fórmula 1 2010

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OS PILOTOS BRASILEIROS– PáGINAS 6 E 7 NOVAS REGRAS DA DISPUTA– PáGINA 3 Ele ainda sonha com títulos Aos 41 anos, Michael Schumacher volta à Fórmula 1 disposto a conquistar o oitavo Mundial. Mas a tarefa não será nada fácil, já que a temporada 2010 terá pilotos jovens, mas com bastante experiência, incluindo outros três campeões mundiais Páginas 4 e 5 Josep Lago / AFP Fórmula 1 GAZETA DO POVO Curitiba, quinta-feira, 11 de março de 2010 2010

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Guia para fórmula 1 2010

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o s p i l o t o s b r a s i l e i r o s – p á g i n a s 6 e 7 n o v a s r e g r a s d a d i s p u t a – p á g i n a 3

Ele ainda sonhacom títulos

Aos 41 anos, Michael Schumacher volta à Fórmula 1 disposto a conquistar o oitavo Mundial. Mas a tarefa não será nada fácil, já que a temporada 2010 terá pilotos jovens, mas com bastante experiência, incluindo outros três campeões mundiais

Páginas 4 e 5

Josep Lago / AFP

Fórmula 1GAZETA DO POVOCuritiba, quinta-feira, 11 de março de 2010

2 0 1 0

Fórmula 12 0 1 0

ExpEdiEntE

Caderno Fórmula 1 2010 é um suplemento es pecial da Gazeta do Povo de senvolvido pela editoria de esportes. Diretor de Redação: nel son souza Fi lho. Editor Exe cutivo: eduardo aguiar. Edição: Marcos Xavier vicente. Diagra ma ção: dino r. pezzole e rodrigo Montanari bento. Re da ção: (41) 3321-5408. Fax: (41) 3321-5472. Co mer cial: (41) 3321-5291. Fax: (41) 3321-5300. E-mail: esportes@gazeta do povo. com.br. ende re ço: r. pedro ivo, 459. Curi tiba-pr. Cep: 80.010-020. Não pode ser vendido separadamente.

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3 4 e 5 6 e 7 11 13

Artigo

O peso de Schumacher na disputaRicardo Zonta

O título da temporada 2010 da Fórmula 1 terá um peso todo especial ao vencedor. Há tempos a categoria não

contava com tantos pilotos com chances de ganhar, em uma disputa nivelada por cima, com nomes expe­rientes, dispostos a travarem emba­tes como há muito não se via. Há também as mudanças técnicas, tan­to no sistema de pontuação quanto na mecânica dos carros, além da proibição de reabastecimento, que trarão ainda mais emoção à compe­tição. Mas o que realmente marcará a disputa da temporada 2010 é o retorno de Michael Schumacher.

Antes de mais nada, é preciso dei­xar uma coisa muito clara: Schumi voltou para vencer. Que ninguém se

iluda que o retorno do alemão é meramente uma jogada de mídia, um impulso para atrair patrocina­dores e agradar aos milhares de fãs do automobilismo espalhados pelo mundo todo. Anunciantes e público serão sim devidamente recompen­sados pela volta do alemão às pistas. Mas a real intenção de Schumacher é agradar a si mesmo, mostrar a todos que mesmo mais velho con­tinua sendo o obstinado Schu­macher de sempre, o homem que cravou seu nome na história do automobilismo com sete títulos mundiais.

E a volta de Schummacher não mexe apenas com auto­estima do próprio alemão. Mexe também com a de todos os outros pilotos da Fórmula 1, cientes do valor de um pódio disputado com o maior de

todos os tempos. Não há dúvida de que qualquer piloto que conse­guir ficar à frente dele no decorrer das provas terá motivos extras para comemorar, esteja ou não entre os três primeiros do pódio.

Presenciei uma amostra disso na disputa do Desaf io das Estrelas, em novembro do ano passado, em Florianópolis (SC), disputa de kart que reúne os principais nomes do automobi­lismo. Por natureza, o piloto de automobilismo entra para ven­cer qualquer prova de que parti­cipe – seja a disputa do Mundial de construtores, seja uma corrida de kart. Mas a presença de Schumi nas últimas edições do Desafio das Estrelas seguramen­te deu à competição uma conota­ção maior do que uma simples

brincadeira entre amigos. Na confraternização entre os

participantes, brinquei com Schumacher dizendo que após levar o bicampeonato do Desafio das Estrelas ele deveria voltar à Fórmula 1. Schumi me respondeu que se sentia um pouco velho, que não saberia se teria o mesmo pique de antes. Respondi que ele não deveria se preocupar, pois continuava a ser o Schumacher de sempre.

Uma coisa completamente des­necessária de ser dita, já que todos sabem muito bem disso. Principal­mente ele mesmo.

Ricardo Zonta, 33 anos, é piloto de Stock Car da

equipe Corinthians RZM Motor Sport e disputou 36

grandes prêmios de Fórmula 1 entre 1999 e 2004

pelas escuderias BAR, Jordan e Toyota.

O reabastecimento está proibido e o sistema de pontuação tem nova regra .

O heptacampeão Michael Schumacher está de volta à Fórmula 1 e com vontade de vencer.

As chances dos pilotos brasileiros: Massa (foto), Barrichello, Senna e Grassi

Hilton e Button (foto), Alonso e Massa: as duplas que prometem esquentar a competição.

O legado de Max Mosley e o futuro da categoria sob o comando do francês Jean Todt (foto).

Proibição do

reabastecimento

após 15 anos e novo

sistema de pontuação,

que valoriza ainda

mais os primeiros

colocados, devem

trazer mais emoção

às corridas

Mudanças na regra do jogo

COMO ERA

1 Quando o carro parava,a equipe se movimentavapara reabastecer e trocaros pneus.

3 O bocal era removido e o carro dis-parava. Incêndios podiam ocorrerquando o combustível residual dobocal caía sobre o escapamento.

Integranteda equipefazia sinalpara opiloto pararou acelerar

Infografia: Reuters.Fonte: Reuters.

2 Ao menos três pessoas reabas-teciam o carro. O combustível erabombeado a 12 litros por segundo.Um integrantesuportava o pesoda mangueira dereabastecimento.

Outro seposicionava pertodo botão que cortao combustível

Outro seguravao bocal da man-gueira no lugar

Eugene Hoshiko / Reuters Patrick Hertzog / AFP Antonio Scorza / AFP Kieran Doherty / Reuters Balint Porneczi / AFP

“Que ninguém se iluda que o retorno do alemão é meramente uma jogada de mídia. A real intenção de Schumacher é agradar a si mesmo, mostrar a todos que mesmo mais velho continua sendo o obstinado campeão de sempre.”

GAZETA DO POVO

Curitiba, quinta-feira, 11 de março de 2010

ExpEdiEntE

Caderno Fórmula 1 2010 é um suplemento es pecial da Gazeta do Povo de senvolvido pela editoria de esportes. Diretor de Redação: nel son souza Fi lho. Editor Exe cutivo: eduardo aguiar. Edição: Marcos Xavier vicente. Diagra ma ção: dino r. pezzole e rodrigo Montanari bento. Re da ção: (41) 3321-5408. Fax: (41) 3321-5472. Co mer cial: (41) 3321-5291. Fax: (41) 3321-5300. E-mail: esportes@gazeta do povo. com.br. ende re ço: r. pedro ivo, 459. Curi tiba-pr. Cep: 80.010-020. Não pode ser vendido separadamente.

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O peso de Schumacher na disputabrincadeira entre amigos.

Na confraternização entre os participantes, brinquei com Schumacher dizendo que após levar o bicampeonato do Desafio das Estrelas ele deveria voltar à Fórmula 1. Schumi me respondeu que se sentia um pouco velho, que não saberia se teria o mesmo pique de antes. Respondi que ele não deveria se preocupar, pois continuava a ser o Schumacher de sempre.

Uma coisa completamente des­necessária de ser dita, já que todos sabem muito bem disso. Principal­mente ele mesmo.

Ricardo Zonta, 33 anos, é piloto de Stock Car da

equipe Corinthians RZM Motor Sport e disputou 36

grandes prêmios de Fórmula 1 entre 1999 e 2004

pelas escuderias BAR, Jordan e Toyota.

O legado de Max Mosley e o futuro da categoria sob o comando do francês Jean Todt (foto).

Samuel Estavam Reuse, especial para a Gazeta do Povo, e agências

As regras do jogo mudaram. Em 2010, os fãs da Fórmula 1 não verão mais uma cena com a qual se acostumaram

nos últimos 15 anos: carros sendo reabastecidos nos boxes. Nos pit stops, agora, só troca de pneus. E essa não é a única novidade. O sistema de pontuação também foi modificado. Com o aumento da diferença de pontos entre o primeiro e o segundo colocado (25 a 18), as vitórias terão um valor maior. Tudo para trazer mais emoção às corridas.

Quem gosta da F1 provavelmen­te já deve ter visto a forte imagem de Nigel Mansell, em 1984, empurran­do a Lotus, no GP dos Estados Unidos, em Dallas, e, exausto, perder os sen­tidos. O inglês liderava a prova e ficou sem combustível metros antes da bandeirada. Pois cenas como essa, a chamada pane seca, podem voltar a acontecer esse ano com a proibição do reabastecimento A diferença é que as regras não permitem mais empurrar o carro. “Os testes mostra­ram que em alguns circuitos os pilo­tos não poderão exigir tudo do bóli­do a fim de reduzir o consumo de gasolina para receber a bandeirada”, diz o piloto brasileiro Rubens Barrichello, da Williams.

Na pré­temporada, as 11 equipes que colocaram seus carros na pista realizaram o mais elementar teste prático de consumo: mantiveram seus pilotos dando voltas até acabar o combustível. O objetivo era conhe­cer o consumo preciso para aquela condição e verificar com quanta gasolina no tanque o pescador (vál­vula que suga o combustível) ainda mantinha o motor funcionando.

“Em circuitos como o de Bahrein, do Canadá, Valência, Monza, Cingapura, há mesmo possibilidade de pane seca”, comenta o diretor esportivo da Renault, Steve Nielsen. “Hoje nossa capacidade de monito­rar o carro na pista é muito maior do que antes. Por isso pode ser que os pilotos não fiquem sem gasolina, mas por que serão orientados pelas equipes a administrar seu ritmo”.

Outras mudanças estão confirma­das para 2010. Haverá, por exemplo, uma redução do número de jogos de pneus de pista seca de 14 para 11 por corrida. E os pilotos que participa­rem do Q3 (última fase do treino qualificatório, com os 10 mais rápi­dos) serão obrigados a usar o mesmo pneu no início da corrida. Promessa de emoção. “As condições variarão demais ao longo das provas, por cau­sa das diferenças de condições dos pneus e de peso do carro”, afirma o piloto Bruno Senna, da HRT.

pontuaçãoA partir desse ano, o vencedor pas­sará a receber 25 pontos; o segun­do, 18; o terceiro, 15; o quarto, 12; o quinto, 10; o sexto, 8; o sétimo, 6;

o oitavo, 4; o nono, 2; e, finalmen­te, o décimo terá 1. Equipes e pilo­tos foram praticamente unânimes em aprovar a mudança, dizendo que acirrará a luta por vitórias.

Além de aumentar o peso da pri­meira colocação, a nova pontuação premiará quem chegar ao pódio: enquanto a diferença entre o tercei­ro e o quarto colocado era de apenas um ponto até o ano passado, passará a ser de três pontos em 2010. Outro

aspecto interessante é o fato dos dez primeiros pontuarem. Com um grid de 24 carros, a mudança facilita para equipes intermediárias e pequenas atingirem à zona de pontuação.

Críticos defendem que ele acaba­rá com as estatísticas históricas de pontos. Desde 1950, a pontuação máxima sempre variou entre 8 e 10 pontos. Agora, com 25, não será mais possível comparar pilotos e equipes de diferentes épocas.

Proibição do

reabastecimento

após 15 anos e novo

sistema de pontuação,

que valoriza ainda

mais os primeiros

colocados, devem

trazer mais emoção

às corridas

Mudanças na regra do jogo

25 pontosÉ quanto ganhará cada piloto que vencer uma corrida em 2010. Para valorizar o pódio, a diferença entre o terceiro e o quarto colocado aumentou de 1 para 3 pontos.

COMO ERA

1 Quando o carro parava,a equipe se movimentavapara reabastecer e trocaros pneus.

3 O bocal era removido e o carro dis-parava. Incêndios podiam ocorrerquando o combustível residual dobocal caía sobre o escapamento.

Integranteda equipefazia sinalpara opiloto pararou acelerar

Infografia: Reuters.Fonte: Reuters.

2 Ao menos três pessoas reabas-teciam o carro. O combustível erabombeado a 12 litros por segundo.Um integrantesuportava o pesoda mangueira dereabastecimento.

Outro seposicionava pertodo botão que cortao combustível

Outro seguravao bocal da man-gueira no lugar

REABASTECIMENTO PROIBIDO

Uma das maiores mudanças na Fórmula-1 2010 é a proibição do reabastecimento ,medida que exigiu mudanças no design dos carros para acomodar um tanque decombustível maior, com o dobro de capacidade, chegando a 250 litros:

TANQUES DE COMBUSTÍVEL MAIORESEm 1998, o tanque de óleo foi redesenhado e a posição permaneceu em uso atéo ano passado. As novas regras estabelecem que ele volte à sua antiga posição.

Posição do tanque antes de 1998 Posição atual do tanque

Tanque de óleo localizado atrás dacaixa de câmbio.

Tanque de óleo localizado diretamenteatrás do cockpit.

RadiadorTanquede óleo

Caixa de câmbio

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Tanquede óleo

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Vantagens da posiçãoatual do tanque• o tanque está posicio-

nado próximo ao centrode gravidade do carro

• redução da tubulaçãodo radiador diminuí opeso do carro

Desvantagens da novaposição do tanque• a base das rodas do

carro será mais longapara acomodar otanque maior

Algumas outrasopções• mover o cockpit

levemente para a frente

• diminuir o tamanho dacaixa de câmbio

*Atuais regras da FIA permitemque o tanque de óleo estejasituado em qualquer local entreo eixo da rodas dianteiras e atrásda caixa de câmbio e entre asextremidades laterais da cela deproteção do piloto.

MotorTanque de óleo*

Tanque de combustível

Piloto

Caixa decâmbio

Infografia: Reuters.Fonte: Reuters.

HISTÓRICO DE ACIDENTESApesar de raros, o reabastecimentopodia causar acidentes graves, queocorrim com maior frequência quandoo combustível respingava da mangueirae era incendiado pelo calor do motor.

O reabastecimento é reintroduzidoapós proibição inicial em 1984.

Jos Verstappen, GP da AlemanhaA explosão do combustível damangueira causa incêndio. Pilotoescapa com queimaduras leves.

Eddie Irvine, GP da ÁustriaVálvula de combustível com defeitocausa vazamento de combustível.

Michael Schumacher, GP da ÁustriaPequeno vazamento causa incêndio,que é rapidamente apagado.

Gianmaria Bruni, GP da ItáliaVazamento da mangueirade combustível causadopor desconexão.

Jarno Trulli, GP da EspanhaProblema com equipamentode perfuração de óleo causavazamento de combustível. O fogo se apaga sozinho.

Felipe Massa, GP da EspanhaPequeno incêndio,mas o carro não sofre danos.

GP da Hungria: uma série deincêndios relâmpagos.

Três incêndios simultâneos duranteo Grande Prêmio chamam aatenção e colocam em dúvida asegurança do reabastecimentodurante as corridas.

Balint Porneczi / AFP

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Da redação, com Agência Estado

A partir das 9 horas desta sexta­feira (horário de Brasília), no Circuito de Sakhir, no Bahrein, um

espetacular e imprevisível con­fronto entre duas gerações de grandes talentos terá início na Fórmula 1. De um lado, o maior campeão de todos os tempos, um Michael Schumacher de 41 anos, mas ainda disposto a engrossar a lista de títulos que já conta com sete conquistas mundiais. Do outro, um time de pilotos jovens, experientes e com vontade de vencer. Três, inclusive, já detento­res de títulos: o espanhol bicam­peão Fernando Alonso, 28 anos, o britânico Lewis Hamilton, 25 anos, e Jenson Button, 30 anos.Sem contar Felipe Massa, que completa 28 anos em abril e que após o vice de 2008 e do acidente que o impossibilitou de seguir na disputa em 2009 chega a 2010 dis­posto a colocar o Brasil novamen­te no lugar mais alto do pódio.

O retorno de Schumacher pode ser considerado um ato de grati­dão à Mercedes­Benz, que retorna à categoria após adquirir a Brawn, campeã de construtores e pilotos em 2009. Já em outubro de 1995, poucos dias depois de conquistar o bicampeonato mundial pela Benetton no Circuito de Suzuka, no Japão, um Schumacher ainda novo sentenciou seu futuro. “Um dia vou agradecer a Mercedes, só não sei quando. Devo a eles o fato de hoje poder comemorar dois títulos mundiais”, disse Schumi na oportunidade, prometendo recompensar a montadora alemã pelo apoio financeiro que recebeu no começo da carreira.

E em agosto do ano passado, durante a disputa do GP da Europa, em Valência, na Espanha, o piloto deu o primeiro sinal de que estava disposto a voltar à F1 após ter declarado a aposentadoria em 2006. “Hoje vejo que parei um pouco cedo demais. Para aquele momento (fim da temporada de 2006), o que desejava era isso mes­

mo, deixar a Fórmula 1, por não ter vida pessoal há tempos”, comentou em uma conversa infor­mal com a imprensa brasileira. Ao ser questionado se pensava em retornar após três anos parado, o alemão deixou a coisa no ar: “Quem sabe...”

Mas dois dias antes do Natal do ano passado o que era possibilida­de virou fato e a Mercedes anun­ciou a volta de Michael Schumacher à competição. Dessa forma, o pilo­to uniu o desejo de retornar à Fórmula 1 com a dívida de gratidão com a montadora alemã.

Causas impossíveisE o que a Fórmula 1 ganha com a volta de um piloto como Schumacher? Para começar, alguém que vença o campeonato sete vezes é, por si só, uma grande atração. Quem teve a oportunida­de de acompanhar a trajetória desse notável alemão nas suas 15 temporadas na categoria – de 1991 ao final de 2006, em 250 GPs – guarda para si uma carac­terística em especial: o piloto das causas impossíveis.

Ross Brawn, o eterno diretor­técnico de suas equipes – Benetton, Ferrari e agora na Mercedes –, costuma dizer que há coisas que só Schumacher é capaz de fazer nas pistas. “Certa vez, disse a Michael pelo rádio que para sair dos boxes à frente de Kimi Raikkonen ele precisaria abrir 19 segundos de vantagem em 23 voltas. Não vejo ninguém, além dele, capaz de fazer isso”, ressalta Brawn.

Para os pilotos mais jovens e que até já venceram Schumacher, como o espanhol Fernando Alonso, campeão do mundo em 2005 e 2006 pela Renault, o maior de todos os tempos está de volta a uma F1 bastante diferente. “Ele vai enfrentar dificuldades muito maiores das que estava acostuma­do. Hoje há uma geração de jovens e talentosos pilotos, já campeões do mundo ou com importantes vitórias. E todos terão que assumir riscos”, disse Alonso.

Schumacher volta

à F1 aos 41 anos

para pagar dívida

de gratidão com

Mercedes e disposto

a vencer o oitavo

Mundial. Mas terá

pela frente um

cenário muito

diferente do qual

estava acostumado

Confronto de gerações e talentos“Certa vez, disse a Michael que para sair dos boxes à frente de Raikkonen precisaria abrir 19 segundos de vantagem em 23 voltas. Não vejo ninguém, além dele, capaz de fazer isso.”Ross Brawn, diretor-técnico da Mercedes que também trabalhou com Schumacher na Benetton e Ferrari.

“Ele vai enfrentar dificuldades muito maiores das que estava acostumado. Hoje há uma geração de jovens e talentosos pilotos, inclusive campeões do mundo.”Fernando Alonso, piloto da Ferrari que foi bicampeão mundial quando Schumacher ainda não havia se despedido das pistas.

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Confronto de gerações e talentos Temporada como há muiTo Tempo não se via

uma dispuTa especial para o Brasil

São pAuloAgência Estado

Fãs ou não da Fórmula 1 não podem reclamar de falta de

atrações na temporada que come­ça neste f im de semana, no Bahrein. A primeira delas é a volta do maior piloto de todos os tem­pos, ao menos nas estatísticas: o alemão Michael Schumacher, que vai competir pela Mercedes. Depois, como há muito tempo não se via, quatro times, a princí­pio, se apresentam para a disputa da abertura do campeonato em condições de vencer: Ferrari, McLaren, Red Bull e Mercedes. E, claro, sempre há espaço para sur­presas.

Nessas quatro escuderias que partem como favoritas há quatro campeões do mundo, com 11 títu­los no total. Schumacher já ganhou sete vezes e o espanhol Fernando Alonso, agora na Ferrari, venceu duas. Enquanto isso, os dois últimos campeões, os ingleses Jenson Button e Lewis Hamilton, estarão juntos na McLaren.

A chegada de pilotos e equipes estreantes também é uma amostra de como a Fórmula 1 se renova. A 61ª temporada assistirá à estreia de três equipes – Lotus (que retor­na após 15 anos), Virgin e HTR ­ e cinco pilotos – os brasileiros Lucas di Grassi (Virgin Racing) e Bruno Senna (HTR), o russo Vitaly Petrov (Renault), o alemão Nico Hulkenberg (Williams) e o indiano Karun Chandhok (HTR).

São pAuloAgência Estado

A temporada 2010 é especial para o Brasil. O país terá quatro pilo­

tos na Fórmula 1: os experientes Felipe Massa (Ferrari) e Rubens Barrichello (Williams), além dos estreantes Bruno Senna (HTR) e Lucas di Grassi (Virgin Racing). O país perde apenas para a Alemanha no número de pilotos, que contará com Michael Schumacher e Nico Rosberg (ambos na Mercedes), Sebastian Vettel (Red Bull), Nico Hulkenberg (Williams), Adrian Sutil (Force India) e Timo Glock (Virgin Racing).

Essa não é a primeira vez que o país dos campeões Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna inicia o Mundial de Fórmula 1 com quatro pilotos. Na tempora­da de 2004, em alguns momentos do campeonato o Brasil também teve quatro representes: Rubens Barrichello (Ferrari), Felipe Massa (Sauber), Cristiano da Matta (Toyota) e Antonio Pizzonia (Williams).

Antes disso, o Brasil também teve quatro pilotos em 2001: Rubens Barrichello (Ferrari), Enrique Bernoldi (Arrows), Luciano Burti (Jaguar) e Tarso Marques (Minardi). Mais para trás no tempo, em 1991, quatro brasi­leiros começaram a temporada: Ayrton Senna (McLaren), Nelson Piquet e Roberto Moreno (ambos na Benetton) e Mauricio Gugelmin (Leyton House).

schumacher de volta à Fórmula 1: aos 41 anos, alemão garante que voltou para vencer novamente.

4 campeõesestarão na temporada 2010 da Fórmula 1. Juntos, Schumacher, Alonso, Hamilton e Button somam 11 títulos mundiais.

Patrick Hertzog / AFP

4 pilotosbrasileiros disputarão a temporada 2010 da Fórmula 1. Mesmo número nas temporadas de 1991, 2001 e 2004.

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Dois vice-campeões do mundo,

já experientes e em equipes de

muitos títulos: Felipe Massa (Ferrari)

e Rubens Barrichello (Williams).

E dois jovens talentos estreantes, ávidos por mostrar

o que sabem: Lucas Di Grassi e Bruno Senna, nas

também estreantes Virgin e Hispania.

Esse é o o Brasil na Fórmula 1 nessa temporada

Franciele Bueno, especial para a Gazeta do Povo, e Agência Estado

dois experientes e dois novatos nas pistas

Felipe Massa começa a temporada 2010 disposto a apagar as frustra-ções de perder o título de 2008 na última volta da última prova, no Brasil, e de 2009, quando foi impe-dido de seguir na disputa por conta do acidente nos treinos classifica-tórios do GP da Hungria, em julho, quando uma mola do carro de Rubens Barrichello se soltou e atin-giu a cabeça do piloto da Ferrari.

E pelo que apresentou na pré-temporada, o brasileiro está mes-mo disposto a realizar o sonho. Mas sabe muito bem que a disputa será acirrada – a começar pela própria equipe, que contratou para esta temporada o bicampeão mundial Fernando Alonso, antigo sonho da Ferrari. “Vou lutar pelas vitórias, pelo título, sem dúvida. A Ferrari fez um grande carro, mas as outras equipes também têm bons carros”, disse o piloto brasileiro no último dos testes da pré-temporada em Barcelona, Espanha, já vislumbran-do a disputa na etapa de abertura, que acontece neste domingo.

A expectativa é de que Massa faça muito mais nas provas do que na pré-temporada.

Até porque acredita-se que a Ferrari tenha corrido com 30 quilos a mais de gasolina na simulação de classificação, a fim de não expor todo o potencial do modelo F10 da equipe. E a forma equilibrada e previsível

de como o carro se comporta, bem ao estilo Massa, reforça a ideia de que o brasileiro pode disputar um grande campeonato neste ano. Assim, Felipe Massa é a principal aposta brasileira para a conquista do título.

z Felipe Massa

Para apagar as frustrações das duas últimas temporadas

Felipe Massa é o brasileiro com mais chances de conquistar o título.

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Bruno Senna chega à Fórmula 1 carre-gando um sobrenome de peso (é sobri-nho do tricampeão Ayrton Senna), mas por uma equipe que é uma incógnita, a espanhola Hispania Racing Team (HRT), que inicialmente partici-paria com o nome Campos Meta.

A escuderia, estreante no circuito F1, não participou de nenhum teste na pré-temporada, feita coinciden-temente na Espanha, por problemas financeiros. O primeiro contato do carro de Bruno com uma pista será apenas na próxima sexta-feira, quan-do acontece o primeiro treino livre do GP de Bahrein.

Situação complicada para uma equipe e para um piloto estreantes. “Eu gostaria muito de estar treinan-do, como a maioria, mas não é possí-

vel. Considero, sim, a possibilidade de a equipe utilizar as primeiras etapas do campeonato para desenvolver o carro”, chegou a declarar o piloto bra-sileiro no período de pré-temporada.

Senna e a equipe garantem que mesmo sem nenhum quilômetro rodado, o carro tem condições de ser o melhor entre as equipes menores e que pode brigar por pontos no Mundial. “Seremos um segundo mais rápido do que a Virgin e a Lotus”, aposta Bruno, citando as outras duas escuderias novatas.

O que pode ajudar o piloto brasi-leiro e a escuderia espanhola a alcan-çar esse objetivo é que o modelo HRT01-Cosworth conta com o motor Dallara, marca italiana capaz de pro-duzir bons carros.

z Bruno senna

Sobrenome de peso e uma incógnita

Bruno senna larga atrás na disputa por não ter feito pré-temporada.

Jose

p La

go / A

FP

GAZETA DO POVO

Curitiba, quinta-feira, 11 de março de 2010 7

dois experientes e dois novatos nas pistas

vel. Considero, sim, a possibilidade de a equipe utilizar as primeiras etapas do campeonato para desenvolver o carro”, chegou a declarar o piloto bra-sileiro no período de pré-temporada.

Senna e a equipe garantem que mesmo sem nenhum quilômetro rodado, o carro tem condições de ser o melhor entre as equipes menores e que pode brigar por pontos no Mundial. “Seremos um segundo mais rápido do que a Virgin e a Lotus”, aposta Bruno, citando as outras duas escuderias novatas.

O que pode ajudar o piloto brasi-leiro e a escuderia espanhola a alcan-çar esse objetivo é que o modelo HRT01-Cosworth conta com o motor Dallara, marca italiana capaz de pro-duzir bons carros.

A experiência será a principal van-tagem de Rubens Barrichello na dis-puta da temporada 2010. Terceiro colocado em 2009 correndo pela iniciante Brawn, o piloto brasileiro soma dois vices, nas temporadas de 2002 e 2004, quando era com-panheiro de Schumacher na Ferrari. Dos 24 pilotos que participarão da F1, Barrichello também é o recordista de grandes prêmios: no total, foram 268 provas desde a estreia em 1993.

Barrichello começou os testes para a temporada 2010 questio-nando a atual escuderia, Williams. No primeiro ensaio, em Valência, Espanha, tanto o modelo FW32 como o motor Cosworth, que ainda necessitavam de desenvol-vimento primário, apresentaram desempenho bastante inferior aos concorrentes.

Mas ao longo dos testes Rubinho

se surpreendeu com a evolução da Williams, mas ainda com ressalvas. “Tendo como base o carro do ano passado, a equipe evoluiu bem. Mas não sabemos ao certo o quanto os adversários cresceram”, explica o piloto brasileiro.

Assim como Felipe Massa, Barrichello também não foi ao limite do carro nos testes na Espanha. “Poderia ter sido o herói dos treinos, se quisesse. Bastava treinar com pouca gasoli-na”, disse o piloto. O que deixa uma ponta de suspeita de que Rubinho pode voltar a surpreender com a Williams, assim como em 2009, quando muitos apostavam que as chances dele seriam poucas em uma equipe estreante. “O que eu afirmo é que disponho de um carro confiável. Mas só conhecerei o quão bom ele realmente está depois da primeira corrida.”

Após passar pelo kart, Fórmula Renault, Fórmula 3 e GP2 e de ser piloto de testes da escuderia Renault na Fórmula 1 por três anos, o paulistano Lucas di Grassi, de 26 anos, estreia na categoria pela mais bem-estruturada das três equipes novatas, a Virgin Racing.

Mesmo assim, o piloto brasileiro precisará de tempo para desenvolver o modelo VR01-Cosworth com o qual correrá a temporada, já que o carro percorreu apenas 1,8 mil quilôme-tros, aproximadamente, nos testes, ficando com os piores resultados entre as equipes na pré-temporada na Espanha. “A base do projeto é boa. Agora temos de torná-lo mais confiá-vel e resistente”, afirma Grassi.

Nos testes, entretanto, o carro

demonstrou lentidão. “O início de campeonato será para todos nós aprendermos, nos entrosarmos, nada mais do que isso”, conforta-se.

E se não foi devidamente testado nas pistas, o carro ao menos conta com uma novidade tecnológica: foi testado pelo sistema CFD, tecnologia que simula no computador os testes de túneis de vento.

O que pesa a favor de Grassi é que, ao contrário do outro brasileiro estreante, Bruno Senna, sobrinho do tricampeão Ayrton Senna, não carrega a pressão por resultados. O que pode fazer a diferença para que o piloto faça boas provas e chamar a atenção de escuderias maiores para a próxima temporada.

z Bruno senna

Sobrenome de peso e uma incógnita z ruBens Barrichello

Experiência a favor z lucas di Grassi

Estreia sem pressão por resultados

Bruno senna larga atrás na disputa por não ter feito pré-temporada.

Como na Brawn, Rubinho confia em um bom desempenho na Williams.

Lucas di grassi percorreu só 1,8 mil quilômetros com o carro na pré-temporada.

Jose

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“Vou lutar pelas vitórias, pelo título, sem dúvida. A Ferrari fez um grande carro para essa temporada.”

Felipe Massa, piloto da Ferrari.

“Disponho de um carro confiável. Mas só conhecerei o quão bom ele realmente está depois da primeira corrida.”

Rubens Barrichello, piloto da Williams.

“Temos condições de ser a melhor entre as equipes menores. Seremos um segundo mais rápido do que a Virgin e a Lotus.”

Bruno Senna, pilto da HRT.

“A base do projeto é boa. Agora temos de tornar o carro mais confiável e resistente ao longo das provas.”

lucas di Grassi, piloto da Virgin Racing.

Fórmula 12 0 1 0

8

MclarenCriada em 1963 pelo pilotoneozelandês Bruce McLaren, quefaleceu em acidente em 1970, aos 33anos. A equipe permaneceu nacategoria por ter boa estrutura, sendocomandada pelo empresário TeddyMayer por 10 anos. Depois, Ron Dennisassumiu a equipe. Recentemente,tornaram-se seus sócios o empresáriosaudita Mansour Ojjeh e a Mercedes-Benz, que saiu da sociedade no fim de2009 para montar a própria equipe.

Carro para 2010: Mclaren MP4-25 Mercedes-Benz

País de origem: Grã-Bretanha.

Corridas: 666.

Títulos de construtores: 8

Títulos de pilotos: 12

Vitórias: 164

Pole positions: 144

Grandes pilotos: EmersonFittipaldi, Niki Lauda, AlainProst, Ayrton Senna, MikaHakkinen e Lewis Hamilton

GPs disputados 170

Pontos 327

Vitórias 7

Poles positions 7

Voltas rápidas 2

Pódios 24

GP de estreia Austrália (2000)

Jenson Button19/01/1980 (ING)1,82 m, 70.5 kg

GPs disputados 35

Pontos 207

Vitórias 11

Poles positions 13

Voltas rápidas 3

Pódios 22

GP de estreia Austrália (2007)

Lewis Hamilton07/01/1985 (ING)1,74 m, 68 kg

MercedesTeve equipe própria entre 1954 e 1955.Mas a escuderia atual tem outraorigem: nasceu Tyrrell, nos anos 1960,passou a BAR nos anos 1990 e virouHonda em 2006. Como Honda, sobre-viveu até 2008, quando a montadorajaponesa abandonou a F1. O espóliofoi adquirido por Ross Brawn. Em2009, na única temporada como BrawnGP, ganhou o Mundial de construtorese de pilotos, chamando a atenção daMercedes, que comprou o time.

Carro para 2010: Mercedes W01

País de origem: Alemanha

Corridas: 12

Títulos de construtores: 0

Títulos de pilotos: 2

Vitórias: 9

Pole positions: 8

Grandes pilotos: Juan ManuelFangio e MichaelSchumacher

GPs disputados 250

Pontos 1.369

Vitórias 91

Poles positions 68

Voltas rápidas 76

Pódios 154

GP de estreia Bélgica (1991)

Michael Schumacher03/01/1969 (ALE)1,74 m, 68 kg

GPs disputados 70

Pontos 75,5

Vitórias 0

Poles positions 0

Voltas rápidas 2

Pódios 2

GP de estreia Bahrein (2006)

Nico Rosberg27/06/1985 (ALE)1,78 m, 67 kg

*Números como Mercedes

Red BullÉ mais uma equipe que já mudou denome e proprietário várias vezes. Ahistória do time começou em 1997,quando o tricampeão mundial JackieStewart fundou a escuderia com seusobrenome, que durou até 1999. Em2000, foi comprada pela Ford e mudouo nome para Jaguar, fase que durouaté 2004. Em 2005, a Red Bull, empre-sa fabricante de produtos energéticosdo milionário austríaco DietrichMateschitz, assumiu o controle.

Carro para 2010: Red Bull RB6Renault

País de origem: Áustria

Corridas: 88

Títulos de construtores: 0

Títulos de pilotos: 0

Vitórias: 6

Pole positions: 5

Grandes pilotos: DavidCoulthard e Sebastian Vettel

GPs disputados 43

Pontos 124

Vitórias 5

Poles positions 5

Voltas rápidas 3

Pódios 9

GP de estreia EUA (2007)

Sebastian Vettel03/07/1987 (ALE)1,74 m, 64 kg

GPs disputados 140

Pontos 169,5

Vitórias 2

Poles positions 1

Voltas rápidas 2

Pódios 0

GP de estreia Austrália (2002)

Mark Webber27/08/1976 (AUS)1,83 m, 74kg

FerrariÚnica equipe a participar de todas astemporadas. Fundada por Enzo Ferrariem 1929, apareceu com destaque nocenário dos grandes prêmios europeusapós o fim da II Guerra Mundial. Aentrada na F1, que surgiu para reunir aelite do automobilismo mundial em1950, deu-se de forma natural. Hoje aequipe detém os recordes maisimportantes da categoria: títulos depilotos e construtores, vitórias e polepositions.

Carro para 2010: Ferrari F-10

País de origem: Itália

Corridas: 793

Títulos de construtores: 16

Títulos de pilotos: 15

Vitórias: 210

Pole positions: 203

Grandes pilotos: GillesVilleneuve, Juan ManuelFangio, Alberto Ascari, NikiLauda e Michael Schumacher

GPs disputados 116

Pontos 320

Vitórias 11

Poles positions 15

Voltas rápidas 12

Pódios 28

GP de estreia Austrália (2002)

Felipe Massa25/04/1981 (BRA)1,66 m, 59 kg

GPs disputados 140

Pontos 577

Vitórias 21

Poles positions 18

Voltas rápidas 13

Pódios 53

GP de estreia Austrália (2001)

Fernando Alonso29/07/1981 (ESP)1,70 m, 68kg

WilliamsFundada em 1977 por Frank Williamse Patrick Head, teve várias parceirasao longo dos anos. Destaque para aBMW, que esteve no time entre 2000e 2005. O fim do casamento foiconturbado e os alemães saíramreclamando de ingerência da duplaHead-Williams, que nunca abriu mãoda palavra final na equipe. Nenhumaparceira entrou no lugar da BMW e aWilliams vive uma fase de decadência:não vence uma prova desde 2004.

Carro para 2010: Williams FW32 Cosworth

País de origem: Grã-Bretanha

Corridas: 533

Títulos de construtores: 9

Títulos de pilotos: 7

Vitórias: 113

Pole positions: 125

Grandes pilotos: Alan Jones,Keke Rosberg, Nigel Mansell,Nelson Piquet, Alain Proste Ayrton Senna

GPs disputados 288

Pontos 607

Vitórias 11

Poles positions 14

Voltas rápidas 17

Pódios 68

GP de estreia África do Sul (1993)

Rubens Barrichello23/05/1972 (BRA)1,72 m, 70 kg

GPs disputados 0

Pontos 0

Vitórias 0

Poles positions 0

Voltas rápidas 0

Pódios 0

GP de estreia Bahrein (2010)

Nico Hülkenberg19/08/1987 (ALE)1,84 m, 74kg

RenaultEstreou em 1977. Foi a primeira equipea usar motores turbo, que dominarama F1 nos anos 1980. Ficou até 1985,conquistando algumas vitórias.Retornou com equipe própria em2000, ao comprar a Benetton. Foibicampeã de construtores e pilotos(Fernando Alonso) em 2005 e 2006.No fim de 2009, a Renault vendeu aparte majoritária da equipe a um grupode Luxemburgo, mas ainda fornecemotores e empresta o nome ao time.

Carro para 2010: Renault R30

País de origem: França

Corridas: 264

Títulos de construtores: 2

Títulos de pilotos: 2

Vitórias: 35

Pole positions: 51

Grandes pilotos: Alain Prost,René Arnoux e FernandoAlonso

GPs disputados 57

Pontos 137

Vitórias 1

Poles positions 1

Voltas rápidas 0

Pódios 9

GP de estreia Hungria (2006)

Robert Kubica07/12/1984 (POL)1,85 m, 74 kg

GPs disputados 0

Pontos 0

Vitórias 0

Poles positions 0

Voltas rápidas 0

Pódios 0

GP de estreia Bahrein (2010)

Vitaly Petrov08/09/1984 (RUS)1,85 m, 75 kg

VirginÉ o resultado da colaboração entre aManor Motorsport (equipe que disputaa F3 e foi uma das escolhidas pela FIAno processo de seleção dos estreantesde 2010) e o empresário RichardBranson, proprietário do Virgin Group,que atua em setores variados – deaviação à música. O carro é o primeirointeiramente criado usando o CFD,tecnologia de simulação computa-cional que substitui os testes em túneisde vento.

Carro para 2010: Virgin VR01Cosworth

País de origem: Grã-Bretanha

Corridas: 0

Títulos de construtores: 0

Títulos de pilotos: 0

Vitórias: 0

Pole positions: 0

Grandes pilotos: -

GPs disputados 36

Pontos 51

Vitórias 0

Poles positions 0

Voltas rápidas 1

Pódios 0

GP de estreia Canadá (2004)

Timo Glock18/03/1982 (ALE)1,68 m, 64 kg

GPs disputados 0

Pontos 0

Vitórias 0

Poles positions 0

Voltas rápidas 0

Pódios 0

GP de estreia Bahrein (2010)

Lucas di Grassi11/08/1984 (BRA)1,79 m, 74kg

BMW-SauberTem origem na equipe Sauber, quecorreu entre 1993 e 2005, sempre nopelotão intermediário. Os alemãesassumiram o controle em 2006 e mu-daram o nome para BMW-Sauber.Com os pesados investimentos damontadora, a equipe chegou a ser vicede construtores em 2007. Em dezem-bro, a BMW devolveu a equipe ao fun-dador, Peter Sauber. Apesar de não termais nenhuma ligação com a monta-dora, a sigla BMW continua no nome.

Carro para 2010: BMW SauberC29 Ferrari

País de origem: Suíça

Corridas: 70

Títulos de construtores: 0

Títulos de pilotos: 0

Vitórias: 1

Pole positions: 1

Grandes pilotos: -

GPs disputados 71

Pontos 29

Vitórias 0

Poles positions 0

Voltas rápidas 0

Pódios 1

GP de estreia Austrália (1999)

Pedro de la Rosa24/02/1971 (ESP)1,77 m, 74 kg

GPs disputados 2

Pontos 3

Vitórias 0

Poles positions 0

Voltas rápidas 0

Pódios 0

GP de estreia Brasil (2009)

Kamui Kobayashi13/09/1986 (JAP)1,70 m, 63kg

*Números como BMW-Sauber

HTRCaso único na F1: mudou de nomeantes de estrear. A equipe foi uma daseleitas pela FIA ano passado no pro-cesso de seleção que escolheu quatroestreantes para 2010. À época erachamada de Campos Meta e tinha nasociedade o ex-piloto Adrián Campose o empresário José Ramón Carabante.Problemas financeiros tiraram Camposdo negócio. Carabante assumiu aequipe sozinho e trocou o nome paraHispania Racing Team (HRT).

Carro para 2010: HRT 01Cosworth

País de origem: Espanha

Corridas: 0

Títulos de construtores: 0

Títulos de pilotos: 0

Vitórias: 0

Pole positions: 0

Grandes pilotos: -

GPs disputados 0

Pontos 0

Vitórias 0

Poles positions 0

Voltas rápidas 1

Pódios 0

GP de estreia Bahrein (2010)

Karun Chandhok19/01/1984 (IND)1,74 m, 62 kg

GPs disputados 0

Pontos 0

Vitórias 0

Poles positions 0

Voltas rápidas 0

Pódios 0

GP de estreia Bahrein (2010)

Bruno Senna15/10/1983 (BRA)1,80 m, 69kg

Force IndiaA origem remonta à Jordan, que correunos anos 1990 e 2000 com relativosucesso. Em 2005, a Jordan foi vendidae virou Midland. Acabou repassada nofim de 2006 ao grupo automotivoSpyker, que também teve vida curta.Em 2008, o empresário indiano VijayMallya, dono de cervejarias ecompanhias aéreas, assumiu a equipee a rebatizou de Force India.Atualmente, mantém parceria com aMclaren, de quem recebe apoio técnico.

Carro para 2010: VJM03Mercedes-Benz

País de origem: Índia

Corridas: 35

Títulos de construtores: 0

Títulos de pilotos: 0

Vitórias: 0

Pole positions: 1

Grandes pilotos: -

GPs disputados 55Pontos 6Vitórias 0

Poles positions 0

Voltas rápidas 1

Pódios 0

GP de estreia Austrália (2007)

Adrian Sutil11/01/1983 (ALE)1,83 m, 75 kg

GPs disputados 44Pontos 5Vitórias 0

Poles positions 0

Voltas rápidas 0

Pódios 0

GP de estreia San Marino (2005)

Vitantonio Liuzzi06/08/1981 (ITA)1,68 m, 65 kg

Toro RossoÉ o time B da Red Bull. Nasceu em2006, com a compra da Minardi,tradicional equipe italiana que correuentre 1985 e 2005 e notabilizou-se porocupar com freqüência as últimasposições nas provas. O objetivo daempresa de energéticos com a criaçãoda Toro Rosso era dar chance aoaparecimento de jovens talentos. Deucerto. Em 2008, revelou o garoto-prodígio Sebastian Vettel, queconquistou a primeira vitória da equipe.

Carro para 2010: STR5 Ferrari

País de origem: Itália

Corridas: 69

Títulos de construtores: 0

Títulos de pilotos: 0

Vitórias: 1

Pole positions: 1

Grandes pilotos: SebastianVettel

GPs disputados 17Pontos 6Vitórias 0

Poles positions 0

Voltas rápidas 0

Pódios 0

GP de estreia Austrália (2009)

Sébastien Buemi31/10/1988 (SUI)1,75 m, 63 kg

GPs disputados 8Pontos 5Vitórias 0

Poles positions 0

Voltas rápidas 0

Pódios 0

GP de estreia Hungria (2009)

Jaime Alguersuari 23/03/1990 (ESP)1,80 m, 65 kg

LotusApós 15 anos, a lendária Lotus volta àF1. De origem britânica, foi fundadapelo visionário Colin Chapman e correuentre 1958 e 1994. Foi por anossinônimo de inovação e arrojo graçasaos carros revolucionários. Mesmo como longo período de inatividade, é umadas maiores vencedoras da categoria.A nova Lotus é apoiada porcompanhias e pelo governo da Malásiae é comandada pelo empresário doramo aéreo Tony Fernandes.

Carro para 2010: T127 Cosworth

País de origem: Malásia

Corridas: 489

Títulos de construtores: 7

Títulos de pilotos: 6

Vitórias: 73

Pole positions: 102

Grandes pilotos: Emerson Fitti-paldi, Jim Clark, Graham Hill,Jochen Rindt, Mario Andretti,Ayrton Senna, Nelson Piquet,Ronnie Peterson, NigelMansell e Mika Hakkinen

GPs disputados 219Pontos 246.5Vitórias 1Poles positions 4Voltas rápidas 1Pódios 11GP de estreia Austrália (1997)

Jarno Trulli13/07/1974 (ITA)1,73 m, 60 kg

GPs disputados 52Pontos 105Vitórias 1Poles positions 1Voltas rápidas 2Pódios 4GP de estreia Austrália (2007)

Heikki Kovalainen19/10/1981 (FIN)1,72 m, 66 kg

Info

graf

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eute

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FP e

Lea

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S./

GPFo

nte:

Red

ação

e R

eute

rs

queM estará no grid de largada na teMporada 2010Com 12 equipes na disputa – duas a mais do que ano passado –, o circuito da Fórmula 1 verá neste ano a reestreia da escuderia Mercedes (que adquiriu a campeã de 2009, Brawn GP), o retorno da lendária Lotus e a estreia da espanhola HRT

GAZETA DO POVO

Curitiba, quinta-feira, 11 de março de 2010 9

MclarenCriada em 1963 pelo pilotoneozelandês Bruce McLaren, quefaleceu em acidente em 1970, aos 33anos. A equipe permaneceu nacategoria por ter boa estrutura, sendocomandada pelo empresário TeddyMayer por 10 anos. Depois, Ron Dennisassumiu a equipe. Recentemente,tornaram-se seus sócios o empresáriosaudita Mansour Ojjeh e a Mercedes-Benz, que saiu da sociedade no fim de2009 para montar a própria equipe.

Carro para 2010: Mclaren MP4-25 Mercedes-Benz

País de origem: Grã-Bretanha.

Corridas: 666.

Títulos de construtores: 8

Títulos de pilotos: 12

Vitórias: 164

Pole positions: 144

Grandes pilotos: EmersonFittipaldi, Niki Lauda, AlainProst, Ayrton Senna, MikaHakkinen e Lewis Hamilton

GPs disputados 170

Pontos 327

Vitórias 7

Poles positions 7

Voltas rápidas 2

Pódios 24

GP de estreia Austrália (2000)

Jenson Button19/01/1980 (ING)1,82 m, 70.5 kg

GPs disputados 35

Pontos 207

Vitórias 11

Poles positions 13

Voltas rápidas 3

Pódios 22

GP de estreia Austrália (2007)

Lewis Hamilton07/01/1985 (ING)1,74 m, 68 kg

MercedesTeve equipe própria entre 1954 e 1955.Mas a escuderia atual tem outraorigem: nasceu Tyrrell, nos anos 1960,passou a BAR nos anos 1990 e virouHonda em 2006. Como Honda, sobre-viveu até 2008, quando a montadorajaponesa abandonou a F1. O espóliofoi adquirido por Ross Brawn. Em2009, na única temporada como BrawnGP, ganhou o Mundial de construtorese de pilotos, chamando a atenção daMercedes, que comprou o time.

Carro para 2010: Mercedes W01

País de origem: Alemanha

Corridas: 12

Títulos de construtores: 0

Títulos de pilotos: 2

Vitórias: 9

Pole positions: 8

Grandes pilotos: Juan ManuelFangio e MichaelSchumacher

GPs disputados 250

Pontos 1.369

Vitórias 91

Poles positions 68

Voltas rápidas 76

Pódios 154

GP de estreia Bélgica (1991)

Michael Schumacher03/01/1969 (ALE)1,74 m, 68 kg

GPs disputados 70

Pontos 75,5

Vitórias 0

Poles positions 0

Voltas rápidas 2

Pódios 2

GP de estreia Bahrein (2006)

Nico Rosberg27/06/1985 (ALE)1,78 m, 67 kg

*Números como Mercedes

Red BullÉ mais uma equipe que já mudou denome e proprietário várias vezes. Ahistória do time começou em 1997,quando o tricampeão mundial JackieStewart fundou a escuderia com seusobrenome, que durou até 1999. Em2000, foi comprada pela Ford e mudouo nome para Jaguar, fase que durouaté 2004. Em 2005, a Red Bull, empre-sa fabricante de produtos energéticosdo milionário austríaco DietrichMateschitz, assumiu o controle.

Carro para 2010: Red Bull RB6Renault

País de origem: Áustria

Corridas: 88

Títulos de construtores: 0

Títulos de pilotos: 0

Vitórias: 6

Pole positions: 5

Grandes pilotos: DavidCoulthard e Sebastian Vettel

GPs disputados 43

Pontos 124

Vitórias 5

Poles positions 5

Voltas rápidas 3

Pódios 9

GP de estreia EUA (2007)

Sebastian Vettel03/07/1987 (ALE)1,74 m, 64 kg

GPs disputados 140

Pontos 169,5

Vitórias 2

Poles positions 1

Voltas rápidas 2

Pódios 0

GP de estreia Austrália (2002)

Mark Webber27/08/1976 (AUS)1,83 m, 74kg

FerrariÚnica equipe a participar de todas astemporadas. Fundada por Enzo Ferrariem 1929, apareceu com destaque nocenário dos grandes prêmios europeusapós o fim da II Guerra Mundial. Aentrada na F1, que surgiu para reunir aelite do automobilismo mundial em1950, deu-se de forma natural. Hoje aequipe detém os recordes maisimportantes da categoria: títulos depilotos e construtores, vitórias e polepositions.

Carro para 2010: Ferrari F-10

País de origem: Itália

Corridas: 793

Títulos de construtores: 16

Títulos de pilotos: 15

Vitórias: 210

Pole positions: 203

Grandes pilotos: GillesVilleneuve, Juan ManuelFangio, Alberto Ascari, NikiLauda e Michael Schumacher

GPs disputados 116

Pontos 320

Vitórias 11

Poles positions 15

Voltas rápidas 12

Pódios 28

GP de estreia Austrália (2002)

Felipe Massa25/04/1981 (BRA)1,66 m, 59 kg

GPs disputados 140

Pontos 577

Vitórias 21

Poles positions 18

Voltas rápidas 13

Pódios 53

GP de estreia Austrália (2001)

Fernando Alonso29/07/1981 (ESP)1,70 m, 68kg

WilliamsFundada em 1977 por Frank Williamse Patrick Head, teve várias parceirasao longo dos anos. Destaque para aBMW, que esteve no time entre 2000e 2005. O fim do casamento foiconturbado e os alemães saíramreclamando de ingerência da duplaHead-Williams, que nunca abriu mãoda palavra final na equipe. Nenhumaparceira entrou no lugar da BMW e aWilliams vive uma fase de decadência:não vence uma prova desde 2004.

Carro para 2010: Williams FW32 Cosworth

País de origem: Grã-Bretanha

Corridas: 533

Títulos de construtores: 9

Títulos de pilotos: 7

Vitórias: 113

Pole positions: 125

Grandes pilotos: Alan Jones,Keke Rosberg, Nigel Mansell,Nelson Piquet, Alain Proste Ayrton Senna

GPs disputados 288

Pontos 607

Vitórias 11

Poles positions 14

Voltas rápidas 17

Pódios 68

GP de estreia África do Sul (1993)

Rubens Barrichello23/05/1972 (BRA)1,72 m, 70 kg

GPs disputados 0

Pontos 0

Vitórias 0

Poles positions 0

Voltas rápidas 0

Pódios 0

GP de estreia Bahrein (2010)

Nico Hülkenberg19/08/1987 (ALE)1,84 m, 74kg

RenaultEstreou em 1977. Foi a primeira equipea usar motores turbo, que dominarama F1 nos anos 1980. Ficou até 1985,conquistando algumas vitórias.Retornou com equipe própria em2000, ao comprar a Benetton. Foibicampeã de construtores e pilotos(Fernando Alonso) em 2005 e 2006.No fim de 2009, a Renault vendeu aparte majoritária da equipe a um grupode Luxemburgo, mas ainda fornecemotores e empresta o nome ao time.

Carro para 2010: Renault R30

País de origem: França

Corridas: 264

Títulos de construtores: 2

Títulos de pilotos: 2

Vitórias: 35

Pole positions: 51

Grandes pilotos: Alain Prost,René Arnoux e FernandoAlonso

GPs disputados 57

Pontos 137

Vitórias 1

Poles positions 1

Voltas rápidas 0

Pódios 9

GP de estreia Hungria (2006)

Robert Kubica07/12/1984 (POL)1,85 m, 74 kg

GPs disputados 0

Pontos 0

Vitórias 0

Poles positions 0

Voltas rápidas 0

Pódios 0

GP de estreia Bahrein (2010)

Vitaly Petrov08/09/1984 (RUS)1,85 m, 75 kg

VirginÉ o resultado da colaboração entre aManor Motorsport (equipe que disputaa F3 e foi uma das escolhidas pela FIAno processo de seleção dos estreantesde 2010) e o empresário RichardBranson, proprietário do Virgin Group,que atua em setores variados – deaviação à música. O carro é o primeirointeiramente criado usando o CFD,tecnologia de simulação computa-cional que substitui os testes em túneisde vento.

Carro para 2010: Virgin VR01Cosworth

País de origem: Grã-Bretanha

Corridas: 0

Títulos de construtores: 0

Títulos de pilotos: 0

Vitórias: 0

Pole positions: 0

Grandes pilotos: -

GPs disputados 36

Pontos 51

Vitórias 0

Poles positions 0

Voltas rápidas 1

Pódios 0

GP de estreia Canadá (2004)

Timo Glock18/03/1982 (ALE)1,68 m, 64 kg

GPs disputados 0

Pontos 0

Vitórias 0

Poles positions 0

Voltas rápidas 0

Pódios 0

GP de estreia Bahrein (2010)

Lucas di Grassi11/08/1984 (BRA)1,79 m, 74kg

BMW-SauberTem origem na equipe Sauber, quecorreu entre 1993 e 2005, sempre nopelotão intermediário. Os alemãesassumiram o controle em 2006 e mu-daram o nome para BMW-Sauber.Com os pesados investimentos damontadora, a equipe chegou a ser vicede construtores em 2007. Em dezem-bro, a BMW devolveu a equipe ao fun-dador, Peter Sauber. Apesar de não termais nenhuma ligação com a monta-dora, a sigla BMW continua no nome.

Carro para 2010: BMW SauberC29 Ferrari

País de origem: Suíça

Corridas: 70

Títulos de construtores: 0

Títulos de pilotos: 0

Vitórias: 1

Pole positions: 1

Grandes pilotos: -

GPs disputados 71

Pontos 29

Vitórias 0

Poles positions 0

Voltas rápidas 0

Pódios 1

GP de estreia Austrália (1999)

Pedro de la Rosa24/02/1971 (ESP)1,77 m, 74 kg

GPs disputados 2

Pontos 3

Vitórias 0

Poles positions 0

Voltas rápidas 0

Pódios 0

GP de estreia Brasil (2009)

Kamui Kobayashi13/09/1986 (JAP)1,70 m, 63kg

*Números como BMW-Sauber

HTRCaso único na F1: mudou de nomeantes de estrear. A equipe foi uma daseleitas pela FIA ano passado no pro-cesso de seleção que escolheu quatroestreantes para 2010. À época erachamada de Campos Meta e tinha nasociedade o ex-piloto Adrián Campose o empresário José Ramón Carabante.Problemas financeiros tiraram Camposdo negócio. Carabante assumiu aequipe sozinho e trocou o nome paraHispania Racing Team (HRT).

Carro para 2010: HRT 01Cosworth

País de origem: Espanha

Corridas: 0

Títulos de construtores: 0

Títulos de pilotos: 0

Vitórias: 0

Pole positions: 0

Grandes pilotos: -

GPs disputados 0

Pontos 0

Vitórias 0

Poles positions 0

Voltas rápidas 1

Pódios 0

GP de estreia Bahrein (2010)

Karun Chandhok19/01/1984 (IND)1,74 m, 62 kg

GPs disputados 0

Pontos 0

Vitórias 0

Poles positions 0

Voltas rápidas 0

Pódios 0

GP de estreia Bahrein (2010)

Bruno Senna15/10/1983 (BRA)1,80 m, 69kg

Force IndiaA origem remonta à Jordan, que correunos anos 1990 e 2000 com relativosucesso. Em 2005, a Jordan foi vendidae virou Midland. Acabou repassada nofim de 2006 ao grupo automotivoSpyker, que também teve vida curta.Em 2008, o empresário indiano VijayMallya, dono de cervejarias ecompanhias aéreas, assumiu a equipee a rebatizou de Force India.Atualmente, mantém parceria com aMclaren, de quem recebe apoio técnico.

Carro para 2010: VJM03Mercedes-Benz

País de origem: Índia

Corridas: 35

Títulos de construtores: 0

Títulos de pilotos: 0

Vitórias: 0

Pole positions: 1

Grandes pilotos: -

GPs disputados 55Pontos 6Vitórias 0

Poles positions 0

Voltas rápidas 1

Pódios 0

GP de estreia Austrália (2007)

Adrian Sutil11/01/1983 (ALE)1,83 m, 75 kg

GPs disputados 44Pontos 5Vitórias 0

Poles positions 0

Voltas rápidas 0

Pódios 0

GP de estreia San Marino (2005)

Vitantonio Liuzzi06/08/1981 (ITA)1,68 m, 65 kg

Toro RossoÉ o time B da Red Bull. Nasceu em2006, com a compra da Minardi,tradicional equipe italiana que correuentre 1985 e 2005 e notabilizou-se porocupar com freqüência as últimasposições nas provas. O objetivo daempresa de energéticos com a criaçãoda Toro Rosso era dar chance aoaparecimento de jovens talentos. Deucerto. Em 2008, revelou o garoto-prodígio Sebastian Vettel, queconquistou a primeira vitória da equipe.

Carro para 2010: STR5 Ferrari

País de origem: Itália

Corridas: 69

Títulos de construtores: 0

Títulos de pilotos: 0

Vitórias: 1

Pole positions: 1

Grandes pilotos: SebastianVettel

GPs disputados 17Pontos 6Vitórias 0

Poles positions 0

Voltas rápidas 0

Pódios 0

GP de estreia Austrália (2009)

Sébastien Buemi31/10/1988 (SUI)1,75 m, 63 kg

GPs disputados 8Pontos 5Vitórias 0

Poles positions 0

Voltas rápidas 0

Pódios 0

GP de estreia Hungria (2009)

Jaime Alguersuari 23/03/1990 (ESP)1,80 m, 65 kg

LotusApós 15 anos, a lendária Lotus volta àF1. De origem britânica, foi fundadapelo visionário Colin Chapman e correuentre 1958 e 1994. Foi por anossinônimo de inovação e arrojo graçasaos carros revolucionários. Mesmo como longo período de inatividade, é umadas maiores vencedoras da categoria.A nova Lotus é apoiada porcompanhias e pelo governo da Malásiae é comandada pelo empresário doramo aéreo Tony Fernandes.

Carro para 2010: T127 Cosworth

País de origem: Malásia

Corridas: 489

Títulos de construtores: 7

Títulos de pilotos: 6

Vitórias: 73

Pole positions: 102

Grandes pilotos: Emerson Fitti-paldi, Jim Clark, Graham Hill,Jochen Rindt, Mario Andretti,Ayrton Senna, Nelson Piquet,Ronnie Peterson, NigelMansell e Mika Hakkinen

GPs disputados 219Pontos 246.5Vitórias 1Poles positions 4Voltas rápidas 1Pódios 11GP de estreia Austrália (1997)

Jarno Trulli13/07/1974 (ITA)1,73 m, 60 kg

GPs disputados 52Pontos 105Vitórias 1Poles positions 1Voltas rápidas 2Pódios 4GP de estreia Austrália (2007)

Heikki Kovalainen19/10/1981 (FIN)1,72 m, 66 kg

Info

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queM estará no grid de largada na teMporada 2010Com 12 equipes na disputa – duas a mais do que ano passado –, o circuito da Fórmula 1 verá neste ano a reestreia da escuderia Mercedes (que adquiriu a campeã de 2009, Brawn GP), o retorno da lendária Lotus e a estreia da espanhola HRT

HRT

Fórmula 12 0 1 0

10

Felipe Massa

e Fernando Alonso

na Ferrari, Lewis

Hamilton e Jenson

Button na Mclaren:

vem briga boa por aí

duplas do barulho

Artigo

A matemática da temporada 2010Cassiano Mariani

A temporada 2010 de Fórmula 1 inicia com mudanças no regulamen­to. A principal delas é a

proibição do reabastecimento durante as corridas. Com isso, todas as equipes tiveram que projetar seus modelos 2010 com tanque de combustível e entre eixos maiores.

Ano passado, cada um tinha uma estratégia de fazer uma ou duas paradas em cada GP e pilota­vam quase como em uma classifica­ção. 2010 será diferente. Todos esta­rão pesados e farão apenas uma parada (às vezes duas) nos boxes para trocar de pneus. Então a corrida será dividida em seis partes diferen­tes. Explico: largando com todos os carros lotados de combustível e pneus novos, veremos um ritmo

mais suave para não comprometer o desgaste da borracha. Depois de alguns pares de voltas os pilotos vão começar a andar mais forte. O tercei­ro trecho será aquele que todos terão os pneus já desgastados e passarão a fazer voltas mais rápidas porque já está chegando a hora do pit stop e o carro tendo algo como meio tanque! Depois desta parada tudo se repete, mas com o carro ficando mais e mais leve. Acredito que as voltas mais rápidas de cada corrida sejam mar­cadas depois da parada.

A segunda mudança importan­te é que a largura dos pneus dian­teiros foi reduzida, fazendo com que todos os carros perdessem ade­rência dianteira e, com isso, ganhando tendência de sair de frente nas curvas. Acredito que já no primeiro GP a maioria dos times tenham solucionado este

problema ou a maior parte dele.Somando proibição do reabaste­

cimento, aumento no entre eixos e um pneu dianteiro mais estreito, vamos ver que os carros terão desempenho bem distinto durante a corrida. As voltas poderão ser até seis segundos mais lentas no inicio.  Outro item importante nesta conta é a formação de bolhas nos pneus (que estão aparecendo depois das 10 primeiras voltas e permanecem por umas 10, 15 em cada jogo de goma).

Explicado isso, posso afirmar categoricamente que quem tiver projetado um carro constante e rápido durante toda a corrida é séria candidata à vitória. Porque de nada adianta ter um chassi muito veloz em cinco voltas e depois o desempe­nho começar a cair brutalmente. O contrario também não adianta.

Outra mudança que chamou a

atenção de todos foi na pontua­ção. Agora 10 carros marcam pon­tos.  Com 25 para o primeiro; 18; 15; 12; 10; 8; 6; 4; 2 e 1 para o déci­mo colocado. A vitória será um pouco mais valorizada, mas tam­bém não inf luenciará tanto assim. Então se um piloto X vence a primeira corrida e não pontua na seguinte ficaria com 25. Agora, se o piloto Y chega em segundo ou terceiro nas duas aquela diferença da vitória já se foi. Com um grid que, pelo menos, oito pilotos podem lutar pelo titulo, a vitória não chega a ser tão importante. Valerá muito a regularidade de permanecer entre os três primei­ros e vencer uma corrida ou outra. Isto sim pode dar o titulo.

Cassiano Mariani é jornalista

especializado em automobilismo.

Fangio x MossPrimeira grande rivalidade da F1. Em 1955, a Mercedes tinha o melhor carro e o então bicampeão, o argentino Juan Manuel Fangio. Não satisfeita, trouxe o talentoso inglês Stirling Moss. Os dois disputaram corridas e o título de maneira ferrenha, mas leal. Fangio levou a melhor e, ao contrário da maioria das outras rivalidades, os dois se tornaram amigos.

z rixas

Ao longo da história, a Fórmula 1 reservou grandes embates entre pilotos. Confira as principais disputas:

“Hoje os times são bem preparados para lidar com os duelos entre seus pilotos. Tendo um carro rápido, com certeza os quatro vão andar muito bem e brigar pelo título”

Ricardo Zonta, ex-piloto da F1 que atualmente concorre na Stock Car.“Somando proibição

do reabastecimento, aumento no entre eixos e um pneu dianteiro mais estreito, vamos ver que os carros terão desempenho bem distinto durante a corrida.”

São pAuloAgência Estado

Uma das principais bandeiras da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) desde a temporada passada,

a redução de custos por parte das equipes não têm sido bem vista por alguns integrantes do circo da Fórmula 1. Um dos envolvidos que demonstrou um certo descontenta­mento com as equipes mais modes­tas é o piloto brasileiro Felipe Massa.

No último final de semana, quando esteve em um evento da no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, o piloto da Ferrari vol­tou a manifestar seu receio quan­to ao desempenho das três estre­antes: Lotus, Virgin Racing e HRT. O tom de Massa é de preocupação com o resultado técnico desses times na temporada 2010.

A polêmica envolvendo o brasi­leiro começou após declaração ao jornal italiano Corriere della Serra em que o piloto teria questionado o desempenho dos novos carros nos testes coletivos. A repercus­são da entrevista não foi nada boa

para o brasileiro.“Não falei mal delas (das novas

equipes). Mas se você olhar o traba­lho até o momento, a diferença de tempo é muito grande, são quase três segundos. Isso é ruim para eles, não é bom para ninguém. Não

Uma das principais

bandeiras da FIA nas

últimas temporadas,

a redução de custos

por parte das equipes

não agrada a todos

na categoria

o preço da f1 Mais barata

Virgin Racing, do piloto brasileiro Lucas di grassi, uma das três escuderias que estreia na Fórmula 1 em 2010.

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é bom para o esporte, não é bom para a competição”, disse Massa.

Por problemas financeiros, a escuderia americana USF1 atrasou sua estreia na F1 para 2011. Pelo mesmo motivo, a espanhola HRT, não participou da pré­temporada.

GAZETA DO POVO

Curitiba, quinta-feira, 11 de março de 2010 11

Samuel Estevam Reuse, especial para a Gazeta do Povo

Não vai ser por falta de competição interna que a Fórmula 1 terá uma tem­porada ruim em 2010. A

concorrência dentro das próprias equipes promete ser forte. Duas duplas, em especial, chamam a atenção: Fernando Alonso e Felipe Massa, da Ferrari, e Lewis Hamilton e Jenson Button, da Mclaren.

“São sem dúvida as duas par­cerias mais fortes do grid”, afir­ma o piloto Luciano Burti, que já passou pela Fórmula 1 e hoje é comentarista da categoria na Rede Globo. “Na Mclaren temos os dois últimos campeões mun­diais. E na Ferrari está o piloto que muitos consideram o mais talentoso da atualidade, o Alonso, e outro que cresceu mui­to recentemente, o Massa”.

É na equipe italiana, aliás, que Burti acredita em uma disputa mais igual. “O equilíbrio será mui­to grande e não vejo o time dando preferência para alguém”. Já na Mclaren, segundo ele, Hamilton, um dos maiores nomes da nova geração e com mais tempo de equipe, deve levar uma pequena vantagem sobre Button. “Mas também será um excelente due­lo”, destaca, ressaltando que a Fórmula 1 é o topo do automobi­lismo e todos os pilotos da catego­ria são de altíssimo nível.

Burti lembra que as disputas duras são um padrão na Fórmula 1. “Nos times grandes mais ain­da.” E considera que a concorrên­cia interna chama a atenção da torcida e é saudável, desde que as equipes controlem bem as suas duplas.

O piloto Ricardo Zonta, que também já passou pela Fórmula 1, concorda. “Hoje os times são bem preparados para lidar com os due­los entre seus pilotos. Tendo um carro rápido, com certeza os qua­tro vão andar muito bem e brigar pelo título”, garante. “Tanto na Ferrari quanto na Mclaren a dis­puta será muito equilibrada, não vejo favoritos”, fala Zonta. Ele arrisca dizer que a temporada

2010 será a mais disputada dos últimos 10 anos.

investimentoFerrari e Mclaren apostam alto nos seus pilotos. O presidente da equipe i ta l iana, Luca d i Montezemolo, não esconde de ninguém que buscava ter Fernando Alonso desde 2006. Conseguiu apenas esse ano e ago­ra não se cansa de repetir que a melhor dupla de pilotos do mun­do está na Ferrari.

Montezemolo assegura ainda que não tem nenhuma preocupa­ção por contar com dois corredo­res latinos, conhecidos pelo san­gue quente, lado a lado. “Isso não me preocupa, apesar de ser, prova­

velmente, a primeira vez que acontece conosco. Ambos sabem que, em primeiro lugar, correm pela Ferrari”, afirmou durante a apresentação do modelo da equi­pe para a temporada 2010, o F10.

O discurso otimista da Ferrari é bem parecido com o da Mclaren. Logo após a confirmação da con­tratação de Jenson Button, o chefe da escuderia inglesa, Martin Whitmarsh, apressou­se em pro­clamar a parceria da equipe como a mais forte do grid em 2010. “Sempre buscamos ter os dois melhores pilotos disponíveis e, com Jenson e Lewis, teremos não apenas a dupla mais rápida do Mundial, mas também a mais pro­fissional e dedicada.”

Felipe Massa

e Fernando Alonso

na Ferrari, Lewis

Hamilton e Jenson

Button na Mclaren:

vem briga boa por aí

duplas do barulho

A matemática da temporada 2010atenção de todos foi na pontua­ção. Agora 10 carros marcam pon­tos.  Com 25 para o primeiro; 18; 15; 12; 10; 8; 6; 4; 2 e 1 para o déci­mo colocado. A vitória será um pouco mais valorizada, mas tam­bém não inf luenciará tanto assim. Então se um piloto X vence a primeira corrida e não pontua na seguinte ficaria com 25. Agora, se o piloto Y chega em segundo ou terceiro nas duas aquela diferença da vitória já se foi. Com um grid que, pelo menos, oito pilotos podem lutar pelo titulo, a vitória não chega a ser tão importante. Valerá muito a regularidade de permanecer entre os três primei­ros e vencer uma corrida ou outra. Isto sim pode dar o titulo.

Cassiano Mariani é jornalista

especializado em automobilismo.

Fangio x MossPrimeira grande rivalidade da F1. Em 1955, a Mercedes tinha o melhor carro e o então bicampeão, o argentino Juan Manuel Fangio. Não satisfeita, trouxe o talentoso inglês Stirling Moss. Os dois disputaram corridas e o título de maneira ferrenha, mas leal. Fangio levou a melhor e, ao contrário da maioria das outras rivalidades, os dois se tornaram amigos.

Villeneuve x PironiCompanheiros de Ferrari, Gilles Villeneuve e Didier Pironi eram amigos até o GP de San Marino de 1982. Acreditando ser o primeiro piloto do time, Villeneuve deixou Pironi passar, certo de que ele abriria passagem depois. Mas Pironi manteve a posição e venceu. Semanas depois, Villeneuve morreria no treino do GP da Bélgica ao tentar fazer um tempo melhor do que o de Pironi.

Piquet x MansellPiquet e Mansell foram companheiros na Williams em 1986 e 1987. No primeiro ano, mesmo com o melhor carro, a disputa interna levou a dupla a perder o título para Alain Prost na última corrida. Em 1987, a superioridade era tamanha que nem mesmo a rivalidade impediu os dois de disputarem o campeonato entre si. Melhor para Piquet, que conquistou o terceiro título, com Mansell como vice.

Senna x ProstA maior rivalidade da F1 começou em 1988, quando Ayrton Senna foi para a Mclaren ser companheiro de Alain Prost. Senna foi campeão na penúltima prova, no Japão. Em 1989, novamente em Suzuka, os dois estavam na briga pelo título e o francês conquistou o campeonato provocando um acidente com o brasileiro. Em 1990, com Prost já na Ferrari, o troco: Senna bate no carro do francês e foi bicampeão .

Hamilton x AlonsoA maior disputa interna da F1 nos últimos anos. Ambos dividiram a Mclaren em 2007. Depois da guerra de palavras e da briga na pista, os dois viram escapar o título para o azarão Kimi Raikkonen, da Ferrari. Na última corrida da temporada, no Brasil, o retrato da disputa: Alonso, que ficou com o vice, comemorava a derrota de Hamilton.

z rixas

Ao longo da história, a Fórmula 1 reservou grandes embates entre pilotos. Confira as principais disputas:

Fernando alonso e Felipe Massa na Ferrari: resta saber se a escuderia dará privilégio a um deles ao longo da temporada.

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“Hoje os times são bem preparados para lidar com os duelos entre seus pilotos. Tendo um carro rápido, com certeza os quatro vão andar muito bem e brigar pelo título”

Ricardo Zonta, ex-piloto da F1 que atualmente concorre na Stock Car.

Virgin Racing, do piloto brasileiro Lucas di grassi, uma das três escuderias que estreia na Fórmula 1 em 2010.

é bom para o esporte, não é bom para a competição”, disse Massa.

Por problemas financeiros, a escuderia americana USF1 atrasou sua estreia na F1 para 2011. Pelo mesmo motivo, a espanhola HRT, não participou da pré­temporada.

Fórmula 12 0 1 0

Durante 18 anos à

frente da FIA, o inglês

Max Mosley criou

polêmicas e bagunçou

regulamentos.

Agora,

a responsabilidade

de administrar

a principal prova

do automobilismo

está nas mãos do

francês Jean Todt

sob nova direção

“Elas (as montadoras) não dependem da Fórmula 1 para sobreviver e vão embora na primeira dificuldade.”

Max Mosley, ex-presidente da FIA, defendendo a redução de custos nas escuderias.

12

A disputa da Fórmula 1

em 2010 terá mais

nacionalidades.

E poderia ser ainda

mais variada, se não

fossem os problemas

que impediram a

participação de outras

equipes e pilotos

CirCuito globalizado

velho parCeiro indiano nas pistas endividado

faltou granafórMula 1 CoM duas novas Casas

não Chores por MiM, argentinabarrada no baile

Companheiro do brasileiro Bruno Senna em 2008, quando corria pela iSport na GP2, o indiano Karun

Chandhok chega à disputa da Fórmula 1 para refazer a parceria agora na HRT, novo nome da equi­pe espanhola Campos. Karun será o segundo piloto indiano a dispu­tar a categoria, após Narain Karthikeyan ter pilotado o carro da equipe Jordan no ano de 2005. Já em relação aos circuitos, a Índia deve entrar no calendário ano que vem, com a conclusão do Autódromo de Nova Délhi.

Outro piloto saído da GP2 que agora chega à F1 é o russo Vitaly Petrov, contratado pela Renault. Atrás do cock­

pit da equipe francesa, Petrov traz a experiência de quem terminou a GP2 de 2009 em segundo lugar, com 11 pódios. No entanto, para estrear na F1 o piloto de 25 anos precisou desembolsar uma quantia próxima a 15 milhões de euros angariados por empréstimo que agora tem difi­culdades para quitar. Para que Petrov seguisse na Fórmula 1, o pri­meiro­ministro russo, Vladimir Putin, chegou a propor de o governo patrociná­lo, usando o logotipo da marca Lada no carro da Renault.

A americana USF1 tentou estrear nesta temporada, mas a escuderia de Charlotte, na Carolina do Norte, terá

que adiar suas ambições para 2011 por problemas financeiros. No Twitter, alguns fãs torciam com mensagens de “Never give up” (Nunca desistam) e até um “We want to show the rest of the world that motorsports in the USA is not only Nascar!” (Nós queremos mostrar para o resto do mundo que esporte de velocidade nos EUA não é somen­te a Nascar!). Caso reverta a situação, a USF1 será a primeira equipe de F1 dos EUA em mais de 40 anos.

O campeonato de 2010 retorna ao Canadá, no circuito de Montreal, e ganha sua sétima casa

no continente asiático, mais especificamente na Coreia do Sul. Para sair do papel, o novo c i r cu i to su l ­ coreano , em Yeongam, contou com investi­mento de US$ 264 milhões. O circuito será o mais longo do continente, com 5,6 quilôme­tros de extensão e terá capacida­de para 135 mil pessoas.

Com a US­F1 fora, a Argentina também está fora da F1. Uma das apostas da equipe era o pilo­to José Maria López, que seria o

24º argentino a disputar a F1, cujo principal representante foi Juan Manuel Fangio, maior campeão da categoria por 43 anos, até a conquista do sexto título de Schumacher em 2003. A esperança em López era tanta que a própria presidente Cristina Kirchner fez anúncio oficial na Casa Rosada (sede do governo argentino) de que ele participaria da F1. Os herma­nos não contam com um representan­te na categoria desde 2001, quando Gaston Mazzacane correu pela Prost.

A escuderia sérvia Stefan GP pleiteou a vaga aberta pela USF1, mas teve o pedido negado pela FIA. A

alegação da entidade máxima do automobilismo para negar a soli­citação foi o prazo curto para ins­crição da nova escuderia. A Stefan GP chegou a adquirir chassis, motor e instalações da Toyota e pretendia correr com o piloto japonês Kazuki Nakajima e che­gou a entrar em contato com o canadense Jacques Villeneuve, campeão mundial em 1997.

GAZETA DO POVO

Samuel Estevam Reuse, especial para a Gazeta do Povo

Jean Todt assumiu a presidên­cia da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) em outubro do ano passado com a

difícil missão de conciliar interes­ses f inanceiros e esportivos. Herança do seu antecessor, o inglês Max Mosley. Nos últimos anos de sua gestão, Mosley promoveu uma grande cruzada a favor das equipes independentes e da redução de cus­tos na categoria que é a menina dos olhos da FIA. Ganhou inimigos de peso: as montadoras e seus times de orçamentos milionários. A briga quase resultou na criação de uma categoria paralela.

Todt, que já comandou a Ferrari, foi eleito com o apoio de Mosley, derrotando o ex­piloto de rali Ari Vatanen. Ao contrário do antigo presidente, no entanto, é visto com bons olhos até pelas grandes equipes. E deve usar a sim­patia que tem tanto do ex­presi­dente quanto das montadoras para evitar conflitos. Uma vitória, aliás, ele já conquistou: a briga FIA contra as equipes esfriou, ao menos temporariamente.

O francês representa também

uma renovação na principal federa­ção do automobilismo mundial. Após 18 anos no poder, Max Mosley deixou a FIA bastante desgastado em função das brigas que comprou e dos escândalos na sua vida pessoal. A história do inglês como princi­pal mandatário da organização começou em 1991, quando a FIA ainda se chamava Fisa (mudou de nome em 1993). Os primeiros anos do dirigente foram marca­dos por vários acidentes violen­tos na F1, especialmente em 1994. Após as mortes do austría­co Roland Ratzenberger e do bra­sileiro Ayrton Senna, Mosley ini­ciou uma forte campanha pela segurança na categoria. E atingiu seu objetivo: os carros atuais são muito mais seguros que os de 16 anos atrás.

Com o passar dos anos, várias regras impostas por Mosley e sua equipe provocaram polêmica. O dirigente é culpado por muitos especialistas e fãs por ter tornado a categoria desinteressante. Foi dele, por exemplo, a ideia de que pneus frisados melhorariam o espetáculo, algo que não se confir­mou. Também introduziu, em 1994, o reabastecimento obrigató­rio, que reduziu drasticamente as ultrapassagens e transformou a categoria em um jogo de estraté­gia – bastante previsível, diga­se. As disputas na pista ficaram ainda mais difíceis, pois pouco a pouco os regulamentos da FIA aboliram

a aderência mecânica dos carros, deixando­os totalmente depen­dentes de ar limpo (leia­se uma distância razoável dos outros bóli­dos) para serem estáveis.

Mais recentemente, Mosley atuou com entusiasmo no uso de tecnologias ecológicas nos espor­tes automobilísticos. Nem todas tiveram sucesso. Na Fórmula 1, um exemplo de fracasso é o Sistema de Reaproveitamento de Energia Cinética (KERS), imposto às equipes no ano passado. O resultado não poderia ter sido pior: o sistema revelou­se proble­mático e a maioria dos times abriu mão do seu uso, mesmo depois de terem gasto milhões de dólares no seu desenvolvimento.

EscândalosOs últimos dias da gestão Mosley destacaram­se pelos escândalos na vida pessoal (foi f lagrado com várias mulheres em uma festa com temas nazistas) e pela sua jor­nada a favor das equipes indepen­dentes e da redução de custos, con­trariando o interesse de várias montadoras. “Elas não dependem da Fórmula 1 para sobreviver e vão embora na primeira dificuldade”, disse repetidas vezes. Ao menos nesse ponto, Mosley parece ter acertado. Do ano passado para cá, BMW e Toyota deixaram a catego­ria e a Renault vendeu 75% da sua equipe para um grupo de investi­mentos de Luxemburgo.

Durante 18 anos à

frente da FIA, o inglês

Max Mosley criou

polêmicas e bagunçou

regulamentos.

Agora,

a responsabilidade

de administrar

a principal prova

do automobilismo

está nas mãos do

francês Jean Todt

sob nova direção

o hoMeM que reergueu a ferrari

Nascido em 25 de fevereiro de 1946 em Pierrefort, Sul da

França, Jean Todt tem uma vida dedicada à velocidade. Iniciou no automobilismo como piloto de ralis e foi vice­campeão do mundo em 1981 como co­piloto de Guy Fréquelin. Diretor da Peugeot Sport entre 1982 e 1993, Todt foi um dos responsáveis pelos quatro títulos mundiais (dois de pilotos e dois de construtores) conquista­dos pela montadora. Em seguida foi contratado pela Ferrari com a missão de reerguer a equipe, que vivia longo período de jejum. Sob seu comando, a escuderia italiana conseguiu 98 vitórias em Grandes Prêmios e 13 títulos mundiais da Fórmula 1 (seis de pilotos –cinco com Michael Schumacher e um com Kimi Raikkonen ­ e sete de construtores).

ao c ontrário do antigo presidente da Fia, Jean Todt conta com a simpatia das escuderias, o que pode ser decisivo para evitar os conflitos como os enfrentados por Mosley nos últimos anos.

“Elas (as montadoras) não dependem da Fórmula 1 para sobreviver e vão embora na primeira dificuldade.”

Max Mosley, ex-presidente da FIA, defendendo a redução de custos nas escuderias.

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Curitiba, quinta-feira, 11 de março de 2010 13

faltou grana

barrada no baile

Outro piloto saído da GP2 que agora chega à F1 é o russo Vitaly Petrov, contratado pela Renault. Atrás do cock­

pit da equipe francesa, Petrov traz a experiência de quem terminou a GP2 de 2009 em segundo lugar, com 11 pódios. No entanto, para estrear na F1 o piloto de 25 anos precisou desembolsar uma quantia próxima a 15 milhões de euros angariados por empréstimo que agora tem difi­culdades para quitar. Para que Petrov seguisse na Fórmula 1, o pri­meiro­ministro russo, Vladimir Putin, chegou a propor de o governo patrociná­lo, usando o logotipo da marca Lada no carro da Renault.

A americana USF1 tentou estrear nesta temporada, mas a escuderia de Charlotte, na Carolina do Norte, terá

que adiar suas ambições para 2011 por problemas financeiros. No Twitter, alguns fãs torciam com mensagens de “Never give up” (Nunca desistam) e até um “We want to show the rest of the world that motorsports in the USA is not only Nascar!” (Nós queremos mostrar para o resto do mundo que esporte de velocidade nos EUA não é somen­te a Nascar!). Caso reverta a situação, a USF1 será a primeira equipe de F1 dos EUA em mais de 40 anos.

A escuderia sérvia Stefan GP pleiteou a vaga aberta pela USF1, mas teve o pedido negado pela FIA. A

alegação da entidade máxima do automobilismo para negar a soli­citação foi o prazo curto para ins­crição da nova escuderia. A Stefan GP chegou a adquirir chassis, motor e instalações da Toyota e pretendia correr com o piloto japonês Kazuki Nakajima e che­gou a entrar em contato com o canadense Jacques Villeneuve, campeão mundial em 1997.

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Dâmaris Thomazini, especial para a Gazeta do Povo

Velhas cores com novos tons constroem a identidade da F1 em 2010. Desfilando pelo asfalto com direito a

um toque retrô na carroceria, Renault e Lotus revivem o passado. Na equipe francesa, o R30 surge com predominância do amarelo e diversas linhas pretas numa clara tentativa de relembrar o modelo com o qual a equipe estreou na categoria, em 1978. Para os saudo­sistas de Ayrton Senna e Nelson Piquet ao volante da Lotus, a equi­pe retorna depois de 16 anos com seu verde musgo, ou British Green, e linhas amarelas.

“A Renault está muito fantasio­sa: o amarelo predominante deve­ria ser mais destacado, pois do jeito que está o carro ficou muito poluí­

do. Eu utilizaria a segunda cor ape­nas para ressaltar detalhes da car­roceria”, observa Lúcio de Oliveira, designer que trabalha como res­taurador de carros antigos. “Existe hoje uma mistura muito grande de cores para valorizar os patrocina­dores, o que faz com que o carro e a equipe percam um pouco da sua identidade. A Lotus e a Renault ousaram em excesso nas cores”, complementa. Mas o que é excesso para alguns, é beleza para outros. “Na Fórmula1 não existe exagero. Digamos que tudo pode. Com linhas mais retas e com a combina­ção de preto e amarelo, a Renault ficou muito linda e se destaca”, contrapõe o aerografista e desig­ner Gustavo Telles.

Com toques de modernidade, a Virgin Racing, equipe do piloto brasileiro Lucas di Grassi, surge rubro­negra, com um design

inteiramente estruturado por computador. “Essa mistura que deu certo porque o preto é uma cor base que aceita bem qualquer outra”, afirma Telles. Já a Ferrari segue com seu vermelho tradicio­nal, mas abre espaço para o bran­co de um dos patrocinadores nas asas traseisa e dianteira. “Ainda que ocupe um espaço pequeno, isso descaracteriza o carro. Eles poderiam ter ousado mais com o vermelho, por exemplo, nas rodas”, opina Oliveira.

De volta às pistas da F1, o hep­tacampeão Michael Schumacher será visto no prata clássico da Mercedes com a tradicional estrela de três pontas no bico dianteiro e linhas verdes laterais em referên­cia ao patrocinador. “Prata é uma cor que identifica a equipe com os espectadores. A mesma coisa acontece na Williams, que mante­

ve o azul e branco. Isso sempre agrada”, opina o designer Oliveira. “Mercedes, Ferrari e Williams têm uma identidade muito tradicional que limita as inovações, dando às equipes novas vantagens criati­vas”, aponta Telles.

BrancoJá a BMW­Sauber aparece no grid sem muitos detalhes, em um carro em que o branco predomina e no qual foi sentido a ausência de patrocinadores. “É um carro dife­rente. Bonito, mas, por ser uma equipe não muito expressiva, não é muito notada. Eu não diria que a BMW­Sauber possua uma identi­dade visual forte”, observa Oliveira. “A BMW­Sauber vem um pouco apagada, mas, em cima do asfalto, o carro branco vai criar um contraste e aparecer bastante”, aposta o aerografista Telles.

Antigas equipes

retornam ao Mundial

com velhas cores,

mas novos tons.

Até a Ferrari permitiu

mudança em seu

tradicional lay out,

abrindo espaço para

o branco do

patrocinador nas asas

dianteiras e traseiras

Campeãs no passado,

as equipes Mercedes

e Lotus retornam

à Fórmula 1: a primeira

para vencer,

a segunda, apenas

para disputar

uM toque retrô nas pistas

duas gigantes voltaM ao CirCo

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“Existe hoje uma mistura muito grande de cores para valorizar os patrocinadores, o que faz com que o carro e a equipe percam um pouco da sua identidade.”lúcio de oliveira, designer e restaurador de carros antigos.

a Renault foi a equipe que mais mudou, adotando o amarelo e o preto com o qual estreou há 32 anos.

GAZETA DO POVO

Curitiba, quinta-feira, 11 de março de 2010 15

ve o azul e branco. Isso sempre agrada”, opina o designer Oliveira. “Mercedes, Ferrari e Williams têm uma identidade muito tradicional que limita as inovações, dando às equipes novas vantagens criati­vas”, aponta Telles.

BrancoJá a BMW­Sauber aparece no grid sem muitos detalhes, em um carro em que o branco predomina e no qual foi sentido a ausência de patrocinadores. “É um carro dife­rente. Bonito, mas, por ser uma equipe não muito expressiva, não é muito notada. Eu não diria que a BMW­Sauber possua uma identi­dade visual forte”, observa Oliveira. “A BMW­Sauber vem um pouco apagada, mas, em cima do asfalto, o carro branco vai criar um contraste e aparecer bastante”, aposta o aerografista Telles.

Samuel Estevam Reuse e Franciele Bueno, especial para a Gazeta do Povo

O heptcampeão mundial Michael Schumacher não é o único retorno de peso à Fórmula 1 em 2010. Duas

equipes que fizeram história na categoria também voltam às pistas no dia 14, na estreia da disputa no Bahrein, mas em situações bem diferentes. Enquanto a Mercedes retorna disposta a brigar pelo títu­lo com o próprio Schumi e outro alemão talentoso, Nico Rosberg, a Lotus, com a experiente dupla for­mada pelo italiano Jarno Trulli e o finlandês Heikki Kovalainen, está longe de ser a equipe arrojada e inovadora que marcou sua trajetó­ria ao longo da Fórmula 1.

O retorno da Mercedes como equipe vai na contramão da ten­dência das grandes montadoras de abandonar a categoria. Do ano passado para cá, BMW e Toyota deixaram a F1 e a Renault vendeu 75% da sua equipe para um grupo de investimentos de Luxemburgo. Os alemães, no entanto, não só continuaram no grid como desfi­zeram uma parceria de anos com a Mclaren para remontar a sua própria equipe. O objetivo é repe­tir o sucesso do passado – a Mercedes correu na Fórmula 1 entre 1954 e 1955, conquistando

dois títulos de pilotos com o argen­tino Juan Manuel Fangio e soman­do 12 vitórias.

A escolha para a volta não pode­ria ser mais propícia. Para não começar um trabalho do zero, os alemães compraram a Brawn, campeã mundial de construtores e pilotos no ano passado. E não para­ram por aí: ainda tiraram da apo­sentadoria o maior vencedor da categoria, Michael Schumacher. Ele formará com Nico Rosberg uma das duplas mais fortes do grid. No comando do time está o estrate­gista Ross Brawn, considerado até pela concorrência como o melhor chefe de equipe da atualidade. Brawn, por sinal, não tem pudor em admitir que as expectativas da Mercedes são altas e incluem a luta por vitórias e títulos.

Metas bem mais modestas tem a Lotus, dona de sete campeonatos de construtores e seis de pilotos. Entre as últimas colocadas nos tes­tes da pré­temporada da categoria, a escuderia volta depois de 16 anos afastada da Fórmula 1 (correu entre 1958 e 1994) tentando resga­tar o espírito de quem já foi sinôni­mo de inovação graças aos carros revolucionários construídos por seu fundador, Colin Chapman.

Da antiga Lotus, no entanto, sobrou apenas o nome. Ao contrá­rio da Mercedes, o novo dono da

equipe, o empresário malaio Tony Fernandes, optou por come­çar um projeto do zero. Por isso o caminho para a Lotus, que já reve­lou pilotos como Jim Clark, Emerson Fittipaldi e Ayrton Senna, voltar a ser grande é longo e planejado com cautela. O obje­tivo para o ano de reestreia, segundo Fernandes, passa longe das vitórias e pódios. O objetivo inicial é terminar corridas e, depois, chegar à zona de pontua­ção com alguma frequência.

Campeãs no passado,

as equipes Mercedes

e Lotus retornam

à Fórmula 1: a primeira

para vencer,

a segunda, apenas

para disputar

duas gigantes voltaM ao CirCo

“Existe hoje uma mistura muito grande de cores para valorizar os patrocinadores, o que faz com que o carro e a equipe percam um pouco da sua identidade.”lúcio de oliveira, designer e restaurador de carros antigos.

escuderia histórica: acima, em 1972, emerson Fitipaldi venceu o primeiro de seus dois mundiais pela Lotus. pela mesma equipe, ayrton senna (ao centro) conquistou a primeira vitória em gps em 1985. abaixo, o modelo atual da Lotus, conduzido pelo piloto italiano Jarno Trulli.

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Fórmula 12 0 1 0

Curitiba, quinta-feira, 11 de março de 201016

por onde as Máquinas passarão nesse ano

Infografia: Gazeta do Povo

1

14 Mar / 9h49 6.299 km308.405 km

Sakhir

Bahrein

Dia e horaVoltasComprimentoTotal percorrido

Melbourne

28 Mar / 3h585.303 km307.574 km

Austrália

Dia e horaVoltasComprimentoTotal percorrido

2 3

4 Abr / 5h565.543 km310.408 km

Sepang

Malásia

Dia e horaVoltasComprimentoTotal percorrido

18 Abr / 4h565.451 km305.066 km

Shangai Int’l Circuit

China

Dia e horaVoltasComprimentoTotal percorrido

4

9 Mai / 9h664.655 km307.104 km

Catalunha

Espanha

Dia e horaVoltasComprimentoTotal percorrido

5

16 Mai / 9h783.340 km260.520 km

Monte Carlo

Mônaco

Dia e horaVoltasComprimentoTotal percorrido

6

30 Mai / 9h585.338 km309.396 km

Istambul

Turquia

Dia e horaVoltasComprimentoTotal percorrido

7

13 Jun / 13h704.361 km305.270 km

Gilles-Villeneuve

Canadá

Dia e horaVoltasComprimentoTotal percorrido

8

27 Jun/ 9h575.419 km308.883 km

Valência

Europa

Dia e horaVoltasComprimentoTotal percorrido

9

1º Ago/ 9h704.381 km306.630 km

Hungaroring

Hungria

Dia e horaVoltasComprimentoTotal percorrido

12

11 Jul / 9h605.141 km308.355 km

Silverstone

Grã-Bretanha

Dia e horaVoltasComprimentoTotal percorrido

10

25 Jul / 9h674.574 km306.458 km

Hockenheim

Alemanha

Dia e horaVoltasComprimentoTotal percorrido

11

29 Ago / 9h447.004 km308.052 km

Spa-Francorchamps

Bélgica

Dia e horaVoltasComprimentoTotal percorrido

13

12 Set / 9h535.793 km306.720 km

Monza

Itália

Dia e horaVoltasComprimentoTotal percorrido

14

7 Nov / 14h714.309 km305.909 km

Interlagos

18 Brasil

Dia e horaVoltasComprimentoTotal percorrido

14 Nov/ 11h555.554 km305.361 km

Yas Marina

Abu Dhabi

Dia e horaVoltasComprimentoTotal percorrido

19

26 Set / 9h615.073 km309.316 km

Marina Bay

Cingapura

Dia e horaVoltasComprimentoTotal percorrido

15

10 Out / 3h535.807 km307.471 km

Suzuka

Japão

Dia e horaVoltasComprimentoTotal percorrido

16

24 Out / 3h555.621 km 309.155 km

Yeongam

Coreia do Sul

Dia e horaVoltasComprimentoTotal percorrido

17

A tradicional prova de

Montreal, no Canadá,

volta ao calendário da

Fórmula 1 na tempora-

da 2010. Além disso,

um novo país asiático

foi incorporado às

provas: a Coreia do Sul.

* Horário oficial de Brasília