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FILTRAÇÃO POR MEMBRANAS DIPL.-ING. STEFAN LÖBLICH Workshop sobre Processos de Tratamento de Lixiviados de Aterros Sanitários Evento de Aniversário da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública - ABLP 45 Anos - 30 de Novembro de 2015

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FILTRAÇÃO POR MEMBRANAS DIPL.-ING. STEFAN LÖBLICH

Workshop sobre Processos de Tratamento de Lixiviados de Aterros Sanitários

Evento de Aniversário da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública - ABLP 45 Anos - 30 de Novembro de 2015

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LIXIVIADO OU CHORUME

Lixiviação de água durante o tratamento de resíduos sólidos – coleta - transporte -

aterro sanitário. É um “Percolado” Chorume = Lixiviado = Leachate

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CHORUME – EFEITOS POSITIVOS E NEGATIVOS

CHORUME É UMA NECESSIDADE: • Bioreator - Aterro sanitário • Atividade bacteriana > 40% H2O • Transporte de nutrientes entre espécies

de bactérias pela mistura do “bioreator aterro” só pela movimentação de água na massa de resíduos – CHORUME

• Produção de biogás • REDUÇÃO do tempo de tratamento de

resíduos e estabilização do aterro

PROBLEMÁTICA DO CHORUME: • Gestão dentro da massa de resíduos • Drenagem e coleta • Potencial poluidor • Necessidade de Tratamento especifico • Cerca 20% do custo de tratamento de

resíduo em aterro sanitário é para o tratamento de chorume!

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Eventualmente ocorrência de metais

pesados e substâncias perigosas

Teor de CQO “duro”

– não biodegradável

Variações de:

• Vazões

• Concentração de poluentes

Problemáticas do Tratamento do chorume

Altas concentrações: • Sais • Azoto • DQO

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Cambio da qualidade do chorume depois de alterações no sistema de drenagem

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Cumprimento dos limites de descarga Simplicidade e estabilidade na operação

Capacidade de resposta da instalação às variações de composição/carga do chorume

Sistemas “clássicos” de tratamento de águas residuais domésticos não tem capacidade de resposta

O DESAFIO PERFORMANCE

CAPEX

OPEX

Adaptabilidade do sistema a novas situações

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CADA PROCESSO TEM VANTAGENS E LIMITAÇÕES SOLUÇÕES “MILAGROSAS” NO EXISTEM

Tratamento de chorume

Fatores importantes da eficiência de uma instalação -

independentemente do tipo de tratamento:

Capacidade de resposta face as variações de composição e carga

Limites de capacidade de resposta “Valores máximos e mínimos”

Tempo de resposta para as alterações de composição e carga

Adaptabilidade do sistema a novas situações Alteração das parâmetros de operação

Operador

Adaptação dos instalações existentes

Prever a possibilidade de instalações adicionais

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Eficiências de processos para a eliminação de poluentes

Processo SST CBO5 CQO N-total NH4-N

NH3-N

Metais

pesados AOX Sais

Tratamento biológico - + (+)2)

(+) (+) (-) (-) -

Adsorção / Carvão

ativado - (-) +

3) - - (-) + -

Sedimentação /

Flotação (+) (-) (-) - - (+)5) (-) -

Filtração / Ultra-

filtração + (-) (-) (-) - (+) (-) -

Osmose Inversa (+) +1)

+1)

+ (+) + + +

Lavagem gás “Stripping” - (-) (-) - + (-) (+)6)

-

Oxidação química - (-) + (-) (+) - (+)7)

-

Evaporação + +4)

+4)

(+) (-) + +4)

+

Incineração + + + + + (+) + +

+ …Adequado

(+)…Adequado c/ limitações

(-) …Eficiência reduzida

- …Não adequado

1 Menos conveniente para eliminação de moléculas muito pequenas.

2 Só apropriado para substâncias biodegradáveis (residual de CQO).

3 Menos conveniente para substâncias biodegradáveis.

4 Menos conveniente para substâncias voláteis sobre as condições do processo.

5 Com precipitação especifica para os metais pesados.

6 Não adequado para substâncias não voláteis.

7 Eventual criação de Trialometanos

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Tratamento de chorume direto com sistemas de filtração por membranas

SISTEMA DE ULTRAFILTRAÇÃO para remoção de sólidos

SISTEMA DE NANOFILTRAÇÃO para remoção de moléculas orgânicas maiores e iões multivalentes

SISTEMAS DE OSMOSE REVERSA:

Solução mais consequente para remoção de quase todos os poluentes – em função da retenção e da qualidade exigida:

execução em até 3 etapas

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Nanofiltração Osmose Inversa - Número de etapas

Parâmetros 1 2 3

*) min. máx. min. máx. min. máx.

COD 60-80 85.0 98.0 97.5 99.9 97.5 99.9

BOD5 50-70 80.0 97.0 96.4 99.8 96.4 99.9

TOC 60-80 85.0 98.0 98.0 99.7 98.0 99.9

AOX 60-90 80.0 95.0 97.5 99.5 97.5 99.9

N – total 30-60 75.0 95.0 95.0 99.0 95.0 99.9

NH4 - N 20-50 75.0 95.0 95.0 98.5 95.0 99.8

NO2 – N 15-70 70.0 85.0 95.0 98.0 95.0 99.7

PO4 – P 60-90 95.0 98.0 95.0 99.0 95.0 99.9

RETENÇÃO EM MEMBRANAS

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Vantagens do tratamento com Osmose Inversa (OI)

Solução mais consequente para

descarga direta no meio hídrico

Processo mais simples e

económico

Rápido arranque e paragem do

sistema

Adaptação rápida a novas

situações

Alta disponibilidade do sistema

Construção modular =

Flexibilidade

+

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Sistemas Membranas – Considerações Importantes

Substâncias que colmatam ou danificam

as membranas

Passagem de substâncias voláteis

Rendimentos baixos em caso de

concentrações muito altas

Tratamento do concentrado – Soluções

e Custos?

Concentrado – Recirculação para a

massa de resíduos é a solução mais

viável

!

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Concentrado: Recirculação e Re-infiltração

• Solução mais económica

• Poluentes permanecem no destino

• Teor de humidade para processos

anaeróbios > 40%

• Evitar efeito de concentração pela

recirculação “curto circuito do liquido”

• Procedimentos/Manual de boas

praticas para a

recirculação/reinfiltração

+

!

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Osmose Inversa Evaporação Eliminação

de Azoto Secagem

Alternativa: Linha de tratamento de Concentrado Completa

Alternativa:

Inertização

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Fase I

Permeado I

Concentrado

Concentrado II

Água tratada = Permeado final Chorume

Fase II

Ácido, Antiscalent

Filtro

de

areia

Filtro

de

vela

Sala de controlo e

comando

•PLC

•PC/modem/

ecrã

•Armários c/

sistema

elétrico

Crivo

Permeado II

Fase III

Concentrado III

PASSOS DO PROCESSO DE OSMOSE REVERSA - CHORUME

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CONFIGURAÇÕES DE MEMBRANAS

Módulo de disco ou

módulo plano Módulo tubular

(>0,005m)

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MEMBRANAS APLICADAS

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SISTEMA DE OSMOSE INVERSA MONTADO EM CONTENTOR

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PRÉ-TRATAMENTO INTEGRADO

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SEPARAÇÃO E ACONDICIONAMENTO DO SISTEMA ELETRICO

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PERIFERIA DO SISTEMA

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AUTOMAÇÃO E VISUALIZAÇÃO

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Dados técnicos

Caudal 120 m3/dia

Tipo tratamento Préfiltração – Osmose Inversa em 3 etapas – Lavador de gases; Redução dos concentrados com evaporação (linha existente)

Qualidade do chorume tratado

Qualidade para emissão direta em meio hídrico sensível conforme legislação

Tratamento de chorume AS Santiago de Compostela - Espanha

Aumento de capacidade e disponibilidade

de tratamento existente.

Complementação de sistema de

evaporação para redução de custos de

operação.

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Dados técnicos

Caudal 2 x 100 m3/dia

Tipo tratamento

Préfiltração – Osmose Inversa em 3 etapas – Lavador de gases

Qualidade do chorume tratado

Qualidade para reutilização interna da água tratada

Tratamento de Chorume AS Madrid - Valdemingómez Espanha (1)

Aluguer de sistemas de Osmose Inversa a

longo prazo (2012-2015) com apoio a

operação

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Dados técnicos

Caudal 200 m3/dia

Tipo tratamento

Préfiltração – Osmose Inversa em 3 etapas – Lavador de gases

Qualidade do chorume tratado

Qualidade para reutilização interna da água tratada

Tratamento de Chorume AS Madrid - Valdemingómez Espanha (2)

Fornecimento, instalação e assistência

técnica de sistema de Osmose Inversa

novo e lavador de gases

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Dados técnicos

Caudal 120 m3/dia

Tipo tratamento Préfiltração – Osmose Inversa em 3 etapas – Lavador de gases;

Qualidade do chorume tratado

Qualidade para emissão direta em meio hídrico conforme legislação Brasileira

Tratamento de chorume AS São Gonçalo (SP)

Fornecimento, instalação e operação de

sistema de Osmose Inversa novo e

lavador de gases fabricado em Brasil

Tratamento direto de chorume

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A EMPRESA

Fabricação de sistemas de tratamento de chorume,

aguas industrias e de sistemas de purificação de aguas

potável por membranas.

Projeto para aterros sanitários, tratamento,

separação e valorização de resíduos Reciclagem de plásticos Biogás

ENGENHARIA E FORNECEDORA DE TECNOLOGIA EM SISTEMAS DE TRATAMENTO E VALORIZAÇÃO

AMBIENTAIS

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Tratamento Biológico avançado com MBR e Carvão Ativado como tratamento Terciário

Sistema para Tratamento de Chorume

Rota de Tratamento: Biológico/UF/CA

Aterro Central de Hannover - Alemanha

Desnitrificação Nitrificação Ultrafiltração

Arrefecimento

Adsorção

Carvão

Ativado

Recirculação

Desnitrificação/La

mas Custo ~ 25€/m3

Permutador de calor

Tanque de O2

Nitratos

Filtrado

Descarga

Chorume bruto

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Estação de Tratamento de Chorume Aterro de Burghof - Alemanha

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Afinação do lixiviado pré-tratado com filtração por Carvão Activado

Considerações

A eficiência de adsorção depende: – Tempo em contacto com carvão (3-4 tanques em série) – Tipo/qualidade do carvão – Carregamento do carvão (%)

Logística carvão - Execução em tanques de 20 m3

Tanques deverão ser preparados para a fácil mudança do carvão

Vantagem:

Redução biológica a montante

Não produz concentrado

Desvantagem:

Deslocação dos poluentes restantes para o carvão – destino final?

Não elimina N-NH4+

Operação complexa: Pré-tratamento: redução CQO<1000 & VLE NH4

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Análise de CQO num Sistema de Carvão Activado – (Três tanques em série)

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

2.000

21-1

2-19

96

07-0

1-19

97

24-0

1-19

97

10-0

2-19

97

27-0

2-19

97

16-0

3-19

97

02-0

4-19

97

19-0

4-19

97

06-0

5-19

97

23-0

5-19

97

09-0

6-19

97

26-0

6-19

97

13-0

7-19

97

30-0

7-19

97

16-0

8-19

97

02-0

9-19

97

19-0

9-19

97

06-1

0-19

97

23-1

0-19

97

09-1

1-19

97

26-1

1-19

97

13-1

2-19

97

30-1

2-19

97

16-0

1-19

98

02-0

2-19

98

19-0

2-19

98

08-0

3-19

98

25-0

3-19

98

11-0

4-19

98

28-0

4-19

98

15-0

5-19

98

01-0

6-19

98

18-0

6-19

98

05-0

7-19

98

22-0

7-19

98

08-0

8-19

98

25-0

8-19

98

11-0

9-19

98

28-0

9-19

98

15-1

0-19

98

01-1

1-19

98

18-1

1-19

98

05-1

2-19

98

22-1

2-19

98

08-0

1-19

99

25-0

1-19

99

CQ

O [

mg

/l]

CQO entrado Carvão Activado [mg/l]

CQO após filtro 1 [mg/l]

CQO após filtro 2 [mg/l]

CQO após 3 - saída [mg/l]

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Tratamento por Coagulação / Floculação (=“Físico Químico”)

Coagulação e Floculação com produtos químicos – Genericamente aplica-se um sal Ferroso ou de Alumínio para

coagulação/precipitação e um floculante (Polímero) – Ensaios frequentes para a adaptação da dosagem e do tipo dos produtos são

absolutamente indispensáveis para um bom funcionamento.

Electrocoagulação – Precipitação electroquímica pela degradação do Ânodo em Ferro ou Alumínio: 4Fe

→ 4Fe2+ + 8e−

Eficiência para redução do SST, de coloidais e de metais pesados

Separação das lamas químicas com os poluentes para tratamento subsequente

Vantagens: – Baixos custos de investimento

Desvantagens: – Operação exigente (Análises/Ensaios) – Altos custos de operação – Eficiência limitada - varia muito em função da tecnologia e operação

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Tratamento por Processos de Oxidação AOP = Advanced Oxidation Processes

Mecanismos principais – electrocoagulação e degradação radical não selectiva: – Criação directa ou indirecta de radicais OH˙ – Criação dos radicais para a oxidação:

• Reacção Fenton (Fe + H2O2); • Ozono (+ H2O2); • Radiação UV (+ H2O2) • Reacção directa nos eléctrodos

Eficiência de tratamento: – Conversão parcial de poluentes orgânicos em CO2 e N2 por mecanismos radicais (Eficiências altas em

escala laboratorial - Literatura: redução de CQO 75% - 90%) – Bom funcionamento da oxidação directa principalmente em escalas laboratoriais – Melhoramento da degradibilidade biológica do CQO duro – Eventualmente económico em combinação com tratamentos biológicos – Produção subsequente de lamas (electrocoagulação em paralelo) – Separação/Tratamento – Devido à presença de Cloretos no lixiviado, criação de Hipoclorito e/ou Cl2 – recombinação para

novos produtos potencialmente tóxicos (Trialometanos)

Custos: – Tempo de vida útil dos eléctrodos ? – O consumo de energia é problemático : Valores da literatura: Consumo energético para oxidação de

1kg CQO: 60-500kWh; 1kg de N-NH4 26,6 kWh

Custos electricidade para 100m3/d; CQO=7000; N-NH4=3000; (0,08 €/kWh)

~4000 €/d !!!

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Recirculação e Re-infiltração de chorume e Concentrado

Necessidade técnica e económica foi

reconhecida

Portugal: Decreto-Lei n.º 183/2009 (Anexo

III)

Manual de boas praticas para a

recirculação

Após de selagem de aterros é importante

evitar a paragem dos processos biológicos

Teor de humidade para processos

anaeróbios > 40%

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Questões Regulares

Controlo da carga de poluentes /

não aumenta pela recirculação –

REINFILTRAÇÃO CONTROLADA

Qual é a melhor maneira de

recircular?

!

Impacto sobre a estabilidade do

aterro

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Re-infiltração de chorume e concentrado

Aceleração da biodegradação -

Redução do tempo de estabilização

dos resíduos – Menos tempo do

“After Care”

Aumento da produção de biogás

Redução de vazões de chorume

pelo aumento da evapotranspiração

Pré-tratamento de chorume da fase

ácida do aterro e de concentrado de

OI

Os benefícios são conhecidos mas

difíceis de quantificar:

+

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Reinfiltração - Alteração da produção de biogás

Os resultados dos testes e estudos

efectuados não são idênticos

mas existe claramente a

tendência pelo aumento da

produção de gás, caso existir

este potencial no aterro

Teste: GB 21

Numa célula impermeabilizada o

aumento de produção pode

atingir 20-30%

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Reinfiltração - Alteração da produção de biogás

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Reinfiltração - Alteração da produção de biogás

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Reinfiltração de concentrados - Alteração na carga do lixiviado

Relatado são saídas de lixiviado

pelos taludes

Cada aterro e cada sistema de

reinfiltração é diferente

Importante para o bom

funcionamento é a consequente

implantação e utilização de um

sistema

Custos devem ser considerados!

Na maioria dos testes não se

verificou uma alteração de carga e

composição (Caudais definidos e

infiltração controlada!)

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Caudais de Infiltração

A literatura recomenda

valores entre 0,5mm –

2mm/dia (2L/m2/dia)

Para 50 m3/dia de liquido

(concentrado) são necessário

2,5 hectares para reinfiltração

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Métodos de Reinfiltração 1

Exemplo: Aterro Wilsum (Ensaios ATUS/Univ. Munich)

Crescimento com os resíduos ou abertura posterior

24 poços / 3ha Poço ca 2x2 - Altura água 2m

Controlo da quant. reinfiltração / poço

Poços de alta capacidade 20m3/d

Poços de baixa capacidade 1 m3/d

Valor kf = 10-5 - 10-6 m/s => 0,86m/d – 0,08m/d

Caudal max. 120 m3/d

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Métodos de Reinfiltração 1

Poços de reinfiltração – sem material de enchimento

Tampa para protecção e manutenção – remoção de lamas acumuladas

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Reinfiltração 2

Poços/Campos de reinfiltração

• Crescimento com os resíduos

• Impermeabilização por cima

Stegmann; Ifas

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Poço de distribuição de concentrados

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Poço de distribuição de concentrados

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Métodos de Reinfiltração 3

Lança de reinfiltração – Espaçamento 15-20m

– Zonas seladas

– Variar profundidade

– Entupimentos!

Stegmann; Ifas

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Reinfiltração 4 sistema na superfície

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OUTROS APLICAÇÕES DE SISTEMAS DE TRATAMENTO POR MEMBRANAS

Produção de água potável

Produção para água de

caldeiras

Tratamento terciário de

efluentes de ETE

Tratamento de águas

industriais

Separação de líquidos

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OBRIGADO DI STEFAN LÖBLICH

WWW.AST-AMBIENTE.COM

Maquina de teste móvel Osmose Inversa e Nanofiltração

Portugal 20-30 m3/d

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OUTRAS ATIVIDADES DA AST-AMBIENTE:

- TRATAMENTO BIOLÓGICOS DE ÁGUAS INDUSTRIAIS POR SBR

- PROJETO DE USINAS DE TRATAMENTO MECÂNICO E BIOLÓGICO DE RESÍDUOS - PROJETO DE USINAS DE BIOGÁS AGRÍCOLA E DE BIOMETANO - PROJETO DE USINAS DE RECICLAGEM DE PLÁSTICOS

Projetos com ênfase

na fabricação local