fiuk, cantor e ator

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SALVADOR TERÇA-FEIRA 12/10/2010 8 2 Júlio Caldas e o passado, o presente e o futuro da guitarra baiana no Teatro do Sesi Não é segredo para ninguém que a guitarra baiana, esse ines- timável patrimônio cultural le- gado à Bahia por Dodô & Os- mar, após mais de uma década deixada de lado, vem sofrendo um revival, graças – ironia su- prema – aos músicos da cha- mada “cena alternativa” (aque- la mesma que causa repulsa nos senhores empresários de trio). Um dos nomes mais impor- tantes dessa recuperação, ao la- do de Robertinho Barreto (Baia- na System) e Morotó Slim (Re- trofoguetes) é Júlio Caldas, que vem fazendo um trabalho ex- traordinário ao lado de sua ban- da, a Choro Rock. Acontece que Júlio, um incan- sável pesquisador do instru- mento, tem um belo projeto que mistura música e bate-papo com guitarristas especializados na “guitarrinha” e acontece men- salmente, no Teatro do Sesi. Desafios entre guitarristas Hoje é dia de show, e o con- vidado é Parah Monteiro, que, nos anos 1970, arrepiava a bor- do do Trio Traz Os Montes. “Na época, alguns temas eram compostos como desafios entre guitarristas. Era como uma prova: se o cara acertava tocar, era considerado bom en- tre os músicos. Parah é com- positor de um desses temas: Fre- vo de Minuto. Outros temas eram Com Mil Demônios e Éa Massa (de Armandinho), Tha luasy (de Missinho) e Às Vinte e Cinco em Ponto (de Renatinho, que era do Trio Tapajós)”, re- lembra Júlio Caldas. Renatinho é o convidado do mês que vem. Após novembro, o projeto dá um tempo, mas volta, depois do Carnaval. “Em janeiro, eu produzo a Mostra da Guitarra Baiana na Casa da Mú- sica (Lagoa do Abaeté) no seu terceiro ano, já. Em fevereiro, tem Carnaval e, em março, volto ao Sesi, nesse formato de uma vez por mês”, enumera Júlio. “Ano que vem eu quero con- vidar a rapaziada nova, sobre- tudo, quem está buscando no- vos formatos para o instrumen- to. Robertinho Barreto é meu primeiro convidado. queren- do convidar também o Márcio de Oliveira, que faz uma coisa bem rock ‘n’ roll. Outro é o Mar- cos Muleta, que tem um estilo gipsy jazz, na linha do Django Reinhardt”. Salve, guitarrinha! JULIO CALDAS & CHORO ROCK COM PARAH MONTEIRO / HOJE, 20H / TEATRO SESI / RIO VERMELHO / R$ 20 E R$ 10 OUÇA: WWW.MYSPACE.COM/JULIOCALDAS Júlio vê a guitarra baiana no seu momento mais interessante: “A ideia é transcender a coisa do frevo” Mari Pacheco / Divulgação Júlio, sua guitarra e o baterista Ricardo Hardmann: hoje tem som Coletânea Chico Castro Jr. Jornalista e repórter do Caderno 2+ Martin & Duda na 5ª Depois de amanhã, Martin & Eduardo, guitarra e batera de Pitty, lançam seu trabalho pa- ralelo Dezenove Vezes Amor no Tom do Sabor. 22h, R$ 20. Elipê na 6ª, no Irdeb A banda Elipê toca no Teatro do Irdeb (Federação) sexta-feira, no projeto Origem da Terra que aliás, está com uma pro- gramação interessante, com shows de Bop Samba (jazz, dia 21), Rhendra Nadyer (pop rock, 22), Grupo Jacarandá (instru- mental, 28) e Folha de Chá (reg- gae, 29). O som começa às 20 horas, por R$ 6 mais um quilo de alimento não perecível. Darktronic continua Célulamekanika, Desrroche e Orquídeas Francesas (PB)são as atrações de sábado. Pça. Pedro Archanjo, Pelô, 18 horas. TITA LIMA Refinada e pop na medida Filha do renomado produtor Liminha, a cantora Tita Lima faz bonito neste CD, casando bossa, pop, jazz e dub na mais perfeita harmonia. Os arranjos refinados e a produção nos trinques (dela mesma, com alguns parceiros) mostram bem de quem ela é filha. Destaques: Vendendo Saúde e e Um Girassol da Cor do Seu Cabelo (belo cover de Lô Borges). POSSIBILIDADES / LABEL A. / R$ 17,90 CHICO CASTRO JR. LINKIN PARK Você já ouviu isso antes Uma das atrações mais esperadas do festival SWU, o Linkin Park é a típica banda preferida de quem não conhece nada de música. A razão é simples: tudo o que eles fazem é mera repetição, devidamente diluída para as rádios pop, de algo que já foi feito antes e melhor. Seu quarto álbum, A Thousand Suns, é só mais uma prova desta verdade. A THOUSAND SUNS / WARNER MUSIC / R$ 29,90 CCJR. STONE TEMPLE PILOTS Volta que quase convence A bela capa, de Shepard “Obey” Fairey (autor do cartaz do Obama) para o novo disco do Stone Temple Pilots – o primeiro desde 2001 –, é só o cartão de visitas para um CD que começa bem, mas perde força conforme as faixas vão se sucedendo. O álbum abre gostoso com Between The Lines, Take a Load Off e Huckleberry Crumble, com ecos de grunge e Led Zeppelin nos riffs e refrões. Hickory Dichotomy tem um quê de Bowie e também convence. Mas, a partir de Cinnamon, a coisa desanda e soa baratinha. Salva-se ainda a descarada Samba Nova, guilty pleasure do ano. STONE TEMPLE PILOTS / WARNER MUSIC / R$ 26,90 CCJR. CARLOS SANTANA E CONVIDADOS Releituras de clássicos O guitarrista mexicano Carlos Santana retorna com Guitar Heaven –The Greatest Guitar Classics For All Time, primeiro disco de estúdio desde That I Am, de 2005, Santana mergulha de vez no rock'n roll com releituras de clássicos do gênero. Aviso de antemão que as versões podem causar angústia aos roqueiros acostumados com o andamento de Whole Lotta Love (cantada por Chris Cornell), do led Zeppelin ou com o solo tão característico de While My Guitar Gently Weeps (interpretada por India Arie & Yo-Yo Ma), dos Beatles. Mas Santana sabe o que faz. GUITAR HEAVEN / SONY MUSIC / R$ 15 / THIAGO GUIMARÃES PHIL COLLINS De volta aos anos 60 Phil Collins lembra com saudade as descobertas musicais que fez ouvindo a galera da gravadora Motown, nos anos 60. E pôs em prática um desejo antigo, no disco Going Back: reuniu o biscoito fino da black music, como Stevie Wonder (Blame It On The Sun), The Temptations (Papa Was a Rolling Stone), caprichou no backing vocal e tirou a poeira dos vinis para relançar essas e outras canções. Para Phil, sem esses caras, sua adolescência teria passado batido – não apenas musicalmente. O tributo aos anos 60, portanto, foi um sonho realizado para o “velho” Phil. GOING BACK / R$ 29,90 / WARNERMUSIC.COM.BR REGINA DE SÁ SEAL Totalmente apaixonado O compromisso que o cantor Seal tem hoje com a música seria o mesmo que declara pela família, em sentimento escancaradamente musicado em Commitment, lançado pela Warner. “Devo isso a minha mulher”, atestou Seal. Nas canções, ouvimos o cantor falar de amor e dizer o quanto sua vida está totalmente compromissada a sua musa. Ah, o nome dela é Heidi Klum, a modelo sueca que aparece, inclusive, em um clipe “picante”,na música Secret. “Pertenço a você e você a mim”. Amor incondicional, compromisso, declarado por Seal no nome do CD. COMMITMENT/ R$ 29,90 / WARNERMUSIC.COM.BR REGINA DE SÁ ENTREVISTA Fiuk “NÃO QUERO SER UMA VERSÃO DO MEU PAI, NEM DE NINGUÉM. QUERO ACHAR A MINHA PRAIA” VERENA PARANHOS O ídolo teen Fiuk se apresenta pela primeira vez em Salvador, no Bahia Café Hall, neste sábado, em show com a banda Hori. Com apenas 19 anos, o filho do cantor Fábio júnior chamou a atenção do público ao ser protagonista de Malhação ID, em 2009. Por telefone, o jovem falou sobre a carreira de ator e cantor, planos, futuros trabalhos e novo visual, agora mais certinho e menos colorido. Ainda, o líder da banda Hori revelou o que preparou para o show em Salvador. A novidade fica por conta de covers de artistas como Black Eyed Peas e Jason Mraz. Mas Fiuk garante que 70% do show é formado de músicas da própria banda, incluindo algumas composições do queridinho das meninas. Vocês prepararam alguma coi- sa especial para o show em Sal- vador? Acabamos de montar a nova turnê, com novo show, ce- nário e repertório, que vai desde música de balada até reggae. Tem o momento pra galera pular, dançar e outro pra dar uma namoradinha. Fazemos cover de Black Eyed Peas e Jason Mraz, mas 70% das músicas são próprias. Como você lida com as com- parações que fazem com você e seu pai? Quem sou eu para me com- parar ao meu pai? Acho que nem mereço ser comparado a ele ainda. Levo isso na brin- cadeira. E você se inspira em quem? Não quero ser uma versão do meu pai, nem de ninguém. Quero achar minha praia, in- dependentemente de ser bom ou ruim, rock ou não. Utimamente, estou escutan- do muito o John Mayer e a banda Paramore. Você pretende continuar na car- reira de ator ou se dedicar mais à música mesmo? Sou 100% música de alma e coração, mas o bichinho da atuação me picou também, não vou parar de atuar. Não tenho nada confirmado, mas tem coisa muito bacana na agulha, espero que role. Você pretende lançar algum projeto solo? Vou lançar em abril um CD, mas nem um pouco preten- sioso. É um estilo diferente da Hori. Quero falar as coisas que eu penso, sem me pren- der a nada, independente- mente se vai tocar na rádio ou não. É uma realização pes- soal. Para mim, música, mais do que um produto, é arte. Uma vez você falou que cortava os próprios cabelos. Essa mu- dança de visual foi você quem fez também? Tive a ajuda de uma cabe- leireira, mas a manutenção agora sou eu quem faço, dou uma cortadinha na frente do espelho. Tive uma aprovação das fãs, mas sempre tem uma ou outra que não gosta. O próximo passo da mudança é deixar de ser colorido? Eu já não estou tão colorido. Não é por preconceito, por- que todo estilo é um estilo. Mas foi uma fase. Como você lida com as piadas que ouve sobre a Cleo Pires? Eu levo na boa. Até brinquei dizendo “quem mandou ter uma irmã gostosa?”. Se fosse encanar com isso, já estaria no hospício. O fato de você fumar e já ter assumido que usou drogas re- percute negativamente com os pais das suas fãs? Eu não sou exemplo pra nin- guém. Sou moleque, como qualquer outro e tenho de- feitos. Infelizmente, eu entrei nessa, falo e assino embaixo para ninguém fazer. Se não assumisse o que já fiz, eu se- ria de mentira, um santo. “Eu não fumo, não faço nada. Vou casar virgem”. Iria me enganar e todo mundo a mi- nha volta. Independente- mente se é bacana ou se não, exijo ser transparente, prin- cipalmente com a carreira. HORI / SÁB, 19H / BAHIA CAFÉ HALL / PARALELA / 4003-1212 / R$ 40 (PISTA), R$ 60 (CAMAROTE) E R$ 70 (ÁREA VIP) Fiuk é o nome artístico de Filipe Kartalian Ayrosa Galvão. O cantor nasceu em São Paulo no dia 25 de outubro de 1990. Filho do cantor Fábio Junior e Cristina Kartalian Wallace Barbosa / AgNews Agora iluminação moderna não custa mais caro! Estrada do Côco, Km 2 - T. 3378.7906 - Em frente a Ricardo Eletro Também na Estrada do Côco

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“Não quero ser uma versão do meu pai, nem de ninguém. quero achar a minha praia”Caderno 2+, Jornal A Tarde, 12 de outubro de 2010

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SALVADOR TERÇA-FEIRA 12/10/20108 2

Júlio Caldas e o passado, o presente e o futuro da guitarra baiana no Teatro do Sesi

Não é segredo para ninguémque a guitarra baiana, esse ines-timável patrimônio cultural le-gado à Bahia por Dodô & Os-mar, após mais de uma décadadeixada de lado, vem sofrendoum revival, graças – ironia su-prema – aos músicos da cha-mada “cena alternativa” (aque-la mesma que causa repulsa nossenhores empresários de trio).

Um dos nomes mais impor-tantes dessa recuperação, ao la-do de Robertinho Barreto (Baia-na System) e Morotó Slim (Re-trofoguetes) é Júlio Caldas, quevem fazendo um trabalho ex-traordinário ao lado de sua ban-da, a Choro Rock.

Acontece que Júlio, um incan-sável pesquisador do instru-mento, temumbeloprojetoquemisturamúsicaebate-papocom

guitarristas especializados na“guitarrinha” e acontece men-salmente, no Teatro do Sesi.

Desafios entre guitarristasHoje é dia de show, e o con-vidado é Parah Monteiro, que,nos anos 1970, arrepiava a bor-do do Trio Traz Os Montes.

“Na época, alguns temaseram compostos como desafiosentre guitarristas. Era comouma prova: se o cara acertavatocar, era considerado bom en-tre os músicos. Parah é com-positordeumdessestemas:Fre-vo de Minuto. Outros temaseram Com Mil Demônios e É aMassa (de Armandinho), Tha

luasy (de Missinho) e Às Vinte eCinco em Ponto (de Renatinho,que era do Trio Tapajós)”, re-lembra Júlio Caldas.

Renatinho é o convidado domês que vem. Após novembro,o projeto dá um tempo, masvolta, depois do Carnaval. “Emjaneiro, eu produzo a Mostra daGuitarra Baiana na Casa da Mú-sica (Lagoa do Abaeté) no seuterceiro ano, já. Em fevereiro,tem Carnaval e, em março, voltoao Sesi, nesse formato de umavez por mês”, enumera Júlio.

“Ano que vem eu quero con-vidar a rapaziada nova, sobre-tudo, quem está buscando no-vos formatos para o instrumen-to. Robertinho Barreto é meuprimeiro convidado. Tô queren-do convidar também o Márciode Oliveira, que faz uma coisabem rock ‘n’ roll. Outro é o Mar-cos Muleta, que tem um estilogipsy jazz, na linha do DjangoReinhardt”. Salve, guitarrinha!

JULIO CALDAS & CHORO ROCK COM PARAH

MONTEIRO / HOJE, 20H / TEATRO SESI /

RIO VERMELHO / R$ 20 E R$ 10

OUÇA: WWW.MYSPACE.COM/JULIOCALDAS

Júlio vê a guitarrabaiana no seumomento maisinteressante: “Aideia é transcendera coisa do frevo”

Mari Pacheco / Divulgação

Júlio, sua guitarra e o baterista Ricardo Hardmann: hoje tem som

ColetâneaChico Castro Jr.Jornalista e repórter doCaderno 2+

Martin & Duda na 5ª

Depois de amanhã, Martin &Eduardo, guitarra e batera dePitty, lançam seu trabalho pa-ralelo Dezenove Vezes Amor noTom do Sabor. 22h, R$ 20.

Elipê na 6ª, no Irdeb

A banda Elipê toca no Teatro doIrdeb (Federação) sexta-feira,no projeto Origem da Terra –que aliás, está com uma pro-gramação interessante, comshows de Bop Samba (jazz, dia21), Rhendra Nadyer (pop rock,22), Grupo Jacarandá (instru-mental, 28) e Folha de Chá (reg-gae, 29). O som começa às 20horas, por R$ 6 mais um quilode alimento não perecível.

Darktronic continua

Célulamekanika, Desrroche eOrquídeasFrancesas(PB)sãoasatrações de sábado. Pça. PedroArchanjo, Pelô, 18 horas.

TITA LIMA

Refinada e pop na medida

Filha do renomado produtorLiminha, a cantora Tita Limafaz bonito neste CD, casandobossa, pop, jazz e dub na maisperfeita harmonia. Os arranjosrefinados e a produção nostrinques (dela mesma, comalguns parceiros) mostrambem de quem ela é filha.Destaques: Vendendo Saúde eFé e Um Girassol da Cor doSeu Cabelo (belo cover de LôBorges). POSSIBILIDADES / LABEL A. /

R$ 17,90 CHICO CASTRO JR.

LINKIN PARK

Você já ouviu isso antes

Uma das atrações maisesperadas do festival SWU, oLinkin Park é a típica bandapreferida de quem nãoconhece nada de música. Arazão é simples: tudo o queeles fazem é mera repetição,devidamente diluída para asrádios pop, de algo que já foifeito antes e melhor. Seuquarto álbum, A ThousandSuns, é só mais uma provadesta verdade. A THOUSAND SUNS /

WARNER MUSIC / R$ 29,90 CCJR.

STONE TEMPLE PILOTS

Volta que quase convence

A bela capa, de Shepard“Obey” Fairey (autor do cartazdo Obama) para o novo discodo Stone Temple Pilots – oprimeiro desde 2001 –, é só ocartão de visitas para um CDque começa bem, mas perdeforça conforme as faixas vãose sucedendo. O álbum abregostoso com Between TheLines, Take a Load Off eHuckleberry Crumble, com ecosde grunge e Led Zeppelin nosriffs e refrões. HickoryDichotomy tem um quê deBowie e também convence.Mas, a partir de Cinnamon, acoisa desanda e soa baratinha.Salva-se ainda a descaradaSamba Nova, guilty pleasuredo ano. STONE TEMPLE PILOTS /

WARNER MUSIC / R$ 26,90 CCJR.

CARLOS SANTANA E CONVIDADOS

Releituras de clássicos

O guitarrista mexicano CarlosSantana retorna com GuitarHeaven –The Greatest GuitarClassics For All Time, primeirodisco de estúdio desde That IAm, de 2005, Santanamergulha de vez no rock'n rollcom releituras de clássicos dogênero. Aviso de antemão queas versões podem causarangústia aos roqueirosacostumados com oandamento de Whole LottaLove (cantada por ChrisCornell), do led Zeppelin oucom o solo tão característicode While My Guitar GentlyWeeps (interpretada por IndiaArie & Yo-Yo Ma), dos Beatles.Mas Santana sabe o que faz.GUITAR HEAVEN / SONY MUSIC / R$ 15 /

THIAGO GUIMARÃES

PHIL COLLINS

De volta aos anos 60

Phil Collins lembra comsaudade as descobertasmusicais que fez ouvindo agalera da gravadora Motown,nos anos 60. E pôs em práticaum desejo antigo, no discoGoing Back: reuniu o biscoitofino da black music, comoStevie Wonder (Blame It OnThe Sun), The Temptations(Papa Was a Rolling Stone),caprichou no backing vocal etirou a poeira dos vinis pararelançar essas e outrascanções. Para Phil, sem essescaras, sua adolescência teriapassado batido – não apenasmusicalmente. O tributo aosanos 60, portanto, foi umsonho realizado para o“velho” Phil. GOING BACK / R$ 29,90

/ WARNERMUSIC.COM.BR REGINA DE SÁ

SEAL

Totalmente apaixonado

O compromisso que o cantorSeal tem hoje com a músicaseria o mesmo que declarapela família, em sentimentoescancaradamente musicadoem Commitment, lançado pelaWarner. “Devo isso a minhamulher”, atestou Seal. Nascanções, ouvimos o cantorfalar de amor e dizer o quantosua vida está totalmentecompromissada a sua musa.Ah, o nome dela é Heidi Klum,a modelo sueca que aparece,inclusive, em um clipe“picante”,na música Secret.“Pertenço a você e você amim”. Amor incondicional,compromisso, declarado porSeal no nome do CD.COMMITMENT/ R$ 29,90 /

WARNERMUSIC.COM.BR REGINA DE SÁ

ENTREVISTA Fiuk

“NÃO QUERO SER UMA VERSÃO DO MEU PAI, NEM DE NINGUÉM. QUERO ACHAR A MINHA PRAIA”

VERENA PARANHOS

O ídolo teen Fiuk se apresenta pela primeira vez em Salvador, noBahia Café Hall, neste sábado, em show com a banda Hori. Comapenas 19 anos, o filho do cantor Fábio júnior chamou a atençãodo público ao ser protagonista de Malhação ID, em 2009. Portelefone, o jovem falou sobre a carreira de ator e cantor, planos,futuros trabalhos e novo visual, agora mais certinho e menoscolorido. Ainda, o líder da banda Hori revelou o que preparou parao show em Salvador. A novidade fica por conta de covers de artistascomo Black Eyed Peas e Jason Mraz. Mas Fiuk garante que 70% doshow é formado de músicas da própria banda, incluindo algumascomposições do queridinho das meninas.

Vocês prepararam alguma coi-sa especial para o show em Sal-vador?

Acabamos de montar a novaturnê, com novo show, ce-nário e repertório, que vaidesde música de balada atéreggae. Tem o momento pragalera pular, dançar e outropra dar uma namoradinha.Fazemos cover de Black EyedPeas e Jason Mraz, mas 70%das músicas são próprias.

Como você lida com as com-parações que fazem com você eseu pai?

Quem sou eu para me com-parar ao meu pai? Acho quenemmereçosercomparadoaele ainda. Levo isso na brin-cadeira.

E você se inspira em quem?Não quero ser uma versão do

meu pai, nem de ninguém.Quero achar minha praia, in-dependentemente de serbom ou ruim, rock ou não.Utimamente, estou escutan-do muito o John Mayer e abanda Paramore.

Você pretende continuar na car-reira de ator ou se dedicar maisà música mesmo?

Sou 100% música de alma ecoração, mas o bichinho daatuação me picou também,não vou parar de atuar. Nãotenho nada confirmado, mastem coisa muito bacana naagulha, espero que role.

Você pretende lançar algumprojeto solo?

Vou lançar em abril um CD,mas nem um pouco preten-sioso. É um estilo diferente daHori. Quero falar as coisasque eu penso, sem me pren-der a nada, independente-mente se vai tocar na rádio ounão. É uma realização pes-soal. Para mim, música, maisdo que um produto, é arte.

Uma vez você falou que cortavaos próprios cabelos. Essa mu-dança de visual foi você quemfez também?

Tive a ajuda de uma cabe-leireira, mas a manutençãoagora sou eu quem faço, douuma cortadinha na frente doespelho. Tive uma aprovação

das fãs, mas sempre tem umaou outra que não gosta.

O próximo passo da mudança édeixar de ser colorido?

Eu já não estou tão colorido.Não é por preconceito, por-que todo estilo é um estilo.Mas foi uma fase.

Como você lida com as piadasque ouve sobre a Cleo Pires?

Eu levo na boa. Até brinqueidizendo “quem mandou teruma irmã gostosa?”. Se fosseencanar com isso, já estariano hospício.

O fato de você fumar e já terassumido que usou drogas re-percute negativamente com ospais das suas fãs?

Eu não sou exemplo pra nin-guém. Sou moleque, comoqualquer outro e tenho de-feitos. Infelizmente, eu entreinessa, falo e assino embaixopara ninguém fazer. Se nãoassumisse o que já fiz, eu se-ria de mentira, um santo. “Eunão fumo, não faço nada.Vou casar virgem”. Iria meenganar e todo mundo a mi-nha volta. Independente-mente se é bacana ou se não,exijo ser transparente, prin-cipalmente com a carreira.

HORI / SÁB, 19H / BAHIA CAFÉ HALL /

PARALELA / 4003-1212 / R$ 40 (PISTA),

R$ 60 (CAMAROTE) E R$ 70 (ÁREA VIP)

Fiuk é o nomeartístico de FilipeKartalian AyrosaGalvão. O cantornasceu em SãoPaulo no dia 25 deoutubro de 1990.Filho do cantorFábio Junior eCristina Kartalian

Wallace Barbosa / AgNews

Agora iluminação moderna não custa mais caro!

Estrada do Côco, Km 2 - T. 3378.7906 - Em frente a Ricardo Eletro

Também na

Estrada do Côco