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FOLHA DO CAMPO | 2014 1

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A Folha do Campo é uma publicação do Sistema Sepror. O volume 01 de 2014 tem como matéria principal: Barcaças trazem produção para sua mesa. Confira ainda outras ações do Sistema Sepror nesta edição como: Fábrica do Bacalhau da Amazônia, Residência Agrária, PAA, Casas Populares e outros.

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Da criação aos cinco programas Do sistema sepror

Aprimeira secretaria estadual de Produção Rural do Amazonas foi instituída, em 1956, com o intuito de oferecer melhores condições ao homem do campo.

Ao longo destes 57 anos, houve um momento de silêncio do único órgão responsável pelo setor primário no Estado. A secretaria foi extinta, em 1995, pelo governador Amazonino Mendes e foi recriada, apenas, em 2003, pelo então governador Eduardo Braga.

Ao assumir a SEPROR, em 2007, o engenheiro agrônomo Eron Bezerra instituiu o Sistema Sepror, composto pela Secretaria de Produção, Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentáveldo do Estado do Amazonas (IDAM), Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (ADAF), entre outros braços.

Ainda neste ano, elaborou a nova Política Agrícola para o Estado do Amazonas, baseada no princípio da sustentabilidade e orientada nos fundamentos do policultivo, da sustentabilidade ambiental e eficiência econômica.

Para gerenciar a Secretaria, organizou-se em torno de cinco programas: Aprimoramento Legislativo, de Infraestrutura, Agroindústria, Expansão da Produção e de Apoio Sociocultural.

“Entre outros avanços, vamos fomentar as cadeias produtivas tradicionais, proporcionar acesso ao crédito, facilitar o escoamento, garantir mercado e competitividade aos produtos”, pontua o governador Omar Aziz.

Conheça um pouco mais e veja o balanço das ações do Sistema Sepror!

SÔNIA ALFAIASecretária Executiva

eXpeDienteOMAR AZIZGovernador do Estado do Amazonas

JOSÉ MELOVice - Governador do Estado do Amazonas

ERON BEZERRASecretário de Estado da Produção Rural

SÔNIA ALFAIASecretária Executiva

TATIANA SCHORSecretária Executiva Adjunta de Planejamento

CHRISTIAN BARNADDSecretário Executivo Adjunto de Administração e Finanças

KARINE ARAÚJOSecretária Executiva Adjunta de Políticas Agropecuárias e Florestais

AURIÇARY MENTASecretário Executivo Adjunto de Infraestrutura

GERALDO BERNARDINOSecretário Executivo de Pesca e Aquicultura

ALÍRIA NORONHASecretária Executiva Adjunta do Programa Amazonas Rural

EDIMAR VIZOLLIDiretor Presidente do IDAM

SÉRGIO MUNIZDiretor Presidente da ADAF

assessoria De comUnicaçãoDELCINEI OLIVEIRAAssessor Chefe de Comunicação

NATALIA LUCAS - DRT 486/AMJornalista Responsável

RENATA MAGNENTI - DRT 246/AMAssessora de Comunicação (Textos e Revisão)

JUNIO PONTESDesigner (Projeto Gráfico e Capa)

FELIX MAUÉS | LUZIMAR BESSAJIMMY CHRISTIAN | NATHALIE BRASILFotos

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O setor primário nA pAutAdA agenDa amazonense

O engenheiro agrônomo, Deputado Federal e secretá-rio de Produção Rural do Amazonas, Eron Bezerra, tem se dedicado a frente da pasta pública para fomentar o setor primário. Aliado a uma equipe de especialistas criou o Sistema Sepror, a partir daí , vem mudando a vida de homens e mulheres do campo. Folha do Campo: A Sepror já conseguiu reaver os oito anos em que o Estado não teve Secretaria de Produ-ção Rural?Eron Bezerra: Costumo dizer que construir uma casa é uma tarefa difícil. Agora, reconstruir uma casa sobre seus escombros é uma tarefa ainda mais complicada. Peguei a Sepror no fundo do poço na questão sanitá-ria, tínhamos o índice de risco desconhecido de aftosa, e uma praga atingiu toda nossa produção de banana. Hoje, atingimos o risco médio de aftosa e em 2014, ire-mos conquistar o status de área livre e, acabamos com a outra praga. Recuperamos grande parte do desmonte. FC: Que avaliação faz das ações da Sepror em 2013?EB: Trabalhamos a cada ano com o planejamento que deliberamos em conjunto. Obviamente, contemplando todos os programas estruturais. Temos avanços impor-tantes como o lançamento do residência agrária, que tem como impacto aumentar a produção e assistência técnica ao produtor rural. Entregamos duas barcaças, vicinais e mais de 30 patrulhas agrícolas. Em breve, va-mos inaugurar a segunda fábrica do “Bacalhau da Ama-zônia”, além de abatedouros e frigoríficos. FC: Em novembro de 2013, foram entregues duas bar-caças aos produtores rurais. Qual a importância de oferecer transporte de carga gratuito aos trabalhado-res e produtores do interior do Estado?EB: Usamos mecanismos para beneficiar o produtor. Assim, podemos garantir que o mercado funcione me-lhor. Essa era uma lacuna aberta que cabia a nós, dar-mos assistência técnica e a possibilidade de escoamen-to para que os produtores coloquem seus produtos para circular em Manaus. Assim, acabamos com a figura do atravessador, que só ocupava um lugar, devido à ausên-cia do Governo. FC: O “Bacalhau da Amazônia” é uma vitrine para o mundo. Que avaliação faz do projeto?EB: Quando anunciei o “Bacalhau da Amazônia” vi duas reações. De um lado, diziam que se tratava de uma mentira e, do outro, pessoas que teimavam que baca-lhau era um peixe. Fato é que trata-se de um processo. O que fazemos em Maraã é do tipo imperial, feito a partir do lombo do peixe. Um bom bacalhau é um bacalhau com posta grossa. O Gadus morhua, por exemplo, utili-zado no processo imperial tem em média 12 quilos. En-quanto, que o pirarucu que utilizamos, em Maraã, tem

50 quilos. Não precisa ser especialista, para saber que temos um produto melhor. FC: Há demanda para o produto fora do Amazonas?EB: Temos demanda do mundo inteiro. Há empresários de São Paulo e Rio Grande do Sul interessados em com-prar nosso produto. Acredito que, em breve, o Minis-tério da Agricultura irá aprovar a exportação do nosso bacalhau. Minha meta é vender para a Noruega. FC: Qual a projeção de expansão deste projeto?EB: Vamos inaugurar a fábrica em Fonte Boa que terá capacidade instalada de processar ao ano 3,5 mil to-neladas, a unidade de Maraã tem capacidade instala-da de 1,5 mil toneladas/ano. Seriam necessários 100 mil pirarucus pra atingirmos a capacidade de ambas as indústrias. Hoje, os peixes manejados somam 13 mil unidades, este ano, compramos 10 mil, algo como 500 toneladas. Agora, precisamos aumentar o estoque. Para isso, tomamos duas medidas, estamos articulando com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e So-cial - BNDES e o Fundo Amazônia a possibilidade de ampliarmos a área de manejo e, ainda, vamos fomentar a piscicultura na região. FC: Em 2013, a Feira de Exposição Agropecuária do Amazonas (Expoagro) completou 40 anos. Que ava-liação o senhor faz destas edições?EB: Temos realizado boas feiras. Em 2012, por exemplo, a Expoagro teve custo zero para o Governo. Em 2013, fizemos a Expoagro em Iranduba, na Pista de Arran-cada, e em breve, teremos um novo parque. Ao longo dos anos, o evento vem buscando a profissionalização e foca no tripé: negócios, tecnologia e entretenimento. FC: Qual seu maior legado a frente da Sepror?EB: É difícil escolher um item, já que as atividades acon-tecem de modo integrado. Poderia destacar “o Baca-lhau da Amazônia”, as barcaças, as agroindústrias, frigoríficos, o pri-meiro concurso público, o pri-meiro plano de cargo, carreira e salário, o residência agrária, o kit sangria, mas prefiro pon-tuar que temos conseguido destacar o setor primário na pauta do amazonense. Nenhum país tem uma economia forte, se não fortalece o setor primário. Temos feito isso, colocado o setor primário na pauta amazonense.

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Amazonas tem duas barcaças para escoar produção

Sepror realiza o primeiro concurso público da história

Reforma facilita cumprimento de Lei Ambiental

Incentivados, produtores adquirem carros, barcos e caminhões

Trabalhadores rurais do Amazonas recebem implementos agrícolas

Agroindústria aposta em beneficiamento de pescado e alevinos

Amazonas tem mais de 10 indústrias de frutas em construção

Mais de 150 kits de farinhaforam entregues no interior

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Primeira fábrica de“Bacalhau da Amazônia”

Sepror apoia primeiragraxaria do estado

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Meta é atingir status“livre de aftosa”

Residência Agrária:mais assistência técnicaao produtor rural

Feirão da Sepror completa quatroanos com mais de 400 produtores

Peixe popular: pescado abaixo custo para população

Mais de duas mil famíliasganharam casas populares

Produzindo alimentospara a autossuficiência

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Mais de 450 produtores participam do 4º Etaf 28

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Em 2013, 40ª Expoagroregistrou crescimento de 20% 30

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Pescado: de 15 mil toneladas para 100 mil toneladas 22

Meta do programa PAA éinvestir R$12 milhões ao ano 21

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reforma fAcilitA cumprimentOde Lei ambientaL

Dois importantes passos foram dados para que o Programa de Aprimoramento Legislativo da Secre-taria de Estado de Produção Rural (Sepror) se tor-nasse realidade. Trata-se de uma cartilha com toda a legislação estadual voltada para o setor primário, no qual, foi elaborada pelo secretário de Produção Rural, Eron Bezerra. Outro avanço foi a indicação do primeiro concurso público da Sepror em mais de 50 anos da pasta.

de acordo com o Secretário Eron Bezerra, faz parte da reestruturação do órgão estabelecer marcos le-gais sob o efeito de regras e normas que gerem sob

todas as etapas do setor primário. “A criação da legisla-ção é um avanço e uma ação inédita no Amazonas para que produtores, pecuaristas e demais agentes possam se instruir e ao mesmo tempo, serem incentivados a in-vestir no setor”, detalha.

Antes da legislação, por exemplo, o pe-queno piscicultor precisava de licença ambiental para mecanizar uma área para tanque de peixe de até cinco hectares. “Sabemos o custo do licen-ciamento, as inúmeras exigências e, isso, desestimula quem está inician-do no setor”. Com a Lei de Pesca e Aquicultura (nº 3,802), passa a ser

exigido licenciamento ambien-tal para lâmina de tanque de piscicultura somente para quem tem áreas acima de 200 hectares.

Baseado no princípio da sustentabili-dade o secretário Eron Bezerra, criou o Sistema Sepror através da Lei de Produção Rural (nº 3.800). “Não há desenvol-vimento sem sustentabilidade e nem sustentabilidade sem desenvol-vimento. Por isso criamos o Sistema Se-pror dividos em cinco programas”, defende.

A Constituição Federal, no Artigo 24, assegu-ra que compete à União, Estados e ao Distri-to Federal a autonomia de legislar sob diver-sos itens como: florestas, caça, pesca, fauna, e conservação da natureza. Logo, compete a União legislar sobre normas gerais e, confe-re ao Estado estabelecer legislação específica para atender suas peculiaridades.

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“ É mais oportunidade ao trabalhador, levando em

conta sua saúde financeira e poder de expansão dos negócios” , avalia Eron .

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O sistema Sepror, nada mais é que, o conjunto de fato-res composto pela terra, crédito, fomento, escoamento, beneficiamento, comercialização, pesquisa e desenvol-vimento tecnológico.

Na cartilha constam pouco mais de dez leis. Além da Lei de Produção Rural, está a de Regularização Fundiária

(nº 3.804), que trata das terras públicas rurais no Ama-zonas. Segundo

a legislação, uma propriedade só

será compatibili-zada com o Plano Nacional de Refor-

ma Agrária e com a política agrícola, em

conformidade com a Constituição Federal.

Ainda de acordo com as normativas, o limi-te de financiamento

- dependendo do nível de renda e de poder de

endividamento - passa a ser de até R$ 200 mil para o

produtor rural e, até quatro vezes este valor, se tratando

de cooperativas e associações de produtores rurais.

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Entre as leis que constam na Cartilha de Legislação, está a Lei de Reestruturação da Sepror (nº 84), que dispõe sobre as finalidades, competências e estru-tura organizacional da Secretaria. Em 2010, foi re-alizado o primeiro concurso público da história da Secretaria de Produção Rural. Os aprovados foram chamados em tempo recorde e já desfrutam de um plano de cargos, carreira e salário estruturado.

A té então, por mais de 50 anos, os colaboradores que trabalhavam na Sepror não tinham expecta-tiva de crescimento profissional. O concurso veio

para regularizar a situação e para que trabalhadores in-gressassem na pasta.

Das 206 vagas ofertadas, 201 foram pre-enchidas. Foram oferecidas vagas para cargos nos níveis fundamental, médio e superior. Entre elas, para auxiliar agropecuário, auxiliar de serviços

sepror reAlizA O primeirOconcUrso púbLico dA históriA

gerais, arquiteto, biólogo, nutricionista, jornalista, moto-rista e vigia. A maior demanda foi por auxiliar agropecuário, ao todo, para esse cargo, foram ofertadas 50 vagas, e os aprovados estão atuando em todos os braços do Siste-ma Sepror. Em segundo lugar, o cargo mais demandado foi o de técnico agropecuário, com 39 vagas e, ainda, o de fiscal agropecuário em medicina veterinária que ofertou 19 vagas. Segundo Eron, um novo certamente deve ser realiza-do para preencher as vagas ainda em aberto. Entre os cargos estão: topógrafo, engenheiro civil e engenheiro mecânico.

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“ Estamos na oitava chama-da do nosso primeiro con-

curso e já prorrogamos a vi-gência do certame por mais dois anos. Sendo ass im, a inda chamaremos a lguns dos aprovados que es tão na l i s ta de espera” , afima o Secretário de Produção Rural, Eron Bezerra.

Aprovados em concurso público já estão trabalhando

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Em Amaturá, por exemplo, foram entregues dois bar-cos, tipo rabetão, e um caminhão. Boa Vista do Ramos foi contempla-da com um trator agrí-cola 4x4. Em Coari, foi investido pouco mais de R$ 200 mil, em dois caminhões com capaci-dade para seis toneladas.

Em Humaitá foi entregue uma lancha e um carro de passeio e, em Tonantins foi adquiri-do dois barcos tipo rabetão e um caminhão com carroceria, com potência de 150 cavalos.

Para que os produtores tenham acesso a todos estes bens, a Sepror tem contado com parcerias importantes com o BB, Ban-co da Amazônia (Basa) e Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

incentivAdOs, proDUtores Adquirem carros, barcos e caminhões

Atendendo ao Programa de Infraestrutura a Sepror entregou mais de 80 carros, 30 barcos, 20 cami-nhões, duas barcaças e dois mil quilômetros de vi-cinais. Isso coloca o Amazonas em sua melhor fase quanto ações no quesito infraestrutura de 2013.

em setembro deste ano, por exemplo, mais de 80 produtores familiares - que vendem seus produtos no Feirão da Sepror em Manaus e Iranduba, recebe-

ram seus carros zero quilômetro. Ao todo foram finan-ciados 65 veículos utilitários, 15 caminhões e um trator, um total de investimento na ordem de R$ 5,5 milhões. A iniciativa teve como agente participativo o Banco do Brasil (BB). O interior também tem sido contemplado com as ações da Sepror. Mais de 20 municípios receberam barcos, rabetões e caminhões.

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“ O produtor familiar precisa ter acesso a ferramentas que

o ajudam a escoar sua produção e mesmo de vias que deem aces-so para suas atividades serem re-alizadas”, ressalta o secretário de Produção Rural, Eron Bezerra.

Sepror auxilia na aquisição de mais de 80 carros

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mAis de 150 kits de fArinhAfOrAm entregUes nO interiOr

Além dos veículos que auxiliam no escoamento e contribuem na infraestrutura do setor primário, é necessário que os produtores mecanizem sua pro-dução. Sabendo disso, a Sepror entrexgou mais de 150 kits de farinha no interior. E, ainda, trilhadei-ras, escavadeiras, patrulha agrícola, entre outros equipamentos.

A prova destes investimentos está contabilizada no volume de financiamento aprovado. De acordo com o secretário de Produção Rural, Eron Bezer-

ra, o financiamento agrícola saltou de R$ 35 milhões, em 2011, para R$ 200 milhões em 2012/2013. O Produto In-terno Bruto (PIB) do setor no Amazonas era de 3,48% e cres-ceu para 7%. Os kits de farinha são uma das ações mais fomentadas no interior. Dos 62 municípios do Amazonas, 46 receberam ao menos um kit composto por um cevador com motor a gaso-lina, uma prensa metálica com coluna dupla, dois baldes de 50 litros em aço inox, dois fornos de chapa de ferro de 58 polega-das, duas peneiras classificado-ra aro 60, três facas lâmina de aço de 8 polegadas, três facas lâmina de aço de 10 polegadas e três peneiras para extração de fécula diâmetro de 70 com ma-lha de 2mm. Atalaia do Norte foi contem-plada com a doação de uma empacotadora automática para grãos e farinha e, ainda, uma

máquina beneficiadora de arroz, uma patrulha agrícola de pequeno porte, um secador de grão com capacidade de oito toneladas, uma trilhadeira batedora de cereais e, três kits para casa de farinha. No Careiro da Várzea, a Sepror auxiliou na aquisição de equipamentos para agroindústria de laticínio da Coope-rativa Agropecuária Mista e o mesmo município adqui-riu uma patrulha agrícola de pequeno porte e equipa-mentos para uma agroindústria de doces.

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Eron Bezerra entrega implementos a produtores rurais

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trabaLhaDores rUrais dO AmAzOnAs recebem impLementos agrÍcoLas

Em junho de 2013, a Sepror entregou 140 implementos agrícolas a 11 municípios do Amazonas. Segundo o secre-tário da pasta, Eron Bezerra, o investimento foi na ordem de R$ 1 milhão. Os recursos são decorrentes de emenda parlamentar da Senadora Va-nessa Grazziotin (PCdoB).

no total, 120 comunida-des foram beneficiadas com a entrega de kits de

implementos compostos por: um microtrator, distribuidor, carreta agrícola tipo madeira, enxada rotativa, sucadeira e roçadeira agrícola. O presidente da Associação Comunitária Indígena da co-munidade Nova Itália em Amaturá, o cacique Hosana Lucas Inácio Ticuna, um dos beneficiados, disse que com os implementos o tempo de produção da mandioca, por exemplo, principal cultura de

sua comunidade, será reduzi-do de seis meses para apenas um mês e meio.

Ele também garantiu que agora será possível plantar outras cul-turas, como as hortaliças.

Segundo a Senadora Vanessa Grazziotin, a ideia é que o pro-dutor melhore sua qualidade de vida produzindo mais e em menos tempo.

As máquinas auxiliam ainda na produção dos municípios de Jutaí, Tapauá, Tonantins, Fonte Boa, Amaturá, Tabatinga, Boca do Acre, Envira, Ipixuna, Japurá e Presidente Figueiredo.

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A Sepror e o Idam já entregaram na Calha do Madeira mais de 4.700 im-plementos, entre Grupos Geradores (11), Motor Estacionário (2.329), Motor Rabeta (1.379) e Forno para casa de fa-rinha (171).

Produtores têm acesso a implementos

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amazonas tem duAs barcaçaspArA escOAr proDUção

Dia 1º de novembro de 2013, o Amazonas ganhou duas barcaças cada uma com capacidade para transportar 80 toneladas. Ao todo serão atendidos dez mil produtores rurais que residem em comuni-dades e em 15 municípios do Amazonas.

As balsas foram adquiridas através de recursos conti-genciados da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), por meio da Senadora Vanessa

Grazziotin (PCdoB). “Nossos rios são o caminho natural para o desenvolvimento do setor agrícola. Fiquei con-tente em ter contribuído para a aquisição das barcaças que vão transportar alimentos para as feiras de Manaus. Sem dúvida, um dos grandes gargalos do setor é a difi-culdade do produtor em escoar sua produção de for-ma rápida e eficiente. Esse é o nosso compromisso, dar oportunidade para o homem do interior”. O investido foida ordem de R$ 1.401 milhão. De acordo com o Secretário de Produção Rural, Eron Bezerra, as barcaças integram o Programa de Expan-são da Produção da Sepror e vão ajudar a eliminar um dos principais gargalos da produção no Estado. “Você produz, escoa e vende. Mas se não tiver como escoar não chega ao processo final que é a venda do produto. Até hoje, nosso principal gargalo nesse pro-

cesso foi o escoamento da produção que, agora, será minimizado com a entrega das duas barcaças”, disse.

O Governador Omar Aziz aponta que são muitos os de-safios do setor primário, mas destaca que as ações da Sepror têm buscado atender à vida de homens e mulhe-res do campo. “Nada é tão fácil e rápido no setor primá-rio. Mas com as barcaças damos um novo passo. É o início de um novo modelo, uma nova forma de pensar o escoamento da produção em nosso Estado”, destacou.

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O Superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira, pontua que os recursos investidos na compra das bar-caças vão refletir diretamente na economia do Estado e, enquanto a Suframa dispuser de recursos continuará apoiando causas como a da Sepror.

barcaças Levam nomes De trabaLhaDores rUraisCada uma das embarcações homenageiam produto-res que lutaram pela causa dos trabalhadores rurais no Amazonas. Na cerimônia de entrega das balsas, as famí-lias de Nardélio Gomes e Dinho relembraram a impor-tância destes dois desbravadores no Amazonas.

A barcaça Nardélio, homenageia o produtor rural Nar-délio Delmiro Gomes que foi um dos líderes do distrito de Santo Antônio do Matupi, no sul do Amazonas. Essa balsa fará o trajeto para atender a demanda dos produ-tores do trecho que compreende Manaus a Humaitá, passando por Manicoré, Borba, Apuí, Nova Olinda do Norte e Novo Aripuanã.

A barcaça Dinho, homenageia o produtor rural Adelino

Ramos líder do movimento agrário na região Amazônica e do Projeto de Assentamento Florestal (PAF) Curuquetê, em Lábrea.

A balsa Dinho, fará a rota nos municí-pios circunvizinhos a capital do Esta-do. Dois itinerários foram estabelecidos para atender esta demanda a de Itaco-atiara - Novo Remanso - Manaus e Ma-naus - Anori, nos dois trechos há mais de 40 comunidades, e serão contemplados ainda os municípios de Autazes, Iranduba, Careiro da Várzea, Caapiranga e Anamã.

Família do Homenageado - Nardélio

“ Queremos atingir a autos-suficiência na produção

de alimentos. Para isso, é necessário produzir e ven-der, a lacuna que estava aberta era, justamente, a do escoamento, que agora, foi nada e a voz do trabalha-dor rural se fez ouvir” , disse Eron Bezerra .

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Em Barcelos, por exemplo, estão sendo investidos cer-ca de R$ 1 milhão em três agroindústrias. Será erguido no município um centro de recepção a produção de peixes ornamentais que funcionará como um entre-posto, um local para apoiar este tipo de pesca e, ainda, uma unidade de triagem e distribuição do produto. No quesito alevinagem, o secretário de Produção Rural, Eron Bezerra, já inaugurou lâminas de criação de alevi-nos nos municípios de Autazes, Caapiranga, Carauari, Coari, Codajás, Iranduba, Manacapuru, Manaus, Mani-coré e Novo Airão. Neste último município, em 2010, mais de 70 pescadores receberam 61 mil alevinos. O resultado é a expansão e alta na produtividade. Em breve, a Sepror entrega as estações de alevinagem em Apuí, Anori, Borba e Tefé. Ainda neste segmento, estão concluídas as obras das agroindústrias de pescado em Santo Antonio do Iça e Ta-batinga. Além disso, está em processo de exe-cução o entreposto de processamen-to de pescado em Itacoatiara.

agroinDústria ApOstA em beneficiamento de pescAdO e AlevinOs

Agregar valor aos produtos, verticalizar a produção e adensar a cadeia produtiva são itens que também estão na agenda de importâncias inseridas no Pro-grama de Expansão da Agroindústria. Para tanto, se tem investido em fábricas de pescado, frutas e estações de alevinagem.

Até o momento, mais de 30 municípios foram be-neficiados diretamente com fábricas inauguradas ou em andamento. Indiretamente, todo o Amazo-

nas tem sido contemplado pelas ações desenvolvidas e apoiadas pela Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror). Entre elas, a agroindústria que beneficia cas-tanha, em Manicoré.

O processamento de alevinos, frutas e pescado são algu-mas das matérias-primas contempladas pelo programa Estadual. A Fábrica de Processamento de “Bacalhau da Amazônia”, em Maraã, é uma das ações em destaque.

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Nos próximos meses, Humaitá ganhará uma agroindústria de produção de açúcar masca-vo, rapadura, derivados da cana-de-açúcar, e beneficiamento de poupa de fruta.

“ Em Manicoré, cada uma das lâminas d’água, que têm 90

quilômetros, pode produzir ao ano 900 toneladas de pescado. Cada tonelada tem valor agrega-do de R$ 6 mil, estamos falando de algo em torno de R$ 4,8 mi-lhões”, detalha Eron Bezerra.

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amazonas tem mAis de 10 inDústrias de frUtas em constrUção

Os empresários de hortifruti e gado também estão sendo contemplados com as ações e incentivos do programa de expansão. Afinal, a meta da Sepror é adensar a cadeia produtiva da produção rural.

para tal, está em execução a construção de agroin-dústrias de doce de frutas no Careiro da Várzea, em Autaz Mirin, Manacapuru e Rio Preto da Eva. Neste

último, a banana será a matéria-prima processada. Nos municípios de Barreirinha, Careiro da Várzea, Ita-coatiara e Manaus estão em construção Unidades de Processamento Artesanal de Frutas. Ainda para agregar valor aos produtos e mesmo ao gado, a Sepror tem trabalhado em quatro parques de exposição nos municípios de Boca do Acre, Barreiri-nha, Careiro Castanho e Iranduba. Nos dois primeiros, as obras já foram concluídas. No Careiro e Iranduba, as obras estão em execução. Este é o processo também dos matadouros de bovinos e suínos em Nova Olinda, Tabatinga e Manicoré – no Distrito do Matupi.

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Já foram aprovadas a aquisição de três fá-bricas de gelo no Amazonas. As obras ainda estão em processo de licitação e os municí-pios contemplados serão Envira, Ipixuna e Nhamundá.

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sepror ApOiA primeirAgraXaria dO amazonas

O Amazonas foi o primeiro Estado da Região Norte do Brasil a ganhar uma fábrica de beneficiamento de resí-duos animais para serem usados na fabricação de diversos produtos como ração animal, fertilizantes e sabão. Em outubro de 2013, foi inaugurada a indústria Solimões, do grupo Fasa, instalada em Iranduba. A unidade tem capacidade para processar mais 140 toneladas de resíduos por dia.

de acordo com o secretário de Produção Rural, Eron Bezerra, com a chegada da Solimões, cairá o valor do custo da ração animal. “O detalhe é que a gra-

xaria produzirá matéria-prima para quem produz ração, como: farinha de carne, de sangue e sebo. Logo, além de completar a cadeia produtiva, o produtor pagará menos por um produto de qualidade”, pondera.

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Hoje, a região metropolitana de Manaus, produz cerca de 30 toneladas de resíduos por dia. Segundo Gerente da Solimões, Clóvis Moura Junior, inicialmente, a em-presa irá coletar resíduos animais na capital do Estado e em Iranduba e Manacapuru.

Eron Bezerra participa da cerimônia de inauguração da Indústria Solimões

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primeirA fábricA de“bacaLhaU Da amazônia”

A Fábrica de Processamento de Pirarucu da Amazônia, em Maraã (AM), foi inaugurada em 2011. De lá, para cá, a Sepror acumula vitórias. No período, quase dobrou a produção do pirarucu processado em bacalhau.

no primeiro ano da indústria, foram processados 65 toneladas de pescado, ano passado 48 toneladas e este ano 124 toneladas.

Segundo o secretário de Produção Rural, Eron Bezerra, “O Bacalhau da Amazônia” é um sucesso no Brasil e fora dele. “Recebi um e-mail da Noruega em que perguntavam se nosso bacalhau era bom e, pedi que respondessem que o nosso era muito melhor ao produto deles”, afirma. Após a despesca, na Reserva de Mamirauá, os peixes adultos, pesando cerca de 60 quilos, são levados para a fábrica, em Maraã. Na unidade o pescado é limpo, corta-do em manta e salgado.

Nos tanques de cura ficam de cinco a seis dias para que o sal seja absorvido pela car-ne. Após o processo, o produto é coloca-do em uma câmera resfriada chamada de pré-secador. O experimento é patenteado

pelo diretor-geral da fábrica, Bismarck dos Prazeres. Segundo Bismarck, o empreendimento está saindo da fase embrionária e pron-

to para disparar. Hoje, todo o piraru-

cu tipo "bacalhau" é comercializado em supermercado, feiras livres, merenda escolar e, também junto ao Exér-cito brasileiro.

Estimativas apontam que se processe um total de 210 to-neladas de pirarucu nas próximas safras. A unidade tem capacidade para atender a demanda. E, para reformar o processo será inaugurada uma fábrica de "Bacalhau da Amazônia", em Fonte Boa.

Bismarck pontua que há muitos frutos a se comemorar nestes três anos. "Com a chegada da unidade, são notórias as mudanças em Maraã, em termos de construções, vá-rias universidades têm aplicado muitos cursos técnicos, e a Sepror continuará investindo no município através da piscicultura, e criando estímulos de plantio”, afirma.

Na safra de 2013, cerca de 600 pescadores foram agen-tes de fomento para aquecer a cadeia produtiva. Ao todo podiam pescar cerca de 4 mil unidades de peixe, a maior parte deste pescado é proveniente dos lagos da Reserva Mamirauá e, todo animal processado é cultivado em área manejada.

AGRO

INDÚ

STRI

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Hoje, o produto processado é vendido no município entre R$ 2 a R$ 2,5, antes custava R$ 3,5. Para solidificar o setor o Amazonas ganha uma nova fábrica de "Bacalhau da Amazônia" .

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A Sepror, através do Programa de Expansão da Pro-dução, aposta na produção primária do Estado para suprir a necessidade do Amazonas. Hoje o Estado já é autossuficiente na produção de itens como fari-nha de mandioca, frutas, hortaliças, peixes e ovos.

d e acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Estado tem cer-ca de 300 mil produtores, entre grandes empre-

sários e produtores familiares. Segundo estatísticas da Sepror, o que prova esse crescimento é o volume de financiamentos firmados. “Sal-tamos de uma média de R$ 30 milhões de financiamento bancário para R$ 200 milhões, registrado em 2012”, destaca o secretário de Produção Rural, Eron Bezerra. Algumas regiões se destacam por suas produções em alta esca-la. É o caso de Coari que é o maior produtor de açaí do Estado, e por ano, produz 52.8 toneladas do fruto, em seguida aparece Itacoatiara com produção de 13.7 toneladas. No cultivo de mandioca, o des-taque é para a microrregião de Tefé que teve produção, em 2012, de 48.9 mil tonela-das numa área de cul-tivo de 16.3 mil hecta-res. Em seguida, vem à microrregião de Manaus, com uma produção de 38.9 mil toneladas numa área de cultivo de 13 mil hectares.

proDUzinDo AlimentOspArA A aUtossUficiência

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O Amazonas é autossuficiente na produção familiar

A produção de melancia no Estado supri a demanda local

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com aulas teóricas e práticas. Foi apresentado ao grupo a importância social e econômica deste tipo de cultivo, a toxidade da planta, manejo sadio dos solos, entre ou-tros detalhes que interferem na produção do produto.

De acordo com o secretário, para atingir a meta era preciso saber o volume de consumo de itens básicos como arroz, peixe, leite e farinha, que cada ama-zonense ou morador do Estado, por município, consome. O resultado é que em média se consome quase um quilo de alimento por dia. Logo, o volume de alimento consumido por ano no Amazonas é por volta de 365 mil toneladas.

iDamPara isso, a Sepror oferece ao produtor orientações

técnicas por meio do Instituto de Desenvolvi-mento Agropecuário e Florestal Sustentável

do Estado do Amazonas (Idam). O órgão supervisiona, coordena e executa ativi-dades de assistência técnica e extensão

agropecuária e florestal. Hoje, o Idam está presente em todo o Estado e em comunidades, atuando diretamente com produtores e produ-

tores familiar, dando orientações técni-cas, embora, já desenvolvam com exímio

suas culturas. Segundo o diretor-presidente do Idam,

Edimar Vizolli, as atividades desenvolvidas pelo Instituto e os serviços de Assis-

tência Técnica e Extensão Ru-ral (ATER) têm feito à diferen-

ça junto aos produtores.

Em outubro de 2013, por exemplo, 25

produtores fami-liares da região

de Barcelos que cultivam man-dioca foram capacitados

“ Embora, a gente esteja ba-talhando dia após dia e sai-

bamos que o trabalho é árduo, mantemos nossa meta de tornar o Estado autossuficiente em ali-mentos”, destaca o secretário Eron Bezerra.

Eron faz questão de ir até o campo junto ao produtor

Vizolli diz que Idam tem contribuído com produtores

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amazonas tem statUs Derisco méDio pArA febre aftosa

O Amazonas tem mais de 1,3 milhão de cabeças de gado e para garantir a saúde dos rebanhos o Governo tem investido em ações em parceria com os pecuaris-tas. Em 2013, o Estado conquistou o título de status médio de risco para febre aftosa junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e, a meta agora, é que o Amazonas seja livre de aftosa.

em meados dos anos 2000, o Estado tinha o status de “risco desconhecido” de febre aftosa. Isso fez com que o empresariado se retraísse e colocou o Ama-

zonas em condições inferiores, quando comparado a outros Estados da região Norte.

Em 2007, o cenário começou a mudar, e a taxa de va-cinação no Estado passou a 60%. Para tal, agentes do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas

(Idam) atuaram junto aos pecuaristas

ressaltando a importância da vacinação e levando do-ses até fazendas.

De acordo com o secretário de Estado da Produção Ru-ral, Eron Bezerra, o Amazonas é o único Estado bra-sileiro que subsidia a vacinação contra aftosa e, agora, caminha para conquistar o status de livre de aftsosa. “A conquista do novo status acarretará a abertura das fron-teiras com os Estados da Federação com status sanitá-rio semelhante ou superior, proporcionando um avan-ço na pecuária local com incremento do mercado. Este ano, 41 municípios receberam doses da vacina contra aftosa”, disse.

Hoje, a Sepror , por meio do Go-verno do Estado, subsidia

31% do valor da dose. A vacina custa R$ 1,54.

Atualmente, o Sul do Amazonas é a

localidade com maior número de rebanhos com destaques para Boca do Acre, na calha do Madeira, Pa-rintins, Juruá, e

ainda Manaus e Itacoatiara.

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O Amazonas é o único Estado do país a subsi-diar a vacina aos criadores de gado. Na segun-da etapa da vacinação em setembro de 2013, foram investidos R$1 milhão.

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meta dO programa paa éinvestir r$12 miLhões AO AnO

Em 2013, foi instalado no Amazonas, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), executado há 10 anos pelos ministérios do Desenvolvimento Social e Com-bate à Fome (MDS) e do Desenvolvimento Agrário (MDA). Através do Sistema Sepror, por meio da secre-taria Executiva de Políticas Agropecuárias e Flores-tais, já foram beneficiadas 66 organizações sociais, instaladas em 10 municípios do Estado.

Oprograma tem como finalidade adquirir a produção de agricultores familiares e como resultado disso doar os produtos a instituições e organizações.

“Os dez anos do PAA, co-memorado em 2014, vêm nos provar que é possível mudar a cara de um país com políticas públicas robustas, e que coloca como ponto central o bem estar do seu povo. Não tem como uma nação ser desenvolvida com uma grande parte da sua população passando fome em pleno século

21”, destacou a engenheira.

Hoje, o PAA é uma das ferramentas mais eficazes, enquanto política pública, no combate à miséria e às desigualdades so-ciais, principalmente no tocante ao meio rural, que por incrível que pareça é onde mais se localiza as situações de insegu-rança alimentar e nutricional.

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“A meta é investir R$ 12 milhões ao ano para evitar o desperdício da produção regional”, disse a secretária Executiva de Políticas Agropecuárias Florestais da Sepror, a engenheira agrônoma Karine Araújo.

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pescaDo: de 15 miL tOnelAdAs pArA 100 miL tOnelAdAs

Ampliar a produção de peixe no Amazonas é outro desafio do Governo do Estado, por meio da Secreta-ria de Produção Rural (Sepror). Através do programa Amazonas Rural, a meta é sair de 15 mil para 100 mil toneladas de pescado ao ano.

para isso, estão sendo implantados cinco polos de piscicultura - Manacapuru e entorno de Manaus, Parintins (Baixo Ama-

zonas), Humaitá (Madeira), Benjamin Constant (Alto Solimões) e Boca do Acre (Purus), onde o Governo do Esta-do está estimulando a produção em la-gos naturais (manejo) e por meio da im-plantação de tanques-redes e tanques escavados. Nessas regiões toda a cadeia pro-dutiva já está sendo beneficiada, com a construção de 14 estações de alevinagem, dez delas já estão em funcionamento e outras qua-tro - Apuí, Anori, Caapiranga e Borba - em fase de construção. Também estão sendo provi-denciadas fábricas de ração, capacitação e assistência técni-ca qualificada, acesso a linhas de crédito para a compra de equipamentos e moderniza-ção tecnológica, construção de tanques escavados e frigoríficos, para beneficiamento e armaze-nagem do produto. O objetivo é transformar a produção artesanal com baixa profissionalização em uma atividade empresarial.

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Um dos projetos é o ma-nejo do Lago de Balbina, no município de Presi-dente Figueiredo, para a criação de peixe em larga escala. Em Humaitá, no Sul do Amazonas, serão implantados 200 hectares de lâmina d’água para a produção de peixe, assim como Novo Aripuanã, que terá 100 hectares. O programa prevê, ainda, unidades de produção de alevinos em Boca do Acre (Purus) e Parintins (Baixo Amazonas). Exis-te, também, um estudo sendo realizado por uma empresa privada para implantação de 500 hec-tares de lâmina d’água no sul de Canutama.

cenárioDados da Sepror apontam que o volume de unida-des de peixe provenientes da piscicultura mais que dobrou no período de 2002 a 2011. No início dos anos 2000 a produção foi de 5.156 mil unidades e, em 2011, atingiu a marca de 11.620 mil. A microrregião de Rio Preto da Eva ocupa o topo da lista por possuir a maior quantidade de peixes de psicultura, com uma quantidade de 4.180 mil unidades. Em segui-da, está a microrregião de Manaus, com uma quantidade de 3.104.600 unidades.

O secretário acompanha e monitora em todo os municípios os projetos desenvolvidos

“ Estamos em todos os municí-pios do Amazonas com algum

tipo de projeto voltado para a ampliação da cadeia produtiva do peixe”, afirma o secretário de Produção Rural, Eron Bezerra.

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Com o objetivo de aliar profissionais especializados junto a produtores rurais do Amazonas, a Secreta-ria de Estado de Produção Rural (Sepror), lançou em 2013 o programa Residência Agrária.

Aproximadamente 180 profissionais já estão traba-lhando no interior e, ao menos, 85 mil produtores serão contemplados. Foi investido no projeto um

aporte de R$ 22 milhões.

O Residência Agrária é uma parceria entre a Sepror e a Fundação de Ampa-ro à Pesquisa do Estado do Amazonas

De acordo com o Secretário, Eron Bezerra, o Governo do Amazo-nas tem tomado iniciativas deci-sivas para alavancar o setor pri-mário no Estado. “ Nos 57 anos de existência da Sepror, desde a sua criação e posterior extinção, um dos gargalos era a falta de as-sistência técnica e tecnológica. Pela primeira vez na história do Amazonas colocaremos 180 pessoas para melho-rar a vida de homens e mulheres do campo”.

resiDência agrária: mAis AssistÊnciA técnicA AO proDUtor rUraL

(Fapeam). Para a diretora-presidente da instituição, Maria Olívia, essa união é ousada, pois marca uma democratização do acesso à tecnologia e informação no Estado. O projeto abrange as áreas de culturas alimentares, juta e malva, pecuária sustentável, piscicultura, manejo ma-deireiro, avicultura, borracha, fruticultura, e horticultura. Em longo prazo, o número de técnicos atuando no inte-rior deve dobrar. Para atuar nas comunidades, os agen-tes vão receber bolsas da Fapeam, que variam de R$ 1,2 mil para nível técnico e R$ 2,4 mil para os especialistas de nível superior ligados a uma das áreas de atuação do programa. Esses profissionais deverão passar pelo me-nos 15 dias úteis nas comunidades

Os R$ 22 milhões disponibiliza-dos são para o pagamento de três anos de bolsa para

logística de deslocamento. Todos os 62 municípios

serão beneficiados tan-to na geração de em-prego e renda quanto

na questão de absorção de novas tecnologias.

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tal, são duas feiras - no Parque Eurípedes Lins e na sede do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas - e uma no interior - na comunidade Vila do Paricatuba. Os preços de itens da cesta básica e de frutas e legumes são comercializados até pela metade do valor praticado em feiras populares e supermercados. O preço do quilo do tambaqui é de R$ 5, enquanto que, em outros locais a mesma quantidade custa a partir de R$ 7.

O tomate, por exemplo, que foi o vilão da cesta básica em 2013, com valor entre R$ 7 a R$ 19,60, tem valor médio nos Feirões de R$ 3,5 o quilo. O alface tem pre-

ço médio de R$ 1,5, o cheiro verde R$ 2,5 e o cacho da banana pacovã R$ 5. Um dos objetivos do projeto, além de levar preços mais acessíveis à população de baixa renda, é evitar que o excedente da produção do pescado e mesmo de frutas

como abacaxi e melancia no Estado vá parar no lixo. “Acabamos com o desperdiço de peixe e com a figura dos atravessadores que era um entrave na expansão dos negócios dos agricultores”, detalha o secretário de Produção Rural, Eron Bezerra.

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feirão Da sepror cOmpletA quAtrO AnOs cOm mAis de 400 proDUtores

Tendo como principal objetivo elevar o padrão cul-tural dos homens e mulheres do campo a Secretária de Produção Rural (Sepror) instituiu o Programa de Apoio Sociocultural. Hoje, são mais 400 produtores rurais vendendo seus itens nos Feirões da Sepror, além de três edições dos livros: “Contos, Causos e Poesias do Campo Amazonense” e CDs: “Músicas do Campo”, com seleções de músicas e declamações de poesias e tam-bém DVD. E, em agosto de 2013, aconteceu o 4º Encontro de Trabalhadores e Trabalhado-ras da Agricultura Familiar (4º Etaf).

O Feirão da Sepror comple-tou em 2013 quatro anos e é um sucesso em

Manaus e no município de Iranduba. Na Capi-

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mAis de DUas miL famÍLiasgAnhArAm casas popULares

Entre as ações do Programa de Apoio Sociocultural está o da Casa Popular Rural que já entregou cerca de duas mil unidades nos municípios do interior e na capital do Amazonas. A ação é viabilizada com re-

cursos de convênio com o Ministério das Cidades, através do Progra-

ma Minha Casa Minha Vida.

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As casas, compostas de sala, quarto, cozinha, ba-nheiro e varanda, são entregues e registradas no nome da mulher para evitar que, em caso de se-

paração, a mulher e os filhos fiquem desamparados. “Se o homem pensar em abandonar a família ele está ciente de que não terá onde morar. A Sepror também contribui para manter a fa-mília unida”, avalia o secretário de Produção Rural, Eron Be-zerra.

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peiXe popULar: pescAdO AbAixO custO pArA popULação

A grandeza do estado do Amazonas é impressio-nante, são 62 municípios, com quase 4 milhões de pessoas. Entre os desafios do Sistema Sepror estão à produção de alimentos e o combate ao desperdício. Um projeto que preenche, exatamente, esta lacuna é o Peixe Popular.

criado em 2007, já levou à mesa dos amazonenses toneladas de peixes ao valor popular de R$ 1 o quilo ou cinco unidades de pescado pelo mesmo preço.

Entre as espécies estão o jaraqui e matrinxã.

“Assim levamos o produto mais abundante da nossa região até às famílias amazonenses. No comér-cio, às vezes, o valor do nosso pes-

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cado excede a renda da população”, disse o secretário da Sepror, Eron Bezerra.

Outro detalhe, é que o programa é executado através de caminhões frigoríficos que vão até os bairros da capital onde está a população de baixa renda.

“Fazendo isso, eliminamos ainda um grande problema que é o desperdício de pescado que poderia ser consumi-do. É o Sistema Sepror fechando mais um ciclo da produ-ção beneficiando pescadores e os consumi-dores finais”, destacou Eron.

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Além dos produtores ru-rais, delegados represen-tando os 62 municípios do Amazonas estiveram na Capital e representan-tes das prefeituras e dos escritórios do Instituto de Desenvolvimento Agrope-cuário e Florestal Susten-tável do Estado do Ama-zonas (IDAM).

mAis de 450 proDUtorespArticipAm dO 40 etaf

Em agosto de 2013, produtores de Manaus e de todo o interior do Estado se reuniram no Centro de Con-venções do Studio 5 e, participaram do 4º Encontro de Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Fa-miliar (4º Etaf).

O Encontro acontece a cada dois anos, desde 2007, e tem como meta dis-cutir com os trabalhadores do

campo as políticas públicas do setor primário e ouvir o pleito das comu-nidades produtivas. Entre os temas em pauta na última edição estiveram as políticas públi-cas do Amazonas Rural e as linhas de pesquisa do Residência Agrária (Juta e Malva, Borracha, Pecuária, Fruticultura, Horticultura, Manejo Madeireiro, Avicultura, Culturas Alimentares, Piscicultura, Organização Social e Mercado).

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“ O Etaf abre as portas para que trabalhadores amazonenses

do campo tenham a oportunidade de expressar suas ideias a fim de criarmos políticas públicas para atendê-los”, afirma o secretário de Produção Rural, Eron Bezerra.

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Promovendo cultura aos agricultores e trabalhado-res a Sepror já editou três CDs e a mesma quantida-de de livros que contam, exatamente, a realidade da roça. Também está na lista a edição de um DVD e a realização de uma peça teatral. As últimas edições do CD e do livro foram lançadas durante a 4ª edição do Encontro de Trabalha-dores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar (Etaf). Todos os produtos são de autoria de agricul-tores familiares de várias comunidades e retratam com riquezas de detalhes a realidade que vivem em forma de contos, causos, poesias e músicas.

caUsos, contos e músicas De trabaLharores rUrais ganham espaço em Livros, cDs e Dvs

De acordo com o Secretário de Produção Rura, Eron Bezerra, o objetivo deste projeto - lançado em 2009 com a primeira edição do livro e do CD - é promover a criatividade e a expressão escrita, além de incentivar o surgimento de novos talentos de homens e mulhe-res do campo.

teatroTécnicas de interpretação, expressão corporal, dicção, análise de texto e técnica vocal foram alguns dos temas em discussões do curso preparatório para o espetáculo teatral “O Extensionista”, de Felipe Santander, com di-reção de Nonato Tavares, realizado pela Secretaria de Produção Rural do Amazonas. Cerca de 20 pessoas foram selecionadas para fazer parte do espetáculo, porém diversos trabalhadores do campo puderam aprender sobre as técnicas teatrais. “O Extensionista” retrata a história de um engenheiro-agrônomo, recém-formado, que inicia suas atividades profissionais no campo da Extensão Rural, em uma pe-quena comunidade do interior.

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em 2013, A 40ª eXpoagroregistrOu crescimento de 20%

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A Feira de Exposição Agropecuária do Amazonas (Expoagro), também está inserida no programa de Apoio Sociocultural. Em 2013, foi realizada a 40ª Expoagro, que aconteceu entre os dias 6 e 15 de de-zembro. No período, se registrou um crescimento de 20% em relação à edição do ano anterior. Os dados foram apresentados pelo secretário de Produção Ru-ral, Eron Bezerra.

durante dez dias, passaram pelo Parque de Exposi-ção, instalado na Pista de Arrancada, localizada no km 6,5 da Rodovia Manuel Urbano (AM-070), 600

mil pessoas. De acordo com o Centro Integrado de Ope-rações de Segurança (Ciops), mais de 100 mil veículos trafegaram pela ponte Rio Negro em direção ao Parque de Exposição.

“ Batemos todos os recordes de público e volume de negócios na

Expoagro. Agradecemos o incentivo dado pelo Governador, Omar Aziz, que isentou a cobrança de ICMS em negócios firmados durante a feira. E, agradeço também o apoio do vice-governador, José Melo e do prefeito de Iranduba, Xinaik Medeiros”, des-tacou Eron Bezerra.

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O número de veículos nos finais de semana, segundo o Ciops, bateu recordes em comparação a outros fins de semana e mesmo em feriados. “Acrescento ainda que não registramos nenhum incidente e está passa a ser uma das mais tranquilas Expoagros dos últimos tem-pos”, destaca o secretário da Sepror.

Em volume de negócios foram financiados mais de R$ 30 milhões em equipamentos. “Diante disso, sabemos que cada visitante consumiu cerca de R$ 20, corres-pondendo ao montante de R$ 12 milhões. Logo, o vo-lume de negócios desta edição supera a ordem de R$ 42 milhões”.

A isenção do ICMS este ano foi um dos maiores atrativos da Expoagro e refletiu no financiamento de equipamen-tos agrícolas beneficiando o diretamente o produtor rural. A empresa Sotreq S/A, por exemplo, atingiu um volume de negócios de R$ 7,2 milhões.

Para Eron Bezerra, a Expoagro é o maior evento da Re-gião Norte direcionado ao setor primário e os dados apresentados sustentam esta afirmação. “Costumo di-zer que não há desenvolvimento sem sustentabilidade, nem sustentabilidade sem desenvolvimento e é isso que toda a equipe do Sistema Sepror, junto com seus parceiros buscou neste período histórico em que reali-zamos a 40ª Expoagro”.

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