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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃOPRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
TURMA - PDE/2012
Título: LEITURA: A COMPREENSÃO ATRAVÉS DOS CONTOS CLÁSSICOS DE ESCRITORAS
BRASILEIRAS.
Autor Ângela Vaz Dalla Costa
Disciplina/Área Língua Portuguesa
Escola de Implementação do
Projeto e sua localização
Colégio Estadual Dr. Gastão Vidigal - Ensino de 1 e 2 graus
Município da escola Maringá-PR
Núcleo Regional de Educação Maringá
Professor Orientador Margarida da Silveira Corsi
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Maringá
Relação Interdisciplinar
Resumo
Sabendo-se que ler é um ato bastante complexo, este trabalho
justifica-se pelos baixos índices de compreensão da leitura, na
escola e na sociedade. Os objetivos principais são a busca de novas
estratégias para a compreensão, análise e interpretação, sejam
textos clássicos usados na escola, ou aqueles que servem para
orientar o aluno a tornar-se um cidadão consciente dos valores
morais e éticos que norteiam sua vida.
Através da leitura do antes,durante e depois; das marcas do gênero
conto, ou sejam: as personagens, tempo, lugar, ação, enredo que
encontramos nos contos clássicos de escritoras brasileiras; da
intertextualidade temática com filmes e poemas de músicas,
pretendemos estimular os alunos a leitura prazer, à leitura
informativa, a leitura para a criação de um novo sentido para o texto.
Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Leitura - compreensão - contos
Formato do Material Didático Material impresso e vídeo
Público Alvo Alunos do primeiro ano do Ensino Médio
2. INTRODUÇÃO
"Ler e não entender é chaga que afeta até a elite bem formada do país." É a
referência inicial de um artigo da jornalista Adriana Natali ( Revista Língua, número 83,
setembro de 2012,p.40/45) que comenta e nos mostra que só 1 de cada 4 brasileiros é
mesmo alfabetizado, sendo que a maioria não sabe o elementar, surgindo então, a
incapacidade de expressão por meio de um texto.
O professor Leonor Scliar Cabral, da Universidade Federal de Santa Catarina, diz que:
"O que chama a atenção nos resultados é que apesar dos anos de escolaridade, a maior
parte deixa a escola sem compreender os textos que circulam socialmente e sem saber
redigir um parágrafo sequer para atender os requisitos de trabalho qualificado", colocando
assim, a situação de um adulto que se diz "escolarizado". ( NATALI, Revista Língua,
número 83, 09/2012, p.41)
Nos programas nacionais de avaliação escolar e no PISA (Programa Internacional de
Avaliação de Alunos)/2006 já se sabe que 56% dos jovens brasileiros estão no nível 1 ou
abaixo dele, sendo capazes apenas de localizar informações explícitas no texto e fazer
conexões simples.
Da mesma forma o ENEN e SAEB diagnosticaram que o baixo desempenho dos
alunos nas provas se deve à ausência do domínio da leitura compreensiva, razão pela qual
as atividades propostas nesta sequência didática, levam o aluno a ler nas mais diferentes
situações, seja na abordagem de textos literários, seja na produção de textos ou, na
construção de conhecimentos.
Por outro lado, a professora Lilian Passarelli, PUC/SP, explica que considera a
formação continuada de professores como um grande fator para a mudança, portanto, a
capacitação interpretativa deve vir do Estado, da iniciativa privada, mas também, e
principalmente, do próprio cidadão afetado para que haja a transformação do atual quadro
de analfabetismo funcional.
Com suas palavras explica: "Há uma série de procedimentos que podem ajudar as
pessoas a atribuir mais significado ao que leem, e é nisso que precisamos investir, para que
nossos professores possam ensinar a ler para além da superfície do texto e a escrever com
adequação à situação comunicativa".
Para a professora Luciana Velhinho Corso, da FEF/RS, estas dificuldades podem ser
sanadas com a prática de estudo voltada para estratégias de compreensão de textos, pelo
fato de muitas crianças não ultrapassarem a fase de decodificação de símbolos e não
usarem estratégias para que a compreensão do que leem se dê de forma mais efetiva.
Complementando os fatos, na opinião do professor Renilson José Menegassi, no seu
artigo A Formação do Leitor: as instâncias sociais de formação do leitor, diz que:
A formação do leitor, no Brasil, passa por várias instâncias sociais, entre as quais se destacam a família, os grupos de amigos e a escola. Cada uma dessas realidades orienta o leitor a práticas de leituras diversas e determinadas, o que leva a ter práticas de letramentos conforme a necessidade do grupo social em que está participando. É preciso, portanto, que a criança tenha modelos de efetivos leitores, principalmente, na família. ( MENEGASSI, 2010,p.34)
Entre as instâncias sociais de formação do leitor, a maior na educação brasileira é a
escola, lugar em que o aluno encontra uma grande diversidade de textos, alguns em que o
aluno é obrigado a ler, e é nesta ocasião que novamente Menegassi opina:
Com esta constatação, não se afirma que os textos clássicos não devem ser apresentados aos alunos. Pelo contrário, eles precisam ser explorados em sala de aula, que é o lugar próprio para isso, porém devem necessariamente lidos com práticas de leitura com objetivos e interesse próprio dos alunos. (MENEGASSI,2010,p.36)
Então, concluímos que devemos apresentar vários outros textos que abordem a
literatura não só no seu tempo, mas dialoguem com a mesma temática, que explorem um
tipo de linguagem diferente, em que possibilitem o aluno compreender que o mesmo
assunto, escrito em outra época, pode ser cruzado, aproximando autores diferentes com
linguagens diferentes, mas ligados pelo mesmo tema, ou pela mesma tradição, como a
literatura e o cinema, a literatura e a música popular brasileira.
Precisamos assim explorar uma série de habilidades e estratégias de leitura para a
formação do leitor crítico, consciente de seus direitos e deveres perante a sociedade.
A leitura é necessariamente parte de um processo de aprendizado que deve ser
observado pelo professor, conforme as suas linhas teóricas, nas suas etapas de
desenvolvimento. De acordo com Menegassi (1995), as etapas a que se refere seu artigo
são: a decodificação, a compreensão, a interpretação e a retenção.
A compreensão - compreender um texto é captar a sua temática, é resumi-lo. A
interpretação - é a etapa de utilização da capacidade crítica do leitor, o momento em que
analisa, reflete e julga as informações que lê. A retenção - a última etapa do processo de
leitura é responsável pelo armazenamento das informações mais importantes na memória
do leitor. Estabelecendo, nestas duas últimas, o processo de inferência.
Já Guaraciaba Micheletti (2006, p.15/17) observa que hoje a leitura não é mais
considerada como uma decifração de sinais, letras, palavras. Ler vai muito além. Ler um
texto é atribuir-lhe significados. E atribuindo significados pressupõe uma re-construção do
texto que nos é apresentado.
Para a autora, a Leitura é também um processo, com etapas sucessivas desde o
contato inicial, e é preciso que se trabalhe com e no texto. Micheletti define, da seguinte
forma as etapas:
De início se apreendem os sinais, o código, passando a decifrá-lo e, quase simultaneamente, se aprende uma significação de superfície. A tarefa seguinte, nessa aproximação, consiste numa desmontagem para se atingir o significado no interior do próprio discurso, é o memento da análise. Depois, vem a interpretação, através da re-montagem e, tal como um desenho animado, as palavras vão-se juntando e formando o texto, já com um novo sentido para o leitor.É nessa etapa que o diálogo do leitor com o texto se torna mais vivo, pois ele terá ativado todo um conhecimento de mundo e o terá posto em movimento. (MICHELETTI,2006,p.16)
A leitura é um ato solitário, dependendo da vontade de um eu e de sua capacidade
de posicionar-se diante do discurso do outro. Se ela ocorre na escola, o professor pode
atuar como um mediador, comentando, transmitindo informações que possam auxiliar o
aluno a vencer as etapas propostas da leitura.(MICHELETTI, 2006,p.17)
Na sequência, a mesma autora nos propõe duas maneiras de iniciar a leitura de um
texto: a primeira - análise externa, que consiste em se deter nas condições de produção da
narrativa, estudando-se aí os elementos socioculturais e a individualidade do autor. A
segunda - análise interna, que prende-se à obra como tal, analisando a sua estrutura e o que
ela comunica, sendo mais específica.
Escolhido o gênero Conto, por ser uma narrativa curta e de mais fácil análise, onde a
narrativa se constrói a partir de personagens (ação, enredo), com um só conflito,
relacionados ao espaço e ao tempo e uma linguagem que deve provocar o interesse, o
despertar de sentimentos, ou seja, atrair para a leitura completa, para a análise de produção
de um texto literário que nos convida à reflexão e conduz à construção do real.
Finalizamos as atividades com a análise das relações intertextuais. Neste momento,
Micheletti diz: que é importante lembrar que não existe um método preestabelecido para o
diálogo entre os textos. Pode-se iniciar mostrando aos alunos as diferenças entre os tipos
de textos e que estes textos estabelecem algum tipo de relação (intertextualidade).
Orientados pela autora Ingedore G.Villaça Koch (2008,p.18/41), no livro
Intertextualidade - Diálogos Possíveis, entendemos que a intertextualidade pode ocorrer de
quatro formas, assim explicadas: a primeira - Intertextualidade Temática, encontrada entre
textos pertencentes a uma mesma área do saber ou uma mesma corrente de pensamento,
que tenham conceitos ou terminologias próprias. A segunda - Intertextualidade Estilística,
ocorre quando o autor do texto parodia, repete, imita o estilo, a linguagem, um jargão
profissional, um determinado gênero. A terceira - Intertextualidade Explicita, ocorrendo
quando o próprio texto cita o outro texto enunciador. A quarta - Intertextualidade
Implícita, ocorrendo quando não se faz qualquer menção ao texto fonte.
Nas atividades propostas aos alunos usaremos as Intertextualidades Temática e
Explicita, quando da leitura e análise do conto A moça tecelã, Marina Colassanti e o filme
Clik, do diretor Frank Coraci, momento em que podemos observar que existe a
possibilidade de direcionarmos a nossa vida. No conto A Caolha, da autora Júlia Lopes de
Almeida e a música Filho Adotivo, interpretada musicalmente por Sérgio Reis, em que
ambos tem como tema o relacionamento pais e filhos, frustrando no primeiro a mãe, por
causa de um defeito físico, e no segundo, o pai em relação aos seus filhos legítimos,
possibilitando assim, uma melhor leitura da temática existente em cada obra utilizada.
3- OBJETIVO GERAL
• Através das diferentes estratégias, utilizando como suporte a leitura de contos
clássicos de escritoras brasileiras, objetivamos despertar nos alunos o gosto e o
prazer pela leitura, possibilitando a exploração e compreensão dos textos com a
finalidade da formação de leitores pleno.
4- OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Levar o aluno a ler contos clássicos, discernindo-os dos demais gêneros;
• Proporcionar a compreensão e interpretação dos contos através do ciclo:
autor/leitor/texto;
• Possibilitar ao aluno a compreensão do texto para despertar o gosto pela leitura;
• Oportunizar o contato com outras tecnologias a fim de estabelecer novas formas de
compreensão do texto;
• Estimular a busca de novas leituras incentivadas pela habilidade de leitor
competente.
5- MÓDULOS DIDÁTICOS
5.1 - Módulo Um - Ler e escrever
Iniciamos esta sequência didática com algumas questões sobre hábitos de leitura e
escrita dos alunos, a participação dos mesmos nos objetivos desta Oficina que é levantar
as maiores dificuldades de leitura e escrita, bem como discutir e negociar algumas
atividades procurando torná-los conscientes da importância da participação de cada um .
• Responda as seguintes questões numa folha de papel avulsa:
• O que você espera destas aulas de literatura e português brasileiro?
• O que você espera ler nestes meses de aulas, referentes a esta Oficina?
• Você tem o hábito de ler? Que tipo de material você lê?
• Você tem o hábito de escrever? Que tipo de material você escreve?
• Qual a sua maior dificuldade quando precisa escrever algo?
• Que tipo de esforço pessoal você poderia fazer para melhorar seu desempenho
na leitura ? E na escrita?
• Redija um pequeno texto expondo seu ponto de vista (opinião) sobre as
seguintes afirmativas:
- "Para se escrever bem, deve-se ler muito. Quem lê muito tem muitas ideias."
- "Quem lê muito necessariamente não escreve bem. A escrita exige muitas
outras habilidades além do domínio de um assunto ou de estruturas gramaticais".
Os alunos deverão responder as questões individualmente. Uma em cada folha de
papel.
Respondidas estas atividades propostas , será feita uma divisão da turma em oito (8)
grupos. Cada grupo ficará responsável pelo levantamento das respostas de uma das
questões, sendo assim, todas as respostas deverão circular pela sala.
Em seguida, os componentes do grupo deverão analisar os dados, elaborar um
relatório que será colocado para a sala toda, na ordem das questões, opinando sobre as
respostas obtidas.
Finalizar com as considerações dos alunos a respeito dos dados e possíveis atitudes
e estratégias para a melhora dos índices de aproveitamento da leitura.
5.2 - Módulo Dois - A Invenção de Hugo Cabret
Este módulo terá como objetivo aproximar o aluno com o texto fílmico, observando
que a leitura se dá pelas ações das personagens, num determinado tempo e lugar, bem
como, entrar em contato com os diferentes tipos de literatura.
http://cinema10.com.br/filme/Hugo.
• Na oralidade: apresentar o filme. Levantamento dos conhecimentos prévios
sobre o filme exibido. Comentários sobre cinema, produtores, livros que
foram adaptados aos filmes. Posturas das personagens, detalhes que devem
ser observados durante a exibição do filme.
• Iniciaremos com a apresentação de uma Resenha crítica (ficha técnica), com
os dados de informação sobre o filme, desempenho de algumas personagens,
levantamento oral de algumas hipóteses sobre o tema, exploração inicial
sobre o que conta o próprio filme.
• Roteiro de análise para verificar as várias possibilidades de compreensão do
filme:
• a- Qual é o tema do filme? O que os produtores do filme tentaram nos
contar?
• b- Eles conseguiram passar a mensagem? Justifique.
• c- Algum elemento do filme não foi compreendido?
• d- Você assimilou/ aprendeu alguma coisa com este filme? Explique o que
melhor aprendeu.
• e- Do que você mais gostou neste filme? Por quê?
• f- Selecione uma sequência protagonizada por um dos personagens do filme,
analise e explique qual a sua motivação dramática.
• g- Qual o seu personagem favorito no filme? Por quê?
• h- Qual o personagem que você menos gostou? Por quê?
• i- Comente sobre a importância das cores usadas no filme. Ela enfatiza a
emoção que os produtores tentaram evocar?
• j- Qual é a síntese da história contata pelo filme?
• Exibir o filme A INVENÇÃO DE HUGO CABRET (EUA, 2011), na íntegra.
• Exibir, novamente algumas cenas que ficaram duvidosas para o entendimento
do tema e resposta às questões.
RESENHA DO FILME A INVENÇÃO DE HUGO CABRET
(resenha escrita pela professora Ângela Vaz )
Produzido nos EUA em 2011, foi filmado em Londres - Inglaterra com algumas
cenas em Paris - França, baseado no livro de Brian Selznick com o mesmo título, podendo
ser acessado no endereço: http://cinema10.com.br/filme/Hugo.
• gênero - aventura
• duração - 126 minutos
• elenco - Asa Butterfield (Hugo); Chloe Moretz ( Isabelle); Jude Lax (pai de
Hugo); Christopher Lee (dono da biblioteca); Sacha Baron Cohen(Gustavo);
Ben Kingsley (Georges); Helen MacCrory (tia de Isabelle); Ray Winstone,
Richard Griffiths, Emily Mortiner.
• roteiro - John Logan
• trilha sonora - Howard Shore
• direção - Martin Scorsese
Martin Scorsese, grande diretor, passou a sua infância num bairro pobre de
descendentes italianos em Nova Iorque (EUA), por isso conhece bem o que é uma criança
crescida na rua, sendo que ele, devido a uma asma (doença), tenha sido superprotegido e
viveu mais afastado dos demais. Porém, tinha por costume ir ao cinema com o pai,
independente do filme que fossem assistir.
No filme A Invenção de Hugo Cabret (2011), percebemos algumas semelhanças
entre o cineasta e o protagonista, o garotinho órfão Hugo, que mora sozinho na torre do
relógio de uma estação de trem de Paris, na década de 1930.
Para sobreviver, rouba comida e é perseguido pelo guarda da estação, mesmo que
não era o caso de Scorsese, pois é um filme, e não a realidade de vida do produtor.
Scorsese, o mestre dos filmes de gângster e sua obra de filmografia sempre foi a
violência e são muito densas, neste filme, reporta (intertextualidade) a situação de Hugo
vivida por Charles Chaplin em O Garoto, um entre vários filmes citados, além do que
Scorsese é simpático ao criar os tipos marginais.
A imagem marginal de Hugo é suavizada pelo destaque dos imensos e expressivos
olhos azuis de Asa Butterfield (Hugo).
Vivendo na solidão, acostuma seu mundo em uma tela de cinema, através da torre de
relógios da estação, mostrada desde o início.
Seu maior sonho é conseguir consertar um autômato, espécie de robô antigo, que
necessitava de algumas peças roubadas da banca do velho vivido por Ben Kingsley
(Georges), para então escrever uma mensagem que Hugo imaginava ser de seu pai, morto
em um incêndio no museu em que trabalhava.
O que Hugo não sabia é que o senhor era na verdade o grande Georges Meliés, que
se acreditava estar morto, pai do cinema narrado, conhecido como o diretor de Viagem à
Lua. Meliés é uma personagem que vive amargurado por ter sido esquecido pela sociedade
e não quer mais lembrar dos momentos de seus tempos de glória, pouco antes do início da
Primeira Guerra Mundial.
As atitudes de severidade são uma forma de esconder as mágoas, mas vai
conquistando o espectador até que se revela a verdadeira causa de seu comportamento.
A garotinha, vivida por Chloe Moretz (Isabelle), que mora na casa de Meliés e vive
as aventuras com Hugo, dá o encanto ao filme infantil, apesar de Hugo, já de início
conquistar o espectador de todas as idades, a garotinha compartilha o descobrimento do
cinema na telona, os primeiros filmes com fala, ou seja, narrados. Ao colocar a cena no
filme Scorsese homenageia o filme De Volta Para o Futuro (novamente a
intertextualidade), bom como destaca o companheirismo ao buscar a história do cinema em
bibliotecas.
Em vários momentos as homenagens se destacam para o criador do filme narrado,
Meliés, bem como os criadores do cinema os irmãos Lumiére ( 1895 - França, inventaram
um aparelho que registrava a imagem e movimento).
Desta forma, Scorsese cria e mistura a fantasia da realidade que se completam de
forma mágica - o belo filme que em vários momentos pode fazer o espectador emocionar-
se.
Meliés - o francês Georges Meliés, deu sentido artístico a obra dos irmãos Lumière,
filmando as encenações de peças teatrais e truques de mágica - realçando seus números de
ilusionismo. A ele, é creditado a descoberta que o cinema poderia recriar sonhos e mostrá-
los aos espectadores, que ele usou, também, como forma de divulgar a sua fábrica de
fotografias.
Quanto ao livro: A Invenção de Hugo Cabret, livro escrito pelo americano Brian
Selznick, no ano de 2007, lançado no Brasil pela editora Lafonte - São Paulo, chama
atenção por sua forma de ser impresso e no modo de contar a sua história, pois o livro já dá
uma visão cinematográfica ao leitor, deixando de lado a parte descritiva e dando lugar a
parte visual que é pouco explorada pelos livros convencionais.
A arte é impecável fazendo, você leitor, imaginar a movimentação das personagens
com os seus movimentos somente olhando-as pelas artes espalhadas pelas páginas negras
do livro, além da clara ambientação da história que se passa em Paris, anos 30.
O livro tem mais de 500 páginas, mas é impecável e agradaria qualquer tipo de leitor,
admirador da arte, literatura e do cinema.
Na sequência:
• apresentação das questões que serão pesquisadas, em dupla, no livro didático
do aluno: CEREJA, W.R., MAGALHÃES, T.C., Português - Linguagens 1.
São Paulo: Saraiva, 2010, na internet e baseando-se em alguns momentos do
filme assistido:
• a- O que é Literatura? Explique com base nas suas pesquisas.
• b- Defina os gêneros Literários : Épico, Lírico e Dramático, explicando as
suas origens. (apresentar para a turma).
• c- O que é gênero Textual? Dê alguns exemplos ( principalmente os gêneros
conto e crônica).
• d- Diferenciar, com a cópia de fragmentos, o que são textos Literários e Não
Literários, texto Ficcional do Não Ficcional .
• e- Explique, da forma que entendeu a Linguagem Verbal, Não Verbal e
Visual.
• f- Qual é a importância do tempo e lugar para as personagens principais em
um conto ou filme? Esta resposta deverá ser registrada numa folha de papel
para ser entregue à professora.
5.3 - Módulo Três: A Moça Tecelã
Na apresentação deste módulo o aluno estará em contato com o gênero Textual
escolhido para a principal estratégia a ser trabalhada, objetivando o desenvolvimento da
leitura clássica, em sala de aula. O Conto clássico de uma escritora brasileira - neste caso,
A MOÇA TECELÃ, da autoria da escritora Marina Colassanti, que vai nos remeter
inicialmente a estrutura de um conto clássico, bem como, a análise de seus personagens,
do tempo, do lugar, do narrador, dos tipos de linguagem, para tanto iniciamos da seguinte
forma:
• Apresentação do conto clássico - A MOÇA TECELÃ, da autora Marina
Colassanti, comentários sobre a biografia da autora destacando o seu estilo de
escrita. Leitura silenciosa (onde o aluno tomará conhecimento do texto de
forma pessoal).
• Leitura sequencial por alguns alunos. Leitura do texto integralmente pela
professora. (análise da melhor forma de leitura para inteirar-se do tema do
texto).
• Destaque para as palavras desconhecidas, com consulta em dicionários.
• Análise:
• a- O título nos remete ao tema?
• b- O título antecipa os acontecimentos narrados no texto?
• c- Num primeiro momento, sugira um novo título, a partir de sua experiência
de vida.
• Busca de indícios presentes no texto para a descoberta da temática ( debates,
discussões, opiniões) na oralidade inicialmente.
• a- Qual o assunto principal? Qual o tema enfocado?
• b- Que avaliação crítica é sugerida pelo autor?
• c- Em seguida, discuta com seu colega se o texto é real ou ficcional? Quem
participa, como personagens principais, da história do texto? Descreva físico
e psicologicamente as personagens.
• Que elementos verbais são encontrados no texto para que você possa
compreender o assunto? Cite-os.
• A prosa poética existente no texto tem a estrutura de poema? Qual a
diferença de prosa poética e poesia?
• Podemos associar a construção da história narrada no conto a um filme? Por
quê?
• A partir das informações obtidas até o momento, transcreva em um quadro as
seguintes informações:
• a- Título da obra
• b- Autor
• c- Suporte
• d- Local
• e- Data
• f- Gênero textual
• g- Tipologia dominante
• h- Tema central (assuntos)
• Lendo o texto integralmente você tem condições de escrever a sequência dos
acontecimentos:
• a- Estado de harmonia e equilíbrio (contexto inicial da história),
• b- Fato novo (algo diferente, uma possibilidade inesperada),
• c- Ponto culminante da história (acontecimento mais importante),
• d- Ações decorrentes do fato novo (providências, procedimentos da
personagem),
• e- Desfecho ( conclusão da narrativa),
• f- No final da narrativa qual é a reação da personagem homem?,
• g-Quando aconteceu a história narrada? Existe no texto marcas que
comprovem o tempo (época) e lugar de acontecimento da narrativa?
(observar as palavras tear, chapéu emplumado, palácio e outros) Destaque-as
e discuta com seus colegas,
• h- Identifique o nível de linguagem usada pela narradora no conto.
Compreensão e Interpretação
• a- Qual é o principal motivo para a atitude da jovem tecelã? Inicialmente
tramar a história de sua vida e depois desfazer, com muita rapidez a mesma
história criada?
• b- Podemos afirmar que o texto lido é dividido em duas partes: Que frase ou
parágrafo inicia a primeira e a segunda parte do narrativa?
• c- O conto, de um modo geral centra-se num conflito: Comente o conflito do
texto lido.
• d- O antepenúltimo e o penúltimo parágrafos são caracterizados por uma
inversão. Qual o principal indicador gramatical dessa inversão?
• e- "Tecia e entristecia, enquanto sem parar batiam os pentes acompanhando o
ritmo da lançadeira." Que há de comum entre os dois verbos - tecer e
entristecer?
• f- podemos dizer que o texto tem por finalidade:
( ) informar
( ) contar uma história
( ) defender um ponto de vista
( ) fazer humor
• g- Das ideias abaixo qual é mais coerente com o texto:
( ) é impossível ser feliz sozinho,
( ) a riqueza é fundamental para a felicidade,
( ) as mulheres devem obedecer seus maridos,
( ) cada pessoa precisa lutar pela sua própria felicidade.
• Numa folha para entregar, comente com suas palavras como poderíamos
explicar, de acordo com o texto, o significado de: "moça tecelã e mulher
tecelã". Dê um novo fim para a história.
Estrutura do Conto
• Usando o livro didático, as pesquisas na internet, ou outro material que o
aluno achar interessante para a caracterização do gênero Conto, responder as
questões:
• a- O que é um Conto? Conto Clássico?
• b- Qual é a estrutura de um Conto? Partes do conto.
• c- Explique : Conflito, Ação/ Espaço, Tempo, Personagens (tipos).
• d- Sabemos que os tempos verbais são marcas importantes na análise dos
Contos. Explique o que são Tempos Verbais, como se dividem e conjugue um
verbo relevante, encontrado no texto lido, nos tempos mais usados em contos
- pretérito perfeito e pretérito imperfeito.
• e- Quanto a linguagem, que tipos de linguagem temos para serem usadas nos
textos? Exemplifique.
• f- Explique coesão e coerência.
• g- As escritoras de contos podem usar alguns tipos de narrador. Releia,
se necessário o texto A Moça Tecelã e revise os tipos de narrador
existentes.
A MOÇA TECELÃ - Marina Colassanti
(COLASSANTI, Marina. In: Contos brasileiros contemporâneos. Moderna, São Paulo,
1991.p.55/57), podendo ser encontrado: (www.releituras.com/i_ana_mcolasanti.asp).
Biografia: MARINA COLASSANTI
Escritora, jornalista e ilustradora Marina Colassanti nasceu na cidade de Asmara -
Etiópia, aos 26/09/1937. Morou na Itália, e início da Segunda Guerra Mundial, com sua
família, veio morar no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro.
Estudou artes plásticas, dedicando-se também ao jornalismo, em especial como
escritora de crônicas, atuando como redatora e ilustradora.
Lançou sua primeira obra: Eu sozinho, 1968 e a partir daí publicou mais 30 livros de
histórias voltadas ao público infantil com o livro de contos Uma ideia toda azul, recebendo
o prêmio O Melhor para o Jovem. Alguns enredos direcionados aos adultos como em
Contos de Amor Rasgado e outros.
Também escreve crônicas meditando sobre assuntos corriqueiros e revelando uma
profunda delicadeza ao tratar de questões femininas, principal tema nos contos
direcionados aos adultos.
A escritora está sempre viajando pelo Brasil e exterior, realizando cursos, palestras,
sendo que sua obra é reconhecida internacionalmente com diversos livros traduzidos para o
espanhol. Recebeu vários prêmios, entre eles o "Jabuti" de literatura brasileira.
A escritora Marina Colasanti é casada com o escritor e poeta Affonso Romano de
San'tana, vivendo atualmente na cidade de São Paulo.
(http://www.sinpro_rs.org.br/realese.asp?cod=613 , acessado aos 30/10/2012, às
13ho7min.)
Comentários sobre A MOÇA TECELÃ
Já sabemos que a narrativa, em geral, está centrada num conflito, que pode se dar
entre o personagem e o meio físico, ou entre ele e sua consciência, ou entre dois
personagens.
A palavra texto vem do latim textu e significa, literalmente, "tecido".
Como você já deve ter percebido, produzir um texto se assemelha à arte de tecer, ou
seja, ao produzir um texto você conduz as palavras como a tecelã conduz o fio, ora para cá,
ora para lá, sempre com o cuidado de amarrá-lo para que o trabalho não se perca. Por isso
mesmo, o ato de escrever toma de empréstimo uma série de palavras e expressões do ato
de tecer: tessitura, fio narrativo, enredo ( enredar significa "entrelaçar os fios para fazer a
rede”).
Assim como, ao tecer, deve-se ligar um ponto a outro para formar uma trama, para
produzir um texto é preciso amarrar uma palavra a outra, uma oração a outra, uma ideia a
outra. Nesse sentido, "A Moça Tecelã", de Marina Colassanti, é exemplar, uma aula de
composição de texto narrativo.
Releia o texto e observe como a autora constrói, tecendo e destecendo o conflito,
num trabalho paralelo ao da personagem, que tece e destece sua vida. Repare como é o
conflito que dá sustentação à narrativa: os sete primeiros parágrafos são belíssimos,
verdadeira prosa poética; mas não haveria espaço para mais sete parágrafos deste tipo
porque neles "nada" acontece, não há antagonismo, não há conflito (há mais descrição e
pouca narração). A partir do momento em que a personagem tece o homem que lhe faria
companhia, a autora tece o conflito, os fatos se sucedem, estabelece-se o antagonismo
( protagonista: a personagem de uma peça teatral, de um filme, de um romance; pessoa
que desempenha ou ocupa o primeiro lugar num acontecimento - antagonista: que atua
em sentido oposto, opositor, adversário; pessoa que é contra alguém ou algo, opositor) -
( agora sim, temos narração)!
Como se trata de um conto, logo atingimos um ponto insustentável que leva à
solução do conflito (atingimos o clímax), que se dá por uma ruptura ( eliminação de um
dos contendores). Nesse momento, personagem e autora estão destecendo suas tramas. O
último parágrafo, uma retomada dos parágrafos iniciais, recupera a linguagem e as imagens
poéticas, o caráter descritivo. Mas é curta - e só poderia ser curta -, porque não há conflito,
não há como se sustentar, não há mais narração.
Outro aspecto que merece uma consideração: um leitor desatento, dorminhoco poderá
argumentar, com ares de desdém: "Não houve mudança de situação; a personagem voltou
a mesmíssima situação do início do conto!". Ledo engano! A moça tecelã não é a mesma
do início da narrativa; ela agora acumula a desagradável experiência de ter idealizado um
homem que vive segundo uma escala de valores oposta à sua ; ela tanto não é a mesma
que, se no início do texto ela é moça tecelã, poderíamos dizer que, no final do conto, ao
reconstruir sua vida, amadurecida, ela se transformou numa mulher tecelã.
(TERRA,E.; NICOLA,J. Práticas de Linguagem - Leitura e produção de textos. São
Paulo. Scipione, 2001,p.321/322)
5.4. Módulo Quatro: Click
Apresentar o filme Click, desta vez sem fazer comentários antes da exibição do
mesmo. As atividades de interpretação e compreensão serão trabalhadas posteriormente,
visto, que no primeiro filme foram trabalhadas todas as possibilidades antecipadamente.
Podendo ser encontrado no endereço: (www.redefilmessonlivre.net/2010/01/click-
dublado-filme_online.html)
A modalidade de leitura fílmica cria condições de trânsito de textos não verbais,
textos verbais, e todas as possíveis informações que se observa para a compreensão do
tema, mesmo que tenha sido filmado somente para lazer da assistência, para consumo.
Neste filme Click faremos uma ponte entre a razão e a emoção, momento em que
entendemos a necessidade de unirmos o trabalho e a família.
• Exibição do filme CLICK ( EUA, 2006).
• Em grupo de três alunos, responder estas questões:
• a- Qual o tema do filme? O que os realizadores do filme tentarem nos contar? Eles
conseguiram passar a mensagem? Explique na ordem das questões.
• b- Você assimilou/ aprendeu alguma coisa com este filme?
• c- Algum elemento do filme não foi compreendido?
• d- Do que você mais gostou no filme?
• e- Selecione uma sequência protagonizada por um dos personagens, analise e
explique qual a sua motivação dramática?
• f- Qual o seu personagem favorito no filme? E o que você menos gostou? Por quê?
• g- Descreva a cor usada no filme. Ela enfatiza as emoções que os realizadores
tentaram evocar? Você mudaria o uso das cores neste filme? Por quê?
• h- Analise o uso da música no filme. Ela conseguiu criar um clima correto para a
história? Como você usaria a música no filme?
• i- Todos os eventos retratados no filme são verdadeiros ou verossímeis? Descreva
as cenas que você achou especialmente bem coerentes e fiéis à realidade. Que
consequências parecem menos verdadeiras? Explique.
• j- Qual é a síntese da história contada pelo filme?
• k- Como a montagem interfere na história contada pelo filme da história?
• l- Reconstituição: Elabore uma sinopse do filme destacando informações sobre a
personagem principal Adam Sendler e sua carreira profissional. Comente alguma
coisa sobre o diretor. Fale, também, sobre o impacto de bilheteria, prêmios
recebidos e críticas feitas ao filme por analistas de cinema. (a sinopse tem por
função principal desenvolver as habilidades da narrativa e elaboração de resumos).
Resenha do filme CLICK
( resenha escrita pela professora Ângela Vaz)
Nome do filme: CLICK
País de produção: EUA, 2006
Duração/gênero: 98 minutos, comédia romântica
Direção: Frank Coraci
Roteiro/ produtores: Steve Koren e Mark O' Keefe
Elenco: Adan Sandler (Michael), Kate Bekinsale (Donna - esposa), Sean Astin, Jenifer
Coolidge, Christopher Walken (Morty), Henry Winkler, David Hasselhoff (chefe), Rachel
Drach, Jenae Altschwager, Joseph Castanon (Ben- filho), Tatun MacCan ( Samantha -
filha).
No filme Click Michael (Adam Sandler), é um jovem arquiteto, que trabalha muito
em busca de sucesso profissional. Considerado muito competente, apoiado e incentivado
pelo proprietário/diretor da empresa, isto o estimula trabalhar cada vez mais, esquecendo-
se, ou pouco dando atenção para sua família, apesar de amá-la muito.
Uma família normal americana, pai, mãe, dois filhos: um menino e uma menina com
o sonho de possuir em casa os aparelhos eletrônicos de tecnologia avançada. Os filhos
comentam que o vizinho tem um controle só, para toda a aparelhagem eletrônica. Um
controle universal.
Tentando buscar o melhor para sua família, que é importantíssima para Michael,
fato este que faz com que sinta a necessidade de dedicar-se cada vez mais a sua carreira, e
em busca de uma renda financeira maior, trabalha incansavelmente.
Certa noite, após várias horas de trabalho, cansado e irritado pega um dos controles
disponíveis e tenta ligar a TV. O controle que pega liga o ventilador, o outro liga o som e
assim, após muitas tentativas para descobrir qual era o controle certo, jogou no chão os
aparelhos.
Diante da situação, e o desejo dos filhos em terem um controle igual ao do vizinho,
ele promete que vai comprar um e sai para ir a uma loja de roupas de cama e mesa. Na loja,
encontra uma cama e cansado deita-se, adormece e sonha com o fato de ter que procurar
um vendedor para a compra de um controle universal.
Um suposto vendedor, de nome Morty (Christopher Walken) lhe dá um controle
com o compromisso de não devolvê-lo, o chamado "controle universal".
Mal sabia Michael que a confusão estava por começar. Com alguns toques no
controle descobre que pode acionar o mesmo quando a situação fica difícil para resolver, o
controle lhe dá o poder de adiantar a cena, resolver o problema e depois voltar sem que as
pessoas percebessem a situação e assim tenta realizar seus sonhos.
Passou a manipular a família, a crescer assustadoramente no trabalho, torna-se sócio
da empresa e passa a não mais se importar com a convivência familiar, não mais se dedica
aos filhos, até que é abandonado pela família porque acham que ele tornou-se uma pessoa
sem sentimentos e escrúpulos.
O controle pode "controlar e ditar", e por se programar automaticamente, conforme
o estilo de vida do seu dono, por isso avançou a vida de Michael velozmente.
O vendedor Morty, Anjo da Morte ( um dos temas do filme), lhe mostra todos os
bons momentos da vida que perdeu, principalmente dedicando-se tanto ao trabalho em
busca de riquezas.
Acredito que as cenas mais importantes sejam as que mostram o relacionamento
entre ele, Michael e seu pai, quando, no escritório, o pai o procura e, devido ao trabalho
Michael não lhe dá atenção. Só valorizamos as pessoas quando conseguimos perceber
quanto mal fizemos a essa pessoa, e que, na maioria das vezes, não podemos voltar atrás.
Internado e muito doente, recebe a visita do filho ( já adulto) e percebe que este
segue o mesmo caminho do pai, quando, após o dia do casamento está indo para uma
viagem de negócios e não para sua lua de mel.
Michael tira todos os equipamentos hospitalares e sai correndo pela rua, gritando
pelo nome do filho. A família se reúne em torno do pai e com as cenas seguintes
encontramos o principal tema do filme: a família é o mais importante.
Para assistir ao filme é preciso ser crítico para entender que o trabalho não é
desvalorizado e, muito menos que as pessoas não devam buscar o aperfeiçoamento
profissional, mas que se faz necessário a busca de um equilíbrio entre a excelência
profissional e a excelência do convívio familiar.
Não viva para trabalhar, trabalhe para viver, utilize bem seu tempo com a família,
controle sua vida não deixando que o modo de vida capitalista se sobreponha a família.
Compreensão e interpretação:
• a- "Consumimos, consumimos e consumimos". O Homem precisa ser
informatizado para viver bem em sociedade?
• b- O que precisamos para atingir a realidade atual das profissões?
• c- Até que ponto a mídia interfere na sua vida particular?
• d- No filme Click, o protagonista tornou-se sujeito objeto, pelas suas atitudes. Qual
foi seu principal erro?
• e- O indivíduo contemporâneo procura nas novas tecnologias resolução para seus
problemas. No filme percebe-se a falta de "ética" no momento do protagonista usar
o controle. Que momentos são estes?
• f- Atualmente, os indivíduos estão usando a "ética" para nortear/administrar a sua
vida?
• g- "Viver consiste em fazer escolhas diárias baseadas em nossos valores e
objetivos, cientes que as consequências das ações escolhidas serão de nossa
responsabilidades." Descreva o momento em que o protagonista percebe o seu
"erro" e tenta reverter, assumindo a responsabilidade do ato cometido.
• h- Qual é, para você, o ideal de felicidade?
• i- Outro tema abordado no filme é a "morte e vida", representado pelo suposto
vendedor Morty no momento que escolhe Michael para beneficiar com um
controle universal. Como você encara a morte?
• j- Defina, na relação anexa, as prioridades de sua vida:
- A importância do tempo,
- A família,
- A saúde,
- A amizade,
- A fé,
- O crescimento pessoal/profissional.
• Para entregar:
• 1- Faça uma relação dos temas que estão presentes no texto A moça tecelã e o filme
Click, explicando-os como podemos aplicar nos nossos dias.
• 2- Fazer um levantamento da evolução dos equipamentos domésticos vivida pela
humanidade nos últimos 30 ou 40 anos nas casas.
• 3- Nos anos 70, raros eram os aparelhos de TV nas casas. Hoje existe, praticamente,
um em cada peça da casa. Como isso afeta as relações familiares? E os outros
aparelhos, de que modo alteram a rotina doméstica?
• 4- Quais foram os benefícios da incorporação de tantos equipamentos na rotina de
nossas vidas? E os malefícios?
5.5 - Módulo cinco: A Caolha
ANTES - DURANTE - DEPOIS
Este módulo vai trabalhar a leitura da forma apresentada pela escritora Isabel Solé,
no seu livro Estratégias de Leitura (2009) , organizado como: Antes, Durante e Depois da
leitura do texto. Mesmo organizado desta forma não que dizer que, em alguns momentos,
as estratégias não possam perpassar para a seguinte e assim, possivelmente, pode em todos
os momentos estarem presentes estratégias de antes, durante e depois da leitura.
• Apresentação do conto A caolha - Júlia Lopes de Almeida, com leitura
silenciosa. Em seguida, convocar alguns alunos que dramatizarão a leitura,
dividir o texto com um narrador, a personagem Antonico, filho da caolha,
as irmãs dos colegas de aula ( dois alunos), as quitandeiras, a personagem
madrinha e a personagem principal a caolha. (Ler para comunicar o texto)
• a- Pesquisar as palavras mais difíceis que encontrarem no texto. Substituir
por sinônimos algumas das palavras usadas com o objetivo de perceber que
estas palavras são usadas regionalmente.
• b- Explique o significado de "caolha" de acordo com a descrição do texto.
• c- O título dá pistas do tema principal constante no conto narrado?
• d- O título nos remete a um possível texto ficcional, ou a um texto real?
Explique transcrevendo fragmentos em que se possa localizar o tipo de
texto.
• e- Numere os parágrafos do texto, encontre os assuntos de cada um e
reescreva-os, agrupando por assunto.
• f- Sobre o cenário (lugar) - Onde ocorre a história contada? Descreva o
ambiente principal em que acontece a narrativa.
• g- Em que época (tempo) sucede a história? Encontre no texto palavras que
nos remetam à época da história.
• h- Quais são as personagens da história?
• i- Quais as principais personagens? Descreva-as fisicamente e
psicologicamente.
• j- Que problemas afetam as personagens principais? Comente sobre a mãe e
sobre o filho, separadamente.
• k- Na primeira parte do texto, a autora narra o cotidiano das personagens.
Descreva-o com suas palavras.
• l- Em dois momentos da primeira parte, percebemos pelas palavras da mãe,
que ela aceitava a situação sem reclamar. Transcreva-as.
• m- Na sequência, encontramos, pela leitura, um momento em que a
personagem filho exasperava-se pelo que lhe acontecia. Explique, inclusive
que tipo de atitude é essa.
• n- Três momentos da vida do filho são descritas no texto. Comente sobre
eles.
• o- Quais são os fatos mais importantes na história narrada?
• p- Releia o conto A caolha e comente como as personagens principais
resolveram seus problemas? Relacionar a um fato conhecido pela aluno.
• q- O que a história da Júlia Lopes de Almeida tentou nos comunicar? Quais
lições podemos extrair do texto?
A CAOLHA - Júlia Lopes de Almeida
(file:///C:/ DOCUME-1/ADMINI-1/CONFIG-1/Temp/PIBID - conto.htm - acessado
aos 01/06/2012, às 20he07min).
Biografia: JÚLIA LOPES DE ALMEIDA
Júlia Valentina da Silveira Lopes de Almeida, contista, romancista, cronista,
teatróloga, nasceu no Rio de Janeiro no dia 24/09/1862. Foi, ainda na infância para
Campinas-SP, estreando na imprensa em 1881, enquanto as mulheres mal começavam a
carreira literária em jornais no Brasil.
Colaborou em vários periódicos no Rio e em São Paulo, entre eles A Gazeta de
Notícias, Jornal do Comércio, A Semana, O País.
Casou-se com o poeta e teatrólogo português Filinto de Almeida, com quem dividiu
a autoria do romance "A casa Verde", no qual o tema era a preservação da natureza.
Seus livros retratam os costumes da época e expõem ideias favoráveis à República e
à Abolição, se destacando pela simplicidade o que a tornou bem aceita pelo público e pela
crítica literária.
Com uma linguagem simples, Júlia revela em sua obra atmosfera suave do ambiente
tipificamente familiar. De maneira brilhante e sensível contestava, ainda que de maneira
delicada e sutil, a discriminação contra a mulher.
A autora vem sendo considerada uma das maiores figuras entre os romancistas de
sua época, pela extensão de sua obra, esforço, longa vida literária com mais de 40 anos,
êxito com os críticos e com o público.
Participou de reuniões para a formação da Academia Brasileira de Letras, mas foi
excluída por se mulher.
Faleceu no Rio de Janeiro em 1934.
- texto escrito pela professora Ângela Vaz com as informações constantes do site:
(<[email protected]/books/biography/>)
Comentários sobre o conto A Caolha
Neste conto vamos observar a estrutura como a descrição, clímax, desfecho,
ambiente (lugar) e tempo. O conto A caolha é narrado em terceira pessoa, usa muito a
descrição para dar maior veracidade a narrativa, fazendo com que o leitor crie o seu
imaginário da história.(www.quemtemsedevenha.com.br/caolha.htm, acesso 20/11/12)
Separamos e comentamos por partes:
a- descrição - a primeira parte do texto descreve detalhadamente a principal
personagem a caolha:mulher magra, alta, macilenta, peito fundo, busto arqueado, braços
compridos, delgados e..., na sequência a descreve com o intuito de deixar o leitor
penalizado pela mulher que era muito simples e só se preocupava com a felicidade do
filho, fazendo assim, uma descrição desumana.
Seu aspecto infundia terror às crianças, não tanto pelo seu aspecto físico, mas pelo
aspecto do seu defeito: era caolha, tinham-lhe extraído seu olho direito.
b- complicação - acontece pela rejeição que ela causa a todos, até ao seu próprio
filho. Ele não sentia orgulho da mãe por ser o filho da caolha.
c- ambiente/lugar - a narrativa transcorre a maior parte do tempo na cidade onde ela
morava e na sua casa.
d- tempo - o tempo é definido pela vida de Antonico - infância e adolescência.
e- clímax - o fato mais importante acontece quando Antonico se apaixona pela
vizinha, pediu a mão da moça em namoro, a mesma aceitou, mas pediu para que o filho
deixasse a mãe, por também ter vergonha dela.
O filho tentou, com desculpas, deixar a casa da mãe, mas a caolha não concordou e
mandou o filho embora.
f- desfecho - a mãe se arrepende e quando o filho volta para casa, com a madrinha
que lhe conta a verdadeira história do seu defeito ( ser caolha), que aconteceu quando ele
era uma criança e , por acidente, machucou-a com um garfo.
O filho não suportou a situação e desmaiou, deixando assim a verdadeira conclusão
para o leitor.
A narrativa, no final, torna-se inesperada, pois a caolha nutre pelo filho sinceros
sentimentos de amor e carinho, sentimentos de mãe.
A autora nos mostra que amor de mãe, não tem limites, o verdadeiro amor materno
é capaz de suportar as maiores dores, inclusive o desprezo dos filhos.
5.6 - Módulo Seis: FILHO ADOTIVO
Na atualidade, e desde que passamos a utilizar a música como material de apoio, o
consideramos uma nova linguagem, o que não significa que não foi produzida para alegrar,
para entretenimento, mas, e principalmente, como forma de "contar" uma história, não em
prosa, mas em forma de um poema.
Desde sua origem, na pré-história, possivelmente criada para imitar os sons da
natureza. Cerca do ano 60 000 a.C. descobriu-se uma flauta de osso e 3 000 a.C. surgiram
as liras e harpas, na Mesopotâmia, com a finalidade de acompanhar os versos escritos pelos
poetas.
Música é uma palavra de origem grega - vem de musiké tehcne e se constitui de
uma sucessão de sons mais graves e ou mais agudos.
Se definimos a intertextualidade como sendo um "diálogo", que pode acontecer com
o conhecimento de mundo de um texto e outro. As letras das músicas podem fazer esta
"conversa" com qualquer outro tipo de texto, neste momento, usaremos o conto A caolha,
pois há uma intertextualidade temática presente em ambos: a relação pais e filhos.
• a- Iniciamos falando um pouco sobre música, música clássica, música popular,
música sertaneja, o clássico sertanejo. As mensagens que as letras trazem, o
significado da música para a vida de cada um. Em especial o cantor Sérgio Reis e
suas músicas.
• b- Apresentar aos alunos o vídeo no qual o cantos e compositor Sérgio Reis canta a
música Pai Adotivo/1981. (www.youtube.com/watch?=YD-Q4sM5URE).
• c- Apresentar o vídeo Filho Ingrato, do declamador Marco Brasil, com a finalidade
de analisar e compara as letras quanto a sua temática.
( www.youtube.com/watch?NR=18&v=vn8zTRQVQIs&feature=endscreen)
• d- Analisar e destacar as palavras que estejam relacionada com o título. Qual é o
tema principal? Quais assuntos podemos destacar?
• e- Analisar e descrever as personagens principais da letra da música Filho Adotivo.
Qual é o comportamento delas?
• f- A letra da música está em forma de poema, divida em partes a história narrada
em versos, comentando o tema de cada parte
• g- Qual é o fato mais relevante na letra da música?
• h- O que fez o pai em favor dos filhos? Comente com suas palavras.
• i- A atitude dos filhos é comum, ou foi um caso isolado? Comentar contando algum
fato semelhante que o aluno conheça.
• j- Escrever em prosa a história narrada em verso por Sérgio Reis comentando, no
último parágrafo, qual seria uma solução mais apropriada para este tipo de
comportamento.( pais e filhos).
• k- Escrever, no gênero Resenha crítica, sobre o tema central da letra da música
comparando com o conto A caolha, destacando as atitudes da mãe do Antonico e
do pai em Filho Adotivo. Explicar se a atitude desses pais ainda hoje acontece em
nossa sociedade. Ler o comentário sobre o Estatuto do Idoso. (em dupla, numa
folha destacada para entregar).
• l- Letra da música: pode ser encontrada no endereço
(www.vagalume.com.br/sergio_reis/filho_adotivo.html )
Biografia: SÉRGIO REIS
Sérgio Bavini, mais tarde passou a chamar-se Sérgio Reis, quando usa o sobrenome
da mãe por achar mais artístico, nasceu na cidade de São Paulo, aos 22/06/1940, é cantor
famoso, compositor e ator, muito conhecido pela diversidade de seu repertório.
Fez parte da Jovem Guarda, na década de 60, com a música Coração de papel,
influenciado pelo ritmo predominante na época, o rock.
Como ator trabalhou em várias novelas, entre elas "O Rei do Gado" da Rede Globo.
Posteriormente compôs "Pinga ne mim" e daí em diante alçou voo e hoje é considerado um
cantor clássico sertanejo.
As letras das músicas são verdadeiras histórias de vida em versos cantados, por isso,
sua carreira só alcançou sucesso quando a letra passou a falar mais do universo caipira.
Continua cantando muito bem até os dias de hoje.
O Estatuto do Idoso.
O Brasil saiu na frente de muitos países desenvolvidos criando, no ano de
2003, a lei do Estatuto do Idoso - Lei número 10.741 de primeiro de outubro de
2003, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências.
No seu primeiro artigo diz: É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a
regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a
sessenta(60) anos, ou seja, uma lei que protege o idoso de forma incondicional,
preservando assim, a saúde, a educação, o direito ao trabalho, à aposentadoria,
regulamenta as penalidades sobre os crimes cometidos contra os idosos, tornando-
se assim, uma conquista sem precedentes para tal classe.
Discriminar pessoa idosa, submetê-la à condições desumanas, degradantes,
são algumas das ações que podem ser cometidas contra estas pessoas que nos
ensinam, que nos amam, que querem só um pouco de atenção e carinho, que
retribuem com amor aos maus tratos.
Um de seus principais artigos - artigo 97, se refere a deixar de prestar
assistência ao idoso em situação de risco, já, o artigo 98 fala em abandonar o idoso,
seja em hospital ou casa de repouso, deixando assim de prover as suas necessidades
básica, pode ser condenado a detenção de seis meses a três anos.
Sem citar os demais artigos, e relendo o texto A caolha, ouvindo a música
Filho Adotivo, intertextualizando também com narrativa do Filho Ingrato, que
foram escritos no século passado, verificamos as conquistas que os idosos
obtiveram, podendo, nos dias de hoje, se tiverem uma família respeitosa, cristã,
ética, envelhecer sem dificuldades, vivendo uma velhice feliz e merecida,
amparados por lei.
5.7 - Módulo Sete - O AMOR QUE A VIDA TRAZ
O texto que será lido a seguir O Amor que a vida traz, da escritora cronista Martha
Medeiros, podendo ser encontrado no endereço:
www.pensador.uol.com.br/frase/MzU4NDg/ , acessado aos 30/10/2012, às 20h., é uma
crônica pelas características de sua estrutura.
• a- Crônica é um texto de caráter reflexivo e interpretativo, um acontecimento banal,
sem significado relevante. Texto subjetivo, pois apresenta a perspectiva do seu
autor, o tom do discurso varia entre o ligeiro e o polêmico. Ainda, apresenta
comentários reflexivos, uma narração que pode acontecer em primeira ou terceira
pessoa. Na temática, apresenta aspectos do cotidiano, transmite os contrastes do
mundo, pode apresentar episódios reais ou fictícios. Discutir, inicialmente o gênero
crônica. Diferenciar crônica de contos.
• b- Ler silenciosamente O Amor que a vida traz, de Martha Medeiros, a fim de
encontrar no texto as características de uma crônica.
• c- Relacionar e explicar as diferenças de conto e crônica, conforme os textos lidos
até aqui.
• d- O aluno deverá escrever uma pequena Resenha sobre a crônica O Amor que a
vida traz, destacando as características da estrutura da crônica
• e- Apresentar aos alunos o vídeo O Amor que a vida traz com a crônica de Martha
Medeiros, e a música de fundo "Quem de nós dois" da cantora e compositora Ana
Carolina,2001. podendo ser encontrado no endereço: (www.youtube.com/watch?
=x400EwFLcC4) o texto e (www.pensador.uol.com.br/frase/MzU4Dg/ com
acesso aos 30/10/2012), a letra da música.
• f- Finalizando, com os alunos já tendo trabalhado as várias possibilidades de
leitura de textos verbais, não verbais, em prosa e em verso, com personagens,
tempo, lugar, clímax, desfecho deverão reler a crônica e encontrar o tema central,
escrever um conto ficcional observando as características do conto, estudadas
anteriormente, usando a imaginação do modo que achar mais gratificante. Não fica
estabelecido o número de linhas, mas sabe-se que o conto é: uma narrativa curta,
que deve ser construída a partir das personagens, tempo e espaço, compondo um
enredo relatado por alguém - um narrador, que pode participar ou não da ação.
Biografia: MARTHA MEDEIROS
Martha Medeiros é, colunista dos jornais Zero Hora e O Globo. Nascida em Porto
Alegre-RS (1961) cidade onde vive até hoje. Fez carreira profissional na área de
publicidade e propaganda tendo trabalhado como redatora e diretora de criação em várias
agências naquela cidade.
Em 1993, mudou-se com o marido e duas filhas para o Chile. O tempo que passou
por lá foi muito produtivo literariamente, no retorno ao Brasil passou a colaborar em
jornais e revistas, escrevendo algumas colunas diárias e outras semanais.
De sua autoria, a L&PM Editores publicou os seguintes livros de poesia: Meia-noite
e um quarto(1987), Persona nonn grata (1991) De cara lavada (1995).
As crônicas: Topless (1997) - Prêmio Açorianos, Trem-bala, adaptado para o teatro
sob a direção de Irene Brietzke (1999), Non Stop (2001), Montanha -russa (2003) Prêmio
Açorianos e segundo lugar do Prêmio Jabuti, Feliz por Nada (2011), de onde se extraiu a
crônica O amor que a vida traz, usada nesta sequência didática.
A autora também publicou, pela editora Objetiva os romances Divã (2002), mais
tarde adaptado para o cinema, tendo como atriz principal Lilia Cabral, produção e direção
do brasileiro José Alvarenga Jr., em 2009, Selma e Sinatra (2005), Tudo o que eu queria te
dizer (2007) , Fora de mim (2010).
Comentário sobre a crônica O AMOR QUE A VIDA TRAZ
As pessoas imaginam um amor a seu modo, um amor cheio de pré-requisitos. Tem
de gostar um pouco de cinema, pode ser DVD. Seria bom que gostasse dos seus amigos.
Precisa ter um objetivo na vida. Bom humor, não pode faltar.
Estas e algumas questões do cotidiano mais urgentes são tratadas com singeleza
nesta crônica. A autora, destacada romancista, fala aos leitores com a sinceridade de um
amigo, materializa as suas angústias e os anseios da sociedade pós-tudo.
A escritora tem o dom de aproximar assuntos, por vezes, esquecidos, de questões
universais como o amor, a família e a amizade, do que a vida oferece e, muitas vezes,
deixa passar.
Nesta coletânea de crônicas, Feliz por nada - Martha Medeiros, 2011, já na trigésima
sexta edição, 2012, nelas incluída a crônica O amor que a vida traz, (p. 54/56), a escritora
aborda temas diversos e identificados com o leitor, cria lugares de reconhecimento para o
leitor como ao falar com Deus, dos romances antigos e novos, da mulher, de escritores e
cineastas que são imortais, de se perder e se reencontrar, que a vida oferece e muitas vezes
deixamos passar.
Feliz por nada, afirma Martha Medeiros, é fazer a opção de uma vida
conscientemente vivida, mais leve, mas nem por isso menos visceral.
" AÍ A VIDA BATE À SUA PORTA E ENTREGA UM AMOR QUE NÃO TEM
NADA A VER COM O QUE VOCÊ QUERIA. SERÁ QUE SE ENGANOU DE
ENDEREÇO?
REFERÊNCIAS
COLASSANTI, Marina. In: Contos brasileiros contemporâneos. São Paulo: Editora Moderna, 1991.p.55/57.
GRECO,E.A.; GUIMARÃES,T.B.(org). Leitura: aspectos técnicos e práticos. In: MENEGASSI,R.J. O Leitor e o processo de leitura. Maringá-PR, editora Eduem, 2010.
HIGGIE, C. O conto. Publicado no site: WWW.artigonal.com/literatura-artigos/o conto- alguns aspectos deste gênero literário. Acesso: em 01/07/2012, às22h30min.
KOCH, I. G. V; BENTES, A. C.; CAVALCANTE, M. M. Intertextualidade: diálogos possíveis. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2008.
MEDEIROS, M., Feliz por nada: O amor que a vida traz. 36 ed. Porto Alegre-RS: L&PM, 2011.
MICHELETTI, G. Leitura e construção do real: O lugar da poesia e da ficção.4 ed. São Paulo: Editora Cortez, 2006.
NAPOLITANO, M. Como usar o cinema na sala de aula.São Paulo: Editora Contexto, 2009.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Educação Básica: Língua Portuguesa. Curitiba: SEED/DEB, 2008.
REVISTA LÍNGUA, número 83, São Paulo:Editora Segmento, edição publicada em 09/2012, Revista com artigos e reportagens sobre Língua Portuguesa. (www.revistalingua.com.br).
SOLÉ, I. Estratégias de Leitura.6 ed.Porto Alegre-RS, Editora Artmed, 1998.
SOUZA, R. A. O cinema e a música na sala de aula e suas relações com o ensino de literatura. Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, Foz do Iguaçu – 2010.
TERRA,E.; NICOLA,J. Práticas de Linguagem - Leitura e produção de textos. São Paulo. Scipione, 2001,p.321/322.
Site do vídeo: Quem de nós dois, cantora Ana Carolina, publicado no youtube - acesso aos 30/10/2012, às 13h. (www.youtube.com/watch?=x400EwFLcC4).
Site da letra da música: Quem de nós dois, cantora Ana Carolina Site da crônica: O amor que a vida traz, Martha Medeiros (www.pensador.uol.com.br/frase/MzU4NDg/) acessado aos 30/10/2012, às 20h.
Site da música: Filho Adotivo, cantor Sérgio Reis , acessada aos 12/11/2012, (www.vagalume.com.br/sergio_reis/filho_adotivo.html).
Site do vídeo com o poema:Filho Ingrato, narrador Marco Brasil, com acesso aos
12/11/1012(www.youtube.com/watch?NR=18&v=vn8zTRQVQIs&feature=endscreen)
Site dos comentários sobre o conto: A caolha, Júlia Lopes de Almeida, acessado aos 20/11/2012 (www.quemtemsedevenha.com.br/caolha.htm).
Site do conto: A caolha, Júlia Lopes de Almeida, acessado aos 01/06/2012, às 20h e 07min. (file:///C:/ DOCUME-1/ADMINI-1/CONFIG-1/Temp/PIBID - conto.htm).
Site do filme: Click, com acesso aos 23/10/2012, às 16h e 30min. (www.redefilmessonlivre.net/2010/01/click-dublado-filme_online.html) .
Site sobre a biografia de: Marina Colassanti, com acesso aos 30/10/2012, às 13h7min. (http://www.sinpro_rs.org.br/realese.asp?cod=613).
Site do conto: A Moça Tecelã, Marina Colassanti. In: Contos brasileiros contemporâneos. Podendo ser encontrado: (www.releituras.com/i_ana_mcolasanti.asp).
Site do filme: A invenção de Hugo Cabret, acessado aos 15/10/2012,às 17h. (http://cinema10.com.br/filme/Hugo).