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FICHAS DE IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE MERCADO SETOR Agroalimentar TIPO DE PRODUTO Produtos de base Animal MERCADO ALVO Alemanha RELAÇÕES ECONÓMICAS Ano Referência 2016 Tendência Valores em euros 1 Valor total das importações 953.067.407.000€ X 2 Valor total das importações do setor Agroalimentar 76.868.027.000€ X Percentagem 3 Valor das importações do setor / valor total das importações 8,07% Fonte: Internacional Trade Centre (ITC), segundo os códigos indicados de posições pautais dos produtos. PLANO DE AÇÃO SETORIAL PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO I. LINHAS ESTRATÉGICAS A Alemanha é um dos maiores importadores de bens agroalimentares do mundo. É, também, o maior importador de carne da Europa e um dos maiores a nível mundial. Os principais produtos de origem animal importados em 2016 foram os seguintes: carne bovina fresca ou refrigerada (1,59 mil milhões EUR), carne suína fresca, refrigerada ou congelada (1,44 mil milhões EUR), leite e nata não concentrado nem adicionado de açúcares (984,6 milhões EUR), salmão fumado (592,2 milhões EUR), ovos com casca, de aves da espécie Gallus domesticus (529,1 milhões EUR), pedaços e miudezas de galo e galinha, frescos ou refrigerados (475,5 milhões EUR), tripas, bexigas e estômagos de animais, exceto de peixes (440,6 milhões EUR), preparações e conservas de galos e galinhas, exceto enchidos e produtos similares (436,2 milhões EUR) enchidos e produtos semelhantes (425,1 milhões EUR) e queijo Gouda (404,3 milhões EUR). Ao nível da importações provenientes de Portugal, destacam-se os seguintes produtos: tripas, bexigas e estômagos de animais, exceto de peixes (3,86 milhões EUR), gelados (3,48 milhões EUR), mel natural (3,14 milhões EUR), carne suína fresca, refrigerada ou congelada (1,83 milhões EUR), manteiga (1,7 milhões EUR), bacalhau seco salgado (1,29 milhões EUR), margarina (1,14 milhões EUR) e pedaços e miudezas de peru congelados (812 mil euros). II. LINHAS ORIENTADORAS / POLÍTICA DE PRODUTO De acordo com o estudo “The Food & Beverage Industry in Germany – Issue 2016/2017” (Germany Trade & Invest), em 2015, o consumo per capita de carnes e enchidos no país foi de 60Kg, dos quais mais de 38Kg correspondem a carne suína e mais de 11Kg a carne de aves. Os segmentos que estão a ganhar popularidade incluem a carne pré- embalada, o churrasco pré-embalado e as salsichas tradicionais e em lata/frasco. Muitos produtores estão a optar pela produção orgânica/biológica para responderem à crescente procura por este tipo de produtos. A indústria dos produtos láteos alemã é fragmentada, sendo que os quatro principais players detêm apenas 30% do mercado. Assim, a entrada de empresas estrangeiras pode tornar-se mais fácil. A procura por produtos biológicos tem uma importância crescente no país, sendo uma das principais oportunidades para entrar no mercado. Em 2015, as vendas de alimentos orgânicos cresceram mais de 11%, atingindo 8,6 mil

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FICHAS DE IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE MERCADO

SETOR Agroalimentar

TIPO DE PRODUTO Produtos de base Animal

MERCADO ALVO Alemanha

RELAÇÕES ECONÓMICAS

Ano Referência 2016 Tendência

Valores em euros

1 Valor total das importações 953.067.407.000€ X

2 Valor total das importações do setor Agroalimentar 76.868.027.000€ X

Percentagem

3 Valor das importações do setor / valor total das importações 8,07%

Fonte: Internacional Trade Centre (ITC), segundo os códigos indicados de posições pautais dos produtos.

PLANO DE AÇÃO SETORIAL PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO

I. LINHAS ESTRATÉGICAS

A Alemanha é um dos maiores importadores de bens agroalimentares do mundo. É, também, o maior importador de

carne da Europa e um dos maiores a nível mundial. Os principais produtos de origem animal importados em 2016

foram os seguintes: carne bovina fresca ou refrigerada (1,59 mil milhões EUR), carne suína fresca, refrigerada ou

congelada (1,44 mil milhões EUR), leite e nata não concentrado nem adicionado de açúcares (984,6 milhões EUR),

salmão fumado (592,2 milhões EUR), ovos com casca, de aves da espécie Gallus domesticus (529,1 milhões EUR),

pedaços e miudezas de galo e galinha, frescos ou refrigerados (475,5 milhões EUR), tripas, bexigas e estômagos de

animais, exceto de peixes (440,6 milhões EUR), preparações e conservas de galos e galinhas, exceto enchidos e

produtos similares (436,2 milhões EUR) enchidos e produtos semelhantes (425,1 milhões EUR) e queijo Gouda (404,3

milhões EUR).

Ao nível da importações provenientes de Portugal, destacam-se os seguintes produtos: tripas, bexigas e estômagos de

animais, exceto de peixes (3,86 milhões EUR), gelados (3,48 milhões EUR), mel natural (3,14 milhões EUR), carne suína

fresca, refrigerada ou congelada (1,83 milhões EUR), manteiga (1,7 milhões EUR), bacalhau seco salgado (1,29 milhões

EUR), margarina (1,14 milhões EUR) e pedaços e miudezas de peru congelados (812 mil euros).

II. LINHAS ORIENTADORAS / POLÍTICA DE PRODUTO

De acordo com o estudo “The Food & Beverage Industry in Germany – Issue 2016/2017” (Germany Trade & Invest),

em 2015, o consumo per capita de carnes e enchidos no país foi de 60Kg, dos quais mais de 38Kg correspondem a

carne suína e mais de 11Kg a carne de aves. Os segmentos que estão a ganhar popularidade incluem a carne pré-

embalada, o churrasco pré-embalado e as salsichas tradicionais e em lata/frasco. Muitos produtores estão a optar

pela produção orgânica/biológica para responderem à crescente procura por este tipo de produtos.

A indústria dos produtos láteos alemã é fragmentada, sendo que os quatro principais players detêm apenas 30% do

mercado. Assim, a entrada de empresas estrangeiras pode tornar-se mais fácil.

A procura por produtos biológicos tem uma importância crescente no país, sendo uma das principais oportunidades

para entrar no mercado. Em 2015, as vendas de alimentos orgânicos cresceram mais de 11%, atingindo 8,6 mil

milhões de Euros, o que traduz um gasto per capita de 97€ (média UE-28: 47€). Os aumentos mais significativos em

termos de volume de vendas de alimentos biológicos verificaram-se para a farinha e óleo de cozinha (+27% cada).

Além disso, o fabrico de produtos que respeitem os critérios Halal também está a ganhar importância, devido à

comunidade Muçulmana residente na Alemanha, de mais de 4 milhões de pessoas.

III. LINHAS ORIENTADORAS / POLÍTICA DE PREÇO

A Alemanha é conhecida como um mercado extremamente sensível ao preço, sendo que o consumidor alemão não

pagará mais por um produto se não vir nele um significativo benefício.

A indústria das carnes e enchidos é o segmento de maior relevo na indústria alimentar alemã. O principal fator

competitivo é o preço e existe uma forte competição em todas as etapas da cadeia de distribuição, não havendo

nenhum interveniente com poder suficiente para estabelecer padrões na indústria. No entanto, os retalhistas têm o

maior poder negocial, devido à elevada quota de mercado.

IV. LINHAS ORIENTADORAS / POLÍTICA DE COMUNICAÇÃO

Os escândalos alimentares dos últimos anos (venda de carne de cavalo sob designação bovina, bem como o uso

excessivo de antibióticos como estimuladores do crescimento animal) tiveram um grande impacto, fazendo com que,

apesar da grande maioria da população não prescindir do consumo de carne, uma parte considerável se tenha

mostrado favorável a diminuir ou renunciar em grande medida ao consumo, devido a essas polémicas. A segurança e

a transparência sobre a origem e qualidade do produto são temas centrais, que interessa ao consumidor conhecer.

De um modo geral, deve ter-se em atenção que se trata de um mercado maduro, onde existe um excesso de oferta.

Neste sentido, as empresas interessadas neste mercado que ainda não possuem uma marca forte devem formular e

trabalhar muito bem as propostas de valor dos seus produtos. O mercado alemão tem muita concorrência e não

precisa de produtos mainstream. Se se tratarem de produtos sem uma proposição de valor forte, sofrerão muita

pressão competitiva ao nível dos preços.

Outra tendência entre os consumidores alemães são os “flexitarianos” (vegetarianos flexíveis, que privilegiam a

ingestão de alimentos vegetais, relegando a carne e o peixe apenas para certas ocasiões), que se interessam pela

composição dos alimentos e pelos efeitos da produção de carne sobre o ambiente e o bem estar animal. Neste

sentido, pode ser uma mais valia promover uma política de criação, abate e produção que dê prioridade ao bem estar

animal e à sustentabilidade ambiental.

V. LINHAS ORIENTADORAS / POLÍTICA DE DISTRIBUIÇÃO

Em geral, há uma predisposição do consumidor por produtos nacionais e por produtos com garantia de qualidade. A

marca também tem grande importância, principalmente nos produtos de conveniência; no entanto, os produtos de

marca branca estão a tornar-se mais populares.

No seguimento da tendência de aumento do mercado de produtos biológicos, existem no país cerca de 2.500

estabelecimentos que vendem apenas produtos desta categoria, dos quais cerca de 500 são supermercados.

VI. CONDIÇÕES LEGAIS DE ACESSO AO MERCADO

As mercadorias com origem na UE encontram-se isentas de controlos alfandegários, sem prejuízo, porém, de uma

fiscalização no que respeita à respetiva qualidade e características técnicas.

As transmissões intracomunitárias de bens são isentas de IVA em território nacional. São, no entanto, sujeitas a

tributação no Estado membro de destino dos bens. Na Alemanha, o IVA (VAT – Value Added Tax) recai sobre estes

produtos à taxa de 7%.

Apesar da certificação de segurança alimentar não ser uma condição legal de acesso ao mercado, é exigida por vários

dos players no mercado, sendo imprescindível para a abordagem aos mesmos. Grande parte dos produtores alemães

Avaliação Global da Oportunidade

★★★★☆

dispõe da norma IFS (segurança alimentar no processo de fabrico), cujos requisitos são mais exigentes do que em

normas como a HACCP ou a ISO 22000.

A certificação também é indispensável ao nível dos produtos biológicos, de modo a dar garantia aos consumidores

finais de que o produto é autêntico e realmente produzido através de processos naturais e sem a utilização de

produtos químicos. A certificação Bio-Siegel cumpre os requisitos comunitários de produção biológica, é gratuita e

tem grande notoriedade no mercado.

VII. AVALIAÇÃO GLOBAL DA OPORTUNIDADE

VIII. CONTACTOS ÚTEIS

Instituição Âmbito Website Pessoa de contacto Função Contacto tel. Email

Fonseca Import-Export GmbH

Importador de produtos portugueses

Fonseca Armando Lopes Fernando Lopes

Gerentes +49 (02331) 4733380

[email protected]

SulPortugal

Importador, grossista, retalho e restaurantes

SulPT José Sequeira Gerente +49(0) 40-751441

[email protected]

Esporal

Loja online de produtos portugueses e espanhóis

Esporal Jorge Humberto Figueiredo

Diretor +49 02951-935509

[email protected]

Wilk Gourmet Group

Importador e distribuidor de produtos Gourmet

WilkGG Frank Wilk, Heidemarie Wilk, Henning Wilk,

Gerentes +49 5271 9785-0

[email protected]

Josef Zink Importador e distribuidor p/ canal Horeca

Zink Hans-Jörg Kist, Hans-Christian Kist

CEO +49(0)72 239862-0

[email protected]

Transgourmet

Importador e distribuidor de produtos gourmet

TGourmet Frank Seipelt CEO +49(0)6158-180-1000

[email protected]

Kurth

Importador de carne, aposta na qualidade superior

Kurth Marcus Kraemer Diretor +49 2203 91774-0

[email protected]

E. Jacobsen Importador de carne

Jacobsen Thomas Baer Diretor de compras

+49 (40) 431873-0

[email protected]

AMA Meat Importador e distribuidor de carne

AmaMeat Cevdet Atalay, Jürgen Moldenhauer, Markus Alfert

Gerentes +49 (0) 2561 / 68763-0

[email protected]

TMT Taurus Importador de carne

TmtTaurus Andreas Brandmähl, Mario Hilgers, Sebastian Quest

Vendas/ Compras

+49 40 431374-0

[email protected]

IX. FEIRAS E EVENTOS ÚTEIS

Evento Local / Data Website

Biosüd Augsburgo / 1 Outubro 2017 Biosued

ANUGA Colónia / 07-11 Outubro 2017 Anuga

BioNord Hannover / 15 Outubro 2017 Bionord

SÜFFA Estugarda / 21-23 Outubro 2017 Sueffa

Eat’n’Style Munique / 27-29 Outubro 2017 Eat-and-Style

Interaspa Hannover / Janeiro 2018 Interaspa

International Green Week Berlin Berlim / 19-28 Janeiro 2018 Gruenewoche

BioFach Nuremberga / 14-17 Fevereiro 2018 Biofach

ANUGA FoodTec Colónia / 20-23 Março 2018 Anugafoodtec

HiEurope & Ni Frankfurt / 27-29 Novembro 2018 Hi&NiEurope

X. OUTRAS INFORMAÇÕES ÚTEIS

As grandes cadeias alimentares: Edeka Group (https://www.edeka.de), com cada vez mais produtos biológicos, tem

uma organização descentralizada, podendo ser interessante em regiões onde vivem muitos portugueses (e.g.

Hamburgo); Rewe-Group; Schwarz-Group; Metro Group; DM-Drogeriemarkt; Rossman; Globus; Bartels-Langness

Group. Cadeias Discount: Aldi (www.aldi.de), Lekkerland (www.lekkerland.com) – grossista, Lidl (www.lidl.de), Kaufland

(www.kaufland.de), Netto (www.netto-online.de), Norma (www.norma-online.de/).

Lojas Gourmet: Feinkost Käfer (www.feinkost-kaefer.de), Dallmayr (www.dallmayr.com), Alsterhaus

(www.alsterhaus.de), KaDeWe (www.kadewe.de).

Supermercados Bio: Denn’s (www.dennree.de/); Alnatura (www.alnatura.de/) – grossista, retalhista e merca própria;

Bio Company (www.biocompany.de/) – 45 lojas em Berlim; Basic AG (basicbio.de/) – 26 lojas.

A AICEP disponibiliza vários documentos com informação relativa ao mercado Alemão, que podem ser consultados

acedendo ao website, no separador Mercados Externos, selecionando o país, ou através do link

http://www.portugalglobal.pt/PT/Internacionalizar/Paginas/MercadosExternos.aspx?marketId=71.

XI. RECOMENDAÇÕES DE NEGOCIAÇÃO

•Recorrer a um tradutor

•Participar em Feiras

•Analisar devidamente potenciais agentes e contratos de agência

•Preparar adequada informação antes de contactar distribuidores

•Vender produtos não devidamente testados

•Fazer manuais de instruções em inglês ou alemão fraco

•Apresentar informação insuficiente ou de difícil análise

•Alterar planos

•Contactar depois das 16h ou em tardes de 6ª feira

•Não preparar devidamente a presença em Feiras

•Aceitar pagamentos por cheque