo o
critério g’ ” (GOMES et al, 2004).
No Modelo Verdadeiro Critério, qualquer diferença de avaliação de duas alternativas com
relação a um determinado critério implica uma situação de preferência estrita, enquanto que a
situação de indiferença ocorre apenas quando as avaliações das duas alternativas assumem o
mesmo valor. “Neste tipo de modelo, o Sistema de Relações de Preferência ( P , I ) é uma pré-
ordem completa” (GOMES et al, 2004).
Para evitar que qualquer diferença de avaliação entre duas alternativas, por menor que seja,
implique uma situação de preferência estrita, o Modelo Quase-Critério contempla a existência
de um limite de indiferença ( q ) que representa o maior desvio de avaliação entre duas
alternativas compatível com uma situação de indiferença entre elas. “... o sistema de relações
de preferência ( P, I ) é uma quase ordem (se q for constante) ou uma ordem de intervalo (se q
for variável)” (GOMES et al, 2004).
51
“No Modelo Quase-Critério, supondo-se que g(a) > g(b), tem-se:
a Pg b g(a) - g(b) > q(g(b))
a Ig b g(a) - g(b) q(g(b))” (GOMES et al, 2004).
No Modelo Pseudo-Critério, “... para evitar a passagem brusca de indiferença à preferência
estrita, estabelece-se um modelo com dois limites, sendo um de indiferença q e o outro de
preferência estrita p. Assim como o limite de indiferença, o valor de p pode ser constante ou
variável” (GOMES et al, 2004). O Sistema de Relações de Preferência ( I, Q, P) de tal modelo
é uma pseudo-ordem.
“No Modelo Pseudo-Critério, supondo-se que g(a) g(b), tem-se:
a Pg b g(a) - g(b) > p(g(b))
a Qg b q(g(b)) < g(a) - g(b) p(g(b))
a Ig b g(a) - g(b) q(g(b))” (GOMES et al, 2004).
2.3.5. CARACTERÍSTICAS DOS PRINCIPAIS MÉTODOS DO TIPO ELECTRE
Os principais Métodos do tipo Electre e suas respectivas características são descritas na tabela
a seguir.
52
Características dos Principais Métodos do Tipo Electre
Método Tipo de Problema Tipo de Critério Pesos Veto
Electre I Seleção Verdadeiro Critério SIM SIM
Electre IS Seleção Pseudo Critério SIM SIM
Electre Tri Classificação Pseudo Critério SIM SIM
Electre II Ordenação Verdadeiro Critério SIM SIM
Prométhée Ordenação Pseudo Critério SIM SIM
Electre III Ordenação Pseudo Critério SIM SIM
Electre IV Ordenação Pseudo Critério NÃO SIM
(GOMES et al, 2002)
2.3.5.1. Limite de Veto
O Limite de Veto, que pode ser definido para cada critério, corresponde a um valor máximo
admitido para as diferenças de avaliação entre duas alternativas, a partir do qual não será
aceita a proposição aSb (GOMES et al, 2002).
2.3.5.2. Matriz de Performance
Na Matriz de Performance, cada linha expressa as avaliações ou performances de uma
determinada alternativa com relação a todos os critérios considerados, enquanto que cada
coluna, por sua vez, expressa as performances de todas as alternativas com relação a um
determinado critério (GOMES et al, 2002).
“As performances das alternativas podem ser obtidas por uma medida
direta lida sobre uma escala de unidades bem definidas, como no caso de
grandezas tais como custo, distância, tempo, etc, utilizadas no caso de
critérios quantitativos. As avaliações podem também ser feitas por
julgamentos de valor associados a uma escala ordinal ou cardinal
previamente escolhida, no caso de critérios qualitativos” (SANTOS, 2004).
53
2.3.6. O CONCEITO DE DOMINÂNCIA.
“Uma alternativa é considerada dominada quando existe uma outra
alternativa que a supera em um ou mais critérios e iguala-se aos demais; o
princípio da dominância é usado para eliminar uma alternativa que seja
claramente inferior à outra alternativa” (GOMES et al, 2002).
Uma alternativa a domina uma alternativa b, quando, em todos os critérios considerados, as
performances da alternativa a são pelo menos iguais às da alternativa b, ou seja, quando:
Fjbgag jj , (GOMES et al, 2002).
2.3.7. ÍNDICE DE CONCORDÂNCIA
A cada par de alternativas podemos associar um Índice de Concordância Global, que,
variando entre 0 e 1, mede a força dos argumentos em favor da afirmativa de que uma das
alternativas supera a outra (GOMES et al, 2002).
O Índice de Concordância Global representa a força dos argumentos favoráveis à afirmativa
de que uma alternativa a supera uma outra alternativa b (aSb) (GOMES et al, 2002).
A concordância ocorre “... quando um subconjunto significativo dos critérios considera a
alternativa a (fracamente) preferível à b” (GOMES et al, 2004).
2.3.8. ÍNDICE DE DISCORDÂNCIA
Na verificação de uma proposição do tipo aSb , podemos ter critérios em favor de b que
traduzam uma preferência tal de b sobre a que coloca em dúvida a afirmativa anterior. Nesse
caso, justificamos a definição de um Índice de Discordância Global que, também variando
54
entre 0 e 1, é tão maior quanto maior for a preferência de b sobre a, segundo ao menos um
critério (GOMES et al, 2002).
O Índice de Discordância procura levar em conta o fato de que pode existir pelo menos um
critério em favor da alternativa b que possa colocar em dúvida a afirmativa de que aSb
(GOMES et al, 2002).
O Índice de Discordância Global representa a força dos argumentos favoráveis à afirmativa de
que uma alternativa a não supera uma outra alternativa b (não aSb) (GOMES et al, 2002).
A discordância ocorre “... quando não há critérios em que a intensidade da preferência da
alternativa b em relação à a ultrapasse um limite aceitável” (GOMES et al, 2004).
2.4. MODELOS DE DECISÃO MULTICRITÉRIO
“O(s) ator(es) do processo de decisão que julgue(m) conveniente usar a metodologia
multicritério para auxiliá-lo(s) a estruturar seu(s) problema(s) e posteriormente priorizar /
escolher as alternativas factíveis deverá(ão):
a) definir e estruturar o problema;
b) definir o conjunto de critérios e/ou atributos que serão utilizados para classificar as
alternativas;
c) escolher se utilizará(ão) métodos discretos ou contínuos. Se optar(em) por métodos
discretos (concebidos para trabalhar com um número finito de alternativas), deverá(ão)
optar entre a Escola Francesa e a Escola Americana;
d) identificar o sistema de preferência do(s) decisor(es);
e) escolher o procedimento de agregação” (GOMES et al, 2002).
55
“O Modelo Construtivista:
f) facilita construir o modelo de preferências dos decisores, para o momento e a situação em
estudo, com o objetivo de fazer recomendações;
g) permite o envolvimento dos atores do processo de decisão durante todas as fases do
processo de apoio à decisão; as decisões são tradução dos valores dos decisores. Os atores
aprendem juntos sobre o problema enfocado;
h) permite levar em conta os aspectos subjetivos do grupo de decisores”(GOMES et al,
2002).
“O Modelo Prescritivista:
a) descreve primeiramente um modelo de preferências, para depois fazer prescrições com
base em hipóteses normativas que são validadas pela realidade descrita;
b) restringe o envolvimento dos atores do processo de decisão à estruturação do problema”
(GOMES et al, 2002).
Os juízos de valores “... são os elementos-chave para a construção de um modelo de apoio à
decisão. O Modelo de Apoio à Decisão visa modelar a importância que o decisor atribui aos
critérios, atributos, objetivos e alternativas. Esses valores são subjetivos, pois dependem de
cada pessoa” (GOMES et al, 2002).
Ao se utilizar um modelo de apoio à decisão, cabe lembrar que “... a) pessoas diferentes
podem interpretar o mesmo acontecimento de forma diferente e b) pensamentos, avaliações e
sentimentos não são imutáveis, são alterados após a assimilação de uma outra informação”
(GOMES et al, 2002). Neste sentido, as sugestões decorrentes da aplicação de um modelo de
apoio à decisão devem ser consideradas como válidas para um determinado período de tempo.
Ao longo do tempo, as sugestões do modelo podem vir a se alterar, em função de mudanças
nos juízos de valores dos decisores, disponibilidade de mais informações, alterações no meio
ambiente em que se situa o problema analisado, etc...
56
2.5. PAMC - PROCEDIMENTOS DE AGREGAÇÃO MULTI-CRITÉRIO: ESCOLA
AMERICANA X ESCOLA FRANCESA
“Um PAMC é uma regra que permite estabelecer, a partir de uma matriz de
performances (matriz de decisão) e de informações intercritérios, um ou
mais sistemas relacionais de preferência sobre um conjunto A de ações
potenciais. Os sistemas relacionais citados acima podem ser do tipo (I, P),
(I, Q, P), (I, P, R), (S, R), etc...” (SANTOS, 2004).
A Teoria da Utilidade Multiatributo assume que:
a) todos os estados são comparáveis. Não existe a incomparabilidade entre duas alternativas.
Permite duas formas de comparação entre alternativas: preferência e indiferença;
b) pressupõe a existência de transitividade na relação de preferência e na relação de
indiferença;
c) facilita o estabelecimento de hierarquias (GOMES et al, 2002).
“A Escola Americana utiliza modelos descritivistas e prescritivistas,
enquanto a Escola Européia usa modelos construtivistas”
(GOMES et al, 2002).
“ Quando um sistema relacional de preferência estabelecido exclui toda
relação de incomparabilidade (R) e satisfaz a propriedade transitiva,
dizemos que o Procedimento de Agregação Multicritério (PAMC) visa à
construção de um critério único de síntese. Os PAMC assim definidos dão
origem aos métodos que constituem a denominada Escola Americana do
Apoio Multicritério” (GOMES et al, 2002).
No PAMC da Escola Americana, o modelo de preferência global baseia-se em um critério
único de síntese, construído com base na agregação das performances obtidas em todos os
critérios. Nos PAMC assim definidos, fazemos a comparação entre as alternativas, de forma
57
global, com base nos valores obtidos para critério único de síntese. Quanto maior o valor
obtido no critério único de síntese, melhor será considerada a alternativa (GOMES et al,
2002).
Na Teoria da Utilidade Multiatributo, a relação de preferências básicas comporta apenas uma
situação de preferência ( P ) e uma situação de indiferença ( I ). “Na opinião do tomador de
decisões, duas alternativas quaisquer a e b podem ser comparadas, no sentido de que uma e
somente uma dessas afirmações é verdadeira:
a) a é preferível a b, aPb;
b) b é preferível à a, bPa;
c) a é indiferente à b, aIb.
Se a é preferível a b e b é preferível a c, então a deve ser preferível a c (transitividade de
preferência).Se a é indiferente a b e b é indiferente a c, então a deve ser indiferente a c
(transitividade da indiferença)” (GOMES et al, 2002).
“A construção de um critério único de síntese confere ao modelo de preferência global duas
propriedades que o caracterizam:
toda relação de incomparabilidade é excluída;
a propriedade transitiva é sempre satisfeita” (SANTOS, 2004).
“... a eliminação sistemática da relação de incomparabilidade é uma
característica bastante restritiva, nos problemas multicritério reais, tendo
em vista a qualidade, muitas vezes discutível, dos dados (performances das
alternativas) e a presença eventual de diversos atores com sistemas de
valores muito contrastantes” (SANTOS, 2004).
“Os PAMC que não utilizam um critério único de síntese são os que se
baseiam no conceito de relação de superação ou sobreclassificação S... “
(GOMES et al, 2002).
58
Nos Métodos da Escola Francesa, a modelagem de preferências:
a) permite ordenar (pelo menos parcialmente) as alternativas em termos relativos, não sendo
no entanto possível a indicação do mérito global de cada alternativa;
b) permite quatro formas básicas de comparação entre as alternativas (preferência forte,
preferência fraca, indiferença e incomparabilidade), além de cinco outras formas
combinadas, entre as quais se destaca a de sobreclassificação;
c) não necessita de uma função utilidade para caracterizar a dominância de uma alternativa
sobre outra, utilizando-se, para tanto, de comparações paritárias entre as alternativas;
d) não pressupõe transitividade: pressupõe subordinação e análise paritária
(GOMES et al, 2002).
“... caso o sistema relacional de preferência estabelecido permita a relação
de incomparabilidade ( R ) e não necessariamente satisfaça a propriedade
transitiva, dizemos que o PAMC visa à construção de uma relação de
superação (S). Os PAMC assim definidos dão origem aos métodos que
constituem a denominada Escola Francesa do Apoio Multicritério à
Decisão” (GOMES et al, 2002).
“A utilização da relação de superação confere ao modelo de preferência global duas
propriedades que o caracterizam e que o tornam bastante flexível:
a possibilidade de existir incomparabilidades entre alternativas;
a propriedade transitiva não é necessariamente respeitada” (SANTOS, 2004).
59
“Os métodos multicritério que utilizam o procedimento de agregação sem
critério único de síntese têm, portanto, como mecanismo básico as
comparações binárias entre alternativas, critério a critério... Estes métodos,
denominados do tipo ELECTRE, se diferenciam entre si em função do tipo
de problemática a que se propõem resolver, das informações inter-critérios
e intra-critérios utilizadas, bem como pela quantidade de relações de
sobreclassiflcação que são construídas e investigadas” (SANTOS, 2004).
Os PAMC de tais métodos se caracterizam por ser do tipo concordância-discordância. “Neste
tipo de PAMC, uma proposição do tipo a S b, a Q b, a P b ou a I b pode ser recusada, desde
que, segundo algum critério gj de C(bPa), a diferença gj(b) – gj(a) seja considerada muito
elevada. Nesta situação, um limite de veto(vj) deverá ser estabelecido para cada critério”
(SANTOS, 2004).
2.6. FATORES A SEREM CONSIDERADOS NA ESCOLHA DE UM MÉTODO.
“Tendo em vista a grande variedade de métodos multicritério existentes,
torna-se necessário que o analista ou 'homem de estudo' tenha uma visão
crítica dos mesmos, de forma a adequar a sua escolha às características do
problema em questão. Além de levar em conta, nessa opção, a problemática
objeto da decisão e os tipos de informações intercritérios e intracritérios
que serão utilizados, o analista de decisão deve analisar a conveniência de
se adotar um método baseado num procedimento de agregação com ou sem
critério único de síntese” (SANTOS, 2004).
“Onde os termos de referência e/ou cultura do grupo são tais que... o
objetivo principal é prover sumários sucintos, relacionando, para
tomadores de decisão em um nível mais elevado, os prós e os contras de
cursos alternativos de ação, então os métodos de superação... podem ser
particularmente úteis” (BELTON & STEWART, 2002).
60
“... Algumas condições que caracterizam um contexto favorável à utilização de método
baseado num PAMC sem critério único de síntese (Escola Francesa):
a) a existência de critérios qualitativos nos quais as diferenças de performances intercritérios
não tenham significado comparativo no que diz respeito a uma gradação de preferências;
b) a natureza dos critérios é fortemente heterogênea e acarreta a avaliação das performances
das alternativas nas mais diferentes escalas e unidades;
c) a compensação de uma perda segundo um critério representado por um ganho segundo
outro critério efetua-se de forma complexa e em ligação com sistemas de valores não
necessariamente considerados na modelagem do problema;
d) a necessidade de utilização de pseudocritérios para obtenção das preferências globais”
(GOMES et al, 2002).
2.7. ANÁLISE DE SENSIBILIDADE E ANÁLISE DE ROBUSTEZ
É importante “... a realização de uma Análise de Sensibilidade para
verificar de que forma as variações introduzidas nos parâmetros
característicos do método influenciam os resultados obtidos”
(GOMES et al, 2002).
“Uma Análise de Estabilidade tem por objetivo verificar a velocidade com
que uma solução se degrada a um nível predeterminado. Isto é, num
problema multicritério, a solução encontrada apresenta:
a) estabilidade fraca, se, após a análise de sensibilidade, a melhor solução
permanece dentro do conjunto de soluções não dominadas;
b) estabilidade forte, se, após a análise de sensibilidade, o conjunto de
soluções não dominadas não se altera” (GOMES et al, 2002).
61
Por outro lado, “... uma Análise de Robustez tem por objetivo verificar até que ponto, após
uma análise de sensibilidade, a pré-ordem encontrada no conjunto de soluções não dominadas
não se altera” (GOMES et al, 2002).
62
33.. RREEFFEERREENNCCIIAALL TTEEÓÓRRIICCOO SSOOBBRREE OOSS MMÉÉTTOODDOOSS EELLEECCTTRREE
“O objetivo (de um modelo de superação) não deve ser nem descrever o
que os tomadores de decisão fazem fazer, nem prescrever o que eles devem
fazer; a ênfase deve ser em dar suporte aos tomadores de decisão na
construção de suas preferências entre as alternativas sob consideração.
Como indicado anteriormente, uma filosofia construtivista é mais fácil e
utilmente incorporada em outras metodologias” (BELTON & STEWART,
2002).
Os Métodos da Escola Francesa de Apoio Multicritério à Decisão “... admitem um modelo
mais flexível do problema, pois não pressupõem, necessariamente, a comparação entre as
alternativas e não impõem ao analista de decisão uma estruturação hierárquica dos critérios
existentes” (GOMES et al, 2004).
“Os métodos Electre fazem parte dos denominados Métodos de Superação,
pois eles têm, como conceito teórico central, as relações de superação.
Esses métodos se diferenciam entre si pela problemática que tentam
resolver, pelas informações inter e intracritérios utilizadas e pela
quantidade de relações de superação construídas e pesquisadas”
(GOMES et al, 2004).
“O ponto de partida para a maioria dos métodos de superação é uma
matriz de decisão que descreve a performance das alternativas a serem
avaliadas com relação aos critérios identificados” (BELTON &
STEWART, 2002).
Nos métodos de superação, “… o produto de uma análise não é um valor para cada
alternativa, mas uma relação de superação em um conjunto de alternativas” (BELTON &
STEWART, 2002).
“… (nos modelos de superação) deve ser possível ordenar as alternativas
considerando-se um critério, independentemente das performances em
termos dos outros critérios” (BELTON & STEWART, 2002).
63
“Os métodos Electre consideram os pesos como uma medida da
importância que cada critério tem para o decisor, e não como uma taxa
marginal de substituição, visto que as avaliações de cada alternativa nos
diferentes critérios não se reúnem em uma avaliação global”
(GOMES et al, 2004).
Nos métodos de superação, “… aos critérios foram alocados pesos de modo que um valor
mais alto indica uma maior ‘importância’. Diferentemente dos pesos usados em funções de
valor, no entanto, estes não representem ‘trade-off’. A interpretação psicológica dos pesos não
é, de fato, muito bem definida, embora eles possam ser interpretados como uma forma de
‘poder de voto’ alocado a cada critério” (BELTON & STEWART, 2002).
O princípio de concordância é usualmente feito operacional por alguma forma de
procedimento de voto par a par baseado em pesos. Para cada critério é alocado um peso que
reflete a sua importância. Então, para cada par de alternativas a e b, cada critério na verdade
representa um ‘voto’ a favor ou contra a afirmativa de que ‘a é pelo menos tão boa quanto b’.
Os métodos de superação diferem entre si de acordo como este voto é exercido...”
(BELTON & STEWART, 2002).
“Em algum sentido, talvez, a proporção do total de votos que suporta a
afirmativa de que ‘a é pelo menos tão boa quanto b’ oferece uma medida de
concordância, ou seja, da evidência que dá suporte à afirmativa”
(BELTON & STEWART, 2002).
“O Princípio da Discordância permite que uma performance
suficientemente pobre em um critério particular possa vir a ‘vetar’ a
aceitação de uma alternativa, a despeito de quão bem tenha sido sua
performance nos outros critérios” (BELTON & STEWART, 2002).
Os métodos Electre, com exceção do Electre IV (ver tabela a seguir), empregam a informação
dos pesos com a finalidade de construir índices de concordância e/ou de discordância
(GOMES et al, 2004).
64
“Os métodos ELECTRE estão baseados na avaliação de dois índices,
nomeadamente o índice de concordância e o índice de discordância,
definidos para cada par alternativas a e b...” (BELTON & STEWART,
2002).
“O índice de concordância... mede a dimensão do suporte, fornecido pela
informação disponível, para a hipótese de que a é pelo menos tão boa
quanto b. O índice de discordância... mede a dimensão da evidência contra
esta hipótese” (BELTON & STEWART, 2002).
As características principais dos Métodos da Família Electre podem ser visualizadas na tabela
a seguir.
Tabela 3.1 - Versões dos Métodos da Família Electre
Versão Tipo de Problema Tipo de Critério Utiliza Pesos
I Seleção Simples Sim
II Ordenação Simples Sim
III Ordenação Pseudo Sim
IV Ordenação Pseudo Não
IS Seleção Pseudo Sim
TRI Classificação Pseudo Sim
(GOMES et al, 2004).
Em termos gerais, as etapas a serem seguidas na construção de modelos baseados nos
métodos Electre são as seguintes:
a obtenção das avaliações do(s) agente(s) decisor(es) para as diversas alternativas em
relação aos critérios;
a construção das relações de superação;
a exploração das relações de superação, com o objetivo de selecionar, ordenar ou
classificar as alternativas segundo a sua dominância (GOMES et al, 2004).
65
44.. RREEFFEERREENNCCIIAALL TTEEÓÓRRIICCOO SSOOBBRREE OO EELLEECCTTRREE TTRRII
4.1. A PROBLEMÁTICA DE CLASSIFICAÇÃO
“Em uma dada situação de decisão, é possível formular o problema em
diferentes termos. Três diferentes ‘problemáticas’, ou seja, tipos de
problemas (escolha, classificação e ordenação) podem guiar o analista na
estruturação do problema” (MOUSSEAU et al, 2002).
Na problemática de classificação, “... cada alternativa é considerada independentemente das
outras, de forma a se determinar seu valor intrínseco por meio de comparações, consideradas
as normas ou referências...” (MOUSSEAU et al, 2002).
“A problemática de classificação... se refere a um julgamento absoluto. Ela
consiste em alocar cada alternativa em uma das categorias pré-existentes,
as quais são definidas pelas normas ou elementos típicos da categoria. A
alocação de uma alternativa ak resulta da avaliação intrínseca de ak , tendo
por base os critérios e as normas definidoras das categorias (a alocação de
ak em uma categoria específica não influencia a categoria em que outra
alternativa deva ser alocada)” (MOUSSEAU et al, 2002).
“Problemas de Classificação Multicritério (PCMC) diferem da abordagem
de classificação padrão; as categorias consideradas aqui são definidas a
priori e não resultam da análise. Estas categorias são usualmente
concebidas de tal forma que alternativas alocadas à mesma categoria
devem ser tratadas identicamente” (MOUSSEAU et al, 2002).
“Electre Tri é para uso em problemas de classificação. O procedimento
original foi concebido para alocar as alternativas em uma dentre três
categorias (daí o nome) – aceita, negada ou indeterminada. Isto foi então
estendido para uso em problemas de classificação nos quais existem mais
de três categorias” (BELTON & STEWART, 2002).
66
“O Método Electre Tri considera a problemática (P)..., ou seja,
classifica as diversas alternativas para a solução de um problema por meio
da comparação de cada alternativa potencial com uma referência estável
(padrão/alternativa de referência)” (GOMES et al, 2004).
“Na raiz do método (Electre Tri), está um procedimento baseado na
relação de superação valorada do Electre III, a qual é definida pelo Índice
de Credibilidade S (a, b). As categorias são ordenadas e definidas por um
conjunto de alternativas de referência, ou performances limítrofes 0c ,
c1,…, c
k, onde c
x corresponde a uma alternativa hipotética com nível de
performance Zi (cx) para i = 1,…,m. A Categoria C
x, a qual é limitada
abaixo e acima pelas performances limítrofes cx-1
e cx , respectivamente,
define um nível de performance maior que o da categoria Cx-1
. As
performances limítrofes devem ser determinadas através de consulta junto
aos tomadores de decisão” (BELTON & STEWART, 2002).
“Na verdade, as alternativas de referência são fictícias e definidas para
limitar as diversas categorias. Nesse caso, cada categoria é limitada
inferior e superiormente por duas alternativas de referência. Assim, cada
uma das alternativas de referência serve de limite, superior e inferior, a
duas Categorias” (GOMES et al, 2004).
“Para um dado critério i, a alternativa a será localizada em uma
determinada categoria, em função de sua avaliação gi (a)” (GOMES et al, 2004).
Os diferentes critérios que se entende devam ser levados em conta em um problema de
decisão são considerados, a partir de um processo conhecido como Procedimento de
Agregação Multicritério (PAM). Estabelece-se, então, para uma alternativa a, suas relações de
superação com cada uma das alternativas de referência, permitindo-se, assim, sua alocação na
Categoria mais adequada (GOMES et al, 2004).
67
“A utilização dos métodos Electre III e Electre Tri ocorre a partir da
agregação dos diferentes critérios de avaliação, com o objetivo de obter
uma ponderação global do desempenho da alternativa a ser valorizada”
(GOMES et al, 2004).
4.2. A MODELAGEM DE PREFERÊNCIAS
“… um critério g é uma função de valores reais de A em , tal que a comparação de um par
qualquer de alternativas a e b pode ser expressa na comparação de dois valores g(a) e g(b)”
(MOUSSEAU et al, 2002).
“Idealmente, para que seja possível a comparação de um par qualquer de alternativas a e b em
A, um critério g deve ser construído, de tal forma que:
g(a) = g(b) aIgb
g(a) > g(b) aPgb,
onde Ig e Pg denotam as relações de indiferença e de preferência estrita com relação ao critério
g” (MOUSSEAU et al, 2002). O modelo definido por estas equações é nomeado um modelo
verdadeiro-critério.
“Em situações práticas, as avaliações de alternativas são muito freqüentemente sujeitas à
imprecisão, incerteza e má determinação. Conseqüentemente, uma pequena diferença de
avaliação g(a) – g(b) pode também implicar uma situação de indiferença ... É então mais
razoável e prudente considerar um modelo de critério mais geral ... no qual a função g seja
construída de tal forma que: g(a) g(b) aSgb, onde aSgb significa ‘a é pelo menos tão boa
quanto b’ (ou a supera b) de acordo com o critério g.
68
De modo a levar em conta a imprecisão, incerteza e má determinação dos dados, é comum
usar faixas de tolerância que identificam os limites entre situações de indiferença e
preferência estrita. Dois valores q e p são introduzidos, de tal forma que:
g(a) – g(b) q a Ig b
q g(a) – g(b) p a Qg b
g(a) - g(b) p a Pg b,
onde Qg denota a relação de preferência fraca com referência ao critério g. Uma relação de
preferência fraca é uma situação intermediária que registra a hesitação entre a situação de
indiferença e preferência estrita: q e p são chamados limites de indiferença e de preferência,
respectivamente. No caso geral, estes limites podem variar com as avaliações”
(MOUSSEAU et al, 2002). O modelo definido pelas equações imediatamente acima é
chamado de modelo pseudocritério.
“No método Electre Tri, uma relação de superação é construída de forma a permitir a
comparação de uma alternativa a com uma alternativa de referência bh. Esta relação de
superação é construída através das seguintes etapas:
cálculo dos índices de concordância parciais cj (a, bh) e cj (bh, a);
cálculo dos índices de concordância globais C(a, bh) e C(bh, a);
cálculo dos índices de discordância parciais dj (a, bh) and dj (bh, a);
cálculo do procedimento de agregação multicritério baseado nos índices de
credibilidade (a,bh);
determinação de um nível de corte considerado razoável para o procedimento de
agregação multicritério, de forma a se obter a relação de superação decisiva”.
(MOUSSEAU et al, 2002).
69
4.3. OS LIMITES DE PREFERÊNCIA, INDIFERENÇA E VETO
“qj (bh) especifica a maior diferença gj (a) – gj (bh) que preserva a
indiferença entre a e bh, considerando-se o critério gj; pj (bh) representa a
menor diferença gj (a) – gj (bh) compatível com a preferência em favor de
um critério gj” (MOUSSEAU et al, 2002).
“… em uma abordagem construtivista, parece ilusório tentar aproximar
‘valores verdadeiros’ para estes parâmetros. Estes limites de tolerância
devem ter ‘valores razoáveis’ cujos impactos devem ser estudados através
de uma análise de robustez. Tal análise consiste em explorar o impacto das
variações dos parâmetros na dimensão das conclusões resultantes”
(MOUSSEAU et al, 2002).
“Existem situações nas quais a diferença de performances entre duas
alternativas a e b, segundo um critério discordante da proposição a S b, é
considerada suficientemente grande de tal forma que ultrapassa o limite de
compatibilidade de aceitação desta proposição, baseada numa simples
análise de concordância. Este limite é denominado limite de veto (vj, onde vj
> pj) e, nesta situação, diz-se que o critério gj tem o poder de vetar a
proposição a S b” (SANTOS, 2004).
4.4. O PROCEDIMENTO DE AGREGAÇÃO
“Efetuar um julgamento de preferência global implica em obter-se uma
resultante dos conflitos. Esta resultante depende da lógica de agregação e
do sistema de valores que presidem a formação das preferências globais”
(SANTOS, 2004).
“Os múltiplos critérios considerados no método ELECTRE TRI estabelecem
uma relação de superação de uma ação a frente a ações de referência bh, de
forma a se proceder a um procedimento de agregação multicritério baseado
na problemática de classificação ou alocação” (SANTOS, 2004).
70
A abordagem de síntese através de relações de superação identificadas em comparações “...
está baseada em uma regra de agregação que admite situações de incomparabilidade,
refutando-se a priori uma compensação total entre critérios. A incomparabilidade é aceita de
forma a se evitar julgamentos arbitrários ou frágeis. Mais ainda, a transitividade da relação de
superação não é sistematicamente imposta. Cabe registrar que todos os métodos do tipo
ELECTRE se referem a este tipo de abordagem” (MOUSSEAU et al, 2002).
No Electre Tri, o Procedimento de Agregação utilizado é do tipo concordância-discordância.
“Neste tipo de PAMC uma proposição do tipo a S b, a Q b, a P b ou a I b pode ser recusada
desde que, segundo algum critério gj de C(bPa), a diferença gj(b) – gj(a) seja considerada
muito elevada. Nesta situação, um limite de veto(vj) deverá ser estabelecido para cada critério.
Este PAMC conduz a um sistema relacional de preferência (S, R) tal que:
aSb se w [ C(aSb) ] / w[F] s, sendo 0 s 1
e gj(b) – gj(a) vj , gj F
a R b se não(aSb) e não(bSa)
O valor de s = 1 implica em exigir-se uma unanimidade dos critérios para declarar que a S b.
O efeito de veto não tem, neste caso, nenhuma utilidade” (SANTOS, 2004).
“Para exprimir em que medida a ação a supera a ação de referência bh levando-se em conta,
globalmente, os índices de concordância global C(a, bh) e de discordância dj(a, bh), é
determinado o índice de credibilidade (a, bh); e, de forma análoga, ( bh, a). A definição do
índice de credibilidade constitui, pois, o procedimento de agregação multicritério
representado pelo método ELECTRE TRI” (SANTOS, 2004).
71
4.5. PROCEDIMENTOS E CONDIÇÕES A SEREM OBSERVADOS
“Membros do grupo podem possuir conhecimento a respeito, e assumir
responsabilidade sobre todos os aspectos de um problema ou eles podem
ser envolvidos como especialistas com conhecimento restrito somente a uma
parte do problema” (BELTON & STEWART, 2002).
“Embora a tecnologia agora permita que grupos virtuais trabalhem juntos,
a necessidade de encontros ‘face a face’ ainda é considerada como muito
importante. Em tal situação, a maioria da atividade pode ter lugar em um
‘workshop’ de decisão, o qual reúna os membros do grupo em uma ou mais
ocasiões. Se, no entanto, o objetivo é juntar os pontos de vista de
especialistas em assuntos de diferentes áreas para apresentá-los em uma
abordagem única para uma autoridade maior, então há pouca necessidade
para o grupo se encontrar. Neste caso, indivíduos ou grupos de interesse
específico podem explicitar suas próprias avaliações inicialmente,
previamente a um ‘workshop’ de decisão do grupo ou como insumo para
um processo político mais amplo” (BELTON & STEWART, 2002).
“Se, no entanto, o objetivo é possibilitar uma decisão de grupo em um nível
hierárquico mais elevado, fazendo o grupo se beneficiar dos diferentes
conhecimentos dos indivíduos... então pode não ser necessário para aqueles
indivíduos se encontrarem, ou pelo menos pode não ser necessário que
todos venham a se encontrar ao mesmo tempo. O facilitador pode trabalhar
numa base de um para um com os indivíduos especialistas, ou com
pequenos grupos de especialistas ou de interesse especial, trazendo suas
análises juntas para um ‘workshop’ de decisão envolvendo o grupo de
hierarquia mais alta” (BELTON & STEWART, 2002).
“Para decisões de conseqüências significativas, nós acreditamos que o
envolvimento das múltiplas partes (para se achar um consenso satisfatório
ou uma solução de compromisso para o problema de decisão) será sempre
o caminho de trabalho mais apropriado para se seguir” (BELTON &
STEWART, 2002).
72
“O tempo disponível para análise: não há dúvida de que uma detalhada
análise multicritério pode vir a demandar muito dos tomadores de decisão –
é importante reconhecer que, em algumas circunstâncias, uma análise
‘rápida e nem tão bem feita’, trabalhada com dados pobres e até mesmo
insuficientes pode ser melhor do que simplesmente nenhuma análise”
(BELTON & STEWART, 2002).
Para o estabelecimento das relações de superação entre uma alternativa e as alternativas de
referência, devem ser observadas as seguintes condições prévias:
a família de critérios é uma família de pseudocritérios;
a tabela de desempenho das alternativas está construída;
são conhecidos, para cada alternativa de referência bi e para cada critério i, os limites
de indiferença qi (bi), de preferência pi (bi) e de veto vi (bi);
os pesos dos critérios são definidos, para cada alternativa de referência, como sendo wi
= (w1 , w2, ... wn), em que wi > 0, i;
para o procedimento de agregação, deve-se fixar um valor real, situado no intervalo
entre 0,5 e 1, denominado Nível de Corte () (GOMES et al, 2004).
Para que o método possa estabelecer uma relação de superação entre uma alternativa a e uma
alternativa b, devem ser calculados os seguintes índices:
Índice de concordância por critério ci ( a,b ) e ci ( b ,a );
Índice de concordância global C ( a, b ) e C ( b, a );
Índice de discordância por critério di (a, b ) e di ( b, a );
Índice de credibilidade ( a, b ).
73
4.6. NÍVEL DE CORTE ()
“O Nível de Corte () é o menor grau de credibilidade s (a, b), o qual permite afirmar que
‘a supera b’ ” (GOMES et al, 2004).
“A translação da relação de superação, obtida a partir dos dados de
performance, em uma relação de superação decisiva S é efetuada através
de ( é denominado nível de corte). é considerado como o menor valor
do índice de credibilidade compatível com a afirmativa de que ‘a supera
bh’, ou seja, (a, bh) aSbh” (MOUSSEAU et al, 2002).
4.7. ÍNDICE DE CONCORDÂNCIA PARCIAL
“O Índice de Concordância Parcial cj (a, bh) [ cj(bh, a), respectivamente ]
expressa em que extensão vale a proposição ‘a é pelo menos tão boa quanto
bh (bh é pelo menos tão boa quanto a, respectivamente)’, ao se considerar o
critério gj” (MOUSSEAU et al, 2002).
Os Índices de Concordância Parcial expressam “... a medida em que a proposição ‘a supera b’
é verdadeira” (SANTOS, 2004).
“Os índices de concordância parciais cj(a, bh) e cj(bh, a) expressam em que
medida as proposições ‘a supera bh’ e ‘bh supera a’ são verdadeiras,
considerando-se um determinado critério gj...” (SANTOS, 2004).
4.8. ÍNDICE DE CONCORDÂNCIA GLOBAL
Os Índices de Concordância Globais, calculados a partir dos índices de concordância de cada
critério, indicam como as avaliações de a e b, sob todos os critérios, estão em concordância
com a proposição “a supera b” para C (a, b) e “b supera a” para C (b, a)
(GOMES et al, 2004).
74
“Índices de Concordância Globais C (bh, a) [ C (a, bh), respectivamente ]
expressam em que extensão as avaliações de a e bh, considerados todos os
critérios, são concordantes com a afirmativa ‘a supera bh’ (‘bh supera a’,
respectivamente)” (MOUSSEAU et al, 2002).
“Os índices de concordância globais C(a, bh) e C(bh, a) representam o grau
de aceitação da proposição aSb, considerando-se todos os critérios de F”
(SANTOS, 2004).
4.9. ÍNDICE DE DISCORDÂNCIA PARCIAL
“O índice de discordância parcial dj(a, bh) [ (dj(bh, a), respectivamente ]
expressa em que extensão o critério gj se opõe à afirmativa ‘a é pelo menos
tão boa quanto bh ‘ , ou seja ‘a supera bh ‘ (‘bh é pelo menos tão boa quanto
a’, respectivamente) ... “ (MOUSSEAU et al, 2002).
“Os índices de discordância dj(a, bh) e dj(bh, a) expressam o grau com que
um determinado critério gj se opõe à proposição ‘a supera bh’ e,
analogamente, ‘bh supera a’...” (SANTOS, 2004).
4.10. ÍNDICE DE CREDIBILIDADE
“A determinação do índice de credibilidade constitui o Procedimento de
Agregação Multicritério (PAM), mencionado anteriormente”
(GOMES et al, 2002).
“O grau de credibilidade de uma relação de superação (a, bh) [ (bh, a),
respectivamente ] expressa em que extensão ‘a supera bh ‘ (‘bh supera a’,
respectivamente), considerando-se o índice de concordância global C(a, bh)
e os índices de discordância dj(a, bh), j F [considerando-se o índice de
concordância global C(bh, a) e os índices de discordância dj(bh, a), j F,
respectivamente]. O cálculo dos índices de credibilidade (a, bh) e (bh, a)
permite a definição de uma relação de superação valorada”
(MOUSSEAU et al, 2002).
75
Conforme já mencionado anteriormente, “... Para exprimir em que medida a ação a supera a
ação de referência b, levando-se em conta, globalmente, os índices de concordância global
C(a, b) e de discordância dj(a, bh), é determinado o índice de credibilidade (a, bh); e, de
forma análoga, (bh, a). A definição do índice de credibilidade constitui, pois, o procedimento
de agregação multicritério representado pelo método ELECTRE TRI”
(SANTOS, 2004).
4.11. CÁLCULO DOS ÍNDICES NO ELECTRE TRI
“Para que o método possa estabelecer uma relação de superação entre uma ação a e uma ação
de referência bh, devem ser calculados os seguintes índices:
índices de concordância parciais cj(a, bh) e cj(bh , a)
índices de concordância globais C(a, bh) e C(bh , a)
índices de discordância parciais dj(a, bh) e dj (bh,a)
índice de credibilidade (a, bh)
definição dos níveis de corte ” (SANTOS, 2004).
Nos itens imediatamente a seguir, são especificadas as fórmulas de cálculo dos Índices
utilizados no Electre Tri, considerando-se que:
cj ( a, bh ): índice de concordância sob o critério j da proposição “a é tão boa quanto bh”.
cj ( bh, a ): índice de concordância sob o critério j da proposição “bh é tão boa quanto a”.
C ( a, bh ): índice global de concordância da proposição “a é tão boa quanto bh”.
C ( bh, a ): índice global de concordância da proposição “bh é tão boa quanto a”.
pj: limite de preferência definido para o critério j
76
qj: limite de indiferença definido para o critério j
gj: função de avaliação do critério j
kj: peso do critério j
dj ( a, bh ): índice de discordância sob o critério j da proposição “a é tão boa quanto bh”.
dj ( bh, a ): índice de discordância sob o critério j da proposição “bh é tão boa quanto a”.
vj: limite de veto definido para o critério j
( a, bh ): índice de credibilidade da proposição “a é tão boa quanto bh”.
( bh, a ): índice de credibilidade da proposição “bh é tão boa quanto a”.
4.11.1. CÁLCULO DOS ÍNDICES DE CONCORDÂNCIA PARCIAIS
Quando gj tem uma direção de preferência crescente, os índices cj (a, bh) e cj(bh, a) são
calculados conforme a seguir:
Cálculo de cj (a, bh):
Se gj(bh) – gj(a) pj(bh), então cj(a,bh) = 0
Se qj(bh) gj(bh) – gj(a) pj(bh), então cj(a,bh) =
hjhj
hjhjj
bqbp
bpbgag
e gj(bh) – gj(a) qj(bh), então cj(a, bh) = 1
77
Cálculo de cj (bh, a):
Se gj(a) – gj(bh) pj(bh), então cj(bh, a) = 0
Se qj(bh) gj(a) – gj(bh) pj(bh), então cj(bh,a) =
hjhj
hjjhj
bqbp
bpagbg
Se gj(a) – gj(bh) qj(bh), então cj(bh, a) = 1
(MOUSSEAU et al, 2002).
4.11.2. CÁLCULO DO ÍNDICE DE CONCORDÂNCIA GLOBAL
“C (bh, a) e C (a, bh) são calculados conforme a seguir:
C (a, bh) =
Fj
j
Fj
hjj
k
back ,.
C (bh,a) =
Fj
j
Fj
hjj
k
abck ,.
(MOUSSEAU et al, 2002).
4.11.3. CÁLCULO DOS ÍNDICES DE DISCORDÂNCIA PARCIAIS
“Quando gi tem uma direção de preferência crescente, dj(a, bh) and dj(bh, a) são calculados
conforme a seguir:
Cálculo de dj(a, bh):
Se gj(bh) – gj(a) < pj(bh), então dj(a, bh) = 0
78
Se pj(bh) gj(bh) – gj(a) vj(bh), então dj(a,bh) =
hjhj
hjjhj
bpbv
bpagbg
Se gj(bh) – gj(a) vj(bh), então dj(a, bh) = 1
Cálculo de dj(bh, a):
Se gj(a) – gj(bh) pj(bh), então dj(bh, a) = 0
Se pj(bh) gj(a) – gj(bh) vj(bh), então dj(bh,a) =
hjhj
hjhjj
bpbv
bpbgag
Se gj(a) – gj(bh) > vj(bh), então dj(bh, a) = 1”
(MOUSSEAU et al, 2002).
4.11.4. CÁLCULO DO ÍNDICE DE CREDIBILIDADE
“O cálculo do índice de credibilidade (a, bh) está baseado nos seguintes princípios:
1) quando não existe nenhum critério discordante, o índice de credibilidade da relação de
superação (a, bh) é igual ao índice de concordância C(a, bh);
2) quando um critério discordante opõe um veto à afirmativa ‘a supera bh ‘ [ ou seja, dj (a,
bh) = 1 ], então o índice de credibilidade é nulo (a afirmativa ‘a supera bh’ não é digna
de crédito);
3) quando um critério discordante é tal que C(a, bh) < dj(a, bh) < 1, o índice de
credibilidade (a, bh) fica menor que o índice de concordância C(a, bh), em decorrência
do efeito de oposição deste critério.
79
Resulta de tais princípios que o índice de credibilidade (a, bh) corresponde ao índice de
concordância C(a, bh) enfraquecido por eventuais efeitos de veto. Mais precisamente, o valor
de (a, bh) é calculado conforme a seguir [ (bh, a) é calculado de forma similar ]:
(a, bh) = C(a, bh).
* ,1
,1
Fj h
hj
baC
bad , onde:
F* = j F \ dj(a,bh) > C(a,bh) “ (MOUSSEAU et al, 2002).
Dito de outra forma, o cálculo de ( a, bh ) é realizado da seguinte forma:
Se F( a, bh ) = i F dj ( a, bh ) C( a, b ) = ( a, bh ) = C(a, bh )
Se F( a, bh ) ( a, bh ) = C ( a, bh )
hbaFi h
hj
baC
bad
, ,1
,1
De forma análoga, o cálculo de ( bh, a ) é realizado da seguinte forma:
Se F( bh, a ) = i F dj ( bh, a ) C ( bh, a ) = (bh, a ) = C ( bh, a )
Se F( bh , a ) ( bh, a ) = C ( bh, a )
abFi h
hj
habC
abd
, ,1
,1
(GOMES et al, 2004).
80
4.12. AS RELAÇÕES DE PREFERÊNCIA NO ELECTRE TRI
“É com base na definição dos índices de credibilidade que podemos, enfim,
determinar as relações de preferência S entre as relações binárias
existentes no modelo. Essa definição é feita por meio de um limiar (ou
nível) de corte definido em . Este último deve ser interpretado como o
menor valor do índice de credibilidade pelo qual a proposição ‘a supera bh’
é satisfeita” (SANTOS, 2004).
A comparação de a com uma alternativa de referência bh pode envolver uma e somente uma
das quatro formas seguintes:
aSbh e não bhSa a > bh
não aSbh e bhSa a < bh
aSbh e bhSa aIbh
não aSbh e não bhSa” aRbh (ROY & BOUYSSOU, 1993).
Figura 4.12 - Definição das Relações Binárias de Preferência
(SANTOS, 2004).
81
4.13. PROCEDIMENTOS DE ALOCAÇÃO NO ELECTRE TRI
“Cabe por fim ressaltar que, nesta problemática (Pβ), a alocação de uma
alternativa à uma determinada categoria se efetua independentemente da
alocação das outras alternativas à esta mesma categoria ou à outras
categorias. Isto quer dizer que a maneira pela qual as alternativas de A se
comparam entre elas não influencia em nada a alocação” (ROY &
BOUYSSOU, 1993).
Hipóteses β1, β 2 e β3
“Hipótese β1: As categorias são ordenadas e nomeadas hC , h = 1,2, ....., k; 1C é a categoria a
mais ‘baixa’ e kC é a categoria a mais ‘alta’ “ (ROY & BOUYSSOU, 1993).
“Hipótese β2: para delimitar as categorias, são introduzidos k+1 alternativas de referência h
jg
= h
j
h
j gg ...,,......... , h = 0, ....., k , sendo que para j F.
0
jg < jg (a)
h
j
h
j gg 1
k
jj gag “ (ROY & BOUYSSOU, 1993).
“De acordo com a concepção dessas alternativas de referência e tendo por base uma relação
de superação S, se pode colocar:
[ aS1hb et Não (
1hb Sa), Sabh et Não (aS
hb ) ] a hC “ (ROY & BOUYSSOU,
1993).
82
ab F
“Hyphotése β3: A categoria hC (h=1, ....., k) é fechada em baixo pela alternativa de referência
1hb , ou dito de outro modo:
[ aS 1hb e 1hb Sa ] a hC “ (ROY & BOUYSSOU, 1993).
“Se a relação de superação S é transitiva e completa, então, considerando-
se as hipóteses β1, β2 e β3, toda alternativa a se vê alocada sem
ambigüidade à uma classe e à somente uma” (ROY & BOUYSSOU, 1993).
“Se a relação S não é transitiva, então as hipóteses β1, β2 e β3 não
definem mais sem ambigüidade a categoria à qual a deve ser alocada”
(ROY & BOUYSSOU, 1993).
As exigências que os procedimentos de alocação conjuntivo (pessimista) e disjuntivo
(otimista) devem atender são as seguintes:
Exigência de unicidade: cada alternativa é alocada à uma e à somente uma das
categorias ordenadas ;
Exigência de independência: a categoria à qual uma alternativa a é alocada é
independente da maneira pela qual as outras alternativas são alocadas nas diversas
categorias;
Exigência de conformidade às alternativas de referência: as categorias são delimitadas
a partir das alternativas de referência, conforme a hipótese β2;
Exigência de monotonicidade: se , então b deve ser alocada à uma categoria
yC e a à uma categoria xC , de tal forma que y x;
Exigência de homogeneidade: todas as alternativas a que verificam as condições
seguintes devem ser alocadas à mesma categoria iC com x i y:
a S 1xb , Não (
1xb S a ), xb R a
yb S a, Não ( a S yb ), a R
1yb
kCCC ,......,, 21
83
Exigência de estabilidade: se se reduz de uma unidade o número de categorias ao se
suprimir a alternativa de referência ib , a alocação das alternativas anteriormente
alocadas à categorias outras que iC e 1iC não é modificada. As alternativas
primitivamente alocadas à uma destas duas categorias são então alocadas, após a
supressão de ib , na categoria delimitada pelas alternativas de referência 1ib e 1ib ”
(ROY & BOUYSSOU, 1993).
“A exigência de homogeneidade impõe em particular alocar à uma mesma
categoria todas as alternativas que se mostram ser incomparáveis à uma
mesma seqüência de alternativas de referência da forma 11,.......,, yxx bbb ;
nesse caso, elas superam estritamente 1xb e são estritamente superadas
por yb . Cabe observar que, nestas condições, o procedimento conjuntivo
aloca tais alternativas na categoria xC , enquanto que o procedimento
disjuntivo aloca estas mesmas alternativas na categoria yC ” (ROY &
BOUYSSOU, 1993).
No Electre TRI, há dois procedimentos de alocação de uma alternativa em uma das Categorias
previamente definidas: o procedimento pessimista e o procedimento otimista.
“Ambos os procedimentos se utilizam de uma mesma técnica: a de
comparar, de forma sistemática, cada ação com as ações de referência que
determinam os limites de cada categoria Cj. A diferença entre os dois
procedimentos reside na seqüência dessa comparação e no critério de
identificação da categoria de alocação” (SANTOS, 2004).
Os dois procedimentos de alocação do Electre Tri “... generalizam os procedimentos
conjuntivos e disjuntivos ao caso de um sistema de preferências do tipo (S, R) qualquer...
(ROY & BOUYSSOU, 1993). “... estes procedimentos verificam adequadamente as seis
exigências apresentadas anteriormente” (ROY & BOUYSSOU, 1993).
As alternativas de referência h b (h = 1, ....... , k-1) “... designam, no que se segue, as
alternativas limite que foram consideradas apropriadas ocorrer para marcar as fronteiras
84
sucessivas que separam as categorias kCC .,,.........1 constituintes da família completamente
ordenada de categorias às quais se deseja alocar as alternativas de A ... (hipótese β1)” (ROY
& BOUYSSOU, 1993).
“Para aplicar o Electre Tri, é preciso que previamente as categorias
tenham sido definidas, ou seja que tenha sido elaborada a família de
performances de referência hg de acordo com as hipóteses β2 e β3”
(ROY & BOUYSSOU, 1993).
“Por fim, é cômodo, sem haver para tanto nenhuma restrição, introduzir, em conformidade
com as convenções da hipótese β2, duas performances de referência suplementares 0g e
kg ,
de tal sorte que as alternativas irrealistas 0b e
kb das quais elas constituem as performances
verificam, a A:
a S 0b e Não (
0b S a)
kb S a e Não (a S kb )”
(ROY & BOUYSSOU, 1993).
No procedimento pessimista a comparação de a inicia-se com a melhor alternativa de
referência e prossegue para a alternativa imediatamente inferior, até que se identifique a
primeira alternativa de referência bh que é superada por a ( a S bh ). Dessa forma, localiza-se a
alternativa a na categoria limitada inferiormente pela alternativa de referência bh.
(GOMES et al, 2004).
“Procedimento Pessimista (ou conjuntivo):
a) compare a sucessivamente com bi , para i = p, p-1, …, 0
b) bh sendo a primeira alternativa de referência tal que aSbh, alocar a à categoria Ch+1 (a
Ch+1)” (MOUSSEAU et al, 2002).
85
“ – Estudar sucessivamente i = k, k-1, ......, para testar se aS 1ib é verdadeiro.
- Parar o procedimento ao primeiro valor de i para o qual o teste é positivo: seja h este valor.
- Alocar a na categoria hC ” (ROY & BOUYSSOU, 1993).
Quanto ao procedimento otimista, verifica-se que a comparação de a inicia-se com a pior
alternativa de referência, seguida da alternativa imediatamente superior, até identificar-se a
primeira alternativa de referência bh que supera a (bh S a). Portanto, a alternativa a é
localizada na categoria limitada superiormente pela alternativa de referência bh.
(GOMES et al, 2004).
“Procedimento Otimista (ou disjuntivo):
a) compare a sucessivamente com bi , para i = 1,2,…, p;
b) bh sendo a primeira alternativa de referência tal que bh > a, alocar a à categoria Ch (a
Ch)” (MOUSSEAU et al, 2002).
“ - Considerar > como a relação definida por:
b > a bSa et Não ( aSb )
- Estudar sucessivamente i = 0, 1, .... para testar se ib > a é verdadeiro
- Parar o procedimento ao primeiro valor de i para o qual o teste é positivo: seja f este
valor.
- Alocar a na categoria fC ” (ROY & BOUYSSOU, 1993).
Conforme já mencionado anteriormente, “... A comparação de a com a alternativa de
referência xb pode tomar uma e somente uma das quatro formas seguintes:
86
Sabx e Não xaSb , ou seja abx
xaSb e Não )( Sabx , ou seja xba
xaSb e Sabx , ou seja xaIb
Não ( xaSb ) e Não ( Sabx ), ou seja xaRb ”
(ROY & BOUYSSOU, 1993).
No procedimento pessimista, se compara a alternativa a com os bi (aSbi ?), sucessivamente do
melhor bi para o pior. O processo de comparação pára quando se encontra um bi ( = bh, por
exemplo) tal que a S bh : a alternativa a será então alocada à categoria Ch+1 , que tem bh como
seu limite inferior.
No procedimento otimista, por outro lado, se compara cada bi com a alternativa a ( bi S a ? ),
sucessivamente do pior bi para o melhor. O processo de comparação pára somente quando se
encontra um bi ( = bh, por exemplo) > a : a alternativa a será então alocada à categoria Ch
que tem bh como seu limite superior.
No procedimento otimista, a ocorrência das três outras possíveis situações de comparação
entre bi ( = bh, por exemplo) e a ( bh < a, bh I a e bh R a ) leva a que o processo de
comparação deva continuar, comparando-se o bi imediatamente superior à bh ( bh+1 ) com a, e
assim sucessivamente, até que se encontre um bi > a . No limite, o bi a ser comparado será bk,
quando, então, sendo, por hipótese, bk > a, a alternativa a deverá ser alocada à categoria mais
elevada, que tem bk como seu limite superior.
“A alternativa a é alocada pelo procedimento pessimista à uma única
categoria xC tal que
xba e 1xaRb . A alternativa a é alocada pelo
procedimento otimista à uma única categoria yC tal que aby 1
e
yaRb . Tem-se aqui que necessariamente y > x” (ROY & BOUYSSOU,
1993).
87
“A alternativa a é alocada pelos dois procedimentos à uma única categoria xC tal que xaIb
e abx 1 ” (ROY & BOUYSSOU, 1993).
Somente o caso em que xba e 1xaRb “... conduz à uma divergência de alocação entre os
procedimentos otimista e pessimista” (ROY & BOUYSSOU, 1993).
“Quando as avaliações de uma alternativa caem entre os dois limites de
uma categoria em cada critério, então os dois procedimentos alocam esta
alternativa à esta categoria. Uma divergência existe entre os resultados dos
dois procedimentos de alocação somente quando uma alternativa é
incomparável com uma ou mais alternativas de referência; em tais casos, o
procedimento pessimista aloca a alternativa em uma categoria mais baixa
que o procedimento otimista” (MOUSSEAU et al, 2002).
“Qualquer que seja a forma pela qual uma alternativa a se compara com
as alternativas de referência, o procedimento pessimista (respectivamente
otimista) conduz a se alocar a à uma categoria única fC (respectivamente
hC ). Ocorre sempre h f, o que justifica os termos ‘pessimista’ e
‘otimista’ “ (ROY & BOUYSSOU, 1993).
“Consideremos uma família de alternativas de referência concebidas em conformidade com
as hipóteses 1 , 2 e 3 … e uma relação de superação S que verifica:
0aSb e Não Sab0
Sabk e Não kaSb
então:
(i) os procedimentos Electre Tri otimista e pessimista verificam as exigências de
unicidade, de independência, de monotonicidade, de homogeneidade e de
estabilidade;
88
(ii) os procedimentos Electre Tri otimista e pessimista verificam a exigência de
conformidade às alternativas de referência se e somente se a condição de
compatibilidade de dados seguinte é satisfeita para toda alternativa a:
xaIb Não 1xaIb para x = 1, ...... , k-2
(iii) se uma alternativa a é alocada na categoria hC pelo procedimento pessimista e na
categoria fC pelo procedimento otimista, então hf . Mais ainda:
h < f 11 .,,........., fhh aRbaRbaRb ” (ROY & BOUYSSOU, 1993).
“É preciso então cercar cada categoria hC por seu limite superior
1hg (limite superior de
1hC ), estando entendido que se uma alternativa a verifica 1)( hgag , então a deve ser
alocada à hC ” (ROY & BOUYSSOU, 1993).
“Quanto a isso, pode ser útil lembrar-se que o Electre Tri pessimista e o Electre Tri otimista
não conduzem a alocações diferentes, exceto nos casos de alternativas que se mostram
incomparáveis a certas alternativas de referência” (ROY & BOUYSSOU, 1993).
“Os casos em que a alocação pelo Electre Tri pessimista difere da alocação pelo Electre Tri
otimista são tão raros que só acontecem quando λ é muito fraco e quando cada vj é
suficientemente elevado para que toda possibilidade de veto desapareça ( 02 j
k
jj ggv por
exemplo)” (ROY & BOUYSSOU, 1993).
“Não é essencial proceder à uma investigação para saber se a condição de compatibilidade
dos dados ... [ 1 xx aIbNãoaIb para x = 1, 2 , ….., k-2 ] ... é ou não satisfeita”
(ROY & BOUYSSOU, 1993).
89
55.. AA AATTUUAALL MMEETTOODDOOLLOOGGIIAA DDEE CCLLAASSSSIIFFIICCAAÇÇÃÃOO DDEE RRIISSCCOO DDOO BBNNDDEESS
Em 1993, o BNDES, por conta própria, desenvolveu um modelo de classificação de risco que,
ao aferir o risco de empresas e grupos econômicos não financeiros, lhe viria a servir de base
para suas decisões de crédito.
Nestes termos, o BNDES dispõe, desde então, de um sistema de classificação de risco, o qual
vem sendo por ele utilizado “... para avaliar os níveis de risco das empresas, de grupos
econômicos e de entidades que se relacionam diretamente com a instituição” (BERGAMINI, 1997).
O Processo de Crédito no BNDES
O processo decisório no BNDES relativo à concessão de crédito tem partida, na instituição,
com a chegada de uma solicitação de apoio financeiro de interesse de uma determinada
empresa.
Pode-se, então, quebrar a forma como atualmente se processa a decisão no BNDES sobre tal
solicitação de apoio financeiro em duas etapas, sucessivas no tempo.
Em uma primeira etapa (fase de enquadramento da operação), um Comitê de Crédito,
composto por todos os superintendentes do BNDES, avalia se uma determinada solicitação é,
em princípio, merecedora ou não do apoio financeiro da instituição. Para que tal Comitê possa
propor à Diretoria o enquadramento ou não dessa operação, pode-se vir a considerar como
recomendável a realização, no âmbito da instituição, de algumas atividades de suporte, tais
como a determinação da classificação de risco (“rating”) da empresa solicitante e a avaliação
do mérito do empreendimento, vis a vis as políticas operacionais do BNDES. Essas atividades
de suporte são realizadas com base em informações fornecidas pela própria empresa
solicitante.
Seria altamente recomendável que a informação referente ao “rating” de uma empresa viesse
a ser utilizada logo no início da avaliação de uma solicitação – fase de enquadramento da
90
operação – com vistas a que pudessem ser identificados e, de pronto, afastados os
empreendimentos considerados como não prioritários e/ou fadados a um claro insucesso.
De qualquer forma, “ ... A classificação de risco de empresas e grupos econômicos privados
não financeiros é realizada pelo BNDES, através de sua Área de Crédito, de forma prévia à
análise dos projetos, efetuada, em seguida, pelas Áreas Operacionais” (BERGAMINI, 1997).
Em uma segunda etapa (fase de análise do projeto e contratação da operação), a Diretoria do
BNDES decide, em termos finais, se a solicitação em questão irá ou não poder contar com o
apoio financeiro da instituição. Para que isto possa acontecer, a empresa solicitante deverá
apresentar um projeto referente à viabilidade econômico-financeira do empreendimento, cuja
avaliação, pelo corpo técnico do BNDES, é objeto de relatório encaminhado à Diretoria para
decisão.
Na fase de análise do projeto de viabilidade econômica financeira, um grupo de técnicos do
BNDES costuma visitar a empresa e lhe solicitar uma grande quantidade de informações. O
grande volume de informações costumeiramente solicitado na fase de análise da operação
leva a que, para a definição do “rating”, o BNDES venha a solicitar uma quantidade de
informações bem menor, que, no atual estágio de sua metodologia de “rating”, corresponde
basicamente aos demonstrativos contábeis mais recentes da empresa.
A diferença básica entre as metodologias de “rating” do BNDES e da S&P – Standard &
Poor’s (ver item 7, a seguir) talvez se circunscreva ao fato de que, no caso do BNDES, à
definição do “rating” se sucede uma fase de avaliação mais detalhada para efeito da concessão
da colaboração financeira, enquanto que, no caso da S&P, o “rating” é a informação principal
utilizada pelos agentes do mercado para decidir se vão ou não subscrever uma determinada
emissão de títulos. A S&P, neste sentido, solicita uma quantidade de informações muito maior
que o BNDES, o que lhe permite efetuar uma classificação de risco muito mais detalhada.
A classificação de risco efetuada pela S&P envolve a consideração do risco do negócio (risco
setorial), do risco financeiro (situação financeira da empresa) e do risco da gestão
administrativo-financeira (qualidade da gestão administrativa e financeira da empresa). Por
91
outro lado, a classificação de risco atualmente efetuada pelo BNDES não leva em conta o
risco setorial (risco do negócio), considerando primordialmente o risco financeiro e, apenas
em parte, o risco de gestão administrativo-financeira.
Há uma demanda de ordem técnica, pois, para a inclusão da variável “risco setorial” na
metodologia de “rating” do BNDES.
Sendo o BNDES uma instituição financeira, a classificação de risco pode ser utilizada, no
âmbito da instituição, para “... balizar decisões relativas ao processo de crédito, tais como o
acolhimento dos pleitos dos postulantes para análise técnica, a fixação da taxa de risco, a
flexibilização das garantias, o estabelecimento de nível máximo de envolvimento financeiro
do BNDES com seus mutuários e a concessão de limites de crédito para clientes de menor
risco, dentre outras” (BERGAMINI, 1997).
O Modelo de Classificação de Risco
O atual modelo de classificação de risco do BNDES pode envolver a realização de três tipos
de análise – simplificada, sumária ou abrangente – conforme se venha a caracterizar a
complexidade do caso a ser avaliado. No seu conjunto, contudo, o modelo de “rating” do
BNDES compreende três componentes básicos: avaliação cadastral; avaliação quantitativa
(matriz de fatores de risco quantitativos); e avaliação qualitativa (matriz de fatores de risco
qualitativos).
A avaliação cadastral se baseia em evidências objetivas – coleta de dados cadastrais realizada
junto ao mercado – e em evidências subjetivas – apuradas no relacionamento direto com o
postulante. No modelo de classificação de risco do BNDES, um conceito cadastral negativo
interfere no resultado da avaliação, na forma de um rebaixamento no nível de classificação de
risco a que se chega provisoriamente, quando se consideram apenas os dados das matrizes
quantitativa e qualitativa.
Dependendo da disponibilidade de informações, a avaliação quantitativa do modelo de
classificação de risco do BNDES considera sete indicadores econômico-financeiros, obtidos a
92
partir de dados contábeis. Os indicadores considerados mais apropriados e seus respectivos
pesos são os seguintes:
Peso:
o endividamento geral 0,25
o endividamento financeiro líquido 0,75
o liquidez corrente 0,50
o rentabilidade do patrimônio líquido 0,75
o grau de alavancagem financeira 0,50
o cobertura de financiamentos 1,50
o retorno financeiro do ativo operacional 0,75
Tendo por base as informações obtidas junto à empresa solicitante, através da aplicação de um
“check list” setorial e de um “check list” empresarial, a avaliação qualitativa envolve um
julgamento subjetivo da empresa solicitante a respeito de cinco fatores de risco: estratégia
empresarial; estrutura e capacitação; aspectos de mercado; tecnologia; e gestão da produção.
O “check list” setorial corresponde a uma listagem de dados/informações necessários para
um adequado conhecimento do Setor em que atua a empresa solicitante. O “check list”
setorial, além de base para se fazer uma adequada avaliação qualitativa da empresa, se
mostrou um bom ponto de partida para a configuração do conhecimento setorial necessário
para uma avaliação de risco de um Setor.
O “check list” empresarial, por outro lado, corresponde a um questionário que, aplicado na
empresa solicitante, permite avaliar a qualidade de sua gestão administrativo-financeira, vis a
vis o ambiente econômico em que atua.
Nessa avaliação do posicionamento da empresa frente aos mercados nos quais participa, deve-
se levar em conta a existência de barreiras à entrada de novos competidores, as possibilidades
93
de diferenciação de produtos, as possibilidades de integração ou de fusão, e as possibilidades
de melhor inserção da empresa na cadeia produtiva.
Cabe notar, portanto, que, na avaliação qualitativa e, em particular, no que se refere ao fator
de risco referente a aspectos de mercado, a atual metodologia de classificação de risco do
BNDES mistura uma avaliação do risco do setor a que a empresa pertence – apurada com
base em informações fornecidas pela empresa – com uma avaliação de sua gestão
administrativo-financeira.
A atual metodologia de classificação de risco do BNDES usa, pois, um determinado
conhecimento setorial – obtido diretamente com a empresa solicitante, através da aplicação de
um “check list” setorial – para melhor avaliar a qualidade de sua gestão administrativo-
financeira. É de outra natureza, contudo, o conhecimento setorial necessário para se avaliar o
risco específico de um Setor, independentemente do risco de uma empresa que a ele pertence.
“A percepção da existência de um determinado risco setorial decorre de
indícios relativos à média dos riscos individuais das empresas que atuam
em determinado setor, sendo que todas as empresas a ele inerentes devem
ser afetadas, de forma relativamente homogênea, pelas alterações nas
variáveis que lhes são comuns, como, por exemplo, os efeitos da evolução
do mercado em que atuam (risco sistemático), embora possam ser afetadas
diferenciadamente em função das variáveis que lhes são específicas, como,
por exemplo, os efeitos decorrentes de estruturas de capitais diferentes
(risco específico)” (BERGAMINI, 1997).
Para a utilização dos indicadores componentes da matriz quantitativa, foi efetuada uma
parametrização estatística que levou em conta o comportamento desses indicadores, num
determinado período, em diferentes grupos de setores da economia. Dessa forma, foi possível
estabelecer, para cada um dos grupos de setores, um referencial, de modo a viabilizar a
comparação dos indicadores da empresa analisada com uma medida específica.
Tendo em vista o Setor em que atua a empresa solicitante e considerados os seus respectivos
parâmetros estatísticos, é atribuído a cada um dos sete indicadores quantitativos um número
94
de pontos que varia de 1 a 3. Além dos pesos específicos de cada um dos indicadores, são
atribuídos pesos decrescentes conforme o ano de sua apuração, valorizando-se sempre o
ultimo exercício fiscal encerrado, em detrimento do mais antigo.
A conjugação de número de pontos e pesos atribuídos aos indicadores quantitativos leva à
definição de uma “pontuação quantitativa” que, somada à “pontuação qualitativa”, perfaz uma
“pontuação global” e uma correspondente classificação de risco provisória.
Esta classificação de risco provisória pode, então, vir a ser rebaixada pela incidência de
sinalizadores quantitativos (“redflags”), os quais correspondem à extrapolação de limites
previamente estabelecidos para os principais indicadores quantitativos (rentabilidade sobre
patrimônio líquido; endividamento financeiro líquido; endividamento geral; liquidez corrente;
e cobertura de juros).
A aplicação do questionário correspondente ao “check list” empresarial permite, por outro
lado, a mensuração dos seguintes indicadores qualitativos:
aspectos de mercado;
aspectos organizacionais;
aspectos operacionais; e
aspectos financeiros.
Os respectivos pesos e número de pontos atribuídos a cada um dos indicadores qualitativos
permitem a definição de uma “pontuação qualitativa” que, como já mencionado
anteriormente, ao se adicionar à “pontuação quantitativa”, irá redundar em uma classificação
de risco provisória. Registre-se que, por definição do Modelo, a “pontuação qualitativa” não
poderá ultrapassar a 130% da “pontuação quantitativa”: isto significa uma maior valorização
conferida pelo modelo à objetividade representada pela avaliação quantitativa, em
comparação com a subjetividade inerente à avaliação qualitativa.
95
A classificação de risco provisória a que se chega após a realização das avaliações
quantitativa e/ou qualitativa pode, também, vir a ser objeto de um “rebaixamento”, em
decorrência da incidência de sinalizadores qualitativos, tais como:
falta de transparência das informações;
contencioso ambiental;
contencioso social/trabalhista.
Assim, a classificação de risco atualmente efetuada pelo BNDES não leva em conta o risco
representado pelas características particulares do setor em que atua uma determinada empresa,
atendo-se primordialmente, ao risco financeiro e ao risco decorrente da qualidade da sua
gestão administrativo-financeira. Há uma demanda de ordem técnica, pois, para a inclusão da
variável “risco setorial” na atual metodologia de classificação de risco do BNDES.
O BNDES – diferentemente das agências de classificação de risco – define a classificação de
risco para uma empresa que lhe vem pedir seu apoio financeiro. Neste sentido, a definição da
classificação de risco, no BNDES, faz parte do processo existente na instituição para a
concessão de uma colaboração financeira.
Na medida em que o BNDES pretende considerar a variável risco setorial em sua metodologia
de avaliação de risco, passa a ser demandado um conhecimento, do ponto de vista de risco,
sobre o Setor ao qual uma empresa pertence, bem como se coloca presente a necessidade de
se definir a forma pela qual o risco estabelecido para o setor de uma determinada empresa
deverá afetar a classificação de risco final que a ela deve ser associada.
96
66.. OOSS CCOONNCCEEIITTOOSS DDEE PPOORRTTEERR PPAARRAA AA AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO DDEE UUMM SSEETTOORR
A metodologia geral desenvolvida por Porter para analisar a estrutura de um setor e sua
concorrência tem por objetivo “... auxiliar uma empresa a analisar sua indústria como um todo
e a prever a futura evolução da indústria, compreender a concorrência e sua própria posição e
traduzir essa análise em uma estratégia competitiva para um determinado ramo de negócio”
(PORTER, 1986).
Assim, a intenção de Porter é de que, através dos conceitos por ele desenvolvidos, se conheça
o Setor em que atua uma empresa para lhe poder, então, definir uma adequada estratégia de
competição.
“Por mais que aprendamos sobre o que se passa dentro de empresas, a compreensão dos
setores e da concorrência continuará sendo essencial para guiar o que as empresas devem
tentar fazer” (PORTER, 1986).
Os objetivos originais de Porter não impediram, contudo, que os conceitos por ele
desenvolvidos para a análise de um Setor viessem a ser utilizados com outras finalidades.
Como já mencionado anteriormente, os conceitos de Porter vieram a influenciar sobremaneira
tanto as metodologias de classificação de risco das agências classificadoras independentes
(ver item 7, a seguir) como a do próprio BNDES (ver item 5).
“Embora possa ser útil, a perspectiva dos recursos/competências não diminui a necessidade
crucial de um determinado negócio entender a estrutura do setor e a posição competitiva”
(PORTER, 1986).
A metodologia proposta por Porter para se efetuar uma análise setorial está baseada na
observação do comportamento das cinco forças competitivas que – segundo ele – estão
sempre presentes em um Setor.
97
“As cinco forças competitivas – entrada, ameaça de substituição, poder de
negociação dos compradores, poder de negociação dos fornecedores e
rivalidade entre os atuais concorrentes – refletem o fato de que a
concorrência em uma indústria não está limitada aos participantes
estabelecidos. Clientes, fornecedores, substitutos e os entrantes potenciais
são todos ‘concorrentes’ para as empresas na indústria, podendo ter maior
ou menor importância, dependendo das circunstâncias particulares”
(PORTER, 1986).
Porter quase que considera o “governo” como uma sexta força competitiva. Acabou, contudo,
por resistir a tal idéia, ao entender que “... é, em geral, mais esclarecedor considerar como o
governo afeta a concorrência através das cinco forças competitivas do que considerá-lo como
uma força por si só” (PORTER, 1986).
Por outro lado, Porter chama a atenção para alguns fatores, de ordem mais geral, que, na
realidade, afetam a rentabilidade de todas as empresas e não somente a rentabilidade daquelas
pertencentes a um setor específico. A ação de tais fatores - embora possa ser importante para a
definição da estratégia competitiva de uma empresa isolada – não deve, contudo, ser creditada
a uma característica do setor em que a empresa atua.
“A estrutura básica de uma indústria, refletida na intensidade das forças,
deve ser distinguida dos muitos fatores de curto prazo que podem afetar a
concorrência e a rentabilidade de uma forma transitória. Por exemplo,
flutuações nas condições econômicas no decorrer do ciclo econômico
influenciam a rentabilidade de curto prazo de quase todas as empresas em
muitas indústrias, do mesmo modo que as faltas de materiais, as greves, os
piques na demanda e outros fatos semelhantes. Embora estes fatores
possam ter significado tático, o foco da análise da estrutura da indústria,
ou ‘análise estrutural’, está na identificação das características básicas de
uma indústria, enraizadas em sua economia e tecnologia, e que modelam a
arena na qual a estratégia competitiva deve ser estabelecida” (PORTER, 1986).
98
As Barreiras à Entrada e a Ameaça Representada por entrantes Potenciais
A existência, em um setor, de barreiras de entrada altas está associada a níveis de
rentabilidade elevados e, conseqüentemente, a riscos de negócio mais baixos. Segundo Porter,
podem constituir barreiras de entrada:
a existência de economias de escala nas empresas já instaladas no Setor;
a diferenciação do produto;
necessidades de capital elevadas para efeito de (i) instalação de produção, (ii) crédito
ao consumidor, (iii) manutenção de estoques e/ou (iv) cobertura de prejuízos iniciais;
a existência de custos de mudança para o comprador, quando este efetua uma troca de
fornecedor;
a dificuldade de acesso, para os entrantes, aos canais de distribuição já estabelecidos
no setor;
a existência, para as empresas já estabelecidas no Setor, de vantagens de custo
independentes de escala (patentes; acesso a matérias-primas; localização favorável;
subsídios oficiais; etc...);
a existência de uma política governamental regulando a entrada no setor;
a existência de uma expectativa, por parte do entrante, quanto à ocorrência de uma
retaliação das empresas já estabelecidas com relação a uma possível entrada no Setor;
situação de preço de mercado abaixo do “preço de entrada dissuasivo”;
a presença de uma curva de experiência nas empresas já instaladas no Setor.
A Intensidade da Rivalidade entre os Concorrentes Existentes
Uma intensa rivalidade entre os concorrentes existentes em um determinado setor pode ser
associada à ocorrência de taxas de retorno mais baixas e a riscos de negócio mais elevados.
99
A intensidade da rivalidade entre os concorrentes de um setor decorre da conjugação de vários
fatores, tais como:
a existência, no setor, de um grande número de concorrentes ou de concorrentes
equilibrados;
a ocorrência de um crescimento lento no setor, o que leva a que uma empresa só tenha
condições de crescer com a perda de mercado de seus concorrentes;
a presença ou ausência de diferenciação do produto no Setor;
a característica tecnológica do Setor de só poder aumentar sua capacidade de produção
em grandes incrementos;
a existência ou não de concorrentes estrangeiros;
a existência ou não de grandes interesses estratégicos das empresas estabelecidas no
Setor;
a existência de barreiras à saída elevadas.
A Pressão dos Produtos Substitutos
Quanto mais atrativa a alternativa de “preço-desempenho” oferecida por produtos substitutos,
maior será o impacto no lucro do Setor e, em conseqüência, maior será o risco do negócio. “A
identificação de produtos substitutos é conquistada através de pesquisas na busca de outros
produtos que possam desempenhar a mesma função que aquele da indústria”
(PORTER, 1986).
O Poder de Negociação dos Compradores
Em um setor, os compradores que detém poder de negociação – além de constituírem sempre
uma ameaça concreta de integração para trás – forçam o preço do produto para baixo e/ou
exigem sua melhor qualidade. Tal tipo de atuação por parte dos compradores reduz a
rentabilidade do setor, o que pode ser associado a um mais elevado risco setorial.
100
O Poder de Negociação dos Fornecedores
De forma análoga aos compradores, os fornecedores de um setor, ao exercerem seu poder de
negociação, podem reduzir a rentabilidade das empresas pertencentes ao setor, o que
implicaria em um risco setorial mais elevado.
101
77.. AA MMEETTOODDOOLLOOGGIIAA DDEE ““RRAATTIINNGG”” DDAASS AAGGÊÊNNCCIIAASS CCLLAASSSSIIFFIICCAADDOORRAASS
As classificações de risco, quando realizadas por agências classificadoras independentes,
correspondem a “... avaliações que objetivam medir e divulgar ao mercado a capacidade dos
emitentes de títulos privados ou públicos de honrar o repagamento de um título específico,
sendo realizada uma classificação para cada título, já que as condições de cada lançamento
normalmente são diferenciadas. Quando realizadas por agentes financeiros, constituem
avaliações destinadas a balizar internamente o processo de concessão e administração do
crédito” (BERGAMINI, 1997).
“Inovação norte-americana, algumas dessas agências existem desde o
início do século, como a Standard & Poor’s e a Moody’s. Atualmente, há
nesse mercado cerca de sete mil empresas e 25 mil títulos classificados.
Dependendo do emissor e do prazo de pagamento dos títulos, essas
agências utilizam metodologias de classificação de risco diferenciadas para
avaliar a capacidade de pagamento desses títulos, inclusive com notação
específica. Além da classificação de títulos específicos, algumas agências
também consideram em suas avaliações o risco genérico representado pela
empresa emissora” (BERGAMINI, 1997).
“No Brasil, existem em atividade algumas agências de classificação de risco independentes,
como a Atlantic Rating (associada a Thomson Bank Watch), a Moody’s, a S.R.Rating
(associada a Duff & Phelps), a Standard & Poor’s e o IBCA” (BERGAMINI, 1997).
“A atividade de classificação de risco também é realizada no mercado financeiro brasileiro
por alguns grandes bancos atacadistas, geralmente multinacionais, com o objetivo de
diferenciar, para uso interno, os níveis de risco de grandes empresas” (BERGAMINI, 1997).
102
A Metodologia de “Rating” das Agências Classificadoras
Dentre as agências de classificação de risco independentes mais conhecidas
internacionalmente, a Standard & Poor’s é a que disponibiliza publicamente os textos de
melhor qualidade sobre metodologia de classificação de risco.
Para as agências classificadoras de risco independentes e, em particular, para a Standard &
Poor’s (S&P), “... a avaliação da qualidade de crédito corporativo segue uma metodologia
padrão de ‘rating’: o risco do setor ao qual a empresa pertence e sua posição competitiva são
avaliados em conjunto com seu perfil financeiro e suas políticas” (KATZ, 2002).
Como agência classificadora de risco, a S&P avalia o “rating” de uma empresa ou País, a seu
pedido, geralmente para efeito de uma emissão de bônus que essa empresa ou País está
interessado em fazer no mercado financeiro privado externo: para prestar tal serviço, a S&P
visita a empresa ou o País cliente, quando, então, costuma obter a maior parte das
informações (quantitativas e/ou qualitativas) de que necessita para sua avaliação.
Os trabalhos referentes à definição de “ratings” corporativos internacionais são conduzidos
por equipes de analistas das agências classificadoras de risco, cujos componentes devem
necessariamente conhecer tanto o país de domicílio do emissor como o Setor da economia ao
qual ele pertence.
As análises efetuadas pelas agências classificadoras de risco são normalmente baseadas em
dados contábeis históricos relativos a um período de cinco anos e em projeções financeiras
elaboradas para um horizonte de dois ou três anos. A utilização de tais projeções financeiras
no processo de definição do “rating” tem por objetivo maior uma avaliação da gestão
financeira da empresa e não o julgamento da capacidade de previsão de sua diretoria.
Na abordagem analítica da S&P, “... O ‘rating’ final é uma síntese dos fatores qualitativos e
quantitativos discutidos por um comitê de analistas que avalia cada caso separadamente”
(KATZ, 2002).
103
A metodologia utilizada pela S&P para a determinação do “rating” de um emissor não se
limita, pois, a uma avaliação do seu risco financeiro, a partir da apuração e exame de várias
medidas financeiras. Ela requer, adicionalmente, uma revisão detalhada dos fundamentos do
negócio, com a formação de uma opinião sobre a posição competitiva da empresa e uma
avaliação de seu corpo administrativo e de suas estratégias. Por outro lado, respeitando as
características do país onde se localiza seu cliente, a S&P procura também efetuar uma
avaliação distinta dos riscos relacionados ao país, no que diz respeito à capacidade de
pagamento em moeda local e em moeda forte.
“ ‘Ratings’ corporativos internacionais são conduzidos por times que
combinam conhecimento do país de domicílio com conhecimento da
industria. Em todo o mundo, a análise das corporações segue a mesma
metodologia de ‘rating’: o risco da industria e a posição competitiva da
companhia são avaliadas em conjunto com o perfil financeiro da firma e a
política financeira por ela adotada. Esta análise fundamental é efetuada
com uma apreciação das características relevantes específicas da industria,
país ou região. Se o meio ambiente da região possui riscos adicionais para
as corporações lá operarem, então tal fato é incorporado na análise”
(STANDARD&POOR’S, 2001).
Assim, a metodologia utilizada pela S&P para a determinação do “rating” de um emissor
considera o conjunto das seguintes avaliações:
(i) avaliação do risco financeiro do emissor, com base na apuração de indicadores
financeiros/contábeis padrão relativos aos últimos cinco anos. Nesta avaliação, a
S&P leva em conta, principalmente, os seguintes pontos:
o características financeiras: qualidade da contabilidade e análise dos
dados;
o política financeira: qualidade da política financeira adotada;
o rentabilidade: retorno sobre capital, lucros sobre os ativos do segmento
do negócio;
104
o nível de alavancagem financeira / proteção dos ativos;
o proteção do fluxo de caixa: a necessidade de capital da empresa (ativos
fixos e capital de giro, dividendos e impostos) “versus” sua capacidade
de gerar fundos internamente;
o flexibilidade financeira: as necessidades financeiras do emissor “versus”
seus planos e alternativas existentes;
o existência de propriedade estatal completa ou parcial: o apoio do Estado
viabilizando um aumento do perfil de crédito do emissor;
o blocos locais de propriedade: as decorrências de uma eventual afiliação
do emissor a um forte grupo econômico;
o nível de facilidade de acesso a fontes locais de financiamento.
Como pode ser visto da relação anterior, a S&P, na análise de risco financeiro de um emissor,
inclui a avaliação de algumas variáveis que refletem as características particulares do Setor ao
qual pertence o emissor, ao mesmo tempo em que também aprecia variáveis que dizem muito
mais respeito à qualidade da gestão administrativa/financeira do emissor.
(ii) avaliação do risco setorial, a partir de uma análise das características do Setor
e da posição competitiva do emissor. As variáveis-chave consideradas pela S&P
para a avaliação do risco setorial associado a um emissor são:
o perspectivas de crescimento, estabilidade ou declínio;
o o padrão dos ciclos de negócio;
o vulnerabilidades às mudanças tecnológicas, questões trabalhistas ou
interferência regulatória;
o nível de intensidade de capital fixo ou de giro;
o necessidade de gastos atuais com ativo fixo ou com pesquisa e
desenvolvimento;
105
o a natureza e intensidade do ambiente competitivo.
“Cada análise de ‘rating’ começa com uma avaliação do meio ambiente em
que a empresa atua. Para determinar o grau de risco operacional relativo a
um participante em um dado negócio, a Standard & Poor’s analisa a
dinâmica deste negócio. Esta análise se concentra no tamanho das
perspectivas da industria, assim como nos fatores competitivos que afetam a
industria. Os vários fatores incluem perspectivas de crescimento da
industria, estabilidade, ou declínio, e o padrão dos ciclos de negócio. É
crítico determinar a vulnerabilidade à mudança tecnológica, paralisações
de trabalhadores, ou interferência regulatória. Industrias que têm longos
tempos de parada ou que requerem uma planta fixa de natureza especial se
defrontam com um risco mais elevado. As implicações de uma competição
crescente são obviamente cruciais” (STANDARD&POOR’S, 2001).
No que diz respeito particularmente à capacidade de competição de um emissor dentro do
Setor a que pertence, entende a S&P que devam ser levados em consideração os seguintes
pontos:
nível de participação do emissor no mercado em que atua;
o nível de sua eficiência operacional;
tamanho;
grau de diversificação apresentado pelo emissor; e
a qualidade do seu corpo administrativo.
A avaliação referente à qualidade do corpo administrativo do emissor diz respeito, aqui, “…
às estratégias de competição e ao direcionamento futuro que a diretoria da empresa estabelece
para ela. Os planos e políticas são julgados por seu realismo e pelo conhecimento que a
diretoria possui dos pontos fortes e fracos da empresa” (KATZ, 2002). A avaliação do corpo
administrativo está, pois, aqui associada a um determinado conhecimento existente sobre o
Setor a que o emissor pertence.
106
Na verdade, a S&P considera uma parte da avaliação da gestão administrativo-financeira do
emissor - qualidade da contabilidade e análise de dados, qualidade da política financeira, etc..
- no âmbito do que ela denomina como avaliação do risco financeiro e uma outra parte –
qualidade do corpo administrativo e das estratégias do emissor – no âmbito do que ela
denomina como avaliação do risco do Setor.
Como já mencionado anteriormente, as avaliações efetuadas pela S&P para um emissor,
referentes a seus riscos financeiro e setorial, são por ela complementadas por uma avaliação
do risco país, que, quando for o caso, considera em separado a existência ou não de um risco
de transferência, entendido este como “... a incapacidade de uma empresa para ter acesso à
moeda forte para pagar a sua dívida estrangeira por causa de ações do governo soberano... “
(KATZ, 2002).
Ao considerar a análise dos vários riscos relacionados ao país que não o de transferência, a
S&P está, na verdade, procurando definir o que denomina como “rating de crédito corporativo
em moeda local”, o qual “... permite que se entenda como um emissor é comparado com seus
pares no mundo, em termos de sua competição competitiva na industria e de sua saúde
financeira, deixando-se de lado as restrições impostas pelo ‘rating’ soberano representadas
pelo risco de transferência” (KATZ, 2002).
A avaliação do risco de um Setor deve ter, de acordo com a metodologia adotada pela S&P,
um grande peso para a atribuição de um “rating” máximo. Entende a S&P que deva ser “...
particularmente difícil para uma empresa receber um ‘rating’ muito alto, caso (esta empresa)
esteja inserida em um Setor cujo nível de risco seja avaliado acima da média, independente do
quão conservadora seja sua postura financeira” (KATZ, 2002). Neste sentido, “... para o
mesmo nível de ‘rating’, uma empresa com um perfil de negócio fraco terá que mostrar uma
estrutura financeira mais conservadora, enquanto a empresa com uma posição de risco de
negócio mais conservadora poderá manter uma postura financeira mais agressiva” (KATZ,
2002). Em outras palavras:
107
“Enquanto um perfil particular de negócio se mostrar como a mais
importante variável a ser considerada para a determinação do ‘rating’, a
avaliação do risco do negócio deve levar um longo caminho até atingir o
limite superior no ‘rating’ para o qual um participante da industria pode
aspirar” (STANDARD&POOR’S, 2001).
Para um determinado nível de risco setorial, pode ser associada uma faixa de variação
específica dos valores de um determinado indicador financeiro. Para níveis de risco setorial
mais elevados, as faixas de variação associadas deveriam necessariamente refletir uma piora
de situação, o que poderia corresponder, conforme o tipo de indicador analisado, a valores
mais elevados ou menos elevados. Na tabela exemplo apresentada a seguir, um Setor cujo
nível de risco foi avaliado como baixo está sendo associado a uma faixa de valores do
Indicador X variando de 80% a 20%; a faixa de valores do Indicador X associada a um Setor
de risco médio seria mais elevada, ou seja, variando de 90% a 30%.
Tabela 7.1 - Rating Associado a um Indicador, conforme o Nível de Risco Setorial ( % )
Risco Setorial Rating Associado ao indicador X
A B C
Risco Baixo 80% 50% 20%
Risco Médio - 90% 30%
Risco Alto - - 50%
De acordo com a tabela anterior, a uma empresa, pertencente a um setor de risco baixo e com
um valor do Indicador X de, por exemplo, 60%, se associaria um “rating” B. Se essa mesma
empresa pertencesse a um setor de risco médio, o “rating” associado ao indicador seria C.
Na metodologia de “rating” da S&P, os indicadores financeiros apurados são considerados
dentro do contexto de risco do Setor a que pertence o emissor.
“Uma companhia com uma posição competitiva mais forte, com
perspectivas de negócio mais favoráveis, e com fluxos de caixa mais
previsíveis pode-se permitir a incorrer em um risco financeiro adicional,
mantendo o mesmo risco de crédito” (STANDARD&POOR’S, 2001).
108
88.. AA PPRROOPPOOSSTTAA PPAARRAA DDEEFFIINNIIÇÇÃÃOO DDOO RRIISSCCOO SSEETTOORRIIAALL
8.1. A METODOLOGIA UTILIZADA
Considerando o “compromisso” que as proposições objeto do presente estudo procuraram ter
com a sua implementação, entendeu-se como fundamental para a sua condução o
envolvimento de todos aqueles que, no âmbito do BNDES, têm algum conhecimento e/ou
poder de decisão sobre o assunto. A consulta a tais pessoas permitiu, além da obtenção de
conhecimento, definir, ao longo do processo de elaboração do estudo, os caminhos a serem
seguidos, tendo em vista as diferentes alternativas que se iam colocando.
Apenas a título de exemplo, um assunto que, logo de partida, teve de ser colocado para
aqueles que, no âmbito da instituição, têm poder de decisão sobre o assunto foi o que dizia
respeito à oportunidade da realização de estudos setoriais, para efeito da obtenção do
conhecimento setorial necessário para a definição do risco de um Setor.
A necessidade de se consultar os “donos do processo” com vistas a uma definição sobre
determinadas alternativas deve ser sempre considerada à luz de uma preocupação com a
viabilidade de implementação das proposições a serem formuladas: uma definição que não
venha a ser efetuada pelos envolvidos com o assunto pode simplesmente vir a ter pouca ou até
mesmo nenhuma viabilidade de implementação.
Neste sentido, quando consultados, os executivos diretamente envolvidos com o assunto no
âmbito da instituição descartaram a realização de estudos setoriais, optando, em troca, pela
aplicação de um Questionário junto a especialistas setoriais (ver comentários efetuados nos
itens 8.2 e 8.3, a seguir).
Este Questionário, na medida em que viesse a fazer parte de um modelo simples, poderia
viabilizar tanto a obtenção de conhecimento setorial como a mensuração do risco de cada
Setor. Este caminho levou, em conseqüência, à necessidade de uma validação contínua dos
critérios e das regras de mensuração adotados pelo modelo concebido.
109
Dentro do objetivo de se primar pela simplicidade, optou-se pelo desenvolvimento de um
modelo em planilha Excel. As regras lógicas e os critérios de mensuração adotados estão
expressos nas fórmulas (ver ANEXO 4) constantes em tal planilha, na qual se expressam os
resultados finais do presente trabalho.
8.2. AS QUESTÕES COLOCADAS PARA DEFINIÇÃO
Conforme já mencionado, a primeira questão colocada para as pessoas que, no âmbito do
BNDES, estão diretamente envolvidas com o assunto em estudo dizia respeito à forma como
o conhecimento setorial deveria vir a ser obtido. Mais especificamente: deveriam vir a ser
efetuados tantos estudos setoriais quantos os que viessem a se mostrar necessários, ou se
deveria procurar “capturar” esse conhecimento setorial através da aplicação de Questionários
junto a especialistas?
Outra questão colocada dizia respeito à metodologia que deveria vir a ser considerada para a
obtenção de conhecimento setorial. Neste contexto, o conhecimento setorial a ser obtido
poderia vir a se restringir basicamente ao produto final do Setor ou, alternativamente, vir a
considerar os conceitos analíticos para tanto desenvolvidos por Porter (ver item 6).
Era também importante obter-se uma definição sobre o “conceito” de Setor a ser considerado.
A definição de setores, por exemplo, poderia vir a ser efetuada de forma tradicional, na
medida em que se viesse a ter como critério básico de nomeação a linha de produção de um
conjunto de empresas, ou, alternativamente, poderia haver a definição – com base nos
conceitos desenvolvidos por Porter – de um Setor “particular” para cada uma das empresas
que viessem ao BNDES solicitar uma colaboração financeira.
Na medida em que se tenha em mente a fase de implementação da proposta, era também
importante definir o critério a ser utilizado para se “alocar” uma empresa a um determinado
Setor.
No contexto do BNDES, a empresa que a ele vem solicitar uma colaboração financeira
poderia, por exemplo, ser alocada a um dos setores pertencentes a um conjunto deles
110
previamente estabelecido, considerando-se como critério para tal alocação o principal produto
por ela produzido. Alternativamente, poderia haver a determinação específica de um Setor –
com suas “fronteiras” particulares – para cada uma das empresas demandantes de uma
colaboração financeira.
É evidente que, em termos operacionais, há vantagens e desvantagens, na medida em que se
considere uma ou outra dessas alternativas.
A definição prévia de um conjunto de setores permitiria que, antecipadamente, se pudesse vir
a equacionar a obtenção de conhecimento sobre um setor, bem como a definição do respectivo
risco setorial. Nesta alternativa, para cada empresa que viesse ao BNDES solicitar uma
colaboração financeira se poderia associar, automaticamente, um Setor e, portanto, um risco
setorial. Por outro lado, há um risco não desprezível nessa alternativa, na medida em que, ao
se adotar o critério do produto principal, se venha alocar uma empresa a um Setor que dela
não seja representativo, levando a que, em conseqüência, a ela venha ser associado um
inadequado risco setorial.
A definição, de acordo com os conceitos de Porter, de um Setor “particular” para cada uma
das empresas solicitantes de colaboração financeira implicaria na necessidade de um maior
tempo para a realização da atividade de classificação de risco no âmbito do BNDES, embora,
por outro lado, viesse a praticamente eliminar a possibilidade de tais erros de alocação virem
a ocorrer.
Ainda no âmbito da análise das alternativas existentes para a condução do assunto, procurou-
se também considerar o significativo tempo que, do ponto de vista operacional, teria de ser
despendido para a realização de estudos setoriais, seja com a utilização de uma metodologia
tradicional, seja com a utilização dos conceitos desenvolvidos por Porter.
8.3. AS DEFINIÇÕES E RECOMENDAÇÕES EFETUADAS
Em primeiro lugar, os decisores consultados optaram por definir previamente quais os setores
a serem considerados para efeito da determinação de um risco setorial ( ver a relação de
111
setores apresentada no ANEXO 1): nesta definição, prevaleceu a adoção do critério
tradicional de nomeação de setores, tendo em vista o produto principal colocado no mercado
por um conjunto de empresas. O conjunto de setores selecionado corresponde, na verdade, ao
que é atualmente adotado pelo BNDES para efeito da administração interna da atividade de
classificação de risco.
Definiu-se também que o conhecimento setorial a ser obtido com vistas à determinação do
risco de um Setor deveria levar em conta os conceitos para tanto desenvolvidos por Porter.
Para efeito do presente estudo, um sumário de tais conceitos foi apresentado no item 6.
Como já mencionado, optou-se, igualmente, pela não realização de estudos setoriais.
Considerou-se, aqui, que a realização de tais estudos com vistas à definição do risco de um
Setor acarretaria, no âmbito do BNDES, um gargalo operacional no processo de definição da
classificação de risco de uma empresa e, conseqüentemente, no processo decisório para a
concessão de colaboração financeira. Assim, optou-se pela obtenção de conhecimento setorial
através do desenvolvimento de um modelo simples, a ser especificamente desenvolvido com
tal finalidade. O conhecimento de especialistas setoriais seria, então, “capturado” através das
respostas dadas a um Questionário que lhes seria submetido. Entendeu-se que a aplicação de
tal Questionário, tanto para a obtenção inicial como para as sucessivas e posteriores
atualizações de conhecimento setorial, seria muito mais rápida e prática que a realização de
estudos setoriais, a despeito da metodologia que, para tanto, se viesse a utilizar. “Para que
sistemas baseados no conhecimento venham a ser efetivos, é também necessário que suas
bases de dados venham a ser continuamente atualizadas” (DUTTA, 1993).
As perguntas componentes de tal Questionário seriam cuidadosamente formuladas, de forma
tanto a viabilizar um diagnóstico setorial que refletisse os conceitos desenvolvidos por Porter,
como a possibilitar uma mensuração do risco do Setor. Esta mensuração do risco do Setor,
por outro lado, seria efetuada a partir da pontuação conferida a cada uma das respostas do
Questionário: neste sentido, fica patente, então, a necessidade de concepção de um modelo
simples e ágil, com vistas a viabilizar tanto a obtenção de informações, através da aplicação
de um Questionário, como a sua quantificação. A necessidade de mensuração do risco de um
Setor, além de afetar a própria concepção das perguntas do Questionário (ver ANEXO 2),
levou a que:
112
(i) tivessem de ser previamente definidas Respostas Alternativas, para cada uma das
Perguntas do Questionário;
(ii) viessem a ser estabelecidos Pesos para cada uma das Perguntas, de acordo com a
importância que lhes foram atribuídas, tendo em vista a mensuração do Risco do
Setor;
(iii) se associasse um nível de risco setorial (Setor de Risco Alto / Setor de Risco
Médio / Setor de Risco Baixo) para cada uma dessas Respostas Alternativas;
(iv) se associasse uma Faixa de Pontos para cada Resposta Alternativa e seu
correspondente nível de Risco Associado: à alternativa de resposta associada a um
Setor de Risco Baixo corresponderia uma Faixa de Pontos de 8 até 10 pontos; à
alternativa associada a um Setor de Risco Médio corresponderia uma Faixa de 4
até 7 pontos; e à alternativa associada a um Setor de Risco Alto corresponderia
uma Faixa de 0 até 3 pontos.
A concepção das alternativas de resposta pré-estabelecidas para cada pergunta do
Questionário procurou atentar tanto para uma simplificação da sua aplicação, como para a
viabilização de sua quantificação. Assim, para cada pergunta, se procurou definir apenas duas
ou três alternativas de resposta variáveis, de forma a que, para cada resposta dada, se
associasse uma Faixa de Pontos correspondente a um risco alto, médio ou baixo. Escolhida a
resposta de uma pergunta pelo especialista setorial, este, num segundo momento, define a
pontuação que lhe deve ser conferida, considerando a faixa de Pontos correspondente.
Por outro lado, duas alternativas de respostas (“Não há informações suficientes para
responder” e “Indagação não pertinente ao Setor”) foram mantidas fixas para todas as
perguntas do Questionário, de forma a se garantir uma qualidade para a informação obtida. A
cautela refletida pela introdução dessas duas alternativas fixas de resposta decorre do fato de
se estar concebendo um Questionário de caráter geral, para aplicação em setores com
características bem distintas. É inevitável, pois, para um ou outro Setor, a ocorrência, por
exemplo, de perguntas que não lhe sejam pertinentes e que, portanto, não tenham sentido para
efeito da determinação do Risco do Setor.
113
As definições efetuadas configuram um fluxo operacional, no BNDES, para efeito da
determinação da classificação de risco de uma empresa. Este fluxo operacional contempla:
(i) recebimento de uma solicitação de apoio financeiro;
(ii) enquadramento automático dessa empresa, tendo em vista seu produto principal,
em um dos setores previamente definidos (ver ANEXO 1); e
(iii) a associação a essa empresa de um risco setorial previamente apurado através da
aplicação de Questionários junto a especialistas setoriais.
No que diz respeito à “forma” como o risco setorial apurado para uma determinada empresa
deve vir a afetar a sua classificação de risco final, prevaleceu a idéia de que ela deva ser
simples e ter uma influência complementar à atual forma adotada pelo BNDES para a
apuração da classificação de risco, a qual, como já visto anteriormente (ver item 5), reflete
essencialmente o risco financeiro e o risco de gestão administrativo-financeira da empresa.
A avaliação do risco de um Setor deve, contudo, ter um grande peso para a atribuição de uma
classificação de risco máxima. Assumindo-se a posição da S&P sobre o assunto, entendeu-se
que deva vir a ser particularmente difícil para uma empresa receber uma classificação de risco
muito alta, no caso de essa empresa estar inserida em um Setor cujo nível de risco seja
avaliado acima da média, independentemente de quão conservadora seja sua postura
financeira (ver comentários efetuados no item 7).
8.4. APRESENTAÇÃO E DESCRIÇÃO DO MODELO CONCEBIDO
Todas as proposições efetuadas no presente trabalho com vistas à determinação do risco de
um determinado setor estão expressas, para efeito de uma eventual implementação, em uma
planilha Excel, a qual deve vir a ser entendida como uma expressão final da presente
dissertação.
A planilha Excel acima referida é composta pelas seguintes pastas, algumas delas
reproduzidas como anexos ao presente trabalho:
114
Questionário (ANEXO 2);
Entrevista 1;
Entrevista 2;
Entrevista 3;
Entrevista 4;
Entrevista 5;
Consolidação das Entrevistas (ANEXO 3);
Matriz de Performance (ANEXO 5); e
Determinação Final (ANEXO 6).
No ANEXO 2, pode ser visto, na íntegra, o Questionário proposto para ser aplicado junto a
cada especialista setorial. No item 8.5, a seguir, é efetuada uma descrição pormenorizada do
Questionário.
As cinco pastas que, então, se seguem na planilha (Entrevista 1,..., Entrevista 5) têm por
objetivo registrar e manter arquivados os resultados, para um determinado setor, de cada uma
das entrevistas realizadas. Para efeito de facilitar a entrada de dados e eventuais consultas que
se mostrem necessárias sobre uma entrevista específica, estas pastas reproduzem o texto das
perguntas constantes no Questionário.
A título meramente ilustrativo, as pastas referentes a cada Entrevista apuram um resultado
para a mesma, em termos de risco do setor analisado. Contudo, na metodologia ora proposta,
este resultado só será considerado no âmbito da consolidação de todas as entrevistas
realizadas.
Na pasta Consolidação das Entrevistas (ver ANEXO 3), busca-se, em primeiro lugar, para
cada uma das perguntas, resumir o resultado de todas as entrevistas realizadas, apurando-se,
inclusive, a média dos pontos obtida em cada pergunta.
115
Tomando por base o resumo das informações referentes às entrevistas realizadas, estão
previstos dois campos nesta pasta para registrar a manifestação do grupo de decisores
(analista de risco), para cada pergunta, com relação a uma definição sobre a Resposta
“Adotada” para a Pergunta e do Número de Pontos Adotado. Na sua manifestação final sobre
cada uma das perguntas, o grupo de decisores (analista de risco) poderá, inclusive, considerar
como prejudicada uma pergunta, quando, no resumo das informações das entrevistas, verificar
uma inconsistência nas respostas obtidas.
A pontuação global a ser obtida pelo Setor levará em conta apenas essas manifestações finais
do grupo decisor (analista de risco), para cada uma das perguntas.
Para a mensuração do risco do setor, tanto nas pastas referentes às Entrevistas como na
referente à sua Consolidação, foram utilizados vários critérios, os quais são
pormenorizadamente descritos no item 8.6, a seguir.
Na pasta Matriz de Performance (ANEXO 5) da planilha Excel desenvolvida, são
apresentadas, para cada critério (pergunta) considerado, as avaliações médias obtidas pelo
setor em todas as Entrevistas realizadas, bem como todos os cálculos necessários para a
aplicação do Método Electre Tri e as suas correspondentes sugestões de alocação para o Setor
Pesquisado, segundo os Procedimentos Otimista e Pessimista.
Na pasta Determinação Final (ANEXO 6), é então registrado o posicionamento final do grupo
decisor, consideradas (i) as sugestões efetuadas por cada um dos entrevistados isoladamente,
(ii) a alocação provisória a que chegou o próprio grupo decisor ao analisar as respostas de
cada um dos entrevistados, e (iii) as sugestões (Procedimentos de Alocação Otimista e
Pessimista) decorrentes da aplicação do Método Electre Tri.
Uma descrição detalhada das determinações efetuadas pelos agentes decisores, das fórmulas
de cálculo utilizadas na planilha Excel desenvolvida e dos Procedimentos de Alocação
utilizados com base no Método Electre Tri é apresentada no ANEXO 4.
116
8.5. APRESENTAÇÃO E DESCRIÇÃO DO QUESTIONÁRIO
O Questionário concebido para aplicação junto a especialistas setoriais (ver ANEXO 2) é
composto por 35 perguntas, que, ao procurarem abordar diferentes aspectos de um setor,
procuram extrair do especialista consultado o conhecimento setorial por ele detido. Como está
prevista a realização de três a cinco entrevistas por setor, poder-se-á obter, na verdade, uma
“média” do conhecimento setorial dos especialistas consultados.
O Questionário (ver ANEXO 2) é composto pelas seguintes partes:
(i) o texto de cada pergunta;
(ii) Respostas Alternativas tipo multiplo-escolha, previamente definidas para cada
pergunta;
(iii) o nível de risco setorial (Risco Associado) que, no modelo proposto, está sendo
considerado para cada Resposta Alternativa;
(iv) as Faixas de Pontos correspondentes a cada uma das Respostas Alternativas e
respectivo Risco Associado; e
(v) um espaço em branco reservado para as observações/comentários do especialista
sobre cada uma das perguntas.
Tendo sido concebido na forma de uma planilha Excel, há também dois campos tipo “Lista de
Valores” para o registro, pelo especialista setorial consultado, da sua resposta e do número de
pontos que ele entende lhe deva ser atribuída.
Na formulação das 35 perguntas que compõem o Questionário, se procurou considerar
fundamentalmente os conceitos desenvolvidos por Porter para a avaliação de um setor. Nestes
termos, as perguntas formuladas procuraram “varrer” os seguintes aspectos de um setor:
perspectivas de crescimento;
ciclicalidade do negócio;
117
vulnerabilidade à mudança tecnológica;
vulnerabilidade à interferência regulatória;
nível de intensidade de capital fixo;
nível de intensidade de capital de giro;
necessidade de gastos com ativo fixo;
necessidade de gastos com P&D;
integração vertical;
natureza e intensidade do ambiente competitivo;
dependência com relação a fornecedores e distribuidores;
dependência com relação a clientes;
barreiras à entrada e saída.
Espelhando tais aspectos, as 35 perguntas do Questionário foram divididas em três grupos: ao
primeiro grupo (Ambiente Competitivo), contemplado com 17 perguntas, foi atribuído pelos
agentes decisores um peso de 40%; ao segundo grupo (Inovação Tecnológica e Questões
Institucionais), com 10 perguntas, se atribuiu um peso de 30%; e ao terceiro grupo (Cadeia
Produtiva), com 8 perguntas, se atribuiu um peso de 30%. Considerando que o número
máximo de pontos que um setor pode vir a obter em uma Entrevista foi definido como 1000,
as perguntas que compõem, isoladamente, cada um dos grupos acabaram, na prática,
recebendo pesos iguais: cada uma das 17 perguntas do primeiro grupo recebeu um peso de
2,35; cada uma das 10 perguntas do segundo grupo recebeu um peso de 3,00; e cada uma das
8 perguntas do terceiro grupo recebeu um peso de 3,75.
A opção feita, no âmbito do presente trabalho, pela formulação prévia, para cada pergunta, de
Respostas Alternativas tipo multiplo-escolha, visou uma mais fácil e confiável aplicação do
Questionário, tendo em vista o tempo restrito que, imagina-se, geralmente lhe será atribuído
por um especialista, interno ou externo, para a sua resposta.
118
Considerando-se que o objetivo do presente trabalho se circunscreve à alocação dos setores da
economia em apenas três categorias de risco (alto / médio / baixo), pôde-se restringir o
número de Respostas Alternativas a no máximo cinco, levando em conta que duas delas foram
mantidas fixas para todas as perguntas, quais sejam as correspondentes à “Não há
Informações Suficientes para Responder” e “Indagação não Pertinente ao Setor”. Estas
alternativas de resposta fixas têm como objetivo vir a se utilizar unicamente de um
conhecimento setorial de qualidade.
O nível de risco setorial (Risco Associado) indicado no Questionário, para cada uma das
Respostas Alternativas não fixas, foi objeto de intensa discussão junto às pessoas diretamente
envolvidas, na instituição, com o assunto. Para cada Resposta Alternativa e seu
correspondente nível de risco setorial está sendo associada uma Faixa de Pontos, conforme já
descrito no item 8.3, cabendo ao especialista consultado, após a escolha de sua resposta,
também definir, dentro da Faixa de Pontos correspondente, o número de pontos que ele
entende deva ser atribuído para a sua resposta (Número de Pontos Estabelecido para a
Resposta).
Nos espaços em branco reservados para Observações, o especialista setorial poderá fazer
qualquer tipo de comentário sobre cada pergunta, inclusive sobre os pesos atribuídos a cada
grupo de perguntas e sobre o nível de risco indicado no Questionário para cada uma das
Respostas Alternativas.
8.6. OS CRITÉRIOS UTILIZADOS PARA A MENSURAÇÃO DO NÍVEL DE
RISCO DE UM SETOR
Os critérios descritos a seguir fazem sempre referência à planilha Excel desenvolvida para a
mensuração do risco setorial, em particular a pasta Consolidação das Entrevistas nela
constante (ver ANEXO 3).
Tendo por base a possibilidade de aplicação, para cada um dos setores previamente definidos
(ver ANEXO 1), de três a cinco Questionários (ver ANEXO 2), foram adotados, para efeito
da mensuração do risco de um setor, os seguintes critérios:
119
a) tratamento referente à alternativa de resposta fixa “Pergunta Prejudicada”,
constante apenas na pasta Consolidação das Entrevistas pertencente à planilha Excel
desenvolvida (ver ANEXO 3):
(i) no Número de Pontos Adotado referente a cada pergunta, se atribuiu a essa
alternativa de resposta 0 (zero) pontos;
(ii) para efeito do cálculo da pontuação média global de um setor, consideradas
todas as Entrevistas e perguntas, se promoveu um ajuste linear, de forma a
evitar o sub-dimensionamento da pontuação obtida que decorreria do
número de respostas prejudicadas (“Pergunta Prejudicada”).
b) tratamento referente à alternativa de resposta fixa “Não há informações
Suficientes para Responder”:
(i) em cada Entrevista, isoladamente, se atribuiu a tal alternativa de resposta 0
(zero) pontos;
(ii) cada Entrevista, isoladamente, só foi considerada como Válida se o número
de perguntas não respondidas em decorrência de uma falta de informações
foi inferior a 25% do total de perguntas do Questionário;
(iii) na apuração da média de pontos de cada pergunta, quando se consideram
todas as Entrevistas realizadas, se atribuiu 0 (zero) pontos para as respostas
referentes a Entrevistas não Válidas;
(iv) considerando todas as Entrevistas e perguntas realizadas, só se atribuiu um
risco para o Setor que, como Resposta “Adotada” para a Pergunta, obteve
um número de respostas não válidas (soma das respostas “Não há
informações suficientes para responder” e “Pergunta Prejudicada”) inferior a
25% do número total de perguntas do Questionário.
c) tratamento referente à alternativa de resposta fixa “Indagação não pertinente ao
Setor”:
(i) em cada Entrevista, isoladamente, se atribuiu a tal alternativa de resposta 0
(zero) pontos;
120
(ii) na apuração da média de pontos de cada pergunta, quando se consideram
todas as Entrevistas realizadas, se atribuiu 0 (zero) pontos para a pergunta
contemplada com um número de respostas não pertinentes (“Indagação não
pertinente ao Setor”) superior a 50% do número total de Entrevistas;
(iii) para efeito do cálculo da pontuação média global de um setor, consideradas
todas as Entrevistas realizadas, se promoveu um ajuste linear, de forma a
não sub-dimensionar a pontuação obtida, em decorrência do número de
respostas não pertinentes (“Indagação não pertinente ao Setor”).
d) tratamento para a mensuração da média de pontos de cada pergunta,
considerando-se todas as Entrevistas:
(i) foi apurada, para cada pergunta, o Nº Médio de Pontos por ela obtido em
todas as Entrevistas, observados os tratamentos anteriormente descritos para
as chamadas alternativas fixas de resposta (“Indagação não pertinente ao
Setor” e “Não há informações Suficientes para Responder”);
(ii) no caso em que, alternativamente, as respostas de todos os especialistas para
uma determinada pergunta foram “não pertinentes” ou “não válidas”
(insuficiência de informações) se atribuiu para tal pergunta 0 (zero) pontos;
(iii) para a apuração do Nº Médio de Pontos de cada pergunta, os pontos obtidos
nas perguntas referentes a Entrevistas não Válidas (insuficiência de
informações) foram considerados como 0 (zero);
(iv) para o cálculo do Nº Médio de Pontos de uma determinada pergunta, a soma
de pontos obtida, observados os critérios descritos nos itens anteriores, foi
dividida pelo menor número existente entre os representativos de Nº de
Entrevistas Válidas (suficiência de informações) e Nº de Respostas
Pertinentes.
e) O número de Entrevistas a serem realizadas para a definição do risco de um Setor foi
deixado em aberto, embora se tenha em mente a necessidade de realização de um
mínimo de 3 a 5 Entrevistas. A expectativa é de que, de início, não venham a ser
conhecidos muitos especialistas setoriais para serem consultados. A implementação do
121
modelo proposto, portanto, não irá demandar um tratamento estatístico mais sofisticado
para as informações obtidas com a aplicação dos Questionários, o que, contudo, não
deve vir a ser necessariamente descartado no futuro.
f) O Número Médio de Pontos e a correspondente Resposta “Média” de todos os
Entrevistados, obtidos em cada uma das perguntas do Questionário de acordo com todos
os critérios anteriormente descritos, deverão ser sempre entendidos como meras
sugestões, na medida em que refletem a informação de conhecimento setorial obtida
com as Entrevistas. As sugestões referentes a número de pontos e resposta média, para
cada pergunta, deverão passar, então, pelo crivo final de um analista ou de um grupo
decisor, constituindo, ao serem confirmadas ou alteradas, a Resposta “Adotada” para a
Pergunta e o Número de Pontos Adotado, o qual, multiplicado pelo peso da pergunta,
corresponderá à Nota Ponderada Adotada.
g) A soma das Notas Ponderadas Adotadas referentes a todas as perguntas (Total de
Pontos) passará, então, por um ajustamento linear final, na medida em que se considera
a relação percentual entre “respostas não consideráveis” (respostas não pertinentes e/ou
respostas prejudicadas) e o número total de perguntas. Chega-se, assim, ao Total de
Pontos Ajustado. No âmbito do modelo concebido para a determinação do risco
setorial, as chamadas respostas prejudicadas ocorrem, a juízo do analista, na sua
manifestação para cada pergunta, ao final de todas as entrevistas realizadas.
h) Para efeito da determinação final do nível de risco setorial, o Total de Pontos Máximo,
considerando-se todas as perguntas, foi dividido em 3 faixas: uma faixa inferior – de
zero a 300 pontos – correspondendo a um Setor de Risco Alto; uma faixa intermediária
– de 300 até 700 pontos – correspondendo a um Setor de Risco Médio; e uma faixa
superior – de 700 até 1.000 pontos – correspondendo a um Setor de Risco Baixo.
i) o Total de Pontos Ajustado referente a todas as Entrevistas realizadas constitui, então, a
base para a definição do risco do Setor: ao Total de Pontos Ajustado situado na faixa
inferior se associará um Setor de Risco Alto; ao Total de Pontos situado na faixa
intermediária se associará um Setor de Risco Médio; e ao Total de Pontos situado na
faixa superior se associará um Setor de Risco Baixo.
122
j) na determinação do risco setorial, consideradas todas as Entrevistas e perguntas
realizadas, se o número de respostas não válidas (insuficiência de informações) somado
com o de respostas não consideráveis (prejudicadas) for maior que 25% do número total
de perguntas, se concluirá pela impossibilidade de se definir um risco para o Setor,
tendo por base o Questionário aplicado e as Entrevistas realizadas. Este critério se
sobrepõe, pois, ao Total de Pontos Ajustado apurado.
k) além de todas as informações anteriores, o analista ou grupo decisor levará em conta,
para a determinação final do nível de risco de cada setor , as “alocações” sugeridas
pelos Procedimentos Otimista e Pessimista decorrentes da aplicação ao problema do
Método Electre Tri (ver ANEXO 4 e os comentários efetuados no item 8.4 sobre a pasta
Matriz de Performance constante da planilha Excel desenvolvida).
l) o Questionário concebido pode e deve ser testado junto a especialistas setoriais, com
vistas à definição do risco de 1 (um) ou mais setores: os especialistas entrevistados
poderão então fornecer sugestões, que, eventualmente, podem vir a implicar em
aperfeiçoamentos tanto no texto das perguntas como em suas pontuações e pesos. A
estrutura concebida para o Questionário (ANEXO 2) foi apresentada e descrita no item 8.5.
8.7. O EFEITO DO RISCO SETORIAL NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO FINAL
DE UMA EMPRESA
São efetuadas a seguir algumas proposições, com vistas a se dimensionar o efeito que um
determinado risco setorial deva ter sobre a classificação de risco final de uma empresa. Neste
sentido, buscou-se compatibilizar alguns comentários já efetuados no item 8.3 tanto com a
atual metodologia de classificação de risco adotada no BNDES como com a sua forma de
operacionalização.
Nestes termos, a idéia básica é de que o risco setorial venha a afetar o nível de risco
provisório decorrente de uma avaliação quantitativa e/ou de uma avaliação qualitativa, através
da incidência ou não de rebaixamento de níveis.
123
Conforme já colocado anteriormente (ver itens 1.4, 7 e 8.3), entende-se que uma empresa
pertencente a um setor de risco elevado não deva, a despeito de apresentar excelentes situação
financeira e gestão administrativa, vir a obter uma classificação de risco elevada.
Assim, a proposta inicial é de que – para todos os tipos de avaliação de risco realizadas no
âmbito do BNDES (análises simplificada, sumária e/ou abrangente) – só venha haver
rebaixamento no nível de risco provisório apurado com base nas avaliações quantitativa e/ou
qualitativa, quando o risco do setor referente à empresa avaliada for considerado alto ou
médio. Entende-se, pois, que, quando o risco setorial apurado for baixo, não deva se promover
nenhum rebaixamento de nível.
Quando o risco setorial mensurado for alto ou médio, a intensidade do rebaixamento a ser
efetuado no nível de risco apurado para a empresa pelas avaliações quantitativa e/ou
qualitativa deverá variar de acordo com o tipo de análise de risco efetuada. Isto decorre do
diferente número de níveis de risco associados a uma análise simplificada – seis – e às
análises sumária e abrangente – vinte e um.
A proposta, então, é de que riscos setoriais altos ou médios referentes a uma análise
simplificada venham a implicar em um rebaixamento de até dois níveis, considerado o nível
de risco apurado para a empresa pela avaliação quantitativa. O quadro a seguir procura
resumir as proposições referentes a uma análise simplificada.
124
Tabela 8.7.1 - Proposta de Efeito do Risco Setorial para uma Análise Simplificada.
Nível de Risco
Setorial
Nível de Risco Apurado
numa
Análise Simplificada
Nível de Risco
Final
Nº de níveis de
rebaixamento
Setor de Risco Alto
E E 0
D E 1
C E 2
B D 2
A C 2
AA B 2
Setor de Risco Médio
E E 0
D E 1
C D 1
B C 1
A B 1
AA A 1
Setor de Risco Baixo
E E 0
D D 0
C C 0
B B 0
A A 0
AA AA 0
Por outro lado, dado que, nas análises sumária e abrangente estão previstos vinte e um níveis
de risco, propõe-se que a ocorrência de riscos setoriais altos e médios venha a implicar em
rebaixamentos de até nove e cinco níveis, respectivamente, considerado o nível de risco
apurado para a empresa pelas avaliações quantitativa e/ou qualitativa. O quadro a seguir
procura resumir tal proposição para os casos de uma análise sumária ou abrangente.
125
Tabela 8.7.2 - Proposta de Efeito do Risco Setorial para Análises Sumária e Abrangente.
Nível de Risco Setorial
Nível de Risco Apurado
em Análises
Simplificada e Abrangente
Nível de Risco Final Nº de níveis de rebaixamento
Setor de Risco Alto
C C 0
CC C 1
CCC- C 2
CCC C 3
CCC+ C 4
B- C 5
B C 6
B+ C 7
BB- C 8
BB C 9
BB+ CC 9
BBB- CCC- 9
BBB CCC 9
BBB+ CCC+ 9
A- B+ 7
A BB- 7
A+ BB 7
AA- BB+ 7
AA BBB- 7
AA+ BBB 7
AAA BBB+ 7
126
Tabela 8.7.2 (cont.) - Proposta de Efeito do Risco Setorial para Análises Sumária e Abrangente .
Nível de Risco Setorial
Nível de Risco Apurado
em Análises
Simplificada e Abrangente
Nível de Risco Final Nº de níveis de rebaixamento
Setor de Risco Médio
C C 0
CC C 1
CCC- C 2
CCC C 3
CCC+ C 4
B- C 5
B CC 5
B+ CCC- 5
BB- CCC 5
BB CCC+ 5
BB+ B- 5
BBB- B 5
BBB B+ 5
BBB+ BB- 5
A- BB 5
A BB+ 5
A+ BBB- 5
AA- BBB 5
AA BBB+ 5
AA+ A- 5
AAA A 5
127
Tabela 8.7.2 (cont.) - Proposta de Efeito do Risco Setorial para Análises Sumária e Abrangente.q
Nível de Risco Setorial
Nível de Risco Apurado
em Análises
Simplificada e Abrangente
Nível de Risco Final Nº de níveis de rebaixamento
Setor de Risco Baixo
C C 0
CC CC 0
CCC- CCC- 0
CCC CCC 0
CCC+ CCC+ 0
B- B- 0
B B 0
B+ B+ 0
BB- BB- 0
BB BB 0
BB+ BB+ 0
BBB- BBB- 0
BBB BBB 0
BBB+ BBB+ 0
A- A- 0
A A 0
A+ A+ 0
AA- AA- 0
AA AA 0
AA+ AA+ 0
AAA AAA 0
Na rotina do BNDES referente à determinação de uma classificação de risco, a forma de se
operacionalizar tais proposições poderia ser bastante simples, na medida em que se viesse a
criar, no próprio modelo de planilha referente a cada tipo de avaliação de risco, campos
próprios para a identificação do setor a que pertence a empresa avaliada e do seu respectivo
risco. A definição da classificação de risco final, incorporando o efeito do risco setorial,
poderia, então, ser efetuada, no modelo de planilha utilizado, pelo próprio analista,
considerando o efeito expresso nos quadros imediatamente anteriores.
128
8.8. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DO TESTE REALIZADO
Quando consultados a respeito da possibilidade de realização de um teste com o modelo
concebido, os decisores entenderam que ele deveria ser efetuado com um setor que fosse
razoavelmente bem conhecido. A escolha recaiu então no setor de Papel e Celulose, para o
qual os decisores elaboraram uma lista preliminar dos especialistas setoriais que poderiam ser
consultados.
Foram então encaminhados Questionários para um total de 10 especialistas, dos quais 7
pertencentes aos quadros do BNDES e 3 externos. Do total de Questionários enviados, foram
respondidos 7, dos quais 6 referentes a especialistas internos e 1 referente a especialista
externo. Todos os Questionários respondidos foram considerados como válidos, ou seja, a
ocorrência de respostas circunscritas a uma insuficiência de informações para responder e/ou
a uma não pertinência ao setor pesquisado foi significativamente inferior ao limite de 25%
estabelecido.
Os decisores foram então novamente consultados, de modo a selecionar cinco Questionários
dentre aqueles que foram respondidos.
As respostas para cada uma das perguntas, referentes às cinco entrevistas selecionadas, foram
então registradas nas correspondentes pastas existentes na planilha Excel desenvolvida (ver
descrição detalhada da planilha desenvolvida efetuada no item 8.4).
A avaliação dos resultados das entrevistas selecionadas foi então objeto de uma reunião
específica realizada com o grupo de decisores. Nesta reunião, foram apresentadas aos
decisores as respostas dos entrevistados para cada uma das perguntas do Questionário, na
forma resumida apresentada na pasta “Consolidação das Entrevistas”, constante na planilha
Excel desenvolvida.
Analisando as respostas dadas pelos entrevistados, os decisores definiram, para cada pergunta,
uma Resposta e uma Nota, que passaram, então, a representar a posição do grupo decisor
sobre cada pergunta. Cabe lembrar aqui que os decisores - na medida em que viessem a
129
considerar como inconsistentes as diferentes respostas dadas pelos entrevistados para uma
determinada pergunta - tinham liberdade para, inclusive, considerá-las como prejudicadas,
caso em que o modelo então lhes atribuiria zero pontos.
A pasta “Consolidação de Entrevistas”, com os dados referentes ao teste realizado com o
setor de Papel e Celulose, é apresentada no ANEXO 3, onde podem ser então vistas, para
cada uma das perguntas do Questionário, as respostas dadas por cada um dos entrevistados
selecionados, bem como a posição final assumida, para cada uma das perguntas, pelo grupo
de decisores.
As Respostas e Notas atribuídas dessa forma pelo grupo decisor implicaram na obtenção pelo
setor de Papel e Celulose de um total de 674 pontos. Considerando tal número de pontos e as
faixas previamente estabelecidas para cada categoria de risco, o Posicionamento Provisório do
Grupo Decisor correspondeu, portanto, na caracterização do setor de Papel e Celulose como
um Setor de Risco Médio.
Ao se considerarem isoladamente cada uma das entrevistas realizadas, podem ser associadas,
para cada uma delas, as seguintes alocações para o setor de Papel e Celulose:
Tabela 8.8.1 - Níveis de Risco Associados pelos Entrevistados para o Setor de Papel e Celulose
Entrevistados Risco Associado ao Setor de Papel e Celulose
Entrevistado 1 Setor de Risco Baixo
Entrevistado 2 Setor de Risco Médio
Entrevistado 3 Setor de Risco Médio
Entrevistado 4 Setor de Risco Médio
Entrevistado 5 Setor de Risco Médio
Para a utilização do Método Electre Tri, foram registrados, na pasta “Matriz de Performance”
(ver ANEXO 5) constante da planilha Excel desenvolvida, as performances do setor de Papel
e Celulose para cada uma das perguntas (critérios) do Questionário, consideradas tais
performances como a média de pontos obtida pelo setor nas cinco entrevistas selecionadas.
130
Tendo por base tais performances, foram efetuados todos os cálculos necessários para a
aplicação do método Electre Tri (ver comentários efetuados no item 4 e ANEXO 5), o que
levou, então, a que o setor de Papel e Celulose, segundo os Procedimentos de alocação
Otimista e Pessimista, viesse a ser alocado às seguintes categorias de risco:
Tabela 8.8.2 - Electre Tri: Categorias de Risco Associadas ao Setor de Papel e Celulose segundo os
Procedimentos de Alocação Otimista e Pessimista
Procedimentos de Alocação do Electre Tri Risco Associado ao setor de Papel e
Celulose
Procedimento Otimista Setor de Risco Baixo
Procedimento Pessimista Setor de Risco Médio
Para efeito da definição final da categoria de risco a ser associada ao setor de Papel e
Celulose, o grupo decisor levou em conta as seguintes sugestões:
as sugestões de alocação efetuadas por cada um dos entrevistados individualmente;
a sugestão de alocação correspondente à avaliação provisória efetuada pelo próprio
grupo decisor, conforme anteriormente descrito; e
as sugestões de alocação – Procedimentos Otimista e Pessimista – decorrentes da
aplicação do Método Electre Tri.
Consideradas todas essas sugestões, o setor de Papel e Celulose foi então considerado pelo
grupo decisor como sendo, em instância final, um setor de Risco Médio, conforme se pode
ver resumidamente no ANEXO 6, reproduzido a seguir:
131
Tabela 8.8.3 - Níveis de Risco Associados ao Setor de Papel e Celulose pelos Entrevistados, Grupo Decisor e
Método Electre Tri
Item Risco Associado ao Setor Pesquisado
Entrevistas:
Entrevista 1
Entrevista 2
Entrevista 3
Entrevista 4
Entrevista 5
Setor de Risco Baixo
Setor de Risco Médio
Setor de Risco Médio
Setor de Risco Médio
Setor de Risco Médio
Posicionamento Provisório
do Grupo Decisor Setor de Risco Médio
Electre Tri:
Procedimento Otimista
Procedimento Pessimista
Setor de Risco Baixo
Setor de Risco Médio
Posicionamento Final
do Grupo Decisor Setor de Risco Médio
Como pode ser visto pelos resultados apresentados na tabela anterior, houve uma razoável
identificação entre o resultado provisório a que chegou o grupo decisor e as sugestões
apresentadas pelo Método Electre Tri.
A expectativa aqui é de que, conforme já mencionado anteriormente, a aplicação contínua do
Método Electre Tri ao longo do tempo estabeleça uma relação de confiabilidade no Método,
de modo a viabilizar sua adoção de forma automática, dispensando a necessidade de o grupo
decisor realizar a análise das respostas dadas pelos entrevistados para cada uma das perguntas
do Questionário.
No âmbito do processo de decisão em apreço, os resultados a que o Electre Tri chegou –
considerados os seus procedimentos de alocação otimista e pessimista – foram objeto de uma
particular análise de sensibilidade, à luz de eventuais variações que possam ser consideradas
nos valores dos parâmetros (limites de tolerância e nível de corte) estabelecidos pelo grupo
decisor para a aplicação do Método.
132
Neste sentido, se procurou efetuar uma análise de sensibilidade dos resultados a que chegou o
Electre Tri, considerando-se variações percentuais nos valores dos parâmetros em apreço
(limite de indiferença, limite de preferência e nível de corte).
Nestes termos, os resultados de tal análise de sensibilidade foram, em resumo, os seguintes:
Tabela 8.8.4 - Análise de Sensibilidade do Modelo no teste realizado com o Setor de Papel e Celulose
Parâmetros
Alocação segundo o
Procedimento Otimista
Alocação segundo o
Procedimento Pessimista
Nível de
Corte
(λ)
Limite de Indiferença (q)
Limite de Preferência (p)
90% (*) 0,30 (*) 0,50 (*) Setor de Risco Baixo Setor de Risco Médio
95% 0,30 0,50 Setor de Risco Baixo Setor de Risco Médio
100% 0,30 0,50 Setor de Risco Baixo Setor de Risco Alto
85% 0,30 0,50 Setor de Risco Baixo Setor de Risco Médio
80% 0,30 0,50 Setor de Risco Baixo Setor de Risco Médio
75% 0,30 0,50 Setor de Risco Baixo Setor de Risco Médio
70% 0,30 0,50 Setor de Risco Baixo Setor de Risco Médio
65% 0,30 0,50 Setor de Risco Baixo Setor de Risco Médio
60% 0,30 0,50 Setor de Risco Baixo Setor de Risco Médio
90% (*) 0,30 (*) 0,50 (*) Setor de Risco Baixo Setor de Risco Médio
90% 0,10 0,50 Setor de Risco Baixo Setor de Risco Médio
90% 0,20 0,50 Setor de Risco Baixo Setor de Risco Médio
90% 0,40 0,50 Setor de Risco Baixo Setor de Risco Médio
90% 0,50 0,50 Setor de Risco Baixo Setor de Risco Médio
90% (*) 0,30 (*) 0,50 (*) Setor de Risco Baixo Setor de Risco Médio
90% 0,30 0,60 Setor de Risco Baixo Setor de Risco Médio
90% 0,30 0,70 Setor de Risco Baixo Setor de Risco Médio
90% 0,30 0,80 Setor de Risco Baixo Setor de Risco Médio
90% 0,30 0,40 Setor de Risco Baixo Setor de Risco Médio
90% 0,30 0,30 Setor de Risco Baixo Setor de Risco Médio
( * ) Valores definidos pelo grupo decisor para a aplicação do Método Electre Tri
133
Analisando-se os dados da tabela anterior, pode-se concluir que “o conjunto de soluções não
dominadas” correspondente ao setor de Papel e Celulose (Setor de Risco Médio e Setor de
Risco Baixo, conforme, respectivamente, os procedimentos de alocação pessimista e otimista)
praticamente não sofre alterações, o que permite configurar o modelo como de estabilidade
forte.
8.9. CONCLUSÕES
Entende-se que a contribuição maior da presente dissertação esteja circunscrita à possibilidade
de se obter uma melhoria na qualidade da análise de “rating” de empresas não financeiras
efetuada pelo BNDES, na medida em que se passe a considerar, nessa atividade, a influência
representada pela variável risco setorial.
Assim procedendo, a melhor qualidade obtida na classificação de risco efetuada pelo BNDES
se refletirá em uma seleção mais adequada dos créditos concedidos pela instituição, com a
obtenção de menores níveis de inadimplência financeira e, em conseqüência, de uma maior
disponibilidade de recursos financeiros no futuro. Tal fato viabiliza a promoção do
desenvolvimento econômico do País através de novas concessões de crédito em um patamar
superior.
Faz também parte dos méritos do presente estudo o fato de se estar “apresentando” ao
BNDES, no âmbito do modelo de determinação de risco setorial proposto, um método de
apoio à decisão (Electre Tri), o que, para a instituição, constitui uma novidade. Acrescente-se
a isso que essa “apresentação” está sendo efetuada não de um modo impositivo, mas na forma
de um mero subsídio para uma tomada de decisão da instituição com vistas à definição do
nível de risco a ser por ela atribuído a um determinado setor.
Na verdade, o modelo concebido no âmbito da presente dissertação procura promover, na
expressão cunhada por Belton (BELTON & STEWART, 2002), a integração de um método
simples de determinação de risco setorial - desenvolvido com base na participação direta dos
agentes decisores da instituição - com um método teoricamente mais sofisticado - o Electre
Tri, no caso. A eventual adoção pelo BNDES do modelo concebido poderá então implicar em
134
uma aprendizagem, tanto para os que o exercitarão na prática como para os estudiosos dos
métodos de apoio à decisão e, em particular, do Electre Tri.
Além disso, uma adoção continuada do modelo proposto - ao viabilizar sucessivas
comparações entre os resultados obtidos diretamente com a aplicação do Electre Tri e os
resultados decorrentes exclusivamente da participação dos tomadores de decisão - poderá
ensejar um grau de confiabilidade no Electre Tri que abra espaço no futuro para a utilização
deste ou de outro método apoio à decisão em outros campos de atividade do órgão.
Ao incorporar a utilização do Método Electre Tri, o modelo, conforme proposto, resgata, na
instituição, a importância que por ela sempre foi atribuída ao conhecimento setorial, tendo em
vista, no caso específico, a determinação do nível de risco a ser atribuído para um
determinado setor. Sugere, ademais, o modelo uma forma alternativa e muito mais prática em
termos operacionais para a obtenção desse conhecimento setorial, através da aplicação, junto
a especialistas setoriais, de um Questionário previamente elaborado.
O modelo proposto foi concebido junto aos executivos que, no âmbito da instituição, têm ou
tiveram poder de decisão sobre o assunto: foram ouvidas suas sugestões e acatadas, na forma
expressa pelos parâmetros do modelo, as definições por eles estabelecidas.
Deste modo, não constitui uma coincidência o fato de que a arquitetura do modelo concebido
seja plenamente compatível com a atual forma de determinação de “rating” adotada pelo
BNDES, o que significa que sua eventual implementação no futuro não deixará de ocorrer em
função da necessidade de adaptações significativas.
A utilização de uma planilha Excel para a concepção do modelo proposto – inclusive no que
diz respeito à utilização do Método Electre Tri - foi proposital, apesar de existir “software” já
desenvolvido para o método utilizado.
Optou-se, assim, por se seguir um caminho mais simples, de modo a assegurar um maior
envolvimento dos tomadores de decisão da instituição no processo de concepção do modelo.
Desta forma, foi muito mais fácil e produtiva a discussão do modelo com os decisores, tendo-
135
se como ‘pano de fundo” uma planilha Excel, ao invés de um “software” que, por mais
simples que viesse a ser, não seria do seu conhecimento prévio. Além disso, desenvolver o
modelo em uma planilha Excel já constituiria “meio caminho andado” para assegurar sua
adequação à atual metodologia de “rating” adotada pelo BNDES, também desenvolvida nesse
ambiente.
Por outro lado, o teste realizado com o modelo para o setor de Papel e Celulose mostrou-se
muito importante para todos os que com ele estavam envolvidos.
Com a aplicação do Questionário junto a especialistas setoriais e com a análise de suas
respostas pelos tomadores de decisão, por exemplo, os textos de algumas das perguntas
formuladas puderam ser aperfeiçoados, de modo a que distorções nas respostas decorrentes de
entendimentos distorcidos possam a vir a ser evitadas no futuro.
A realização de testes adicionais e/ou a adoção contínua do modelo, ao levarem em conta a
análise de seus resultados e/ou os comentários/observações efetuadas pelos próprios
entrevistados, implicarão certamente em contínuos aperfeiçoamentos do modelo.
Os resultados obtidos com o teste realizado para o setor de Papel e celulose foram bastante
significativos em termos de consistência, considerando-se os resultados a que chegaram os
decisores isoladamente e os resultados decorrentes da aplicação do Electre Tri. Entende-se
que somente repetidas ocorrências desse tipo ao longo do tempo é que virão conferir uma
confiança irrestrita no método de apoio à decisão utilizado, embora nada venha a desabonar a
utilização conjunta, na prática, das duas formas de tomada de decisão, uma subsidiando à
outra.
O teste realizado com o setor de Papel e Celulose atendeu, pois, seus objetivos, na medida em
que confirmou a adequação do Questionário utilizado e confirmou a pertinência, para o
problema em questão, da utilização do modelo proposto, e, em particular, do Método Electre Tri.
A análise de sensibilidade realizada com os resultados decorrentes da aplicação do Electre
Tri permitiu, por sua vez, configurar uma robustez ao modelo, na medida em que variações
136
significativas nos parâmetros utilizados não implicaram em praticamente nenhuma alteração
no conjunto de soluções encontradas.
137
RREEFFEERRÊÊNNCCIIAASS BBIIBBLLIIOOGGRRÁÁFFIICCAASS
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141
AANNEEXXOO 11
Relação de Setores
Açucar e Alcool
Agropecuaria
Alimentos
Automotivo
Comercio e Serviços
Construção
Diversos
Eletroeletronico
Embalagens
Energia
Fertilizantes
Financeiro
Infra-Estrutura Transportes Diversos
Madeira e Moveis
Maquinas e Equipamentos
Material de Transporte
Metalurgia
Mineração
Minerais Não Metálicos
Papel e Celulose
Petroleo e Gas
Quimico e Petroquimico
Saneamento
Serviços Transporte Aereo
Serviços Transporte Naval
Serviços Transportes Diversos
Siderurgia
Telecomunicações
Textil e Confecções
142
AANNEEXXOO 22
QQUUEESSTTIIOONNÁÁRRIIOO
Setor:
Data : Empresa :
Nome do Entrevistado:
143
1
1- O nível de Integração Vertical do Setor pode ser considerado como:
Risco Associado Faixa de Pontos
Alto Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Médio Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Baixo Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Resposta:
Número de Pontos Estabelecido para a Resposta :
Ambiente Competitivo
OBSERVAÇÕES :
Respostas Alternativas:
144
2- A probabilidade de os Clientes do Setor virem a se integrar para trás pode ser considerada como:
Risco Associado Faixa de Pontos
Alta Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Média Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Baixa Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Nota Estabelecida para a Resposta :
Respostas Alternativas:
Resposta:
OBSERVAÇÕES :
145
3- A probabilidade de os Fornecedores de matérias primas para o Setor virem a se integrar para frente pode ser considerada como:
Risco Associado Faixa de Pontos
Alta Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Média Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Baixa Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Resposta:
Nota Estabelecida para a Resposta :
OBSERVAÇÕES :
Respostas Alternativas:
146
4- Há, no Setor, uma flexibilidade quanto à magnitude e à programação dos investimentos ?
Risco Associado Faixa de Pontos
Sim Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Não Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Nota Estabelecida para a Resposta :
Respostas Alternativas:
Resposta:
OBSERVAÇÕES :
147
5- No Setor, o processo de produção exige uma necessidade de capital de giro:
Risco Associado Faixa de Pontos
Alta Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Média Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Baixa Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Resposta:
Nota Estabelecida para a Resposta :
OBSERVAÇÕES :
Respostas Alternativas:
148
6- No Setor, o padrão de investimento em ciclo operacional (prazo líquido de bancagem financeira)
pode ser considerado como uma barreira à entrada:
Risco Associado Faixa de Pontos
Alta Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Média Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Baixa Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Nota Estabelecida para a Resposta :
Respostas Alternativas:
Resposta:
OBSERVAÇÕES :
149
7- No Setor, os gastos correntes com a manutenção do ativo fixo são:
Risco Associado Faixa de Pontos
Altos Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Médios Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Baixos Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Resposta:
Nota Estabelecida para a Resposta :
OBSERVAÇÕES :
Respostas Alternativas:
150
8- No Setor, o padrão de investimento em capital fixo (instalação industrial) pode ser considerado como uma barreira à entrada:
Risco Associado Faixa de Pontos
Alta Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Média Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Baixa Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Nota Estabelecida para a Resposta :
Respostas Alternativas:
Resposta:
OBSERVAÇÕES :
151
9- Em termos da competição existente entre as empresas, o Setor pode ser considerado como:
Risco Associado Faixa de Pontos
Competitivo (Setor fragmentado,grande nº de empresas) Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Oligopolizado (poucas empresas controlando mercado) Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Resposta:
Nota Estabelecida para a Resposta :
OBSERVAÇÕES :
Respostas Alternativas:
152
10- No momento, o Setor pode ser caracterizado como:
Risco Associado Faixa de Pontos
Setor de Risco
Baixo8 - 9 - 10
Um Setor Maduro Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Resposta:
Nota Estabelecida para a Resposta :
Respostas Alternativas:
Um Setor Nascente (barreiras à entrada ainda baixas,
com tendência de aumento do número de empresas)
Um Setor em Declínio (rivalidade intensa, com redução
de lucros e possibilidade de convulsão)
OBSERVAÇÕES :
153
11- As barreiras de entrada institucionais (tarifas, cartas patentes, reservas de mercado, etc...)
existentes no Setor podem ser consideradas como sendo:
Risco Associado Faixa de Pontos
Significativas Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Normais Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Inexistentes Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Nota Estabelecida para a Resposta :
Respostas Alternativas:
Resposta:
OBSERVAÇÕES :
154
12- No Setor, o comportamento da Demanda ao longo do tempo é:
Risco Associado Faixa de Pontos
Equilibrado Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Muito Volátil (altas e baixas de demanda muito acentuadas) Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Resposta:
Nota Estabelecida para a Resposta :
OBSERVAÇÕES :
Respostas Alternativas:
155
13- No Setor, as altas e baixas no nível de atividade dos negócios decorrem de:
Risco Associado Faixa de Pontos
Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
- 0
- 0
Resposta:
Nota Estabelecida para a Resposta :
Respostas Alternativas:
Ciclos decorrentes de sazonalidades de Demanda (períodos de
reposição de produto )
Ciclos decorrentes de Variações da Oferta (padrão de expansão e
retração da oferta típico do setor)
Ciclos decorrentes de Variações nas Condições Climáticas
Não existem tais Ciclos no Setor
Não há informações suficientes para responder
Indagação não pertinente ao Setor
OBSERVAÇÕES :
156
14- As perspectivas do Setor indicam que as suas vendas, em termos de quantidade, irão:
Risco Associado Faixa de Pontos
Aumentar Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Ficar estáveis Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Declinar Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Nota Estabelecida para a Resposta :
Respostas Alternativas:
Resposta:
OBSERVAÇÕES :
157
15- As perspectivas do Setor indicam que as suas vendas, em termos de preço, irão:
Risco Associado Faixa de Pontos
Aumentar Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Ficar estáveis Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Declinar Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Resposta:
Nota Estabelecida para a Resposta :
OBSERVAÇÕES :
Respostas Alternativas:
158
16- As perspectivas do Setor indicam que as suas vendas, em termos de faturamento, irão:
Risco Associado Faixa de Pontos
Aumentar Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Ficar estáveis Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Declinar Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Nota Estabelecida para a Resposta :
Respostas Alternativas:
Resposta:
OBSERVAÇÕES :
159
17- O grau de ociosidade existente no Setor pode ser considerado como:
Risco Associado Faixa de Pontos
Abaixo do Normal Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Normal Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Acima do Normal Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Resposta:
Nota Estabelecida para a Resposta :
OBSERVAÇÕES :
Respostas Alternativas:
160
2
18- O produto do Setor pode ser caracterizado como homogêneo ou diferenciado ?
Risco Associado Faixa de Pontos
Homogêneo Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Diferenciado Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Resposta:
Nota Estabelecida para a Resposta :
OBSERVAÇÕES :
Respostas Alternativas:
Inovação Tecnológica e Questões Institucionais
161
19- No Setor, a quantidade de nichos de mercado que pode ser identificada é:
Risco Associado Faixa de Pontos
Alta Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Média Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Baixa Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Nota Estabelecida para a Resposta :
Respostas Alternativas:
Resposta:
OBSERVAÇÕES :
162
20- A velocidade da Mudança Tecnológica requerida pelo Setor é:
Risco Associado Faixa de Pontos
Alta Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Média Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Baixa Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Resposta:
Nota Estabelecida para a Resposta :
OBSERVAÇÕES :
Respostas Alternativas:
163
21- Tem-se conhecimento, no Setor, de desenvolvimento tecnológico em curso, com vistas à criação
de um novo produto substituto ?
Risco Associado Faixa de Pontos
Sim Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Não Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Nota Estabelecida para a Resposta :
Respostas Alternativas:
Resposta:
OBSERVAÇÕES :
164
22- No Setor, a ameaça representada por novos bens substitutos que estejam sendo desenvolvidos é:
Risco Associado Faixa de Pontos
Alta Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Média Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Baixa Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Resposta:
Nota Estabelecida para a Resposta :
OBSERVAÇÕES :
Respostas Alternativas:
165
23- Dadas as características dos produtos do Setor, a necessidade de gastos com P&D, como
questão estratégica para a sobrevivencia das empresas do Setor, é:
Risco Associado Faixa de Pontos
Alta Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Média Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Baixa Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Nota Estabelecida para a Resposta :
Respostas Alternativas:
Resposta:
OBSERVAÇÕES :
166
24- No Setor, o nível de interferência regulatória ( controle de preços, controle de qualidade de:
produtos, etc...) do Governo é:
Risco Associado Faixa de Pontos
Alto Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Médio Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Baixo Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Resposta:
Nota Estabelecida para a Resposta :
OBSERVAÇÕES :
Respostas Alternativas:
167
25- O nível de proteção recebido pelo Setor - em termos de política industrial ( subsídios,
incentivos fiscais, tratamento fiscal,proteção tarifária, política comercial ) - é:
Risco Associado Faixa de Pontos
Alto Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Médio Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Baixo Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Nota Estabelecida para a Resposta :
Respostas Alternativas:
Resposta:
OBSERVAÇÕES :
168
26- A expectativa de que o Setor venha a perder a proteção que - em termos de política industrial (subsídios,
incentivos regionais, tratamento fiscal,proteção tarifária, política comercial ) - lhe é atualmente concedida, é:
Risco Associado Faixa de Pontos
Alta Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Média Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Baixa Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Resposta:
Nota Estabelecida para a Resposta :
OBSERVAÇÕES :
Respostas Alternativas:
169
27- As atividades desenvolvidas pelas empresas do Setor têm um potencial de impactos ambientais
negativos que pode ser considerado:
Risco Associado Faixa de Pontos
Alto Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Médio Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Baixo Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Nota Estabelecida para a Resposta :
Respostas Alternativas:
Resposta:
OBSERVAÇÕES :
170
3
28- O Segmento representativo dos Fornecedores de matérias primas para o Setor pode ser considerado como:
Risco Associado Faixa de Pontos
Competitivo (Setor fragmentado,grande nº de empresas) Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Oligopolizado (poucas empresas controlando mercado) Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Resposta:
Nota Estabelecida para a Resposta :
Cadeia Produtiva
OBSERVAÇÕES :
Respostas Alternativas:
171
29- O poder de barganha do Setor com os seus Fornecedores de matérias primas é:
Risco Associado Faixa de Pontos
Alto Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Médio Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Baixo Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Nota Estabelecida para a Resposta :
Respostas Alternativas:
Resposta:
OBSERVAÇÕES :
172
30- A oferta de matérias-primas e/ou componentes para o Setor oriunda do mercado interno é:
Risco Associado Faixa de Pontos
Alta Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Média Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Baixa Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Resposta:
Nota Estabelecida para a Resposta :
OBSERVAÇÕES :
Respostas Alternativas:
173
31- A oferta de matérias-primas e/ou componentes para o Setor oriunda do mercado externo é:
Risco Associado Faixa de Pontos
Alta Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Média Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Baixa Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Nota Estabelecida para a Resposta :
Respostas Alternativas:
Resposta:
OBSERVAÇÕES :
174
32- No Setor, o número de Fornecedores de matérias primas é:
Risco Associado Faixa de Pontos
Alto Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Médio Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Baixo Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Resposta:
Nota Estabelecida para a Resposta :
OBSERVAÇÕES :
Respostas Alternativas:
175
33- A parcela do faturamento do Setor obtida junto ao setor público é:
Risco Associado Faixa de Pontos
Alta Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Média Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Baixa Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Nota Estabelecida para a Resposta :
Respostas Alternativas:
Resposta:
OBSERVAÇÕES :
176
34- O Segmento de pessoas jurídicas (empresas distribuidoras ou empresas de vendas a varejo), representativo
dos consumidores do(s) produto(s) do Setor, pode ser considerado como:
Risco Associado Faixa de Pontos
Competitivo (Setor fragmentado,grande nº de empresas) Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Oligopolizado (poucas empresas controlando mercado) Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Resposta:
Nota Estabelecida para a Resposta :
OBSERVAÇÕES :
Respostas Alternativas:
177
35- O poder de barganha do Setor com os seus Clientes (pessoas físicas, empresas
distribuidoras ou empresas de vendas a varejo) é:
Risco Associado Faixa de Pontos
Alto Setor de Risco Baixo 8 - 9 - 10
Médio Setor de Risco Médio 4 - 5 - 6 - 7
Baixo Setor de Risco Alto 1 - 2 - 3
Não há informações suficientes para responder - 0
Indagação não pertinente ao Setor - 0
Nota Estabelecida para a Resposta :
Respostas Alternativas:
Resposta:
OBSERVAÇÕES :
178
AANNEEXXOO 33
CCOONNSSOOLLIIDDAAÇÇÃÃOO DDAASS EENNTTRREEVVIISSTTAASS
Setor: Data : 19/11/04
674
Total de Pontos
Máximo :1.000
Número
Total de
Perguntas :
Número Mínimo
Necessário de
Respostas Válidas :
26
Número de
Respostas
Válidas :
35
Risco do
Setor
Alto 0 300
Médio 300 700
Baixo 700 1.000
Papel e Celulose
Total de Pontos Obtido pelo Setor na
Entrevista:Nível de Risco do Setor : Setor de Risco Médio
35
Nº de Pontos
Limite
Superior
Limite
Inferior
179
1
Número de
Perguntas do
Grupo:
Peso do
Grupo:
17 40%
1- O nível de Integração Vertical do Setor pode ser considerado como:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 9 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 9 1
Entrevista 3 7 1
Alto 8 - 9 - 10 Entrevista 4 6 1
Médio 4 - 5 - 6 - 7 Entrevista 5 9 1
Baixo 1 - 2 - 3 5
Não há informações suficientes para responder 0 0
Indagação não pertinente ao Setor 0 5
Pergunta Prejudicada 0 8,00
8
Nº de Pontos
Adotado :8
Peso da Pergunta
:2,35
Ambiente Competitivo
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Alto
Respostas Alternativas: Alto
Médio
Médio
Alto
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Alto
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Alto
Nota Ponderada Adotada : 19
180
2- A probabilidade de os Clientes do Setor virem a se integrar para trás pode ser considerada como:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 8 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 10 1
Entrevista 3 9 1
Alta 1 - 2 - 3 Entrevista 4 8 1
Média 4 - 5 - 6 - 7 Entrevista 5 10 1
Baixa 8 - 9 - 10 5
Não há informações suficientes para responder 0 0
Indagação não pertinente ao Setor 0 5
Pergunta Prejudicada 0 9,00
9
Nº de Pontos
Adotado :9
Peso da Pergunta
:2,35
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Baixa
Respostas Alternativas: Baixa
Baixa
Baixa
Baixa
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Baixa
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Baixa
Nota Ponderada Adotada : 21
181
3- A probabilidade de os Fornecedores do Setor virem a se integrar para frente pode ser
considerada como:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 10 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 0 1
Entrevista 3 5 1
Alta 1 - 2 - 3 Entrevista 4 8 1
Média 4 - 5 - 6 - 7 Entrevista 5 10 1
Baixa 8 - 9 - 10 4
Não há informações suficientes para responder 0 1
Indagação não pertinente ao Setor 0 5
Pergunta Prejudicada 0 6,60
7
Nº de Pontos
Adotado :8
Peso da Pergunta
:2,35
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Baixa
Respostas Alternativas: Indagação não pertinente
Média
Baixa
Baixa
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Média
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Baixa
Nota Ponderada Adotada : 19
182
4- Há, no Setor, uma flexibilidade quanto à magnitude e à programação dos investimentos?
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 8 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 8 1
Entrevista 3 8 1
Sim 8 - 9 - 10 Entrevista 4 8 1
Não 1 - 2 - 3 Entrevista 5 1 1
Não há informações suficientes para responder 0 5
Indagação não pertinente ao Setor 0 0
Pergunta Prejudicada 0 5
6,60
7
Nº de Pontos
Adotado :8
Peso da Pergunta
:2,35
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Sim
Respostas Alternativas: Sim
Sim
Sim
Não
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :
Resposta Média está situada entre duas das Alternativas de
Resposta colocadas
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Sim
Nota Ponderada Adotada : 19
183
5- No Setor, o processo de produção exige uma necessidade de capital de giro:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 5 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 8 1
Entrevista 3 4 1
Alta 8 - 9 - 10 Entrevista 4 8 1
Média 4 - 5 - 6 - 7 Entrevista 5 5 1
Baixa 1 - 2 - 3 5
Não há informações suficientes para responder 0 0
Indagação não pertinente ao Setor 0 5
Pergunta Prejudicada 0 6,00
6
Nº de Pontos
Adotado :6
Peso da Pergunta
:2,35
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Média
Respostas Alternativas: Alta
Média
Alta
Média
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Média
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Média
Nota Ponderada Adotada : 14
184
6- No Setor, o padrão de investimento em ciclo operacional (prazo líquido de bancagem financeira)
pode ser considerado como uma barreira à entrada:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 9 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 10 1
Entrevista 3 5 1
Alta 8 - 9 - 10 Entrevista 4 8 1
Média 4 - 5 - 6 - 7 Entrevista 5 9 1
Baixa 1 - 2 - 3 5
Não há informações suficientes para responder 0 0
Indagação não pertinente ao Setor 0 5
Pergunta Prejudicada 0 8,20
8
Nº de Pontos
Adotado :9
Peso da Pergunta
:2,35
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Alta
Respostas Alternativas: Alta
Média
Alta
Alta
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Alta
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Alta
Nota Ponderada Adotada : 21
185
7- No Setor, os gastos correntes com ativo fixo são:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 4 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 10 1
Entrevista 3 9 1
Altos 8 - 9 - 10 Entrevista 4 6 1
Médios 4 - 5 - 6 - 7 Entrevista 5 9 1
Baixos 1 - 2 - 3 5
Não há informações suficientes para responder 0 0
Indagação não pertinente ao Setor 0 5
Pergunta Prejudicada 0 7,60
8
Nº de Pontos
Adotado :7
Peso da Pergunta
:2,35
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Médios
Respostas Alternativas: Altos
Altos
Médios
Altos
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Altos
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Médios
Nota Ponderada Adotada : 16
186
8- No Setor, o padrão de investimento em capital fixo (instalação industrial) pode ser considerado
como uma barreira à entrada:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 9 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 10 1
Entrevista 3 10 1
Alta 8 - 9 - 10 Entrevista 4 8 1
Média 4 - 5 - 6 - 7 Entrevista 5 10 1
Baixa 1 - 2 - 3 5
Não há informações suficientes para responder 0 0
Indagação não pertinente ao Setor 0 5
Pergunta Prejudicada 0 9,40
9
Nº de Pontos
Adotado :9
Peso da Pergunta
:2,35
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Alta
Respostas Alternativas: Alta
Alta
Alta
Alta
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Alta
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Alta
Nota Ponderada Adotada : 21
187
9- Em termos da competição existente entre as empresas, o Setor pode ser considerado como:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 3 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 8 1
Entrevista 3 3 1
Competitivo (Setor fragmentado,grande nº de empresas) 1 - 2 - 3 Entrevista 4 8 1
Oligopolizado (poucas empresas controlando mercado) 8 - 9 - 10 Entrevista 5 2 1
Não há informações suficientes para responder 0 5
Indagação não pertinente ao Setor 0 0
Pergunta Prejudicada 0 5
4,80
5
Nº de Pontos
Adotado :3
Peso da Pergunta
:2,35
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Competitivo (Setor
Respostas Alternativas: Oligopolizado (poucas
Competitivo (Setor
Oligopolizado (poucas
Competitivo (Setor
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Resposta Média está situada entre duas das Alternativas colocadas
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Competitivo (Setor fragmentado,grande nº de empresas)
Nota Ponderada Adotada : 7
188
10- No momento, o Setor pode ser caracterizado como:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 6 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 4 1
Entrevista 3 6 1
8 - 9 - 10 Entrevista 4 6 1
Um Setor Maduro 4 - 5 - 6 - 7 Entrevista 5 4 1
1 - 2 - 3 5
Não há informações suficientes para responder 0 0
Indagação não pertinente ao Setor 0 5
Pergunta Prejudicada 0 5,20
5
Nº de Pontos
Adotado :5
Peso da Pergunta
:2,35
Um Setor Nascente (barreiras à entrada ainda baixas, com tendência
de aumento do número de empresas)
Um Setor em Declínio (rivalidade intensa, com redução de lucros e
possibilidade de convulsão)
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Um Setor Maduro
Respostas Alternativas: Um Setor Maduro
Um Setor Maduro
Um Setor Maduro
Um Setor Maduro
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Um Setor Maduro
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Um Setor Maduro
Nota Ponderada Adotada : 12
189
11- As barreiras de entrada institucionais (tarifas, cartas patentes, reservas de mercado, etc...)
existentes no Setor podem ser consideradas como sendo:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 0 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 1 1
Entrevista 3 4 1
Significativas 8 - 9 - 10 Entrevista 4 2 1
Normais 4 - 5 - 6 - 7 Entrevista 5 1 1
Inexistentes 1 - 2 - 3 5
Não há informações suficientes para responder 0 0
Indagação não pertinente ao Setor 0 5
Pergunta Prejudicada 0 1,60
2
Nº de Pontos
Adotado :2
Peso da Pergunta
:2,35
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Não há informações
Respostas Alternativas: Inexistentes
Normais
Inexistentes
Inexistentes
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Inexistentes
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Inexistentes
Nota Ponderada Adotada : 5
190
12- No Setor, o comportamento da Demanda ao longo do tempo é:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 8 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 3 1
Entrevista 3 9 1
Equilibrado 8 - 9 - 10 Entrevista 4 2 1
Muito Volátil (altas e baixas de demanda muito acentuadas) 1 - 2 - 3 Entrevista 5 8 1
Não há informações suficientes para responder 0 5
Indagação não pertinente ao Setor 0 0
Pergunta Prejudicada 0 5
6,00
6
Nº de Pontos
Adotado :3
Peso da Pergunta
:2,35
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Equilibrado
Respostas Alternativas: Muito Volátil (altas e
Equilibrado
Muito Volátil (altas e
Equilibrado
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Resposta Média está situada entre duas das Alternativas colocadas
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Muito Volátil (altas e baixas de demanda muito acentuadas)
Nota Ponderada Adotada : 7
191
13- No Setor, as altas e baixas no nível de atividade dos negócios decorrem de:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 3 1
Faixa de PontosEntrevista 2 3 1
Entrevista 3 8 1
1 - 2 - 3 Entrevista 4 2 1
1 - 2 - 3 Entrevista 5 2 1
1 - 2 - 3 5
Não existem tais Ciclos no Setor 8 - 9 - 10 0
Não há informações suficientes para responder 0 5
Indagação não pertinente ao Setor 0 3,60
Pergunta Prejudicada 0
4
Nº de Pontos
Adotado :3
Peso da Pergunta
:2,35
Ciclos decorrentes de sazonalidades de Demanda (períodos
de reposição de produto )
Ciclos decorrentes de Variações da Oferta (padrão de
expansão e retração da oferta típico do setor)
Ciclos decorrentes de Variações nas Condições Climáticas
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Ciclos decorrentes de
Variações da Oferta
Respostas Alternativas:Ciclos decorrentes de
Variações da Oferta
Não existem tais Ciclos
no Setor
Ciclos decorrentes de
Variações da Oferta
Ciclos decorrentes de
Variações da Oferta
(padrão de expansão e
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Resposta Média está situada entre duas das Alternativas colocadas
Resposta "Adotada" para a Pergunta :Ciclos decorrentes de Variações da Oferta (padrão de expansão e
retração da oferta típico do setor)
Nota Ponderada Adotada : 7
192
14- As perspectivas do Setor indicam que as suas vendas, em termos de quantidade, irão:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 8 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 10 1
Entrevista 3 8 1
Aumentar 8 - 9 - 10 Entrevista 4 8 1
Ficar estáveis 4 - 5 - 6 - 7 Entrevista 5 5 1
Declinar 1 - 2 - 3 5
Não há informações suficientes para responder 0 0
Indagação não pertinente ao Setor 0 5
Pergunta Prejudicada 0 7,80
8
Nº de Pontos
Adotado :8
Peso da Pergunta
:2,35
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Aumentar
Respostas Alternativas: Aumentar
Aumentar
Aumentar
Ficar estáveis
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Aumentar
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Aumentar
Nota Ponderada Adotada : 19
193
15- As perspectivas do Setor indicam que as suas vendas, em termos de preço, irão:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 8 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 6 1
Entrevista 3 5 1
Aumentar 8 - 9 - 10 Entrevista 4 0 1
Ficar estáveis 4 - 5 - 6 - 7 Entrevista 5 5 1
Declinar 1 - 2 - 3 5
Não há informações suficientes para responder 0 0
Indagação não pertinente ao Setor 0 5
Pergunta Prejudicada 0 4,80
5
Nº de Pontos
Adotado :5
Peso da Pergunta
:2,35
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Aumentar
Respostas Alternativas: Ficar estáveis
Ficar estáveis
Não há informações
Ficar estáveis
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Ficar estáveis
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Ficar estáveis
Nota Ponderada Adotada : 12
194
16- As perspectivas do Setor indicam que as suas vendas, em termos de faturamento, irão:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 8 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 8 1
Entrevista 3 8 1
Aumentar 8 - 9 - 10 Entrevista 4 8 1
Ficar estáveis 4 - 5 - 6 - 7 Entrevista 5 5 1
Declinar 1 - 2 - 3 5
Não há informações suficientes para responder 0 0
Indagação não pertinente ao Setor 0 5
Pergunta Prejudicada 0 7,40
7
Nº de Pontos
Adotado :8
Peso da Pergunta
:2,35
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Aumentar
Respostas Alternativas: Aumentar
Aumentar
Aumentar
Ficar estáveis
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Ficar estáveis
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Aumentar
Nota Ponderada Adotada : 19
195
17- O grau de ociosidade existente no Setor pode ser considerado como:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 8 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 7 1
Entrevista 3 7 1
Abaixo do Normal 8 - 9 - 10 Entrevista 4 7 1
Normal 4 - 5 - 6 - 7 Entrevista 5 6 1
Acima do Normal 1 - 2 - 3 5
Não há informações suficientes para responder 0 0
Indagação não pertinente ao Setor 0 5
Pergunta Prejudicada 0 7,00
7
Nº de Pontos
Adotado :7
Peso da Pergunta
:2,35
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Abaixo do Normal
Respostas Alternativas: Normal
Normal
Normal
Normal
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Normal
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Normal
Nota Ponderada Adotada : 16
196
2
Número de
Perguntas do
Grupo:
Peso do
Grupo:
10 30%
18- O produto do Setor pode ser caracterizado como homogêneo ou diferenciado ?
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 7 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 7 1
Entrevista 3 4 1
Homogêneo 8 - 9 - 10 Entrevista 4 9 1
Diferenciado 4 - 5 - 6 - 7 Entrevista 5 9 1
Indagação não pertinente ao Setor 0 5
Pergunta Prejudicada 0 0
5
7,20
7
Nº de Pontos
Adotado :8
Peso da Pergunta
:3,00
Inovação Tecnológica e Questões Institucionais
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Diferenciado
Respostas Alternativas: Diferenciado
Diferenciado
Homogêneo
Homogêneo
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Diferenciado
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Homogêneo
Nota Ponderada Adotada : 24
197
19- No Setor, a quantidade de nichos de mercado que pode ser identificada é:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 8 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 6 1
Entrevista 3 3 1
Alta 1 - 2 - 3 Entrevista 4 6 1
Média 4 - 5 - 6 - 7 Entrevista 5 9 1
Baixa 8 - 9 - 10 5
Não há informações suficientes para responder 0 0
Indagação não pertinente ao Setor 0 5
Pergunta Prejudicada 0 6,40
6
Nº de Pontos
Adotado :7
Peso da Pergunta
:3,00
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Baixa
Respostas Alternativas: Média
Alta
Média
Baixa
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Média
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Média
Nota Ponderada Adotada : 21
198
20- A velocidade da Mudança Tecnológica requerida pelo Setor é:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 9 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 8 1
Entrevista 3 6 1
Alta 1 - 2 - 3 Entrevista 4 6 1
Média 4 - 5 - 6 - 7 Entrevista 5 10 1
Baixa 8 - 9 - 10 5
Não há informações suficientes para responder 0 0
Indagação não pertinente ao Setor 0 5
Pergunta Prejudicada 0 7,80
8
Nº de Pontos
Adotado :8
Peso da Pergunta
:3,00
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Baixa
Respostas Alternativas: Baixa
Média
Média
Baixa
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Baixa
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Baixa
Nota Ponderada Adotada : 24
199
21- Tem-se conhecimento, no Setor, de desenvolvimento tecnológico em curso, com vistas à criação
de um novo produto substituto ?
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 8 1
Entrevista 2 3 1
Faixa de Pontos Entrevista 3 9 1
Entrevista 4 9 1
Sim 1 - 2 - 3 Entrevista 5 9 1
Não 8 - 9 - 10 5
Não há informações suficientes para responder 0 0
Indagação não pertinente ao Setor 0 5
Pergunta Prejudicada 0 7,60
8
Nº de Pontos
Adotado :9
Peso da Pergunta
:3,00
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Não
Sim
Respostas Alternativas: Não
Não
Não
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Não
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Não
Nota Ponderada Adotada : 27
200
22- No Setor, a ameaça representada por novos bens substitutos que estejam sendo desenvolvidos é:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 6 1
Entrevista 2 8 1
Faixa de Pontos Entrevista 3 8 1
Entrevista 4 9 1
Alta 1 - 2 - 3 Entrevista 5 8 1
Média 4 - 5 - 6 - 7 5
Baixa 8 - 9 - 10 0
Não há informações suficientes para responder 0 5
Indagação não pertinente ao Setor 0 7,80
Pergunta Prejudicada 0
8
Nº de Pontos
Adotado :8
Peso da Pergunta
:3,00
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Média
Baixa
Respostas Alternativas: Baixa
Baixa
Baixa
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Baixa
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Baixa
Nota Ponderada Adotada : 24
201
23- Dadas as características dos produtos do Setor, a necessidade de gastos com P&D, como
questão estratégica para a sobrevivencia das empresas do Setor, é:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 8 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 5 1
Entrevista 3 8 1
Alta 1 - 2 - 3 Entrevista 4 9 1
Média 4 - 5 - 6 - 7 Entrevista 5 8 1
Baixa 8 - 9 - 10 5
Não há informações suficientes para responder 0 0
Indagação não pertinente ao Setor 0 5
Pergunta Prejudicada 0 7,60
8
Nº de Pontos
Adotado :8
Peso da Pergunta
:3,00
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Baixa
Respostas Alternativas: Média
Baixa
Baixa
Baixa
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Baixa
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Baixa
Nota Ponderada Adotada : 24
202
24- No Setor, o nível de interferência regulatória ( controle de preços, controle de qualidade de:
produtos, etc...) do Governo é:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 10 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 9 1
Entrevista 3 9 1
Alto 1 - 2 - 3 Entrevista 4 8 1
Médio 4 - 5 - 6 - 7 Entrevista 5 9 1
Baixo 8 - 9 - 10 5
Não há informações suficientes para responder 0 0
Indagação não pertinente ao Setor 0 5
Pergunta Prejudicada 0 9,00
9
Nº de Pontos
Adotado :9
Peso da Pergunta
:3,00
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Baixo
Respostas Alternativas: Baixo
Baixo
Baixo
Baixo
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Baixo
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Baixo
Nota Ponderada Adotada : 27
203
25- O nível de proteção recebido pelo Setor - em termos de política industrial ( subsídios,
incentivos regionais, tratamento fiscal,proteção tarifária, política comercial ) - é:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 8 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 2 1
Entrevista 3 2 1
Alto 8 - 9 - 10 Entrevista 4 2 1
Médio 4 - 5 - 6 - 7 Entrevista 5 1 1
Baixo 1 - 2 - 3 5
Não há informações suficientes para responder 0 0
Indagação não pertinente ao Setor 0 5
Pergunta Prejudicada 0 3,00
3
Nº de Pontos
Adotado :2
Peso da Pergunta
:3,00
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Alto
Respostas Alternativas: Baixo
Baixo
Baixo
Baixo
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Baixo
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Baixo
Nota Ponderada Adotada : 6
204
26- A expectativa de que o Setor venha a perder a proteção que - em termos de política industrial (subsídios,
incentivos regionais, tratamento fiscal,proteção tarifária, política comercial ) - lhe é atualmente concedida, é:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 8 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 2 1
Entrevista 3 9 1
Alta 1 - 2 - 3 Entrevista 4 9 1
Média 4 - 5 - 6 - 7 Entrevista 5 0 1
Baixa 8 - 9 - 10 4
Não há informações suficientes para responder 0 1
Indagação não pertinente ao Setor 0 5
Pergunta Prejudicada 0 5,60
6
Nº de Pontos
Adotado :0
Peso da Pergunta
:3,00
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Baixa
Respostas Alternativas: Alta
Baixa
Baixa
Indagação não pertinente
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Média
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Indagação não pertinente ao Setor
Nota Ponderada Adotada : 0
205
27- As atividades desenvolvidas pelas empresas do Setor têm um potencial de impactos ambientais
negativos que pode ser considerado:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 8 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 3 1
Entrevista 3 5 1
Alto 1 - 2 - 3 Entrevista 4 2 1
Médio 4 - 5 - 6 - 7 Entrevista 5 2 1
Baixo 8 - 9 - 10 5
Não há informações suficientes para responder 0 0
Indagação não pertinente ao Setor 0 5
Pergunta Prejudicada 0 4,00
4
Nº de Pontos
Adotado :3
Peso da Pergunta
:3,00
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Baixo
Respostas Alternativas: Alto
Médio
Alto
Alto
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Médio
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Alto
Nota Ponderada Adotada : 9
206
3
Número de
Perguntas
do Grupo:
Peso do
Grupo:
8 30%
28- O Segmento representativo dos Fornecedores do Setor pode ser considerado como:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 6 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 2 1
Entrevista 3 3 1
Competitivo (Setor fragmentado,grande nº de empresas) 8 - 9 - 10 Entrevista 4 2 1
Oligopolizado (poucas empresas controlando mercado) 1 - 2 - 3 Entrevista 5 8 1
Não há informações suficientes para responder 0 5
Indagação não pertinente ao Setor 0 0
Pergunta Prejudicada 0 5
4,20
4
Nº de Pontos
Adotado :8
Peso da Pergunta
:3,75
Cadeia Produtiva
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Entre Competitivo e
Respostas Alternativas: Oligopolizado (poucas
Oligopolizado (poucas
Oligopolizado (poucas
Competitivo (Setor
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Resposta Média está situada entre duas das Alternativas colocadas
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Competitivo (Setor fragmentado,grande nº de empresas)
Nota Ponderada Adotada : 30
207
29- O poder de barganha do Setor com os seus Fornecedores é:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 8 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 3 1
Entrevista 3 6 1
Alto 8 - 9 - 10 Entrevista 4 8 1
Médio 4 - 5 - 6 - 7 Entrevista 5 1 1
Baixo 1 - 2 - 3 5
Não há informações suficientes para responder 0 0
Indagação não pertinente ao Setor 0 5
Pergunta Prejudicada 0 5,20
5
Nº de Pontos
Adotado :8
Peso da Pergunta
:3,75
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Alto
Respostas Alternativas: Baixo
Médio
Alto
Baixo
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Médio
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Alto
Nota Ponderada Adotada : 30
208
30- A oferta de matérias-primas e/ou componentes para o Setor oriunda do mercado interno é:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 8 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 9 1
Entrevista 3 8 1
Alta 8 - 9 - 10 Entrevista 4 9 1
Média 4 - 5 - 6 - 7 Entrevista 5 10 1
Baixa 1 - 2 - 3 5
Não há informações suficientes para responder 0 0
Indagação não pertinente ao Setor 0 5
Pergunta Prejudicada 0 8,80
9
Nº de Pontos
Adotado :9
Peso da Pergunta
:3,75
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Alta
Respostas Alternativas: Alta
Alta
Alta
Alta
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Alta
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Alta
Nota Ponderada Adotada : 34
209
31- A oferta de matérias-primas e/ou componentes para o Setor oriunda do mercado externo é:
Faixa de Pontos
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 8 1
Alta 8 - 9 - 10 Entrevista 2 3 1
Média 4 - 5 - 6 - 7 Entrevista 3 4 1
Baixa 1 - 2 - 3 Entrevista 4 2 1
Não há informações suficientes para responder 0 Entrevista 5 2 1
Indagação não pertinente ao Setor 0 5
Pergunta Prejudicada 0 0
5
3,80
4
Nº de Pontos
Adotado :3
Peso da Pergunta
:3,75
Resultado das Entrevistas
Respostas Alternativas:Resposta de cada
Entrevista :
Alta
Baixa
Média
Baixa
Baixa
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Média
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Baixa
Nota Ponderada Adotada : 11
210
32- No Setor, o grau de diversificação das fontes de matérias primas é:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 7 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 2 1
Entrevista 3 5 1
Alto 8 - 9 - 10 Entrevista 4 2 1
Médio 4 - 5 - 6 - 7 Entrevista 5 2 1
Baixo 1 - 2 - 3 5
Não há informações suficientes para responder 0 0
Indagação não pertinente ao Setor 0 5
Pergunta Prejudicada 0 3,60
4
Nº de Pontos
Adotado :8
Peso da Pergunta
:3,75
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Médio
Respostas Alternativas: Baixo
Médio
Baixo
Baixo
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Médio
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Alto
Nota Ponderada Adotada : 30
211
33- A parcela do faturamento do Setor obtida junto ao setor público é:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 10 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 9 1
Entrevista 3 9 1
Alta 1 - 2 - 3 Entrevista 4 9 1
Média 4 - 5 - 6 - 7 Entrevista 5 9 1
Baixa 8 - 9 - 10 5
Não há informações suficientes para responder 0 0
Indagação não pertinente ao Setor 0 5
Pergunta Prejudicada 0 9,20
9
Nº de Pontos
Adotado :9
Peso da Pergunta
:3,75
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Baixa
Respostas Alternativas: Baixa
Baixa
Baixa
Baixa
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Baixa
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Baixa
Nota Ponderada Adotada : 34
212
34- O Segmento de pessoas jurídicas (empresas distribuidoras ou empresas de vendas a varejo), representativo
dos consumidores do(s) produto(s) do Setor, pode ser considerado como:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 7 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 7 1
Entrevista 3 8 1
Competitivo (Setor fragmentado,grande nº de empresas) 8 - 9 - 10 Entrevista 4 9 1
Oligopolizado (poucas empresas controlando mercado) 4 - 5 - 6 - 7 Entrevista 5 9 1
Não há informações suficientes para responder 0 5
Indagação não pertinente ao Setor 0 0
Pergunta Prejudicada 0 5
8,00
8
Nº de Pontos
Adotado :8
Peso da Pergunta
:3,75
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Oligopolizado (poucas
Respostas Alternativas: Oligopolizado (poucas
Competitivo (Setor
Competitivo (Setor
Competitivo (Setor
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Competitivo (Setor fragmentado,grande nº de empresas)
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Competitivo (Setor fragmentado,grande nº de empresas)
Nota Ponderada Adotada : 30
213
35- O poder de barganha do Setor com os seus Clientes (pessoas físicas, empresas
distribuidoras ou empresas de vendas a varejo) é:
Pts.Validade da
Entrevista
Entrevista 1 5 1
Faixa de Pontos Entrevista 2 7 1
Entrevista 3 5 1
Alto 8 - 9 - 10 Entrevista 4 8 1
Médio 4 - 5 - 6 - 7 Entrevista 5 1 1
Baixo 1 - 2 - 3 5
Não há informações suficientes para responder 0 0
Indagação não pertinente ao Setor 0 5
Pergunta Prejudicada 0 5,20
5
Nº de Pontos
Adotado :4 Peso da Pergunta : 3,75
654
674
Resultado das Entrevistas
Resposta de cada
Entrevista :
Médio
Respostas Alternativas: Médio
Médio
Alto
Baixo
Nº Respostas Pertinentes :
Nº Respostas Não Pertinentes
Nº de Entrevistas Válidas :
Nº Médio de Pontos :
Nº médio de Pontos
Arredondado
Resposta "Média" de todos os
Entrevistados :Médio
TOTAL DE PONTOS :
TOTAL DE PONTOS AJUSTADO :
Resposta "Adotada" para a Pergunta : Médio
Nota Ponderada Adotada : 15
214
AANNEEXXOO 44
DDEETTEERRMMIINNAAÇÇÕÕEESS,, FFÓÓRRMMUULLAASS DDEE CCÁÁLLCCUULLOO EE PPRROOCCEEDDIIMMEENNTTOOSS
DDEE AALLOOCCAAÇÇÃÃOO UUTTIILLIIZZAADDOOSS NNOO MMOODDEELLOO PPRROOPPOOSSTTOO CCOOMM BBAASSEE
NNOO EELLEECCTTRREE--TTRRII
1. Determinações Efetuadas pelos Agentes Decisores
1.1. Pontuações dos Setores de Referência
As pontuações referentes às duas Alternativas (Setores) de Referência ( R1 e R2 ) necessárias
para a alocação dos Setores Pesquisados nas três Categorias de Risco (Alto, Médio e Baixo)
previamente estabelecidas pelos agentes decisores foram por eles definidas, para cada um dos
critérios (perguntas), como sendo 3 e 7, respectivamente. Nestes termos:
g i ( R 1 ) = 3 , e
g i ( R 2 ) = 7 , onde:
R 1 : Setor de Referência 1
g i ( R 1 ) : avaliação do Setor de Referência 1, considerando o critério i (“fronteira” entre as
Categorias de Risco Alto e Médio)
g i ( R 2 ) : avaliação do Setor de Referência 2, considerando o critério i (“fronteira” entre as
Categorias de Risco Médio e Alto)
i: critérios (perguntas) utilizados ( i= 1, 2,..., 35)
215
1.2. Limites de Tolerância
1.2.1. Limites de Preferência
Os limites de preferência ( p ) referentes a cada um dos Setores de Referência foram definidos
pelos agentes decisores como sendo valores constantes. Assim:
pk = 0,50, k = 1,2
1.2.2. Limites de Indiferença
Da mesma forma que os limites de preferência ( p ), os limites de indiferença ( q ) referentes a
cada um dos Setores de Referência foram definidos pelos agentes decisores como sendo
valores constantes. Nestes termos:
qk = 0,30, k = 1,2
1.2.3. Limites de Veto
Considerando que o modelo proposto leva em conta um total de 35 critérios (perguntas),
entenderam os agentes decisores que, na comparação de um Setor Pesquisado (P) com um
Setor de Referência ( R1 ou R2 ), as avaliações desses setores com referência a um critério
isolado – gk ( P ), gk (R1) , e gk (R2) – não deveriam vir a implicar, por mais discrepantes
que fossem, em uma relação de não superação, independentemente do que viesse a ocorrer
com os demais critérios.
A adoção de tal procedimento implica na necessidade de se determinar um valor para o limite
de veto ( v ) que, na prática, venha a implicar na sua não utilização, não se permitindo, assim,
a ocorrência de índices de discordância, para cada critério, iguais à unidade.
216
Desta forma, procurou-se definir o limite de veto considerando-se os valores que ele deveria
assumir para permitir a ocorrência de índices de discordância sempre diferentes da unidade.
Neste sentido, definindo dk ( P, Ri ) como sendo o Índice de Discordância do Setor
Pesquisado ( P ) em relação ao Setor de Referência i ( i = 1,2), vk teria de assumir os
seguintes valores para viabilizar a ocorrência de dk ( P, Ri ) 1, conforme demonstrado a
seguir.
Assim, para que dk ( P,Ri ) = 1 , seria necessário que:
gk ( R1 ) gk ( P ) + vk ( R1 )
vk ( R1 ) gk ( P ) - gk ( R1 )
vk ( R1 ) gk ( R1 ) - gk ( P )
vk ( R1 ) 3 - gk ( P )
Se gk ( P ) = 0 vk ( R1 ) 3 ;
Se gk ( P ) = 3 vk ( R1 ) 0 ;
Se gk ( P ) = 7 vk ( R1 ) - 4 ;
Se gk ( P ) = 10 vk ( R1 ) - 7 ;
vk ( R1 ) 3
Ou, dito de outra forma:
Para que dk ( P,Ri ) 1 :
217
vk (R1 ) > 3................................................................................. (6)
De forma análoga, poder-se-ia demonstrar que:
Para que dk (P,R2 ) 1 :
vk (R2 ) > 7................................................................................. (7)
Para que dk (R1, P ) 1 :
vk (R1 ) > 7................................................................................. (8)
Para que dk (R2 , P ) 1 :
vk (R2 ) > 3 ................................................................................ (9)
Considerando (6) , (7), (8) e (9), tem-se que:
vk (R1 ) > 7................................................................................. (10)
vk (R2 ) > 7................................................................................. (11)
Optou-se, então, por se considerar, no modelo proposto, um valor único para o limite de veto,
correspondente a 7,10, assegurando-se, dessa forma, a não ocorrência tanto de Índices de
Discordância correspondentes à unidade, como, em conseqüência, de índices de credibilidade
iguais a zero.
vk ( Ri ) = 7,10 , i = 1,2 .............................................................. (12)
218
1.3. Nível de Corte
Entendendo-se o Nível de Corte ( λ ) como o menor valor do Índice de Credibilidade (ver
fórmula de cálculo a seguir) para o qual se pode afirmar que uma alternativa supera outra, os
agentes decisores, dentro do intervalo entre 0,5 e 1, o definiram como sendo 0,90.
λ = 0,90 ...................................................................................... (13)
2. Fórmulas de Cálculo.
2.1. Índice de Discordância Parcial
No modelo proposto, foram apurados, para cada um dos critérios, quatro Índices de
Concordância Parcial referentes às relações de superação do Setor Pesquisado ( P ) com os
Setores de Referência utilizados ( R1 e R2 ), e vice-versa.
Assim, ao se comparar o Setor Pesquisado ( P ) com o Setor de Referência 1 (R1), pode-se
inferir que:
a) SE gi ( R1 ) – qi( R1 ) < gi( P ) P I R1 ou P > R1 P S R1 ci( P,R1 ) = 1
b) SE gi ( P ) gi ( R1 ) - pi ( R1 ) P < R1 R1 S P ci( P,R1 ) = 0
c) SE gi ( R1 ) - pi ( R1 ) < gi ( P ) gi ( R1 ) - qi( R1 ) R1 Q P 0 < ci ( P,R1 ) < 1
ci ( P, R1 ) =
1111
11
RpRgRqRg
RpRgPg
iiii
iii
ci ( P, R1 ) =
11
11
RqRp
RpRgPg
ii
iii
219
Assim, a fórmula de cálculo do Índice de Concordância Parcial de P em relação a R1 [ ci ( P,
R1) ], para cada critério, foi expressa, na planilha Excel, da seguinte forma:
ci ( P, R1) = SE ( gi ( P ) > gi ( R1 ) – qi ( R1 ); 1 ; SE (gi ( P ) gi ( R1 ) -
- pi ( R1 ) ; 0 ; ( gi ( P ) - gi ( R1 ) + pi ( R1 )) / ( pi ( R1 ) -
- qi ( R1 ))))
ci ( P, R1) = SE ( gi ( P ) + qi ( R1 ) > gi ( R1 ) ; 1 ; SE ( gi ( P ) + pi (R1 )
gi ( R1 ); 0 ; ( gi ( P ) – gi ( R1 ) + pi (R1 )) / ( pi (R1 ) -
- qi ( R1 )))) ............................................................ (14)
De forma análoga, as fórmulas de cálculo na planilha Excel dos demais Índices de
Concordância Parcial do modelo são as seguintes:
ci ( R1 , P ) = SE ( gi ( R1 ) + qi ( R1 ) > gi ( P ) ; 1 ; SE ( gi ( R1 ) + pi( R1 )
gi ( P ) ; 0 ; ( gi ( R1 ) + pi( R1 ) - gi ( P )) / ( pi( R1 ) -
- qi ( R1 )))) ................................................................ (15)
ci ( P, R2 ) = SE ( gi ( P ) + qi ( R2 ) > gi ( R2 ) ; 1 ; SE ( gi ( P ) + pi ( R2 )
gi ( R2 ) ; 0 ; ( gi ( P ) - gi ( R2 ) + pi ( R2 )) / ( pi ( R2 ) -
220
- qi ( R2 )))) ........................................................... (16)
ci ( R2 , P ) = SE ( gi ( R2 ) + qi ( R2 ) > gi ( P ) ; 1 ; SE ( gi ( R2 ) + ( pi ( R2 )
gi ( P ) ; 0 ; ( gi ( R2 ) + pi ( R2 ) - gi ( P )) / ( pi ( R2 ) -
- qi ( R2 ))))\ ............................................................ ( 17 )
2.2. Índice de Discordância Parcial
De forma análoga aos Índices de Concordância, foram apurados, no modelo proposto, para
cada um dos critérios utilizados, quatro Índices de Discordância Parcial referentes às relações
de superação do Setor Pesquisado ( P ) com os Setores de Referência definidos ( R1 e R2 ), e
vice-versa.
Assim, ao se comparar o Setor Pesquisado ( P ) com o Setor de Referência 1 ( R1 ), pode-se
inferir que:
a) SE gi ( P ) > gi ( R1 ) – pi ( R1 ) di ( P, R1 ) = 0
b) SE gi ( R1 ) - vi ( R1 ) gi ( P ) di ( P, R1 ) = 1
c) SE gi ( R1 ) - vi ( R1 ) < gi ( P ) gi ( R1 ) - pi ( R1 ) 0 < di ( P, R1 ) < 1
di ( P, R1 ) =
1111
11
RvRgRpRg
PgRpRg
iiii
ii
di ( P, R1 ) =
11
11
RpRv
PgRpRg
ii
iii
221
Assim, a fórmula de cálculo do Índice de Discordância Parcial de P em relação à
R1 [ di ( P, R1 ) ] para cada critério foi expressa, na planilha Excel, da seguinte forma:
di ( P, R1 ) = SE ( gi ( P ) > gi ( R1 ) - pi ( R1 ) ; 0 ; SE ( gi ( R1 ) -
- vi ( R1 ) gi ( P ) ; 1 ; ( gi ( R1 ) - pi ( R1 ) - gi ( P ) ) /
/ ( vi ( R1 ) - pi ( R1 ))))
di ( P, R1 ) = SE (gi ( R1 ) < gi ( P ) + pi ( R1 ) ; 0 ; SE ( gi ( R1 ) gi ( P ) +
+ vi ( R1 ) ; 1 ; ( gi ( R1 ) - pi ( R1 ) - gi ( P ) ) / (vi ( R1 ) -
- pi ( R1 )))) ...................................................... ( 18 )
De forma análoga, as fórmulas de cálculo na planilha Excel dos demais Índices de
Discordância Parcial do modelo são as seguintes:
di ( R1 , P ) = SE ( gi ( P ) gi ( R1 ) + pi ( R1 ); 0 ; SE ( gi ( P ) > gi ( R1 ) +
+ vi ( R1 ); 1 ; ( gi ( P ) - gi ( R1 ) - pi ( R1 )) / ( vi ( R1 ) -
- pi ( R1 )))) ............................................................... ( 19 )
di ( P , R2 ) = SE ( gi ( R2 ) < gi ( P ) + pi ( R2 ) ; 0 ; SE( gi ( R2 ) gi ( P )
+ vi ( R2 ) ; 1 ; ( gi ( R2 ) - pi ( R2 ) - gi ( P )) / ( vi ( R2 ) -
222
- pi ( R2 )))) .............................................................. ( 20 )
di ( R2 , P ) = SE ( gi ( P ) gi ( R2 ) + pi ( R2 ) ; 0 ; SE ( gi ( P ) > gi ( R2 ) +
+ vi ( R2 ); 1 ; ( gi ( P ) - gi ( R2 ) - pi ( R2 )) / ( vi ( R2 ) -
- pi ( R2 )))) ............................................................ ( 21 )
2.3. Índice de Concordância Global
No modelo proposto, foram apurados, para cada um dos critérios, quatro Índices de
Concordância Global referentes às relações de superação do Setor Pesquisado (P) com os
Setores de Referência ( R1 e R2 ) e de cada um destes com o Setor Pesquisado.
O Índice de Concordância Global corresponde a uma média aritmética ponderada dos
respectivos Índices de Concordância parcial, considerando-se, para tanto, os pesos atribuídos,
no modelo, para cada um dos critérios adotados.
No modelo proposto, foi utilizado um artifício para o cálculo do Índice de Concordância
Global, de modo a que só viessem a ser consideradas as perguntas (critérios) que obtiveram
respostas consideradas como válidas, ou seja, aquelas para as quais os entrevistados
atribuíram um número de pontos diferente de zero. Neste sentido, para as perguntas / critérios
em que o entrevistado optou pelas alternativas de resposta correspondentes a “Não há
Informações suficientes para Responder” ou “Indagação não Pertinente ao Setor”, se atribuiu,
exclusivamente para efeito do cálculo do Índice Concordância Global, um peso zero.
Nestes termos, as fórmulas de cálculo adotadas no modelo para a apuração dos Índices de
Concordância Global foram as seguintes:
223
C ( P , R1 ) =
35
1
35
1
1,.
i
i
i
ii
p
RPcp
........................................ ( 22 ),
onde:
C ( P , R1 ) : índice de concordância global do Setor Pesquisado (P) em relação ao Setor de
Referência 1 ( R1 )
pi : peso de cada critério i, considerando o artifício de cálculo descrito anteriormente.
i : critérios adotados ( i = 1, ...,35)
ci ( P, R1 ) : índice de concordância parcial, referente ao critério i, do Setor Pesquisado (P) em
relação ao Setor de Referência 1 ( 1R )
C ( P, R2 ) =
35
1
35
1 2
,.
i i
i ii
p
RPcp ................................ ( 23 )
C ( R1 , P ) =
35
1
35
1
1,.
i
i
i
ii
p
PRcp ............................... ( 24 )
C ( R2 , P ) =
35
1
35
1
2 ,.
i
i
i
ii
p
PRcp .............................. ( 25 )
224
2.4. Índice de Credibilidade
Considerando σ ( P , R1 ) como sendo o Índice de Credibilidade do Setor Pesquisado ( P )
em relação ao Setor de Referência 1 ( R1 ), tem-se:
d) Se para i , di ( P , R1 ) C ( P, R1 ) σ ( P , R1 ) = C ( P, R1 )
e) Se existe pelo menos 1(um) critério i em que di ( P , R1 ) > C ( P , R1 )
σ ( P , R1 ) = C ( P, R1 ) .
Fi
i
RPC
RPd
1
1
,1
,1 , onde:
F : conjunto de critérios i em que di ( P , R1 ) > C ( P, R1 )
A fração constante dentro do produtório ( π ) procura capturar o tamanho de cada uma das
discordâncias havidas, enquanto que o produtório em si, ao efetuar multiplicações de valores
sempre inferiores à unidade, procura refletir, no Índice de Credibilidade, a quantidade de
índices de discordância parciais que se mostram superiores ao Índice de Concordância Global
(quanto maior for essa quantidade, menor será o Índice de Credibilidade).
Para a definição, na planilha Excel, da fórmula de cálculo do Índice de Credibilidade, foi
necessária a elaboração de um cálculo intermediário, aqui denominado como Fator do Índice
de Discordância. As fórmulas de cálculo adotadas para tais fatores foram as seguintes:
Fator di ( P , R1 ) = SE ( gi ( P ) = 0 ; 1 ; SE ( di ( P, R1 ) C ( P, R1 ); 1 ;
(1 - di ( P, R1 )) / ( 1 - C ( P, R1 )))) ............... ( 26 )
225
Fator di ( R1 , P ) = SE ( gi ( P ) = 0 ; 1 ; SE ( di ( R1 , P ) C ( R1 , P ); 1 ;
(1 - di ( R1 , P )) / ( 1 - C ( R1 , P )))) ............... ( 27 )
Fator di ( P , R2 ) = (SE (gi ( P ) = 0 ; 1 ; SE ( di ( P, R2 ) C ( P, R2 ); 1 ;
(1 - di ( P, R2 )) / ( 1 - C ( P, R2 )))) ............... ( 28 )
Fator di ( R2 , P ) = SE ( gi ( P ) = 0 ; 1 ; SE ( di ( R2 , P ) C ( R2 , P ); 1 ;
(1 - di ( R2 , P )) / ( 1 - C ( R2 , P )))) .............. ( 29 )
Cabe notar que, nas fórmulas de cálculo dos Fatores, se utilizou um artifício adicional, de
modo a que só viessem a ser consideradas as perguntas (critérios) que obtiveram respostas
consideradas como válidas, ou seja, aquelas para as quais os entrevistados atribuíram um
número de pontos diferente de zero. Para tanto, adicionou-se à fórmula de cálculo do Fator
uma expressão condicional inicial, de tal forma que o Fator viesse a assumir o valor 1 quando
a performance correspondente a um determinado critério fosse zero.
Considerando as fórmulas de cálculo (26), (27), (28) e (29) referentes aos Fatores, as fórmulas
de cálculo do Índice de Credibilidade adotadas na planilha Excel foram as seguintes:
σ ( P, R1 ) = C ( P , R1 ) . (
35
1i
Fator 1, RPdi ) .......................... ( 30 ),
onde:
σ ( P, R1 ) : Índice de Credibilidade do Setor Pesquisado (P) em relação ao Setor de
Referência 1 ( R1 )
226
C ( P , R1 ) : Índice de Concordância Global do Setor Pesquisado (P) em relação ao Setor de
Referência 1 ( R1 )
Fator di ( P , R1 ) : Fator referente ao Índice de Discordância Parcial do critério i do Setor
Pesquisado ( P ) em relação ao Setor de Referência 1 ( R1 )
σ ( P, R2 ) = C ( P , R2 ) . (
35
1i
Fator 2, RPdi ) ....................... ( 31 )
σ ( R1 , P ) = C ( R1 , P ) . (
35
1i
Fator PRdi ,1 ) .................... ( 32 )
σ ( R2 , P ) = C ( R2 , P ) . (
35
1i
Fator PRdi ,2 ) ........................ ( 33 )
3. Procedimentos de Alocação
No modelo proposto, cada Setor Pesquisado é comparado, no Electre Tri, com Alternativas
(Setores) de Referência, previamente estabelecidas pelos agentes decisores.
Para efeito do procedimento de alocação de cada uma das Alternativas, não há nenhuma
restrição em se introduzir duas Alternativas de Referência adicionais R0 e R3, de tal forma
que, por definição:
P S R0 e não R0 S P
R3 S P e não P S R3
227
Figura A4.1 - As Categorias Estabelecidas para o Modelo Proposto.
Cada Setor Pesquisado (P) é então comparado, no modelo proposto, diretamente com as
Alternativas (Setores) de Referência R1 e R2, de forma a se poder alocá-lo em uma das três
Categorias de Risco (conjuntos de Setores de Risco Alto, Médio e Baixo) previamente
estabelecidas pelos agentes decisores.
No Electre-Tri, há dois procedimentos de alocação para as Alternativas (Setores) Pesquisados:
um Pessimista e outro Otimista (ver a representação esquemática de tais processos de
alocação nas Figuras 1 e 2, a seguir).
No Procedimento Otimista (Figura 1), para verificar Ri > P, se parte comparando primeiro o
pior Setor de Referência ( R1 ) com o Setor Pesquisado (P), seguindo-se, então, o processo de
comparação, caso isso ainda seja necessário, com o Setor de Referência 2 ( R2 ). O processo
de alocação só se encerra quando se encontra o Setor de Referência ( R1, R2 ou R3 ) que
supera o Setor Pesquisado ( P ) [ Ri > P ]: nesta situação, se aloca, então, o Setor Pesquisado
( P ) na Categoria de Risco limitada superiormente pelo Setor de Referência ( R1, R2 ou R3 )
que supera o Setor Pesquisado.
---- R3
Categoria de Risco Baixo
---- R2
Categoria de Risco Médio
---- R1
Categoria de Risco Alto
---- R0
228
No Procedimento Otimista, o processo de alocação só se dá por encerrado, pois, quando
ocorre Ri > P , i = 1 , 2, 3. Entenda-se, aqui, Ri > P como Ri S P e não P S Ri . Ri > P implica,
por outro lado, em:
σ (Ri , P) , e
σ (P, Ri )
Em qualquer outra situação diferente de Ri > P ( Ri I P , Ri < P ou Ri > P ), deve-se, então,
dar continuidade ao processo de comparação (de R1 para R2 e deste para R3 ): se ocorrer
R1 I P ou R1 < P ou R1 R P, vái-se para R2 ; se, então, se verificar R2 I P ou R2 < P ou R2 R P,
vai-se para R3 , interrompendo-se, aí, o processo, pois, por hipótese, R3 S P e não P S R3 , ou
seja, R3 > P.
No Procedimento Pessimista (Figura 2), para verificar se P S Ri, se parte comparando
primeiro o Setor Pesquisado ( P ) com o melhor Setor de Referência (R2 ), seguindo-se, então,
a comparação com o Setor de Referência 1 ( R1 ), caso isso ainda seja necessário.
O processo de alocação acaba quando se encontra o Setor de Referência ( R1 , R2 ou R0 ) que
é superado pelo Setor Pesquisado (P S Ri): nesta situação, se aloca , então, o Setor Pesquisado
(P) na Categoria de Risco que tem como limite inferior o Setor de Referência
( R1 , R2 ou R0 ) que é superado pelo Setor Pesquisado.
Cabe lembrar que, no Electre Tri, os Procedimentos Pessimista e Otimista podem levar a
alocações diferentes para as alternativas pesquisadas, nos casos em que uma ou mais dessas
alternativas se mostrem incomparáveis com uma ou mais das alternativas de referência.
Qualquer que seja a forma pela qual se compara uma alternativa pesquisada com uma
alternativa de referência, os Procedimentos Otimista e Pessimista alocarão esta alternativa
pesquisada a uma única categoria. Nos casos de divergência de alocação entre os dois
procedimentos, a categoria estabelecida pelo procedimento otimista se mostrará sempre igual
ou superior à categoria definida pelo procedimento pessimista.
229
Na tabela a seguir, são apresentadas as diferentes alocações correspondentes, no modelo
proposto, aos Procedimentos Otimista e Pessimista, sendo nela destacados os casos de
divergência.
Tabela A4.1 - Electre Tri: As Alocações das Alternativas segundo os Procedimentos Otimista e Pessimista
No modelo proposto, a fórmula de cálculo adotada na planilha Excel para o procedimento de
alocação pessimista foi a seguinte:
SE ( σ ( P , R2 ) λ; SE ( σ ( R2 , P ) λ; “ P I R2 = Setor de Risco Baixo” ; “ P > R2
= Setor de Risco Baixo”);
Relações Binárias
Procedimento Otimista Procedimento Pessimista Relações Binárias
R1 I P e R2 I P
e R2 > P
e R2 < P
e R2 R P
Setor de Risco Baixo
Setor de Risco Médio
Setor de Risco Baixo
Setor de Risco Baixo
Setor de Risco Baixo
Setor de Risco Médio
Setor de Risco Baixo
Setor de Risco Médio
P I R2
P < R2 e P I R1
P > R2
P R R2 e P I R1
R1 > P
Setor de Risco Alto
Setor de Risco Alto
Setor de Risco Alto
P < R2 e P < R1
P R R2 e P < R1
R1 < P e R2 I P
e R2 > P
e R2 < P
e R2 R P
Setor de Risco Baixo
Setor de Risco Médio
Setor de Risco Baixo
Setor de Risco Baixo
Setor de Risco Baixo
Setor de Risco Médio
Setor de Risco Baixo
Setor de Risco Médio
P I R2
P < R2 e P > R1
P > R2
P R R2 e P > R1
R1 R P e R2 I P
e R2 > P
e R2 < P
e R2 R P
Setor de Risco Baixo
Setor de Risco Médio
Setor de Risco Baixo
Setor de Risco Baixo
Setor de Risco Baixo
Setor de Risco Alto
Setor de Risco Baixo
Setor de Risco Alto
P I R2
P < R2 e P R R1
P > R2
P R R2 e P R R1
230
SE ( σ ( R2 , P ) < λ; SE ( σ ( P , R1 ) λ; SE ( σ ( R1 , P ) λ;
“ P R R2 e P I R1 = Setor de Risco Médio” ; “ P R R2 e P > R1 = Setor de Risco Médio”);
SE ( σ ( R1 , P ) λ; “ P R R2 e P < R1 = Setor de Risco Alto” ; “P R R2 e P R R1 = Setor
de Risco Alto”));
SE ( σ ( P , R1 ) λ; SE ( σ ( R1 , P ) λ; “ P < R2 e P I R1 = Setor de Risco Médio” ; “
P < R2 e P > R1 = Setor de Risco Médio” ) ;
SE ( σ ( R1 , P ) < λ; “ P < R2 e P R R1 = Setor de Risco Alto” ; “ P < R2 e P < R1 =
Setor de Risco Alto” ))))
Alternativamente, a fórmula de cálculo adotada na planilha Excel para o procedimento de
alocação otimista foi a seguinte:
SE( σ ( R1, P ) ≥ λ; SE( σ ( P , R1 ) < λ; ” R1 > P = Setor de Risco Alto” ;
SE(σ ( R2, P ) λ; SE ( σ ( P , R2 ) λ ; “ R1 I P e R2 I P = Setor de Risco Baixo”;
“R1 I P e R2 > P = Setor de Risco Médio” );
SE ( σ ( P , R2 ) λ; “ R1 I P e R2 < P = Setor de Risco Baixo”; “ R1 I P e R2 R P = Setor
de Risco Baixo” )));
SE( σ ( P , R1 ) λ; SE( σ ( R2, P ) λ; SE ( σ ( P , R2 ) λ;” R1 < P e R2 I P = Setor de
Risco Baixo”; “ R1 < P e R2 > P = Setor de Risco Médio” );
SE (σ ( P , R2 ) λ;” R1 < P e R2 < P = Setor de Risco Baixo”; “ R1 < P e R2 R P = Setor
de Risco Baixo” ));
231
SE(σ (R2, P) λ; SE (σ ( P , R2 ) λ; “ R1 R P e R2 I P = Setor de Risco Baixo” ; “R1 R P
e R2 > P = Setor de Risco Médio” );
SE (σ ( P , R2 ) λ;” R1 R P e R2 < P = Setor de Risco Baixo”; “ R1 R P e R2 R P =
Setor de Risco Baixo” )))).
232
Figura A4.2: Procedimento Otimista
233
Figura A4.3: Procedimento Pessimista
234
AANNEEXXOO 55 -- MMAATTRRIIZZ DDEE PPEERRFFOORRMMAANNCCEE
235
AANNEEXXOO 66 -- DDEETTEERRMMIINNAAÇÇÃÃOO FFIINNAALL