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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
FACULDADE DE ENFERMAGEM
FLÁVIA ADRIANA DE SOUZA
ADAPTAÇÃO CULTURAL, VALIDADE E USABILIDADE DO INSTRUMENTO:
The Incontinence-Associated Dermatitis and Its Severity Instrument (IADS-D.2)
CAMPINAS
2017
FLÁVIA ADRIANA DE SOUZA
ADAPTAÇÃO CULTURAL, VALIDADE E USABILIDADE DO INSTRUMENTO:
The Incontinence-Associated Dermatitis and Its Severity Instrument (IADS-D.2)
Dissertação apresentada à Faculdade de
Enfermagem da Universidade Estadual de
Campinas como parte dos requisitos exigidos
para a obtenção do título de Mestra em
Ciências da Saúde, Área de Concentração:
Enfermagem e trabalho.
ORIENTADORA: MARIA HELENA BAENA DE MORAES LOPES.
ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À
VERSÃO FINAL DA DISSERTAÇÃO
DEFENDIDA PELA ALUNA FLÁVIA
ADRIANA DE SOUZA, E ORIENTADA
PELA PROFa. DRa.MARIA HELENA BAENA
DE MORAES LOPES.
CAMPINAS
2017
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
BIBLIOTECA DA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS
BANCA EXAMINADORA DA DEFESA DE MESTRADO
FLÁVIA ADRIANA DE SOUZA
ORIENTADOR: MARIA HELENA BAENA DE MORAES LOPES
MEMBROS:
1. PROFA. DRA. MARIA HELENA BAENA DE MORAES LOPES
2. PROFA. DRA. ELIANA PEREIRA DE ARAÚJO
3. PROFA. DRA. CAMILA TEIXEIRA MOREIRA VASCONCELOS
Programa de Pós-Graduação em Mestrado da Faculdade de Enfermagem da
Universidade Estadual de Campinas.
A ata de defesa com as respectivas assinaturas dos membros da banca
examinadora encontra-se no processo de vida acadêmica do aluno.
Data: 21/11/2017
Dedicatória
Dedico a vocês: minha mãe, irmã e filhas amadas, minhas maiores incentivadoras,
que apoiam incondicionalmente as minhas escolhas, que são a inspiração e alegria
da minha vida...
❖ Ivone Fortes
❖ Joyce Fortes
❖ Brenda Carrasco
❖ Bruna Carrasco
Amo vocês e obrigada por estarem ao meu lado nos momentos bons e ruins!
Agradecimentos
À Deus, que se mostra presente em minha vida todos os dias, tem me abençoado e
cumprido os desejos do meu coração.
Ao meu querido amigo e pai das minhas filhas Marco Carrasco, que me apoiou e a
quem eu admiro por sua força e determinação.
Ao meu irmão Marcelo Fernandes, cunhada Renata Fernandes, cunhado Keder
Prado e irmã Alessandra Fernandes, que com carinho por muitas vezes me
disseram palavras de apoio e renovaram minhas esperanças.
Aos meus avós Anselmo Fortes e Irene Fortes, in memorian, que com todo amor e
dedicação me criaram, meus exemplos de vida, os maiores responsáveis por grande
parte da pessoa que me tornei. Estarão sempre em meu coração.
À minha amiga especial Agnes Raquel Camisão, que esteve comigo em tantos
momentos bons e ruins, ser sua amiga é uma benção, um presente de Deus.
Aos meus amigos Leandro Lourenço, Alessandra Reinatto, Danielle Leite pela
amizade e carinho.
Ao Henrique Ceretta por me ajudar com os tão temidos dados estatísticos.
Aos meus colegas de profissão das unidades de internação e Terapia Intensiva do
HC, que me acolheu e tanto me ajudou, grande abraço.
A querida Marta Lima, Elisangela Ludovico e Vanessa Abreu, aos tradutores,
juízes, à Comissão de Pós-Graduação, Letícia e Saulo, que contribuíram para a
construção desse sonho.
Agradecimentos Especiais
À querida profª Drª Maria Helena Baena de Moraes Lopes
Primeiramente por acreditar que eu seria capaz, pela confiança e incentivo que
depositou em mim desde o início.
Pelo exemplo de caráter, competência extrema, sensatez e humildade.
Pelo apoio e paciência e demostração de carinho quando eu mais precisei.
Por toda a troca de conhecimento e transmissão do saber, pelo incentivo a pesquisa
e docência.
Enfim, muito obrigado por estar comigo, me incentivar em momentos difíceis, ser uma
pessoa brilhante, verdadeiramente inspiradora e por sua valiosa amizade.
Dear PhD, RN, FAAN, FGSA Donna Zimmaro Bliss
Thank you for allowing the translation and cultural adaptation of your instrument. It
was a great contribution for the Brazilian nursing and for me a great pleasure.
O meu muito obrigada!
Epígrafe
“O Senhor é o meu pastor e nada me faltará”
Salmos 23.1
Resumo Introdução: A Dermatite Associada à Incontinência (DAI) é uma inflamação da pele comum em indivíduos incontinentes expostos a urina e ou fezes. Essa manifestação clínica pode causar dor em queimação e incômodo, agravando-se a cada episódio de eliminação urinária e fecal. Inicialmente a DAI se apresenta como vermelhidão, podendo evoluir com perda cutânea, acomete diferentes regiões do corpo e pode apresentar infecção fúngica oportunista. Estudos apontam elevada incidência e prevalência, muitas vezes subestimadas pela falta de identificação pelos profissionais de saúde. O uso de instrumento de avaliação, que identifique e avalie a gravidade da DAI é uma estratégia para assegurar a assistência prestada. Objetivos: Traduzir, adaptar e avaliar a validade de critério e usabilidade do instrumento The Incontinence-Associated Dermatitis and Its Severity Instrument (IADS-D.2). Métodos: As primeiras etapas foram tradução inicial para o português, síntese das traduções, retrotradução, avaliação por comitê de especialistas e pré-teste com 30 enfermeiros, como recomendado pela literatura internacional. Para o pré-teste foram usadas seis fotos de pacientes com DAI que foram avaliadas por um painel de especialistas tornando-se o padrão de referência (critério). Para a avaliação da validade de critério e usabilidade, a amostra foi composta por 60 enfermeiros de um hospital público de ensino. Foi explicado o objetivo da pesquisa e após o aceite, entregue o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Em seguida foram entregues: a ficha de categorização sociodemográfica; a versão final do instrumento (IADS-D.2) e a folha de pontuação traduzidos, juntamente com cinco das seis fotos usadas no pré-teste (casos) para análise e o questionário likert de avaliação da usabilidade e da qualidade das fotos (casos). Os instrumentos preenchidos foram entregues pelos participantes logo após finalizarem sua avaliação. Na avaliação do perfil dos enfermeiros, da validade de critério, usabilidade do instrumento e qualidade das fotos foram calculadas as frequências absolutas (n) e relativas (%) das variáveis e respostas ao questionário likert. Para a validade de critério foi aplicado o teste de Wilcoxon para uma amostra, com nível de significância igual a 5%. Resultados: As etapas de tradução foram realizadas com necessidade de poucos ajustes, o que permitiu a equivalência entre as versões original e traduzida. No pré-teste, não houve necessidade de modificação do instrumento e uma foto (caso) foi excluída. Quanto à validade de critério, os escores estabelecidos pelos 60 enfermeiros não diferiu dos escores determinados pelos especialistas (critério). A grande maioria dos enfermeiros avaliou positivamente o instrumento traduzido quanto a usabilidade, bem quanto a qualidade das fotos usadas para análise (concordância parcial e total igual ou acima de 96,7%). Conclusões: A adaptação cultural do IADS-D.2 para o português do Brasil obteve resultados satisfatórios, o instrumento demonstrou ser uma ferramenta válida e de fácil uso para se avaliar a presença e gravidade da DAI.
Descritores: Incontinência urinária, Incontinência Fecal, Dermatite, Tradução,
Estudos de validação, Enfermagem.
Linha de Pesquisa: Processo de Cuidar em Enfermagem.
Abstract
Introduction: Incontinence-associated dermatitis (IAD) is a common skin
inflammation in individuals incontinent to urine and/or feces. This clinical manifestation
can cause burning pain and discomfort that can be aggravated after each urinary and
or fecal elimination. Initially the IAD presents as redness, being able to evolve with
cutaneous loss. It may affect different regions of the body and may present
opportunistic fungal infection. Studies point to high incidence and prevalence, often
underestimated by the lack of identification by health professionals. The use of an
assessment tool that identifies and assesses the severity of IAD is a strategy to ensure
the assistance provided. Objectives: To translate, to adapt and to evaluate the criteria
validity and the usability of the “Incontinence-Associated Dermatitis and Its Severity
Instrument“(IADS-D.2). Methods: The first steps were translation to Portuguese,
synthesis of translations and back translation for translation accuracy. Followed by an
evaluation by a panel of experts and pre-testing with 30 nurses, as recommended in
the literature. For the pre-test were used six photos of patients with IAD that were
evaluated by a panel of specialists becoming the reference standard (criterion). For
the evaluation of criterion validity and usability, the sample consisted of 60 nurses from
a public teaching hospital. The purpose of the research was explained and, after
acceptance, the Free and Informed Consent Form was given. Then, the socio-
demographic categorization form; the final version of the instrument (IADS-D.2) and
the scoring sheet translated, together with five of the six photos used in the pre-test
(cases) for analysis and the likert questionnaire for assessing the usability and quality
of the photos were delivered. Participants delivered the completed instruments as soon
as they completed their evaluation. Results: The translation steps were carried out
with the need for few adjustments, which allowed the equivalence between the original
and translated versions. In the pre-test, there was no need to modify the instrument
and a photo (case) was excluded. Regarding the criterion validity, the scores
established by the 60 nurses did not differ from the scores determined by the
specialists (criterion). The majority of the nurses evaluated positively the translated
instrument for usability as well as the quality of the photos used for analysis (partial
and total agreement equal or above 96.7%). Conclusion: The cultural adaptation of
IADS-D.2 to Brazilian Portuguese obtained satisfactory results, the instrument proved
to be a valid and easy-to-use tool to evaluate the presence and severity of IAD.
Descriptors: Urinary incontinence, Fecal incontinence, Dermatitis, Translation, Validation
studies, Nursing.
Lista de quadros
Artigo 1.
• Quadro 1: Versão original dos itens do The Incontinence-Associated Dermatitis and Its Severity Instrument (IADS-D.2), síntese das traduções e versão pré-final
Lista de tabelas
Artigo 1.
• Tabela 1: Comparação entre os escores determinados pelos enfermeiros (n=30) e especialistas (critério) para cada caso (foto). Campinas, SP, 2017
Artigo 2.
• Tabela 1: Distribuição dos enfermeiros participantes do estudo segundo a idade, sexo, tempo de formação e especialização (n=60). Campinas, SP, 2017
• Tabela 2: Comparação entre os escores determinados pelos enfermeiros (n=60) com relação aos escores atribuídos pelos especialistas para cada caso (foto). Campinas, SP, 2017
• Tabela 3: Concordância entre enfermeiros (n=60) e especialistas de acordo com o caso (foto) e o local anatômico definido pelo IADS-D.2. Campinas, SP,
2017
• Tabela 4: Avaliação da usabilidade do instrumento IADS-D.2 pelos enfermeiros (n=60). Campinas, SP, 2017
• Tabela 5: Avaliação da qualidade das fotos (casos) pelos enfermeiros (n=60). Campinas, SP, 2017
Lista de abreviaturas e siglas
CID 10: Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados com a Saúde
DAI: Dermatite Associada a Incontinência
DIT: Dermatite intertriginosa
IADIT: Incontinence Associated Intervention Tool
IADS-D.2: The Incontinence Associated Dermatitis and Its Severity Instrument
(IADS-D.2)
ICS: International Continence Society
IF: Incontinência Fecal
IU: Incontinência Urinária
IVC: Indice de Validade de Conteúdo
JWOCN: Journal of Wound Ostomy & Continence Nurses
LP: Lesão por Pressão
PAT: Perineal Assessment Tool
RT1: Retrotradução 1
RT2: Retrotradução 2
TCLE: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
T1: Tradução 1
T2: Tradução 2
T12: Sintese das traduções 1 e 2
Sumário
Sumário .................................................................................................................... 14
1. Introdução ................................................................................................... 16
2. Objetivos ..................................................................................................... 21
3. Métodos ....................................................................................................... 22
Tipo de estudo ....................................................................................................... 22
Aspectos éticos ...................................................................................................... 22
The Incontinence Associated Dermatitis and Its Severity Instrument
(IADS-D.2) .................................................................................................... 22
Etapas metodológicas da tradução e adaptação cultural ....................................... 23
Avaliação da Validade e da Usabilidade ................................................................ 26
3.1.1 Local do Estudo .............................................................................................................. 26
3.1.2 População e Amostra .................................................................................................... 26
3.1.3 Critérios de Inclusão e Exclusão ..................................................................................... 26
3.1.4 Instrumentos ................................................................................................................. 27
3.1.5 Coleta de Dados ............................................................................................................. 27
3.1.6 Validade de Critério ....................................................................................................... 28
3.1.7 Usabilidade .................................................................................................................... 28
3.1.8 Análise dos dados .......................................................................................................... 28
4. Resultados .................................................................................................. 29
Artigo 1 ................................................................................................................... 29
Artigo 2 ................................................................................................................... 44
5. Discussão Geral.......................................................................................... 60
6. Conclusões ................................................................................................. 62
7. Referências ................................................................................................. 63
8. Apêndices ................................................................................................... 69
Apêndice 1 - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido aos
enfermeiros do pré-teste ............................................................................... 69
Apêndice 2 - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido aos
enfermeiros da coleta de dados ................................................................... 72
Apêndice 3 – Tradução (T1) .................................................................................. 75
Apêndice 4 – Tradução (T2) .................................................................................. 78
Apêndice 5 - Síntese dos Instrumentos (T 12) ....................................................... 81
Apêndice 6 - Retrotradução (RT1) ........................................................................ 84
Apêndice 7 – Retrotradução (RT2) ....................................................................... 87
Apêndice 8 - Instrumento de Avaliação das Equivalências – juízes ...................... 90
Apêndice 9 - Instrumento pré-final - IADS.D2 ..................................................... 116
Apêndice 10 - Caso 1 .......................................................................................... 119
Apêndice 11 – Caso 2 .......................................................................................... 120
Apêndice 12 – Caso 3 .......................................................................................... 121
Apêndice 13 – Caso 4 .......................................................................................... 122
Apêndice 14 – Caso 5 .......................................................................................... 123
Apêndice 15 – Caso 6 .......................................................................................... 124
Apêndice 16 – Ficha de Dados Sóciodemográficos - Avaliação da
Usabilidade do Instrumento e avaliação das Fotos Casos ......................... 125
Apêndice 17 - Versão Brasileira do - IADS.D2 ..................................................... 127
Apêndice 18 - Folha de Pontuação para Avaliação da Gravidade de
Dermatite Associada à Incontinência (IADS.D2) ........................................ 130
9. Anexos ....................................................................................................... 131
Anexo 1 – Autorização da Autora do instrumento Original IAD-D.2 ..................... 131
Anexo 2 – Parecer Consubstanciado do CEP ..................................................... 132
Anexo 3 – Emenda - Parecer Consubstanciado do CEP ..................................... 136
Anexo 4 – The Incontinence Associated Dermatitis and Its Severity
Instrument (IADS-D.2) ................................................................................ 139
Anexo 5 – Score Sheet for Incontinence-Associated Dermatitis and Its
Severity (IADS.D2) ..................................................................................... 142
16
1. Introdução
A Incontinência Urinária (IU) é definida atualmente pela International
Continence Society (ICS) como a “queixa de qualquer perda involuntária de urina”(1) e
a Incontinência fecal (IF) como “qualquer perda involuntária de material fecal”. (2)
Em 2005, nos Estados Unidos, um painel de enfermeiros clínicos e
especialistas reuniu-se em uma Conferência para um Consenso, com o objetivo de
discutir temas referentes a lesões de pele e incontinência e caracterizar as lesões de
pele associadas a urina e fezes. Após ampla discussão, foi definido que Dermatite
Associada à Incontinência (DAI) seria o termo utilizado caracterizando-a como uma
inflamação da pele que pode se apresentar como uma vermelhidão, exantema, às
vezes com exsudato seroso e infecção cutânea secundária, sendo publicado, em
2007, o primeiro consenso sobre DAI no Journal of Wound Ostomy & Continence
Nurses (JWOCN), da Sociedade Norte Americana de Enfermeiros Estomaterapeutas.
(3)
Após o consenso, grupos de pesquisadores identificaram a necessidade de
serem desenvolvidos estudos referentes a DAI visando responder a questões
relacionadas a dados epidemiológicos, sua etiologia e fisiopatologia, bem como a sua
prevenção e tratamento.
Em 2010, foi convocada uma segunda Conferência Internacional entre clínicos
e pesquisadores dos Estados Unidos, Reino Unido e Ocidente para revisar a base de
evidências atual sobre prevalência, patologia, prevenção e manejo da DAI e a
sintetizar esse conhecimento em recomendações de boas práticas baseadas em
evidências existentes. Além de ser o primeiro painel de consenso da DAI a incluir
participantes multinacionais, foi o primeiro a viabilizar recomendações específicas
para a prática com base em revisão abrangente da literatura(4).
No mesmo ano, realizou-se a terceira Conferência de Consenso, que teve um
foco ligeiramente diferente, sintetizando os estudos referentes a lesões por umidade
ocasionadas por suor, exsudato de feridas, muco, saliva, urina, fezes entre outros(5).
Este grupo formado por nove clínicos e pesquisadores com experiência em tratamento
de feridas, estomas e continência, distinguiu as quatro formas principais de lesões por
17
umidade comuns à prática de enfermagem: DAI, dermatite intertriginosa (DIT),
dermatite peristomal e dermatite periferida(6-9).
O mais recente encontro de especialistas em DAI aconteceu em 2014, contou
com 19 especialistas da América do Norte e do Sul, Europa Ocidental, Reino Unido,
Oriente Médio, Oceano Pacífico e Austrália(10). Este painel apoiou o trabalho concluído
pelos grupos de consenso anteriores, aprovou o uso contínuo do termo DAI,
recomendou, com urgência, a inclusão de um código para a DAI na Classificação
Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID-
10) (10).
A DAI apresenta elevada incidência(11) e prevalência(12-13) muitas vezes
subestimadas pela falta de sua identificação pelos profissionais de saúde.
Em um estudo recente, feito nos EUA, com 10.713 idosos (≥65 anos) recém-
incontinentes, moradores em 448 casas de repouso em 28 estados, a prevalência de
DAI foi de 5,5%(14). Em outro estudo atual, realizado nos EUA foi avaliado 98
indivíduos com incontinência fecal, destes 41% apresentavam DAI(15). Estudos
evidenciam que a incidência de DAI em pacientes críticos foi de aproximadamente
29% a 36%(16-17). Em um estudo brasileiro com 157 pacientes com cuidados intensivos
a prevalência foi de 20,4%(18).
Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento da DAI, como:
exposição prolongada à urina e fezes; dispositivos de contenção especialmente se
eles possuem revestimento de plástico; limpeza frequente da pele com água e sabão
e técnica de limpeza agressiva(19-22). Outros fatores são: mobilidade comprometida,
consciência cognitiva diminuída, incapacidade de realizar tarefas de higiene pessoal,
febre, mau estado nutricional, doença crítica, uso de antibioticoterapia, baixos níveis
séricos de albumina, diarreia, entre outros(10,23).
A incontinência é um fator de risco para o desenvolvimento de lesão por
pressão (LP). A DAI e a LP tem diferentes etiologias, mas podem se apresentar
simultaneamente(24,25). O desafio para os profissionais da saúde é que essas lesões
podem ocorrer no mesmo local ou muito próximas, tornando difícil a classificação
adequada.
Uma das dificuldades para a identificação da DAI pode ser o tom de pele em
países como o Brasil, onde há uma diversidade muito grande de cores e de tons de
pele(26). Em indivíduos com pele clara, a DAI aparece inicialmente como vermelhidão
18
que pode variar de rosa a vermelho. Em pacientes com tons de pele mais escuros, a
área acometida pode se apresentar pálida, roxa, vermelha escura ou amarela(27).
Assim, instrumentos que considerem o tom de pele para a avaliação da DAI parecem
ser mais adequados para populações como a brasileira.
Como estratégia para avaliação, recomenda-se o uso de instrumentos
específicos que avaliem o risco e presença de DAI. Em 1993, pesquisadores
publicaram o primeiro instrumento para avaliação de DAI, o Perineal Skin Assessment
Tool(28) desenvolvido para avaliar o grau de perda tecidual em pacientes com câncer
e composto por quatro itens: 1) coloração da pele; 2) integridade da pele; 3) medida
da área afetada; 4) sintomas do paciente. Três anos após, foi divulgado o instrumento
Skin Assessment Tool, (29) elaborado com o intuito de avaliar a pele e a gravidade da
DAI, formado por três itens: 1) área com ou sem perda de tecido; 2) coloração da pele;
3) profundidade da lesão. Ao se pesquisar em diferentes bases de dados, não foram
encontrados estudos de avaliação das propriedades psicométricas desses
instrumentos.
Em 2002, o Perineal Assessment Tool (PAT) (30) foi publicado. Ele visa avaliar
a pele perineal e o risco da DAI e contém quatro itens: intensidade do irritante; duração
do irritante; condição da pele perineal e fatores contribuintes. A escala foi validada por
102 enfermeiras especialistas. A confiabilidade interavaliador foi de r = 0,970 (IC 95%
= 0,923 a 0,988, p<0,0001) (30). Contudo, a autora aponta algumas limitações como:
não ter sido avaliada a sensibilidade e especificidade do instrumento porque não seria
ético deixar de intervir após realizar a avaliação; tamanho amostral pequeno na
avaliação da confiabilidade interavaliador (20 pacientes); não terem sido coletadas as
variáveis idade, raça e diagnóstico médico, o que afetou a possibilidade de
generalização do instrumento. Em 2014 foi adaptado para a cultura brasileira, porém,
não foram testadas suas propriedades psicométricas(31).
Em 2008, foi proposto o Incontinence Associated Dermatitis Intervention Tool
(IADIT) (32)., composto por três itens: orientação do cuidado a ser prestado ao
incontinente; orientação quanto a identificação dos indivíduos em risco e intervenções
para as diversas fases. No entanto, não foram encontrados estudos de avaliação de
suas propriedades psicométricas.
O The Incontinence Associated Dermatitis and Its Severity Instrument (IADS-
D.2) que tem como finalidade identificar e avaliar a gravidade da DAI, foi elaborado
19
em 2010(33). Foram avaliadas a validade de face, de conteúdo e de critério. Quanto à
confiabilidade interavaliador, foi realizada entre 347 avaliadores e experts (correlação
intraclasse de 0,98, p=0,006). Esse instrumento foi refinado em 2014 para incluir os
tons de pele mais escuros(34). Possui 34 itens distribuídos em quatro tópicos:
localização, quadro de cores, delimitação das áreas de DAI e descrição dos sinais de
DAI.
Instrumentos de avaliação válidos e confiáveis devem ser empregados na
prática clínica como estratégia para detecção de fatores de risco e avaliação da
gravidade da DAI, fornecendo subsídios para uma assistência adequada. Uma vez
detectados os riscos ou avaliada a gravidade da DAI, intervenções devem ser
implementadas, entre elas: tratar as causas reversíveis (por exemplo, infecção do
trato urinário, constipação, diuréticos) para reduzir ou eliminar o contato da pele com
urina e/ou fezes e implementar um regime estruturado de cuidados da pele visando
restaurar a função efetiva de barreira da pele(35).
O plano de cuidados com a pele consiste em duas intervenções fundamentais:
1) Limpeza da pele para remover urina e / ou fezes, ou seja, a fonte de irritantes que
causam a DAI. Isso deve ser feito antes da aplicação de um protetor de pele como
parte de um processo de rotina para remover a urina e as fezes. 2) Proteção da pele
para evitar ou minimizar a exposição à urina e/ou às fezes e à fricção. Quando a pele
acometida pela DAI for restabelecida, recomenda-se a aplicação de produtos
adequados para melhorar a função de barreira da pele(36).
Cuidados com a pele que incorporam limpeza suave e o uso de protetores de
pele mostraram reduzir a incidência de DAI(20). Os produtos utilizados para a
prevenção e tratamento de DAI estão disponíveis em uma ampla variedade de
formulações. Recomenda-se produtos com pH próximo da pele, com baixo poder
irritante, que possa ser facilmente removido para inspeção da pele, que não aumente
o dano na pele, que sejam compatíveis com outros produtos usados (por exemplo,
adesivos) que reduza o número de produtos, seja de fácil aplicação e baixo custo(36).
Dessa forma, acredita-se que o uso de um instrumento de avaliação da DAI
com boas propriedades psicométricas, que leve em consideração os tons de pele, que
mostre as regiões que devem ser avaliadas, que indiquem a diferenciação da DAI de
outras lesões por umidade e que avaliem o grau de gravidade da DAI seja útil, ou
mesmo imprescindível, para a implementação de um plano de cuidados com a pele
20
efetivo, além de nortear a capacitação dos enfermeiros e demais profissionais de
saúde para a identificação, prevenção e manejo da DAI a fim de fornecer subsídios
para uma assistência com qualidade.
Frente a essas considerações, foi proposta deste estudo traduzir e adaptar
culturalmente para o português do Brasil o instrumento The Incontinence Associated
Dermatitis and Its Severity Instrument (IADS-D.2), bem como avaliar sua validade e
usabilidade.
21
2. Objetivos
• Traduzir e adaptar o instrumento “IADS-D.2” para a língua portuguesa do Brasil;
• Avaliar a validade de critério do instrumento adaptado e
• Avaliar a usabilidade da versão brasileira do IADS-D.2.
.
22
3. Métodos
Tipo de estudo
Tratou-se de um estudo metodológico de tradução e adaptação cultural de
instrumentos. Foram seguidas as etapas recomendadas pela literatura pertinente, a
saber: tradução, síntese, retrotradução, avaliação por um comitê de especialistas e
pré-teste, a fim de haver equivalência entre as versões original e adaptada e assegurar
a qualidade do processo(37-38). Realizou-se também avaliação da validade de critério
e usabilidade da versão brasileira do instrumento The Incontinence-Associated
Dermatitis and Its Severity Instrument (IADS-D.2).
Aspectos éticos
Antes de ser iniciado o estudo obteve-se autorização da autora (Anexo 1) para
a tradução e validação do instrumento para a cultura brasileira. O projeto foi aprovado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição (CAAE: 34522014.2.0000.5404,
Parecer nº 1.003.294). (Anexo 2). Os termos de consentimentos livres e esclarecidos
(TCLE) (Apêndice 1 e 2) foram assinados por todos os participantes do pré teste e da
coleta de dados.
The Incontinence Associated Dermatitis and Its Severity Instrument (IADS-D.2)
O IADS-D.2 (Anexo 3) é um instrumento que tem por objetivo avaliar a presença
e gravidade de DAI por meio de 34 itens distribuídos em quatro tópicos: localização,
quadro de cores, delimitação das áreas de DAI e descrição dos sinais de DAI.
A localização inclui 14 locais do corpo, divididos em lados direito e esquerdo,
para permitir a avaliação da DAI de forma unilateral. São eles: pele perianal; pele
interglútea; glúteo superior esquerdo; glúteo superior direito; glúteo inferior esquerdo;
glúteo inferior direito; parte posterior da coxa esquerda; parte posterior da coxa direita;
genitália (lábios vaginais/bolsa escrotal); abdome inferior/suprapúbica; virilha
esquerda; virilha direita; parte interna da coxa esquerda e parte interna da coxa direita.
23
O instrumento apresenta imagens de seis figuras humanas, masculinas e femininas,
magras e gordas, brancas e pretas com os locais identificados de 1 a 14.
O instrumento apresenta também um quadro de cores para ser usado como
um guia de identificação da DAI. É composto por três itens: pele clara sem dano, pele
de tom médio sem dano e pele de tom escuro sem dano. Todos os tons de pele
apresentam pontuação variando de 1 a 4, de acordo com a gravidade, sendo: 1 ponto
- DAI rosa, 2 pontos - DAI vermelha, 3 pontos - exantema e 4 pontos - perda cutânea.
A delimitação das áreas de DAI se constitui na descrição anatômica das 14
localizações. A descrição dos sinais de DAI permite a avaliação da DAI segundo
sua gravidade, considerando o tom de pele. Para vermelhidão, as opções são:
nenhum, rosa e vermelho. A pele é diferenciada em três tons: clara, morena e preta.
Exantema: é descrito como “eritema irregular e com lesões satélites (vários pontos
pequenos de erupção)”. Para avaliá-lo, constam no instrumento, quatro fotos: três com
exantema e uma sem. Perda cutânea: definida como “a epiderme apresenta-se com
lesões (erupções) superficiais”. O Instrumento apresenta quatro fotos: duas com perda
cutânea, uma com a pele íntegra e outra diferenciando a DAI da lesão por pressão.
Por fim, o Score Sheet for Incontinence-Associated Dermatitis and Its
Severity (IADS.D2) (Anexo 4) contém instruções para a avaliação da gravidade (0 a
4 pontos), um quadro com as 14 localizações do corpo e colunas que permitem o
registro da pontuação ou escore de até 9 casos.
Etapas metodológicas da tradução e adaptação cultural
A Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos, embasados em estudos
publicados sobre adaptação cultural de instrumentos de medida, desenvolveu
diretrizes para a Adaptação Cultural de Medidas de Estados de Saúde, e nessa
pesquisa optou-se por segui-las(37-38).
A primeira etapa consistiu na tradução do instrumento do inglês para a língua
portuguesa do Brasil. Foi realizada por dois tradutores com fluência no idioma de
origem do instrumento (inglês americano) e que tinham como língua materna o
português do Brasil. Os tradutores fizeram a tradução de forma independente e
24
apenas um deles conhecia os objetivos e os conceitos presentes no instrumento.
Foram produzidas duas traduções: T1 e T2(37-38). (Apêndices 3 e 4)
Na segunda etapa, o instrumento original e as duas traduções (T1 e T2) foram
submetidos à análise de uma terceira pessoa juntamente com a pesquisadora
principal, com o objetivo de compor a versão síntese das duas traduções, que foi
denominada T12 (37-38). (Apêndice 5)
A terceira etapa, a de retrotradução, foi realizada por dois tradutores nascidos
e alfabetizados nos Estados Unidos e com domínio linguístico e cultural do português
falado no Brasil e que desconheciam o instrumento original.
Foi fornecida a versão síntese (T12) a cada um dos tradutores, que traduziram, de
forma independente, para o idioma de origem, o inglês americano. Nessa etapa foram
produzidas duas versões: RT1 e RT2(37-38). (Apêndices 6 e 7)
Para a quarta etapa foi formado um comitê de seis juízes, que foram
selecionados pela pesquisadora via curriculo lattes, sendo: uma enfermeira e uma
fisioterapeuta, ambas com experiência em adaptação cultural; duas enfermeiras
estomaterapeutas com experiência em tratamento de feridas; uma linguista e um
enfermeiro generalista assistencial, representante do público alvo. Aos membros do
comitê foram entregues por email: as traduções (T1 e T2), a versão síntese (T12) e
as retrotraduções (RT1 e RT2) e solicitado a devolutiva no prazo de 30 dias. Cada
juiz, utilizando um instrumento de avaliação (Apêndice 8) construído para este estudo,
realizou, de forma independente, avaliação das equivalências semântica, idiomática,
cultural e conceitual da versão síntese(37-38).
O instrumento de avaliação continha 45 itens referentes ao instrumento porque
além dos 34 já referidos, foram acrescentados 11 itens referentes ao título, às
instruções e outros, perfazendo o total citado. Além desses, os membros do comitê
analisaram quatro itens da folha de pontuação (avaliação da gravidade).
A equivalência semântica refere-se ao significado da palavra. A idiomática à
formulação de expressões coloquiais equivalentes ao idioma de origem. A cultural se
há termos, expressões e situações cotidianas diferentes entre as culturas dos países
e a conceitual às palavras que possuem significados culturais diferentes. Na
apreciação da equivalência conceitual exploraram-se conceitos relacionados a DAI e
os itens que abrangem o instrumento original, com intuito de verificar se eram
pertinentes e relevantes em nossa cultura(37-38). Os juízes atribuíram valores de 1 a 4
25
para cada item e equivalência, sendo:1=não claro; 2=pouco claro; 3= bastante claro e
4= muito claro.
Na avaliação de conteúdo efetuada pelo comitê de juízes foi calculado o IVC
para os 45 itens que compunham o instrumento traduzido e os quatro itens da folha
de pontuação, sendo: título e localização (17 itens), quadro de cores (8 itens), guia de
delimitação das áreas (16 itens), descrição dos sinais de DAI (4 itens) e folha de
pontuação (4 itens), todos avaliados para cada uma das equivalências (semântica,
idiomática, cultural e conceitual). Os dados foram organizados em planilha eletrônica.
Depois de codificados e tabulados, foram analisados por meio de estatística descritiva.
Após a devolutiva das avaliações feitas pelos juízes, calculou-se o Índice de
Validade de Conteúdo (IVC) para cada item por meio da soma das respostas “3” ou
“4” dividida pelo número total de respostas, o que indicou a porcentagem de
concordância entre os juízes para cada item avaliado, sendo que valores abaixo de
0,80 foram considerados insatisfatórios(39).
O cálculo foi o seguinte:
IVC=
Na reunião do comitê de juízes com a pesquisadora, os itens que apresentaram
IVC menor que 0,80, foram modificados com o objetivo de garantir as equivalências
entre as versões original e adaptada, até a obtenção de um consenso. Ao término
dessa etapa obteve-se a versão pré-final do instrumento. (Apêndice 9)
O pré-teste é a quinta etapa do processo de adaptação. A versão pré final do
instrumento adaptado foi utilizada por 30 enfermeiros generalistas assistenciais
atuantes nas unidades de internação e terapia intensiva de um hospital público de
ensino a fim de assegurar se a versão traduzida havia preservado as equivalências
no momento de sua aplicação(37-38). Todos participaram do estudo somente após a
assinatura do TCLE.
Para a avaliação do instrumento, uma enfermeira estomaterapeuta,
especialista em feridas, cedeu fotos que compunham seu arquivo pessoal, de
pacientes com DAI em diversas regiões do corpo. A enfermeira e a pesquisadora
principal, usando o instrumento em sua versão pré-final, avaliaram cada foto (caso)
identificando a presença de DAI e sua gravidade. A seguir, discutiu-se cada caso até
Número total de respostas “3” ou “4”
Número total de respostas
26
obter-se um consenso em relação à sua classificação e escores, a fim de ser este o
critério contra o qual os escores estabelecidos pelas enfermeiras participantes foram
comparados. Solicitou-se que os enfermeiros avaliassem as seis fotos, (Apêndices
10-11-12-13-14-15) usando a versão pré-final do instrumento. A validade de critério
foi então calculada por meio do teste de Wilcoxon para uma amostra, considerando-
se o nível de significância de 5%.
Avaliação da Validade e da Usabilidade
3.1.1 Local do Estudo
O estudo foi realizado em um hospital público de ensino do interior do estado
de São Paulo, de nível terciário.
3.1.2 População e Amostra
Foram convidados a participar do estudo os enfermeiros das Unidades de
Internação e Unidades de Terapia Intensiva que estavam de plantão na unidade nos
dias da coleta de dados.
Não foi possível calcular o tamanho amostral, pois não foram encontrados
artigos na literatura com as estimativas dos parâmetros necessários para o cálculo.
Portanto, foi definida com ajuda de um estatístico uma amostra, por conveniência, de
60 a 100 enfermeiros.
3.1.3 Critérios de Inclusão e Exclusão
Foram incluídos no estudo, os enfermeiros que atuavam no Hospital das
Clínicas em atividades assistenciais e que aceitaram participar do estudo. Foram
excluídos os que no momento da coleta de dados, estavam de férias ou em licença
médica.
27
3.1.4 Instrumentos
Foi utilizada uma ficha de dados sociodemográficos com o objetivo de definir
o perfil da amostra estudada com as seguintes variáveis: nome, idade, sexo, tempo
de formação e especialização. (Apêndice 16)
Para avaliação da usabilidade do instrumento e a qualidade das fotos de DAI
utilizou-se um questionário Likert construído para este estudo e baseado no
instrumento elaborado com cinco questões(40): 1) Achei fácil entender as instruções
do instrumento; 2) Achei fácil entender as localizações onde ocorre a Dermatite
Associada à Incontinência (DAI); 3) Achei fácil entender o quadro de cores; 4) Achei
fácil entender os sinais de DAI; 5) As fotos eram nítidas, de boa qualidade. Todas as
questões tinham como opções de resposta: Discordo totalmente, Discordo
parcialmente, Não tenho opinião, Concordo parcialmente, Concordo totalmente, com
escores de 1 a 5. (Apêndice 16)
Usou-se ainda, as versões brasileiras do The Incontinence-Associated
Dermatitis and Its Severity Instrument (IADS-D.2) (Apêndice 17) e da folha de
pontuação para avaliação da gravidade (Apêndice 18).
3.1.5 Coleta de Dados
A pesquisadora principal e uma enfermeira (auxiliar de pesquisa) coletaram os
dados pessoalmente, de forma individual e em dias diferentes, no período de outubro
de 2015 a abril de 2016.
O convite para participar da pesquisa se deu no posto de enfermagem. Foi
explicado o objetivo da pesquisa e após o aceite, entregue o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE), em seguida foram entregues: a ficha de categorização
sociodemográfica, a versão final do instrumento (IADS-D.2) traduzido, a folha de
pontuação traduzida apresentando os diferentes níveis de gravidade da DAI, os cinco
estudos de caso (foto) e o questionário likert de avaliação da usabilidade do IADS-D.2
e da qualidade das fotos.
A seguir, explicou-se aos participantes do estudo a diagramação do
instrumento e a folha de pontuação. A pesquisadora (ou a auxiliar de pesquisa)
28
aguardou ao lado dos enfermeiros, enquanto avaliavam os casos. Os instrumentos
preenchidos foram entregues pelos participantes logo após finalizarem sua avaliação.
3.1.6 Validade de Critério
A avaliação da validade de critério refere-se à capacidade de identificar uma
relação entre um instrumento e um critério externo(41).
As fotos de pacientes com diferentes graus de DAI utilizadas (casos) foram
cedidas por uma enfermeira que participou do processo de tradução do instrumento,
na fase de pré-teste. A pesquisadora principal e duas enfermeiras, sendo uma
estomaterapeuta e uma dermatologista, discutiram os estudos de caso (fotos)
utilizando os instrumentos e o resultado final considerou-se como critério de
comparação (padrão de referência) com os escores estabelecidos pelos sujeitos.
Os sujeitos do estudo (enfermeiros) avaliaram os casos por meio das fotos e
usaram o instrumento IADS-D.2 e a folha de pontuação para registro dos escores.
3.1.7 Usabilidade
Para avaliação da usabilidade do instrumento e da qualidade das fotos de DAI
utilizou-se o questionário Likert construído para este estudo, já descrito.
3.1.8 Análise dos dados
Na avaliação do perfil dos enfermeiros, da validade de critério, da usabilidade
do instrumento e da qualidade das fotos foram calculadas as frequências absolutas
(n) e relativas (%) das variáveis e respostas ao questionário likert.
Para a validade de critério foi também aplicado o teste de Wilcoxon para uma
amostra(42) com o intuito de verificar se a pontuação mediana das avaliações dos
enfermeiros era ou não diferente dos valores de referência determinados pelos
especialistas (critério). Para todas as análises foi considerado um nível de
significância igual a 5% e o software estatístico SPPS versão 22 foi usado para a
realização das análises.
29
4. Resultados
Artigo 1
Adaptação cultural do instrumento: The Incontinence-Associated Dermatitis and Its Severity Instrument (IADS-D.2) para o contexto brasileiro.
Formulado para atender ao seguinte objetivo desta pesquisa:
• Traduzir e adaptar o instrumento “IADS-D.2” para a língua portuguesa do Brasil.
Para elaboração deste artigo, foram utilizados:
• Apêndice 1 - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Pré Teste
• Apêndice 3 – Tradução 1 (T1)
• Apêndice 4 – Tradução 2 (T2)
• Apêndice 5 – Síntese das Traduções (T12)
• Apêndice 6 – Retrotradução 1 (RT1)
• Apêndice 7 – Retrotradução 2 (RT2)
• Apêndice 8 – Instrumento para o comitê de juízes avaliação
• das versões original e traduzida do IADS-D.2
• Apêndice 9 – Versão pré-final do IADS-D.2 para o pré-teste
• Apêndice 10 - Caso 1
• Apêndice 11 - Caso 2
• Apêndice 12 - Caso 3
• Apêndice 13 - Caso 4
• Apêndice 14 - Caso 5
• Apêndice 15 - Caso 6
• Apêndice 16 – Ficha de dados sociodemográficos e avaliação de usabilidade
do Instrumento e adequação das fotos (casos).
• Apêndice 17 – Versão Brasileira do IADS-D.2
• Apêndice 18 – Versão brasileira do Score Sheet for Incontinence-Associated
Dermatitis and Its Severity
• Anexo 1 - Autorização da autora
• Anexo 2 – Parecer Consubstanciado do CEP
• Anexo 3 - The Incontinence Associated Dermatitis and Its Severity Instrument
(IADS-D.2)
• Anexo 4 - Score Sheet for Incontinence-Associated Dermatitis and Its Severity
(IADS.D2)
30
Adaptação cultural do instrumento: The Incontinence-Associated Dermatitis
and Its Severity Instrument (IADS-D.2) para o contexto brasileiro
Flávia Adriana de Souza. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em
Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual de Campinas.
Autor correspondente.
Endereço: Rua Tessália Vieira de Camargo, 126 - Cidade Universitária Zeferino Vaz,
CEP 13083-887 – Campinas, São Paulo, Brasil.
E-mail: [email protected]
Maria Helena Baena de Moraes Lopes. Doutora em Ciências, Professora Titular da
Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual de Campinas.
Endereço: Rua Tessália Vieira de Camargo, 126 - Cidade Universitária Zeferino Vaz,
CEP 13083-887 – Campinas, São Paulo, Brasil.
E-mail: [email protected]
Conflito de Interesses:
Declaramos não existir conflito de interesses na publicação do presente artigo.
RESUMO
Objetivos: Traduzir e adaptar o instrumento The Incontinence-Associated Dermatitis
and Its Severity Instrument (IADS-D.2) para o contexto brasileiro. Método: Realizou-
se tradução inicial para o português, síntese das traduções, retrotradução, avaliação
por comitê de especialistas e pré-teste com 30 enfermeiros, como recomendado pela
literatura internacional. Para o pré-teste foram usadas seis fotos de pacientes com
dermatite associada à incontinência (DAI) que foram avaliadas por um painel de
especialistas (padrão de referência ou critério externo). Resultados: As etapas de
tradução foram realizadas sem dificuldades, com necessidade de poucos ajustes, o
que permitiu a equivalência entre as versões original e traduzida. No pré-teste, não
houve necessidade de modificação do instrumento. Para cinco fotos, 96,7% a 100%
dos enfermeiros tiveram concordância com o padrão de referência em todas as
regiões do corpo com DAI presentes em cada foto, apenas para um local, de uma foto,
a concordância foi de 76,7%. Conclusão: A adaptação cultural do IADS-D.2 para o
português do Brasil obteve resultados satisfatórios, possibilitando o seu uso para
identificar e avaliar a gravidade da DAI em nosso país.
31
INTRODUÇÃO
A Dermatite Associada à Incontinência (DAI) é uma lesão de pele por umidade
com elevada incidência1 e prevalência (2-3), muitas vezes subestimadas pela falta de
identificação pelos profissionais de saúde. Para isso foram desenvolvidos
instrumentos de avaliação, contudo, muitos deles não estão disponíveis em português
e/ou não tiveram propriedades psicométricas avaliadas.
A exposição prolongada da pele a urina e fezes propicia o aparecimento da DAI
que é uma inflamação da pele caracterizada por edema, hiperemia, vesículas e, em
casos mais graves, ruptura e exsudato, causando frequentemente desconforto
significativo e redução da qualidade de vida (4-5). Pessoas incontinentes estão sujeitas
a DAI, sendo a incontinência urinária (IU) definida pela International Continence
Society (ICS) como a “queixa de qualquer perda involuntária de urina” (6) e a
incontinência fecal (IF) como “qualquer perda involuntária de material fecal” (7) não
sendo infrequente a concomitância de IU e IF (incontinência dupla) (8).
A DAI pode ocorrer no períneo, nas dobras labiais, virilhas, nádegas, bolsa
escrotal, fenda glútea, estender-se à parte interna das coxas (9) e apresentar infecção
por Staphylococcus coagulase negativos, Clostridium difficile e fungos como a
candidíase (5,10-12). Outros fatores de risco contribuem para o dano tecidual, sendo
estes, uso de antibioticoterapia, má nutrição, baixos níveis séricos de albumina,
diarreia, entre outros (10).
A DAI é uma das quatro formas principais de lesões por umidade comuns à
prática de enfermagem, juntamente com a dermatite intertriginosa (DIT), dermatite
peristomal e dermatite periferida (11-13) sendo importante o diagnóstico diferencial não
apenas com as demais lesões por umidade, mas também com a lesão por pressão,
principalmente quando a região glútea é acometida.
Uma das dificuldades para a identificação da DAI pode ser o tom de pele que
em países como o Brasil, em que há uma diversidade muito grande de cores e de tons
de pele(14). Em indivíduos com pele clara, A DAI aparece inicialmente como
vermelhidão que pode variar de rosa a vermelho. Em pacientes com tons de pele mais
escuros, a área acometida pode se apresentar pálida, roxa, vermelha escura ou
amarela(15). Assim, instrumentos que considerem o tom de pele para a avaliação da
DAI parecem ser mais adequados para populações como a brasileira.
32
Como estratégia para avaliação, recomenda-se o uso de instrumentos
específicos que avaliem o risco e presença de DAI. Em 1993, pesquisadores
publicaram o primeiro instrumento para avaliação de DAI, o Perineal Skin Assessment
Tool (16) desenvolvido para avaliar o grau de perda tecidual em pacientes com câncer
e composto por quatro itens: 1) coloração da pele; 2) integridade da pele; 3) medida
da área afetada; 4) sintomas do paciente. Três anos após, foi divulgado o instrumento
Skin Assessment Tool, (17) elaborado com o intuito de avaliar a pele e a gravidade da
DAI, formado por três itens: 1) área com ou sem perda de tecido; 2) coloração da pele;
3) profundidade da lesão. Ao se pesquisar nas bases de dados, não foram
encontrados estudos de avaliação das propriedades psicométricas desses
instrumentos.
Em 2002, o Perineal Assessment Tool (PAT) (18) foi publicado. Ele visa avaliar
a pele perineal e o risco da DAI e contém quatro itens: intensidade do irritante; duração
do irritante; condição da pele perineal e fatores contribuintes. A escala foi validade por
102 enfermeiras especialistas. A confiabilidade interavaliador foi de r = 0,970 (IC 95%
= 0,923 a 0,988, p <0,0001) (18). Contudo, a autora aponta algumas limitações como:
não ter sido avaliada a sensibilidade e especificidade do instrumento porque não seria
ético deixar de intervir após realizar a avaliação; tamanho amostral pequeno na
avaliação da confiabilidade interavaliador (20 pacientes); não terem sido coletadas as
variáveis idade, raça e diagnóstico médico, o que afetou a possibilidade de
generalização do instrumento. Em 2014 foi adaptado para a cultura brasileira, porém,
não foram testadas suas propriedades psicométricas(19).
Em 2008, foi proposto o Incontinence Associated Dermatitis Intervention Tool
(IADIT)(20), composto por três itens: orientação do cuidado a ser prestado ao
incontinente; orientação quanto a identificação dos indivíduos em risco e intervenções
para as diversas fases. Não foram encontrados estudos de avaliação de suas
propriedades psicométricas.
O The Incontinence Associated Dermatitis and Its Severity Instrument (IADS-D)
– (IADS-D.2) que tem como finalidade identificar e avaliar a gravidade da DAI, foi
elaborado em 2010(9). Foram avaliadas a validade de face, de conteúdo e de critério.
Quanto à confiabilidade interavaliador, foi realizada entre 347 avaliadores e experts
(correlação intraclasse de 0,98, p=0,006). Esse instrumento foi refinado em 2014 para
incluir os tons de pele mais escuros(21).
33
A literatura internacional tem recomendado a adaptação cultural e validação de
instrumentos, que tenham se mostrado confiáveis e válidos, para outras línguas a fim
de fornecer dados padronizados que permitam a comparação entre populações de
diferentes países e localidades. Esses instrumentos também são úteis para avaliações
clínicas e para o delineamento de programas de atendimento à saúde(22).
Considerando-se que não existe nenhum instrumento traduzido e adaptado à
cultura brasileira que identifique e avalie a gravidade da DAI levando em conta o tom
de pele e as regiões de acometimento da DAI e que tenha suas propriedades
psicométricas avaliadas, foi nossa proposta, adaptar o instrumento IADS-D.2 e sua
folha de pontuação a fim de disponibilizá-los aos enfermeiros e outros profissionais de
saúde do Brasil. Para outros países de língua portuguesa o instrumento também
poderá ser usado, mas talvez alguns ajustes se façam necessários.
MÉTODO
Trata-se de um estudo metodológico de tradução e adaptação cultural de
instrumentos. Foram seguidas as etapas recomendadas pela literatura pertinente, a
saber: tradução, síntese, retrotradução, avaliação por um comitê de especialistas e
pré-teste, a fim de haver equivalência entre as versões original e adaptada e assegurar
a qualidade do processo(23-24).
The Incontinence Associated Dermatitis and Its Severity Instrument (IADS-D.2)
O IADS-D.2 é um instrumento que tem por objetivo avaliar a presença e
gravidade de DAI por meio de 34 itens distribuídos em quatro tópicos: localização,
quadro de cores, delimitação das áreas de DAI e descrição dos sinais de DAI.
A localização inclui 14 locais do corpo, divididos em lados direito e esquerdo, para
permitir a avaliação da DAI de forma unilateral. São eles: pele perianal; pele
interglútea; glúteo superior esquerdo; glúteo superior direito; glúteo inferior esquerdo;
glúteo inferior direito; parte posterior da coxa esquerda; parte posterior da coxa direita;
genitália (lábios vaginais/bolsa escrotal); abdome inferior/suprapúbica; virilha
esquerda; virilha direita; parte interna da coxa esquerda e parte interna da coxa direita.
34
O instrumento apresenta imagens de seis figuras humanas, masculinas e femininas,
magras e gordas, brancas e pretas com os locais identificados de 1 a 14.
O instrumento apresenta também um quadro de cores para ser usado como um guia
de identificação da DAI. É composto por três itens: pele clara sem dano, pele de tom
médio sem dano e pele de tom escuro sem dano. Todos os tons de pele apresentam
pontuação variando de 1 a 4, de acordo com a gravidade, sendo: 1 ponto - DAI rosa,
2 pontos - DAI vermelha, 3 pontos - exantema e 4 pontos - perda cutânea.
A delimitação das áreas de DAI se constitui na descrição anatômica das 14
localizações. A descrição dos sinais de DAI permite a avaliação da DAI segundo
sua gravidade, considerando o tom de pele. Para vermelhidão, as opções são:
nenhum, rosa e vermelho. A pele é diferenciada em três tons: clara, morena e preta.
Exantema: é descrito como “eritema irregular e com lesões satélites (vários pontos
pequenos de erupção) ”. Para avaliá-lo, constam no instrumento, quatro fotos: três
com exantema e uma sem. Perda cutânea: definida como “a epiderme apresenta-se
com lesões (erupções) superficiais”. O Instrumento apresenta quatro fotos: duas com
perda cutânea, uma com a pele íntegra e outra diferenciando a DAI da lesão por
pressão.
Por fim, o Score Sheet for Incontinence-Associated Dermatitis and Its
Severity (IADS.D2) contém instruções para a avaliação da gravidade (0 a 4 pontos),
um quadro com as 14 localizações do corpo e colunas que permitem o registro da
pontuação (escore) de até 9 casos.
Salienta-se que previamente a realização do estudo, obteve-se a autorização
da autora para a tradução e validação do instrumento para a cultura brasileira e a
aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da instituição (CAAE
34522014.2.0000.5404, Parecer nº 1.003.294). Todos os participantes do estudo
assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE).
Etapas metodológicas da tradução e adaptação cultural
A Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos, embasados em estudos
publicados sobre adaptação cultural de instrumentos de medida, desenvolveu
diretrizes para a Adaptação Cultural de Medidas de Estados de Saúde, e nessa
pesquisa optou-se por segui-las(23-24).
35
A primeira etapa consistiu na tradução do instrumento do inglês para a língua
portuguesa do Brasil. Foi realizada por dois tradutores com fluência no idioma de
origem do instrumento (inglês americano) e que tinham como língua materna o
português do Brasil. Os tradutores fizeram a tradução de forma independente e
apenas um deles conhecia os objetivos e os conceitos presentes no instrumento.
Foram produzidas duas traduções: T1 e T2(23-24).
Na segunda etapa, o instrumento original e as duas traduções (T1 e T2) foram
submetidos à análise de uma terceira pessoa juntamente com a pesquisadora
principal, com o objetivo de compor a versão síntese das duas traduções, que foi
denominada T12(23-24).
A terceira etapa, a de retrotradução, foi realizada por dois tradutores nascidos
e alfabetizados nos Estados Unidos e com domínio linguístico e cultural do português
falado no Brasil e que desconheciam o instrumento original. Foi fornecida a versão
síntese (T12) a cada um dos tradutores, que traduziram, de forma independente, para
o idioma de origem, o inglês americano. Nessa etapa foram produzidas duas versões:
RT1 e RT2(23-24).
Para a quarta etapa foi formado um comitê de seis juízes sendo: uma
enfermeira e uma fisioterapeuta, ambas com experiência em adaptação cultural; duas
enfermeiras estomaterapeutas com experiência em tratamento de feridas; uma
linguista e um enfermeiro generalista assistencial, representante do público alvo. Aos
membros do comitê foram entregues: as traduções (T1 e T2), a versão síntese (T12)
e as retrotraduções (RT1 e RT2). Cada juiz, utilizando um instrumento de avaliação
construído para este estudo, realizou, de forma independente, avaliação das
equivalências semântica, idiomática, cultural e conceitual da versão síntese(23-24).
O instrumento de avaliação continha 45 itens referentes ao instrumento porque
além dos 34 já referidos, foram acrescentados 11 itens referentes ao título, às
instruções e outros, perfazendo o total citado. Além desses, os membros do comitê
analisaram quatro itens da folha de pontuação (avaliação da gravidade).
A equivalência semântica refere-se ao significado da palavra. A idiomática à
formulação de expressões coloquiais equivalentes ao idioma de origem. A cultural se
há termos, expressões e situações cotidianas diferentes entre as culturas dos países
e a conceitual às palavras que possuem significados culturais diferentes. Na
apreciação da equivalência conceitual exploraram-se conceitos relacionados a DAI e
36
os itens que abrangem o instrumento original, com intuito de verificar se eram
pertinentes e relevantes em nossa cultura(23-24). Os juízes atribuíram valores de 1 a 4
para cada item e equivalência, sendo:1=não claro; 2=pouco claro; 3= bastante claro e
4= muito claro.
Na avaliação de conteúdo efetuada pelo comitê de juízes foi calculado o IVC
para os 45 itens que compunham o instrumento traduzido e os quatro itens da folha
de pontuação, sendo: título e localização (17 itens), quadro de cores (8 itens), guia de
delimitação das áreas (16 itens), descrição dos sinais de DAI (4 itens) e folha de
pontuação (4 itens), todos avaliados para cada uma das equivalências (semântica,
idiomática, cultural e conceitual). Os dados foram organizados em planilha eletrônica.
Depois de codificados e tabulados, foram analisados por meio de estatística descritiva.
Após a devolutiva das avaliações feitas pelos juízes, calculou-se o Índice de
Validade de Conteúdo (IVC) para cada item por meio da soma das respostas “3” ou
“4” dividida pelo número total de respostas, o que indicou a porcentagem de
concordância entre os juízes para cada item avaliado, sendo que valores abaixo de
0,80 foram considerados insatisfatórios(25).
Na reunião do comitê de juízes com a pesquisadora, os itens que apresentaram
IVC menor que 0,80, foram modificados com o objetivo de garantir as equivalências
entre as versões original e adaptada, até a obtenção de um consenso. Ao término
dessa etapa obteve-se a versão pré-final do instrumento.
O pré-teste é a quinta etapa do processo de adaptação. A versão final do
instrumento adaptado foi utilizada por 30 enfermeiros generalistas assistenciais de um
hospital público de ensino a fim de assegurar se a versão traduzida havia preservado
as equivalências no momento de sua aplicação(23-24). Todos participaram do estudo
somente após a assinatura do TCLE.
Para a avaliação do instrumento, uma enfermeira estomaterapeuta,
especialista em feridas, cedeu fotos que compunham seu arquivo pessoal, de
pacientes com DAI em diversas regiões do corpo. A enfermeira e a pesquisadora
principal, usando o instrumento em sua versão pré-final, avaliaram cada foto (caso)
identificando a presença de DAI e sua gravidade. A seguir, discutiu-se cada caso até
obter-se um consenso em relação à sua classificação, a fim de ser este o critério
contra o qual os escores estabelecidos pelas enfermeiras participantes foram
comparados.
37
Solicitou-se que os enfermeiros avaliassem as seis fotos, usando a versão pré-
final do instrumento. Isso permitiu testar tanto o instrumento quanto as fotos para
serem usadas estudos posteriores de validação (validação de critério) com amostra
mais ampla. A validade de critério foi então calculada por meio do teste de Wilcoxon
para uma amostra, considerando-se o nível de significância de 5%.
RESULTADOS
Oito itens não atingiram o IVC de 80%, sendo: dois nas equivalências
semântica, idiomática, conceitual e cultural, um na equivalência semântica e
idiomática, um na equivalência conceitual e quatro na equivalência cultural, para
esses itens o IVC variou de 0,50 a 0,67%. Eles foram reformulados de acordo com as
sugestões de modificação propostas pelo comitê de juízes, conforme apresentado no
Quadro 1. Quanto à folha de pontuação, todos os itens atingiram percentual acima de
80%, não sendo necessário realizar alterações.
Quadro 1. Versão original dos itens do The Incontinence-Associated Dermatitis and Its Severity Instrument (IADS-D.2), síntese das traduções e versão pré-final
Versão original Síntese das traduções Versão pré-final
Left inner thigh Coxa interna esquerda Parte interna da coxa esquerda
Right inner thigh Coxa interna direita Parte interna da coxa direita
Borders of IAD Areas Demarcação das Áreas de DAI Delimitação das Áreas com DAI
Left lower buttock Nádega Inferior Esquerda Glúteo Inferior Esquerdo
Right lower buttock Nádega Inferior Direita Glúteo Inferior Direito
Left lower buttock Nádega Inferior Esquerda
(delimitações das áreas)
Glúteo Inferior Esquerdo
Right lower buttock Nádega Inferior Direita
(delimitações das áreas)
Glúteo Inferior Direito
Rash Erupção Cutânea Exantema
Fonte: Quadro elaborado pelas autoras
No pré-teste, o IADS-D.2 foi testado em um grupo de 30 enfermeiros
assistenciais das unidades de internação e terapia intensiva, destes, apenas dois
eram estomaterapeutas. No que se refere ao instrumento, não houve sugestões de
38
modificação. No entanto, os enfermeiros ressaltaram a necessidade de um
treinamento sobre DAI e sugeriram que antes de utilizar o instrumento fosse explicado
como ele estava diagramado.
O resultado da avaliação dos seis casos de DAI (fotos) realizada pelos
enfermeiros em comparação com o critério (escores estabelecidos pelos
especialistas) é apresentado na Tabela 1. Observa-se que não houve diferenças,
sendo que para quatro casos não foi possível estabelecer o p-valor.
Tabela 1- Comparação entre os escores determinados pelos enfermeiros (n=30) e especialistas (critério) para cada caso (foto). Campinas, SP, 2017
Caso Média DP Mín Q1 Mediana Q3 Máx p-valor*
1 6,00 0,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 -
2 6,07 0,37 6,00 6,00 6,00 6,00 8,00 0,317
3 16,00 0,00 16,00 16,00 16,00 16,00 16,00 -
4 20,00 0,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 -
5 17,93 0,98 16,00 18,00 18,00 18,00 20,00 0,705
6 8,00 0,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 -
Fonte: Tabela elaborada pelas autoras
Legenda: min=valor mínimo; Q1=quartil 1; Q3=quartil 3; Max=valor máximo
*Teste de Wilcoxon para uma amostra
Ao término do pré-teste, obteve-se a versão final do The Incontinence-
Associated Dermatitis and Its Severity Instrument (IADS-D.2).
Quanto às fotos, avaliou-se que uma delas (nº5) (Apêndice 14), deveria ser
retirada para uso em outros estudos, porque apresentou menor concordância com o
critério (escore estabelecido pelos especialistas) em um dos locais avaliados (76,7%)
em comparação com as demais fotos nas quais a concordância foi 96,7% ou 100%.
DISCUSSÃO
As etapas de tradução, síntese e retrotradução dos itens do instrumento, foram
realizadas sem dificuldades, considerando que houve necessidade de poucos ajustes.
O comitê de especialistas realizou a avaliação dos oito itens que não alcançaram um
IVC de 80%, o que permitiu as equivalências entre as versões original e traduzida do
39
IADS-D.2. A folha de pontuação não sofreu nenhuma modificação, pois obteve um
percentual de concordância superior a 80%.
No pré-teste, o instrumento permitiu que a grande maioria dos enfermeiros
avaliasse corretamente os casos de DAI e não houve necessidade de modificação do
instrumento. Esses resultados indicam que o instrumento pode ser útil para os
enfermeiros, mesmo os que não são especialistas em feridas, uma vez que apenas
dois eram estomaterapeutas. Contudo, é preciso que os enfermeiros tenham
conhecimento do que é DAI e como diferenciá-la de outras lesões de pele, como a
lesão por pressão.
As incontinências urinária e fecal são importantes fatores de risco para o
desenvolvimento de Lesão por Pressão (LP) (26). A presença de DAI aumenta o risco
de LP, sendo que quanto maior a gravidade da DAI, maior o risco de LP. Além disso,
há um risco aumentado de infecção e morbidade(27).
Portanto, recomenda-se a capacitação do enfermeiro sobre DAI, como sugerido
pelos enfermeiros no pré-teste, com ênfase sobre sua diferenciação de outros tipos
de ferida como a lesão por pressão e a dermatite intertriginosa. Como a DAI pode
ocorrer na região genital, glúteo e coxas e em dobras dessas regiões(9). é necessário
diferenciá-la da dermatite intertriginosa que também pode irromper nesses mesmos
locais(11). Vale salientar que o IADS-D.2 não apresenta fotos com esse tipo de lesão,
apenas da lesão por pressão.
Na validação de critério, os resultados foram semelhantes ao do estudo
original(9), no qual a correlação intraclasse mostrou concordância entre os enfermeiros
e os experts de 0,98 (p=0,006).
O uso do IADS-D.2 no Brasil, uma vez que foi traduzido e adaptado
culturalmente, poderá auxiliar a avaliação e detecção precoce da DAI e com isso
prevenir agravos como a lesão por pressão, além de ser uma ferramenta que irá
fornecer informações importantes para o planejamento da assistência de
enfermagem.
Como limitações deste estudo podemos citar o fato das fotos utilizadas não
terem sido realizadas para fins dessa pesquisa. Todas faziam parte de um acervo
pessoal pré-existente, o que impossibilitou conhecer o tipo de câmera fotográfica
utilizada, fazer uso de fundo escuro e mensurar as lesões.
40
Por fim, enfatiza-se a relevância de estudos futuros com o objetivo de avaliar a
validade e a confiabilidade da versão brasileira desse instrumento, com enfermeiros
de diferentes graus de expertise e em diferentes cenários de prática.
CONCLUSÃO
A adaptação cultural do IADS-D.2 seguiu as etapas recomendadas
internacionalmente com resultados satisfatórios para as equivalências semântica,
idiomática, cultural e conceitual, possibilitando o seu uso para identificar e avaliar a
gravidade da DAI em nosso país.
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44
Artigo 2
Validade de critério e usabilidade da versão brasileira do instrumento The
Incontinence-Associated Dermatitis and Its Severity Instrument (IADS-D.2)
Formulado para atender aos seguintes objetivos desta pesquisa:
• Avaliar a validade de critério do instrumento adaptado
• Avaliar a usabilidade da versão brasileira do IADS-D.2
Para elaboração deste artigo, foram utilizados:
• Apêndice 2 - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – Coleta de Dados
• Apêndice 10 - Caso 1
• Apêndice 11 - Caso 2
• Apêndice 12 - Caso 3
• Apêndice 13 - Caso 4
• Apêndice 15 - Caso 6
• Apêndice 16 – Ficha de dados sociodemográficos e avaliação de usabilidade
do Instrumento e adequação das fotos (casos).
• Apêndice 17 – Versão Brasileira do IADS-D.2
• Apêndice 18 – Versão brasileira do Score Sheet for Incontinence-Associated
Dermatitis and Its Severity
• Anexo 1 - Autorização da autora
• Anexo 2 – Parecer Consubstanciado do CEP
45
Validade de critério e usabilidade da versão brasileira do instrumento
The Incontinence-Associated Dermatitis and Its Severity Instrument (IADS-D.2)
Flávia Adriana de Souza. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em
Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual de Campinas.
Autor correspondente.
Endereço: Rua Tessália Vieira de Camargo, 126 - Cidade Universitária Zeferino Vaz,
CEP 13083-887 – Campinas, São Paulo, Brasil.
E-mail: [email protected]
Maria Helena Baena de Moraes Lopes. Doutora em Ciências, Professora Titular da
Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual de Campinas.
Endereço: Rua Tessália Vieira de Camargo, 126 - Cidade Universitária Zeferino Vaz,
CEP 13083-887 – Campinas, São Paulo, Brasil.
E-mail: [email protected]
Conflito de Interesses:
Declaramos não existir conflito de interesses na publicação do presente artigo.
RESUMO
Objetivos: Avaliar a validade de critério e a usabilidade do instrumento The Incontinence-Associated Dermatitis and Its Severity Instrument (IADS-D.2). Métodos: Para a avaliação da validade de critério e da usabilidade, a amostra foi composta por 60 enfermeiros de um hospital público de ensino. Foi explicado o objetivo da pesquisa e após o aceite, entregue o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), em seguida foram entregues: a ficha de categorização sociodemográfica, a versão final do instrumento (IADS-D.2) e a folha de pontuação traduzidos, cinco fotos (casos) e o questionário likert de avaliação da usabilidade do instrumento e da qualidade das fotos (casos). Os instrumentos preenchidos foram entregues pelos participantes logo após finalizarem sua avaliação. Na avaliação do perfil dos enfermeiros, da validade de critério, usabilidade do instrumento e qualidade das fotos foram calculadas as frequências absolutas (n) e relativas (%) das variáveis e respostas ao questionário likert. Para a validade de critério foi também aplicado o teste de Wilcoxon para uma amostra, com nível de significância igual a 5%. Resultados: Os escores estabelecidos pelos 60 enfermeiros não diferiu dos escores determinados pelos especialistas (critério). A grande maioria dos enfermeiros avaliou positivamente o instrumento traduzido quanto a usabilidade, bem quanto a qualidade das fotos usadas para análise (concordância parcial e total igual ou acima de 96,7%). Na avaliação da qualidade das fotos, 43,3% concordaram parcialmente e o software estatístico SPPS versão 22 foi usado para a realização das análises. Conclusões: O instrumento demonstrou ser uma ferramenta válida e de fácil uso para se avaliar a presença e gravidade da DAI.
46
INTRODUÇÃO
A dermatite associada à incontinência (DAI) é uma inflamação da pele comum
em indivíduos incontinentes expostos a urina e ou fezes(1). Essa manifestação clínica
pode causar dor em queimação e incômodo, agravando-se a cada episódio de
eliminação urinária e fecal(2). Inicialmente a DAI se apresenta como vermelhidão,
podendo evoluir com perda cutânea, acomete diferentes regiões do corpo e pode
apresentar infecção fúngica oportunista(3).
Em indivíduos com pele clara, a DAI varia de rosa a vermelho, já em pacientes
com tons de pele mais escuros pode assumir diferentes tonalidades(4). Devido à
inflamação, as áreas de DAI onde a pele está intacta podem se apresentar mais
quentes e mais firmes. Podem-se observar lesões, incluindo vesículas, pápulas ou
pústulas. A epiderme pode ser danificada em diferentes profundidades e em alguns
casos, pode ser danificada expondo a derme(3).
A hiperidratação da pele ocasionada pela umidade da urina e ou fezes é
mantida nos corneócitos provocando edema e ruptura do estrato córneo, favorecendo
a infiltração de irritantes(5). Quando a pele está macerada, a epiderme também fica
mais propensa a lesões causadas pelo atrito com roupas, absorventes/fraldas ou
roupa de cama(6).
Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento da DAI. Por
exemplo: exposição prolongada à urina e fezes; dispositivos de contenção
especialmente se eles possuem revestimento plástico; a limpeza frequente da pele
com água e sabão e técnica de limpeza agressiva(4,7-9).
A incontinência é um fator de risco para o desenvolvimento de lesão por
pressão (LP). A DAI e a LP tem diferentes etiologias, mas podem se apresentar
simultaneamente(10-11). O desafio para os profissionais da saúde é que essas lesões
podem ocorrer no mesmo local ou muito próximas, tornando difícil a classificação
adequada.
Outras lesões da pele, como dermatite de contato, lesões por infecções ou
transpiração (dermatite intertriginosa) devem ser diferenciadas no momento da
avaliação e manejadas de acordo com critérios estabelecidos(12-13).
A ocorrência de DAI é uma situação preocupante evidenciada por pesquisas.
Em um estudo recente, com 10.713 idosos (≥65 anos) recém-incontinentes,
47
moradores em 448 casas de repouso em 28 estados, a prevalência de DAI foi de
5,5%(14). Em outro estudo atual, realizado nos EUA foi avaliado 98 indivíduos com
incontinência fecal, destes 41% apresentavam DAI(15). Estudos evidenciam que a
incidência de DAI em pacientes críticos foi de aproximadamente 29% a 36%(16-17). Em
um estudo brasileiro com 157 pacientes com cuidados intensivos a prevalência foi de
20,4%(18).
Intervenções são fundamentais para a prevenção e manejo da DAI: tratar as
causas reversíveis (por exemplo, infecção do trato urinário, constipação, diuréticos)
para reduzir ou eliminar o contato da pele com urina e/ou fezes e implementar um
regime estruturado de cuidados da pele visando restaurar a função efetiva de barreira
da pele(19).
Dessa forma, instrumentos de avaliação válidos e confiáveis devem ser
empregados na prática clínica como estratégia para detecção de fatores de riscos e
avaliação da gravidade da DAI, fornecendo subsídios para uma assistência adequada.
O The Incontinence Associated Dermatitis and Its Severity Instrument (IADS-D)
– (IADS-D.2) permite identificar e avaliar a gravidade da DAI, considerando os
diferentes tons de pele(3,20). Ele foi traduzido e adaptado por nós à cultura brasileira
(dados ainda não publicados), mas ainda não foram avaliadas suas propriedades
psicométricas. Portanto o objetivo no presente estudo foi avaliar a validade de critério
e usabilidade desse instrumento.
MÉTODOS
Tipo de estudo
Trata-se de um estudo metodológico que tem por objetivo a avaliação da
validade de critério e usabilidade da versão brasileira do instrumento The
Incontinence-Associated Dermatitis and Its Severity Instrument (IADS-D.2).
Antes de ser iniciado o estudo obteve-se autorização da autora para a tradução
e validação do instrumento para a cultura brasileira. O projeto foi aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da instituição (CAAE 34522014.2.0000.5404, Parecer
nº 1003.294). O termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) foi assinado por
todos os participantes.
48
Local do estudo
Unidades de Internação e de Terapia Intensiva de um hospital público de ensino
do interior do estado de São Paulo.
População e amostra
Os enfermeiros das Unidades de Internação e de Terapia Intensiva que
estavam de plantão na unidade nos dias da coleta de dados foram convidados a
participar.
Não foi possível calcular o tamanho amostral, pois não foram encontrados
artigos na literatura com as estimativas dos parâmetros necessários para o cálculo.
Portanto, foi definida com ajuda de um estatístico uma amostra, por conveniência, de
60 a 100 enfermeiros.
Critérios de Inclusão e Exclusão
Foram incluídos no estudo, os enfermeiros que atuavam em atividades
assistenciais e que aceitaram participar do estudo. Foram excluídos os que no
momento da coleta de dados, estavam de férias ou em licença médica e os que se
recusaram a participar.
Instrumentos
Foi utilizada uma ficha de dados sociodemográficos com o objetivo de definir
o perfil da amostra estudada com as seguintes variáveis: nome, idade, sexo, tempo
de formação e especialização.
Para avaliação da usabilidade do instrumento e da qualidade das fotos de DAI
utilizou-se um questionário Likert(21) construído para este estudo e baseado no
instrumento elaborado com cinco questões: 1) Achei fácil entender as instruções do
instrumento; 2) Achei fácil entender as localizações onde ocorre a Dermatite
Associada à Incontinência (DAI); 3) Achei fácil entender o quadro de cores; 4) Achei
49
fácil entender os sinais de DAI; 5) As fotos eram nítidas, de boa qualidade. Todas as
questões tinham como opções de resposta: Discordo totalmente, Discordo
parcialmente, Não tenho opinião, Concordo parcialmente, Concordo totalmente, com
escores de 1 a 5.
Usou-se ainda, a versão brasileira do The Incontinence-Associated
Dermatitis and Its Severity Instrument (IADS-D.2). O IADS-D.2 permite identificar e
avaliar a gravidade da DAI. É composto por quatro itens que avaliam as características
visíveis de inspeção como: localização, quadro de cores, delimitação das áreas de
DAI e descrição dos sinais de DAI.
A primeira delas, “Localização”, é composta por 14 itens e indica as regiões do
corpo que podem ser acometidas pela DAI. A segunda, “Quadro de cores”, é composta
por três itens: pele clara; pele média e pele escura, categorizados de acordo com a
gravidade (de íntegra a perda cutânea). A terceira, “Delimitação das áreas de DAI”
constituída por 14 itens, descreve as regiões que podem ser acometidas pela DAI e a
quarta, “Descrição dos sinais de DAI” é formada por três subitens: vermelhidão
(nenhuma, rosa ou vermelha); exantema (descrição e foto para auxiliar a
classificação) e perda cutânea (descrição e foto para facilitar a classificação e a
diferenciação entre DAI e lesão por pressão).
A folha de pontuação para avaliação da gravidade - Score Sheet for
Incontinence-Associated Dermatitis and Its Severity (IADS.D2) - é composta por
instruções para o preenchimento e um quadro contendo as 14 localizações para o
registro dos escores (de 0 a 4) em cada localização.
Coleta de Dados
A pesquisadora principal e uma enfermeira que foi auxiliar de pesquisa
coletaram os dados pessoalmente, de forma individual e em dias diferentes. O convite
para participar da pesquisa se deu no posto de enfermagem.
Foi explicado o objetivo da pesquisa e após o aceite, entregue o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), em seguida foram entregues: a ficha de
categorização sociodemográfica, cinco fotos (caso) apresentando os diferentes níveis
de gravidade da DAI, a versão final do instrumento (IADS-D.2) e a folha de pontuação
50
traduzidos e o questionário likert de avaliação de usabilidade do instrumento e da
qualidade das fotos usadas.
A seguir, explicou-se aos participantes do estudo a diagramação do
instrumento e a folha de pontuação. A pesquisadora (ou a auxiliar de pesquisa)
aguardou ao lado dos enfermeiros, enquanto avaliavam os casos. Os instrumentos
preenchidos foram entregues pelos participantes logo após finalizarem sua avaliação.
Validade de Critério
A avaliação da validade de critério refere-se à capacidade de identificar uma
relação entre um instrumento e um critério externo(22).
As fotos (casos) de pacientes com diferentes graus de DAI utilizadas foram
cedidas por uma enfermeira que participou do processo de tradução do instrumento,
na fase de pré-teste.
A pesquisadora principal e duas enfermeiras, sendo uma estomaterapeuta e
uma dermatologista, discutiram os estudos de caso utilizando os instrumentos e o
resultado final considerou-se como critério de comparação com os escores
estabelecidos pelos sujeitos do estudo.
Os sujeitos do estudo (enfermeiros) avaliaram os casos por meio das fotos e
usaram o instrumento IADS-D.2 e sua folha de pontuação para avaliação e registro
dos escores.
Usabilidade
Para avaliação da usabilidade do instrumento e da qualidade das fotos de DAI
utilizou-se o questionário Likert construído para este estudo, já descrito.
Análise dos dados
Na avaliação do perfil dos enfermeiros, da validade de critério, da usabilidade
do instrumento e da qualidade das fotos foram calculadas as frequências absolutas
(n) e relativas (%) das variáveis e respostas ao questionário likert.
51
Para a validade de critério foi também aplicado o teste de Wilcoxon para uma
amostra(23), com o intuito de verificar se a pontuação mediana das avaliações dos
enfermeiros era ou não diferente dos valores de referência determinados pelos
especialistas (critério). Para todas as análises foi considerado um nível de
significância igual a 5% e o software estatístico SPPS versão 22 foi usado para a
realização das análises.
RESULTADOS
Participaram do estudo 60 enfermeiros cujas características sociodemográficas
e de formação profissional são apresentadas na Tabela 1. Dois enfermeiros eram
especialistas em estomaterapia e um estava cursando enfermagem dermatológica.
Tabela 1- Distribuição dos enfermeiros participantes do estudo segundo a idade, sexo, tempo de formação e especialização (n=60). Campinas, SP, 2017
Variável n %
Idade 25 a 30 11 18,33
31 a 40 18 30,00
41 a 50 19 31,67
51 a 60 11 18,33
61 a 70 1 1,67
Sexo
Feminino 53 88,33
Masculino 7 11,67
Tempo de formação 3 a 5 12 20,00
6 a 10 20 33,33
11 a 15 4 6,67
16 a 20 6 10,00
21 a 25 6 10,00
26 a 30 8 13,33
31 a 35 4 6,67
Especialização
Não 18 30,00 Sim 42 70,00
Como observado na Tabela 2, os escores estabelecidos pelos 60 enfermeiros
não diferiu do critério (escores determinados pelos especialistas), uma vez que o p-
valor foi maior que 5%.
52
Tabela 2- Comparação entre os escores determinados pelos enfermeiros (n=60) e
especialistas (n=3) para cada caso (foto). Campinas, SP, 2017
Caso Média Desvio-padrão Mínimo Q1 Mediana Q3 Máximo p-valor*
1 5,83 0,85 0,00 6,00 6,00 6,00 6,00 0,102
2 6,02 0,39 4,00 6,00 6,00 6,00 8,00 0,785
3 16,00 0,00 16,00 16,00 16,00 16,00 16,00 -
4 19,63 2,07 6,00 20,00 20,00 20,00 20,00 0,180
5 7,98 0,60 4,00 8,00 8,00 8,00 10,00 1,000
* p-valor obtido por meio do teste de Wilcoxon para uma amostra.
A Tabela 3 mostra o percentual de concordância entre os 60 enfermeiros e os
especialistas, segundo os locais anatômicos onde era possível identificar a DAI em
cada caso (foto). Verificam-se percentuais elevados de concordância, de 95% ou
acima.
Tabela 3 – Concordância entre enfermeiros (n=60) e especialistas de acordo com o caso (foto) e o local anatômico definido pelo IADS-D.2. Campinas, SP, 2017
Caso Local Concordância n %
1 3 Não 3 5,0 Sim 57 95,0 5 Não 3 5,0 Sim 57 95,0 2 4 Não 2 3,3 Sim 58 96,7 6 Não 3 5,0 Sim 57 95,0 3 3 Não 0 0,0 Sim 60 100,0 4 Não 0 0,0 Sim 60 100,0 5 Não 0 0,0 Sim 60 100,0
53
6 Não 0 0,0 Sim 60 100,0 4 1 Não 1 1,67 Sim 59 98,3 3 Não 2 3,3 Sim 58 96,7 4 Não 2 3,3 Sim 58 96,7 5 Não 2 3,3 Sim 58 96,7 6 Não 2 3,3 Sim 58 96,7 5 9 Não 1 1,67 Sim 59 98,3 10 Não 0 0,0 Sim 60 100,0 13 Não 3 5,0 Sim 57 95,0 14 Não 3 5,0 Sim 57 95,0
Quanto à avaliação da usabilidade do IADS-D.2, as respostas dos 60
enfermeiros e suas respectivas frequências absoluta e relativa são apresentadas na
Tabela 4. Observa-se que a facilidade de entender os sinais da DAI foi o item com
maior frequência de respostas de concordância parcial (61,7%).
Tabela 4 – Avaliação da usabilidade do instrumento IADS-D.2 pelos enfermeiros (n=60). Campinas, SP, 2017 Questão 1 - Achei fácil entender as instruções do instrumento n %
1 - Discordo totalmente 0 0,0
2 - Discordo parcialmente 1 1,7
3 - Não tenho opinião 0 0,0
4 - Concordo parcialmente 11 18,3
5 - Concordo totalmente 48 80,0
54
Questão 2 - Achei fácil entender as localizações onde ocorre a Dermatite Associada à Incontinência (DAI)
1 - Discordo totalmente 0 0,0
2 - Discordo parcialmente 2 3,3
3 - Não tenho opinião 0 0,0
4 - Concordo parcialmente 21 35,0
5 - Concordo totalmente 37 61,7
Questão 3 - Achei fácil entender o quadro de cores
1 - Discordo totalmente 0 0,0
2 - Discordo parcialmente 0 0,0
3 - Não tenho opinião 0 0,0
4 - Concordo parcialmente 18 30,0
5 - Concordo totalmente 42 70,0
Questão 4 - Achei fácil entender os sinais de DAI
1 - Discordo totalmente 0 0,0
2 - Discordo parcialmente 2 3,3
3 - Não tenho opinião 0 0,0
4 - Concordo parcialmente 37 61,7
5 - Concordo totalmente 21 35,0
A Tabela 5 considera os dados referentes à avaliação da qualidade das fotos
utilizadas como casos. Dentre os 60 enfermeiros, 43,3% concordaram parcialmente.
Observa-se que a avaliação da qualidade das fotos teve respostas neutras (não tenho
opinião), o que não ocorreu na avaliação da usabilidade.
Tabela 5 – Avaliação da qualidade das fotos (casos) pelos enfermeiros (n=60). Campinas, SP, 2017 Questão 5 - As fotos eram nítidas, de boa qualidade
1 - Discordo totalmente 0 0,0
2 - Discordo parcialmente 2 3,3
3 - Não tenho opinião 3 5,0
4 - Concordo parcialmente 26 43,3
5 - Concordo totalmente 29 48,3
55
DISCUSSÃO
Em 2013, foi realizado uma pesquisa sobre o perfil da enfermagem brasileira
(24), sendo 86,6% mulheres e 12,8% homens, percentual que se mostra equivalente
aos dados encontrados em nosso estudo (88,3 % eram mulheres). No que tange a
formação, é notória a busca dos enfermeiros por aperfeiçoamento, perfil que pode ser
atribuído ao fato de estarem inseridos em um hospital de ensino considerado um dos
mais importantes hospitais universitários do país, cujas atividades de ensino e
pesquisa é uma das principais finalidades do hospital. Dos 60 enfermeiros, 70%
referiram possuir especialização nas mais diversas áreas e destes, dois enfermeiros
eram especialistas em estomaterapia e um estava cursando enfermagem
dermatológica.
Existe uma grande diversidade de lesões de pele, o cuidado é complexo e exige
instrumentos válidos para auxiliar na identificação correta e manejo adequado(25).
Durante o estudo os enfermeiros referiram a necessidade de capacitação sobre DAI,
no entanto, ao se comparar os escores de cada caso avaliado pelos 60 enfermeiros,
com os escores definidos em consenso entre três enfermeiras experts em feridas, não
houve divergência, indicando que o instrumento pode ser útil para enfermeiros que
não são especialistas em feridas. Tais resultados podem ser atribuídos ao uso IADS-
D.2, instrumento que ao ser construído e avaliado em 2010, nos EUA, se mostrou
válido e confiável(3).
A usabilidade é definida como uma “medida na qual um produto pode ser usado
por usuários específicos para alcançar objetivos específicos com eficácia, eficiência e
satisfação em um contexto específico de uso” (21). Os enfermeiros acharam fácil
entender o instrumento, entretanto, no item “achei fácil entender os sinais da DAI,
61,7% concordaram parcialmente, reforçando a necessidade de capacitação referente
a esse tipo de lesão.
Nos cinco casos (fotos) foi possível identificar a DAI em diversas regiões
anatômicas, apenas cinco das 14 regiões indicadas pelo IADS-D.2 não estavam
presentes nessas fotos. Todavia, quando questionados sobre a qualidade e nitidez
das fotos usadas como caso, 43,3% dos enfermeiros concordaram parcialmente. As
fotos utilizadas compunham um acervo pessoal pré-existente, o que não permitiu
56
identificar o tipo de câmera fotográfica usada, utilizar fundo escuro, angulação e luz
adequada e mensurar as lesões. Sendo assim esta foi uma limitação deste estudo.
A educação em saúde por meio de capacitações é uma estratégia importante
para a construção de novos saberes. Recomenda-se treinamentos sobre a DAI
abordando sua etiologia e fisiopatologia, com foco na prevenção e diagnóstico correto,
visando segurança e efetividade na implementação da assistência.
Por fim, ressalta-se a importância de estudos futuros com o objetivo de avaliar
a confiabilidade da versão brasileira desse instrumento, com enfermeiros de diferentes
graus de expertise e DAI em diversos tons de pele.
CONCLUSÃO
A versão Brasileira do IADS.D-2 demonstrou ser uma ferramenta válida e de
fácil uso para se avaliar a presença e gravidade da DAI. Destaca-se a importância
desse instrumento ser utilizado pelas instituições de saúde para assegurar o manejo
adequado da DAI garantindo segurança e qualidade na assistência prestada ao
paciente.
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24. COFEN. Conselho Federal de Enfermagem [homepage na internet]. Perfil da
enfermagem no Brasil [acesso em 10 set 2017]. Disponível em:
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25. Beeckman D et al. Proceedings of the Global IAD Expert Panel.
Incontinenceassociated dermatitis: moving prevention forward. Wounds
International 2015. Available to download from www. woundsinternational.com
60
5. Discussão Geral
As etapas de tradução, síntese e retrotradução dos itens do instrumento, foram
realizadas sem dificuldades considerando que houve necessidade de poucos ajustes.
O comitê de especialistas realizou a avaliação dos oito itens que não alcançaram um
IVC de 80%, o que permitiu as equivalências entre as versões original e traduzida do
IADS-D.2. A folha de pontuação não sofreu nenhuma modificação, pois obteve um
percentual de concordância superior a 80%.
No pré-teste, o instrumento permitiu que a grande maioria dos enfermeiros
avaliasse corretamente os casos de DAI e não houve necessidade de modificação do
instrumento, os resultados foram semelhantes ao do estudo original(33), no qual a
correlação intraclasse mostrou concordância entre os enfermeiros e os experts de
0,98 (p=0,006).
Contudo, é preciso que os enfermeiros tenham conhecimento do que é DAI e
como diferenciá-la de outras lesões de pele, como a LP. Estudos indicam que o
diagnóstico diferencial entre uma lesão por pressão e DAI não é fácil, e com frequência
a DAI é classificada por enfermeiros como LP. O the National Pressure Ulcer Advisory
Panel (NPUAP) recomenda que os estágios 1 e 2 usados para classificar a LP não
sejam empregados na avaliação da DAI e em outros tipos de lesões de pele(4).
As incontinências urinária e fecal são importantes fatores de risco para o
desenvolvimento de LP(43). A presença de DAI aumenta o risco de LP, sendo que
quanto maior a gravidade da DAI, maior o risco de LP. Além disso, há um risco
aumentado de infecção e morbidade e custos elevados com o tratamento da DAI(44).
Em relação ao processo de validação e usabilidade, o perfil da amostra (88,3%
eram mulheres) encontra-se em consonância com o perfil da enfermagem
brasileira)(45) (86,6% mulheres e 12,8% homens). É notória a busca dos enfermeiros
por aperfeiçoamento, 70% referiram possuir especialização nas mais diversas áreas
e destes, dois enfermeiros eram especialistas em estomaterapia e um estava
cursando enfermagem dermatológica. Existe uma grande diversidade de lesões de
pele, o cuidado é complexo e exige instrumentos válidos para auxiliar na identificação
correta e manejo adequado(36).
61
Assim, o instrumento mostrou-se útil, uma vez que embora a maioria não fosse
especialista na área conseguiu avaliar adequadamente os casos (fotos). Tais
resultados podem ser atribuídos ao fato do IADS-D.2 ser válido e confiável(33).
Os cinco casos (fotos) escolhidos permitiram identificar a DAI na maioria das
regiões anatômicas indicadas no instrumento (9 dentre 14 regiões ou 64,3%). Esse é
um cuidado tão importante quanto a qualidade das fotos na realização de estudos
usando esta estratégia.
A usabilidade é definida como uma “medida na qual um produto pode ser usado
por usuários específicos para alcançar objetivos específicos com eficácia, eficiência e
satisfação em um contexto específico de uso”(40). No estudo, os enfermeiros acharam
fácil entender o instrumento, entretanto, no item “achei fácil entender os sinais da DAI,
61,7% concordaram parcialmente, indicando a necessidade de capacitação referente
a esse tipo de lesão. De fato, durante o estudo os enfermeiros expressaram a
necessidade de capacitação sobre DAI, lesão ainda pouco estudada no Brasil.
Dessa forma, recomenda-se que os enfermeiros sejam capacitados a identificar
e tratar a DAI, abordando-se sua etiologia e fisiopatologia, com foco na prevenção e
diagnóstico correto e ênfase sobre sua diferenciação de outros tipos de ferida.
Como a DAI pode ocorrer na região genital, glúteo e coxas e em dobras dessas
regiões(33) é necessário diferenciá-la da dermatite intertriginosa que também pode
irromper nesses mesmos locais(8). Vale salientar que o IADS-D.2 não apresenta fotos
com esse tipo de lesão, apenas da lesão por pressão.
Quando questionados sobre a qualidade e nitidez das fotos usadas como
(caso), 43,3% dos enfermeiros concordaram parcialmente. Sendo esta uma limitação
deste estudo porque as fotos utilizadas faziam parte de um acervo pessoal pré-
existente, o que impossibilitou conhecer o tipo de câmera fotográfica utilizada, fazer
uso de fundo escuro, usar uma angulação mais adequada, mensurar as lesões e
descrever o caso clínico, como foi feito em estudo anterior(33-34).
Por fim, enfatiza-se a relevância de estudos futuros com o objetivo de avaliar a
validade a confiabilidade da versão brasileira desse instrumento e testá-lo em casos
clínicos de diversos tons de pele, com enfermeiros de diferentes graus de expertise e
em diferentes cenários de prática.
62
6. Conclusões
A adaptação cultural do IADS-D.2 seguiu as etapas recomendadas
internacionalmente com resultados satisfatórios para as equivalências semântica,
idiomática, cultural e conceitual, possibilitando o seu uso para identificar e avaliar a
gravidade da DAI em nosso país.
A versão Brasileira do IADS.D-2 demonstrou ser uma ferramenta válida e de
fácil uso. Destaca-se a importância desse instrumento ser utilizado pelas instituições
de saúde para assegurar o manejo adequado da DAI garantindo segurança e
qualidade na assistência prestada ao paciente.
63
7. Referências
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69
8. Apêndices
Apêndice 1 - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido aos enfermeiros do pré-teste
Título da pesquisa: Adaptação cultural, validade e confiabilidade do instrumento:The Incontinence-
Associated Dermatitis and Its Severity Instrument (IADS-D.2)
Pesquisadora Responsável: Flávia Adriana de Souza
Orientadora da Pesquisa: Profª Drª Maria Helena Baena de Moraes Lopes
Você está sendo convidado a participar como voluntário de um estudo. Este documento,
chamado Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, descrito em duas páginas, visa assegurar seus
direitos como participante e é elaborado em duas vias, uma que deverá ficar com você e outra com o
pesquisador.
Por favor, leia com atenção e calma, aproveitando para esclarecer suas dúvidas. Se houver
perguntas antes ou mesmo depois de assiná-lo, você poderá esclarecê-las com a pesquisadora. Se você
não quiser participar ou retirar sua autorização, a qualquer momento, não haverá nenhum tipo de
penalização ou prejuízo.
Apresentação, justificativa e objetivos:
Eu, Flávia Adriana de Souza, sou enfermeira estomaterapeuta, ou seja, trabalho com feridas,
estomas e incontinência.
Sou aluna do curso de Pós Graduação da Faculdade de Enfermagem/UNICAMP – nível
Mestrado e estou fazendo uma pesquisa sobre “assadura” a qual é chamada cientificamente por
“Dermatite Associada a Incontinência” (DAI) e realizando a adaptação cultural e tradução para o
português de um instrumento que avalia esse tipo de ferida. No Brasil, não existe nenhum instrumento
que identifique e avalie a gravidade da DAI. Esse instrumento adaptado e traduzido irá auxiliar os
enfermeiros e outros profissionais de saúde no reconhecimento e tratamento dessa dermatite.
Esta fase do estudo tem por objetivo avaliar a adaptação cultural e tradução do
instrumento:The Incontinence-Associated Dermatitis and Its Severity Instrument (IADS-D.2)
Procedimentos e desconfortos:
Esta fase da pesquisa é chamada de “pré teste” (para avaliar se o instrumento adaptado é
válido e está claro) e será composta por um grupo de 30 a 40 enfermeiros. Caso você concorde em
participar, será entregue a você uma cópia do instrumento adaptado e traduzido, estudos de casos
com registros fotográficos com descrição de regiões do corpo com DAI e um guia de orientação para
preenchimento. O questionário deverá ser respondido por você e entregue no mesmo dia, o tempo
estimado para preenchimento é de 15 a 20 minutos. Você será entrevistado para avaliar sua
compreensão sobre o instrumento, se as instruções de preenchimento são claras, bem como os itens
a serem respondidos. Após análise das respostas dadas por você e demais enfermeiros, o instrumento
poderá ser revisado para garantir sua validade.
Sua participação é voluntária e não há riscos previsíveis. Pode haver possíveis desconfortos e
riscos decorrentes da participação na pesquisa, como por exemplo, aquele decorrente ao tempo
despendido. Caso no momento em que você estiver avaliando e participando do estudo, houver
70
qualquer situação que o impeça de continuar, a pesquisadora irá esperar e ou poderá voltar em outra
data e horário. Você poderá se recusar a participar sem que haja prejuízo algum.
Benefícios:
Caso aceite, está ciente de que não há benefício direto ao participante do estudo.
Sigilo e privacidade
Você tem a garantia de que sua identidade será mantida em sigilo e totalmente preservada.
Durante o desenvolvimento da pesquisa e na divulgação dos resultados desse estudo, seu nome não
será citado, você será identificado com um número.
Rubrica do pesquisador:________________ Rubrica do participante:_______________ Responsabilidade financeira e ganhos: Você não terá nenhuma despesa e também não receberá nenhuma renumeração. Na
divulgação dos resultados via artigo científico, seu nome não constará como coautor.
Contato:
Em caso de dúvidas sobre o estudo, você poderá entrar em contato com a pesquisadora por meio
dos seguintes contatos:
Flávia Adriana de Souza
Rua: Albatroz, nº 65 Bloco J4 Apto 31. Campinas – SP – Cep: 13061-371
Telefone: (019) 995014602 e (019) 983088165 Email: [email protected]
Em caso de denúncias ou reclamações sobre sua participação e sobre questões éticas do estudo,
você pode entrar em contato com a secretaria do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UNICAMP:
Rua: Tessália Vieira de Camargo, 126; CEP 13083-887 Campinas – SP
Telefone (19) 3521-8936; fax (19) 3521-7187 E-mail: [email protected]
Consentimento livre e esclarecido:
Após ter sido esclarecimento sobre a natureza da pesquisa, seus objetivos, métodos, benefícios
previstos, potenciais riscos e o incômodo que esta possa acarretar, aceito participar:
Nome do(a) participante: ________________________________________________________
_______________________________________________________RG:__________________
Assinatura:___________________________________________Data: _____/______/_______.
(Assinatura do participante ou nome e assinatura do seu responsável LEGAL)
71
Responsabilidade do Pesquisador:
Asseguro ter cumprido as exigências da resolução 466/2012 CNS/MS e complementares na
elaboração do projeto e do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Asseguro, também, que será
explicado e fornecido uma cópia deste documento ao participante. Informo que o estudo foi registrado
na Plataforma Brasil, encaminhado ao CEP e aguarda parecer para iniciar o estudo. Comprometo-me
a utilizar o material e os dados obtidos nesta pesquisa exclusivamente para as finalidades previstas
neste documento ou conforme o consentimento dado pelo participante.
____________________________________________________ Data: ____/_____/______.
(Assinatura do pesquisador)
Rubrica do pesquisador:________________ Rubrica do participante:_______________
72
Apêndice 2 - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido aos enfermeiros da coleta de dados
Título da pesquisa: Adaptação cultural, validade e confiabilidade do instrumento:The Incontinence-
Associated Dermatitis and Its Severity Instrument (IADS-D.2)
Pesquisadora Responsável: Flávia Adriana de Souza
Orientadora da Pesquisa: Profª Drª Maria Helena Baena de Moraes Lopes
Você está sendo convidado a participar como voluntário de um estudo. Este documento,
chamado Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, descrito em duas páginas, visa assegurar seus
direitos como participante e é elaborado em duas vias, uma que deverá ficar com você e outra com o
pesquisador.
Por favor, leia com atenção e calma, aproveitando para esclarecer suas dúvidas. Se houver
perguntas antes ou mesmo depois de assiná-lo, você poderá esclarecê-las com a pesquisadora. Se você
não quiser participar ou retirar sua autorização, a qualquer momento, não haverá nenhum tipo de
penalização ou prejuízo.
Apresentação, justificativa e objetivos:
Eu, Flávia Adriana de Souza, sou enfermeira estomaterapeuta, ou seja, trabalho com feridas,
estomas e incontinência.
Sou aluna do curso de Pós Graduação da Faculdade de Enfermagem/UNICAMP – nível
Mestrado e estou fazendo uma pesquisa sobre “assadura” na qual é chamada cientificamente por
“Dermatite Associada a Incontinência” (DAI) e realizando a adaptação cultural e tradução para o
português de um instrumento que avalia esse tipo de ferida (DAI). No Brasil, não existe nenhum
instrumento que identifique e avalie a gravidade da DAI. Esse instrumento adaptado, traduzido,
validado e testado quanto a sua confiabilidade irá auxiliar os enfermeiros e outros profissionais de
saúde no reconhecimento e tratamento dessa dermatite.
Esta fase final do estudo tem por objetivo avaliar se o instrumento:The Incontinence-
Associated Dermatitis and Its Severity Instrument (IADS-D.2) é confiável.
Procedimentos e desconfortos:
Esta fase da pesquisa é para avaliar se o instrumento adaptado, traduzido e validado, se mostra
confiável e será realizada por enfermeiros. Caso você concorde em participar, será entregue a você
uma cópia do instrumento adaptado e traduzido, estudos de casos com registros fotográficos com
descrição de regiões do corpo com DAI e um guia de orientação para preenchimento que será
explicado pela pesquisadora. . O instrumento deverá ser preenchido por você e entregue no mesmo
dia, o tempo estimado para preenchimento é de 20 a 30 minutos.
Sua participação é voluntária e não há riscos previsíveis. Pode haver possíveis desconfortos e
riscos decorrentes da participação na pesquisa, como por exemplo, aquele decorrente ao tempo
despendido. Caso no momento em que você estiver avaliando e participando do estudo, houver
qualquer situação que o impeça de continuar, a pesquisadora irá esperar e ou poderá voltar em outra
data e horário. Você poderá se recusar a participar sem que haja prejuízo algum.
Benefícios:
Caso aceite, está ciente de que não há benefício direto ao participante do estudo
73
Sigilo e privacidade:
Você tem a garantia de que sua identidade será mantida em sigilo e totalmente preservada.
Durante o desenvolvimento da pesquisa e na divulgação dos resultados desse estudo, seu nome não
será citado, você será identificado com um número.
Responsabilidade financeira e ganhos:
Você não terá nenhuma despesa e também não receberá nenhuma renumeração. Na
divulgação dos resultados via artigo científico, seu nome não constará como coautor.
Rubrica do pesquisador:________________ Rubrica do participante:_______________ Contato:
Em caso de dúvidas sobre o estudo, você poderá entrar em contato com a pesquisadora por meio
dos seguintes contatos:
Flávia Adriana de Souza
Rua: Albatroz, nº 65 Bloco J4 Apto 31. Campinas – SP – Cep: 13061-371
Telefone: (019) 995014602 e (019) 983088165 Email: [email protected]
Em caso de denúncias ou reclamações sobre sua participação e sobre questões éticas do estudo,
você pode entrar em contato com a secretaria do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UNICAMP:
Rua: Tessália Vieira de Camargo, 126; CEP 13083-887 Campinas – SP
Telefone (19) 3521-8936; fax (19) 3521-7187 E-mail: [email protected]
Consentimento livre e esclarecido:
Após ter sido esclarecimento sobre a natureza da pesquisa, seus objetivos, métodos, benefícios
previstos, potenciais riscos e o incômodo que esta possa acarretar, aceito participar:
Nome do(a) participante: ________________________________________________________
_______________________________________________________RG:__________________
Assinatura:___________________________________________Data: _____/______/_______.
(Assinatura do participante ou nome e assinatura do seu responsável LEGAL)
Responsabilidade do Pesquisador:
Asseguro ter cumprido as exigências da resolução 466/2012 CNS/MS e complementares na
elaboração do projeto e do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Asseguro, também, que será
explicado e fornecido uma cópia deste documento ao participante. Informo que o estudo foi registrado
na Plataforma Brasil, encaminhado ao CEP e aguarda parecer para iniciar o estudo. Comprometo-me
74
a utilizar o material e os dados obtidos nesta pesquisa exclusivamente para as finalidades previstas
neste documento ou conforme o consentimento dado pelo participante.
___________________________________________________ Data: ____/_____/______.
(Assinatura do pesquisador)
Rubrica do pesquisador:________________ Rubrica do participante:_______________
75
Apêndice 3 – Tradução (T1)
76
77
78
Apêndice 4 – Tradução (T2)
79
80
81
Apêndice 5 - Síntese dos Instrumentos (T 12)
INSTRUMENTO DE (AVALIAÇÃO DA) GRAVIDADE DE DERMATITE ASSOCIADA À
INCONTINÊNCIA
LOCALIZAÇÃO As 14 localizações de DAI no corpo (DAI= Dermatite Associada à Incontinência)
1. Pele perianal
2. Prega interglútea
3. Nádega superior esquerda
4. Nádega superior direita
5. Nádega inferior esquerda
6. Nádega inferior direita
7. Coxa posterior esquerda
8. Coxa posterior direita
9. Genitália (lábios vaginais/escroto)
10. Abdome inferior/suprapúbica
11. Prega entre a genitália e a coxa esquerda
12. Prega entre a genitália e a coxa direita
13. Coxa interna esquerda
14. Coxa interna direita
O quadro abaixo apresenta uma série de exemplos de cores obtidas a partir de fotografias da
pele normal e lesada para ser usada como um guia para identificar a DAI e sua gravidade.
82
83
DESCRIÇÃO DOS SINAIS DE DAI
VERMELHIDÃO As opções são; nenhuma, rosa e vermelha. A inflamação de DAI aparece como uma coloração rosa ou vermelha na pele, ambas podem ter tons de roxo. Vermelhidão pode ser brilhante ou fosca e escura ou clara. Em peles de tom médio e tom escuro, a DAI frequentemente aparece como uma coloração mais clara ou mais escura do que o tom normal da pele. ERUPÇÃO CUTÂNEA A erupção cutânea, usualmente causada por infecção fúngica, aparece como uma área de vermelhidão
que tem uma borda irregular e pequenos pontos vermelhos que seguem a borda da área danificada e
podem parecer elevadas. A coloração vermelha varia nos diferentes tons de pele como descrito acima
sob VERMELHIDÃO e pode ter uma tonalidade roxa.
PERDA CUTÂNEA Perda cutânea é quando a camada superior da pele não é continua e algumas bordas/extremidades estão faltando devido à perda de pele entre elas. Frequentemente a pele parece brilhante ou lustrosa. Uma coloração rosa ou vermelha que pode ter tonalidade roxa pode parecer mais brilhante, pois a pele está úmida e a camada superior está faltando (desnuda).
Perda Cutânea Perda Cutânea Sem Perda Cutânea ÚlceradePressão
Não é DAI
Copyright University of Minnesota. All rights reserved 2014
84
Apêndice 6 - Retrotradução (RT1)
85
86
87
Apêndice 7 – Retrotradução (RT2)
88
89
90
Apêndice 8 - Instrumento de Avaliação das Equivalências – juízes
INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DAS VERSÕES ORIGINAL E TRADUZIDA DO: THE INCONTINENCE
ASSOCIATED DERMATITIS AND ITS SEVERITY INSTRUMENT (IADS-D.2)
Prezado(a) Sr(a)
Estamos desenvolvendo um projeto de pesquisa que consiste na adaptação cultural, para a
Língua Portuguesa do Brasil, do instrumento denominado “The Incontinence Associated Dermatitis and
its Severity Instrument (IADS-D.2)”. Trata-se do projeto de Dissertação de Mestrado de Flávia Adriana
de Souza, aluna do Programa de Pós--graduação em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) sob orientação da Profª Drª Maria Helena Baena de
Moraes Lopes.
O instrumento original, na língua inglesa, foi criado por Borchert K e colaboradores com a
finalidade de avaliar a gravidade da Dermatite Associada à Incontinência (DAI). É um instrumento
composto por 45 sentenças com resposta tipo escala likert, variando entre “não claro” e “muito claro”
e uma Folha de Pontuação, com três sentenças, que deve ser avaliada da mesma forma.
Considerando que há diferenças culturais que devem ser consideradas no processo de
adaptação cultural, solicitamos sua colaboração para uma das etapas deste processo de conformação,
que consiste na comparação da versão original do instrumento com a versão em português produzida,
para resultar assim a versão final da tradução.
Cada um dos itens traduzidos do instrumento deve ser avaliado, individualmente, segundo:
- Equivalência Semântica: se o item traduzido para a língua portuguesa preserva o sentido da
expressão na versão original em inglês;
- Equivalência Idiomática: se o item traduzido considera expressões idiomáticas e coloquiais;
- Equivalência Cultural: se as situações evocadas ou retratadas nos itens correspondem às situações
vivenciadas em nosso contexto cultural e
- Equivalência Conceitual: se as situações evocadas ou retratadas nos itens realmente avaliam a
gravidade da DAI.
Para cada item serão avaliadas as quatro equivalências que deverão ser assinaladas com um
único X, respectivo para cada uma das equivalências. Devendo ser considerado um escore que varia
de um a quatro, conforme descrito a seguir:
91
1= não claro;
2= pouco claro;
3= bastante claro;
4= muito claro
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3
4
Notará que no instrumento criado para cada item do instrumento original há uma versão na
língua portuguesa e duas versões em inglês (retro traduções), seguidas de algumas linhas em branco
que deverão ser utilizadas para sugestões e críticas.
Todo item que for avaliado, em qualquer uma de suas equivalências, com um escore menor
que quatro, solicitamos que faça comentários pertinentes à sua avaliação e sugestão de alteração
Para assinalar a resposta, dê duplo clique no quadrado de resposta, irá abrir uma caixa de
seleção, em seguida marque a opção VALOR PADRÃO - SELECIONADA, para desmarcar marque a
opção VALOR PADRÃO – NÃO SELECIONADA.
Os anexos que devem auxiliá-lo(a) na avaliação são:
I Instrumento Original The Incontinence Associated Dermatitis and its Severity Instrument
(IADS.D2)
II
III
Tradução (T1)
Tradução (T2)
As traduções para a língua portuguesa elaboradas por dois
tradutores independentes, bilíngues, cuja língua materna é a língua
portuguesa do Brasil
IV Instrumento
Traduzido
Síntese dos Instrumentos traduzidos
V
VI
Retro tradução (RT1)
Retro tradução (RT2)
As retrotraduções, versões traduzidas novamente para o inglês por
dois tradutores independentes, cuja língua materna é o inglês
VII Folha de Pontuação -
Original
Score Sheet for Incontinence-Associated Dermatitis and Its Severity
(IADS.D2)
VIII Folha de Pontuação-
Traduzida
Síntese da Folha de Pontuação para Avaliação da Gravidade de
Dermatite Associada à Incontinência (IADS.D2)
92
O prazo para entrega desse instrumento, devidamente preenchido, é de até no máximo 15
dias a partir do seu recebimento. Caso tenha alguma dúvida no preenchimento do instrumento ou
necessite de um prazo maior, por favor, entre em contato com a pesquisadora pelo e-mail:
Agradecemos sua atenção e disponibilidade que, certamente trará grande contribuição à
qualidade deste estudo.
Flávia Adriana de Souza
Enfermeira - Mestranda em Enfermagem
Faculdade de Enfermagem/UNICAMP
Pesquisadora
Profª Drª Maria Helena Baena de Moraes
Lopes
Enfermeira - Professora Titular
Faculdade de Enfermagem/UNICAMP
Orientadora
INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DAS EQUIVALÊNCIAS
Avaliador :
Data:
TÍTULO
Instrumento Original: The Incontinence Associated Dermatitis and its Severity
Instrument (IADS-D.2)
Versão em Português: Instrumento de Avaliação da Gravidade de Dermatite Associada à Incontinência
Retrotradução 1: Instrument for Evaluating the Severity Level of Incontinence-Associated Dermatitis
Retrotradução 2: Instrument for Evaluation of the Severity of Incontinence-Associated Dermatitis
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 1
Instrumento Original: Location
93
Versão em Português: Localização
Retrotradução 1: Locations
Retrotradução 2: Location
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 2
Instrumento Original: The 14 body locations of IAD (IAD = Incontinence Associated
Dermatitis)
Versão em Português: As14 localizações de DAI no corpo (DAI= Dermatite Associada à Incontinência)
Retrotradução 1: The 14 locations of IAD on the body (IAD = Incontinence-Associated Dermatitis)
Retrotradução 2: The 14 locations of IAD on the body (IAD= Incontinence-Associated Dermatitis)
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 3
Instrumento Original: Perianal skin
Versão em Português: Pele perianal
Retrotradução 1: Perianal skin
Retrotradução 2: Perianal skin
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
94
QUESTÃO 4
Instrumento Original: Crease between buttocks
Versão em Português: Prega interglútea
Retrotradução 1: Intergluteal cleft
Retrotradução 2: Intergluteal cleft
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 5
Instrumento Original: Left upper buttock
Versão em Português: Nádega superior esquerda
Retrotradução 1: Upper left buttock
Retrotradução 2: Left upper buttock
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1
2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 6
Instrumento Original: Right upper buttock
Versão em Português: Nádega superior direita
Retrotradução 1: Upper right buttock
95
Retrotradução 2: Right upper buttock
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 7
Instrumento Original: Left lower buttock
Versão em Português: Nádega inferior esquerda
Retrotradução 1: Lower left buttock
Retrotradução 2: Left lower buttock
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 8
Instrumento Original: Right lower buttock.
Versão em Português: Nádega inferior direita
Retrotradução 1: Lower right buttock
Retrotradução 2: Right lower buttock
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
96
QUESTÃO 9
Instrumento Original: Left Posterior thigh
Versão em Português: Coxa posterior esquerda
Retrotradução 1: Left posterior thigh
Retrotradução 2: Left posterior thigh
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 10
Instrumento Original: Right posterior thigh
Versão em Português: Coxa posterior direita
Retrotradução 1: Right posterior thigh
Retrotradução 2: Right posterior thigh
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 11
Instrumento Original: Genitalia (labia/scrotum)
Versão em Português: Genitália (lábios vaginais/escroto)
Retrotradução 1: Genitalia (labia/scrotum)
Retrotradução 2: Genitalia (labia/scrotum)
97
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 12
Instrumento Original: Lower abdomen/suprapubic
Versão em Português: Abdome inferior/suprapúbica
Retrotradução 1: Upper abdomen/suprapubic
Retrotradução 2: Lower abdomen/suprapubic
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 13
Instrumento Original: Left Crease between genitalia and thigh
Versão em Português: Prega entre a genitália e a coxa esquerda
Retrotradução 1: Crease between the genitalia and the left thigh
Retrotradução 2: Cleft between the genitals and the left thigh
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
98
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 14
Instrumento Original: Right Crease between genitalia and thigh
Versão em Português: Prega entre a genitália e a coxa direita
Retrotradução 1: Crease between the genitalia and the right thigh
Retrotradução 2: Cleft between the genitals and the right thigh
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
QUESTÃO 15
Instrumento Original: Left inner thigh
Versão em Português: Coxa interna esquerda
Retrotradução 1: Left inner thigh
Retrotradução 2: Left inner thigh
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 16
Instrumento Original: Right inner thigh
Versão em Português: Coxa interna direita
Retrotradução 1: Right inner thigh
99
Retrotradução 2: Right inner thigh
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 17
Instrumento Original: The chart below presents a range of example colors from
photographs of normal and damaged skin to use as a guide for identifying IAD and its
severity
Versão em Português: O quadro abaixo apresenta uma série de exemplos de cores obtidas a partir de fotografias
da pele normal e lesada para ser usada como um guia para identificar a DAI e sua gravidade.
Retrotradução 1: The chart below shows a series of examples of colors obtained from normal and damaged skin for
use as a guide in identifying DAI and its degree of severity.
Retrotradução 2: The table below shows a series of color examples obtained from
photographs of normal and damaged skin to be used as a guide to identify the IAD and
its severity.
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 18
Instrumento Original: Light Skin Undamaged
Versão em Português: Pele Clara sem dano
Retrotradução 1: Light Skin Undamaged
Retrotradução 2: Light Skin without damage
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
100
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 19
Instrumento Original: Medium Skin Undamaged
Versão em Português: Pele de tom médio sem dano
Retrotradução 1: Medium Skin Undamaged
Retrotradução 2: Medium toned skin without damage
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 20
Instrumento Original: Dark Skin Undamaged
Versão em Português: Pele de tom escuro sem dano
Retrotradução 1: Dark Skin Undamaged
Retrotradução 2: Dark toned skin without damage
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 21
101
Instrumento Original: Pink IAD-D score=1
Versão em Português: DAI Rosa pontuação = 1
Retrotradução 1: Pink IAD-D score=1
Retrotradução 2: Pink IAD score = 1
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 22
Instrumento Original: Red IAD-D score=2
Versão em Português: DAI Vermelha pontuação = 2
Retrotradução 1: Red IAD-D score=2
Retrotradução 2: Red IAD score = 2
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 23
Instrumento Original: Rash IAD-D score=3
Versão em Português: DAI Erupção Cutânea = 3
Retrotradução 1: Rash IAD-D score=3
Retrotradução 2: Rash IAD = 3
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
102
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 24
Instrumento Original: Skin Loss IAD-D score=4
Versão em Português: DAI Perda Cutânea = 4
Retrotradução 1: Skin Loss IAD-D score=4
Retrotradução 2: Skin Loss IAD = 4
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 25
Instrumento Original: Borders of IAD Areas
Versão em Português: Demarcação das Áreas de DAI
Retrotradução 1: Demarcation of IAD Areas
Retrotradução 2: Demarcation of the IAD Areas
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 26
103
Instrumento Original: The descriptions below assist in selecting all the body areas
affected by IAD since the scoring of IADS-D.2 instrument uses all damaged areas.
Versão em Português: As descrições abaixo auxiliam na seleção de todas as regiões do corpo afetadas pela DAI, visto que a pontuação do instrumento IADS-D.2 utiliza todas as regiões lesadas.
Retrotradução 1:The descriptions below help select all of the body regions affected by IAD, since the IADS-D.2 scores use all damaged regions.
Retrotradução 2: The descriptions below help in the selection of all regions of the body affected by IAD, as the score of the IADS-D.2 instrument uses all the damaged regions.
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 27
Instrumento Original: Perianal Skin: The anus and the skin that extends 1 inch (2.5
cm) away from the anus on all sides; this one inch radius around the anus is
approximately the width of the index and middle finger together.
Versão em Português: Pele Perianal: O ânus e a pele que se estende 1 polegada (2,5 cm) a partir do ânus por
todos os lados; este raio de 1 polegada em torno do ânus é aproximadamente a largura do dedo indicador e
médio juntos.
Retrotradução 1: Perianal Skin: The anus and the surrounding skin, extending one inch (2.5 cm) in all directions
from the anus; this one-inch radius from the anus is about the width of the index and middle fingers together
Retrotradução 2: Perianal Skin: The anus and the skin which extends 1 inch (2.5 cm) from the anus on all sides; this radius of 1 inch around the anus is approximately the width of the index and middle fingers together.
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 28
Instrumento Original: Crease between buttocks: Area between the right and left buttock
where the one buttock is in natural contact with the other; upper and lower ends of
crease are where buttocks and thigh begins.
104
Versão em Português: Prega Interglútea: Área entre as nádegas direita e esquerda, onde uma das nádegas está
em contato natural com a outra; as extremidades superiores e inferiores da prega estão onde começam as
nádegas e a coxas.
1. Retrotradução 1: Intergluteal Cleft: Area between the right and left buttocks, where the two sides of buttocks come into contact with each other; the top and bottom of the cleft are, respectively, where the buttocks and the thighs begin. Retrotradução 2: Intergluteal Cleft: The area between the right and left buttocks, where one of the buttocks is in natural contact with the other; the upper and lower extremities of the cleft are where the buttocks and thighs begin.
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 29
Instrumento Original: Left upper buttock: Right and left upper buttocks are separated
by the crease between the buttocks. Upper buttock start starts 1 inch (2.5 cm) above
the anus, extends upward, ending at the lower back and outward to the left side ending
at the side of the back. Left always refers to the patient’s left.
Versão em Português: Nádega Superior Esquerda: As nádegas superiores, direita e esquerda, são separadas pela
prega interglútea. A nádega superior começa com 1 polegada (2,5 cm) acima do ânus, se estende para cima
terminando na parte inferior das costas e lateralmente para o lado esquerdo terminando na parte lateral das
costas. O termo esquerda sempre se refere ao lado esquerdo do paciente.
2. Retrotradução 1: Upper Left Buttock: The upper right and left buttocks are separated by the intergluteal cleft. The upper buttock begins one inch (2.5 cm) from the anus, and extends upward to the lower back and sideways toward the left to the side of the back. The term left always refers to the patient's left side. Retrotradução 2: Left Upper Buttock: The right and left upper buttocks are separated by the intergluteal cleft. The upper buttock starts 1 inch (2.5 cm) above the anus, extends upward, ending in the lower back, and laterally to the left side, ending in the lateral part of the back. The term left always refers to the left side of the patient.
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 30
105
Instrumento Original: Right upper buttock: Same as the left upper buttock but to the
patient’s right side.
Versão em Português: Nádega Superior Direita: A mesma descrição utilizada para a nádega superior esquerda, porém, referindo-se ao lado direito do paciente.
Retrotradução 1: Upper Right Buttock: The same description as used for the upper left buttock, except that it refers to the patient's right side.
Retrotradução 2: Right Upper Buttock: The same description used for the left upper buttock, however, referring to the right side of the patient.
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 31
Instrumento Original: Left lower buttock: Right and left lower buttocks are separated
by the crease between the buttocks. The lower buttock starts 1 inch (2.5 cm) from the
anus, extends downward, ending where the thigh begins. The left lower buttock extends
outward to the left side ending at the outer thigh. Left always refers to the
patient’s left.
Versão em Português: Nádega Inferior Esquerda: As nádegas inferiores da direita e esquerda são separadas pela
prega interglútea. A nádega inferior começa 1 polegada (2,5 cm), se estende para baixo, terminando onde começa
a coxa. A nádega esquerda inferior se estende lateralmente para o lado esquerdo terminando na parte externa da
coxa. O termo esquerda sempre se refere ao lado esquerdo do paciente.
3. Retrotradução 1: Lower Left Buttock: The lower right and left buttocks are separated by the intergluteal cleft. The lower buttock begins one inch (2.5 cm) from the anus and extends downward to where the thigh begins. The lower left buttock extends sideways to the outer thigh. The term left always refers to the patient's left side. Retrotradução 2: Left Lower Buttock: The right and left lower buttocks are separated by the intergluteal cleft. The lower buttock starts 1 inch (2.5 cm) below the anus and extends downward, ending where the thigh begins. The left lower buttock extends laterally to the left side, ending in the outer part of the thigh. The term left always refers to the left side of the patient.
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
106
QUESTÃO 32
Instrumento Original: Right lower buttock: Same as left lower buttocks but to the
patient’s right side.
Versão em Português: Nádega Inferior Direita: A mesma descrição utilizada para a nádega inferior esquerda,
porém, referindo-se ao lado direito do paciente.
4. Retrotradução 1: Lower Right Buttock: The same description as used for the lower left buttock, except that it refers to the right side of the patient. Retrotradução 2: Right Lower Buttock: The same description used for the left lower buttock, however, referring to the right side of the patient.
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 33
Instrumento Original: Left Posterior thigh: The area on the back (posterior) part of
the left leg located between the bottom of the lower buttock and the back of the knee;
best visualized when the patient is lying on his/her stomach. Left always refers to
the patient’s left.
Versão em Português: Coxa Posterior Esquerda: A área na parte de trás (posterior) da perna esquerda, localizada
entre a base da nádega inferior e a parte de trás do joelho; melhor visualizada quando o paciente esta deitado de
bruços. O termo esquerda sempre se refere ao lado esquerdo do paciente.
5. Retrotradução 1: Left Posterior Thigh: The area on the back side (posterior) of the left leg, located between the bottom of the lower buttock and the back of the knee; easier to see when the patient is lying on his or her stomach. The term left always refers to the patient's left side. Retrotradução 2: Left Posterior Thigh: The area to the rear (posterior) of the left leg, located between the base of the lower buttock and the back part of the knee; best seen when the patient is lying on the stomach. The term left always refers to the left side of the patient.
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 34
107
Instrumento Original: Right Posterior thigh: Same as the left posterior thigh but on
the patient’s right leg.
Versão em Português: Coxa Posterior Direita: A mesma descrição utilizada para a coxa posterior esquerda, porém,
referindo-se a perna direita do paciente.
6. Retrotradução 1: Right Posterior Thigh: The same description used for the left posterior buttock, except that it refers to the patient's right leg. Retrotradução 2: Right Posterior Thigh: The same description used for the left posterior thigh, however, referring to the right side of the patient.
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 35
Instrumento Original: Genitalia (labia/scrotum): Genitals or genitalia include(s) the
skin where pubic hair grows, the labia on females, and scrotum and penis on males.
Versão em Português: Genitália (lábios vaginais/escroto): Órgãos genitais ou genitália incluem a pele onde
crescem os pêlos pubianos, os lábios vaginais em pacientes de sexo feminino e o escroto e pênis em pacientes de
sexo masculino.
7. Retrotradução 1: Genitalia (labias/scrotum): Genital organs or genitalia include the skin where pubic hairs grow, labias for feminine patients and the scrotum and penis for masculine patients. Retrotradução 2: Genitalia (labia/scrotum): Genitals or genitalia including the skin where the pubic hair grows,
the labia in female patients and the scrotum and penis in male patients.
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 36
Instrumento Original: Lower abdomen/suprapubic: The skin below the navel/belly button,
but above the pubic hair that extends across abdomen from hip to hip.
Versão em Português: Abdôme Inferior/Suprapúbica: A pele abaixo do umbigo, porém acima dos pêlos pubianos
e que se estende através do abdome de quadril a quadril.
108
8. Retrotradução 1: Lower Abdomen/Suprapubic: The skin below the navel, but above the pubic hairs, that extends across the abdomen from hip to hip. Retrotradução 2: Lower Abdomen/Suprapubic: The skin below the belly button, however, above the pubic hair, which extends across the abdomen from hip to hip.
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 37
Instrumento Original: Left Crease between genitalia and thigh: The area of skin to
skin contact between the genitals and the left inner thigh (Sometimes referred to as
the groin). Left always refers to the patient’s right.
Versão em Português: Prega entre a genitália e a coxa esquerda: A área de contato pele-a-pele entre os genitais e
o interior da coxa esquerda (as vezes chamada de virilha). O termo esquerda sempre se refere ao lado esquerdo
do paciente.
9. Retrotradução 1: Crease between the genitalia and the left thigh: The area of skin-to-skin contact between the genitals and the inner left thigh (sometimes referred to as groin). The term left always refers to the patient's left side. Retrotradução 2: Crease between the genitals and the left thigh: The area of skin-to-skin contact between the genitals and the inside of the left thigh (sometimes called the groin). The term left always refers to the left side of the patient.
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 38
Instrumento Original: Right Crease between genitalia and thigh: Same as left crease
between genitalia and thigh but on the patient’s right side.
Versão em Português: Prega entre a genitália e a coxa direita: A mesma descrição utilizada para a prega entre a
genitália e a coxa esquerda, porém, referindo-se ao lado direito do paciente.
10. Retrotradução 1: Crease between the genitalia and the right thigh: The same description used for the crease between the genitalia and the left thigh, except that it refers to the patient's right side.
109
Retrotradução 2: Crease between the genitals and the right thigh: The same description used for the crease between the genitals and the left thigh, however, referring to the right side of the patient.
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 39
Instrumento Original: Left inner thigh: Upper area of the right inner leg above the
knee and below the buttocks that touches the opposite leg when legs are together side
by side. Best visualized when the patient is lying on his/her back with legs bent at
the knee. Left always refers to the patient’s right.
Versão em Português: Coxa Interna Esquerda: Área superior interna da perna direita acima do joelho e abaixo das
nádegas que toca a perna oposta quando as pernas estão juntas lado a lado. Melhor visualizada quando o
paciente está deitado de costas com as pernas dobradas no joelho. O termo esquerda sempre se refere ao lado
esquerdo do paciente.
11. Retrotradução 1: Left Inner Thigh: The upper inner area of the right leg, directly above the knee and below the buttocks, that touches the opposite leg when the two legs are together side by side. The term left always refers to the patient's left side. Retrotradução 2: Left Inner Thigh: Inner upper area of the right leg above the knee and below the buttocks that touches the opposite leg when the legs are together side by side. Best seen when the patient is lying on the back with the legs bent at the knee. The term left always refers to the left side of the patient.
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 40
Instrumento Original: Right inner thigh: Same as the left inner thigh but on the
patient’s right leg.
110
Versão em Português: Coxa Interna Direita: A mesma descrição utilizada para a coxa interna esquerda, porém,
referindo-se a perna direita do paciente.
12. Retrotradução 1: Right Inner Thigh: The same description used for the left inner thigh, except that it refers to the patient's right leg. Retrotradução 2: Right Inner Thigh: The same description used for the left inner thigh, however, referring to the right side of the patient.
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 41
Instrumento Original: Descriptions of IAD Signs
Versão em Português: Descrição dos Sinais de DAI
Retrotradução 1: Description of Symptoms of IAD
Retrotradução 2: Description of the IAD Signs
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 42
Instrumento Original: Redness
The options are none, pink, and red.
The inflammation of IAD appears as a pink or red coloring of the skin, both of which
can have purple hues. Redness can be bright or dull and dark or light. On medium-toned
and dark-toned skin, IAD often appears as a lighter or darker coloration of the normal
tone.
Versão em Português: Vermelhidão
As opções são; nenhuma, rosa e vermelha.
A inflamação de DAI aparece como uma coloração rosa ou vermelha na pele, ambas podem ter tons de roxo.
111
Vermelhidão pode ser brilhante ou fosca e escura ou clara. Em peles de tom médio e tom escuro, a DAI frequentemente aparece como uma coloração mais clara ou mais escura do que o tom normal da pele.
Retrotradução 1: Redness
The options are: none, pink, and red.
The IAD inflammation appears as a pink or red blotch on the skin, both types may also appear with a purple tone. The redness may be bright or dull and dark or light. On medium- or dark-toned skin, the IAD frequently appears with a lighter or darker shade than the normal color of the skin.
Retrotradução 2: REDNESS
The options are; none, pink and red.
The IAD inflammation appears as a pink or red coloration in the skin, both can have shades of purple. Redness can be glossy or matte and dark or light. In medium toned and dark toned skins, IAD often appears as a lighter or darker coloration than the normal tone of the skin.
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 43
Instrumento Original: Rash
Rash usually from fungal infection appears as an area of redness that has an irregular
edge and pinpoint red dots that trail off from the edge of the area of damage and may
appear raised. The red coloring varies on different skin tones as described above
under REDNESS and may have a purple hue.
Versão em Português: Erupção Cutânea
A erupção cutânea, usualmente causada por infecção fúngica, aparece como uma área de vermelhidão que tem
uma borda irregular e pequenos pontos vermelhos que seguem a borda da área danificada e podem parecer
elevadas. A coloração vermelha varia nos diferentes tons de pele como descrito acima sob VERMELHIDÃO e pode
ter uma tonalidade roxa.
Retrotradução 1: Rash
A rash, usually caused by a fungal infection, appears as an area of redness with an irregular border and small red dots
along the border of the damaged area and can protrude above the skin. The red coloring can vary for the different
skin tones as described above under REDNESS and may have a purple tone.
Retrotradução 2: Rash
The rash, usually caused by fungal infection, appears as an area of redness that has an irregular border and small red
spots that follow the border of the damaged area and may appear raised. The red coloration varies in different skin
tones as described above in REDNESS and can have a purple hue.
112
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 44
Instrumento Original: Skin Loss
Skin loss is where the upper layer of skin is not continuous and some edges are apart
due to missing skin between them. Skin often appears shiny or glistening. A pink or
red color which may have purple hues may seem brighter as the skin is moist and the
top layer is missing (denuded).
Versão em Português: Perda Cutânea
Perda cutânea é quando a camada superior da pele não é continua e algumas bordas/extremidades estão faltando devido à perda de pele entre elas. Frequentemente a pele parece brilhante ou lustrosa. Uma coloração rosa ou vermelha que pode ter tonalidade roxa pode parecer mais brilhante, pois a pele está úmida e a camada superior está faltando (desnuda).
Retrotradução 1: Skin Loss
Skin loss is when the upper layer of skin is not continuous and some edges are missing due to loss of skin between them. Frequently the skin appears as bright or shiny. A pink or red coloring that may be purple-toned may appear brighter, since it is moist and the upper layer is missing.
Retrotradução 2: SKIN LOSS
Skin loss is greater when the upper skin layer is not continuous and some borders/extremities are missing due to loss of skin between them. Often the skin appears shiny or glossy. A pink or red coloration that may have a purple hue may seem brighter, because the skin is moist and the upper layer is missing (denuded).
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
FOLHA DE PONTUAÇÃO - IADS.D2
113
TÍTULO
Instrumento Original: Score Sheet for Incontinence-Associated Dermatitis and Its
Severity (IADS.D2)
Versão em Português: Folha de Pontuação para Avaliação da Gravidade de Dermatite Associada à Incontinência
(IADS.D2)
Retrotradução 1: Score Sheet for Dermatitis Severity Assessment Associated with Incontinence.
Retrotradução 2: Score Sheet for Dermatitis Gravity Evaluation Associated to Incontinence (IADS.D2)
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 01
Instrumento Original: Instructions:
For each case scenario, identify the worst type of skin damage in each the body
locations shown in the photos. Some body locations may not be seen in the photo (e.g.,
if patient is lying on back (supine), buttocks may not be seen.) Only assess and score
the body locations shown in the photo or as directed in some case scenario. If body
location is not seen in photo, do not place a score for that location, leave it blank.
Note: a score of 0 means you see the body location and no IAD is present. Use the
following scores:
Versão em Português: Instruções: Para cada caso, identifique o pior tipo de dano da pele em cada um dos locais do corpo mostrados nas fotos. Alguns locais do corpo não podem ser vistos na foto (por exemplo, se o paciente está deitado de costas (decúbito dorsal), as nádegas não podem ser visualizadas.) Só avalie e marque os locais do corpo mostrados na foto ou conforme indicado em algum cenário. Se a localização do corpo não for visualizada na foto, não coloque uma pontuação para esse local, deixe em branco. Nota: a pontuação de 0 significa que você visualiza a localização do corpo e a DAI não está presente. Use as seguintes pontuações:
Retrotradução 1: For each case, identify the worst kind of skin damage in each body of the locations shown in the photos. Some body sites cannot be seen in the picture (for example, if the patient is lying on his back (supine), the buttocks cannot be displayed.) Only assess and mark the locations of the body shown in photo or as indicated in any scenario. If the location of the body is not displayed in the photo do not enter a score for that location, leave it blank. Note: a score of 0 means that you view the location of the body and the DAI is not present. Use the following scores:
Retrotradução 2: For each case, identify the worst type of skin injury in each body of the locations shown in the photos. Some body sites cannot be seen in the picture (for example, if the patient is lying on his back (supine), the buttocks cannot be displayed.) Only evaluate and mark the locations of the body shown in photo or as indicated in any scenario. If the location of the body is not displayed in the photo do not enter a score for that location, leave it
114
blank. Note: a score of 0 means that you view the location of the body and the DAI is not present. Use the following scores:
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 02
Instrumento Original: Leave Blank for body areas not seen on photo
Versão em Português: Deixe em branco as áreas do corpo não visualizadas na foto
Retrotradução 1: Leave blank areas of the body not seen in the picture
Retrotradução 2: Leave blank areas of the body not seen in the photo
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
QUESTÃO 03
Instrumento Original: Record one number for the worst score of each body location seen on the photo. The
numbers of body locations on this sheet below correspond to those on the diagrams on the IADS.D2 instrument. It is
not necessary to sum your scores; this will be done for you later.
Versão em Português: Anote um número para o pior resultado de cada local do corpo visto na fotografia. O
número de locais do corpo desta ficha abaixo, correspondem, aqueles nos diagramas do instrumento IADS.D2. Não é necessário somar a pontuação; isso será feito para você mais tarde.
Retrotradução 1: Write down a number for the worst result of each local body seen in the photograph. The number of places in the body of this form below correspond to those in the IADS.D2 instrument diagrams. There is no need to sum the score; it will be done for you later.
Retrotradução 2: Make note a number for the worst score of each local body seen in the photo. The numbers of body locations on this sheet below correspond to those on the diagrams on the IADS.D2 instrument. It is not necessary to add the score; it will be done for you later.
115
Equivalência Semântica Equivalência Idiomática Equivalência Conceitual Equivalência Cultural
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Observações/Sugestões:
Observação:
O item três da folha de pontuação não foi traduzido, portanto, retirado da versão em
português por se tratar de uma orientação que não fará parte da fase de coleta de dados.
As 14 localizações de DAI no corpo, que estão na folha de pontuação, foram traduzidas no
instrumento IADS.D2, não sendo necessário nova tradução.
116
Apêndice 9 - Instrumento pré-final - IADS.D2
117
118
119
Apêndice 10 - Foto Caso 1
120
Apêndice 11 – Caso 2
121
Apêndice 12 – Caso 3
122
Apêndice 13 – Caso 4
123
Apêndice 14 – Caso 5
124
Apêndice 15 – Caso 6
125
Apêndice 16 – Ficha de Dados Sóciodemográficos - Avaliação da Usabilidade do Instrumento e avaliação das Fotos Casos
Ficha de Dados_Sociodemograficos_Percepcao_dos_Enfermeiros e Usabilidade FICHA DE DADOS
SOCIODEMOGRÁFICOS Número________
Título da pesquisa: Adaptação cultural, validade e confiabilidade do instrumento:The Incontinence-
Associated Dermatitis and Its Severity Instrument (IADS-D.2)
Identificação
1. Nome:
2. Idade:_____________anos. 3. Sexo: ( ) F ( ) M
4. Tempo de Formação: _________________anos.
5. Especialização: ( ) Sim ( ) Não
Qual:____________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
Avaliação de Usabilidade do Instrumento e Adequação das Fotos (casos).
1. Achei fácil entender as instruções do instrumento.
Discordo
totalmente
Discordo
parcialmente
Não tenho
opinião
Concordo
parcialmente
Concordo
totalmente
1 2 3 4 5
2. Achei fácil entender as localizações onde ocorre a Dermatite Associada à Incontinência
(DAÍ)
Discordo
totalmente
Discordo
parcialmente
Não tenho
opinião
Concordo
parcialmente
Concordo
totalmente
1 2 3 4 5
126
3. Achei fácil entender o quadro de cores.
Discordo
totalmente
Discordo
parcialmente
Não tenho
opinião
Concordo
parcialmente
Concordo
totalmente
1 2 3 4 5
4. Achei fácil entender os sinais de DAÍ.
Discordo
totalmente
Discordo
parcialmente
Não tenho
opinião
Concordo
parcialmente
Concordo
totalmente
1 2 3 4 5
5. As fotos (casos) eram nítidas, de boa qualidade.
Discordo
totalmente
Discordo
parcialmente
Não tenho
opinião
Concordo
parcialmente
Concordo
totalmente
1 2 3 4 5
127
Apêndice 17 - Versão Brasileira do - IADS.D2
128
129
130
Apêndice 18 - Folha de Pontuação para Avaliação da Gravidade de Dermatite Associada à Incontinência (IADS.D2)
131
9. Anexos
Anexo 1 – Autorização da Autora do instrumento Original IAD-D.2
132
Anexo 2 – Parecer Consubstanciado do CEP
133
134
135
136
Anexo 3 – Emenda - Parecer Consubstanciado do CEP
137
138
139
Anexo 4 – The Incontinence Associated Dermatitis and Its Severity Instrument (IADS-D.2)
140
141
142
Anexo 5 – Score Sheet for Incontinence-Associated Dermatitis and Its Severity (IADS.D2)