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FICHA PARA CATÁLOGO
PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: A modernização da agricultura como condicionante à nova relação urbano-rural, no município de
Bandeirantes – PR
Autora Teresinha Richter Abujamra
Escola de Atuação
Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal
Município da escola Bandeirantes - PR
Núcleo Regional de Educação Cornélio Procópio - PR
Orientador Professora Me. Coaracy Eleutério da Luz
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP
Disciplina/Área Geografia
Produção Didático-pedagógica
Unidade Didática
Relação Interdisciplinar Língua Portuguesa, Artes e Inglês.
Público Alvo Alunos do 2º ano do Ensino Médio
Localização
Colégio Estadual Cyríaco Russo-Ensino Médio e Normal.
Rua Benjamin Caetano Zambom, 530 – Fone/fax 43-35424136
86.360-000 Bandeirantes- PR
Apresentação A escolha do tema associa-se a percepção do esvaziamento do campo e o
inchaço dos centros urbanos a partir de 1960 no Brasil. Diversas foram as
causas que motivaram essa migração, podendo destacar: a mecanização
agrícola, o estatuto do trabalhador rural e da terra, a estrutura fundiária
concentrada que tornou a terra escassa para pequenos agricultores.
Atuando como professora de Geografia e trabalhando por longo tempo,
com a Educação de filhos de pequenos e médios agricultores,
acompanhou-se de forma muito próxima essa transferência das famílias
para a cidade. Aqueles agricultores, tal como os operários da cana-de-
açúcar da década atual, não estavam preparados para o enfrentamento
dessas mudanças. Por esta razão, é importante resolver o problema da
expulsão da população, criando novas alternativas de adaptação à nova
realidade. A metodologia foi de revisão bibliográfica que servirá de apoio
ao desenvolvimento das estratégias de ação do projeto de implementação
na escola.
Palavras-chave Mecanização Agrícola; Êxodo Rural; Urbanização.
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GOVERNO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
PDE
TERESINHA RICHTER ABUJAMRA
UNIDADE DIDÁTICA
A modernização da agricultura como condicionante à nova relação urbano-
rural, no município de Bandeirantes – PR.
CORNÉLIO PROCÓPIO – PR
2010
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GOVERNO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
PDE
TERESINHA RICHTER ABUJAMRA
UNIDADE DIDÁTICA
Esta Unidade didática proposta é uma
forma de Apoio Pedagógico, apresentada
à Secretaria de Estado da Educação do
Paraná, como solicitação necessária à
formação de professores /PDE.
Orientação: Profª Me. Coaracy Eleutério
da Luz.
CORNÉLIO PROCÓPIO – PR
2010
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INTRODUÇÃO
O êxodo rural é o processo de transferência da população da zona rural para
as cidades, normalmente dos pequenos produtores e isto tem acontecido no mundo
todo, sendo a causa principal os avanços das tecnologias aplicadas à agricultura. No
Brasil a ocorrência do êxodo rural se deu nos anos de 1950-1960, devido a
industrialização, que gerou expectativas de melhores salários e condições de vida e
atraiu os moradores do campo para as cidades. Por outro viés, nas demais décadas,
o êxodo rural tornou-se fruto das novas relações de trabalho, a concentração de
latifúndios e o uso intensivo da mecanização nas atividades rurais. Os pequenos
proprietários sem assistência adequada para manterem o custeio de suas atividades
sentiram-se forçados a vender suas terras e enfrentar os desafios da cidade. Com a
transferência do homem do campo para a cidade, os problemas de ordem sócio-
econômica aumentaram: inchaço das cidades, moradias em locais inadequados,
desemprego, subemprego, violências e outros. Muitos municípios devido a alta
concentração de terras em mãos de poucos, ficaram refém da monocultura, como é
o caso da cana-de-açúcar. Devido diversas questões, dentre elas, a ambiental, a
cana-de-açúcar deverá substituir a mão-de-obra pela máquina na proporção de 1
máquina para 90 operários. O município de Bandeirantes é um dos que enfrentará
essa nova situação de desemprego, caso não sejam implantadas à curto prazo
políticas públicas de atendimento às questões emergenciais.
OBJETIVO GERAL
Ao propor a análise das causas e dos efeitos da mecanização agrícola e o
êxodo rural como agentes da urbanização acelerada, pretende-se formar uma
consciência crítica e cidadã, capaz de lutar pela construção de uma sociedade mais
justa e de um espaço mais humano.
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OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Analisar as causas e efeitos da mecanização agrícola e do êxodo rural no
processo de desemprego estrutural e urbanização sem planejamento;
Investigar as conseqüências sociais e ambientais decorrentes do processo de
urbanização acelerada e o olhar estratégico do poder público local;
Subsidiar o educando teoricamente para a compreensão do seu espaço de
vivência através de instrumentos conceituais da geografia;
Trabalhar a questão do consumismo com o objetivo de desenvolver o respeito
mútuo entre as pessoas, com relação à condição financeira e a produção de lixo;
Sensibilizar o educando para a compreensão de que a organização do
espaço geográfico é resultado de múltiplos fatores (econômicos, sociais e culturais)
e que essa organização não é apenas o resultado do período atual, mas que
envolve formas espaciais de outros períodos da história;
Possibilitar ao aluno a compreensão da organização do espaço urbano
brasileiro;
Investigar como se identifica a sua comunidade (bairro) no contexto social do
seu município;
Fazer do poema de Carlos Drummond de Andrade, uma estratégia de
sensibilização dos alunos sobre o consumo.
CONTEÚDO
Transformações do espaço urbano e rural com os avanços da ciência e da
tecnologia; As consequências da urbanização não planejada; Mudança de hábitos
da população egressa do meio rural e o consumo.
ESTRATÉGIAS / ATIVIDADES
Leitura, análise e discussão de textos;
Desenvolvimento de atividades que contemplem a percepção do educando e
a elaboração do raciocínio geográfico;
Pesquisas e entrevistas sobre o espaço de vivência do educando;
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Elaboração e desenvolvimento de atividades que contemplem a
representação do espaço de vivência do educando envolvendo o consumismo e o
anticonsumismo;
Análise de imagens e fotografias do espaço de vivência do educando;
Organização da Mostra Musical com temas retratando o êxodo rural, pelos
educandos.
AVALIAÇÃO
Para efeitos de Avaliação nesta unidade didática levar-se-á em consideração
os aspectos qualitativos em relação aos aspectos quantitativos. Deve ser contínua,
cumulativa e formativa servindo como diagnóstico do processo ensino-
aprendizagem, proporcionando assim a possibilidade de correções neste processo.
Os estudos na área de Geografia e da Sociologia nos tempos atuais permitem
uma pergunta: onde está o limite entre o urbano e o rural? Talvez, espera-se uma
única e simplista resposta, mas percebe-se que a interrogação é muito mais
complexa. Desde a antiguidade, quando as condições sociais e políticas
influenciaram a divisão sócio-espacial do trabalho, originando o fenômeno rural e
urbano por meio do exercício de diferentes formas de trabalho, as quais favoreceram
o desenvolvimento do capitalismo, definir os limites, a partir de então, tornou-se um
problema. Existem algumas concepções em relação a cidade e o campo: a cidade é
compreendida como a sede do trabalho intelectual, de organização das atividades
políticas e administrativas, da elaboração do conhecimento científico, da ideia de
civilização, urbanização, de aglomeração demográfica, onde uma parcela
significativa da população está envolvida em atividades secundárias e terciárias e,
da diversidade de ocupação industrial; a cidade representa uma condição social em
que, teoricamente, é possível superar a precariedade, pois considera a conquista de
melhores condições materiais decorrentes de um alto nível de produção e
TEXTO 1: REFLEXÕES SOBRE O URBANO E O RURAL
AUTOR: Jones Godinho
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produtividade, técnica e cultural. Quanto ao campo, o mesmo é visto como sinônimo
de atrasado, ultrapassado, imóvel no tempo, rude, com uma vida de privação, onde
a sobrevivência só é possível com muito trabalho, o qual oferece o mínimo
necessário para viver, sendo definido como uma área de dispersão demográfica,
dando lugar às atividades primárias, principalmente agropecuárias. O conceito de
cidade e campo confunde-se com o urbano e rural. A cidade, vista como área de
centralidade administrativa e territorial, onde se fabrica, origina o conceito de urbano,
estende-se para além dela, não restringindo-se a um território fixo, mas passa a ser
visto como um modo de vida, um estilo de vida, onde se propagam costumes e
hábitos urbanos, os quais influenciam por meio dos instrumentos de comunicação e
transporte, o meio rural. Dessa forma, o modo de vida urbano alcança os limites
geográficos dos interesses e ações existentes na cidade, dos investimentos
efetuados no campo. O rural, atualmente desenvolvendo atividades múltiplas além
das primárias, passou a ser visto como uma questão territorial, onde o uso do solo e
as atividades da população residente no campo se vinculam à várias atividades
terciárias, sendo compreendidas como não urbano ou seja, o que não pertence à
cidade. A discussão em torno desta problemática evidencia o processo de
mecanização e qualificação do campo, o qual serve e abastece a cidade de seus
produtos. Os costumes rurais não são os mesmos do passado. As mudanças na
forma de produção, do vestir, do falar, no administrar o campo, seguem os ditames
da cidade, pois, acredita-se que de lá é que vem o conhecimento, como mencionado
anteriormente. O campo está sofrendo um processo de urbanização. Sendo assim,
rural e urbano se confundem, se completam e interdependem-se, pois, um não
existiria sem o outro. Ainda na cidade, as famílias ou pessoas procuram cultivar
hábitos rurais, tidos como mais saudáveis, de produzir alguns produtos para o
próprio consumo em jardins, terraços e sacadas. Isto reflete o desejo de como,
ingerindo alimentos sem agrotóxicos. Mas, com o avanço da urbanização, percebe-
se que ela é uma moeda de dois lados: de um lado vê-se o aprimoramento das
técnicas, das condições de vida, dos atrativos culturais, do outro, vê-se a
precariedade das favelas, a chaga do desemprego, da marginalidade. Mas, sabe-se
que tudo tem um preço a ser pago, pois vive-se sobre a certeza de que as pessoas
não voltariam para o campo sem eletricidade e outros confortos.
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ATIVIDADES
Fonte: www.google.com.br / Acesso: 11/08/2011
Urbanização é o aumento proporcional da população urbana em relação à
população rural. Segundo esse conceito, só ocorre urbanização quando o
crescimento da população urbana é superior ao crescimento da população rural.
Somente na segunda metade do século 20, o Brasil tornou-se um país
urbano, ou seja, mais de 50% de sua população passou a residir nas cidades. A
partir da década de 1950, o processo de urbanização no Brasil tornou-se cada vez
mais acelerado. Isso se deve, sobretudo, a intensificação do processo de
TEXTO 2: URBANIZAÇÃO DO BRASIL – CONSEQUÊNCIAS E
CARACTERÍSTICAS DAS CIDADES
AUTOR: Angelo Tiago de Miranda – Geógrafo e professor de Geografia
1) Ler o texto com atenção.
2) Responder:
a) Por que o campo está em processo de urbanização?
b) O homem do meio rural transferindo-se para a cidade, muda de
hábitos? E, se mudando de hábito, aumenta o consumismo? Comente.
c) Você conhece alguém que morou na zona rural e mudou-se para
cidade? Pode comentar algum tipo de mudança nos hábitos desta pessoa?
d) Se este alguém fosse você, o que mudou no seu estilo de vida?
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industrialização brasileiro ocorrido a partir de 1956, sendo esta a principal
conseqüência entre uma série de outras, da "política desenvolvimentista" do governo
de Juscelino Kubitschek.
É importante salientar que os processos de industrialização e de urbanização
brasileiros estão intimamente ligados, pois as unidades fabris eram instaladas em
locais onde houvesse infraestrutura, oferta de mão-de-obra e mercado consumidor.
No momento que os investimentos no setor agrícola, especialmente no setor
cafeeiro, deixavam de ser rentáveis, além das dificuldades de importação
ocasionadas pela Primeira Guerra Mundial e pela Segunda, passou-se a empregar
mais investimentos no setor industrial.
ÊXODO RURAL
Fonte: www.educared.org/educacao, 2011
As indústrias, sobretudo, a têxtil e a alimentícia, difundiam-se, principalmente
nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Esse desenvolvimento industrial
acelerado necessitava de grande quantidade de mão-de-obra para trabalhar nas
unidades fabris, na construção civil, no comércio ou nos serviços, o que atraiu
milhares de migrantes do campo para as cidades (êxodo rural).O processo de
urbanização brasileiro apoiou-se essencialmente no êxodo rural. A migração rural-
urbana tem múltiplas causas, sendo as principais a perda de trabalho no setor
agropecuário – em conseqüência da modernização técnica do trabalho rural, com a
substituição do homem pela máquina e a estrutura fundiária concentradora,
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resultando numa carência de terras para a maioria dos trabalhadores rurais. Assim,
destituídos dos meios de sobrevivência na zona rural, os migrantes dirigem-se às
cidades em busca de empregos, salários e, acima de tudo, melhores condições de
vida.
POPULAÇÃO URBANA
Atualmente, a participação da população urbana no total da população
brasileira atinge níveis próximos aos dos países de antiga urbanização da Europa e
da América do Norte. Em 1940, os moradores das cidades somavam 12,9 milhões
de habitantes, cerca de 30% do total da população do país, esse percentual cresceu
aceleradamente: em 1970, mais da metade dos brasileiros já viviam nas cidades
(55,9%). De acordo com o Censo de 2000, a população brasileira é agora
majoritariamente urbana (81,2%), sendo que de cada dez habitantes do Brasil, oito
moram em cidades. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de
2005 o Brasil tinha uma taxa de urbanização de 84,2% e, de acordo com algumas
projeções, até 2050, a porcentagem da população brasileira que vive em centros
urbanos deve pular para 93,6%. Em termos absolutos, serão 237,751 milhões de
pessoas morando nas cidades do país na metade deste século. Por outro lado, a
população rural terá caído de 29,462 milhões para 16,335 milhões entre 2005 e
2050.
O processo de urbanização no Brasil difere do europeu pela rapidez de seu
crescimento. Na Europa esse processo é mais antigo. Com exceção da Inglaterra,
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único país que se tornou urbanizado na primeira metade do século 19, a maioria dos
países europeus se tornou urbanizada entre a segunda metade do século 19 e a
primeira metade do século 20. Além disso, nesses países a urbanização foi menos
intensa, menos volumosa e acompanhada pela oferta de empregos urbanos,
moradias, escolas, saneamento básico, etc. Em nosso país, 70 anos foram
suficientes para alterar os índices de população rural e os de população urbana.
Esse tempo é muito curto e um rápido crescimento urbano não ocorre sem o
surgimento de graves problemas.
FAVELIZAÇÃO E OUTROS PROBLEMAS DA URBANIZAÇÃO
Fonte: www.google.com.br / Acesso: 11/08/2011
A urbanização desordenada, que pega os municípios despreparados para
atender às necessidades básicas dos migrantes, causa uma série de problemas
sociais e ambientais. Dentre eles destacam-se o desemprego, a criminalidade, a
favelização e a poluição do ar e da água. O relatório do Programa Habitat, órgão
ligado à ONU, revela que 52,3 milhões de brasileiros – cerca de 28% da população –
vivem nas 16.433 favelas cadastradas no país, contingente que chegará a 55
milhões de pessoas em 2020. O Brasil sempre foi uma terra de contrastes e, nesse
aspecto, também não ocorrerá uma exceção: a urbanização do país não se distribui
igualitariamente por todo o território nacional, conforme podemos observar na tabela
abaixo. Muito pelo contrário, ela se concentra na região Sudeste, formada pelos
Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.
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REGIÃO SUDESTE
Apesar de estes quatro Estados ocuparem somente 10% do território
brasileiro, a segunda menor em área, neles se encontram mais de 78 milhões de
habitantes (IBGE, 2005), 90,5% dos quais vivem em cidades. É também no Sudeste
que se encontram três das cidades brasileiras com mais de 1 milhão de habitantes
(São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte), bem como 50% das cidades com
população entre 500 mil e 1 milhão de habitantes. As sucessivas crises econômicas
que o país conheceu nas últimas décadas fez seu ritmo de crescimento em geral
diminuir e com isso o fluxo migratório para o Sudeste se reduziu e continua em
declínio.
CENTRO-OESTE E SUL
A segunda região de maior população urbana no país é a Centro-Oeste, onde
86,7% dos habitantes vivem em cidades. A urbanização dessa região é ainda mais
recente e foi impulsionada pela fundação de Brasília, em 1960, e pelas rodovias de
integração nacional que interligaram a nova capital com o Sudeste, de um lado, e
a Amazônia, de outro. Além disso, há o desenvolvimento do setor do agronegócio. A
agropecuária impulsionou a urbanização do Centro-Oeste, cujas cidades
apresentam atividades econômicas essencialmente de caráter agro-industrial.
A região Sul, apesar de contar com o terceiro maior contingente populacional do
país – mais de 26 milhões de habitantes, 80,9% vivendo em cidades – e uma
economia vigorosa, também baseada na agropecuária apresenta um índice mais
baixo de urbanização. Ao contrário da região Centro-Oeste, a região Sul conheceu
uma urbanização mais lenta e limitada até o início da década de 1970.A estrutura
agrária assentada na pequena propriedade e no trabalho familiar, apoiado no
parcelamento da terra nas áreas de planaltos subtropicais, limitava a migração de
pessoas do campo para o meio urbano. Depois, a mecanização da agricultura e a
concentração fundiária impulsionaram o êxodo rural.
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NORTE E NORDESTE
O grau de urbanização da região Norte é o mais baixo do país: 69,9% em
2003. No entanto, é a região que mais se urbanizou nos últimos anos. Entre 1991 e
2000, segundo o IBGE, o crescimento urbano foi de 28,54%. Além de ter-se inserido
tardiamente na dinâmica econômica nacional, a região tem sua peculiaridade
geográfica – a floresta Amazônica – que representa um obstáculo ao êxodo rural.
Ainda assim, Manaus (AM) e Belém (PA) são as principais regiões metropolitanas
com mais de 1 milhão de habitantes cada. Com mais de 51 milhões de habitantes
o Nordeste é a região brasileira com o maior número de municípios (1.793), mas
somente 69,1% de sua população é urbana. A estrutura agrária baseada na
pequena propriedade familiar, na faixa do Agreste, colaborou para segurar a força
de trabalho no campo e controlar o ritmo do êxodo rural. O baixo rendimento e a
baixa produtividade do setor agrícola restringiu a repulsão dos habitantes rurais, ao
passo que o insuficiente desenvolvimento do mercado regional limitou a atração
exercida pelas cidades.
ATIVIDADES
1) Com base no texto, explique como foi controlado o êxodo rural na
Região Nordeste?
2) No caso de Bandeirantes, no bairro em que você mora:
a) tem trabalhadores na lavoura canavieira?
b) Quando seu vizinho muda de cidade, segue para centro maior ou
menor?
c) A cidade oferece melhor condição de vida do que o meio rural?
d) Se fosse escolher você viveria no campo ou na cidade?
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Fonte: www.google.com.br / Acesso: 11/08/2011
O crescimento econômico, ou melhor, a ausência dele, tem sido apontado
como o principal fator para os altos níveis de desemprego no Brasil. Naturalmente,
se conseguíssemos manter altas taxas de crescimento econômico, o país sanearia o
problema do desemprego conjuntural. Contudo, o desemprego estrutural, aquele em
que a vaga do trabalhador foi substituída por máquinas ou processos produtivos
mais modernos, não se resolve apenas pelo crescimento econômico. Aquele
trabalho executado por dezenas de trabalhadores agora só necessita de um
operador, ou melhor, dezenas de empregos transformaram-se em apenas um. É
claro que se a economia estiver aquecida será mais fácil para estes trabalhadores
encontrarem outros postos de trabalho. É comum associar o desemprego estrutural
ao setor industrial. Este setor deixa mais evidente a perda de postos de trabalho
para máquinas ou novos processos de produção, porém, isto ocorre também na
agricultura e no setor de prestação de serviços. Em muitos lugares, inclusive no
Brasil, culpou-se a tecnologia (que estaria roubando empregos e condenando os
trabalhadores à indigência). Não há dúvida de que a tecnologia participa do
processo, mas é um equívoco condená-la como a vilã do desemprego estrutural. A
invenção do tear mecânico, da máquina a vapor ou do arado de ferro foram marcos
que resultaram em um aumento significativo da produtividade e conseqüente
TEXTO 3: DESEMPREGO ESTRUTURAL
AUTOR: Paulo André de Oliveira
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redução de custos, permitindo a entrada de um enorme contingente de excluídos no
mercado consumidor. Da mesma forma que sentimos hoje, o emprego sofreu
impacto destes inventos de pelo menos 150 anos. Durante o século XX além de
novos inventos, vários sistemas econômicos também foram experimentados. Logo
após a Segunda Grande Guerra, com o mundo chocado pelos acontecimentos,
optou-se por um modelo de governo que protegesse e desse uma série de
benefícios às populações, o chamado Estado do Bem Estar Social. Criou-se um
modo de governar em que tínhamos o Estado-Empresário, o Estado-Saúde, e
muitos outros Estados que se ocupavam dos mais diversos ramos da atividade
econômica para oferecer o necessário à população. Infelizmente não existe mágica
e para cumprir estes papéis o governo passou ano após ano sugando, cada vez
mais, da sociedade não estatizada os recursos necessários, na forma de tributos,
para que estes papéis fossem desempenhados pelo Estado-Patrão. A fadiga deste
modelo começou a se verificar nas décadas de 70 e 80 e na Grã-Bretanha começou-
se a implantação do modelo atual, o neoliberalismo. Hoje este modelo é utilizado em
quase todo mundo e tem como princípio a saída do Estado da economia e o fim dos
benefícios sociais. A privatização de estatais, a desregulamentação de setores
restritos a empresas do governo fazem parte dos objetivos do neoliberalismo. Na
verdade, não há muito de novo. O desemprego estrutural já existia antes da indústria
automobilística. O que há de novo é a velocidade das mudanças, cada vez mais
intensas e a diminuição do Estado-Patrão para as funções típicas de governo como
o judiciário e segurança pública. Nesta situação, o que realmente nos incomoda é a
de falta de segurança quanto às escolhas para o futuro. Se na década de 60 ou 70
uma boa instrução poderia garantir um sustento razoável, hoje uma boa instrução
pode apenas dar uma chance melhor no mercado de trabalho. Nem mesmo
carreiras tradicionais como medicina, direito ou engenharia estão ilesas as
incertezas dos tempos da informação. Com o ritmo das mudanças acelerado, muitas
profissões deixam de existir e o medo do novo pode não eliminar sua profissão, mas
talvez eliminar o seu emprego. Fazer como antigamente ou negar-se ao novo pode
fazer com que sejamos sérios candidatos ao desemprego estrutural. Aliás, o
principal fator para que nosso emprego ou empresa não entre num estado
estacionário rumo a extinção é a inovação. Parece óbvio, mas a busca por novas
habilidades e qualificações ou novos produtos e serviços empurra para frente este
estado estacionário. As habilidades e qualificações a que me refiro não são apenas
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as formais, mas aquelas que fazem a diferença na empresa. A educação formal é
fundamental, mas a aplicabilidade desta educação e o empenho em agregar valor
ao produto ou serviço da empresa é uma questão de sobrevivência. O desemprego
estrutural está em nossos calcanhares, mas isto não é novidade para a humanidade.
Apesar da insegurança e do desconforto da luta pela sobrevivência, dia após dia,
como se ainda caçássemos a refeição do jantar, faz parte da humanidade que se
renova, ou melhor, que se inova todos os dias.
ATIVIDADES
Fonte: www.google.com.br / Acesso: 11/08/2011
TEXTO 4: O ESTATUTO DO TRABALHADOR RURAL E O
ESTATUTO DA TERRA
1) Na sua opinião, o desemprego estrutural é acelerado pelo êxodo
rural?
2) Quais as causas do desemprego estrutural?
3) Com a proibição da queima da palha da cana-de-açúcar e a
substituição do homem pela máquina, que tipo de atividade existente em
Bandeirantes poderá absorver a mão-de-obra dispensada do campo?
Você conhece alguém, que trabalha na lavoura canavieira e está prestes a perder a ocupação? Que alternativa essa pessoa tem, para sobrevivência?
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Na Primeira República ou República Velha (1889-1930), grandes áreas foram
incorporadas ao processo produtivo e os imigrantes europeus e japoneses passaram
a desempenhar um papel relevante. O número de propriedades e de proprietários
aumentou, em relação às décadas anteriores, mas, em sua essência, a estrutura
fundiária manteve-se inalterada. A revolução de 1930, que derrubou a oligarquia
cafeeira, deu um grande impulso ao processo de industrialização, reconheceu
direitos legais aos trabalhadores urbanos e atribuiu ao Estado o papel principal no
processo econômico, mas não interveio na ordem agrária. Com o fim da Segunda
Guerra Mundial, em 1945, o Brasil redemocratizou- se e prosseguiu seu processo de
transformação com industrialização e urbanização aceleradas. A questão agrária
começou, então, a ser discutida com ênfase e tida como um obstáculo ao
desenvolvimento do país. Dezenas de projetos-de-lei de reforma agrária foram
apresentados ao Congresso Nacional. Nenhum foi aprovado.
ESTATUTO DO TRABALHADOR RURAL
No final dos anos 50 e início dos 60, os debates ampliaram-se com a
participação popular. As chamadas reformas de base (agrária, urbana, bancária e
universitária) eram consideradas essenciais pelo governo, para o desenvolvimento
econômico e social do país. Entre todas, foi a reforma agrária que polarizou as
atenções. Em 1962, foi criada a Superintendência de Política Agrária - SUPRA, com
a atribuição de executar a reforma agrária. Em março de 1963, foi aprovado o
Estatuto do Trabalhador Rural, regulando as relações de trabalho no campo, que até
então estivera à margem da legislação trabalhista. Um ano depois, em 13 de março
de 1964, o Presidente da República assinou decreto prevendo a desapropriação,
para fins de reforma agrária, das terras localizadas numa faixa de dez quilômetros
ao longo das rodovias, ferrovias e açudes construídos pela União. No dia 15, em
mensagem ao Congresso Nacional, propôs uma série de providências consideradas
"indispensáveis e inadiáveis para atender às velhas e justas aspirações da
população”. A primeira delas, a reforma agrária. Contudo, no dia 31 de março de
1964, teve início o ciclo dos governos militares, durante 21 anos.
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O ESTATUTO DA TERRA
O Estatuto da Terra foi criado pela lei 4.504, de 30 de novembro de 1964,
sendo, portanto uma obra do regime militar que acabava de ser instalado no país
através do golpe militar de 31 de março de 1964. O texto – longo, detalhista,
abrangente e bem elaborado – constituiu-se na primeira proposta articulada de
reforma agrária, feita por um governo, na história do Brasil. Sua criação esteve
intimamente ligada ao clima de insatisfação reinante no meio rural brasileiro e ao
temor do governo e da elite conservadora pela eclosão de uma revolução
camponesa. Afinal, os espectros da Revolução Cubana (1959) e da implantação de
reformas agrárias em vários países da América Latina (México, Bolívia, etc.)
estavam presentes e bem vivos na memória dos governantes e das elites. As lutas
camponesas no Brasil começaram a se organizar desde a década de 1950, com o
surgimento de organizações e ligas camponesas, de sindicatos rurais e com atuação
da Igreja Católica e do Partido Comunista Brasileiro. O movimento em prol de maior
justiça social no campo e da reforma agrária generalizou-se no meio rural do país e
assumiu grandes proporções no início da década de 1960. No entanto, esse
movimento foi praticamente aniquilado pelo regime militar instalado em 1964. A
criação do Estatuto da Terra e a promessa de uma reforma agrária foram a
estratégias utilizadas pelos governantes para apaziguar, os camponeses e
tranqüilizar os grandes proprietários de terra. As metas estabelecidas pelo Estatuto
da Terra eram basicamente duas: a execução de uma reforma agrária e o
desenvolvimento da agricultura. Três décadas depois, podemos constatar que a
primeira meta ficou apenas no papel, enquanto a segunda recebeu grande atenção
do governo, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento capitalista ou
empresarial da agricultura. Em vez de dividir a propriedade, porém, o capitalismo
impulsionado pelo regime militar brasileiro (1964-1984) promoveu a modernização
do latifúndio, por meio do crédito rural fortemente subsidiado e abundante. O
dinheiro farto e barato, aliado ao estímulo à cultura da soja – para gerar grandes
excedentes exportáveis – propiciou a incorporação das pequenas propriedades
rurais pelas médias e grandes: a soja exigia maiores propriedades e o crédito
facilitava a aquisição de terra. Nesse período, toda a economia brasileira cresceu
com vigor – eram os tempos do "milagre brasileiro", o país urbanizou-se e
industrializou-se em alta velocidade, sem ter que democratizar a posse da terra, nem
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precisar do mercado interno rural. O projeto de reforma agrária foi esquecido e a
herança da concentração da terra e da renda permaneceu intocada. Em 1985, o
governo do Presidente José Sarney elaborou o Plano Nacional de Reforma Agrária
(PNRA), previsto no Estatuto da Terra, com metas extremamente ambiciosas:
assentamento de um milhão e 400 mil famílias, ao longo de cinco anos. No final de
cinco anos, porém, foram assentadas cerca de 90.000 apenas. A década de 80
registrou um grande avanço nos movimentos sociais organizados em defesa da
reforma agrária e uma significativa ampliação e fortalecimento dos órgãos estaduais
encarregados de tratar dos assuntos fundiários. Quase todos os estados da
federação contavam com este tipo de instituição e, em seu conjunto, ações
estaduais conseguiram beneficiar um número de famílias muito próximo daquele
atingido pelo governo Federal. No governo de Fernando Collor (1990-1992), o
programa de assentamentos foi paralisado, cabendo registrar que, nesse período,
não houve nenhuma desapropriação de terra por interesse social para fins de
reforma agrária. O governo de Itamar Franco (1992-1994) retomou os projetos de
reforma agrária. Foi aprovado um programa emergencial para o assentamento de 80
mil famílias, mas só foi possível atender 23 mil com a implantação de 152 projetos,
numa área de um milhão 229 mil hectares. No final de 1994, após 30 anos da
promulgação do Estatuto da Terra, o total de famílias beneficiadas pelo governo
Federal e pelos órgãos estaduais de terra, em projetos de reforma agrária e de
colonização, foi da ordem de 300 mil, estimativa sujeita a correções, dada a
diversidade de critérios e a falta de recenseamento no período 1964-1994.
ATIVIDADES
1) Leia o texto com atenção e a seguir responda:
a) Na sua opinião, o Estatuto do Trabalhador e o Estatuto da Terra contribuíram
para a expulsão do homem do campo? Defenda seu ponto de vista.
b) Organize-se em grupo de 5 alunos. Selecione uma música, cuja letra faça
menção à saída do homem do campo e a sua migração para centros urbanos.
Apresentar as músicas selecionadas (interpretação própria, CD ou outro recurso) no
“Momento Sertanejo Moderno”.
c) Você conhece alguém que vendeu a propriedade rural e se mudou para a
cidade de Bandeirantes?
Que tipo de atividade esta pessoa exerce atualmente?
20
Fonte: www.google.com.br / Acesso: 11/08/2011
A explosão do consumo no mundo atual faz mais barulho do que todas as
guerras e mais algazarra do que todos os carnavais. Como diz um velho provérbio
turco, aquele que bebe a conta, fica bêbado em dobro. A gandaia aturde e anuvia o
olhar; esta grande bebedeira universal parece não ter limites no tempo nem no
espaço. Mas, a cultura de consumo faz muito barulho, assim como o tambor, porque
está vazia; e na hora da verdade, quando o estrondo cessa e acaba a festa, o
bêbado acorda, sozinho, acompanhado pela sua sombra e pelos pratos quebrados
que deve pagar. A expansão da demanda se choca com as fronteiras impostas pelo
mesmo sistema que a gera. O sistema precisa de mercados cada vez mais abertos e
mais amplos tanto quanto os pulmões precisam de ar e, ao mesmo tempo, requer
que estejam no chão, como estão, os preços das matérias primas e da força de
trabalho humana. O sistema fala em nome de todos, dirige a todos suas imperiosas
ordens de consumo, entre todos espalha a febre compradora, mas não tem jeito:
para quase todo o mundo esta aventura começa e termina na telinha da TV. A
maioria, que contrai dívidas para ter coisas, termina tendo apenas dívidas para
pagar suas dívidas que geram novas dívidas, e acaba consumindo fantasias que, às
vezes, materializa cometendo delitos. O direito ao desperdício, privilégio de poucos,
afirma ser a liberdade de todos.
Dize-me quanto consomes e te direi quanto vales. Esta civilização não
deixa as flores dormirem, nem as galinhas, nem as pessoas. Nas estufas, as flores
TEXTO 5: O IMPÉRIO DO CONSUMO AUTOR: Eduardo Galeano
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estão expostas à luz contínua, para fazer com que cresçam mais rapidamente. Nas
fábricas de ovos, a noite também está proibida para as galinhas. E as pessoas estão
condenadas à insônia, pela ansiedade de comprar e pela angústia de pagar. Este
modo de vida não é muito bom para as pessoas, mas é muito bom para a indústria
farmacêutica. Os EUA consomem metade dos calmantes, ansiolíticos e demais
drogas químicas que são vendidas legalmente no mundo; e mais da metade das
drogas proibidas que são vendidas ilegalmente, o que não é uma coisinha à toa
quando se leva em conta que os EUA contam com apenas cinco por cento da
população mundial.
“Gente infeliz, essa que vive se comparando”, lamenta uma mulher no
bairro de Buceo, em Montevidéu. A dor de já não ser, que outrora cantava o tango,
deu lugar à vergonha de não ter. Um homem pobre é um pobre homem. “Quando
não tens nada, pensas que não vales nada”, diz um rapaz no bairro Villa Fiorito, em
Buenos Aires. E outro confirma, na cidade dominicana de San Francisco de Macorís:
“Meus irmãos trabalham para as marcas. Vivem comprando etiquetas, e vivem
suando feito loucos para pagar as prestações”. Invisível violência do mercado: a
diversidade é inimiga da rentabilidade, e a uniformidade é que manda. A produção
em série, em escala gigantesca, impõe em todas partes suas pautas obrigatórias de
consumo. Esta ditadura da uniformização obrigatória é mais devastadora do que
qualquer ditadura do partido único: impõe, no mundo inteiro, um modo de vida que
reproduz seres humanos como fotocópias do consumidor exemplar. O consumidor
exemplar é o homem quieto. Esta civilização, que confunde quantidade com
qualidade, confunde gordura com boa alimentação. Segundo a revista científica The
Lancet, na última década a “obesidade mórbida” aumentou quase 30% entre a
população jovem dos países mais desenvolvidos. Entre as crianças norte-
americanas, a obesidade aumentou 40% nos últimos dezesseis anos, segundo
pesquisa recente do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Colorado. O
país que inventou as comidas e bebidas light, os diet food e os alimentos fatfree, tem
a maior quantidade de gordos do mundo. O consumidor exemplar desce do carro só
para trabalhar e para assistir televisão. Sentado na frente da telinha, passa quatro
horas por dia devorando comida plástica. Vence o lixo fantasiado de comida: essa
indústria está conquistando os paladares do mundo e está demolindo as tradições
da cozinha local. Os costumes do bom comer, que vêm de longe, contam, em alguns
países, milhares de anos de refinamento e diversidade e constituem um patrimônio
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coletivo que, de algum modo, está nos fogões de todos e não apenas na mesa dos
ricos. Essas tradições, esses sinais de identidade cultural, essas festas da vida,
estão sendo esmagadas, de modo fulminante, pela imposição do saber químico e
único: a globalização do hambúrguer, a ditadura do fast food. A plastificação da
comida em escala mundial, obra do McDonald´s, do Burger King e de outras
fábricas, viola com sucesso o direito à autodeterminação da cozinha: direito sagrado,
porque na boca a alma tem uma das suas portas. A Copa do Mundo de futebol de
1998 confirmou para nós, entre outras coisas, que o cartão MasterCard tonifica os
músculos, que a Coca-Cola proporciona eterna juventude e que o cardápio do
McDonald´s não pode faltar na barriga de um bom atleta. O imenso exército do
McDonald´s dispara hambúrgueres nas bocas das crianças e dos adultos no planeta
inteiro. O duplo arco deste ‘M’ serviu como estandarte, durante a recente conquista
dos países do Leste Europeu. As filas na frente do McDonald´s de Moscou,
inaugurado em 1990 com bandas e fanfarras, simbolizaram a vitória do Ocidente
com tanta eloqüência quanto a queda do Muro de Berlim. Um sinal dos tempos: essa
empresa, que encarna as virtudes do mundo livre, nega aos seus empregados a
liberdade de filiar-se a qualquer sindicato. O McDonald´s viola, assim, um direito
legalmente consagrado nos muitos países onde opera. Em 1997, alguns
trabalhadores, membros disso que a empresa chama de Macfamília, tentaram
sindicalizar-se em um restaurante de Montreal, no Canadá: o restaurante fechou.
Mas, em 98, outros empregados do McDonald´s, em uma pequena cidade próxima a
Vancouver, conseguiram essa conquista, digna do Guinness. As massas
consumidoras recebem ordens em um idioma universal: a publicidade conseguiu
aquilo que o esperanto quis e não pôde. Qualquer um entende, em qualquer lugar,
as mensagens que a televisão transmite. No último quarto de século, os gastos em
propaganda dobraram no mundo todo. Graças a isso, as crianças pobres bebem
cada vez mais Coca-Cola e cada vez menos leite e o tempo de lazer vai se tornando
tempo de consumo obrigatório. Tempo livre, tempo prisioneiro: as casas muito
pobres não têm cama, mas têm televisão, e a televisão está com a palavra.
Comprado em prestações, esse animalzinho é uma prova da vocação democrática
do progresso: não escuta ninguém, mas fala para todos. Pobres e ricos conhecem,
assim, as qualidades dos automóveis do último modelo, e pobres e ricos ficam
sabendo das vantajosas taxas de juros que tal ou qual banco oferece. Os
especialistas sabem transformar as mercadorias em mágicos conjuntos contra a
23
solidão. As coisas possuem atributos humanos: acariciam, fazem companhia,
compreendem, ajudam, o perfume te beija e o carro é o amigo que nunca falha. A
cultura do consumo fez da solidão o mais lucrativo dos mercados. Os buracos no
peito são preenchidos enchendo-os de coisas, ou sonhando com fazer isso. E as
coisas não só podem abraçar: elas também podem ser símbolos de ascensão social,
salvo-condutos para atravessar as alfândegas da sociedade de classes, chaves que
abrem as portas proibidas. Quanto mais exclusivas, melhor: as coisas escolhem
você e salvam você do anonimato das multidões. A publicidade não informa sobre o
produto que vende, ou faz isso muito raramente. Isso é o que menos importa. Sua
função primordial consiste em compensar frustrações e alimentar fantasias.
Comprando este creme de barbear, você quer se transformar em quem? O
criminologista Anthony Platt observou que os delitos das ruas não são fruto somente
da extrema pobreza. Também são fruto da ética individualista. A obsessão social
pelo sucesso, diz Platt, incide decisivamente sobre a apropriação ilegal das coisas.
Eu sempre ouvi dizer que o dinheiro não trás felicidade; mas qualquer pobre que
assista televisão tem motivos de sobra para acreditar que o dinheiro trás algo tão
parecido que a diferença é assunto para especialistas. Segundo o historiador Eric
Hobsbawm, o século XX marcou o fim de sete mil anos de vida humana centrada na
agricultura, desde que apareceram os primeiros cultivos, no final do paleolítico. A
população mundial torna-se urbana, os camponeses tornam-se cidadãos. Na
América Latina temos campos sem ninguém e enormes formigueiros urbanos: as
maiores cidades do mundo, e as mais injustas. Expulsos pela agricultura moderna
de exportação e pela erosão das suas terras, os camponeses invadem os subúrbios.
Eles acreditam que Deus está em todas partes, mas por experiência própria sabem
que atende nos grandes centros urbanos. As cidades prometem trabalho,
prosperidade, um futuro para os filhos. Nos campos, os esperadores olham a vida
passar, e morrem bocejando; nas cidades, a vida acontece e chama. Amontoados
em cortiços, a primeira coisa que os recém -chegados descobrem é que o trabalho
falta e os braços sobram, que nada é de graça e que os artigos de luxo mais caros
são o ar e o silêncio. Enquanto o século XIV nascia, o padre Giordano da Rivalto
pronunciou, em Florença, um elogio das cidades. Disse que as cidades cresciam
“porque as pessoas sentem gosto em juntar-se”. Juntar-se, encontrar-se. Mas, quem
encontra com quem? A esperança encontra-se com a realidade? O desejo,
encontra-se com o mundo? E as pessoas, encontram-se com as pessoas? Se as
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relações humanas foram reduzidas a relações entre coisas, quanta gente encontra-
se com as coisas? O mundo inteiro tende a transformar-se em uma grande tela de
televisão, na qual as coisas se olham, mas não se tocam. As mercadorias em oferta
invadem e privatizam os espaços públicos. Os terminais de ônibus e as estações de
trens, que até pouco tempo atrás eram espaços de encontro entre pessoas, estão se
transformando, agora, em espaços de exibição comercial. O shopping center, o
centro comercial, vitrine de todas as vitrines, impõe sua presença esmagadora. As
multidões concorrem, em peregrinação, a esse templo maior das missas do
consumo. A maioria dos devotos contempla, em êxtase, as coisas que seus bolsos
não podem pagar, enquanto a minoria compradora é submetida ao bombardeio da
oferta incessante e extenuante. A multidão, que sobe e desce pelas escadas
mecânicas, viaja pelo mundo: os manequins vestem como em Milão ou Paris e as
máquinas soam como em Chicago; e para ver e ouvir não é preciso pagar
passagem. Os turistas vindos das cidades do interior, ou das cidades que ainda não
mereceram estas benesses da felicidade moderna, posam para a foto, aos pés das
marcas internacionais mais famosas, tal e como antes posavam aos pés da estátua
do prócer na praça. Beatriz Solano observou que os habitantes dos bairros
suburbanos vão ao center, ao shopping center, como antes iam até o centro. O
tradicional passeio do fim de semana até o centro da cidade tende a ser substituído
pela excursão até esses centros urbanos. De banho tomado, arrumados e
penteados, vestidos com suas melhores galas, os visitantes vêm para uma festa à
qual não foram convidados, mas podem olhar tudo. Famílias inteiras empreendem a
viagem na cápsula espacial que percorre o universo do consumo, onde a estética do
mercado desenhou uma paisagem alucinante de modelos, marcas e etiquetas. A
cultura do consumo, cultura do efêmero, condena tudo à descartabilidade midiática.
Tudo muda no ritmo vertiginoso da moda, colocada à serviço da necessidade de
vender. As coisas envelhecem num piscar de olhos, para serem substituídas por
outras coisas de vida fugaz. Hoje, quando o único que permanece é a insegurança,
as mercadorias, fabricadas para não durar, são tão voláteis quanto o capital que as
financia e o trabalho que as gera. O dinheiro voa na velocidade da luz: ontem estava
lá, hoje está aqui, amanhã quem sabe onde, e todo trabalhador é um desempregado
em potencial. Paradoxalmente, os shoppings centers, reinos da fugacidade,
oferecem a mais bem-sucedida ilusão de segurança. Eles resistem fora do tempo,
sem idade e sem raiz, sem noite e sem dia e sem memória, e existem fora do
25
espaço, além das turbulências da perigosa realidade do mundo. Os donos do mundo
usam o mundo como se fosse descartável: uma mercadoria de vida efêmera, que se
esgota assim como se esgotam, pouco depois de nascer, as imagens disparadas
pela metralhadora da televisão e as modas e os ídolos que a publicidade lança, sem
pausa, no mercado. Mas, para qual outro mundo vamos nos mudar? Estamos todos
obrigados a acreditar na historinha de que Deus vendeu o planeta para umas
poucas empresas porque, estando de mau humor, decidiu privatizar o universo? A
sociedade de consumo é uma armadilha para pegar bobos. Aqueles que comandam
o jogo fazem de conta que não sabem disso, mas qualquer um que tenha olhos na
cara pode ver que a grande maioria das pessoas consome pouco, pouquinho e
nada, necessariamente, para garantir a existência da pouca natureza que nos resta.
A injustiça social não é um erro por corrigir, nem um defeito por superar: é uma
necessidade essencial. Não existe natureza capaz de alimentar um shopping center
do tamanho do planeta.
ATIVIDADES
1. Discutir oralmente com os alunos as idéias do texto.
2.Assinalar no texto os três pontos que mais chamaram sua atenção,
considerando as suas vivências/experiências.
3. Reunir em grupo de 3 alunos e produzir um slogan anti-consumo .
4. Selecionar os 3 melhores slogans e enviar para publicação no Jornal
“Folha do Norte”, de Bandeirantes.
5. Visitar um shopping center com os alunos e pedir que eles anotem os
registros em idioma inglês como: center, fast-food, exit, light, diet, juice,
watter, corn, etc. Comentar a necessidade de conhecer a Língua
Inglesa, no mundo globalizado.
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Em minha calça está grudado um nome
Que não é meu de batismo ou de cartório
Um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo, minha xícara,
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo.
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, permanência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-la por mil, açambarcando
TEXTO 6: EU ETIQUETA
AUTOR: CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
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Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro.
Em língua nacional ou em qualquer língua
(Qualquer principalmente.)
E nisto me comparo, tiro glória
De minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
Para anunciar, para vender
Em bares festas praias pérgulas piscinas,
E bem à vista exibo esta etiqueta
Global no corpo que desiste
De ser veste e sandália de uma essência
Tão viva, independente,
Que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
Meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais,
Tão minhas que no rosto se espelhavam
E cada gesto, cada olhar
Cada vinco da roupa
Sou gravado de forma universal,
Saio da estamparia, não de casa,
Da vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo dos outros
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Objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mas artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é Coisa.
Eu sou a Coisa, coisamente.
ATIVIDADES
.
Vista parcial de Bandeirantes – 14/11/2010
Fonte: Arruda, 2010. Fonte: Arruda, 2010.
TEXTO 7 – CONHECENDO BANDEIRANTES – PR
1. O que significa consumismo?
2. Você concorda com autor, que todos nós vivemos sob a pressão do
mercado?
3. Se aprendermos a separar DESEJO de NECESSIDADE o consumismo
pode minimizar?
4. Com que frequência você costuma comprar roupas, calçados e
perfumes?
5. Quando faz compras, costuma fazer em Bandeirantes ou noutra cidade? Explique porque o faz
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Vista Aérea: Universidade Estadual Norte do Paraná - UENP
Fonte: www.google.com.br / Acesso: 11/08/2011
Texto adaptado de: www.biblioteca.ibge.gov.br /
www.prefeituradebandeirantes,pr.gov.br
O município de Bandeirantes está localizado na região Norte Pioneiro do
Estado do Paraná, às margens da BR-369 e tem como padroeira Santa Teresinha
do Menino Jesus. A data de emancipação política é celebrada em 14 de novembro.
Bandeirantes, possui uma área é de 446,301 km² representando 0,2246 % do
estado, 0,0794% da região e 0,0053% de todo o território brasileiro. Localiza-se a
uma latitude de 23°06'36" sul e a uma longitude de 50°27'28" oeste, estando a
uma altitude de 420 m. Sua população estimada em 2005 era de 33.370 habitantes.
A população segundo o IBGE (2005) é de 33.732 habitantes, dos quais, 27.720
residem na cidade e apenas 6.012 residem na zona rural. Interessante ressaltar que
a população masculina é de 16.682 e a feminina é de 17.505. A densidade
demográfica é de 74,4 hab./km2. Segundo o IBGE (2005) o IDH é 0,756, sendo que
o IDH renda é de 0,681, da longevidade é 0,726 e da educação é 0,861.O município
é abastecido por dois importantes rios: Cinzas e Laranjinha e um ribeirão chamado
Ribeirão das Antas. No tocante à malha rodoviária é cortado pela BR 369, PR436,
PR 517 e PR-519. A economia do município é baseada na agricultura e na
agroindústria. Até meados de 1960 a agricultura tinha seu ponto forte na alfafa,
cana-de-açúcar e na cafeicultura. Na década de 70 em virtude da “geada” as
culturas da alfafa e da cafeicultura entraram em declínio, passando a intensificar as
culturas do algodoeiro, soja, milho e a cana-de-açúcar. Esta última, dando o suporte
30
para a agroindústria sulcroalcooleira, representada pela USIBAN, com efetivo
avanço após 1975, com a implantação do Proálcool. Na década de 90 a cultura do
algodoeiro entrou em crise em função da importação do produto especialmente do
Egito e a presença de um isento praga chamado Anthonomus grandis, popularmente
denominado “bicudo” que provocou sérios danos, esta atividade conhecida como
“cultura social” foi desativada no município e grande parte da região, permanecendo
a soja, milho e a cana-de-açúcar. A cana-de-açúcar emprega atualmente na
microrregião cerca de dez mil operários para o plantio e corte (SINE, 2011). Até
então, a lavoura é queimada para facilitar a colheita, porém, com o advento da
legislação ambiental que proíbe a partir de 2014 a queimada, a lida no campo será
substituída por máquinas, na proporção de 1 máquina para 90 trabalhadores e o
índice de desemprego tende a aumentar, se medidas urgentes para requalificação
profissional não forem tomadas pelo poder público e até mesmo pelo Ministério do
Emprego e Trabalho.Diante do quadro apresentado pela agricultura com substituição
das culturas, pouco a pouco foi promovendo a monocultura da cana-de-açúcar e a
partir de 2000 tem-se buscado a diversificação de culturas, estabelecendo a cultura
de frutíferas (uva de mesa, citros, maracujá) e hortaliças em estufas (pimentão,
tomate, vagem, pepino), contabilizando hoje no município aproximadamente 400
estufas em franca produção, demandando inclusive, um posto da CEASA (Central
de Abastecimento).Na área da Educação incorpora 21 escolas de Ensino
Fundamental (Centro de Educação Infantil e Séries Iniciais), 6 escolas de Ensino
Fundamental séries finais, 5 escolas de Ensino Médio e uma universidade pública e
outra particular. A universidade pública – Universidade Estadual do Norte do Paraná
– UENP, foi criada em 27 de setembro de 2006, pela Lei Estadual 15.300/2006,
incluindo a Fundação Faculdade Luiz Meneghel, de Bandeirantes; a Faculdade de
Educação Física e Ciências e Letras de Jacarezinho e Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras de Cornélio Procópio, congregando 6.375 alunos de graduação,
1.070 de pós-graduação, 344 docentes e 133 servidores. O campus da UENP de
Bandeirantes ocupa uma área construída de 18.590,29 m2.
31
ATIVIDADES
Considerando o texto, responda.
Neste contexto como se identifica a sua cidade?
Você conhece sua cidade? Procure observar como ela está organizada.
Existem bairros industriais? Onde se localizam as principais indústrias?
Existem áreas onde predominam apenas estabelecimentos comerciais?
Há áreas onde se localizam os bairros residenciais? Nestes existem apenas
moradias de estudantes universitários?
Você sabe os locais onde se produz uva de mesa e hortaliças em estufa, no
seu município?
Onde se localiza o seu bairro em relação a sua cidade? Quais são os limites
do seu bairro? Fica próximo ou distante do centro?
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REFERÊNCIAS
ANDRADE, C. D. de. Antologia Poética. São Paulo: Record, 2001.
ENDLICH, A. M. Perspectivas sobre o urbano e o rural. In: ENDLICH, Angela Maria;
SPOSITO, Maria E.B. e WHITACKER, Arthur M. Cidade e campo: relações entre o urbano e o rural. São Paulo: Expressão Popular, 2006, p. 11-31.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. 2005.
SISTEMA NACIONAL DO EMPREGO. Agência de Bandeirantes, 2011.
www.wducared.org/educacao
www.educacao.uol.com.br
www.fmr.edu.br
www.louveiraadv.br
www.olhoscriticos.com
www.pmb.pr.gov.br
www.saiunojornal.com.br